Síntese Do 5-Hidroximetilfurfural A Partir de Açúcares Utilizando Líquidos Iônicos
Síntese Do 5-Hidroximetilfurfural A Partir de Açúcares Utilizando Líquidos Iônicos
Síntese Do 5-Hidroximetilfurfural A Partir de Açúcares Utilizando Líquidos Iônicos
Tese de Doutorado
Muito obrigada!!
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ..................................................................................... 1
2. OBJETIVOS ......................................................................................... 4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................ 5
3.1. BIOMASSA ............................................................................................ 5
3.2. AÇÚCARES ........................................................................................... 8
3.2.1. Glicose ............................................................................................... 8
3.2.2. Frutose ............................................................................................... 12
3.2.3. Sacarose ............................................................................................ 14
3.3. HIDROXIMETILFURFURAL (HMF) ...................................................... 15
3.3.1. Métodos de Síntese do HMF ............................................................ 19
3.3.1.1. Utilização de líquidos iônicos na síntese do HMF ......... 27
3.3.2. Reações de Reidratação e Degradação do HMF ............................ 36
3.3.3. Métodos de Extração do HMF .......................................................... 38
4. PARTE EXPERIMENTAL ................................................................. 42
4.1. PROCEDIMENTOS GERAIS ................................................................ 42
4.2. METODOLOGIA DE REAÇÃO ............................................................. 43
4.2.1. Síntese dos Líquidos Iônicos Utilizados ........................................ 43
4.2.1.1. Síntese do cloreto de 1-butil-3-metilimidazólio .............. 43
4.2.1.2. Síntese do cloreto de 1-metil-3-octillimidazólio ............. 44
4.2.1.3. Síntese do cloreto de 1-decil-3-metillimidazólio ............ 45
4.2.1.4. Síntese do cloreto de 1-dodecil-3-metillimidazólio ... 46
4.2.1.5. Síntese do trifluorometasulfonato de 1-decil-3-
metilimidazólio ............................................................................... 47
4.2.2. Síntese do 5-Hidroximetilfurfural .................................................... 48
4.2.3. Avaliação da Reutilização do C10MI.CF3SO3 ................................... 50
4.3. TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS ...................... 51
4.3.1. Ressonância Magnética Nuclear de 1H ........................................... 51
13
4.3.2. Ressonância Magnética Nuclear de C .......................................... 51
4.3.3. Medida de pH ..................................................................................... 51
4.3.4. Medida de Condutividade Elétrica .................................................. 52
4.3.5. Análise Termogravimétrica .............................................................. 52
4.3.6. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência ....................................... 53
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................... 56
5.1. REAÇÃO DE CONVERSÃO DE AÇÚCARES EM HMF ....................... 57
5.1.1. Conversão da Frutose e Glicose Utilizando Líquidos Iônicos à
Base de Cloreto de Imidazólio ................................................................... 57
5.1.1.1. Influência do LI na síntese do HMF ................................. 57
5.1.1.2. Influência do tamanho da cadeia alifática do cátion
imidazólio dos líquidos iônicos na síntese do HMF ................... 61
5.1.1.3. Avaliação da reação de isomerização da glicose em
frutose ............................................................................................. 71
5.1.2. Conversão da Frutose, Glicose e Sacarose Utilizando o Líquido
Iônico C10MI.CF3SO3 .................................................................................... 74
5.1.2.1. Avaliação da Influência do C10MI.CF3SO3 na formação
do HMF ............................................................................................ 74
5.1.2.2. Conversão de Açúcares em HMF Utilizando o Líquido
iônico C10MI.CF3SO3 ....................................................................... 79
5.1.2.2.1. Influência da temperatura reacional ................................. 79
5.1.2.2.2. Influência do tempo reacional .......................................... 84
5.1.2.2.3. Influência da quantidade de catalisador ........................... 88
5.1.2.2.4. Influência da quantidade de açúcar ................................. 94
The demand for the use of renewable raw materials is attracting the
interest of the academic community and the industry due to the increasing
preoccupation about the environment. Thus, the production of
5-hydroxymethylfurfural (HMF) from sugar conversion is an alternative to obtain
a key product for the production of polyesters, polyamides and polyurethane
from renewable sources.
1
Porém, os limites para a disponibilidade da biomassa baseiam-se na
sustentabilidade ambiental e na viabilidade econômica do transporte.[7]
2
evitando assim o uso de solventes orgânicos. Este processo é uma alternativa
tecnológica que pode trazer um significativo ganho econômico para a indústria,
evitando a utilização de solventes orgânicos e, consequentemente, reduzindo
resíduos orgânicos que ocasiona em danos para o meio ambiente. Além disso,
tal meio reacionai permite reduzir etapas no processo de extração do HMF,
facilitando o processo de oxidação do HMF para a produção do FDCA. Tendo
em vista que o FDCA apresenta uma estrutura química análoga a do ácido
tereftálico, este possui um elevado potencial como monômero na síntese de
polímeros. Todos esses aspectos são fortes argumentos para estudar o uso de
novos LIs com caráter hidrofóbico como meio reacional nas reações de
conversão de açúcares, visando a produção de HMF. Esse estudo foi
desenvolvido no LRC (Laboratório de Reatividade e Catálise), no Instituto de
Química da UFRGS em parceria com a Indústria Braskem.*
3
2. OBJETIVOS
4
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1. BIOMASSA
5
A biomassa é definida na Directiva 2003/30/CE do Parlamento Europeu
como toda a fração biodegradável de produtos e resíduos da agricultura, da
floresta e das indústrias conexas, bem como, a fração biodegradável dos
resíduos industriais e urbanos. Ou seja, é o material biológico passivo de
aproveitamento energético para uma diversidade de produtos biocombustíveis
(combustíveis sólidos, líquidos e gasosos) que podem produzir energia térmica
e/ou elétrica, sendo considerado de grande importância, pois é o principal
material sustentável para a produção de energia renovável.[17,18,19]
6
Um exemplo importante de molécula oriunda da biomassa que pode
servir de base para a produção de polímero é o ácido láctico, utilizado na
obtenção do poli(ácido láctico) (PLA). O ácido láctico é obtido através da
fermentação do milho e outros cereais. Com este, pode-se preparar polímeros
com alto peso molecular para serem utilizados na produção de implantes
biocompatíveis como parafusos, pinos, placas, dispositivos para liberação
controlada de drogas, filmes degradáveis para embalagens de plantas e
alimentos.[21,22,23]
7
3.2. AÇÚCARES
3.2.1. Glicose
9
Lobry De Bruyn e Alberda Van Ekenstein (LdB-AvE) estudaram
diferentes transformações de açúcares, dentre elas, a isomerização da glicose
em frutose em meio básico. Com o avanço dos estudos de isomerização
observaram que esta também poderia ser realizada em meio ácido. As
transformações chamadas LdB-AvE apresentam grande importância industrial
para a produção de cetoses sendo que o método mais utilizado por grupos de
pesquisas e pelas indústrias é por catálise em meio básico.[36]
10
Figura 3.4: Mecanismo de isomerização da glicose catalisada por meio básico
(adaptada a partir da referência[37]).
11
A principal motivação em isomerizar a glicose em frutose está
associada ao fato de que a glicose é constituída de um anel piranosídico e a
frutose é constituída por um anel furanosídico, o mesmo que forma o HMF.
Desta forma, a reação de desidratação da frutose em HMF é facilitada devido à
estrutura da frutose composta pelo anel furanosídico.
3.2.2. Frutose
12
Figura 3.7: Ciclização da frutose (adaptada a partir da referência[41]).
13
3.2.3. Sacarose
14
Figura 3.9: Formação da sacarose (adaptada a partir da referência[44]).
Propriedades
Fórmula molecular C6H6O3
Massa molar 126,11 g/mol
Densidade 1,29 g/cm3 (a 25 ºC, 1 bar)
Temperatura de fusão 30 - 34 ºC
Ponto de ebulição 114 - 116 ºC
Estado físico a Tamb Sólido
Coloração Amarelo
16
do baixo rendimento em HMF. Ao mesmo tempo em que o AL e o AF afetam a
produção do HMF, estes possuem alto valor agregado na indústria de ésteres,
perfumes, fumo, curtume entre outros.[46,48]
17
dimetilfurano e 2-metilfurano), de solventes e outros produtos da plataforma
química (2-hidroximentilfurano, 2,5-dimetiltetrahidrofurano, ácido levulínico e
ácido fórmico).[43,52]
18
3.3.1. Métodos de Síntese do HMF
19
protonada a molécula da frutose, a desidratação é espontânea, gerando o
intermediário enólico que se reorganiza para, em seguida, perder uma nova
molécula de água, seguida por uma desprotonação que leva à formação do
HMF e à regeneração do catalisador.[58,59]
20
Tabela 3.2: Principais catalisadores utilizados na produção do
[31]
HMF.
Este mesmo desempenho pode ser observado por Carlini et al. num
estudo para o qual os autores utilizaram uma solução aquosa de frutose de 6 e
30% em massa com o fosfato de vanádio (VOP) como catalisador. Eles
obtiveram um rendimento de 40,2% e 32,9% em HMF, respectivamente. Ao
modificarem o sistema reacional por uma solução de frutose de 40% em massa
e um catalisador VOP contendo íons Fe+3 em 30 minutos, observou-se um
rendimento em HMF de 50,4% e uma seletividade 87,3% em HMF. Para os
autores, esses catalisadores apresentam sítios ácidos de Lewis e Brönsted, o
que aumentam a força ácida e permitem melhorar a reação de conversão da
frutose em HMF.[62]
21
Este ácido foi usado na presença de NaCl e MIBC (metilisobutilcetona) como
solvente de extração. Os autores reportam que a conversão da frutose
mostrou-se mais ativa na formação do HMF com um rendimento de 60%,
contra 14% a partir da glicose. Com isso, Hansen et al. puderam confirmar a
dificuldade de formação do HMF em sistemas aquosos.[63]
24
Outra classe de catalisadores está sendo explorada na produção de
HMF, as zeólitas. Estes catalisadores estão sendo utilizados nos processos de
conversão de açúcares devido às suas propriedades ácidas ou básicas, por
apresentarem estabilidade em soluções aquosas ou em solventes orgânicos e
por resistirem altas temperaturas reacionais (10-200 ºC).[73]
25
disso, esse estudo mostrou que a pressão não influenciou os valores de
seletividade em HMF e de conversão do açúcar.[75]
26
não excedeu 8%. Comparativamente, Qi et al. concluem que a utilização de
radiações micro-ondas apresentaram resultados superiores em termos de
rendimentos e conversões aos realizados no sistema de aquecimento
convencional nas mesmas condições.[78]
27
A miscibilidade dos LIs em água está relacionada à sua natureza,
sendo alguns totalmente solúveis em água, enquanto que outros apresentam
uma miscibilidade altamente reduzida e são praticamente imiscíveis. O ânion é
utilizado para controlar a miscibilidade de água e o cátion pode também
influenciar a capacidade de ligação de hidrogênio ou a hidrofobicidade. A
maioria dos LIs possuem alguma quantidade de água dissolvida que pode ser
proveniente do processo de preparação ou purificação. Grande quantidade de
água, proveniente de umidade ou misturas, pode ser detectada através da
espectroscopia de RMN 1H e pequena quantidade de água (quantidade na
ordem de ppm) por titulação coulométrica Karl-Fischer.[84,85]
28
Tabela 3.3: Sistemas reacionais para obtenção do HMF empregando o
LI C4MI.Cl.
Solvente (a)
Condições
Açúcar e/ou Rend.HMF (%) Ref.
reacionais
catalisador (b)
29
Apesar dos LIs à base de imidazólio dissolverem facilmente sais e
carboidratos estes apresentam como desvantagem, até o momento, a alta
toxicidade e custo elevado. Porém, não significa que todos os LIs possuam
esta característica. Assim, Jadhav et al. substituíram o solvente C4MI.Cl por um
solvente atóxico, o cloreto de tetrabutilamônio (TBAC), e obtiveram um
aumento do rendimento em HMF até 56% comparando-se ao processo para
qual foi utilizado o C4MI.Cl [90]
30
Partindo do conhecimento relacionado ao caráter hidrofílico e
hidrofóbico que um LI apresenta, Lansalot-Matras et al. testaram a conversão
da frutose utilizando o LI hidrofílico tetrafluoroborato de 1-butil-3-metilimidazólio
(C4MI.BF4) e o LI hidrofóbico hexafluorofosfato de 1-butil-3-metilimidazólio
(C4MI.PF6) catalisada pela resina trocadora de íons Amberlyst 15. No estudo
realizado com C4MI.BF4 um rendimento de até 50% em HMF foi obtido após 3
horas. Quando a reação foi realizada com o C4MI.PF6, o DMSO foi utilizado
como um co-solvente com o intuito de solubilizar frutose no líquido iônico
hidrofóbico. Sob estas condições, esse LI permitiu que a reação funcionasse
mais rapidamente do que só em DMSO. Os rendimentos em HMF foram de
aproximadamente 80% após 24 horas.[95]
31
capacidade de coordenação de ânions favoreceu a dissolução dos carboidratos
nos LIs, mas essa capacidade não foi o único fator determinante para obtenção
do HMF e que o comportamento das misturas binárias não pode ser
relacionado às propriedades dos LIs componentes puros.[96]
33
Os LIFs mostraram-se eficientes para a conversão de glicose devido ao grande
número de sítios ácidos envolvidos em todas as etapas de reação, incluindo a
isomerização e a etapa de desidratação/reidratação. A conversão da glicose foi
completa utilizando SMI.FeCl4 e BMI.FeCl4 sugerindo que os sítios ácidos de
Lewis a partir FeCl4- favoreceram a conversão de glicose através da reação de
isomerização. O SMI.Cl exibiu uma fraca atividade devido à ausência de sítios
ácido de Lewis, sendo atribuída a conversão da glicose pelos sítios de ácido de
Brönsted. Esse estudo confirma que os ácidos de Lewis apresentam melhor
atividade na reação de isomerização da glicose do que os ácidos de Brönsted.
Entre os LIFs o que apresentou melhor atividade catalítica foi o SMI.FeCl 4 com
18% e 68% de rendimento em HMF e AL, respectivamente, após 4 horas à 150
ºC.[102]
34
passo intermediário importante para a formação de HMF, conforme mostrado
na Figura 3.15.[104]
35
3.3.2. Reações de Reidratação e Degradação do HMF
36
Os compostos húmicos, também conhecidos por huminas, são
compostos carbonáceos com morfologia heterogênea (presença de cristais e
áreas porosas) e considerados materiais polidispersos com estrutura molecular
desconhecida. Os compostos húmicos são formados durante o tratamento
hidrotérmico de açúcares em condições ácidas para a produção de HMF, FF
(furfural) e AL.[107,108]
37
que seja possível a condensação aldólica do HMF com o grupo cetona do
AL.[108,112]
38
casos, a utilização de solventes com alto ponto de ebulição como MIBC
(115ºC), DMF (153ºC) e DMSO (189ºC), dificulta a separação por destilação
sem que ocorra a decomposição do HMF.[12,113]
39
A Figura 3.18 mostra o sistema reacional bifásico empregado por
Zhang et al. para produção do HMF constituído por THF–C4MI.Cl em que a
função do LI foi solubilizar a frutose e o catalisador utilizado (Ipr-WCl6). Nesse
sistema o HMF foi encontrado em ambas as fases (LI e THF), mas a maior
quantidade de HMF formado foi isolada da fase orgânica (THF). Como
vantagem, nesse processo, o THF pode ser reciclado e reutilizado após a
etapa de extração do HMF. Um rendimento de 65% em HMF foi obtido.[92]
41
4. PARTE EXPERIMENTAL
42
Tabela 4.1: Reagentes, catalisadores e solventes utilizados na
preparação do líquido iônico e do HMF.
Pureza e/ou
Produto Origem
observações
1-metilimidazólio Aldrich ≥ 99%
1-clorobutano Aldrich ≥ 99,5%
1-cloro-octano Aldrich 99%
1-clorodecano Aldrich ≥ 98%
1-clorododecano Aldrich ≥ 97%
Acetate de etila Tedia Brazil Grau HPLC
Ácido trifluorometanesulfônico Aldrich 98%
Hidróxido de sódio Vetec 97%
Diclorometano Tedia Brazil Grau HPLC
Frutose Vetec ≥99%
Glicose Vetec ≥99%
Sacarose União ≥99%
HCl Vetec 37%
AlCl3 Aldrich ≥99%
Argônio Air Liquid ≥99%
HMF Fluka ≥99%
43
Figura 4.1: Síntese do cloreto de 1-butil-3-metilimidazólio.
44
A análise de RMN 1H mostrou os seguintes resultados: RMN 1H (300
MHz, CDCl3): δ/ppm: 0,74 (t, 3H, J = 7,3 Hz), 1,10-1,20 (m, 10H), 1,78 (m, 2H),
4,01 (s, 3H), 4,20 (t, 2H, J = 7,1 Hz), 7,41 (s, 1H, H(4)), 7,63 (s, 1H, H(5)),
10,38 (s, 1H). Os resultados experimentais estão de acordo com os
encontrados na literatura.[117]
45
29 (C8, C11), 26,1 (C7), 22,5 (C13), 13,9 (C14). Os resultados experimentais
estão de acordo com os encontrados na literatura.[117]
46
4.2.1.5. Síntese do trifluorometasulfonato de 1-decil-3-
metilimidazólio
13
Os resultados obtidos no espectro de RMN C do líquido iônico
13
C10MI.CF3SO3 sintetizado (Figura 5.2) apresentaram: RMN C (75 MHz,
CDCl3): 136,6 (C2), 122-124 (C3, C4), 118 (C15), 50 (C5), 36,2 (C1), 30-32
47
(C6, C12), 29 (C9, C10), 28-29 (C8, C11), 26,1 (C7), 22,5 (C13), 14 (C14).
Neste caso, o que confirma a formação deste líquido iônico é um pico a mais
em 118 ppm que se refere ao C do ânion CF3SO3-, indicando a formação do
C10MI.CF3SO3, conforme resultados da literatura.[117,118]
48
Figura 4.6: Montagem utilizada para síntese do HMF: (1) controlador de
temperatura, (2) Schlenk, (3) barra de agitação magnética, (4) banho de
silicone, (5) chapa de aquecimento e agitação magnética.
49
Figura 4.8: Reação geral de desidratação de açúcares utilizando
C10MI.CF3SO3.
50
4.3. TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS
4.3.3. Medida de pH
51
LI + H2O LI- + H3O+
(1)
(2)
52
4.3.6. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência
[açúcar] i [açúcar] f
C 100 (3)
[açúcar] i
53
Seletividade do HMF (mol%)
[ HMF ] f
S 100 (4)
[açúcar]i [açúcar] f
R CS (5)
54
Nesse cromatograma é possível observar que a sacarose sofre
hidrólise ao entrar em contato com a fase móvel utilizada para a análise,
solução de H2SO4, e para se determinar a conversão da sacarose considerou-
se que a soma das áreas dos picos correspondentes à glicose e frutose
corresponde à área da sacarose.
55
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
56
processo descritos na literatura para extrair o HMF.[92,95,96] Ao LI C10MI.CF3SO3
foram adicionados HCl ou AlCl3 para constituir o sistema reacional.
Tendo em vista que a força ácida do meio reacional deve ser o fator
preponderante para a conversão dos açúcares, determinou-se a constante de
acidez Brönsted-Lowry (Ka) dos diversos LIs empregados nesse estudo,
conforme mostra a Tabela 5.1.
57
LIs, apresentando característica ácida de um ácido fraco (Ka = 2,092x10-8) no
processo de desidratação, enquanto que os demais LIs apresentam
propriedade ácida de um ácido muito fraco (1,49x10 -18 > Ka < 4,57x10-17) em
relação à água.
pH
Líquido iônico Ka Força ácida
medido
58
demonstram que processos em que o C4MI.Cl foi usado como solvente
permitem obter o HMF com altos rendimentos dependendo do catalisador ácido
empregado. Por exemplo, utilizando como catalisador uma resina trocadora de
íons, 98% da frutose foi convertida com um rendimento em HMF de 83% após
10 minutos de reação a 80 ºC.[78]
Por outro lado, para avaliar o comportamento dos LIs como solvente
efetuou-se experimentos com a mesma quantidade em mol dos LIs C 4MI.Cl e
C12MI.Cl, modificando somente a quantidade dos LIs em mol já que utiliza-se
nos sistemas reacionais 4 g de LI. Os resultados estão reportados na Tabela
5.2.
59
Tabela 5.2: Influência da quantidade de LI na desidratação da frutose.
60
Tabela 5.3: Influência da quantidade de LI na conversão da glicose em
HMF.
61
conforme descrito na tabela 5.4. Foram determinadas a conversão do açúcar
de partida, o rendimento e a seletividade em HMF.
62
Tabela 5.4: Conversão da frutose e glicose em função do tempo
reacional empregando diferentes líquidos iônicos à base de cloreto de
imidazólio de fórmula CnMI.Cl (n= 4, 8, 10 e 12) catalisada por HCl.
63
cadeia carbônica alifática presente no LI e do tempo de reação na formação do
HMF. Quando o açúcar de partida é a frutose (Figura 5.1 e Tabela 5.4) a
modificação do comprimento da cadeia alifática do LI provocou uma diferença
considerável nos resultados relacionados ao rendimento em HMF apenas para
os experimentos conduzidos durante 12 minutos. Esse comportamento indica
que existe uma influência do tamanho da cadeia carbônica alifática do LI na
formação do HMF que pode ser reduzida ou aumentada com o aumento do
tempo de reação e na presença de HCl. Neste caso, o C12MI.Cl não apresentou
redução no rendimento em HMF com o aumento do tempo reacional, indicando
uma maior estabilidade quando comparado aos demais LIs, dificultando as
reações secundárias. Independentemente do LI utilizado em 2 minutos foi
possível converter 100% da frutose.
64
subprodutos, sendo que o melhor resultado obtido foi para o C12MI.Cl com 96%
em HMF.
65
continuou sendo mais reativa (conversão de 100%) do que a glicose (<80%).
Os resultados de seletividade e rendimento em HMF reforçam a observação
feita para os sistemas LI/HCl relacionada à dificuldade da glicose isomerizar-se
em frutose.[41,55]
66
Tabela 5.5: Conversão da frutose e glicose em função do tempo
reacional empregando diferentes líquidos iônicos à base de cloreto de
imidazólio de fórmula CnMI.Cl (n= 4, 8, 10 e 12) catalisada por AlCl3.
67
Figura 5.2: Efeito dos LIs na desidratação da frutose utilizando AlCl 3 em 8
minutos e 12 minutos. As temperaturas reacionais correspondem às
temperaturas de fusão dos LIs empregados.
68
tempo reacional não há decomposição do HMF. Neste mesmo LI, o HMF não
foi formado pela conversão da glicose (Tabela 5.5, reações 37, 38, 39 e 40). O
mesmo ocorreu quando o C8MI.Cl (Tabela 5.5, reações 45, 46, 47 e 48) e o
C10MI.Cl (Tabela 5.5, reações 53, 54, 55 e 56) foram utilizados. Estes
resultados confirmam que quando a glicose foi o açúcar de partida, uma etapa
de isomerização do mesmo é previamente necessária, o que limita os
rendimentos em HMF conforme descrito na literatura.[12,41,55]
69
Figura 5.3: Efeito dos catalisadores HCl ou AlCl3 na formação do HMF a partir
da (a) desidratação da frutose e (b) conversão da glicose.
70
condições reacionais e catalisador diferentes dos utilizados por Zhang et al
(100 ºC, 75 minutos e GeCl4).[54]
71
Figura 5.4: Produção do HMF a partir da frutose formada pela isomerização da
glicose utilizando o sistema reacional C12MI.Cl/HCl.
72
condições reacionais similares (Tabela 5.5, reação 60) a conversão foi total e o
rendimento e seletividade em HMF foram de 72%.
73
5.1.2. Conversão da Frutose, Glicose e Sacarose Utilizando o Líquido
Iônico C10MI.CF3SO3
74
Figura 5.6: Análise termogravimétrica (TGA) do C10MI.CF3SO3.
75
Tabela 5.6: Medidas de condutividade elétrica de C10MI.CF3SO3, da
água pura (H2O)i e da água após ter sido colocada em contato com o
C10MI.CF3SO3 (H2O)f.
C10MI.CF3SO3 325
(H2O)i 3
(H2O)f 2080
76
Figura 5.7: Cromatograma de HPLC típico dos sistemas reacionais na
ausência de LI utilizando frutose e catalisador (HCl ou AlCl 3). Condições
reacionais: 0,4 g frutose, 2 mL água; 10% AlCl3 (100 ºC e 240 min) ou HCl
(m/m) em relação à frutose (110 ºC e 60 min).
77
A partir da Figura 5.9 observou-se que, assim como para a frutose e
glicose, a sacarose também não iniciou a conversão para ambos catalisadores
na ausência do LI. Contudo, um ponto a ser destacado é que na presença do
catalisador HCl ou do AlCl3 o meio reacional apresentou acidez suficiente para
que a sacarose fosse completamente hidrolisada em frutose e glicose, o que
facilita o processo de produção do HMF. O processo de hidrólise da sacarose
pode ser observado devido a presença de dois picos no cromatograma, sendo
o primeiro equivalente à frutose e o segundo à glicose.
78
5.1.2.2. Conversão de Açúcares em HMF Utilizando o Líquido
iônico C10MI.CF3SO3
Antal et al.[56] relatam que sistemas que utilizam a frutose em água não
são resistentes a altas temperaturas, favorecendo assim, a formação de
produtos secundários. Rosatella et al.[13] complementa relatando que a
produção do HMF através da desidratação de monossacarídeos por catálise
ácida pode ser considerada um processo complexo que facilita as reações
secundárias. Com base nisso, observa-se que utilizando o AlCl3 com o LI
C10MI.CF3SO3 a 80 ºC a frutose manteve-se mais estável, pois não se
observou a sua conversão. Para temperaturas superiores a 100 ºC, a
conversão da frutose foi total. Adicionalmente, o aumento da conversão da
frutose devido ao aumento da temperatura acompanhou-se de altas
seletividades em HMF (> 60%), atingindo valores de ~70% para temperaturas
reacionais de 100 e 110 ºC. Somente para a reação conduzida a 120 ºC a
79
seletividade em HMF diminuiu para 61% indicando a formação de produtos
secundários.
Frutose 80 39 100 39 0 0 0
Frutose 90 83 95 78 48 60 29
Frutose 100 100 83 83 100 73 73
Frutose 110 100 90 90 100 71 71
Frutose 120 100 79 79 100 61 61
Glicose 100 46 0 0 14 0 0
Glicose 110 53 0 0 36 0 0
Glicose 120 66 0 0 71 52 37
Glicose 130 80 19 16 74 49 37
Glicose 140 82 20 16 77 62 47
Sacarose 90 32 70 23 21 0 0
Sacarose 100 63 86 54 66 56 37
Sacarose 110 60 83 50 68 70 48
Sacarose 120 60 84 50 81 69 56
Sacarose 130 70 82 57 90 56 55
Sacarose 140 88 61 53 93 53 49
Condições de síntese: 4 g líquido iônico, 0,4 g açúcar, 2 mL água, 10%
catalisador AlCl3 ou HCl (m/m), t = 120 min. (a) 2,6 mmol; (b) 0,306 mmol.
80
Figura 5.10: Efeito da temperatura reacional no rendimento em HMF utilizando
como catalisador (a) HCl e (b) AlCl3. Condições reacionais: 4 g LI, 0,4 g açúcar,
2 mL água, 10% catalisador AlCl3 ou HCl (m/m), t = 120 min.
81
A partir dos resultados apresentados, observa-se que o rendimento em
HMF obtido pela desidratação da frutose aumentou com o aumento da
temperatura, até uma temperatura máxima de 100 ºC correspondendo a um
rendimento de 90% e em seguida diminuiu com o aumento da temperatura.
Quando o AlCl3 foi usado essa temperatura máxima foi de 100 ºC e
corresponde a um rendimento de 73%. Quando o HCl foi usado, a temperatura
máxima foi de 110 ºC.
83
com a frutose e a glicose (> 50%). A seletividade foi de ~70% para
temperaturas reacionais de 110 e 120 ºC. A diminuição da seletividade em
HMF para 56% a partir da temperatura reacional de 130 ºC indica que há
formação de produtos secundários.
84
Tabela 5.8: Influência do tempo reacional na conversão da frutose,
glicose e sacarose em HMF catalisada por HCl e AlCl3.
HCl (a) AlCl3 (b)
Frutose 30 52 100 52 0 0 0
Frutose 60 100 90 90 39 73 28
Frutose 120 100 90 90 100 69 69
Frutose 180 100 85 85 100 73 73
Frutose 240 100 81 81 100 82 82
Glicose 30 58 18 10 57 58 33
Glicose 60 72 23 16 77 47 36
Glicose 120 82 20 16 77 62 47
Glicose 180 100 14 14 87 38 33
Glicose 240 100 10 10 100 57 57
Sacarose 30 11 17 2 0 0 0
Sacarose 60 47 32 15 29 17 5
Sacarose 120 63 86 54 81 69 56
Sacarose 180 68 78 53 89 65 58
Sacarose 240 69 83 57 92 50 46
85
Figura 5.11: Efeito do tempo reacional no rendimento em HMF utilizando como
catalisador (a) HCl e (b) AlCl3. Condições reacionais: 4 g LI, 0,4 g açúcar, 2 mL
água, 10% catalisador AlCl3 ou HCl (m/m). HCl: 110 ºC (frutose), 140 ºC
(glicose) e 100 ºC (sacarose); AlCl3: 100 ºC (frutose), 140 ºC (glicose) e 120 ºC
(sacarose).
86
conversão da frutose foi completa em um tempo reacional inferior (10 minutos)
utilizando o H2SO4 enquanto que mesmo após 60 minutos a conversão da
frutose não havia iniciado utilizando o AlCl3. Com isso, pode-se observar
comparando os resultados obtidos nesse estudo aos da literatura que a
associação do LI com o catalisador ácido é um parâmetro imprescindível para a
produção da acidez necessária para obter a desidratação da frutose e que as
condições reacionais serão específicas para cada associação LI/catalisador.[127]
87
Os resultados de conversão da sacarose e rendimento em HMF
apresentados na Tabela 5.8 e na Figura 5.11 mostram que a maior seletividade
em HMF aliada ao rendimento foi de 69% e 54%, respectivamente, após 120
minutos quando o HCl foi usado. Após 120 minutos, o rendimento em HMF
manteve-se constante. Os dados de conversão da sacarose indicam que a
partir de 120 minutos de reação a conversão foi entre 60-70% e esse açúcar
não foi totalmente convertido mesmo após 240 minutos.
88
ºC e o tempo reacional de 240 minutos para a frutose, 140 ºC e 120 minutos
para a glicose, 120 ºC e 120 minutos para a sacarose. Com o HCl foram
conduzidas a 110 ºC e 60 minutos para a frutose, 140 ºC e 60 minutos para a
glicose, 100 ºC e 120 minutos para a sacarose. A razão mássica de
catalisador/açúcar estudada foi de 0,05; 0,1; 0,15 e 0,2. Os resultados
encontrados estão descritos na Tabela 5.9.
Frutose 0 0 0 0 0 0 0
Frutose 0,05 57 78 45 24 0 0
Frutose 0,1 100 90 90 100 82 82
Frutose 0,15 100 87 87 100 65 65
Frutose 0,2 100 77 77 100 63 63
Glicose 0 0 0 0 0 0 0
Glicose 0,05 75 13 10 44 0 0
Glicose 0,1 72 23 16 77 62 47
Glicose 0,15 78 22 17 83 62 51
Glicose 0,2 85 33 28 100 51 51
Sacarose 0 0 0 0 0 0 0
Sacarose 0,05 0 0 0 34 0 0
Sacarose 0,1 63 86 54 81 69 56
Sacarose 0,15 68 100 68 94 50 47
Sacarose 0,2 68 100 68 93 64 60
Condições reacionais: 4 g líquido iônico, 0,4 g açúcar, 2 mL água. (a) 110 ºC e
60 min (frutose), 140 ºC e 60 min (glicose), 100 ºC e 120 min (sacarose); (b)
100 ºC e 240 min (frutose), 140 ºC e 120 min (glicose), 120 ºC e 120 min
(sacarose).
89
De acordo com os resultados apresentados na Tabela 5.9, o teste
realizado sem catalisador mostra que a presença de um ácido associado ao LI
é imprescindível para que ocorra a conversão dos açúcares testados, tendo em
vista que sem catalisador não se observou a conversão do açúcar. Os
resultados de seletividade em HMF extraídos da Tabela 5.9 são representados
na Figura 5.12.
90
A partir dos resultados apresentados evidenciou-se que o aumento da
proporção de catalisador/frutose (0,15 e 0,2) favoreceu a conversão completa
da frutose, independente do catalisador usado, mas que os rendimentos e
seletividade em HMF diminuíram. Esses resultados indicam que nessas
condições houve formação de subprodutos em quantidade cada vez maior. Os
subprodutos podem ser ácido fórmico, ácido levulínico e compostos húmicos,
conforme relatado por Wang et al. que sugerem que esses compostos se
formam na presença de catalisadores ácidos de Lewis. [128] Nossos
experimentos mostram que tanto o ácido de Lewis (AlCl3) quanto o ácido de
Brönsted (HCl) devem ser responsáveis pela formação de alguns ou de todos
esses subprodutos, o que consequentemente, diminuiu o rendimento em HMF.
94
Tabela 5.10: Influência da razão mássica de açúcar/LI na produção de
HMF, empregando HCl e AlCl3 como catalisadores.
Frutose 0,05 0 0 0 24 98 24
Frutose 0,1 100 90 90 100 82 82
Frutose 0,15 83 86 71 100 64 64
Frutose 0,2 84 81 68 84 65 55
Glicose 0,05 51 13 7 42 0 0
Glicose 0,1 85 33 28 77 62 47
Glicose 0,15 38 0 0 100 21 21
Glicose 0,2 50 8 4 100 32 32
Sacarose 0,05 44 100 44 40 0 0
Sacarose 0,1 68 100 68 81 69 56
Sacarose 0,15 75 89 66 91 43 39
Sacarose 0,2 72 82 59 84 57 48
95
Figura 5.13: Influência da razão mássica de açúcar/LI seletividade em HMF
utilizando como catalisador (a) HCl (b) AlCl3. Condições reacionais: 4 g LI, 2
mL água; 10% AlCl3 (m/m) a 100 ºC e 240 min; 10% HCl (m/m) a 110 ºC e 60
min.
96
assim, a produção de compostos húmicos.[78]
97
(HCl) ao utilizar a razão 0,1 de sacarose/LI, mas esses valores se reduzem
para 48% (AlCl3) e 59% (HCl) quando o meio reacional contém a razão 0,2 de
sacarose/LI. Conforme citado para a frutose e glicose, esse comportamento em
relação à redução do rendimento pode ser atribuída às reações paralelas que
podem ocorrer durante o processo, bem como, a produção de compostos
húmicos.[78]
98
Os resultados mostram que com a reutilização do LI a conversão da
frutose se manteve em 100% nos 4 ciclos operacionais. Nos 3 primeiros ciclos
não houve alteração no percentual do rendimento em HMF. No último ciclo o LI
perdeu levemente sua atividade em função da redução do rendimento de ~90%
para 83%.
99
Figura 5.15: Processo industrial para produção do HMF utilizando
C10MI.CF3SO3.
100
6. CONCLUSÃO
101
provável força ácida. Já o C4MI.Cl, o C8MI.Cl e o C10MI.Cl provavelmente
atuam somente como solvente no meio reacional, porque na ausência de HCl
ou AlCl3 não houve conversão dos açúcares.
102
O rendimento em HMF a partir da sacarose mostrou-se intermediário
ao da frutose e glicose, sendo necessário o mesmo tempo reacional (120
minutos) para os dois sistemas testados nos processos reacionais, o
C10MI.CF3SO3/HCl e o C10MI.CF3SO3/AlCl3. Nos processos de conversão da
sacarose utilizando o C10MI.CF3SO3 o catalisador HCl foi o que apresentou ser
mais eficiente na formação de HMF. Já o AlCl3 mostrou-se mais eficiente na
conversão da sacarose, mas não de forma seletiva, pois o rendimento
relacionado foi inferior ao obtido com HCl. As variáveis reacionais foram: razão
mássica entre a sacarose/C10MI.CF3SO3 de 0,1, 10% AlCl3 (m/m), 120 ºC e 120
minutos (rend. HMF 56% e sel. HMF 69%). Para HCl a condição reacional que
apresentou melhor desempenho foi: razão mássica entre a
sacarose/C10MI.CF3SO3 de 0,1, 15% HCl (m/m), 100 ºC e 120 minutos (rend.
HMF 68% e sel. HMF 100%).
104
7. REFERÊNCIAS
[1] MOREAU, C.; BELGACEM, M.N.; GANDINI, A.; Recent catalytic advances
in the chemistry of substituted furans from carbohydrates and in the ensuing
polymer. Top. Catal. 2004, 27, 11.
[2] VEREVKIN, S.P.; EMEL’YANENKO, V.N.; STEPURKO, E.N.; RALYS, R.V.;
ZAITSAU, D.H.; Biomass-Derived Platform Chemicals: Thermodynamic Studies
on the Conversion of 5-Hydroxymethylfurfural into Bulk Intermediates. Ind. Eng.
Chem. Res., 2009, 48, 10087.
[3] MEHTA, R.; KUMAR, V.; BHUNIA, H.; UPADHYAY J., S. N.; Synthesis of
Poly(Lactic Acid): A Review. Macromol. Sci., Polym. Rev., 2005, 45, 325.
[4] ARISTIZÁBAL, V.M.; GÓMEZ, A.P.; CARDONA, C.A.A.; Biorefineries based
on coffee cut-stems and sugarcane bagasse: Furan-based compounds and
alkanes as interesting products. Bioresour. Technol., 2015, 196, 480.
[5] ALONSO, D. M.; BOND, J. Q.; DUMESIC, J. A.; Catalytic conversion of
biomass to biofuels. Green Chem., 2010, 12, 1493.
[6] TUERCKE, T.; PANIC, S.; LOEBBECKE, S.; Microreactor Process for the
Optimized Synthesis of 5-Hydroxymethylfurfural: A promising building block
obtained by catalytic dehydration of fructose. Chem. Eng. Technol., 2009,
32(11), 1815.
[7] HOFFMANN, B.; SZKLO, S.A.; SCHAEFFER, R.; An evaluation of the
techno-economic potential of co-firing coal with woody biomass in thermal
power plants in the south of Brazil. Biomass Bioenergy, 2012, 45, 295.
[8] GANDINI, A.; Polymers from Renewable Resources: A Challenge for the
Future of Macromolecular Materials. Macromolecules, 2008, 41(24), 9491.
[9] WOLF, F.F.; FRIEDEMANN, N.; FREY, H.; Poly(lactide)-block-Poly(HEMA)
Block Copolymers: An Orthogonal One-Pot Combination of ROP and ATRP,
Using a Bifunctional Initiator. Macromolecules, 2009, 42, 5622.
[10] PUTTEN, R.J.; WAAL, J.C.; JONG, E.; RASRENDRA, C.B.; HEERES,
H.J.; VRIES, J.G.; Hydroxymethylfurfural, A Versatile Platform chemical Made
from Renewable Resources. Chem. Rev., 2013, 113, 1499.
105
[11] ZHAO, J.; ZHOU, C.; HE, C.; DAI, Y.; JIA, Y.; YANG, Y.; Efficient
dehydration of fructose to 5-hydroxymethylfurfural over sulfonated carbon
sphere solid acid catalysts. Catal. Today, 2016, 264, 123.
[12] TONG, X.; MA. Y.; LI, Y.; Biomass into chemicals: Conversion of sugars to
furan derivatives by catalytic processes. Appl. Catal., A, 2010, 385, 01.
[13] ROSATELLA, A.A.; SIMEONOV, S.P.; FRADE, R.F.M.; AFONSO, C.A.M.;
5-Hydroxymethylfurfural (HMF) as a building block platform: Biological
properties, synthesis and synthetic applications. Green Chem., 2011, 13, 754.
[14] SU, Y.; BROWN, H.M.; HUANG, X.; ZHOU, X-d.; AMONETTE, J.E.; ZANG,
Z.C.; Single-step conversion of cellulose to 5-hydroxymethylfurfural (HMF), a
versatile plataform chemical. Appl. Catal., A, 2009, 361, 117.
[15] MOSNACEK, J.; MATYJASZEWSK, K.; Atom Transfer Radical
Polymerization of Tulipalin A: A Naturally Renewable Monomer.
Macromolecules, 2008, 41, 5509.
[16] COATES, G.W.; HILLMYER, M.A.; A Virtual Issue of Macromolecules:
“Polymers from Renewable Resources”. Macromolecules, 2009, 42, 7987.
[17] TANKSALE, A.; BELTRAMINI, J.N.; LU, G.Q.M.; A review of catalytic
hydrogen production processes from biomass. Renewable Sustainable Energy
Rev., 2010, 14, 166.
[18] Directiva 2003/30/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, disponível
em http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX:32003L0030
(acesso em 19/10/2015).
[19] SHIH, C.J.; SMITH, E.A.; Determination of glucose and ethanol after
enzymatic hydrolysis and fermentation of biomass using Raman spectroscopy.
Anal. Chim. Acta, 2009, 653, 200.
[20] SANTOS, M.F.R.F.; BORSCHIVER, S.; COUTO, M.A.P.G.; Iniciativas para
o uso da biomassa lignocelulósica em biorrefinarias: a plataforma sucroquímica
no mundo e no Brasil. Economia e Energia, 2011, 82, 14.
[21] GARLOTTA, D.; A literature review of poly(lactic acid). J. Polym. Environ.,
2001, 9(2), 63.
[22] JIANG, X.; SMITH, M.R.; BAKER, G.L.; Water-Soluble Thermoresponsive
Polylactides. Macromolecules, 2008, 41, 318.
[23] CONN, R.E.; KOLSTAD, J.J.; BORZELLECA, J.F.; DIXLER, D.S.; FILER,
106
L.J.J.; LADU, B.N.J.; PARIZA, M.W.; Safety assessment of polylactide (PLA) for
use as a foodcontact polymer. Food Chem. Toxicol., 1995, 33, 273.
[24] BALAT, M.; KIRTAY, E.; BALAT, H.; Main routes for the thermo-conversion
of biomass into fuels and chemicals. Part 1: Pyrolysis systems. Energy
Convers. Manage., 2009, 50, 3147.
[25] REN, N.; WANG, A.; CAO, G.; XU, J.; GAO, L.; Bioconversion of
lignocellulosic biomass to hydrogen: Potential and challenges. Biotechnol. Adv.,
2009, 27, 1051.
[26] SHEN, D.K.; GU, S.; The mechanism for thermal decomposition of
cellulose and its main products. Bioresour. Technol.,2009, 100, 6496.
[27] SINGH, S.; SIMMONS, B.A.; VOGEL, K.P.; Visualization of biomass
solubilization and cellulose regeneration during ionic liquid pretreatment of
switchgrass. Biotechnol. Bioeng., 2009, 104, 68.
[28] AMARAL, L.; A Química; Edições Loyola: São Paulo, 1995, p.17.
[29] ATKINS, P.; JONES, L.; Princípios de Química; Bookman: Nova Iorque,
1999, p.901.
[30] FERREIRA, V.F.; ROCHA, D.R.; Potencialidades e oportunidades na
química da sacarose e outros açúcares. Quim. Nova, 2009, 32, 623.
[31] CORMA, A.; IBORRA, S.; VELTY, A.; Chemical routes for the
transformation of biomass into chemicals. Chem. Rev., 2007, 107, 2411.
[32] TUNDO, P.; PEROSA, A.; ZECCHINI, F.; Methods and reagents for Green
chemistry: An Introduction. Wiley-Interscience: New Jersey, 2007, p.33.
[33] STRYER, L.; TYMOCZKO, J. L.; BERG, J. M.; Bioquímica. Guanabara
Koogan S. A.: Rio de Janeiro, 2004, p.313.
[34] FERREIRA, V.F.; SILVA, F.C.; Carboidratos como fonte de compostos
para a indústria de química fina. Quim. Nova, 2013, 36, 1514.
[35] CRISCI, A.J.; TUCKER, M.H.; DUMESIC, J.A.; SCOTT, S.L.; Bifunctional
solid catalysts for the selective conversion of fructose to 5-
hydroxymethylfurfural. Top. Catal., 2010, 53, 1185.
[36] ANGYAL, S.J.; The Lobry de Bruyn-Alberda van Ekenstein transformation
and related reactions. Top. Curr. Chem., 2001, 215, 1.
107
[37] ROMAN-LESHKOV, Y.; MOLINER, M.; LABINGER, J.A.; DAVIS, M.E.;
Mechanism of glucose isomerization using a solid lewis acid catalyst in water.
Angew. Chem. Int. Ed., 2010, 49, 8954.
[38] STRAATSMA, J.; VELLENGA, K.; WILT, H.G.J.; JOOSTEN, G.E.H.;
Isomerization of Glucose to Fructose. 2. Optimization of reaction condltions in
the production of high fructose syrup by isomwzation of glucose catalyzed
by a whole cetl immobilized glucose isomerase catalyst. Ind. Eng. Chem.
Process Des. Dev., 1983, 22, 356.
[39] SARAVANAMURUGAN, S.; PANIAGUA, M.; MELERO, J.A.; RIISAGER,
A.; Efficient isomerization of glucose to fructose over zeolites in consecutive
reactions in alcohol and aqueous media. J. Am. Chem. Soc., 2013, 135, 5246.
[40] BARREIROS, R.C.; BOSSOLAN, G.; TRINDADE, C.E.P.; Fructose in
humans: metabolic effects, clinical utilization, and associated inherent errors.
Rev. Nutr., 2005, 18, 377.
[41] FABER, M.O.; Isomerização enzimática de glicose a frutose em biorreator
de leito fixo alimentado continuamente. Dissertação de Mestrado, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, 2011.
[42] WANG, T.; NOLTE, M.W.; SHANKS, B.H.; Catalytic dehydration of C6
carbohydrates for the production of hydroxymethylfurfural (HMF) as a versatile
platform chemical. Green Chem., 2014, 16, 548.
[43] HU, L.; ZHAO, G.; HAO, W.; TANG, X.; SUN, Y.; LIN, L.; LIU, S.; Catalytic
conversion of biomass-derived carbohydrates into fuels and chemicals via
furanic aldehydes. RSC Adv., 2012, 2, 11184.
[44] LE COUTEUR, P.; BURRESON, J.; Os botões de Napoleão. Jorge Zahar
Editor: Rio de Janeiro, 2006, p.54.
[45] FERREIRA, V.F.; SILVA, F.C.; PERRONE, C.C.; Sacarose no laboratório
de química orgânica de graduação. Quim. Nova, 2001, 24, 905.
[46] LEWKOWSKI, J.; Synthesis, chemistry and applications of 5-
hydroxymethylfurfural and its derivatives. ARKIVOC (Zurich, Switz.), 2001, (i),
17.
[47] Sigma Aldrich, disponível em
http://www.sigmaaldrich.com/catalog/substance/
108
5hydroxymethylfurfural126116747011?lang=pt®ion=BR (acesso em
12/05/2016).
[48] HAYES, D.J.; ROSS, J.; HAYES, M.H.B.; FITZPATRICK, S.; The biofine
process: Production of levulinic acid, furfural and formic acid from lignocellulosic
feedstocks. Biorefinery, disponível em
http://www.carbolea.ul.ie/files/HFHR_Chapter%204_FINAL.pdf (acesso
13/05/2016)
[49] PARTENHEIMER, W.; GRUSHIN, V.V.; Synthesis of 2,5-diformylfuran and
furan-2,5-dicarboxylic acid by catalytic air-oxidation of 5-hydroxymethylfurfural.
unexpectedly selective aerobic oxidation of benzyl alcohol to benzaldehyde with
metal-bromide catalysts Adv. Synth. Catal., 2001, 343, 102.
[50] STAHLBERG, T.; EYJÓLFSDÓTTIR, E.; GORBANEV, Y.Y.; SÁDABA, I.;
RIISAGER, A.; Aerobic oxidation of 5-(hydroxymethyl)furfural in ionic liquids
with solid ruthenium hydroxide catalysts. Catal Lett, 2012, 142, 1089.
[51] SAHA, B.; DUTTA, S.; ABU-OMAR, M.M.; Aerobic oxidation of 5-
hydroxylmethylfurfural with homogeneous and nanoparticulate catalysts. Catal.
Sci. Technol., 2012, 2, 79.
[52] BOISEN, A.; CHRISTENSEN, T.B.; FU, W.; GORBANEV, Y.Y.; HANSEN,
T.S.; JENSEN, J.S.; KLITGAARD, S.K.; PEDERSEN, S.; RIISAGER, A.;
STAHLBERG, T.; WOODLE, J.M.; Process integration for the conversion of
glucose to 2,5-furandicarboxylic acid. Chem. Eng. Res. Des., 2009, 87, 1318.
[53] CRISCI, A.J.; TUCKER, M.H.; DUMESIC, J.A.; SCOTT, S.L.; Bifunctional
Solid Catalysts for the Selective Conversion of Fructose to 5-
Hydroxymethylfurfural Scott. Top Catal, 2010, 53, 1185.
[54] ZHANG, Z.; WANG, Q.; XIE, H.; LIU, W.; ZHAO, Z.K.; Catalytic conversion
of carbohydrates into 5-hydroxymethylfurfural by germanium(iv) chloride in ionic
liquids. ChemSusChem, 2011, 4, 131.
[55] CHUN, J.A.; LEE, J.W.; YI, Y.B.; HONG, S.S.; CHUNG, C.H.; Catalytic
production of hydroxymethylfurfural from sucrose using 1-methyl-3-
octylimidazolium chloride ionic liquid. Korean J. Chem. Eng., 2010, 27, 930.
[56] ANTAL Jr., M.J.; MOK, W.S.L.; RICHARDS, G.N.; Four-carbon model
compounds for the reactions of sugars in water at high temperature. Carbohydr.
Res., 1990, 199, 111.
109
[57] NEWTH, F.H.; The formation of furan compounds from hexoses. Adv.
Carbohydr. Chem., 1951, 6, 83.
[58] JAMES, O.O.; MAITY, S.; USMAN, L.A.; AJANAKU, K.O.; AJANI, O.O.;
SIYANBOLA, T.O.; SAHU, S.; CHAUBEY, R.; Towards the conversion of
carbohydrate biomass feedstocks to biofuels via hydroxylmethylfurfural. Energy
Environ. Sci., 2010, 3, 1833.
[59] VAN PUTTEN, R.-J.; SOETEDJO, J.N.M.; PIDKO, E.A.; VAN DER WAAL,
J.C.; HENSEN, E.J.M.; JONG, E.; HEERES, H.J.; Dehydration of different
ketoses and aldoses to 5-hydroxymethylfurfural. ChemSusChem, 2013, 6,
1681.
[60] STAHLBERG, T.; RODRIGUEZ, S. R.; FRISTRUP, P.; RIISAGER, A.;
Metal-free dehydration of glucose to 5-(hydroxymethyl)furfural in ionic liquids
with boric acid as a promoter. Chem. Eur. J., 2011, 17, 1456.
[61] ZHAO, H.; HOLLADAY, J.E.; BROWN, H.; ZHANG, Z.C.; Metal chlorides in
ionic liquid solvents convert sugars to 5-hydroxymethylfurfural. Science, 2007,
316(5831), 1597.
111
[77] DE, S.; DUTTA, S.; SAHA, B.; Microwave assisted conversion of
carbohydrates and biopolymers to 5-hydroxymethylfurfural with aluminium
chloride catalyst in water. Green Chem., 2011, 13, 2859.
[78] QI, X.; WATANABE, M.; AIDA, T.M.; SMITH JR, R.L.; Catalytic
dehydration of fructose into 5-hydroxymethylfurfural by ion-exchange resin in
mixed-aqueous system by microwave heating. Green Chem., 2008, 10, 799.
[79] HANSEN, T. S.; WOODLEY, J. M.; RIISAGER, A. Efficient microwave-
assisted synthesis of 5-hydroxymethylfurfural from concentrated aqueous
fructose. Carbohydr. Res., 2009, 344, 2568.
[80] ZHANG, Y.; DU, H.; QIAN, X.; CHEN, E.Y.X.; Ionic liquid−water mixtures:
enhanced kw for efficient cellulosic biomass conversion. Energy Fuels, 2010,
24, 2410.
[81] SOUZA, M.O.; Ionic liquids and catalysis. J. Braz. Chem. Soc., 2014, 25,
2140.
[82] LOZINSKAYA, E.I.; SHAPLOV, A.S.; VYGODSKII, Y.S.; Direct
polycondensation in ionic liquids. Eur. Polym. J., 2004, 40, 2065.
[83] ZHANG, Q.; ZHANG, S.; DENG, Y.; Recent advances in ionic liquid
catalysis. Green Chem., 2011, 13, 2619.
[84] HUDDLESTON, J. G.; VISSER, A. E.; REICHERT, W. M.; WILLAUER H.
D.; BROKER, G. A.; ROGERS, R. D.; Characterization and comparison of
hydrophilic and hydrophobic room temperature ionic liquids incorporating the
imidazolium cation. Green Chem., 2001, 3, 156.
[85] JACQUEMIN, J.; HUSSON, P.; PADUA, A.A.H.; MAJER, V.; Density and
viscosity of several pure and water-saturated ionic liquids. Green Chem., 2006,
8, 172.
[86] LI, H.; YANG, S.; Catalytic transformation of fructose and sucrose to HMF
with proline-derived ionic liquids under mild conditions. Int. J. Chem. Eng.,
2014, 2014, 1.
[87] LI, C.; ZHANG, Z.; ZHAO, Z.K.; Direct conversion of glucose and cellulose
to 5-hydroxymethylfurfural in ionic liquid under microwave irradiation.
Tetrahedron Lett., 2009, 50(38), 5403.
112
[88] MARZIALETTI, T., SIEVERS, C., MUSIN, I., OLARTE, M. B. V.,
AGRAWAL, P. K., JONES, C. W. Acid-Catalyzed Conversion of Sugars and
Furfurals in an IonicLiquid Phase. Chem Sus Chem., 2009, 2, 665.
[89] QI, X.; WATANABE, M.; AIDA, T.M.; SMITH JR., R.L.; Efficient process for
conversion of fructose to 5-hydroxymethylfurfural with ionic liquids. Green
Chem., 2009, 11, 1327.
[90] JADHAV, H.; TAARNING, E.; PEDERSEN, C.M.; BOLS, M.; Conversion of
D-glucose into 5-hydroxymethylfurfural (HMF) using zeolite in [Bmim]Cl or
tetrabutylammonium chloride (TBAC)/CrCl2. Tetrahedron Lett., 2012, 53, 983.
[91] LI, C.; ZHAO, Z.K.; WANG, A.; ZHENG, M.; ZHANG, T.; Production of 5-
hydroxymethylfurfural in ionic liquids under high fructose concentration
conditions. Carbohydr. Res., 2010, 345, 1846.
[92] ZHANG, Y.; CHAN, J.Y.G.; Production of hydroxymethylfurfural. US Patent
2009/0313889 A1, 2009.
[93] SUN, X.; LIU, Z.; XUE, Z.; ZHANG, Y.; MU, T.; Extraction of 5-HMF from
the conversion of glucose in ionic liquid [Bmim]Cl by compressed carbon
dioxide. Green Chem., 2015, 17, 2719.
[94] MAMO, W.; CHEBUDE, Y.; MÁRQUEZ-ÁLVAREZ, C.; DÍAZ, I.; SASTRE,
E.; Comparison of glucose conversion to 5-HMF using different modified
mordenites in ionic liquid and biphasic media. Catal. Sci. Technol., 2016, 6,
2766.
[95] LANSALOT-MATRAS, C.; MOREAU, C.; Dehydration of fructose into 5-
hydroxymethylfurfural in the presence of ionic liquids. Catal. Commun., 2003, 4,
517.
[96] D’ANNA, F.; MARULLO, S.; VITALE, P.; RIZZO, C.; LO MEO, P.; NOTO,
R.; Ionic liquid binary mixtures: Promising reaction media for carbohydrate
conversion into 5-hydroxymethylfurfural. Appl. Catal., A, 2014, 482, 287.
[97] QI, X., WATANABE, M., AIDA, T.M., SMITH JR., R.L. Sulfated zirconia as
a solid acid catalyst for the dehydration of fructose to 5-hydroxymethylfurfural.
Catal. Commun., 2009, 10, 1771.
[98] WAGH, K.V.; BADGUJAR, K.C.; PATIL, N.M.; BHANAGE, B.M.; Curr. Org.
Chem., 2016, 20, 736.
113
[99] QU, Y.; LI, L.; WEI, Q.; HUANG, C.; OLESKOWICZ-POPIEL, P.; XU, J.;
One-pot conversion of disacchatide into 5-hydroxymethylfurfural catalyzed by
imidazole ionic liquid. Sci. Rep., 2016, 6, 1-7.
[100] MA, Y.; QING, S.; WANG, L.; ISLAM, N.; GUAN, S.; GAO, Z.; MAMAT,
X.; LI, H.; ELI, W.; WANG, T.; Production of 5-hydroxymethylfurfural from
fructose by a thermo-regulated and recyclable Brönsted acidic ionic liquid
catalyst. RSC Adv., 2015, 5, 47377.
[101] TAO, F.R.; ZHUANG, C.; CUI, Y.Z.; XU, J.; Dehydration of glucose into 5-
hydroxymethylfurfural in SO3H-functionalized ionic liquids. Chin. Chem. Lett.,
2014, 25, 757.
[102] RAMLI, N.A.S.; AMIN, N.A.S.; A new functionalized ionic liquid for efficient
glucose conversion to 5-hydroxymethyl furfural and levulinic acid. J. Mol. Catal.
A: Chem., 2015, 407, 113.
[103] MOREAU, C.; FINIELS, A.; VANOYE, L.; Dehydration of fructose and
sucrose into 5-hydroxymethylfurfural in the presence of 1-H-3-methyl
imidazolium chloride acting both as solvent and catalyst. J. Mol. Catal. A:
Chem., 2006, 253, 165.
[104] QI, X.; WATANABE, M.; AIDAB, T.M.; SMITH, JR. R.L. Efficient one-pot
production of 5-hydroxymethyl furfural from inuline in ionic liquid. Green Chem.,
2010, 12, 1855.
[105] YANG, Y.; LIU, W.; WANG, N.; WANG, H.; LI, W.; SONG, Z.; Effect of
different ionic liquids on 5-Hydroxymethylfurfural preparation from glucose in
DMA over AlCl3: experimental and theoretical study. Chin. J. Chem., 2015, 33,
583.
[106] HORVAT, J.; KLAIC, B.; METELKO, B.; SUNJIC, V.; Mechanism of
levulinic acid formation. Tetrahedron Lett., 1985, 26, 2111.
[107] TSILOMELEKIS, G.; ORELLA, M.J.; LIN, Z.; CHENG, Z.; ZHENG, W.;
NIKOLAKIS, V.; VLACHOS, D.G.; Molecular structure, morphology and growth
mechanisms and rates of 5-hydroxymethylfurfural (HMF) derived humins. Green
Chem., 2016, 18, 1983.
[108] VAN ZANDVOORT, I.; WANG, Y.; RASRENDRA, C.B.; VAN ECK,
E.R.H.; BRUIJNINCX, P.C.A.; HEERES, H.J.; WECKHUYSEN, B.M.;
Formation, molecular structure, and morphology of humins in biomass
114
conversion: influence of feedstock and processing conditions. ChemSusChem,
2013, 6, 1745.
[109] SUMERSKII, I.V.; KRUTOV, S.M.; ZARUBIN, M.Y.; Humin-like
substances formed under the conditions of industrial hydrolysis of wood. Russ.
J. Appl. Chem., 2010, 83, 320.
[110] PATIL, S.K.R.; HELTZEL, J.; LUND, C.R.F.; Comparison of structural
features of humans formed catalytically from glucose, fructose and 5-
hydroxymethylfufuraldehyde. Energy Fuels, 2012, 26, 5281.
[111] PATIL, S.K.R.; LUND, C.R.F.; Formation and growth of humans via aldol
addition and condensation during acid-catalyzed conversion of 5-
hydroxymethylfurfural. Energy Fuels, 2011, 25, 4745.
[112] VAN ZANDVOORT, I.; KOERS, E.J.; WEINGARTH, M.; BRUIJNINCX,
13
P.C.A.; BALDUS, M.; WECKHUYSEN, B.M.; Structural characterization of C-
13
enriched humins and alkali-treated C humins by 2D solid-state NMR. Green
Chem., 2015, 17, 4383.
[113] AMARASEKARA, A.S.; WILLIAMS, L.D.; EBEDE, C.C.; Mechanism of the
dehydration of D-fructose to 5-hidroxymethylfurfural in dimethyl sulfoxide at 150
ºC: an NMR study. Carbohydr. Res., 2008, 343, 3021.
[114] TUERCKE, T.; PANIC, S.; LOEBBECKE, S.; Microreactor for the
optimized synthesis of 5-hydroxymethilfurfural: a promissing building block
obtained from catalytic dehydration of fructose.
Carbohydr. Res., 2009, 32, 1815.
115
[118] GELESKY, M.A.; Preparação e caracterização de nanopartículas de
ródio(0) imobilizadas em líquidos iônicos: novo sistema para hidrogenação de
aromáticos. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, 2004.
[119] ATKINS, P.; JONES, L.; Princípios de Química: questionando a vida
moderna e o meio ambiente. Porto Alegre: Bookman, 2001, p.521.
[120] TONG, X.; LI, M.; YAN, N.; MA,Y.; DYSON, P. J.; LI, Y.;
Defunctionalization of fructose and sucrose: Iron-catalyzed production of 5-
hydroxymethylfurfural from fructose and sucrose. Catal.Today, 2011, 175, 524.
[121] PAGAN-TORRES, Y.J.; WANG, T.; GALLO, J.M.R.; SHANKS, B.H.;
DUMESIC, J.A.; Production of 5-hydroxymethylfurfural from glucose using a
combination of lewis and brønsted acid catalysts in water in a biphasic reactor
with an alkylphenol solvent . ACS Catal., 2012, 2, 930.
[122] PESSONI, R.A.B.; OLMEDO, P.M.O.; CLEMENTE FILHA, A.C.;
FIGUEIREDO-RIBEIRO, R.C.L.; produção de concentrados de frutose por
inulinases de Penicillium janczewskii e atividade sobre o nível de glicose
plasmática em ratos diabéticos. Ciênc. Tecnol. Aliment., 2004, 24, 373.
[123] EARLE, M.J.; SEDDON, K.R.; Ionic liquids. Green solvents for the future.
Pure Appl. Chem., 2000, 72, 1391.
[124] YANG, Y.; HU, C.-W.; ABU-OMAR, M.M.; Conversion of carbohydrates
and lignocellulosic biomass into 5-hydroxymethylfurfural using AlCl3·6H2O
catalyst in a biphasic solvent system. Green Chem., 2012, 14, 509.
[125] WANG, C.; FU, L.; TONG, X.; YANG, Q.; ZHANG, W.; Efficient and
selective conversion of sucrose to 5-hydroxymethylfurfural promoted by
ammonium halides under mild conditions. Carbohydr. Res., 2012, 347, 182.
[126] HUA, L.; SUNA, Y.; LINA, L.; LIU, S.; Catalytic conversion of glucose into
5-hydroxymethylfurfural using double catalysts in ionic liquid. J. Taiwan Inst.
Chem. Eng., 2012, 43, 718.
[127] LIU, W.; HOLLADAY, J.; Catalytic conversion of sugar into
hydroxymethylfurfural in ionic liquids. Catal. Today, 2013, 200, 106.
[128] WANG, T.; GLASPER, J.A.; SHANKS, B. H.; Kinetics of glucose
dehydration catalyzed by homogeneous Lewis acidic metal salts in water. Appl.
Catal., A, 2015, 498, 214.
116
[129] ROBYT, J.F.; Essentials of Carbohydrate Chemistry. New York: Springer,
1998, p. 48.
[130] FRINGUELLI, F.; PIZZO, F.; VACCARO, L.; AlCl3 as an efficient Lewis
acid catalyst in water. Tetrahedron Lett., 2001, 42, 1131.
[131] FRINGUELLI, F.; PIZZO, F.; VACCARO, L.; Lewis-Acid catalyzed organic
reactions in water. The case of AlCl3, TiCl4, and SnCl4 believed to be unusable
in aqueous medium. J. Org. Chem., 2001, 66, 4719.
117
ANEXOS
118
Anexo 3: Espectro RMN 1H do LI C10MI.Cl
119
Anexo 5: Espectro RMN 1H do LI C12MI.Cl
120
Anexo 7: Curva de calibração do HMF padrão em HPLC.
121
Anexo 9: Curva de calibração da frutose padrão em HPLC.
122