Teoria C5-N3
Teoria C5-N3
Teoria C5-N3
O que segue é um resumo sobre posições relativas e ângulos entre retas e planos.
Referências:
“Pontos, Retas e Planos - Parte 1”, A. Papa Neto (autor), A. C. Muniz Neto (revisor).
https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/material_teorico/8ezx
i92mh8sos.pdf
“Pontos, Retas e Planos - Parte 2”, A. Papa Neto (autor), A. C. Muniz Neto (revisor).
https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/material_teorico/9k4h
eq2s9lc80.pdf
Dois planos distintos estão em apenas uma das duas posições relativas seguintes.
Duas retas distintas no espaço estão em apenas uma das três posições relativas
seguintes.
Um plano e uma reta estão em apenas uma das três posições relativas seguintes.
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igual a zero. Quando o ângulo entre 𝑟 e 𝑠 mede 90°, diz-se que 𝑟 e 𝑠 são ortogonais;
se, além disso, 𝑟 e 𝑠 são coplanares, diz-se que 𝑟 e 𝑠 são perpendiculares. Assim, duas
retas perpendiculares são ortogonais, nem sempre valendo a recíproca.
Uma reta é dita perpendicular a um plano quando é ortogonal a toda reta do plano.
Sejam 𝛼 um plano e 𝑃 um ponto do espaço, sendo 𝑃 não pertencente a 𝛼. O ponto 𝑃′
de interseção entre 𝛼 e a reta perpendicular a 𝛼 passando por 𝑃 é chamado de pé da
perpendicular baixada de 𝑃 sobre 𝛼. Define-se a distância de 𝑃 a 𝛼 como sendo a
distância de 𝑃 a 𝑃′, ou seja, o comprimento do segmento de reta 𝑃𝑃′. Pode-se mostrar
que a distância de 𝑃 a 𝛼 é o menor elemento do conjunto {𝑃𝐴 ̅̅̅̅ ; 𝐴 ∈ 𝛼}.
Seja 𝛼 um plano e 𝐴 e 𝑃 pontos do espaço, com 𝐴 ∈ 𝛼 e 𝑃 ∉ 𝛼, sendo que a reta 𝐴𝑃
não é perpendicular a 𝛼, então se diz que a reta 𝐴𝑃 é oblíqua a 𝛼. Quando 𝑃′ é o pé da
perpendicular baixada de 𝑃 sobre 𝛼, a reta 𝐴𝑃′ é chamada de projeção da reta 𝐴𝑃
sobre 𝛼.
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Poliedros
Referências:
“Poliedros - parte 1”, A. Papa Neto (autor), A. C. Muniz Neto (revisor).
https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/material_teorico/5x00
kfblmiw44.pdf
“Poliedros - parte 2”, A. Papa Neto (autor), A. C. Muniz Neto (revisor).
https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/material_teorico/8bs7
jzq31r40o.pdf
1. Definições
Seja 𝑃 uma união de um número finito de polígonos planos (vamos dizer que esses
polígonos estão contidos em 𝑃). Dois desses polígonos, 𝐹 e 𝐹′, são ditos adjacentes
quando têm um lado em comum. Eles são chamados conectados quando existe uma
sequência de polígonos 𝐹0 , 𝐹1 , ..., 𝐹𝑛 (𝑛 ≥ 1), contidos em 𝑃, e tais que 𝐹 = 𝐹0 , 𝐹𝑛 =
𝐹′ e 𝐹𝑖−1 é adjacente a 𝐹𝑖 , para 1 ≤ 𝑖 ≤ 𝑛. Um conjunto {𝐹0 , 𝐹1 , . . . , 𝐹𝑛 } (𝑛 ≥ 2) de
polígonos contidos em 𝑃 é dito um circuito quando 𝐹𝑖−1 é adjacente a 𝐹𝑖 , para 1 ≤ 𝑖 ≤
𝑛, e 𝐹𝑛 é adjacente a 𝐹0 .
Dizemos que 𝑃 é um poliedro quando:
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O octaedro, abaixo, é um poliedro.
Vamos assumir que 𝑃 divide o espaço em duas regiões, uma limitada e outra ilimitada.
A região poliedral correspondente a 𝑃 é definida como sendo a união da região
limitada delimitada por 𝑃, com o próprio 𝑃.
Seja 𝑃 um poliedro. Cada face de 𝑃 está contida em um plano, que divide o espaço em
dois semiespaços. Diz-se que 𝑃 é convexo quando, para cada uma de suas faces, o
plano que a contém deixa todas as demais faces contidas em um único semiespaço,
dos dois por ele determinados.
2. Relação de Euler
Teorema de Euler. Para um poliedro convexo com 𝐹 faces, 𝐴 arestas e 𝑉 vértices, vale
a Relação de Euler:
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𝑉 − 𝐴 + 𝐹 = 2.
3𝑉 ≤ 2𝐴.
3𝐹 ≤ 2𝐴.
Exemplo. Prove que, em todo poliedro convexo, existe uma face com no máximo cinco
arestas.
Suponhamos, por absurdo, que cada face tem pelo menos 6 lados. Nesse caso, 𝐹 =
𝐹6 + 𝐹7 + 𝐹8 + ⋯, e logo, 6𝐹 = 6𝐹6 + 6𝐹7 + 6𝐹8 + ⋯ ≤ 6𝐹6 + 7𝐹7 + 8𝐹8 + ⋯ = 2𝐴.
2𝐴 𝐴
De 3𝑉 ≤ 2𝐴 e 6𝐹 ≤ 2𝐴, segue que 𝑉 ≤ e 𝐹 ≤ 3. Logo, pelo Teorema de Euler, tem-
3
2𝐴 𝐴
se 2 = 𝑉 − 𝐴 + 𝐹 ≤ − 𝐴 + 3 = 0, o que é absurdo.
3
De fato, como cada aresta fica completamente determinada pelos vértices em suas
extremidades, então 𝐴 ≤ 𝐶𝑉2 (𝐶𝑛𝑘 é o número de combinações de 𝑛 elementos
tomados 𝑘 a 𝑘). Um poliedro tem pelo menos 4 faces e, portanto, 𝐹 ≥ 4. Suponha, por
absurdo, que 𝐴 = 7. Como 𝐹 ≥ 4 e 𝐴 = 7, segue, do Teorema de Euler, que 𝑉 = 2 +
𝐴 − 𝐹 = 2 + 7 − 𝐹 = 9 − 𝐹 ≤ 9 − 4 = 5. Se 𝑉 ≤ 4, como 𝐴 ≤ 𝐶𝑉2 , segue que 7 =
𝐴 ≤ 𝐶𝑉2 ≤ 𝐶42 = 6 < 7, o que é absurdo. Se 𝑉 = 5, como 3𝑉 ≤ 2𝐴, segue que 15 =
3𝑉 ≤ 2𝐴 = 14, o que é absurdo.
3. Poliedros Regulares
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Um poliedro convexo é dito regular quando todas as suas faces são polígonos
regulares congruentes entre si, e em todos os vértices incidem o mesmo número de
arestas. Um poliedro regular também é chamado de poliedro de Platão.
Usando o Teorema de Euler, é possível mostrar que existem exatamente 5 poliedros
regulares: tetraedro, hexaedro, octaedro, dodecaedro, icosaedro regulares.
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Volumes e Áreas de Prismas e Pirâmides
Referências:
“Volumes e o Princípio de Cavalieri”, A. Papa Neto (autor), A. C. Muniz Neto
(revisor).
https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/material_teorico/coo4
0faiqnkss.pdf
“Pirâmides”, A. Papa Neto (autor), A. C. Muniz Neto (revisor).
https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/material_teorico/7suq
u1ob4bcwc.pdf
“Medida e Forma em Geometria: Comprimento, Área, Volume e Semelhança”, E. L.
Lima, Coleção do Professor de Matemática, SBM, 2011.
1. Prisma
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Quando as bases são paralelogramos, o prisma é chamado de paralelepípedo e, nesse
caso, qualquer de suas faces também pode ser considerada como base.
Um prisma é dito um prisma reto quando as arestas laterais são perpendiculares ao
plano da base. Nesse caso, as faces laterais são retângulos. Quando a base é um
polígono regular diz-se que o prisma reto é regular. Quando a base é um retângulo,
diz-se que o prisma reto é um paralelepípedo retângulo ou paralelepípedo reto-
retângulo ou bloco retangular. O cubo ou hexaedro regular é um paralelepípedo
retângulo cujas bases e faces (lembrando que qualquer face pode ser considerada
como base) são quadrados (iguais).
A altura do prisma 𝐴1 𝐴2 … 𝐴𝑛 𝐵1 𝐵2 … 𝐵𝑛 é a distância entre os planos 𝛼 e 𝛽. Como 𝛼 e
𝛽 são paralelos, a distância entre eles é igual à distância de qualquer ponto de 𝛼 a 𝛽,
ou à distância de qualquer ponto de 𝛽 a 𝛼.
A área lateral de 𝐴1 𝐴2 … 𝐴𝑛 𝐵1 𝐵2 … 𝐵𝑛 é definida como sendo igual à soma das áreas
das faces laterais. A área total de 𝐴1 𝐴2 … 𝐴𝑛 𝐵1 𝐵2 … 𝐵𝑛 é definida como sendo igual à
soma das áreas das bases com a área lateral.
Pode-se mostrar que o volume de 𝐴1 𝐴2 … 𝐴𝑛 𝐵1 𝐵2 … 𝐵𝑛 é igual ao produto da área de
uma de suas bases pela altura.
2. Pirâmide
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A área lateral de 𝐴1 𝐴2 … 𝐴𝑛 𝑉 é definida como sendo igual à soma das áreas das faces
laterais. A área total de 𝐴1 𝐴2 … 𝐴𝑛 𝑉 é definida como sendo igual à soma da área
lateral com a área da base.
Pode-se mostrar que o volume de 𝐴1 𝐴2 … 𝐴𝑛 𝑉 é igual a um terço do produto da área
da base pela altura.
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