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Semiologia para Leigos

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Os médicos devem ser pessoas de rara sensibilidade, artesãos das

emoções, profissionais capazes de enxergar as angústias, as ansiedades e


as lágrimas por trás dos sintomas. Acima de tudo, os médicos, bem como
todos os profissionais que cuidam da saúde humana, devem ser
vendedores de sonhos. Pois, se conseguirmos fazer nossos pacientes
sonharem ainda que seja com mais um dia de vida ou com uma nova
maneira de ver suas perdas, teremos encontrado um tesouro que os reis
não conquistaram (Cury, Augusto)

Feito em novembro de 2020

Por Ana Clara Salles


Anamnese
Lavagem das mãos
Exame da pele
Procedimentos básicos no exame físico
Exame físico da cabeça e do pescoço
Exame do aparelho cardiovascular
Exame do aparelho respiratório
Exame do abdome

Exame osteomioarticular
Exame do sistema vascular
Exame neurológico
Exame físico

- Roteiro Ivan + aulas Ivan


- Livros:
Semiologia médica -Rocco
Semiologia médica – Porto
-Apostilas de estudantes de períodos anteriores:
Semiologia do amor
Leandro Correia Gonçalves de Souza
Deborá Nogueira
Julyanne Cordeiro
Pedro Lucas Pires
Por Ana Clara Salles
A anamnese é uma triagem de sintomas anormais, problemas de saúde e preocupações, os
quais são fatos e acontecimentos diretamente ou indiretamente relacionados com a vida do
paciente em suas palavras, já que o mesmo deve expor como se sente criando uma relação
médico-paciente sendo esse o pilar da anamnese.

Possibilidades e objetivos da anamnese:

- Estabelecer condições para uma adequada relação médico paciente.

- Conhecer por meio da identificação, os determinantes epidemiológicos que influenciam no


processo saúde-doença.

-Fazer história clínica, registrando, detalhadamente e cronologicamente o problema atual de


saúde do paciente.

-Avaliar, de maneira detalhada, os sintomas de cada sistema corporal

-Registrar e desenvolver práticas de saúde

-Avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente conhecendo os fatores pessoais,


familiares e ambientais que influenciam seu processo de saúde doença

-Conhecer os hábitos de vida do paciente como suas condições socioeconômicas e culturais

1 Não-dirigida
Livre relato do paciente, médico como ouvinte. Intervenção na hora certa.
Técnica usada e recomendada por muitos clínicos
2 Dirigida
Médico com esquema em mente, conduz a entrevista mais objetivamente (cuidado
porque exige rigor técnico e não se pode deixar levar por ideias preconcebidas)
3 Paciente inicia e médico conclui

CUIDADO!!!!!!!!!

*Cada indivíduo é único


obtenção então ele personaliza suas dores!
da história. Médico tenha cautela
*Uma boa anamnese é o que se retém após ter passado por uma com pacientes
análise crítica com o intuito de obter o significado exato das autodiagnosticados
expressões usadas e ter coerência entre as relações estabelecidas. via internet ou
modismos
*A pressa é o defeito da técnica mais grosseiro que se pode
cometer durante a obtenção da história

Por Ana Clara Salles


-Demonstrar atenção na fala do paciente procurando identificar alguma condição
especial no comportamento para melhorar o andamento da entrevista,
-Conhecer e compreender as condições socioculturais do paciente,
-CUIDADO para não sugestionar ideias previamente concebidas ao paciente,
-Reservar tempo para o processo evitando transferir a responsabilidade do diagnóstico
para o laboratório,
-Compreender e investigar os sintomas relatados para objetivar o exame físico.

O paciente não é obrigado a saber como relatar as suas queixas, o médico é que
precisa saber como obtê-las.

Apoio: ”eu compreendo”


Facilitação : paciente saber que é compreendido, por meio da postura,de ações ou
palavras de encorajamento
Reflexão: repetir palavras significativas
Esclarecimento: definir a maneira mais clara sobre o que o paciente quer dizer
Exemplo -tontura (vertigens ?sensação desagradável na cabeça?)
Confrontação: questionar o paciente sobre suas ações/fala
Interpretação: relato do que se observa ali, exemplo preocupação do paciente com os
resultados dos exames
Respostas empáticas: palavras/gestos/atitudes
Silêncio: mais adequado para choros, todavia é importante saber o tempo para o
silencio!

Nome -Naturalidade
-Idade -Procedência
-Sexo -Residência
-Etnia - Nome do responsável
-Estado civil -Religião
-Profissão -Plano de saúde
-Local de trabalho -Perfil sociodemográfico do paciente
-Início do relacionamento

-Motivo da consulta, sinal ou sintoma que mais o incomoda!


-PALAVRAS DO PACIENTE!!!!
-Admitem até 3 queixas principais
-Pode- se também colocar quanto tempo o paciente apresenta determinado sintoma.

-Narrativa( registro) cronológico e detalhado do problema atual de saúde do paciente

-É a parte mais importante da anamnese

-Deixar o paciente descrever o seu problema, com suas palavras, mas é necessário guia-
lo para que a história tenha:

Por Ana Clara Salles


*Sequência temporal *Quantificação do sintoma

*Descrição adequada dos sintomas *Fatores agravantes e atenuantes

*Qualidade do sintoma *Sintomas associados

-SINTOMA-GUIA : Sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença atual


com mais facilidade e precisão

Esquema para a análise de um sintoma: Leve, moderada, grave, descrever dor, início subido ou
gradativo.

-Início: época de aparecimento, fator desencadeante ou não, súbito ou gradativo.


-Característica do sintoma: local, duração, intensidade, frequência
• Fatores de melhora/piora: defini-los
• Relação com outras queixas: outro segmento do organismo acometido
• Evolução: comportamento do sintoma ao longo do tempo e influências de outros
tratamentos
• Situação atual: como o sintoma está no momento

- Também pode ser chamado de anamnese especial ou revisão dos sistemas

- Documenta a existência ou a ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos


principais edemas corporais

- Uma HDA bem feita deixa pouca coisa pro IS

-É no IS que o médico vai levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que não


possuem relação com o quadro sintomatológico mais importante. Sendo assim é no IS que se
origina a suspeita diagnóstica mais importante além de aliviar as práticas de promoção a saúde.

-Muitas vezes, o adoecimento de um sistema corporal tem correlação com outro sistema, e
há necessidade de tal conhecimento para adequar a proposta terapêutica.

-NDN: Nada digno de nota

Por Ana Clara Salles


- Avaliação do estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo seus
fatores pessoais e familiares que influenciam no seu processo saúde-doença.
-Antecedentes pessoais fisiológicos:
*Nascimento ( condições)
*Gestação/parto
*Crescimento e desenvolvimento
*Puberdade, menarca, climatério e ciclos menstruais

- Antecedentes pessoais patológicos:


*Doenças sofridas pelo paciente
Doenças da infância :sarampo, varicela, coqueluche, caxumba , moléstia reumática,
amigdalites)
Doenças remotas: hepatite , malignidades
Doenças endêmicas : esquistossomose, Chagas, tuberculose, hanseníase
Doenças crônicas: HAS,DM,DRC,DHC,DAC,AVE, etc

HAS ---Hipertensão Arterial Sistêmica

DM ---Doença Meningocócica

DRC---Doença Renal Crônica

DHC--- Doença Hepática Crônica

DAC---Doença arterial coronariana

AVE---Acidente Vascular Encefálico

Por Ana Clara Salles


*Cirurgias e hospitalizações
*Medicamentos em uso
*Alergias
*Imunizações

Por Ana Clara Salles


Processo de Anamnese
Identificação:

Queixa principal e duração:

História da doença atual:

Interrogatório sintomatológico:
GERAL: GASTRINTESTINAL:

ENDÓCRINO: GENITAL:

HEMATOLÓGICO: URINÁRIO:

PELE: MUSCULOESQUELÉTICO / VASCULAR:

CABEÇA E PESCOÇO: NEUROLÓGICO:

TÓRAX: PSIQUIÁTRICO:

Antecedentes pessoais:

1.1 Fisiológicos
NASCIMENTO: GINECOLÓGICOS:

Por Ana Clara Salles


CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: OBSTÉTRICOS:

1.2 Patológicos
DOENÇAS DA INFÂNCIA: CIRURGIAS E HOSPITALIZAÇÕES:

DOENÇAS REMOTAS: MEDICAÇÕES:

DOENÇAS ENDÊMICAS:

DOENÇAS CRÔNICAS: ALERGIAS E IMUNIZAÇÕES:

Antecedentes familiares
DOENÇAS CRÔNICAS:

DOENÇAS HEREDITÁRIAS:

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS:

Hábitos de vida e condições sociais


TABAGISMO: HABITAÇÃO:

ETILISMO: RENDA:

DROGAS: RELACIONAMENTO FAMILIAR:

Por Ana Clara Salles


- Prevenir infecções hospitalares
- Evitar infecção cruzada
- Retirar sujidade, suor e oleosidade
- Remover a flora microbiana transitória da camada superficial da pele
- Antes e após qualquer contato com o paciente

- Sempre que houver sujidade visível nas mãos


- Entre diferentes procedimentos
- Antes e após a realização de atividades hospitalares
- Antes e após a realização de atos fisiológicos e pessoais
- Após a manipulação de materiais e equipamentos indicados presentes na área do
paciente
-Antes e após a coleta de materiais de exames

- Produto alcoólico -Água e sabonete


Tempo de higienização entre Tempo de higienização entre 40 a 60
20 e 30 segundos. segundos.
Mais eficaz contra agente anti-
microbianos do que a água +
sabonete que causa irritação e
ressecamento da pele.

Por Ana Clara Salles


Mácula

“Mancha” plana de qualquer tamanho ou formato

Pode ser eritematosa(por vasodilatação, que desaparece com a digitopressão)

Pode ser hipocrômica ( como na pitiríase versicolor)

Pode ser acrômica ( como no vitiligo) -sem cor

Pode ser hipercrômica(lesões residuais pós inflamatórias, tatuagens ou nervos)-


menos corada

Imagens:

Eritematosa Hipocrômica (pitiríase versicolor)

Acrômica(vitiligo) Hipercrômica

Por Ana Clara Salles


Telangiectasia

Lesões vasculares permanentes as quais se manifestam como máculas eritematosas


em formato de “aranha”

Desaparecem quando comprimidas

Podem ser sinal de insuficiência hepática, ocorrerem por dano solar ou na


síndrome CREST

C – Cálcio depositado na pele e em todo o corpo

R – Fenômeno de Raynaud

E – Disfunção esofágica

S – Esclerodactilia(endurecimento da pele nos dedos)

T – Telangiectasia(vasos sanguíneos dilatados ou veias de aranha)

Quando ocorrem em localização periungeal(ao redor da unha),podem ser sinais de


colagenoses ,como lúpus eritematoso sistêmico ou dermatomiosite

Imagens: Periungeal

Angioma

Proliferação anormal de vasos cutâneos (tumor benigno)


Imagem:
Não desaparece a pressão

Lesão única geralmente grande

OBSERVAÇÃO: ESSAS LESÕES TAMBEM PODEM SER ELEVADAS!

Por Ana Clara Salles


Cianose

lesão vascular transitória, que ocorre com o aumento nas concentrações da


hemoglobina reduzida ,resultando em coloração azulada da pele, mais proeminente nas
extremidades digitais, leito ungueal( parte abaixo das unhas), pavilhões auriculares e lábios.

Ocorre devido a má oxigenação do sangue

Imagens:

Alguns profissionais
relacionam a Cianose com
os Smurfs .Pensando em
uma assimilação mais fácil
porque o paciente “fica
azul”

Púrpura

lesões eritemato vinhosas, não desaparecem com a compressão local já que


representam o extravasamento de hemoglobina do interior dos vasos para o tecido

Lesão que consegue desenhar (contornar )

-PETÉQUIA (púrpura de aspecto puntiforme – pontos


vermelhos)- lesão que não consegue desenhar

-Púrpura, petéquia e macula eritematosa podem


acontecer na dengue , mas a púrpura e a petequeia
não são consideradas normais pois apresentam
sangramento ( dengue hemorrágica)

Por Ana Clara Salles


-Conteúdo sólido : o mais importante é descrever o que se vê!

Pápula

Lesão elevada, sólida e pequena (menor que 1cm) com ponta arredonda, achatada ou
pontiaguda. Relacionado a cor pode ser eritematosa(avermelhada), cor da pele, violácea
(próximo de roxo), azulada, acastanhada ou enegrecida.

Pápulas purpúricas chamamos as de púrpura palpável – característico das vasculites

Alguns exemplos podem ser as verrugas, molusco contagioso, nervos, neurofibromas


(pápulas pedunculadas).

” Carocinhos “

Imagens:

Placas

Lesões elevadas que tem maior extensão horizontal do que altura, geralmente são
formadas por confluência de pápulas, podendo ser descamativas ou não.

Imagens:

Por Ana Clara Salles


Liquenificação

Placa com acentuação das pregas da pele, ocorre decorrente da coçadura crônica. É
característica marcante nos eczemas crônicos e no líquen simples crônico.

Imagens:

Nódulos

Lesões elevadas maiores que 1 cm, globulares.

Podem ser superficiais (ceratoacantoma, carcinoma basocelular, nevos) ou profundos


(paniculites, eritema nodoso , lipomas profundos)

Para a sua descrição é necessário


Existem os tubérculos (sinônimos apresentar o tamanho, consistência ,
de nódulos), mas são usados em mobilidade e se é ou não dolorosa. Além
lesões menores disso sua superfície deve ser detalhada se é
ceratósica, ulcerada ou amolecida.

Patch :
-Lesão delimitada, bem pequena , diferente da pele normal que a cerca seja em
coloração (mácula) ou em relevo(placa)
Imagens:

Por Ana Clara Salles


Tumor

Pode ser interno ou externo mas geralmente é exofítica( se projeta para fora da superfície)

São maiores que o nódulos, podendo ser uma massa benigna ou uma massa maligna

Imagens:

Vegetação

Lesão exofítica , a qual pode ter várias reentrâncias e projeções

Representa a hiperplasia de elementos celulares dérmicos ou epidérmicos, como no


carcinoma espinocelular.

Imagem:

Por Ana Clara Salles


-Conteúdo líquido:
Vesículas

São elevadas, arredondadas e translúcidas, com conteúdo seroso, linfático ou


hemorrágico. Classicamente agrupadas com a base eritematosa nas lesões de herpes
simples ou um trajeto dermático de herpes zoster .É provável que aconteça no impetigo,
eczema agudo, escabiose, dentre outras.

Imagens: IMPETIGO

Bolhas

Lesão de conteúdo líquido maior que 0,5 cm ,que podem ocorrer em locais de trauma,
queimadura. Lanterna – ocorre passagem do feixe de luz .

Imagens:

Por Ana Clara Salles


Pústula

Lesão circunscrita que contém pus , podendo ser esbranquiçado, amarelada ou


esverdeada. É clássico da acne inflamatória.

O pus pode ser estéril( como na psoríase pustulosa) ou infeccioso( exemplo – foliculite)

Podem ser foliculares ( contém pelo no centro) ou interfoliculares

FOLICULITE : Pode evoluir para uma forma necrosante, com a formação do furúnculo( que é uma tumoração
eritematosa com orifício central geralmente com pus).Vários furúnculos agrupados formam um antraz ou
carbúnculo( possui inúmeros orifícios de drenagem)

Imagens : FOLICULITE FURÚNCULO

Cisto

Lesões em forma de saco que podem tanto conter um conteúdo líquido( hidrocistomas) ou
semissólido ( como os cistos epidérmicos – tem queratina)

Nodulações palpáveis, que geralmente apresentam orifício central de drenagem, sendo


assim sítios frequentes de infecção bacteriana

Imagens:

Por Ana Clara Salles


Abcesso

Lesão profunda, acúmulo de pus( não pode ser visto na superfície da pele)

Geralmente se manifesta como uma tumoração eritematosa , quente e muito dolorosa

Imagens:

Crosta

Lesões “caducas” ( tendência a eliminação espontânea). As quais podem ser finas e friáveis,
ou grossas e aderentes

Resultados da exsudação de soro, sangue ou pus na pele, podendo ser melicéricas


(resultantes de um exsudato) ou hemácias (após o sangramento)

Imagens:

Por Ana Clara Salles


Cicatriz

Podem ser elevadas como nos casos dos queloides (endurecidos , ultrapassam os limites
da ferida inicial) e as cicatrizes hipertróficas ( respeitam os limites da ferida inicial).Variando entre
atróficas, hipo/hipercrômica ou acrômicas.

Imagens:

Queloide Cicatriz

Escamas

Podem ser furfuráceas (como farinha – exemplo: dermatite seborreia) ou lamerales,


grandes e amarelo-prateadas (exemplo – psoríase) ou como “escamas de peixe” (exemplo – nas
ictioses)

Imagens:

Por Ana Clara Salles


Atrofia

Área deprimida por diminuição da espessura de um dos componentes da pele (epiderme ,


derme ou hipoderme)

Imagens:

Esclerose

Endurecimento circunscrito ou difuso na pele, mais perceptível na palpação( fina, dura e


brilhosa)

Imagens:

Úlcera

Ou exulceração, a perda do tecido cutâneo que vai sendo atingido até a derme, formando
assim um “buraco” na pele, deixando lesão com uma parte da pele exposta, todavia ainda
consegue ser superficial

Imagens: A exulceração em
alguns livros pode ser
considerada diferente
da úlcera porque vai
atingir até a derme
papilar.

Ex: Cancro Duro

Por Ana Clara Salles


Erosão

lesão que não expõe a pele, ou seja, é o simples desaparecimento da parte mais
superficial da pele, a qual vai atingir apenas a epiderme

A escoriação é um tipo de erosão, mas ela é provocada por um trauma (geralmente a própria
coçadura), sendo assim a escoriação é uma erosão traumática

Imagens:

Fissura

Ou rágades , são a perda de substancia linear, superficial ou profunda não causada por
instrumento cortante, quebrando a superfície cutânea e provocando aprofundamento linear

Imagens:

Por Ana Clara Salles


Fístulas

São trajetos , “caminhos, túnel de comunicação de uma cavidade com a outra ou de um


órgão para a pele

Imagem:

ARRANJO DAS LESÕES

Nem sempre sugerem causas endógenas

Imagens:

Borda mais ativa e centro predominantemente poupado, em anel

Imagens:

Por Ana Clara Salles


Perímetro semelhante ao círculo(oval), perímetro da lesão é evidente e fino, se assemelha
bastante com o anular mas o que os diferencia é que o perímetro(bordo) da lesão da
circundada é mais fino

Imagem:

Em arcos
Imagem:

Como uma moeda, redonda e preenchida

Imagem:

Por Ana Clara Salles


Como um disco, exemplo LED(lúpus eritematoso sistêmico)

Imagem:

Em forma de serpente, exemplos: larva migrana, sífilis, lúpus vulgar

Imagem:

Possuem significado quando seguem um padrão, como nas lesões


herpetiformes(vesículas/bolhas agrupadas) ou zosteriformes

Imagem:

Por Ana Clara Salles


Em forma de rede, por exemplo livedo reticular

Imagem:

Por Ana Clara Salles


1* Cuidados com a higiene:

Lavagem das mãos, uso do jaleco, vestimenta adequada , EPI’S.

ETAPAS DO EXAME FÍSICO

2* Inspeção
Iluminação natural, preferencialmente.

Respeito ao pudor do paciente.

Observar a parte examinada de mais de um ângulo, em especial de forma tangencial.

Estado geral: bom, regular, ruim(outros adjetivos como ótimo, decaído, grave ,gravíssimo
também podem ser utilizados).(impressão subjetiva)- direciona o processo de exame

Nível de consciência: vigil(acordado), letárgico(hipersonolento acorda com um som porém


depois volta a dormir) , torporoso(hiper sonolento mas tenta despertar e desperta ao estímulo
físico e/ou doloroso e logo volta dormir ),comatoso.

Hidratação: normal; desidratado leve(único sintoma é a sede)/ moderado(pele seca e


inflexível,taquicardia,diminuição do peso, aumento da temperatura corporal) / grave(queda de
pressão arterial, sensação de perda de consciência eminente, hipertermia, convulsões, choque,
morte)

Nutrição: eutrófico, obeso / sobrepeso, desnutrido IMC( Índice de Massa Corporal) e


RCQ(Relação Cintura-Quadril)

Icterícia: anictérico, ictérico (SIMPSONS)

Por Ana Clara Salles


Anemia: corado(ou nomocorado), hipocorado

Cianose: acianótico, cianótico

Temperatura: afebril, febril ( com termômetro acima de 37,8°C é considerado febre)

Fácies: atípica, hipocrática, parkinsoniana, Basedowiana, acromegálica, Cushingóide etc

Atitude voluntária no leito: ortopnéica (o paciente adota esta posição para aliviar a falta de ar),
genupeitoral ou “prece maometana” (doente fica de joelhos com o tronco fletido sobre as
coxas, enquanto o peito põe-se em contato com o solo ou com o colchão.), cócoras (tetralogia
de Fallot), decúbitos (lateral ventral ou dorsal)...

Atitude involuntária: passiva, opistótono etc

Por Ana Clara Salles


3*Palpação
Posicionamento em pé e à direita do paciente.

TIPOS:

-Mão espalmada( com uma ou duas mãos – superficial)

-Polpas digitais

-Em “pinça”

-Mão superpostas( pode ser uma mão ou as duas mãos – profunda)

Por Ana Clara Salles


-Abdome: superficial / profunda

-Digitopressão( com o polegar ou indicador, pesquisar a existência de dor, avaliar a


circulação cutânea, detectar se há edema...)

-Puntipressão ( sensibilidade dolorosa e para analisar telangiectasias tipo aranha


vascular)

-Vitropressão ( uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele,analisando-se a


área através da própria lâmina, diferir ERITEMA X PÚRPURA)

-Pesquisa de flutuação

-Palpação bimanual: toque vaginal, exame das glândulas salivares

Por Ana Clara Salles


-Dorso dos dedos ( específico para temperatura)

-Algodão( sensibilidade, listar dermátomos)

4*Percussão

– Ficar atento(a) para a intensidade, timbre e tonalidade da região golpeada, observando não só
o som obtido, mas também a resistência oferecida pela região

-O movimento da mão que golpeia é feito com o PUNHO e não com o


braço/antebraço/ombro
-O golpe é seco, rápido, curto e firme

Por Ana Clara Salles


Tipos:

Direta (é realizada golpeando-se diretamente, com as pontas dos dedos)

Digitodigital (é executada golpeando-se com a borda ungueal do dedo médio ou do


indicador da mão dominante na superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou do
indicador da outra mão).

-Dedo que golpeia = plexor (2 formas de se portar)

-Dedo golpeado = plexímetro (único dedo a tocar na superfície do paciente, os outros


permanecem suspensos e estendidos, caso isso não ocorra o som e as vibrações serão
abafadas)

Punho percussão ou punho-percussão(mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a


borda cubital a região em estudo e averígua-se se a manobra desperta sensação dolorosa).

Por Ana Clara Salles


Borda da mão(os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a região desejada com a
borda ulnar, procurando observar se a manobra provoca alguma sensação dolorosa).

Obs: Sinal de Giordano (dor à “percussão” renal)

Obs: Ulnar = Cubital

Piparote(com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com piparotes, enquanto a
outra, espalmada na região contralateral, procura captar ondas líquidas chocando-se contra a
parede abdominal enquanto o paciente ou um terceiro posiciona a borda da mão entre eles,
pesquisa de ascite).

Sons: maciço (madeira)- (órgãos sólidos ou algo preenchido por líquido), pulmonar ou claro
pulmonar(colchão/travesseiro) e timpânico (tambor).

Por Ana Clara Salles


5*Ausculta

O estetoscópio: olivas auriculares, armação metálica, tubo de borracha e receptor.

• Ambiente silencioso é condição indispensável para permitir uma boa ausculta.

• Ausculta cardíaca: o pcte permanece em decúbito dorsal com a cabeça apoiada ou não em
um travesseiro, paciente sentado com o tórax ligeiramente inclinado para frente ou decúbito
lateral esquerdo. EXAMINADOR À DIREITA.

• Ausculta respiratória: o paciente mantém-se sentado, um pouco inclinado para frente.


ausculta respiratória anterior examinador à direita e ausculta respiratória posterior examinador
á esquerda.

• Ausculta do abdome: é o decúbito dorsal, com o examinador em pé, à direita dele.

• Instruir o paciente.

• Escolha correta do receptor:

-Diafragma apropriado para ruídos de alta frequência (agudo).

-Campânula apropriada para ruídos de baixa frequência (grave).

Obs: a compressão intensa da campânula sobre a pele a transforma em um receptor de


diafragma - a própria pele do paciente distendida fortemente pelas rebordas do receptor faz o
papel de membrana -, anulando sua vantagem na ausculta de ruídos de baixa frequência

• Uso correto do estetoscópio

Por Ana Clara Salles


Por Ana Clara Salles
1* Cabeça
Fácies (aspecto que a pessoa tem)

Assimetrias

Pele

Atípica Mixedematosa Basedowiana Hipocrática

Cushingóide Down Acromegálica Adenoideana

Parkinsoniana Esclerodérmica Leonina Renal

Por Ana Clara Salles


• Atípica ( sem distúrbio)

• Hipocrática (Desnutrição severa, palidez, boca entreaberta, olhos profundos e vagos, suor
frio)

• Cushingóide (doença de Cushing) – fácies lua cheia, obesidade na face e pescoço, excesso de
cortisol circulante

• Down - prega da parte interna do olho acentuada, sobrancelha fina e são unidas, olhos em
amêndoas ...

• Acromegálica - feições grosseiras e largas, apófises orbitárias desenvolvidas, mandíbulas e


extremidades avantajadas

• Adenoideana - boca entreaberta (inspiração bucal por conta da adenoide crescida), nariz
pequeno e atrofiado

• Mixedematosa (hipotireoidismo) - olhos perdidos nas pálpebras, pescoço grosso, face


inchada, rosto largo , infiltrado, arredondado , lábios grossos , queda do terço externo das
sobrancelhas

• Basedowiana (hipertireoidismo) - exoftalmia (olhos saindo da órbita), pescoço engrossado


pelo bócio, nariz fino e rosto magro

• Parkinsoniana -hiponímia facial( ou seja ausência de expressão),cabeça inclinada para frente,


olhar fixo

• Esclerodérmica (Esclerodermia) - limitação da abertura bucal e palpebral, esticada, brilhante


e pele dura

• Leonina (Hanseníase Virchowniana) – rugas, dobras , lábios proeminentes, endurecidos.

• Renal - edema facial com a cor de verde palha (folha seca), rosto pálido

Por Ana Clara Salles


2*Olhos
Pálpebras e cílios

Eno e exoftalmia

Córnea

Conjuntiva

Pupilas (miose- menos de 3mm) / midríase-maior que 5mm)

Assimétrica/Anisocórica e Isocórica

Reflexo fotomotor direto

Observa-se a pupila ipsilateral

Indireto/Consensual

Contração pupilar contralateral

▪ Glaucoma de ângulo fechado (GAE)

Quando não se consegue iluminar a porção nasal(câmara anterior do olho)

Motilidade ocular extrínseca (MOE- 3 nervos)(movimentação do globo ocular seguindo o


dedo. Deve ser feito em cruz e em X. Sempre voltando para o meio.)

Acuidade visual

Campimetria por confrontação ( 1 por vez) 4 quadrantes, mesmo nível do paciente


olho nos olhos do médico

Por Ana Clara Salles


3 *Boca- Lanterna e abaixador de língua

“AHHH” – Palato mole( orofaringe) se contrai e sobre- glossofaríngeo IX

Parotidite: inchaço,caxumba ou calculo salivar

Úvula: palato mole contraído e tonsilas

Edema: alergia, aplica-se adrenalina

Exame de ATM: protusão e retrusão mandibular

4 *Nariz
Observar forma, tamanho, desvio de septo, ulceração. Levanta-se a ponta do nariz.

5*Otorrinolaringo
Seios da face

-Maxilas

-Frontais

Nariz

-Hiperemia da mucosa -> rinite

Orelha externa

Otoscopia Membrana transparente


Observar :
Cavidade oral e língua Membrana brilhosa com
reflexo luminoso sem -Faringite
Orofaringe
hiperemia(vermelhidão)
sem perfuração -Amigdalite
Inspeção:Otoscópio
-Gotejamento pós nasal
Otite externa, média

Observa-se o conduto auditivo e a membrana timpânica

Levanta-se o pavilhão auditivo e para trás, dedo mínimo como referência

Membrana timpânica

Normal : Transparente, íntegra, brilhosa, reflexo luminoso. Observar ossículos

6* Pescoço
▪ Tumorações
▪ Glândulas salivares
▪ Vasos do pescoço
Por Ana Clara Salles
▪ Linfadenomegalias : buscar inchaços

Neoplásicos : grande, turvo, indolor, superfície irregular > 2 cm, evolução progressiva

Inflamatórias : vários pequenos sinais fiogísticos, evolução rápida < 2 cm


Palpar com 2 polpas digitais( indicador e médio, sem pressão )Linfonodos residuais

Cadeias Linfnoidas
• Pré auriculares
• occipitais
• amigdaliana
• submentoniana
• cervical anterior/ superior
• cervical superficial e profunda
• supraclavicular

Traqueia

Tireoide:
Palpar tireoide na membrana da cricotireóide (abaixo do pomo de Adão)
- Engolir com o dedo sentindo a tireoide para sentir
- Puxar o músculo estilomastoide e palpa do outro lado
Tireoide não dói.

Vasos do pescoço

Por Ana Clara Salles


1* O ciclo cardíaco
1.1 Diástole( relaxamento)
Ventrículos contraídos e valvas fechadas

Abrem-se as atrioventriculares (AV) e continuam fechadas as semilunares (SL)

Ventrículos enchem-se de sangue

No final da diástole ocorre o fechamento das AV( B1)

1.2 Sístole( contração )


Contração isovolumétrica dos ventrículos cheios → fechamento das AV (1ª bulha)

Abertura das SL e esvaziamento dos ventrículos

Fechamento das SL ao fim da sístole (2ª bulha)

Válvulas semi-lunares
• Pulmonar
• Aórtica
Atrioventricular (válvulas)
• Bicúspide (Mitral)
• Tricúspide
→ Valvas fecham para que não
ocorra fluxo

B1 → Fechamento das valvas


atrioventriculares - início da sístole
B2 → Fechamento das valvas
semilunares
OBS.: Paciente taquicárdico → os
movimentos se igualam

Pulso Pulso
Sístole Diástole Sístole Diástole
│--------------│--------------------------│--------------│--------------------------
B1 B2 B1 B2

Por Ana Clara Salles


2* Focos cardíacos

• Aórtico: 2º EICD - Linha paraesternal direita

• Pulmonar: 2º EICE - Linha paraesternal esquerda

• Aórtico Acessório ou de Erb: 3º EICE - Linha

paraesternal esquerda

• Tricúspide: 5º EICE - Linha paraesternal esquerda

• Mitral (Ictus Cordis): 5º EICE - Linha

hemiclavicular esquerda

Por Ana Clara Salles


3* Inspeção
Sinal de Levine – angina

Posição de Blechmann e prece maometana – derrame


pericárdico

4* Pulso jugular
Correlação com a dinâmica do VD

Turgência jugular – insuficiência cardíaca


congestiva(percebe-se com clareza em decúbito
dorsal 45°)

Não se ater às ondas de pulso nem às correlações com patologias específicas

5* Pulso arterial
Carotídeo ou radial, preferencialmente

Variados padrões em correlação com variadas patologias cardíacas

6* Ictus cordis
Palpação em decúbito dorsal e DLE

Descrever a localização

Extensão (máximo de 3cm)

Amplitude e duração (se elevadas, associado a HVE)

Palpação do VD (paraesternal esquerdo baixo e subxifoideano)

7* Ausculta
-Regularidade
Regular ou irregular

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-Identificação de B1 e B2
Correlação com pulso carotídeo

Causas para hipofonese: obesidade, DPOC, derrame pericárdico, inspiração

-Desdobramento de B2
Ocorre fisiologicamente na inspiração profunda e sustentada, desaparecendo na expiração

-B3 e B4
B3: ocorre logo após B2, aparece como o “galope” e representa IVE

B4: ocorre logo antes de B1 e representa a contração atrial forçada

-Clique e estalido
Sons agudos geralmente associados a abertura patológica de valvas

Clique: semilunares, junto a B1

Estalido: atrioventriculares, junto a B2

-Sopros

Indicar se é sistólico ou diastólico (correlacionar com o


pulso, que ocorre em sístole)

Indicar se é proto, meso, tele ou holo

Indicar se é mitral, tricúspide, aórtico ou pulmonar

Graduar em cruzes ( 4 a 6 tem frêmito )

+ (fraco, duvida se está lá)


++ (escuta sem intensidade, mas n duvida)
+++ (escuta e intenso, e sem frêmito)
++++ (apenas tocando estetoscópio)
+++++ (estetoscópio a 45º)
++++++ (não precisa encostar)

Funcional X orgânico

Sistólico, difuso(pancardiaco), causa não cardíaca

-Manobras:
• Handgrip – aperto forte de mãos – aumenta as bulhas e sopros do coração
esquerdo
• Rivero Carvallo – inspiração profunda – aumenta bulhas e sopros do coração
direito
• Valsalva – diminhui todos os sopros assoprar o dorso da mão c força, diminuindo
a quantidade de sangue no coração - diminui todos os sopros (do lado esquerdo
direito), exceto o do prolapso de valva mitral (PVM) e estonose subártica
hipertrófica idiopática.

Por Ana Clara Salles


• Posição de cócoras – intensifica todos os sopros, exceto os da miocardiopatia
hipertrófica
• Posição de Harvey: curva-se para frente, ouvindo melhor o forco aórtico e
pulmonar

*Neste site, pratique a ausculta dos seguintes sons:

1) Normal heart sounds (B1 e B2)

2) S3 (B3) e S4 (B4)

3) Split S2 (desdobramento de B2)

4) AS Late (sopro sistólico)

5) AI (sopro diastólico)

Sons cardíacos
Escutar com fone de
ouvido de boa qualidade

Pulsos
• Normofonéticos
• Hiperfonéticos
• Hipofonéticos

VD + AD = tric.
+ pulmonar

VE + AE = mitral
+ aórtico

B1 = Mit. + Tric.
(fecha AV)

B2 = Pulm. +
Aort. (fecha SL)

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1* Linhas de referência topográfica
Medioesternal(anterior) e
paraesternais

Hemiclavicular(anterior)

Axilar anterior, média e


posterior(lateral)

Vertebral e paravertebrais

Escapular(posterior)

Arcos costais

2* Inspeção
2.1 Estática
Formato do tórax( tonel,quilha,chato,cifoescoliótico,lordótico), cicatrizes(drenos, toracotomias
e escrófulas)e abaulamentos( pulsáteis- aneurisma/ não pulsáteis-tumores)

Ginecomastia ( dolorosa e não dolorosa)

Circulação colateral( tipo cava superior – aneurisma da aorta torácica)

2.2 Dinâmica
2.2.1 Frequência
Normal: 12 – 20 irpm (observar sem dizer para o paciente)

-Taquipneia( respiração rápida,ofegante,curta,mais de 20 irpm)

-Bradipneia(respiração lenta, menos de 12 irpm)

-Apneia( ausência de respiração)

-Dispneia( respiração difícil e profunda)

Ortopneia ( dispneia em decúbito dorsal)

Platipneia(dispneia em posição ortostática, típico de desidratação grave)


Trepopneia(dispneia em decúbito lateral, típica de derrame pleural)

2.2.2 Ritmo
Cheyne-Stokes (é quando tem apneia-dispneia, com um aumento gradativo, seguido
por diminuição-apneia)

Por Ana Clara Salles


Kussmaul (inspirações profundas
seguidas de um período de apneia e
expiração rápida e breve. É
compensatória a acidose metabólica)

2.2.3 Simetria ( o padrão respiratório deve ser Kussmaul


Cheyne-Stokes
simétrico)
Podem ocorrer devido à pneumectomia,neoplasia

2.2.4 Sinais de esforço


Respiração toracoabdominal

Tiragens intercostal(afundamento intercostal), supraesternal,


supraclavicular e subcostal Tiragem intercostal
Batimentos de asa do nariz e uso da musculatura cervical na
respiração

3* Palpação
3.1 Elasticidade
Com as mãos espalmadas, realizar uma pressão anteroposterior ou laterolateral

3.2 Expansibilidade
Formar uma prega cutânea e observá-la durante a respiração nas regiões: apical(trapézio),
basal(dorso) e média

Manobra de Ruault:

Expansibilidade dos terços superiores, ápices pulmonares, paciente sentado

Mãos sobre o trapézio, dedos em direção á clavícula e polegares posteriormente em direções


convergentes. Tem assimetria de amplitude

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Dorso:

Observar se a prega cutânea formada na expiração é desfeita na inspiração

Manobra de Laségue:

Expansão do terço inferior utilizando a mesma técnica do dorso

O pulmão muitas vezes é acometido em setor isolado e não por


inteiro. As manobras permitem que percebamos assimetrias que irão
destacar o setor acometido (ápices, terços médios ou bases)

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3.3 Frêmito toracovocal (FTV) – tremulação, sensação tátil da voz do paciente .BARRA GREGA
Palpar o tórax conforme figura no livro enquanto o paciente diz: “trinta e três”
“As pneumopatias são simpáticas ao
frêmito(sente-se mais vibração do que
deveria), enquanto as
pleuropatias(ex.pneumotórax e derrame
pleural) são antipáticas(sente-se menos
vibração).”
PNEUMOPATIAS:

Condensação, pneumonia ou tumor,


frêmito aumenta porque a densidade
transmite melhor o som.

PLEUROPATIAS:

Doenças da pleura, reduzem o frêmito

Pneumotórax (acúmulo de ar, percussão


timpânica)

Derrame pleural (acúmulo de líquido


pleural , percussão maciça, causa
3.4 Gânglios trepopneia)
Linfonodo de Irish: axilar esquerdo aumentado (Ca gástrico)- isolado

Linfonodo de Virchow: supraclavicular esquerdo aumentado (Ca abdominal)-


grande, neoplásico, isolado, pâncreas

3.5 Sensibilidade
Pesquisar pontos dolorosos

4*Percussão (sempre entre as costelas)


Percutir em setores, dos ápices ara os terc. Médios e depois para as bases, em seguida peça
para o paciente abraçar os braços e percuta as laterais. No ápice também faça a ortopercussão
de von plesh (percussão com o dedo em gancho). Pode-se percutir a clavícula com o dedo
indicador e realizar percussão anterior

Percutir em setores, dos ápices ara os terCc.

Som claro pulmonar (também chamado de atimpânico)

Macicez : acumulo de líquido ( derrame pleural)

Submacicez (mistura do maciço com o claro pulmonar, encontrado na transição pulmão-


fígado)

Timpânico (grande quantidade de ar): Pneumotórax

Hiperressonante (mistura do timpânico com o claro pulmonar, encontrado no DPOC)

Por Ana Clara Salles


5*Ausculta
Vá no sentido ápice-base e lembre de comparar as laterais e auscultar a região clavicular e
anterior. Peça para o paciente respirar fundo e soltar.

5.1 Topografia
Anterior ou posterior (preferencial)

5.2 Murmúrio vesicular


Normal

Diminuído (DPOC / fibrose pulmonar)

Abolido (pleuropatias / pneumectomia / intubação traqueal seletiva)

5.3 Ruídos adventícios *Neste site, pratique a ausculta dos


Sibilos = Bronquíolos estreitados (asma, seguintes sons:
bronquite, dpoc)
1) Crackles (estertores crepitantes)
Roncos
2) Wheezes (sibilos)
Estertores crepitantes (finos) = insuficencia
cardíaca e condensações 3) Friction rub (atrito pleural)
Sons cardíacos
Bolhosos (grossos) Escutar com fone de
ouvido de boa qualidade
Atrito pleural

5.4 Ausculta da voz ( deve ser baixa)


Normalmente não se distingue bem pela ausculta o que o paciente está falando

Broncofonia (distingue algumas sílabas) e pectorilóquia (distingue toda a fala do paciente) –


condensações e tumorações

6* Síndromes respiratórias
Condensação Pneumotórax Derrame Atelectasia
pleural
Expansibilidade Normal Reduzida Reduzida Reduzida
Percussão Maciça Timpânica Maciça Maciça
FTV Aumenta Reduzida Reduzido
Ausculta Estertor Reduzida Reduzida Reduzida
crepitante
Desvio da Normal Contra a lateral Contra a Ipsilateral
traqueia lateral (puxado pelo
vácuo)

Atelectasia é fechamento dos brônquios que causa murchamento do pulmão(tumor,


bronquite, inchaço de aorta, objetos,...)

Por Ana Clara Salles


1*Anatomia topográfica
1.1 Região anterior
1.1.1 Divisão em 4 quadrantes
Linhas perpendiculares que se cruzam no umbigo:
QSD(quadrante superior direito), QSE(quadrante
superior esquerdo), QID(quadrante inferior direito)
e QIE( quadrante inferior esquerdo)

1.1.2 Divisão em 9 quadrantes ( forma mais usada )


Duas linhas verticais (hemiclaviculares) e duas horizontais (subcostal e suprailíaca)

HCD, epigástrio e HCE + flanco D, mesogástrio e Flanco E + FID, hipogástrio e FIE

1.2 Região posterior


Duas linhas horizontais (subcostal e suprailíaca) e uma vertical (mediana): lombar direito e
esquerdo

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2*Inspeção
2.1 Forma do abdome
Normal(plano) Avental (abdome tão grande que caí por cima encobrindo
a região púbica – típico paciente muito obeso)
Globoso (paciente obeso)
Pendular (geralmente em gestantes puérperas ou pacientes
obesos que fizeram bariátrica ou algum tipo de cirurgia
como redução do estômago

Batráquio (abdome que


remete um sapo)

- Ele tem ascite (excesso Escavado (abdome do paciente muito


de líquido abdominal) magro – fica com a concavidade bem
evidenciada)

2.2 Circulação colateral (varizes no abdome)


Portal (varizes que se Veia cava inferior (saem de Veia cava superior (saem
originam no umbigo) baixo pra cima, geralmente da parte superior do
secundário a câncer) tórax)

Por Ana Clara Salles


2.3 Alterações cutâneas
Telangiectasias, equimoses, estrias e cicatrizes

Sinais de Cullen( equimose periumbilical- ao redor do umbigo) e de Grey-Turner


(acontece nos dois flancos SIMULTANEAMENTE)- ambos sinais tem relação com
pancreatite grave

Sinal de Cullen Sinal de Grey-Turner

Herniações

Abaulamentos (aneurismas, massas, linfonodo de Mary Joseph- cresce na região


umbilical típico de câncer na região abdominal e é solitário )

2.4 Movimentos do abdome


Respiração toracoabdominal

Pulsações e peristalse visíveis

2.5 Inspeção dinâmica


Valsalva
Manobra de Valsalva – assoprar contra resistência (expõe
hérnias)

Manobra de Smith Bates – contrair o abdome (esconde massas intra-abdominais/


também expõe hérnias)

3*Ausculta
3.1 Ruídos hidroaéreos
Começar pelo QID e progredir para os demais (QSD→QSE→QIE), caso não haja som

Auscultar por um minuto

Por Ana Clara Salles


Normal: 5 a 34 RHA/min

Ausente: somente após se auscultar um minuto em cada quadrante

3.2 Sopros
Aórtico (epigástrico)

Renais (flancos)

Femorais (fossas ilíacas)

Venoso portal (Cruveilhier-Baumgarten) Sopro venoso portal + circulação colateral


portal

4*Percussão
4.1 Fígado
4.11 Borda superior – submacicez à percussão nas costelas
4.12 Borda inferior – fim da macicez à percussão no abdome
Hepatimetria normal: 6 a 12 cm na linha hemiclavicular D; 4 a 8cm no apêndice xifóide

4.13 Sinais
Joubert – pneumoperitônio (timpanismo no fígado)

Torres Homem – abscesso hepático (dor bem localizada à percussão no fígado)

4.2 Baço
Espaço de Traube: retrocostal inferior E (geralmente tem som
claro pulmonar)

Linha de Piorry: da fúrcula esternal até a extremidade distal


do arco costal E

Macicez em Traube, principalmente medial à linha de Piorry –


esplenomegalia

Percutir o paciente em decúbito lateral D para diferenciar de


ascite

4.3 Ascite
Semicírculo de Skoda: semicírculo mesogástrico
(com a convexidade para cima) hipertimpânico,
com periferia maciça

Macicez móvel: a macicez (pela


ascite) muda de local conforme
a gravidade (mudando de
decúbito dorsal para decúbito
lateral)
Macicez móvel
Por Ana Clara Salles
Piparote: “peteleco”

5* Palpação
5.1 Superficial
Sempre à direita do paciente e com mãos aquecidas

Se houver dor, palpar a região apontada pelo paciente por último (seguir a rotina dos
quadrantes)

Procurar por massas superficiais

5.2 Profunda
Uma mão sobre a outra – tentar delimitar e descrever massas flagradas à percussão

5.3 Irritação peritoneal


Sinal de Blumberg: descompressão dolorosa em ponto de MacBurney (apendicite)

Sinal de Rovsing: compressão do cólon descendente e dor referida no ponto de


MacBurney (apendicite)

Sinal do obturador: flexão da coxa sobre o quadril e rotação interna – dor em


hipogástrio (apendicite)

Sinal do psoas: dor abdominal à extensão forçada da coxa (psoíte)

Blumberg Rovsing Sinal do obturador Sinal do psoas

5.4 Vesícula biliar


Sinal de Murphy: palpação profunda do ponto cístico (rebordo costal X borda lateral
do reto abdominal) durante a inspiração profunda e rápida – se houver interrupção
abrupta da inspiração, o sinal é positivo

Sinal de Courvoisier-Terrier: VB palpável e indolor


Murphy

Por Ana Clara Salles


5.5 Diástase e hérnias
Diástase (separação) dos retos abdominais

Hérnia: redutível, encarcerada (não reduz) e


estrangulada (isquemia – forte dor)

Diástase

5.6 Fígado
Palpação bimanual (com a mão E tracionando o fígado de trás
para frente) ou em garra

Consistência: lisa ou nodular

Borda: romba (hepatomegalia) ou fina (normal)

Massas e sensibilidade (dor)

5.7 Baço
Similar ao fígado: bimanual (a mão D aprofunda do umbigo em direção ao HCE) e em
garra

Manobra de Schuster

5.8 Massas pulsáteis


Palpar nos pontos da ausculta de sopros abdominais

5.9 Renal
Método de Guyon (bimanual – similar a fígado e baço)

Sinal de Giordano: dor à punho-percussão lombar (pielonefrite)

Pode também se realizar a percussão lombar com a borda lateral da mão

Por Ana Clara Salles


5.10 Pontos ureterais
Dor à palpação dos mesmos indica patologias do sistema urinário – os principais são:

Ureteral superior (paraumbilical): borda externa do reto abdominal ao nível do umbigo

Ureteral médio: borda externa do reto abdominal ao nível da crista ilíaca

Ureteral inferior: (somente ao toque retal / vaginal)

Borda externa do
reto abdominal

Ponto ureteral
superior

Ponto de
MacBurney Ponto ureteral
médio

Espinha ilíaca
antero-superior

Por Ana Clara Salles


Divisão em quadrantes

As porcentagens são em relação a porcentagem de


frequência de câncer de mama nas áreas

Aréola e mamilo

OBS: A região aréolo papilar não é um quadrante

(a que compreende a aréola e o mamilo)

OBS 2: A região axilar é um quadrante!

OBS 3: Habitualmente mulheres com prótese mamária


não ocorre nenhuma diferença na inspeção nem na
palpação! Não altera a questão de saúde da mama,
mas as próteses mais antigas podem se espalhar,
verificando uma assimetria grosseira!

Percussão e ausculta não cabem no exame da mama!

1.2 Inspeção

1.1.1 Estática
Simetria – como qualquer órgão bilateral são diferentes
mas com uma pequena diferença (procurar assimetrias
grosseiras)

Abaulamentos / retrações – câncer/nódulos (algumas vezes eles não aparecem na inspeção


estática mas sim na inspeção dinâmica)/ulceras

Lesões visíveis

Por Ana Clara Salles


1.1.2 Dinâmica (Analisar os tópicos da inspeção estática, porém com as manobras)
-Mamas pendentes (tronco para frente) – consegue enxergar nódulos ou abaulamentos não
vistos na inspeção estática

-Elevação dos membros superiores (tração dos ligamentos de Cooper ou lig. Intramamámarios)

-Contratura peitoral (pressionar a cintura ou afastar as mãos agarradas)

1.2 Palpação – melhor deitada

1.2.1 Axilar ( começa ou termina na axila)


Segurar o membro relaxado da paciente com um
braço e palpar com o outro

Procurar por nodulações – metástase linfonoidal

5 º quadrante da mama

1.2.2 Mamas
Da borda esternal à linha axilar posterior

Palpação em círculos concêntricos, radial ou em faixas verticais – o auto exame pode ser
qualquer um dos três

Palpação areolopapilar(1 dedo- região bem mais sensível) e compressão areolar radial para
flagrar descarga papilar- ( ultima região a ser palpada )

Por Ana Clara Salles


2*Pelve e genitália feminina
-Diferenças anatômicas:

Mais interna que a masculina

Grandes lábios

Pequenos lábios

Uretra bem curta – leva uma maior incidência de


infeções urinarias

Canal vaginal

Útero

Trompas

2.1 Genitália externa – decúbito dorsal (posição de litotomia)


Grandes e pequenos lábios

Meato uretral e clitóris

- Uretrite ( inflamação no meato uretral)

Intróito vaginal (Entrada do canal)

Períneo: manobra de Valsava para identificar distopia vaginal:

• Cistocele = Bexiga empurra a parede vaginal anterior. Abaulamento da região anterior da


parede da vagina (bexiga baixa – vários partos)
• Retocele = reto empurra a parede vaginal posterior.
• Prolapso Uterino = Colo do útero se exterioriza pela vagina. ( acontece muito em mulheres
que tiveram muitos partos)

Os três em conjunto são chamados de distopias vaginais – quando ela faz força ou se agacha
sente uma protuberância pela vagina dela

Por Ana Clara Salles


2.2 Genitália interna

2.2.1 Exame especular


Correta inserção e retirada do espéculo

Avaliação de secreções, tumores, massas

Exame colpocitológico ou Papanicolau: Coleta de amostras.

Materiais:

Tubo com solução fixado

Pinça de Cheron
Escova Endocervical
Lápis

Espátula de Ayre Espéculo Lâmina com parte fosca

- Em alguns casos o fixador pode vir avulso e é necessário ser passado na lâmina

- Espátula de Ayre coleta o material da ectocérvice

-Escova endocervical coleta o material da endocérvice

- O espéculo pode ser lubrificado

Exame do Papanicolau :

Link:

https://www.youtube.com/watch?v=CeKs5cZ
0CnQ

Por Ana Clara Salles


Teste de Schiller (iodo): Coloração marrom = normal. Schiller negativo, iodo positivo; sem
coloração = Schiller positivo, iodo negativo. Necessitará maior análise(geralmente inflamação
ou câncer )

2.2.2 Toque Vaginal (geralmente com o dedo indicador)

Palpação do colo uterino

Palpação das regiões anexiais (envolve a trompa e o ovário)

Toque bimanual para verificação de massas abdominais

Toque retal para avaliação da parede vaginal anterior e paramétrios

3* Exame obstétrico

3.1 Mamas
Hiperpigmentação de aréola e mamilos

Rede vascular evidente (varizes evidentes)

Estrias

3.2 Abdome

3.2.1 Geral
Linha nigra (mácula hipercrômica)

Fundo uterino

Por Ana Clara Salles


3.2.2 Manobras de Leopold-Zweifel 1ª Manobra 2ª Manobra
1ª manobra: palpação do pólo superior(
tamanho do útero)

AFUL: altura do fundo uterino

Fita métrica
3ª Manobra 4ª Manobra
2ª manobra: palpação das porções laterais
(feto+ placenta+ líquido

Amniótico)

Cabeça pra baixo e pelve pra cima (mais comum)


Geralmente o feto está longitudinal

Palpando os membros – mole e irregular Cabeça pra cima e a pelve para baixo
Palpando o dorso – mais dura e regular (são as costas do feto)

Dorso fetal para um lado e os membros para o outo

Posição direita: o dorso fica na direita

Posição esquerda: o dorso fica na esquerda O Feto pode estar


atravessado
(situação transversa)
3ª manobra: palpação do pólo inferior

Palpa a cabeça do feto (apresentação cefálica) ou apresentação pélvica

- Quando o feto está em situação transversa nessa manobra você não vai sentir nada no polo
inferior

4ª manobra: palpação aprofundada da pelve, verificando a insinuação fetal ou não

Geralmente em pacientes com trabalho de parto

Aprofundar a mão entre o útero e a borda superior do osso púbis

Se conseguir:

- O feto não está insinuado (não desceu)

Se não conseguir:

- O feto está insinuado (então ele desceu)

3.2.3 Estática fetal


Situação: longitudinal, transversa

Apresentação: cefálica, pélvica e córmica (transversal)


Por Ana Clara Salles
Altura da apresentação: do fundo uterino ao monte púbico

Posição fetal: dada pelo dorso do feto (direita ou esquerda)

4*Genitália masculina
- Diferenças anatômicas:

Uretra muito maior do que na da mulher (reduzindo o


numero de infecções urinárias na idade reprodutiva)

Próstata

Testículos – os quais precisam estar externos

Glande

Prepúcio

Mais externa que a feminina

4.1 Pênis
Balanopostite: Inflamação na glande e no prepúcio

Epispádia e hipospádia: Variações anatômicas de posição do meato uretral

Episádia – meato uretral um pouco deslocado para a frente

Hipospádia – meato uretral um pouco deslocado para trás

Sulco balamo prepucial – onde o esmegma é produzido (natural)

Homens com fimose ( prepúcio ultrapassa a glande ) e o homem não consegue puxar o
prepúcio ao ponto de expor o sulco balamo prepucial , não conseguem limpar direito a região
acumulando esmegma , causando irritação podendo vir a levar câncer de pênis

Tumores e lesões

4.2 Bolsa escrotal


Edema

Abscesso

Crescimento no tamanho do testículo :

-Tumores

-Hidrocele (liquido ceroso em excesso no testículo)- mais comum

-Hematocele ( excesso de sangue)

Por Ana Clara Salles


-Quilocele( excesso de liquido linfático) – geralmente acontece na elefantíase

-Varicocele( dilatação das veias testiculares e acabam por crescer o volume do vaso escrotal)

PRECISA DE UTRASSOM PRA DESTINGUIR!

DOR AGUDA NO TESTÍCULO OU TESTICULO AGUDO:

Torção testicular o testículo roda sobre si mesmo, como consequência o cordão espermático
ele vai estrangular o testículo( destorcer se não ele necrosa e se necrosar só resolve retirando
o testículo) X Orquiepididimite(inflamação do testículo e do epidídimo) – anti-inflamatório e
cueca apertada

(Sinal de Prehn) = O levantamento do testículo causa alívio em caso de orquiepidimite.

Pode fazer ultrassom também (mas se não tiver


disponível na hora faz o sinal de Prehn)

4.3 Toque retal


Inspecionar antes, à procura de hemorroidas,
fissuras, lesões, abscessos

Posições: DLE (decúbito lateral esquerdo) ou genupeitoral (pode colocar na posição de


litotomia também)

Palpação da próstata (anteriormente): tamanho, consistência e nódulos

Presença de fezes/fecaloma(fezes acumuladas), hemorroidas, massas, corpo estranho

Após o toque: verificar sangue e/ou fezes em ponta de luva

Por Ana Clara Salles


- verificar se:

• Hiperplasia prostática benigna olhar se a próstata não está crescida ( muito comum em
idosos)
• Nódulos
• Endurecida Sugestivo de câncer
• Bastante dor (PROSTATITE) – inflamação da próstata
Tem que ficar traços de fezes na sua luva porque isso significa que está passando fezes ali

Por Ana Clara Salles


(sempre buscar por dor, rubor, calor, edema e perda de movimento)
• SEQUÊNCIA DO EXAME

- INSPEÇÃO;

- PALPAÇÃO;

- MOVIMENTAÇÃO ATIVA E PASSIVA.

1*Coluna vertebral
Cifose: Concavidade anterior presente na região torácica da
coluna vertebral. Sua curvatura acentuada é prejudicial e
pode ser compensatória ou postural.

Lordose: Concavidade posterior presente na região cervical


e na região lombar.

Escoliose: Desvio lateral e anormal. É prejudicial e pode ser compensatória ou postural.


(curvatura em formato de S – curvatura primária ou patológica que é o problema e tem a
curvatura secundária ou compensatória para poder ficar estável)

Cifose Lordose Escoliose

Curvatura
compensatória

Curvatura patológica

Coluna normal:

Cervical

É NORMAL ter lordose lombar,


cifose torácica e lordose cervical

Dorsal

Lombar

Por Ana Clara Salles


O alinhamento das cristas ilíacas e das escápulas funcionam como um guia para a análise da
presença de cifose patológica e escoliose. Deve ser feita a inspeção com o paciente em pé,
descalço e posicionado de maneira que o dorso fique na visão do examinador.

Palpação da coluna vertebral e da musculatura paravertebral: Buscar por hipertonia e dor

Movimentação ativa: flexão, extensão, rotação e lateralização

Teste de Schober: Caneta + Régua; O não aumento de 5cm com a flexão pode ser por conta de
uma ESPONDILITE ANQUILOSANTE.

2* Ombro
Inspeção do ombro e das escápulas anteriormente e posteriormente (edema, deformidades,
atrofia)

Palpação: articulações esternoclavicular e acromioclavicular, tendão da porção longa do bíceps


braquial e região subacromial

Movimentação ativa e passiva: flexão, extensão, abdução, adução, rotação externa e rotação
interna

Palpar o ombro com a mão espalmada durante os movimentos para sentir crepitação

3* Cotovelo
Palpação do olécrano e epicôndilos lateral e medial (dor, edema?)

*Bursite olecraniana (superficial ao olécrano), epicondilites lateral (do tenista) e medial

Movimentação ativa e passiva: flexão, extensão, pronação e supinação

4* Punho
Inspeção e palpação

Por Ana Clara Salles


Movimentação ativa e passiva: flexão, extensão, lateralização radial e ulnar e rotação da mão
lateral e medialmente

Síndrome do túnel do carpo:

-Sinal de Tinel = Percussão dolorosa na região do nervo mediano (mão supinada)

- Teste de Phalen = Encontro do dorso das mãos por menos de 1m

5*Mão

5.1 Inspeção
Deformidades, nódulos, atrofias

5.2 Palpação
Metacarpos e falanges, um a um, inclusive das articulações, uma a uma

5.3 Movimentação ativa e passiva


Metacarpofalangianas (MCF), interfalangianas proximais (IFP) e interfalangianas distais (IFD):
flexão e extensão

Polegar: flexão e extensão (latero-lateral) + abdução e adução (movimento de pinça)

5.4 Artrite reumatoide X osteoartrite


Nódulos de Bouchard (IFP) e de Heberden (IFD – somente na
osteoartrite)

Por Ana Clara Salles


Dedos em pescoço de cisne, botoeira e martelo

Desvio ulnar dos dedos (dedos em vendaval)

Dedo em gatilho: permanece em flexão e libera à extensão forçada (tendinite dos flexores
digitais)

Por Ana Clara Salles


6*Coxa e quadril
Palpação: dor à compressão dos ilíacos é sugestiva de sacroileíte

Movimentação ativa e passiva: flexão, extensão, abdução, adução e rotações externa e interna

Manobra de Laségue: elevar o membro inferior com o joelho extendido (se dor antes de 30º, a
manobra é considerada positiva para ciatalgia)

Manobra de Neri: em ortostase, tentar encostar as pontas dos dedos das mãos no chão (se
dor, manobra positiva para ciatalgia)

Teste de Patrick: fazer um “4” com o membro

Se dor à rotação externa: problema na coxofemoral

Se dor à abdução: problema na sacroilíaca

Por Ana Clara Salles


7*Joelho

5.1 Inspeção e palpação


Geno varo e geno valgo

Sinais inflamatórios

Palpar todas as proeminências

Sinal da onda e sinal da tecla: pesquisa de derrame articular

5.2 Movimentação ativa e passiva


Flexão, extensão e lateralização

Exame dos ligamentos cruzados: joelho semifletido, empurra para frente e para trás – se
houver dor indo para frente, lesão no cruzado anterior; para trás, cruzado posterior

Ligamentos colaterais: lateraliza a perna e vê se há movimentação anormal

8* Tornozelo e pés
Inspeção: pesquisa de sinais inflamatórios, deformidades,
atrofias

Pé cavo e pé plano

Palpação das articulações e do tendão de Aquiles

Movimentação passiva e ativa: dorsiflexão, flexão plantar,


eversão, inversão, flexão e extensão dos dedos

Por Ana Clara Salles


1* Sistema arterial ( sangue: O2, calor, nutrientes)

1.1 Inspeção

1.1.1 Sinais de isquemia


AGUDOS: palidez ( diminuição acentuada do fluxo
sanguíneo no leito cutâneo)e frieza / cianose(acúmulo
de hemoglobina reduzida).

Fenômeno de Raynaud:

Trifásico: palidez-cianose-vermelhidão

Bifásico: palidez-vermelhidão,cianose-vermelhidão

CRÔNICOS: gangrena seca e gangrena úmida / úlcera

Gangrena: necrose tecidual

1.2 Palpação (hipertermia-inflamação, hipotermia não chega mais sangue)


Carótida e temporal superficial ( Pulso carotídeo é o principal palpável, borda anterior do
músculo esternocleidomastóide e tenta palpar com os dedos indicador e médio, palpar ambos
os lados mas não simultaneamente, fazendo uma análise sucessiva)

Braquial ( acima da fossa antecubital medial ao tendão do bíceps braquial)

Por Ana Clara Salles


Radial (lateral da superfície flexora do punho, base do 1° quirodáctilo)

Ulnar ( medial da superfície flexora do punho, quase não palpável)

Femoral (abaixo do ligamento inguinal)

Poplítea(palpada na região oco poplíteo)

Por Ana Clara Salles


Tibial posterior (palpação imediatamente atrás do maléolo medial)

Pulso pedioso( palpada no dorso do pé)

Aorta (na região epigástrica)( entre o apêndice xifoide a a cicatriz umbilical, em aneurismas
quanto maior o diâmetro, maior a sensibilidade)

Manobra de Allen: Verificação do suprimento vascular radial e ulnar.

Manobra de Adson: Diagnóstico da Síndrome do desfiladeiro torácico. Necessita de exames


complementares.

2*Sistema venoso

2.1 Inspeção
Varizes

Edema – sinal do cacifo

Dermatite de estase (dermatite ocre)

Úlceras

Por Ana Clara Salles


TVP (trombose venosa profunda)graves

phlegmasia cerúlea dolens (edema e cianose no membro)

phlegmasia alba dolens (edema e palidez)

2.2 Palpação
Avaliação do edema em + a ++++

Fístulas arteriovenosas (frêmito intenso)

Manobras de Homans (dorsiflexão forçada do pé; buscar por dor)

Neuhoff (compressão da panturrilha observando enrijecimento da


que estiver com TVP)

Olow (compressão da panturrilha havendo dor a manobra é positiva)


Homans
2.3 Linfedema
Edema frio, duro e fibrótico dos vasos linfáticos

Por Ana Clara Salles


1* Inspeção
Fácies

Postura / contraturas

Tremores

Assimetrias / ptose (queda da pálpebra superior)

2* Marcha
Ceifante (hemiplégica): movimento em semicírculo = Hemiplegia(metade do corpo paralisado)

Escarvante (parética): arrasta a ponta dos dedos no solo = paresia (perda de força)

Cerebelosa (atáxica): base alargada, com movimentos largos e imprecisos – perda de


coordenação = ataxia

Talonante (tabética): base alargada e olhando para ver onde pisa ( ou neuropática/ problema
de propriocepção)

Pequenos passos (festinação): pequenos e rápidos passos (parkinsonismo)

Anserina (miopática): rodando o quadril – como um pato andando

Do sapo: em quatro apoios (miopatias avançadas)

Em tesoura: cruzando as pernas (espasticidade)

Apráxica (magnética): apraxia = “desaprendeu” a andar, anda como um bebê (acontecem


geralmente em pacientes com demência)

Andar com os calcanhares = Raízes de L4

Andar com a ponta dos pés = Raiz de S1

Tandem walking

Por Ana Clara Salles


3* Força muscular

3.1 Contra a gravidade


MMSS: Mingazzini (palma pra baixo) e prova dos braços extendidos (palma pra cima)

MMII: Mingazzini (Força da musculatura anterior) e Barré (Força da musculatura posterior)

3.2 Contra a resistência


Grupo à grupo muscular

3.2.1 Escala de força


Grau 0: sem contração

Grau 1: contração sem movimento


Teste contra a gravidade
Grau 2: movimento que não vence a gravidade

Grau 3: movimento que vence a gravidade, mas não a resistência

Grau 4: movimento que vence a resistência, porém subnormal Teste contra a resistência
Grau 5: movimento que vence a resistência, normal

Vamos estudar
4* Tônus (estado de contração basal do músculo ) em neuroanato a
via piramidal e a
Observação quanto a contraturas e hipotonias visíveis com posições anormais em repouso
extrapiramidal
Balanceio dos membros

Hipertonia via piramidal (elástica): sinal do canivete (hipertonia na extensão) = AVC

Hipertonia extrapiramidal (plástica): em roda denteada, sinal da roda de chumbo(principal


doença é a doença de Parkinson)

-calcanhar não é para encostar na nádega ( se encostar ele tem

-punho não encosta no ombro

5* Equilíbrio e coordenação
Teste de Romberg: em pé, braços relaxados, olhos fechados, por 30s; Problemas de labirinto
ou propriocepção

Teste para ataxia do tronco: levantar sem o apoio dos braços

Ataxia apendicular:

Dedo-nariz

Dedo-nariz-dedo (do médico)

Por Ana Clara Salles


Calcanhar-joelho

Calcanhar-joelho-canela

Hálux-dedo

Problemas possíveis nos testes acima:

Decomposição do movimento (movimento dividido)

Dismetria (erra o alvo)

Tremor de intenção

Diadococinesia: palmas-dorso ou dedos-calcanhar; se problema = disdiadococinesia

Manobra do rebote (Stewart-Holmes): contração do bíceps sob resistência e posterior


liberação súbita

6* Reflexos

6.1 Classificação em cruzes


0= abolido ( sem reflexo )

+= hiporreflexia

++= normal

+++= hiperreflexia ( reflexo muito forte)

++++= clônus ( muitíssimo forte)

6.2 Reflexos profundos

6.2.1Membros superiores
Biciptal

Triciptal

Braquiorradial

Flexor dos dedos

6.2.2Membros inferiores
Patelar

Aquileu

Por Ana Clara Salles


6.2.3Pesquisa de clônus
Extensão sustentada da mão

Dorsiflexão sustentada do pé

6.3 Reflexos superficiais


Cremastérico (Estímulo da parte superior interna da coxa. É positivo se houver desvio
ipsilateral do testículo)

Cutâneo-abdominal: superior, médio e inferior

Cutâneo-plantar (sinal de Babinski)

Hoffman (compressão- equivalente do Babinski na mão) e Tromner (peteleco) da falange


distal do 3º quirodáctilo

7*Diapasão
Tátil (algodão)

Térmica (tubos de ensaio quente e frio)

Dolorosa (alfinete)

Vibratória (diapasão)

Propriocepção (batiestesia e barestesia)

Estereognosia (reconhecer objeto com as mãos)

Grafestesia (reconhecer desenho na pele)

8*Nervos cranianos – saem do encéfalo ou do tronco cerebral (12 pares


cranianos)

8.1 Nervo olfatório (I)


Examina cada narina separadamente

Anosmia( não consegue sentir o cheiro das coisas), hiposmia( sente o cheiro fraquinho),
hiperosmia( ofalto mais forte do que deveria), parosmia( cheiro diferente do que está sendo
apresentado) e cacosmia(sente apenas cheiro ruim)

8.2 Nervo óptico (II)


Campimetria

Reflexo fotomotor
Por Ana Clara Salles
8.3 Nervo oculomotor (III), troclear (IV) e abducente (VI)
Movimentação ocular extrínseca: seguir o dedo para todos os lados

Abducente: abduz o olho

Troclear: olhar medial para baixo

Oculomotor: demais movimentos

Abducente Troclear Oculomotor

8.4 Nervo trigêmeo (V)


Ramos sensitivos (predominantemente): oftálmico, maxilar e mandibular

Ramo motor: músculos da mastigação – pede para morder e palpa os músculos

8.5 Nervo facial (VII) Predominantemente motor


Andar superior da face: fechar os olhos com força e depois enrugar a fronte

Andar inferior da face: sorriso forçado e beijo no ar

8.6 Nervo vestibulo-coclear (VIII)

8.6.1 Parte vestibular


Avaliada no exame do equilíbrio e marcha

8.6.2 Parte coclear

8.6.2.1Roçar dos dedos nos ouvidos

8.6.2.2Teste de Rinne
Diapasão vibrando na mastoide (condução óssea do
som) e depois próximo ao ouvido (condução aérea)

Se problema no ouvido externo / médio, não ouve a


fase aérea.

8.6.2.3Teste de Weber
Diapasão vibrando no vértice craniano – é para se
ouvir simetricamente o som

Intensifica no lado com déficit de condução aérea

Possibilade:

Diminui no lado que possui deficiência neurosensitiva

Por Ana Clara Salles


Problema condutivo no lado que ficou mais forte

8.7 Nervo glossofaríngeo (IX) e vago (X)


Avaliação da mobilidade do palato mole – pede para dizer “Ahhhhhhhhhhhh”

Avaliação do reflexo do vômito no 1/3 posterior da língua – com a espátula

8.8 Nervo acessório (XI)


Paralisia do
Girar a cabeça – avalia o esternocleidomastóideo
NC IX direito
Levantar os ombros – avalia os trapézios

8.9 Nervo hipoglosso (XII)


Observar a língua em repouso e em movimento

Paralisia do
NC XII direito
9* Sinais meningorradiculares
Rigidez de nuca

Brudzinski: à flexão sustentada do pescoço, ocorre a flexão das coxas como resposta
automática para o alívio da dor

Kernig: decúbito dorsal, coxa fletida, extende-se a perna – se dor, sinal positivo

Laségue: elevação do membro inferior extendido – se dor, sinal positivo

10* Movimentos anormais


Convulsão: tônica, tônico-clônica, atônica

Tetania: hipertonia sustentada (epistotono)

Tremor: movimento rítmico e involuntário

Coréia (ex. doença de Huntington): movimentos amplos, rápidos, arrítmicos e


involuntários

Atetose: similar à coréia, porém lento Tetania

Hemibalismo: contrações bruscas, amplas e involuntárias, mais isoladas que a coréia

Mioclonia: contrações rápidas e abruptas

Tique: movimento complexo e repetitivo

Miofasciculação: contração muscular visível, que não gera movimento


Convulsão

Por Ana Clara Salles


Distonia: contração muscular lenta e intensa, em caráter de torção

Coréia Hemibalismo Mioclonia Miofasciculação Distonia

11* Linguagem

Disartria: dificuldade na articulação da fala

Dislalia (cebolinha): troca de consoantes

Afasia de Broca: de expressão


Caso não compreenda as
Afasia Wernicke: de compreensão falas em inglês, ative as
legendas em inglês e
Wernicke
depois selecione
Broca “traduzir
automaticamente” para
o português.

Por Ana Clara Salles


12* Cognição – mini exame do estado mental (suspeita com pacientes de demência)( é a
capacidade de pensamento, de abstração)

Por Ana Clara Salles


Ivan não deu esses tópicos mas eu acho importante:
• Nível de consciência:

EU QUANDO AS FÉRIAS
TÃO ACABANDO!

• Icterícia:
- Pele ou olhos com coloração amarelada
- Excesso de uma substancia no sangue chamada de bilirrubina
- A bilirrubina pode estar elevada no sangue por dois motivos:
Por problema de fígado
Por anemias hemolíticas (icterícia neonatal)
Podem estar em inúmeras locais:
- Esclera
-Em baixo da língua
-Pode ir para a pele inteira
Classificação pelas cruzes:
+/++++ (será que o paciente tem icterícia ou não- icterícia bem levezinha)
++/++++ Paciente não tá nem tão leve, mas nem chega a ser um
Simpson (de forma bem subjetiva - é importante registrar)
+++/++++
++++/++++ (chega um Minion/Simpson andando no consultório)

Por Ana Clara Salles


1 Ectoscopia

1.1 Exame normal


Bom estado geral, eupneico, afebril, acianótico, anictérico, hidratado, corado, vigil e orientado.

Sem lesões cutâneas a serem relatadas.

1.2 Exame alterado


Estado geral ruim, taquidispneico, febril, cianótico em extremidades, ictérico (++/4),
hipoidratado (+++/4), hipocorado (+/4), letárgico e desorientado.

2 Cabeça e pescoço (CP)

2.1 Exame normal


Fácies atípica;

Motilidade ocular extrínseca, acuidade visual e reflexo fotomotor sem alterações;

Cavidade oral sem alterações

Otoscopia bilateral: conduto normal e MT brilhante, translúcida e sem deformidades

Pescoço sem tumorações ou linfoadenomegalias palpáveis; traquéia normoposicionada;


tireóide palpável e sem nódulos

2.2 Exame alterado


Fácies esclerodérmica;

Paralisia do olhar conjugado para baixo, diminuição da acuidade visual e pupilas mióticas, sem
reação à luz

Presença de placas esbranquiçadas em língua; tonsilas palatinas hiperemiadas e com focos


purulentos

Otoscopia D: MT hiperemiada, opaca e com perfuração em quadrante póstero-superior

Pescoço com múltiplas linfoadenomegalias em cadeias retroauricular, submandibular e


cervical anterior: pequenas, dolorosas e móveis

*MT: membrana timpânica

Por Ana Clara Salles


3 Aparelho cardiovascular (ACV)

3.1 Exame normal


RCR em 2T, BNF, sem sopros; ictus cordis medindo 2cm em 5º EICE com LHCE, sem turgência
jugular.

Pulsos palpáveis, amplos e simétricos.

3.2 Exame alterado


RCI em 3T por B3, bulhas hipofonéticas, presença de SS em FM (++++/6); ictus cordis medindo
5cm em 6º EICE com linha axilar anterior; turgência jugular a 45º.

Pulsos pedioso, tibial posterior e poplíteo esquerdos não palpáveis; femoral E com amplitude
reduzida. Pulsos nos demais membros sem alterações.

3.3 Siglas
*RCR: ritmo cardíaco regular *RCI: ritmo cardíaco irregular

*2T: 2 tempos

*BNF: bulhas normofonéticas

*SS: sopro sistólico *SD: sopro diastólico *SSD: sopro sistodiastólico

*FM: foco mitral *FT: foco tricúspide *FAo: foco aórtico *FP: foco pulmonar

*EIC: espaço intercostal *LHC: linha hemiclavicular

4 Aparelho respiratório (AR)

4.1 Exame normal


MV + em AHT, sem RA; expansibilidade normal

4.2 Exame alterado


MV + em AHT, abolido em 1/3 inferior de HTE, com macicez, FTV abolido e expansibilidade
diminuída neste local; EC em 1/3 médio de HTD, com discreta macicez e FTV aumentado neste
local

4.3 Siglas
*MV: murmúrio vesicular

*AHT: ambos os hemitóraces *HTD e HTE: hemitórax direito e esquerdo

*FTV: frêmito toracovocal

*RA: ruídos adventícios *EC: estertores crepitantes

Por Ana Clara Salles


5 Abdome (Abd)

5.1 Exame normal


Abdome plano, RHA normal, flácido, sem VMG e indolor à palpação superficial e profunda

Toque retal: ânus normal; próstata de tamanho normal, consistência fibroelástica e sem
nodulações

5.2 Exame alterado


Abdome globoso, RHA diminuído, com defesa involuntária, hepatomegalia em RCD
(hepatimetria 14cm) e difusamente doloroso à palpação; piparote +; macicez móvel +

5.3 Siglas
*RHA: ruído hidroaéreo *VMG: visceromegalia

*RCD: rebordo costal direito

6 Osteomioarticular (OMA)

6.1 Exame normal


Coluna vertebral sem alterações; membros sem deformidades, dor ou limitação do
movimento; sem edema.

6.2 Exame alterado


Presença de hipercifose torácica e escoliose; sinais flogísticos em joelho D; limitação da
dorsiflexão do pé E; Lasége + em MIE; edema de pés e tornozelos (++/4)

6.3 Siglas
*MIE e MID: membro inferior E e D *MMII: membros inferiores *MMSS: membros
superiores

7 Geniturinário (GU)

7.1 Exame normal


MAMAS: simétricas e sem alterações à palpação

GINECOLÓGICO: vulva sem alterações; exame especular sem alterações e com Schiller negativo

Por Ana Clara Salles


OBSTÉTRICO: feto em situação longitudinal direita, apresentação cefálica não insinuada; AFU =
30cm

UROLÓGICO: pênis e saco escrotal sem alterações

7.2 Exame alterado


MAMAS: mama D de volume aumentado, com nodulação visível à elevação dos MMSS; palpa-
se nódulo irregular, endurecido, indolor e com aproximadamente 4cm de maior diâmetro em
QSL;

GINECOLÓGICO: úlcera de aprox. 2cm em face interna de pequeno lábio D; lesão vegetante em
orifício cervical externo (iodo negativo, Schiller positivo)

OBSTÉTRICO: feto em situação transversa e apresentação córmica, com pólo cefálico à E; AFU
= 27cm; BCF arrítmicos e a 105 bpm

UROLÓGICO: presença de epispádia e fimose; aumento do volume do saco escrotal à D,


doloroso à palpação e com manutenção da dor à manobra de Prehn

7.3 Siglas
*QSL: quadrante súperolateral *QSM, QIM e QIL

*AFU: altura do fundo uterina *BCF: batimentos cardiofetais *bpm: batimentos por minuto

8 Neurológico (Neur)

8.1 Exame normal


Marcha atípica, sem distúrbios do movimento ou de linguagem

Força, tônus, sensibilidade e reflexos sem alterações

Equilíbrio e coordenação sem alterações

NNCC sem alterações

Sem sinais meningorradiculares

Cognição sem alterações

8.2 Exame alterado


Marcha ceifante à E, com tremor de repouso em mão D e disartria.

Provas dos braços extendidos, Mingazzini de MMII e Barré demonstrando paresia em dimidio
E.

Força muscular grau 2 em todos os grupos musculares esquerdos

Hipertonia elástica em dimidio E e hipertonia plástica em dimidio D (principalmente em MSD)

Sensibilidade tátil e térmica abolidas em dimidio E


Por Ana Clara Salles
Hiperreflexia em reflexos profundos à E; sinais de Hoffman e Babinski presentes à E.

Teste de Romberg alterado, com instabilidade e tendência à queda para a D. Provas índex-
nariz e calcanhar-joelho sem alterações. Diadococinesia preservada.

NNCC: paralisia completa de nervo facial à E; demais sem alterações.

Presença de rigidez nucal terminal; Brudzinski e Kernig ausentes.

MEEM: 19/30; escolaridade = 16 anos.

8.3 Siglas
*NNCC: nervos cranianos

*MEEM: mini exame do estado mental

Por Ana Clara Salles


9 Exame normal
ECTOSCOPIA: Bom estado geral, eupneico, afebril, acianótico, anictérico, hidratado, corado,
vigil e orientado. Sem lesões cutâneas a serem relatadas.

CP: Fácies atípica; Cavidade oral sem alterações


Motilidade ocular extrínseca, acuidade visual e reflexo fotomotor sem alterações;
Otoscopia bilateral: conduto normal e MT pálida, brilhante, translúcida e sem deformidades
Pescoço sem tumorações ou linfoadenomegalias palpáveis; traquéia normoposicionada;
tireóide palpável e sem nódulos

ACV: RCR em 2T, BNF, sem sopros; ictus cordis medindo 2cm em 5º EICE com LHCE, sem
turgência jugular
Pulsos palpáveis, amplos e simétricos.

AR: MV + em AHT, sem RA; expansibilidade normal

ABD: Abdome plano, RHA normal, flácido, sem VMG e indolor à palpação superficial e
profunda
Toque retal: ânus normal; próstata de tamanho normal, consistência fibroelástica e sem
nodulações

OMA: Coluna vertebral sem alterações; membros sem deformidades, dor ou limitação do
movimento; sem edema.

GU: MAMAS: simétricas e sem alterações à palpação


GINECOLÓGICO: vulva sem alterações; exame especular sem alterações e com Schiller negativo

NEUR: Marcha atípica, sem distúrbios do movimento ou de linguagem


Força, tônus, sensibilidade e reflexos sem alterações
Equilíbrio e coordenação sem alterações
NNCC sem alterações
Sem sinais meningorradiculares
Cognição sem alterações

Por Ana Clara Salles

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