8º Ano A: Iluminismo
8º Ano A: Iluminismo
8º Ano A: Iluminismo
ILUMINISMO
O Iluminismo foi um movimento intelectual, filosófico e cultural que surgiu durante os séculos
XVII e XVIII na Europa e defendia o uso da razão contra o antigo regime e pregava maior liberdade
econômica e política. Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos
ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
Os filósofos e economistas que difundiam essas ideias julgavam-se propagadores da luz e do
conhecimento, sendo, por isso, chamados de iluministas.
O contexto do Iluminismo
Chamado de “século das luzes”, o Iluminismo pode ser entendido como uma ruptura com o
passado e o início de uma fase de progresso da humanidade. Essa fase é marcada por uma revolução na
ciência, nas artes, na política e na doutrina jurídica, por exemplo.
Nessa época, o mundo começava a passar por transformações. O Renascimento permitiu o
desenvolvimento cultural e intelectual baseado nos ideais de liberdade política e econômica defendidos
pela crescente burguesia. O poder das monarquias passou a ser criticado, os valores da igreja foram
questionados e o Antropocentrismo colocou o homem como centro das questões.
O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços econômicos, a Revolução Industrial abriu caminhos
para a produção e expansão dos mercados e mudanças políticas que acabaram na Revolução Francesa. O
Mercantilismo característico da época anterior deu lugar para a liberdade econômica sem a intervenção do
Estado.
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Como surgiu o Iluminismo?
O Iluminismo surgiu como uma reação ao Absolutismo que dominava a Europa até então. No
Absolutismo todo o poder se concentrava na figura do rei, que vivia com luxos pagos pela classe mais
pobre através de impostos.
Os pensadores iluministas queriam trazer a humanidade para a luz da razão, iam contra o domínio
da Igreja Católica e da monarquia absolutista, defendendo o uso da ciência e da razão, assim como maior
liberdade nos campos da política e economia. Muitos deles eram contra a religião instituída, mas não
eram ateus, eles acreditavam que o homem chegaria a Deus por meio da razão.
Ao contrário do que pregava a religião, os intelectuais iluministas defendiam que o homem era o
detentor do seu próprio destino e que a razão deveria ser utilizada para a compreensão da natureza
humana. A razão era, portanto, elemento central dos ideais iluministas, afinal, somente a racionalidade
poderia validar o conhecimento. Eles acreditavam que a educação, a ciência e o conhecimento eram a
chave para essa libertação.
Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a sociedade europeia foi marcada por forte
influência da Igreja Católica, que defendia uma visão teocêntrica da sociedade e boa parte do
conhecimento era fruto das crenças religiosas, de profecias e do próprio imaginário das pessoas. Entre o
final deste período e início da Idade Moderna, o progresso da ciência começou a colocar em questão
muitos conhecimentos e o próprio entendimento do mundo proposto pela religião.
A descoberta de que a Terra não era o centro do universo, por exemplo, abalou a supremacia do
conhecimento eclesiástico. O regime absolutista também era outro fator de insatisfação de boa parte da
população, onde as sociedades eram divididas em diversas classes sociais (estamentos) e o clero e a
nobreza, que estavam no topo da pirâmide social, eram sustentados com os impostos do povo.
Esse conjunto de descontentamentos por parte da população levaria à Revolução Francesa, que foi
inspirada nas ideias iluministas e representa o principal marco desse movimento intelectual.
Uma das influências do Iluminismo foi a ciência, pois foi um período marcado por novas
descobertas e invenções em todo o continente europeu. O avanço científico dessa época colocou à
disposição do homem informações como a descrição da órbita dos planetas e do relevo da lua, a
descoberta da existência da pressão atmosférica e da circulação sanguínea e o conhecimento do
comportamento dos espermatozoides.
A Astronomia foi um dos campos que deu margem às maiores revelações. Foi quando Newton
elaborou um novo modelo para explicar o universo. Além disso, anunciou ao mundo a lei da gravitação
universal, que explicava desde o movimento dos planetas até a simples queda de uma fruta. Newton foi
ainda responsável por avanços na área do cálculo e pela decomposição da luz, mostrando que a luz
branca, na verdade, é composta por sete cores, as mesmas do arco-íris.
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Os campos da Biologia e da Química também tiveram influência durante o movimento. A
Biologia progrediu também no estudo do homem, com a identificação dos vasos capilares e do trajeto da
circulação sanguínea. Nesse período, descobriu-se também o princípio das vacinas.
Na Química, a figura mais destacada foi Antoine Lavoisier, famoso pela precisão com que
realizava suas experiências. Essa característica auxiliou-o a provar que, “embora a matéria possa mudar
de estado numa série de reações químicas, sua quantidade não se altera, conservando-se a mesma tanto no
fim como no começo de cada operação”. Atribuiu-se a ele igualmente a frase: “Na natureza nada se perde,
nada se cria, tudo se transforma”.
❖ John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem adquiria conhecimento com o passar do tempo
através do empirismo;
❖ Voltaire (1694-1778), ele defendia a liberdade de pensamento e não poupava crítica a intolerância
religiosa;
❖ Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), ele defendia a ideia de um estado democrático que garanta
igualdade para todos;
❖ Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a divisão do poder político em Legislativo, Executivo e
Judiciário;
❖ Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma
enciclopédia que reunia conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.
QUESTÕES
1- Qual o significado da razão para os iluministas?
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2- Como o Homem era visto pelos iluministas?
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REVOLUÇÃO INGLESA
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Revolução Puritana e Guerra Civil
Durante o reinado de Charles I houve uma disputa acirrada entre o rei e o Parlamento.
O monarca julgava que somente o rei deveria dirigir a nação, dispensando a ajuda das câmaras
parlamentárias. Devido a esta briga, Charles I dissolveu o Parlamento três vezes em 4 anos de reinado.
No entanto, ele tinha o desejo de unificar as igrejas da Escócia e da Inglaterra. A igreja da Escócia se
rebela contra esta ordem e o rei decide entrar em guerra contra os opositores.
Mas, para isso, precisava de dinheiro e este deveria ser autorizado pelo Parlamento. Seguiu-se,
então, uma disputa sobre quem deveria ter autorização para aumentar impostos: o rei que tinha o direito
divino de governar? Ou o Parlamento que representava alguns setores da nação?
Após muitas ameaças, o rei e o Parlamento organizam exércitos que se enfrentam em guerra civil
e culminam na derrota do rei Charles I. Condenado, sua morte abriu espaço para a primeira e única
experiência republicana inglesa.
Apesar de ter sido o primeiro rei inglês a ser condenado à morte por seus compatriotas, Charles I
tentou modernizar o país. Construiu estradas, aterrou pântanos, criou um serviço postal e começou um
serviço de busca de trabalho.
Igualmente foi patrono das artes e da arquitetura e tentou fazer de Londres uma grande capital,
trouxe pintores como Rubens para decorar seus palácios.
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Desta maneira, o católico Jaime II sempre foi visto com desconfiança. O Parlamento conspira para
que o trono seja entregue a seu sobrinho Guilherme que havia se casado com sua filha, a princesa Maria
II.
Jaime II foge para França. Por sua vez, Guilherme e Maria são recebidos como reis na Inglaterra.
Em seguida, é instituída a monarquia parlamentarista que limita consideravelmente o poder do soberano
no governo.
Por: Juliana Bezerra, site TodaMatéria.
QUESTÕES
BOM ESTUDO!!!
PROF. CESAR MESQUITA
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