Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Manual de Selecao - Saude

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 116

MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

VERSÃO ATUALIZADA EM 11 DE OUTUBRO DE 2023 1

PORTARIA Nº 1.517 DE 9 DE OUTUBRO DE 2023


MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

SUMÁRIO
PRINCIPAL

03 26
Centrais de 12 Centros
Regulação – Centros de Especializados
Ambulâncias Atenção em Reabilitação
do SAMU Psicossocial (CER)

60
41
Centros de 50 Novas
Ambulâncias –
Parto Normal Maternidades SAMU

90
69
Oficinas 80 Unidades
Básicas de
Ortopédicas Policlínicas Saúde

99
Unidades
Odontológicas
106 110
Móveis Anexos Portaria
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

REGULAÇÃO
CENTRAIS DE

AMBULÂNCIAS DO SAMU
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação

O Ministério da Saúde anunciou para os próximos quatro anos um investimento


de R$ 2.800.000,00 para construir 08 (oito) Centrais de Regulação das Urgências
SAMU 192, assim expandindo o atual percentual de 87% para 100%, com foco nos

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


vazios assistenciais do país.

O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que visa promover


investimentos em políticas públicas e infraestrutura, tem como uma de suas
metas dentro da Atenção Especializada à Saúde a Universalização da cobertura
do SAMU 192 para todo o Brasil.

1.1 O que são as Centrais de Regulação das Urgências SAMU


192?

As Centrais de Regulação das Urgências SAMU 192 são estruturas físicas cons-
tituídas por profissionais (médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica
e rádio-operadores) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que
demandam orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classi-
ficação e priorização das necessidades de assistência em urgência, além de or-
denar o fluxo efetivo das referências e contrarreferências dentro de uma Rede de
Atenção. O porte de cada CRU dependerá da cobertura populacional abrangida,
e desta forma, serão adequados os postos de trabalho.

4
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

2. Objetivo da seleção
O QUE É O
TRANSFEREGOV
Selecionar manifestações de municípios e
estados com interesse de construção de CRU
SAMU 192, destinada às áreas do país que

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


se encontram em vazio assistencial. Assim,
sendo elegíveis, estados/municípios em cujo
território haja Macrorregiões de Saúde com
vazio assistencial absoluto ou parcial de co-
bertura do SAMU 192.
O TRANSFEREGOV constitui
3. Diretrizes Gerais ferramenta integrada e cen-
tralizada, com dados abertos,
Para participação em projetos específicos destinada à informatização
do eixo da Saúde do Novo PAC, os entes fe- e à operacionalização das
derados deverão inscrever proposta através transferências de recursos
do portal TRANSFEREGOV, manifestando oriundos do Orçamento
interesse de construção de CRU conforme Fiscal e da Seguridade Social
prazos estabelecidos na Portaria GM/MS nº da União a órgão ou entida-
1.517, de 9 de outubro de 2023. de da administração pública
estadual, distrital, municipal,
As análises e seleção das propostas serão direta ou indireta, consórcios
realizadas pela Secretária de Atenção Espe- públicos e entidades privadas
cializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de sem fins lucrativos.
suas competências, seguindo os critérios es-
tabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9
de outubro de 2023, observando os requisitos
previstos na Portaria de Consolidação GM/
MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.

4. Quem pode se inscrever (ele-


gibilidade)?

5
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Nessa etapa, Estados, Distrito Federal e os Municípios podem manifestar interesse


em construção de CRU, desde que possuam:

a) Vazio assistencial na região de saúde – baixo percentual de cobertura


do SAMU 192 na Macrorregião de Saúde objeto da proposta.

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


b) Recorte regional – baixo percentual do território coberto por SAMU 192
na Macrorregião de Saúde objeto da proposta/projeto de expansão.
c) Proporcionalidade regional a fim de assegurar atendimento ao maior
número de estados.

5. Onde poderão estar localizados as CRU solicitados/inscritos


pelo ente elegível?

As CRU solicitadas deverão estar localizadas em áreas estratégicas para melhor


atender a população e garantir uma resposta rápida em casos de emergência.

6. Diretrizes para a inscrição

6.1 Qual pessoa f ísica está autorizada a fazer a inscrição no


sistema como “gestor responsável”?

A inscrição no sistema (Carta-consulta) é de responsabilidade exclusiva do gestor.


Gestor é a autoridade máxima do Poder Executivo ou o (a) secretários(a) de saúde
do ente federado. Ou seja, governador (no caso de estados e DF) ou prefeito (no
caso de municípios), bem como os secretários de saúde de cada ente.

Os gestores são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento e


deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio
sistema.

6.2 Como preencher o sistema? O que é Carta-consulta?

6
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

O gestor do ente federado realizará sua inscrição pelo sistema TRANSFEREGOV,


no qual deverá apresentar ou anexar informações e documentos. Preencher a
Carta-consulta eletrônica nada mais é que responder às perguntas disponíveis
nos campos do sistema online e anexar documentos.

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)
disponibilizará tutoriais online (https://www.gov.br/transferegov/pt-br/manuais/
transferegov/selecao-novo-pac) para auxiliar os gestores, enquanto o Ministério
da Saúde estará disponível para responder dúvidas e orientações adicionais, no
seguinte telefone 0800 644 8001, e disponibilizará vídeos explicativos, no seguinte
endereço eletrônico https://saibaafundo.saude.gov.br/novo_pac/.

No TRANSFEREGOV, para inscrever a proposta de CRU SAMU 192, o


gestor deverá inserir as seguintes informações:

i. Ofício que demonstre os objetivos e justificativas do pleito, e que contenha:


informações sobre a construção da central, com dados sobre as regiões de Saúde
e/ou municípios que o serviço atenderá (área de abrangência); dados populacio-
nais; e manifestação sobre interesse em aderir ao Programa Arquitetônico Mínimo
Central de Regulação das Urgências SAMU 192 pelo Ministério da Saúde; outras
informações descritivas que o gestor julgue necessárias para subsidiar o projeto;

Informações a serem inseridas no campo da justificativa:

a) Quais os objetivos que se pretende atingir com o objeto solicitado;


b) Regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá (área de abran-
gência);
c) Dados populacionais epidemiológicos (apresentação do percentual de
mortalidade específico por Capítulos do CID-10 e percentual de morbidade
por caráter de atendimento (urgência) e dos agravos relacionados às linhas
de cuidados prioritárias (cardiologia, neurologia e traumatologia/ortopedia)
conforme Capítulos do CID-10 por região de saúde) na área de abrangência
do serviço;
d) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equi-

7
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

pamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funciona-


mento da CRU;
e) Cronograma físico e financeiro de obra

ii. Estratégias que serão adotadas pela gestão local para articulação com de-

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


mais pontos de atenção da RAU (Rede de Atenção às Urgências) e atividades já
existentes que serão potencializadas com a construção do serviço;

iii. Concordância na adesão ao Projeto Arquitetônico Padrão disponibilizado


pelo Ministério da Saúde.

Atenção: no campo “valor total”, basta inserir o valor R$ 0,00.

6.3 Quais documentos o gestor deve anexar no sistema?

Diversos documentos são exigidos e precisam ser anexados. Alguns dos docu-
mentos abaixo possuem modelos específicos, que estão disponíveis ao fim des-
te manual e no próprio sistema TRANSFEREGOV, na aba anexos, referente aos
programas do Novo PAC.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos
deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

O ente federado proponente deverá apresentar ou anexar as seguintes informa-


ções e documentos obrigatórios no sistema do PAC:

Preenchimento da Carta-consulta eletrônica com informações sobre:

i) A construção da central, com dados sobre as regiões de Saúde e/ou municípios


que o serviço atenderá (área de abrangência);
ii) Dados populacionais;

8
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

iii) Manifestação de interesse em aderir ao Projeto Arquitetônico Padrão dispo-


nibilizado pelo Ministério da Saúde;
iv) Outras informações descritivas que o gestor julgue necessárias para subsidiar
o projeto;

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


a) DPT - Declaração de Posse ou Titularidade do Terreno que receberá a
obra, assinada pelo gestor, conforme modelo disponível no sistema TRANS-
FEREGOV e neste manual.
b) Detalhes do terreno: 3 fotos atuais, endereço completo e localização
em mapa (incluindo latitude e longitude).
c) TC – Termo de Ciência: comprovação de ciência da proposta, emitida
pela Comissão Intergestores Regional – CIR (no caso de proposta oriunda
do município); ou Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no caso de pro-
posta oriunda do governo estadual); ou, no caso do DF, do Colegiado de
Gestão da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
d) DCCS -Declaração de Compromisso com Cofinanciamento do Cus-
teio dos Serviços, assinada pelo gestor, em que o ente federado se com-
promete com o cofinanciamento do custeio dos serviços, conforme mode-
lo disponível no sistema TRANSFEREGOV e neste manual.

7. Critérios para a seleção

Para a seleção de propostas cadastradas, o Ministério da Saúde considerará os


seguintes critérios objetivos, não necessariamente nessa ordem de relevância:

• Vazio assistencial na região de saúde - Percentual de cobertura do


SAMU 192 na Macrorregião de Saúde objeto da proposta.
• Recorte regional - Percentual do território coberto por SAMU 192 na Ma-
crorregião de Saúde objeto da proposta/projeto de expansão.
• Proporcionalidade regional a fim de assegurar atendimento ao maior
número de estados.

9
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Entes Federados Elegíveis para Inscrever Propostas

• Todos os municípios que se encontrem em Macrorregiões de Saúde com


vazio assistencial absoluto ou parcial de cobertura do SAMU 192.
• Todos os Estados em cujo território haja Macrorregiões de Saúde com vazio

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


assistencial absoluto ou parcial de cobertura do SAMU 192.

A lista de entes federados elegíveis para inscrever propostas, bem como suas
Macrorregiões de Saúde, se encontra disponível no sítio eletrônico do PAC.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos selecionados.

Após a publicação do resultado das seleções, serão iniciadas outras etapas de


implementação do Novo PAC e os entes federados responsáveis pelas propostas
selecionadas serão convocados para realizar o cadastramento completo das pro-
postas no InvestSUS (portalfns.saude.gov.br), a fim de verificar outros requisitos
técnico-operacionais e viabilizar sua execução física e financeira.

8. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de CRU, deverão ser cumpridas outras etapas, que serão oportu-
namente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documentos e diligências
poderão ser necessárias.

9. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

10
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

10. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclusão


da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios

CENTRAIS DE REGULAÇÃO - SAMU 192


e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas
e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

11. Documento Complementares:

• PROGRAMA ARQUITETÔNICO MÍNIMO CENTRAL DE REGULAÇÃO DAS UR-


GÊNCIAS SAMU 192 (em anexo)

12. Legislação aplicável

• Portaria de Consolidação GM/MS nº 03/2017, do Ministério da Saúde, que


consolida as normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde;
• Portaria de Consolidação GM/MS nº 06/2017, do Ministério da Saúde, que
consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos
federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde;
• Portaria GM/MS nº 958, de 17 de julho de 2023, que altera a Portaria de
Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre os
valores do incentivo financeiro de custeio para manutenção das unidades
móveis e Centrais de Regulação das Urgências efetivamente implantadas
do SAMU 192;

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Coordenação-Geral de Urgência (CGURG/DAHU/SAES/MS)


Telefones: (61) 3315-9210 / 8980
E-mail: cgurg@saude.gov.br

11
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

ATENÇÃO
CENTROS DE

SOLICITAÇÃO DE OBRAS
PSICOSOCIAL
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 409 milhões para a cons-


trução de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) no País ao longo de 4 anos. A
construção de novos Centros de Atenção Psicossocial permitirá a ampliação da

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


oferta de cuidados em saúde mental nos territórios com vazios assistenciais, ou
que apresentam baixa cobertura de CAPS, contribuindo de forma significativa
para a sustentabilidade da Rede de Centros de Atenção Psicossocial no país.
Neste momento, serão destinados por volta de R$ 154,4 milhões a propostas de
CAPS oriundas de estados e municípios.

1.1 O que são os CAPS e quais são suas modalidades?

Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços de saúde de caráter aberto


e comunitário que realizam atendimento às pessoas de todas as faixas etárias, com
sofrimento ou transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aquelas com
necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial,
seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. Buscam
promover abordagem mais humanizada e inclusiva, constituindo-se como local
de referência e de cuidado de saúde mental na comunidade.

Fonte: Prefeitura municipal de Madre de Deus - BA. Imagem meramente ilustrativa.

13
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Seus objetivos envolvem oferecer assistência integral e multiprofissional, prevenir


internações desnecessárias em hospitais psiquiátricos e desenvolver ações de
promoção de vida comunitária e da autonomia, além de garantir possibilida-
des de ampliação da participação social e o exercício da cidadania, das pessoas

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


acompanhadas, e de seus familiares.

As 6 (seis) modalidades de CAPS existentes se direcionam de maneira estratégica


às características de cada localidade, a fim de que a proposta se adeque ao porte
populacional do Município e a suas necessidades assistenciais . A seleção envol- 1

verá 75 (setenta e cinco) propostas de obras, sem um limite prévio por tipologia:

Modalidade/ População do Valor unitário/


Quantidade
tipologia município obra2

15.000 a 70.000
CAPS I
habitantes R$ 1,8 mi a
CAPS II; CAPS ad; A partir de 70.000 R$ 2,0 mi
75
CAPS i habitantes
CAPS III e CAPS ad A partir de 150.000 R$ 2,2 mi a
III habitantes R$ 2,4 mi

Fonte: PRC nº 3/2017, inciso II do art. 5º, e § 4º do art. 7º, no Anexo V.

Os Centros de Atenção Psicossocial estão organizados nas seguintes


modalidades:

I - CAPS I:
atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e tam-
bém com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas de
todas as faixas etárias; indicado para Municípios com população acima
de quinze mil habitantes;

1 Manuais de estrutura física, modelos de esquadrias, portarias de regulação e demais documentos de


orientação podem ser acessados no portal do SISMOB. https://portalfns.saude.gov.br/sismob-2-0/.
2 Os valores unitários de referência para cada obra poderão sofrer alterações ao longo do processo.

14
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

II - CAPS II:
atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo
também atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e
outras drogas, conforme a organização da rede de saúde local, indicado para

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


Municípios com população acima de setenta mil habitantes;

III - CAPS III:


atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona ser-
viços de atenção contínua, com funcionamento vinte e quatro horas, incluindo
feriados e finais de semana, ofertando retaguarda clínica e acolhimento noturno
a outros serviços de saúde mental, inclusive CAPS Ad, indicado para Municípios
ou regiões com população acima de cento e cinquenta mil habitantes;

IV - CAPS AD:
atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do
Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso
de álcool e outras drogas. Serviço de saúde mental aberto e de caráter comu-
nitário, indicado para Municípios ou regiões com população acima de setenta
mil habitantes;

V - CAPS AD III:
atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do
Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos
contínuos. Serviço com no máximo doze leitos para observação e monitoramen-
to, de funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana; indicado
para Municípios ou regiões com população acima de cento e cinquenta mil
habitantes; e

15
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

VI - CAPS Infantil:
atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes
e os que fazem uso de álcool e outras drogas. Serviço aberto e de caráter comu-
nitário indicado para municípios ou regiões com população acima de cento e

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


cinquenta mil habitantes.

Fonte: Prefeitura municipal de Porto Alegre - RS. Imagem meramente ilustrativa.

2. Objetivo da seleção
Selecionar, com critérios objetivos, manifestações de interesse de construção de
Centros de Atenção Psicossocial em municípios localizados nas regiões de saúde
com vazio assistencial ou com baixa cobertura de CAPS.

3. Diretrizes Gerais
Para participação em projetos específicos do eixo da Saúde do Novo PAC, os
entes federados deverão inscrever proposta através do portal TRANSFEREGOV,
manifestando interesse de construção de CAPS conforme prazos estabelecidos
na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro de 2023.

16
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

As análises e seleção das propostas serão


O QUE É O
realizadas pela Secretária de Atenção Espe-
TRANSFEREGOV
cializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de
suas competências, seguindo os critérios es-
tabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


de outubro de 2023, observando os requisitos
previstos na Portaria de Consolidação GM/
MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.

4. Quem pode se inscrever (ele-


gibilidade)? O TRANSFEREGOV constitui
ferramenta integrada e cen-
Nessa etapa, Estados, Distrito Federal e os tralizada, com dados abertos,
Municípios com mais de 15 mil habitantes destinada à informatização
podem manifestar interesse em construção e à operacionalização das
de CAPS, desde que possuam: transferências de recursos
oriundos do Orçamento
a) vazio assistencial: quando o municí- Fiscal e da Seguridade Social
pio elegível não possui nenhuma moda- da União a órgão ou entida-
lidade de CAPS implantada; ou de da administração pública
b) baixa cobertura: quando o municí- estadual, distrital, municipal,
pio elegível possui ao menos um CAPS direta ou indireta, consórcios
implantado, mas é elegível para implan- públicos e entidades privadas
tação de outras modalidades do serviço sem fins lucrativos.
em seu território

Para saber se seu município ou estado pode


se inscrever, verifique a lista de entes fede-
rados elegíveis, que se encontra disponível
no sítio eletrônico do PAC.

17
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

5. Onde poderão estar localizados os CAPS solicitados/


inscritos pelo ente elegível?

Os CAPS solicitados deverão ser localizados em municípios com mais de 15 mil


habitantes que apresentem vazio assistencial ou baixa cobertura. A lista deles se

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


coincide com os municípios que podem se inscrever, mencionada no item anterior.

Fonte: Prefeitura municipal de Santa Terezinha de Itaipu - PR. Imagem meramente ilustrativa.

6. Diretrizes para a inscrição

6.1 Qual pessoa f ísica está autorizada a fazer a inscrição no


sistema como “gestor responsável”?

A inscrição no sistema (Carta-consulta) é de responsabilidade exclusiva do gestor.


Gestor é a autoridade máxima do Poder Executivo ou o (a) secretários(a) de saúde
do ente federado. Ou seja, governador (no caso de estados e DF) ou prefeito (no
caso de municípios), bem como os secretários de saúde de cada ente.

18
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Os gestores são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento e


deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio
sistema.

6.2. Como preencher o sistema? O que é Carta-consulta?

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


O gestor do ente federado realizará sua inscrição pelo sistema TRANSFEREGOV,
no qual deverá apresentar ou anexar informações e documentos. Preencher a
Carta-consulta eletrônica nada mais é que responder às perguntas disponíveis
nos campos do sistema online e anexar documentos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)


disponibilizará tutoriais online (https://www.gov.br/transferegov/pt-br/manuais/
transferegov/selecao-novo-pac) para auxiliar os gestores, enquanto o Ministério
da Saúde estará disponível para responder dúvidas e orientações adicionais, no
seguinte telefone 0800 644 8001, e disponibilizará vídeos explicativos, no seguinte
endereço eletrônico https://saibaafundo.saude.gov.br/novo_pac/.

No TRANSFEREGOV, para inscrever a proposta de CAPS, o gestor deverá


inserir as seguintes informações:

i. objetivos e justificativas da proposta;


ii. justificativa para construção de Centro de Atenção Psicossocial (CAPS),
com informações sobre a relevância do serviços para o cuidado em saúde
mental no município e/ou região de saúde;
iii. tipologia do CAPS que será construído;
iv. estratégias que serão adotadas pela gestão local para articulação com
demais pontos de atenção da RAPS e atividades já existentes que serão
potencializadas com a construção do serviço;
v. concordância na adesão ao Projeto Arquitetônico Padrão disponibiliza-
do pelo Ministério da Saúde.

Atenção: no campo “valor total”, basta inserir o valor R$ 0,00.

19
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

6.3. Quais documentos o gestor deve anexar no sistema?

Diversos documentos são exigidos e precisam ser anexados. Alguns dos docu-
mentos abaixo possuem modelos específicos, que estão disponíveis ao fim deste
manual e no próprio sistema TRANSFEREGOV, na aba anexos, referente aos

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


programas do Novo PAC.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos
deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

Os documentos são os seguintes:

a. DPT - Declaração de Posse ou Titularidade do Terreno que receberá a


obra, assinada pelo gestor, conforme modelo disponível no sistema TRANS-
FEREGOV e neste manual.

b. Detalhes do terreno: 3 fotos atuais, endereço completo e localização em


mapa (incluindo latitude e longitude).

c. TC – Termo de Ciência: comprovação de ciência da proposta, emitida


pela Comissão Intergestores Regional – CIR (no caso de proposta oriunda do
município); ou Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no caso de proposta
oriunda do governo estadual); ou, no caso do DF, do Colegiado de Gestão
da Secretaria de Saúde do Distrito Federal.

d. D3CS -Declaração de Compromisso com Cofinanciamento do Custeio


dos Serviços, assinada pelo gestor, em que o ente federado se compromete
com o cofinanciamento do custeio dos serviços, conforme modelo dispo-
nível no sistema TRANSFEREGOV e neste manual

20
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

7. Critérios para a seleção

Para a seleção de propostas cadastradas, o Ministério da Saúde considerará os


seguintes critérios objetivos, não necessariamente nessa ordem de relevância:

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


a. menor taxa de cobertura de CAPS no município e na Região de Saúde.
b. proporcionalidade regional, a fim de evitar concentração regional acen-
tuada dos entes federados selecionados.
c. propostas de construção de CAPS com funcionamento 24h (CAPS III e/ou
CAPS ad III).
d. propostas de construção de CAPS destinados ao público infanto-juvenil ou
para pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
e. adesão a Projeto Arquitetônico disponibilizado pelo Ministério da Saúde.

Os critérios estabelecidos para a construção de CAPS têm por objetivo aplicar os


recursos financeiros do Novo PAC nos municípios que mais precisam, ou seja, com
vazios assistenciais ou baixa cobertura de CAPS, que apresentam maior número
de fatores de vulnerabilização socioeconômica da população. Propostas que ma-
nifestem interesse em adesão a Projeto Arquitetônico Padrão do Ministério da
Saúde e que beneficiem maior população demandante de cuidados em saúde
mental também terão prioridade.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos selecionados.

8. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de CAPS, deverão ser cumpridas outras etapas, que serão opor-
tunamente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documentos poderão e
diligências poderão ser necessárias.

21
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

9. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

10. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclu-


são da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios
e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas
e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

11. Referência de valores para a construção de CAPS por


Regiões.

Tipos de
Valor Global (R$) 2023 – Construção
Componentes Área (m²) Centro-
Financiáveis
Norte Nordeste Sudeste Sul
oeste
CAPS I 608 1.988.000,00 1.898.000,00 2.085.000,00 2.039.000,00 2.018.000,00
CAPS II 608 1.988.000,00 1.898.000,00 2.085.000,00 2.039.000,00 2.018.000,00

CAPS III 741 2.315.000,00 2.211.000,00 2.429.000,00 2.375.000,00 2.351.000,00

CAPS AD 608 1.988.000,00 1.898.000,00 2.085.000,00 2.039.000,00 2.018.000,00


CAPS
infanto- 608 1.988.000,00 1.898.000,00 2.085.000,00 2.039.000,00 2.018.000,00
juvenil
CAPS AD III 741 2.315.000,00 2.211.000,00 2.429.000,00 2.375.000,00 2.351.000,00

Fonte: Ministério da Saúde – Fundo Nacional de Saúde / FNS-MS, 2023

22
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

12. Legislação aplicável

Legislação de Programas com Obras Fundo a FUNDO, está disponível no portal


do Fundo Nacional de Saúde: https://portalfns.saude.gov.br/sismob-2-0/

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


Obras Fundo a Fundo:

• Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, Título


IX (Origem: PRT MS/GM 381/2017).

Esta Portaria dispõe sobre transferências, fundo a fundo, de recursos fi-


nanceiros de capital ou corrente, do Ministério da Saúde a estados, Dis-
trito Federal e municípios destinados à execução de obras de construção,
ampliação e reforma. E suas atualizações.

• Resolução CIT N.10, de 8 de dezembro de 2016.

Dispõe complementarmente sobre o planejamento integrado das des-


pesas de capital e custeio para os investimentos em novos serviços de
saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

• Portaria nº 381, de 6 de fevereiro de 2017.

Dispõe sobre as transferências, fundo a fundo, de recursos financeiros de


capital ou corrente, do Ministério da Saúde a Estados, Distrito Federal e
Municípios destinados à execução de obras de construção, ampliação e
reforma.

• Portaria nº 1.164, de 12 de maio de 2017.

Altera o Art. 17 da Portaria nº 381/GM/MS, de 7 de fevereiro de 2017, esta-


belecendo nova data limite para justificativa e solicitação de prazo para
as obras em execução com prazo de conclusão vencidas.

23
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Obras de convênios e contratos de repasse:

• Portaria Conjunta MGI/MF/CGU/Nº 33, de 30 de agosto de 2023

Estabelece normas complementares ao Decreto nº 11.531, de 16 de maio

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS


de 2023, que dispõe sobre convênios e contratos de repasse relativos às
transferências de recursos da União.

Documentos de referência para Centros de Atenção Psicossocial (CAPS):

• Manual De Estrutura Física dos Centros de Atenção Psicossocial e Unidades


De Acolhimento.
• Divulgação valores Saúde Mental.

__________________________________________________________________________________

Legislação Específica – CAPS:

• Portaria nº 615, de 15 de abril de 2013.


• Portaria nº 336, de 19 de fevereiro de 2002.
• Portaria nº 3.088, de 23 de dezembro de 2011.
• Portaria nº 121, de 25 de janeiro de 2012.
• Portaria nº 130, de 26 de janeiro de 2012.

Esquadrias, perspectivas e Projetos de Referência para Centro de


Atenção Psicossocial (CAPS)
• Esquadrias
__________________________________________________________________________________

Para CAPS AD III

• ARQs. Link.
• RRTs. Link.
• PERSPECTIVAS. Link.
• PLANILHAS. Link.

24
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Para CAPS I II AD i

• ARQs.
• RRTs.
• PERSPECTIVAS
• PLANILHAS.

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL - SOLICITAÇÃO DE OBRAS

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Direção do Departamento de Saúde Mental – DESME/SAES/MS


Telefones: (61) 3315- 3827
E-mail: saudemental@saude.gov.br

25
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

(CER)
CENTROS
ESPECIALIZADOS
EM REABILITAÇÃO
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 146 milhões para a cons-


trução de Centros Especializados em Reabilitação (CER) no País. Essa ação faz
parte do eixo da Saúde do Programa de Aceleração e Crescimento (Novo PAC),

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


que visa promover investimentos em políticas públicas e infraestrutura.

A construção de novos Centros Especializados em Reabilitação permitirá a expan-


são da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência nos territórios, ampliando a
capacidade instalada atual em aproximadamente 16,5%, sobretudo nas regiões
de vazio assistencial em reabilitação.

1.1 O que são os CER e quais são suas modalidades

Os Centros Especializados em Reabilitação (CER) são pontos de atenção am-


bulatorial especializados em reabilitação que realizam diagnóstico, tratamento,
concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva. O CER atenderá
regionalmente e poderá ser organizado conforme o número de modalidades de
reabilitação (auditiva, física, intelectual e visual) prestadas, a saber:

• CER II: presta atendimentos de duas modalidades de reabilitação;


• CER III: presta atendimentos de três modalidades de reabilitação; e
• CER IV: presta atendimentos de quatro modalidades de reabilitação.

27
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

2. Objetivo da seleção
O QUE É O
TRANSFEREGOV
Selecionar manifestações de interesse de
construção de Centros Especializados em
Reabilitação em municípios localizados nas

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


regiões de saúde com vazio assistencial em
reabilitação.

3. Diretrizes Gerais

Para participação em projetos específicos O TRANSFEREGOV constitui


do eixo da Saúde do Novo PAC, os entes fe- ferramenta integrada e cen-
derados deverão inscrever proposta através tralizada, com dados abertos,
do portal TRANSFEREGOV, manifestando destinada à informatização
interesse de construção de CER conforme e à operacionalização das
prazos estabelecidos na Portaria GM/MS nº transferências de recursos
1.517, de 9 de outubro de 2023. oriundos do Orçamento
Fiscal e da Seguridade Social
As análises e seleção das propostas serão da União a órgão ou entida-
realizadas pela Secretária de Atenção Espe- de da administração pública
cializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de estadual, distrital, municipal,
suas competências, seguindo os critérios es- direta ou indireta, consórcios
tabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 públicos e entidades privadas
de outubro de 2023., observando os requisitos sem fins lucrativos.
previstos na Portaria de Consolidação GM/
MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.

4. Quem pode se inscrever


(elegibilidade)

Entes federativos que não possuem cober-


tura de CER na região de saúde e que ne-
cessitam de ações de investimento visando

28
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

a ampliação da oferta de serviços no âmbito da atenção especializada às pessoas


com deficiência.

5. Onde poderão estar localizados os CER solicitados/ins-


critos pelo ente elegível

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


Em municípios localizados nas regiões de saúde com vazio assistencial em rea-
bilitação.

6. Diretrizes para inscrição

No ato de inscrição da manifestação, o ente federado deverá realizar o preenchi-


mento, em formato eletrônico, da Carta-consulta eletrônica com informações
que demonstrem os objetivos e justificativas do pleito. Para maiores informações,
orienta-se consultar o Manual de Orientações da Seleção do Novo PAC Saúde,
disponível nos sítios eletrônicos do Fundo Nacional de Saúde e do Ministério da
Saúde.

6.1 Documentos para inscrição

Seguem as informações e documentações a serem apresentadas:

a) Ofício que demonstre os objetivos e justificativas do pleito, que con-


tenha:
Informações sobre as regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço
atenderá (área de abrangência); modalidades de reabilitação que serão
atendidas; estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição
de equipamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o
funcionamento da unidade após conclusão da obra; previsão do número de
atendimentos (usuários/mês) no serviço a ser construído por especialidades;
quantitativo de usuários que demandam atendimento, mas não obtém
acesso por ausência de serviço de referência na região ou insuficiência na
oferta de atendimento na região; e manifestação sobre interesse em aderir
ao Projeto Arquitetônico Padrão disponibilizado pelo Ministério da Saúde.

29
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

b) DPT - Declaração de Posse do Terreno que receberá a obra;


c) Detalhes do terreno: 3 fotos, endereço e localização em mapa (incluindo
latitude e longitude);
d) TC - Comprovação de ciência da solicitação/proposta (“Termo de Ci-

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


ência”) emitida pela Comissão Intergestores Regional – CIR (no caso de
solicitação de município) ou Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no
caso de solicitação de estado); e
e) DCCS - Declaração de Compromisso com Custeio dos Serviços.

7. Critérios para a seleção

A seleção das propostas apresentadas irá considerar os seguintes critérios:

• Vazio assistencial de CER na região de saúde;


• Recorte Regional;
• Vulnerabilidade socioeconômica da região; e
• Porte/tipologia do CER proposto.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos aptos para iniciarem o cadastro da proposta no
Portal InvestSUS.

8. Critérios para cadastro e habilitação:

Para cadastro da proposta de construção de Centro Especializados em Reabili-


tação no Portal InvestSUS o ente federado proponente apto deverá apresentar
ou anexar as seguintes informações e documentos:

8.1 Informações a serem inseridas no campo da justif icativa:

i) Quais os objetivos que se pretende atingir com o objeto solicitado;

30
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

ii) Modalidades de reabilitação que serão atendidas;


iii) Regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá (área de abran-
gência);
iv) Dados populacionais das pessoas com deficiência na área de abrangência
do serviço;

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


v) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equi-
pamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funciona-
mento da unidade após conclusão da obra;
vi) Previsão do número de atendimentos (usuários/mês) no serviço a ser cons-
truído por modalidade de reabilitação; e
vii) Quantitativo de usuários que demandam atendimento, mas não obtém
acesso por ausência de serviço de referência na região ou insuficiência na
oferta de atendimento na região. Informar o quantitativo de pacientes por
modalidade pleiteada.

8.2 Documentos obrigatórios:

a) Resolução CIB / CGSES-DF aprovando o pleito de construção, com a de-


monstração do total de recursos orçamentário-financeiros de capital e cus-
teio que cada ente federativo (município, estado e União) deverá arcar para
viabilizar o pleno funcionamento do CER/Oficina Ortopédica, conforme a
Seção V da Resolução de Consolidação CIT nº 1, de 30/03/2021.
b) “Declaração de posse do terreno”, com data vigente e assinatura pelo
gestor responsável pela obra, de acordo com o modelo disponível no site ht-
tps://portalfns.saude.gov.br/sismob-2-0/, ou certidão atualizada emitida em
cartório de registro de imóveis, que comprove o exercício pleno dos poderes
de propriedade do imóvel; e
c) Fotos do terreno, sendo pelo menos três fotos de ângulos diferentes, que
demonstrem o contexto urbano.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos

31
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.


Após o cadastro da proposta será realizada a análise e emissão de parecer téc-
nico de mérito. Caso a proposta seja aprovada, será publicado o ato normativo
habilitando o ente público a receber o recurso de investimento para execução
da obra de construção.

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


9. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de CER, deverão ser cumpridas outras etapas, que serão opor-
tunamente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documentos poderão
ser solicitados e diligências poderão ser necessárias.

Quanto aos prazos e etapas após aprovação das propostas:

O gestor local deverá cumprir os seguintes prazos máximos para conclusão das
etapas, sob pena de cancelamento da proposta:

Etapa de Ação preparatória - fase iniciada com a habilitação da proposta


em portaria específica e finalizada com o parecer favorável para transferência
dos recursos da União, devendo ser superada dentro do prazo máximo de 270
(duzentos e setenta) dias, prorrogáveis por mais 270 (duzentos e setenta) dias;

Etapa de Início de execução da obra - fase iniciada com a transferência dos


recursos financeiros da União e finalizada com a informação de execução de
30% da obra, devendo ser superada dentro do prazo máximo de 90 (noventa)
dias, prorrogáveis por mais 90 (noventa) dias;

Etapa de Execução e Conclusão da obra - fase iniciada com a informação de


execução de 30% da obra e finalizada com a informação de execução de 100%
da obra, devendo ser superada dentro do prazo máximo de 270 (duzentos e
setenta) dias, prorrogáveis por mais 270 (duzentos e setenta) dias; e

32
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Etapa de Entrada em Funcionamento - aplicável para os objetos ampliação


e construção, fase iniciada com a informação sobre execução de 100% da
obra e finalizada com a informação sobre a data de início do funcionamento
e número do registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES), devendo ser superada dentro do prazo máximo de 90 (noventa) dias,

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


prorrogáveis por mais 90 (noventa) dias.

Após a habilitação em portaria, o município deverá atualizar periodicamente a


situação da obra, inclusive as etapas de ação preparatória e de entrada em fun-
cionamento, no mínimo, a cada 60 (sessenta) dias, cessando a obrigação com a
inserção da informação sobre data de funcionamento nos casos de construção
ou atestado de conclusão.

10. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

11. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclusão


da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios
e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas
e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

33
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Para fazer jus ao incentivo financeiro de custeio federal ou obter recurso de inves-
timento para aquisição de equipamentos e materiais permanentes para o CER
no âmbito da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, conforme Portaria
de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, Título VIII, Capítulo IV,
Seção II, o pleito deverá:

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


a) Estar pactuado no Plano de Ação da Rede de Cuidados à Pessoa com Defici-
ência (RCPD) do estado, devidamente encaminhado à CGSPD/DAET/SAES/MS; e
b) Estar homologado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) ou no Colegiado
de Gestão da Secretaria de estado de Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF), inclu-
sive quanto à sua ordem de prioridade para os estados, municípios e/ou Distrito
Federal, a partir de critérios definidos localmente.

12. Projetos de Referência existentes

As novas unidades poderão ser construídas a partir de projetos de referência


disponibilizados pelo Ministério da Saúde, que contam com as especificações,
memoriais descritivos, planilhas orçamentárias e cronograma físico-financei-
ro. Para solicitar os referidos projetos, deverá ser encaminhado um e-mail para
pessoacomdeficiencia@saude.gov.br para que a área técnica responsável possa
realizar o envio de toda a documentação relativa aos projetos. Seguem os projetos
arquitetônicos disponíveis:

• CER II - Auditiva e Física


• CER II - Física e Visual;
• CER III - Auditiva, Física e Intelectual;
• CER III - Auditiva, Física e Visual;
• CER III - Auditiva, Intelectual e Visual;
• CER III - Física, Intelectual e Visual; e
• CER IV - Auditiva, Física, Intelectual e Visual.

34
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Seguem imagens ilustrativas dos projetos arquitetônicos disponíveis:

CER II – Modalidades Auditiva e Física

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


CER II – Modalidades Física e Visual

35
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

CER III – Modalidades Auditiva, Física e Intelectual

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


CER III – Modalidades Auditiva, Intelectual e Visual

36
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

CER III – Modalidades Auditiva, Física e Visual

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


CER III – Modalidades Física, Intelectual e Visual

37
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

CER IV – Modalidades Auditiva, Física, Intelectual e Visual

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


Destaca-se que a Coordenação Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência não
possui os seguintes projetos de referência:

• CER II – Modalidades Auditiva e Intelectual


• CER II – Modalidades Auditiva e Visual
• CER II – Modalidades Física e Intelectual
• CER II – Modalidades Intelectual e Visual

Para a elaboração dos projetos dos Centros Especializados em Reabilitação que


não possuem seus respectivos projetos de referência, o gestor pode realizar mo-
dificações nos projetos existentes, adequando as área e ambientes de acordo
com as modalidades à serem contempladas, para tanto, é necessário usar como
referência os seguintes documentos:

• Manual de Ambiência dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) e


das Oficinas Ortopédicas;
• Orientações para elaboração de Projeto de Arquitetura Para Centro Especia-
lizado em Reabilitação (CER) e Oficina Ortopédica;

38
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

• ANEXO 1 do ANEXO VI da Portaria de Consolidação GM/MS nº 3 de 28 de se-


tembro de 2017, que estabelece os requisitos mínimos de ambientes para os
componentes da Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com
Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
• RDC Anvisa Nº 50 de 21 de fevereiro de 2002, que estabelece os requisitos para

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


a Infraestrutura de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde;
• RDC Anvisa Nº 222 de 28 de março de 2018 - Regulamenta as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências;
• ABNT NBR 9050:2020 Versão Corrigida:2021 - Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

13. Legislação aplicável e Documento Complementares para


execução das obras:

Base legal Link para consulta

Portaria de Consolidação Portaria de Consolidação GM/MS nº 6 de 28 de


nº 6, de 28 de setembro de 2017 - TÍTULO IX setembro de 2017 TÍTULO IX

Portaria de Consolidação
Portaria de Consolidação GM/MS nº 3 de 28 de
nº 3, de 28 de setembro de 2017 - ANEXO 1
setembro de 2017 Anexo 1 do Anexo VI,
DO ANEXO VI

Resolução CIT https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/


n.º 10, de 8 de dezembro de 2016. cit/2016/res0010_08_12_2016.html

https://portalfns.saude.gov.br/wp-content/
Manual de Ambiência dos Centros uploads/2021/08/Manual-de-Ambiencia-dos-
Especializados em Reabilitação (CER) e das Centros-Especializados-em-Reabilitacao-e-das-
Oficinas Ortopédicas. Oficinas-Ortopedicas_07-de-outubro-de-2020_.
pdf
Orientações para elaboração de projeto de https://portalfns.saude.gov.br/wp-content/
arquitetura para Centro Especializado em uploads/2021/08/Orientacoes-para-elaboracao-
Reabilitação (CER) e Oficina Ortopédica. de-Projeto-de-Arquitetura.pdf
ABNT NBR 9050:2020 - Acessibilidade https://www.caurn.gov.br/wp-content/
a edificações, mobiliário, espaços e uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-
equipamentos urbanos Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf
ABNT NBR 16537:2016 Versão Corrigida 2:2018
- Acessibilidade - Sinalização tátil no piso https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
- Diretrizes para elaboração de projetos e secretarias/upload/NBR%2016537.pdf
instalação.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
RDC Anvisa nº 50 de 21/02/2002
anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
RDC Anvisa nº 51 de 06/10/2011
anvisa/2011/rdc0051_06_10_2011.html

39
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

13.1 Transferência de recursos

O recurso financeiro federal será transferido em parcela única na modalidade


Fundo a Fundo pelo Fundo Nacional de Saúde para o respectivo Fundo Muni-
cipal de Saúde, Fundo Estadual de Saúde ou para o Fundo de Saúde do Distrito

CENTROS ESPECIALIZADOS EM REABILITAÇÃO (CER)


Federal, mediante cumprimento dos requisitos para superação da etapa de ação
preparatória, disposto na Portaria de Consolidação GM/MS nº 6 de 2017, a saber:

a) Comprovação da aprovação do projeto básico na Vigilância Sanitária;


b) Certidão atualizada emitida em cartório de registro de imóveis, admitin-
do-se, alternativamente a apresentação de declaração de dominialidade e
documentos que comprovem a posse de imóvel, conforme Portaria de Con-
solidação nº 06/2017, artigo 1110;
c) Ordem de serviço assinada pelo gestor local;
d) RRT ou ART dos responsáveis técnicos pelo projeto, pela execução e fisca-
lização da obra, nos termos da legislação vigente sobre execução de obras
públicas;
e) Informação, no SISMOB, do regime de execução da obra, marcos do pro-
cesso licitatório e dados da empresa executora;
f) Registros fotográficos e placa da obra de acordo com o modelo padroniza-
dos para obras executadas pelo Governo Federal.

Destaca-se que para as transferências de recursos no âmbito do SUS não será


exigida contrapartida financeira, contudo, conforme Portaria de Consolidação
GM/MS nº 6/2017, caso o custo da obra seja maior do que o valor aprovado pelo
Ministério da Saúde, o aporte adicional será de responsabilidade dos Estados,
Distrito Federal e Municípios.

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência (CGSPD/DAET/SAES/MS)


Telefones: (61) 3315-6238 / 9113
E-mail: pessoacomdeficiencia@saude.gov.br

40
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

NORMAL
CENTROS
DE PARTO
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação:

O Ministério da Saúde anunciou através do Novo Programa de Aceleração do


Crescimento (Novo PAC), o investimento de 90.000.000,00 (noventa milhões de
reais), para a construção de Centros de Parto Normal (CPN) para assistência ao

CENTROS DE PARTO NORMAL


trabalho de parto, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido, adequados
à oferta de serviços de assistência ao parto de risco habitual, em regiões com va-
zios assistenciais, fortalecendo e qualificando o Sistema Único de Saúde (SUS). O
Ministério da Saúde disponibilizará projetos-padrão a fim de facilitar a execução.

1.1 O que são os Centros de Parto Normal (CPN)?

Os CPN são unidades de saúde destinadas ao atendimento do trabalho de parto,


parto, puerpério e cuidados com recém-nascidos de risco habitual.

Os CPN podem ser classificados em duas categorias:

a) CPN intra-hospitalares, que estão detalhados no Anexo III desta portaria;


b) CPN peri-hospitalares de 5 leitos, considerados para fins deste manual.
Esta fase de seleção contempla a construção de 30 CPN, com um inves-
timento total de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais). Esse montante

42
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

abrange tanto as obras quanto os equipamentos necessários para o funcio-


namento dos CPN.

Os recursos para a construção dos CPN podem ser obtidos das seguin-
tes maneiras:

CENTROS DE PARTO NORMAL


a) Por meio de convênio, no caso de obra pública, com auxílio da Caixa Eco-
nômica Federal.
b) Por meio de instrumento próprio, no caso de o ente optar por realizar Par-
ceria Público Privada (PPP) com aporte de recursos.

O Ministério da Saúde disponibilizará projetos padronizados para facilitar a exe-


cução do processo de construção dos CPN.

2. Objetivo da seleção

Selecionar manifestações de municípios e estados com interesse de construção


de Centros de Parto Normal (CPN) peri-hospitalares de 5 leitos, como parte do
programa de assistência ao parto de risco habitual. Sendo elegíveis, as solicitações
destinadas às áreas do país que se encontram em vazio assistencial.

3. Diretrizes Gerais

Para participação em projetos específicos do eixo da Saúde do Novo PAC, os


entes federados deverão inscrever proposta através do portal TRANSFEREGOV,
manifestando interesse de construção de CPN conforme prazos estabelecidos
na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro de 2023.

As análises e seleção das propostas serão realizadas pela Secretaria de Atenção


Especializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de suas competências, seguindo
os critérios estabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro de 2023,
observando os requisitos previstos na Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de
28 de setembro de 2017.

43
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

4. Quem pode se inscrever


O QUE É O
(elegibilidade)? TRANSFEREGOV

Nessa etapa, Estados, Distrito Federal e os


Municípios podem manifestar interesse em

CENTROS DE PARTO NORMAL


construção de CPN, desde que possuam:

• Maiores índices de mortalidade materna


da Macrorregião de Saúde.
• Vazio assistencial na região de saúde –
Prioridades para as macrorregiões de O TRANSFEREGOV constitui
saúde que apresentam as piores razões ferramenta integrada e cen-
de mortalidade materna. tralizada, com dados abertos,
• Vulnerabilidade socioeconômica da Ma- destinada à informatização
crorregião de Saúde; e à operacionalização das
• Recorte Regional. transferências de recursos
• População atendida. oriundos do Orçamento
• Possuir maternidade de referência na Fiscal e da Seguridade Social
Macrorregião de Saúde. da União a órgão ou entida-
• Adesão a Projeto Arquitetônico Padrão. de da administração pública
estadual, distrital, municipal,
5. Onde poderão estar direta ou indireta, consórcios

localizados os CPN solicitados/ públicos e entidades privadas

inscritos pelo ente elegível? sem fins lucrativos.

Os CPN solicitados deverão estar localizadas


em áreas estratégicas para melhor atender
a população materna e garantir os serviços
de assistência ao parto de risco habitual com
uma maternidade ou hospital de referência
com distância de até 20 minutos.

44
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

6. Diretrizes para a inscrição

6.1 Qual pessoa f ísica está autorizada a fazer a inscrição no


sistema como “gestor responsável”?

CENTROS DE PARTO NORMAL


A inscrição no sistema (Carta-consulta) é de responsabilidade exclusiva do gestor.

Gestor é a autoridade máxima do Poder Executivo ou o (a) secretários(a) de saúde


do ente federado. Ou seja, governador (no caso de estados e DF) ou prefeito (no
caso de municípios), bem como os secretários de saúde de cada ente.

Os gestores são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento e


deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio
sistema.

6.2 Como preencher o sistema? O que é Carta-consulta?

O gestor do ente federado realizará sua inscrição pelo sistema TRANSFEREGOV,


no qual deverá apresentar ou anexar informações e documentos. Preencher a
Carta-consulta eletrônica nada mais é que responder às perguntas disponíveis
nos campos do sistema online e anexar documentos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)


disponibilizará tutoriais online (https://www.gov.br/transferegov/pt-br/manuais/
transferegov/selecao-novo-pac) para auxiliar os gestores, enquanto o Ministério
da Saúde estará disponível para responder dúvidas e orientações adicionais, no
seguinte telefone 0800 644 8001, e disponibilizará vídeos explicativos, no seguinte
endereço eletrônico https://saibaafundo.saude.gov.br/novo_pac/.

No TRANSFEREGOV, para inscrever a proposta de CPN, o gestor deverá inserir as


seguintes informações:

45
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

i. Ofício que demonstre os objetivos e justificativas do pleito, e que contenha:

a) Possuir um estabelecimento hospitalar de referência.


b) Fornecer objetivos e justificativas para a construção do CPN, incluindo
informações sobre as regiões de Saúde e/ou municípios que o CPN atenderá

CENTROS DE PARTO NORMAL


(área de abrangência), dados populacionais para o planejamento (número de
mulheres em idade fértil/nascidos vivos) na área de abrangência do serviço,
previsão do número de atendimentos (usuárias/mês) no serviço a ser constru-
ído e quantitativo de usuárias que demandam atendimento, mas não obtêm
acesso devido à ausência de serviço de referência na região ou insuficiência
na oferta de atendimento na região.
c) Manifestar o interesse em aderir ao Projeto Arquitetônico Padrão dis-
ponibilizado pelo Ministério da Saúde.
d) Apresentar a Declaração de Posse do Terreno (DPT) que receberá a obra.
e) Fornecer detalhes do terreno, incluindo três fotos, endereço e localização
em mapa (incluindo latitude e longitude).
f) Apresentar a Comprovação de ciência da solicitação/proposta, por meio
do “Termo de Ciência,” emitida pela Comissão Intergestores Regional (CIR),
no caso de solicitação de município, ou pela Comissão Intergestores Bipartite
(CIB), no caso de solicitação de estado.

Informações a serem inseridas no campo da justificativa:

a) Quais os objetivos que se pretende atingir com o objeto solicitado;


b) Regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá (área de abran-
gência);
c) Dados populacionais epidemiológicos (maiores índices de mortalidade
materna) na área de abrangência do serviço;
d) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equi-
pamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funciona-
mento do serviço;
e) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para articulação com
demais pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde e atividades já exis-
tentes que serão potencializadas com a construção do serviço;

46
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

f) Concordância na adesão ao Projeto Arquitetônico Padrão disponibilizado


pelo Ministério da Saúde.

Atenção: no campo “valor total”, basta inserir o valor R$ 0,00.

CENTROS DE PARTO NORMAL


6.3 Quais documentos o gestor deve anexar no sistema?

Diversos documentos são exigidos e precisam ser anexados. Alguns dos docu-
mentos abaixo possuem modelos específicos, que estão disponíveis ao fim deste
manual e no próprio sistema TRANSFEREGOV, na aba anexos, referente aos
programas do Novo PAC.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos
deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

O ente federado proponente deverá apresentar ou anexar as seguintes informa-


ções e documentos obrigatórios no sistema do PAC:

Preenchimento da Carta-consulta eletrônica com informações sobre:

i) A construção do CPN, com dados sobre as regiões de Saúde e/ou municípios


que o serviço atenderá (área de abrangência);
ii) Dados populacionais;
iii) Manifestação de interesse em aderir ao Projeto Arquitetônico Padrão dis-
ponibilizado pelo Ministério da Saúde;
iv) Outras informações descritivas que o gestor julgue necessárias para sub-
sidiar o projeto;
DCCS -Declaração de Compromisso com Cofinanciamento do Custeio dos
Serviços, assinada pelo gestor, em que o ente federado se compromete com
o cofinanciamento do custeio dos serviços, conforme modelo disponível no
sistema TRANSFEREGOV e neste manual.

47
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

7. Critérios para a seleção

Para a seleção de propostas cadastradas, o Ministério da Saúde considerará os


seguintes critérios objetivos, não necessariamente nessa ordem de relevância:

CENTROS DE PARTO NORMAL


• Maiores índices de mortalidade materna da Macrorregião de Saúde.
• Vazio assistencial na região de saúde – Prioridades para as macrorregiões de
saúde que apresentam as piores razões de mortalidade materna.
• Vulnerabilidade socioeconômica da Macrorregião de Saúde;
• Recorte Regional.
• População atendida.
• Possuir maternidade de referência na Macrorregião de Saúde.
• Adesão a Projeto Arquitetônico Padrão.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos aptos para iniciarem o cadastro da proposta no
Portal InvestSUS.

8. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de CPN, deverão ser cumpridas outras etapas, que serão oportu-
namente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documentos e diligências
poderão ser necessárias.

9. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

48
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

10. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclusão


da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios

CENTROS DE PARTO NORMAL


e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas
e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

11. Documento Complementares:

Guia de orientação
Link para acesso aos documentos:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_projetos_arquiteto-
nicos_rede_cegonha.pdf

12. Legislação aplicável

• Portaria de Consolidação GM/MS nº 03/2017, do Ministério da Saúde, que


consolida as normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde;
• Portaria de Consolidação GM/MS nº 06/2017, do Ministério da Saúde, que
consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos
federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde.

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:


Coordenação-Geral de Atenção Hospitalar (CGAH/DAHU/SAES/MS)
Telefones: (61) 3315-6153
E-mail: cgah@saude.gov.br

49
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

MATERNIDADES
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação:

O Ministério da Saúde anunciou através do Novo Programa de Aceleração do


Crescimento (Novo PAC), o investimento de R$ 3.840.000.000,00 (três bilhões e
oitocentos de quarenta milhões de reais) para a Construção de Maternidades para

MATERNIDADES
atendimento ambulatorial e de urgência e emergência ginecológica e obstétrica
24hs, adequada à oferta de serviços de média e alta complexidade, em regiões
com vazios assistenciais, fortalecendo e qualificando o Sistema Único de Saúde
(SUS).

O Ministério da Saúde disponibilizará projetos-padrão padronizados a fim de


facilitar a execução.

Nesta fase de seleção, serão contempladas a construção de 30 maternidades,


distribuídas da seguinte forma:

• Maternidades Porte I (70 a 100 leitos): R$ 103.000.000,00 (incluindo obras


e equipamentos da maternidade do referido porte e o Centro de Parto Nor-
mal intra-hospitalar).

• Maternidades Porte II (101 a 150 leitos): R$ 153.000.000,00 (incluindo obras


e equipamentos da maternidade do referido porte e o Centro de Parto Nor-
mal intra-hospitalar).

1.1 O que são as Maternidades?

As maternidades são estabelecimentos de saúde que prestam assistência à mu-


lher, gestante, puérpera e recém-nascido, oferecendo serviços como internação
hospitalar, atendimento ambulatorial, de urgência e emergência obstétrica e/ou
ginecológica 24 horas.

51
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Classificação de Maternidades:

As maternidades sãoclassificadas em dois portes:

Maternidades Maternidades
Porte I: Porte II:

MATERNIDADES
Com 70 a 100 leitos. Com 101 a 150 leitos.

Propostas com Projeto de Centro


mais de 150 leitos de Parto Normal

Propostas que excedam 150 leitos serão Os projetos de maternidades


consideradas, desde que prevejam a co- devem incluir o projeto de
participação financeira do ente gestor, Centro de Parto Normal intra-
garantindo a diferença no valor da obra. hospitalar.

1.2 Os recursos para a construção das Maternidades podem


ser obtidos das seguintes maneiras:

a) Por meio de convênio, no caso de obra pública, com auxílio da Caixa


Econômica Federal;
b) Por meio de instrumento próprio, no caso de o ente optar por realizar
Parceria Público Privada (PPP) com aporte de recursos;

O Ministério da Saúde disponibilizará projetos padronizados para facilitar a exe-


cução do processo de construção das Maternidades.

2. Objetivo da seleção

Selecionar manifestações de interesse de construção de maternidades de média


e alta complexidade. O processo de seleção visa garantir a expansão e melhoria
desses serviços em conformidade com os critérios estabelecidos.

52
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

3. Diretrizes Gerais
O QUE É O
TRANSFEREGOV
Para participação em projetos específicos
do eixo da Saúde do Novo PAC, os entes fe-
derados deverão inscrever proposta através

MATERNIDADES
do portal TRANSFEREGOV, manifestando
interesse de construção de maternidades
conforme prazos estabelecidos na Portaria
GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro de 2023.

As análises e seleção das propostas serão O TRANSFEREGOV constitui


realizadas pela Secretária de Atenção Espe- ferramenta integrada e cen-
cializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de tralizada, com dados abertos,
suas competências, seguindo os critérios es- destinada à informatização
tabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 e à operacionalização das
de outubro de 2023, observando os requisitos transferências de recursos
previstos na Portaria de Consolidação GM/ oriundos do Orçamento
MS nº 6, de 28 de setembro de 2017. Fiscal e da Seguridade Social
da União a órgão ou entida-
4. Quem pode se inscrever de da administração pública
(elegibilidade)? estadual, distrital, municipal,
direta ou indireta, consórcios
Nessa etapa, Estados, Distrito Federal e os públicos e entidades privadas
Municípios podem manifestar interesse em sem fins lucrativos.
construção de maternidades, desde que pos-
suam:

• Maiores índices de mortalidade mater-


na da Macrorregião de Saúde.
• Vazio assistencial na região de saúde –
Prioridades para as macrorregiões de
saúde que apresentam as piores razões
de mortalidade materna.

53
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

• Vulnerabilidade socioeconômica da Macrorregião de Saúde.


• Proporcionalidade regional a fim de assegurar atendimento ao maior nú-
mero de estados.
• Maior número de habitantes atendidos.
• Adesão a Projeto Arquitetônico Padrão.

MATERNIDADES
Serão analisadas propostas de Estados, Municípios e Distrito Federal com base
nos seguintes critérios:

a) Distrito Federal, Municípios e/ou Estados com Macrorregiões com no mí-


nimo 200.000 (duzentos mil) habitantes.

b) Distrito Federal, Municípios e/ou Estados com Macrorregiões com no mí-


nimo 4.500 (quatro mil) nascidos vivos.

5. Onde poderão estar localizados as maternidades


solicitadas/inscritas pelo ente elegível?

As maternidades solicitadas deverão estar localizadas preferencialmente em áreas


estratégicas considerando o perfil e cobertura populacional do serviço.

6. Diretrizes para a inscrição

6.1. Qual pessoa f ísica está autorizada a fazer a inscrição no


sistema como “gestor responsável”?

A inscrição no sistema (Carta-consulta) é de responsabilidade exclusiva do gestor.

Gestor é a autoridade máxima do Poder Executivo ou o (a) secretários(a) de saúde


do ente federado. Ou seja, governador (no caso de estados e DF) ou prefeito (no
caso de municípios), bem como os secretários de saúde de cada ente.

54
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Os gestores são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento e


deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio
sistema.

6.2. Como preencher o sistema? O que é Carta-consulta?

MATERNIDADES
O gestor do ente federado realizará sua inscrição pelo sistema TRANSFEREGOV,
no qual deverá apresentar ou anexar informações e documentos. Preencher a
Carta-consulta eletrônica nada mais é que responder às perguntas disponíveis
nos campos do sistema online e anexar documentos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)


disponibilizará tutoriais online (https://www.gov.br/transferegov/pt-br/manuais/
transferegov/selecao-novo-pac) para auxiliar os gestores, enquanto o Ministério
da Saúde estará disponível para responder dúvidas e orientações adicionais, no
seguinte telefone 0800 644 8001, e disponibilizará vídeos explicativos, no seguinte
endereço eletrônico https://saibaafundo.saude.gov.br/novo_pac/.

No TRANSFEREGOV, para inscrever a proposta de maternidade, o gestor deverá


inserir as seguintes informações:

Objetivos e justificativas da construção, incluindo informações sobre as regiões de


Saúde e/ou municípios que a maternidade atenderá, dados populacionais para o
planejamento (mulheres em idade fértil/nascidos vivos) na área de abrangência
do serviço, previsão do número de atendimentos (usuárias/mês) no serviço a ser
construído e o quantitativo de usuárias que demandam atendimento, mas não
obtêm acesso devido à ausência de serviço de referência na região ou insufici-
ência na oferta de atendimento na região.

Informações a serem inseridas no campo da justificativa:

• Quais os objetivos que se pretende atingir com o objeto solicitado;


• Regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá (área de abrangência);
• Dados populacionais epidemiológicos na área de abrangência do serviço;

55
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

• Estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equipa-
mentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funcionamento
do serviço;
• Estratégias que serão adotadas pela gestão local para articulação com demais
pontos de atenção da Rede de Atenção à Saúde e atividades já existentes que

MATERNIDADES
serão potencializadas com a construção do serviço;
• Concordância na adesão ao Projeto Arquitetônico Padrão disponibilizado pelo
Ministério da Saúde.

Atenção: no campo “valor total”, basta inserir o valor R$ 0,00.

6.3. Quais documentos o gestor deve anexar no sistema?

Diversos documentos são exigidos e precisam ser anexados. Alguns dos docu-
mentos abaixo possuem modelos específicos, que estão disponíveis ao fim deste
manual e no próprio sistema TRANSFEREGOV, na aba anexos, referente aos
programas do Novo PAC.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos
deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

O ente federado proponente deverá apresentar ou anexar as seguintes


informações e documentos obrigatórios no sistema do PAC:

Preenchimento da Carta-consulta eletrônica com informações sobre:

i) As regiões de Saúde e/ou municípios que a maternidade atenderá (área de


abrangência);
ii) Dados populacionais para o planejamento (mulheres em idade fértil/nas-
cidos vivos) na área de abrangência do serviço;
iii) Previsão do número de atendimentos (usuárias/mês) no serviço a ser cons-
truído;

56
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

iv) Quantitativo de usuárias que demandam atendimento, mas não obtém


acesso por ausência de serviço de referência na região ou insuficiência na
oferta de atendimento na região;
v) Manifestação de interesse em aderir ao Projeto Arquitetônico Padrão dis-
ponibilizado pelo Ministério da Saúde.

MATERNIDADES
DPT - Declaração de Posse do Terreno que receberá a obra, assinada pelo gestor,
conforme modelo disponível nos anexos.

Detalhes do terreno: 3 fotos atuais, endereço completo e localização em mapa


(incluindo latitude e longitude).

TC – Termo de Ciência: comprovação de ciência da proposta, emitida pela Co-


missão Intergestores Regional – CIR (no caso de proposta oriunda do município)
ou Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no caso de proposta oriunda do go-
verno estadual).

DCCS - Declaração de Compromisso com Custeio dos Serviços, assinada pelo


gestor, em que o ente federado se compromete com o cofinanciamento do cus-
teio dos serviços.

7. Critérios de Seleção

Para a seleção de propostas cadastradas, o Ministério da Saúde considerará os


seguintes critérios objetivos, não necessariamente nessa ordem de relevância:

• Maiores índices de mortalidade materna da Macrorregião de Saúde.


• Vazio assistencial na região de saúde – Prioridades para as macrorregiões
de saúde que apresentam as piores razões de mortalidade materna.
• Vulnerabilidade socioeconômica da Macrorregião de Saúde.
• Proporcionalidade regional a fim de assegurar atendimento ao maior nú-
mero de estados.
• Maior número de habitantes atendidos.
• Adesão a Projeto Arquitetônico Padrão.

57
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos aptos para iniciarem o cadastro da proposta no
Portal InvestSUS.

MATERNIDADES
8. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de maternidades, deverão ser cumpridas outras etapas, que
serão oportunamente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documentos
e diligências poderão ser necessárias.

9. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

10. Documento Complementares:

Guia de orientação
Link para acesso aos documentos:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_projetos_
arquitetonicos_rede_cegonha.pdf

11. Legislação aplicável

• Portaria de Consolidação GM/MS nº 03/2017, do Ministério da Saúde, que


consolida as normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde;
• Portaria de Consolidação GM/MS nº 06/2017, do Ministério da Saúde, que
consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos
federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde;

58
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Coordenação-Geral de Atenção Hospitalar (CGAH/DAHU/SAES/MS)


Telefones: (61) 3315-6153
E-mail: cgah@saude.gov.br

MATERNIDADES

59
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

– SAMU
NOVAS
AMBULÂNCIAS
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação

O Ministério da saúde anunciou para os próximos quatro anos um investimento


de R$ 175.000.000,00, em compra centralizada no Ministério da Saúde, para en-
tregar 350 (trezentos e cinquenta) ambulâncias SAMU 192 na 1ª etapa de seleção,

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


com foco nos vazios assistenciais do país.

O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que visa promover


investimentos em políticas públicas e infraestrutura, tem como uma de suas
metas dentro da Atenção Especializada à Saúde a Universalização da cobertura
do SAMU 192 para todo o Brasil.

1.1 O que é o SAMU 192 e quais são suas modalidades?

O SAMU 192 é um componente assistencial


móvel da Rede de Atenção às Urgências que
tem como objetivo chegar precocemente à
vítima após ter ocorrido um agravo à sua saú-
de (de natureza clínica, cirúrgica, traumática,
obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras)
que possa levar a sofrimento, à sequelas ou
mesmo à morte, mediante o envio de veículos
tripulados por equipe capacitada, acessado
pelo número “192” e acionado por uma Central
de Regulação das Urgências.

As Unidades Móveis para atendimento de urgência podem ser das


seguintes espécies:

I - Unidade de Suporte Básico de Vida II - Unidade de Suporte Avançado


Terrestre: tripulada por no mínimo 2 de Vida Terrestre: tripulada por no
(dois) profissionais, sendo um condutor mínimo 3 (três) profissionais, sendo
de veículo de urgência e um técnico ou um condutor de veículo de urgência,
auxiliar de enfermagem; um enfermeiro e um médico;

61
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

2. Objetivo da seleção
O QUE É O
TRANSFEREGOV
Selecionar manifestações de municípios e
estados com interesse de expansão da fro-
ta de ambulâncias do SAMU 192, destinada

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


às áreas do país que se encontram cobertas
parcialmente por uma Central de Regulação
de Urgências – CRU. Assim, sendo elegíveis,
estados em cujo território haja Macrorregiões
de Saúde com cobertura parcial de Central
de Regulação das Urgências – SAMU 192. O TRANSFEREGOV constitui
ferramenta integrada e cen-
3. Diretrizes Gerais tralizada, com dados abertos,
destinada à informatização
Para participação em projetos específicos do e à operacionalização das
eixo da Saúde do Novo PAC, os entes fede- transferências de recursos
rados deverão inscrever proposta através do oriundos do Orçamento
portal TRANSFEREGOV, manifestando inte- Fiscal e da Seguridade Social
resse em expansão de frota conforme prazos da União a órgão ou entida-
estabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de de da administração pública
9 de outubro de 2023. estadual, distrital, municipal,
direta ou indireta, consórcios
As análises e seleção das propostas serão públicos e entidades privadas
realizadas pela Secretária de Atenção Espe- sem fins lucrativos.
cializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de
suas competências, seguindo os critérios es-
tabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9
de outubro de 2023, observando os requisitos
previstos na Portaria de Consolidação GM/
MS nº 6, de 28 de setembro de 2017.

62
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

4. Quem pode se inscrever (elegibilidade)?

Nessa etapa, Estados, Distrito Federal e os Municípios podem manifestar interesse


em expandir a frota SAMU 192, desde que possuam:

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


• Vazio assistencial na região de saúde – Menor percentual de cobertura do
SAMU 192 na Macrorregião de Saúde objeto da proposta;
• Elevado Tempo-resposta na região de cobertura da CRU;
• Recorte Regional – Baixo percentual do território coberto por SAMU 192 com
a proposta;
• Proporcionalidade regional a fim de assegurar atendimento ao maior nú-
mero de estados.

O critério de “Elevado Tempo-resposta na região de cobertura da CRU” con-


siderará o georreferenciamento das unidades descentralizadas, os pontos de
atenção pactuados em grade de referência (pré-hospitalar fixo e hospitalar)
e as condições geográficas (espaço urbano e rural), de forma a selecionar os
entes cujas propostas significam melhorias substantivas no Tempo-resposta.

5. Onde poderão estar localizados as unidades móveis (USA


e USB) para expansão de f rota solicitados/inscritos pelo
ente elegível?

As unidades móveis (USA e USB) expansão de frota solicitadas deverão estar


localizadas em áreas estratégicas para melhor atender a população e garantir
uma resposta rápida em casos de emergência.

6. Diretrizes para a inscrição

6.1 Qual pessoa f ísica está autorizada a fazer a inscrição no


sistema como “gestor responsável”?

A inscrição no sistema (Carta-consulta) é de responsabilidade exclusiva do gestor.


Gestor é a autoridade máxima do Poder Executivo ou o(a) secretário(a) de saúde

63
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

do ente federado. Ou seja, governador (no caso de estados e DF) ou prefeito (no
caso de municípios), bem como os secretários de saúde de cada ente.

Os gestores são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento e


deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


sistema.

6.2 Como preencher o sistema? O que é Carta-consulta?

O gestor do ente federado realizará sua inscrição pelo sistema TRANSFEREGOV,


no qual deverá apresentar ou anexar informações e documentos. Preencher a
Carta-consulta eletrônica nada mais é que responder às perguntas disponíveis
nos campos do sistema online e anexar documentos.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)


disponibilizará tutoriais online (https://www.gov.br/transferegov/pt-br/manuais/
transferegov/selecao-novo-pac) para auxiliar os gestores, enquanto o Ministério
da Saúde estará disponível para responder dúvidas e orientações adicionais, no
seguinte telefone 0800 644 8001, e disponibilizará vídeos explicativos, no seguinte
endereço eletrônico https://saibaafundo.saude.gov.br/novo_pac/.

No TRANSFEREGOV, para inscrever a proposta de expansão de frota


SAMU 192, o gestor deverá inserir as seguintes informações:

Ofício que demonstre os objetivos e justificativas do pleito, que contenha:

Informações sobre as necessidades do município/região em questão que pas-


sará a integrar o SAMU 192 Regional; informações sobre a regulação/cobertura
da CRU contendo o georreferenciamento dos principais estabelecimentos
de saúde; informações do endereço completo onde a CRU está implantada
(logadouro, número, bairro, município/estado e CEP); informações que com-
provem a melhoria do tempo-resposta absoluto da região de cobertura da
Central de Regulação das Urgências; e outras informações descritivas que o
gestor julgue necessárias para subsidiar o projeto;

64
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Informações a serem inseridas no campo da justificativa:

a) Quais os objetivos que se pretende atingir com o objeto solicitado;


b) Regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá (área de abran-

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


gência);
c) Dados populacionais epidemiológicos (apresentação do percentual de
mortalidade específico por Capítulos do CID-10 e percentual de morbidade
por caráter de atendimento (urgência) e dos agravos relacionados às linhas
de cuidados prioritárias (cardiologia, neurologia e traumatologia/ortopedia)
conforme Capítulos do CID-10 por região de saúde) na área de abrangência
do serviço;
d) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equi-
pamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funciona-
mento da base descentralizada;
e) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para articulação com de-
mais pontos de atenção da RAU (Rede de Atenção às Urgências) e atividades
já existentes que serão potencializadas com a construção do serviço;
f) Concordância na adesão ao Projeto Arquitetônico Padrão disponibilizado
pelo Ministério da Saúde.

Atenção: no campo “valor total”, basta inserir o valor R$ 0,00.

6.3 Quais documentos o gestor deve anexar no sistema?

Diversos documentos são exigidos e precisam ser anexados. Alguns dos docu-
mentos abaixo possuem modelos específicos, que estão disponíveis ao fim des-
te manual e no próprio sistema TRANSFEREGOV, na aba anexos, referente aos
programas do Novo PAC.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos

65
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

O ente federado proponente deverá apresentar ou anexar as seguintes


informações e documentos obrigatórios no sistema do PAC:

Preenchimento da Carta-consulta eletrônica com informações que demonstrem

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


os objetivos e justificativas, tais como:

• A necessidade do município/região integrar o SAMU 192 Regional;


• A melhoria do tempo-resposta absoluto da região de cobertura da Central
de Regulação das Urgências;
• Outras informações descritivas que o gestor julgue necessárias para sub-
sidiar o projeto.

Os documentos são os seguintes:

TC – Termo de Ciência: comprovação de ciência da proposta, emitida pela


Comissão Intergestores Regional – CIR (no caso de proposta oriunda do
município) ou da Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no caso de pro-
posta oriunda do governo estadual) que aprova o detalhamento técnico
da expansão de frota;

DCCS - Declaração de Compromisso com Custeio dos Serviços, assinada


pelo gestor, em que o ente federado se compromete com o cofinanciamento
do custeio dos serviços, que deverá ser aplicado à capacitação e educação
permanente, manutenção das equipes efetivamente implantadas, reformas
na Base Descentralizada, insumos, manutenção de equipamentos e das
Unidades Móveis. Além de garantir que a Base Descentralizada apresente
a infra - estrutura mínima necessária para abrigo, alimentação, conforto
das equipes e estacionamento coberto da(s) ambulância(s);

Declaração de compromisso com os serviços de emplacamento e seguro


dos veículos.
7. Critérios para a seleção

66
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Para a seleção de propostas cadastradas, o Ministério da Saúde considerará os


seguintes critérios objetivos, não necessariamente nessa ordem de relevância:

• Vazio assistencial na região de saúde – Menor percentual de cobertura

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


do SAMU 192 na Macrorregião de Saúde objeto da proposta;
• Elevado Tempo-resposta na região de cobertura da CRU;
• Recorte Regional – Baixo percentual do território coberto por SAMU 192
com a proposta;
• Proporcionalidade regional a fim de assegurar atendimento ao maior nú-
mero de estados.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos aptos para iniciarem o cadastro da proposta no
Portal InvestSUS.

8. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para expansão de frota SAMU 192, deverão ser cumpridas outras etapas, que
serão oportunamente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documentos
e diligências poderão ser necessárias.

9. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.
10. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após

67
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

recebimento da unidade móvel?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios
e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas

NOVAS AMBULÂNCIAS – SAMU


e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

11. Documento Complementares:

Manual de Identidade Visual – Versão 1.2/2012.


Link para acesso aos documentos:
Grafismo Ambulância Padrão SAMU 192 (Unidade de Suporte Básico) —
Ministério da Saúde (www.gov.br)

12. Legislação aplicável

• Portaria de Consolidação GM/MS nº 03/2017, do Ministério da Saúde, que


consolida as normas sobre as redes do Sistema Único de Saúde;
• Portaria de Consolidação GM/MS nº 06/2017, do Ministério da Saúde, que
consolida as normas sobre o financiamento e a transferência dos recursos
federais para as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde;
• Portaria GM/MS nº 958, de 17 de julho de 2023, que altera a Portaria de Con-
solidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre os valores
do incentivo financeiro de custeio para manutenção das unidades móveis e
Centrais de Regulação das Urgências efetivamente implantadas do SAMU 192.

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Coordenação-Geral de Urgência (CGURG/DAHU/SAES/MS)


Telefones: (61) 3315-9210 / 8980
E-mail: cgurg@saude.gov.br

68
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

OFICINAS
ORTOPÉDICAS
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 13,3 milhões para a cons-


trução de Oficinas Ortopédicas no País. Essa ação faz parte do eixo da Saúde do
Programa de Aceleração e Crescimento (Novo PAC), que visa promover investi-

OFICINAS ORTOPÉDICAS
mentos em políticas públicas e infraestrutura.

1.2 O que são as Of icinas Ortopédicas

As Oficinas Ortopédicas são serviços de confecção, dispensação, adaptação e ma-


nutenção de órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM) e podem
ser: Oficina Ortopédica Fixa; e Oficina Ortopédica Itinerante. Estão passíveis de
execução de obra de construção as Oficinas Ortopédicas Fixas.

2. Objetivo da seleção

Selecionar manifestações de interesse de construção de Oficinas Ortopédicas


em Estados ou regiões de saúde com vazio assistencial.

3. Diretrizes Gerais

Para participação em projetos específicos do eixo da Saúde do Novo PAC, os


entes federados deverão inscrever proposta através do portal TRANSFEREGOV,
manifestando interesse em construção de Oficina Ortopédica conforme prazos
estabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro de 2023.

As análises e seleção das propostas serão realizadas pela Secretária de Atenção


Especializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de suas competências, seguindo
os critérios estabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro de 2023,
observando os requisitos previstos na Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de
28 de setembro de 2017.

70
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

4. Quem pode se inscrever


O QUE É O
(elegibilidade) TRANSFEREGOV

Entes federativos localizados em regiões de


saúde que não possuem oficina ortopédica

OFICINAS ORTOPÉDICAS
visando a ampliação da oferta de serviços,
bem como a concessão de próteses, órteses
e outros equipamentos auxiliares, no âmbito
da atenção especializada, às pessoas com
deficiência.
O TRANSFEREGOV constitui
5. Onde poderão estar ferramenta integrada e cen-

localizados os CER solicitados/ tralizada, com dados abertos,

inscritos pelo ente elegível destinada à informatização


e à operacionalização das

Em municípios localizados nas regiões de transferências de recursos

saúde com vazio assistencial de serviços de oriundos do Orçamento

Oficina Ortopédica. Destaca-se que a ofici- Fiscal e da Seguridade Social

na ortopédica deverá estar vinculada a um da União a órgão ou entida-

serviço de reabilitação física habilitado pelo de da administração pública

Ministério da Saúde (Centro Especializado estadual, distrital, municipal,

em Reabilitação ou serviços de modalidade direta ou indireta, consórcios

única). públicos e entidades privadas


sem fins lucrativos.

6. Diretrizes para inscrição

No ato de inscrição da manifestação, o ente


federado deverá realizar o preenchimento,
em formato eletrônico, da Carta-consulta ele-
trônica com informações que demonstrem
os objetivos e justificativas do pleito. Para
maiores informações, orienta-se consultar o
Manual de Orientações da Seleção do Novo

71
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

PAC Saúde, disponível nos sítios eletrônicos do Fundo Nacional de Saúde e do


Ministério da Saúde.

6.1 Documentos para inscrição

OFICINAS ORTOPÉDICAS
Seguem as informações e documentações a serem apresentadas:

a) Ofício que demonstre os objetivos e justificativas do pleito, que contenha:


Informações sobre as regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço aten-
derá (área de abrangência); estratégias que serão adotadas pela gestão local
para aquisição de equipamentos/materiais, contratação de profissionais e
custeio para o funcionamento da unidade após conclusão da obra; previsão
do número de atendimentos (usuários/mês) no serviço a ser construído por
especialidades; quantitativo de usuários que demandam atendimento, mas
não obtém acesso por ausência de serviço de referência na região ou insufici-
ência na oferta de atendimento na região; e qual serviço de reabilitação física
habilitado pelo Ministério da Saúde (Centro Especializado em Reabilitação ou
serviço de modalidade única) a oficina ortopédica estará vinculada.

b) DPT - Declaração de Posse do Terreno que receberá a obra;

c) Detalhes do terreno: 3 fotos, endereço e localização em mapa (incluindo


latitude e longitude);

d) TC - Comprovação de ciência da solicitação/proposta (“Termo de Ciên-


cia”) emitida pela Comissão Intergestores Regional – CIR (no caso de solici-
tação de município) ou Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no caso de
solicitação de estado);

e) DCCS - Declaração de Compromisso com Custeio dos Serviços.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado

72
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos
deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

7. Critérios para a seleção

OFICINAS ORTOPÉDICAS
A seleção das propostas apresentadas irá considerar os seguintes critérios:

• Vazio assistencial de Oficina Ortopédica no Estado; ou


• Vazio assistencial de Oficina Ortopédica na região de saúde.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos aptos para iniciarem o cadastro da proposta no
Portal InvestSUS.

8. Critérios para cadastro e habilitação:

Para cadastro da proposta de construção da Oficina Ortopédica no Portal Invest-


SUS o ente federado proponente apto deverá apresentar ou anexar as seguintes
informações e documentos:

8.1 Informações a serem inseridas no campo da justif icativa:

a) Quais os objetivos que se pretende atingir com o objeto solicitado;

b) Regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá (área de abran-


gência);

c) Dados populacionais das pessoas com deficiência na área de abrangência


do serviço;

d) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equi-
pamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funciona-
mento da unidade após conclusão da obra;

73
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

e) Previsão do número de atendimentos (usuários/mês) no serviço a ser cons-


truído por modalidade de reabilitação, bem como a estimativa de OPMs não
cirúrgicas a serem concedidas; e

f) Quantitativo de usuários que demandam atendimento, mas não obtém

OFICINAS ORTOPÉDICAS
acesso por ausência de serviço de referência na região ou insuficiência na
oferta de atendimento na região; e

g) Qual serviço de reabilitação física habilitado pelo Ministério da Saúde (Cen-


tro Especializado em Reabilitação ou serviço de modalidade única) a oficina
ortopédica estará vinculada.

8.2 Documentos obrigatórios:

a) Resolução CIB / CGSES-DF aprovando o pleito de construção, com a


demonstração do total de recursos orçamentário-f inanceiros de capi-
tal e custeio que cada ente federativo (município, estado e União) deverá
arcar para viabilizar o pleno funcionamento da Oficina Ortopédica, con-
forme a Seção V da Resolução de Consolidação CIT nº 1, de 30/03/2021.

b) “Declaração de posse do terreno”, com data vigente e assinatura pelo


gestor responsável pela obra, de acordo com o modelo disponível no site ht-
tps://portalfns.saude.gov.br/sismob-2-0/, ou certidão atualizada emitida em
cartório de registro de imóveis, que comprove o exercício pleno dos poderes
de propriedade do imóvel; e

c) Fotos do terreno, sendo pelo menos três fotos de ângulos diferentes, que
demonstrem o contexto urbano.

Após o cadastro da proposta será realizada a análise e emissão de parecer téc-


nico de mérito. Caso a proposta seja aprovada, será publicado o ato normativo
habilitando o ente público a receber o recurso de investimento para execução
da obra de construção.

74
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

9. Prazos e etapas após aprovação das propostas:

O gestor local deverá cumprir os seguintes prazos máximos para conclusão das
etapas, sob pena de cancelamento da proposta:

OFICINAS ORTOPÉDICAS
• Etapa de Ação preparatória - fase iniciada com a habilitação da proposta
em portaria específica e finalizada com o parecer favorável para transferên-
cia dos recursos da União, devendo ser superada dentro do prazo máximo
de 270 (duzentos e setenta) dias, prorrogáveis por mais 270 (duzentos e
setenta) dias;
• Etapa de Início de execução da obra - fase iniciada com a transferência
dos recursos financeiros da União e finalizada com a informação de execu-
ção de 30% da obra, devendo ser superada dentro do prazo máximo de 90
(noventa) dias, prorrogáveis por mais 90 (noventa) dias;
• Etapa de Execução e Conclusão da obra - fase iniciada com a informação
de execução de 30% da obra e finalizada com a informação de execução de
100% da obra, devendo ser superada dentro do prazo máximo de 270 (du-
zentos e setenta) dias, prorrogáveis por mais 270 (duzentos e setenta) dias; e
• Etapa de Entrada em Funcionamento - aplicável para os objetos ampliação
e construção, fase iniciada com a informação sobre execução de 100% da
obra e finalizada com a informação sobre a data de início do funcionamento
e número do registro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES), devendo ser superada dentro do prazo máximo de 90 (noventa)
dias, prorrogáveis por mais 90 (noventa) dias.

Após a habilitação em portaria, o município/estado deverá atualizar periodica-


mente a situação da obra, inclusive as etapas de ação preparatória e de entrada
em funcionamento, no mínimo, a cada 60 (sessenta) dias, cessando a obrigação
com a inserção da informação sobre data de funcionamento nos casos de cons-
trução ou atestado de conclusão.

75
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

10. Elaboração do projeto da Of icina Ortopédica Fixa

A Coordenação Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência não possui o projeto de


referência para a tipologia Oficina Ortopédica Fixa, para a elaboração do mesmo,
o gestor deve usar como referência os seguintes documentos:

OFICINAS ORTOPÉDICAS
• Manual de Ambiência dos Centros Especializados em Reabilitação (CER)
e das Oficinas Ortopédicas;
• Orientações para elaboração de Projeto de Arquitetura Para Centro Espe-
cializado em Reabilitação (CER) e Oficina Ortopédica;
• ANEXO 1 do ANEXO VI da Portaria de Consolidação GM/MS nº 3 de 28 de
setembro de 2017, que estabelece os requisitos mínimos de ambientes para
os componentes da Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa
com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS);
• RDC Anvisa Nº 50 de 21 de fevereiro de 2002, que estabelece os requisitos
para a Infraestrutura de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde;
• RDC Anvisa Nº 51 de 06 de outubro de 2011, que estabelece os Requisitos
para Aprovação de Projetos Físicos de Estabelecimentos de Saúde;
• RDC Anvisa Nº 222 de 28 de março de 2018 - Regulamenta as Boas Práticas de
Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências;
• ABNT NBR 9050:2020 Versão Corrigida:2021 - Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos;
• ABNT NBR 16537: 2016 Versão Corrigida 2:2018 - Acessibilidade — Sinalização
tátil no piso —Diretrizes para elaboração de projetos e instalação;
• ABNT NBR 16651:2019 – Proteção contra incêndios em estabelecimentos
assistenciais de saúde (EAS) – Requisitos.

11. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de Oficinas Ortopédicas, deverão ser cumpridas outras etapas,
que serão oportunamente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documen-
tos poderão ser solicitados e diligências poderão ser necessárias.

76
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

12. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à

OFICINAS ORTOPÉDICAS
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

13. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclusão


da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios
e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas
e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Para fazer jus ao incentivo financeiro de custeio federal ou obter recurso de in-
vestimento para aquisição de equipamentos e materiais permanentes para a
Oficina Ortopédica no âmbito da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência,
conforme Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, Título
VIII, Capítulo IV, Seção II, o pleito deverá:

• Estar pactuado no Plano de Ação da Rede de Cuidados à Pessoa com


Deficiência (RCPD) do estado, devidamente encaminhado à CGSPD/DAET/
SAES/MS; e

• Estar homologado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) ou no Co-


legiado de Gestão da Secretaria de estado de Saúde do Distrito Federal
(CGSES/DF), inclusive quanto à sua ordem de prioridade para os estados,
municípios e/ou Distrito Federal, a partir de critérios definidos localmente.

77
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

14. Legislação aplicável e Documento Complementares para


execução das obras:

Base legal Link para consulta

OFICINAS ORTOPÉDICAS
Portaria de Consolidação nº 6, de 28 de Portaria de Consolidação GM/MS nº 6 de 28
setembro de 2017 - TÍTULO IX de setembro de 2017 TÍTULO IX

Portaria de Consolidação nº 3, de 28 de
Portaria de Consolidação GM/MS nº 3 de 28
setembro de 2017 -
de setembro de 2017 Anexo 1 do Anexo VI,
ANEXO 1 DO ANEXO VI

Resolução CIT n.º 10, https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/


de 8 de dezembro de 2016. cit/2016/res0010_08_12_2016.html

https://portalfns.saude.gov.br/wp-content/
Manual de Ambiência dos Centros uploads/2021/08/Manual-de-Ambiencia-dos-
Especializados em Reabilitação (CER) e das Centros-Especializados-em-Reabilitacao-e-
Oficinas Ortopédicas. das-Oficinas-Ortopedicas_07-de-outubro-
de-2020_.pdf
Orientações para elaboração de projeto de https://portalfns.saude.gov.br/wp-content/
arquitetura para Centro Especializado em uploads/2021/08/Orientacoes-para-
Reabilitação (CER) e Oficina Ortopédica. elaboracao-de-Projeto-de-Arquitetura.pdf

ABNT NBR 9050:2020 - https://www.caurn.gov.br/wp-content/


Acessibilidade a edificações, mobiliário, uploads/2020/08/ABNT-NBR-9050-15-
espaços e equipamentos urbanos Acessibilidade-emenda-1_-03-08-2020.pdf
ABNT NBR 16537:2016
Versão Corrigida 2:2018 - Acessibilidade - https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
Sinalização tátil no piso - Diretrizes para secretarias/upload/NBR%2016537.pdf
elaboração de projetos e instalação.

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
RDC Anvisa nº 50 de 21/02/2002
anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
RDC Anvisa nº 51 de 06/10/2011
anvisa/2011/rdc0051_06_10_2011.html

Valores do Financiamento Federal para construção de Centros


Especializados em Reabilitação

Com o objetivo de induzir a implantação e estruturação dos componentes da


Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência (RCPD),
a melhoria da qualidade e a ampliação do acesso à reabilitação no SUS, o Minis-
tério da Saúde prevê os seguintes recursos de investimentos para a construção
de Centros Especializados em Reabilitação:

78
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Quadro 1: Valores Máximos para construção de Centros Especializados em


Reabilitação por Região Geográf ica

Centro VALOR MÁXIMO POR REGIÃO


Especializado
em
Reabilitação -
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

OFICINAS ORTOPÉDICAS
TIPOLOGIA

CER II - Auditiva
R$ 6.293.000,00 R$ 5.928.000,00 R$ 6.653.000,00 R$ 6.496.000,00 R$ 6.388.000,00
e Física

CER II - Auditiva
R$ 5.313.000,00 R$ 5.004.000,00 R$ 5.617.000,00 R$ 5.484.000,00 R$ 5.393.000,00
e Intelectual

CER II - Auditiva
R$ 5.520.000,00 R$ 5.199.000,00 R$ 5.836.000,00 R$ 5.698.000,00 R$ 5.603.000,00
e Visual

CER II - Física e
R$ 6.069.000,00 R$ 5.716.000,00 R$ 6.416.000,00 R$ 6.264.000,00 R$ 6.160.000,00
Intelectual

CER II - Física e
R$ 6.293.000,00 R$ 5.928.000,00 R$ 6.653.000,00 R$ 6.496.000,00 R$ 6.388.000,00
Visual

CER II -
Intelectual e R$ 5.313.000,00 R$ 5.004.000,00 R$ 5.617.000,00 R$ 5.484.000,00 R$ 5.393.000,00
Visual

CER III -
Auditiva, Física e R$ 6.908.000,00 R$ 6.504.000,00 R$ 7.301.000,00 R$ 7.129.000,00 R$ 7.008.000,00
Intelectual

CER III - Auditiva,


R$ 6.690.000,00 R$ 6.299.000,00 R$ 7.073.000,00 R$ 6.905.000,00 R$ 6.789.000,00
Física e Visual

CER III - Auditiva,


Intelectual e R$ 6.293.000,00 R$ 5.927.000,00 R$ 6.654.000,00 R$ 6.496.000,00 R$ 6.389.000,00
Visual

CER III - Física,


Intelectual e R$ 6.880.000,00 R$ 6.479.000,00 R$ 7.272.000,00 R$ 7.101.000,00 R$ 6.982.000,00
Visual

CER IV - Auditiva,
Física, Intelectual R$ 7.615.000,00 R$ 7.173.000,00 R$ 8.052.000,00 R$ 7.861.000,00 R$ 7.730.000,00
e Visual

*Observação: Valores definidos conforme Cartilha para Apresentação de Propostas


ao Ministério da Saúde 2023.

Os valores informados estão sujeitos à alteração e serão publicizados na Cartilha


para Apresentação de Propostas ao Ministério da Saúde do ano vigente.

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Coordenação-Geral de Saúde da Pessoa com Deficiência (CGSPD/DAET/SAES/MS)


Telefones: (61) 3315-6238 / 9113
E-mail: pessoacomdeficiencia@saude.gov.br

79
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

POLICLÍNICAS
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1. Apresentação

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 1,026 bilhão para a cons-


trução de 54 Policlínicas Regionais no País. Essa ação faz parte do eixo da Saúde
do Programa de Aceleração e Crescimento (Novo PAC), que visa promover inves-

POLICLÍNICAS
timentos em políticas públicas e infraestrutura.

A construção de Policlínicas Regionais permitirá a expansão da atenção ambula-


torial especializada nos diferentes territórios brasileiros, ampliando a capacidade
instalada atual de acordo com a realidade epidemiológica local, sobretudo nas
regiões de vazio assistencial para Policlínicas Regionais.

1.1 Policlínicas Regionais

Policlínicas Regionais são Unidades Especializadas de Apoio Diagnóstico, com


serviços de consultas clínicas com médicos de especialidades diferentes (defi-
nidas com base no perfil epidemiológico da população da região), realização
de exames gráficos e de imagem com fins diagnósticos e oferta de pequenos
procedimentos.

As Policlínicas contarão com estrutura física em dois portes, sendo Porte I com
2000 m² e Porte II com 3000 m² de área construída. A oferta de serviços deverá
atender as especificidades regionais de acordo com a realidade epidemiológica
local e o reconhecimento de vazios assistenciais, podendo apresentar diferentes
configurações de equipe, equipagem e linhas de cuidado ofertadas, buscando
atuar na continuidade do cuidado oferecido pela Atenção Primária à Saúde, au-
mentando a resolutividades das redes locais de saúde.

2. Objetivo da seleção

Selecionar manifestações de interesse de construção de Policlínicas Regionais


em municípios localizados nas regiões de saúde com vazio assistencial para Po-
liclínicas Regionais

81
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

3. Diretrizes Gerais
O QUE É O
TRANSFEREGOV
Para participação em projetos específicos
do eixo da Saúde do Novo PAC, os entes fe-
derados deverão inscrever proposta através

POLICLÍNICAS
do portal TRANSFEREGOV, manifestando
interesse em construção de Policlínicas Re-
gionais conforme prazos estabelecidos na
Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro de
2023.
O TRANSFEREGOV constitui
As análises e seleção das propostas serão ferramenta integrada e cen-
realizadas pela Secretária de Atenção Espe- tralizada, com dados abertos,
cializada à Saúde – SAES/MS, no âmbito de destinada à informatização
suas competências, seguindo os critérios es- e à operacionalização das
tabelecidos na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 transferências de recursos
de outubro de 2023, observando os requisitos oriundos do Orçamento
previstos na Portaria de Consolidação GM/ Fiscal e da Seguridade Social
MS nº 6, de 28 de setembro de 2017. da União a órgão ou entida-
de da administração pública
4. Quem pode se inscrever estadual, distrital, municipal,
(elegibilidade) direta ou indireta, consórcios
públicos e entidades privadas
Nesta etapa, todos os Estados, Distrito Fe- sem fins lucrativos.
deral e Municípios podem manifestar inte-
resse em construção de Policlínicas, desde
que cumpram as seguintes regras:

a) Se a proposta for oriunda do governo


estadual ou distrital, estes poderão solicitar
policlínicas para quaisquer macrorregiões
de saúde, conforme o porte populacional.

82
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

i. Para Macrorregiões de Saúde com 200 mil a 400 mil habitantes: pode soli-
citar construção de 01 (uma) ou mais Policlínicas de Porte I;

ii. Para Macrorregiões de Saúde com mais de 400 mil habitantes: pode solicitar
construção de 01 (uma) ou mais Policlínicas de Porte I ou II.

POLICLÍNICAS
* Para a região Norte do Brasil, o recorte populacional da Macrorregião será de
150 a 300 mil habitantes (para situação a.i) e 300 mil habitantes (para situação a.ii)

b) Se a proposta for oriunda de município, este poderá solicitar policlínicas para


a sua própria macrorregião ou região de saúde, observando o seguinte:

i. Município com mais de 400 mil habitantes: pode solicitar 01 (uma) ou mais
Policlínicas de Porte I ou II;
ii. Município com menos de 400 mil habitantes: precisa apresentar pactua-
ção junto a outros municípios da sua Macrorregião ou Região de Saúde, com
abrangência de atendimento de no mínimo 200 mil habitantes.

É importante lembrar que vazio assistencial é um dos critérios de seleção. Ou


seja, caso a macrorregião para a qual seja solicitada policlínica já esteja coberta
por policlínica, é baixa a probabilidade de ser selecionado.

5. Onde poderão estar localizadas as Policlínicas solicitadas/


inscritas pelo ente elegível

Em municípios localizados nas regiões de saúde com vazio assistencial de poli-


clínicas, respeitadas as regras do item anterior.

6. Manifestação de interesse e requisitos para inscrição:

6.1 Documentos e requisitos para inscrição:

Preenchimento da Carta-consulta eletrônica com informações que demonstrem

83
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

os objetivos e justificativas do pleito contendo os seguintes documentos e in-


formações:

a) Sobre as Macrorregião, a região de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá


(área de abrangência); especialidades e serviços de apoio diagnóstico que serão

POLICLÍNICAS
ofertados; dados populacionais para o planejamento na área de abrangência do
serviço; estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equi-
pamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funcionamento
da unidade após conclusão da obra; previsão do número de atendimentos (usuá-
rios/mês) no serviço a ser construído por especialidades; quantitativo de usuários
que demandam atendimento, mas não obtêm acesso por ausência de serviço de
referência na região ou insuficiência na oferta de atendimento na região;

6.2 Documentos Obrigatórios

a) DPT - Declaração de Posse do Terreno que receberá a obra, conforme


modelo disponibilizado;
b) Detalhes do terreno: 3 fotos, endereço e localização em mapa (incluindo
latitude e longitude);
c) TC - Comprovação de ciência da solicitação/proposta (“Termo de Ciên-
cia”) emitida pela Comissão Intergestores Regional – CIR (no caso de solici-
tação de município) ou Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no caso de
solicitação de estado);
d) D3CS - Declaração de Compromisso com Cofinanciamento do Custeio
dos Serviços, assinada pelo gestor, conforme modelo disponibilizado.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos
deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

84
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

7. Diretrizes para a inscrição

7.1. Qual pessoa f ísica está autorizada a fazer a inscrição no


sistema como “gestor responsável”?

POLICLÍNICAS
A inscrição no sistema da carta-consulta é de responsabilidade exclusiva do gestor.

O Gestor é a autoridade máxima do Poder Executivo ou o (a) secretário(a) de saúde


do ente federado. Ou seja, governador (no caso de estados e DF) ou prefeito (no
caso de municípios), bem como os secretários de saúde de cada ente.

Os gestores são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento e


deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio
sistema.

7.2. Como preencher o sistema? O que é Carta-consulta?

O gestor do ente federado realizará sua inscrição pelo sistema TRANSFEREGOV,


no qual deverá apresentar ou anexar informações e documentos. Preencher a
carta-consulta eletrônica e responder as perguntas disponíveis nos campos do
sistema online, bem como anexar documentos obrigatórios.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)


disponibilizará tutoriais online (https://www.gov.br/transferegov/pt-br/manuais/
transferegov/selecao-novo-pac) para auxiliar os gestores, enquanto o Ministério
da Saúde estará disponível para responder dúvidas e orientações adicionais, no
seguinte telefone 0800 644 8001, e disponibilizará vídeos explicativos, no seguinte
endereço eletrônico https://saibaafundo.saude.gov.br/novo_pac/.

No TRANSFEREGOV, para inscrever a proposta de Policlínica Regional, o gestor


deverá inserir as seguintes informações:

a) Quais os objetivos que se pretende atingir com o objeto solicitado;

85
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

b) Especialidades que serão atendidas;


c) Serviços de apoio diagnóstico que serão ofertados;
d) Macrorregião, Regiões de Saúde e/ou municípios que o serviço atenderá
(área de abrangência);
e) Dados populacionais e prevalências das condições em saúde a serem aten-

POLICLÍNICAS
didas na área de abrangência do serviço;
f) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para aquisição de equi-
pamentos/materiais, contratação de profissionais e custeio para o funciona-
mento da unidade após conclusão da obra;
g) Previsão do número de atendimentos (usuários/mês) no serviço a ser cons-
truído por especialidade; e
h) Quantitativo de usuários que demandam atendimento, mas não obtém
acesso por ausência de serviço de referência na região ou insuficiência na
oferta de atendimento na região. Informar o quantitativo de pacientes por
especialidades.

Atenção: no campo “valor global”, basta inserir o valor R$ 0,00.

7.3 Quais documentos o gestor deve anexar no sistema?

Diversos documentos são exigidos e precisam ser anexados. Alguns dos docu-
mentos abaixo possuem modelos específicos, que estão disponíveis ao fim des-
te manual e no próprio sistema TRANSFEREGOV, na aba anexos, referente aos
programas do Novo PAC.

Basta fazer o download dos modelos no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e,


então, fazer o upload dos documentos assinados. A assinatura pode ser à mão
(tinta azul) ou de forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento
deve ser escaneado.

Os documentos são os seguintes:

a) DPT - Declaração de Posse ou Titularidade do Terreno que receberá a


obra, assinada pelo gestor, conforme modelo disponível no sistema TRANS-

86
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

FEREGOV e neste manual.


b) Detalhes do terreno: 3 fotos atuais, endereço completo e localização em
mapa (incluindo latitude e longitude).
c) TC – Termo de Ciência: comprovação de ciência da proposta, emitida
pela Comissão Intergestores Regional – CIR (no caso de proposta oriunda do

POLICLÍNICAS
município); ou Comissão Intergestores Bipartite – CIB (no caso de proposta
oriunda do governo estadual); ou, no caso do DF, do Colegiado de Gestão da
Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
d) D3CS -Declaração de Compromisso com Cofinanciamento do Custeio
dos Serviços, assinada pelo gestor, em que o ente federado se compromete
com o cofinanciamento do custeio dos serviços, conforme modelo disponível
no sistema TRANSFEREGOV e neste manual.

8. Critérios para a seleção

A seleção das propostas apresentadas irá considerar os seguintes critérios:

• Proposta com abrangência/alcance Macrorregional ou Regional;


• Maior vulnerabilidade socioeconômica da região;
• Vazios assistenciais de policlínicas;
• Adesão a Projeto Arquitetônico Padrão.

Os critérios estabelecidos para a construção de Policlínicas Regionais têm por


objetivo aplicar os recursos financeiros do Novo PAC nos municípios que mais
precisam, ou seja, com vazios assistenciais de Policlínicas Regionais, que apre-
sentam maior número de fatores de vulnerabilização socioeconômica da popu-
lação. Propostas que manifestem interesse em adesão a Projeto Arquitetônico
Padrão do Ministério da Saúde e que beneficiem maior população demandante
de cuidados de atenção especializada também terão prioridade.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAES/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos selecionados

87
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

9. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de Policlínicas, deverão ser cumpridas outras etapas, que serão
estabelecidas em ato normativo pelo Ministério da Saúde. Novos documentos

POLICLÍNICAS
poderão e diligências poderão ser necessárias.

10. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento dos recursos está condicionado
à apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

11. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclusão


da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios e
condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas e
programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e finan-
ceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio no
âmbito do SUS são de responsabilidade tripartite.

12. Referência de valores para a construção de Policlínicas


Regionais

Policlínicas são Unidades Especializadas de Apoio Diagnóstico, com serviços de


consultas clínicas com médicos de especialidades diferentes (definidas com base
no perfil epidemiológico da população da região), realização de exames gráficos
e de imagem com fins diagnósticos e oferta de pequenos procedimentos.

88
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Nos termos deste anexo, as Policlínicas são consideradas em dois portes:

POPULAÇÃO POPULAÇÃO INVESTIMENTO


DEFINIÇÃO ÁREA FÍSICA
DA ÁREA DE DA ÁREA DE TOTAL (obra e
DOS PORTES MÍNIMA equipamento)
ABRANGÊNCIA ABRANGÊNCIA*

POLICLÍNICAS
200.000 a
150.000 a 300.000 R$ 15,6
PORTE I 400.000 2000 m2
habitantes milhões
habitantes
Acima de
Acima de 300.000 R$ 22,4
PORTE II 400.000 3000 m2
habitantes milhões
habitantes

*Valores de referência aplicados à Região Norte

13. Legislação aplicável:

Legislação de Programas com Obras financiadas por meio de Contrato de


Repasse, está disponível no portal do Fundo Nacional de Saúde:

Portaria Consulta MGI/MF/CGU Nº 33, de 30 de agosto de 2023.

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Departamento de Atenção Especializada


Coordenação-Geral de Atenção Especializada (CGAE/DAET/SAES/MS)
Telefones: (61) 3315-6176/9052
E-mail: cgae@saude.gov.br

89
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

SAÚDE
UNIDADES
BÁSICAS DE
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


1. Apresentação

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 7,4 bilhões ao longo dos


próximos anos para a Atenção Primária à Saúde no País. Essa ação faz parte do
Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que visa promover
investimentos em políticas públicas e infraestrutura.

A construção de novas Unidades Básicas de Saúde (UBS) permitirá a expansão


das equipes de Saúde da Família, de Saúde Bucal e equipes Multiprofissionais,
aumentando a cobertura da Atenção Primária em locais de maior vulnerabilidade
social. O programa propõe um novo modelo de UBS com salas preparadas para
teleconsulta, mais consultórios, salas para realização de diagnósticos e exames
e sustentabilidade ecológica e ambiental.

1.1. O que são Unidades Básicas de Saúde - UBS e seus portes

A Unidade Básica de Saúde é o estabelecimento que presta serviços na Atenção


Primária a Saúde, onde atuam as equipes de Saúde da Família desenvolvendo
ações de saúde no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a
prevenção da saúde, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação com objetivo
de desenvolver uma atenção integral. Essas unidades são o contato preferencial
dos cidadãos com o SUS, sendo a principal porta de entrada no sistema de saúde.

91
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Com o novo PAC serão 5 (cinco) portes de UBS:

UBS I: UBS destinada e apta a abrigar um número de profissionais com-


patível com no mínimo, 1 (uma) Equipe de Saúde da Família (ESF) e 1 (uma)
Equipe de Saúde Bucal;

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


UBS II: UBS destinada e apta a abrigar um número de profissionais compa-
tível com no mínimo, 2 (duas) Equipes de Saúde da Família (ESF) e 2 (duas)
Equipes de Saúde Bucal;

UBS III: UBS destinada e apta a abrigar um número de profissionais com-


patível com no mínimo, 3 (três) Equipes de Saúde da Família (ESF) e 3 (três)
Equipes de Saúde Bucal;

UBS IV: UBS destinada e apta a abrigar um número de profissionais com-


patível com no mínimo, 4 (quatro) Equipes de Saúde da Família (ESF) e 4
(quatro) Equipes de Saúde Bucal;

UBS +: UBS destinada e apta a abrigar um número de profissionais com-


patível com no mínimo, 5 (cinco) Equipes de Saúde da Família (ESF) e 5
(cinco) Equipes de Saúde Bucal;

2. Objetivo da seleção

O objetivo do Novo PAC é aumentar o acesso e a cobertura de atenção primária,


em especial para superar vazios assistenciais. Serão selecionados nesse primeiro
momento 1.800 cartas-consulta com as manifestações de interesse para cons-
truções de novas UBS.

3. Diretrizes Gerais

No período de 09 de outubro a 10 de novembro de 2023 os municípios e o Distri-


to Federal poderão manifestar interesse por meio de carta-consulta através do

92
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

portal TRANSFEREGOV, no link: https://idp.


transferegov.sistema.gov.br/idp. O QUE É O
TRANSFEREGOV
A análise e seleção das cartas-consulta serão
realizadas pela Secretaria de Atenção Primá-

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


ria à Saúde - SAPS, no âmbito de suas com-
petências, seguindo os critérios estabelecidos
na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro
de 2023, observando os requisitos previstos
na Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de
28 de setembro de 2017.
O TRANSFEREGOV constitui
ferramenta integrada e cen-
4. Quem pode se inscrever
tralizada, com dados abertos,
(elegibilidade)?
destinada à informatização
e à operacionalização das
Todos os Municípios e Distrito Federal.
transferências de recursos
oriundos do Orçamento
5. Diretrizes para a inscrição
Fiscal e da Seguridade Social
da União a órgão ou entida-
5.1. Qual pessoa f ísica está autori-
de da administração pública
zada a fazer a inscrição no sistema estadual, distrital, municipal,
como “gestor responsável”? direta ou indireta, consórcios
públicos e entidades privadas
A inscrição no sistema (Carta-consulta) é de sem fins lucrativos.
responsabilidade exclusiva do gestor.
Gestor é a autoridade máxima do Poder Exe-
cutivo ou o (a) Secretário(a) de Saúde do ente
federado. Ou seja, governador (no caso do
DF) ou prefeito (no caso de municípios), bem
como os Secretários de saúde de cada ente.

Os gestores são responsáveis pelas informa-


ções inseridas no cadastramento e deverão
atualizá-las sempre que houver modificação

93
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

ou solicitação do próprio sistema.

5.2. Como preencher o sistema? O que é Carta-consulta?

O gestor do ente federado realizará sua inscrição pelo sistema TRANSFEREGOV,

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


no qual deverá apresentar ou anexar informações e documentos. Preencher a
Carta-consulta eletrônica nada mais é do que responder às perguntas disponíveis
nos campos do sistema online e anexar os documentos solicitados.

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)


disponibilizará tutoriais online (https://www.gov.br/transferegov/pt-br/manuais/
transferegov/selecao-novo-pac) para auxiliar os gestores, enquanto o Ministério
da Saúde estará disponível para responder dúvidas e orientações adicionais, no
seguinte telefone 0800 644 8001, e disponibilizará vídeos explicativos, no seguinte
endereço eletrônico https://saibaafundo.saude.gov.br/novo_pac/.

5.3. Quais documentos o gestor deve anexar no sistema?

No ato de cadastro da manifestação de interesse, por meio do CNPJ da Prefei-


tura Municipal ou do Distrito Federal no sítio do TRANSFEREGOV, deverão ser
apresentados os seguintes documentos e informações:

I. Preenchimento da carta-consulta eletrônica;


II. Resolução do Conselho Municipal de Saúde que aprove a proposta da
possível construção da UBS;
III. Declaração de posse ou titularidade do terreno que receberá a obra,
assinada pelo gestor, conforme modelo disponível no Manual de Orientações;
IV. Detalhes do terreno: 3 fotos atuais, endereço completo e localização em
mapa (incluindo latitude e longitude), no formato graus decimais (xx.xxxxx,xx.
xxxxx);
V. Declaração de Compromisso com cofinanciamento do Custeio dos
Serviços, em que o município se compromete com o cofinanciamento das
equipes que atuarão vinculadas à UBS.

94
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Alguns desse documentos possuem modelos específicos que estão disponíveis


ao fim deste manual e no próprio sistema TRANSFEREGOV, na aba anexos, refe-
rente aos programas do Novo PAC.

Basta fazer o download do modelo no sistema do TRANSFEREGOV, assinar e, então,

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


fazer o upload do documento assinado. A assinatura pode ser à mão (tinta) ou de
forma eletrônica. No caso de assinatura à mão, o documento deve ser escaneado
para realizar o upload. Todos os modelos também estão disponíveis nos anexos
deste Manual de Orientações, a partir do qual é possível imprimir para assinar.

Atenção: no campo “valor total”, basta inserir o valor R$ 0,00.

6. Dos critérios para a seleção

A seleção das propostas apresentadas pelos municípios e Distrito Federal acon-


tecerá conforme os seguintes critérios:

• Vazios assistenciais na atenção primária;


• Vulnerabilidade socioeconômica do município e Distrito Federal;
• Baixo índice de cobertura da estratégia de Saúde da Família; e
• Adesão a Projeto Arquitetônico padronizado a ser disponibilizado pelo Mi-
nistério da Saúde.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e apli-


cados os critérios de seleção, a SAPS disponibilizará a relação dos municípios e do
Distrito Federal aptos para iniciarem o cadastro da proposta no portal InvestSUS.

7. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para construção de UBS, deverão ser cumpridas outras etapas, que serão opor-
tunamente detalhadas pelo Ministério da Saúde.

95
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

8. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento de recursos está condicionado à
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

9. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclusão


da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios
e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas
e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

10. Dos valores

A construção de uma Unidade Básica de Saúde - UBS consiste em uma nova edi-
ficação, desvinculada funcionalmente ou fisicamente de algum estabelecimento
existente. O município deverá possuir terreno próprio com metragem mínima
que comporte a UBS de acordo com o porte a ser construído:

Valor Global (R$) 2024 - Construção


TIPOLOGIA
ÁREA TOTAL (m²)
NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE

UBS I 482,06 R$ 1.887.023,98 R$ 1.816.494,57 R$ 2.012.825,58 R$ 2.026.110,23 R$ 1.881.388,07

UBS II 578,91 R$ 2.283.728,39 R$ 2.198.371,76 R$ 2.435.976,95 R$ 2.452.054,40 R$ 2.276.907,66

R$
UBS III 705,54 R$ 2.592.535,34 R$ 2.765.371,03 R$ 2.783.622,48 R$ 2.584.792,30
2.495.636,74

UBS IV 1584,19 R$ 4.960.636,67 R$ 4.775.227,91 R$ 5.291.345,78 R$ 5.326.268,66 R$ 4.945.820,90

R$
UBS + 2162,93 R$ 6.173.319,23 R$ 6.584.873,85 R$ 6.628.334,02 R$ 6.154.881,59
5.942.585,25

Quadro 1: Valores para construção de Unidades Básicas de Saúde por Região Geográfica
Haverá disponibilização de projetos arquitetônicos de referência aos municípios e o financiamento será realizado a
partir de transferências Fundo a Fundo.

96
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

11. Dos projetos

A fim de aprimorar o processo de construção, tornando-o mais ágil e qualificado,


o Ministério da Saúde desenvolveu os projetos arquitetônicos e complementares
referenciais das novas UBS e os disponibilizará juntamente com as especificações,

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


memoriais descritivos, planilhas orçamentárias e cronograma físico-financeiro
aos municípios.

Essas documentações bem como o Manual de Uso da Marca do Governo Federal


estarão disponíveis no portal do Fundo Nacional de Saúde – FNS.

Plantas

Ambiência

97
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

12. Legislação aplicável

Obras Fundo a Fundo:

Portaria de Consolidação nº 6/GM/MS, de 28 de setembro de 2017,

UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE


Título IX (Origem: PRT MS/GM 381/2017):
Esta Portaria dispõe sobre transferências, fundo a fundo, de recursos fi-
nanceiros de capital ou corrente, do Ministério da Saúde a estados, Distrito
Federal e municípios destinados à execução de obras de construção, am-
pliação e reforma. E suas atualizações.

Resolução CIT N.10, de 8 de dezembro de 2016:


Dispõe complementarmente sobre o planejamento integrado das despesas
de capital e custeio para os investimentos em novos serviços de saúde no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:

Coordenação-Geral de Programação de Financiamento da Atenção Primária


(CGFAP/SAPS/MS)
Telefones: (61) 3315-9063 / 9060 / 9066
E-mail: investimento.saps@saude.gov.br

98
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

MÓVEIS
UNIDADES
ODONTOLÓGICAS
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

1.Apresentação

O Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 7,4 bilhões ao longo dos


próximos anos para a Atenção Primária à Saúde no País. Essa ação faz parte do
Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que visa promover

UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS


investimentos em políticas públicas e infraestrutura. Desse montante, R$ 185 mi-
lhões serão destinados para a aquisição de Unidades Odontológicas Móveis – UOM.

A aquisição de UOM permitirá a expansão da atenção à Saúde Bucal através de


consultórios odontológicos estruturados em veículos adaptados e equipados
para o desenvolvimento de ações de atenção à Saúde Bucal a serem realizadas
por Equipes de Saúde Bucal vinculadas às Equipes da Estratégia de Saúde da
Família (eSB) e Equipes de Consultório na Rua (eCR) que possuam os profissio-
nais de Saúde Bucal.

As UOM são veículos do tipo furgão adaptados e equipados com cadeira odon-
tológica completa, kit de peça de mão contendo caneta de alta e baixa rotação,
aparelho de RX-periapical, compressor odontológico, aparelho amalgamador,
aparelho fotopolimerizador, autoclave, instrumentais e materiais permanentes
odontológicos.

Têm por objetivo aumentar a cobertura da Atenção Primária em Saúde Bucal


para populações residentes em locais de maior vulnerabilidade social.

2. Objetivo da seleção

Selecionar manifestações de interesse por Unidades Odontológicas Móveis - UOM


em municípios com populações que residam em locais de maior vulnerabilidade

100
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

social e de difícil acesso às Unidades Básicas


O QUE É O
de Saúde convencionais. TRANSFEREGOV

3. Diretrizes Gerais

UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS


Para participação em projetos específicos
do eixo da Saúde do Novo PAC, os entes fe-
derados deverão inscrever proposta através
do portal TRANSFEREGOV, manifestando
interesse em solicitação de UOM conforme
prazos estabelecidos na Portaria GM/MS nº O TRANSFEREGOV constitui
1.517, de 9 de outubro de 2023. ferramenta integrada e cen-
tralizada, com dados abertos,
As análises e seleção das propostas serão re- destinada à informatização
alizadas pela Secretária de Atenção Primária e à operacionalização das
à Saúde – SAPS/MS, no âmbito de suas com- transferências de recursos
petências, seguindo os critérios estabelecidos oriundos do Orçamento
na Portaria GM/MS nº 1.517, de 9 de outubro Fiscal e da Seguridade Social
de 2023, observando os requisitos previstos da União a órgão ou entida-
na Portaria de Consolidação nº 2, de 28 de de da administração pública
setembro de 2017, na Portaria de Consolida- estadual, distrital, municipal,
ção GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017 direta ou indireta, consórcios
e na Portaria de Consolidação SAPS nº 1, de públicos e entidades privadas
2 de junho de 2021. sem fins lucrativos.

4. Manifestação de interesse e
requisitos para inscrição:

Nessa etapa, Municípios e Distrito Federal


podem manifestar interesse em receber
Unidade Odontológica Móvel - UOM, desde
que possuam:

101
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

a) Equipes de Saúde Bucal implantada ou com solicitação de credencia-


mento; ou
b) Equipes de Consultório na Rua com profissionais de Saúde Bucal im-
plantada ou com solicitação de credenciamento.

UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS


4.1 Documentos e requisitos para inscrição:

Preenchimento da Carta-consulta eletrônica com informações que demonstrem


os objetivos e justificativas do pleito e contenha informações sobre:

a) Justificativa para solicitação de Unidade Odontológica Móvel - UOM,


com informações sobre a relevância do serviço para o cuidado em Saúde
Bucal no município;
b) Estratégias que serão adotadas pela gestão local para ofertar a atenção
em Saúde Bucal com o uso da Unidade Odontológica Móvel.

4.2 Documentos obrigatórios:

a) Carta-consulta eletrônica com informações que demonstrem os objetivos


e justificativas.
b) Resolução do Conselho Municipal de Saúde que aprova a proposta de
UOM.
c) Declaração de que a gestão local providenciará, até a data do agenda-
mento da entrega da UOM, a solicitação de credenciamento de eSB ou eCR
com profissionais de Saúde Bucal para atuar na UOM (caso o município não
possua eSB ou eCR implantada ou credenciada).
d) Declaração de Compromisso com Custeio dos Serviços, assinada pelo
gestor, em que o município se compromete com o cofinanciamento do cus-
teio das eSB e/ou eCR.
e) Declaração de compromisso com a manutenção do veículo e dos equipa-
mentos fornecidos, além dos serviços de emplacamento e seguro do veículo
e de todos os equipamentos fornecidos com a UOM.

102
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

5. Critérios para a seleção

Para a seleção de propostas cadastradas, serão aplicados os seguintes critérios


de priorização:

UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS


i. Vulnerabilidade socioeconômica do município ou DF;
ii. Baixa densidade demográfica;
iii. Maior extensão territorial.

Os critérios estabelecidos para o fornecimento de UOM têm por objetivo aplicar os


recursos financeiros do Novo PAC nos municípios que apresentam maior número
de fatores de vulnerabilização socioeconômica da população, tais como presença
de populações indígenas e quilombolas, baixa densidade demográfica e gran-
des extensões territoriais que dificultam o deslocamento da população paras as
unidades de saúde convencionais na sede do município, buscando beneficiar o
maior número de pessoas que necessitem de atenção em Saúde Bucal.

Após análise dos documentos juntados no ato da manifestação de interesse e


aplicação dos critérios de seleção mencionados acima, a SAPS/MS disponibilizará
a relação dos entes federativos aptos para iniciarem o cadastro da proposta no
Portal TRANSFEREGOV.

6. Critérios para cadastro e habilitação:

Listamos abaixo os requisitos e especificações aos documentos necessários para


a habilitação da proposta cadastrada, e posterior aptidão para recebimento da
Unidade Odontológica Móvel:

• Resolução do Conselho Municipal de Saúde que aprova a proposta de


implantação de UOM.
• Declaração de que a gestão local providenciará, até a data do agenda-
mento da entrega da UOM, a solicitação de credenciamento de eSB ou eCR
com profissionais de Saúde Bucal para atuar na UOM (caso o município não

103
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

possua eSB ou eCR implantada ou credenciada).


• Declaração de Compromisso com Custeio dos Serviços, assinada pelo
gestor, em que o município se compromete com o cofinanciamento do
custeio das eSB e/ou eCR.
• Declaração de compromisso com a manutenção do veículo e dos equi-

UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS


pamentos fornecidos, além dos serviços de emplacamento e seguro do
veículo e de todos os equipamentos fornecidos com a UOM.

7. Próximas etapas após a divulgação dos resultados

Para a celebração e execução dos recursos financeiros referentes ao Novo PAC


para entrega de UOMs, deverão ser cumpridas outras etapas, que serão oportu-
namente detalhadas pelo Ministério da Saúde. Novos documentos e diligências
poderão ser necessárias.

8. A proposta selecionada signif ica direito ao recebimento


dos recursos?

Não. A intenção do Governo Federal é atender ao maior número de propostas


selecionadas possível. Contudo, o recebimento da UOM está condicionado à
apresentação de novos documentos e cumprimento de outras etapas e, além
disso, depende também da disponibilidade orçamentária e financeira para a ação.

9. Como f ica o custeio futuro dos serviços, após conclusão


da obra?

O apoio financeiro federal para custeio dos serviços de saúde vinculados aos
equipamentos entregues ou obras construídas observará os requisitos, critérios
e condições para custeio previstos nas normas sobre financiamento das políticas
e programas a eles associados, observada a disponibilidade orçamentária e fi-
nanceira do Ministério da Saúde. Importante lembrar que as despesas de custeio
no âmbito do SUS são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite,
entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

104
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

10. Transferência da titularidade da UOM:

A doação das UOM aos municípios contemplados será formalizada através de


Termo de Doação com publicação do extrato de doação no Diário Oficial da União.

UNIDADES ODONTOLÓGICAS MÓVEIS

CONTATO DA ÁREA RESPONSÁVEL:


Coordenação-Geral de Saúde Bucal do Departamento de Saúde da Família e
Comunidade – CGSB/DESCO/SAPS/MS
Telefones: (61) 3315- 9145
E-mail: cosab@saude.gov.br

105
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

MODELOS DE
DOCUMENTOS
ANEXOS
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

EM PAPEL TIMBRADO DO (ESTADO/MUNICÍPIO/DISTRITO FEDERAL), ASSINADO PELO GESTOR.

______________________________________________________________________________

DECLARAÇÃO DE POSSE OU TITULARIDADE DE TERRENO – DPT

ANEXOS
DECLARAÇÃO DE POSSE PACÍFICA E/OU DE PROPRIEDADE DO IMÓVEL

Eu, ________________________________________________, (nome do prefeito ou


secretário municipal de saúde ou nome do governador ou secretário
estadual de saúde), portador do CPF sob o n° _______________, devidamente
investido no cargo de Prefeito do Município OU Secretário Municipal de Saúde
de _______________ /____ (município/UF), Governador OU Secretário de Estado de
Saúde de ______________ (estado), inscrito no CNPJ _____________________, com
sede na ___________________________________________ (local/endereço), declaro,
para fins de aprovação da proposta n° ______________ (número da proposta
no TRANSFEREGOV), submetida para análise desse Ministério da Saúde, que
o Município/ Estado /UF exerce a posse mansa, regular e pacífica do terreno
situado na __________________________________________________________________
________, (endereço do terreno), ou titularidade deste, assegurado como sede
da construção do equipamento de saúde. Outrossim, firmo o compromisso
de apresentar, em momento posterior, como condição para superação da
Etapa de Seleção, a Certidão de Matrícula Atualizada do referido bem imóvel,
emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis competente, original e atualizada,
comprovando o exercício de plenos poderes do ente federativo sobre o terreno.

_____________________ (cidade/UF), ____ de ___________ de 2023 (data)

(Assinatura do Gestor e Carimbo)


Nome do gestor
Cargo do Gestor

107
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

EM PAPEL TIMBRADO DO (ESTADO/MUNICÍPIO/DISTRITO FEDERAL), ASSINADO PELO GESTOR.

______________________________________________________________________________

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO COM O COFINANCIAMENTO DO CUSTEIO DO


SERVIÇOS – D3CS

ANEXOS
Eu, ______________________________________________________, (nome do prefeito
ou secretário municipal de saúde ou nome do governador ou secretário
estadual de saúde), portador do CPF sob o n° __________________, devidamente
investido no cargo de Prefeito do Município OU Secretário Municipal de Saúde
de _______________ /____ (município/UF), Governador OU Secretário de Estado de
Saúde de ______________ (estado), inscrito no CNPJ nº _____________________, com
sede na ___________________________________________ (local/endereço), declaro,
para fins de aprovação da proposta n° ________________ (número da proposta
no TRANSFEREGOV), submetida para análise desse Ministério da Saúde,
considerando o que dispõe a Constituição Federal, em especial o seu artigo 196,
as Leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90, que assumo junto ao Ministério da Saúde o
compromisso com o cofinanciamento do custeio dos serviços, nos termos
do que rege a regulamentação existente sobre o programa _________________
_______________ (nome da modalidade de investimento em questão: UBS, UOM,
CER, Oficina Ortopédica, Policlínica, Maternidade, CPN, Novas Ambulâncias
SAMU, CRU ou CAPS), formalizando interesse em participar em projeto de
seleção do Novo PAC no eixo da Saúde, frente ao disposto no Decreto nº 11.632,
de 11 de agosto de 2023, pelas cláusulas e condições que se seguem.

Firmo o presente.

_____________________ (Local), ____ de ___________ de 2023 (data)

(Assinatura do Gestor e Carimbo)


Nome do gestor
Cargo do Gestor

108
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

EM PAPEL TIMBRADO DO (ESTADO/MUNICÍPIO/DISTRITO FEDERAL), ASSINADO PELO GESTOR.

______________________________________________________________________________

DECLARAÇÃO DE COMPROMISSO COM O EMPLACAMENTO E SEGURO DA


UNIDADE ODONTOLÓGICA MÓVEL - UOM

ANEXOS
Eu, ______________________________________________________, (nome do prefeito
ou secretário municipal de saúde ou nome do governador ou secretário
estadual de saúde), portador do CPF sob o n° __________________, devidamente
investido no cargo de Prefeito do Município OU Secretário Municipal de Saúde
de _______________ /____ (município/UF), Governador OU Secretário de Estado de
Saúde de ______________ (estado), inscrito no CNPJ nº _____________________, com
sede na ___________________________________________ (local/endereço), declaro,
para fins de aprovação da proposta n° ________________ (número da proposta
no TRANSFEREGOV), submetida para análise desse Ministério da Saúde,
considerando o que dispõe a Constituição Federal, em especial o seu artigo
196, as Leis nº 8.080/90 e nº 8.142/90, que assumo junto ao Ministério da Saúde
o compromisso de emplacar a Unidade Odontológica Móvel – UOM e realizar
a contratação de seguro do veículo e dos equipamentos nele instalados, nos
termos do que rege a regulamentação existente sobre o programa Unidade
Odontológica Móvel - UOM, formalizando interesse em participar em projeto de
seleção do Novo PAC no eixo da Saúde, frente ao disposto no Decreto nº 11.632,
de 11 de agosto de 2023, pelas cláusulas e condições que se seguem.

Firmo o presente.

_____________________ (Local), ____ de ___________ de 2023 (data)

(Assinatura do Gestor e Carimbo)


Nome do gestor
Cargo do Gestor

109
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

PORTARIA
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

MINISTÉRIO DA SAÚDE

PORTARIA GM/MS Nº 1.517, DE 9 DE OUTUBRO DE 2023

Institui processo de seleção para participação em modalidades específicas


do eixo da Saúde no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento

PORTARIA
(Novo PAC).

A MINISTRA DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe confere o inciso


II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, resolve:

Art. 1º Fica instituído processo de seleção de propostas de investimento oriundas


dos entes federados a serem apoiadas com recursos do Orçamento Geral da União
– OGU, no âmbito do eixo da Saúde do Programa de Aceleração e Crescimento
– Novo PAC, criado pelo Decreto nº 11.632, de 11 de agosto de 2023.

Art. 2º Os entes federados poderão manifestar interesse na participação do pro-


cesso de seleção para as seguintes modalidades do eixo da Saúde do Novo PAC:
I - no subeixo “Atenção Primária”:
a) construção de Unidades Básicas de Saúde – UBS, conforme Anexo I; e
b) aquisição de Unidades Odontológicas Móveis – UOMs, conforme Anexo II; e

II - no subeixo “Atenção Especializada”:


a) aquisição de ambulâncias para o SAMU 192, conforme Anexo III;
b) construção de Central de Regulação de Urgência – CRU, com ambulâncias do
SAMU 192, conforme Anexo IV;
c) construção de Maternidades, conforme Anexo V;
d) construção de Centro de Parto Normal – CPN, conforme Anexo VI;
e) construção de Policlínica Regional, conforme Anexo VII;
f) construção de Centro Especializado em Reabilitação – CER, conforme Anexo VIII;
g) construção de Oficina Ortopédica, conforme Anexo IX; e
h) construção de Centro de Atenção Psicossocial – CAPS, conforme Anexo X.

111
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Parágrafo único. Os anexos desta Portaria trazem, para cada tipo de modalidade
elencada no caput:
I - a relação dos requisitos para inscrição no processo de seleção;
II - as informações sobre os entes federados que são elegíveis para participar
das modalidades, tanto como proponentes quanto como locais de execução

PORTARIA
das obras; e
III - critérios para seleção das propostas.

Art. 3º O processo de seleção será realizado em três etapas:


I – etapa 1: apresentação de Cartas-consulta eletrônicas na plataforma TRANS-
FEREGOV;
II – etapa 2: enquadramento e análise de propostas; e
III – etapa 3: seleção das propostas.

§ 1º A etapa 1 consiste no preenchimento, em formato eletrônico, da Carta-con-


sulta pelos entes federados, em uma ou mais modalidades elencadas no art. 2º
desta Portaria, no período de 09 de outubro de 2023 a 10 de novembro de 2023,
por meio da plataforma TRANSFEREGOV.

§ 2º A etapa 2 consiste na análise técnica das Carta-consultas, pelo Ministério da


Saúde, conforme as regras estabelecidas nesta Portaria e seus anexos.

§ 3º A etapa 3 consiste na publicação do resultado da seleção de que trata esta


Portaria.

§ 4º Para os fins desta Portaria, considera-se:


I – carta-consulta: formulário online disponível no portal TRANSFEREGOV para
preenchimento pelo gestor responsável do ente federado.
II – proposta: inscrição efetiva do ente federado na seleção do Novo PAC por meio
do preenchimento de Carta-consulta, através da qual manifesta interesse em
participar de seleção a fim de receber apoio financeiro em uma das modalidades
do eixo da Saúde do Novo PAC.

§ 5º O conceito adotado no § 4º para “proposta” não necessariamente equivale aos

112
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

demais sentidos ou conceitos de “proposta” empregados em outros normativos


do Ministério da Saúde.

Art. 4º Poderão apresentar inscrição no processo de seleção os gestores de es-


tados, municípios e do Distrito Federal que forem elegíveis como proponentes

PORTARIA
segundo as regras de cada modalidade previstas nos anexos desta Portaria.

§ 1º O Ministério da Saúde elaborará e disponibilizará Manual de Orientações da


Seleção do Novo PAC Saúde, para orientação quanto aos procedimentos previstos
nesta portaria, o qual estará disponível nos sítios eletrônicos do Fundo Nacional
de Saúde e do Ministério da Saúde.

§ 2º De acordo com as regras estabelecidas nos anexos desta Portaria, os muni-


cípios aptos a serem os locais da realização de obras não são necessariamente
os mesmos entes federados elegíveis para elaborar propostas por meio de Car-
tas-consulta.

§ 3º O preenchimento das Cartas-consulta será de responsabilidade exclusiva


do gestor, entendido este como a autoridade máxima do Poder Executivo ou o
Secretário de Saúde do ente federado.

§ 4º Os gestores são responsáveis pelas informações inseridas no cadastramento


e deverão atualizá-las sempre que houver modificação ou solicitação do próprio
sistema.

§ 5º A Carta-consulta preenchida somente será considerada válida para seleção


se estiver completa e se os termos, declarações e demais documentos anexa-
dos no sistema na inscrição estiverem devidamente assinados pelos gestores
responsáveis.

§ 6º A inscrição no processo de seleção de que trata esta Portaria tem caráter


de simples manifestação de interesse dos entes federados em receber apoio
financeiro.

113
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

Art. 5º A análise das propostas a que se refere a etapa do inciso II do art. 3º caberá
à Secretária de Atenção Primária à Saúde e à Secretaria de Atenção Especializa-
da à Saúde, no âmbito de suas competências, consoante critérios e regras desta
Portaria e orientações estabelecidas no Manual de Orientações da Seleção do
Novo PAC Saúde.

PORTARIA
§ 1º Finalizada a análise, seu resultado será publicado no sítio eletrônico do Mi-
nistério da Saúde.

§ 2º O resultado da seleção não gera direito ao recebimento dos recursos finan-


ceiros necessários à obra ou à entrega dos equipamentos, os quais dependerão
de disponibilidade orçamentária e financeira do Ministério da Saúde, bem como
do cumprimento dos requisitos e procedimentos para transferência dos recursos
e respectiva execução.

§ 3º Atos normativos específicos, a serem publicados após a divulgação dos re-


sultados da seleção, regulamentarão os requisitos e procedimentos, bem como
a documentação necessária para que seja dado início à convocação dos entes
federados e à execução das propostas aprovadas, respeitado o § 1º deste artigo.

§ 4º As convocações a que se refere o § 3º deste artigo estarão condicionadas à


disponibilidade orçamentária e financeira do Ministério da Saúde.

§ 5º O repasse de recursos orçamentários poderá ser realizado na modalidade


“fundo a fundo” ou mediante transferência voluntária.

Art. 6º Eventual incentivo financeiro federal para custeio dos serviços de saúde
vinculados aos equipamentos entregues ou obras construídas de que trata o art.
2º desta Portaria observará os requisitos, critérios e condições para custeio previs-
tos nas normas sobre financiamento das políticas e programas a eles associados.
Parágrafo único. As despesas de custeio são de responsabilidade compartilhada,
de forma tripartite, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Art. 7º Os entes federados que manifestarem interesse pelas modalidades a que

114
MANUAL DE ORIENTAÇÕES DA SELEÇÃO DO NOVO PAC SAÚDE

se referem as alíneas “c” e “e” do inciso II do art. 2º poderão:


I – optar pela execução direta, licitação de obra pública e serviço de engenharia
ou realização de Parcerias Público Privadas – PPPs, consoante a Lei nº 11.079, de
30 de dezembro de 2004; e
II – utilizar recursos próprios para viabilizar projeto que envolva maior número

PORTARIA
de leitos ou maior área construída, hipótese em que o Governo Federal somen-
te garantirá recursos até os limites de valor das maternidades e policlínicas de
maior porte (porte II).

§ 1º Na hipótese de opção por realização de PPP, o ente federado selecionado


receberá o mesmo valor financeiro que o disponibilizado para execução direta
por meio de obra pública e deverá empregá-lo como aporte de recursos em
favor do parceiro privado, nos termos do § 2º do art. 6º da Lei nº 11.079, de 30 de
dezembro de 2004.

§ 2º Ato específico do Ministério da Saúde regulamentará o disposto neste artigo.

Art. 8º Os portais eletrônicos do Fundo Nacional de Saúde e do Ministério da Saúde


informarão os canais de atendimento aos gestores sobre a seleção do Novo PAC.

Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

NÍSIA TRINDADE LIMA

115

Você também pode gostar