Aula 02
Aula 02
Aula 02
FÍSICA
AULA 02
Movimentos circulares
www.estrategiamilitares.com.br
Prof. Toni Burgatto
Sumário
Introdução 3
1. Movimento circular 4
Introdução
Nesta aula iniciaremos do Movimento Circular Uniforme (MCU) e Movimento Circular
Uniformemente Variado (MUV). Fique atento às propriedades de transmissão de movimentos.
Movimento circular não é tão explorado pelas provas com questões de cinemática propriamente
ditas. Por isso, é importante dominar os conceitos de MCU e de MCUV, pois serão utilizados em outras
matérias, como por exemplo em magnetismo.
Como ainda estudamos apenas cinemática, não teremos muitas questões nesta aula, mas
futuramente aparecerão mais questões de MCU e de MCUV, como por exemplo na aula de dinâmica de
movimento curvilíneo.
@proftoniburgatto
1. Movimento circular
Até aqui descrevemos movimentos por intermédio de grandezas lineares (movimentos retilíneos),
onde as grandezas eram definidas em relação a medidas de comprimentos.
A partir de agora, vamos introduzir o conceito de grandezas circulares (espaço angular, velocidade
angular e aceleração angular), tomando como medidas ângulos na circunferência.
𝑠0 : 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑠: 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
Devido a trajetória ser circular, podemos escrever a posição inicial e final do ponto material
utilizando ângulos:
Então, estabelecemos uma relação entre ângulo central e comprimento do arco de circunferência:
Ângulo Arco
1 rad - 𝑹
𝜶 - 𝒔
Logo:
1⋅𝑠 =𝛼⋅𝑅
∴ 𝑠 =𝛼⋅𝑅
Atenção: ângulo 𝜶 em radianos. Além disso, como a definição de radianos envolve a divisão entre
duas grandezas de distâncias, radianos se torna essencialmente adimensional.
Δ𝜑 = 𝜑 − 𝜑0
Dessa forma, define-se velocidade angular média como a razão entre a variação do espaço angular
e a variação do tempo correspondente:
Δ𝜑
𝜔𝑚 =
Δ𝑡
Δφ
𝜔 = lim 𝜔𝑚 ou 𝜔 = lim
Δ𝑡→0 Δ𝑡→0 Δ𝑡
𝑑𝜑
𝜔=
𝑑𝑡
Semelhante a definição de aceleração média, define-se aceleração angular média como a razão
entre a variação da velocidade angular e o intervalo de tempo correspondente:
Δ𝜔
𝛾𝑚 =
Δ𝑡
A aceleração angular instantânea é definida pelo limite da aceleração angular média quanto Δ𝑡
tende a zero:
Δ𝜔
𝛾 = lim 𝛾𝑚 𝑜𝑢 𝛾 = lim
Δ𝑡→0 Δ𝑡→0 Δ𝑡
𝑑𝜔
𝛾=
𝑑𝑡
Pela geometria plana, podemos escrever algumas relações entre as grandezas lineares e as
grandezas angulares:
𝑠0 𝑠 Δ𝑠
𝜑0 = 𝜑=𝑅 Δ𝜑 =
𝑅 𝑅
Δ𝑠
Δ𝜑 1 Δ𝑠 1
𝜔𝑚 = = R = ⋅ = ⋅𝑣
Δ𝑡 Δ𝑡 𝑅 Δ𝑡 𝑅 𝑚
𝑣𝑚
∴ 𝜔𝑚 =
𝑅
𝑣
𝜔= 𝑜𝑢 𝑣 = 𝜔 ⋅ 𝑅
𝑅
Δ𝑣
Δ𝜔 1 Δ𝑣 1
𝛾𝑚 = = 𝑅 = . = .𝑎
Δ𝑡 Δ𝑡 𝑅 Δ𝑡 𝑅 𝑚
𝑎𝑚
∴ 𝛾𝑚 =
𝑅
𝑎
𝛾= 𝑜𝑢 𝑎 = 𝛾 ⋅ 𝑅
𝑅
01)
A hélice de um ventilado está girando com velocidade angular de 10 rad/s, quando uma pessoa desliga o
ventilador e a hélice para em 10 s. Determine:
a) a aceleração angular média do ventilador entre o instante em que foi desligado até a hélice parar
totalmente;
b) a aceleração linear média dos pontos que distam 0,20 m do eixo de rotação, nesse mesmo intervalo de
tempo.
Comentários:
a) Pelas condições do problema, temos que a velocidade angular inicial é 10 𝑟𝑎𝑑/𝑠 e a velocidade angular
final é zero.
Logo:
Δ𝜔 0 − 10
𝛾𝑚 = =
Δ𝑡 10 − 0
∴ 𝛾𝑚 = −1,0 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2
b) A aceleração linear média pode ser calculada pela relação:
𝑎𝑚 = 𝛾𝑚 ⋅ 𝑅
𝑎𝑚 = (−1,0) ⋅ 0,2
∴ 𝑎𝑚 = −0,20 𝑚/𝑠 2
Dessa forma, dizemos que o MCU é periódico, pois, a cada volta completada pelo móvel, as
características do movimento se repetem em intervalos de tempo iguais.
Por exemplo: no MCU, período é o intervalo de tempo que o ponto material leva para percorrer
uma volta completa. Ou seja, se ele leva 0,5 s para realizar uma volta no MCU, seu período é dado por:
𝑇 = 0,5 𝑠.
De forma correlacionada, define-se frequência como sendo o número de vezes que o movimento
se repete na unidade de tempo. Ou seja:
𝑛
𝑓=
Δ𝑡
Para o MCU, 𝑓 é o número de voltas (ou ciclos) que o ponto material realiza na unidade de tempo.
Por exemplo: se uma partícula completa 5 voltas em 10 segundos, então, sua frequência será:
5
𝑓= = 0,5 𝑐𝑖𝑐𝑙𝑜𝑠/𝑠
10
A unidade de ciclos/s recebe o nome de hertz, denotada por 𝐻𝑧. Esta é a unidade de frequência
no SI.
Em alguns lugares aparece o termo “cada volta” é chamada de rotação. Por isso encontramos em
alguns lugares o termo 𝑟𝑝𝑠 (rotações por segundo), outro nome para unidade hertz.
Diante da definição de período e de frequência, podemos encontrar uma relação entre as duas
grandezas, por uma regra de três simples e direta:
1 1
𝑓= 𝑜𝑢 𝑇 =
𝑇 𝑓
1
𝑇= =2𝑠
0,5
Apesar da unidade de frequência ser hertz (𝐻𝑧), é comum aparecer a unidade rotações por minuto
(𝑟𝑝𝑚). A relação entre as unidades é dada por:
𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜 1
1𝑟𝑝𝑚 = 1 =1 = 𝐻𝑧
𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜 60 𝑠 60
×60
𝐻𝑧 → 𝑟𝑝𝑚
÷60
𝑟𝑝𝑚 → 𝐻𝑧
Com isso, podemos relacionar período e frequência com as velocidades do ponto material no
MCU.
Para uma volta completa, o espaço angular do móvel foi de 2𝜋 e o intervalo de tempo corresponde
ao período 𝑇. Logo:
Δ𝜑 = 2𝜋 𝑒 Δ𝑡 = 𝑇
2𝜋
𝜔= 𝑜𝑢 𝜔 = 2𝜋𝑓
𝑇
2𝜋𝑅
𝑣= 𝑜𝑢 𝑣 = 2𝜋𝑓𝑅
𝑇
Como por definição do movimento circular uniforme (MCU) a velocidade angular é constante,
então o módulo da velocidade linear é constante (apenas o módulo), pois 𝑣𝑚 = 𝜔𝑚 ⋅ 𝑅. Como a
velocidade angular no MCU é constante, então costumamos a dizer que a velocidade angular é igual a
velocidade angular média:
𝜔 = 𝜔𝑚
Δ𝜑
∴ 𝜔=
Δ𝑡
Δ𝜑 = 𝜑 − 𝜑0 e Δ𝑡 = 𝑡 − 𝑡0
Portanto:
𝜑 − 𝜑0
𝜔=
𝑡 − 𝑡0
∴ 𝜑 = 𝜑0 + 𝜔(𝑡 − 𝑡0 )
Para simplificar a expressão, vamos começar a contabilizar o início do movimento na origem dos
tempos, isto é, 𝑡0 = 0, temos que:
𝜑 = 𝜑0 + 𝜔 ⋅ 𝑡
Como esperado, a função horária do espaço angular no MCU é uma expressão do primeiro grau
em 𝑡, onde:
De imediato, como 𝜔𝑚 = 𝜔, dizemos que a velocidade angular não varia, ou seja, dizemos que
neste movimento não existe aceleração angular (𝛾 = 0).
Outra forma de obter a função horária do espaço angular é dividir a função horária do espaço
linear pelo raio da circunferência onde o móvel descreve o MCU:
÷𝑅 𝑠 𝑠0 𝑣
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣 ⋅ 𝑡 → = + ⋅𝑡
𝑅 𝑅 𝑅
⇒ 𝜑 = 𝜑0 + 𝜔 ⋅ 𝑡
OBSERVAÇÃO: quando olhamos para a equação 𝜔 = 𝑣/𝑅, somos levados a pensar que a
velocidade angular 𝜔 depende do raio 𝑅. Cuidado! Essa pegadinha costuma pegar muita gente boa. Como
vimos, no MCU a velocidade angular é constante, então utilizamos:
2𝜋
𝜔= 𝑜𝑢 𝜔 = 2𝜋𝑓
𝑇
Ou seja, conhecendo o tempo para cada volta (𝑇) ou a frequência (𝑓), nós já sabemos a velocidade
angular. Um bom exemplo de verificar isso é pegar o movimento de dois móveis com raios diferentes,
mas percorrendo trajetórias circulares concêntricas.
Figura 4: Dois móveis em MCU com trajetórias concêntricas, raios diferentes e velocidades angulares diferentes.
2𝜋
𝜔𝐴 =
𝑇𝐴
2𝜋
𝜔𝐵 =
𝑇𝐵
02)
Um corpo em movimento circular tem frequência de 500 rpm. Se a trajetória tem 20 cm de raio, calcule:
a) a frequência em hertz.
b) o período em segundos.
c) a velocidade angular.
d) a velocidade linear.
Comentários:
a) Basta transformar a unidade da frequência:
500 25
𝑓= = = 8,33 𝐻𝑧
60 3
b) O período é o inverso da frequência:
1 3
𝑇= = = 0,12 𝑠
𝑓 25
c) Podemos calcular a velocidade angular a partir da frequência:
25 50𝜋
𝜔 = 2𝜋𝑓 = 2𝜋 ⋅ = 𝑟𝑎𝑑/𝑠
3 3
d) Para chegarmos à velocidade linear, basta lembrarmos da relação entre as velocidades:
50𝜋 1000𝜋
𝑣 =𝜔⋅𝑟= ⋅ 20 = 𝑐𝑚/𝑠
3 3
03)
Dois carros percorrem uma circunferência de raio R no mesmo sentido e com módulos de velocidades
constantes 𝑣1 e 𝑣2 , com 𝑣2 > 𝑣1 . No instante inicial, 𝑡0 = 0, os dois carros estão no mesmo ponto.
Determine o instante em que ocorre o próximo encontro.
Comentários:
Vamos adotar como origem dos espaços o ponto onde 𝑡0 = 0. Dessa forma, temos que 𝑠01 = 𝑠02 .
No ponto de encontro, o mais rápido terá andado uma volta de vantagem sobre o mais lento:
𝑠2 = 𝑠1 + 2𝜋 ⋅ 𝑅
𝑣2 . 𝑡𝐸 = 𝑣1 . 𝑡𝐸 + 2𝜋 ⋅ 𝑅
2𝜋𝑅
∴ 𝑡𝐸 =
𝑣2 − 𝑣1
04)
Em um brinquedo de autorama, dois carrinhos percorrem pistas circulares que possuem mesmo centro
em comum. Sabe-se que os carrinhos se cruzam a cada 15 segundos quando se movem no mesmo sentido
e a cada 5 segundos quando se movem em sentidos opostos.
Determine:
a) a velocidade angular de cada carrinho.
b) o período de movimento de cada carrinho.
c) a velocidade linear de cada carrinho, sabendo que o carrinho mais rápido possui trajetória de raio igual
a 30/𝜋 𝑐𝑚 e o raio da trajetória do outro é metade.
Comentários:
a) Quando os carrinhos se movem em mesmo sentido, então a diferença entre espaços angulares do mais
rápido e do mais lento sempre é igual a 2𝜋 a cada 15 segundos, quando eles se encontram. Portanto:
Δ𝜙𝐴 − Δ𝜙𝐵 = 2𝜋
𝜔𝐴 ⋅ 15 − 𝜔𝐵 ⋅ 15 = 2𝜋
2𝜋
𝜔𝐴 − 𝜔𝐵 = (𝑒𝑞. 1)
15
Por outro lado, quando eles sem movem em sentidos opostos, a cada 5 segundos a soma dos
espaços angulares de A e de B tem que ser igual a 2𝜋. Assim:
Δ𝜙𝐴 + Δ𝜙𝐵 = 2𝜋
𝜔𝐴 ⋅ 5 + 𝜔𝐵 ⋅ 5 = 2𝜋
2𝜋
𝜔𝐴 + 𝜔𝐵 = (𝑒𝑞. 2)
5
Somando 1 e 2, temos:
2𝜋 2𝜋
𝜔𝐴 − 𝜔𝐵 + 𝜔𝐴 + 𝜔𝐵 = +
15 5
2𝜋 3 2𝜋
2𝜔𝐴 = + ⋅
15 3 5
4𝜋
𝜔𝐴 = 𝑟𝑎𝑑/𝑠
15
Substituindo 𝜔𝐴 em 2, temos:
4𝜋 2𝜋
+ 𝜔𝐵 =
15 5
2𝜋
𝜔𝐵 = 𝑟𝑎𝑑/𝑠
15
b) Pela definição de velocidade angular podemos encontrar cada período de movimento:
2𝜋
𝜔𝐴 =
𝑇𝐴
4𝜋 2𝜋
=
15 𝑇𝐴
𝑇𝐴 = 7,5 𝑠
2𝜋
𝜔𝐵 =
𝑇𝐵
2𝜋 2𝜋
=
15 𝑇𝐵
𝑇𝐵 = 15 𝑠
c) As velocidades lineares são dadas por:
4𝜋 0,3
𝑣𝐴 = 𝜔𝐴 ⋅ 𝑅𝐴 ⇒ 𝑣𝐴 = ⋅
15 𝜋
𝑣𝐴 = 0,08 𝑚/𝑠
2𝜋 0,15
𝑣𝐵 = 𝜔𝐵 ⋅𝐵 = ⋅
15 𝜋
𝑣𝐵 = 0,02 𝑚/𝑠
05)
Dois discos fixados a um mesmo eixo, que gira com frequência igual a 𝑓. A distância entre os discos é d.
Um projétil é disparado, em uma linha paralela ao eixo, com uma velocidade 𝑣𝑝 , perfurando os dois discos
de tal forma que o ângulo formado pelo eixo comum com o furo do primeiro disco e o plano formado pelo
eixo comum com o furo do segundo disco é 𝜑, tal que 𝜑 < 2𝜋. Calcule a velocidade do projétil.
Comentários:
Inicialmente, vamos calcular o tempo que o projétil gasta para percorrer a distância entre os dois
discos:
𝑑
Δ𝑡 =
𝑣𝑝
Nesse intervalo de tempo, o eixo teve uma variação angular de 𝜑, logo:
Δ𝜑
𝜔=
Δ𝑡
𝜑
⇒ 2𝜋𝑓 =
Δ𝑡
𝜑
⇒ 2𝜋𝑓 =
𝑑
𝑣𝑝
2𝜋𝑓𝑑
∴ 𝑣𝑝 =
𝜑
𝛾 = 𝛾𝑚
𝑎 ⋅ 𝑡2
𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 ⋅ 𝑡 +
2
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎 ⋅ 𝑡
𝑣 2 = 𝑣02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ Δ𝑠
Como visto anteriormente, podemos pegar cada expressão e dividir pelo raio da circunferência
descrita pelo móvel:
𝑠 𝑠0 𝑣0 1 𝑎 𝛾 ⋅ 𝑡2
= + ⋅ 𝑡 + ⋅ ⋅ 𝑡 2 ⇒ 𝜑 = 𝜑0 + 𝜔 0 ⋅ 𝑡 +
𝑅 𝑅 𝑅 2 𝑅 2
𝑣 𝑣0 𝑎
= + ⋅ 𝑡 ⇒ 𝜔 = 𝜔0 + 𝛾 ⋅ 𝑡
𝑅 𝑅 𝑅
𝑣 2 𝑣02 𝑎 Δ𝑠
= + 2 ⋅ ⋅ ⇒ 𝜔2 = 𝜔02 + 2 ⋅ 𝛾 ⋅ Δ𝜑
𝑅2 𝑅2 𝑅 𝑅
𝑎
𝛾= ou 𝑎 = 𝛾 ⋅ 𝑅
𝑅
Como podemos notar, o MCUV é movimento não periódico, pois a aceleração linear não-nula. Por
isso, cada volta é realizada em um intervalo de tempo diferente da outra, não sendo possível definir
período ou frequência para esse movimento.
Para análise de gráficos, a teoria abordada no MRU pode ser aplicada ao MCU, enquanto a teoria
abordada no MRUV pode ser aplicada ao MCUV, pois, devido as características dos movimentos circulares,
basta apenas dividir a grandeza linear pelo raio da circunferência para chegar à grandeza angular.
Portanto, basta substituir 𝑠 por 𝜑, 𝑣 por 𝜔 e 𝑎 por 𝛾.
06)
Um móvel descrevendo um MCUV tem velocidade angular igual a 10 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 em 𝑡 = 0 e velocidade
angular igual a 24 𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠, em um intervalo de tempo igual a 7 segundos. Calcule:
a) a aceleração angular;
b) a função horária da velocidade angular;
c) quantas voltas o móvel executa nesse Δ𝑡.
Comentários:
a) Utilizando a definição de aceleração angular média, pois no MCUV, 𝛾 = 𝛾𝑚 , temos que:
Δ𝑣 24𝜋 − 10𝜋
𝛾= = = 2𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠 2
Δ𝑡 7−0
b) A função horária da velocidade angular é dada por:
𝜔 = 𝜔0 + 𝛾. 𝑡
𝜔 = 10𝜋 + 2𝜋. 𝑡
c) Vamos calcular o espaço descrito pelo móvel, utilizando a equação de Torricelli:
𝜔2 = 𝜔02 + 2 ⋅ 𝛾 ⋅ Δ𝜑
(𝜔 − 𝜔0 )(𝜔 + 𝜔0 )
Δ𝜑 =
2. 𝛾
⇒ Δ𝜑 = 119𝜋
A cada 2𝜋 ele realiza uma volta, então, em 119𝜋 = 118𝜋 + 𝜋 = 59 ⋅ 2𝜋 + 𝜋. Logo o móvel dá 59
voltas mais meia volta.
Figura 6: Transmissão de movimento entre duas coroas ligadas por uma corrente.
Se não existe escorregamento entre a corrente e as coroas, podemos dizer que a velocidade linear
das duas coroas é igual a velocidade da corrente, ou seja, a velocidade linear é a mesma em qualquer
ponto da corrente. Portanto:
𝑣𝑃1 = 𝑣𝑃2
Dessa forma, podemos encontrar uma relação para as velocidades angulares e as frequências para
este conjunto:
𝑣𝑃1 = 𝑣𝑃2
⇒ 𝜔𝐵 ⋅ 𝑅𝐵 = 𝜔𝐴 ⋅ 𝑅𝐴
2𝜋𝑓𝐵 ⋅ 𝑅𝐵 = 2𝜋𝑓𝐴 ⋅ 𝑅𝐴
⇒ 𝑓𝐵 ⋅ 𝑅𝐵 = 𝑓𝐴 ⋅ 𝑅𝐴
De forma análoga, podemos chegar as mesmas conclusões para o caso das coroas (ou
engrenagem) em contato direto:
Caso não haja escorregamento e como as duas coroas se encontram em um ponto em comum, a
velocidade linear das duas coroas deve ser a mesma:
𝑣𝑃 = 𝑣𝑃1 = 𝑣𝑃2
Então:
𝜔𝐵 ⋅ 𝑅𝐵 = 𝜔𝐴 ⋅ 𝑅𝐴 𝑒 𝑓𝐵 ⋅ 𝑅𝐵 = 𝑓𝐴 ⋅ 𝑅𝐴
𝑎𝐴 = 𝑎𝐵
∴ 𝛾𝐴 ⋅ 𝑅𝐴 = 𝛾𝐵 ⋅ 𝑅𝐵
Nesse caso, podemos ver que está amarrada a variação angular de cada coroa, isto é, se pegarmos
um ponto na coroa B, sua projeção na coroa A terá a mesma variação angular. Dessa forma, podemos
deduzir que:
Δ𝜑𝐵 = Δ𝜑𝐴
Δ𝜑𝐴 = Δ𝜑𝐵
⇒ 𝜔𝐴 ⋅ Δ𝑡 = 𝜔𝐵 ⋅ Δ𝑡
∴ 𝜔𝐴 = 𝜔𝐵
𝜔𝐴 = 𝜔𝐵
⇒ 2𝜋𝑓𝐴 = 2𝜋𝑓𝐵
∴ 𝑓𝐴 = 𝑓𝐵
𝜔𝐴 = 𝜔𝐵
𝑣𝐴 𝑣𝐵
∴ =
𝑅𝐴 𝑅𝐵
Concluímos que se 𝑅𝐴 > 𝑅𝐵 , então: 𝑣𝐴 > 𝑣𝐵 . Caso o móvel esteja realizando um MCUV:
𝛾𝐴 = 𝛾𝐵
𝑎𝐴 𝑎𝐵
∴ =
𝑅𝐴 𝑅𝐵
Até aqui, deduzimos todas as equações para o caso de transmissão no MCU. Entretanto, toda
análise feita é válida para qualquer tipo de movimento circular.
Um sistema mecânico é constituído de uma engrenagem 𝐸1 que está em eixo comum como outra
engrenagem 𝐸2 , que possui metade do raio de 𝐸1 . A engrenagem 𝐸2 está em contato direto com 𝐸3 ,
permitindo a mudança na direção dos eixos de rotação das engrenagens. No mesmo eixo de 𝐸3 , mas na
outra extremidade, existe um carretel cuja função é erguer o corpo 𝑀. Se a velocidade do ponto 𝐴 de 𝐸1
é igual a 𝑣, a velocidade com que se move o bloco é igual a.
a) 𝑣/4 b) 𝑣/3 c) 𝑣/2 d) 𝑣
Comentários:
A partir da velocidade do ponto A podemos determinar a velocidade angular do eixo 1:
𝑣
𝜔1 =
𝑅1
No ponto P de contato direto das engrenagens 𝐸2 e 𝐸3 sabemos que a velocidade linear deve ser
igual, isto é:
𝜔1 ⋅ 𝑅2 = 𝜔2 ⋅ 𝑅3 = 𝑣𝑃
𝑅2 𝑅2 𝑣
𝜔2 = ⋅ 𝜔1 = ⋅
𝑅3 𝑅3 𝑅1
Logo, a velocidade com que a corda está se movendo no carretel é dada pela velocidade angular
do segundo eixo (𝜔2 ) e o raio do carretel (𝑟𝐶 ):
𝑣 ′ = 𝜔2 ⋅ 𝑟𝐶
𝑅2 𝑣
𝑣′ = ⋅ ⋅𝑟
𝑅3 𝑅1 𝐶
𝑅2 𝑟𝑐
𝑣′ = ⋅ ⋅𝑣
𝑅3 𝑅1
Como temos duas razões entre os raios, então não precisamos passar para metros, pois a razão de
transformação seria cancelada nas duas partes. Portanto:
10 4
𝑣′ = ⋅ ⋅𝑣
8 20
𝑣 ′ = 𝑣/4
Gabarito: A
Duas polias estão acopladas por uma correia que não desliza. Sabendo-se que o raio da polia menor
é de 20 cm e sua frequência de rotação 𝑓1 é de 3600 rpm, qual é a frequência de rotação 𝑓2 da polia
maior, em rpm, cujo raio vale 50 cm?
a) 9000 b) 7200 c) 1440 d) 720
(EEAR – 2015)
Calcule a velocidade tangencial, em km/h, do movimento de translação do planeta Terra em torno
do Sol. Para esse cálculo considere:
1. que a luz do Sol leva 8 minutos para chegar até a Terra.
2. a velocidade da luz no vácuo igual a 3 ∙ 108 𝑚/𝑠.
3. as dimensões da Terra e do Sol devem ser desprezadas.
4. o raio do movimento circular da Terra em torno do Sol como a distância que a luz percorre em 8
minutos.
5. o movimento da Terra em torno do Sol como sendo um Movimento Circular Uniforme (MCU).
6. o valor de 𝜋 = 3.
7. um ano = 360 dias.
a) 10.000 b) 24.000 c) 36.000 d) 100.000
(EEAR – 2014)
Numa pista circular de 100 m de diâmetro um corredor A, mantendo o módulo da velocidade
tangencial constante de valor igual 6 m/s, corre durante 5 min, completando várias voltas. Para que
um corredor B, correndo nesta mesma pista, saindo do mesmo ponto e durante o mesmo tempo,
consiga completar duas voltas a mais que o corredor A é necessário que este mantenha uma
velocidade tangencial de módulo constante e igual a _________ m/s.
Adote: 𝜋 = 3,0.
a) 8 b) 9 c) 10 d) 12
(EEAR – 2011)
Devido ao mau tempo sobre o aeroporto, uma aeronave começa a executar um movimento circular
uniforme sobre a pista, mantendo uma altitude constante de 1000 m. Sabendo que a aeronave
possui velocidade linear de 500 km/h e que executará o movimento sob um raio de 5 km, qual será
o tempo gasto, em h, para que essa aeronave complete uma volta.
a) 𝜋/50. b) 𝜋/100. c) 10𝜋. d) 50𝜋.
(EEAR – 2007)
No movimento circular uniforme a velocidade angular (𝜔) não depende
a) do raio da circunferência.
b) da sua frequência.
c) do seu período.
d) do tempo gasto para completar uma volta.
2. C
3. C
4. A
5. B
6. C
7. D
8. C
9. D
10. A
11. A
12. A
a) 250
b) 500
c) 750
d) 1000
e) 1200
Comentários:
Como as polias estão ligadas por uma correia comum, a velocidade linear será a mesma
nas duas polias:
𝑣1 = 𝑣2
𝜔1 𝑅1 = 𝜔2 𝑅2
2𝜋𝑓1 𝑅1 = 2𝜋𝑓2 𝑅2
𝑅1
𝑓2 = 𝑓
𝑅2 1
15
𝑓2 = ∙ 3000
60
𝑓𝐵 = 750 𝑟𝑝𝑚
Gabarito: C
(EsPCEx – 2003)
A figura abaixo representa uma associação das engrenagens I, II e III, de raios iguais a 4 cm, 48 cm e
12 cm, respectivamente, que giram em torno de eixos fixos.
𝑅𝐼𝐼𝐼
𝜔𝐼 = ∙ 𝜔𝐼𝐼𝐼
𝑅𝐼
Substituindo valores:
12
𝜔𝐼 = ∙ 5𝜋
4
𝜔𝐼 = 15𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠
Mas:
𝜔𝐼 = 2𝜋𝑓𝐼
15𝜋 = 2𝜋𝑓𝐼
𝑓𝐼 = 7,5 𝐻𝑧
Gabarito: C
(EsPCEx – 2000)
A figura abaixo representa uma polia que gira em torno de seu eixo no ponto O com movimento de
rotação uniforme. O módulo da velocidade linear do ponto A é 𝑉1 = 50 𝑐𝑚/𝑠, e a do ponto B é 𝑉2 =
10 𝑐𝑚/𝑠. Sabendo que a distância AB é 40 cm, o valor da velocidade angular da polia em rad/s é
a) 1
b) 2
c) 5
d) 10
e) 50
Comentários:
Se a polia move com velocidade angular constante, então:
𝜔𝐴 = 𝜔𝐵
𝑉𝐴 𝑉𝐵
=
𝑅𝐴 𝑅𝐵
Pela geometria, temos:
𝑉𝐴 𝑉𝐵
=
𝑅𝐵 + 𝐴𝐵 𝑅𝐵
𝑅𝐵 + 𝐴𝐵 𝑉𝐴
=
𝑅𝐵 𝑉𝐵
𝑅𝐵 + 40 50
= =5
𝑅𝐵 10
𝑅𝐵 + 40 = 5𝑅𝐵
𝑅𝐵 = 10 𝑐𝑚
Logo:
𝑉𝐵 10
𝜔= = = 1 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑅𝐵 10
Gabarito: A
(EEAR – 2018)
Um ponto material descreve um movimento circular uniforme com o módulo da velocidade angular
igual a 10 rad/s. Após 100 s, o número de voltas completas percorridas por esse ponto material é
Adote 𝜋 = 3.
a) 150 b) 166 c) 300 d) 333
Comentários:
Se a velocidade angular é de 10 rad/s, podemos determinar o período do movimento por:
2𝜋
𝑇=
𝜔
2∙3 6
𝑇= = 𝑠
10 10
Então, o número de voltas após 100 s é de:
100 1000
𝑛= =
6 6
10
𝑛 = 166,7
Como o número de voltas só pode ser um inteiro, isto é, voltas completas, então o corpo
deu 166 voltas e andou 0,7 do tempo da próxima volta.
Gabarito: B
(EEAR – 2018)
Considere as seguintes afirmações sobre o movimento circular uniforme (MCU):
I – possui velocidade angular constante.
II – possui velocidade tangencial constante em módulo, mas com direção e sentido variáveis.
III – a velocidade angular é inversamente proporcional à frequência do movimento.
IV – possui aceleração radial, com sentido orientado para o centro da trajetória.
Das afirmações anteriores, são corretas:
a) I e II b) II e III c) I, II e IV d) todas
Comentários:
I – Correto. No MCU, a velocidade angular é constante.
II – Correto. No MCU, a velocidade tangencial é constante em módulo, pois não temos aceleração
tangencial neste tipo de movimento. Por outro lado, temos o vetor velocidade variando de
direção e sentido o tempo todo, pois neste movimento ainda temos a aceleração centrípeta.
III – Incorreto. A velocidade angular é diretamente proporcional a frequência angular, de acordo
com a expressão:
𝜔 = 2𝜋𝑓
IV- Correto. De fato, neste movimento, temos a aceleração radial (também chamada de normal
ou centrípeta) que aponta para o centro da trajetória.
Gabarito: C
(EEAR – 2016)
Uma hélice de avião gira a 2800 rpm. Qual a frequência (f) de rotação da hélice, em unidades do
Sistema Internacional (SI)? Adote 𝜋 ≅ 3.
a) 16,7 b) 26,7 c) 36,7 d) 46,7
Comentários:
Se a frequência de rotação é de 2800 rpm, isto é 2800 rotações por minuto. Então.
2800
2800 𝑟𝑝𝑚 ≡ 𝐻𝑧 = 46,7 𝐻𝑧
60
Gabarito: D
(EEAR – 2016)
Duas polias estão acopladas por uma correia que não desliza. Sabendo-se que o raio da polia menor
é de 20 cm e sua frequência de rotação 𝑓1 é de 3600 rpm, qual é a frequência de rotação 𝑓2 da polia
maior, em rpm, cujo raio vale 50 cm?
a) 9000 b) 7200 c) 1440 d) 720
Comentários:
Neste tipo de acoplamento, sabemos que as velocidades lineares são iguais, portanto:
𝑣1 = 𝑣2
𝜔1 𝑅1 = 𝜔2 𝑅2
2𝜋𝑓1 𝑅1 = 2𝜋𝑓2 𝑅2
𝑅1
𝑓2 = ∙𝑓
𝑅2 1
20
𝑓2 = ∙ 3600
50
𝑓2 = 1440 𝑟𝑝𝑚
Gabarito: C
(EEAR – 2015)
Calcule a velocidade tangencial, em km/h, do movimento de translação do planeta Terra em torno
do Sol. Para esse cálculo considere:
1. que a luz do Sol leva 8 minutos para chegar até a Terra.
2. a velocidade da luz no vácuo igual a 3 ∙ 108 𝑚/𝑠.
3. as dimensões da Terra e do Sol devem ser desprezadas.
4. o raio do movimento circular da Terra em torno do Sol como a distância que a luz percorre em 8
minutos.
5. o movimento da Terra em torno do Sol como sendo um Movimento Circular Uniforme (MCU).
6. o valor de 𝜋 = 3.
7. um ano = 360 dias.
a) 10.000 b) 24.000 c) 36.000 d) 100.000
Comentários:
Diante das considerações feitas em questão, a velocidade tangencial da terra é dada por:
𝑣 =𝜔∙𝑅
O raio do movimento circular realizado pela Terra em torno do Sol (considerado em
questão) é calculado através do tempo que a luz leva para chegar a Terra:
𝑅 = 𝑐 ∙ ∆𝑡
𝑅 = 3 ∙ 108 ∙ 8 ∙ 60
𝑅 = 144 ∙ 109 𝑚
𝑅 = 144 ∙ 106 𝑘𝑚
A velocidade angular pode ser determinada a partir do período que a Terra leva para dar
uma volta em torno do Sol:
2𝜋
𝜔=
𝑇
2∙3
𝜔=
360 ∙ 24
Portanto:
2∙3
𝑣= ∙ 144 ∙ 106
360 ∙ 24
𝑣 = 100.000 𝑘𝑚/ℎ
Gabarito: D
(EEAR – 2014)
Numa pista circular de 100 m de diâmetro um corredor A, mantendo o módulo da velocidade
tangencial constante de valor igual 6 m/s, corre durante 5 min, completando várias voltas. Para que
um corredor B, correndo nesta mesma pista, saindo do mesmo ponto e durante o mesmo tempo,
consiga completar duas voltas a mais que o corredor A é necessário que este mantenha uma
velocidade tangencial de módulo constante e igual a _________ m/s.
Adote: 𝜋 = 3,0.
a) 8 b) 9 c) 10 d) 12
Comentários:
A variação angular de B deve ser a mesma que a de A mais 2 voltas, isto é:
∆𝜑𝐵 = ∆𝜑𝐴 + 2 ∙ 2𝜋
𝜔𝐵 ∙ ∆𝑡 = 𝜔𝐴 ∙ ∆𝑡 + 2 ∙ 2𝜋
𝑣𝐵 𝑣𝐴
∙ ∆𝑡 = ∙ ∆𝑡 + 2 ∙ 2𝜋
𝑅 𝑅𝐴
Substituindo valores, temos:
𝑣𝐵 6
∙ (5 ∙ 60) = ∙ (5 ∙ 60) + 2 ∙ 2 ∙ 3
50 50
6𝑣𝐵 = 36 + 12
𝑣𝐵 = 8 𝑚/𝑠
Gabarito: A
(EEAR – 2011)
Devido ao mau tempo sobre o aeroporto, uma aeronave começa a executar um movimento circular
uniforme sobre a pista, mantendo uma altitude constante de 1000 m. Sabendo que a aeronave
possui velocidade linear de 500 km/h e que executará o movimento sob um raio de 5 km, qual será
o tempo gasto, em h, para que essa aeronave complete uma volta.
a) 𝜋/50. b) 𝜋/100. c) 10𝜋. d) 50𝜋.
Comentários:
Se a velocidade linear é de 500 km/h e o raio do movimento circular executado pela
aeronave é de 5 km, então a velocidade angular é dada por:
𝑣 500
𝜔= = = 100 𝑟𝑎𝑑/ℎ
𝑅 5
Logo, o período é dado por:
2𝜋
𝑇=
𝜔
2𝜋
𝑇=
100
𝜋
𝑇= ℎ
50
Gabarito: A
(EEAR – 2007)
No movimento circular uniforme a velocidade angular (𝜔) não depende
a) do raio da circunferência.
b) da sua frequência.
c) do seu período.
d) do tempo gasto para completar uma volta.
Comentários:
A velocidade angular no MCU pode ser calculada como:
2𝜋
𝜔= = 2𝜋𝑓
𝑇
Não depende do raio da circunferência. Lembrando que período é o tempo gasto para dar
uma volta completa.
Gabarito: A
considerando que o sistema partiu do repouso e que os raios das polias dentadas B e C foram
medidos até a altura média dos dentes, e assinale a opção correta.
Dado: 𝜋 = 3,14.
0 gráfico da figura acima mostra a variação do raio da Terra (𝑅) com a latitude (𝜙). Observe que
foram acrescentadas informações para algumas latitudes, sobre a menor distância entre o eixo da
Terra e um ponto 𝑃 na superfície da Terra ao nível do mar, ou seja, 𝑅 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜙. Considerando que a
Terra gira com uma velocidade angular 𝜔 𝑇 = 𝜋/12 (𝑟𝑎𝑑/ℎ), qual é, aproximadamente, a latitude
de 𝑃 quando a velocidade de 𝑃 em relação ao centro da Terra se aproxima numericamente da
velocidade do som?
Dados: 𝑣𝑠𝑜𝑚 = 340 𝑚/𝑠 e 𝜋 = 3.
a) 0° b) 20° c) 40° d) 60° e) 80°
(EN – 2015)
Analise a figura abaixo.
Na figura acima temos um dispositivo 𝐴 que libera partículas a partir do repouso com um período
𝑇 = 3 𝑠. Logo abaixo do dispositivo, a uma distância 𝐻, um disco contém um orifício que permite a
passagem de todas as partículas liberadas pelo dispositivo. Sabe-se que entre a passagem de duas
partículas, o disco executa 3 voltas completas em torno de seu eixo. Se elevarmos o disco a uma
altura 𝐻/4 do dispositivo, qual das opções abaixo exibe o conjunto de três velocidades angulares
𝑤′, em rad/s, possíveis para o disco, de forma tal, que todas as partículas continuem passando pelo
seu orifício? Dado: considere 𝜋 = 3.
a) 2/3, 5/3, e 8/3 b) 2, 3 e 5 c) 4/3, 8/3, e 12/3
d) 4, 7 e 9 e) 6, 8 e 12
(AFA – 2009)
Dispõe-se de quatro polias ideais de raios 𝑅𝐴 = 𝑅, 𝑅𝐵 = 3𝑅, 𝑅𝐶 = 𝑅/2 e 𝑅𝐷 = 𝑅/10 que podem
ser combinadas e acopladas a um motor cuja frequência de funcionamento tem valor 𝑓. As polias
podem ser ligadas por correias ideais ou unidas por eixos rígidos e, nos acoplamentos, não ocorre
escorregamento. Considere que a combinação dessas polias com o motor deve acionar uma serra
circular (𝑆) para que ela tenha uma frequência de rotação igual a 5/3 da frequência do motor. Sendo
assim, marque a alternativa que representa essa combinação de polias.
a) b)
c) d)
(AFA – 2013)
A figura 1 abaixo apresenta um sistema formado por dois pares de polias coaxiais, 𝐴𝐵 e 𝐶𝐷,
acoplados por meio de uma correia ideal e inextensível e que não desliza sobre as polias 𝐶 e 𝐵, tendo
respectivamente raios 𝑅𝐴 = 1 𝑚, 𝑅𝐵 = 2 𝑚, 𝑅𝐶 = 10 𝑚 e 𝑅𝐷 = 0,5 𝑚.
A polia 𝐴 tem a forma de um cilindro no qual está enrolado um fio ideal e inextensível de
comprimento 𝐿 = 10𝜋 𝑚 em uma única camada, como mostra a figura 2.
Num dado momento, a partir do repouso, o fio é puxado pela ponta 𝑃, por uma força 𝐹⃗ constante
que imprime uma aceleração linear a, também constante, na periferia da polia 𝐴, até que o fio se
solte por completo desta polia. A partir desse momento, a polia 𝐶 gira até parar após 𝑛 voltas, sob
a ção de uma aceleração angular constante de tal forma que o gráfico da velocidade angular da polia
𝐷 em função do tempo é apresentado na figura 3.
Nessas condições, o número total de voltas dadas pela polia 𝐴 até parar e o módulo da aceleração
𝑎, em 𝑚/𝑠 2 , são, respectivamente,
a) 5𝑛, 𝜋 b) 5𝑛, 5𝜋 c) 2(𝑛 – 1), 3𝜋 d) 5(𝑛 + 1), 5𝜋
(ITA-1989)
Num plano horizontal, sem atrito, uma partícula 𝑚1 move-se com movimento circular uniforme de
velocidade angular 𝜔. Ao passar pelo ponto P, outra partícula, 𝑚2 , é lançada do ponto O com
velocidade 𝑣⃗. Qual é o módulo de ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣0 para que 𝑚1 e 𝑚2 colidam em Q?
a) 2𝜋. 𝑟. 𝜔
2𝜔
b) 𝜋𝑟
2𝑟𝜔
c) 𝜋
𝑟𝜔
d) 𝜋
e)𝜋. 𝑟. 𝜔
(ITA-1972)
No movimento circular e uniforme de uma partícula, considerando-se como vetores as grandezas
físicas envolvidas, podemos afirmar que:
a) Força, aceleração, velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
b) Aceleração, velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
c) Velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
d) Velocidade angular é constante.
e) Nenhuma das grandezas é constante.
(ITA-1991)
Considere dois carros que estejam participando de uma corrida. O carro A consegue realizar cada
volta em 80 s enquanto o carro B é 5,0% mais lento. O carro A é forçado a uma parada nos boxes ao
completar a volta de número 6. Incluindo aceleração, desaceleração e reparos, o carro A perde 135
s. Qual deve ser o número mínimo de voltas completas da corrida para que o carro A possa vencer?
a) 28. b) 27. c) 33. d) 34. e) Nenhuma das alternativas anteriores.
2. C
3. C
4. D
5. A
6. C
7. E
8. A
9. D
10. C
11. D
12. C
Comentários:
A velocidade angular é constante pois as partículas sempre têm o mesmo ângulo uma em relação
à outra:
𝑣𝐴 = 𝜔𝑅𝐴
𝑣𝐵 = 𝜔𝑅𝐵
O tempo de queda das partículas será o mesmo, pois ambas estão na mesma altura:
𝑥𝐴 = 𝑣𝐴 𝑡
𝑥𝐵 = 𝑣𝐵 𝑡
Logo:
𝑥𝐵 𝑣𝐵 𝑅𝐵
= = =4
𝑥𝐴 𝑣𝐴 𝑅𝐴
Gabarito: D
(EN - 2021)
Um sistema de polias está conectado por uma correia como na figura abaixo. A polia A, com raio de
18,0 cm, é concêntrica e solidária à polia B, dentada, com raio de 10,0 cm. A polia matriz M tem um
raio de 25,0 cm. Sabendo-se que a polia C, também dentada e em contato com a polia B, tem uma
aceleração tangencial na borda de módulo constante igual a 2,00 m/s² e que a correia não desliza
nas polias, calcule a velocidade angular aproximada da polia matriz M, em rpm, após 10,0 segundos,
considerando que o sistema partiu do repouso e que os raios das polias dentadas B e C foram
medidos até a altura média dos dentes, e assinale a opção correta.
Dado: 𝜋 = 3,14.
Comentários:
Inicialmente, devemos notar que as polias A e B estão acopladas com eixo em comum. Portanto,
elas possuem a mesma velocidade angular.
𝜔𝐴 = 𝜔𝐵
𝑣𝐴 𝑣𝐵
=
𝑅𝐴 𝑅𝐵
Por outro lado, B e C estão acoplados com contato direto, então elas possuem a mesma velocidade
linear. No instante considerado, temos:
𝑣𝑐 = 0 + 𝑎 ⋅ 𝑡
𝑣𝐶 = 2 ⋅ 10 = 20 𝑚/𝑠
∴ 𝑣𝐵 = 20 𝑚/𝑠
𝑅𝐴 18
𝑣𝐴 = ( ) ⋅ 𝑣𝐵 = ( ) ⋅ 20
𝑅𝐵 10
𝑣𝐴 = 36 𝑚/𝑠
Como A e M são ligas por uma correia dentada, elas possuem a mesma velocidade linear. Assim,
a velocidade angular de M é de:
𝑣𝑀 36
𝜔𝑀 = = 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑅𝑀 0,25
36
0,25
𝜔𝑀 =
2𝜋
60
Gabarito: C
(EFOMM – 2017)
Considere uma polia girando em torno de seu eixo central, conforme figura abaixo. A velocidade dos
pontos 𝐴 e 𝐵 são, respectivamente, 60 𝑐𝑚/𝑠 e 0,3 𝑚/𝑠. A distância 𝐴𝐵 vale 10 𝑐𝑚. O diâmetro e a
velocidade angular da polia, respectivamente, valem:
Comentários:
Se a polia está girando em torno do eixo, portanto a velocidade angular do ponto 𝐴 e do ponto 𝐵
são iguais. Transformando as unidades para o SI, temos:
𝑉𝐴 𝑉𝐵
𝜔= =
𝑅𝐴 𝑅𝐵
0,6 0,3
=
𝑅𝐴 𝑅𝐵
0,6 0,3
=
𝑅𝐴 𝑅𝐴 − 0,1
2𝑅𝐴 − 0,2 = 𝑅𝐴
𝑅𝐴 = 0,2 𝑚
𝐷 = 0,4 𝑚 = 40 𝑐𝑚
Logo:
0,6
𝜔= = 3 𝑟𝑎𝑑/𝑠
0,2
Gabarito: C
(EFOMM – 2012)
Devido à resistência do ar, após algum tempo descendo sem pedalar um longo plano inclinado de
30°, o ciclista da figura atingiu uma velocidade escalar máxima constante 𝑣, com as rodas de raio
igual a 25,0 𝑐𝑚 girando, sem deslizar, com frequência angular de 10 𝑟𝑎𝑑/𝑠. Nessa velocidade,
considerando uma altura inicial ℎ igual a 75,0 𝑚, a roda dianteira tocara o plano horizontal num
intervalo de tempo, em segundos, igual a
Comentários:
Como a roda gira sem deslizar, podemos dizer que a velocidade tangencial da roda é dada por:
𝑣 = 𝜔 ⋅ 𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎
ℎ
Δ𝑠 =
𝑠𝑒𝑛(𝜃)
ℎ
Δ𝑠 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
Δ𝑡 = =
𝑣 𝜔 ⋅ 𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎
ℎ
Δ𝑡 =
𝜔 ⋅ 𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 ⋅ 𝑠𝑒𝑛(𝜃)
Substituindo valores:
75
Δ𝑡 = ∴ Δ𝑡 = 60,0 𝑠
1
10 ⋅ 0,25 ⋅ 2
Gabarito: D
(EFOMM – 2008)
Comentários:
𝑅𝐴
𝑅𝐵 = 𝑅𝐶 =
2
𝜔𝐴 = 𝜔𝐶
𝑣𝐴 = 𝑣𝐵
𝜔𝐴 𝑅𝐴 = 𝜔𝐵 𝑅𝐵
𝑅𝐴
𝜔𝐴 𝑅𝐴 = 𝜔𝐵
2
𝜔𝐵
𝜔𝐴 =
2
Mas:
𝜔𝐶 = 2𝜔𝐵
𝑣𝐶 2𝑣𝐵
= ⇒ 𝑣𝐶 = 2𝑣𝐵
𝑅𝐶 𝑅𝐵
𝜔𝐴 = 𝜔𝐶 = 2𝜔𝐵
2𝜋 2𝜋 2𝜋
= =2
𝑇𝐴 𝑇𝐶 𝑇𝐵
𝑇𝐵 = 2𝑇𝐶 = 2𝑇𝐴
𝜔𝐴 = 2𝜔𝐵
2𝜋𝑓𝐴 = 2 ⋅ 2𝜋𝑓𝐵
𝑓𝐴 = 2𝑓𝐵
Gabarito: A
(EN – 2014)
Observe o gráfico a seguir.
0 gráfico da figura acima mostra a variação do raio da Terra (𝑅) com a latitude (𝜙). Observe que
foram acrescentadas informações para algumas latitudes, sobre a menor distância entre o eixo da
Terra e um ponto 𝑃 na superfície da Terra ao nível do mar, ou seja, 𝑅 ⋅ 𝑐𝑜𝑠𝜙. Considerando que a
Terra gira com uma velocidade angular 𝜔 𝑇 = 𝜋/12 (𝑟𝑎𝑑/ℎ), qual é, aproximadamente, a latitude
de 𝑃 quando a velocidade de 𝑃 em relação ao centro da Terra se aproxima numericamente da
velocidade do som?
Dados: 𝑣𝑠𝑜𝑚 = 340 𝑚/𝑠 e 𝜋 = 3.
a) 0° b) 20° c) 40° d) 60° e) 80°
Comentários:
Logo:
𝑉𝑃 = 𝜔 𝑇 ⋅ 𝑅 ⋅ cos 𝜙
340 ⋅ 3,6 ⋅ 12
𝑅 ⋅ cos 𝜙 = = 4896 𝑘𝑚
3
Gabarito: C
(EN – 2015)
Analise a figura abaixo.
Na figura acima temos um dispositivo 𝐴 que libera partículas a partir do repouso com um período
𝑇 = 3 𝑠. Logo abaixo do dispositivo, a uma distância 𝐻, um disco contém um orifício que permite a
passagem de todas as partículas liberadas pelo dispositivo. Sabe-se que entre a passagem de duas
partículas, o disco executa 3 voltas completas em torno de seu eixo. Se elevarmos o disco a uma
altura 𝐻/4 do dispositivo, qual das opções abaixo exibe o conjunto de três velocidades angulares
𝑤′, em rad/s, possíveis para o disco, de forma tal, que todas as partículas continuem passando pelo
seu orifício? Dado: considere 𝜋 = 3.
a) 2/3, 5/3, e 8/3 b) 2, 3 e 5 c) 4/3, 8/3, e 12/3
d) 4, 7 e 9 e) 6, 8 e 12
Comentários:
Como a cada 3 segundos uma bolinha é liberada, independente da altura de queda, a passagem
entre duas bolinhas consecutivas deve ser de 3 segundos. Portanto, o disco deve executar no mínimo,
uma volta a cada 3 segundos, ou valores inteiros desse valor. Assim, as frequências possíveis são dadas
por:
1 2 3 4
𝑓 = ( , , , , … ) 𝐻𝑧
3 3 3 3
1 2 3 4
𝜔 = 2 ⋅ 3 ⋅ ( , , , ,…)
3 3 3 3
Gabarito: E
(AFA – 2009)
Dispõe-se de quatro polias ideais de raios 𝑅𝐴 = 𝑅, 𝑅𝐵 = 3𝑅, 𝑅𝐶 = 𝑅/2 e 𝑅𝐷 = 𝑅/10 que podem
ser combinadas e acopladas a um motor cuja frequência de funcionamento tem valor 𝑓. As polias
podem ser ligadas por correias ideais ou unidas por eixos rígidos e, nos acoplamentos, não ocorre
escorregamento. Considere que a combinação dessas polias com o motor deve acionar uma serra
circular (𝑆) para que ela tenha uma frequência de rotação igual a 5/3 da frequência do motor. Sendo
assim, marque a alternativa que representa essa combinação de polias.
a) b)
c) d)
Comentários:
𝑓1 = 𝑓2
𝑣3 = 𝑣4
𝜔3 ⋅ 𝑅3 = 𝜔4 ⋅ 𝑅4
2𝜋 ⋅ 𝑓3 ⋅ 𝑅3 = 2𝜋 ⋅ 𝑓4 ⋅ 𝑅4
𝑓3 ⋅ 𝑅3 = 𝑓4 ⋅ 𝑅4
Ou seja, quando maior o raio, menor a frequência. Segundo o enunciado, queremos a combinação
que leva a seguinte relação:
5
𝑓𝑠𝑒𝑟𝑟𝑎 = ⋅𝑓
3 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
3 ⋅ 𝑓𝑠𝑒𝑟𝑟𝑎 = 5 ⋅ 𝑓𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
De acordo com a relação dos raios mostrada, vemos que 𝐴 e 𝐵 tem raios na razão:
𝑅𝐴 = 𝑅 e 𝑅𝐵 = 3𝑅
𝑅𝐵 = 3𝑅𝐴
𝑓𝐴 = 𝑓𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 3𝑓𝐵
𝑅 𝑅
𝑅𝐶 = 𝑒 𝑅𝐷 =
2 10
𝑓𝐶 ⋅ 𝑅𝐶 = 𝑓𝐷 ⋅ 𝑅𝐷
𝑅 𝑅
𝑓𝐶 ⋅ = 𝑓𝐷 ⋅
2 10
𝑓𝐷 = 5𝑓𝐶
Repare que assim, produzimos o termo 5 ⋅ 𝑓 desejado na combinação. Então, é desejado que 𝐷
esteja em eixo comum com a serra, para que 𝑓𝐷 = 𝑓𝑠𝑒𝑟𝑟𝑎 . Por outro, lado, devemos ter 𝐵 e 𝐶 em eixo
comum, pois:
𝑓𝐵 = 𝑓𝐶
𝑓𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 𝑓𝑠𝑒𝑟𝑟𝑎
=
3 5
5
𝑓𝑠𝑒𝑟𝑟𝑎 = 𝑓
3 𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟
Gabarito: A
(AFA – 2013)
A figura 1 abaixo apresenta um sistema formado por dois pares de polias coaxiais, 𝐴𝐵 e 𝐶𝐷,
acoplados por meio de uma correia ideal e inextensível e que não desliza sobre as polias 𝐶 e 𝐵, tendo
respectivamente raios 𝑅𝐴 = 1 𝑚, 𝑅𝐵 = 2 𝑚, 𝑅𝐶 = 10 𝑚 e 𝑅𝐷 = 0,5 𝑚.
A polia 𝐴 tem a forma de um cilindro no qual está enrolado um fio ideal e inextensível de
comprimento 𝐿 = 10𝜋 𝑚 em uma única camada, como mostra a figura 2.
Num dado momento, a partir do repouso, o fio é puxado pela ponta 𝑃, por uma força 𝐹⃗ constante
que imprime uma aceleração linear a, também constante, na periferia da polia 𝐴, até que o fio se
solte por completo desta polia. A partir desse momento, a polia 𝐶 gira até parar após 𝑛 voltas, sob
a ção de uma aceleração angular constante de tal forma que o gráfico da velocidade angular da polia
𝐷 em função do tempo é apresentado na figura 3.
Nessas condições, o número total de voltas dadas pela polia 𝐴 até parar e o módulo da aceleração
𝑎, em 𝑚/𝑠 2 , são, respectivamente,
a) 5𝑛, 𝜋 b) 5𝑛, 5𝜋 c) 2(𝑛 – 1), 3𝜋 d) 5(𝑛 + 1), 5𝜋
Comentários:
De acordo com o sistema físico proposto, sabemos que 𝐶 e 𝐷 possuem eixo em comum, ou seja,
eles possuem a mesma velocidade angular, 𝜔𝐶 = 𝜔𝐷 e, após o fio se soltar, 𝜔𝐷 = 2𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠.
As polias 𝐶 e 𝐷 estão ligadas por uma correia, então elas possuem a mesma velocidade linear.
Portanto:
𝑣𝐶 = 𝑣𝐵 ⇒ 𝜔𝐶 ⋅ 𝑅𝐶 = 𝜔𝐵 ⋅ 𝑅𝐵
2𝜋 ⋅ 10 = 𝜔𝐵 ⋅ 2
𝜔𝐵 = 10𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠
Agora, perceba que A e B estão conectadas axialmente, conferindo a elas a mesma velocidade
angular. Então:
𝜔𝐵 = 𝜔𝐴 = 10𝜋 𝑟𝑎𝑑/𝑠
𝑣𝐴 = 𝜔𝐴 ⋅ 𝑅𝐴
𝑣𝐴 = 10𝜋 ⋅ 1
𝑣𝐴 = 10𝜋 𝑚/𝑠
𝑣𝐴2 = 02 + 2 ⋅ 𝑎 ⋅ L
(10𝜋)2 = 2 ⋅ 𝑎 ⋅ (10𝜋)
𝑎 = 5𝜋 𝑚/𝑠 2
Note que a velocidade angular de A e de B é 5 vezes maior que a de C e de D, então a polia A dará
5𝑛 voltas se a polia 𝐶 girar 𝑛 voltas até parar. Entretanto, inicialmente, A andou o comprimento dado pelo
comprimento do fio 𝐿 = 10𝜋 𝑚, que corresponde a 5 ⋅ 2𝜋, isto é, 5 voltas completas. Portanto, A andou
5𝑛 + 5 voltas.
Gabarito: D
(ITA-1989)
Num plano horizontal, sem atrito, uma partícula 𝑚1 move-se com movimento circular uniforme de
velocidade angular 𝜔. Ao passar pelo ponto P, outra partícula, 𝑚2 , é lançada do ponto O com
velocidade 𝑣⃗. Qual é o módulo de ⃗⃗⃗⃗⃗
𝑣0 para que 𝑚1 e 𝑚2 colidam em Q?
a) 2𝜋. 𝑟. 𝜔
2𝜔
b) 𝜋𝑟
2𝑟𝜔
c) 𝜋
𝑟𝜔
d) 𝜋
e)𝜋. 𝑟. 𝜔
Comentários:
O tempo gasto pela partícula 1 para sair de P e chegar em Q, realizando um MCU é o mesmo tempo
para a partícula que sai de O para Q.
𝜋
Δ𝜑1
Δ𝑡1 = = 2
𝜔1 𝜔
Δ𝑠2 𝑅
Δ𝑡2 = =
𝑣2 𝑣0
𝜋 𝑅 2𝜔𝑅
= ⇒ 𝑣0 =
2𝜔 𝑣0 𝜋
Gabarito: C
(ITA-1972)
No movimento circular e uniforme de uma partícula, considerando-se como vetores as grandezas
físicas envolvidas, podemos afirmar que:
a) Força, aceleração, velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
b) Aceleração, velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
c) Velocidade tangencial e velocidade angular são constantes.
d) Velocidade angular é constante.
e) Nenhuma das grandezas é constante.
Comentários:
Vamos lembrar que no movimento circular uniforme, MCU, a velocidade angular é constante,
entretanto, ainda não falamos sobre as causas que tornam o movimento circular possível.
Quando dizemos que a aceleração linear é nula, estamos pensando na aceleração que altera a
velocidade linear, que está diretamente ligada a velocidade angular pela relação 𝑣 = 𝜔. 𝑅. Entretanto,
ainda existe uma aceleração no movimento circular que garante o formato da trajetória, a famosa
aceleração centrípeta.
Vamos discutir sua importância no movimento na próxima aula. Portanto, o único fato que temos
certeza de considerar no MCU é a velocidade angular ser constante.
Gabarito: D
(ITA-1991)
Considere dois carros que estejam participando de uma corrida. O carro A consegue realizar cada
volta em 80 s enquanto o carro B é 5,0% mais lento. O carro A é forçado a uma parada nos boxes ao
completar a volta de número 6. Incluindo aceleração, desaceleração e reparos, o carro A perde 135
s. Qual deve ser o número mínimo de voltas completas da corrida para que o carro A possa vencer?
a) 28. b) 27. c) 33. d) 34. e) Nenhuma das alternativas anteriores.
Comentários:
𝑣𝐵 = 0,95 𝑣𝐴
2𝜋𝑅 0,95.2𝜋𝑅
= ⇒ 𝑡𝐵 ≅ 84,2 𝑠
𝑡𝐵 𝑡𝐴
Quando A para ao completar a 6ª volta, o carro A tem uma vantagem sobre B é de:
6𝑥4,2 = 25,2 𝑠
Dessa forma, podemos dizer que a desvantagem de A, quando parar nos boxes é de 135 s. Logo, a
desvantagem de A em relação a B é de:
109,8
≅ 26,1 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠
4,2
Dessa forma, são necessárias mais 27 voltas desde a parada para A vencer. Como já foram 6 voltas,
a corrida deve ter no mínimo 33 voltas.
Gabarito: C
(ITA-2001)
No sistema convencional de tração de bicicletas, o ciclista impele os pedais, cujo eixo movimenta a
roda dentada (coroa) a ele solidária. Esta, por sua vez, aciona a corrente responsável pela
transmissão do movimento à outra roda dentada (catraca), acoplada ao eixo traseiro da bicicleta.
Considere agora um sistema duplo de tração, com 2 coroas, de raios R1 e R2 (R1< R2) e duas catracas
de raios R3 e R4 (R3 < R4), respectivamente. Obviamente, a corrente só toca uma coroa e uma
catraca de cada vez, conforme o comando da alavanca de câmbio. A combinação que permite a
máxima velocidade da bicicleta, para uma velocidade angular dos pedais fixa, é:
a) Coroa R1 e catraca R3.
b) Coroa R1 e catraca R4.
c) Coroa R2 e catraca R3.
d) Coroa R2 e catraca R4.
e) Indeterminada já que não se conhece o diâmetro da roda traseira da bicicleta.
(ITA-2001)
Em um farol de sinalização, o feixe de luz acoplado a um mecanismo rotativo realiza uma volta
completa a cada T segundos. O farol se encontra a uma distância R do centro de uma praia de
comprimento 2L, conforme a figura. O tempo necessário para o feixe de luz "varrer" a praia, em cada
volta, é:
𝐿 𝑇 2𝐿 𝑇 𝐿 𝑇
a) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑅) . 2𝜋 b) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( 𝑅 ) . 2𝜋 c) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑅) . 𝜋
𝐿 𝑇 𝐿 2𝑇
d) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (2𝑅) . 2𝜋 e) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑅) . 𝜋
(ITA - 2013)
Um dispositivo é usado para determinar a distribuição de velocidades de um gás. Em 𝑡 = 0, com
os orifícios 𝑂′ e 𝑂 alinhados no eixo 𝑧, moléculas ejetadas de 𝑂′, após passar por um colimador,
penetram no orifício 𝑂 do tambor de raio interno 𝑅, que gira com velocidade angular constante 𝜔.
Considere, por simplificação, que neste instante inicial (𝑡 = 0) as moléculas em movimento
encontram-se agrupadas em torno do centro do orifício 𝑂. Enquanto o tambor gira, conforme
mostra a figura, tais moléculas movem-se horizontalmente no interior deste ao longo da direção do
eixo 𝑧, cada qual com sua própria velocidade, sendo paulatinamente depositadas na superfície
interna do tambor no final de seus percursos. Nestas condições, obtenha em função do ângulo 𝜃 a
expressão para 𝑣 − 𝑣𝑚𝑖𝑛 , em que 𝑣 é a velocidade da molécula depositada correspondente ao giro
𝜃 do tambor e 𝑣𝑚𝑖𝑛 é a menor velocidade possível para que as moléculas sejam depositadas durante
a primeira volta deste.
2. A
3. C
4. C
2 1
5. 𝑅𝜔 (𝜃+2𝑘𝜋 − 𝜋)
Comentários:
Se a aceleração linear constante podemos dizer que a aceleração angular também é constante,
pois, 𝑎 = 𝛾. 𝑅.
Δ𝜑 𝜔1 + 𝜔2
=
Δ𝑡 2
𝜔1 + 𝜔2
= 10
2
⇒ 𝜔1 + 𝜔2 = 20
𝜔3 + 𝜔4
=5
2
⇒ 𝜔3 + 𝜔4 = 10
Dado que estamos no MCUV, a função horária da velocidade angular é dada por:
𝜔 = 𝜔0 + 𝛾. 𝑡
𝜔1 = 𝜔0 + 𝛾. 2
𝜔2 = 𝜔0 + 𝛾. 6
𝜔3 = 𝜔0 + 𝛾. 10
𝜔4 = 𝜔0 + 𝛾. 18
Portanto:
Logo:
Gabarito: A
(ITA-2001)
Uma partícula move-se ao longo de uma circunferência circunscrita em um quadrado de lado L, com
velocidade angular constante. Na circunferência inscrita nesse quadrado, outra partícula move-se
com a mesma velocidade angular. A razão entre os módulos das respectivas velocidades tangenciais
dessas partículas é:
√2 √3 √3
a) √2 b) 2√2 c) d) e)
2 2 3
Comentários:
𝑅1
cos(45°) =
𝑅2
𝑅2 = 𝑅1 √2
𝑣1 = 𝜔. 𝑅1
𝑣2 = 𝜔. 𝑅2
𝑣2 𝜔. 𝑅2
= = √2
𝑣1 𝜔. 𝑅1
Gabarito: A
(ITA-2001)
No sistema convencional de tração de bicicletas, o ciclista impele os pedais, cujo eixo movimenta a
roda dentada (coroa) a ele solidária. Esta, por sua vez, aciona a corrente responsável pela
transmissão do movimento à outra roda dentada (catraca), acoplada ao eixo traseiro da bicicleta.
Considere agora um sistema duplo de tração, com 2 coroas, de raios R1 e R2 (R1< R2) e duas catracas
de raios R3 e R4 (R3 < R4), respectivamente. Obviamente, a corrente só toca uma coroa e uma
catraca de cada vez, conforme o comando da alavanca de câmbio. A combinação que permite a
máxima velocidade da bicicleta, para uma velocidade angular dos pedais fixa, é:
a) Coroa R1 e catraca R3.
b) Coroa R1 e catraca R4.
c) Coroa R2 e catraca R3.
d) Coroa R2 e catraca R4.
e) Indeterminada já que não se conhece o diâmetro da roda traseira da bicicleta.
Comentários:
Como a velocidade angular da roda é a mesma da catraca, podemos reescrever a equação anterior:
Por outro lado, podemos relacionar a velocidade angular da catraca com a velocidade da corrente:
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝜔𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎 =
𝑅𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒
𝑣𝑏𝑖𝑐 = 𝑅𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
. 𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 (3)
𝜔𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 . 𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎
𝑣𝑏𝑖𝑐 = . 𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑅𝑐𝑎𝑡𝑟𝑎𝑐𝑎
Dessa forma, como 𝜔𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 e 𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 são constantes, a velocidade da bicicleta será máxima quando
o raio da roda for máximo e o raio da catraca é mínimo.
Gabarito: C
(ITA-2001)
Em um farol de sinalização, o feixe de luz acoplado a um mecanismo rotativo realiza uma volta
completa a cada T segundos. O farol se encontra a uma distância R do centro de uma praia de
comprimento 2L, conforme a figura. O tempo necessário para o feixe de luz "varrer" a praia, em cada
volta, é:
𝐿 𝑇 2𝐿 𝑇 𝐿 𝑇
a) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑅) . 2𝜋 b) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( 𝑅 ) . 2𝜋 c) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑅) . 𝜋
𝐿 𝑇 𝐿 2𝑇
d) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (2𝑅) . 2𝜋 e) 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 (𝑅) . 𝜋
Comentários:
𝜃 𝐿 𝐿
𝑡𝑔 ( ) = ⇒ 𝜃 = 2𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( )
2 𝑅 𝑅
2𝜋 𝜃
𝜔= =
𝑇 Δ𝑡
𝐿 𝑇
∴ Δ𝑡 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔 ( ) .
𝑅 𝜋
Gabarito: C
(ITA - 2013)
Um dispositivo é usado para determinar a distribuição de velocidades de um gás. Em 𝑡 = 0, com
os orifícios 𝑂′ e 𝑂 alinhados no eixo 𝑧, moléculas ejetadas de 𝑂′, após passar por um colimador,
penetram no orifício 𝑂 do tambor de raio interno 𝑅, que gira com velocidade angular constante 𝜔.
Considere, por simplificação, que neste instante inicial (𝑡 = 0) as moléculas em movimento
encontram-se agrupadas em torno do centro do orifício 𝑂. Enquanto o tambor gira, conforme
mostra a figura, tais moléculas movem-se horizontalmente no interior deste ao longo da direção do
eixo 𝑧, cada qual com sua própria velocidade, sendo paulatinamente depositadas na superfície
interna do tambor no final de seus percursos. Nestas condições, obtenha em função do ângulo 𝜃 a
expressão para 𝑣 − 𝑣𝑚𝑖𝑛 , em que 𝑣 é a velocidade da molécula depositada correspondente ao giro
𝜃 do tambor e 𝑣𝑚𝑖𝑛 é a menor velocidade possível para que as moléculas sejam depositadas durante
a primeira volta deste.
Comentários:
2𝑅 2𝑅 𝑅𝜔
𝑣𝑚𝑖𝑛 = = =
Δ𝑡𝑚𝑖𝑛 2𝜋 𝜋
𝜔
Logo:
2𝑅𝜔
𝑣=
𝜃 + 2𝑘𝜋
Portanto:
2 1
𝑣 − 𝑣𝑚𝑖𝑛 = 𝑅𝜔 ( − )
𝜃 + 2𝑘𝜋 𝜋
𝟐 𝟏
Gabarito: 𝑹𝝎 (𝜽+𝟐𝒌𝝅 − 𝝅)
[2] Bukhovtsev, B.B. Krivtchenkov, V.D. Miakishev, G.Ya. Saraeva, I. M. Problemas Selecionados de Física
Elementar. 1 ed. MIR, 1977.518p.
[6] Camargo, Ivan de. Boulos, Paulo. Geometria analítica: Um tratamento vetorial. 3. Ed. Person Education,
2004, 560p.
Não fique preso aos resultados de transmissões de movimentos, mas saiba as propriedades de
cada tipo de acoplamento.
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