Arrais Amador E Motonauta
Arrais Amador E Motonauta
Arrais Amador E Motonauta
MOTONAUTA
SUMÁRIO
2 – NOÇÕES DE MARINHARIA............................................................................................ 17
3 – ESTABILIDADE .............................................................................................................. 25
4 – RIPEAM-72 ...................................................................................................................... 28
5 – BALIZAMENTO ............................................................................................................... 37
BANDEIRA ALFA
3) Navegação Costeira - aquela realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro do limite
da visibilidade da costa, não excedendo a 20 milhas náuticas (Mestre-Amador)
4) Navegação Oceânica - também definida como sem restrições (SR), isto é, aquela realizada
entre portos nacionais e estrangeiros fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites
estabelecidos (Capitão-Amador).
NORMAS DA AUTORIDADE MARÍTIMA (NORMAM-03) – AMADORES: A NORMAM-03 aplica-
se a todas as embarcações classificadas na atividade de esporte e/ou recreio. Estabelece
procedimentos a serem cumpridos desde a construção da embarcação até sua baixa dos bancos
de dados da Marinha.
COMPETÊNCIAS
Diretoria de Portos e Costas (DPC) – Estabelecer as normas de tráfego e permanência nas
águas nacionais;
Capitanias, Delegacias e Agências – Responsáveis pela fiscalização (Inspeção Naval), do
tráfego aquaviário nos aspectos relativos à segurança da navegação, salvaguarda da vida
humana no mar e prevenção da poluição hídrica.
Municípios – São da competência dos municípios estabelecerem o ordenamento do uso das
praias, demarcando as áreas destinadas a banhistas e a prática de esporte aquático.
FISCALIZAÇÃO
Toda embarcação está sujeita a fiscalização por uma equipe de Inspeção Naval, devendo
o proprietário ter atenção ao Termo de Responsabilidade que foi assinado por ocasião da
inscrição ou registro da embarcação.
Em uma inspeção, os inspetores atentam, principalmente, para os seguintes itens:
Identificação da embarcação e porto de inscrição (marcas no casco);
Estado de conservação da embarcação;
Excesso de passageiros;
Documentação da embarcação;
Habilitação do condutor;
Seguro obrigatório, em dia;
Termo de Responsabilidade;
Funcionamento dos equipamentos de navegação e rádio (quando aplicável);
Existência de material de salvatagem (coletes, bóias); e
Existência de material para combate a incêndio.
ÁREAS DE SEGURANÇA
Não é permitido o tráfego e fundeio de embarcações nas seguintes áreas consideradas de
segurança:
A menos de 200 metros das instalações militares;
Em áreas próximas às usinas hidrelétricas, termoelétricas e nucleoelétricas (os limites
serão fixados e divulgados pelas concessionárias responsáveis pela área);
Em fundeadouros de navios mercantes;
Nos canais de acesso aos portos;
Nas proximidades das instalações do porto;
A menos de 500 metros das plataformas de petróleo;
Em áreas especiais nos prazos determinados em Aviso aos Navegantes; e
Nas áreas adjacentes às praias, reservadas para os banhistas.
INFRAÇÕES E PENALIDADES
As penalidades serão aplicadas mediante procedimento administrativo, que se inicia com a
notificação, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
Constitui infração às regras do tráfego aquaviário a inobservância de qualquer preceito
deste Regulamento e de normas complementares emitidas pela Autoridade Marítima.
É da competência do representante da autoridade marítima, a prerrogativa de estabelecer
o valor da multa e o período de suspensão do Certificado de Habilitação, respeitados os limites
estipulados neste Regulamento.
As infrações, para efeito de multa, são classificadas em grupos de A a G, sendo seus
valores estabelecidos e variam de R$ 40,00 a 3.200,00.
Para efeito deste Regulamento o autor material da infração poderá ser:
I - o tripulante;
II - o proprietário, armador ou preposto da embarcação;
III - a pessoa física ou jurídica que construir ou alterar as características da embarcação;
IV - o construtor ou proprietário de obra sob, sobre ou às margens das águas;
V - o pesquisador, explorador ou proprietário de jazida mineral sob, sobre ou às margens das
águas;
VI - o prático; e
VII - o agente de manobra e docagem.
CONSTATAÇÃO DA INFRAÇÃO
A infração e seu autor material serão constatados:
I - no momento em que for praticada a infração;
II - mediante apuração; e
III - por inquérito administrativo.
DA REINCIDÊNCIA DA INFRAÇÃO
A reincidência, para efeito de Graduação das penalidades deste Regulamento, é a
repetição da prática da mesma infração em um período igual ou inferior a 12 meses.
APREENSÃO DA EMBARCAÇÃO
As embarcações serão apreendidas, sem prejuízo das penalidades previstas, quando
flagradas nas seguintes situações:
navegando em área para a qual não foi classificada;
conduzida por pessoal sem habilitação;
trafegando sem o TIE;
sendo utilizada para a prática de crime;
trafegando sem as luzes e marcas previstas nas normas em vigor;
trafegando em péssimo estado de conservação;
quando deixar de atender determinação para interromper a singradura;
em caso de violação de lacre da CP/DL/AG;
quando, sendo classificada como de esporte e/ou recreio, estiver sendo utilizada
comercialmente para o transporte de passageiros ou carga e turismo e diversão;
quando descumprindo as restrições estabelecidas para as áreas seletivas para a
navegação;
trafegando em área de segurança; e
quando estiver sendo conduzida por pessoal em estado de embriaguez ou sob efeito de
substância tóxica de qualquer natureza.
Quando ocorrer apreensão da embarcação será, obrigatoriamente, lavrado o auto de
apreensão, que deverá ser assinado pela autoridade que apreendeu e, sempre que possível, por
testemunhas.
CANCELAMENTO DA HABILITAÇÃO
O amador terá sua Carteira cancelada, quando:
Conduzir embarcação com Carteira de Habilitação suspensa; e
Reincidir em faltas discriminadas no item anterior.
VALIDADE DA DOCUMENTAÇÃO
Carteira de Habilitação de Amador – 10 anos;
Título de Inscrição de Embarcações – 5 anos;
Bilhete de Seguro Obrigatório – 12 meses.
CLASSIFICAÇÃO DA NAVEGAÇÃO
A navegação de esporte e recreio é classificada como Interior e de Mar Aberto.
I - Navegação Interior - realizada em águas abrigadas ou parcialmente abrigadas como rios,
baias, enseadas, angras e canais cujos limites são estabelecidos pela Capitania local. Os
Amadores habilitados nas categorias de Veleiro, Motonauta e Arrais-Amador, somente, podem
navegar dentro dos limites da navegação interior.
II – Navegação de Mar Aberto – realizada em águas consideradas desabrigadas, subdivide-se
em:
1. Navegação Costeira - realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro do limite de
visibilidade da costa, não excedendo a 20 milhas da costa. Os Amadores habilitados na
categoria de Mestre-Amador, além de estarem aptos a conduzir embarcações dentro dos limites
da Navegação Interior, podem navegar, até o limite da Navegação Costeira (até 20 milhas da
costa).
2. Navegação Oceânica - também definida como sem restrições (SR), isto é, aquela realizada
entre portos nacionais e estrangeiros fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites
estabelecidos. Os Amadores habilitados na categoria de Capitão-Amador estão aptos a conduzir
embarcações em todas as áreas, ou seja, sem limitações geográficas.
HÉLICE
Notas:
A Temperatura da água não altera as condições de manobra da embarcação.
O efeito máximo do leme é obtido com uma inclinação da porta em relação à quilha de 35°.
Embarcação de dois hélices, um deles dando a ré e outro adiante, com a mesma rotação,
a proa tende a girar para o mesmo bordo do hélice que dá atrás.
ATRACAR E DESATRACAR
Atracação – atracar é prender uma embarcação qualquer a um cais ou a outra embarcação que
já esteja atracada. Desatracação - é a manobra inversa da atracação, ou seja, desamarrar o
navio do cais ou de outro navio.
Espias - são cabos que servem para amarrar o navio ao cais ou a outro navio.
Boças - são cabos destinados a amarrar embarcações miúdas.
Cabeço - é uma coluna de aço montada no convés ou no cais, podendo ser singelo ou duplo, que
serve para colocarmos a alça de uma espia ou boça de uma embarcação no momento da
atracação.
Buzina - é uma peça de aço robusta colocada na borda para servir de guia aos cabos de
amarração dos navios.
Cunho – Peça metálica em forma de bigorna, que se prende aos turcos e amuras dos navios
para dar voltas quando se trabalha com cabos de laborar.
FUNDEIO E SUSPENDER
Fundear - a manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela manter a embarcação segura
e parada em determinado local no mar.
Suspender - içar a âncora, recolhendo a amarra do fundo, para permitir a movimentação da
embarcação.
Amarra - a corrente que leva a âncora ao seu fundeadouro. A amarra é dividida em seções
denominadas quartéis, o comprimento da amarra varia de acordo com o tamanho da
embarcação.
Gateira – aberturas feitas no convés que permitem a passagem da amarra para ser armazenada
em seu paiol.
Escovém – tubo de ferro situado entre o convés principal e o costado do navio por onde gurne a
amarra permitindo sua ligação com a âncora.
As fainas de fundear ou suspender devem ser feitas sempre observando as condições de
vento, corrente e maré, procurando afilar-se ao que predominar mais. O comprimento da
amarra depende do local aonde vai se fundear, como regra geral, em embarcações miúdas a
quantidade de amarra a ser utilizada e a seguinte:
Em boas condições de tempo: 3 vezes a profundidade do local;
Em caso de mau tempo: 5 vezes a profundidade local.
Na presença de corrente de maré ou ventos fortes: sete vezes a profundidade local.
Para marcar a posição da âncora no fundo e também como segundo recurso para
suspendê-la, evitando a sua perda, usamos um cabo denominado Arinque, que é amarrado à
âncora e sinalizado através de uma bóia.
FUNDEADOURO
Ao escolhermos um local de fundeio, devemos ter em mente, que um bom fundeadouro
deve:
Ser abrigado de ventos, correntes e ondas.
Ter uma profundidade adequada a nossa embarcação.
Ter um fundo sem grande declividade
Ter um fundo de boa "tença "(poder de prender o ferro). Os melhores fundos são os de
areia, lama, cascalho ou. Uma combinação deles.
Ter espaço suficiente que permita a embarcação girar sem perigo.
Partes da Ancora:
Anete: é um arganéu ou manilha que gurne pelo furo existente na extremidade mais delgada da
haste.
Haste: é uma barra de ferro cuja extremidade mais grossa é unida aos braços tendo na outra
extremidade um furo destinado ao cavirão do anete.
Cruz: é a união da haste com os braços.
Braços: são os dois ramos de uma barra de ferro curva unida a extremidade mais grossa da
haste.
Patas: são as extremidades dos braços em forma triangular.
Unhas: são as extremidades das patas em forma de ponta.
Cepo: Barra de ferro que é enfiada na parte superior da haste perpendicularmente aos braços.
ÂNCORA FLUTUANTE
Também denominada “Drogue” ou Âncora de Mau Tempo, ao
contrário das outras, não serve para fundear, é usada para diminuir
a velocidade da embarcação (Deriva) que, no mar esteja à mercê
de vagas e do vento, ou seja, de mau tempo.
3 – ESTABILIDADE
É a capacidade de recuperação ou de endireitamento que uma embarcação possui para
voltar à sua posição de equilíbrio depois de um caturro ou balanço motivado por forças externas.
Boca: É a largura da embarcação, pode ser considerada boca máxima ou boca moldada.
Boca máxima (Bm) - É a maior largura do
casco, medida entre as superfícies externas
do chapeamento do casco.
Banda: É a inclinação transversal de uma embarcação ao pender para um dos bordos devido à
movimentação transversal de peso ou ao embarque/desembarque de peso fora do centro.
Trim, ou compasso: é a diferença entre os calados a ré e a vante. Quando o calado a vante é
igual ao calado à ré, diz-se que a embarcação está em águas parelhas, sem compasso ou
trimada.
Borda Livre: É a distância vertical, medida no costado, entre a superfície da água e o convés
principal. Para se ter boa estabilidade, é essencial se ter uma borda livre adequada. Se a borda
da embarcação “molhar” quando o barco adernar o perigo de emborcamento é grande.
DISTRIBUIÇÃO DE PESOS
Centro de gravidade (G) - é o ponto onde o peso total da embarcação atua verticalmente para
baixo. Toda embarcação ao ser colocada na água desloca um determinado volume deste líquido
(deslocamento) recebendo uma força denominada empuxo que a empurra de baixo para cima e
a faz flutuar.
Centro de carena (C) - é o ponto onde se concentra a força de empuxo de baixo para cima.
Braço de endireitamento - é a distância entre as verticais em que atuam as forças de gravidade
e de empuxo. Ele proporciona o momento de endireitamento da embarcação quando esta se
inclina para um dos bordos.
Efeito de pesos altos - Uma embarcação com centro de gravidade elevado, ao se inclinar por
um motivo qualquer (balanço ou má distribuição de pesos) produzirá uma inclinação maior, pela
atuação da força da gravidade, transformando o braço de endireitamento em um braço de
emborcamento.
4 - RIPEAM 72
RIPEAM 72 - Regulamento Internacional pra Evitar abalroamento no Mar, foi adotado pela
Organização Marítima Internacional (IMO), no ano de 1972. O RIPEAM apresenta medidas para
evitar abalroamento no mar, utilizando-se regras internacionais de navegação, luzes e marcas e
ainda sinais sonoros, que padronizam as ações e manobras, a fim de evitar acidentes envolvendo
mais de uma embarcação.
PALAVRAS E TERMOS UTILIZADOS PELO RIPEAM:
Embarcação: designa qualquer engenho ou aparelho, inclusive veículos sem calado (sobre
colchões de ar) e hidroviários, usado ou capaz de ser usado como meio de transporte sobre a
água.
Embarcação de propulsão mecânica: qualquer embarcação movimentada por meio de
máquinas ou motores.
Embarcação a vela: designa qualquer embarcação sob vela, ou seja, com a máquina de
propulsão, se houver, não sendo utilizada.
Embarcação engajada na pesca: qualquer embarcação pescando com redes, linhas, redes de
arrasto ou qualquer outro equipamento que restringe sua manobrabilidade.
Embarcação sem governo: designa uma embarcação que se encontra incapaz de manobrar.
Embarcação em movimento: se aplica a todas as embarcações que não se encontram
fundeadas, amarradas a terra ou encalhadas.
Embarcação com capacidade de manobra restrita: designa uma embarcação que em face da
natureza de seus serviços, não pode manobrar com facilidade.
Embarcação restrita devido ao seu calado: designa uma embarcação que, devido ao seu
calado em relação à profundidade e largura de um canal, está com severas restrições de
manobra.
REGRAS DE GOVERNO E NAVEGAÇÃO
Regras para conduzir embarcações em qualquer condição de visibilidade:
Em face de não existir sinalização em alto mar, efetuar constante vigilância visual, auditiva
e eletrônica, usando velocidade de segurança para poder manobrar a tempo de evitar uma
colisão.
Existe um risco de colisão com outra embarcação quando a sua marcação for constante e
a distância estiver diminuindo.
Manobrar de maneira franca e positiva, com ampla antecedência, demonstrando à outra
embarcação, que houve alteração de movimento, para ser imediatamente visualizada pela
outra embarcação, resultando em uma passagem a distância segura.
Usar as regras prescritas e soar os sinais de manobra previstos no RIPEAM.
REGRAS PARA CONDUZIR EMBARCAÇÕES EM CANAIS ESTREITOS:
Uma embarcação deverá manter-se tão próxima e segura do limite exterior do canal, que
estiver ao seu boreste.
Uma embarcação não deve cruzar um canal estreito se esta manobra vier atrapalhar a
passagem de outra que só pode navegar no canal.
Embarcações com menos de 20 metros de comprimento, embarcações a vela ou
engajadas na pesca não devem atrapalhar a passagem de outra embarcação que só possa
navegar com segurança dentro do canal.
B - Situação de Rumos Cruzados: a embarcação que avista a outra por boreste deverá manter-
se fora do caminho daquela e deverá evitar cruzar a sua proa, manobrando antecipada e
substancialmente. A embarcação que tem preferência deve manter seu rumo e velocidade.
A - sem governo
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
D - a vela
Embarcações a Vela devem manobrar em relação à embarcação:
A - sem governo
B - de manobra restrita
C - engajada na pesca
Embarcações engajadas na pesca devem manobrar em relação à embarcação:
A - sem governo
B - de manobrar restrita
A - sem governo
Toda embarcação que não uma embarcação sem governo ou com capacidade de
manobra restrita deverá, se as circunstâncias do caso o permitir, evitar atrapalhar a passagem
segura de uma embarcação restrita devido ao seu calado, exibindo os sinais adequados à
situação.
Uma embarcação restrita devido ao seu calado deverá navegar com cuidado redobrado,
levando em conta suas condições especiais.
Toda embarcação obrigada a manobrar deverá, tanto quanto possível, fazê-lo
antecipadamente, e de forma clara, possibilitando que a outra embarcação perceba a sua
intenção e que tenha a eficácia de se manter bem safa da outra.
Embarcação fundeada
1 luz circular branca na parte de vante e 1 luz circular
branca mais baixa que a de vante na parte de ré;
Se o comprimento for inferior a 50m pode exibir somente
uma luz branca onde melhor possa ser vista; e
Durante o dia uma esfera preta.
Embarcação encalhada
2 luzes encarnadas circulares (verticais);
Luzes de fundeio (conforme regra acima); e
Durante o dia 3 esferas pretas
Se estiver fundeada não deve exibir as luzes de fundeio. E na impraticabilidade do uso das
luzes e marcas, por uma embarcação que esteja em operações submarinas, deve-se usar uma
Bandeira “Alfa” disposta a uma altura mínima de 1 metro, devendo ser visível em todos os
setores.
BANDEIRA ALFA
É o conjunto de sinais visuais fixos, flutuantes, cegos e luminosos que demarcam os canais
de acesso, áreas de manobra, bacias de evolução e águas seguras e também indicam os perigos
à navegação nos portos e seus acessos, nas baias, rios, lagos e lagoas. No entanto, não se
aplicam a faróis, barcas faróis, sinais de alinhamento, área de regatas, pontos de espera das
eclusas e bóias gigantes.
No Brasil, o balizamento adotado é o sistema “IALA B”. É constituído pelos sinais laterais,
de canal preferencial, perigo isolado, águas seguras, cardinais e especiais.
A identificação dos sinais de balizamento e feita da seguinte maneira:
durante o dia: é feita por meio de forma geométrica de tope, formato e cor da boia.
O sentido convencional de balizamento é aquele que o navio, vindo de alto mar, segue
quando se aproxima de um porto, baía, foz de rio, e outras vias aquáticas. De forma que, aquele
que vem do mar deixa os sinais ENCARNADOS por Boreste e os VERDES por Bombordo, ou
seja, a cor das boias são contrarias as luzes de bordo, da embarcação.
a) Sinais Laterais: Os sinais laterais, geralmente são utilizados para definir os lados ou o canal
preferencial a bombordo e a boreste de um caminho a ser seguido.
Sinal lateral de bombordo (BB): Para serem deixados por BOMBORDO, quando a embarcação
estiver entrando no porto.
cor: verde
formato: cilíndrico, pilar ou charuto
tope (se houver): cilindro verde
luz (quando houver): verde
ritmo: qualquer, exceto Lp (2+1)
Sinal lateral de boreste (BE): Para serem deixados por BORESTE, quando a embarcação
estiver entrando no porto.
cor: encarnada
formato: cônico, pilar ou charuto
tope (se houver): cone encarnado com
o vértice para cima
luz (quando houver): encarnada
ritmo: qualquer, exceto Lp (2+1)
Canal preferencial a bombordo: bóias encarnadas com uma faixa verde. Indicam que o “canal
preferencial está a bombordo desta bóia”.
cor: encarnada com uma faixa larga horizontal
verde
formato: cônico, pilar ou charuto
tope (se houver): cone encarnado com o vértice
para cima
luz (quando houver): encarnada
ritmo: Lp (2+1)
Canal preferencial a boreste: bóias verdes com uma faixa encarnada. Indicam que o “canal
preferencial está a boreste desta bóia”.
cor: verde com uma faixa larga horizontal
encarnada
formato: cilíndrico, pilar ou charuto
tope (se houver): cilindro verde
luz (quando houver): verde
ritmo: Lp (2+1)
b) Perigo Isolado: O sinal de perigo isolado é aquele construído sobre, ou fundeado junto ou
sobre um perigo que tenha águas navegáveis em toda a sua volta.
cor: preta com uma ou mais faixas largas
horizontais encarnadas
formato: pilar ou charuto
tope: duas esferas pretas, uma sobre a outra
luz (quando houver): branca
ritmo: Lp (2)
c) Águas Seguras: Indicam águas navegáveis em torno do sinal; incluem sinais de linha de
centro e sinais de meio de canal. Tal sinal pode também ser usado, como alternativa,para um
cardinal ou lateral indicar uma aproximação de terra.
cor: faixas verticais encarnadas e brancas
formato: esférico; pilar ou charuto exibem tope
esférico
tope (se houver): uma esfera encarnada
luz (quando houver): branca
ritmo: Iso. Oc. LpL. 10s ou Mo (A)
d) Sinais Cardinais: Os sinais Cardinais indicam que as águas mais profundas na área
considerada encontram–se no lado (quadrante) designado pelo sinal. Esta convenção é válida
mesmo que, por exemplo, um sinal Norte tenha águas navegáveis não somente no norte, mas
também no leste e oeste. O navegante saberá que está seguro ao norte, porém deverá consultar
sua carta náutica para maiores informações (ou orientações).
Os sinais Cardinais não possuem um formato específico que os caracterizem, porém
adotam normalmente a forma pilar ou charuto. São sempre pintados com faixas horizontais
amarelas e pretas e suas marcas de tope, formadas por cones duplos, são sempre pretas.
Cardinal Norte: dois cones, um sobre o outro
com o vértice para cima, de cor preta sobre a
amarela - PA.
Cardinal Leste: dois cones pretos unidos pela
base, de cor preta com uma larga faixa de cor
amarela - PAP.
Cardinal Sul: dois cones pretos com os
vértices para baixo de cor amarela sobre preto
- AP.
Cardinal Oeste: dois cones pretos um sobre o
outro unidos pelo vértice de cor amarela com
uma larga faixa preta – APA.
cor: amarela
formato: opcional, mas sem conflitar com os outros
tope (se houver): formato de X amarelo
luz (quando houver): amarela
ritmo: Oc... Lp (exceto LpL 10s)
Na sinalização fluvial que se segue, entende–se por margem esquerda a margem situada
do lado esquerdo de quem desce o rio, navegando de montante para jusante. A margem direita,
portanto, é a margem situada do lado direito de quem desce o rio. São os seguintes os símbolos
que indicam ao navegante a ação a empreender para manter–se no canal:
Os sinais visuais fixos quando situados na margem esquerda devem ter os seus símbolos
confeccionados na cor encarnada e a noite luz encarnada. Quando situados na margem direita,
devem ter os seus símbolos confeccionados na cor verde e a noite luz na cor verde.
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL
Quando executada a abertura das vias aéreas, o paciente ainda não apresentar
respiração, será necessário instituir uma ventilação sob pressão positiva. Ventilar é insuflar ar nos
pulmões. A ventilação é feita com o ar exalado pelo socorrista, que contém aproximadamente
16% de oxigênio, que é uma concentração menor que a do ar atmosférico, que possui 21%. As
manobras de ventilação, sempre que possível, devem ser realizadas obedecendo aos critérios de
proteção individual, devido aos riscos a que se expõe o socorrista .
Respiração boca a boca - Para fazer respiração boca a boca, primeiro é necessário saber se a
vítima está respirando. Para isso, deve-se colocar o dedo indicador muito próximo de suas
narinas e verifique se sai algum ar. Se não, comece logo a respiração boca a boca. Cuidados:
Para se realizar a respiração boca a boca, eu devo verificar, se existe corpos estranhos
na sua boca;
A frequência de sopros por minuto, numa respiração boca a boca é de 10 a 15;
MASSAGEM CARDÍACA (RCP)
Ressuscitação Cardiopulmonar, ou RCP é um procedimento de emergência aplicado
quando as atividades do coração e do pulmão param.
A massagem cardíaca é uma manobra que objetiva garantir a oxigenação dos órgãos
quando ocorre uma parada cardiorrespiratória. Nesta situação, não há bombeamento de sangue
para os órgãos vitais do corpo, como cérebro e coração, e estes acabam por entrar em processo
de necrose. Alguns sinais que nos indicarão a necessidade imediata de uma RCP. São eles
Ausência de pulso em grande artéria (principal sinal);
Ausência de respiração;
Inconsciência;
Dilatação das pupilas; e
Aparência de morte
As técnicas de massagem cardíaca mudam constantemente. Na década de 60, o ritmo
recomendado era de 5 para 2, ou seja, 5 compressões torácicas intercaladas com 2 respirações
boca-boca. Especialistas demonstraram que as compressões deveriam ser mais frequentes,
sendo o ritmo modificado para 15 compressões seguidas de 2 respirações boca-boca.
Atualmente, a técnica utilizada é a de 30 compressões para cada 2 respirações.
Observações:
No Caso de parada cardíaca, e que às vezes funciona, de imediato é dar um murro forte no
peito.
Após a massagem cardíaca ter feito o coração voltar a bater, deve-se aquecer a vítima
imediatamente.
A frequência ideal de compressão e descompressão do peito, na massagem cardíaca
externa é de 69 vezes por minuto.
Outro sintoma que acompanha a parada cardíaca é a menina dos olhos dilatada.
FRATURAS
É a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou
esmagamento. Existem dois tipos de fraturas: Fechada e externa.
Fechada: quando ocorre a quebra de osso e apesar do choque, a pele permanece intacta, sem
rompimento. Sinais indicadores:
dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação;
incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da
região; e
inchaço e pele arroxeada, acompanhado de deformação aparente do membro machucado.
Externa: o osso quebrado sai do lugar, rompendo a pele e deixando exposta em uma de suas
partes. As fraturas expostas exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano
limpo ou gaze e procure socorro imediato.
Sinais indicadores:
os mesmos da fratura fechada;
sangramentos; e
ferimento de pele.
Modos de imobilização:
No antebraço: Imobiliza-o com tábua, papelão ou jornal grosso.
Para imobilizar o braço: Deixa-o dobrado.
Para imobilizar a perna: Deixa esticada.
Para imobilizar o pé: Deixa-o o mais natural possível.
A tala serve para imobilizar ossos quebrados, por meio de tiras de pano amarradas a ela.
Em caso de risco de incêndio ou explosão, próximo à vítima fraturada, remove primeiro ela
do local.
A saída de líquido claro de um ferimento do ouvido significa uma fratura de crânio.
HEMORRAGIA
É grande perda de sangue. Para estancá-la é necessário pressionar o local com um pano
grosso. São atitudes corretas com relação à vítima de grandes hemorragias:
Não dar líquidos a vítima quando inconsciente e mantê-la agasalhada.
Para evitar uma infecção em uma ferida, deve-se limpá-la periodicamente com água,
sabão e com soro fisiológico.
HEMOSTASIA
É o processo de interrupção de um sangramento. Deve ser feito imediatamente, pois, uma
hemorragia grande e não controlada pode causar a morte entre 3 a 5 minutos.
A vítima deve ser aquecida para evitar o estado de choque. O método que menos malefício
causa a vítima é a compressão. Fazer bem dosada, de encontro à superfície óssea em qualquer
vaso de pequeno calibre.
Epistaxe - Conhecido como sangramento nasal, onde deverão ser observados os seguintes
procedimentos:
Sente o paciente com a cabeça para trás
QUEIMADURAS
Queimadura de 1º grau – Queimaduras leves, nas quais ocorre
uma vermelhidão no local, seguida de inchaço e dor variável.
Não há formação de bolhas e a pele não a destruição da derme.
Na evolução não surgem cicatrizes, mas a pele pode ficar
um pouco escura no início, o que desaparece com o tempo.
TORNIQUETE:
A real necessidade do uso deste método deve ser considerada por se tratar de um
procedimento extremo de último recurso para controlar uma hemorragia grave, pelos riscos
que o cercam. Muitas vezes um curativo compressivo é a melhor opção. Cuidados:
O torniquete deverá ser aplicado entre o ferimento e o coração a uma distância de
aproximadamente 5 cm da lesão.
Utilize um cinto longo, gravata, meia ou outro material que não venha provocar
estrangulamento dos membros, para envolver o local dando um nó sobre o curativo.
Improvise uma haste firme, como um pedaço de madeira ou barra de metal, que deve ser
colocada sobre o nó onde será aplicado outro.
Gire a haste até que o sangramento pare ou esteja semelhante a um sangramento capilar,
fixando-a convenientemente.
Alivie o torniquete entre 10 e 15 minutos, até a chegada ao hospital.
Registre o horário de aplicação do torniquete em local visível, se possível na própria vítima.
Não cubra o torniquete para que não passe despercebido pelos que darão continuidade
aos cuidados prestados ao paciente.
AFOGAMENTO
Trata-se de uma insuficiência respiratória aguda causada pela penetração de líquido nas
vias aéreas. É uma forma de asfixia obstrutiva, sendo a prevenção o principal meio de redução de
casos de afogamentos em crianças e adultos jovens.
Natureza do líquido - Do ponto de vista prático, o meio em que ocorreu o afogamento (água
doce ou salgada), para o socorrista, não é tão importante, pois o quadro apresentado pela vítima
é idêntico em ambos os casos, uma vez que é pequena a quantidade de líquido aspirado. No
entanto, é indispensável que informar à equipe médica as características do meio (temperatura da
água, condições de poluição, se doce ou salgada), o afogado em água salgada é caracterizado
por edema pulmonar, já o afogado em água doce é caracterizado por hemólise. A falta de
funcionamento dos intestinos constitui fenômeno comum, em náufragos, dada a exigüidade de
alimentação. Uns dos cuidados que se deve ter ao socorrer um afogado é deitar o afogado
de lado, fazendo-o vomitar a água que bebeu e tirar a roupa molhada.
SÍNDROMES TÉRMICAS
HIPERTERMIA - Diz-se que há hipertermia quando a temperatura corporal é superior a 37,2º C.
Quando esta é maior que 40º C, podem ocorrer às síndromes de lesão pelo calor. Sendo ainda
maior que 41º C, indica um mau prognóstico.
Há dois tipos principais de lesão pelo calor:
Insolação - é um estado em que ocorre uma súbita temperatura corporal, em conseqüência de
uma ação prolongada dos raios solares diretamente sobre o indivíduo; e
Intermação - estado decorrente da ação indireta do calor sobre o indivíduo, elevando a
temperatura corporal Além da temperatura elevada, a umidade do ar, os exercícios físicos
excessivos e a alimentação exagerada, representam outros fatores que contribuem para a
instalação de uma síndrome hipertérmica.
Conduta - O objetivo principal do tratamento é a redução da temperatura corporal, evitando
danos cerebrais e até mesmo a morte.
Afrouxe as roupas da vítima;
Coloque-a em um local fresco e arejado;
Resfrie a vítima de qualquer maneira (a temperatura corporal deve ser abaixada
rapidamente), utilize compressas frias ou gelo (nas axilas, punhos, virilhas e pescoço da
vítima);
Eleve as pernas da vítima ou mantenha a cabeça dela mais baixa que o nível do corpo; e
A encaminhe, para avaliação médica, caso as medidas acima não surtam efeito.
HIPORTEMIA - É qualquer água que esfrie para abaixar a temperatura do corpo a menos de 35º
C. O corpo humano perde calor mais rapidamente que pode ser produzido. Deve-se aquecer a
vítima gradualmente. Conduta:
Retire a vítima do frio, levando-a para um local com ar quente e retire as roupas molhadas;
Aqueça rapidamente as extremidades afetadas, tendo o cuidado para não queimar os
tecidos dormentes, a temperatura ideal varia entre 33º C à 34º C;
Oriente a vítima para movimentar as extremidades, visando um aquecimento natural pelo
maior fluxo de sangue, quando se tratar de hipotermia.
Nos casos de congelamento, não faça massagens ou movimentos, simplesmente imobilize
e cubra o local; e
Se a vítima estiver consciente, você poderá oferecer bebidas quentes como achocolatados
que auxiliam na recuperação do calor. Não ofereça bebidas alcoólicas ou cafeínadas, elas
podem provocar vasoconstricção e restringir o fluxo de sangue às regiões afetadas.
CHOQUE ELÉTRICO
Descargas elétricas e a conversão destas em calor, durante a passagem pelos tecidos
(órgãos, músculos, etc.), causam lesões graves podendo levar a morte da vítima. A PCR é a
principal causa de óbito após um choque elétrico, podendo ocorrer parada respiratória causada
pela passagem da corrente pelo cérebro, levando à inibição da função do centro respiratório, com
conseqüente paralisia do diafragma.
Podem ocorrer queimaduras, principalmente nas extremidades por terem menor diâmetro e
resultarem num maior fluxo de corrente. Lembre-se que as queimaduras por choque elétrico são
normalmente mais graves do que as por agentes térmicos em virtude da maior lesão muscular e
pelo fato de não poder se estimar a área queimada (queimaduras “internas”). Podemos citar ainda
as lesões secundárias causadas pela queda ou projeção da vítima contra superfícies rígidas.
Conduta:
Interrompa imediatamente a energia do local;
Não toque na vítima até que esteja separada da corrente;
Use material não condutor de energia para afastar ou empurrar a vitima para longe do fio;
Se a vítima perder a conciência e parar de respirar, inicie a respiração boca a boca logo
que a vítima estiver livre do contato com a corrente.
Notas:
A quantidade de água estipulada pela Marinha brasileira é de 700 ml por dia por homem.
(duas latas de 350 ml)
As rações modernas são em sua maioria em forma de açúcar.
Devemos nos aproximar de uma vítima de afogamento pelas costas.
A prática de deitar óleo ao mar é muito antiga e serve para reduzir a violência das ondas
na tormenta.
HOMEM AO MAR
Bandeira OSCAR
em alto e bom gritar para todos a bordo a expressão homem ao mar por BE/BB, mesmo
que seja uma mulher ou criança;
quem tiver no timão da embarcação deve guinar a proa para o bordo por onde caiu a
pessoa. Esta iniciativa perigosa à primeira vista fará com que a proa gire para o bordo
onde esta o naufrago mas afastara a popa e o perigoso hélice de atingir quem caiu na
água;
a seguir lança-se de imediato uma boia circular ou outro objeto que flutue bem na
direção de quem caiu na água. Caso haja a bordo um foguete fumígeno com fumaça
laranja.
Utilizar a curva de Boutakow. A curva, que consiste em guinar 70º para um bordo e
depois inverter todo o leme até atingir o rumo oposto ao que inicialmente se navegava, é
uma manobra essencialmente utilizada na faina de "Homem ao Mar". Por essa razão,
não podemos vacilar em executá-la, tão logo seja anunciada a queda de alguém ao mar.
A demora em tomar essa decisão, pode custar à vida do tripulante.
Se você tem um GPS a bordo alguns desses aparelhos possui um dispositivo chamado
MOB, que deve ser imediatamente acionado quando uma pessoa cai na água. Este recurso
fornecera as exatas coordenadas de latitude e longitude do local da queda e facilitara a busca do
naufrago principalmente a noite quando pouco se enxerga sobre as águas.
8 – COMBATE A INCÊNDIO
Fogo - É uma reação em cadeia de três elementos que produz luz e calor. Os três elementos que
produzem o fogo são: combustível, comburente e calor.
Resfriamento - É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu agente universal a
água. Consiste em reduzirmos a temperatura de um combustível abaixo da temperatura de
ignição, ou da região onde seus gases estão concentrados, extinguindo o fogo.
EXTINTORES PORTÁTEIS
Os extintores portáteis são empregados para combater princípios de incêndios e são
eficazes para extinguir o fogo em seus momentos iniciais.
São equipamentos de combate a incêndio mais comumente encontrados a bordo das
embarcações de esporte e recreio. Utilizam os agentes extintores para apagar o fogo. Os
extintores portáteis de uma embarcação devem estar com as revisões anuais dentro da validade.
E devem ser arrumados em locais de fácil acesso e de risco de incêndio. A quantidade e o tipo de
extintores portáteis nas embarcações de esporte e recreio para seguir viagem devem ser
definidos por documentos normativos da D.P.C. (Diretoria de Portos e Costas).
São identificados por letras (A, B, C e D) de acordo com as classes de incêndios em que
podem ser utilizados.
Classe A - Materiais sólidos inflamáveis. Exemplos: Madeira, papel, etc.
Agente extintor - Água
Método de Extinção – Resfriamento
Identificação - um triângulo verde com a letra “A” no centro.
DADOS COMPLEMENTARES
Agentes extintores são as substâncias que extinguem incêndios. Água, CO2 e espuma.
Deve-se tomar cuidado com os extintores de CO2, evitando o contato direto do jato com a
pele e os olhos.
O extintor de PQS (pó químico seco) tem como desvantagem os resíduos que podem
avariar equipamentos eletrônicos.
O agente extintor de espuma tem como função principal e secundária abafar e resfriar.
Quando há incêndio a bordo as pessoas devem ser colocadas a barlavento das chamas.
O combate a incêndio é muito auxiliado quando se remove para longe o material inflamável
e resfria os locais próximos.
A água salgada não deve ser utilizada na extinção de incêndio classe “C” por ser boa
condutora de eletricidade.
As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em completa,
incompleta, espontânea e explosão.
São considerados combustíveis voláteis, éter e benzeno.
A decomposição química de uma matéria ou substância através do calor chama-se pirólise.
O melhor agente extintor para incêndios classe A e B, apesar de existir em quantidade
limitada a bordo é a Espuma.
A razão pela qual que revela o motivo dos países desenvolvidos não utilizarem mais o
extintor de halon é que eles destroem a camada de ozônio.
Quanto maior a fragmentação do material, maior será a velocidade da combustão.
Sistemas fixos de combate a incêndio são sistemas com difusores fixos.
Incêndios, em locais de difícil acesso, são combatidos através de sistemas fixos de
agentes extintores.
INCÊNDIO A BORDO
LEMBRE-SE DE QUE A 1º PREOCUPAÇÃO É A VIDA HUMANA.
Unidade de distancia - É a milha náutica. Como é fácil compreender, a menor distância entre
dois pontos quaisquer na superfície terrestre pode ser medida sobre o grande círculo que passa
por esses pontos. É lógico, portanto, que a unidade de arco, o minuto, seja a unidade padrão
para a medida de distância.
A milha náutica (ou marítima) mede 1852 metros. Para todos os propósitos práticos um
minuto de latitude, é igual a uma milha náutica.
LEMBRE-SE: 1 milha = 1 minuto = 1.852 metros (isto é muito importante).
Unidade de tempo - A unidade de tempo é a hora, que, como sabemos, tem 60 minutos, e cada
minuto, 60segundos. Para calcularmos o Tempo de Viagem (T) entre dois pontos (A e B), usamos
a fórmula:
D: Distancia
V: Velocidade
D = V/T T: Tempo
CARTAS NÁUTICAS
A carta náutica nada mais é do que uma representação da terra, abrangendo,
normalmente, uma determinada área de mares, rios ou lagoas ligadas a trechos do litoral e
ilustradas por uma série de dados úteis ao navegante.
Nas cartas náuticas são apresentadas várias informações importantes para o navegador,
tais como: latitudes (nas laterais da carta), longitudes (nas partes de cima e de baixo) e as
profundidades do local (em metros) dispostas ao longo de toda a extensão da carta. Os trechos
de mesma profundidade são representados por uma linha chamada de isobática.
A escala de uma carta proporciona uma idéia da relação existente entre o trecho da Terra
abrangido pela carta e sua representação na mesma. Quanto maior a escala de uma carta,
mais detalhada pode ser a representação do trecho da Terra por ela abrangido. De uma
forma muito genérica, as classificações “pequena escala”, “média escala” e “grande escala”
abrangem os seguintes tipos de carta:
Pequena escala - navegação oceânica (alto-mar)-------------:escala menor que 1:1.500.000
Média escala - travessia (passagem)/aterragem -----------------------:1:1.500.000 – 1:750.000
cabotagem ------------------------------------------------------:1:500.000 – 1:150.000
Grande escala - aproximação de portos/águas costeiras restritas----:1:150.000 – 1:50.000
portos/ancoradouros/canais estreitos-----------------------------:50.000 e acima
ROSA DOS VENTOS OU ROSA DE RUMOS
A Carta Náutica apresenta uma ou mais rosas
verdadeiras, em lugares particularmente selecionados
para o seu uso, a fim de permitir a obtenção ou o traçado
de rumos e marcações verdadeiros. Além disso, no interior
das rosas de rumos verdadeiros aparecerá sempre o
valor da declinação magnética, junto com o ano e sua
variação anual, sendo representada, também, a rosa de
rumos magnéticos.
Declinação magnética (DM) - é o ângulo formado entre a direção do norte verdadeiro e do norte
magnético, contado a partir do norte verdadeiro para leste (E) ou para oeste (W).
PLOTAGEM DA POSIÇÃO
Abalroamento: Na terminologia marítima geral significa qualquer choque entre duas embarcações.
Abatimento: Alteração do rumo que sofre um veleiro pela ação conjunta da corrente e do vento.
Abicada: Embarcação encontrase abicada quando navega com a proa baixa, ou seja, calado a vante maior que calado a
ré.
Adernar: É a inclinação para um dos bordos da embarcação e é medida em graus, o mesmo que banda.
Amarra a corrente que leva a âncora ao seu fundeadouro. A amarra é dividida em seções denominadas quartéis, o
comprimento da amarra varia de acordo com o tamanho da embarcação.
Anteparas: são as paredes da embarcação. Compartimentos: são as divisões internas das embarcações Conveses: são os
pavimentos (pisos) das embarcações.
Atracação – atracar é prender uma embarcação qualquer a um cais ou a outra embarcação que já esteja atracada.
Barômetro: Aparelho que mede a pressão atmosférica. Normalmente quando o ar está aquecido e o barômetro desce é
sinal de chuva, como regra geral, barômetro em ascensão significa bom tempo e em queda significa tempo ruim.
Castelo de proa: é uma espécie de plataforma construída na proa, onde fica situado o escovém, as espias, as buzinas e
todo material utilizado nas fainas de atracação.
Desatracação é a manobra inversa da atracação, ou seja, desamarrar a embarcação do cais ou de outra embarcação.
Ecobatímetro: O ecobatímetro, ecossonda, sonda é um aparelho eletrônico utilizado para determinar a profundidade
através de um sinal eletroacústico.
Embarcação auxiliar: É a embarcação miúda que é utilizada como apoio de outra embarcação, com ou sem motor de
popa e neste caso não excedendo a 30 HP, possuindo o mesmo nome pintado em ambos os costados e o mesmo número
da inscrição, pintado na popa, da embarcação a que pertence.
Embarcação de grande porte: Também conhecida como iate, é a embarcação com comprimento igual ou superior a 24
metros.
Embarcação de médio porte: Embarcação com comprimento inferior a 24 metros, exceto as miúdas.
Embarcação de sobrevivência: É o meio coletivo de abandono de embarcação ou plataforma marítima em perigo, capaz
de preservar a vida de pessoas durante um certo período, enquanto aguarda socorro. São consideradas embarcações de
sobrevivência as embarcações salvavidas, as balsas salvavidas e os botes orgânicos de abandono
Embarcação miúda: Embarcação com comprimento inferior ou igual a 5 metros; ou com comprimento superior a 5
metros que apresentem as seguintes características: convés aberto; convés fechado, mas sem cabine habitável e sem
propulsão mecânica fixa e que, caso utilizem motor de popa, este não exceda 30 HP. Considerase cabine habitável
aquela com condições de habitabilidade.
Engajado: Envolvido
Engrazado: Engrenado
Escovém – tubo de ferro situado entre o convés principal e o costado do navio por onde gurne a amarra permitindo sua
ligação com a âncora.
Espias são cabos que servem para amarrar a embarcação ao cais ou a outra embarcação.
Fundear a manobra de lançar uma âncora ao fundo para com ela manter a embarcação segura e parada em
determinado local no mar.
Garrar: Quando a âncora está sendo arrastada pelo barco, costumase dizer que a embarcação está garrando.
Gateira – aberturas feitas no convés que permitem a passagem da amarra para ser armazenada em seu paiol.
Linha d`água: é uma faixa pintada no costado da embarcação, que representa a região em que ele flutua.
Navegação costeira: É aquela realizada entre portos nacionais e estrangeiros dentro do limite da visibilidade da costa,
não excedendo a 20 milhas náuticas.
Navegação interior: A navegação interior é dividida em: Navegação Interior 1 aquela realizada em águas abrigadas, tais
como lagos, lagoas, baías, rios e canais, onde normalmente não sejam verificadas ondas com alturas significativas que
não apresentem dificuldades ao tráfego das embarcações e Navegação Interior 2 aquela realizada em águas
parcialmente abrigadas, onde eventualmente sejam observadas ondas com alturas significativas e/ou combinações
adversas de agentes ambientais, tais como vento, correnteza ou maré, que dificultem o tráfego das embarcações.
Navegação oceânica: Navegação oceânica ou sem restrições (SR), é aquela realizada entre portos nacionais e
estrangeiros fora dos limites de visibilidade da costa e sem outros limites estabelecidos.
Obras vivas: é a parte da embarcação que fica abaixo do plano de flutuação, abaixo da linha d`água.
Pés: Unidade de medida utilizada para expressar o comprimento da embarcação, 1 pé equivale a 30,48 cm.
Polegada: Unidade de comprimento usada no sistema imperial de medidas britânico. Uma polegada
são 2,54 centímetros ou 25,4milímetros.
RIPEAM: É o Regulamento Internacional para evitar Abalroamento no Mar, e consiste no conjunto de regras que, tendo a
força de lei, prescreve como deveremos conduzir as embarcações na presença de outras, bem como, informálas de
nossas intenções ou ações, por sinais de apito, luzes ou por marcas diurnas, de maneira que possamos desenvolver
manobras corretas e seguras, afastando assim o perigo do abalroamento no mar. Surgiu em 1972 e foi adotado em 1977.
Rocegar: Procurar objetos perdidos no fundo do mar, como âncoras, amarras, motores de popa e etc.
Suspender içar a âncora, recolhendo a amarra do fundo, para permitir a movimentação da embarcação.
Través: é a direção perpendicular ao plano longitudinal que corta o navio de proa a popa.
Viração: Vento ou brisa do mar brando que sopra periodicamente do mar para a terra.