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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

3 – INSTRUÇÕES GERAIS DE OBRAS

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

3 – INSTRUÇÕES GERAIS DE OBRAS


a) Introdução

Neste documento são apresentadas informações e recomendações


que tem força de especificação já que, ou são de caráter geral, ou são extensivas à
boa parte das especificações. São apresentados, também: a definição de termos
adotados; critérios para a escolha e produção de agregados; critérios para aceitação
e recebimento de materiais asfálticos.

b) Definição dos termos

Onde no projeto, ou nas especificações, os seguintes termos e


abreviaturas forem utilizados, o sentido e a intenção destes deverão ser
interpretados como segue:

 Especificação: tipo de norma que se destina a fixar condições exigíveis para a


aceitação ou recebimento de matérias-primas, produtos ou serviços.
 Contrato: é o termo escrito entre a SOP/CE e a Contratada que regula o
relacionamento entre eles para a execução de uma obra / serviço.
 Obra: conjunto de atividades e serviços de engenharia destinados a execução
de um projeto de engenharia.
 Projeto: conjunto de todos os elementos necessários e suficientemente
completos para a execução de uma obra ou serviço, sendo apresentados de
forma objetiva, precisa e detalhada.
 Construtora: organização particular, governamental ou de economia mista,
legalmente habilitada e registrada, contratada ou designada para executar
dada obra conforme projeto, dedicando ao desenvolvimento da mesma sua
assistência técnica permanente, providenciando a mão-de-obra,
equipamentos, materiais adequados e outros eventuais necessários à sua
perfeita e integral execução.
 Consultora Supervisora: organização particular, legalmente habilitada e
registrada, contratada para, em caráter auxiliar da fiscalização da SOP/CE,
exercer o controle físico, financeiro, de qualidade e de execução da obra. A
supervisora e a construtora são solidariamente responsáveis pelos controles
geométrico e tecnológico dos serviços, cabendo à construtora todo o controle

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de qualidade da obra e à consultora supervisora a verificação da correção


desse controle. São também atribuições da consultora o detalhamento, a
revisão e a adequação do projeto, bem como estudos geotécnicos e
topográficos complementares quando solicitados pela fiscalização da
SOP/CE.
 Fiscalização: compreende a equipe designada pela SOP/CE, sob o comando
do engenheiro fiscal, que se destina ao exame atento dos serviços
executados de uma obra, de responsabilidade da Construtora, objetivando a
fiel observância do que foi projetado, especificado e contratado. A fiscalização
poderá ser auxiliada por uma consultora supervisora.
 Engenheiro Fiscal: engenheiro, legalmente habilitado e registrado, designado
pela SOP/CE, e incumbido de acompanhar a execução material da obra, com
o objetivo de verificar a fiel observância do que foi projetado, especificado e
contratado. O engenheiro fiscal representa a SOP/CE, com autoridade para
decidir qualquer questão que se apresente com relação à interpretação do
projeto e das normas, quanto à qualidade e quantidade dos materiais
empregados na execução dos serviços e obras, e sobre o perfeito
cumprimento dos termos do contrato.
 Controle: consiste na verificação da conformidade da execução da obra com o
projeto e com as especificações.
 Tolerância: variação permissível de valor especificado.
 Serviços de Terraplenagem: compreende o conjunto de operações de
escavação de solos e/ou extração de rochas, seguidas geralmente de carga,
transporte, descarga e compactação, aplicadas na construção de aterros e
cortes, dando à superfície do terreno a forma projetada para construção da
obra.
 Serviços de Pavimentação: compreende o conjunto de atividades relativas à
execução de estrutura construída após a terraplenagem, destinada a resistir e
distribuir ao subleito os esforços oriundos dos veículos, a melhorar as
condições de rolamento quanto ao conforto e segurança e a resistir aos
esforços horizontais, tornando mais durável a superfície de rolamento.
 Serviços de Drenagem: compreende o conjunto de atividades aplicadas à
execução de dispositivos de escoamento de águas superficiais ou
subterrâneas, para manter seca e sólida a infraestrutura da obra.
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 Serviços de Obras de Arte Correntes: compreende o conjunto de atividades


aplicadas à execução de estruturas, que isoladas ou em conjunto, são
projetadas para conduzir as águas dos talvegues, córregos, bacias e açudes
interceptados pela estrada.
 Serviços de Obras de Arte Especiais: compreende o conjunto de atividades
aplicadas à execução de determinados tipos de construção, que requerem
uma maior especialização, tais como pontes, viadutos, passarelas, arrimos e
túneis.
 Serviços de Sinalização: compreendem de modo geral os serviços de
demarcação viária e afixação de dispositivos verticais com o objetivo de
permitir aos condutores, e demais usuários, trafegarem com segurança nas
vias e rodovias.
 Serviços de Proteção do Corpo Estradal: compreendem as atividades
relativas à execução de obras de proteção e estabilidade do corpo estradal.
 Serviços de Obras Complementares: compreendem as atividades relativas à
execução de estruturas ao longo das vias e rodovias de forma a proteger a
faixa de domínio e a circulação de veículos na pista de rolamento.
 Serviços de Proteção Ambiental: compreendem de modo geral as atividades
relativas à execução de obras de efetivação das medidas mitigadoras,
restauradoras e/ou compensatórias e de monitoramento previstas no EIA/
RIMA ou no projeto ambiental da obra.
 Camada: parte homogênea de uma estrutura (aterro, pavimento etc.),
constituída por materiais dispostos em espessuras uniformes.
 Subleito: maciço teoricamente semi-infinito que serve de fundação para um
pavimento.
 Reforço do Subleito: camada do pavimento executada com o objetivo de
reduzir a espessura da sub-base, por razões técnicas ou econômicas.
 Sub-base: camada complementar à base, com as mesmas funções desta, e
executada quando, por razões de ordem técnica ou econômica, for
conveniente reduzir a espessura da base.
 Base: camada destinada a receber e distribuir os esforços verticais oriundos
dos veículos, e sobre a qual se constrói o revestimento.
 Revestimento: camada que recebe diretamente a ação do rolamento dos
pneus dos veículos.
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 SOP/CE – Superintendência de Obras Públicas do Estado do Ceará.


 DER/CE – Departamento Estadual de Rodovias do Estado do Ceara.
 CIDADES – Secretaria das Cidades do Estado do Ceará.
 SEINFRA – Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará.
 TABELA UNIFICADA SEINFRA – Tabela de Preços de Serviços de
Engenharia, Insumos e Administração de Obras elaborada a partir de
composições de preços unitários calculados com base nos custos resultantes
de pesquisa de mercado de equipamentos, mão de obra, serviços, insumos e
materiais.
 DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
 DNER – Departamento Nacional de Estradas de Rodagem.
 ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
 DNIT (numeração)-ME - Método de Ensaio Normalizado pelo DNIT.
 DNER (numeração)-ME – Método de Ensaio Normatizado pelo DNER.
 ANP - Agência Nacional de Petróleo.
 AASHTO - American Association of State Highway and Transportation
Officials.
 ASTM -American Society for Testing Materials.
 ISC - Índice de Suporte Califórnia.
 N - Parâmetro de Tráfego (número de operações do eixo padrão de 8,2
toneladas, calculado com os fatores de equivalência de cargas de eixo
adotados pelo DNER/DNIT).
 USACE – United States Army Corps of Engineers.

c) Instruções Gerais:

IG 01 - São de total responsabilidade da Construtora:

 A obtenção de todas as licenças necessárias à execução dos serviços;


 O atendimento às normas e procedimentos ambientais;
 A concepção, a implantação, a operação e o remanejamento, de acordo com
a evolução das frentes de serviço, de todo o sistema de sinalização provisória
da obra, de forma a conferir segurança ao tráfego e ao pessoal em serviço,
bem como minimizar os transtornos aos usuários.

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IG 02 - Durante todo o período de execução dos serviços e até o recebimento


definitivo da obra, os materiais e os serviços executados deverão ser protegidos
contra a ação destrutiva das intempéries, do tráfego e de agentes que possam
danificá-los, não cabendo qualquer remuneração adicional a construtora por estas
tarefas.

IG 03 - Todo material objeto de demolição ou remoção (tubos, cercas, pavimentos


etc.), terá destino definido pela SOP/CE.

IG 04 - A Construtora deverá cercar-se de todas as precauções necessárias para


que os materiais transportados não venham a causar danos aos usuários das vias
afetadas pela obra, ou às próprias vias. Eventuais danos causados a terceiros são
de inteira responsabilidade da construtora, a quem caberá todo e qualquer ônus.

IG 05 - No transporte de materiais necessários à execução da obra, deverão ser


observados os limites de cargas, estabelecidos na legislação em vigor.

IG 06 – A construtora deverá evitar tráfego exagerado de seus equipamentos e


veículos de carga em segmento da rodovia com pavimento recém concluído.

IG 07 - As especificações apresentam sugestões a respeito dos equipamentos


julgados mais apropriados à execução dos serviços. Em qualquer caso, compete a
construtora da obra assegurar que o canteiro de serviço esteja adequadamente
montado, contando com todos os equipamentos necessários à perfeita execução
dos serviços contratados, atendendo aos aspectos técnicos e ao cronograma
aprovado.

IG 08 - Todo equipamento deverá ser inspecionado e aprovado pela fiscalização.


Sem este procedimento não será dada a autorização para o início dos serviços.

IG 09 - Na produção dos agregados deve-se observar o seguinte:

 Os agregados deverão, obrigatoriamente, ser cobertos por instalação


adequada.
 Para a utilização em camadas de misturas asfálticas usinadas a quente,
mornas, ou a frio, tratamentos asfálticos superficiais por penetração, a
quente e a frio, e micro revestimentos asfálticos, o agregado deverá:

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- Ser obtido em instalação de britagem que possua, obrigatoriamente,


uma peneira separadora com abertura de, no mínimo 50,4mm (2”),
imediatamente depois da britagem primária, para expurgo das impurezas,
objetivando eliminar materiais indesejáveis na sequência da britagem e a
obtenção de agregados adequados aos serviços.

- Apresentar absorção inferior a 2%, quando submetido ao ensaio DNER -


ME 195/97 (Determinação da absorção e da massa específica na
condição saturada, superfície seca).

IG 10 - Nas obras de terraplenagem associada com pavimentação, tendo em vista a


superposição das operações previstas, a última camada final de aterro deverá ser
executada obedecendo as especificações de regularização do subleito.

IG 11 - Não sendo verificadas as condições de aceitação através de qualquer


controle especificado, o serviço será rejeitado, devendo o mesmo ser retrabalhado,
totalmente refeito ou reforçado. Todas as despesas decorrentes desta nova
execução serão de ônus exclusivo da construtora.

IG 12 - Quando completada uma camada de pavimentação, mesmo que tenham sido


aceitas camadas subjacentes com espessuras inferiores à de projeto, esta camada
deverá apresentar, no mínimo, a mesma equivalência estrutural do projeto. Isto será
atingido com o aumento da espessura do revestimento, com ônus exclusivo da
construtora.

IG 13 - Quanto ao controle tecnológico:

- Na execução dos ensaios, deverão ser seguidos os métodos de ensaios


da ABNT e/ou DNIT/DNER, adotados pela SOP/CE.
- As coletas e/ou ensaios na pista deverão ser executadas a 0,40m dos
bordos, ou no eixo, obedecendo a seguinte ordem de posicionamento:
bordo direito, eixo, bordo esquerdo, bordo direito etc. No caso das
camadas do pavimento deverão ser feitos na posição correspondente às
futuras trilhas de rodas externas.

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- Quando julgar conveniente, a fiscalização poderá optar pelo aumento do


número de ensaios previstos nas especificações, em função do porte e do
avanço físico da obra.

IG 14 - Quando da execução de uma camada de pavimentação recomenda-se o


acabamento em toda a seção. Quando isso não for possível, será permitido o
acabamento em meia-pista. No entanto, uma nova camada superior só poderá ser
executada quando a outra meia pista estiver concluída.

IG 15 - Os projetos de traços de misturas asfálticas e tratamentos superficiais serão


fornecidos pela construtora, devendo, obrigatoriamente, sofrerem análise da
fiscalização. Caso o projeto não seja aprovado, parcial ou integralmente, será
devolvido à construtora para os ajustamentos necessários.

IG 16 - Deverá ser respeitado o CTB (Código de Transito Brasileiro) no Artigo 88:


“Nenhuma via pavimentada poder ser entregue após sua construção, ou reaberta ao
trânsito após a realização de obras ou de manutenção, enquanto não estiver
devidamente sinalizada, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições
adequadas de segurança na circulação”.

IG 17 – A todo carregamento de material asfáltico que chegar à obra será exigido o


respectivo certificado de ensaio da fábrica, documento da qualidade requerido do
distribuidor, o qual deve conter todas as informações e os resultados da análise das
características do material conforme as especificações da ANP/DNIT.

IG 18 – Para recebimento ou aceitação de materiais asfálticos deverá proceder-se


da seguinte forma:

IG 18.1 – Verificar os resultados dos ensaios do certificado de qualidade do


fabricante ou realizar os seguintes ensaios no laboratório de campo:

a) Para Cimentos Asfálticos de Petróleo:

a.1) Para cada carregamento que chegar à obra:

 1 (um) ensaio de penetração a 25ºC (ABNT – NBR 6576/98 – Materiais


betuminosos – determinação da penetração);

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 1 (um) ensaio do ponto de fulgor, (ABNT – NBR 11341/2003 –


Produtos de petróleo – determinação dos pontos de fulgor e de
combustão em vaso aberto Cleveland);
 1 (um) ensaio de espuma, aquecido a 175ºC, não deve produzir
espuma;
 1 (um) ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (ABNT – NBR
14950/2003 – Material betuminoso – determinação da viscosidade
“Saybolt-Furol”).

a.2) Para cada 100 t:

 1 (um) ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (ABNT – NBR


14950/2003 – Material betuminoso – determinação da viscosidade
“Saybolt-Furol”) a diferentes temperaturas, para o estabelecimento
da curva viscosidade x temperatura;
 1 (um) índice de susceptibilidade térmica, determinado pelos ensaios
DNER-ME 003 (materiais betuminosos – determinação da
penetração) e ABNT – NBR 6560/2016 (material betuminoso –
determinação do índice de suscetibilidade térmica).
 1 (um) ensaio de ponto de amolecimento (ABNT – NBR – 6560/2003
– materiais betuminosos – determinação do ponto de amolecimento).

b) Quando utilizado CAP modificado por polímeros elastoméricos deverão


ser realizados, além dos ensaios já citados, os seguintes ensaios:

b.1) Para todo carregamento que chegar à obra:

 1 (um) ensaio de recuperação elástica a 25ºC (ABNT – NBR


15086/2006 – materiais betuminosos – determinação da
recuperação elástica pelo ducitilômetro);
 1 (um) ensaio de estabilidade ao armazenamento (DNER - ME
384/99 – estabilidade ao armazenamento de asfalto polímero).

c) Para CAP modificado com borracha (Terminal Blend – mistura por via
úmida do CAP com a borracha):

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c.1) Para todo carregamento que chegar à obra:

 1 (um) ensaio de penetração a 25ºC (ABNT - NBR 6576/98 –


determinação da penetração);
 1 (um) ensaio do ponto de fulgor, (ABNT – NBR 11341/2014 –
produtos de petróleo – determinação dos pontos de fulgor e
combustão em vaso Cleveland);
 1 (um) ensaio de viscosidade Brookfield (ABNT – NBR 15529/2007 –
asfalto borracha – propriedades reológicas de materiais não
newtonianos por viscosímetro rotacional) a 175ºC;
 1 (um) ensaio de recuperação elástica pelo ductilômetro a 25ºC
(ABNT - NBR 15086/2006 – determinação da recuperação elástica
pelo ductilômetro);

c.2) Para cada 100 t:

 1 (um) ensaio de ponto de amolecimento (ABNT - NBR 6560/2003 –


materiais betuminosos – determinação do ponto de amolecimento);

d) Para Emulsões Asfálticas

d.1) Para cada carregamento que chegar à obra:

 1 (um) ensaio de Viscosidade Saybolt-Furol (DNER ME 004/94 –


ABNT - NBR 14491/2007) a 25 ou 50ºC – (determinação da
viscosidade Saybolt Furol);
 1 (um) ensaio de Peneiração (DNER – ME 005/94 – ABNT - NBR
14393/2012 – determinação da penetração);
 1 (um) ensaio de determinação de carga de partícula (ABNT - NBR
6567/2015 – carga de partículas de emulsões asfálticas)
 1 (um) ensaio de resíduo por evaporação (NBR 14376/2019).

d.2) Para cada 100 t:

 1 (um) ensaio de viscosidade Saybolt-Furol (ABNT – NBR


14491/2007), no mínimo em 3 (três) temperaturas para o
estabelecimento da relação viscosidade x temperatura; e
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 1 (um) ensaio de sedimentação para emulsões (ABNT - NBR


6570/2016 – emulsões asfálticas – determinação da sedimentação);
e) Para emulsões modificadas por polímeros elastoméricos:
 1 (um) ensaio de recuperação elástica a 25ºC, no resíduo da
emulsão, (ABNT – NBR 15086/2016).

Se o carregamento de emulsão não satisfizer às exigências da


correspondente especificação, pode-se fazer circular a emulsão no caminhão e, em
seguida, repetir os ensaios. O procedimento poderá ser a critério da fiscalização,
repetido até mais duas vezes.

f) Para Asfaltos Diluídos

f.1) Para cada carregamento que chegar à obra:

 1 (um) ensaio de viscosidade cinemática a 60 °C (ABNT - NBR


14.756/2001 – materiais betuminosos – determinação da
viscosidade cinemática);
 1 (um) ensaio do ponto de fulgor e combustão (ABNT - NBR
5.765/2002 – asfalto diluído – determinação do ponto de fulgor).

f.2) Para cada 100 t:

 1 (um) ensaio de viscosidade Saybolt Furol (NBR 14.491/2007), no


mínimo em 3 (três) temperaturas, para o estabelecimento da relação
viscosidade x temperatura;
 1 (um) ensaio de destilação para os asfaltos diluídos (ABNT - NBR
14.856), para verificação da quantidade de resíduo.

IG 18.2 - Dos três primeiros carregamentos, de um mesmo ligante, será


traçada a relação viscosidade versus temperatura com no mínimo 3 (três)
pontos. A cada 100 t será repetido o ensaio para verificação ou correção da
relação original. A faixa de trabalho da temperatura do ligante será sempre
adequada em função da última relação obtida.

IG 18.3 - De cada carregamento que chegar à obra, ao retirar o lacre do


caminhão transportador, será coletada amostra de, aproximadamente, 1 kg
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de material asfáltico, que deverá ser acondicionado em recipiente limpo e


perfeitamente fechado, que não tenha recebido qualquer produto derivado
de petróleo. Deverá ser rotulado com as seguintes informações: tipo de
material, classificado de acordo com a especificação; data de recebimento
na obra; e número da nota fiscal correspondente à partida. O arquivo de
amostras assim constituído deverá ser então confiado a SOP/CE, para
quaisquer verificações posteriores através de ensaios especiais. Na
ocasião será fornecida, também, uma cópia da nota fiscal do referido
carregamento, que deverá ser arquivada pela SOP/CE para efeitos de
verificação dos teores e taxas previstas.

IG 19 – Para recebimento e aceitação de melhorador de adesividade (dope), deverá


proceder-se da seguinte forma:

 De cada carregamento que chegar à obra será realizado um ensaio de


adesividade que deverá apresentar resultado satisfatório. Em caso
contrário, o material será rejeitado e não permitido o seu
descarregamento no canteiro.
 Toda vez que o melhorador de adesividade for incorporado ao ligante,
será realizado um ensaio de adesividade que deverá apresentar
resultado satisfatório. Se não for satisfatório a construtora, deverá
fazer nova circulação do ligante asfáltico, incorporado do melhorador
de adesividade no próprio caminhão e, após, repetir o ensaio.

IG 20 – Para prevenir que não ocorra a separação da água e da emulsão asfáltica


durante a armazenagem, deve-se tomar cuidado para que a temperatura da mesma
não fique abaixo de 10°C. Se isto for previsível, os tanques de depósito deverão ser
dotados de dispositivo que permita o seu aquecimento.

IG 21 – Os materiais asfálticos só serão descarregados se os ensaios de


recebimento satisfizerem às exigências da correspondente especificação da ABNT e
ANP, em todos os ensaios retro citados, sendo terminantemente proibido o
descarregamento do material rejeitado no canteiro.

A seguir são apresentadas as especificações dos ligantes asfálticos em


vigor quando da elaboração das presentes especificações.
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Tabela A1: Especificações dos Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) – classificação por penetração.
Resolução nº 19 de 11 de julho de 2005 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº 03/2005.

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

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Tabela A2: Especificações dos cimentos asfálticos de petróleo modificados por polímeros
elastoméricos. Resolução nº 32 de 21 de setembro de 2010 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº
04/2010.

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

Tabela A3: Especificações dos cimentos asfálticos de petróleo modificados por borracha moída de
pneus, tipo terminal blend. Resolução nº 39 de 24 de dezembro de 2008 da ANP – Regulamento
Técnico ANP nº 05/2008.

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

Tabela A4: Proposta IBP/ABNT de especificação do asfalto de baixa penetração

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

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Tabela A5: Especificações para asfaltos diluídos de petróleo (ADP) de cura rápida. Resolução nº 30
de 9 de outubro de 2007 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº 02/2007

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

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Tabela A6: Especificações para asfaltos diluídos de petróleo (ADP) de cura média. Resolução nº 30
de 9 de outubro de 2007 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº 02/2007

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

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Tabela A7: Especificações das emulsões asfálticas para pavimentação. Resolução nº 36 de 13 de


novembro de 2012 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº 06/2012

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

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Tabela A8: Especificações das emulsões asfálticas catiônicas modificadas por polímeros
elastoméricos. Resolução nº 36 de 13 de novembro de 2012 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº
06/2012

Fonte: ABEDA – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

4 – ESPECIFICAÇÕES DE TERRAPLENAGEM

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SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-T-01/19


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1 DEFINIÇÃO

Os serviços preliminares compreendem todas as operações


necessárias que objetivam limpar a área a ser ocupada pelo corpo estradal, locais
de empréstimos e ocorrências de materiais de construção, de vegetação de
qualquer porte, obstruções naturais ou artificiais, resguardando aquelas para
preservação ambiental ou patrimônio cultural.

Não será permitido o uso de explosivos para remoção de vegetação.


Outros obstáculos que possam ser removidos por meio de equipamentos
convencionais, mesmo com certo grau de dificuldade, deverão ser criteriosamente
analisados pela supervisão ambiental que definirá a metodologia a ser utilizada.

2 EQUIPAMENTO

As operações de desmatamento, destocamento e limpeza serão


executadas mediante a utilização de equipamentos adequados, complementados
com o emprego de serviços manuais. A utilização do equipamento se fará em
função da densidade e do tipo de vegetação local e do cronograma físico para
execução do serviço, não sendo permitido o uso de explosivos e agentes
químicos.

3 EXECUÇÃO

a) Após o recebimento da nota de serviço, o executante dará início às


operações de desmatamento, destocamento e limpeza, que deverão obedecer
rigorosamente aos limites estabelecidos no projeto ou pela fiscalização, evitando
acréscimos desnecessários.
b) O desmatamento compreende o corte e a remoção de toda a
vegetação, qualquer que seja a sua densidade, e na área estritamente necessária a
execução dos serviços.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-T-01/19


PAG. 02/05
c) O destocamento compreende a operação de corte e remoção de
tocos de árvores e raízes após o serviço de desmatamento.
d) A limpeza compreende a operação de remoção de camada de solo
ou material orgânico, na profundidade de até 0,20m, bem como de quaisquer outros
objetos e materiais indesejáveis que ainda subsistam. A limpeza com profundidade
superior a 0,20m será considerada na Especificação SOP-ES-T- 04/18 – Cortes.
e) O material proveniente do desmatamento, destocamento e limpeza
será removido e estocado, obedecidos os critérios definidos nas especificações de
proteção ambiental. A remoção ou a estocagem dependerá de eventual utilização, a
critério da fiscalização e como indicado em especificações complementares, não
sendo permitida a permanência de entulhos nas adjacências do corpo estradal e em
locais ou regiões, que possam provocar a obstrução do sistema de drenagem natural
da obra.
f) Quando especificado a incineração deste material, o mesmo deverá
ser removido para áreas previamente escolhidas, onde a queima possa ser
controlada, evitando-se incêndios e/ou lançamentos de fumaça, cinza ou fagulhas
sobre áreas habitadas. A incineração deverá cumprir as seguintes exigências:
decreto lei nº 2.661, de 08/06/98, código florestal no seu art. 38 da lei 12.651, de
25/05/2012 e lei complementar n° 175 de 12/12/2017, publicada DOE – CE de
13/12/2017 (prevenção e o combate a incêndio florestal; sobre contratação
temporária de brigadistas de incêndios florestais, proíbe a queima e disciplina o uso
do fogo) no seu art. 3°, alínea III, letra “e” referente ao emprego de fogo em práticas
agropastoris e florestais, e dá outras providências.
g) As operações correspondentes aos serviços de desmatamento,
destocamento e limpeza, para os casos de corte e aterro, terão lugar no interior da
faixa de domínio.
h) A área mínima, na qual as referidas operações serão executadas em
sua plenitude, será compreendida entre os “offsets” de cortes ou aterros com
acréscimo de 2,00m para cada lado. No caso de empréstimo a área mínima será a
indispensável à sua exploração.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-T-01/19


PAG. 03/05
A área desmatada nunca poderá ser superior a área preconizada pela
lei 12.250, de 06/01/1994, que dispõe sobre faixa de domínio das rodovias estaduais
do estado do Ceará.
i) Nos cortes exigir-se-á que a camada de 0,60m abaixo do greide de
terraplenagem, fique isenta de tocos e raízes.
j) Nas áreas destinadas a aterros de cota vermelha superior a 2,00m,
o desmatamento deverá ser executado de modo que o corte das árvores fique no
máximo, ao nível do terreno natural. Para aterros de cota vermelha abaixo de 2,00m,
exigir-se-á a remoção da capa do terreno contendo raízes e restos vegetais, e será
escarificado e compactado 0,30m abaixo da cota de remoção.
k) Deverão ser preservados os elementos de composição paisagística
devidamente assinalada no projeto, bem como pela fiscalização.
l) Nenhum movimento de terra poderá ser iniciado enquanto as
operações de desmatamento, destocamento e limpeza nas áreas devidas, não
tenham sido totalmente concluídas.
m) A critério da fiscalização, não se permitirá um avanço acentuado
entre os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza e a execução de
cortes e aterros do corpo estradal

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Nas operações de desmatamento, destocamento e limpeza devem ser


tomadas medidas de proteção ambiental, visando atenuar ou mesmo evitar os
impactos adversos sobre o meio ambiente:
4.1 A terra vegetal resultante das operações de desmatamento,
destocamento e limpeza de árvores da faixa de domínio da rodovia deverá ser
estocada de forma que, após a exploração de empréstimos, ela seja espalhada
nas áreas escavadas, visando propiciar a recomposição da cobertura vegetal pela
ação da própria natureza;
4.2 As árvores e arbustos que não interferirem na utilização da rodovia,
devem ser deixadas intactas no local, especialmente nas regiões onde as árvores
forem escassas;

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-T-01/19


PAG. 04/05
4.3 O tráfego de máquinas e funcionários deverá ser disciplinado de
forma a evitar a abertura indiscriminada de vias, o que acarretaria desmatamento
desnecessário;
4.4 Recomenda-se, durante a operação de desmatamento, facilitar a
fuga dos animais, principalmente aqueles de lenta locomoção, deixando
corredores de vegetação para sua fuga;
4.5 Deverão ser consultadas as recomendações previstas na DER-ISA-
03/96 – Desmatamento e Limpeza de Terrenos, bem como os programas
ambientais pertinentes ao plano básico ambiental e as recomendações e
exigências dos órgãos ambientais indicados no projeto.

5 CONTROLE

O controle das operações de desmatamento, destocamento e limpeza


será feito por apreciação visual da qualidade dos serviços.

Para garantia dos serviços, previamente ao início das operações, os


encarregados fiscais e operadores de máquinas serão orientados pela supervisão
ambiental sobre os procedimentos a serem observados. Esta especificação é
complementada pela DER-ISA-03/96 – Desmatamento e Limpeza de Terrenos.

6 MEDIÇÃO

O serviço de desmatamento e destocamento de árvores de qualquer


diâmetro e limpeza será medido em função da área efetivamente trabalhada em
metros quadrados. A remoção e o transporte de material proveniente do
desmatamento, destocamento e limpeza e bota-foras correspondente a estes
serviços, não serão objeto de medição, devendo seus custos serem incluídos nos
serviços pertinentes, conforme indicação do projeto.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-T-01/19


PAG. 05/05
7 PAGAMENTO

a) O serviço será pago pelo preço unitário contratual em conformidade


com a medição referida no item anterior ao final dos serviços preliminares
deverão ser observadas as condicionantes ambientais indicadas no projeto.
b) O pagamento do serviço incluirá todas as operações, tais como: mão
de obra, encargos sociais, equipamentos, ferramentas, remoção e o transporte
para bota-foras.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CAMINHOS DE SERVIÇO SOP-ES-T 02/19


PAG. 01/02
1 DEFINIÇÃO

Caminhos de serviço são vias construídas para permitir o trânsito de


equipamentos e veículos vinculados à obra, com a finalidade de interligar cortes e
aterros, assegurar acesso ao canteiro de serviço, empréstimos, jazidas, obras de
arte, fontes de abastecimento de água e instalações industriais previstas no canteiro
de obras.

2 EQUIPAMENTOS

A implantação dos caminhos de serviço será executada mediante a


utilização de equipamento adequado, a par do emprego acessório de serviços
manuais.

3 EXECUÇÃO

Os caminhos de serviço deverão possuir condições geométricas, de


drenagem e de segurança tão somente necessárias à utilização racional de veículos
e equipamentos vinculados à obra. Os caminhos de serviço, somente serão
executados mediante a autorização prévia da fiscalização, sendo sua manutenção
obrigação da executante.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

São exigidos os seguintes cuidados visando à conservação ambiental:


4.1 Os caminhos de serviço somente serão executados com
supervisão e orientação da Fiscalização no que se refere à Proteção Ambiental;
4.2 Para o desmatamento, destocamento e limpeza, eventualmente
necessários, serão obedecidas as recomendações contidas na especificação SOP-
ES-T-01/19;

31
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CAMINHOS DE SERVIÇO SOP-ES-T 02/19


PAG. 02/02
4.3 Os caminhos de serviço deverão ser implantados,
preferencialmente, à jusante da plataforma e dentro dos limites da faixa de domínio;
4.4 Após a utilização dos caminhos de serviço, eles deverão ser
descomissionados e a vegetação natural deverá ser recomposta a fim de evitar
erosões, barramentos e/ou uso inadequado como vias de penetração.
4.5 Deverá ser implementado um sistema de sinalização, envolvendo
advertências, orientações, riscos e demais aspectos do ordenamento operacional e
do tráfego;
4.6 Deverão ser consultadas as recomendações previstas na DER-ISA
02/96 – Abertura de Trilhas, Caminhos de Serviço e Estradas de Acesso, bem como
os programas ambientais pertinentes ao plano básico ambiental e as
recomendações e exigências dos órgãos ambientais indicadas no projeto.

5 CONTROLE

O controle das operações de desmatamento, destocamento e limpeza


será feito por apreciação visual da qualidade dos serviços, observando o
atendimento às exigências ambientais e manutenção durante o período de
utilização.

6 MEDIÇÃO

Os serviços destinados aos caminhos de serviço não serão objeto de


medição. Seus custos devem ser incluídos nos serviços pertinentes.

7 PAGAMENTO

Não haverá pagamento dos caminhos de serviço.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

VARIANTE PARA DESVIO DE TRÁFEGO SOP-ES-T 03/19


PAG.: 01/02
1 DEFINIÇÃO

Variantes para desvios de tráfego são construídas para permitir o desvio


temporário do tráfego, na fase de obra.

2 EQUIPAMENTO

A implantação das variantes será executada mediante a utilização de


equipamentos adequados, a par do emprego acessório de serviços manuais.

3 EXECUÇÃO

As Variantes para o desvio de tráfego deverão possuir condições


geométricas, de revestimento, de drenagem e de sinalização, com segurança
compatível com o tráfego da via existente.
A execução se subordinará aos elementos técnicos fornecidos a executante e
constantes das notas de serviço elaboradas em conformidade com o projeto.
Deverão ser tomadas as medidas preconizadas nas normas técnicas de
proteção ambiental constantes das especificações pertinentes.
As variantes para desvio de tráfego somente serão executadas mediante
autorização prévia da fiscalização, após parecer da supervisão ambiental

4 PROTEÇÀO AMBIENTAL

Para implantação de variantes para desvio de tráfego serão obedecidas as


recomendações contidas na especificação SOP-ES-T 02/19 e DER-ISA 02/96 –
Abertura de Trilhas, Caminhos de Serviço e Estradas de Acesso, bem como os
programas ambientais pertinentes ao plano básico ambiental e as recomendações e
exigências dos órgãos ambientais indicadas no projeto.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

VARIANTE PARA DESVIO DE TRÁFEGO SOP-ES-T 03/19


PAG.: 02/02
5 CONTROLE

O controle das variantes para desvio de tráfego será feito por apreciação
visual e de acordo com o especificado no projeto.

6 MEDIÇÃO

Os serviços para a execução das variantes de desvio de tráfego serão


medidos segundo os critérios adotados para os serviços correspondentes descritos
nestas especificações, não sendo objeto de medição a manutenção delas.

7 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais em conformidade


com a medição referida no item anterior. Ao final da utilização das variantes para
desvios de tráfego deverão ser observadas as condicionantes ambientais indicadas
no projeto.

A manutenção das variantes para o desvio de tráfego será efetuada pela


executante, não sendo indenizada.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CORTES SOP-ES-T 04/19


PAG.: 01/07
1 DEFINIÇÃO

Os cortes são segmentos de rodovia, cuja implantação, requer a


escavação do material constituinte do terreno natural, ao longo do eixo e no interior
dos limites das seções do projeto (“off-sets”), que definem o corpo estradal.

As operações de cortes compreendem:


a) Escavação dos materiais constituintes do terreno natural até o greide
de terraplenagem indicado no projeto.
b) Escavação, em alguns casos, dos materiais constituintes do terreno
natural, em espessuras abaixo do greide de terraplenagem, conforme indicações do
projeto, complementadas por observações da fiscalização durante a execução dos
serviços.
c) Transporte dos materiais escavados para aterros ou bota-foras.
d) Retirada das camadas de má qualidade visando ao preparo das
fundações de aterro. O volume a ser retirado constará do projeto. Esses materiais
serão transportados para locais previamente indicados de modo que não causem
transtorno à obra, em caráter temporário ou definitivo.
e) As escavações destinadas à alteração dos cursos d’água,
objetivando eliminar travessias ou fazer com que elas se processem em locais mais
convenientes – corta-rios – deverão ser executadas em conformidade com o projeto
e com esta especificação.
f) As escavações destinadas a degraus ou arrasamentos nos
alargamentos de aterros.

2 MATERIAIS

Os materiais ocorrentes nos cortes serão classificados de


conformidade com as seguintes definições:
2.1 Materiais de 1ª categoria - Compreendem solos em geral, residual
ou sedimentar, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15m,
qualquer que seja o teor de umidade que apresentem.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CORTES SOP-ES-T 04/19


PAG.: 02/07
2.2 Materiais de 2ª categoria - Compreendem os materiais com
resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se
processe por combinação de métodos que obriguem a utilização de equipamento de
escarificação com potência mínima de 270HP. A extração eventualmente poderá
envolver o uso de explosivos ou processos manuais adequados. Estão incluídos
nesta classificação os blocos de rocha, de volume inferior a 2,00m³ e os matacões
ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15m e 1,00m.
2.3 Materiais de 3ª categoria - Compreendem os materiais com
resistência ao desmonte mecânico equivalente à da rocha não alterada e blocos de
rocha com diâmetro médio superior a 1,00m, ou de volume igual ou superior a
2,00m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem
com o emprego contínuo de explosivos (extração a fogo) ou com o emprego do
rompedor pneumático (extração a frio).

3 EQUIPAMENTO

A escavação de cortes será executada mediante a utilização racional


de equipamento adequado, que possibilite a execução dos serviços sob as
condições especificadas e produtividade requerida.
A seleção do equipamento obedecerá às seguintes indicações:
a) Corte em solo - serão empregados tratores equipados com
lâminas, escavo-transportadores ou escavadores conjugados com transportadores
diversos. A operação incluirá, complementarmente, a utilização de tratores e
motoniveladora, para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de
trabalho, além de tratores para operação de “pusher”.
b) Corte em rocha - para extração a frio serão utilizados rompedor
pneumático, perfuratriz pneumática e compressor de ar. Para extração a fogo serão
utilizadas perfuratrizes automáticas, manuais, pneumáticas ou elétricas para o
preparo das minas, tratores equipados com lâmina para a operação de limpeza da
praça de trabalho e escavadores conjugados com transportadores, para a carga
e transporte do material extraído. Nesta operação serão utilizados explosivos e

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CORTES SOP-ES-T 04/19


PAG.: 03/07
detonadores adequados à natureza da rocha a escavar e às condições do canteiro
de serviço.

4 EXECUÇÃO

a) Escavação de cortes subordinar-se-á aos elementos técnicos


fornecidos ao executante e constante das notas de serviço elaboradas em
conformidade com o projeto.
b) A escavação será precedida da execução dos serviços de
desmatamento, destocamento e limpeza.
c) O desenvolvimento da escavação se processará mediante a
previsão da utilização adequada, ou rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas
serão transportados, para constituição dos aterros, os materiais que, pela
classificação e caracterização efetuadas nos cortes, sejam compatíveis com as
especificações da execução dos aterros, em conformidade com o projeto.
d) Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de
materiais escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da
plataforma, será procedido o depósito dos referidos materiais, para sua oportuna
utilização.
e) Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente
aconselhável, a juízo da fiscalização, as massas com excesso que resultariam em
bota-foras, poderão ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da
plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio. Referida operação
deverá ser efetuada desde a etapa inicial da construção do aterro.
f) As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado no
parágrafo anterior serão objeto de remoção, de modo a não constituírem ameaça à
estabilidade da rodovia, e nem prejudicarem o aspecto paisagístico, obedecidas as
normas de proteção ambiental.
g) Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada
ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, ou de solos de expansão maior que
2%, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos, promover-se-á rebaixamento,
respectivamente, da ordem de 0,40m a 0,60m, procedendo-se a execução de novas

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CORTES SOP-ES-T 04/19


PAG.: 04/07
camadas, constituídas de materiais selecionados, os quais serão objeto de fixação nas
especificações complementares.
h) Os taludes dos cortes deverão apresentar, após a operação de
terraplenagem, a inclinação indicada no projeto, para cuja definição foram
consideradas as indicações provenientes das investigações geológicas e
geotécnicas. Qualquer alteração posterior da inclinação, só será efetivada, caso o
controle tecnológico, durante a execução, a fundamentar. Os taludes deverão
apresentar a superfície desempenada obtida pela utilização normal do equipamento
de escavação. Não será permitida a presença de blocos de rocha nos taludes, que
possam colocar em risco a segurança do trânsito.
i) Nos pontos de passagem de corte para aterro, onde o terreno
apresenta-se com inclinações acentuadas (Ø > 25º), a fiscalização deverá exigir a
escavação de degraus com a finalidade de assegurar a junção dos maciços.
j) Nos cortes em que vierem ocorrer instabilidade, no decorrer da
execução da obra, deverão ser estudadas soluções específicas.
k) As valetas de proteção dos cortes serão executadas, independente
de demais obras de proteção projetadas e implantadas concomitantemente com a
terraplenagem do corte em execução, sendo de 3,00m o afastamento mínimo do
“offset” para sua implantação.
l) As obras específicas de proteção de taludes, objetivando sua
estabilidade, serão executadas em conformidade com estas especificações. As
obras de proteção recomendadas excepcionalmente serão objeto de projetos
específicos.
m) Os sistemas de drenagem superficial e profunda dos cortes serão
executados em conformidade com as indicações constantes destas especificações
gerais.
n) O alargamento de cortes existentes deverá ser executado
considerando a largura mínima compatível com o menor equipamento exigido
contratualmente.
o) Na eventual necessidade de alargamento de corte o projeto deverá
estabelecer seus parâmetros de conveniência técnico-econômica, a fim de propiciar
a sua execução simultânea à do aterro.

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CORTES SOP-ES-T 04/19


PAG.: 05/07
5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Nas operações destinadas à execução de cortes serão exigidos os


seguintes cuidados visando à proteção do meio ambiente:

a) Quando houver excesso de material de corte e for impossível


incorporar este excesso ao corpo de aterro, serão realizados bota-foras. As áreas
destinadas aos bota-foras serão localizadas, preferencialmente, a jusante da
rodovia;
b) Os taludes dos bota-foras deverão ter inclinação suficiente para
evitar escorregamentos;
c) Os bota-foras serão executados de forma a evitar que o
escoamento das águas pluviais possa carrear o material depositado, transportando-o
para os vales, causando assoreamento dos cursos d’água;
d) Deverá ser feito revestimento vegetal dos bota-foras, após sua
conformação final, para serem incorporados a paisagem local, inclusive os de
materiais de 3ª categoria;
e) O revestimento vegetal dos taludes, quando previsto, deverá ser
executado imediatamente após a execução do corte;
f) As áreas de bota-foras serão tratadas com revestimento vegetal,
com a finalidade de protegê-las de processos erosivos e, também, atenuar a
agressão ao meio ambiente, através do embelezamento paisagístico.
g) Serão obedecidas as recomendações contidas nos programas
ambientais pertinentes ao plano básico ambiental e as recomendações e exigências
dos órgãos ambientais indicadas no projeto.

6 CONTROLE

O acabamento da plataforma de corte será procedido mecanicamente,


de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal de projeto, admitidas as
seguintes tolerâncias:
a) Variação de altura máxima para o eixo e bordos
• cortes em solo: ± 0,03m;

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CORTES SOP-ES-T 04/19


PAG.: 06/07
• cortes em rocha: ± 0,06m.
b) Variação máxima de largura de + 0,20m para cada semi-
plataforma, não se admitindo variação negativa.
O acabamento do talude de corte deverá obedecer ao descrito no item
4 EXECUÇÃO, subitem h, só sendo admitida a inclinação indicada no projeto.

7 MEDIÇÃO
A medição efetuar-se-á levando em consideração o volume extraído,
medido no corte, e a distância de transporte entre este o local de depósito,
obedecidas as seguintes indicações:

a) O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da


média das áreas;
b) A distância de transporte será medida em projeção horizontal, ao
longo do percurso seguido pelo equipamento transportador, quando carregado, entre
os centros de gravidade das massas. Referido percurso, cuja definição é
subordinada à critérios técnicos e econômicos, será objeto de aprovação prévia da
fiscalização;
c) Os materiais escavados serão classificados de conformidade com o
descrito no item 2 MATERIAIS desta especificação;
d) Uma vez perfeitamente caracterizado o material de 3ª categoria,
proceder-se-á à medição específica do mesmo não se admitindo, neste caso,
classificação percentual do referido material. Os cortes que apresentarem mistura de
3ª categoria com as demais, com limites pouco definidos, deverão merecer atenção
especial da fiscalização, de maneira a permitir uma classificação justa dos materiais
escavados;
e) A proteção vegetal para bota-fora deverá obedecer às
especificações SOP–ES–PCE–01/19 – proteção vegetal com utilização de
gramíneas ou leguminosas e será medida pela área efetivamente tratada, em metros
quadrados.

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CORTES SOP-ES-T 04/19


PAG.: 07/07
8 PAGAMENTO

a) Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em


conformidade com a medição referida no item anterior;
b) Os serviços de proteção vegetal serão pagos pelo preço contratual,
em conformidade com o critério de medição, estando nele incluído todos os custos
das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos,
ferramentas, aquisição de materiais, transportes, mão de obra, encargos, impostos,
eventuais e lucros;
c) Ao final da execução dos cortes deverão ser observadas as
exigências de proteção ambiental.

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

EMPRÉSTIMOS SOP-ES-T 05/19


PAG.: 01/04
1 DEFINIÇÃO

Os empréstimos são ocorrências de material granular que se destinam


a prover ou complementar o volume necessário à constituição dos aterros por
insuficiência do volume dos cortes, por motivos de ordem tecnológica de seleção de
materiais ou razões de ordem econômica.

2 MATERIAIS

Os materiais serão de 1ª categoria atendendo à qualidade e à


destinação prevista no projeto. Excepcionalmente poderão ser utilizados materiais
de 2ª e 3ª categorias, desde que indicados no projeto e quando não houver outro
economicamente disponível.

3 EQUIPAMENTO

A escavação em empréstimos deverá prever a utilização racional de


equipamento apropriado, que atenda à produtividade requerida. A operação inclui a
utilização complementar de equipamento destinado à manutenção de caminhos de
serviço e áreas de trabalho.

4 EXECUÇÃO

a) Atendidas as condições do projeto, os empréstimos terão seu


aproveitamento dependente da ocorrência de materiais adequados e respectiva
exploração em condições econômicas, mediante autorização da fiscalização.
b) Sempre que possível, deverão ser executados empréstimos
contíguos ao corpo estradal, resultando sua escavação em alargamento dos cortes.
c) Os empréstimos em alargamento de corte deverão
preferencialmente, atingir no mínimo 1,20m abaixo da cota do greide, não sendo
permitida em qualquer fase da execução a condução de águas pluviais para a
plataforma da rodovia.

42
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

EMPRÉSTIMOS SOP-ES-T 05/19


PAG.: 02/04
d) Nos trechos em curva, sempre que possível, os empréstimos em
alargamento de corte situar-se-ão no lado interno desta.
e) Os empréstimos não decorrentes de alargamento de cortes,
quando no interior da faixa de domínio, devem situar-se de modo a não interferir no
aspecto paisagístico da região.
f) Quando destinados a trechos construídos em greide elevado, os
bordos internos das caixas de empréstimos deverão localizar-se à distância mínima
de 5,00 m do pé do aterro, bem como serem executados com declividade
longitudinal, permitindo a drenagem das águas pluviais.
g) Entre o bordo externo das caixas de empréstimos e o limite da
faixa de domínio, deverá ser mantida sem exploração uma faixa de 2,00m de
largura, a fim de permitir a implantação da cerca delimitadora. No caso de caixas de
empréstimos definidos como alargamento de cortes, esta faixa deverá ter largura
mínima de 5,00m, com a finalidade de permitir também a implantação da valeta de
proteção.
h) Constatada a conveniência técnica e econômica da reserva de
materiais escavados nos empréstimos para confecção das camadas superficiais da
plataforma, será procedido o depósito dos referidos materiais para sua oportuna
utilização.
i) A escavação será precedida da execução dos serviços de
desmatamento, destocamento e limpeza da área do empréstimo.
j) O acabamento dos bordos das caixas de empréstimos deverá ser
executado com taludes estáveis.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Na exploração de caixas de empréstimos deverão ser observadas as


seguintes recomendações visando a preservação ambiental:
5.1 O material decorrente das operações de desmatamento e limpeza,
executados dentro dos limites da área, é retirado e deverá ser estocado de forma
que, após a exploração do empréstimo, o solo orgânico seja espalhado na área
escavada, reintegrando-a a paisagem;

43
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

EMPRÉSTIMOS SOP-ES-T 05/19


PAG.: 03/04
5.2 O material vegetal será removido e estocado conforme as
indicações do projeto. A remoção ou estocagem dependerá da eventual utilização,
não sendo permitida a permanência de entulhos nas adjacências da plataforma de
modo a provocar a obstrução do sistema de drenagem natural da obra ou problemas
ambientais.
5.3 Deve ser evitada a localização de empréstimos em áreas de boa
aptidão agrícola.
5.4 Não deverão ser explorados empréstimos em áreas de reservas
florestais, ecológicas ou de preservação cultural, ou nas proximidades delas;
5.5 As áreas de empréstimos deverão ser reconformadas com
abrandamento de taludes, de modo a suavizar seus contornos e reincorporá-los ao
relevo natural.
5.6 Disciplinar o trânsito de equipamentos e veículos de serviço para
evitar a implantação de vias desnecessárias.
5.7 As áreas de empréstimos, quando não for possível seu
aproveitamento como reservatório de água, deverão ser convenientemente
drenadas, através de escavação de valeta a céu aberto, com objetivo de eliminar o
empoçamento de águas nas caixas de empréstimos, visando evitar a proliferação de
mosquitos e de doenças por eles transmitidas.
5.8 Sempre que possível estas áreas deverão ser utilizadas para
disposição final de bota-fora, com os devidos cuidados.
5.9 Serão obedecidas às recomendações contidas nos programas
ambientais pertinentes ao plano básico ambiental e as recomendações e exigências
dos órgãos ambientais indicadas no projeto.

6 MEDIÇÃO

Será feita em metros cúbicos de materiais escavados e transportados


entre este e o local de aplicação, obedecidas as seguintes indicações:
a) Os cálculos dos volumes de empréstimos destinados para aterros
serão resultantes da aplicação do fator de aterro ao volume geométrico obtido no

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

EMPRÉSTIMOS SOP-ES-T 05/19


PAG.: 04/04
quadro de cubação de projeto. O valor do fator de aterro FA será definido pela
fórmula:
Da
FA  1,05 x ; onde:
De

Da- é a densidade do aterro compactado e,


De – é a densidade do empréstimo, obtidas através de ensaios “in
situ”.
b) Os materiais de empréstimos serão sempre de 1ª categoria,
admitindo-se material de 2ª categoria em casos especiais, com autorização expressa
da comissão de fiscalização. Os materiais de 2ª categoria somente serão utilizados
quando não houver outro economicamente disponível.
c) A distância de transporte será medida em projeção horizontal, ao
longo do percurso seguido pelo equipamento transportador, quando carregado, entre
os centros de gravidade das massas. Referido percurso, cuja definição é
subordinada a critérios técnicos e econômicos, será objeto de aprovação prévia da
fiscalização.
d) Caso restem montes de materiais na área do empréstimo após sua
utilização, a fiscalização poderá exigir o espalhamento do material dentro dos limites
do empréstimo, antes de se efetuar o nivelamento final.

7 PAGAMENTO

a) Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais em


conformidade com a medição referida no item anterior. Ao final da exploração do
empréstimo deverão ser procedidas todas as medidas de proteção ambiental
previstas no projeto.
b) O expurgo e a recomposição de áreas dos empréstimos só serão
pagos quando sua execução for autorizada previamente pela fiscalização.
c) O pagamento dos serviços incluirá todas as operações, tais como:
mão-de-obra com encargos sociais, equipamentos, ferramentas, desmatamento,
destocamento, limpeza, expurgo, transporte e espalhamento nos locais de
destinação, e indenizações das áreas de empréstimos fora da faixa de domínio.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ATERROS COM SOLOS SOP-ES-T 06/19


PAG.: 01/08

1 DEFINIÇÃO

Aterros com solos são segmentos de rodovia, cuja implantação requer


o depósito de materiais granulares, quer provenientes de cortes, quer de
empréstimos, no interior dos limites das seções de projeto (“offsets”), que definem o
corpo estradal.

As operações de aterro compreendem:


a) Descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração,
e compactação dos materiais de cortes ou empréstimos, para construção do corpo
do aterro, até as cotas indicadas em projeto. As condições a serem obedecidas para
a compactação serão objeto do item 4 EXECUÇÃO desta especificação.
b) Descarga, espalhamento, homogeneização, conveniente
umedecimento ou aeração, e compactação dos materiais selecionados oriundos de
cortes ou empréstimos, para a construção da camada selecionada, se for prevista no
projeto, situada nos últimos 0,20m a 0,60m abaixo do greide de terraplenagem. As
condições a serem obedecidas para a compactação serão objeto do item 4
EXECUÇÃO.
c) Descarga, espalhamento, conveniente umedecimento ou aeração,
e compactação dos materiais oriundos de cortes ou empréstimos, destinados a
substituir eventualmente os materiais de qualidade inferior, previamente retirados, a
fim de melhorar as fundações dos aterros e/ou cortes.

2 MATERIAIS

Os materiais deverão ser selecionados dentre os de 1ª categoria e


eventualmente os de 2ª categoria, atendendo a qualidade e a destinação prevista no
projeto.

Os solos para os aterros provirão de empréstimos ou de cortes


existentes, devidamente selecionados no projeto. A substituição desses materiais
selecionados por outros, quer seja por necessidade de serviço ou interesse do

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PAG.: 02/08
executante, somente poderá ser processada após prévia autorização por escrito da
fiscalização.

Os solos para os aterros deverão ser isentos de matérias orgânicas,


micáceas e diatomáceas. Turfas e argilas orgânicas não devem ser empregadas.

Na execução do corpo dos aterros não será permitido o uso de solos


que tenham baixa capacidade de suporte (ISC < 2 %) e expansão maior do que 4 %
(DNER-ME 49/94 – Solos – Determinação do índice de suporte Califórnia utilizando
amostras não trabalhadas).

A camada selecionada dos aterros (0,20 a 0,60m) deverá ser


constituída de solos selecionados na fase de projeto, dentre os melhores
disponíveis, os quais serão objeto de fixação nas especificações complementares.
Não será permitido uso de solos com ISC < 5% e expansão maior do que 2%
(DNER-ME 049/94).

3 EQUIPAMENTOS

A execução dos aterros deverá prever a utilização racional de


equipamento apropriado, atendidas as condições locais e a produtividade exigida.

Na construção dos aterros poderão ser empregados tratores de lâmina,


escavo-transportadores, moto-escavo-transportadores, caminhões basculantes,
moto-niveladoras, rolos lisos, de pneus, pés-de-carneiro, estáticos ou vibratórios,
grade de discos e caminhões pipas. Os equipamentos a serem utilizados deverão
ser aprovados pela fiscalização.

4 EXECUÇÃO

a) A execução dos aterros subordinar-se-á aos elementos técnicos


fornecidos ao executante e constante das notas de serviço elaborada de
conformidade com o projeto.

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PAG.: 03/08
b) A operação será precedida da execução dos serviços de
desmatamento, destocamento e limpeza.
c) Preliminarmente à execução dos aterros, deverão estar concluídas
as obras de arte correntes necessárias à drenagem da bacia hidrográfica
interceptada pelos mesmos, salvo quando houver indicação contrária, constante no
projeto.
d) No caso de aterros totalmente assentes sobre encostas com
inclinação transversal acentuada, de acordo com o projeto, as encostas naturais
deverão ser escarificadas com um trator de lâmina, produzindo ranhuras,
acompanhando as curvas de nível. Se a natureza do solo condicionar a adoção de
medidas especiais, para a solidarização de aterro ao terreno natural, a fiscalização
poderá exigir a execução de degraus ao longo da área a ser aterrada.
e) O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser
feito em camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e, extensões
tais, que permitam seu umedecimento e compactação de acordo com o previsto
nestas especificações gerais. Para o corpo dos aterros, a espessura da camada
compactada não deverá ultrapassar de 0,30m. Para a camada selecionada essa
espessura não deverá ultrapassar de 0,20m. Em qualquer caso a espessura mínima
a compactar será de 0,10m.
f) Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas.
Para o corpo dos aterros, elas deverão ser compactadas nas proximidades da
umidade ótima indicada em projeto até se obter a massa específica aparente seca
correspondente a 95% ou 100% (conforme o projeto) da massa específica aparente
máxima seca, do ensaio DNER-ME 129/94 – Solos – Compactação utilizando
amostras não trabalhadas. Para a camada selecionada e, na inexistência desta nos
0,40 m superiores do aterro, aquela massa específica aparente seca deve
corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca, do referido
ensaio. Os trechos e/ou as camadas que não atingirem as condições mínimas de
compactação e máxima de espessura, deverão ser escarificados, homogeneizados,
levados à umidade adequada e novamente compactados, até atingir a massa
específica aparente seca exigida.

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PAG.: 04/08
g) No caso de alargamento de aterros, sua execução
obrigatoriamente será procedida de baixo para cima, acompanhada de degraus nos
seus taludes. Desde que justificado em projeto, poderá a execução ser feita por meio
de arrasamento parcial do aterro existente, até que o material escavado preencha a
nova seção transversal, complementando-se após, com material importado, toda a
largura da referida seção transversal. No caso de aterros em meia encosta, o terreno
natural deverá ser também escavado em degraus.
h) A inclinação dos taludes de aterro, tendo em vista a natureza dos
solos e as condições locais, será fornecida pelo projeto, e só poderá ser alterada
com permissão por escrito.
i) Para a construção de aterros assentes sobre terreno de fundação
de baixa capacidade e carga o projeto deverá prever a solução e o controle a ser
seguido. No caso da consolidação por adensamento da camada mole, será exigido o
controle por medição de recalques e, quando prevista, a observação da variação das
pressões neutras. O preparo da fundação, onde o emprego de equipamento
convencional de terraplenagem não for possível, ou que as características da
fundação exijam soluções específicas, terão obrigatoriamente projetos detalhados.
j) Os aterros-barragens terão o seu projeto e construção
fundamentados nas considerações de problemas referentes à compactação de
solos, estabilidade do terreno de fundação, estabilidade dos taludes e percolação da
água nos meios permeáveis, que constarão especificamente do projeto.
k) Em regiões onde houver ocorrência predominante de areia admitir-
se-á a execução de aterros com emprego dela, desde que haja conveniência, e a
critério da fiscalização. Deverão ser atendidos requisitos visando ao
dimensionamento da espessura de camadas, regularização das mesmas, execução
de leivas de contenção sobre o material terroso e a compactação das camadas de
material terroso subsequente ao aterro em areia.
l) A fim de proteger os taludes contra os efeitos da erosão, deverá
ser procedida a sua conveniente drenagem e obras de proteção, com o objetivo de
diminuir o efeito erosivo da água, tudo de conformidade com o estabelecido no
projeto.

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PAG.: 05/08
m) Havendo a possibilidade de solapamento da saia do aterro, em
épocas chuvosas, deverá ser providenciada a construção de enrocamento no pé do
aterro. Na execução de banquetas laterais ou meios-fios, conjugados com sarjetas
revestidas, desde que previstas no projeto, as saídas de água serão
convenientemente espaçadas e ancoradas na banqueta e na saia do aterro. O
detalhamento destas obras será apresentado no projeto.
n) Nos locais de travessia de cursos d’água ou passagens superiores,
todas as medidas de precaução deverão ser tomadas a fim de que o método
construtivo empregado na construção dos aterros de acesso não origine movimentos
ou tensões não previstas nos cálculos das obras-de-arte.
o) Os aterros de acesso próximos aos encontros de pontes, o
enchimento de cavas de fundações e das trincheiras de bueiros, bem como as áreas
de difícil acesso ao equipamento usual de compactação, serão compactados
mediante o uso de equipamento adequado, como soquetes manuais, compactadores
manuais, vibratórios, etc. A execução será em camadas, nas mesmas condições de
massa específica aparente seca e umidade descritas para o corpo de aterro.
p) Os aterros de acesso próximo aos encontros de pontes, o
enchimento de cavas de fundações e das trincheiras de bueiros, bem como as áreas
de difícil acesso ao equipamento usual de compactação, serão compactados
mediante o uso de equipamento adequado, como soquetes manuais, compactadores
manuais, vibradores, etc. a execução será em camadas, nas mesmas condições
de massa específica aparente seca e umidade descritas para o corpo do aterro.
q) Durante a construção, os serviços já executados deverão ser
mantidos com boa conformação e permanente drenagem superficial.
r) Em aterro com mais de 0,20m de altura, a camada final superior
(última camada) do mesmo deverá ser executada de acordo com as tolerâncias da
SOP-ES-P 01/19 – Regularização do Subleito.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

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PAG.: 06/08
5.1 As providencias a serem tomadas visando a preservação do
meio ambiente referem-se à execução dos dispositivos de drenagem e da proteção
vegetal dos taludes previstos no projeto, para evitar erosões e o consequente
carreamento de material.
5.2 Deverão ser consultadas as recomendações previstas na DER-ISA-
04/96 – serviços de terraplenagem e as recomendações e exigências ambientais
indicadas no projeto.

6 CONTROLE

6.1 Controle tecnológico:


a) Um ensaio de compactação, segundo o método DNIT 164/2013-
ME (Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas), para no mínimo
cada 1.000m³ de um mesmo material do corpo de aterro, e para cada 200m³ nos
últimos 0,40m no caso de inexistência de material selecionado.
b) Um ensaio de compactação, segundo o método DNIT 164/2013-
ME - Método A, (energia do proctor normal) para cada 200m³ de um mesmo material
da camada selecionada do aterro (0,60m ≥ h ≥ 0,20m).
c) Um ensaio para determinação da massa específica aparente seca,
“in situ”, DNER-ME 092/94 – Solo – Determinação da massa específica aparente “in
situ”, com emprego de frasco de areia para no mínimo cada 1.000m³ de material
compactado do corpo do aterro, correspondente ao ensaio de compactação referido
na alínea “a” e, no mínimo, duas determinações, por camada homogênea.
d) Um ensaio para determinação da massa específica aparente seca,
“in situ”, DNER-ME 092/94, para cada 100m da camada final do aterro, (0,20m)
alternadamente no eixo e bordos, correspondente ao ensaio de compactação
referido na alínea “b”.
e) Um ensaio de granulometria (DNER-ME 80/94), do limite de
liquidez (DNER-ME 44/94) e do limite de plasticidade (DNER-ME 82/94), para todo
grupo de dez amostras do corpo de aterro submetidas ao ensaio de compactação,
segundo a alínea “a”, apenas com a finalidade de Registro de Controle Tecnológico.

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PAG.: 07/08
f) Um ensaio de granulometria (DNER-ME 80/94), do limite de
liquidez (DNER-ME 44/94) e do limite de plasticidade (DNER-ME 82/94), para as
camadas finais do aterro, para todo o grupo de quatro amostras submetidas ao
ensaio de compactação, segundo a alínea “b”.
g) Um ensaio de ISC DNIT 172/2016-ME (Solos – Determinação do
índice de suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas), com energia do
DNIT 164/2013-ME, sempre que houver no corpo do aterro indícios de materiais com
CBR ≤ 2 % e expansão ≥ 4 %.
h) Um ensaio do índice de suporte Califórnia, com a energia do
método DNIT 164/2013-ME, para a camada final (0,20 m), para cada grupo de
quatro amostras submetidas ao ensaio de compactação, segundo a alínea “b”.

6.2 - Controle Geométrico

O acabamento da plataforma de aterro será procedido mecanicamente,


de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do projeto, admitidas as
seguintes tolerâncias:
a) Variação da altura máxima de ± 0,03m para o eixo e para os bordos.
b) Variação máxima da largura de + 0,30m para a semi-plataforma, não
se admitindo variação para menos.

O controle será efetuado por nivelamento de eixo e bordos.

O acabamento, quanto à declividade transversal e inclinação dos


taludes, será verificado pela fiscalização, de acordo com o projeto.

NOTA: quando tratar-se de implantação e/ou melhoramentos com


terraplenagem de espessura superior a 0,20m, a execução da última camada de
0,20m de espessura obedecerá aos parâmetros de controle tecnológico e
geométrico da especificação de regularização do subleito.

7 MEDIÇÃO

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ATERROS COM SOLOS SOP-ES-T 06/19


PAG.: 08/08
O volume transportado para os aterros já foi objeto de medição, por
ocasião da execução dos cortes e dos empréstimos.

Para efeito de compactação, será considerado o volume de aterro em


m³, determinado de acordo com a seção transversal do projeto e referido ao grau de
compactação especificado.

8 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em


conformidade com a medição referida no item anterior.

NOTA: Em aterro de altura superior a 0,20m não será pago o serviço


de regularização do subleito (SOP-ES-P 01/19).

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ATERROS COM ROCHA SOP-ES-T 07/19


PAG.: 01/05

1 DEFINIÇÃO
Aterros com rocha são segmentos de rodovia, cuja implantação requer
o depósito de materiais rochosos, provenientes de cortes no interior dos limites
das seções de projeto (“offsets”), que definem o corpo estradal ou provenientes
de pedreira indicada pelo projeto. As operações de aterro com rocha
compreendem:
a) Descarga, espalhamento com imbricamento e compactação dos
materiais oriundos de cortes, para a construção do corpo de aterro, até as cotas
indicadas em projeto. As condições a serem obedecidas para a compactação serão
objeto do item execução.
b) Descarga, espalhamento com imbricamento e compactação dos
materiais selecionados oriundos de cortes para a construção da camada final do
aterro até a cota indicada no projeto. As condições a serem obedecidas para a
compactação serão objeto do item execução.
c) Descarga, espalhamento com imbricamento e compactação dos
materiais oriundos de cortes, destinados a substituir eventualmente os materiais de
qualidade inferior, previamente retirados, a fim de melhorar as fundações dos
aterros.

2 MATERIAIS

Os materiais deverão ser selecionados dentre os cortes de rocha ou


pedreira, atendendo à qualidade e à destinação prevista no projeto.

A substituição desses materiais selecionados por outros, quer seja por


necessidade de serviço ou interesse do executante, somente poderá ser
processada após prévia autorização da fiscalização.

A camada selecionada dos aterros e camada de transição com solos


deverão ser constituídas de materiais indicados na fase de projeto, dentre os
mais adequados, os quais serão objeto de fixação nas especificações
complementares, devendo a camada selecionada ter no mínimo 0,40m de
espessura.

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ATERROS COM ROCHA SOP-ES-T 07/19


PAG.: 02/05
3 EQUIPAMENTO

A execução dos aterros deverá prever a utilização racional de


equipamentos apropriados, atendidas as condições locais e a produtividade exigida.

Na construção dos aterros poderão ser empregados tratores de lâmina


frontais, caminhões basculantes e rolos lisos vibratórios. Para o espalhamento deve
ser empregado trator de esteiras, equipado com lâmina, de potência igual ou
superior a 270 HP.

4 EXECUÇÃO

a) A execução dos aterros com rocha subordinar-se-á aos elementos


fornecidos ao executante, e constantes das notas de serviço elaboradas em
conformidade com o projeto, do qual deverão constar obrigatoriamente as seções
típicas correspondentes.
b) A operação será precedida da execução dos serviços de
desmatamento, destocamento e limpeza.
c) Preliminarmente à execução dos aterros, deverão estar concluídas
as obras de arte correntes necessárias à drenagem da bacia hidrográfica
interceptada pelos mesmos, salvo quando houver indicação contrária, constante no
projeto.
d) No caso de aterros totalmente assentes sobre encostas com
inclinação transversal acentuada é desaconselhável a utilização de material rochoso.
e) A descarga e o espalhamento deverão ser de forma uniforme de
modo a permitir o imbricamento e a evitar a dispersão dos blocos, devendo ser feita
no sentido longitudinal, atuando-se transversalmente dos bordos para o eixo.
f) Concluído o espalhamento numa extensão compatível com o
deslocamento do equipamento de compactação, deverá ser efetuada primeiramente
uma passada do rolo compactador, sem vibração, a fim de regularizar com mais
rigor, a superfície da camada a compactar.

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ATERROS COM ROCHA SOP-ES-T 07/19


PAG.: 03/05
g) Para um diâmetro máximo de “D”, entendendo-se como tal a maior
dimensão dos blocos, recomenda-se distribuir o material a compactar segundo
camadas com a espessura mínima igual a 1,5 x “D”.
h) Não será permitida a execução de aterros através de bota-fora de
rocha jogada, a menos que seja impossível a utilização de equipamento de
espalhamento.
i) Na eventualidade de aterros mistos (solos/rochas), as camadas
inferiores deverão ser executadas com material rochoso, dando-se “acabamento” à
última camada deste, com material escolhido, a fim de permitir a correta deposição e
compactação da 1ª camada de solos. Não se deve admitir a execução de aterros
mistos com rochas sobre solos. As camadas de rocha deverão ser executadas com
superlargura transversal, compatível com a altura do aterro de solo a ser executado
sobre esta, e obedecendo as especificações complementares constantes do projeto.
j) Todas as camadas deverão ser convenientemente imbricadas e
compactadas, através de “n” passadas das unidades de compactação. Para o corpo
dos aterros de rocha, considerar-se-á cada camada convenientemente imbricada e
compactada, quando na compactação, da mesma, o abatimento conseguido na
última passada for inferior a 10% do abatimento acumulado nas passadas
anteriores.
k) Para a construção de aterros assentes sobre solo de fundação de
baixa capacidade, somente é aconselhável o aterro com rocha, quando for
economicamente inviável a remoção da camada do material de baixa capacidade.
l) Nos locais de travessias de curso d’água, onde forem projetadas
obras de arte correntes, estas deverão ser convenientemente protegidas, para que
seja mantida sua integridade durante a execução do aterro com rocha.
m) Nos aterros de acesso próximos dos encontros de pontes,
enchimento de cavas de fundações, trincheiras de bueiros bem como todas as áreas
de difícil acesso ao equipamento usual de compactação, os serviços deverão ser
definidos especificamente no projeto.
n) A presente especificação refere-se a aterros rochosos puros e
aterros de solos sobre rocha, separados e definidos, não estando incluídos aterros
com núcleo rochosos e aterros com solos e rochas misturados, que deverão fazer

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ATERROS COM ROCHA SOP-ES-T 07/19


PAG.: 04/05
parte de especificações complementares do projeto, quando indispensável seu
aproveitamento.
o) A camada final de aterro em rocha, subjacente à camada de
material selecionado, deverá ter espessura mínima de 0,60m e ser executada em
camadas de 0,30m. O material a ser empregado será proveniente da fonte rochosa
contendo finos e seus agregados mais graúdos deverão ter o diâmetro máximo igual
a 0,10m.
p) A camada sobreposta ao aterro com rocha, aqui denominada de
camada de material selecionado, deverá ser executada com solo, em no mínimo
duas camadas de 20cm, compactadas com a energia do proctor normal, a um grau
de compactação de 100%.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

5.1 As providências a serem tomadas visando à preservação do meio


ambiente referem-se à execução dos dispositivos de drenagem e da proteção
vegetal dos taludes previstos no projeto, para evitar erosões e o consequente
carreamento de material.
5.2 Deverão ser consultadas as recomendações previstas na DER-
ISA-04/96 – serviços de terraplenagem, bem como os programas ambientais
pertinentes ao plano básico ambiental e as recomendações e exigências dos órgãos
ambientais indicadas no projeto.

6 CONTROLE

6.1 Controle tecnológico


Somente as camadas finais do aterro em rocha terão controle
tecnológico, que deverão seguir os mesmos procedimentos adotados para o controle
de compactação de materiais granulares.

6.2 Controle geométrico


6.2.1 Camada final do aterro com rocha

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ATERROS COM ROCHA SOP-ES-T 07/19


PAG.: 05/05
O acabamento da plataforma de aterro será procedido
mecanicamente, de forma a alcançar-se a conformação da seção transversal do
projeto, admitindo-se as seguintes tolerâncias:
a) Variação da altura máxima de ± 0,05m para eixo e bordos;
b) Variação máxima da largura de + 0,30m para a semi-plataforma,
não se admitindo variação para menos.
O controle será efetuado por nivelamento de eixo e bordos.
6.2.2 Camadas de material selecionado serão controladas cada
uma, por nivelamento de eixo e bordos, admitindo-se as seguintes
tolerâncias:
a) Variação das cotas de projeto de  0,03m;
b) Variação máxima da largura de + 0,30 para a semi-plataforma,
não se admitindo variação para menos.

7 MEDIÇÃO

O volume transportado para os aterros em rocha já foi objeto de


medição, por ocasião da execução dos cortes. Para efeito de compactação, será
considerado o volume em m3 do aterro determinado de acordo com a seção
transversal do projeto.

8 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em


conformidade com a medição referida no item anterior. Ao final dos aterros com
rocha deverão ser atendidas todas as exigências do projeto para a proteção
ambiental.

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REVESTIMENTO PRIMÁRIO SOP-ES-T 08/19


PAG. 01/13

1 DEFINIÇÃO

Revestimento primário (RP) - é a camada de solo estabilizado,


superposta ao leito de uma estrada, que seja capaz de oferecer uma superfície de
rolamento de qualidade superior à do solo existente.

2 MATERIAIS

Os materiais utilizados no revestimento primário são os disponíveis na


região da estrada, podendo ser:
a) Solos lateríticos, que se caracterizam pela sua baixa
expansibilidade;
b) Solos não lateríticos, mistos ou constituídos de pedregulhos, areias,
siltes ou argilas;
c) Rochas britadas; e
d) Mistura de solos ou de solo com brita.

Os materiais ideais para revestimento primário devem possuir as seguintes


características:
a) O agregado graúdo (retido na peneira nº 4) ser constituído de
partículas duras e duráveis de fragmentos de pedras e apresentar uma percentagem
de desgaste, no ensaio Los Angeles, inferior a 50%;
b) O agregado miúdo (passando na peneira nº 4) ser constituído de
areia e de partículas finas que passem na peneira nº 200;
c) Todo material ser isento de matéria orgânica ou vegetal e se
enquadrar numa das seguintes faixas granulométricas:
PENEIRAS mm PERCENTAGEM PASSANDO, EM PESO
(ABNT) C D E F
25,4 (1") 100 100 100 100
9,52 (3/8") 50 - 85 60 - 100 - -
4,76 (Nº 4) 35 - 65 50 - 85 55 - 100 70 - 100
2,00 (Nº 10) 25 - 50 40 - 70 40 - 100 55 - 100
0,42 (Nº 40) 15 - 30 25 - 45 20 - 50 30 - 70
0,074 (Nº 200) 5 - 15 10 - 25 6 - 20 8 - 25

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REVESTIMENTO PRIMÁRIO SOP-ES-T 08/19


PAG. 02/13
d) Para solos lateríticos, a fração que passa na peneira nº 40 deve ter
um limite de liquidez inferior ou igual a 40% (LL ≤ 40) e um índice de plasticidade
entre 4% e 15% (4 ≤ IP ≤ 15);
e) Para solos não lateríticos, a fração que passa na peneira nº 40 ter
um limite de liquidez inferior ou igual a 35% (LL ≤ 35) e um índice de plasticidade
entre 4% e 9% (4 ≤ IP ≤ 9).

Poderão ser utilizados materiais fora das características geotécnicas


anteriores, desde que tenha um comportamento satisfatório como revestimento
primário, comprovado pela experiência regional, e sejam indicados no projeto.

Em regiões com escassez de materiais granulares, deverá ser evitada


a utilização de jazidas de solos com características de camada de base de
pavimentos flexíveis. Estas jazidas deverão ser preservadas para serem utilizadas
por ocasião da pavimentação da estrada.

3 EQUIPAMENTO

3.1 Todos os equipamentos devem ser cuidadosamente examinados


pela fiscalização, devendo receber a sua aprovação, sem o qual, não será dada à
ordem de serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.
3.2 O equipamento básico para a execução de um revestimento
primário é o seguinte:
a) Equipamentos de exploração da jazida de solos (trator de esteira, pá
carregadeira, caminhões basculantes);
b) Motoniveladora pesada com escarificador suficientemente potente
para destorroar e homogeneizar o material da camada cuja espessura após a
compactação possa atingir pelo menos 0,20m e de conformar a superfície;
c) Grade de discos, rebocada por um conveniente trator de pneus,
devendo ser capaz de complementar os trabalhos de destorroamento e
homogeneização do teor de água iniciados pela motoniveladora. Poderão ser
usados dispositivos tipo "pulvimixer";
d) Caminhão distribuidor de água;

60
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REVESTIMENTO PRIMÁRIO SOP-ES-T 08/19


PAG. 03/13
e) Rolo compressor, que poderá ser de pneus, pé de carneiro vibratório
(pata curta) ou liso vibratório.

4 EXECUÇÃO

4.1 O leito da estrada que irá receber o revestimento primário deverá


estar perfeitamente regularizado e consolidado, obedecendo às condições
geométricas de alinhamento, greide e seção transversal projetados.
4.2 A camada de revestimento primário terá em toda largura da
plataforma uma espessura constante de acordo com o projeto. A espessura da
camada será preferencialmente de 0,20m, não podendo ser inferior a 0,15m, nem
superior a 0,22m.
4.3 A execução de revestimento primário sem mistura ou com mistura
na pista envolve basicamente as seguintes operações:
a) Espalhamento;
b) Homogeneização dos materiais secos;
c) Umedecimento ou aeração e homogeneização da umidade;
d) Compactação;
e) Acabamento; e
f) Liberação ao tráfego.

4.3.1 Espalhamento
O espalhamento dos materiais depositados na plataforma se
fará com motoniveladora. O espalhamento será feito de modo que a camada fique
com espessura constante. Não poderão ser confeccionadas camadas com
espessuras compactadas superiores a 0,22m, nem inferiores a 0,15m. No caso de
dois materiais será feito primeiramente o espalhamento do material de maior
quantidade e sobre essa camada espalhar-se-á o outro material.

4.3.2 Homogeneização dos materiais secos


O material espalhado será homogeneizado com o uso combinado
de grade de disco e motoniveladora. A homogeneização prosseguirá até que

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REVESTIMENTO PRIMÁRIO SOP-ES-T 08/19


PAG. 04/13
visualmente não se distinga um material do outro. A pulverização dos materiais é
fundamental. Nessa fase serão retirados blocos de pedra, raízes e outros materiais
estranhos.

4.3.3 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização da umidade


Para atingir-se a faixa do teor de umidade na qual o material
será compactado, serão utilizados carros tanques para umedecimento,
motoniveladora e grade de discos para homogeneização da umidade e uma possível
aeração. A faixa de umidade para compactação terá como limites (hot – 2,0) % e
(hot + 1,0) %. É muito importante uma perfeita homogeneização da umidade para
uma boa compactação.

4.3.4 Compactação
A compactação deve ser executada preferencialmente com rolo
liso vibratório autopropulsor isoladamente ou em combinação com rolo vibratório pé-
de-carneiro autopropulsor (pata curta). No acabamento deve ser também utilizado o
rolo pneumático.

Deverá ser elaborada para um mesmo tipo de material uma


relação na pista entre o “número de coberturas do rolo versus grau de compactação”
para se determinar o número necessário de “coberturas” (passadas num mesmo
ponto) para atingir o grau de compactação (GC) especificado.

4.3.5 Acabamento
A operação de acabamento será executada com motoniveladora
e rolos compactadores usuais, que darão a conformação geométrica longitudinal e
transversal da plataforma, de acordo com o projeto.

Só será permitida a conformação geométrica por corte.

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PAG. 05/13
Imprescindível é a retirada das leiras nos bordos dos aterros
(conhecidos como "bigodes") para evitar a retenção de águas e ocorrências de
erosões nos locais de escoamento.

A declividade transversal deverá ser de 3% a 5%.

4.3.6 Liberação ao tráfego


Após a verificação e aceitação do intervalo trabalhado, o
revestimento primário está em condições de ser entregue ao tráfego.

4.4 Execução com mistura em usina

No caso de mistura de três materiais ou de mistura de solo com brita, a


mistura deverá ser feita em usina de solos.

A mistura deve sair da usina de solos perfeitamente homogeneizada,


num teor de umidade tal que, após o espalhamento na pista, esteja dentro da faixa
de “teor de umidade para compactação”.

O transporte da mistura da usina para a pista deve ser feito em


caminhões basculantes, ou outros veículos apropriados, tomando-se precaução para
que não perca ou adquira umidade (água de chuva). No espalhamento com
motoniveladora deverá ser observado a seguinte relação de umidade: h usina (%) 
(hot + 1,0) %.

O espalhamento deve ser feito de modo a conduzir a uma camada de


espessura constante, com espessura compactada no máximo de 0,22m e no mínimo
de 0,15m.

A compactação, o acabamento e a liberação ao tráfego serão


realizados como na execução na pista.

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PAG. 06/13
4.5 Conservação do revestimento primário

Os defeitos mais comuns no revestimento primário são as ondulações


perpendiculares à direção do tráfego ("costelas"), os buracos ("panelas") e o
carreamento de material lateralmente à estrada, causado pela ação do tráfego e/ou
erosão.

O trabalho de correção desses defeitos começa com a motoniveladora


escarificando a camada a uma profundidade que atinja a parte inferior das
ondulações ou dos buracos e em seguida, com passagens adicionais da
motoniveladora, remove-se o material para o centro da estrada, formando uma leira
central.

Caso haja necessidade de acréscimo de novo material, este deve ser


feito na quantidade correta logo após a escarificação da camada, devendo o mesmo,
compor também a leira central.

Em seguida procede-se igualmente ao descrito no item 4.3 (execução


de revestimento primário sem mistura ou com mistura na pista).

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados a ser observados visando à proteção do meio ambiente,


no decorrer das operações destinadas a execução da camada de revestimento
primário são:

5.1 Na exploração de jazidas:


5.1.1 O desmatamento, destocamento e limpeza serão feitos
dentro dos limites da área a ser escavada e o material retirado deverá ser estocado
de forma que, após a exploração da jazida, o solo orgânico resultante de
desmatamento possa ser espalhado na área escavada para reintegrá-la à paisagem;

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PAG. 07/13
5.2 Na exploração de pedreiras:
5.2.1 O produto de britagem somente será aceito após a
contratada apresentar a licença ambiental de operação da pedreira à supervisão
ambiental, que arquivará cópia da licença junto ao livro de ocorrências da obra;
5.2.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de
britagem em área de preservação ambiental;
5.2.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo
a minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e a possibilitar a recuperação
ambiental, após a retirada de todos os materiais e instalações de equipamentos;
5.2.4 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;
5.2.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações
do SOP-ES-T 02/19 – caminhos de serviço e DER-ISA- 02/96 – orientações
ambientais para abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso,
bem como os programas ambientais pertinentes ao plano básico ambiental e as
recomendações e exigências dos órgãos ambientais indicadas no projeto.
5.2.6 Deverão ser construídas, junto às instalações de britagem,
bacias de sedimentação para retenção de pó de pedra eventualmente produzidos
em excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para os cursos
d’água;
5.2.7 Caso a brita seja adquirida de terceiros, exigir
documentação atestando a regularidade das instalações, assim como, sua
operação, junto ao órgão ambiental competente.

5.3 Na execução
5.3.1 Os cuidados para proteção ambiental se referem à disciplina
do tráfego e do estacionamento dos equipamentos;
5.3.2 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos
fora do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação.
5.3.3 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de
manutenção dos equipamentos devem ser localizadas de forma que resíduos de
lubrificantes e/ou de combustíveis, não sejam levados até os cursos d’água.

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PAG. 08/13
6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Condições essenciais


a) Materiais
A condição essencial é que os materiais empregados no revestimento
primário tenham características satisfazendo a esta especificação e às
especificações complementares e particulares adotadas no projeto.

Cuidados especiais serão dedicados às explorações de jazidas de


solos quanto ao modo de exploração e quanto a natureza dos materiais obtidos,
para que não sejam levados para a pista materiais diferentes dos indicados no
projeto.

b) Execução
A condição essencial para garantir uma boa execução é que o grau de
compactação (GC) atinja o mínimo especificado.

Para o controle tecnológico de revestimento primário são obrigatórias


as seguintes exigências mínimas:

6.1.1 Determinação no campo da faixa de umidade ótima de


compactação hot e da massa específica aparente seca máxima – Ds. máx.

A compactação deve ser realizada com a umidade ótima dada por uma
curva de compactação com um mínimo de cinco pontos e com amostra não
trabalhada (DNIT-164/2013-ME – energia intermediária ou a indicada no projeto), as
umidades sendo determinadas com o speedy (DNER-ME 52/94) ou com o álcool
(DNER-ME 88/94), colhida para cada segmento uniforme a executar de material já
homogeneizado a seco, com extensão máxima de 300m ou a cada 100m no caso de
heterogeneidade.

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PAG. 09/13
Obtém-se, então, para cada segmento uniforme a executar (100 a
300m) uma hot e uma Ds.máx., de referência. Como a construtora só poderá iniciar
a fase de umedecimento (ou aeração) com o conhecimento de umidade ótima, o
ensaio acima deve ser realizado o mais rápido possível. Ele pode ser executado no
local da obra caso se disponha de uma “base” conveniente para o corpo de prova e
de uma “proteção contra o vento” para a balança; em caso contrário deve-se enviar
as amostras para o laboratório de campo em sacos plásticos (constância de
umidade).

6.1.2 Controle do teor de umidade da compactação (hc)


Serão feitas “n” determinações aleatórias de hc antes da compactação
de um segmento uniforme com espaçamento de 100m aproximadamente e no
mínimo duas determinações.

Só será permitida a compactação se todos os resultados estiverem


dentro do intervalo (hot – 2,0) % a (hot + 1,0) %.

6.1.3 Controle do grau de compactação – GC


GC é definido como a relação percentual entre a massa específica
aparente seca Ds, geralmente chamada de “densidade aparente seca”, e a massa
específica aparente seca máxima (Ds,máx) (ou “densidade aparente seca máxima”).
Ds
GC  x 100 , onde:
D S,máx

Ds – obtida “in situ” (DNER-ME 92) densidade in situ com o frasco de


areia – speedy ou álcool;
Ds,máx – obtida com energia intermediária – 26 golpes ou a indicada
no projeto

A cada no máximo 100m de pista, na ordem: bordo direito – eixo –


bordo esquerdo – bordo direito, etc., a 0,40m do bordo da plataforma, determina-se
a Ds “in situ” e, considerando-se a Ds,máx correspondente (a pertencente ao
segmento uniforme, no qual se fez determinação de Ds “in situ”) determina-se o GC.

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PAG. 10/13
Para que certa extensão de revestimento primário seja considerada
“aprovada” (AP) é necessário que em todos os seus N pontos ensaiados tenha-se
GC ≥ 100% (sendo N ≥ 2). Em caso contrário a extensão de RP é considerada não
aprovada. Nesse caso, o engenheiro fiscal mandará repetir os ensaios e,
continuando a desaprovação, dever-se-á escarificar e recompactar a extensão de
influência do ponto considerado.

Após a obtenção de N = 9 resultados, calcular-se-á o desvio padrão


pela fórmula:

s   (Xi - X) 2 / N - 1 ; considerando a compactação homogênea se s ≤

1,6.
Sendo Xi = cada um dos graus de compactação individuais;
X = média dos graus de compactação;

N = número de determinações;
s = desvio padrão.
Se após cinco conjuntos de N = 9 resultados, consecutivos ou
acumulados, a inequação acima não for satisfeita, o engenheiro fiscal paralisará o
serviço de compactação e procederá a um minucioso exame dos equipamentos e da
técnica de execução empregadas, tomando então as medidas julgadas cabíveis.

6.2 Ensaios de caracterização do solo

Para o controle das características dos materiais utilizados na pista,


recomenda-se a realização dos ensaios de granulometria, limite de liquidez, limite de
plasticidade e cálculo do índice de plasticidade com amostras coletadas na pista a
cada 500 metros, no máximo.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de cotas

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PAG. 11/13
Após a execução da camada de revestimento primário, proceder-se-á a
relocação e o nivelamento do eixo, e dos bordos da plataforma (três pontos por
estacas) para a determinação das cotas de execução que deverão ser comparadas
com as cotas de projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle de


cotas do revestimento primário será feito nos bordos de cada faixa de tráfego.

Não será tolerado nenhum valor individual de cota fora do intervalo (C


– 3,0) cm e (C + 3,0) cm, sendo C a cota do projeto para o ponto considerado. O
serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

7.2 Controle de espessura

A espessura da camada de revestimento primário será controlada no


eixo e nos bordos da plataforma, por comparação entre as cotas dos pontos
correspondentes nivelados na regularização do leito estradal.

Serão admitidas as seguintes tolerâncias:


a) Para o valor individual de espessura: o intervalo (h – 3) cm a (h + 3)
cm, sendo h = espessura do projeto.
b) Para a espessura mínima estatística do segmento a ser controlado:
hmin ≥ (h – 2,0) cm, calculando-se hmin pela seguinte fórmula:
hmin = X - KS
 Xi
Onde X  ; s   (Xi - X)2 / N - 1
N
Xi = valor individual da espessura; N = número de valores
K dado em função do número de amostras pela tabela 2 da
especificação SOP-ES-CE 01/19, a seguir:
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante

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PAG. 12/13
Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do
intervalo especificado e de espessura mínima estatística inferior à espessura do
projeto em mais de dois centímetros. O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

7.3 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20m) será determinada:


a) a largura da plataforma, com trena;
b) a flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

O “serviço será aprovado” – (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se, para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias “não forem ultrapassados”:
a) ±10cm quanto a largura
b) Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta.

O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

8 MEDIÇÃO

O revestimento primário será medido pelo volume (V) da camada


concluída, em metros cúbicos, calculado pela seção de projeto:
V = área da seção de projeto x extensão executada

A recuperação de jazida será medida pela área recuperada, em metros


quadrados.

9 PAGAMENTO

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REVESTIMENTO PRIMÁRIO SOP-ES-T 08/19


PAG. 13/13
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais para o
volume de revestimento primário executado e para a área de jazida recuperada,
medidos conforme o item anterior, estando neles incluídos todos os custos das fases
de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos, ferramentas, mão de
obra, encargos, transportes, impostos, eventuais, bem como a indenização de
materiais e lucro. No decorrer dos serviços e no final do revestimento primário
deverão ser atendidas todas as exigências do projeto referentes a proteção
ambiental.

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DEPÓSITO DE MATERIAIS EXCEDENTES SOP-ES-T 09/19


PAG.: 01/04

1 DEFINIÇÃO

Depósito de materiais excedentes (bota-fora) são os locais previamente


definidos em projeto e/ou indicados pela fiscalização, de materiais provenientes da
escavação de solo mole, materiais de 1ª, 2ª e 3ª categorias considerados
inadequados, ou materiais em excesso que não forem integrados ao corpo estradal.

O deposito de materiais, quando necessário, deve ser complementado


por pequenas obras para estabilização, drenagem de águas contra erosões e outros
serviços que vierem a ser necessários, definidos em projeto ou a critério da
fiscalização.

2 EQUIPAMENTOS

A implantação dos depósitos será executada mediante a utilização de


equipamento adequado, a par do emprego acessório de serviços manuais.

3 LOCALIZAÇÃO

Os locais mais propícios para se constituírem em áreas de depósitos


são: crateras de exploração desativadas, áreas abertas improdutivas, voçorocas em
fase de formação, aterros sanitários, depósitos de resíduos sólidos e, no caso de
solos, sopés jusantes de aterros afastados de talvegues.
Não é permitido o uso de áreas localizadas em:
a) Reservas florestais, ecológicas;
b) Preservação cultural;
c) Áreas de mananciais e nascentes de água;
d) Áreas particulares lindeiras à faixa de domínio, mesmo que
improdutivas;
e) Sob pontes e viadutos.

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DEPÓSITO DE MATERIAIS EXCEDENTES SOP-ES-T 09/19


PAG.: 02/04
Os locais para disposição dos materiais serão indicados pelo projeto,
pela fiscalização ou pela própria executante. entretanto o local somente deve ser
considerado apto quando aprovado pela fiscalização e pelo órgão ambiental
responsável.

4 EXECUÇÃO

O material destinado ao depósito de material excedente deve ser


descarregado e espalhado.

É proibida a disposição dos materiais pelo simples descarregamento


em forma de monte.

Quando previsto no projeto ou quando exigido pela fiscalização da


SOP-CE, os materiais devem ser depositados em espessuras que permitam a sua
compactação através das passagens do equipamento durante o espalhamento do
material. A camada final deve receber pelo menos quatro passadas de
compactação, ida e volta do equipamento.

Os depósitos destinados à deposição de solos moles e brejosos devem


ser providos de diques compactados e drenados para retenção dos materiais.

Na deposição dos materiais a executante deve proceder de tal forma


que durante e após o término das operações:
a) Não haja possibilidade de assoreamento de cursos de água, açudes
ou lagos próximos, pelo carreamento de material por enxurradas;
b) Se necessário, devem ser executadas obras de contenção com
drenagem adequada e proteção contra a erosão dos taludes;
c) Os taludes devem ter inclinação suficiente para evitar
escorregamentos.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DEPÓSITO DE MATERIAIS EXCEDENTES SOP-ES-T 09/19


PAG.: 03/04
Os matacões devem ser dispostos em terrenos de pouca declividade,
determinados pela fiscalização, de maneira que não ocorram deslizamentos, se
possível, deve-se confiná-los com materiais de primeira categoria.

A executante deve ser a única responsável pelo desempenho do


serviço, inclusive as correções ou reconstruções que se fizerem necessárias.

5 CONTROLE

O controle é feito visualmente sendo observado o aspecto de


segurança, acabamento e garantia contra erosões.

Os serviços serão aceitos após a comprovação de que o depósito


esteja totalmente concluído, e apresente condições satisfatórias de segurança,
acabamento e não possua processos de erosão ocasionados pela ação do
escoamento das águas.

A aprovação é feita por apreciação visual dos serviços executados.

6 PROTEÇÃO AMBIENTAL

A executante deve licenciar a área de depósito de materiais de


excedentes, localizada fora da faixa de domínio, junto ao órgão ambiental
responsável, antes de qualquer deposição de material na área prevista. Deve ser
evitada a localização de depósito de materiais excedentes em áreas com restrições
ambientais e de boa aptidão agrícola.

Deve ser observada a resolução CONAMA 307/2002 que estabelece


diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

Deve ser feita a recuperação vegetal da área após a conformação final


do depósito, de acordo com projeto licenciado pelo órgão ambiental, considerando,
no mínimo:

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DEPÓSITO DE MATERIAIS EXCEDENTES SOP-ES-T 09/19


PAG.: 04/04
a) Aspergir água permanentemente nos trechos poeirentos,
principalmente nas passagens por áreas habitadas;
b) O revestimento vegetal dos taludes, quando previsto, deve ser
executado imediatamente após a execução;
c) Implantar, caso necessário, sistema de drenagem provisório e de
controle de processos erosivos;
d) O desmatamento, destocamento e limpeza da área devem ser
executados de acordo com a especificação SOP-ES-T 01/19 (serviços preliminares),
dentro do limite da área licenciada, e o material retirado deve ser estocado de forma
que o solo orgânico possa ser reutilizado na recuperação da área;
e) As áreas devem ser mantidas, convenientemente drenadas de modo
a evitar o acúmulo das águas;

7 MEDIÇÃO

O Projeto indicará os serviços que serão necessários executar nos


depósitos de materiais excedentes e a forma de medi-los.

8 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais em


conformidade com a medição referida no item anterior. Em conformidade com os
atendimentos das conformidades e dos condicionantes ambientais.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

REMOÇÃO DE SOLOS MOLES SOP-ES-T 10/19


PAG. 01/05
1 DEFINIÇÃO

Solos moles ou materiais brejosos são depósitos de solos orgânicos,


turfas, areias muito fofas ou solos hidromórficos em geral, que ocorrem em áreas
baixas; mangues, brejos, várzeas de rios e planícies de sedimentação marinha ou
lacustre.

Remoção de solos moles é o processo de escavação total ou parcial da


camada de solo de baixa resistência ao cisalhamento, ou elevada resiliência,
incluindo a carga e o transporte necessários para posterior execução da obra que o
sobreporá.

A remoção de solos moles deve ser indicada no projeto, ou a critério da


fiscalização, decorrente da comprovação de sua ocorrência através de sondagens e
viabilidade técnico- econômica de sua remoção.

As operações de remoção do solo compreendem:


a) Execução dos serviços de desmatamento e limpeza.
b) Escavação dos materiais constituintes do terreno natural até a
profundidade indicada no projeto ou a critério da fiscalização.
c) Transporte dos materiais escavados para depósitos de material
excedente conforme a especificação SOP-ES-T 09/19 - Depósito de materiais
excedentes.

2 MATERIAIS

Compreendem solos que não apresentam em seu estado natural


capacidade de suporte para apoio direto dos equipamentos usuais de escavação.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

REMOÇÃO DE SOLOS MOLES SOP-ES-T 10/19


PAG. 02/05
Esta classificação abrange solos localizados acima e abaixo do nível
d’água, com teor de umidade elevado, e que apresentam, geralmente, SPT ≤ 2
(Standard Penetration Test).

3 EQUIPAMENTO
Serão empregadas escavadeiras de arrasto tipo dragline,
complementadas por outros equipamentos citados na SOP-ES-T 04/19 – Cortes.

Para execução dos serviços de escavação deve-se utilizar, para


complementar, os equipamentos destinados à manutenção de caminhos de serviços,
áreas de trabalho e esgotamento das águas das cavas de remoção. Tais atividades
devem ser previstas pela executante para garantia da qualidade dos trabalhos.

4 EXECUÇÃO
a) A escavação subordinar-se-á aos elementos técnicos fornecidos ao
executante e constante das notas de serviço elaboradas em
conformidade com o projeto;
b) A escavação será precedida da execução dos serviços de
desmatamento e limpeza;
c) Os taludes da escavação deverão apresentar, após a operação de
remoção, a inclinação indicada no projeto;
d) Em locais de terreno alagado, toda área de escavação, sempre que
possível, deve ser previamente drenada antes das operações de
escavação e carga do material. A água da área deve ser removida
por meio de valetas de drenagem, drenos de talvegue,
bombeamento ou qualquer outro processo com eficácia comprovada
e que seja economicamente viável. Estes processos devem estar
especificados no projeto ou serem indicados pela fiscalização;
e) Quando for executada abertura de valas (para drenagem da água) a
escavação deve preferencialmente ser de jusante para montante.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

REMOÇÃO DE SOLOS MOLES SOP-ES-T 10/19


PAG. 03/05
f) Quando as paredes das valas apresentarem instabilidade, a
fiscalização deve determinar o seu preenchimento com material
inerte, envolvido ou não por manta filtrante;
g) Em locais cuja inclinação do terreno não permita a drenagem da
área por gravidade, deve ser executado poço de captação, para o
qual devem ser conduzidas as águas para posterior esgotamento do
poço por meio de bombeamento;
h) O material escavado deve ser transportado para fora da faixa de
construção e depositado em local indicado pelo projeto ou pela
fiscalização, de modo que não interfira com a construção da rodovia;
i) A deposição do material deve obedecer a SOP-ES-T 09/19 –
Depósito de materiais excedentes.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL
Nas operações destinadas à execução de remoção de solos moles
serão exigidos os seguintes cuidados visando à proteção do meio ambiente:
a) A deposição do material removido deve obedecer a SOP-ES-T
09/19 – Depósito de materiais excedentes.
b) Os taludes dos depósitos de materiais excedentes deverão ter
inclinação suficiente para evitar escorregamentos;
c) Os depósitos de materiais excedentes serão executados de forma
a evitar que o escoamento das águas pluviais possa carrear o material depositado,
transportando-o para os vales, causando assoreamento dos cursos d’água;
d) Deverá ser feito revestimento vegetal dos depósitos de materiais
excedentes, após sua conformação final, para serem incorporados a paisagem local;
e) As áreas dos depósitos de materiais excedentes poderão ser
tratadas com revestimento vegetal, com a finalidade de protegê-las de processos
erosivos e também atenuar a agressão ao meio ambiente, através do
embelezamento paisagístico.

78
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

REMOÇÃO DE SOLOS MOLES SOP-ES-T 10/19


PAG. 04/05
f) Serão obedecidas as recomendações contidas nos programas
ambientais pertinentes ao plano básico ambiental e as recomendações e exigências
dos órgãos ambientais indicadas no projeto.

6 CONTROLE
A escavação da remoção deverá obedecer às cotas projetadas de
forma a alcançar-se a conformação da seção transversal de projeto, admitidas as
seguintes tolerâncias:
a) Variação de altura máxima para o eixo e bordos: ± 0,20 m;
b) Variação máxima de largura de escavação: + 1,00 m para cada
semi-plataforma, não se admitindo variação negativa.

7 MEDIÇÃO
A medição efetuar-se-á levando em consideração o volume extraído,
medido no corte, e a distância de transporte entre este e o local de depósito,
obedecidas as seguintes indicações:
a) O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da
“média das áreas”;
b) A distância de transporte será medida em projeção horizontal, ao
longo do percurso seguido pelo equipamento transportador, quando
carregado, entre os centros de gravidade das massas. Referido
percurso, cuja definição é subordinada a critérios técnicos e
econômicos, será objeto de aprovação prévia da fiscalização;
c) A proteção vegetal para bota-fora deverá obedecer às
especificações SOP–ES–CE–01/19 – Proteção vegetal com
utilização de gramíneas ou leguminosas e será medida pela área
efetivamente tratada, em metros quadrados.

79
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

REMOÇÃO DE SOLOS MOLES SOP-ES-T 10/19


PAG. 05/05
8 PAGAMENTO
a) Os serviços de remoção de solos moles serão pagos pelos preços
unitários contratuais, em conformidade com a medição referida no item anterior,
estando neles incluídos todos os custos das fases de execução, utilização de
equipamentos, veículos, ferramentas, mão de obra, encargos sociais, transportes,
impostos, lucros e eventuais atividades necessárias aos serviços;
b) Os serviços de proteção vegetal, se houver, serão pagos pelo preço
contratual, em conformidade com o critério de medição, estando nele incluído todos
os custos das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos,
ferramentas, aquisição de materiais, transportes, mão de obra, encargos, impostos,
eventuais e lucros. E, também, com os atendimentos das conformidades e das
condicionantes ambientais.

80
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

5 – ESPECIFICAÇÕES DE DRENAGEM

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

SARJETAS E VALETAS SOP-ES-D 01/19


PAG. 01/06

1 DEFINIÇÃO

Sarjetas são dispositivos de drenagem que se aplicam a cortes, greides


colados, aterros, ilhas de interseções e canteiros centrais. Valetas são dispositivos
de drenagem que se aplicam as cristas de cortes ou aos pés de aterros.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de drenagem, a saber:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para
concreto de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassa: SOP-OAE 02/19 – Concretos e
argamassas.
 Formas: (guias): SOP- OAE 05/19 – Formas e cimbres.

O concreto para sarjetas e valetas comuns são dosados


experimentalmente para uma resistência mínima aos 28 dias de fck = 10 MPa. Para
sarjetas e valetas especiais o projeto é que fixará a resistência à compressão.

O concreto poderá ser preparado no local da obra, em betoneiras


apropriadas, ou recebido pronto para emprego imediato. Em qualquer caso deverá
ser obedecida a ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

3 EXECUÇÃO

3.1 Sarjetas e valetas revestidas de concreto

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SARJETAS E VALETAS SOP-ES-D 01/19


PAG. 02/06
As sarjetas e valetas revestidas de concreto deverão ser moldadas “in
loco” ou pré-moldadas, atendendo ao disposto no projeto.

A execução das sarjetas de corte deverá ser iniciada após a conclusão


de todas as operações de pavimentação que envolvam atividades na faixa anexa.

No caso de valetas de proteção a execução pode ser iniciada após a


conclusão das operações de terraplenagem.

A execução das sarjetas e valetas revestidas de concreto


compreenderá as seguintes etapas:

1a) Preparo e regularização da superfície de assentamento:

Esta etapa será executada mediante operações manuais que


envolverão cortes e/ou aterros de forma a se atingir a geometria projetada para cada
dispositivo. No caso de valetas de proteção de aterros ou cortes admite-se,
opcionalmente, a associação mecânica, mediante emprego de lâmina de
motoniveladora ou retroescavadeira. Os materiais empregados nestas etapas serão
os próprios solos existentes no local, ou mesmo material excedente da
pavimentação, no caso de sarjetas de corte. De qualquer modo, a superfície de
assentamento deverá resultar firme e bem desempenada;

2a) Disposição do material escavado

Para as sarjetas os materiais escavados e não utilizados nas


operações de preparo e regularização da superfície de assentamento serão
destinados à bota-foras, estes devendo ser feitos próximos aos pontos de passagem
(PP) e de modo a não prejudicar o escoamento das águas superficiais. Para as
valetas os materiais escavados serão aproveitados, respectivamente, para execução
de uma banqueta de material apiloado a jusante da valeta de proteção de corte, ou
para conformar o terreno, na região situada entre o lado de jusante da valeta de
proteção de aterro e os off-sets do aterro;

83
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SARJETAS E VALETAS SOP-ES-D 01/19


PAG. 03/06
3a) Instalação das guias de referências:

As guias de madeira que servirão de referência para a concretagem


serão instaladas segundo a seção transversal de cada dispositivo, espaçadas de
2m;

4a) Concretagem:

A concretagem envolverá o seguinte plano executivo:

a) Lançamento do concreto em panos alternados;


Espalhamento e acabamento do concreto mediante emprego de
ferramentas manuais, em especial de uma régua que, apoiada nas
duas guias adjacentes, permitirá a conformação da sarjeta ou
valeta à seção pretendida;

b) Retirada das guias dos panos concretados, tão logo se constate o


suficiente endurecimento do concreto aplicado;

c) Espalhamento e acabamento do concreto nos panos


intermediários, utilizando-se como apoio para a régua de
desempeno o próprio concreto dos panos anexos;

5a) Juntas:

A Sexta guia de cada segmento só será retirada após a concretagem


dos dois panos anexos. Em seu lugar será executada uma junta de
dilatação, vertendo-se cimento asfáltico previamente aquecido. Desta
forma resultarão juntas espaçadas de 12m.

3.2 Sarjetas e valetas não revestidas

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SARJETAS E VALETAS SOP-ES-D 01/19


PAG. 04/06
As sarjetas e valetas não revestidas aplicam-se a locais em que se
associam moderadas precipitações com materiais resistentes à erosão e/ou baixas
declividades longitudinais. Sua execução compreende as operações descritas na
primeira e segunda etapa do subitem 3.1 – Sarjetas e valetas revestidas de
concreto.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


recomendações, visando a proteção do meio ambiente:

4.1.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser


removido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimento,
cuidando-se ainda que este material não seja levado para os cursos d’água, de
modo a não provocar assoreamento;

4.1.2 Nas saídas dos dispositivos deverão ser executadas obras de


proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água;

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a destruição desnecessária da vegetação, assim como interferência na drenagem
natural;

4.1.4 Nas áreas de bota-fora necessário a realização de valas de


saída, deverão ser evitados os lançamentos de materiais de escavação que possam
prejudicar o sistema de drenagem superficial;

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico e de acabamento

85
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SARJETAS E VALETAS SOP-ES-D 01/19


PAG. 05/06
A fiscalização apreciará de forma visual as características de
acabamento das sarjetas e valetas executadas. Adicionalmente, serão avaliadas as
características geométricas destes dispositivos, de acordo com o seguinte plano de
amostragem:

a) Sarjetas e valetas com revestimento em concreto:

– Determinação da espessura da camada de concreto aplicada, à


razão de 1 ponto a cada 200 metros. A determinação da espessura
será feita quando da retirada das guias do primeiro conjunto de
panos concretados, em pontos aleatoriamente selecionados pela
fiscalização.

– Determinação das dimensões transversais do dispositivo, por


medidas a trena, nos mesmos pontos em que forem procedidas
determinações das espessuras.

b) Sarjetas e valetas não revestidas:

– Determinação das dimensões transversais do dispositivo, razão de 1


ponto a cada 200 metros, por medidas a trena.

5.2 Controle tecnológico

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado pelo


rompimento de corpos de prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, com
base no que dispõe a ABNT NBR 5739. Para tal, deverá ser estabelecida,
previamente, a relação experimental entre as resistências à compressão simples aos
28 e aos 7 dias.

5.3 Aceitação

86
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SARJETAS E VALETAS SOP-ES-D 01/19


PAG. 06/06
O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes
condições:

1a) O acabamento seja julgado satisfatório;


2a) As dimensões transversais avaliadas não difiram das de projeto de
mais do que 5%, em pontos isolados;
3a) Todas as medidas de espessuras efetuadas encontram-se situadas
no intervalo de  5% em relação à espessura de projeto;
4a) A resistência à compressão simples será determinada para cada
sarjeta ou cada valeta, com amostra do concreto coletada no local
da obra, segundo o prescrito na ABNT – NBR 5739 (Concreto –
ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos). A sarjeta ou
a valeta que for feita com concreto apresentando resistência à
compressão simples inferior a especificada no projeto não será
aceita, devendo ser demolida e refeita, todos os ônus para o
construtor.

6 MEDIÇÃO

As sarjetas e valetas serão medidas, de acordo com o tipo projetado,


pela determinação das extensões efetivamente executadas, incluídas as respectivas
saídas d’água, expressas em metros lineares.

7 PAGAMENTO

O pagamento será feito ao preço unitário contratual para cada


dispositivo, o qual deverá remunerar toda a mão de obra, ferramentas, encargos e
eventuais, escavação, apiloamento, caiação em duas demãos, materiais e
transportes necessários à completa execução dos dispositivos, inclusive execução
de juntas.

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MEIOS-FIOS (BANQUETAS) SOP-ES-D 02/19


PAG. 01/06
1 DEFINIÇÃO

Meios-Fios são dispositivos de drenagem que se aplicam a aterros,


canteiros centrais e à elementos de interseções para drenagem e canalização do
tráfego.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de drenagem, a saber:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto de
cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassa: SOP-ES-OAE 02/19 – Concretos e
argamassas.
 Formas: (guias): SOP-ES- OAE 05/19 – Formas e cimbres.

O concreto para meios-fios (banquetas) comuns, localizados em bordos


de acostamentos, são dosados experimentalmente para uma resistência mínima aos
28 dias de fck = 10 MPa. Para meios-fios especiais, como por exemplo em bordo de
faixa de tráfego, com eventuais impactos de pneus dos veículos, o projeto é que
fixará a resistência à compressão.

O concreto poderá ser preparado no local da obra, em betoneiras


apropriadas, ou recebido pronto para emprego imediato. Em qualquer caso deverá
ser obedecida a ABNT – NBR 12655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

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MEIOS-FIOS (BANQUETAS) SOP-ES-D 02/19


PAG. 02/06
3 EXECUÇÃO

3.1 Processo executivo básico

O processo executivo básico aqui considerado refere-se ao emprego de


meios-fios moldados “in loco” com emprego de formas, compreendendo as seguintes
etapas:

1a) Execução da cava da base do meio-fio obedecendo aos


alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;
2a) Execução de base de concreto para regularização e apoio dos
meios-fios;
3a) Instalação de formas do dispositivo;
4a) Lançamento e vibração do concreto;
5a) Retirada das formas;
6a) Execução de juntas de dilatação, a intervalos de 12 m, preenchidas
com asfalto.

3.2 Processos executivos alternativos

Opcionalmente e a exclusivo critério da fiscalização, poderão ser


adotados outros procedimentos executivos, a saber:

a) Meios-fios pré-moldados

Este processo executivo refere-se ao emprego de meios-fios pré-


moldados de concreto de cimento Portland ou de rocha, envolvendo as seguintes
etapas construtivas:

1a) Escavação da cava para assentamento do meio-fio obedecendo aos


alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;

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MEIOS-FIOS (BANQUETAS) SOP-ES-D 02/19


PAG. 03/06
2a) Execução, quando for necessário, de base de brita ou areia para
regularização e apoio dos meios-fios;
3a) Instalação e assentamento dos meios-fios pré-moldados, de forma
compatível com o projeto-tipo considerado;
4a) Rejuntamento das peças com argamassa cimento-areia, traço 1:4.

Os meios-fios, em concreto de cimento Portland, deverão ser pré-


moldados em formas metálicas ou de madeira revestida que conduza a igual
acabamento, sendo submetidos a adensamento por vibração. As peças deverão ter
no máximo 1m, devendo esta dimensão ser reduzida para segmentos em curva.

b) Meios-fios “in loco” com formas deslizantes

Este segundo procedimento alternativo refere-se ao emprego de formas


metálicas deslizantes, acopladas a máquinas automotrizes (moldagem por extrusão),
compreendendo as etapas de construção relacionadas a seguir:

1a) Escavação da cava da base do meio-fio, obedecendo aos


alinhamentos, cotas e dimensões indicadas no projeto;
2a) Execução, quando for necessário, de base de concreto para
regularização e apoio dos meios-fios;
3a) Lançamento, por extrusão, do concreto.

3.3 Encosto ou arrimo do meio-fio

Quando o meio-fio não serve de limite de calçada, passeio ou canteiro


preenchido, faz-se necessário um encosto ou arrimo de solo apiloado, no lado
externo, para auxiliar o meio-fio a resistir a pequenos impactos e, também, evitar o
seu tombamento no talude do aterro. Este encosto ou arrimo proporciona também o
confinamento do pavimento, não menos importante.

3.4 Caiação

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MEIOS-FIOS (BANQUETAS) SOP-ES-D 02/19


PAG. 04/06
Os meios-fios receberão ao final de sua implantação uma caiação em
duas demãos, para sua visualização e dos limites da plataforma estradal.

O projeto de sinalização poderá indicar uma pintura com tinta amarela,


aproveitando o meio-fio como sinal de proibição de estacionamento de veículos.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


recomendações, visando a proteção do meio ambiente:

4.1.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser


removido e depositado em locais que não prejudiquem o escoamento das águas,
cuidando-se ainda que este material não seja levado para os cursos d’água, de modo
a não provocar assoreamento;

4.1.2 Nas saídas d’água dos dispositivos deverá ser executada obras de
proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água;

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar a
destruição desnecessária da vegetação, assim como interferência na drenagem
natural;

5 CONTROLES E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle das condições de acabamento dos meios-fios de concreto


será feito, pela fiscalização, em bases visuais.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

MEIOS-FIOS (BANQUETAS) SOP-ES-D 02/19


PAG. 05/06
O controle geométrico consistirá em medidas a trena das dimensões
externas dos meios-fios aplicados, definidos aleatoriamente ao longo do trecho.

5.2 Controle tecnológico

O controle tecnológico do concreto utilizado na moldagem “in loco” ou


em meios-fios pré-moldados, de concreto de cimento Portland, será realizado pelo
rompimento de corpos de prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de
acordo, com o prescrito na ABNT NBR 5739 (Ensaio de compressão a corpos de
prova cilíndricos) para controle assistemático. Para tal, deverá ser estabelecida,
previamente, a relação experimental entre as resistências à compressão simples aos
28 e aos 7 dias.

5.3 Aceitação

O serviço será considerado como aceito desde que atendidas as


seguintes condições:

1a) O acabamento seja julgado satisfatório;


2a) As dimensões externas do dispositivo não difiram das de projeto de
mais do que 5%, em pontos isolados; e
3a) A resistência à compressão simples estimada (fck) aos sete dias,
determinada segundo o prescrito na ABNT NBR 5739 (Concreto –
ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos) para controle
assistemático, seja superior à resistência característica
especificada, para os meios-fios de concreto de cimento Portland.

6 MEDIÇÃO

Os meios-fios serão medidos, de acordo com o tipo empregado, pela


determinação da extensão executada, expressa em metros lineares.

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MEIOS-FIOS (BANQUETAS) SOP-ES-D 02/19


PAG. 06/06
7 PAGAMENTO

O pagamento será feito ao preço unitário contratual para cada tipo de


dispositivo, o qual deverá remunerar toda a mão de obra, ferramentas e
equipamentos, encargos e eventuais, escavação, execução da proteção externa em
solo apiloado, caiação em duas demãos, materiais e transportes necessários à
completa execução do dispositivo.

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ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

Entradas d’água são dispositivos de drenagem que coletam as águas


conduzidas por meios-fios ou sarjetas e as conduzem às descidas d’água, em
pontos baixos ou em pontos de greide contínuo em que a vazão-limite dos
dispositivos de condução longitudinal é atingida. No caso de pontos baixos a entrada
d’água recebe fluxo pelos dois lados e no caso de greide contínuo, apenas do lado
de montante.

Descidas d’água são dispositivos destinados a conduzir as águas


canalizadas pelos meios-fios ou sarjetas através do talude de aterro até o terreno
natural. Nas obras da SOP-CE são usadas descidas d’água de concreto armado
(preparo no local), descidas d’água em calhas pré-moldadas de concreto e as
descidas d’água em calhas metálicas corrugadas.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de drenagem, a saber:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassa: SOP-ES-OAE 02/18 – Concretos e
argamassas.
 Aço: SOP-ES-OAE 03/18 - Armaduras para concreto armado.
 Formas: (guias): SOP-ES-OAE 05/18 – Formas e cimbres.

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ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
PAG. 02/08
O concreto utilizado deverá ser dosado experimentalmente para uma
resistência característica à compressão (fck) min., aos 28 dias de 13,5 MPa.

O concreto poderá ser preparado no local da obra, em betoneiras


apropriadas ou recebido pronto para emprego imediato. Em qualquer caso deverá
ser obedecida a ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

As calhas metálicas corrugadas, quando empregadas, deverão


apresentar diâmetro de 60cm e espessura de chapa de 2mm. Normalmente serão
utilizadas chapas galvanizadas, salvo em caso onde sejam previstas condições
agressivas, como em regiões litorâneas, quando então é recomendada a utilização
de chapas revestidas com epóxi. O fabricante deverá ser cientificado das condições
de utilização vigentes no local, e assegurar a adequação do produto fornecido.

3 EXECUÇÃO

3.1 Entradas D’água

As etapas executivas a serem seguidas são as seguintes:

1a) Preparação e regularização da superfície de apoio da entrada


d’água, utilizando-se processos manuais e solos locais ou materiais
excedentes de pavimentação;
2a) Prolongamento dos meios-fios ou sarjetas de aterro, por deflexão
de seus alinhamentos, atendendo ao projeto-tipo considerado;
3a) Instalação das formas eventualmente necessárias;
4a) Lançamento e espalhamento do concreto, formando o piso da
entrada d’água. Nesta etapa serão feitos os ajustes necessários ao
encaixe com a descida d’água previamente executada;
5a) Concretagem da barreira transversal, para o caso de entradas
d’água em greide contínuo; e

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
PAG. 03/08
6a) Retirada das formas, após período inicial de cura.

3.2 Descidas d’água em calha de concreto armado

São constituídas por calhas de concreto armado moldado “in loco”. As


etapas executivas a serem seguidas são as seguintes:
1a) Escavação da cava de assentamento da calha, inclusive redentes
de ancoragem, impondo-se um excesso lateral destinado à
instalação de formas;
2a) Compactação da superfície resultante da escavação;
3a) Instalação das formas;
4a) Instalação das armaduras do piso e das alas;
5a) Concretagem da calha a partir de sua porção inferior;
6a) Retirada das formas, após cura do concreto;
7a) Complementação das laterais com solo local compactado.

3.3 Descidas d’água em meia-cana pré-moldada de concreto

Estes dispositivos são constituídos por uma meia-cana de concreto


pré-moldada assentada conforme definido em projeto. As etapas executivas são as
seguintes:

1a) Escavação da cava ao longo do talude de aterro, de forma a


comportar o berço de assentamento, se especificado no projeto.
Nesta etapa serão também efetuadas escavações para execução
dos redentes de ancoragem, conforme prescrito no projeto-tipo
adotado, devendo ser ainda apiloado o fundo da cava;
2a) Concretagem do berço e/ou redente de ancoragem de
assentamento, até o nível do fundo da meia-cana de concreto,
conforme especificado no projeto;

96
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ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
PAG. 04/08
3a) Instalação das meias-canas de concreto sobre o berço ou redente
do berço de ancoragem, tão logo este apresente resistência
suficiente;
4a) Concretagem da porção remanescente do berço ou redente de
ancoragem de assentamento, envolvendo as meias-canas,
tomando-se o cuidado prévio de apicoar a superfície da 1 a camada
anteriormente concretada;
5a) Retirada das formas e preenchimento do espaço lateral com solo
compactado;
6a) Rejuntamento das meias-canas com argamassas cimento-areia,
traço 1:4.

3.4 Descidas d’água em calha metálica corrugada

Estes dispositivos têm a mesma função das calhas em meia-cana de


concreto, devendo ser executados com calhas metálicas semi-circulares corrugadas.

As etapas são as seguintes:

1a) Escavação dos redentes de ancoragem e da cava para


assentamento das calhas metálicas;
2a) Compactação da cava de assentamento;
3a) Concretagem dos redentes de ancoragem, tomando-se o cuidado
de chumbar no concreto os parafusos necessários à amarração
das calhas metálicas;
4a) Disposição das calhas e fixação delas com parafusos e porcas,
entre si nos redentes de ancoragem.

3.5 Descidas d’água em degraus

Estes dispositivos aplicam-se às seguintes condições:

97
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ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
PAG. 05/08
– Condução através do talude de cortes das águas
provenientes de valetas de proteção de cortes.
– Condução através do talude de aterros das águas provenientes de meios-fios, ou
de sarjetas de aterros ou de boca de jusante de bueiro elevado em meia encosta
do terreno.

São previstas versões em concreto simples e concreto armado


conforme o projeto, ambas moldadas “in loco”. As etapas executivas a serem
seguidas são as seguintes:

1a) Escavação da cava de assentamento da descida d’água,


obedecendo às dimensões previstas no projeto adotado, mais uma
folga destinada à instalação de formas laterais;
2a) Instalação das formas;
3a) Instalação das armaduras do piso, do espelho do degrau e das alas,
para o caso das versões em concreto armado;
4a) Concretagem do dispositivo a partir do degrau inferior;
5a) Retirada das formas, após constatada a suficiente cura do concreto
aplicado;
6a) Preenchimento do espaço lateral com solo local compactado.

3.6 Recomendações gerais

Quando o concreto utilizado é produzido na obra deverá ser preparado


em betoneiras, com fator água/cimento apenas suficiente para se alcançar boa
trabalhabilidade. Deverá ser preparado em quantidade suficiente para seu uso
imediato, não se permitindo o lançamento após decorrida mais de 1 hora do seu
preparo.

98
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ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
PAG. 06/08
Deverão ser executadas juntas de dilatação a intervalos de no máximo
10m, medidos segundo o talude, preenchendo-se estas juntas com cimento asfáltico
aquecido.

Especial atenção deve ser dada à conexão da descida d’água com os


dispositivos de entrada (entrada d’água ou boca jusante de bueiro tubular) e com a
sua descarga em caixa coletora ou dissipador de energia.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


recomendações, visando a proteção do meio ambiente:

4.1.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser


removido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimento,
cuidando-se ainda que este material não seja levado para os cursos d’água, de
modo a não provocar assoreamento;

4.1.2 Nas saídas dos dispositivos deverão ser executadas obras de


proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água;

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a destruição desnecessária da vegetação, assim como interferência na drenagem
natural;

4.1.4 Nas áreas de bota-fora deverão ser evitados os lançamentos de


materiais de escavação em locais que possam prejudicar o sistema de drenagem
superficial;

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

99
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ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
PAG. 07/08
5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle geométrico das condições de acabamento das entradas e


descidas d’água será feito, pela fiscalização, em bases visuais.

5.2 Controle tecnológico

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado pelo


rompimento de corpos de prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de
acordo com o prescrito na ABNT NBR 5739, para controle assistemático. Para tal,
deverá ser estabelecida, previamente, a relação experimental entre as resistências à
compressão simples aos 28 e aos 7 dias.

5.3 - Aceitação

O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes


condições:

1a) O acabamento seja julgado satisfatório;


2a) As dimensões externas do dispositivo não diferem das de projeto de
mais do que 5%, em pontos isolados;
3ª) A resistência à compressão simples será determinada para cada dia
de trabalho, com amostra do concreto coletada no local da obra,
segundo o prescrito na ABNT-NBR 5739 (Concreto – Ensaio de
compressão de corpos de prova cilíndricos). A entrada e descida
d’água que for feita com concreto apresentando resistência a
compressão simples inferior à especificada no projeto não será
aceita, devendo ser demolida e refeita, todos os ônus para o
construtor.

100
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ENTRADAS E DESCIDAS D’ÁGUA EM TALUDES


(ENTRADAS – CALHAS) SOP-ES-D 03/19
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6 MEDIÇÃO

a) Entradas d’água

As entradas d’água constituídas de abertura no corpo do meio-fio não


será objeto de medição.

As entradas d’água projetadas com estruturas especiais serão medidas


pela determinação do número de unidades executadas, de acordo com o tipo
empregado.

b) Descidas d’água

Serão medidas, de acordo com o tipo empregado, pela determinação


das extensões efetivamente executadas, expressas em metros lineares.

7 PAGAMENTO

a) Entrada d’água especiais

O pagamento será feito ao preço contratual para cada dispositivo, o


qual deverá remunerar toda a mão de obra, ferramentas, encargos e eventuais,
escavação, materiais e transportes necessários à completa execução do dispositivo.

b) Descidas d’água

O pagamento será feito ao preço contratual para cada dispositivo, o


qual deverá remunerar toda a mão de obra, ferramentas, encargos e eventuais,
escavação e compactação, materiais e transportes necessários à completa
execução do dispositivo, inclusive eventuais juntas de dilatação.

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1 DEFINIÇÃO

Dissipadores de energia são dispositivos de drenagem superficial


aplicáveis a extremidades de outros dispositivos, cujo desague no terreno natural
possa provocar erosões. Os dissipadores usualmente são moldados “in loco”, têm
como finalidade reduzir a velocidade de escoamento das águas, para evitar os
efeitos de erosão nos próprios dispositivos ou nas áreas adjacentes.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente as


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de drenagem:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassas: SOP-ES-OAE 02/18 – Concretos e
argamassas.
 Formas: (guias): SOP-ES-OAE 05/18 – Formas e cimbres.

O concreto utilizado deverá ser dosado experimentalmente para uma


resistência característica à compressão (fck) min., aos 28 dias de 10MPa ou outra
resistência indicada no projeto para dissipadores especiais, tipo degraus.

O concreto poderá ser preparado no local da obra, em betoneiras


apropriadas ou recebido pronto para emprego imediato. Em qualquer caso deverá
ser obedecida a ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

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PAG. 02/06
A pedra-de-mão utilizada deverá ser originária de rocha sã e estável,
apresentando os mesmos requisitos qualitativos exigidos para a pedra britada
destinada à confecção de concreto. O diâmetro da pedra-de-mão deve se situar na
faixa de 10 a 15cm.

3 EXECUÇÃO

3.1 Tipos e sequência executiva

Os dissipadores de energia (saídas d’água) são moldados “in loco”,


distinguindo-se os seguintes tipos básicos:

 Dissipadores em saídas d’água com caixa, ambos de concreto,


preenchida com pedras de mão arrumadas (2 t/m³), ao nível do
terreno natural, utilizadas nos deságues de descidas d’água em
taludes de aterros.

Sequência executiva:
1°) Escavação do terreno para conformá-lo ao projeto tipo da saída
d’água e da caixa dissipadora;
2°) Apiloamento da superfície resultante após a escavação;
3°) Instalação das formas da saída d’água e da caixa de concreto;
4°) Lançamento e vibração do concreto;
5°) Desforma, após a cura do concreto;
6°) Preenchimento da caixa com pedras de mão arrumadas;
7°) Preenchimento complementar de eventuais espaços laterais,
decorrentes da instalação de formas, ou de excesso de escavação,
com solos fortemente apiloados.

 Dissipadores em degraus, mais utilizado em meia-encosta,


podendo ser de concreto simples ou de concreto ciclópico ou de
pedra argamassada, iniciando na tomada d’água de montante e se

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PAG. 03/06
estendendo em degraus até encontrar terreno natural plano para o
deságue.

Sequência executiva:
1°) Escavação do terreno por escalonamento em degraus planos, na
profundidade capaz de proporcionar paredes laterais de contenção
das águas;
2°) Apiloamento ou compactação com placas vibratórias dos patamares
dos degraus;
3°) Para os dissipadores de concreto simples, e de concreto ciclópico:
instalação das formas; lançamento e vibração do concreto;
desforma após a cura do concreto;
4°) Para os dissipadores de alvenaria de pedra argamassada:
assentamento e argamassamento das pedras;
5°) Preenchimento complementar de eventuais espaços laterais,
decorrentes da instalação de formas, ou de excessos de
escavação, com solos fortemente apiloados ou compactados.

3.2 Recomendações gerais

O nível das saídas d’água deve se dar em terrenos planos naturais e


no mesmo nível.

Deve-se evitar excessos de escavação em relação às dimensões do


dissipador que vão exigir posteriores preenchimentos com solos compactados, mas
por não possuírem a cobertura vegetal natural passam a ser pontos vulneráveis às
erosões e à instabilidade da estrutura.

O concreto utilizado deverá ter um fator água/cimento apenas


suficiente para proporcionar a trabalhabilidade de sua aplicação. Deverá ser
preparado na quantidade suficiente para o seu uso imediato, não se permitindo o
lançamento após decorrido mais de 1 hora do seu preparo.

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PAG. 04/06
A argamassa de cimento e areia deverá ser preparada
preferencialmente em betoneira.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


recomendações, visando a proteção do meio ambiente:

4.1.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser


removido e depositado em locais que não prejudiquem o escoamento das águas,
cuidando-se ainda que este material não seja levado para os cursos d’água, de
modo a não provocar assoreamento;

4.1.2 Nas saídas d’água dos dispositivos, deverão ser executadas obras de
proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água;

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a destruição desnecessária da vegetação, assim como interferência na drenagem
natural;

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle das condições de acabamento dos dissipadores será feito,


pela fiscalização, em bases visuais.

O controle geométrico consistirá em medidas a trena das dimensões


externas dos dissipadores de energia.

5.2 Controle Tecnológico

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DISSIPADORES DE ENERGIA (SAÍDAS D’ÁGUA) SOP-ES-D 04/19


PAG. 05/06
O controle tecnológico do concreto, quando este for utilizado, será
realizado pelo rompimento de corpos de prova à compressão simples, aos 7 dias de
idade, de acordo com o prescrito na ABNT-NBR 5739 (Ensaio de compressão a
corpos de prova cilíndricos) para controle assistemático. Para tal, deverá ser
estabelecida, previamente, a relação experimental entre as resistências à
compressão simples aos 28 e aos 7 dias.

O controle da pedra-de-mão será feito visualmente e por testes


expeditos de sua resistência, efetuados “in situ”, submetendo o serviço à ação
mecânica de uma barra de ferro.

5.3 Aceitação

O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes


condições:

1a) O acabamento seja julgado satisfatório;


2a) As dimensões externas do dispositivo não difiram das de projeto de
mais do que 5%, em pontos isolados;
3a) A resistência à compressão simples estimada (fck) determinada aos
sete dias segundo o prescrito na ABNT NBR 5739 (Concreto –
Ensaio de compressão a corpos de prova cilíndricos) para controle
assistemático seja superior à resistência característica
especificada, quando utilizado concreto na confecção do
dissipador;
4a) A resistência à ação mecânica da pedra-de-mão argamassada,
avaliada “in situ”, seja julgada satisfatória, quando esta for utilizada
na confecção do dissipador.

6 MEDIÇÃO

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DISSIPADORES DE ENERGIA (SAÍDAS D’ÁGUA) SOP-ES-D 04/19


PAG. 06/06
Os Dissipadores de energia em saídas d’água com pedras arrumadas
serão medidos, de acordo com o tipo empregado pela determinação do número de
unidades executadas.

Os Dissipadores em degraus serão medidos da forma estabelecida no


projeto.

7 PAGAMENTO

O pagamento será feito ao preço contratual para cada dispositivo, o


qual deverá remunerar toda a mão de obra, ferramentas e equipamentos, encargos
e eventuais, escavação e compactação, materiais e transportes necessários à
completa execução do dispositivo.

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BUEIROS DE GREIDE (BUEIROS TUBULARES) SOP-ES-D 05/19


PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

Bueiros de greide, referidos nesta especificação, são estruturas


tubulares em concreto armado ou, metálicos cuja finalidade é conduzir as águas
coletadas por outros dispositivos de drenagem (uma caixa coletora por exemplo)
para locais de desague sem comprometimento da rodovia nem das regiões
limítrofes.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente as


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de drenagem, a saber:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado Miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado Graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassa: SOP-ES-OAE 02/18 – Concretos e
argamassas.
 Aço: SOP-ES-OAE 03/18 – Armaduras para concreto armado.
 Formas: (guias): SOP-ES-OAE 05/18 – Formas e cimbres.

O concreto utilizado deverá ser dosado experimentalmente para uma


resistência característica à compressão (fck)min., aos 28 dias de 25 MPa para os
tubos. O concreto utilizado deverá ser preparado de acordo com o prescrito nas
normas ABNT NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

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BUEIROS DE GREIDE (BUEIROS TUBULARES) SOP-ES-D 05/19


PAG. 02/07
Os tubos de concreto armado a serem empregados terão armadura
simples ou dupla de acordo com o projeto e serão do tipo encaixe macho e fêmea, e
ponta e bolsa devendo atender às prescrições contidas na ABNT NBR 9794 – (Tubo
de concreto)

Armado de seção circular para águas pluviais. A classe de tubo a


empregar deverá ser compatível com a altura de aterro prevista. Os tubos deverão
ser rejuntados com argamassa de cimento-areia, traço 1:4. No caso dos tubos de
concreto simples, deverão ser atendidas as prescrições contidas na ABNT NBR
9793 (Tubos de concreto simples de seção circular para águas pluviais).

3 EXECUÇÃO

As etapas executivas a serem atendidas na construção dos bueiros


tubulares de greide são as seguintes:

1a) Locação da obra, de acordo com os elementos especificados no


projeto. A locação será efetuada com piquetes espaçados de 5m,
nivelados de forma a permitir a determinação, dos volumes de
escavação. Os elementos de projeto (estaca do eixo, esconsidade,
comprimento e cotas) poderão sofrer pequenos ajustamentos de
campo. A declividade longitudinal da obra deverá ser contínua.

2a Escavação das cavas necessárias a moldagem dos berços a qual


poderá ser executada manual ou mecanicamente. Deve ser
prevista uma largura superior em 30cm à do berço para as formas
de cada lado.

3a) Instalação das formas laterais dos berços.

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BUEIROS DE GREIDE (BUEIROS TUBULARES) SOP-ES-D 05/19


PAG. 03/07
4a) Execução da porção inferior do berço, com alvenaria de pedra
argamassada, até atingir a linha correspondente a geratriz inferior
dos tubos.

5a) Instalação dos tubos sobre a porção inferior tão logo a alvenaria de
pedra argamassada apresente resistência para isto. Fixar os tubos
na posição correta.

6a) Complementação das laterais do berço, imediatamente após a


instalação dos tubos de concreto.

7a) Retirada das formas laterais ao berço.

8a) Rejuntamento dos tubos de concreto com argamassa, cimento-


areia, traço 1:4.

9a) Execução do reaterro, preferencialmente com o próprio material


escavado, desde que seja de boa qualidade. A compactação do
material de reaterro deverá ser executada em camadas individuais
de no máximo 15cm de espessura, por meio de
compactadores de placa vibratória, ou soquetes mecânicos. O
equipamento utilizado deverá ser compatível com o espaço
previsto no projeto-tipo entre linhas de tubos de bueiros, duplo ou
triplos. Especial atenção deverá ser dada na compactação junto às
paredes dos tubos. O reaterro deverá prosseguir até se atingir a
espessura indicada no projeto acima da geratriz superior externa
do corpo do bueiro; e

10a) Execução das bocas de montante e jusante. Caso as bocas de


montante sejam do tipo caixa coletora, deverão ser atendidos
procedimentos executivos previstos na especificação
correspondente a estes dispositivos.

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BUEIROS DE GREIDE (BUEIROS TUBULARES) SOP-ES-D 05/19


PAG. 04/07
Concluídas as bocas, deverão ser verificadas as condições de
canalização a montante e jusante da obra. Todas as erosões encontradas e que
possam vir a comprometer o funcionamento da obra deverão ser tratadas com
enrocamento de pedra arrumada ou por soluções específicas do projeto. Deverão
ser executadas as necessárias valas de derivação, a jusante, e bacias de captação,
a montante, de forma a disciplinar a entrada e saída do fluxo d’água no bueiro.

Na execução deverão ser observados ainda:

1o) Preferencialmente deverão ser executadas bocas normais, mesmo


para bueiros com pequenas esconsidades. Isto poderá ser feito
prolongando-se o corpo do bueiro e/ou ajustando-se os taludes do
aterro às alas das bocas normais;

2o) Quando existir solo com baixa capacidade de suporte no terreno de


fundação, o projeto deverá prever todos os procedimentos para
execução da fundação dos berços;

3o) Quando a declividade longitudinal do bueiro for superior a 8%, o


berço será provido de dentes, fundidos simultaneamente, e
espaçados de acordo com o previsto no projeto-tipo adotado.

4o) Serão executados dissipadores de energia conectados à boca de


jusante, nos locais de meias-encostas conforme indicados no
projeto.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


recomendações, visando a proteção do meio ambiente:

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BUEIROS DE GREIDE (BUEIROS TUBULARES) SOP-ES-D 05/19


PAG. 05/07
4.1.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, evitando provocar o seu entupimento,
cuidando-se ainda que este material não seja levado para os cursos d’água, de
modo a não provocar assoreamento;

4.1.2 Nas saídas dos dispositivos deverão ser executadas obras de


proteção, para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água;

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a destruição desnecessária da vegetação, assim como interferência na drenagem
natural;

4.1.4 Nas áreas de bota-fora necessários a realização de valas de saída que


se instalem nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais de
escavação que possam prejudicar o sistema de drenagem natural;

5 CONTROLE

5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle geométrico consistirá na conferência, por métodos


topográficos correntes, do alinhamento, esconsidades, declividades, comprimentos e
cotas dos bueiros executados e respectivas bocas.

As condições de acabamento serão apreciadas, pela fiscalização em


bases visuais.

5.2 Controle tecnológico

O Controle será feito para cada obra executada.

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BUEIROS DE GREIDE (BUEIROS TUBULARES) SOP-ES-D 05/19


PAG. 06/07
O controle tecnológico da alvenaria de pedra argamassada nos berços
e bocas será realizado de acordo com a especificação SOP-ES-OAE 02/18
(Concretos e argamassas).

O controle tecnológico dos tubos empregados deverá atender ao


prescrito na ABNT NBR 9794 – (Tubo de concreto armado de seção circular
para águas pluviais). Em princípio, serão executados apenas ensaios à
compressão diametral, atendendo ao definido na ABNT-NBR 9795 (Tubo de
concreto armado – Determinação da resistência à compressão diametral), formando-
se amostras de 2 peças para cada lote máximo de 100 tubos de cada diâmetro
utilizado.

5.3 Aceitação

O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes


condições:

– O acabamento seja julgado satisfatório;


– As características geométricas previstas tenham sido obedecidas.
Em especial, as variações para mais ou para menos do diâmetro
interno do tubo, em qualquer seção transversal, não devem
exceder 1% do diâmetro interno médio.
– A resistência à compressão diametral obtida nos ensaios
efetuados, seja superior aos valores mínimos especificados na
NBR 9794 (Tubo de concreto armado de seção circular para águas
pluviais), para a classe e diâmetro de tubo considerado.

6 MEDIÇÃO

O corpo dos bueiros de greide será medido em metros lineares pelo


comprimento linear executado de acordo com o projeto. As bocas de bueiros serão
medidas por unidades executadas, de acordo com o projeto.

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BUEIROS DE GREIDE (BUEIROS TUBULARES) SOP-ES-D 05/19


PAG. 07/07
7 PAGAMENTO

O corpo e as bocas dos bueiros de greide serão pagos pelos preços


contratuais, para as quantidades medidas conforme o item 6 e incluem todas as
etapas de execução, bem como mão de obra com encargos sociais, equipamentos,
ferramentas, escavação, reaterro, fornecimento de materiais com os transportes
correspondentes, limpeza, acabamento e eventuais.

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DRENOS PROFUNDOS SOP-ES-D 06/19


PAG. 01/11
1 DEFINIÇÃO

Drenos profundos são estruturas enterradas que se destinam a


interceptar e rebaixar o lençol freático, em segmentos de cortes ou de greides
colados, com vertente afluente para a rodovia, conduzindo as águas para serem
lançadas lateralmente à rodovia nos pontos de passagem do corte para o aterro ou
lançamento em caixas coletoras de drenagem pluvial. A captação das águas
subterrâneas é conseguida pela maior permeabilidade do material drenante/filtrante
do dreno em relação aos materiais do terreno natural.

Os drenos profundos podem conduzir as águas captadas por simples


declividade do fundo da vala (são chamados drenos cegos) ou por tubos no fundo
da vala, também com declividade para conduzir as águas (são chamados drenos
com tubos).

Os tubos podem ser de concreto poroso, permitindo a captação das


águas em toda sua superfície ou podem ser tubos perfurados que exigem o
envolvimento de uma manta geotêxtil capaz de permitir a passagem da água sem
carreamento do material drenante/filtrante pelo furo para dentro do tubo.

Os drenos profundos são implantados longitudinalmente nos bordos da


rodovia, podendo ser complementados por drenos transversais, tipo “espinha de
peixe”, interligados aos drenos longitudinais, para os casos de plataformas largas
com necessidade de rebaixamento do lençol freático em toda sua largura.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


Especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de drenagem, a saber:

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DRENOS PROFUNDOS SOP-ES-D 06/19


PAG. 02/11
2.1 Material drenante/filtrante

2.1.1 Granulometria

A granulometria do material drenante/filtrante tem como função possuir


permeabilidade superior à do terreno natural, sem haver colmatação.

Esta especificação indica para o material drenante/filtrante do dreno


profundo a seguinte granulometria:
PENEIRAS % PASSANDO EM PESO
3/8” (9,5 mm) 100
N° 4 (4,8 mm) 95 – 100
N° 10 (2,0 mm) 45 – 80
N° 50 (0,3 mm) 10 – 30
N° 100 (0,15 mm) 2 - 10

A areia lavada de rio é o material drenante/filtrante por excelência. A


superfície lisa e polida dos seus grãos preenche bem as reentrâncias da cava de
escavação do dreno, sem deixar pequenas cavernas que propiciam o danoso
carreamento da água com finos colmatadores.

A areia de rio com a granulometria especificada possui excelente


permeabilidade.

Na inexistência de areia de rio admite-se o material drenante/filtrante


de brita (superfície rugosa) com a mesma granulometria.

Relações granulométricas entre o material drenante/filtrante e o


material de solo a ser drenado:

Sendo: DF (x% passando) = abertura da peneira em milímetros com x%


passando do material drenante/filtrante;

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DRENOS PROFUNDOS SOP-ES-D 06/19


PAG. 03/11
DS (y% passando) = abertura da peneira em milímetro com y%
passando do material a ser drenado.

– Exigência da uniformidade do material drenante/filtrante:


DF (60% passando)
2  20
DF (10% passando)

– Exigência de permeabilidade:
DF (15% passando)  5 x DS (15% passando)

– Exigência de não entupimento ou não colmatação:


DF (15% passando)  DS (85% passando)
DF (50% passando)
 25
D S (50% passando)

2.2 Tubos de concreto poroso e tubos perfurados

Os tubos de concreto poroso e tubos perfurados terão um diâmetro


mínimo interno de 20cm.

Os tubos de concreto poroso devem obedecer às seguintes normas:


ABNT-NBR 8889 (Tubos de concreto simples de seção circular) e ABNT-NBR 6584
(Ensaio de canteiro para compressão diametral em tubos de concreto simples de
seção circular). A resistência deverá ser superior a 16 KN/m.

Os tubos perfurados deverão obedecer a norma ABNT-NBR 15.073


(Tubos corrugados de PVC e de polietileno para drenagem subterrânea).

2.3 Extremidade para dreno profundo

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DRENOS PROFUNDOS SOP-ES-D 06/19


PAG. 04/11
Na saída da água do dreno profundo é construída uma estrutura de
concreto (fck = 10 MPa), denominada extremidade ou boca do dreno profundo, com
a finalidade de impedir o assoreamento. O concreto da extremidade do dreno deverá
obedecer a norma ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento do
concreto).

3 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala do dreno poderá ocorrer em material de 1ª, 2ª ou


3ª categoria.

Assim para a abertura da vala poderão ser necessários os seguintes


equipamentos: compressor de ar, perfuratriz, rompedor, picão, retro-escavadeira,
caminhão basculante, pás, picaretas e ferramentas manuais.

Para a compactação dos materiais de enchimento da vala serão


utilizados soquetes manuais e até placas vibratórias, a critério da fiscalização.

4 EXECUÇÃO

As etapas a serem seguidas na execução dos drenos profundos, para


subleito em solo ou rocha, são as seguintes:

1a) Abertura das valas, no sentido de jusante para montante,


atendendo às dimensões estabelecidas no projeto. A declividade longitudinal mínima
do fundo das valas deverá ser de 0,5%. Será utilizado processo de escavação
compatível com a dificuldade extrativa do material;

2a) Disposição do material escavado, em local próximo aos pontos de


passagem, de forma a não prejudicar a configuração do terreno e nem dificultar o
escoamento das águas superficiais; e

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DRENOS PROFUNDOS SOP-ES-D 06/19


PAG. 05/11
3a) Preenchimento das valas no sentido de montante para jusante, com
os materiais especificados no projeto, atendendo às seguintes particularidades.

4.1 Drenos contínuos com tubo poroso

Os drenos profundos contínuos aqui considerados serão preenchidos


unicamente com material filtrante/drenante, sendo equipados com tubos porosos de
concreto e opcionalmente com selo superior. O preenchimento da cava obedecerá
às seguintes etapas:

 Preparo de uma camada de 10cm de espessura no fundo da vala,


com o material drenante/filtrante especificado, devidamente compactado;

Assentamento e rejuntamento dos tubos com argamassa de cimento-


areia, traço 1:4, o “macho” do encaixe deverá ser sempre posicionado do lado de
montante;

 Complementação do enchimento da cava com o material


filtrante/drenante, compactado em camadas individuais de 20cm
cada, até a cota especificada no projeto-tipo adotado. Cuidados
especiais, deverão ser tomados, no sentido de manter a integridade
dos tubos durante a compressão;

 Aplicação e compactação do selo superior de argila, quando o


projeto adotar a versão de dreno selado.

4.2 Drenos contínuos cegos

Estes drenos receberão apenas um material drenante/filtrante para


enchimento da vala. Esta versão é considerada adequada apenas para cortes em
rocha sã, onde não existam riscos de colmatação do material granular empregado e

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DRENOS PROFUNDOS SOP-ES-D 06/19


PAG. 06/11
a vazão seja moderada. O material drenante será compactado na vala em camadas
individuais de 20cm, até a cota prevista no projeto-tipo adotado.

4.3 Drenos contínuos com tubo perfurado

Estes drenos serão constituídos por material drenante e manta


geotêxtil, envolvendo o tubo perfurado. São considerados adequados para cortes em
rocha sã, onde não existam riscos de colmatação do material granular empregado e
a incidência de água freática seja elevada. As etapas executivas são as seguintes:

– Preparo de uma camada de 10cm de espessura no fundo da vala,


com o material drenante/filtrante especificado, devidamente
compactado;

– Envolvimento dos tubos com a manta geotêxtil;

– Assentamento dos tubos com os furos voltados para baixo;

– Complementação do enchimento da vala com o material


drenante/filtrante, compactado em camadas individuais de cerca de
20cm cada;

– Aplicação e compactação do selo de argila quando previsto no projeto.

4.4 Execução das extremidades de concreto de acordo com o projeto-tipo


adotado. Nas saídas dos cortes os drenos devem ser defletidos em cerca de 45 0,
com raio da ordem de 5m, prolongando-se no mínimo 1m além do off-set do aterro
anexo. Executar, se necessário, escavação que garanta adequado fluxo às águas
dispostas pelo dreno.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

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PAG. 07/11
5.1 Durante a execução dos drenos profundos deverão ser observadas as
seguintes recomendações:

5.1.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser


removido das proximidades dos drenos de modo a não provocar a sua colmatagem,
cuidando-se ainda, que este material não seja levado para os dispositivos de
drenagem superficial;

5.1.2 Nas saídas dos drenos deverão ser executadas obras de proteção, de
modo a não promover erosão nas vertentes ou assoreamento de cursos d’água;

5.1.3 Deverá ser verificada a estabilidade dos maciços onde são


implantados os drenos longitudinais profundos, impedindo que ocorram
escorregamentos ou desagregação dos taludes;

5.1.4 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a sua desfiguração;

5.1.5 Nas áreas de bota-fora ou empréstimos ou ao longo das valas de saída


que se instalam nas vertentes, onde são necessárias as realizações de drenos,
deverá ser evitado o lançamento de materiais de escavação que possam afetar o
sistema de drenagem superficial.

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle geométrico

O controle geométrico consistirá no nivelamento do fundo das valas e


na determinação das suas dimensões. Serão ainda verificadas as dimensões das
bocas de saída e dos tubos empregados, estes por amostragens à razão de 4 tubos
para cada carregamento que chegar à obra.

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PAG. 08/11
6.2 Controle tecnológico

a) Materiais filtrantes e drenantes

Serão efetuadas análises granulométricas dos agregados empregados,


à razão de 1 ensaio para cada dreno executado. As condições de compactação
serão controladas visualmente.

b) Selo

As características do material argiloso ou de outro tipo indicado no


projeto utilizado como selo, serão avaliadas em base tácteis e visuais. Não poderão
ser utilizados, nesta função, materiais arenosos, materiais pedregulhosos
permeáveis e não coesivos, ou materiais argilosos expansivos.

c) Tubos

Serão formadas amostras dos tubos empregados à razão de 4 tubos


por carregamento que chegar à obra. As características externas destes tubos serão
apreciadas visualmente. Deverão ser ainda executados os seguintes ensaios para
cada amostra, previamente à execução do dreno:

 Um ensaio à compressão diametral (NBR 6584 da ABNT)


 Um ensaio expedito de permeabilidade, de acordo com o seguinte
roteiro:

10) Preparar sobre uma superfície plana uma camada de argamassa de


cimento-areia, traço 1:3, em espessura de 5cm e com área pouco
superior à da seção do tubo a ensaiar;

20) Instalar o tubo na posição vertical sobre a argamassa recém -


espalhada, assegurando a vedação de sua porção inferior;

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PAG. 09/11
30) Após curada a argamassa, verter no interior do tubo quantidade de
água equivalente ao seu volume interno;

40) Avaliar o tempo necessário ao total escoamento da água parâmetro


este que servirá para inferir a permeabilidade dos tubos utilizados.

d) Extremidade do dreno (boca de saída d’água).

No estabelecimento do traço do concreto (fck = 10MPa) será realizado


o controle através da norma ABNT-NBR 5739 (Concreto – Ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos).

e) Manta sintética

As características das mantas sintéticas serão apreciadas em bases


visuais e através de testes expeditos de campo de sua resistência à tração.

6.3 Aceitação

O serviço será considerado aceito desde que sejam atendidas as


seguintes condições:

1a) As dimensões das valas não difiram das de projeto de mais de 5%


em pontos isolados, e a declividade longitudinal não seja inferior a
0,50%;

2a) Os agregados empregados apresentem composição granulométrica


contida na faixa definida no projeto. Se necessário, fazer o
peneiramento do material drenante/filtrante;

3a) O material do selo, quando empregado, seja julgado satisfatório em


termos de qualidade;

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PAG. 10/11
4a) As condições de compactação sejam julgadas satisfatórias;

5a) Os tubos utilizados não apresentem variações em quaisquer


dimensões maiores do que as indicadas a seguir:
– Comprimento............................................2cm/m
– Espessura do tubo...................................0,2cm

6a) Não ocorram imperfeições na mistura ou moldagem dos tubos e


nem trincas que possam afetar a sua resistência ou durabilidade;

7a) A resistência a compressão diametral mínima de trinca dos tubos


seja de 16KN/m;

8a) A permeabilidade dos tubos porosos avaliada no ensaio expedito de


canteiro seja julgada satisfatória;

9a) As características de resistência das mantas sintéticas sejam


julgadas satisfatórias;

10a) O traço experimental do concreto das extremidades dos drenos


seja feito para uma resistência de 10 MPa, determinada pela ABNT-
NBR 5739 (Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova
cilíndricos).

7 MEDIÇÃO

Serão medidos, separadamente, os seguintes itens:

a) Drenos Profundos:

A medição será efetuada, de acordo com o tipo de dreno empregado,


pela determinação da extensão executada, expressa em metros lineares.

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PAG. 11/11
b) Bocas de saída de concreto:

A medição consistirá na determinação do número de unidades


executadas, em função do tipo empregado.

8 PAGAMENTO

a) Drenos profundos:

O pagamento dos drenos será efetuado, após medição, com base no


preço contratual para cada tipo de dreno. O preço contratual remunera todas as
operações, escavação e remoção de materiais independente da sua categoria, mão
de obra, equipamentos e ferramentas, materiais, transportes, encargos e eventuais
necessários à completa execução dos serviços

b) Bocas de saída de concreto:

O pagamento das bocas de saída dos drenos profundos será feito,


após a medição, com base no preço contratual, para o tipo de boca empregado. O
preço contratual remunera todas as operações, mão de obra, equipamentos e
ferramentas, materiais, transporte, encargos e eventuais necessários à completa
execução do serviço.

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DRENAGEM PLUVIAL URBANA SOP-ES-D 07/19


PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

A drenagem pluvial urbana, abrange as águas da superfície da via e as


águas do lençol freático interceptadas por drenos profundos. Ela é necessária
quando não se pode lançar as águas lateralmente ao longo da rodovia, sendo
caracterizada por receber as águas dos dispositivos de drenagem em caixas
coletoras interligadas por uma rede de tubos subterrâneos, conduzindo as águas até
os talvegues naturais drenados na rodovia por bueiros, pontilhões e pontes.

As caixas coletoras recebem as águas das sarjetas e dos meios-fios


quando estes atingem a sua capacidade hidráulica máxima, estabelecidas no
projeto.

É conveniente que haja uma sintonia entre o greide da via e o seu


sistema de drenagem, sendo importante para a drenagem que haja rampas
longitudinais e transversais para o escoamento das águas e que os pontos baixos do
greide coincidam com os bueiros da drenagem dos talvegues naturais.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de drenagem, a saber:
 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento
Portland comum e Portland de alto forno;
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento;
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento;
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto;
 Concreto e argamassa: SOP-ES-OAE 02/18 – Concretos e
argamassa;
 Formas (guias): SOP-ES-OAE 05/18 – Formas e cimbres;

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DRENAGEM PLUVIAL URBANA SOP-ES-D 07/19


PAG. 02/07
 Aço: SOP-ES-OAE 03/18 – Armadura para concreto armado.

O concreto para caixa coletora terá a resistência à compressão mínima


fixada pelo projeto. Ele poderá ser preparado no local da obra, em betoneira
apropriada, ou recebido pronto para emprego imediato. Em qualquer caso deverá
ser obedecida a ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento do concreto).

O concreto para o tubo de concreto armado também terá a sua


resistência à compressão fixada pelo projeto. Além da resistência mínima do
concreto os tubos deverão obedecer às seguintes normas: ABNT-NBR 9794
(Recebimento de tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais);
ABNT-NBR 9795 (Tubo de concreto armado – Determinação de resistência a
compressão diametral); ABNT-NBR 9796 (Tubo de concreto – Verificação da
permeabilidade).

3 EQUIPAMENTO

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço.

O Equipamento mínimo é o fixado no contrato.

O equipamento para drenagem pluvial urbano é o seguinte:


 Retroescavadeira;
 Caminhão basculante;
 Caminhão com “munck”;
 Pá carregadeira;
 Betoneira (ou Caminhão betoneira);
 Motoniveladora;
 Rolo compactador metálico;

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DRENAGEM PLUVIAL URBANA SOP-ES-D 07/19


PAG. 03/07
 Placa vibratória;
 Serra elétrica para formas;
 Vibradores de imersão;
 Equipamentos manuais (Pá, Picareta, Maço ou Pilão, Colher de
pedreiro, Desempenadeira, etc).

4 EXECUÇÃO

As valas para assentamento de tubos terão declividade mínima de


0,5%. As escavações deverão obedecer às cotas e alinhamentos estabelecidos no
projeto. A largura de escavação das valas deve exceder em 60cm a largura dos
tubos para permitir a compactação lateral do solo de preenchimento. Caso a
tubulação da drenagem pluvial tenha que atravessar a rodovia, os tubos serão
assentes sobre um berço semelhante ao berço de bueiros tubulares.

O rejuntamento dos tubos será com argamassa de cimento e areia na


proporção de 1:3.

O reaterro será feito após 7 dias do rejuntamento, podendo-se utilizar o


material da própria escavação, se for de boa qualidade, devendo ser compactado
com equipamento manual em camadas entre 10cm e 15cm, até alcançar uma
cobertura de 40cm sobre os tubos, a partir da qual será permitida a compactação
mecânica.

As escavações para caixas coletoras deverão obedecer às cotas de


projeto, para garantir as declividades de escoamento das águas, devendo ser
escavado com excesso de largura para permitir a colocação das formas, a sua
retirada e o reaterro compactado das laterais.

A laje superior das caixas coletoras será de concreto armado, com


abertura para receber as águas de sarjetas ou meios-fios, abertura com tampa para
permitir a inspeção e a limpeza, tudo conforme o projeto. As paredes e o fundo das

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PAG. 04/07
caixas coletoras poderão ser de concreto armado ou de concreto simples, conforme
estabelecido no projeto.

A resistência a compressão do concreto da caixa coletora será


estabelecida pelo projeto.

Os materiais excedentes das escavações devem ser reaproveitados


nas obras ou se constituir bota-foras.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

5.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


recomendações, visando a proteção do meio ambiente:

5.1.1 Todo o material excedente de escavação ou sobras, deverá ser


removido das proximidades dos dispositivos de drenagem para não os entupir,
cuidando-se ainda que estes materiais sejam lançados em locais que não
provoquem assoreamentos em talvegues da drenagem natural;

5.1.2 Os talvegues dos bueiros que receber as águas da rede de drenagem


pluvial devem ser desobstruídos para garantir o escoamento das águas;

5.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos e veículos por terrenos laterais a rodovia para não
destruir desnecessariamente a cobertura vegetal;

5.1.4 Nas áreas de bota-foras de excedentes deverão ser evitados os


assoreamentos da drenagem natural;

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 - Controle geométrico e de acabamento

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DRENAGEM PLUVIAL URBANA SOP-ES-D 07/19


PAG. 05/07
O controle geométrico da drenagem pluvial se fará pela conferência
das cotas do fundo de valas do assentamento dos tubos e das cotas do fundo de
caixas coletoras, ambas estabelecidas no projeto.

O nivelamento do fundo da vala é feito a cada estaca, espaçadas de 20


metros, após a regularização da vala e o seu apiloamento.

A tolerância máxima das cotas é de  2cm, não sendo admitida a


inversão de rampa ou declividade nula.

6.2 Controle tecnológico

6.2.1 Concreto das caixas coletoras

Quando o concreto é produzido em betoneira no local da obra, a


resistência a compressão de projeto é controlada por ocasião do estabelecimento do
traço experimental, calculando-se nesta oportunidade as dimensões das padiolas de
agregados, a quantidade de água e cimento, em função do fator água/cimento, que
dê a trabalhabilidade apropriada para as dimensões e concretagens das paredes e
lajes.

Quando o concreto é recebido pronto, coleta-se amostra a cada


caminhão betoneira que chegar à obra para o ensaio de resistência à compressão.

6.2.2 Tubos de concreto armado

O projeto deve fixar a força mínima de fissuração e de ruptura para a


resistência a compressão diametral dos tubos de concreto armado. Quando o projeto
é omisso, pode-se adotar 30 KN/m para a força mínima de fissuração e 45 KN/m
para a força mínima de ruptura.

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PAG. 06/07
Para a permeabilidade pode-se verificar pelo ensaio prático de
canteiro, que consiste em fixar o tubo em um cimentado, veda-se o anel com
argamassa de cimento e areia, enche-se o tubo com água e observa-se por uma
hora se ocorre vazamento d’água. Não se registrando vazamento o tubo está
aprovado quanto a permeabilidade. Manchas de umidade e gotas aderentes não são
consideradas vazamentos.

A todo carregamento de tubos que chegar à obra será exigido o


certificado de fábrica atestando a resistência a compressão diametral e a
permeabilidade/estanqueidade dos tubos.

Na ausência do certificado de fábrica ou quando houver indícios de má


qualidade dos tubos, mesmo com o certificado, faz-se os ensaios de compressão
diametral e permeabilidade/estanqueidade (1 tubo de amostra para cada ensaio) a
cada 200 tubos que chegar à obra.

O concreto de caixas coletoras e o tubo de concreto armado da


drenagem pluvial que não atender as exigências especificadas não poderão ser
aceitos, devendo ser demolidos/removidos e substituídos se já tiverem sido
executados.

7 MEDIÇÃO

As caixas coletoras possuem alturas variáveis, devendo ser medidas


pelos seguintes itens conforme previsão do projeto:

 Volume de escavação, em metros cúbicos;


 Volume de reaterro, em metros cúbicos;
 Volume de concreto, em metros cúbicos;
 Área de formas, em metros quadrados;
 Peso da ferragem, em quilos; e os
 Transportes dos materiais, pelo peso em toneladas.

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PAG. 07/07
A rede de tubos será medida pelos seguintes itens, conforme previsão
do projeto:
 Volume de escavação das valas, em metros cúbicos;
 Volume de reaterro das valas, em metros cúbicos;
 Extensão de tubos assentados para cada diâmetro, em metros; e o
 Transporte dos tubos, calculando-se o peso de cada tubo pelo
produto do seu volume periférico pela densidade de 1t/m³.

8 PAGAMENTO

O pagamento será feito pelos preços unitários contratuais de cada


quantitativo medido conforme o item 7, estando incluídos toda mão de obra,
ferramentas, equipamentos, encargos e eventuais, escavação, reaterro,
compactação, apiloamento, materiais e transportes, execução de juntas necessárias
a completa execução dos dispositivos e serviços da drenagem pluvial urbana.

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6– ESPECIFICAÇÕES DE OBRAS DE ARTE CORRENTES

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BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO SOP-ES-OAC 01/19


PAG. 01/06
1 DEFINIÇÃO

Bueiros são dispositivos utilizados para permitir a passagem de água


de um lado para o outro da rodovia.

Esta especificação trata dos procedimentos a serem seguidos na


execução de bueiros tubulares de concreto aplicáveis a talvegues (bueiros de grota)
ou como bueiros de greide.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de arte correntes, a
saber:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassa: SOP-ES-OAE 02/19 – Concretos e
argamassas.
 Aço: SOP-ES-OAE 03/19 – Armaduras para concreto armado.
 Formas: (guias): SOP-ES-OAE 05/19 – Formas e cimbres.

O concreto utilizado na fabricação dos tubos deverá ser dosado


experimentalmente para uma resistência característica à compressão (fck)min., aos
28 dias de 15MPa. O concreto deverá ser preparado de acordo com o prescrito na
norma ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

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BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO SOP-ES-OAC 01/19


PAG. 02/06
Os tubos de concreto armado a serem empregados terão armadura
simples ou dupla de acordo com o projeto e serão do tipo de encaixe macho e fêmea
ou ponta e bolsa, devendo atender às prescrições contidas na NBR 9794 da ABNT –
(Tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais). A classe de tubo a
empregar deverá ser compatível com a altura de aterro prevista. Os tubos deverão
ser rejuntados com argamassa de cimento-areia, traço 1:4.

Nos tubos com armadura simples elíptica é obrigatório a identificação


do posicionamento para seu assentamento. No caso dos tubos de concreto simples
deverão ser atendidas as prescrições contidas na ABNT-NBR 9793 (Tubos de
concreto simples de seção circular para águas pluviais).

3 EXECUÇÃO

As etapas executivas a serem atendidas na construção dos bueiros


tubulares de concreto são as seguintes:

1ª) Locação da obra, de acordo com os elementos especificados no


projeto. A locação será efetuada com piquetes espaçados de 5m, nivelados de
forma a permitir a determinação dos volumes de escavação. Os elementos de
projeto (estaca do eixo, esconsidade, comprimentos e cotas) poderão sofrer
pequenos ajustamentos de campo. A declividade longitudinal da obra deverá ser
contínua;

2ª) Escavação das trincheiras necessárias à moldagem dos berços, a


qual poderá ser executada manual ou mecanicamente, devendo ser prevista uma
largura superior em 30cm à do berço, para as formas de cada lado;

3ª) Instalação das formas laterais aos berços;

4ª) Execução da porção inferior do berço em alvenaria de pedra


argamassada, até se atingir a linha correspondente à geratriz inferior dos tubos;

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BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO SOP-ES-OAC 01/19


PAG. 03/06
5ª) Instalação dos tubos sobre a porção inferior do berço, tão logo a
alvenaria de pedra argamassada apresente resistência para isto. Se necessário,
utilizar guias ou calços de madeira ou de concreto pré-moldado para fixar os tubos
na posição correta;

6ª) Complementação das laterais do berço, imediatamente após a


instalação dos tubos;

7ª) Retirada das formas laterais ao berço;

8ª) Rejuntamento dos tubos com argamassa de cimento-areia, traço


1:4;
9ª) Execução do reaterro, preferencialmente com o próprio material
escavado, desde que seja de boa qualidade. Caso não seja, importar material
selecionado. A compactação do material de reaterro deverá ser executada em
camadas individuais de no máximo 15cm de espessura, por meio de compactadores
manuais, tipos placas vibratórios ou soquetes mecânicos. O equipamento utilizado
deverá ser compatível com o espaço previsto no projeto-tipo entre linhas de tubos de
bueiros duplos ou triplos. Especial atenção deverá ser dada na compactação junto
às paredes dos tubos. O reaterro deverá prosseguir até se atingir uma espessura de
40 cm acima da geratriz superior externa do corpo do bueiro;

10ª) Execução das bocas de montante e jusante. Caso as bocas de


montante sejam do tipo caixa coletora de sarjeta (bueiros de greide) ou de talvegue
(bueiro de grota), deverão ser atendidos procedimentos executivos previstos na
especificação correspondente a estes dispositivos;

11ª) Concluídas as bocas, deverão ser verificadas as condições de


canalização a montante e jusante da obra. Todas as erosões encontradas e que
possam vir a comprometer o funcionamento da obra deverão ser tratadas com
enrocamento de pedra arrumada ou por soluções específicas do projeto. Deverão

136
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BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO SOP-ES-OAC 01/19


PAG. 04/06
ser executadas as necessárias valas de derivação, a jusante, e bacias de captação,
a montante, de forma a disciplinar a entrada e saída do fluxo d’água no bueiro.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


condições ambientais;

4.1.1 Todos os materiais excedentes de escavação ou bota-foras deverão


ser removidos das proximidades dos dispositivos evitando o seu entupimento,
cuidando-se ainda que estes materiais não sejam colocados próximo aos cursos
d’água, para evitar o assoreamento;

4.1.2 Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras
de proteção, de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a sua desfiguração.

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle geométrico consistirá na conferência, por métodos


topográficos correntes, do alinhamento, esconsidade, declividades, comprimentos e
cotas dos bueiros executados e respectivas bocas.

As condições de acabamento serão apreciadas, pela fiscalização, em bases visuais.

5.2 Controle tecnológico

137
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BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO SOP-ES-OAC 01/19


PAG. 05/06
O Controle será feito para cada obra executada.

O controle tecnológico da alvenaria de pedra argamassada empregada


nos berços e bocas será realizado de acordo com a especificação SOP-ES-OAE
02/19 (Concretos e argamassas).

O controle tecnológico dos tubos empregados deverá atender ao


prescrito na NBR 9794 da ABNT – (Tubos de concreto armado de seção circular
para águas pluviais). Em princípio, serão executados apenas ensaios à compressão
diametral, atendendo ao definido na ABNT-NBR 9795 (Tubo de concreto armado –
Determinação da resistência a compressão diametral), formando-se amostras de 2
peças para cada lote de no máximo 100 tubos de cada diâmetro utilizado.

5.3 Aceitação

O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes


condições:

1ª) O acabamento seja julgado satisfatório;

2ª) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas.


Em especial, as variações para mais ou menos do diâmetro interno do tubo, em
qualquer seção transversal, não devem exceder 1% do diâmetro interno médio;

3ª) A resistência à compressão diametral obtida nos ensaios efetuados


seja superior aos valores mínimos especificados na ABNT-NBR 9794 (Tubo de
concreto armado de seção circular para águas pluviais), para a classe e diâmetro de
tubo considerados.

6 MEDIÇÃO

O corpo dos bueiros tubulares de concreto será medido pelo


comprimento em metros lineares, executado de acordo com o projeto.
138
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BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO SOP-ES-OAC 01/19


PAG. 06/06
As bocas dos bueiros serão medidas por unidade executado conforme
o projeto.

7 PAGAMENTO

O corpo e bocas dos bueiros tubulares de concreto serão pagos pelos


preços contratuais, para as quantidades medidas conforme o item 6 e incluem todas
as etapas de execução, bem como mão de obra encargos sociais, equipamentos,
ferramentas, fornecimento de todos materiais utilizados, transportes, escavações,
reaterros, limpeza, acabamento e eventuais.

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BUEIROS CAPEADOS SOP-ES-OAC 02/19


PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

Bueiros são dispositivos utilizados para permitir a passagem d’água de


um lado para o outro, da rodovia.

Esta especificação trata dos procedimentos a serem seguidos na


execução de bueiros capeados, aplicáveis a talvegues (bueiros de grota) ou como
bueiros de greide.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de arte correntes, a
saber:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassa: SOP-ES-OAE 02/19 – Concretos e
argamassas.
 Aço: SOP-ES-OAE 03/19 – Armaduras para concreto armado.
 Formas: (guias): SOP-ES-OAE 05/19 – Formas e cimbres.

O concreto estrutural para a laje do bueiro capeado, deverá ser dosado


experimentalmente para uma resistência característica à compressão (fck)min., aos
28 dias de 15MPa, devendo ser preparado de acordo com o prescrito na norma
ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

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BUEIROS CAPEADOS SOP-ES-OAC 02/19


PAG. 02/07
A pedra de alvenaria a ser empregada nas fundações e elevações de
muros e bocas deverá ser resistente e durável, oriunda de granito, gnaisse ou outra
rocha sã estável.

O assentamento da pedra em relação as larguras das paredes ou alas


deverá deixar pelo menos 3cm para o recobrimento com argamassa.

Para revestimento da calçada, do corpo, das extremidades (bocas) e


rejuntamento da alvenaria de pedra será utilizada argamassa de cimento-areia, traço
1:4.

O aço utilizado nas armaduras será de classe CA-50 e CA-60.

3 EXECUÇÃO

As etapas executivas a serem atendidas na construção dos bueiros


capeados de concreto são as seguintes:

1a) Locação

A execução dos bueiros capeados deverá ser precedida da locação da


obra, de acordo com os elementos de projeto.

A locação será efetuada mediante a implantação de piquetes a cada


5m e do nivelamento deles, de modo que seja possível a determinação dos volumes
de escavação para atingir as cotas do projeto.

Os elementos de projeto, tais como estaca, esconsidade comprimentos


e cotas poderão sofrer pequenos ajustamentos nesta fase. A declividade longitudinal
da obra deverá ser contínua.

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PAG. 03/07
2a) Escavação

Os serviços de escavação das trincheiras necessárias à execução da


obra, poderão ser executadas manual ou mecanicamente, em largura de 50cm
superior à do corpo, para cada lado para permitir as formas da estrutura.

Nas situações em que a resistência do terreno de fundação for inferior à


tensão admissível sob a obra prevista no projeto, deverá ser indicada solução especial
que assegure adequada condição de apoio para a estrutura, como substituição de
parte do material do terreno de fundação por material de maior resistência, apoio sobre
estacas, lastro de pedras, etc.

3a) Corpo e Bocas

A execução dos bueiros capeados, com alvenaria de pedra


argamassada, será feita segundo três etapas desenvolvidas a partir da parte inferior
da obra;

Primeira etapa

Sobre a cava de fundação, serão instaladas as formas laterais da


calçada, inclusive as calçadas das bocas e dos muros (elevações). Segue-se a
execução da calçada até a cota superior da mesma e 0,20m dos muros.

Segunda etapa

Serão complementadas as formas dos muros e instaladas as das alas


das bocas. Segue-se a execução até a cota superior final destes elementos do
bueiro.

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PAG. 04/07
Terceira etapa

Serão instaladas as formas e as armaduras da laje superior e lançado


e vibrado o concreto necessário à complementação do corpo do bueiro capeado. Em
seguida executa-se os muros de testa em alvenaria de pedra argamassada.

A execução dos bueiros capeados com alvenaria de pedra


argamassada, será desenvolvida a partir da parte inferior da obra, calçadas, muros,
alas e martelos. As pedras para alvenaria deverão ser distribuídas de modo que
sejam completamente rejuntadas pela argamassa e não possibilitem a formação de
vazios. Deverão ficar no mínimo 0,03m afastadas da forma.

4a) Reaterro

Após concluída a execução do bueiro capeado e decorridos pelos


menos 7 dias da concretagem da laje, dever-se-á proceder à operação de reaterro.
O material para o reaterro poderá ser o próprio material escavado, se este for de boa
qualidade, ou material especialmente selecionado. A compactação deste material
deverá ser executada em camadas de no máximo 15cm, por meio de “sapos
mecânicos” ou placas vibratórias. Deve-se tomar a precaução de compactar com o
máximo cuidado junto às paredes do corpo do bueiro e de levar a compactação
sempre ao mesmo nível de cada lado da obra. Esta operação deverá prosseguir até
se atingir uma espessura de 40 cm acima da laje superior do corpo do bueiro, salvo
para as obras em que seja prevista a atuação direta do tráfego sobre a obra, que só
poderá ser liberada após 28 dias da concretagem.

5a) Acabamento

Concluída a execução do corpo e das bocas, será efetuado o


revestimento da laje de fundo do corpo e da soleira, utilizando-se argamassa de
cimento-areia, traço 1:4.

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PAG. 05/07
Após terminada a obra, todas as erosões existentes a jusante da obra
deverá ser preenchida com enrocamento de pedra jogada. As bocas deverão estar
completamente desimpedidas de vegetação e outros detritos, e permitir perfeito
escoamento às águas de entrada e saída.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


condições ambientais;

4.1.1 Todos os materiais excedentes de escavação ou bota-foras deverão


ser removidos das proximidades dos dispositivos evitando o seu entupimento,
cuidando-se ainda que estes materiais não sejam colocados próximo aos cursos
d’água, para evitar o assoreamento;

4.1.2 Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras
de proteção, de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a sua desfiguração.

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

a. Controle geométrico e de acabamento

O controle geométrico consistirá na conferência, por métodos


topográficos correntes, do alinhamento, esconsidade, declividade, dimensões
internas, comprimentos e cotas dos bueiros executados e respectivas bocas.

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PAG. 06/07
As condições de acabamento serão apreciadas, pela fiscalização, em
bases visuais.

b. Controle tecnológico

O controle tecnológico do concreto (fck  15 MPa) empregado na laje


será realizado para cada bueiro pelo rompimento de corpos de prova à compressão
simples, aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na NBR 5739 (Concreto –
Ensaio de compressão a corpos de prova cilíndricos), para controle assistemático.
Para tal, deverá ser estabelecida, previamente, a relação experimental entre a
resistência à compressão simples aos 28 e aos 7 dias.

As posições e bitolas das armaduras deverão ser conferidas antes da


concretagem.

5.3 Aceitação

O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes


condições:

1a) O acabamento seja julgado satisfatório;

2a) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas,


não sendo admitidas variações em qualquer dimensão superiores a 5%, para pontos
isolados;

3a) A resistência à compressão simples estimada (fck), do concreto


utilizado, definida na NBR 5739 da ABNT para controle assistemático, seja superior
à resistência característica especificada.

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PAG. 07/07
6 MEDIÇÃO

O corpo dos bueiros capeados será medido em metros lineares pelo


comprimento da galeria, executado de acordo com o projeto. As bocas de bueiros
serão medidas por unidades executadas de acordo com o projeto.

7 PAGAMENTO

O corpo e bocas dos bueiros capeados serão pagos pelos preços


contratuais, para as quantidades medidas conforme o item 6 e incluem todas as
etapas de execução bem como, mão de obra com encargos sociais, equipamentos,
ferramentas, fornecimento de todos os materiais utilizados, escavação, reaterro,
transportes, limpeza, acabamento e eventuais.

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1 DEFINIÇÃO

Bueiros são dispositivos utilizados para permitir a passagem de água


de um lado para o outro da rodovia.

Esta especificação trata dos procedimentos a serem seguidos na


execução de bueiros metálicos montados sob aterros existentes, sem interrupção do
tráfego (processo não-destrutivo).

2 MATERIAIS

a) Chapas metálicas corrugadas galvanizadas

Serão utilizadas chapas metálicas corrugadas galvanizadas para os casos


em que não sejam previstas condições de utilização agressivas. As chapas serão
fornecidas pelo fabricante acompanhadas dos parafusos e porcas necessários à
montagem bem como das ferramentas apropriadas.

b) Chapas metálicas corrugadas revestidas com epóxi

A utilização de chapas metálicas corrugadas revestidas com epóxi é


indicada para situações em que sejam previstas condições de utilização agressivas,
como aquelas prevalentes em regiões litorâneas, regiões urbanas e na condução de
esgotos sanitários e/ou despejos industriais. Além das porcas, parafusos e
ferramentas necessárias à montagem, o fabricante deverá fornecer pincéis e resina
epóxi destinados ao retoque de eventuais pontos em que o revestimento tenha sido
danificado durante o transporte ou manuseio das chapas.

c) Material de Enchimento

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INTERRUPÇÃO DO TRÁFEGO SOP-ES-OAC 03/19
PAG. 02/10
Para o preenchimento dos espaços vazios existentes entre a face
externa das chapas metálicas corrugadas e o solo de aterro será utilizada
argamassa fluída constituída de solo argiloso, cimento e água, obedecendo ao
seguinte traço aproximado, estabelecido para um misturador com capacidade de 250
litros.
 Cimento: 13 kg
 Água: 20 litros
 Argila peneirada: 250kg

A argamassa assim preparada deverá apresentar uma resistência à


compressão simples, aos 28 dias, de no mínimo 1,5MPa.

d) Material vedante

Caso se deseje incrementar a estanqueidade do bueiro metálico


deverão ser introduzidas tiras de feltro nas emendas das chapas.

e) Bocas

As bocas de bueiros com tubos metálicos serão de concreto armado,


igualmente às bocas de bueiros celulares de concreto, adaptando-se o muro da
testa à seção circular do bueiro metálico. O concreto da boca deverá ser dosado
experimentalmente para uma resistência mínima à compressão de 15 MPa, aos 28
dias, devendo ser preparado conforme a norma ABNT-NBR 12.655 (Preparo,
controle e recebimento do concreto).

3 EXECUÇÃO

As etapas executivas a serem atendidas na construção dos bueiros


metálicos por processo não-destrutivo são as seguintes:

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PAG. 03/10
1a) Investigação do terreno

Previamente à execução da obra deverão ser efetuadas sondagens à


percussão, objetivando a determinação do nível do lençol freático e dos resultados
da SPT (Standard Penetration Test). Estes parâmetros se prestarão a orientar a
escolha do tipo de escoramento a ser adotado.

2a) Abertura de poços de ataque

Caso não seja viável o emboque direto, em função das condições


locais, deverão ser abertos, em pontos convenientes, poços de ataque de seção
circular, escorados com as mesmas chapas metálicas e diâmetro imediatamente
superior ao utilizado no corpo do bueiro.

Os poços de ataque revestidos poderão ser aproveitados como poço


de visita definitivo, caso julgado necessário.

3a) Esgotamento

No fundo do poço de ataque, caso necessário, deverão ser escavado


um reservatório onde se instalará uma bomba d’água elétrica submersa. O
reservatório deverá ficar em cota mais baixa do que a da geratriz inferior do bueiro,
recebendo toda a água de infiltração advinda das paredes do poço de ataque e do
próprio corpo do bueiro.

Para favorecer o escoamento da água de infiltração, o bueiro deverá


ser executado no sentido da jusante para montante.

4a) Implantação

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PAG. 04/10
Tendo sido locado o eixo da obra, será iniciada a escavação manual da
frente de ataque, que poderá se dar a partir do próprio talude de aterro ou de um
poço de ataque.

A escavação deverá ser feita dentro de um perímetro o mais próximo à


circunferência externa do bueiro e com profundidade aproximadamente igual ao
comprimento de cada chapa, em geral 46cm.

Imediatamente após a escavação, será executada a montagem do


primeiro anel, ajustando-se as chapas e fixando-as uma as outras com os parafusos
e porcas específicas.

Para o prosseguimento das operações serão repetidas sucessivamente


etapas de escavação e montagem de cada anel.

Em casos excepcionais onde o terreno não exibir resistência, será


adotado o processo alternativo a seguir descrito:

Na medida em que for sendo feita a escavação manual da frente de


ataque, deve-se cravar no terreno, à frente da escavação, uma aba metálica em
forma de abóbada circular. Essa aba metálica terá apoio deslizante sobre uma viga
metálica que será suspensa nos flanges do trecho já executado e terá sua ponta
solidamente cravada no terreno ainda não escavado.

A aba metálica suportará a abóbada de solo proveniente da escavação


até que um novo anel tenha sido montado sob proteção da aba. A partir dessa fase
o novo anel já terá condições de substituir a função da aba quando esta for
avançada.

O deslocamento da aba para proteger a escavação do anel seguinte é


feito cravando-a para a frente com o auxílio de macacos mecânicos que se apoiam

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PAG. 05/10
em orelhas convenientemente fixadas nos flanges do bueiro metálico. Essas orelhas
vão sendo removidas à medida em que a frente de trabalho vai progredindo. A frente
que será escavada terá seu talude escorado por um escudo frontal constituído de
chapas metálicas retangulares ou trapezoidais com espessura de 1/4". Estas
cobrirão toda a superfície do talude frontal. As chapas devem ser escoradas
compressão sobre o terreno por estroncas metálicas apropriadas, extensíveis à
custa de dispositivo telescópico e de rosca para aperto final. As estroncas serão
apoiadas nos flanges do trecho já montado. Para permitir a escavação da frente, as
chapas metálicas que constituem o escudo frontal serão removidas uma de cada
vez. Posteriormente, serão montadas novamente, com aperto contra o terreno após
a escavação do solo de um comprimento correspondente a um novo anel. Depois
que todas as chapas do escudo frontal forem transferidas para a frente, o espaço
escavado permitirá a montagem de novo anel. Durante a montagem do novo anel, a
câmara de trabalho estará com a frente escorada pelo escudo frontal e o teto da
escavação sustentado pela abóbada da aba. Depois de montado o anel, novas
séries de operações permitem a montagem dos anéis adjacentes por parafusos e
porcas galvanizados de 16 x 32mm ou 16 x 38mm, de acordo com a bitola, que
devem ser distribuídos ao longo dos flanges laterais dos anéis. As chapas de cada
anel serão emendadas por transpasse de parafusos e porcas das mesmas
dimensões, porém com o pescoço quadrado e providos de arruelas de pressão, que
mantém o parafuso no furo também quadrado da chapa, para permitir que a porca
seja apertada pelo lado interno.

5a) Vedação

Na eventualidade de se desejar aumentar a estanqueidade do bueiro


metálico, deverão ser introduzidas tiras de feltro nas emendas das chapas.

6a) Enchimento

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PAG. 06/10
Os espaços vazios existentes entre a face externa dos anéis metálicos
e o terreno natural deverão ser preenchidos a fim de se evitar recalques posteriores.
Para tal, deverá ser utilizado o material fluído de enchimento especificado, o qual
será injetado através de furos com diâmetro de 1 ½” executados em chapas
alternadas. Para a injeção será utilizada bomba de deslocamento positivo, que
permita recalcar a massa fluida com pressão de 1 MPa. Opcionalmente, e a
exclusivo critério da fiscalização, o enchimento poderá ser feito, após a montagem
de cada anel, com a utilização de soquetes de madeira especialmente construídos
para este fim.

7a) Acompanhamento topográfico

A declividade e o alinhamento definidos no projeto serão controlados


topograficamente, a cada etapa da montagem.

8a) Condições especiais

a) Lençol freático

A presença de lençol freático elevado poderá levar à necessidade de


soluções especiais para o seu rebaixamento, como a utilização de drenos sub-
horizontais.

Estes serviços especiais serão computados separadamente.

b) Solos inconsistentes

Caso ocorram solos de baixa consistência, medidas especiais poderão


ser necessárias, como por exemplo injeção de aglutinantes no solo envolvente ao
bueiro a executar. O tipo, a quantidade e o processo de injeção serão definidos
através de estudos específicos, e considerados separadamente.

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PAG. 07/10
c) Revestimento de concreto

O bueiro metálico poderá ser, opcionalmente, revestido de concreto,


passando os anéis de aço a servir de forma perdida. O revestimento poderá ser feito
com concreto projetado ou com concreto bombeado, neste caso utilizando-se formas
metálicas curvas removíveis. Este concreto poderá ser armado ou simplesmente
utilizar uma tela de arame para ancoragem. Após o lançamento do concreto ou a
desforma do concreto bombeado, a superfície interna receberá ainda um
acabamento de pedreiro, de maneira a tornar-se o mais uniforme possível. Este
serviço especial, se utilizado, será computado separadamente.

9a) Bocas

Concluída a montagem dos anéis de chapas metálicas corrugadas,


serão executadas as bocas de jusante e montante em concreto. Serão utilizadas as
mesmas bocas indicadas para bueiros celulares de concreto. Neste caso, a boca do
bueiro celular será adaptada para que o muro de testa se ajuste à seção circular do
bueiro metálico.

Em qualquer caso, a extremidade do bueiro metálico será ancorada no


concreto pela utilização de 12 (doze) parafusos galvanizados de diâmetro de 3/4",
com 6” de comprimento, dispostos a cada 30° (12 x 30° = 360°C) ao longo do
perímetro do bueiro.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


condições ambientais;

4.1.1 Todos os materiais excedentes de escavação ou bota-foras deverão


ser removidos das proximidades dos dispositivos evitando o seu
entupimento, próximo aos cursos d’água, para evitar o assoreamento;
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4.1.2 Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras
de proteção, de modo a não promover a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo a evitar
a sua desfiguração.

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle geométrico consistirá na conferência, por processos


topográficos correntes, do alinhamento, esconsidade, declividade, comprimentos e
cotas dos bueiros executados e respectivas bocas.

As condições de acabamento serão apreciadas, pela fiscalização, em


bases visuais.

5.2 Controle tecnológico

Tendo em vista a esporadicidade deste serviço, o controle tecnológico


será realizado para cada bueiro.

O controle tecnológico do concreto utilizado nas bocas será realizado


pelo rompimento de corpos de prova à compressão simples, aos 7 dias de idade, de
acordo com o prescrito na ABNT-NBR 5739 (Concreto – Ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos), para controle assistemático. Para tal, deverá ser
estabelecida, previamente, a relação experimental entre as resistências à
compressão simples aos 28 e aos 7 dias.

5.3 Aceitação
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PAG. 09/10
O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes
condições:

1a) O acabamento seja julgado satisfatório;

2a) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas.


Em especial, as deformações de estrutura avaliadas por medidas internas não
devem ser superiores a 10% do diâmetro do tubo;

3a) A resistência à compressão simples estimada (fck), do concreto


utilizado nas bocas, definidas na NBR 5739 da ABNT para controle assistemático,
seja superior à resistência característica especificada.

6 MEDIÇÃO

O corpo incluindo poços de ataque dos bueiros metálicos executados


sem interrupção do tráfego serão medidos em metros lineares pelo comprimento da
galeria, executado de acordo com o projeto. As bocas dos bueiros serão medidas
por unidades executadas. Os volumes de escavação e reaterro serão medidos em
separado, expressos em metros cúbicos. Será objeto de medição o transporte do
material escavado conforme distância prevista no projeto.

7 PAGAMENTO

7.1 O corpo incluindo poços de ataque e bocas dos bueiros metálicos


executados sem interrupção do tráfego, será pago pelo preço contratual, para as
quantidades medidas conforme o item 6 e incluem todas as etapas de execução
bem como: mão de obra com encargos sociais, equipamentos, ferramentas,
fornecimento de todos os materiais utilizados, transportes, limpeza, acabamento e
eventuais.

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PAG. 10/10
7.2 A escavação, o transporte de material escavado e o reaterro, serão pagos
separadamente pelos preços contratuais, para as quantidades medidas
conforme o item 6.

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PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

Bueiros são dispositivos utilizados para permitir a passagem d’água de


um lado para o outro, da rodovia.

Esta especificação trata dos procedimentos a serem seguidos na


execução de bueiros celulares de concreto.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de arte correntes, a
saber:

 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto e argamassa: SOP-ES-OAE 02/19 – Concretos e
argamassas.
 Aço: SOP-ES-OAE 03/19 – Armaduras para concreto armado.
 Formas: (guias): SOP-ES-OAE 05/19 – Formas e cimbres.

O concreto utilizado no corpo e nas bocas deverá ser dosado


experimentalmente para uma resistência característica à compressão (fck)min., aos
28 dias, de 15 MPa, devendo ser preparado de acordo com o prescrito nas normas
ABNT-NBR 12.655 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

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PAG. 02/08
Para revestimento do concreto da laje de fundo do corpo e de entre-
alas será utilizado argamassa de cimento-areia, traço 1:3.

O aço utilizado nas armaduras será de classe CA-50 e CA-60.

3 EXECUÇÃO

As etapas executivas a serem atendidas na construção dos bueiros


celulares de concreto são as seguintes:

1a) Locação

A execução dos bueiros celulares deverá ser precedida da locação da


obra, de acordo com os elementos de projeto.

A locação será efetuada mediante a implantação de piquetes a cada


5m e do nivelamento deles, de modo que seja possível a determinação dos volumes
de escavação.

Os elementos de projeto, tais como estaca, esconsidade, comprimento


e cotas poderão sofrer pequenos ajustamentos nesta fase. A declividade longitudinal
da obra deverá ser contínua.

2a) Escavação

Os serviços de escavação das trincheiras necessárias à execução da


obra, poderão ser executados manual ou mecanicamente, em uma largura de 50cm
superior à do corpo, para cada lado. Onde houver necessidade de execução de
aterros para se atingir a cota de execução do lastro, estes deverão ser executados e
compactados em camadas de, no máximo 15cm.

3a) Lastro

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PAG. 03/08
Concluída a escavação das trincheiras, será efetuada a compactação
da superfície resultante, e as irregularidades remanescentes serão eliminadas
mediante a execução e um lastro de concreto magro, com espessura da ordem de
10cm, aplicado em camada contínua em toda a área abrangida pelo corpo e pela
soleira das bocas, mais um excesso lateral de 15cm para cada lado.

Nas situações em que a resistência do terreno de fundação for inferior


à tensão admissível sob a obra prevista no projeto, deverá ser indicada solução
especial que assegure adequada condição de apoio para a estrutura, como
substituição de parte do material do terreno de fundação por material de maior
resistência, apoio sobre estacas, lastro de pedras, etc.

4a) Corpo

A execução do corpo dos bueiros celulares será feita segundo três


etapas de concretagem, desenvolvidas a partir da parte inferior da obra:

Primeira etapa de concretagem:

Serão instaladas as armaduras da laje inferior e as formas das laterais,


estas para dar apoio às armaduras laterais vinculadas. Segue-se a concretagem da
laje de piso, até a cota superior das mísulas inferiores e a consequente vibração do
concreto lançado.

Segunda etapa de concretagem:

Serão posicionadas as armaduras das paredes e as formas laterais


remanescentes. Segue-se a concretagem das paredes, até a cota inferior das
mísulas superiores, e a consequente vibração do concreto lançado.

Terceira etapa de concretagem:

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PAG. 04/08
Serão instaladas as formas e as armaduras da laje superior e mísulas
superiores, e em seguida lançado e vibrado o concreto necessário à
complementação do corpo do bueiro celular.

5a) Vigas das cabeceiras

Nas extremidades dos bueiros serão executadas as vigas de topo


inferior e superior, simultaneamente com a primeira e terceiras etapas de
concretagem.

6a) Juntas de dilatação

Serão executadas juntas de dilatação a intervalos de no máximo 15m.


Estas juntas serão executadas interrompendo-se dois “panos” anexos de
concretagem, segundo uma transversal à obra, com uma peça de madeirite e uma
placa de isopor, cada uma delas com espessura de 1cm. Concretado o 2 º “pano” a
peça de madeirite e o isopor serão retirados, e a junta será preenchida com mistura
de cimento asfáltico e areia, vertida a quente.

Opcionalmente poderá ser executada junta do tipo “fungeband” ou


similar, que assegure a estanqueidade da obra.

7a) Reaterro

Após 7 dias de concluída a execução do corpo do bueiro celular dever-


se-á proceder à operação de reaterro. O material para o reaterro poderá ser o
próprio material escavado, se este for de boa qualidade, ou material especialmente
selecionado. A compactação deste material deverá ser executada em camadas de
no máximo 15cm, por meio de sapos mecânicos ou placas vibratórias. Deve-se
tomar a precaução de compactar com o máximo cuidado junto às paredes do corpo
do bueiro e de levar a compactação sempre ao mesmo nível, de cada lado da obra.
Esta operação deverá prosseguir até se atingir uma espessura de 40 cm acima da

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laje superior do corpo de bueiro, salvo para as obras em que seja prevista a
atuação direta do tráfego sobre a obra, que só poderá ser liberado após 28 dias da
concretagem.

8a) Boca

A confecção das bocas (cabeceiras ou extremidades) dos bueiros


celulares será iniciada pela escavação das valas necessárias à execução da viga de
topo frontal. Segue-se a instalação das formas necessárias à concretagem desta
viga e da própria soleira, a disposição das armaduras, o lançamento e a vibração do
concreto. Nesta ocasião, deverão ser ainda posicionadas as armaduras das alas que
se ligam à soleira, apoiadas em uma das formas de cada ala.

Posteriormente, serão instaladas as formas e armaduras


remanescentes das alas, lançado e vibrado o concreto, concluindo-se a execução da
boca.

9a) Acabamentos

Concluída a execução do corpo e das bocas, será efetuado o


revestimento do concreto da laje de fundo do corpo e da soleira, utilizando-se
argamassa de cimento-areia, traço 1:3.

Após terminada a obra, todas as erosões existentes a jusante da obra


deverá ser preenchida com enrocamento de pedra jogada. As bocas deverão estar
completamente desimpedidas de vegetação e outros detritos, e permitir perfeito
escoamento às águas de entrada e saída.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

4.1 Durante a construção das obras deverão ser observadas as seguintes


recomendações visando a proteção do meio ambiente;

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4.1.1 Todo material excedente de escavação ou sobras deverá ser retirado
das proximidades dos dispositivos de modo a não provocar entupimento, cuidando-
se ainda que este material não seja levado para os cursos d’água, de modo a não
causar seu assoreamento;

4.1.2 Nas saídas dos bueiros deverão ser executadas obras de proteção,
para impedir a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’água;

4.1.3 Durante a execução das obras deverá ser evitado o tráfego


desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais, de modo evitar a
destruição necessária da vegetação, assim como interferência na drenagem natural;

4.1.4 Nas áreas de bota-fora necessário à realização das valas de saída que
se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais de
escavação que possam prejudicar o sistema de drenagem superficial.

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle geométrico consistirá na conferência, por métodos


topográficos correntes, do alinhamento, esconsidade, declividade, dimensões
internas, comprimentos e cotas dos bueiros executados e respectivas bocas.

As condições de acabamento serão apreciadas, pela fiscalização em


bases visuais.

5.2 Controle tecnológico

O controle tecnológico do concreto empregado no corpo do bueiro e


bocas será realizado pelo rompimento de corpos de prova à compressão simples,
aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na ABNT-NBR 5739 (Concreto –

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Ensaio de compressão a corpos de prova cilíndricos), para controle assistemático.
Para tal, deverá ser estabelecida, previamente, a relação experimental entre as
resistências à compressão simples aos 28 e aos 7 dias.

As posições e bitolas das armaduras deverão ser conferidos antes da


concretagem.

5.3 Aceitação

O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes


condições:

1a) O acabamento seja julgado satisfatório;

2a) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas,


não sendo admitidas variações em qualquer dimensão superiores a 10%, para
pontos isolados;

3a) A resistência à compressão simples estimada (fck)., do concreto


utilizado, definida na NBR 5739 da ABNT para controle assistemático, seja superior
à resistência característica especificada.

6 MEDIÇÃO

O corpo de bueiros celulares de concreto será medido em metros


lineares, pelo comprimento da galeria, executado de acordo com o projeto e inclui o
lastro em concreto magro. As bocas dos bueiros serão medidas por unidades
executadas e inclui o lastro em concreto magro. Os volumes de escavação e
reaterro serão medidos em separado, expresso em metros cúbicos. Não será objeto
de medição o transporte do material escavado para execução do lastro.

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BUEIROS CELULARES DE CONCRETO SOP-ES-OAC 04/19


PAG. 08/08
7 PAGAMENTO

7.1 O corpo e bocas de bueiros celulares de concreto serão pagos pelos preços
contratuais para as quantidades medidas conforme o item 6 e incluem todas as
etapas de execução bem como: mão de obra com encargos sociais, equipamentos,
ferramentas, fornecimento de todos os materiais utilizados, transportes, limpeza,
acabamento e eventuais.

7.2 A escavação e reaterro, serão pagos separadamente, pelos preços


contratuais para as quantidades medidas conforme o item 6.

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CAIXAS DE LIGAÇÃO OU DE PASSAGEM SOP-ES-OAC 05/19


PAG. 01/06
1 DEFINIÇÃO

Caixas de ligação ou de passagem são dispositivos utilizados em


bueiros ou em rede de drenagem pluvial com a finalidade de se fazer uma deflexão
no alinhamento da obra ou se fazer um rebaixamento, ou desnível repentino, da cota
de escoamento.

As caixas possuem a laje superior de concreto armado, com tampa


para permitir a inspeção e a limpeza, e possuem as paredes e o piso de concreto
armado (geralmente com 15cm de espessura e fck = 20 MPa) ou de concreto
simples (geralmente com 20cm de espessura e fck = 20MPa), conforme
estabelecido no projeto.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente às


especificações em vigor na SOP-CE para execução de obras de arte correntes, a
saber:
 Cimento: DNER-EM 36 – Recebimento e aceitação de cimento
Portland comum e Portland de alto forno.
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 – Agregado miúdo para concreto
de cimento.
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 – Agregado graúdo para concreto
de cimento.
 Água: DNER-EM 34 – Água para concreto.
 Concreto: SOP-ES-OAE 02/19 – Concretos e argamassas.
 Aço: SOP-ES-OAE 03/19 – Armaduras para concreto armado.
 Formas: (guias): SOP-ES-OAE 05/19 – Formas e cimbres.

O concreto utilizado deverá ser dosado experimentalmente para a


resistência característica à compressão (fck)min., aos 28 dias, de 20 MPa, ou outra
resistência estabelecida pelo projeto.

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CAIXAS DE LIGAÇÃO OU DE PASSAGEM SOP-ES-OAC 05/19


PAG. 02/06
3 EXECUÇÃO

As etapas de execução das caixas de ligação ou de passagem são as


seguintes:

a) Locação e marcação da cota de fundo de escavação

A execução da caixa será precedida da locação e da marcação da cota


de fundo de escavação, ambas por processos topográficos, de acordo com os
elementos de projeto.

A cota de fundo do projeto poderá sofrer ajuste, em função de


particularidades do terreno percebidas após o desmatamento.

b) Escavação

A escavação para execução da caixa se fará por processo manual. As


dimensões laterais da escavação deverão superar as dimensões da caixa em 30cm
para cada lado, para permitir a colocação das formas e a compactação do solo de
reaterro.

c) Sequência executiva para caixa de concreto armado

c.1 – Lastro: concluída a escavação será feita a regularização e o


apiloamento do fundo da caixa seguida da execução de um
lastro de 10cm em média de concreto magro, na área da
caixa, com excesso de 15cm para cada lado.

c.2 – Laje de piso: serão instaladas as armaduras da laje inferior e


as formas externas das paredes laterais para dar apoio as
armaduras laterais vinculadas. Na sequência faz-se a
concretagem da laje de piso.

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CAIXAS DE LIGAÇÃO OU DE PASSAGEM SOP-ES-OAC 05/19


PAG. 03/06
c.3 – Paredes laterais: serão instaladas as armaduras das paredes
laterais e colocadas as formas internas seguidas da
concretagem parcial das paredes, deixando-se os últimos 50cm
para ser concretado junto com a laje superior.

c.4 – Laje superior: serão instaladas as formas e as armaduras da


laje superior, seguido da concretagem desta laje e das paredes
remanescentes que estavam incompletas. A instalação de
formas, ferragens e a concretagem da tampa são feitas
separadamente.

Nas Paredes Laterais deverão ser acoplados os tubos de entrada e de


saída das águas, nas suas respectivas cotas, por ocasião da concretagem das
paredes.

d) Sequência executiva para caixa de concreto simples.

d.1 – Regularização e apiloamento do fundo da escavação da caixa.

d.2 – Instalação das formas e concretagem da laje do piso.

d.3 – Instalação das formas e concretagem das paredes laterais –


não pode haver concretagens de altura de parede superior a 1
(um) metro, devendo o formamento e a concretagem das
paredes serem feitos parceladamente, até ficar faltando 50cm
para o topo das paredes que abrigarão a ferragem de
engastamento da laje superior de concreto armado.

d.4 – Laje superior: serão instaladas as formas e as armaduras da


laje superior, seguido da concretagem desta laje e das
paredes remanescentes que estavam incompletas. A

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CAIXAS DE LIGAÇÃO OU DE PASSAGEM SOP-ES-OAC 05/19


PAG. 04/06
instalação das formas, ferragens e a concretagem da tampa
são feitas separadamente.

Nas paredes laterais deverão ser acoplados os tubos de entrada e de


saída das águas, nas suas respectivas cotas, por ocasião da concretagem das
paredes.

e) Reaterro

Após 7 dias de concluída a concretagem da caixa de ligação ou de


passagem procede-se a operação de reaterro. Para profundidades superiores a 2
metros de reaterro nas laterais das caixas é recomendado a utilização de areia,
adensando-a com água. Para profundidades menores que 2 metros se pode
reaterrar com o solo da escavação, se for de boa qualidade, compactando-o com
equipamentos manuais.

4 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

4.1 Controle geométrico e de acabamento

a) O controle geométrico consistirá na conferência por processos


topográficos correntes das cotas de fundo da caixa e medidas
diretas a trena das dimensões projetadas para a caixa.

b) O controle do acabamento da caixa é feito por inspeção visual.

4.2 Controle tecnológico

O controle tecnológico do concreto empregado na caixa de ligação ou


de passagem é feito por rompimento de corpos de prova de acordo com o prescrito
na ABNT-NBR 5739 (Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova

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CAIXAS DE LIGAÇÃO OU DE PASSAGEM SOP-ES-OAC 05/19


PAG. 05/06
cilíndricos), para controle assistemático aos 7 dias de idade. Para tal deverá ser
estabelecida a relação experimental entre as resistências aos 28 dias e 7 dias.

A resistência a compressão mínima aos 28 dias de idade do concreto é


de 20 MPa.

A frequência de ensaios é de 1 ensaio por caixa.

4.3 Aceitação

Os serviços serão aceitos quando atendidas as seguintes condições:

a) O acabamento da caixa seja julgado satisfatório;


b) A cota de fundo da caixa não difira da de projeto em mais de 3cm;
c) As dimensões das peças da caixa (largura de paredes, lajes, tampa)
não difira das do projeto em mais de 2cm;
d) A resistência à compressão do concreto seja igual ou superior a
mínima especificada.

5 MEDIÇÃO

As caixas de ligação ou de passagem serão medidas através dos


seguintes itens:

a) Escavação e reaterro

A escavação manual será medida pelo volume efetivamente escavado,


em metros cúbicos.

O reaterro manual será medido pelo volume em metros cúbicos


descontado o volume da caixa.

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CAIXAS DE LIGAÇÃO OU DE PASSAGEM SOP-ES-OAC 05/19


PAG. 06/06
Caso haja importação de material para o reaterro, haverá medição para
a escavação e carga, em metros cúbicos, e para o transporte do material, em
toneladas, na distância indicada no projeto.

b) Forma, ferro e concreto

As formas serão medidas pela área em metros quadrados.

O ferro será medido pelo peso em quilogramas.

O concreto será medido pelo volume em metros cúbicos, conforme


previsto no projeto.

O transporte de formas, ferros, cimentos e agregados do concreto será


medido pelo peso em toneladas nas respectivas distâncias de transporte indicadas
no projeto.

6 PAGAMENTO

A caixa de ligação ou de passagem é paga pelos preços contratuais


para as quantidades medidas conforme o item 5, estando neles incluídos todas as
etapas de execução bem como: mão de obra com encargos sociais, equipamentos,
ferramentas, fornecimento dos materiais utilizados, transportes, limpeza,
acabamentos, eventuais e lucro.

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DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO DE BUEIROS SOP-ES-OAC 06/19


PAG. 01/04
1 DEFINIÇÃO

Demolição e remoção de bueiros é o serviço de obras de arte correntes


que se executa quando é necessário a eliminação de um bueiro, ou a sua
substituição, ou a mudança de lugar da obra. Esta especificação se aplica a bueiros
tubulares de concreto armado, bueiros capeados, bueiros tubulares metálicos
corrugados e bueiros celulares.

Os bueiros tubulares de concreto armado e tubulares metálicos,


dependendo do estado de conservação, podem permitir o aproveitamento dos tubos.

2 EXECUÇÃO

A execução do serviço consistirá das seguintes atividades:

1ª) Identificação do tipo de bueiro a ser demolido, a extensão do seu


corpo e o tipo de extremidade (boca ou caixa coletora);

2ª) Definição dos locais para onde serão transportados os tubos ou os


materiais resultantes das demolições;

3ª) Levantamento topográfico da obra de forma a permitir a


determinação dos volumes de escavação e as quantidades do corpo do bueiro e das
extremidades;

4ª) Escavação do desmonte do aterro, executada manualmente ou


mecanicamente, conforme as condições locais e previsão do projeto. Deverá ser
escavada uma largura superior em 30cm à largura da obra existente ou à largura da
nova obra;

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO DE BUEIROS SOP-ES-OAC 06/19


PAG. 02/04
5ª) Demolição manual das bocas feitas de alvenaria de pedras
argamassadas, concreto simples ou ciclópico, com redução do tamanho dos
fragmentos para permitir a remoção lateral, sem prejuízo para a drenagem;

6ª) Demolição manual ou com martelete pneumático, conforme


previsão do projeto, do concreto armado das bocas e do corpo de bueiros celulares;

7ª) Remoção dos tubos do corpo do bueiro, utilizando processos e


ferramentas manuais, devendo ser tomados todos os cuidados para manter a
integridade dos tubos, prevendo os futuros aproveitamentos deles;

8ª) Demolição manual do berço ou lastro feito de alvenaria de pedras


argamassadas, concreto simples ou ciclópico, quando previsto pelo projeto, com
redução do tamanho dos fragmentos para permitir a remoção lateral, sem prejudicar
a drenagem;

9ª) Carga, descarga e transporte, através de caminhões, dos tubos e


dos materiais oriundos da demolição e remoção do bueiro para os destinos definidos
no projeto. Para efeito de transporte o peso do tubo é calculado pelo produto do seu
volume periférico pela densidade de 1 t/m³;

10ª) Reaterro do desmonte, após a retirada do bueiro antigo, ou após a


construção do novo bueiro, se for previsto, recompactando-se o novo aterro com
compactadores manuais e, também, compactação mecânica quando possível.

3 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

A demolição e remoção de bueiros é controlada por inspeção visual da


demolição de peças de alvenaria de pedras argamassadas, concretos simples e
ciclópicos, concreto armado, pela fragmentação das peças e destinação adequada
dos resíduos, conforme o projeto.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO DE BUEIROS SOP-ES-OAC 06/19


PAG. 03/04
Para o corpo de bueiros tubulares, com previsão de aproveitamento
dos tubos, o controle se dá pela verificação da integridade dos tubos, e pelo controle
da carga, descarga e transporte para o destino indicado no projeto.

O serviço será aceito quando as etapas de execução forem


consideradas satisfatórias pela fiscalização.

Quando previsto o reaproveitamento dos tubos os que forem


danificados pela construtora não serão objeto de medição.

4 MEDIÇÃO

Os serviços de demolição e remoção de bueiros efetivamente


executados satisfatoriamente serão medidos pelos seguintes itens.

a) Escavação do desmonte de aterro, necessária à demolição e


remoção de bueiros, inclusive para a implantação de um novo bueiro quando
previsto, será medida pelo volume em metros cúbicos, conforme o processo de
escavação, se manual ou mecânico, não havendo classificação dos materiais
escavados;

b) Demolição (manual) de alvenaria de pedras argamassadas,


concreto simples, concreto ciclópico, com fragmentação das peças e remoção
lateral, será medida pelo volume em metros cúbicos da peça a ser demolida;

c) Demolição (mecânica) de concreto armado com martelete


pneumático, em bueiros celulares, será medida pelo volume em metros cúbicos da
peça a ser demolida;

d) Retirada de tubos de concreto armado ou de tubos metálicos


corrugados para aproveitamento em nova obra será medida pela extensão em
metros lineares, de conformidade com o diâmetro interno característico do tubo;

173
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DEMOLIÇÃO E REMOÇÃO DE BUEIROS SOP-ES-OAC 06/19


PAG. 04/04
e) A simples remoção manual de bueiros, sem aproveitamento, dos
tipos tubulares ou capeados, será medida pelo comprimento total do corpo + bocas,
em metros lineares, estando incluído também o berço de alvenaria de pedras
argamassadas;

f) A carga e a descarga de tubos de concreto, feitas por caminhão


equipado com guindaste, serão medidas pelo peso em toneladas, resultante do
produto do volumem periférico do tubo pela densidade considerada igual a 1 ton/m³;

g) O transporte de tubos e materiais será medido pelo peso em


toneladas transportadas conforme previsto no projeto, de acordo com as fórmulas,
de distâncias de transportes locais;

h) O reaterro do desmonte será medido pelo volume de material,


compactado mecanicamente, com controle, em metros cúbicos, descontado o
volume do bueiro novo se houver.

5 PAGAMENTO

A demolição e remoção de bueiros existentes será paga para as


quantidades medidas conforme o item 4, pelos preços unitários contratuais, estando
incluídas todas as etapas de execução, bem como mão de obra, encargos sociais,
equipamentos, ferramentas, materiais, cargas, descargas, transportes, limpeza,
remoções, acabamentos, eventuais e lucro.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DE BUEIROS SOP-ES-OAC 07/19


PAG. 01/02
1 DEFINIÇÃO

Limpeza e desobstrução de bueiros é o serviço de obras de arte


correntes que se executa quando há materiais depositados no corpo do bueiro e,
também, nas áreas de captação e deságue, obstruindo parcialmente ou totalmente o
escoamento das águas.

A limpeza e a desobstrução consistem na remoção desses materiais,


deixando o bueiro e o talvegue em perfeitas condições de escoamento.

2 EXECUÇÃO

A limpeza do bueiro diz respeito ao assoreamento de materiais no


corpo da obra. A desobstrução é referente ao acúmulo de materiais nas áreas de
montante (captação) e de jusante (deságue).

A execução da limpeza e desobstrução consiste nas seguintes etapas:

1ª) Inspeção do bueiro, identificando os locais e as extensões a serem


tratados e se há necessidade de levantamentos preliminares para
efeito de medição dos volumes de materiais a ser removidos.

2ª) Execução da limpeza e desobstrução do bueiro, compreendendo a


remoção de solos, entulhos, vegetação, blocos de rocha, de
maneira a deixar o corpo da obra e as áreas de captação e
deságue totalmente desimpedidos para o escoamento das águas.

Serão utilizados processos manuais para a limpeza do corpo do bueiro


e processos manuais ou mecânicos para a desobstrução das áreas de captação e
deságue.

175
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

LIMPEZA E DESOBSTRUÇÃO DE BUEIROS SOP-ES-OAC 07/19


PAG. 02/02
3ª) os materiais serão transportados por carrinhos de mão ou outros
equipamentos, para serem depositados próximos ao talvegue, mas
de forma a não os deixar voltar a obstruir o talvegue e o bueiro.

O lado de jusante é o mais apropriado para o depósito de materiais


retirados.

3 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

O controle do serviço se fará por apreciação visual da limpeza do


bueiro e desobstrução do talvegue à montante e à jusante e, também, pela
observação do local onde foram depositados os materiais, avaliando a possibilidade
ou não dos entulhos causarem novas obstruções.

Os serviços serão aceitos quando sua execução for considerada


satisfatória pela fiscalização.

4 MEDIÇÃO

A medição dos serviços de limpeza e desobstrução de bueiros será


feita pelo volume em metros cúbicos de materiais retirados.

O transporte dos materiais não será objeto de medição.

5 PAGAMENTO

O serviço será pago pelo preço contratual para as quantidades


medidas conforme estabelecido no item 4, estando incluído todas as etapas de
execução, bem como mão de obra, encargos sociais, equipamentos, ferramentas,
materiais, escavações, transportes, limpeza, acabamentos e eventuais.

176
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES SOP-ES-OAC 08/19


PAG. 01/06
1 DEFINIÇÃO

Esta especificação de restauração de obras de arte correntes trata de


forma abrangente dos serviços empregados usualmente na restauração de corpos e
bocas de bueiros tubulares de concreto, bueiros capeados e bueiros celulares de
concreto armado que tiveram partes de sua estrutura danificadas.

Os danos mais ocorrentes nos bueiros das rodovias estaduais do


Ceará são: ferragens exposta e oxidada em lajes de bueiros capeados, pisos
danificados em corpo e bocas de bueiros, elevações de paredes e alas
trincadas/quebradas, tubos trincados, bocas de jusante com erosão precisando de
recravas (muros de contenção do solo erodido) e necessidade de redutores de
velocidade das águas em bueiros de meia encosta.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender as especificações em


vigor na SOP-CE para restauração de obras de arte correntes, a saber:

a) Cimento – DNER-EM 36/95 – Recebimento e aceitação de cimento


Portland comum e Portland e alto forno;

b) Agregado miúdo – DNER-EM 38/97 – Agregado miúdo para


concreto de cimento;

c) Agregado graúdo – DNER-EM 37/97 – Agregado graúdo para


concreto de cimento;

d) Água – DNER-EM 34/97 – Água para concreto;

e) Concreto e argamassa – SOP-ES-OAE 02/19 – Concretos e


argamassas;

177
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES SOP-ES-OAC 08/19


PAG. 02/06
f) Formas (guias) – SOP-ES-OAE 05/19 – Formas e cimbres;

g) Alvenaria de pedra argamassada – SOP-ES-OAE 08/19 – Alvenaria


de pedra argamassada;

h) Aço – SOP-ES-OAE 03/19 – Armaduras para concreto armado.

O concreto deverá ser dosado experimentalmente para uma resistência


à compressão (fck), aos 28 dias, indicada no projeto de restauração do bueiro.

O preparo do concreto obedecerá a norma ABNT-NBR 12.655/1992


(Preparo, controle e recebimento de concreto).

A pedra de alvenaria a ser empregada na restauração de bueiros


(berços, elevações, alas, pisos e recravas) deverá ser resistente e durável, oriunda
de rocha granítica, gnáissica ou outra rocha sã estável.

A argamassa de cimento e areia deverá ser preparada


preferencialmente em betoneira, no traço indicado pelo projeto.

3 EXECUÇÃO

A restauração de obras de arte correntes danificadas normalmente


obedece a sequência executiva a seguir.

1°) Preparação preliminar das peças a serem restauradas envolvendo


a limpeza, remoção de fragmentos instáveis, preparo da superfície através de
apicoamentos, jateamentos de ar comprimido, lixamento da ferragem, limpeza com
escova de aço, etc.

2°) Após a limpeza de ferragem oxidada, aplicar a pintura de proteção


com inibidor migratório de corrosão.

178
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES SOP-ES-OAC 08/19


PAG. 03/06
Nota: Na ocorrência de ferragem exposta, esta especificação admite o
seu aproveitamento quando, após a limpeza com lixamento,
restar um diâmetro maior ou igual a 2/3 do diâmetro original.

3°) Quando o projeto indicar reforço da armação de ferro, de laje ou


viga, faz-se furos no concreto para o chumbamento da ferragem de reforço.

4°) Instalação de formas, quando indicadas no projeto.

5°) Concretagem de peças de concreto armado por processos de


adensamento por vibração ou concretagem por jateamento com máquinas de
concreto projetado.

6°) Execução de reparos em pisos e elevações de pedras


argamassadas.

7°) Execução de recravas de jusante, de concreto simples, concreto


ciclópico ou de pedras argamassadas para arrimar boca de bueiro desestabilizada
por erosões.

8°) Retirada de tubos danificados de concreto armado e assentamento


de novos tubos, rejuntando-os. Este serviço é precedido de escavação na
plataforma estradal para acessar o corpo do bueiro e, após a substituição dos tubos,
posterior recomposição do aterro e do pavimento da rodovia.

9°) Ao final dos serviços, retirada das formas, acabamentos e limpeza


da obra.

4 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

4.1 Controle geométrico e de acabamento

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES SOP-ES-OAC 08/19


PAG. 04/06
O controle geométrico de peças reexecutadas é feito pela medição
direta a trena das suas dimensões.

O acabamento da restauração das peças é controlado por inspeção


visual.

4.2 Controle tecnológico

O controle tecnológico do concreto empregado será realizado pelo


rompimento de corpos de prova a compressão simples, conforme a norma ABNT-
NBR 5739/2007 (Concretos – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos).

O controle será por cada bueiro restaurado, devendo a resistência do


concreto aos 28 dias ser igual ou superior a resistência mínima exigida pelo projeto.

4.3 Aceitação

O serviço será aceito quando forem atendidas as seguintes condições:

a) As dimensões das peças restauradas e o acabamento forem


julgados satisfatórios.
b) A resistência à compressão simples do concreto utilizado seja
superior a especificada no projeto.

Os serviços que não atenderem aos controles geométrico, de


acabamento e tecnológico não serão aceitos, devendo ser demolidos e refeitos.

5 MEDIÇÃO

Os prováveis serviços de restauração de obras de arte correntes aqui


enumerados são medidos pela Tabela da SEINFRA, conforme a seguir:

180
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RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES SOP-ES-OAC 08/19


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a) Apicoamento em concreto – preparo da superfície (composição C
0094): medido pela área apicoada, em m²;
b) Limpeza com escova de aço (composição C 3095): medida pela
área limpa, em m²;
c) Jateamento de ar comprimido para limpeza de superfícies
(composição C 1523): medida pela área jateada, em m²;
d) Jateamento de areia a seco (composição C 1524): medido pela
área, em m²;
e) Pintura de proteção com inibidor migratório de corrosão, em 3
demãos (composição C 2980): medido pela área, em m²;
f) Armadura de aço CA-50/CA-60 (composição C 4151): medida pelo
peso, em kg;
g) Forma de tábuas de 1” de 3ª para fundações, utilização 5 vezes
(composição C 1400): medida pela área de formas, em m²;
h) Concreto adensado por vibração (várias composições): medidos
pelo volume, em m³:
i) Concreto projetado – medido na máquina 35 MPa (composição C
3156): medido pelo volume saído da máquina jateadora, em m³;
j) Alvenaria de pedra argamassada, traço 1:4, sem transportes
(composição C 0057): medida pelo volume executado, em m³;
l) Argamassa de cimento e areia, sem peneiramento, traço 1:3
(composição C 0170): medida pelo volume aplicado, em m³;
m) Demolição de alvenaria de pedra com remoção lateral (composição
C 2992): medido pelo volume da peça demolida, em m³;
n) Escavação mecânica de solo de 1ª categoria com profundidade até
2,00m (composição C 2789): medida pelo volume escavado, em
m³;
o) Escavação manual de solo de 1ª categoria com profundidade até
1,50m (composição C 2789): medida pelo volume escavado, em
m³;

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RESTAURAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES SOP-ES-OAC 08/19


PAG. 06/06
p) Retirada de tubo de concreto com vários diâmetros (várias
composições): medida pela extensão, em m;
q) Aquisição, assentamento e rejuntamento de tubo de concreto
armado (várias composições): medido pela extensão de tubos
assentados, em m;
r) Pintura com nata de cimento, em duas demãos, para
rejuvenescimento aparente de bocas de bueiro (composição C
3098): medida pela área pintada, em m²;
s) Transportes de materiais, medidos em toneladas pelas fórmulas de
transportes locais, nas distâncias previstas no projeto.

6 PAGAMENTO

A restauração de obras de arte correntes será paga pelos preços


contratuais aplicados a cada quantidade de serviço efetivamente executada e
medida conforme o item 5, estando incluídos todas as etapas de execução, mão de
obra com encargos sociais, equipamentos, ferramentas, materiais, transportes,
acabamentos, limpeza e eventuais.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DEMOLIÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONCRETO SOP-ES-OAC 09/19


PAG. 01/03
1 DEFINIÇÃO

A demolição aqui referida abrange dispositivos de concreto simples e


de concreto armado.

Esta especificação trata dos procedimentos executivos aplicados à


demolição dos dispositivos e também da destinação que deve ser dada aos
fragmentos resultantes da demolição.

2 EXECUÇÃO

A execução dos serviços de demolição de dispositivos de concreto


envolverá as seguintes etapas:

1ª) Identificação precisa do dispositivo ou da fração de dispositivo a ser


demolida;

2ª) Demolição dos dispositivos de concreto mediante emprego de


ferramentas manuais (marretas, punções, talhadeiras, pás, picaretas, alavancas,
etc), ou mecânicas (martelete pneumático), conforme a previsão do projeto. Os
fragmentos resultantes devem ser reduzidos a ponto de tornar possível o seu
carregamento, pelo emprego de pás ou outros processos manuais;

3ª) Transporte do material demolido, por intermédio de carrinhos de


mão, e disposição em local fora do corpo estradal, de forma a não interferir no
processo de escoamento das águas superficiais e se possível não causar aspecto
visual desagradável aos usuários da rodovia;

4ª) O material fragmentado será então carregado em caminhões e


transportado para os bota-foras previamente indicados pelo projeto, dando-se
preferência pelo depósito de resíduos sólidos municipal mais próximo;

183
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DEMOLIÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONCRETO SOP-ES-OAC 09/19


PAG. 02/03
5ª) Limpeza da superfície resultante da remoção, pelo emprego de
vassouras manuais ou mecânicas.

Nota: Na demolição de dispositivos de concreto deverão ser


tomados os cuidados necessários à manutenção da
integridade de estruturas anexas;

3 CONTROLE E CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO

O controle do serviço de demolição de dispositivos de concreto se fará


por inspeção visual da demolição efetuada, fragmentação das partes e deposição
dos resíduos no local indicado pelo projeto, sem causar dano ambiental.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Deverão ser observadas as seguintes recomendações visando a


proteção do meio ambiente:

a) Quando o dispositivo a ser demolido for de drenagem da rodovia,


deve-se tomar as providências necessárias para se evitar
represamentos indesejáveis de água.
b) Os trabalhadores envolvidos diretamente na demolição de concreto
e na fragmentação das peças deverão estar protegidos com os
equipamentos de proteção individuais (EPI).
c) Os materiais deverão ser depositados de forma a não prejudicar a
drenagem, o tráfego de veículos e não haver seu carreamento para
cursos d’água.
d) O destino final dos fragmentos da demolição deverá ser o depósito
de resíduo sólido municipal mais próximo, visando a sua futura
reciclagem.

184
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DEMOLIÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONCRETO SOP-ES-OAC 09/19


PAG. 03/03
5 MEDIÇÃO
O serviço de demolição de dispositivos de concreto será medido pelo
volume em metros cúbicos da peça ou parte dela efetivamente demolida.

O transporte de caminhão dos resíduos resultantes da demolição até o


seu destino final indicado no projeto será medido pelo peso em toneladas, da peça
demolida, com base nas fórmulas de transporte local e distância em quilômetros.

6 PAGAMENTO

A demolição de dispositivos de concreto será paga pelos preços


contratuais para as quantidades medidas conforme o item 5, e incluem todas as
etapas de execução, bem como mão de obra, encargos, equipamentos, ferramentas,
transportes e eventuais necessários à completa execução dos serviços.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

BUEIROS TUBULARES CORRUGADOS DE


PEAD COM PAREDE ESTRUTURADA SOP-ES-OAC 10/19
PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

Bueiros tubulares corrugados de PEAD (polietileno de alta densidade)


com parede estruturada são dispositivos utilizados para permitir a passagem de
água de um lado para outro da rodovia, implantados em talvegues (bueiros de grota)
ou como bueiros de greide.

2 MATERIAIS

Os tubos e as conexões possuem a superfície interna lisa e possuem a


superfície externa não lisa, classificados como do tipo “B” pela norma ABNT-NBR
21.138/2016 (Sistemas de tubulações plásticas para drenagem e esgotos
subterrâneos não pressurizados – Sistema de tubos com paredes estruturadas de
policloreto de vinila não plastificado – PVC-U, polipropileno – PP e polietileno PE).

Os tubos de PEAD são classificados em relação a sua capacidade


mecânica de resistir a deflexões, sem sofrer danos permanentes, como tubos
flexíveis que sofrem deformações e dessa forma transferem os efeitos das cargas
verticais para o solo de sua envoltória. Sendo assim passam a ter muita importância
os tipos de solo e o grau de compactação do solo que envolve os tubos de PEAD.

Esta especificação recomenda para a envoltória dos tubos PEAD os solos


com diâmetro máximo inferior a 3/4" (Dmax  3/4"), índice de grupo zero (IG = 0),
equivalente de areia inferior a 50% (EA  50%) compactados com a energia do
proctor normal a um grau de compactação de 100% da densidade máxima, na
umidade ótima.

A deflexão total dos tubos após a implantação depende de forma mais


expressiva da qualidade de execução da obra e, de forma menos expressiva, da
rigidez do tubo.

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BUEIROS TUBULARES CORRUGADOS DE


PEAD COM PAREDE ESTRUTURADA SOP-ES-OAC 10/19
PAG. 02/07
A tabela a seguir indica as características de tubos PEAD disponíveis no
mercado para bueiros.
MEDIDAS DO MEMDIDAS DA
COMPRIMENTO
DIÂMETRO NORMAL RIGIDEZ TUBO BOLSA
(mm) (KN/m²) DE DI LB DEB DI B TOTAL ÚTIL
(mm) (mm) (mm) (mm) (mm) (m) (m)
800 4 903 792 350 965 905 6,08 5,73
1.000 4 1.141 993 480 1.230 1.150 6,10 5,62
1.200 4 1.387 1.194 400 1.495 1.400 6,11 5,71

Figura 1 – Dimensões do Tubo PEAD

A norma NBR 21.138 citada no item 2, recomenda os seguintes limites


de deflexão diametral:
 deflexão média inicial máxima ------------------------------------- 8 %
 deflexão média de longo prazo máxima ------------------------ 10 %

3 EXECUÇÃO

3.1 Definições de elementos construtivos

A figura 2 a seguir ilustra os elementos construtivos de um bueiro


tubular corrugado com parede estruturada.

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BUEIROS TUBULARES CORRUGADOS DE


PEAD COM PAREDE ESTRUTURADA SOP-ES-OAC 10/19
PAG. 03/07
Figura 2 – Elementos construtivos
L

Camada de cobertura
Geratriz Superior

 Largura mínima do solo da envoltória: L = DE B + 2C, sendo C a


largura necessária para a operação do equipamento compactador;
 Solo nativo: solo do aterro ou solo natural quando o bueiro for
implantado numa vala;
 Aterro final: solo do aterro compactado com a energia do proctor
normal ou outra energia indicada no projeto;
 Camada de cobertura: feita com material da envoltória – espessura
mínima = 15cm;
 Altura de cobertura: mínimo 50cm;
 Envoltória: é o material selecionado compactado adjacente ao tubo
que inclui a camada de cobertura, o aterro inicial, a zona de
reverso e o berço todas compactadas com a energia do proctor
normal;
 Aterro inicial e zona de reverso: são regiões da envoltória que
exigem uma execução muita criteriosa para que o conjunto
formado pelo tubo e material circundante apresente o desempenho
desejado para resistir as cargas;

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BUEIROS TUBULARES CORRUGADOS DE


PEAD COM PAREDE ESTRUTURADA SOP-ES-OAC 10/19
PAG. 04/07
 Berço: para tubos flexíveis o berço não pode ser rígido. Ele é feito
com o mesmo material selecionado da envoltória, com uma
espessura mínima de 15cm.

3.2 Sequência executiva

As etapas construtivas são as seguintes:

a) Locação topográfica do bueiro, obedecendo a nota de serviço do


projeto. Marcação das profundidades dos cortes e das alturas dos aterros para
regularizar o terreno deixando-o nas cotas do fundo do berço. Os elementos de
projeto (estaca do eixo, esconsidade, comprimento e cotas) poderão sofrer
pequenos ajustamentos de campo. A declividade longitudinal do bueiro deverá ser
contínua.
b) Após a regularização do terreno, execução do berço com o material
selecionado da envoltória.
c) Assentamento dos tubos de PEAD e execução da zona de reverso
e do aterro inicial utilizando o material selecionado da envoltória. Esforço extra será
necessário para a colocação e compactação do reaterro na zona de reverso.
d) Execução da camada de cobertura, seguida da execução do aterro
final.

O solo da envoltória do bueiro é colocado na umidade ótima de


compactação numa praça de trabalho para em seguida ser levado ao local da
envoltória pronto para ser compactado.

e) Execução das bocas de montante e de jusante. Caso a boca de


montante seja uma caixa coletora de águas de sarjeta, deverão ser atendidos os
procedimentos executivos e as especificações correspondentes a este dispositivo.

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BUEIROS TUBULARES CORRUGADOS DE


PEAD COM PAREDE ESTRUTURADA SOP-ES-OAC 10/19
PAG. 05/07
f) Terminada a execução do bueiro deverão ser verificadas as
condições de captação de montante e de deságue de jusante para se executar as
escavações e as obras complementares necessárias para não haver assoreamentos
e erosões.

4 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Durante a construção das obras deverão ser evitadas as agressões ao


meio ambiente. Todos os materiais excedentes de escavações ou bota-foras
deverão ser removidos das proximidades da obra evitando o seu entupimento ou
assoreamento, dos bueiros ou mesmo do talvegue de montante. Nos locais de
deságue deverão ser executadas obras de proteção contra a erosão de jusante e
voçoroca.

5 CONTROLES E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico e de acabamento

O controle geométrico consistirá na conferência por métodos


topográficos do alinhamento, esconsidade, declividade, comprimento e cotas. As
condições de acabamento das bocas e do corpo do bueiro serão apreciadas em
bases visuais.

5.2 Controle tecnológico

Cada lote de tubos flexíveis de PEAD que chegar à obra deverá ser
acompanhado do certificado de fábrica contendo as características exigidas pela
norma ABNT-NBR 21.138 citada no item 2.

O grau de compactação do solo da envoltória será verificado através


de duas determinações de densidade in situ por bueiro, devendo ser atendido o grau

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BUEIROS TUBULARES CORRUGADOS DE


PEAD COM PAREDE ESTRUTURADA SOP-ES-OAC 10/19
PAG. 06/07
de 100% da densidade máxima obtida no ensaio de compactação do material, na
energia do proctor normal. Caso haja suspeição da qualidade do material, da
envoltória do bueiro serão realizados os ensaios de granulometria, LL, LP, índice de
grupo e equivalente de areia com amostra do material coletado no local do bueiro.

5.3 Aceitação

O serviço será considerado aceito quando for apresentado o certificado


de fábrica dos tubos flexíveis PEAD, as características geométricas tenham sido
obedecidas, o solo da envoltória tenha sido aprovado tanto nas dimensões das
camadas quanto nos resultados dos ensaios geotécnicos realizados.

Os serviços não aprovados serão refeitos com todos os ônus para o


construtor.

6 MEDIÇÃO

O corpo do bueiro tubular corrugado de PEAD com parede estruturada


será medido pelo comprimento em metros lineares executados de acordo com o
projeto.

As bocas ou caixas coletoras das extremidades serão medidas por


unidade executada conforme o projeto.

As escavações e reaterros que forem necessários a implantação do


bueiro serão medias pelo volume em metros cúbicos efetivamente executados.

7 PAGAMENTO

O bueiro tubular corrugado de PEAD com parede estruturada será


pago pelos preços contratuais dos quantitativos medidos conforme o item 6, estando

191
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BUEIROS TUBULARES CORRUGADOS DE


PEAD COM PAREDE ESTRUTURADA SOP-ES-OAC 10/19
PAG. 07/07
incluídas todas as etapas de execução, bem como mão de obra, encargos sociais,
equipamentos, ferramentas, fornecimento de todos os materiais, acessórios,
transportes, escavações, reaterros, limpeza, acabamentos, lucro e eventuais
necessários aos serviços.

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2 – ESPECIFICAÇÕES DE PAVIMENTAÇÃO

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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 01/13
1 DEFINIÇÃO

A regularização do subleito é o serviço executado na camada superior


de terraplenagem destinado a conformar o leito estradal, transversal e
longitudinalmente, de modo a torná-lo compatível com as exigências geométricas do
projeto. Esse serviço consta essencialmente de cortes e/ou aterros até 0,20m, de
escarificação e compactação de modo a garantir uma densificação adequada e
homogênea nos 0,20m superiores do subleito.

2 MATERIAIS

Os materiais empregados na regularização do subleito serão, em


princípio, os correspondentes aos da camada superior da terraplenagem. Quando for
necessária a adição de materiais, estes materiais deverão vir de ocorrências
previamente estudadas. Em qualquer caso, os materiais deverão obedecer aos
seguintes limites:
 Diâmetro máximo de partícula igual ou inferior a 50,8mm (2”).
 CBR (índice de suporte Califórnia) para energia do proctor normal
– DNIT 172/16-ME, (Solos – Determinação do ISC utilizando amostras não
trabalhadas), ou a estabelecida em projeto, igual ou superior ao do material
considerado no dimensionamento do pavimento (CBR de projeto), não podendo ser
inferior a 5%.
 Expansão, medida no ensaio de índice de suporte Califórnia
(CBR) para energia do proctor normal ou a estabelecida em projeto, inferior ou igual
a 2,0%.

3 EQUIPAMENTOS

3.1 Descrição

a) Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

6
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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 02/13
b) A motoniveladora para escarificar, destorroar, misturar e
homogeneizar massas, cuja espessura após a compactação possa atingir pelo menos
a 0,20m, e de conformar a superfície acabada dentro das exigências dessa
especificação.
c) A grade de discos, rebocada por trator de pneus, capaz de
complementar os trabalhos de destorroamento, mistura e homogeneização do teor de
água iniciados pela motoniveladora. Poderão ser usados dispositivos tipo pulvi-mixer.
d) Os caminhões distribuidores de água deverão ter capacidade
suficiente para evitar o transtorno ocasionado por um número excessivo de unidades.
Em qualquer hipótese não será aceito uma unidade com capacidade menor que 4.000
litros.
e) Poderão ser de um modo geral, usados isoladamente ou em
combinação os três seguintes tipos de rolos compactadores:
 Rolo pé de carneiro (pata curta) vibratório, autopropulsor ou
rebocável por trator de pneus, com controle de frequência de
vibração, mais indicado para solos coesivos.
 Rolo liso vibratório autopropulsor, ou rebocável por trator de
pneus, com controle de frequência de vibração, mais indicados
para solos com pequena coesão.
 Rolo pneumático autopropulsor, com pressão fixa ou variável (35
a 120 psi de 0,25 a 0,84 MPa), mais indicado para a operação de
acabamento.
 Outros rolos especialmente aprovados pela fiscalização.

4 EXECUÇÃO

A execução de regularização do subleito envolve basicamente as


seguintes operações:
 Escarificação e espalhamento dos materiais;
 Destorroamento e homogeneização dos materiais secos;
 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização da umidade;

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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 03/13
 Compactação;
 Acabamento;
 Liberação ao tráfego.

4.1 Escarificação e espalhamento dos materiais

Após a marcação topográfica da regularização, proceder-se-á a


escarificação, até 0,20m abaixo da cota de projeto, e o espalhamento do material
escarificado até a cota estabelecida para o material solto, de modo que após a
compactação e o acabamento atinja a cota de projeto.

Caso seja necessária a importação de materiais, eles serão lançados


após a escarificação e espalhamento do material existente na pista, efetuando-se
então uma nova operação de espalhamento. As raízes e materiais pétreos com Ø >
50,8mm porventura existentes serão removidos.

Caso seja necessário bota-fora, o mesmo poderá ser feito lançando-se


o excesso nos taludes de aterros ou nos pontos de passagem, sem prejuízo à
drenagem e às obras de arte.

A escarificação e o espalhamento serão feitos usando respectivamente


o escarificador e a lâmina da motoniveladora.

4.2 Destorroamento e homogeneização dos materiais secos

O material espalhado será homogeneizado com o uso combinado de


grade de disco e motoniveladora. A homogeneização prosseguirá até visualmente não
se distinguir heterogeneidades. Nessa fase será completada a remoção de raízes,
materiais pétreos com Ø > 50,8mm e outros materiais estranhos.

4.3 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização da umidade

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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 04/13
Para atingir-se a faixa de umidade na qual o material será compactado,
serão utilizados carros tanques (para umedecimento), motoniveladora e grade de
disco. A faixa de umidade de compactação (hc) terá como limites (hot - 1,5) % e (hot
+ 1,5) % onde a umidade ótima (hot) é a obtida numa curva de compactação com
amostras não trabalhadas colhidas para cada segmento aparentemente uniforme de
material já homogeneizado a seco, com extensão máxima de 200m, como indicado
no item 6.2.1.

4.4 Compactação

A compactação deve ser executada preferencialmente com o rolo pé-de-


carneiro vibratório (com controle de frequência de vibração) de pata-curta.
Eventualmente os lisos vibratórios e os pneumáticos autopropulsores para solos muito
arenosos e para acabamento.

Algumas vezes, como no caso de solos homogêneos em extensões


razoáveis, poderá ser vantajoso obter a relação entre o número necessário de
coberturas (passadas num mesmo ponto) e o grau de compactação - GC de modo a
se poder atingir o GC especificado.

A compactação da regularização do subleito é referida ao proctor normal


DNIT-164/2013 ME (Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas –
Método A), ou a estabelecida em projeto.

4.5 Acabamento

A operação de acabamento envolve rolos compactadores e


motoniveladoras que darão a conformação geométrica longitudinal e transversal da
superfície. Só é permitida a conformação geométrica por corte.

As pequenas depressões e saliências, resultantes do acabamento com


uso de rolos pé-de-carneiro (pata curta) vibratórios autopropulsores, ou rebocáveis,
não são problemas à superfície acabada.
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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 05/13
4.6 Liberação ao tráfego

Após a verificação e aceitação do segmento pelos controles tecnológico


e geométrico o mesmo pode ser entregue ao tráfego ou imediatamente recoberto com
a camada sobrejacente.

O intervalo de tempo em que a regularização do subleito pode ficar


exposta ao tráfego antes do lançamento da camada sobrejacente é função de várias
variáveis, tais como:
– Características físicas e suporte do material;
– Umidade do material, que pode ser mantida através de molhagem
com carros tanques;
– Condições meteorológicas, onde o excesso de umidade e condições
de escoamento pode danificar rapidamente a camada;
– Intensidade do tráfego.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

5.1 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo
estradal, para evitar a destruição desnecessária da vegetação, assim como
interferência na drenagem.

5.2 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos


equipamentos, devem ser localizadas e tratadas de forma que resíduos de
lubrificantes e/ou de combustível não sejam levados até cursos d’agua. Esta
especificação é complementada pelo DER-ISA-07/99 – Orientações ambientais para
operação de máquinas e equipamentos.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle dos materiais

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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 06/13
A condição essencial é que os materiais empregados na camada de
regularização do subleito tenham características geotécnicas satisfazendo a esta
especificação e às especificações complementares e particulares do projeto.

A camada de regularização do subleito é feita com o material final do


greide de terraplenagem que poderá ser o material do topo de um aterro ou do fundo
de um corte ou mesmo um solo do terreno natural, no caso de um greide colado.

O controle de materiais pode ser necessário antes da execução da


regularização do subleito para conferência das características geotécnicas do solo,
fazendo-se a coleta das amostras na camada superior da terraplenagem.

6.1.1 Controle do índice de suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)

A cada no máximo 300m de pista, se coleta amostra em quantidade


suficiente para se fazer o ensaio de compactação (DNIT-164/13 – ME), energia do
proctor normal ou outra indicada no projeto, para se estabelecer a umidade ótima e a
densidade máxima, seguido do ensaio de CBR/expansão (DNER – ME – 049/94).

O material estará aprovado (AP) quando ocorrer as seguintes


inequações:
 CBRmin  CBR do projeto que serviu de base para o
dimensionamento do pavimento, não podendo ser inferior a 5%.
 Expansão max.  2%

Caso essas condições não ocorram, o material da última camada de


terraplenagem deverá ser substituído ou se fazer novo dimensionamento do
pavimento.

6.2 Controle de execução

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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 07/13
A condição essencial para garantir uma boa execução é que o material
da regularização do subleito atenda as exigências do projeto e que o grau de
compactação – GC atinja o mínimo especificado.

É através do controle de execução que se fará a aceitação ou rejeição


da regularização do subleito, devendo os ensaios serem realizados com amostras
coletadas na pista.

6.2.1 Controle do diâmetro máximo do solo

O controle da catação de partículas superiores a 50,8mm (2”) se fará


visualmente ou com auxílio de peneira com malha de 2”, por ocasião do
destorroamento, homogeneização dos materiais secos, umedecimento (ou aeração)
e homogeneização da umidade e sempre antes da compactação.

6.2.2 Determinação da umidade ótima de compactação – hot e da massa


específica aparente seca máxima – Ds,max

Será feita através do ensaio de compactação (DNIT – 164/2013 – ME)


com a energia do proctor normal ou a estabelecida no projeto, as umidades sendo
determinadas com o speedy (DNER-ME 52/94) ou com o álcool (DNER-ME 88/94),
com amostras coletadas na pista, logo após o destorroamento e homogeneização dos
materiais, frequência em função da homogeneidade dos materiais, não devendo
ultrapassar 300m de extensão de pista. Devido a urgência dos resultados, o ensaio
de compactação pode ser executado no local do serviço, sendo necessário se dispor
de uma “base” para a confecção do corpo de prova e de “proteção contra o vento”
para a balança, além do speedy.

6.2.3 Controle do teor de umidade da compactação (hc)

De posse da umidade ótima do solo, no decorrer da operação da


homogeneização da umidade de compactação, se faz o controle de umidade de

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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 08/13
compactação, com o speedy, numa frequência mínima de 2 determinações de
umidade para cada 100m de extensão trabalhada.

A umidade de compactação estará aprovada quando estiver no intervalo (hot –


1,5) % a (hot + 1,5) %.

6.2.4 Controle do índice suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)

Após a homogeneização da umidade ótima será coletada amostra e


levada em saco plástico para o laboratório onde serão moldados os corpos de prova
para a realização do ensaio de CBR/expansão.

A energia de compactação é a do proctor normal ou a indicada no


projeto.

A frequência da coleta das amostras e realização dos ensaios é de no


máximo a cada 300m de pista.

A camada de regularização do subleito estará aprovada com relação ao


CBR e expansão do material quando:
CBRmin  CBR do projeto
Expansão max  2%

6.2.5 Controle do grau de compactação – GC

O grau de compactação é a relação percentual entre a massa específica


aparente seca da camada (Ds) in situ e a massa específica aparente seca máxima
(Ds,max).
Ds
GC  x 100
Ds max
Onde: Ds – é obtida “in situ” (DNER-ME 92/94), frasco de areia, speedy
ou álcool;
Ds,max – é obtida conforme 6.2.2

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REGULARIZAÇÃO DO SUBLEITO SOP-ES-P 01/19


PAG. 09/13
A frequência do ensaio de densidade in situ é a cada 100m de pista, na
seguinte ordem: bordo direito – eixo – bordo esquerdo – bordo direito, etc., com os
ensaios sendo realizados a 0,40m do bordo da camada.

Uma extensão de regularização do subleito será considerada aprovada


(AP) quando em todos os seus pontos ensaiados tenha-se:
GC  100%
Em caso contrário a extensão de regularização do subleito é considerada
não aprovada (NAP), não sendo liberada a execução da camada sobrejacente.

Neste caso o engenheiro fiscal mandará repetir os ensaios e,


continuando a desaprovação, deverá ocorrer a escarificação e repetição das etapas
de construção, na extensão de influência dos ensaios não aprovados, para se
proceder a novas determinações do grau de compactação.

A homogeneização do grau de compactação (GC) a cada conjunto de N


 9 ensaios é definida pelo seu desvio padrão (s), sendo homogênea quando:

s  (Xi - X)2 / n - 1  1,6

A ocorrência de desvio padrão do GC superior a 1,6 é um indicativo de


má execução da compactação, devendo o engenheiro fiscal juntamente com a
construtora proceder a um minucioso exame dos equipamentos e da técnica de
execução utilizada, tomando as medidas cabíveis.

6.2.6 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

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PAG. 10/13
As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em
cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em


função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores fora do intervalo D  Z.s, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3
 Fator de correção sazonal (Fs):
SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso, sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas.

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PAG. 11/13
Estas causas poderão estar na camada de regularização do subleito, no
corpo do aterro ou fundo de corte, tais como a existência de material lamelar, como
mica malacacheta, solo compressível ou de baixa compacidade.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = Deflexão a 25cm do ponto de prova.


Do = Deflexão no ponto de prova

O raio de curvatura (R) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e, também, o
produto do raio (R) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má
distribuição das cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base
estabilizada granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento
fica evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.2.7 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados


acompanhados das observações pertinentes ao desempenho dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

O registro tecnológico é muito importante para o gerenciamento do


pavimento assim como para comparar os resultados obtidos no campo com os obtidos
no projeto.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de cotas

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PAG. 12/13
Após a execução da regularização do subleito, proceder-se-á a
relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos da pista de rolamento e da plataforma
(cinco pontos por estaca) para a determinação das cotas de execução que deverão
ser comparadas com as cotas de projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle de


cotas da regularização do subleito será feito nos bordos de cada faixa de tráfego.

Não será tolerado nenhum valor individual de cota fora do intervalo (C -


3,5) cm e (C + 2,0) cm, sendo C a cota do projeto para o ponto considerado. O serviço
“não aprovado” (NAP) será refeito.

7.2 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20m) será determinada:


a) A largura da plataforma, com trena;
b) A flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

O “serviço será aceito” – (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se, para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias não forem ultrapassados.
 ± 0,10m quanto à largura
 Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta.
O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

8 MEDIÇÃO

Será feita pela a área em metros quadrados de plataforma concluída,


obedecendo à seção transversal de projeto.

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PAG. 13/13
Este serviço não será medido em obras de implantação e/ou
melhoramentos com terraplenagem de espessura superior a 0,20 m, pois já está
incluso no respectivo serviço de terraplenagem.

Havendo necessidade de adição de material ou corte, esses serviços


deverão integrar o projeto de terraplenagem.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em


conformidade com a medição referida no item anterior.

Estão incluídos no preço unitário todos os custos das fases de execução,


tais como: utilização de equipamentos, veículos, ferramentas, mão de obra, encargos,
transportes, impostos, eventuais bem como a indenização de materiais e lucro.

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PAG. 01/15
1 DEFINIÇÃO

Reforço granular do subleito (RGS) – É a camada do pavimento situada


imediatamente abaixo da camada de sub-base, usualmente constituída de um único
tipo de solo, que obtêm a necessária estabilidade para cumprir sua função apenas
devido a uma conveniente compactação, sem necessidade de nenhum aditivo para
lhe conferir coesão. Se houver mistura com outro solo (areia é um solo) o RGS passa
a seguir a especificação para sub-base granular (SOP-ES-P 03/19), exceto quanto às
exigências para os materiais.

2 MATERIAIS

Os solos empregados em RGS devem apresentar as seguintes


características:
 Diâmetro máximo de 50,8mm.
 CBR DNIT 172/2016-ME (Solos – Determinação do índice suporte
Califórnia utilizando amostras não trabalhadas), com a energia do proctor
intermediário (ou outra especificada no projeto). superior ao CBR do subleito,
conforme estabelecido no projeto.
 Expansão medida no ensaio CBR não deve ser superior a 1,0%.

3 EQUIPAMENTOS

3.1 Descrição

a) Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.
b) A motoniveladora deve ser suficientemente potente para
destorroar, misturar e homogeneizar massas, cujas espessuras após a compactação
possam atingir pelo menos 0,22m, e de conformar a superfície acabada dentro das
exigências das especificações.

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 02/15
c) grade de discos, rebocada por trator de pneus deve ser capaz de
complementar os trabalhos de destorroamento, eventual mistura e homogeneização
do teor de água iniciados pela motoniveladora. Poderão também ser usados
dispositivos tipo pulvi-mixer.
d) Os caminhões distribuidores d’água deverão ter capacidade
suficiente para evitar o transtorno ocasionado por um número excessivo de unidades.
Em qualquer hipótese não será aceito uma unidade com capacidade menor que 4.000
litros.
e) Poderão ser usados isoladamente ou em combinação os
seguintes tipos de rolos compactadores:
 Rolo liso vibratório autopropulsor, com controle de frequência de
vibração compatível com os tipos de materiais a compactar, geralmente os menos
argilosos;
 Rolo pé-de-carneiro vibratório autopropulsor ou rebocável, com
controle de frequência de vibração compatível com os tipos de materiais a compactar,
geralmente os mais argilosos.

O Rolo pneumático autopropulsor com pressão fixa ou variável (35 a 120


psi ou 0,25 a 0,84 MPa) é usual para acabamento. Outros tipos podem ser usados
quando aceitos pela fiscalização.

4 EXECUÇÃO

A execução de reforço granular do subleito envolve basicamente as


seguintes operações.
 Espalhamento;
 Homogeneização dos materiais secos;
 Umedecimento (ou aeração);
 Compactação;
 Acabamento;
 Liberação ao tráfego

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 03/15
Nota: no caso de mistura de dois ou mais componentes seguir-se-á o que preconiza
a SOP-ES-P 03/19 (sub-base granular) na parte de execução.

4.1 Espalhamento dos materiais

O espalhamento dos materiais depositados na plataforma se fará com


motoniveladora. O material será espalhado de modo que a camada fique com
espessura constante. Não poderão ser confeccionadas camadas com espessuras
compactadas superiores a 0,22m nem inferiores a 0,10m. Quando houver
necessidade de executar camada de reforço com espessura final superior a 0,22m,
estas serão subdivididas em camadas parciais.

4.2 Homogeneização dos materiais secos

Os materiais espalhados serão homogeneizados com o uso combinado


de grade de disco e motoniveladora. A homogeneização prosseguirá até que
visualmente não se distinga heterogeneidades. Nessa fase serão retirados os
materiais estranhos (blocos de pedra, raízes, etc.). A pulverização do material é
fundamental.

4.3 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização da umidade

Para atingir-se a faixa do teor de umidade na qual o material será


compactado, serão utilizados carros tanques para umedecimento, motoniveladora e
grade de discos para homogeneização da umidade e uma possível aeração. A faixa
de umidade para compactação terá como limites (hot – 1,5) % e (hot + 1,5) % onde
hot - umidade ótima é aquela indicada no projeto. Caso se tenha dúvidas sobre a hot
de projeto a hot será obtida, juntamente com a Ds,máx - massa específica aparente
seca máxima como indicado no item 6.2.3 adiante.

É muito importante uma perfeita homogeneização da umidade para uma


boa compactação.

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 04/15
4.4 Compactação

A compactação deve ser executada com rolo pé-de-carneiro vibratório


isoladamente e/ou combinado com rolo liso vibratório, podendo-se usar no
acabamento rolo pneumático. A energia de compactação é a do proctor
intermediário – 26 golpes (DNIT 164/2013-ME - Método B) ou outra indicada no
projeto.

Poderá ser vantajoso obter-se uma relação na pista entre o número de


coberturas do rolo versus o grau de compactação para se determinar o número
necessário de “coberturas” (passadas num mesmo ponto), para atingir o grau de
compactação especificado.

4.5 Acabamento

A operação de acabamento será executada com motoniveladora e rolos


compactadores usuais, principalmente o rolo pneumático, que darão a conformação
geométrica longitudinal e transversal da plataforma de acordo com o projeto.

Só é permitida a conformação geométrica por corte.

4.6 Liberação ao tráfego

Após a verificação e aceitação do intervalo trabalhado, de acordo com


os controles tecnológico e geométrico, o mesmo poderá ser entregue ao tráfego
usuário.

O intervalo de tempo que um reforço granular do subleito pode ficar


exposto ao tráfego usuário é função de várias variáveis, tais como:
 Umidade do material, que pode ser mantida através de molhagem
com carros tanques.
 Coesão do material.

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 05/15
 Condições meteorológicas, onde o excesso de umidade e
condições de escoamento podem danificar rapidamente a camada.
 Intensidade do tráfego.

Em princípio, é vantajoso expor o reforço granular do subleito ao tráfego


usuário durante o maior tempo possível, quando se tem a oportunidade de aumentar
seu “grau de compactação” e de se observar seus defeitos.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente,


no decorrer das operações destinadas a execução da camada de reforço do subleito
são:

5.1 Na exploração de jazidas:

5.1.1 O desmatamento, destocamento e limpeza serão feitos dentro dos


limites da área a ser escavada e o material retirado deverá ser estocado de
forma que, após a exploração da jazida, o solo orgânico possa ser espalhado
na área escavada para reintegrá-la à paisagem;

5.1.2 Não é permitida a queima da vegetação removida;

5.1.3 Deve ser evitada a localização de jazidas em áreas de boa aptidão


agrícola, bem como é proibido em reservas florestais, ecológicas ou de
preservação cultural, ou mesmo nas proximidades quando houver perigo de
danos a estas áreas;

5.1.4 As áreas das jazidas, após a escavação, deverão ser recuperadas com
suavização de taludes, reconformação ou regularização da área de modo a
reincorporá-las ao relevo natural. Esta operação deve ser executada antes do
espalhamento do solo orgânico conforme já descrito. Deverão seguir as
recomendações prescritas na SOP-ES-T 05/19 (Empréstimos) e DER-ISA-

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PAG. 06/15
05/96 – Orientações ambientais para instalação e operação de jazidas e
caixas de empréstimos.
5.1.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da SOP-ES-
T 02/19 (Caminhos de serviço).

5.2 Na execução:

5.2.1 Os cuidados para proteção ambiental se referem à disciplina do tráfego


e do estacionamento dos equipamentos.

5.2.2 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do


corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação.

5.2.3 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção


dos equipamentos devem ser localizadas de forma que resíduos de
lubrificantes e/ou de combustíveis, não sejam levados até os cursos d’agua.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

A condição essencial é que os materiais empregados no reforço granular


do subleito tenham características satisfazendo a esta especificação e às
especificações complementares e particulares adotadas no projeto.

O controle de materiais pode ser necessário antes da execução do


reforço granular do subleito, fazendo-se a conferência das características geotécnicas
dos materiais coletados nas jazidas indicadas no projeto.

6.1.1 Controle do índice de suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR).

Em cada jazida de solo e na profundidade indicada no projeto, são


coletadas amostras de solos em quantidade suficiente para se fazer o ensaio

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PAG. 07/15
de compactação (DNIT-164/13 – ME), energia do proctor intermediário ou a
indicada no projeto, para se estabelecer a umidade ótima e a densidade
máxima, seguido do ensaio de CBR/expansão (DNIT 172/2016-ME).

O material da jazida estará aprovado (AP) quando forem satisfeitas as


seguintes inequações:

CBRmin  CBR do subleito, conforme estabelecido no projeto;


Expansão max.  1%.

Caso essas condições não ocorram, a jazida deverá ser substituída no todo ou
em parte, caso haja áreas aproveitáveis.

6.2 Controle de execução

A condição essencial para garantir uma boa execução é que os materiais


do reforço do subleito atendam as exigências do projeto e que o grau de compactação
(GC) atinja o mínimo especificado.

É através do controle de execução que se fará a aceitação ou rejeição


da camada de reforço do subleito, devendo os ensaios serem realizados com
amostras coletadas na pista.

6.2.1 Exploração de jazidas de solos

As jazidas de solos serão exploradas observando-se a orientação do


projeto. Como o estudo de jazidas traz consigo uma imprecisão inerente quanto aos
limites do veio de materiais de boa qualidade, cabe ao construtor os cuidados na
exploração para não ultrapassar esses limites.

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PAG. 08/15
Nesta fase de execução a qualidade dos materiais de jazidas de solos
será controlada e conferida por coletas feitas na pista.
.
6.2.2 Controle do diâmetro máximo do solo

O controle de partículas superiores a 50,8mm (2”) se fará visualmente


ou com auxílio de peneira com malha de 2”, durante o destorroamento,
homogeneização dos materiais secos, umedecimento (ou aeração) e
homogeneização da umidade e sempre antes da compactação.

6.2.3 Determinação da umidade ótima de compactação – hot e da massa


específica aparente seca máxima – Ds, max.

Será feita através do ensaio de compactação (DNIT – 164/2013 – ME)


com a energia do proctor intermediário ou a estabelecida no projeto, as umidades
sendo determinadas com o speedy (DNER-ME 52/94) ou com o álcool (DNER-ME
88/94), com amostras coletadas na pista, logo após o destorroamento e
homogeneização dos materiais. A frequência será definida em função da
homogeneidade dos materiais, não devendo ultrapassar 300m de extensão de pista.

Devido a urgência dos resultados, o ensaio de compactação pode ser


executado no local do serviço, sendo necessário se dispor de uma “base” para a
confecção dos corpos de prova e de “proteção contra o vento” para a balança, além
do speedy.

6.2.4 Controle do teor de umidade da compactação (hc).

De posse da umidade ótima do solo, no decorrer da operação da


homogeneização se faz o controle de umidade de compactação com o speedy. A
frequência mínima é de 2 determinações de umidade para cada 100m de extensão
trabalhada.

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 09/15
A umidade de compactação estará aprovada quando estiver no intervalo
(hot – 1,5) % a (hot + 1,5) %.

6.2.5 Controle do índice suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)

Após a homogeneização da umidade ótima será coletada amostra e


levada em saco plástico para o laboratório onde serão moldados os CP para a
realização do ensaio de CBR/expansão.

A energia de compactação é a do proctor intermediário ou a indicada no


projeto.

A frequência da coleta das amostras e realização dos ensaios é de no


máximo a cada 300m de pista.

A camada de reforço do subleito estará aprovada com relação ao CBR


e expansão do material quando:
CBRmin.  CBR do subleito, conforme o projeto.
Expansão máx.  1%.

6.2.6 Controle do grau de compactação – GC

O grau de compactação é a relação percentual entre a massa específica


aparente seca da camada (Ds) in situ e a massa específica aparente seca máxima
(Ds,max).
Ds
GC  x 100
Ds max
Onde: Ds – é obtida “in situ” (DNER-ME 92/94), frasco de areia, speedy ou álcool;
Ds,max – é obtida conforme 6.2.3

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 10/15
A frequência do ensaio de densidade In Situ é a cada 100m de pista, na
seguinte ordem: bordo direito – eixo – bordo esquerdo – bordo direito, etc, com os
ensaios sendo realizados a 0,40m do bordo da camada.

Uma extensão de reforço do subleito será considerada aprovada (AP)


quando em todos os seus pontos ensaiados tenha-se:
GC  100%
Em caso contrário a extensão de reforço do subleito é considerada não
aprovada (NAP), não sendo liberada a execução da camada sobrejacente.

Neste caso o engenheiro fiscal mandará repetir os ensaios e,


continuando a desaprovação, deverá ocorrer a escarificação e repetição das etapas
de construção, na extensão de influência dos ensaios não aprovados, para se
proceder a novas determinações do grau de compactação.

A homogeneização do grau de compactação (GC) a cada conjunto de N


 9 ensaios é definida pelo seu desvio padrão (s), sendo homogênea quando:

s  (Xi - X) 2 / n - 1  1,6

A ocorrência de desvio padrão do GC superior a 1,6 é um indicativo de


má execução da compactação, devendo o engenheiro fiscal juntamente com a
construtora proceder a um minucioso exame dos equipamentos e da técnica de
execução utilizada, tomando as medidas cabíveis.

6.2.7 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da Viga Benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 11/15
As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em


função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão Média: D 
n

 Desvio Padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3
 Fator de correção sazonal (Fs):
SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na própria camada de reforço ou nas camadas inferiores de
regularização do subleito ou no corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 12/15
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou de
baixa compacidade.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura (R) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e, também, o
produto do raio (R) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má
distribuição das cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base
estabilizada granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento
fica evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.2.8 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes ao desempenho dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficas de acordo
com modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

O registro do controle tecnológico é muito importante para o


gerenciamento do pavimento, e para comparar os dados de campo com os de projeto.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de cotas

Após a execução da camada de reforço, proceder-se-á a relocação e o


nivelamento do eixo, dos bordos da pista de rolamento e dos bordos da plataforma

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 13/15
(cinco pontos por estacas) para a determinação das cotas de execução que deverão
ser comparadas com as cotas de projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle de


cotas do reforço granular para subleito será feito nos bordos de cada faixa de tráfego.

Não será tolerado nenhum valor individual de cota fora do intervalo (C –


3,0) cm e (C + 2,0) cm, sendo C a cota do projeto para o ponto considerado. O serviço
“não aprovado” (NAP) será refeito.

7.2 Controle de espessura

A espessura da camada de reforço será controlada no eixo e nos bordos


da pista de rolamento, por comparação entre as cotas dos pontos correspondentes
nivelados na regularização do subleito e no reforço recém executado.
Serão admitidas as seguintes tolerâncias:
a) Para o valor individual de espessura: o intervalo (h + 3) cm a (h -
5) cm, sendo h = espessura do projeto.
b) Para a espessura mínima estatística do segmento a ser
controlado: hmin ≥ (h – 2,0) cm, calculando-se hmin pela seguinte
fórmula:
hmin = X - KS
 Xi
Onde X  ; s   (Xi - X) 2 / n - 1
n
Xi = valor individual da espessura; n = número de valores
K dado em função do número de amostras pela tabela 2 SOP-ES-CE
01/19, a seguir:
Tabela 2
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 14/15
Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do intervalo
especificado e de espessura mínima estatística inferior à espessura do projeto em
mais de dois centímetros. O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

7.3 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20m) será determinada:


a) A largura da plataforma, com trena;
b) A flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

O “serviço será aprovado” – (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se, para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias “não forem ultrapassados”:
 ± 0,10m quanto a largura
 Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta.

8 MEDIÇÃO

O reforço granular do subleito será medido pelo volume (V) da camada


concluída, em metros cúbicos, calculado pela seção de projeto:
V = Área da seção de projeto x extensão executada

A recuperação de jazida será medida pela área recuperada, em metros


quadrados.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de reforço
granular do subleito executado, medido conforme o item anterior, estando nele
incluído todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de

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REFORÇO GRANULAR DO SUBLEITO SOP-ES-P 02/19


PAG. 15/15
equipamentos, veículos, ferramentas, mão de obra, encargos, transportes, impostos,
eventuais, bem como a indenização de materiais e lucro.

O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

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SUB-BASE GRANULAR SOP-ES-P 03/19


PAG. 01/20
1 DEFINIÇÃO

Sub-base granular (SBG) – É a camada do pavimento asfáltico situada


imediatamente abaixo da camada de base, constituída de: solos, produtos de britagem
ou mistura de ambos – que obtém a necessária estabilidade para cumprir sua função
apenas devida a uma conveniente compactação, sem necessidade de nenhum aditivo
para lhe conferir coesão.

Se a camada for constituída por um único tipo de solo tem-se a chamada


sub-base sem mistura; se houver mais de um tipo tem-se a sub-base com mistura e
se um dos componentes for produto de britagem tem-se a sub-base de solo-brita. O
caso mais comum é o primeiro, seguido da mistura de um solo com areia (que é um
tipo de solo) e o mais raro é o último para casos muito especiais.

2 MATERIAIS

Os solos quanto ao seu comportamento em pavimentação podem ser


classificados em:
 Solos de comportamento laterítico
 Solos de comportamento não laterítico

A classificação acima deve ser feita por um engenheiro experiente tendo


em vista que um solo laterítico apresenta geralmente: cores predominantemente
vermelha, amarela ou marrom escura – tendência ao concrecionamento – grãos
graúdos ferruginosos – CBRs relativamente altos com baixa expansão e altos LLs e
IPs – granulometria com certa descontinuidade. Em caso de dúvida, fica confirmado
o comportamento laterítico se a expansão medida no CBR com a energia do proctor
modificado (55 golpes) for menor ou igual a 0,2%.

2.1 Solos de comportamento laterítico

Os solos de comportamento laterítico para emprego em SBG devem


apresentar:
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SUB-BASE GRANULAR SOP-ES-P 03/19


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 Diâmetro máximo de 50,8mm (2”);
 CBR (DNIT 172/16-ME com a energia do DNIT 164/2013 ME –
Método B  26 golpes – proctor intermediário, ou outra indicada no
projeto) ≥ 20% e;
 Expansão no CBR ≤ 0,2%.
Nota: O índice de grupo (IG) pode ser qualquer.

2.2 Solos de comportamento não laterítico

Os solos de comportamento não laterítico para emprego em SBG devem


apresentar:
 Diâmetro máximo de 50,8 mm (2”);
 CBR (DNIT 172/16-ME com a energia do DNIT 164/2013 ME –
método B  26 golpes – proctor intermediário, ou outro indicado no
projeto) ≥ 20 %;
 Expansão no CBR ≤ 1,0% e
 Índice de grupo (IG) = zero.

3 EQUIPAMENTOS

3.1 Descrição

a) Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no Contrato.

b) A usina de solos (ou “central de mistura”) para solo-brita e para


mistura com mais de 2 solos deverá ser constituída essencialmente do seguinte:
Silos – para os diversos componentes, providos de bocas de descarga e equipados
com dispositivo que permita graduar o escoamento;
Transportadores de esteiras – que transportam os componentes da mistura, já nas
devidas proporções, até a unidade misturadora;

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PAG. 03/20
Unidade misturadora – tipo “pug-mill”, constituído usualmente de uma caixa metálica
tendo no seu interior, como elementos misturadores, dois eixos que rodam em sentido
contrário, providos de uma chapa em espiral ou de pequenas chapas fixadas em
hastes, e que, devido ao seu movimento, forçam a mistura íntima dos materiais, ao
mesmo tempo em que a fazem avançar até a saída da unidade;
Reservatório de água e canalização – que permitam armazenar e espargir a água
sobre o solo durante o processo de mistura;
Unidade de carregamento – constituída de um silo abastecido por “transportadores de
correia” ou “elevadores de canecas”, e colocado de modo que o caminhão
transportador possa receber a mistura por gravidade;
Em suma, a usina de solos deve ser capaz de produzir uma mistura homogênea de
solos e britas, no teor de umidade requerido, e de depositá-la sem segregação no
caminhão transportador. Deve-se exigir uma capacidade de produção horária entre
150 e 500t.

c) O distribuidor de solos deve ser capaz de receber a mistura dos


caminhões basculantes e espalhá-la na pista, sem segregação, numa espessura
constante tal, que após a compactação, se situe entre 0,10 e 0,22m.

d) A motoniveladora para destorroar, misturar e homogeneizar


massas, cujas espessuras após a compactação possam atingir até 0,22m, e de
conformar a superfície acabada dentro das exigências da especificação.

e) A grade de discos, rebocada por trator de pneus deve ser capaz


de complementar os trabalhos de “destorroamento”, “mistura” e “homogeneização
do teor de água” iniciados pela motoniveladora. Poderão ser usados dispositivos
tipo “pulvi-mixer”.

f) Os caminhões distribuidores d’água deverão ter capacidade


suficiente para evitar o transtorno ocasionado por um número excessivo de
unidades. Em qualquer hipótese não será aceito uma unidade com capacidade
menor que 4.000 litros.
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PAG. 04/20
g) Poderão ser usados isoladamente ou em combinação os dois
seguintes tipos de rolos compactadores:
 Rolo pé-de-carneiro vibratório (pata curta) autopropulsor, com
controle de frequência de vibração compatível com os tipos de materiais a compactar;
 Rolo liso vibratório autopropulsor, com controle de frequência de
vibração compatível com os tipos de materiais a compactar e outros tipos aprovados
pela fiscalização podem ser usados.
O rolo pneumático é geralmente usado na operação de acabamento.

4 EXECUÇÃO

Quando houver mistura de mais de dois componentes, essa mistura terá


de ser necessariamente feita em usina de solos.

4.1 Execução sem mistura ou com mistura na pista

A execução de SBG sem mistura ou com mistura na pista envolve


basicamente as seguintes operações:
 Espalhamento;
 Homogeneização dos materiais secos;
 Umedecimento ou aeração e homogeneização de umidade;
 Compactação;
 Acabamento;
 Liberação ao tráfego.

4.1.1 Espalhamento
O espalhamento dos materiais depositados na plataforma se fará com
motoniveladora. O material será espalhado de modo que a camada fique com
espessura constante. Não poderão ser confeccionadas camadas com espessuras

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PAG. 05/20
compactadas superiores a 0,22m nem inferiores a 0,10m. No caso de dois materiais
será feito primeiramente o espalhamento do material de maior quantidade e sobre
essa camada espalhar-se-á o outro material. Idem para três componentes.

4.1.2 Homogeneização dos materiais secos


O material espalhado será homogeneizado com o uso combinado de
grade de disco e motoniveladora. A homogeneização prosseguirá até que visualmente
não se distinga um material do outro. A pulverização dos materiais é fundamental.

4.1.3 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização da umidade


Para atingir-se a faixa do teor de umidade na qual o material será
compactado, serão utilizados carros tanques para umedecimento, motoniveladora e
grade de discos para homogeneização da umidade e uma possível aeração. A faixa
de umidade para compactação terá como limites (hot – x) % e (hot + y) % onde hot, x
e y são aquelas indicadas pelo projeto com a “curva CBR x h”. Isso não ocorrendo, a
hot será obtida, juntamente com a Ds,máx – massa específica aparente seca máxima
como indicado no item 6.2.2, sendo a faixa: (hot – 2,5) % e (hot + 0,5). %. É muito
importante uma perfeita homogeneização da umidade para uma boa compactação.

4.1.4 Compactação
A compactação deve ser executada com rolo pé-de-carneiro vibratório
(pata curta) autopropulsor e/ou rolo liso vibratório autopropulsor podendo-se usar no
acabamento rolo pneumático.

Deverá ser elaborada para um mesmo tipo de material uma relação na


pista entre o “número de coberturas do rolo versus grau de compactação” para se
determinar o número necessário de “coberturas” (passadas num mesmo ponto) para
atingir o GC especificado.

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PAG. 06/20
Cuidados especiais devem-se ter com alguns tipos de misturas de solo-
brita quanto a energia de compactação. Esses materiais podem geralmente ser
compactados com uma energia de compactação superior à do proctor intermediário
(PI – 26 golpes) com grande vantagem, pois se consegue um CBR bem mais elevado
com um pequeno acréscimo de En no campo. É usual o emprego de En = 1,5(PI) =
1,5 x 26 = 39 golpes, podendo-se mesmo atingir a En do proctor modificado (PM – 55
golpes) – (ver item 6.2.2).

4.1.5 Acabamento

A operação de acabamento será executada com motoniveladora,


conjuntamente com rolos compactadores usuais, que darão a conformação
geométrica longitudinal e transversal da plataforma, de acordo com o projeto. Só será
permitida a conformação geométrica por corte.

4.1.6 Liberação ao tráfego

Após a verificação e aceitação do intervalo trabalhado, o mesmo poderá


ser entregue ao tráfego usuário.

O intervalo de tempo que uma sub-base granular pode ficar exposta ao


tráfego usuário é função de algumas variáveis, tais como:
 Umidade do material, que pode ser mantida através de molhagem
com carros tanques;
 Coesão do material;
 Condições meteorológicas, onde o excesso de umidade e condições
de escoamento podem danificar rapidamente a camada;
 A intensidade do tráfego.

Em princípio, é vantajoso expor a sub-base granular ao tráfego usuário


durante o maior tempo possível, quando se tem a oportunidade de aumentar seu “grau
de compactação” e de se observar seus defeitos.

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PAG. 07/20
4.2 Execução com mistura em usina

A mistura deve sair da usina de solos perfeitamente homogeneizada, num


teor de umidade tal que, após o espalhamento na pista, esteja dentro da faixa de “teor
de umidade de compactação”.

O transporte da mistura da usina para a pista deve ser feito em


caminhões basculantes, ou outros veículos apropriados, tomando-se precauções para
que não perca ou adquira umidade (água de chuva).

A mistura em usina deve preferencialmente ser espalhada com um


distribuidor de solos. No caso de espalhamento com motoniveladora pode se tornar
difícil o enquadramento na faixa de “teor de umidade para compactação”. Deve-se,
então, dispor de carro tanque distribuidor de água, grade de discos, e motoniveladora
para, caso seja necessário, umedecimento (ou aeração) e homogeneização.

O espalhamento deve ser feito de modo a conduzir a uma camada de


espessura constante, com espessura compactada no máximo de 0,22m e no mínimo
de 0,10m.

A compactação, o acabamento e a liberação ao tráfego serão realizados


como na execução da pista.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente,


no decorrer das operações destinadas a execução da camada de sub-base
estabilizada granulometricamente são:

5.1 Na exploração de jazidas:

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5.1.1 - O desmatamento, destocamento e limpeza serão feitos dentro dos
limites da área a ser escavada e o expurgo retirado, rico em matéria orgânica, deverá
ser estocado de forma que, após a exploração da jazida, este solo orgânico possa ser
espalhado na área escavada para reintegrá-la à paisagem;

5.1.2 Não é permitida a queima da vegetação removida;

5.1.3 Deve ser evitada a localização de jazidas em áreas de mananciais, de


aptidão agrícola, bem como é proibido em reservas florestais, ecológicas ou de
preservação cultural, ou mesmo nas proximidades quando houver perigo de danos a
estas áreas;

5.1.4 As áreas das jazidas, após a escavação, deverão ser recuperadas com
suavização dos taludes, regularização da área favorecendo a drenagem, de modo a
reincorporá-las ao relevo natural. Esta operação deve ser executada antes do
espalhamento do solo orgânico conforme já descrito. Deverão seguir as
recomendações preconizadas na DER-ISA-05/96 – Orientações ambientais para
instalação e operação de jazidas e caixas de empréstimos;

5.1.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da SOP-ES-


T 02/19 (Caminhos de serviço).

5.2 Na exploração de pedreiras:

5.2.1 O produto de britagem somente será aceito após a contratada


apresentar a licença ambiental de operação da pedreira à supervisão ambiental, que
arquivará cópia da licença junto ao livro de ocorrências da obra;

5.2.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de equipamentos de


britagem em área de preservação ambiental;

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PAG. 09/20
5.2.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimizar
os danos inevitáveis durante a exploração e a possibilitar a recuperação ambiental,
após a retirada de todos os materiais e instalações de equipamentos;

5.2.4 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

5.2.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações do SOP-ES-


T 02/19 – Caminhos de serviço e DER-ISA- 02/96 – Orientações ambientais para
abertura de trilhos, caminhos de serviço e estradas de acesso;

5.2.6 Deverão ser construídas, junto às instalações de britagem, bacias de


sedimentação para retenção de pó de pedra eventualmente produzidos em excesso
ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para os cursos d’agua;

5.2.7 Caso a brita seja adquirida de terceiros, exigir documentação atestando


a regularidade das instalações, assim como, sua operação, junto ao órgão ambiental
competente.

5.3 Na execução

5.3.1 Os cuidados para proteção ambiental se referem à disciplina do tráfego


e do estacionamento dos equipamentos;

5.3.2 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do


corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação.

5.3.3 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção


dos equipamentos devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou
de combustíveis, não sejam levados até os cursos d’água.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

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PAG. 10/20
6.1 Controle de materiais

A condição essencial é que os materiais empregados na sub-base


granular tenham características satisfazendo a esta especificação e às especificações
complementares e particulares adotadas no projeto.

O controle de materiais pode ser necessário antes da execução da


camada de sub-base granular, para identificação e conferência das características
geotécnicas dos materiais e depois, na execução da camada na pista, o controle de
materiais será feito de forma obrigatória para efeito de aceitação ou rejeição do
serviço.

A prévia conferência dos parâmetros geotécnicos será feita com


amostras de materiais coletadas nas jazidas.

6.1.1 Controle prévio do comportamento laterítico do solo

Esse controle poderá ser feito por jazida de solo no início de sua
exploração através de inspeção visual. Em caso de dúvida sobre a natureza do
comportamento do solo serão colhidas n = 5 amostras em pontos estratégicos e, com
cada uma delas, moldado um corpo de prova CBR (PM – 55 golpes) para a
determinação da expansão. Sendo Xi o resultado de uma amostra, a média
aritmética e s o desvio padrão, quando se verificar que:
X max  X  1,55 . s  0,2%
fica confirmado o comportamento laterítico.

Em caso contrário, os ensaios deverão ser repetidos ou ampliados e,


persistindo a desobediência à inequação acima, o solo da jazida será considerado de
comportamento não laterítico.

6.1.2 Controle prévio do índice de grupo (IG), granulometria (GR), limite de


liquidez (LL) e índice de plasticidade (IP = LL – LP)

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PAG. 11/20
O IG de um solo é calculado em função da sua granulometria, LL e IP,
só sendo especificado para solos de comportamento não laterítico. O IG é calculado
pela seguinte fórmula:
IG = 0,2a + 0, 05a.c + 0,01 b.d
sendo: a = % passando na pen. 200 – 35 (limites: 0 a 40);
b = % passando na pen. 200 – 15 (limites: 0 a 40);
c = LL – 40 (limites: 0 a 20);
d = IP - 10 (limites: 0 a 20).

No entanto, para o registro tecnológico do gerenciamento do pavimento,


devem ser feitas as determinações desses parâmetros geotécnicos também para solo
laterítico.

Para solos de comportamento não laterítico a exigência para sub-base


granular é que, em qualquer amostra individual, tenhamos:
IG = 0 (zero)

O controle prévio do IG será também por jazida, com 5 amostras


representativas, devendo todas as amostras apresentarem IG = 0.

6.1.3 Controle prévio do índice de suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no


CBR)

Com amostras coletadas na jazida, aproximadamente nos mesmos


locais de controle do IG, faz-se o ensaio de compactação (DNIT-164/2013 – ME) para
definição da umidade ótima e densidade máxima, seguido dos ensaios de CBR e
expansão (DNIT 172/16-ME). A energia de compactação é a do proctor intermediário
ou a indicada no projeto.

As umidades serão determinadas com o speedy (DNER-ME 52/94) ou


álcool (DNER-ME 88/94).

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PAG. 12/20
Sendo X a média aritmética dos resultados e s o desvio padrão (n  9
ensaios) os materiais estarão aprovados (AP) quando:
1,29s
CBRmin = X -  20%
n
1,29s
X  0,68s  1,0% (Não laterítico )
Expansão max = n
 0,2% (Laterític o)

Caso contrário, deverão ser isoladas as áreas da jazida que não


atendem as especificações, podendo ser tentado a mistura com outro solo, caso os
materiais já estejam na pista.

No caso de mistura em usina, a prévia conferência dos materiais será


feita com amostras coletadas na correia transportadora, entre o último silo e o
misturador.

6.2 Controle de execução

A condição essencial para garantir uma boa execução é que os materiais


atendam às exigências do projeto e que o grau de compactação – GC atinja o mínimo
especificado.

É através do controle de execução que se fará a aceitação ou rejeição


da camada de sub-base granular, devendo os ensaios serem realizados com
amostras coletadas na pista.

6.2.1 Exploração de jazidas de solos

As jazidas de solos serão exploradas observando-se a orientação do


projeto. Como o estudo de jazidas traz consigo uma imprecisão inerente quanto aos
limites do veio de materiais de boa qualidade, cabe ao construtor os cuidados na
exploração para não ultrapassar esses limites.

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PAG. 13/20
A qualidade dos materiais de jazidas de solos será controlada e
conferida por coletas feitas na pista, conforme indicado no controle tecnológico e
critérios de aceitação desta especificação.

6.2.2 Determinação no campo da faixa de umidade de compactação e da


Ds,máx consideradas padrão.

Para a sub-base granular o projeto deve definir, entre outras, as


seguintes características:
a) A energia de compactação (número de golpes) – En;
b) A faixa de umidade de compactação (hot – x) % a (hot + y) %;
c) A massa específica aparente seca máxima (Ds,máx).

No controle tecnológico da execução mantem-se a energia de


compactação do projeto mas, para maior precisão, através de ensaios de
compactação (DNIT 164/2013 – ME), determinam-se novas faixas de umidade de
compactação e novas densidades máximas padrão, com amostras de materiais da
sub-base coletadas na pista, espaçamento em função da homogeneidade
granulométrica dos materiais, não devendo a determinação da umidade e densidade
de referência ser espaçadas em mais de 900 metros de pista.

A energia de compactação (número de golpes/camada) só poderá ser


modificada com a aquiescência do projetista. A energia de compactação da sub-base
granular, capaz de vencer o atrito interno do material e de se obter a máxima
densidade, é fundamental para garantia da resistência do pavimento à deformação
permanente, ao cisalhamento e evitar deflexões elevadas na fase de consolidação do
pavimento pelo próprio tráfego.

Para sub-base de solo, as mais usadas são a energia do proctor


intermediário (26 golpes/camada) e a energia de 1,5 x proctor intermediário (39
golpes/camada). Para solo-brita a mais recomendada é a energia do proctor
modificado (55 golpes/camada).
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PAG. 14/20
A faixa de umidade para compactação, quando não definida pelo projeto
deverá ser de (hot – 2,0) % a (hot + 0,5) %.

6.2.3 Controle do teor de umidade de compactação (hc)

Serão feitas n determinações aleatórias de hc imediatamente antes da


compactação de um segmento uniforme a compactar ao qual corresponde uma faixa
de umidade de compactação (hot – x)% a (hot +y)% definida no projeto ou como no
item 6.2.2. A frequência mínima da determinação da umidade de compactação é de 1
ensaio a cada 50m de extensão trabalhada.

Determina-se hc com o mesmo método usado em 6.2.2 (speedy ou


álcool) e se hot for definido no projeto (em estufa) deve-se fazer a correlação com o
speedy ou com o álcool.

Só será permitida a compactação do segmento se todos os hc estiverem


no intervalo definido no projeto ou no item 6.2.2.

6.2.4 Controle do grau de compactação – GC

GC é definido como a relação percentual entre a massa específica


aparente seca (Ds), geralmente chamada de “densidade aparente seca”, e a massa
específica aparente seca máxima (Ds,máx) ou “densidade aparente seca máxima”.
Ds
GC  x 100 , onde:
Ds, máx
Ds – obtida “in situ” (DNER-ME 92/94, frasco de areia – speedy ou
álcool, o adotado em 6.2.2), e
Ds.máx – obtida como em 6.2.2 (para o segmento uniforme a
compactar).

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PAG. 15/20
A frequência para a verificação do grau de compactação é a cada no
máximo 100m de pista, na ordem bordo direito – eixo – bordo esquerdo – bordo direito,
a 0,40m do bordo da plataforma de sub-base, determina-se a Ds “in situ” e
considerando-se a Ds. máx. correspondente (a pertencente ao segmento uniforme do
material), determina-se o GC.

No caso de mistura na pista o ensaio de Ds. “in situ” deve ser realizado
exatamente no local de onde se retirou a amostra para Ds. máx.

Para que certa extensão de sub-base granular seja considerada


provada” (AP) é necessário que em todos os seus n pontos ensaiados tenha-se GC 
100%. Em caso contrário a extensão de sub-base granular é considerada “não
aprovada” (NAP), não sendo liberada a execução da camada sobrejacente. Neste
caso o engenheiro fiscal mandará repetir os ensaios e, continuando a evaporação,
dever-se-á escarificar, refazer a camada e recompactar a extensão de influência de
cada ponto considerado deficiente, todos os ônus por conta da construtora.

Após a obtenção de cada n = 9 resultados, calcular-se-á o desvio padrão

s   (Xi - X) 2 / n  1 , considerando-se a compactação homogênea se s  1,6.

Se após quatro conjuntos de n = 9 resultados, consecutivos ou


acumulados, a inequação acima não for satisfeita, o engenheiro fiscal paralisará o
serviço de compactação e procederá a um minucioso exame dos equipamentos e da
técnica de execução empregada, tomando então as medidas julgadas cabíveis.

6.2.5 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

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As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em
cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em


função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3
 Fator de correção sazonal (Fs):
SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/Permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0
 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,

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PAG. 17/20
que poderão estar na própria sub-base ou nas camadas inferiores de reforço do
subleito (se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição das
cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.2.6 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes ao desempenho dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

Para cada jazida ou tipo de material deverão ser calculados


estatisticamente todas as características obtidas nos ensaios, de modo se poder
compará-las com as do projeto.

O registro do controle tecnológico é muito importante para o


gerenciamento do pavimento.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

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PAG. 18/20

7.1 Controle de cotas

Após a execução da camada de sub-base, proceder-se à relocação e o


nivelamento do eixo, dos bordos da pista de rolamento e dos bordos da plataforma
(cinco pontos por estaca) para a determinação das cotas de execução que deverão
ser comparadas com as cotas de projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle de


cotas da sub-base granular será feito nos bordos de cada faixa de tráfego.

Não será tolerado nenhum valor individual de cota fora do intervalo (C –


2,0) cm e (C + 2,0) cm, sendo C a cota do projeto para o ponto considerado. O serviço
“não aprovado” (NAP) será refeito.

7.2 Controle de Espessura

A espessura da camada de sub-base será controlada no eixo e nos


bordos da pista de rolamento, por comparação entre as cotas dos pontos
correspondentes nivelados na regularização do subleito e na sub-base recém
executada.

Serão admitidas as seguintes tolerâncias:


a) Para o valor individual de espessura: o intervalo (h + 2) cm a (h - 5)
cm, sendo h = espessura do projeto.
b) Para a espessura mínima estatística do segmento a ser controlado:
hmin. ≥ (h – 1,0) cm, calculando-se hmin. pela seguinte fórmula:
hmin. = X - KS onde:
 Xi
onde X  ; s   (Xi - X) 2 / n  1
n
Xi = valor individual da espessura e n = número de valores

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PAG. 19/20
K dado em função do número de amostras pela tabela 2 SOP-ES-CE
01/19, a seguir:
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante

Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do intervalo


especificado e de espessura mínima estatística inferior a espessura do projeto em
mais de um centímetro. O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

7.3 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20 m) será determinada:


a) A largura da plataforma, com trena;
b) A flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

O “serviço será “aprovado” – (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se, para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias “não forem ultrapassados”:

 ± 10cm quanto a largura


 Até 20%, em excessos, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta.
O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

8 MEDIÇÃO

A sub-base granular será medida pelo volume (V) da camada concluída,


em metros cúbicos, calculado pela seção do projeto.
V = área da seção do projeto x extensão executada

9 PAGAMENTO

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PAG. 20/20

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


sub-base granular executado, medido conforme o item anterior, estando nele incluído
todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos,
veículos, ferramentas, mão de obra, encargos, transportes, impostos, eventuais, bem
como a indenização de materiais e lucro.

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PAG. 01/25
1 DEFINIÇÃO

Base granular (BG) – É a camada do pavimento asfáltico situada


imediatamente abaixo da camada de revestimento, constituída por um dos tipos
abaixo:
a) Um único tipo de solo – é a base sem mistura;
b) Dois ou mais tipos de solos – é a base com mistura;
c) Um dos componentes da mistura é um produto de britagem – é a base
de solo-brita;
d) Um produto de britagem – é a base de brita graduada;
e) A base granular poderá ser um dos tipos anteriores com a
incorporação do revestimento asfáltico existente – é a base granular
reciclada com incorporação do revestimento asfáltico.

A base granular obtém a necessária estabilidade para cumprir suas


funções apenas devido a uma conveniente compactação, sem necessidade de
nenhum aditivo para lhe conferir coesão.

2 MATERIAIS

Os solos quanto ao seu comportamento em pavimentação podem ser


classificados em:
 Solos de comportamento laterítico;
 Solos de comportamento não laterítico.

A classificação acima deve ser feita por um engenheiro experiente tendo


em vista que um solo laterítico apresenta geralmente: cores predominantemente
vermelha, amarela ou marrom escura – tendência ao concrecionamento – grãos
graúdos ferruginosos – CBRs relativamente altos com baixa expansão e altos LLs e
IPs – granulometria com certa descontinuidade. Em caso de dúvida, fica confirmado
o comportamento laterítico se a expansão medida no CBR com a energia do proctor
modificado (55 golpes) for menor ou igual a 0,2%.

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PAG. 02/25
2.1 Solos de comportamento laterítico

Os solos de comportamento laterítico para base granular devem


apresentar as seguintes condições:
 Granulometria enquadrada numa das seguintes faixas
granulométricas (DNER-ME 80/94) – (% passando em peso).
ASTM
mm A B C*
ABNT
2” 50,8 100 - -
1” 25,4 75 - 100 100 -
3/8” 9,52 40 – 85 60 – 95 100
Nº 10 2,00 15 - 60 15 – 60 35 – 90
Nº 40 0,42 10 – 45 10 – 45 20 – 80
Nº 200** 0,074 5 – 30 5 – 30 8 - 40
* Excepcionalmente para N ≤ 105 (número de repetições do eixo simples padrão),
sem predominância de veículos comerciais.
** % pass. Pen. Nº 200 ≤ 2/3 (% pass. Nº 40)
 Abrasão Los Angeles (DNER-ME 35/98) do material retido na peneira
nº 4) ≤ 55%, devendo também o material graúdo não ter partículas moles nem
impurezas nocivas e o material miúdo (passando na pen. Nº 4) não conter matéria
orgânica ou outras impurezas nocivas.
 LL ≤ 40% (DNER-ME 122/94)
 IP = LL – LP (DNER-ME 82/94) ≤ 15%
 CBR (DNIT 172/16-ME) na energia de compactação do DNIT-
164/2013-ME – método B – 26 golpes – PI ou método C – 55 golpes – PM, ou outra
energia especificada no projeto)
≥ 80% (para N ≥ 5 x 106)
≥ 60% (para N < 5 x 106)
 Nos acessos com N  5 x 105 admite-se CBR  40
 Expansão no CBR ≤ 0,5% (para quaisquer energia e número N)

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PAG. 03/25
2.2 Solos de comportamento não laterítico

Os solos de comportamento não laterítico para base granular devem


apresentar as seguintes condições:
 Granulometria enquadrada numa das seguintes faixas
granulométricas (DNER-ME 80/94) – (% passando em peso)
ASTM
mm A B C D E* F*
ABNT
2” 50,8 100 100 - - - -
1” 25,4 - 75 – 90 100 100 100 100
3/8” 9,52 30 – 60 40 – 75 50 – 85 60 – 100 - -
Nº 4 4,76 25 – 55 30 – 60 35 – 65 50 – 85 55 – 100 70 – 100
Nº 10 2,00 15 – 40 20 – 45 25 – 50 40 – 70 40 – 100 55 – 100
Nº 40 0,42 8 – 20 15 – 30 15 – 30 25 – 45 20 – 50 30 – 70

0,074 2–8 5 – 15 5 – 15 5 – 20 6 – 20 8 – 25
200**
* Excepcionalmente para N < 5 X 105 (número de repetições do eixo simples
padrão), sem predominância de veículos comerciais.
** % pass. Pen. Nº 200 ≤ 2/3 (% pass. Nº 40).
 Abrasão Los Angeles (DNER-ME 35/98) do material retido na peneira
nº 4 ≤ 65%, devendo também o material graúdo não ter partículas moles nem
impurezas nocivas e o material miúdo (passando na peneira nº 4) não conter matéria
orgânica ou outras impurezas.
 LL ≤ 25% (DNER-ME 122/94)
 IP = LL – LP (DNER-ME 82/94) ≤ 6%
 CBR (DNIT 172/16-ME) na energia de compactação referente a 26,
39 ou 55 golpes conforme indicado no item 6.2.2 desta especificação, ou outra
especificada no projeto.
≥ 80% (para N ≥ 5 x 106)
≥ 60% (para N < 5 x 106)
≥ Nos acessos com N  5 x 105 admite-se CBR  40%

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PAG. 04/25
 Expansão no CBR ≤ 0,5% (para quaisquer energia e número N)
Para as britas graduadas
 Utilizar as faixas A; B; C ou D
 Valor superior a 0,5 para o índice de forma do agregado (método
DNER-ME 86/94)
 A fração granulométrica que passa na peneira n° 4 deve apresentar
equivalente de areia (DNER-ME 54/97), superior a 50%.
 Para britas originárias de diabásio, ou basalto, ou outra pedra de
natureza mineralógica sujeita a alterações deve-se submetê-las ao ensaio de
durabilidade, (DNER-ME 89/94), devendo apresentar perdas inferiores, em cinco
ciclos, com solução de sultafo de sódio, a 20%, e com sultado de magnésio inferior a
30%.

3 EQUIPAMENTOS

3.1 Descrição

a) Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

Mistura prévia – Deve ser executada preferencialmente em centrais de


mistura próprias para este fim. Caso as quantidades a serem executadas não
justifiquem a instalação de central de mistura, a mesma pode ser feita com pá-
carregadeira.
b) Mistura na pista - A mistura na pista pode ser procedida com dois
solos ou quando na mesma for utilizado material da pista existente, ou ainda no caso
de solo brita quando as quantidades a serem executadas não justificarem a instalação
de central de mistura.

c) A usina de solos (ou “central de mistura”) deverá ser constituída


essencialmente do seguinte:

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Silos – para os diversos componentes, providos de bocas de descarga equipadas com
dispositivos que permitam graduar o escoamento;

Transportadores de esteiras – que transportem os componentes da mistura, já nas


devidas proporções, até a unidade misturadora;

Unidade misturadora – tipo “pug-mill”, constituído usualmente de uma caixa metálica


tendo no seu interior, como elementos misturadores, dois eixos que rodam em sentido
contrário, providos de uma chapa em espiral ou de pequenas chapas fixadas em
hastes, e que, devido ao seu movimento, forçam a mistura íntima dos materiais, ao
mesmo tempo em que a fazem avançar até a saída da unidade;

Reservatório de água e canalização – que permitam armazenar e espargir a água


sobre o solo durante o processo da mistura;

Unidade de carregamento – constituída de um silo abastecido por “transportadores de


correia” ou “elevadores de canecas”, e colocado de modo que o caminhão
transportador possa receber a mistura por gravidade.

Não é permitida a mistura prévia dos materiais no abastecimento dos


silos.

Em suma, a usina de solos deve ser capaz de produzir uma mistura


homogênea de solos e britas, no teor de umidade requerido, e de depositá-la sem
segregação no caminhão transportador. Deve-se exigir uma capacidade de produção
horária entre 150 e 500 ton.

d) A distribuição da brita graduada deve ser feita, preferencialmente, com


vibro-acabadora, capaz de distribuir a brita graduada em espessura uniforme, sem
produzir segregação, e de forma a evitar conformação adicional da camada por outro
equipamento. Caso, no entanto, isto seja necessário, admite-se conformação

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PAG. 06/25
pela atuação da motoniveladora, exclusivamente por ação de corte, previamente ao
início da compactação.

e) O distribuidor de solos deve ser capaz de receber a mistura dos


caminhões basculantes e espalhá-la na pista, sem segregação e numa espessura
constante tal, que após a compactação, se situe entre 0,10 e 0,22m.

f) A motoniveladora para destorroar, misturar e homogeneizar massas,


cujas espessuras após compactação possam atingir pelo menos 0,22m, e de
conformar a superfície acabada dentro das exigências da especificação.

g) A grade de discos, rebocada por trator de pneus deve ser capaz de


complementar os trabalhos de “destorroamento”, “mistura” e “homogeneização do teor
de água” iniciados pela motoniveladora. Poderão ser usados dispositivos tipo “pulvi-
mixer”.
h) Os caminhões distribuidores d’água deverão ter capacidade suficiente
para evitar o transtorno ocasionado por um número excessivo de unidades. Em
qualquer hipótese não será aceito uma unidade com capacidade menor que 4.000
litros.
i) Deverão ser usados, isoladamente ou em conjunto, os seguintes tipos
de rolos compactadores:
 Rolo liso vibratório – autopropulsor, com controle de frequência de
vibração, recomendado para misturas de IP ≤ 3% e para brita graduada;
 Rolo pé-de-carneiro vibratório (pata curta) - autopropulsor, com
controle de frequência de vibração, recomendado para misturas com IP > 3%; e outros
tipos aprovados pela fiscalização. O rolo pneumático é muito usado no “acabamento”.

4 EXECUÇÃO

Quando houver mistura de mais de dois componentes, essa mistura terá


de ser necessariamente feita em usina de solos.

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PAG. 07/25
A mistura de dois componentes pode ser opcionalmente feita na pista,
exceto, se um deles for brita, quando a usinagem é obrigatória (solo-brita).

4.1 Execução sem mistura ou com mistura na pista

A execução de BG sem mistura ou com mistura na pista envolve


basicamente as seguintes operações:
 Espalhamento;
 Homogeneização dos materiais secos;
 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização de umidade;
 Compactação;
 Acabamento;
 Liberação ao tráfego.

4.1.1 Espalhamento

Exceto para britas graduadas, o espalhamento dos materiais


depositados na plataforma se fará com motoniveladora. O espalhamento será feito de
modo que a camada fique com espessura constante. Não poderão ser confeccionadas
camadas com espessuras compactadas superiores a 0,22m nem inferiores a 0,10m.
No caso de dois materiais será feito primeiramente o espalhamento do material de
maior quantidade e sobre essa camada espalhar-se-á o outro material.

4.1.2 Homogeneização dos materiais secos

O material espalhado será homogeneizado com o uso combinado de


grade de disco e motoniveladora. A homogeneização prosseguirá até que visualmente
não se distinga um material do outro. A pulverização dos materiais é fundamental.
Nessa fase serão retirados blocos de pedra, raízes e outros materiais inadequados.

4.1.3 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização da umidade

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PAG. 08/25
Para atingir-se a faixa do teor de umidade na qual o material será compactado,
serão utilizados carros tanques para umedecimento, motoniveladora e grade de
discos para homogeneização da umidade e uma possível aeração. A faixa de umidade
para compactação terá como limites (hot – x) % e (hot + y) % onde hot, x e y são
aquelas indicadas no projeto com curva CBR x h. Isso não ocorrendo, a hot será
obtida, juntamente com a Ds.máx. - massa específica aparente seca máxima, como
indicado no item 6.2.2., sendo a faixas (hot – 2,0) % e (hot + 0,5) %, ou com x e y
encontrados.

É muito importante uma perfeita homogeneização da umidade para uma boa


compactação.

4.1.4 Compactação

A compactação deve ser executada preferencialmente com rolo liso


vibratório autopropulsor isoladamente ou, quando possível, em combinação com rolo
vibratório pé-de-carneiro autopropulsor (pata curta). No acabamento deve ser também
utilizado o rolo pneumático.

Deverá ser elaborada para um mesmo tipo de material uma relação na


pista entre o “número de coberturas do rolo versus grau de compactação” para se
determinar o número necessário de “coberturas” (passadas num mesmo ponto) para
atingir o GC especificado.

Cuidado especial se deve ter com a base de brita graduada, pois esse
material aceita uma energia acima do PM (55 golpes) sem normalmente se degradar.
A curva Ds,máx x energia de compactação é inicialmente crescente tornando-se
assintótica para uma energia acima de 55 golpes. É importante traçar-se essa curva
no campo para se determinar a Ds.máx que deverá corresponder ao início da
assíntota

4.1.5 Acabamento

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PAG. 09/25
A operação de acabamento será executada com motoniveladora e rolos
compactadores usuais, que darão a conformação geométrica longitudinal e
transversal da plataforma, de acordo com o projeto.

Só será permitida a conformação geométrica por corte.

4.1.6 Liberação ao tráfego

No caso da base, por ser a camada que vai receber o revestimento, a


exposição ao tráfego deve ser a mínima possível para se evitar desgastes na
superfície que venham a prejudicar a uniformidade de espessura do revestimento ou
o desempeno da superfície de rolamento.

Quando for inevitável a atuação demorada do tráfego, deve-se imprimar


a base com asfalto diluído, numa taxa de exsudação insipiente, espalhando-se areia
ou pó de pedra sobre a área imprimada.

4.2 Execução em usina

A mistura deve sair da usina de solos perfeitamente homogeneizada,


num teor de umidade tal que, após o espalhamento na pista, esteja dentro da faixa de
“teor de umidade para compactação”.

O transporte da mistura da usina para a pista deve ser feito em


caminhões basculantes, ou outros veículos apropriados, tomando-se precaução para
que não perca ou adquira umidade (água de chuva). No espalhamento com
motoniveladora husina (%) ≈ (hot + 1,0) %.

A mistura em usina deve preferencialmente ser espalhada com um


distribuidor de solos. No caso de espalhamento com motoniveladora pode se tornar
difícil o enquadramento na faixa de “teor de umidade para compactação”. Deve-se,

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PAG. 10/25
então, dispor de carro tanque distribuidor de água, grade discos e motoniveladora para
umedecimento (ou aeração) e homogeneização.

O espalhamento deve ser feito de modo a conduzir a uma camada de


espessura constante, com espessura compactada no máximo de 0,22m e no mínimo
de 0,10m. A compactação, o acabamento e a liberação ao tráfego serão realizados
como na execução na pista.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente,


no decorrer das operações destinadas a execução da camada de base granular são:

5.1 Na exploração de jazidas:

5.1.1 O desmatamento, destocamento e limpeza serão feitos dentro dos


limites da área a ser escavada e o material retirado deverá ser estocado de forma que,
após a exploração da jazida, o solo orgânico possa ser espalhado na área escavada
para reintegrá-la à paisagem;

5.2 Na exploração de pedreiras:

5.2.1 O produto de britagem somente será aceito após a contratada


apresentar a licença ambiental de operação da pedreira à supervisão ambiental, que
arquivará cópia da licença junto ao livro de ocorrências da obra;

5.2.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área


de preservação ambiental;

5.2.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a minimizar


os danos inevitáveis durante a exploração e a possibilitar a recuperação ambiental,
após a retirada de todos os materiais e instalações de equipamentos;

5.2.4 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;


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5.2.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da SOP-ES-
T 02/19 – Caminhos de serviço e DER-ISA- 02/99 – Orientações ambientais para
abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso;

5.2.6 Deverão ser construídas, junto às instalações de britagem, bacias de


sedimentação para retenção de pó de pedra eventualmente produzidos em excesso
ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para os cursos d’água;

5.2.7 Caso a brita seja adquirida de terceiros, exigir documentação atestando


a regularidade das instalações, assim como, sua operação, junto ao órgão ambiental
competente.

5.3 Na execução

5.3.1 Os cuidados para proteção ambiental se referem à disciplina do tráfego


e do estacionamento dos equipamentos;

5.3.2 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do


corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação.

5.3.3 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção


dos equipamentos devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou
de combustíveis, não sejam levados até os cursos d’água.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

A condição essencial é que os materiais da base granular tenham


características geotécnicas satisfazendo a esta especificação e às especificações
complementares e particulares estabelecidas pelo projeto.

O controle de materiais pode ser necessário antes da execução da


camada de base granular, para identificação e conferência das características

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geotécnicas dos materiais e, de forma obrigatória, será feito durante a execução da
camada na pista, para efeito de aceitação ou rejeição do serviço.

6.1.1 Controle do comportamento laterítico do solo

Esse controle será feito por jazida de solo no início de sua exploração
através de inspeção visual. Em caso de dúvida sobre a natureza do comportamento
do solo serão colhidas n = 5 amostras em pontos estratégicos e, com cada uma delas,
moldado um CP CBR (PM – 55 golpes) para a determinação da expansão. Sendo Xi
o resultado de uma amostra, a média aritmética e s o desvio padrão, se:
Xmáx = X  1,55s  0,2%
fica confirmado o comportamento laterítico. Em caso contrário, os ensaios deverão
ser repetidos ou ampliados e persistindo a desobediência à inequação acima, o solo
da jazida será considerado de comportamento não laterítico.

6.1.2 Controle da abrasão Los Angeles (DNER-ME 35/98)

Esse controle será feito por jazida de solo e por pedreira no início da
respectiva exploração, ou no depósito de brita no caso de brita adquirida de
fornecedor. Serão colhidas três amostras aleatórias e submetidas ao ensaio de
abrasão Los Angeles. Se pelo menos duas amostras satisfizerem a inequação LA ≤
65% o material está aprovado. Em caso contrário ampliam-se os ensaios com n > 5
amostras devendo a média aritmética ≤ 65% e persistindo a desobediência à
inequação, a jazida, a pedreira e o depósito não poderão ser utilizados.

6.1.3 Controle da granulometria (GR), do limite de liquidez (LL) e do índice de


plasticidade (IP = LL – LP).

A prévia conferência desses parâmetros geotécnicos será feita com


materiais coletados nas jazidas, ou misturas de materiais nas proporções indicadas
no projeto ou, no caso de brita graduada, apenas a granulometria de amostra de brita
produzida em usinagem preliminar.

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PAG. 13/25
O controle para efeito de aceitação ou rejeição da camada será feito com
materiais coletados na pista.

Nos dois casos os materiais serão aprovados e aceitos quando


atenderem as Faixas Granulométricas especificadas no projeto e as seguintes
inequações:
 Para solo laterítico: LLmax  40%
IPmax  15%
 Para solo não laterítico: LLmax  25%
IPmax  6%
 EAmin  30% (não laterítico, caso o LL ou IP ultrapassagem os limites
máximos).

Os parâmetros de plasticidade serão calculados estatisticamente pelas


seguintes fórmulas (n = 5):

Xmáx = X  1,55s

Xmin = X - 1,55s

Sendo:  Xi
X 
n
s  (Xi - X ) 2 / n - 1

Os materiais da base granular que não atenderem as exigências


especificadas para a plasticidade serão considerados não aprovados (NAP) e
rejeitados, devendo ser substituídos se já estiverem na pista.

6.1.4 Controle do índice suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)

A prévia conferência do CBR e da expansão será feita preferencialmente


com materiais das mesmas amostras de conferência da granulometria, limite de
liquidez e índice de plasticidade.
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PAG. 14/25
Para a conferência do CBR e da expansão (DNIT 172/2016-ME) é
necessário a realização do ensaio de compactação (DNIT-164/2013 – ME) com a
energia do método B (26 golpes/camada), método C (55 golpes/camada) ou outra
energia indicada no projeto.

A - Para a base granular de brita graduada a determinação da energia de


compactação para se obter a máxima densificação será obrigatoriamente feita
da seguinte forma, quando já houver um estoque representativo de brita e já ter
sido testado o funcionamento da usina misturadora:
 Coleta-se amostra na correia transportadora, entre o último silo e o
misturador, confere-se a granulometria, e executa-se o ensaio de compactação com
cinco energias distintas, com os seguintes números de golpes por camada: 26, 55, 70,
85 e 100, de modo a se obter cinco curvas de compactação.
 As umidades podem ser determinadas pelo speedy (DNER-ME 52/94)
ou com o álcool (DNER-ME 88/94);
 Traça-se então a curva Ds máx x energia (número de golpes) e
determina-se o número de golpes ideal como sendo o correspondente ao ponto
imediatamente anterior ao início da assintotização da curva.
 Faz-se um ensaio de compactação/CBR (com 5 pontos umidade com
speedy ou alcool), com o número de golpes Ideal por camada, determinando-se Dmax
e Hot e adota-se o Dmax como padrão de compactação e para os limites do controle
de umidade adota-se hot – 2,0% a Hot + 1,0%. O corpo de prova para o
CBR/expansão será moldado na umidade ótima com número de golpes ideal.

Este procedimento poderá ser dispensado se o projeto já estabelecer o


número de golpes da base granular de brita graduada e, logicamente, a sua faixa
granulométrica a ser obedecida rigorosamente.

Os parâmetros de suporte CBR/expansão serão calculados


estatisticamente pelas seguintes fórmulas (n = 5):
 Para CBR: Xmin = X  1,55s

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PAG. 15/25

 Para expansão: Xmax = X  1,55s

 Xi
Sendo: X 
n

S   (X i - X) 2 /n - 1

Os materiais serão aceitos quando obedecerem às seguintes


inequações:
 Xmin (CBR)  40% (em acessos com N  5 x 105);
 60% (em rodovias com N  5 x 106);
 80% (em rodovias com N  5 x 106);
 Xmax (expansão)  0,2% (laterítico)
 0,5% (não laterítico)

Os materiais de base granular que não atenderem as exigências


especificadas para o CBR e expansão serão considerados não aprovados (NAP) e
rejeitados, devendo ser substituídos se já estiverem na pista.

6.2 Controle de execução

A condição essencial para garantir uma boa execução é que os materiais


atendam às exigências do projeto e que o grau de compactação – GC atinja o mínimo
especificado.

É através do controle de execução que se fará a aceitação ou rejeição


da camada de base granular, devendo os ensaios serem realizados com amostras
coletadas na pista.

6.2.1 Controle da exploração de jazidas de solos

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PAG. 16/25
As jazidas de solos, inclusive areais, serão exploradas observando-se a
orientação do Projeto. Como o estudo geotécnico de jazidas traz consigo uma
imprecisão inerente quanto aos limites do veio de materiais de boa qualidade, cabe
ao construtor os cuidados na exploração para não ultrapassar esses limites.

A fiscalização deverá fazer inspeções nas ocorrências de materiais,


durante a sua exploração, verificando o desmatamento, a remoção da camada
superficial de material orgânico, os limites da área estudada, a profundidade de
escavação do material de boa qualidade, etc.

6.2.2 Determinação da faixa de umidade de compactação e da densidade


máxima considerada padrão

O projeto da base granular deve definir as seguintes características:


a) A energia de compactação (número de golpes) – En;
b) A faixa de umidade de compactação (hot – x) % a (hot + y) %
c) A massa específica aparente seca máxima (Ds,máx).

No controle tecnológico da execução mantem-se a energia de


compactação do projeto mas, para maior precisão, através de ensaios de
compactação (DNIT 164/2013 – ME), determinam-se novas faixas de umidade de
compactação e novas densidades máximas padrão, com amostras de materiais da
base coletadas na pista, espaçamento em função da homogeneidade granulométrica
dos materiais, não devendo a determinação da umidade e densidade de referência
ser espaçada em mais de 600 metros de pista.

A energia de compactação (número de golpes/camada) só poderá ser


modificada com a aquiescência do projetista. A energia de compactação da base
granular, capaz de vencer o atrito interno do material e de se obter a máxima
densificação, é fundamental para a garantia da resistência à deformação, ao
cisalhamento e à ocorrência de deflexões elásticas elevadas na fase de consolidação
do pavimento pelo próprio tráfego.

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PAG. 17/25
Para a brita graduada a densidade máxima padrão e a umidade ótima
serão determinadas com a energia de compactação conforme definida em 6.1.4, letra
A, repetindo-se o procedimento toda vez que houver mudança na granulometria da
brita.

Para base de solo-brita, utilizar a energia do proctor modificado (55


golpes/camada) ou outra estabelecida no projeto.

Para base de solos, o mais usual são as energias do proctor


intermediário (26 golpes/camada) e a energia de 1,5 x proctor intermediário (39
golpes/camada).

A faixa de umidade para compactação, quando não definida pelo projeto,


deverá ser de (hot – 2,0) % a (hot + 0,5) % para base de solo e base de solo-brita.
para base de brita graduada a faixa de umidade deverá ser de (hot – 2,0) % a (hot +
1,0) %.

6.2.3 Controle do teor de umidade de compactação (hc)

Serão feitas n determinações aleatórias de hc imediatamente antes da


compactação de um segmento uniforme a compactar ao qual corresponde uma faixa
de umidade de compactação (hot – x)% a (hot +y)% definida no projeto ou como no
item 6.2.2. A frequência mínima da determinação da umidade de compactação é de 1
ensaio a cada 50m de extensão trabalhada.

Determina-se hc com o mesmo método usado em 6.2.2 (speedy ou


álcool) e se hot for definido no projeto (em estufa) deve-se fazer a correlação com o
speedy ou com o álcool.

Só será permitida a compactação do segmento se todos os hc estiverem


no intervalo definido no projeto ou no ítem 6.2.2.

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PAG. 18/25
6.2.4 Controle do grau de compactação – GC

GC é definido como a relação percentual entre a massa específica


aparente seca (Ds), geralmente chamada de “densidade aparente seca”, e a massa
específica aparente seca máxima Ds,máx (ou “densidade aparente seca máxima”).
Ds
GC  x 100 , onde:
Ds, máx
Ds – obtida “in situ” (DNER-ME 92/94, frasco de areia – speedy ou
álcool, o adotado em 6.2.2), e
Ds,máx – obtida como em 6.2.2 (para o segmento uniforme a
compactar).

A frequência para a verificação do grau de compactação é a cada no


máximo 100m de pista, na ordem: bordo direito – eixo – bordo esquerdo – bordo
direito, etc., a 0,40m do bordo da plataforma de base, determina-se a Ds “in situ”
e considerando-se a Ds,máx correspondente (a pertencente ao segmento uniforme a
executar ao qual se faz a determinação de Ds “in situ”) determina-se o GC. No caso
de mistura na pista o ensaio de Ds “in situ” deve ser realizado exatamente no local de
onde se retirou a amostra para Ds, máx.

Para que certa extensão de base granular seja considerada “aprovada”


(AP) é necessário que em todos os seus n pontos ensaiados tenha-se GC ≥ 100%.
Em caso contrário a extensão de base granular é considerada não aprovada (NAP),
não sendo liberada a execução da camada sobrejacente. Nesse caso, o engenheiro
fiscal mandará repetir os ensaios e, continuando a desaprovação dever-se-á
escarificar e recompactar a extensão de influência de cada ponto considerado
deficiente, todos os ônus por conta da construtora.

Após a obtenção de cada n = 9 resultados, calcular-se-á o desvio padrão

s   (Xi - X) 2 / n - 1 , considerando-se a compactação homogênea se s ≤ 1,6.

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PAG. 19/25
Se após quatro conjuntos de n = 9 resultados, consecutivos ou
acumulados, a inequação acima não for satisfeita, o engenheiro fiscal paralisará o
serviço de compactação e procederá a um minucioso exame dos equipamentos e da
técnica de execução empregada, tomando então as medidas julgadas cabíveis.

6.2.5 Controle da granulometria (GR), do limite de liquidez (LL) e do índice de


plasticidade (IP = LL – LP) dos materiais na pista para aprovação da execução da
camada.

A cada 300m de pista serão coletadas amostras de materiais, antes da


compactação e após a homogeneização, para os ensaios de granulometria e
plasticidade de solos.

A condição para aprovação da camada de base granular é que a


granulometria se enquadre na faixa especificada no projeto e atenda as seguintes
inequações de plasticidade:
 LLmax  40% (laterítico);
 IPmax  15% (laterítico);
 LLmax  25% (não laterítico);
 IPmax  6% (não laterítico);
 EAmin  30% (não laterítico, caso o LL e ou o IP ultrapassem os
limites máximos).

O controle estatístico para intervalos homogêneos de materiais será feito


pelas seguintes fórmulas:
X max  X  Ks

Xmin  X - Ks
Σ Xi 2
sendo: X  e s  (Xi - X) / n - 1
n
K – Dado pela tabela 2 da SOP-ES-CE 01/19 em função do número de
amostras.

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PAG. 20/25
Os materiais da base granular que não atenderem as exigências
especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados, devendo serem
substituídos.

Para base granular de brita graduada exige-se apenas o controle da


granulometria.

6.2.6 Controle do índice suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)


dos materiais na pista para aprovação da execução da camada.

Aproximadamente nos mesmos pontos (a cada 300m) onde foram


coletadas as amostras para o controle da GR, LL e IP serão coletadas amostras na
pista (inclusive de mistura em usina), imediatamente antes da compactação e após a
verificação e aprovação da umidade de compactação, acondicionadas em sacos
plásticos para manter o teor de umidade, e levadas para a confecção do corpo de
prova e realização dos ensaios de CBR e expansão, na energia especificada pelo
projeto, ou conforme o item 6.2.2.

A condição para aprovação da camada de base granular é que sejam


atendidas as seguintes inequações.

CBRmin  40% (p/Acessos com N  5 x 105)


 60% (p/ N  5 x 106)
 80% (p/ N  5 x 106)
Expansão max  0,2 % (Laterítico)
 0,5 % (Não laterítico)
Os materiais de base granular que não atenderem as exigências
especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados, devendo serem
substituídos.

6.2.7 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

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PAG. 21/25
O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será
realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em


função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

 Fator de correção sazonal (Fs):


SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sencível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão Característica: Dc = (D  s) x Fs

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PAG. 22/25
A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível
acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição das
cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.2.8 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes ao desempenho dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

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PAG. 23/25
Para cada jazida ou tipo de material deverão ser calculados
estatisticamente todas as características obtidas nos ensaios, de modo a se poder
compará-las com as do projeto.

O registro do controle tecnológico é muito importante para o


gerenciamento do pavimento.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de cotas

Após a execução da camada de base granular, proceder-se-á a


relocação e o nivelamento do eixo, dos bordos da pista de rolamento e dos bordos da
plataforma (cinco pontos por estaca) para a determinação das cotas de execução que
deverão ser comparadas com as cotas do projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle de


cotas da base granular será feito nos bordos de cada faixa de tráfego.

Não será tolerado nenhum valor individual de cota fora do intervalo (C –


2,0) cm e (C + 2,0) cm, sendo C a cota do projeto para o ponto considerado. O serviço
“não aprovado” (NAP) será refeito.

No caso do revestimento ser um tratamento superficial, exige-se uma


base mais bem “acabada” geometricamente, passando a tolerância de cotas por ponto
individual para (C – 1,5) cm e (C + 1,5) cm.

Se a base granular não atender quanto ao controle de cotas, ela deverá


ser refeita.

7.2 Controle de espessura

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PAG. 24/25
A espessura da camada de base será controlada no eixo e nos bordos
da pista de rolamento, por comparação entre as cotas dos pontos correspondentes,
nivelados na camada subjacente e as da base recém executada. Serão admitidas as
seguintes tolerâncias:

a) Para o valor individual de espessura: o intervalo (h – 2) cm a (h + 4)


cm, sendo h = espessura do projeto.

b) Para a espessura mínima estatística do segmento a ser controlado:


hmin ≥ (h – 1,0) cm, calculando-se hmin pela seguinte fórmula:

hmin = X - Ks
onde:
 Xi
X e s   (Xi - X) 2 / n - 1
n
Xi = valor individual da espessura e n = número de valores.
K dado em função do número de amostras pela tabela 2 SOP-ES-CE 01/19, a seguir:
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante

Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do intervalo


especificado e de espessura mínima estatística inferior a espessura do projeto em
mais de um centímetro. O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

7.3 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20m) será determinada:

a) A largura da plataforma, com trena,


b) A flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

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PAG. 25/25

O “serviço será aprovado” - (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias “não forem ultrapassados”:
 ± 10 cm quanto à largura
 Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta.
O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

8 MEDIÇÃO

A base granular será medida pelo volume (V) da camada concluída, em


metros cúbicos, calculado pela seção do projeto.
V = área da seção do projeto x extensão executada

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


base granular executado, medido conforme o item anterior, estando nele incluído
todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos,
veículos, ferramentas, mão de obra, encargos, transportes, impostos, eventuais, bem
como a indenização de materiais e lucro.

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BASE GRANULAR MELHORADA


COM CIMENTO SOP-ES-P 05/19
PAG. 01/22
1 DEFINIÇÃO

Base granular melhorada com cimento (BGMC) – É a camada do


pavimento asfáltico situada imediatamente abaixo da camada de revestimento,
constituída de uma mistura íntima de solos, cimento e água que mantendo seu caráter
eminentemente granular a despeito do cimento, adquire a necessária estabilidade
para cumprir suas funções apenas devido a uma conveniente compactação. A ação
do cimento objetivando apenas a diminuição de LL e IP e o aumento de CBR.

2 MATERIAIS

2.1 Cimento Portland

Poderão ser usados o cimento Portland comum ou o cimento Portland


de alto forno que deverão obedecer respectivamente às exigências da NBR 16.697
(Cimento Portland – Requisitos) no que concerne a: recepção, embalagem e
armazenamento.

2.2 Água

Deverá ser isenta de teores nocivos de: sais, ácidos, álcalis, matéria
orgânica e outras substâncias nocivas.

2.3 Solo

O solo, ou mistura de solos, para emprego em BGMC não devem ser de


comportamento laterítico, conforme está definido em SOP-ES-P 03/19 ou 04/19, e
devem apresentar:
 Granulometria enquadrada numa das seguintes faixas
granulométricas (DNER-ME 80/94) – (% passando em peso)

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BASE GRANULAR MELHORADA


COM CIMENTO SOP-ES-P 05/19
PAG. 02/22
ASTM mm A B C D E* F*
ABNT
2” 50,8 100 100 - - - -
1” 25,4 - 75 – 90 100 100 100 100
3/8” 9,52 30 – 60 40 – 75 50 – 85 60 – 100 - -
Nº 4 4,76 25 – 55 30 – 60 35 – 65 50 – 85 55 – 100 70 – 100
Nº 10 2,00 15 – 40 20 – 45 25 – 50 40 – 70 40 – 100 55 – 100
Nº 40 0,42 8 – 20 15 – 30 15 – 30 25 – 45 20 – 50 30 – 70
Nº 200** 0,074 2–8 5 – 15 5 – 15 5 – 20 6 – 20 8 – 25
* Excepcionalmente para N < 5 X 105 (número de repetições do eixo simples
padrão), sem predominância de veículos comerciais.
** % pass. Pen. nº 200 ≤ 2/3 (% pass. Nº 40).

Admite-se para a granulometria do solo sem o cimento as seguintes


tolerâncias sobre os limites das faixas: na peneira n° 10 o alargamento da faixa em
3 pontos percentuais para mais e para menos; nas peneiras n° 40 e n° 200, o
alargamento de 2 pontos percentuais para o máximo passando.

 Abrasão Los Angeles (DNER-ME 35/98) do material retido na peneira


nº 10 ≤ 55%, admitindo-se valores maiores, no caso de, em utilização
anterior, terem apresentado desempenho satisfatório, devendo
também o material graúdo não ter partículas moles nem impurezas
nocivas e o material miúdo (passando na peneira nº 10) não conter
matéria orgânica ou outras impurezas.
 LL ≤ 40% (DNER-ME 122/94)
 IP = LL – LP (DNER-ME 82/94) ≤ 18%

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BASE GRANULAR MELHORADA


COM CIMENTO SOP-ES-P 05/19
PAG. 03/22
2.4 Mistura com o cimento

A mistura com o cimento deve satisfazer as seguintes condições, quando


ensaiada após um período de “cura” em estado solto de pelo menos 72 horas
(permitindo a “troca de cátions” e a “floculação” sem “aglomeração”).
 Granulometria (DNER-ME 80/94) também se enquadrando numa das
faixas do item 2.3, com as mesmas restrições.
 LL ≤ 25% (DNER-ME 122/94)
 IP = LL – LP (DNER-ME 82/94) ≤ 6%
 CBR (DNIT 172/2016-ME) na energia de compactação referente a 26,
39 ou 55 golpes conforme indicado no projeto.
≥ 80 % (para N ≥ 5 x 106)
≥ 60 % (para N < 5 x 106)
 40% (em acessos com N  5 x 105)
 Expansão no CBR ≤ 0,5 % (para quaisquer energia e número N).

3 EQUIPAMENTOS

a) Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

b) A usina de solos (ou “central de mistura”) deverá ser constituída


essencialmente do seguinte:

 Silos para os diversos componentes, inclusive o cimento, providos de


bocas de descarga equipadas com dispositivo que permita graduar o escoamento;
 Transportadores de esteiras – que transportem os componentes da
mistura, já nas devidas proporções, até a unidade misturadora;

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 Unidade misturadora – tipo “pug-mill”, constituído usualmente de uma
caixa metálica tendo no seu interior, como elementos misturadores, dois eixos que
rodam em sentido contrário, providos de uma chapa em espiral ou de pequenas
chapas fixadas em hastes, e que, devido ao seu movimento, forçam a mistura íntima
dos materiais, ao mesmo tempo em que os fazem avançar até a saída da unidade;

Reservatório de água e canalização – que permitam armazenar e


espargir a água sobre o solo durante o processo de mistura;

 Unidade de carregamento – constituída de um silo abastecido por


“transportadores de correia” ou “elevadores de canecas”, e colocado de modo que o
caminhão transportador possa receber a mistura por gravidade.

Em suma, a usina de solos deve ser capaz de produzir uma mistura


homogênea de solos e cimento, no teor de umidade requerido, e de depositá-la sem
segregação no caminhão transportador. Deve-se exigir uma capacidade de produção
horária entre 150 e 500 toneladas.

c) O distribuidor de solos deve ser capaz de receber a mistura dos


caminhões basculantes e espalhá-la na pista, sem segregação e numa espessura
constante tal que, após a compactação, se situe entre 0,10 e 0,22m.

d) A motoniveladora deve ser suficientemente potente para destorroar,


misturar e homogeneizar massas, cuja espessura após a compactação possa atingir
pelo menos 0,22m, e de conformar a superfície acabada dentro das exigências da
especificação.

e) A grade de discos, rebocada por um conveniente trator de pneus deve


ser capaz de complementar os trabalhos de “destorroamento”, “mistura” e
“homogeneização do teor de água” iniciados pela motoniveladora. Poderão ser
usados dispositivos tipo “pulvimixer”.

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f) Os caminhões distribuidores d’água deverão ter capacidade suficiente
para evitar o transtorno ocasionado por um número excessivo de unidades. Em
qualquer hipótese não será aceito uma unidade com capacidade menor que 4.000
litros.

g) Deverão ser usados os seguintes tipos de rolos compactadores:


 Rolo liso vibratório – autopropulsor, com controle de frequência de
vibração, recomendado para misturas de IP ≤ 3% e para brita graduada;
 Rolo pé-de-carneiro vibratório (pata curta) – autopropulsor, com
controle de frequência de vibração, recomendado para misturas com IP > 3%;

E outros tipos aprovados pela fiscalização. O rolo pneumático é muito


usado no “acabamento”.

4 EXECUÇÃO

A porcentagem do cimento em relação ao peso seco do solo é o indicado


em projeto, não devendo ser inferior a 2% (problemas de homogeneização) e nem
superior a 5% (evitar a “aglomeração”).

Só será permitida a mistura em usina de solos (ou central de misturas)


dotada de silo especial para a dosagem do cimento (silo dosador).
A execução de uma BGMC envolve basicamente as seguintes
operações:
 Mistura em usina de solos
 Transporte da mistura da usina para ser enleirada na pista ou em uma
praça para isso preparada (o mais possível próximo à usina), a fim de
uma “cura solta” de cerca de três dias.
 Espalhamento e homogeneização de umidade
 Compactação
 Acabamento

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PAG. 06/22
 Liberação ao tráfego

Considera-se aqui dois modos de execução: o primeiro com uma


usinagem e segundo com duas usinagens, sendo o primeiro o caso normal e o
segundo o caso especial quando, por qualquer motivo, se deseja uma execução muito
aprimorada (por exemplo, para N ≥ 107).

4.1 Execução com uma usinagem

4.1.1 Mistura em usina de solos

É conveniente que o teor de umidade h esteja de 2 a 4 pontos


percentuais acima do limite superior da faixa de hc para fazer face ao período de “cura
solta”, faixa que deve ser definida no projeto ou como no item 6.2.2 (faixa de hc: hot –
x a hot + y).

A mistura deve sair da usina com altos níveis de pulverização e de


homogeneidade.

4.1.2 Transporte e “cura solta”

A mistura é transportada, em adequados caminhões basculantes, da


usina para ser enleirada na pista onde deve curar por cerca de três dias. Deve-se
evitar durante a cura o espalhamento na pista, pois o tráfego de veículos
(principalmente do equipamento pesado de construção) pode provocar um indesejável
efeito de aglomeração. Se o enleiramento na pista for condenado pela segurança, a
mistura deve ser enleirada numa praça para isso especialmente preparada.

4.1.3 Espalhamento e homogeneização da umidade

A mistura em usina quando enleirada na pista, ou transportada da praça


para a pista, deve preferencialmente ser espalhada com distribuidor de solos.

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No caso de espalhamento com motoniveladora na faixa de “teor de
umidade para compactação”. Deve-se então, dispor de carro tanque distribuidor de
água, grade de discos e motoniveladora, para, caso seja necessário, proceder ao
umedecimento (ou aeração) e homogeneização.

O espalhamento deve ser feito de modo a conduzir a uma camada de


espessura constante, com espessura compactada no máximo de 0,22m e no mínimo
de 0,10m.

4.1.4 Compactação

A compactação deve ser executada com rolo liso vibratório


autopropulsor isoladamente ou em combinação com rolo vibratório pé-de-carneiro
autopropulsor (pata curta). No acabamento deve também ser utilizado o rolo
pneumático.

Deverá ser elaborada para a mistura uma relação na pista entre o


número de coberturas do rolo versus grau de compactação – GC para se determinar
o número necessário de “coberturas” (passadas num mesmo ponto) para atingir o GC
especificado.

4.1.5 Acabamento

A operação de acabamento será executada com motoniveladora e rolos


compactadores, que darão a conformação geométrica longitudinal e transversal da
plataforma, de acordo com o projeto. Só será permitida a conformação geométrica por
corte.

4.1.6 Liberação ao tráfego

Após a verificação e aceitação do intervalo trabalhado, o mesmo poderá


ser entregue ao tráfego usuário.

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O intervalo de tempo que uma base granular melhorada com cimento
pode ficar exposta ao tráfego usuário é função de várias variáveis, tais como:

 Umidade do material, que pode ser mantida através de molhagem


com carros tanques;
 Coesão do material;
 Intensidade do tráfego.

É vantajoso a BGMC ficar o maior tempo possível exposta ao tráfego


usuário pois aumenta o seu GC e dá oportunidade ao aparecimento e correções de
defeitos.

4.2 Execução com duas usinagens

4.2.1 Mistura em usina de solos, transportes e “cura solta”

A primeira usinagem é feita exatamente como em 4.1.1, porém, com o


teor de umidade h apenas com um ponto percentual acima do limite superior da faixa
de hc. A mistura é então transportada em adequados caminhões basculantes, para
uma praça especialmente preparada e situada o mais próximo possível da usina, onde
deve ser enleirada para uma cura solta de três dias. Após os três dias transporta-se a
mistura para a usina para se proceder a segunda usinagem, quando deve obter uma
umidade homogênea h no limite superior da faixa de umidade especificada no projeto
ou como em 6.2.2.

Transporta-se, então, a mistura da usina para a pista, tendo-se o cuidado


de protegê-la contra sensíveis mudanças de umidade.

4.2.2 Espalhamento

A mistura transportada para a pista é descarregada no distribuidor de


solos (aqui obrigatório) e espalhado de modo a conduzir a uma camada de
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espessura constante, com espessura compactada no máximo de 0,22m e no mínimo
de 0,10m.

4.2.3 Compactação, acabamento e liberação ao tráfego

Exatamente como em: 4.1.4, 4.1.5 e 4.1.6.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados a serem observados visando a proteção do meio ambiente,


no decorrer das operações destinadas a execução da camada de base granular
melhorada com cimento são:

5.1 Na exploração de jazidas:

5.1.1 O desmatamento, destocamento e limpeza serão feitos dentro dos


limites da área a ser escavada e o material retirado deverá ser estocado de forma que,
após a exploração da jazida, o solo orgânico possa ser espalhado na área escavada
para reintegrá-la à paisagem;

5.1.2 Não é permitida a queima da vegetação removida;

5.1.3 Deve ser evitada a localização de jazidas em áreas de boa aptidão


agrícola, bem como é proibido em reservas florestais, ecológicas ou de preservação
cultural, ou mesmo nas proximidades quando houver perigo de danos a estas áreas;

5.1.4 As áreas das jazidas, após a escavação, deverão ser recuperadas com
abrandamento de taludes, regularização da área favorecendo a drenagem, de modo
a reincorporá-las ao relevo natural. Esta operação deve ser executada antes do
espalhamento do solo orgânico conforme já descrito. Deverão seguir as
recomendações preconizadas na SOP-ES-T-05/19 - Empréstimos e DER-ISA-05/96

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– Orientações ambientais para instalação e operação de jazidas e caixas de
empréstimos.

5.1.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da SOP-ES-


T 02/19 (Caminhos de serviço).

5.2 Na execução

5.2.1 Os cuidados para proteção ambiental se referem à disciplina do tráfego


e do estacionamento dos equipamentos;

5.2.2 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do


corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação.

5.2.3 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção


dos equipamentos devem ser localizadas de forma que resíduos de lubrificantes e/ou
de combustíveis, sejam levados até os cursos d’água.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

A condição essencial é que os materiais empregados na base


granularem melhorada com cimento tenham características satisfazendo a esta
especificação e às especificações complementares e particulares adotadas pelo
projeto.

O controle de materiais pode ser necessário antes da execução da


camada de base granular melhorada com cimento para recebimento do cimento e
para a identificação e conferência das características geotécnicas dos materiais
naturais, da mistura do solo com o cimento e, para esta última, de forma obrigatória,

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será feito durante a execução da camada na pista para efeito de aceitação ou rejeição
do serviço.

6.1.1 Controle do cimento Portland

O cimento Portland pode ser adquirido em sacos ou a granel. no primeiro


caso o fiscal de usina fará um exame visual em todos os sacos que chegarem ao
canteiro da obra, armazenando-os em lugar abrigado, sobre um piso de madeira, em
pilhas de no máximo 10 sacos. No caso a granel o cimento será transportado em
caminhões especiais dotados de equipamento para carga e descarga, sendo
armazenado junto à usina em silos especiais que possam alimentar o silo dosador da
usina através de tubulação hermética.

Em qualquer dos casos, havendo suspeição sobre a qualidade do


cimento, serão colhidas amostras para ensaios de cimento em laboratórios
especializados. Os resultados das observações do fiscal de usina e dos ensaios de
laboratório serão comparados com a NBR 16.697/18 (Cimento Portland – Requisitos).

6.1.2 Controle da água

O controle da água será visual; somente em casos muito especiais o


fiscal de usina solicitará exames de laboratório.

6.1.3 Controle da abrasão Los Angeles (DNER-ME 35/98)

Esse controle será feito por jazida de solo no início da respectiva


exploração. Serão colhidas três amostras aleatórias e submetidas ao ensaio de
abrasão Los Angeles. se pelo menos duas das amostras satisfizerem a inequação LA
≤ 65% o material está aprovado. Em caso contrário, ampliam-se os ensaios para n >

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5 amostras devendo a média aritmética ≤ 65% e persistindo a desobediência a
inequação acima, a jazida não poderá ser utilizada.

6.1.4 Controle da granulometria (GR), do limite de liquidez (LL) e do índice de


plasticidade do solo ou mistura de solos sem cimento e com cimento e controle do
CBR e da expansão do solo ou mistura de solos com cimento.

A confirmação dos parâmetros geotécnicos do projeto é feita com


amostras de solos ou mistura de solos, com e sem cimento, coletadas na esteira da
usina misturadora, já calibrada para as proporções do projeto.

Para as amostras sem cimento a condição de aprovação é o


atendimento aos seguintes parâmetros geotécnicos:
 LL  40%
 IP  18%
 GR enquadrada nas faixas especificadas, admitindo-se para o solo
sem cimento o alargamento das faixas estabelecido no item 2.3.

Caso o solo ou mistura de solos sem cimento não atenda os parâmetros


geotécnicos especificados, a construtora interromperá a exploração da(s) jazida(s) e
o funcionamento da usina de solos e fará um estudo minucioso da(s) jazida(s)
devendo, se for o caso, isolar áreas inservíveis da(s) jazida(s) ou reduzir a
profundidade de escavação.

O estudo envolverá também as proporções de mistura de solos, se


houver. O resultado final do estudo poderá indicar nova forma de exploração da(s)
jazida(s) ou a sua substituição por outra.

Para as amostras com cimento a condição de aprovação é o


atendimento aos seguintes parâmetros geotécnicos:
 LL  25%;
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 IP  6%;
 EAmin  30% (caso o LL e/ou o IP ultrapassar os limites máximos);
 GR enquadrada nas faixas especificadas, sem tolerâncias;
 CBR na energia de projeto, com os seguintes valores mínimos:
CBRmin  40%, para acessos com N  5 x 105;
CBRmin  60%, para N  5 x 106;
CBRmin  80%, para N  5 x 106;
 Expansão máx.  0,5%, para qualquer energia de compactação.

Os materiais de base granular melhorada com cimento que não


atenderem as exigências especificadas para LL, IP (ou EA), GR, CBR e expansão
serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados, mesmo se já estiverem
estocados no pátio da usina.

6.2 Controle de execução

A condição essencial para garantir uma boa execução é que os materiais


atendam às exigências do projeto e que o grau de compactação – GC atinja o mínimo
especificado.

É através do controle de execução que se fará a aceitação ou rejeição


da camada de base granular melhorada com cimento, devendo os ensaios serem
realizados com amostras coletadas na pista.

6.2.1 Exploração de jazidas de solos

As jazidas de solos, inclusive areais, serão exploradas observando-se a


orientação do projeto. Como o estudo geotécnico de jazidas traz consigo uma
imprecisão inerente quanto aos limites do veio de materiais de boa qualidade, cabe
ao construtor os cuidados na exploração para não ultrapassar esses limites.
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A fiscalização deverá fazer inspeções nas ocorrências de materiais, durante a
sua exploração, verificando o desmatamento, a remoção da camada superficial de
material orgânico, os limites da área estudada, a profundidade de escavação do
material de boa qualidade, etc.

6.2.2 Determinação da faixa de umidade de compactação e da densidade


máxima considerada padrão

O projeto da base granular melhorada com cimento deve definir as


seguintes características:

d) A energia de compactação (número de golpes) – En;


e) A faixa de umidade de compactação (hot – x) % a (hot + y) %;
f) A massa específica aparente seca máxima (Ds,máx).

No controle tecnológico da execução mantem-se a energia de


compactação do projeto mas, para maior precisão, através de ensaios de
compactação (DNIT 164/2013 – ME), determinam-se novas faixas de umidade de
compactação e novas densidades máximas padrão, com amostras de materiais da
base melhorada com cimento coletadas na pista, não devendo a determinação da
umidade ótima e densidade de referência ser espaçada em mais de 600 metros de
pista.
A energia de compactação (número de golpes/camada) só poderá ser
modificada com a aquiescência do projetista. A energia de compactação da base
granular, capaz de vencer o atrito interno do material e de se obter a máxima
densificação, é fundamental para a garantia da resistência à deformação, ao
cisalhamento e à ocorrência de deflexões elásticas elevadas na fase de consolidação
do pavimento pelo próprio tráfego.

A faixa de umidade para compactação, quando não definida em projeto,


deverá ser de (hot – 2%) a (hot + 0,5%).

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6.2.3 Controle na pista da umidade de compactação (hc)

Serão feitas n determinações aleatórias de hc imediatamente antes da


compactação de um intervalo em execução, ao qual corresponde uma faixa de
umidade de compactação (hot - x) % a (hot + y) % definida no projeto ou no item 6.2.2
anterior.
As determinações de hc na pista são feitas com speedy ou álcool. Caso
a determinação do projeto para a umidade de compactação tiver sido feita em estufa,
deve-se fazer a correlação com a umidade determinada com o speedy ou com álcool.

Só será permitida a compactação do segmento se todos os hc estiverem


no intervalo especificado.

6.2.4 Controle do grau de compactação – GC

GC é definido como a relação percentual entre a massa específica


aparente seca (Ds), geralmente chamada de densidade aparente seca, e a massa
específica aparente seca máxima Ds,máx (ou densidade aparente seca máxima).

Ds
GC  x 100 , onde:
Ds, máx

Ds – obtida “in situ” (DNER-ME 92/94, frasco de areia – speedy ou


álcool, o adotado em 6.2.2) e,

Ds,máx – obtida como em 6.2.2 (para o segmento uniforme a


compactar).

A frequência para verificação do grau de compactação é a cada no


máximo 100m de pista, na ordem: bordo direito – eixo – bordo esquerdo – bordo
direito, etc., a 0,40m do bordo da plataforma de base determina-se a Ds “in situ” e
considerando-se a Ds,máx correspondente (a pertencente ao segmento uniforme a
executar ao qual se faz a determinação de Ds “in situ”) determina-se o GC.

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Para que certa extensão de base granular melhorada com cimento seja
considerada “aprovada” (ap) é necessário que em todos os seus n pontos ensaiados
tenha-se GC ≥ 100%. Em caso contrário a extensão de base BGMC é considerada
não aprovada (NAP), não sendo liberada a execução da camada sobrejacente. Nesse
caso, o engenheiro fiscal mandará repetir os ensaios e, continuando a desaprovação
dever-se-á escarificar e recompactar a extensão de influência de cada ponto
considerado deficiente, todos os ônus por conta da construtora.

Após a obtenção de cada N = 9 resultados, calcular-se-á o desvio padrão

s   (Xi - X) 2 / n - 1 , considerando-se a compactação homogênea se s ≤ 1,6.


Se após quatro conjuntos de n = 9 resultados, consecutivos ou acumulados, a
inequação acima não for satisfeita, o engenheiro fiscal paralisará o serviço de
compactação e procederá a um minucioso exame dos equipamentos e da técnica de
execução empregadas, tomando então as medidas julgadas cabíveis.

6.2.5 Controle da granulometria (GR), do limite de liquidez (LL) e do índice de


plasticidade (IP = LL – LP) dos materiais na pista, para aprovação da execução da
camada de BGMC.

A cada 300m de pista serão coletadas amostras de materiais, antes da


compactação, para os ensaios de granulometria e plasticidade da base.

A condição para aprovação da camada de BGMC é que a granulometria


se enquadre na faixa especificada no projeto e atenda as seguintes inequações de
plasticidade:

 LLmax  25%
 IPmax  6%
 EAmin  30% (caso o LL e ou IP ultrapassem os limites máximos)

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O controle estatístico para intervalos homogêneos de materiais será feito


pelas seguintes fórmulas:
X max  X  Ks
X min  X - Ks

Σ Xi 2
sendo: X  e s  (Xi - X) / n - 1
n
K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-CE 01/19 em função do número de
amostras.

Os materiais da base granular melhorada com cimento que não


atenderem as exigências especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e
rejeitados, devendo serem substituídos.

6.2.6 Controle do índice suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)


dos materiais na pista para aprovação da camada

Aproximadamente nos mesmos pontos (a cada 300m) onde foram


coletadas as amostras para o controle da GR, LL e IP serão coletadas amostras na
pista, imediatamente antes da compactação já com a umidade de compactação
homogeneizada, acondicionando-se as amostras m sacos plásticos para manter o
teor de umidade e levadas para a moldagem do corpo de prova e realização dos
ensaios de CBR e expansão, na energia especificada pelo projeto.

A condição para aprovação da camada de BGMC é que sejam atendidas


as seguintes inequações:
CBRmin  40%, (p/ Acessos com N  5 x 105);
 60%, (para N  5 x 106);
 80%, (para N  5 x 106);
Expansão máx.  0,5%, (para qualquer N)

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Os materiais de base granular melhorada com cimento que não
atenderem as exigências especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e
rejeitados, devendo serem substituídos.

6.2.7 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo Método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em


função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

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 Fator de correção sazonal (Fs):
SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/Permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sencível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura (R) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio (R) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição das
cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

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7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de cotas

Após a execução da camada de base granular melhorada com cimento,


proceder-se-á a relocação e o nivelamento do eixo, dos bordos da pista de rolamento
e dos bordos da plataforma (cinco pontos por estaca) para a determinação das cotas
de execução que deverão ser comparadas com as cotas do projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle de


cotas da base granular melhorada com cimento será feito nos bordos de cada faixa
de tráfego.

Não será tolerado nenhum valor individual de cota fora do intervalo (C –


2,0) cm e (C + 2,0) cm, sendo C a cota do projeto para o ponto considerado. O serviço
“não aprovado” (NAP) será refeito.

No caso do revestimento ser um tratamento superficial, exige-se uma


base mais bem “acabada” geometricamente, passando a tolerância de cotas por ponto
individual para (C – 1,5) cm e (C + 1,5) cm.

Se a base granular melhorada com cimento não atender ao controle de


cotas, ela deverá ser refeita.

7.2 Controle de espessura

A espessura da camada de base granular melhorada com cimento será


controlada no eixo e nos bordos da pista de rolamento, por comparação entre as cotas
dos pontos correspondentes, nivelados na camada subjacente e as da base recém
executada.

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PAG. 21/22
Serão admitidas as seguintes tolerâncias:
a) Para o valor individual de espessura: o intervalo (h – 2) cm a (h + 4)
cm, sendo h = espessura do projeto.
b) Para a espessura mínima estatística do segmento a ser controlado:
hmin ≥ (h – 1,0) cm, calculando-se hmin pela seguinte fórmula:
hmin = X - Ks :
 Xi
sendo: X  e s   (Xi - X) 2 / n - 1
n
Xi = valor individual da espessura e n = número de valores (n ≥ 5).
K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-CE 01/19, em função do número de
amostras, a seguir.
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante

Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do intervalo


especificado e de espessura mínima estatística inferior à espessura do projeto em
mais de um centímetro. O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

7.3 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20m) será determinada:


c) A largura da plataforma, com trena,
d) A flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

O “serviço será aprovado” - (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias “não forem ultrapassados”:
 ± 10cm quanto a largura

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BASE GRANULAR MELHORADA


COM CIMENTO SOP-ES-P 05/19
PAG. 22/22

 Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se tolerando


falta.
O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

8 MEDIÇÃO

A base granular melhorada com cimento será medida pelo volume (V)
da camada concluída, em metros cúbicos, calculado pela seção do projeto.
V = Área da seção do projeto x extensão executada

Deverá ser especificado explicitamente no projeto se a execução será


efetivada com uma ou duas usinagens.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço contratual para o volume de base


granular melhorada com cimento executado, medido conforme o item anterior,
estando nele incluído todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de
equipamentos, veículos, ferramentas, praça de estocagem de material, mão de obra,
encargos, transportes, impostos, eventuais, bem como a indenização de materiais e
lucro.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 01/16
1 DEFINIÇÃO

Acostamento granular (base) (AG) – É a camada granular adjacente à


base de um pavimento que tem as seguintes finalidades principais:
 propiciar com segurança um local de parada dos veículos, sem
interromper o fluxo da via;
 permitir o retorno à pista de rolamento de um veículo em início de
desgoverno do seu trajeto.
 confinar o pavimento da pista de rolamento, proporcionando-lhe
maior vida de serviço.

Esta especificação se destina à construção de acostamentos em


rodovias onde os mesmos ainda não existem ou têm largura inferior a 1,00m, ou ainda
em pavimentação de rodovia onde, por motivo de economia, se deseje construir a
base dos acostamentos a um custo inferior ao da base da pista de rolamento, neste
caso em construção simultânea.

Para permitir a construção mecanizada a largura mínima da base do


acostamento, medida entre o bordo da pista e o bordo externo da base, é de 2,40m,
incluído 0,50m para a drenagem.

2 MATERIAIS

Deve-se evitar materiais dos acostamentos mais impermeáveis que os


materiais da base da pista de rolamento.

Os materiais dos acostamentos devem satisfazer as seguintes


condições:
 % passando na peneira N° 200 (DNER-ME 80/94):
 25% (não laterítico);
 40% (laterítico).
 Limite de liquidez (LL):
 25% (não laterítico);

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 02/16
 40% (laterítico).
 Índice de plasticidade (IP = LL – LP):
 6% (não laterítico);
 15% (laterítico).
 CBR (com energia de 26 ou 39 ou 55 golpes, a indicada no projeto):
 40% (não laterítico e laterítico).
 Expansão (no CBR):
 0,5% (não laterítico);
 0,2% (laterítico).

3 EQUIPAMENTO

Igual ao da especificação SOP-ES-P 03/19 (sub-base granular).

4 EXECUÇÃO

Igual à da especificação SOP-ES-P 03/19 (sub-base granular), com as


seguintes observações:

A – Em construção simultânea com a base da pista:


 a execução da base do acostamento deve preceder a da base da
pista, deixando-se no bordo interno um pequeno excesso na largura para depois da
compactação cortá-lo em face vertical;
 na construção simultânea o espaço disponível permite a mistura na
pista de dois materiais para a base dos acostamentos.

B – Em rodovia já existente a construção dos acostamentos com mistura


de dois solos só é possível com a utilização de usina de solos. O alargamento de
aterros para execução de acostamentos deverá obedecer a SOP-ES-T 06/19.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 03/16
5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados a serem observados visando à proteção do meio ambiente,


no decorrer das operações destinadas a execução da camada acostamento granular
são:

5.1 Na exploração de jazidas:

5.1.1 O desmatamento, destocamento e limpeza serão feitos dentro dos


limites da área a ser escavada e o material retirado deverá ser estocado de forma que,
após a exploração da jazida, o solo orgânico possa ser espalhado na área escavada
para reintegrá-la à paisagem;

5.1.2 Não é permitida a queima da vegetação removida;

5.1.3 Deve ser evitada a localização de jazidas em áreas de boa aptidão


agrícola, bem como é proibido em reservas florestais, ecológicas ou de preservação
cultural, ou mesmo nas proximidades quando houver perigo de danos a estas áreas;

5.1.4 As áreas das jazidas, após a escavação, deverão ser recuperadas


com suavização dos taludes, após a escavação, de modo a reincorporá-las ao relevo
natural. Esta operação deve ser executada antes do espalhamento do solo orgânico
conforme já descrito. Deverão ser seguidas as recomendações preconizadas na DER-
ISA-05/96 (Orientações ambientais para instalação e operação de jazidas e caixas de
empréstimos).

5.1.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da SOP-


ES-T-02/19
.
5.2 - Na exploração de pedreiras:

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 04/16
5.2.1 O produto de britagem somente será aceito após a contratada
apresentar a licença ambiental de operação da pedreira à supervisão ambiental, que
arquivará cópia da licença junto ao livro de ocorrências da obra;

5.2.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em


área de preservação ambiental;

5.2.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a


minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e a possibilitar a recuperação
ambiental, após a retirada de todos os materiais e instalações de equipamentos;

5.2.4 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

5.2.5 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações do SOP-


ES-T 02/19 (Caminhos de serviço) e DERT-ISA- 02/96 (Orientações ambientais para
abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso);

5.2.6 Deverão ser construídas, junto às instalações de britagem, bacias


de sedimentação para retenção de pó de pedra eventualmente produzidos em
excesso ou por lavagem da brita, evitando seu carreamento para os cursos d’água;

5.2.7 Caso a brita seja adquirida de terceiros, exigir documentação


atestando o seu licenciamento ambiental das instalações, assim como da sua
operação, junto ao órgão ambiental competente.

5.3 Na execução

5.3.1 Os cuidados para proteção ambiental se referem à disciplina do


tráfego e do estacionamento dos equipamentos;

5.3.2 Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora


do corpo estradal, para evitar danos desnecessários à vegetação.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 05/16
5.3.3 As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de
manutenção dos equipamentos devem ser localizadas de forma que resíduos de
lubrificantes e/ou de combustíveis, não sejam levados até os cursos d’água.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

A condição essencial é que os materiais do acostamento granular (base)


tenham características geotécnicas satisfazendo a esta especificação e às
especificações complementares e particulares estabelecidas pelo projeto.

O Controle de materiais pode ser necessário antes da execução da


camada de acostamento granular, para identificação e conferência das características
geotécnicas dos materiais e, de forma obrigatória, será feito durante a execução da
camada na pista, para efeito de aceitação ou rejeição do serviço.

6.1.1 Controle do comportamento laterítico do solo

Esse controle será feito por jazida de solo no início de sua exploração
através de inspeção visual. Em caso de dúvida sobre a natureza do comportamento
do solo serão colhidas n = 5 amostras em pontos estratégicos e, com cada uma delas,
moldado um cp CBR (PM – 55 golpes) para a determinação da expansão. Sendo Xi o
resultado de uma amostra, a média aritmética e s o desvio padrão, se:

Xmáx = X  1,55s  0,2%

Fica confirmado o comportamento laterítico. Em caso contrário, os


ensaios deverão ser repetidos ou ampliados e persistindo a desobediência à
inequação acima, o solo da jazida será considerado de comportamento não laterítico.

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PAG. 06/16
6.1.2 Controle da granulometria (GR), do limite de liquidez (LL) e do índice de
plasticidade (IP = LL – LP).

A prévia conferência desses parâmetros geotécnicos será feita com


materiais coletados nas jazidas, ou misturas de materiais nas proporções indicadas
no projeto.

Os materiais serão aprovados quanto a granulometria e plasticidade


quando atenderem:
 % passando na peneira N° 200:
 25% (não laterítico);
 40% (laterítico).
 LL:
 25% (não laterítico);
 40% (laterítico).
 IP:
 6% (não laterítico);
 15% (laterítico).

Os parâmetros de plasticidade serão calculados estatisticamente pelas


seguintes fórmulas (n  5):
Xmax  X  Ks

Xmin  X  Ks

Sendo  Xi e
s  (Xi - X)2 / n - 1
X
n
Os materiais do acostamento granular que não atenderem as exigências
especificadas para a plasticidade serão considerados não aprovados (NAP) e
rejeitados, devendo ser substituídos se já estiverem na pista.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 07/16
6.1.3 Controle do índice suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)

A prévia conferência do CBR e da expansão será feita preferencialmente


com materiais das mesmas amostras de conferência da granulometria, limite de
liquidez e índice de plasticidade.

Para a conferência do CBR e da expansão (Ensaio DNIT 172/2016-ME)


é necessário a realização do ensaio de compactação (DNIT-164/2013 – ME) com a
energia do método B (26 golpes/camada), 1,5 x método B (39 golpes/camada),
método C (55 golpes/camada) ou outra energia indicada no projeto.

Os parâmetros de suporte CBR/expansão serão calculados


estatisticamente pelas seguintes fórmulas.
 Para CBR: Xmax  X  Ks

Xmin  X  Ks
 Xi
Sendo: X 
n

S   (Xi - X) 2 /n - 1

Os materiais serão aceitos quando obedecerem às seguintes


inequações:

 Xmin (CBR)  40% (para qualquer energia).

 Xmax (expansão)  0,2% (laterítico)


 0,5% (não laterítico)

Os materiais de acostamento granular (base) que não atenderem as


exigências especificadas para o CBR e expansão serão considerados não aprovados
(NAP) e rejeitados, devendo ser substituídos se já estiverem na pista.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 08/16
6.2 Controle de execução

A condição essencial para garantir uma boa execução é que os materiais


atendam às exigências do projeto e que o grau de compactação – GC atinja o mínimo
especificado.

É através do controle de execução que se fará a aceitação ou rejeição


da camada de acostamento granular, devendo os ensaios serem realizados com
amostras coletadas na pista.

6.2.1 Controle da exploração de jazidas de solos

As jazidas de solos, inclusive areais, serão exploradas observando-se a


orientação do projeto. Como o estudo geotécnico de jazidas traz consigo uma
imprecisão inerente quanto aos limites do veio de materiais de boa qualidade, cabe
ao construtor os cuidados na exploração para não ultrapassar esses limites.

A fiscalização deverá fazer inspeções nas ocorrências de materiais,


durante a sua exploração, verificando o desmatamento, a remoção da camada
superficial de material orgânico, os limites da área estudada, a profundidade de
escavação do material de boa qualidade, etc.

6.2.2 Determinação da faixa de umidade de compactação e da


densidade máxima considerada padrão

O projeto da base granular deve definir as seguintes características:


g) A energia de compactação (número de golpes) – En;
h) A faixa de umidade de compactação (hot – x) % a (hot + y) %
i) A massa específica aparente seca máxima (Ds,máx).

No controle tecnológico da execução mantem-se a energia de


compactação do projeto, mas, para maior precisão, através de ensaios de
compactação (DNIT 164/2013 – ME), determinam-se novas faixas de umidade de
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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 09/16
compactação e novas densidades máximas padrão, com amostras de materiais da
base coletadas na pista, espaçamento em função da homogeneidade granulométrica
dos materiais, não devendo a determinação da umidade e densidade de referência
ser espaçada em mais de 900 metros de pista.

A energia de compactação (número de golpes/camada) só poderá ser


modificada com a aquiescência do projetista. A energia de compactação da base
granular, capaz de vencer o atrito interno do material e de se obter a máxima
densificação, é fundamental para a garantia da resistência à deformação e ao
cisalhamento.

Para acostamento granular (base) de solo-brita, utilizar a energia do


proctor modificado (55 golpes/camada) ou outra estabelecida no projeto.

Para acostamento granular (base) de solos, o mais usual são as


energias do proctor intermediário (26 golpes/camada) e a energia de 1,5 x proctor
intermediário (39 golpes/camada).

A faixa de umidade para compactação, quando não definida pelo projeto,


deverá ser de (hot – 2,0%) a (hot + 0,5%) para base de solo e base de solo-brita.

6.2.3 Controle do teor de umidade de compactação (hc)

Serão feitas n determinações aleatórias de hc imediatamente antes da


compactação de um segmento uniforme a compactar ao qual corresponde uma faixa
de umidade de compactação (hot – x)% a (hot +y)% definida no projeto ou como no
item 6.2.2. A frequência mínima da determinação da umidade de compactação é de 1
ensaio a cada 50m de extensão trabalhada.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 10/16
Determina-se hc com o mesmo método usado em 6.2.2 (speedy ou
álcool) e se hot for definido no projeto (em estufa) deve-se fazer a correlação com o
speedy ou com o álcool.

Só será permitida a compactação do segmento se todos os hc estiverem


no intervalo definido no projeto ou no item 6.2.2.

6.2.4 Controle do grau de compactação – GC

GC é definido como a relação percentual entre a massa específica


aparente seca (Ds), geralmente chamada de densidade aparente seca, e a massa
específica aparente seca máxima Ds,máx (ou densidade aparente seca máxima).
Ds
GC  x 100 , onde:
Ds, máx
Ds – obtida “in situ” (DNER-ME 92/94, frasco de areia – speedy ou
álcool, o adotado em 6.2.2), e

Ds,máx – obtida como em 6.2.2 (para o segmento uniforme a


compactar).

A frequência para a verificação do grau de compactação é a cada no


máximo 100m de acostamento, a 0,40m do bordo externo da plataforma de base,
determina-se a Ds “in situ” e considerando-se a Ds,máx correspondente (a
pertencente ao segmento uniforme a executar ao qual se faz a determinação de Ds
“in situ”) determina-se o GC. No caso de mistura na pista o ensaio de Ds “in situ” deve
ser realizado exatamente no local de onde se retirou a amostra para Ds,máx.

Para que certa extensão de acostamento granular seja considerada


“aprovada” (ap) é necessário que em todos os seus n pontos ensaiados tenha-se GC
≥ 100%. Em caso contrário a extensão de acostamento granular é considerada não
aprovada (NAP), não sendo liberada a execução da camada sobrejacente. Nesse
caso, o engenheiro fiscal mandará repetir os ensaios e, continuando a

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 11/16
desaprovação dever-se-á escarificar e recompactar a extensão de influência de cada
ponto considerado deficiente, todos os ônus por conta da construtora.

Após a obtenção de cada n = 9 resultados, calcular-se-á o desvio padrão

s   (Xi - X) 2 / n - 1 , considerando-se a compactação homogênea se s ≤ 1,6. Se

após quatro conjuntos de n = 9 resultados, consecutivos ou acumulados, a inequação


acima não for satisfeita, o engenheiro fiscal paralisará o serviço de compactação e
procederá a um minucioso exame dos equipamentos e da técnica de execução
empregadas, tomando então as medidas julgadas cabíveis.

6.2.5 Controles da granulometria (GR), do limite de liquidez (LL) e do índice


de plasticidade (IP = LL – LP) dos materiais na pista para aprovação da execução da
camada.

A cada 300m de pista serão coletadas amostras de materiais, antes da


compactação e após a homogeneização, para os ensaios de granulometria e
plasticidade de solos.

A condição para aprovação da camada de acostamento granular é que


a granulometria se enquadre na faixa especificada no projeto e atenda as seguintes
inequações de plasticidade:
 LLmax =  40% (laterítico);
 IPmax =  15% (laterítico);
 LLmax  25% (não laterítico);
 IPmax =  6% (não laterítico);
 EAmin  30% (não laterítico, caso o LL e ou o IP ultrapassem os
limites máximos).

O controle estatístico para intervalos homogêneos de materiais será feito


pelas seguintes fórmulas (n  9):

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 12/16
Xmax  X  Ks

Xmin  X  Ks
Σ Xi 2
sendo: X  e s  (Xi - X) / n - 1
n
K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-CE 01/19 em função do número de amostras

Os materiais do acostamento granular que não atenderem as exigências


especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados, devendo serem
substituídos.

6.2.6 Controle do índice suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)


dos materiais na pista para aprovação da execução da camada.

Aproximadamente nos mesmos pontos (a cada 300m) onde foram


coletadas as amostras para o controle da GR, LL e IP serão coletadas amostras na
pista (inclusive de mistura em usina), imediatamente antes da compactação e após a
verificação e aprovação da umidade de compactação, acondicionadas em sacos
plásticos para manter o teor de umidade, e levadas para a confecção do corpo de
prova e realização dos ensaios de CBR e expansão, na energia especificada pelo
projeto, ou conforme o item 6.2.2.

A condição para aprovação da camada de acostamento granular e que


sejam atendidas as seguintes inequações:

CBRmin  40% (não laterítico e laterítico)


Expansão max  0,5% (não laterítico)
 0,2% (laterítico)

Os materiais do acostamento granular (Base) que não atenderem as


exigências especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados,
devendo serem substituídos.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 13/16
6.2.7 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes ao desempenho dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pelo SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

Para cada jazida ou tipo de material deverão ser calculados


estatisticamente todas as características obtidas nos ensaios, de modo se poder
compará-las com as do projeto.

O registro do controle tecnológico é muito importante para o


gerenciamento do pavimento.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

Há dois casos a se considerar:

1º Caso – Os acostamentos são executados simultaneamente com a


base da pista.

Neste caso o controle geométrico do acostamento é feito juntamente


com o da base da pista.

2º Caso – Os acostamentos são executados separadamente da base da


pista.

Neste caso o controle geométrico da camada de acostamento será


conforme descrito a seguir.

113
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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 14/16
7.1 Controle de cotas

Após a execução dos acostamentos, proceder-se-á a relocação do eixo


e marcar-se-á em cada estaca, à trena, os seguintes dois pontos por acostamento:
 Um correspondente ao bordo interno do acostamento (igualmente
coincidente com o bordo do revestimento da pista de rolamento).
 Um correspondente ao bordo externo do acostamento.

Os dois pontos serão nivelados e suas cotas comparadas com as do


projeto, não se tolerando cotas fora do intervalo (C ± 2) cm, sendo C a cota do projeto.

No caso do revestimento ser um tratamento superficial, exige-se um


acostamento mais bem acabado geometricamente, passando a tolerância de cotas
por ponto individual para (C – 1,5) cm e (C + 1,5) cm.

Se o acostamento granular não atender ao controle de cotas, ele


deverá ser refeito.

7.2 Controle de espessura

A espessura da camada de cada acostamento será controlada no seu


bordo interno, por comparação entre a cota do ponto correspondente, nivelado na
camada subjacente, e a do acostamento recém executado.
Serão admitidas as seguintes tolerâncias:
c) Para o valor individual de espessura: o intervalo (h – 2) cm a (h + 4)
cm, sendo h = espessura do projeto.
d) Para a espessura mínima estatística do segmento a ser controlado:
hmin ≥ (h – 1,0) cm, calculando-se hmin pela seguinte fórmula:
Hmin = X - Ks

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 15/16
Sendo:
 Xi
X e s   (Xi - X) 2 / n - 1
n
Xi = valor individual da espessura e n = número de valores (n ≥ 5).
K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-P-CE 01/19, em função do número
de amostras, a seguir:
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante

. Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do intervalo


especificado e de espessura mínima estatística inferior à espessura do projeto em
mais de um centímetro. O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

7.3 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20m) será determinada:


e) A largura de cada acostamento, com trena,
f) A flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

O “serviço será aprovado” - (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias “não forem ultrapassados”:
 + 10cm quanto à largura, não se tolerando falta
 Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta.

O serviço “não aprovado” (NAP) será refeito.

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ACOSTAMENTO GRANULAR (BASE) SOP-ES-P 06/19


PAG. 16/16
8 MEDIÇÃO

O acostamento granular (base) será medido pelo volume (V) da camada


concluída, em metros cúbicos, calculado pela seção de projeto.

V = área da seção do projeto x extensão executada

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


acostamento granular (base) executado, medido conforme o item anterior, estando
nele incluído todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de
equipamentos, veículos, ferramentas, mão de obra, encargos, transporte, impostos,
eventuais, bem como a indenização de materiais e lucro.

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RECOMPOSIÇÃO DE CAMADA GRANULAR SOP-ES-P 07/19


PAG. 01/10
1 DEFINIÇÃO

Recomposição de camada granular é o serviço executado por ocasião


da restauração de um pavimento asfáltico destinada a recuperá-la integralmente,
tecnologicamente e geometricamente, sem ou com adição de materiais, de modo que
a camada restaurada possa continuar a desempenhar a mesma função no pavimento
ou função de exigências técnicas inferiores:

Assim, uma base pode ser:


a) recomposta como base (é o caso mais comum);
b) aproveitada como sub-base;
c) aproveitada como reforço do subleito.

Uma sub-base pode ser:


a) recomposta como sub-base;
b) aproveitada como reforço do subleito;

Um reforço do subleito pode ser recomposto como reforço

2 MATERIAIS

Os materiais que vão constituir as camadas granulares recompostas ou


aproveitadas devem obedecer às especificações respectivas pertinentes, quais sejam:
 Base granular (SOP-ES-P 04/19);
 Base granular melhorada com cimento (SOP-ES-P 05/19);
 Sub-base granular (SOP-ES-P 03/19);
 Acostamento granular (Base) (SOP-ES-P 06/19)
 Reforço granular (SOP-ES-P 02/19).

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PAG. 02/10
3 EQUIPAMENTO

O equipamento é o da especificação da camada recomposta pertinente,


como citado no Item 2, sendo fundamental a disponibilidade de um trator de esteiras
com lâmina e escarificador (potência mínima de 100 HP) para a demolição do
revestimento quando este for uma mistura asfáltica.

O projeto poderá adotar uma solução com fresagem prévia para o caso
de revestimento de mistura asfáltica.

4 EXECUÇÃO

Quando o revestimento é de mistura asfáltica, a execução da


recomposição de camada granular pressupõe a prévia demolição e remoção do
revestimento ou a sua fresagem.

Quando o revestimento é um tratamento superficial não é necessária a


demolição do revestimento porque a operação de escarificação da base demolirá e o
incorporará ao material de base existente.

A execução da recomposição de camada granular envolve as seguintes


operações:
 Demolição ou fresagem de revestimento de mistura asfáltica e
remoção dos resíduos asfálticos para local indicado no projeto ou indicado pela
fiscalização;
 Escarificação da base, ou do conjunto tratamento superficial + base,
numa espessura mínima de 10cm que é a profundidade da Base mais sujeita a
deterioração.

Nota: caso ocorram remendos com massa asfáltica prejudiciais à


recomposição da camada granular, os remendos terão que ser
removidos para locais indicados pelo projeto ou pela fiscalização.

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PAG. 03/10
Sequência de execução sem mistura ou com mistura de solo (areia é um
solo) na pista:
 Enleiramento e espalhamento do solo a misturar;
 Destorroamento, pulverização e homogeneização de solo seco ou
mistura de solos secos na pista;
 Umedecimento (ou aeração) e homogeneização da umidade na pista;
 Compactação;
 Acabamento;
 Liberação da camada recomposta ao tráfego;
Sequência de execução com mistura de brita (solo brita) ou mistura de
cimento (solo melhorado) em usina:
 Escavação, carga e transporte do material escarificado na pista para
uma área de estocagem próximo da usina misturadora;
 Mistura em usina de solos e umedecimento dos materiais estocados
provenientes da pista com materiais adicionais de brita ou de cimento, conforme
indicado no projeto;
 Transporte e espalhamento da mistura de materiais na pista;
 Compactação;
 Acabamento;
 Liberação da camada recomposta ao tráfego.

Em qualquer caso a liberação da camada recomposta ao tráfego terá


seu tempo condicionado a umidade do material, que pode ser mantida com molhagens
feitas com caminhões espargidores, a coesão do material e a intensidade do tráfego.

Caso extremo: ocorre quando se vai fazer a recomposição de camada


granular em um segmento do pavimento que entrou em colapso total, como por
exemplo, num intervalo em corte onde falhou a drenagem profunda e as camadas do
pavimento se deterioraram. Neste caso deve-se recompor a drenagem profunda

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PAG. 04/10
seguida da remoção de todas as camadas do pavimento e da sua reconstrução,
inclusive nova regularização do subleito, todas as camadas obedecendo as
especificações pertinentes.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

A recomposição de camada granular envolve serviços na pista de


rolamento, conciliando-se o tráfego de serviço com o tráfego usuário e, no caso de ser
necessário mistura de materiais, acrescentam-se as operações de exploração de
jazida de solo ou exploração de pedreira e mistura em usina. no caso de pavimento
com revestimento de mistura betuminosa há também a necessidade de bota-fora de
resíduos asfálticos ou a sua reciclagem.

5.1 Cuidados na operação sobre a pista

A operação de recomposição de camada granular sobre a pista de


rolamento exige sinalização intensiva de obra, utilização de EPI pelos trabalhadores,
devendo ser evitado tráfego desordenado dos equipamentos na pista para não
conflitar com o tráfego usuário.

5.2 Tráfego de equipamentos fora do corpo estradal

O estacionamento dos equipamentos e as atividades de manutenção e


abastecimento deverão ocorrer em áreas fora do corpo estradal, devendo-se ter o
cuidado para que resíduos de lubrificantes ou combustíveis não contaminem os
aquíferos.

Deverá ser evitado o tráfego de equipamentos ao lado do corpo estradal


para não destruir a vegetação lindeira.

5.3 Exploração de jazidas

Quando a recomposição é feita com mistura de solos de jazidas (ou


areais), deve-se ter os seguintes cuidados:

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PAG. 05/10
 desmatamento da área mínima necessária da jazida;
 estoque da camada orgânica superior para posterior espalhamento na
área desmatada;
 suavização dos taludes e regularização da área favorecendo a
drenagem natural, para novamente integrá-la à paisagem local;
 não é permitida a queima da vegetação removida;
 as jazidas não podem ser localizadas em áreas de boa aptidão
agrícola, em reservas florestais, ecológicas e de preservação ambiental.

5.4 Depósito de materiais excedentes

Quando não há reciclagem dos resíduos asfálticos excedentes os


mesmos deverão ser depositados em áreas de topo, sem riscos de contaminação do
lençol freático.

Deverão ser obedecidas as seguintes instruções ambientais:


 DERT-ISA 06/96 (Orientações ambientais para áreas de bota-fora);
 DERT-ISA 07/96 (Orientações ambientais para operação de
máquinas e equipamentos).

Também deverá ser atendida a especificação SOP-ES-T 09/19


(Depósito de materiais excedentes).

5.5 Exploração de pedreira

Quando a recomposição de camada granular exigir a mistura com


agregados pétreos a exploração da pedreira deverá ser planejada adequadamente de
modo a minimizar os danos ambientais inevitáveis e possibilitar a recuperação ou
mitigação ambiental, após a retirada de todos os materiais, instalações e
equipamentos.

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PAG. 06/10
5.6 Licenciamento ambiental

Os trabalhos de recomposição de camada granular só poderão ser


iniciados após a concessão de todas as licenças previstas no ordenamento ambiental.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle dos materiais

A condição essencial é que os materiais da recomposição de camada


granular atendam as especificações pertinentes à camada recomposta e as
especificações particulares e complementares do projeto.

As especificações pertinentes da camada recomposta poderão ser:


 Reforço granular do subleito (SOP-ES-P 02/19);
 Sub-base granular (SOP-ES-P 03/19);
 Base granular (SOP-ES-P 04/19);
 Base granular melhorada com cimento (SOP-ES-P 05/19);
 Acostamento granular (Base) (SOP-ES-P 06/19);
 Fresagem a frio de revestimento asfáltico (SOP-ES-P 22/19).

Os materiais da camada recomposta que não atenderem as


especificações pertinentes serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados,
mesmo se já estiverem na pista ou estocados no pátio da usina misturadora.

6.2 Controle de execução

A condição essencial para garantir uma boa execução é que os materiais


atendam as exigências do projeto e que o grau de compactação – GC atinja o mínimo
especificado.

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PAG. 07/10
É através do controle de execução que se fará a aceitação ou rejeição
da camada recomposta, devendo os ensaios serem realizados com amostras
coletadas na pista.

O controle de execução obedecerá a especificação pertinente da


camada recomposta, podendo ser uma das especificações citadas no item 6.1.

A camada granular recomposta que não atender as especificações


pertinentes serão consideradas não aprovadas (NAP), devendo ser substituída ou
dada outra solução que a compatibilize com as especificações

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

O controle de cotas, controle de espessura, controle da largura e da


flecha de abaulamento da camada recomposta obedecerá às exigências da
especificação pertinente, podendo ser:
 Reforço granular do subleito (SOP-ES-P 02/19);
 Sub-base granular (SOP-ES-P 03/19);
 Base granular (SOP-ES-P 04/19);
 Base granular melhorada com cimento (SOP-ES-P 05/19);
 Acostamento granular (Base) (SOP-ES-P 06/19);
 Fresagem a frio de revestimento asfáltico (SOP-ES-P 22/19).

Os serviços não aprovados serão refeitos.

8 MEDIÇÃO

Para a medição de recomposição de camada granular deve-se observar os


seguintes casos:

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PAG. 08/10
8.1 Fresagem do revestimento asfáltico

Quando o revestimento é uma mistura asfáltica e o projeto indica a sua


fresagem, é medido pelo volume fresado, em metros cúbicos, conforme seção e
profundidade do projeto.

O transporte do material fresado é medido pela fórmula de transporte


local, com base no peso do material e distância de transporte

8.2 Remoção mecanizada de revestimento asfáltico

Quando o revestimento é uma mistura asfáltica e o projeto indica a sua


demolição, é medido pelo volume demolido, em metros cúbicos, conforme seção e
espessura do projeto.

O transporte do material demolido é medido pela fórmula de transporte


local, com base no peso do material e distância transportada.

Nota: quando o revestimento for um tratamento superficial, a sua


demolição está incluída na medição da operação de escarificação para
aproveitamento da base.

8.3 Reconformação de camada granular sem adicionamento de material

Neste caso a medição é feita pelos dois itens seguintes:


 Escarificação para aproveitamento da camada, medida pelo volume
escarificado, em metros cúbicos, conforme seção e profundidade do projeto;
 Recomposição da camada estabilizada granulometricamente, medida
pelo volume compactado da camada, em metros cúbicos, conforme seção e
espessura do projeto.

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PAG. 09/10
8.4 Recomposição da camada granular com adicionamento de solo de jazida (ou
areal)

Neste caso a medição é feita pelos dois itens anteriores, de 8.3


(escarificação e recomposição da camada) acrescidos dos dois itens seguintes:
 Escavação e carga de material adicional de jazida para recomposição
de camada granular, medido pelo volume escavado na jazida, em metros cúbicos,
com base no processo da média das áreas ou conforme previsto no projeto;
 Transporte do material adicional, medido pela fórmula de transporte
local, com base no peso do material e distância transportada.

8.5 Recomposição de camada granular com adicionamento de brita

Neste caso a recomposição de camada granular equivale e é medida


como uma base de solo brita, considerando-se como jazida de solo a própria camada
na pista a ser aproveitada. Assim a medição é feita pelo volume projetado da camada
de solo brita, na proporção percentual de brita indicada no projeto e pelos transportes
de solo e de brita até a usina misturadora e depois o transporte da mistura até a pista
que são medidos pelas fórmulas de transporte local, com base nos pesos dos
materiais e distâncias transportadas.

8.6 Recomposição de camada granular com adicionamento de cimento

Neste caso a recomposição de camada granular equivale e é medida


como uma base granular melhorada com cimento, considerando-se como jazida de
solo a própria camada na pista a ser aproveitada. Assim a medição é feita pelo volume
projetado da camada de solo melhorado com cimento, na proporção percentual de
cimento indicada no projeto. O transporte de solo da pista até a usina misturadora e
depois o transporte do solo melhorado com cimento até a pista ambos são medidos
pelas fórmulas de transporte local, com base no peso dos materiais e distâncias
transportadas. O transporte do cimento até a usina misturadora é medido

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PAG. 10/10
pela fórmula de transporte comercial, com base no peso do cimento e distância
transportada.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais de cada item


de medição, conforme discriminado no item 8 anterior, estando incluído nos preços
todos os custos da execução, tais como equipamentos, veículos, ferramentas,
usinagem, transportes, praça de estocagem para cura de materiais, mão de obra,
encargos, impostos, eventuais e lucro.

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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 01/18
1 DEFINIÇÃO

Reciclagem de camada granular de base com incorporação do


revestimento existente é o serviço executado por ocasião da restauração de um
pavimento asfáltico com o objetivo de recuperá-la integralmente, tecnologicamente e
geotecnicamente, sem ou com adição de materiais, de maneira que a camada
restaurada possa desempenhar a mesma função de base no pavimento ou função de
exigências técnicas inferiores, tais como sub-base ou reforço do subleito

No projeto será indicada a profundidade ou espessura de corte


(revestimento + base) e a necessidade ou não de adicionamento de materiais,
quantificando a adição por percentual em peso ou por taxa de aplicação por metro
quadrado.

Os materiais adicionais poderão ser: brita, solo, cal, cimento Portland,


emulsão asfáltica, etc.

2 MATERIAIS

Os materiais que vão constituir a camada granular reciclada devem


obedecer a sua especificação pertinente, podendo ser:
 Base granular (SOP-ES-P 04/19);
 Base granular melhorada com cimento (SOP-ES-P 05/19);
 Acostamento granular (base) (SOP-ES-P 06/19);
 Sub-base granular (SOP-ES-P 03/19);
 Reforço granular do subleito (SOP-ES-P 02/19).

O revestimento asfáltico a ser incorporado poderá ser um tratamento


superficial ou uma mistura asfáltica.

Quando o revestimento for uma areia asfalto deve-se verificar se há


perda de suporte CBR na mistura do revestimento com o material da base existente.
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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 02/18
Se houver redução significativa do CBR deve-se optar por outra solução, fresagem da
areia asfalto por exemplo.

Também a ocorrência de remendos profundos, com misturas asfálticas,


pode influenciar na qualidade geotécnica da mistura do revestimento com o material
da base existente. Esses tipos de remendos devem ser removidos antes da
reciclagem, substituindo-se a mistura asfáltica do remendo por solo ou brita, o que for
mais apropriado, para não haver falta.

3 EQUIPAMENTOS

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço.

São indicados os seguintes equipamentos para reciclagem:

a) Máquina recicladora, suficientemente potente para a operação de


reciclagem, com as seguintes características:
 possuir dispositivo eletrônico de regulagem de profundidade ou
espessura de reciclagem, de forma nivelada e uniforme;
 ser autopropelida e ter a capacidade de pulverizar, misturar,
umedecer e espalhar na pista a quantidade de material suficiente para atender a
espessura da camada projetada;
b) Caminhão tanque de 8.000 litros.
c) Rolo compactador de pneus de pressão variável.
d) Rolo compactador liso vibratório.
e) Motoniveladora, para acabamento da superfície.
f) Espalhador de agregado, quando houver adicionamento de brita.

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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 03/18
4 EXECUÇÃO

4.1 Segmento teste

O projeto deve indicar a profundidade de reciclagem do revestimento +


base, quando não tem adição de material, ou profundidade do revestimento + base +
espessura projetada do material adicional, espalhado previamente e uniformemente
sobre a plataforma estradal.

No entanto, no início dos serviços de reciclagem, é obrigatório a


execução do segmento teste, na largura de uma faixa de tráfego ou metade da pista,
para comprovar se a profundidade de reciclagem prevista resultará na espessura
desejada para a base compactada e também para confirmar os resultados
geotécnicos esperados, conforme foram previamente definidos nos ensaios
laboratoriais.

Na execução do segmento teste deve-se também procurar estabelecer


o número de coberturas dos rolos compactadores, no mesmo ponto, para se atingir o
grau de compactação desejado.

Os serviços só poderão prosseguir após se obter resultados satisfatórios


no segmento teste.

4.2 Sequência executiva

a) Espalhamento do material adicional (se for previsto), com espalhador


de agregado ou motoniveladora, na espessura confirmada do segmento teste;
b) Reciclagem na profundidade confirmada do segmento teste,
envolvendo: o corte do material, pulverização, umedecimento, homogeneização,
espalhamento na quantidade de material tal que, após a compactação permita o
acabamento por corte da motoniveladora e ainda se atingir a espessura final de projeto
para a base reciclada.

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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 04/18
A faixa da umidade de compactação é de -2% a + 1% em relação a
umidade ótima (hot), devendo-se para mantê-la se utilizar caminhão tanque
espargidor de água.

4.3 Liberação ao tráfego

A reciclagem é feita conciliando-se com o tráfego da rodovia, sem poder


interrompê-lo. Quando a camada reciclada for funcionar como base o mais
conveniente é se liberar a faixa da base recém reciclada só após a sua imprimação,
aguardando-se um mínimo de 12 horas para a cura e penetração do ligante asfáltico
e fazendo-se o “salgamento” da base Imprimada com areia ou pó de pedra. O tempo
de atuação do tráfego deve ser observado visualmente para não permitir danos à base
imprimada. A execução do novo revestimento deve ser programada em função do
tempo de exposição da base imprimada ao tráfego.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

A restauração de pavimentos por reciclagem apresente uma vantagem


ecológica porque aproveita os materiais da pista, reduzindo os danos ambientais
causados pela exploração de ocorrências de materiais.

5.1 Cuidados na operação sobre a pista

A operação de reciclagem de base com incorporação do revestimento


exige sinalização intensiva de obra, utilização de EPI pelos trabalhadores, devendo
ser evitado tráfego desordenado dos equipamentos na pista para não conflitar com o
tráfego usuário.

5.2 Tráfego de equipamentos fora do corpo estradal

O estacionamento dos equipamentos e as atividades de manutenção e


abastecimento deverão ocorrer em áreas fora do corpo estradal, devendo-se ter o
cuidado para que resíduos de lubrificantes ou combustíveis não contaminem os
aquíferos.
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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 05/18
Deverá ser evitado o tráfego de equipamentos ao lado do corpo estradal
para não destruir a vegetação lindeira.

5.3 Exploração de jazidas

Quando houver adição de solo de jazida (ou areal) na operação de


reciclagem, deve-se ter os seguintes cuidados:
 desmatamento da área mínima necessária da jazida;
 estoque da camada orgânica superior para posterior espalhamento na
área desmatada;
 não é permitida a queima da vegetação removida;
 suavização dos taludes e regularização da área, favorecendo a
drenagem natural, para novamente integrá-la à paisagem local;
 as jazidas não podem ser localizadas em áreas de boa aptidão
agrícola, em reservas florestais, ecológicas e de preservação ambiental.

5.4 Exploração de pedreira

Quando houver adição de agregados pétreos na operação de


reciclagem, deve-se ter os seguintes cuidados:
 planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a
minimizar os danos ambientais inevitáveis e possibilitar a recuperação ou mitigação
ambiental, após a retirada de todos os materiais, instalações e equipamentos;
 construir, junto às instalações de britagem, bacias de sedimentação
para retenção de pó de pedra eventualmente produzido em excesso, ou por lavagem
da brita, evitando seu carreamento para os cursos d’água;
 caso a brita seja adquirida de terceiros, exigir documentação
atestando a regularidade das instalações, assim como sua operação junto ao órgão
ambiental competente.

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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


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PAG. 06/18
5.5 Licenciamento ambiental

Os trabalhos de reciclagem de base com incorporação do revestimento


só poderão ser iniciados após a concessão de todas as licenças previstas no
ordenamento ambiental.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

O projeto define no trecho a restaurar cada intervalo e suas soluções


próprias, estabelecendo para cada um deles a profundidade de reciclagem e os
resultados geotécnicos do material reciclado, com ou sem adição de material
importado.

Para cada intervalo, ou seja, para cada solução, deverá ser executado
um segmento teste, com extensão de meia pista entre 200 e 300 metros, onde serão
confirmados a espessura de reciclagem e os parâmetros geotécnicos exigidos para a
base, ou camada de menores exigências técnicas.

Os ensaios geotécnicos e a frequência de execução para o controle


tecnológico são os seguintes:

6.1 Controle do comportamento laterítico

Este controle é feito apenas no segmento teste quando houver dúvida


sobre a natureza do comportamento do solo. Fica confirmado o comportamento
laterítico quando a expansão determinada no corpo de prova CBR, moldado com a
energia de 55 golpes/camada, em cinco ensaios, se verificar que a inequação a seguir
seja satisfeita:
X max  X  1,55s  0,2%

Σ Xi 2
com: X  e s  (X i - X) / 4 ’
5

132
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 07/18
6.2 Controle de abrasão Los Angeles (DNER-ME 35/98)

Este controle é feito no segmento teste, com três amostras coletadas


após a reciclagem da base, devendo o material retido na peneira N° 10 (2mm)
apresentar desgaste por abrasão máximo de 65% (LA  65%).

Não sendo atendida essa exigência, deve-se repetir os ensaios e


persistindo a desobediência, a solução do projeto deverá ser revista.

6.3 Controle da granulometria (GR), do limite de liquidez (LL) e do índice de


plasticidade (IP = LL – LP)

As amostras serão coletadas na base reciclada, após a homogeneização e


antes da compactação.
A frequência dos ensaios é a seguinte
 No segmento teste: 5 ensaios
 No intervalo restante da solução: a cada 300m de pista
Critérios de aceitação:
 Granulometria enquadrada numa das seguintes faixas granulométricas
(DNER-ME 80/94):
Solos não lateríticos (% passando em peso):
ASTM
mm A B C D E* F*
ABNT
2” 50,8 100 100 - - - -
1” 25,4 - 75 – 90 100 100 100 100
3/8” 9,52 30 – 60 40 – 75 50 – 85 60 – 100 - -
Nº 4 4,76 25 – 55 30 – 60 35 – 65 50 – 85 55 – 100 70 – 100
Nº 10 2,00 15 – 40 20 – 45 25 – 50 40 – 70 40 – 100 55 – 100
Nº 40 0,42 8 – 20 15 – 30 15 – 30 25 – 45 20 – 50 30 – 70

0,074 2–8 5 – 15 5 – 15 5 – 20 6 – 20 8 – 25
200**
* Excepcionalmente para N < 5 X 105 (número de repetições do eixo simples
padrão), sem predominância de veículos comerciais.
** % pass. pen. Nº 200 ≤ 2/3 (% pass. Nº 40).

133
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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 08/18
Solos lateríticos (% passando em peso):
ASTM
mm A B C*
ABNT
2” 50,8 100 - -
1” 25,4 75 - 100 100 -
3/8” 9,52 40 – 85 60 – 95 100
Nº 10 2,00 15 - 60 15 – 60 35 – 90
Nº 40 0,42 10 – 45 10 – 45 20 – 80
Nº 200** 0,074 5 – 30 5 – 30 8 - 40

* Excepcionalmente para N ≤ 105 (número de repetições do eixo simples padrão),


sem predominância de veículos comerciais.
** % pass. pen. Nº 200 ≤ 2/3 (% pass. Nº 40)

 Inequações de plasticidade:
LL ≤ 25% (não laterítico)
LL ≤ 40% (laterítico)
IP ≤ 6% (não laterítico)
IP ≤ 15% (laterítico)
EA min  30% (não laterítico, caso o LL e o IP ultrapassem os limites
máximos)

O controle estatístico sera feito pelas seguintes fórmulas:


No “segmento teste”: X max  X  1,55s

X min  X  1,55s

Σ Xi
sendo: X 
5
2
s  (X i - X) / 4

No restante do Intervalo: X max  X  Ks

X m in  X - Ks

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RECICLAGEM DE BASE COM INCORPORAÇÃO DO


REVESTIMENTO SOP-ES-P 08/19
PAG. 09/18
Σ Xi
sendo: X 
n
2
s  (Xi - X) / n - 1

n = número de ensaios
K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-P 01/19 em função do
número de amostras

Os materiais da base reciclada que não atenderem as exigências


especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados devendo ser
revista a solução.

6.4 Determinação da faixa de umidade de compactação e da densidade máxima


considerada padrão

O projeto de reciclagem de base com incorporação do revestimento, com


ou sem adição de material, deve definir as seguintes características:
a) A energia de compactação (número de golpes) – En;
b) A faixa de umidade de compactação (hot – x) % a (hot + y) %;
c) A massa específica aparente seca máxima (Ds,max).

No controle tecnológico da execução mantem-se a energia de


compactação do projeto mas, para maior precisão, através de ensaios de
compactação (DNIT 164/2013 – ME), determinam-se novas faixas de umidade de
compactação e novas densidades máximas padrão, com amostras de materiais da
base reciclada coletadas na pista, espaçamento em função da homogeneidade
granulométrica dos materiais, não devendo a determinação da umidade e densidade
de referência ser espaçada em mais de 900 metros de pista.

O “segmento teste” de 200 a 300m de meia pista é considerado


homogêneo para efeito de determinação da Ds,max e da hot, fazendo-se uma única
determinação com amostra representativa do material reciclado.

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PAG. 10/18
A energia de compactação (número de golpes/camada) só poderá ser
modificada com a aquiescência do projetista. A energia de compactação da camada
de base que seja capaz de vencer o atrito interno do material e de se obter a máxima
densificação, é fundamental para a garantia da resistência à deformação, ao
cisalhamento e à ocorrência de deflexões elásticas elevadas na fase de consolidação
do pavimento pelo próprio tráfego.

 Caso da base de brita graduada

Quando a base a ser reciclada com incorporação do revestimento for de


brita graduada, a energia de compactação (n° de golpes/camada) será definida com
amostras coletadas na pista, após a reciclagem, executando-se o ensaio de
compactação com cinco energias distintas, com os seguintes números de golpes por
camada: 26, 55, 70, 85 e 100, de modo a se obter cinco curvas de compactação. As
umidades podem ser determinadas pelo speedy (DNER-ME 52/94) ou com o álcool
(DNER-ME 88/94). Traça-se a curva Ds.max x energia (n° de golpes) e determina-se
o número de golpes ideal como sendo o correspondente ao ponto imediatamente
anterior ao início da assintotização da curva.

De posse do número de golpes ideal, faz-se um ensaio de compactação,


com 5 pontos (DNIT 164/2013-ME), com speedy ou álcool, determinando-se Ds.max
e hot e adota-se Ds.max como padrão de compactação para os limites do controle de
umidade adota-se hot – 2% a hot + 1,0%.

O CP para o ensaio de CBR/expansão será moldado na umidade ótima


com o número de golpes ideal, conforme aqui determinado.

Este procedimento poderá ser dispensado se o projeto já estabelecer o


número de golpes para a determinação da Ds.max e da faixa de umidade de
compactação.

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6.5 Controle do teor de umidade de compactação (hc)

A umidade de compactação é conseguida na própria máquina


recicladora, podendo ser necessário ou não a complementação com o uso de
caminhão tanque atuando na pista.

Antes da compactação de um segmento uniforme, inclusive do


segmento teste serão determinadas aleatoriamente, a cada 50m de pista, a umidade
do material da base reciclada, com speedy ou álcool, estando liberada a compactação
quando hc estiver no intervalo hot – 2% a hot + 1,0%, ou na faixa de umidade definida
em projeto.

6.6 Controle do índice de suporte Califórnia (CBR) e da expansão (no CBR)

Na pista, aproximadamente nos mesmos pontos (a cada 300m), onde


foram coletadas as amostras para o controle de GR, LL e IP, serão coletadas amostras
para o controle do CBR, antes da compactação, mas após a verificação e aprovação
da umidade de compactação. As amostras serão acondicionadas em sacos plásticos,
para manter o teor de umidade, e levadas para a confecção do corpo de prova e
realização do ensaio CBR e expansão, na energia especificada pelo projeto ou
conforme o item 6.4.

No segmento teste o controle do CBR e expansão será feito com a coleta


de uma amostra representativa.

A condição para aprovação da camada de base reciclada com


incorporação do revestimento é que sejam atendidas as seguintes inequações:
CBRmin  40% (p/acessos com N  5 x 105)
 60% (p/N  5 x 106)
 80% (p/N  5 x 106)
Expansão max  0,5% (não laterítico)
 0,2% (laterítico)
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PAG. 12/18
Os materiais da base reciclada que não atenderem as exigências
especificadas serão considerados não aprovados (NAP) e rejeitados devendo-se
pesquisar as causas e se necessário rever o projeto.

6.7 Controle do grau de compactação – GC

GC é definido como a relação percentual entre a massa especifica


aparente seca (Ds), geralmente chamada de densidade aparente seca e a massa
específica seca máxima ou densidade aparente seca máxima (Ds.max).
Ds
GC  x 100
Ds.max
Onde: Ds é obtida “in situ” (DNER-ME 92/94), frasco de areia – speedy
ou álcool, o mesmo adotado em 6.4;
Ds.max é obtida em 6.4, para o segmento uniforme a compactar.

No segmento teste e na pista a frequência para a verificação do grau de


compactação é a cada no máximo 100 metros de pista, na ordem bordo direito – eixo
– bordo esquerdo – bordo direito, etc, a 0,40m do bordo da plataforma de base,
determinando-se então a Ds “in situ” para comparar com a Ds.max do segmento
uniforme pertinente, e se determinar o grau de compactação.

Para que certa extensão de base reciclada com incorporação do


revestimento seja considerada aprovada (AP) é necessário que em todos os seus n
pontos ensaiados tenha-se GC  100%.

Em caso contrário a extensão de base é considerada não aprovada


(NAP), não sendo liberada a execução da camada sobrejacente.

Neste caso, o engenheiro fiscal mandará repetir os ensaios e,


continuando a desaprovação dever-se-á escarificar (ou repetir a reciclagem) e
recompactar a extensão de influência de cada ponto considerado deficiente, todos os
ônus por conta da construtora.

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PAG. 13/18
Após a obtenção de cada n = 9 resultados, calcular-se-á o desvio padrão
2
s  (Xi - X) /n - 1 , considerando-se a compactação homogênea se s  1,6.

Se após a obtenção de cada n = 9 resultados, consecutivos ou


acumulados, a inequação de homogeneidade não for satisfeita, o engenheiro fiscal
paralisará o serviço de compactação e procederá a um minucioso exame dos
equipamentos e da técnica de execução empregada, tomando-se as medidas
cabíveis.

6.8 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

A reciclagem da base com incorporação do revestimento é feita em um


pavimento existente, que já possui um histórico de comportamento quanto as
deflexões reversíveis.

As medidas das deflexões pós reciclagem se tornam mais necessárias


nos seguintes casos:
 o pavimento existente já tem um histórico de deflexões elevadas;
 o revestimento do pavimento existente é de tratamento superficial e
passará a ser de concreto asfáltico no novo pavimento uma vez que a deflexão
admissível do concreto asfáltico é a metade da deflexão admissível pelo tratamento
superficial;
 a base a ser reciclada é de brita graduada, porque há o risco de
ocorrer deflexões elevadas na fase de consolidação da compactação pelo tráfego,
caso o grande atrito interno da base tenha dificultado se alcançar a densificação
máxima pela compactação.

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

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As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em
cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).


A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em
função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3
 Fator de correção sazonal (Fs):
SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,

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PAG. 15/18
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição das
cargas do tráfego sobre a estrutura. para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.9 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes ao desempenho dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

Para cada jazida ou tipo de material deverão ser calculados


estatisticamente todas as características obtidas nos ensaios, de modo a se poder
compará-las com as do projeto.

O registro do controle tecnológico é muito importante para o gerenciamento do


pavimento.

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7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de Cotas

Após a execução da camada de base reciclada com incorporação do


revestimento, proceder-se-á a relocação e o nivelamento do eixo, dos bordos da pista
de rolamento e dos bordos da plataforma (cinco pontos por estaca) para a
determinação das cotas de execução que deverão ser comparadas com as cotas do
projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle de


cotas da base granular será feito nos bordos de cada faixa de tráfego.

Não será tolerado nenhum valor individual de cota fora do intervalo (C –


2,0) cm e (C + 2,0) cm, sendo C a cota do projeto para o ponto considerado. O serviço
“não aprovado” (NAP) será refeito.

No caso do revestimento ser um tratamento superficial, exige-se uma


base mais bem acabada geometricamente, passando a tolerância de cotas por ponto
individual para (C – 1,5) cm e (C + 1,5) cm.

Se a base reciclada com incorporação do revestimento não atender


quanto ao controle de cotas, ela deverá ser refeita.

7.2 Controle de Espessura

A espessura da camada de base reciclada com incorporação do


revestimento será controlada no eixo e nos bordos da pista de rolamento, por ocasião
da execução dos furos para os ensaios de densidade “in situ”.

Serão admitidas as seguintes tolerâncias:

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e) Para o valor individual de espessura: o intervalo (h – 2) cm a (h + 4)
cm, sendo h = espessura do projeto.

f) Para a espessura mínima estatística do segmento a ser controlado:


hmin ≥ (h – 1,0) cm, calculando-se hmin pela seguinte fórmula:
hmin = X - ks
 Xi
X e s   (Xi - X) 2 / n - 1
n

Sendo Xi = valor individual da espessura e n = número de valores (n ≥


9).
K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-P 01/19, em função do número de
amostras, a seguir:
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante
Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do intervalo
especificado e de espessura mínima estatística inferior à espessura do projeto em
mais de um centímetro. O serviço não aprovado (NAP) será refeito.

7.3 Controle da largura e da flecha de abaulamento

Para cada estaca (de 20 em 20m) será determinada:


g) A largura da plataforma, com trena,
h) A flecha de abaulamento, utilizando-se para tal o nivelamento feito
para o controle de cotas.

O serviço será aprovado - (AP), quanto à largura e à flecha de


abaulamento do projeto, se para cada valor individual, os seguintes limites de
tolerâncias não forem ultrapassados:
 ± 10 cm quanto à largura

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PAG. 18/18
 Até 20%, em excesso, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta.
O serviço não aprovado (NAP) será refeito.

8 - MEDIÇÃO

A base reciclada com incorporação do revestimento será medida pelo


volume (V) da camada concluída, em metros cúbicos, calculado pela seção do projeto.
V = área da seção do projeto x extensão executada

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de base
reciclada com incorporação do revestimento executado, medido conforme o item
anterior, estando nele incluído todos os custos das fases de execução, tais como:
utilização de equipamentos, veículos, ferramentas, mão de obra, encargos,
transportes, impostos, eventuais, bem como a indenização de materiais e lucro.

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PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

Imprimação é o serviço de aplicação de um banho de material asfáltico


na superfície de uma camada granular compactada, geralmente uma base de um
pavimento, objetivando:

a) aumentar a coesão na superfície da camada granular, pela


penetração do ligante asfáltico;
b) impermeabilizar a camada granular;
c) promover aderência entre a camada granular de base com o
revestimento asfáltico sobrejacente. A imprimação perde o poder de aderência
quando o ligante asfáltico resseca pelo tempo de exposição ao vento e ao sol ou
quando é lançado sobre ela areia, pó de pedra, poeira e também pela atuação do
tráfego.

2 MATERIAIS ASFÁLTICOS

Para a imprimação são indicados:

 Asfalto diluído de cura média: CM-30 para solos impermeáveis e CM-


70 para solos permeáveis;
 Emulsão asfáltica, tipo EA 1 (previsão da ISO 14.000 para a Petrobrás
substituir os asfaltos diluídos)

A taxa de aplicação ideal é a que for absorvida pela camada granular em


24 horas, devendo ser estabelecida experimentalmente, sem deixar excesso ou
escassez, e que proporcione uma penetração na camada granular de no mínimo 3mm.

A taxa de aplicação varia com o tipo de ligante asfáltico e com a


permeabilidade do material da camada granular, variando geralmente entre 0,8 Kg/m²
a 1,7 Kg/m².

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PAG. 02/08
3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos para o serviço de imprimação devem ser


cuidadosamente examinados pela fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o
que não será dada a ordem de serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

Os equipamentos da imprimação são os seguintes:


 Para varredura da superfície a imprimar: vassouras mecânicas
rotativas ou jato de ar comprimido, podendo também ser por varredura manual;
 Caminhão distribuidor do ligante asfáltico, provido com bomba
reguladora de pressão, sistema completo de aquecimento para propiciar a aplicação
do ligante em quantidade uniforme e viscosidade adequada, barra distribuidora, do
tipo de circulação plena, com dispositivo que permita ajustamentos verticais de altura
e largura variável para o espalhamento do ligante, devem ainda dispor de tacômetro,
calibradores, termômetros todos de fácil visualização e um espargidor manual para
correções do banho ou imprimação de pequenas superfícies;
 Depósito para estoque de ligante asfáltico, com capacidade de
armazenar o ligante de pelo menos um dia de trabalho, equipado com dispositivo que
permita o aquecimento na temperatura adequada e de maneira uniforme para todo o
conteúdo. Havendo necessidade de troca do tipo de ligante, o depósito terá que ser
esvaziado totalmente e completamente limpo para receber o novo material.

4 EXECUÇÃO

Após a completa conclusão da camada granular a imprimar, faz-se a


varredura da superfície, de modo a eliminar o pó e materiais soltos porventura
existentes.

As faixas de viscosidade adequadas para a aplicação dos ligantes são


as seguintes:
 Asfalto diluído (CM-30): de 30 a 60 segundos Saybolt-Furol;

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PAG. 03/08
 Emulsão asfáltica (EA-1): de 30 a 100 segundos Saybolt-Furol.

A curva viscosidade x temperatura de cada ligante indicará a


temperatura ideal de sua aplicação.

A aplicação do ligante asfáltico não deve ocorrer quando a temperatura


ambiente for inferior a 10°C e em dias de chuva ou de chuva iminente.

A taxa de aplicação do ligante é estabelecida experimentalmente em


segmento teste, no início da execução, para cada tipo de material da base a imprimar.

A superfície da camada a imprimar deve estar levemente úmida.

A imprimação deve ser feita em toda largura da camada (pista sem


tráfego) e deixá-la fechada ao trânsito de veículos.

Quando não for possível, há duas opções a saber:


 Imprimação em meia pista, interditando-a e deslocando todo o tráfego
para outra meia pista, geralmente por um período de 5 dias, até que se possa inverter
o tráfego e se imprimar a outra meia pista;
 Quando não se puder esperar os 5 dias, faz-se a imprimação em meia
pista, interditando-a por um tempo menor, de no mínimo 12 horas, após o qual se joga
uma camada de areia ou pó de pedra sobre a meia pista imprimada, liberando-a ao
tráfego para permitir a interdição da outra meia pista e a execução de sua imprimação.

Para evitar excesso de ligante por superposição de banhos deve-se


colocar faixas de papel impermeável, transversalmente à pista, no final da superfície
imprimada anteriormente.

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PAG. 04/08
Havendo falhas na aplicação do material asfáltico, a mesma deverá ser
corrigida imediatamente com o espargidor manual.

Quando o revestimento é uma mistura asfáltica é obrigatório uma pintura


de ligação sobre a imprimação que tiver perdido o seu poder de aderência.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades da imprimação que podem causar danos ao meio ambiente


são o armazenamento e o espalhamento do ligante asfáltico.

O depósito de material asfáltico deve ser instalado em local afastado de


cursos d’água.

É vedado o refugo de materiais asfálticos na faixa de domínio da rodovia


ou em qualquer outro local que possa causar danos ambientais.

A desmobilização desta atividade inclui a remoção do depósito de


ligante, a limpeza de eventuais resíduos asfálticos no canteiro de obras e a
recomposição de toda área afetada pela operação de imprimação.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Material asfáltico

A condição essencial é que o material asfáltico atenda esta


especificação e as especificações particulares e complementares contidas no projeto.

A todo carregamento de material asfáltico que chegar à obra será exigido


o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios atendendo a
norma DNER-EM 363/97 (Asfalto diluído tipo cura média), conforme a seguir:
 para asfalto diluído: viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94);
ponto de fulgor (DNER-ME 148/94);

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PAG. 05/08
destilação (DNER-ME 012/94).
 para emulsão asfáltica: viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME
004/94);
resíduo por evaporação (ABNT NBR 6568/84);
peneiramento (DNER-ME 005/94);
sedimentação (DNER-ME 006/00).

Quando a emulsão asfáltica EA 1 permanecer estocada por 5 (cinco)


dias ou mais, é necessário a realização de um ensaio de sedimentação antes de voltar
a utilizá-la.

No laboratório da obra será realizado o ensaio de viscosidade Saybolt


Furol, com dois pontos, a 25°C e 50°C, para traçar o gráfico viscosidade x temperatura
que definirá a faixa de temperatura de espalhamento do material asfáltico.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios da norma DNER-EM 363/97 para confrontar com os
resultados do certificado de fábrica.

6.2 Controle de execução

A condição essencial é que a taxa de aplicação do ligante asfáltico seja


a taxa ideal (T) estabelecida experimentalmente no início do serviço, com a tolerância
de  12% (0,88 T a 1,12 T).

O controle da taxa de aplicação será feito através de uma bandeja, de


área e peso conhecidos, que será colocada na faixa a ser imprimada por ocasião da
passagem do caminhão espargidor. A taxa é calculada pela diferença de peso da
bandeja, com ligante e sem ligante, dividida pela área da bandeja.

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PAG. 06/08
A frequência de determinação da taxa de aplicação é a cada 100 metros
da faixa imprimada.

O controle estatístico da taxa de aplicação é feito conforme a seguir:


 Número de determinações = n (n  9)
 Ti
 Taxa média: T 
n

 Desvio padrão: s   (Ti - T ) 2 / n  1

 Taxa máxima: Tmax = T  Ks

 Taxa mínima: Tmin = T  Ks


K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-P 01/19, em função do número de
amostras, a seguir:
Tabela 2
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante
O serviço de imprimação será aprovado (AP) quando a taxa de aplicação
se situar entre os limites especificados. Em caso contrário o serviço será não aprovado
(NAP), devendo a fiscalização determinar as seguintes providências:
 Excesso de ligante: aguardar 12 horas (sem tráfego) e depois lançar
uma camada de areia ou pó de pedra sobre a área com excesso de ligante,
comprimindo a areia ou pó de pedra com rolo de pneus;
 Escassez de ligante: corrigir a taxa de ligante com nova imprimação
ou com o uso do espargidor manual;
 Em caso extremo de má execução, deve-se raspar a camada de
imprimação com motoniveladora, escarificar a base e reconstruí-la para depois fazer
uma nova imprimação.

Todos os ônus da correção por conta do construtor.

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PAG. 07/08
6.3 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO

Após a execução da imprimação, proceder-se-á a relocação do eixo e


marcar-se-á em cada estaca, a trena, os bordos da imprimação, obedecendo a largura
indicada no projeto.

O serviço será aprovado quanto à largura do projeto, se, para cada valor
individual, for atendida as seguintes tolerâncias:

+ 10cm quanto a largura, não se tolerando falta.

Quando ocorrer eventualmente imprimação com largura insuficiente, ela


poderá ser complementada com auxílio de espargidores manuais.

Ocorrendo insuficiência frequentes de largura ou excesso além do


tolerado, os serviços serão paralisados e só reiniciados quando corrigidas as falhas
de execução, se necessário com a troca do equipamento espargidor ou do operador.

Quando a imprimação se destinar a um tratamento superficial duplo, o


acabamento da superfície em áreas visualmente suspeitas, será verificado com auxílio
de duas réguas, com comprimento de 3,00m e 0,90m, colocadas em ângulo reto,
alternando cada uma em posição normal e paralela ao eixo da rodovia. A verificação
da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm em
qualquer das duas posições do conjunto.

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PAG. 08/08
8 MEDIÇÃO

A execução da imprimação será medida através da área executada e


aprovada, em metros quadrados.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente aplicado,


calculado com base nas taxas obtidas no controle de execução.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para a área de


imprimação e peso do ligante asfáltico, medidos conforme o item anterior, estando
nele incluído todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de
equipamentos, veículos, ferramentas, armazenamento e perdas de material
betuminoso nos tanques de estocagem, mão de obra, encargos, transportes,
impostos, eventuais, bem como a indenização da aquisição de material betuminoso,
quando o mesmo não é fornecido pelo contratante, e lucro.

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PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

Pintura de ligação é o serviço de aplicação de um banho de material


asfáltico numa superfície que irá receber um revestimento asfáltico, para fins de
aderência.

A pintura de ligação poderá ser aplicada:

a) na superfície de uma base granular cuja imprimação perdeu o poder


de aderência;
b) na superfície de outros tipos de base, tais como calçamentos, peças
intertravadas, placas de concreto, concreto rolado;
c) na superfície de uma camada asfáltica, recém executada ou antiga.

É de se notar que a imprimação deve penetrar na camada de base,


impermeabilizá-la e promover aderência eventualmente, enquanto a pintura de ligação
tem a única função de promover aderência.

2 MATERIAIS ASFÁLTICOS

O ligante asfáltico ideal para pintura de ligação é o que deixa uma


película sobre a superfície da ordem de 0,3mm a 0,5mm de espessura do CAP
(cimento asfáltico) residual. Uma espessura maior provoca escorregamento no
revestimento asfáltico sobrejacente e uma espessura menor pode ocorrer
desuniformidade no banho de ligante.

Os materiais asfálticos mais utilizados, na pintura de ligação são as


emulsões catiônicas de ruptura rápida tipo RR-1C (62% de CAP residual) e RR-2C
(67% de CAP residual).

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PAG. 02/07
Pode ser também usada a emulsão asfáltica modificada por polímero
elastomérico catiônico tipo RR-1C-E, geralmente quando o revestimento sobrejacente
contém polímero.

Para se conseguir um espalhamento do ligante mais uniforme aumenta-


se a taxa de aplicação acrescentando-se água à emulsão asfáltica.

Para se conseguir a película mínima de CAP residual normalmente se


adota as seguintes taxas de emulsão + água:
 RR-1C: 50% de emulsão + 50% de água -----------Taxa = 1,0Kg/m²
(1,0Kg/m² x 50% x 62% ÷ 1000Kg/m³ = 3,1 x 10-4 m = 0,31mm)
 RR-2C: 46% de emulsão + 54% de água -----------Taxa = 1,0kg/m²
(1,0Kg/m² x 46% x 67% ÷ 1000Kg/m³ = 3,1 x 10-4 m = 0,31mm)

As taxas de emulsão asfáltica aqui sugeridas devem ser ajustadas no


campo porque igualmente a imprimação são taxas definidas experimentalmente,
dependente muito da rugosidade e porosidade da superfície que receberá a pintura
de ligação.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos para o serviço de pintura de ligação devem ser


cuidadosamente examinados pela fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o
que não será dada a ordem de serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

Os equipamentos da pintura de ligação são os seguintes:


 Para varredura da superfície a pintar: vassouras mecânicas rotativas
ou jato de ar comprimido, podendo também ser por varredura manual;
 Caminhão distribuidor do ligante asfáltico, provido com bomba
reguladora de pressão, barra de distribuidora do tipo de circulação plena, com
dispositivo que permita ajustamentos verticais de altura e largura variável para o
espalhamento do ligante, devem ainda dispor de tacômetro, calibradores,

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PAG. 03/07

termômetros, todos de fácil visualização e um espargidor manual para correções do


banho ou pintura em pequenas superfícies;

 Depósito para estoque de ligante asfáltico, com capacidade de


armazenamento para no mínimo um dia de trabalho, equipado com dispositivo que
permita o aquecimento na temperatura adequada e de maneira uniforme para todo
conteúdo.

4 EXECUÇÃO

Antecedendo a pintura de ligação faz-se a varredura da superfície, de


modo a eliminar o pó e materiais soltos porventura existentes.

A faixa de viscosidade adequada para a aplicação da emulsão asfáltica


é de 30 a 100 segundos Saybolt Furol. A temperatura de aplicação do ligante é
definida pelo gráfico de temperatura x viscosidade. A aplicação do ligante não deve
ser feita quando a temperatura ambiente for inferior a 10°C e em dias de chuva ou de
chuva iminente.

A ruptura da emulsão depende do teor de CAP, do emulsificante e da


temperatura de aplicação, mas geralmente não passa de 2 minutos. Há, no entanto,
que se esperar a evaporação ou o escoamento da água.

A pista ou meia pista pintada tem de ser interditada ao tráfego, até que
seja recoberta com o revestimento da mistura asfáltica.

O tempo de exposição ao sol e ao vento de uma pintura de ligação é o


necessário para não haver a perda do poder de aderência, que pode ser observado
visualmente (“pintura cega”).

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PAG. 04/07
As superfícies cimentadas (solo-cimento, placas de concreto, concreto
rolado, etc) devem ser levemente umedecidas antes da pintura de ligação. Nas
superfícies asfálticas a pintura de ligação é feita com as superfícies secas, sem
umidade.

Para evitar excesso de ligante, por superposição de banhos, deve-se


colocar faixas de papel impermeável, transversalmente à pista, no final da superfície
pintada anteriormente.

Havendo falhas na aplicação do material asfáltico, a mesma deverá ser


corrigida imediatamente com o espargidor manual.

A taxa de aplicação do ligante é estabelecida experimentalmente em


segmento teste, no início da pintura de ligação para cada tipo de superfície a pintar.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades da pintura de ligação que podem causar danos ao meio


ambiente são o armazenamento e o espalhamento do ligante asfáltico.

O depósito de material asfáltico deve ser instalado em local afastado de


cursos d’água.

É vedado o refugo de materiais asfálticos na faixa de domínio da rodovia


ou em qualquer outro local que possa causar danos ambientais.

A desmobilização desta atividade inclui a remoção do depósito de


ligante, a limpeza de eventuais resíduos asfálticos no canteiro de obras e a
recomposição de toda área afetada pela operação de pintura de ligação.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Material asfáltico


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PAG. 05/07
A condição essencial é que o material asfáltico atenda esta
especificação e as especificações particulares e complementares contidas no projeto.

A todo carregamento de material asfáltico que chegar à obra será exigido


o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios atendendo a
especificação do anexo VI, conforme a seguir:
 para emulsão asfáltica: viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME
004/94);
resíduo por evaporação (ABNT NBR
6568/84);
peneiramento (DNER-ME 005/94);
sedimentação (DNER-ME 006/00).

No laboratório da obra, com amostra coletada no 1° carregamento, será


realizado o ensaio de viscosidade Saybolt Furol, com dois pontos, a 25°C e 50°C, para
traçar o gráfico viscosidade x temperatura que definirá a faixa de temperatura de
espalhamento do material asfáltico.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios indicados para confrontar com os resultados do certificado
de fábrica.

6.2 Controle de execução

A condição essencial é que a taxa de aplicação do ligante asfáltico


diluído em água seja a taxa definida no segmento teste com a tolerância de  20%
(0,8 T a 1,2 T).

O controle da taxa de aplicação será feito através de uma bandeja, de


área e peso conhecidos, que será colocada na faixa a ser pintada por ocasião da
passagem do caminhão espargidor. A taxa é calculada pela diferença de peso da
bandeja, com ligante e sem ligante, dividida pela área da bandeja.

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PAG. 06/07
A frequência de determinação da taxa de aplicação é a cada 100 metros
da faixa pintada.

O controle estatístico da taxa de aplicação é feito conforme a seguir:


 Número de determinações = n (n  9)
 Ti
 Taxa média: T 
n

 Desvio padrão: s   (Ti - T ) 2 / n  1

 Taxa máxima: Tmax = T  Ks

 Taxa mínima: Tmin = T  Ks


K – dado pela tabela 2 da SOP-ES-P 01/19, em função do número de
amostras, a seguir:
Tabela 2
n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
a 0,45 0,35 0,3 0,25 0,19 0,15 0,1 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k copeficiente multiplicador; a = risco do executante

O serviço de pintura de ligação será aprovado (AP) quando a taxa de


aplicação se situar entre os limites especificados. Em caso contrário o serviço será
não aprovado (NAP), devendo a fiscalização determinar as seguintes providências:
 Excesso de ligante: lançar uma camada de areia ou pó de pedra sobre
a área com excesso de ligante, comprimindo a areia ou pó de pedra com rolo de
pneus, depois varrer para tirar a areia ou pó de pedra não fixado e aplicar uma nova
pintura de ligação;
 Escassez de ligante: corrigir a taxa de ligante com nova pintura de
ligação ou com o uso do espargidor manual;

Todos os ônus da correção por conta do construtor.

6.3 Registro do controle tecnológico

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PAG. 07/07
Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,
acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação, sejam preenchidos fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 MEDIÇÃO

A pintura de ligação será medida através da área executada e aprovada,


em metros quadrados.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, calculado com base nas taxas obtidas no controle de execução.

8. PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para a área de


pintura de ligação, e peso do ligante asfáltico medidos conforme o item anterior,
estando nele incluído todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de
equipamentos, veículos, ferramentas, armazenamento e perdas de material
betuminoso nos tanques de estocagem, diluição de emulsão em água, mão de obra,
encargos, impostos, eventuais, bem como a indenização da aquisição de material
betuminoso, quando o mesmo não é fornecido pelo contratante, e lucro.

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PAG. 01/24
1 DEFINIÇÃO

Tratamento superficial simples (TSS) é o revestimento asfáltico


constituído de uma só camada de agregado, com a incorporação do ligante asfáltico
feita por penetração invertida, podendo ou não ser complementada com um banho de
penetração direta, submetido este revestimento à compressão.

O tratamento superficial simples (TSS) normalmente é executado sobre


uma base imprimada, na pista e/ou nos acostamentos, obedecendo alinhamento,
greide e seção transversal de projeto.

O TSS pode também ser utilizado como camada intermediária de


diluição de tensões de tração na flexão em revestimentos de misturas asfálticas.

2 MATERIAIS

2.1 Materiais asfálticos

O ligante asfáltico por excelência a ser utilizado em um tratamento


superficial simples (TSS) é uma emulsão asfáltica catiônica EA- RR-2C seguida da
EA RR-1C (especificações no anexo VI) e eventualmente de um CAP 150/200
(portaria DNC/93 – tabela 2) ou de um CAP-7 (tabela 1). Podem ser usados também
ligantes asfálticos modificados por polímeros, quando indicados no projeto.

2.2 Agregados

O agregado a ser usado em TSS pode ser: pedra britada, seixo rolado
britado, cascalho britado, ou outro indicado no projeto.

O agregado deve, por inspeção visual, possuir partículas: limpas, duras,


isenta de qualquer cobertura e de torrões de argila.

O agregado deve apresentar as seguintes características:

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PAG. 02/24
 isento de pó;
 ter resistência ao choque e à abrasão adequadas;
 ter forma e textura satisfatórias;
 granulometria adequada (tipo monogranular – Dmax e Dmin
próximos);
 ter absorção compatível com o teor de ligante;
 boa adesividade com o ligante asfáltico;
 durabilidade.

2.2.1 Presença de pó

É um dos maiores inconvenientes que um agregado de um TSS pode


apresentar. O pó pode ocorrer em qualquer tipo de rocha, sendo mais frequente nas
britas de calcário e de arenito.

Havendo presença de pó o agregado deve ser obrigatoriamente lavado,


não se aceitando a retirada do pó através de peneiramento, jatos de ar ou outros
artifícios.

2.2.2 Resistência à abrasão

O desgaste por abrasão Los Angeles (DNER-ME 35) deverá ser: LA 


40%.

2.2.3 Forma e textura satisfatórias

O índice de forma (DNER-ME 86) não pode ser inferior a 0,5.

Opcionalmente, poderá a forma ser avaliada pela percentagem de grãos


defeituosos, calculada em uma amostra coletada aleatoriamente de pelo menos 10
grãos, pela seguinte fórmula:

L + 1,2g  6e (grãos defeituosos)

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PAG. 03/24
Sendo: L = maior dimensão do grão;
g = média das aberturas de duas peneiras de malha quadrada
entre as quais o grão fica retido;
e = afastamento mínimo de dois planos paralelos entre os quais
fica contido o grão.
Por esse método a porcentagem de grãos defeituosos da amostra não
poderá ultrapassar 20% (25% para rochas basálticas e diabásicas).

A melhor textura é a rugosa pois favorece a adesividade com o ligante


asfáltico, assim como uma pequena porosidade (relação entre o volume de vazios e
o volume total).

2.2.4 Absorção

Quando o agregado apresenta uma absorção de água  1% (DNER-ME


81 – Determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo), deve-se corrigir
a taxa de CAP considerando-se que a absorção do CAP é a metade da absorção da
água.

2.2.5 Granulometria adequada

A granulometria do agregado de TSS deve obedecer a equação d  0,6


D, onde D é a abertura da peneira de malha quadrada superior e d é a abertura da
peneira de malha quadrada inferior, considerando-se as tolerâncias.

A tolerância granulométrica é de 5% retido na peneira D e de 12%


passando na peneira d, exigindo-se ainda que se tenha no máximo 3% passando na
peneira N° 10 (2mm) e 1% na peneira N° 200 (0,074mm), todos os ensaios pelo
DNER-ME 83.

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PAG. 04/24
Esta especificação sugere as seguintes classes granulométricas (D – d):
CLASSE GRANULOMÉTRICA D–d NÚMERO N
19 mm – 16 mm 2,5 x 105 – 7,5 x 105
I
(3/4” – 5/8”)
16 mm – 10 mm 7,5 x 104 – 2,5 x 105
II
(5/8” – 3/8”)
10 mm – 6,3 mm  7,5 x 104
III
(3/8” – 1/4”)

Nota: a chamada “capa selante”, tendo por agregado o pó de pedra (D


= peneira N° 4 = 4,8mm e d = N° 200 = 0,074mm) ou de preferência areia
de rio (D = 4,8mm e d = 0,074mm) pode ser considerada uma extensão
de TSS.

2.2.6 Adesividade satisfatória/melhoradores de adesividade (dope)

A adesividade é uma propriedade do par agregado/ligante e deve ser


determinada com o ligante que se vai realmente usar. Os agregados eletronegativos
têm geralmente adesividade não satisfatória com o CAP 150/200 ou CAP-7, como é
o caso do granito, gnaisse, quartzito, arenito, etc. Neste caso deve-se acrescentar ao
ligante um melhorador de adesividade, também chamado dope, da ordem de 0,4% a
0,6% do peso do CAP, conforme fixado em projeto.

O dope deve necessariamente ser adquirido separadamente e


incorporado ao CAP no canteiro de obra, na porcentagem indicado pelo ensaio de
adesividade (DNER-ME 78). A adesividade deve ser sempre satisfatória com o dope.

As emulsões catiônicas apresentam sempre boa adesividade com os


agregados, tanto os eletronegativos como os eletropositivos (basaldo, diabásio,
calcário, etc).

Para o caso de emulsão asfáltica catiônica, pode-se verificar a


adesividade com agregado graúdo através do ensaio determinação expedita da
resistência à água, aprovado pela comissão de asfalto do IBP – Instituto Brasileiro

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PAG. 05/24
de Petróleo (apresentado no anexo), devendo resultar uma área do agregado
recoberta com asfalto de no mínimo 90%.

Nota: deve-se evitar agregados de calcários calcíticos (carbonato de


cálcio) e dolomíticos (carbonatos duplos de cálcio e magnésio), porque
apresentam má adesividade com emulsões asfálticas.

2.2.7 Durabilidade

Quando a pedra for de diabásio ou de basalto ou de natureza


mineralógica sujeita a alterações, deve-se realizar o ensaio de durabilidade pelo
emprego de solução de sulfato de sódio ou de magnésio (DNER-ME 89). Se houver
perda superior a 12% com o sulfato, em 5 ciclos, a pedra não serve como agregado
do TSS devendo-se impedir sua utilização.

 Nota sobre a britagem – uma boa britagem é fundamental para se


obter agregados com boa forma. Deve-se seguir a orientação dos “manuais de
britagem”, dando-se especial atenção para: relação de britagem (RB) (relação entre a
dimensão do bloco de pedra que entra no britador primário e a dimensão máxima do
que sai) e para as vantagens da britagem em circuito fechado (o material que sai do
secundário volta para o primário). Algumas rochas, como basalto e diabásio, podem
exigir britadores especiais, para fornecerem uma brita razoavelmente cúbica.

Caso se trate de cascalho ou seixo britados, deve-se exigir pelo menos


duas faces britadas. Deve-se recomendar que a britagem seja feita com uma relação,
RB a maior possível.
Dimensão mínima do seixo rolado
RB 
Dimensão máxima do agregado

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PAG. 06/24
3 DOSAGEM DO AGREGADO E DO LIGANTE

3.1 Taxa de agregado por classe granulométrica

A classe granulométrica é a indicada no projeto, de um modo geral


obedece ao preconizado no item 2.2.5 que também sugere 3 classes (I, II e III).

A taxa de agregado pode ser calculada pela fórmula:


Tag. = K (D + d) /2
Tag em litros por metro quadrado;
D e d: diâmetros máximo e mínimos do agregado em milímetros;
K = 0,90 para a classe granulométrica I;
= 0,93 para a classe granulométrica II;
= 1,10 para a classe granulométrica III.

Exemplo: classe II (5/8” a 3/8”); Tag = 0,93 (16 + 10) /2 = 12 Lts. /m²

A taxa de agregado assim calculada deverá ser ajustada e confirmada


no laboratório, em bandeja de área conhecida, com o agregado arrumado
manualmente, e no campo em panos de 40m x 3,5m = 140m², com o agregado
espalhado pelo equipamento distribuidor de agregado.

3.2 Taxa de ligante asfáltico (CAP e EAC)

Para o CAP 150/200 ou CAP-7, a taxa de ligante é calculada


preliminarmente pela seguinte fórmula prática:
TCAP = Tag/12
TCAP em litros por metro quadrado;
Tag = taxa de agregado em l/m².

12 lts./m²
Exemplo: classe II (5/8” a 3/8”): TCAP   1 lit./m²
12

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PAG. 07/24
Para a emulsão asfáltica catiônica as taxas de ligante são calculadas em
função do respectivo CAP residual, a saber RR-2C = 67% de CAP e RR-1C = 62% de
CAP, considerando-se também que as emulsões tem um aproveitamento melhor do
que o CAP, em cerca de 6%, devido a sua menor viscosidade.

Assim, temos:
TRR-2C = 0,94 TCAP/0,67 ou TRR-2C = 0,117 Tag
TRR-1C = 0,94 TCAP /0,62 ou TRR-1C = 0,126 Tag

Tem-se então para as três classes granulométricas sugeridas:


GRANULOMETRIA LITRO/m²
CLASSE
mm Pol. Tag TCAP TRR-1C TRR-2C
I 19 – 16 3/4” – 5/8” 16 1,32 1,99 1,85
II 16 – 10 5/8” – 3/8” 12 1,01 1,52 1,42
III 10 – 6,3 3/8” – 1/4" 9 0,75 1,13 1,05

Igualmente as taxas de agregados, as taxas de ligantes terão que ser


ajustadas e confirmadas experimentalmente em segmentos testes.

No caso de TSS com emulsão asfáltica, para o banho de cobertura


diluído em água, retira-se 0,3 lts. /m² da taxa de ligante e mistura-se com 0,3 lts. /m²
de água obtendo-se uma taxa final de 0,6 lts. /m².

4 EQUIPAMENTO

Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado em contrato.

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PAG. 08/24
Os equipamentos do tratamento superficial simples são os seguintes:
 Para varredura da superfície que vai receber o revestimento de TSS
são utilizados vassoura mecânica rotativa, jato de ar comprimido, complementados
com vassouras manuais;
 Caminhão distribuidor do ligante asfáltico, capaz de distribuir o ligante
uniformemente, na taxa preconizada, dotado de suspensão adaptadamente rígida,
sistema autônomo de aquecimento e de circulação do ligante, isolamento térmico,
bomba de pressão regulável, controle de velocidade (tacômetro ou quinta roda), barra
de distribuição com circulação plena e com dispositivos que possibilitem ajustamentos
verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante, calibradores, termômetros
em locais de fácil visualização e um espargidor manual para correções de banho ou
espargimento em pequenas áreas;
 Distribuidor de agregado, autopropulsor, sendo permitido o rebocável
por caminhão (spreaders), não se aceitando o tipo acoplável a caminhão porque
apresentam exagerada altura de queda dos agregados;
 A distribuição de agregados e ligante é também executada
satisfatoriamente por caminhão multifuncional de espalhamento simultâneo, provido
dos seguintes acessórios:
 silos para agregados;
 depósito para ligante asfáltico;
 sistema de aquecimento e bomba reguladora;
 barra espargidora que distribui o ligante asfáltico em quantidade
e temperatura uniformes;
 distribuidor de agregados com regulagem de altura e inclinação
para proporcionar distribuição uniforme;
 A compressão do TSS é feita por uma combinação do rolo liso tandem
(peso/largura no intervalo 25kgf/cm a 45kgf/cm) com o rolo de pneus autopropulsor
de pressão variável (35 a 120 psi ou 0,25 MPa a 0,84 MPa);

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PAG. 09/24
 Depósito de ligante asfáltico, equipado com dispositivos que
proporcionem aquecimento adequado e uniforme, com capacidade de
armazenamento do ligante na quantidade suficiente para no mínimo um dia de
trabalho;
 Depósito de agregados em locais abrigados contra chuva e poeira ou
qualquer contaminação prejudicial à sua granulometria;
 Ferramentas manuais, complementares à distribuição dos agregados
e ligante.

5 EXECUÇÃO

A execução de TSS não é permitida em dias de chuva ou com chuva


iminente e quando a temperatura ambiente é inferior a 12°C para o ligante CAP e
inferior a 9°C para a EAC.

As etapas de execução são as seguintes:


 limpeza da superfície a ser tratada;
 espargimento do ligante asfáltico;
 distribuição do agregado;
 compressão do agregado.

Para o caso de CAP-150/200 ou CAP-7:


 liberação ao tráfego, e
 eliminação dos rejeitos dos agregados.

Para o caso de EAC RR-2C ou RR-1C:


 Espargimento de EAC diluída em água (proporção de 1:1) sobre o
agregado já comprimido, observando-se que: a) se for possível desviar o tráfego, faz-
se o espargimento após 3 dias de rolagem pneumática (13 hs às 15 hs), b) se não
houver desvio de tráfego, trabalha-se em meia pista fazendo-se o espargimento
imediatamente após a compressão;

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PAG. 10/24
 Liberação ao tráfego, e
 Eliminação dos rejeitos dos agregados, se for o caso, já iniciada nos
três dias de rolagem pneumática.

5.1 Limpeza da superfície a ser tratada

Deve ser feita mecanicamente com vassouras rotativas, complementada


com vassouras manuais (piaçava ou similar) ou com jatos de ar comprimido.
Eventualmente pode ser feita somente a varredura manual. Em qualquer caso deve
ser assegurada uma superfície completamente limpa, isenta de pó, poeira ou outros
elementos prejudiciais. No caso de CAP a superfície tem de estar completamente
seca. No caso de EAC uma leve umidade da superfície é benéfica.

5.2 Espargimento do ligante asfáltico

Para o CAP e para a EAC a faixa de viscosidade de espargimento é de


30 a 60 sSF. As temperaturas de espargimento são definidas pela curva log. de
viscosidade x temperatura, determinada através de ensaio realizado com amostra
coletada no 1° carregamento de ligante que chegar à obra. O ensaio é feito para dois
pontos de temperatura, a saber: 135°C e 177°C para o CAP, 35°C e 60°C para EAC
RR-1C e 40°C e 80°C para EAC RR-2C.

No caso de CAP com dope, este deve ser misturado no canteiro,


preferencialmente fazendo-se a circulação no próprio caminhão distribuidor, de onde
deve-se coletar amostra para se conferir a adesividade (DNER-ME 78) e se traçar a
curva log. de viscosidade x temperatura.

A altura da barra distribuidora juntamente com o ângulo de inclinação


dos bicos espargidores definem a cobertura ou superposição dos banhos, devendo-
se levar em conta a intensidade do vento no local.

O mais usual é se trabalhar com cobertura dupla do banho para


proporcionar boa uniformidade no espargimento transversal.

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A taxa de ligante é resultante da combinação da pressão da bomba,
funcionamento dos bicos, viscosidade do ligante e velocidade do caminhão
(tacômetro), sendo estabelecida experimentalmente.

A superposição de banhos nas juntas transversais (início e final de cada


espargimento) deve ser evitada, utilizando-se tiras de papel Kraft ou similar, com
largura de 80 a 100cm.

Para as juntas longitudinais, resultante da execução em meia pista,


recomenda-se uma pequena superposição na largura da metade do leque de
espargimento do último bico da barra distribuidora.

É fundamental a experiência no serviço do motorista do veículo


espargidor, devendo-se colocar na pista guias delimitadoras dos limites do
espargimento.

5.3 Distribuição do agregado

Antes do início da distribuição deve-se aferir a taxa de agregado através


da relação experimental taxa x velocidade do equipamento distribuidor.

A distribuição do agregado será feita logo após o espargimento do


ligante.

A distribuição do agregado é feita mecanicamente com o equipamento


distribuidor, sendo a correção dos excessos e das faltas realizada por processos
manuais.

5.4 Compressão do agregado

A compressão no dia do espalhamento do agregado é feita pela


combinação do rolo liso tandem (25 a 45kgf/cm) com o rolo de pneus de pressão
variável (35 a 120 psi ou 0,25 MPa a 0,84 MPa), geralmente iniciando pelo rolo liso
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(Vel. = 3 km/h), com duas coberturas, seguido do rolo de pneus com pressão entre 90
e 110 psi ou 0,63 e 0,78 MPa (Vel. = 10 km/h), com três coberturas.

O número exato de coberturas será definido experimentalmente,


observando-se o comportamento do TSS e se está havendo fratura ou esmagamento
do agregado.

O sentido transversal da compressão é sempre da cota mais baixa para


a cota mais alta, ou seja, nas tangentes o sentido é do bordo para o eixo da pista e
nas curvas do bordo interno para o externo.

Após a compressão do agregado elimina-se da pista as eventuais


partículas rejeitadas, antes do banho final de ligante.

É boa prática, para maior fixação do agregado, se fazer uma compressão


complementar nos três dias seguintes ao seu espalhamento e compressão inicial. A
compressão complementar deve ser feita no período entre 13hs e 15hs de cada dia,
com rolo de pneus com pressão entre 90 e 110 psi e velocidade de 30 a 50 km/h.

5.5 Liberação do tráfego

Quando o ligante do TSS é o CAP, a liberação ao tráfego ocorre após o


término da compressão complementar seguida da retirada dos rejeitos sobre a pista.

Quando o ligante do TSS é a EAC, faz-se a compressão complementar,


retira-se os rejeitos, aplica-se o banho de EAC diluída em água e espera-se 24 horas
para se fazer a liberação ao tráfego.

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6 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades do serviço de tratamento superficial simples que podem


causar danos ao meio ambiente são a obtenção e aplicação de agregado pétreo e o
armazenamento e a aplicação do ligante asfáltico.

6.1 Agregado

6.1.1 Quando for proveniente de exploração de pedreira não comercial


indicada no Projeto, deverão se observar as seguintes situações:
 Os agregados somente serão aceitos após a contratada apresentar à
fiscalização as licenças exigidas pelo ordenamento ambiental, devendo ser anexada
cópias ao livro de ocorrência da obra;
 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área
de preservação ambiental;
 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a
minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a
 recuperação ambiental após a retirada de todos materiais e
equipamentos;
 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;
 Construir bacias de sedimentação para retenção de pó de pedra
eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando assim o
carreamento do pó para cursos d’água;
 As estradas de acesso deverão seguir a especificação SOP-ES-T
02/19 e recomendações previstas na DER-ISA 02/96 – abertura de trilhas, caminhos
de serviços e estradas de acesso.

6.1.2 Quando o agregado pétreo for adquirido de pedreira comercial, será


exigido documentação atestando a regularidade das instalações e operação junto ao
órgão ambiental competente.

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6.2 Ligante Asfáltico

6.2.1 Os depósitos de materiais asfálticos devem ser instalados em locais


afastados de curso d’água.

6.2.2 É vedado o refugo de material asfáltico na faixa de domínio ou em


qualquer local que possa causar danos ambientais.

6.2.3 Na desmobilização das atividades do TSS retirar os depósitos de


ligantes e instalações provisórias, efetuar a limpeza do canteiro de obra e recompor a
área afetada pelas operações do serviço.

7 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Materiais asfálticos (EAC e CAP)

A condição essencial é que os materiais asfálticos empregados no


tratamento superficial simples atendam esta especificação e as especificações
particulares e complementares contidas no projeto.

7.1.1 Emulsão asfáltica catiônica (EAC: RR-2C e RR-1C)

A todo carregamento de emulsão asfáltica catiônica que chegar à obra


será exigido o respectivo “certificado de fábrica”, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as especificações do anexo VI, conforme a seguir:
 viscosidade Saybolt Furol (DNER-ME 004/94);
 resíduo por evaporação (ABNT NBR 6568);
 peneiramento (DNER-ME –005/94);
 Sedimentação (DNER-ME 006/00);
 carga de partícula (ABNT NBR 6567);

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Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão
ser realizados os ensaios indicados para confrontar com os resultados do “certificado
de fábrica”.

7.1.2 Cimento asfáltico de petróleo (CAP-150/200 e CAP-7)

A todo carregamento de cimento asfáltico de petróleo que chegar a obra


será exigido o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as normas da portaria N° 2 do DNC contidas na tabela 1 para o CAP-7 e
na tabela 2 para o CAP-150/200 (cópia no anexo), conforme a seguir:
 espuma (aquecido a 175°C);
 penetração (MB-107);
 viscosidade Saybol Furol (P-MB-517) a 135°C e 177°C.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios da portaria N°2 do DNC para confrontar com os resultados
do certificado de fábrica.

7.1.3 Temperatura de espargimento

No laboratório da obra, com amostra coletada, no 1° carregamento de


ligante, será realizado o ensaio de viscosidade Saybol Furol, com dois pontos de
temperatura, sendo a 25°C e 50°C para as emulsões asfálticas e a 135°C e 177°C
para o cimento asfáltico, com a finalidade de se traçar o gráfico viscosidade x
temperatura que definirá a faixa de temperatura de espalhamento do respectivo
material asfáltico.

O material asfáltico que não atender estas especificações, de emulsões


asfálticas catiônicas e as especificações da portaria N° 2 do DNC, tabelas 1 e 2, para
os cimentos asfálticos de petróleo será considerado não aprovado (NAP) e rejeitado,
sendo terminantemente proibido a sua utilização no serviço de TSS.

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7.2 Agregado para TSS

A condição essencial é que o agregado para TSS atenda as exigências


de resistência à abrasão tenha durabilidade, adesividade satisfatória, absorção,
granulometria, índice de forma e seja isento de pó.

7.2.1 Resistência à abrasão (DNER-ME 35)

O agregado para TSS poderá ter um desgaste por abrasão (ensaio Los
Angeles) de no máximo 40% em peso.

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado.

Por ocasião da obra, pode ser necessário se verificar o desgaste por


abrasão, no início do serviço, para confirmar o resultado da pedreira do projeto a
critério da fiscalização ou, no decorrer do serviço, quando houver alteração na rocha
da pedreira ou quando se mudar de pedreira.

O agregado que apresentar desgaste por abrasão superior a 40% não


poderá ser utilizado no TSS.

7.2.2 Ensaio de durabilidade (DNER-ME 89)

Quando o agregado for de rocha basáltica ou diabásica ou de natureza


mineralógica sujeita a alterações, exige-se o ensaio de durabilidade através do qual
se verifica a perda do agregado sob a ação de uma solução de sulfato de sódio, 5
ciclos, não podendo ser superior a 12% de partículas afetadas.

Este ensaio é também feito pelo projeto ao indicar a pedreira.

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Durante a obra este ensaio será repetido para as rochas citadas, a título
de confirmação do resultado do projeto.

O agregado que apresentar no ensaio de durabilidade perda superior a


12% não poderá ser utilizado no TSS.

7.2.3 Adesividade (ensaio do IBP para EAC e DNER-ME 78 para CAP)

A adesividade é uma propriedade do par agregado pétreo x ligante


asfáltico, tendo importância fundamental no revestimento de TSS.

O ensaio de adesividade entre o ligante e o agregado indicado é feito


pelo projeto, mas durante a obra é obrigatório a realização desse ensaio porque as
amostras do agregado e do ligante são muito mais representativas e mais reais.

No início dos serviços, com amostras do agregado, após produzido pelo


menos 5% da quantidade prevista, e do ligante coletada no 1° carregamento que
chegar à obra, faz-se o ensaio de adesividade conforme a seguir.
 Para EAC faz-se o ensaio de determinação expedita da resistência à
água (adesividade) sobre agregados graúdos (ensaio do IBP – cópia no anexo). Se
em 5 ensaios a área dos agregados recoberta com asfalto, estimada visualmente
atender as inequações:
Área recoberta = X - 1,55 s  90%
 Xi
sendo: X e s  (X i - X) 2 /4
5
a adesividade é considerada “satisfatória”.

Em caso contrário, pede-se providências ao fornecedor de EAC para


alterar a formulação da emulsão e, se não for resolvido o problema se deve mudar de
EAC, ou do agregado, ou de ambos.

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 Para CAP, sem ou com dope conforme indicado no projeto, faz-se o
ensaio DNER-ME 78 - Adesividade de agregado graúdo a ligante betuminoso. Se em
5 ensaios não se verificar nenhum deslocamento da película asfáltica no agregado a
adesividade é considerada “satisfatória”. Em caso contrário a solução é mudar de
agregado. Vale salientar que a mistura do CAP com o dope é feita no caminhão
espargidor e que para teores de dope acima de 0,7% do peso do ligante deve-se
verificar a sua influência na viscosidade do CAP.

7.2.4 Verificação da absorção (DNER-ME 81)

O ensaio DNER-ME 81 – determinação das densidades real e aparente


dos grãos de agregado graúdo, permite também se calcular a absorção de água pela
superfície específica do agregado após saturação em relação a seu peso. Quando a
absorção de água é superior a 1% do peso do agregado, deve-se fazer um estudo da
consequente absorção de asfalto e o acréscimo da taxa de ligante, comparando o seu
custo com o custo de se mudar de pedreira, cabendo à fiscalização a decisão final.

7.2.5 Índice de forma do agregado (DNER-ME 86)

O índice de forma do agregado embora seja determinado pelo projeto na


indicação da pedreira, deve também ser determinado no início da obra, com amostra
coletada após a produção de pelo menos 5% da quantidade prevista para o agregado,
por ser uma amostra mais representativa do agregado que realmente se está
utilizando.

O agregado será aprovado (AP) se o índice de forma for igual ou superior


a 0,5. Em caso contrário o agregado será não aprovado (NAP), inclusive removido da
pista se já tiver sido espalhado. Todos os ônus por conta do construtor.

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7.2.6 Granulometria do agregado (DNER-ME 83)

O controle da granulometria do agregado é obrigatório por todo tempo


de execução do TSS, com amostras coletadas na pista, através de bandejas na
passagem do equipamento distribuidor, ou coletas de amostras no próprio
equipamento distribuidor, para realização de no mínimo duas granulometrias por dia
de trabalho.

As tolerâncias a serem obedecidas pelo agregado sendo (D – d) a classe


granulométrica do TSS, são as seguintes:
AGREGADO (GRANULOMETRIA) TOLERÂNCIA
 Xmax (% retida na peneira Dmm)  5%
 Xmax (% passando na peneira dmm)  12%
 Xmax (% passando na peneira de 2mm)  3%
 Xmax (% passando na peneira de 0,074mm)  1%

O agregado que não atender a granulometria será não aprovado (NAP),


devendo ser retirado da pista se já tiver sido espalhado, todos os ônus por conta do
construtor.

O agregado não aprovado poderá ser peneirado ou lavado para se


enquadrar nas exigências granulométricas e ser reutilizado.

7.3 Controle das taxas de ligante e de agregado

No momento da execução do TSS deverão ser conferidas as seguintes


providências:
 Funcionamento do distribuidor de ligante (pressão da bomba,
tacômetro, barra distribuidora, bicos, termômetro);

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 Marcação de referência da faixa da rodovia para orientação do
operador dos equipamentos de distribuição de ligante e de agregados (início, final,
bordos);
 Colocação das faixas de papel no início e final do banho de ligante;
 Pessoal auxiliar para serviços manuais de correção do espalhamento
do agregado;
 Controle da temperatura do ligante para proporcionar a distribuição na
viscosidade adequada;
 Colocação de bandejas para determinação das taxas de ligante e de
agregado.

7.3.1 Controle da taxa de ligante

A taxa de ligante será controlada a cada 100 metros da faixa trabalhada,


através de bandejas, de área e peso conhecidos, colocadas na passagem do
equipamento distribuidor.

A bandeja pode ser de metal leve ou de preferência de folha de papelão


recoberta com algodão colado na mesma (sendo mais leve que o metal dá maior
precisão, podendo-se pesar em balança com precisão de 0,1 grama).

As dimensões da bandeja ou folha de papelão são de 0,50m x 0,50m,


geralmente. cada bandeja será utilizada apenas uma vez.

Tolerâncias da taxa de ligante:


 taxa mínima  0,95 taxa ideal:
 taxa máxima  1,15 taxa ideal:

Muito importante também é a aprovação visual da distribuição do ligante,


quando são observadas a uniformidade do banho e se houve falhas (falhas de bico)
para ser corrigidas.

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No caso do ligante de EAC, havendo taxa do 1° banho inferior a mínima
estabelecida (mas sem falha de bico), pode-se compensar aumentando-se a taxa do
2° banho de cobertura, de penetração direta.

7.3.2 Controle da taxa de agregado

Igualmente ao controle da taxa de ligante, a taxa de agregado tem de


haver aprovação visual do espalhamento e aprovação da taxa determinada pelo
processo da bandeja.

Na bandeja as tolerâncias da taxa de agregado são as seguintes:


 taxa mínima  0,90 taxa ideal:
 taxa máxima  1,10 taxa ideal:

Havendo desaprovação (NAP) das taxas de ligante e/ou de agregados,


caberá a fiscalização a solução do problema, podendo ser a recomposição do TSS
em áreas isoladas até a execução de uma nova camada de TSS sobreposta à
defeituosa, todos os ônus debitados à construtora.

7.4 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

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A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em
função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 número de deflexões do SH: n
 Do
 deflexão média: D 
n

 desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3
 Fator de correção sazonal (Fs):
SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/Permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver),

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Regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como
a existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição
das cargas do tráfego sobre a estrutura. para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

7.5 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

8 CONTROLE GEOMÉTRICO

Evidentemente, a espessura de um tratamento superficial simples é


definida pelo tamanho do agregado.

Por outro lado, o acabamento de sua superfície é função praticamente


exclusiva do acabamento da base. Se o acabamento da base é bom e o agregado foi
bem controlado, o acabamento do TSS também é bom.

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O controle geométrico de um TSS se resume em, antes de usá-lo,
verificar se a superfície a ser tratada tem um bom acabamento, e se não tiver, em
evitar que o TSS seja executado sem antes fazer a correção da base.

9 MEDIÇÃO

O tratamento superficial simples será medido através da área executada,


em metros quadros, obedecendo a seção transversal do projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, calculado com base nas taxas obtidas no controle de execução.

10 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para a área de


tratamento superficial simples, medida conforme o item anterior, estando nele incluído
todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos,
veículos, ferramentas, armazenamento e perdas do material betuminoso nos tanques
de estocagem, diluição de emulsão em água, custos de agregados, mão de obra,
encargos, transportes, impostos, eventuais, bem a indenização da aquisição de
materiais, inclusive ligante, quando o mesmo não é fornecido pelo contratante e lucro.

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TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO SOP-ES-P 12/19


PAG. 01/26
1 DEFINIÇÃO

Tratamento superficial duplo (TSD) é o revestimento asfáltico constituído


pela execução sucessiva de dois tratamentos superficiais simples superpostos, sendo
a incorporação do ligante asfáltico feita por penetração invertida e por penetração
direta, submetido este revestimento à compressão.

O tratamento superficial duplo (TSD) normalmente é executado sobre


uma base imprimada, obedecendo alinhamento, greide e seção transversal do projeto.

O TSD pode também ser utilizado como camada intermediária de


diluição de tensões de tração na flexão em revestimentos de misturas asfálticas.

2 MATERIAIS

2.1 Materiais asfálticos

O ligante asfáltico por excelência a ser utilizado em um tratamento


superficial duplo (TSD) é uma emulsão asfáltica catiônica EA RR-2C seguida da EA
RR-1C e eventualmente um CAP-150/200 (Portaria DNC/93 – Tabela 2) ou um CAP-
7 (Tabela 1)(normas desses ligantes apresentadas no anexo).

Podem ser usados ligantes asfálticos modificados por polímeros, quando


indicados no projeto.

2.2 Agregados

O agregado a ser usado em TSD pode ser: pedra britada, seixo rolado
britado, cascalho britado ou outro indicado no projeto.

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PAG. 02/26
O agregado deve, por inspeção visual, possuir partículas: limpas, duras,
isenta de qualquer cobertura e de torrões de argila.

O agregado deve apresentar as seguintes características:


 isento de pó;
 ter resistência ao choque e à abrasão;
 ter forma e textura satisfatórias;
 granulometria adequada (tipo monogranular – Dmax e Dmin
próximos);
 boa adesividade com o ligante asfáltico;
 durabilidade.

2.2.1 Presença de pó

É um dos maiores inconvenientes que um agregado de um TSD pode


apresentar. O pó pode ocorrer em qualquer tipo de rocha, sendo mais frequente nas
britas de calcário e de arenito.

Havendo presença de pó o agregado deve ser obrigatoriamente lavado,


não se aceitando a retirada do pó através de peneiramento, jatos de ar ou outros
artifícios.

2.2.2 Resistência à abrasão

O desgaste por abrasão Los Angeles (DNER-ME 35) deverá ser: LA 


40%.

2.2.3 Forma e textura satisfatória

O índice de forma (DNER-ME 86) não pode ser inferior a 0,5.

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Opcionalmente, poderá a forma ser avaliada pela percentagem de grãos
defeituosos, calculada em uma amostra coletada aleatoriamente de pelo menos 10
grãos, pela seguinte fórmula:
L + 1,2g  6e (grãos defeituosos)
Sendo: L = maior dimensão do grão;
g = média das aberturas de duas peneiras de malha quadrada
entre as quais o grão fica retido;
e = afastamento mínimo de dois planos paralelos entre os quais
fica contido o grão.

Por esse método a porcentagem de grãos defeituosos da amostra não


poderá ultrapassar 20% (25% para rochas basálticas e diabásicas).

A melhor textura é a rugosa pois favorece a adesividade com o ligante


asfáltico, assim como uma pequena porosidade (relação entre o volume de vazios e
o volume total).

2.2.4 Absorção

Quando o agregado apresenta uma absorção de água  1% (DNER-ME


81 – Determinação da absorção e da densidade de agregado graúdo), deve-se corrigir
a taxa de CAP considerando-se que a absorção do CAP é a metade da absorção da
água.

2.2.5 Granulometria adequada

A granulometria do agregado de TSD, de cada uma das duas camadas,


deve obedecer a equação d  0,6 D, onde D é a abertura da peneira de malha
quadrada superior e d é a abertura da peneira de malha quadrada inferior,
considerando-se as tolerâncias.

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A tolerância granulométrica de cada camada de agregado é de 5% retido
na peneira D e de 12% passando na peneira d, exigindo-se ainda que se tenha no
máximo 3% passando na peneira N° 10 (2mm) e 1% na peneira N° 200 (0,074mm),
todos os ensaios pelo DNER-ME 83.

Esta especificação sugere as seguintes classes granulométricas (D1 –


d1) e (D2 – d2), em função do tráfego (número NUSACE):

CLASSE 1ª Camada 2ª Camada


NÚMERO N(USACE)
GRANULOMÉTRICA D1 – d1 D2 – d2
19 mm – 16
16 mm – 10 mm
I – II mm 2,5 x 106 a 5 x 106
(5/8” – 3/8”)
(3/4” – 5/8”)
16 mm – 10
10 mm – 6,3 mm
II – III mm 106 a 2,5 x 106
(3/8” – 1/4”)
(5/8” – 3/8”)
19 mm – 10
10 mm – 6,3 mm
IV - III mm  106
(3/8” – 1/4”)
(3/4” – 3/8”)

A classe II – III é a menos sujeita a exsudação. Deve-se observar a


relação d1  D2 entre o menor agregado da 1ª camada (d1) e o maior da 2ª camada,
(D2) como também a condição inicial de d  0,6 D.

2.2.6 Adesividade satisfatória/melhoradores de adesividade (dope)

A adesividade é uma propriedade do par agregado/ligante e deve ser


determinada com o ligante que se vai realmente usar. Os agregados eletronegativos
têm geralmente adesividade não satisfatória com o CAP 150/200 ou CAP-7, como é
o caso do granito, gnaisse, quartzito, arenito, etc. Neste caso deve-se acrescentar ao
ligante um melhorador de adesividade, também chamado dope, da ordem de 0,4% a
0,6% do peso do CAP, conforme fixado em projeto.

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O dope deve necessariamente ser adquirido separadamente e
incorporado ao CAP no canteiro de obra, na porcentagem indicado pelo ensaio de
adesividade (DNER-ME 78). A adesividade deve ser sempre satisfatória com o dope.

As emulsões catiônicas apresentam sempre boa adesividade com os


agregados, tanto os eletronegativos como os eletropositivos (basaldo, diabásio,
calcário, etc).

Para o caso de emulsão asfáltica catiônica, pode-se verificar a


adesividade com agregado graúdo através do ensaio “determinação expedita da
resistência à água”, aprovado pela comissão de asfalto do IBP – Instituto Brasileiro
de Petróleo (apresentado no anexo), devendo resultar uma área do agregado
recoberta com asfalto de no mínimo 90%.

Nota: deve-se evitar agregados de calcários calcíticos (carbonato de


cálcio) e dolomíticos (carbonatos duplos de cálcio e magnésio), porque
apresentam má adesividade com emulsões asfálticas.

2.2.7 Durabilidade

Quando a pedra for de diabásio ou de basalto ou de natureza


minerológica sujeita a alterações, deve-se realizar o ensaio de durabilidade pelo
emprego de solução de sulfato de sódio ou de magnésio (DNER-ME 89). Se houver
perda superior a 12% com o sulfato, em 5 ciclos, a pedra não serve como agregado
do TSS devendo-se impedir sua britagem.

 Nota sobre a britagem – uma boa britagem é fundamental para se


obter agregados com boa forma. Deve-se seguir a orientação dos manuais de
britagem, dando-se especial atenção para a relação de britagem (RB) (relação entre
a dimensão do bloco de pedra que entra no britador primário e a dimensão máxima
do que sai) e para as vantagens da britagem em circuito fechado (o material que sai

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do secundário volta para o primário). Algumas rochas, como basalto e diabásio,
podem exigir britadores especiais, para fornecerem uma brita razoavelmente “cúbica”.

Caso se trate de cascalho ou seixo britados, deve-se exigir pelo menos


duas faces britadas. Deve-se recomendar que a britagem seja feita com uma relação,
RB a maior possível.
Dimensão mínima do seixo rolado
RB 
Dimensão máxima do agregado

3 DOSAGEM DO AGREGADO E DO LIGANTE

3.1 Taxa de agregado por classe granulométrica

A classe granulométrica é a indicada no projeto, de um modo geral


obedece ao preconizado no item 2.2.5 que também sugere 3 classes (I – II; II - III e IV
- III).

A taxa de agregado para cada uma das duas camadas pode ser
calculada pela fórmula:
Tag = K (D + d) /2

sendo: Tag = taxa em l./m²;


D = diâmetro superior do agregado da camada, em mm;
d = diâmetro inferior do agregado da camada, em mm;
K = 0,90, se d  16 mm (5/8”)
0,93, se 10mm (3/8”)  d  16 mm (5/8”)
1,10, se d  10 mm (3/8”)
Exemplo: classe II – III (16 mm – 10 mm) (10 mm – 6,3 mm)
p/ (16 mm – 10 mm): Tag 1 = 0,93 (16 + 10) /2 = 12 l/m²
p/ (10 mm – 6,3 mm): Tag 2 = 1,10 (10 + 6,3) /2 = 9 l/m²
Tag 1 + Tag 2 ----------------------------------------- = 21 l/m²

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A taxa de agregado assim calculada deverá ser ajustada e confirmada
no laboratório, em bandeja de área e peso conhecidos, dimensões de 0,50m x 0,50m,
onde o agregado da 1ª camada é arrumado manualmente de modo a se ver o mínimo
possível o fundo da bandeja, seguido da arrumação da 2ª camada sobre a 1ª e, por
diferença de peso, obtém-se as taxas em peso/m² de cada camada e a taxa total com
os quais se calcula as taxas em litros/metro quadrado, recorrendo-se a massa
especifica solta dos agregados calculada em caixa de madeira com dimensões de
30cm x 30cm x 20cm biselada.

Confirma-se também as taxas de agregados em segmento teste com


40m de extensão, adotando-se taxas acrescidas de 5% em volume (taxa na pista =
1,05 taxa de laboratório), ajustando-se e aprovando-se a taxa por inspeção visual.

a. Taxa de ligante asfáltico (CAP e EAC)

Para o CAP 150/200 ou CAP-7, a taxa de ligante de cada camada é


calculada preliminarmente pela seguinte fórmula prática:
TCAP = Tag/12
TCAP em litros por metro quadrado;
Tag = taxa de agregado em l/m².
Exemplo: classe II – III (16mm a 10mm) - (10mm – 6,3mm)
 1° banho: TCAP = 12/12 = 1,00 l/m²
 2° banho: TCAP = 9/12 = 0,75 l/m²
TCAP1 + TCAP2 --------------- = 1,75 l/m²

Para a emulsão asfáltica catiônica as taxas de ligante são calculadas em


função do respectiva CAP residual, a saber: RR-2C = 67% de CAP e RR-1C = 62%
de CAP, considerando-se também que as emulsões têm um aproveitamento melhor
que o CAP, em cerca de 6%, devido a sua menor viscosidade.

Tem-se então:

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PAG. 08/26
T(RR-2C) = (0,94 x Tag/12) ÷0,67 = 0,117 Tag
T(RR-1C) = (0,94 Tag /12) ÷ 0,62 = 0,126 Tag
Exemplo: classe II – III (16mm - 10mm) - (10mm – 6,3mm)
TRR-2C 1° banho: 0,117 x 12 = 1,40 l/m²
2° banho: 0,117 x 9 = 1,05 l/m²
1° + 2° banho --------- = 2,45 l./m²
TRR-1C 1° banho: 0,126 x 12 = 1,51 l/m²
2° banho: 0,126 x 9 = 1,13 l/m²
1° + 2° banho --------- = 2,64 l/m²

Distribuição dos banhos de ligante: devido ao maior poder de penetração


da EAC em relação ao CAP, é vantajoso distribuir a taxa total de EAC da seguinte
forma:
 retira-se da taxa total 0,5 lts. /m² para o 3° banho que será dado diluído
em igual quantidade de água (0,5 + 0,5 = 1,0 lts. /m²);
 o restante da taxa total será distribuído com 40% no 1° banho + 60%
no 2° banho.

Exemplo: taxas de RR-2C para classe II – III


Taxa Total = 2,45 lts. /m² (a ser confirmada
experimentalmente)
3° banho (a ser diluído em água)-------------------- 0,50 l/m²
2° banho 60% x (2,45 – 0,50) -------------------------1,17 l/m²
1° banho 40% x (2,45 – 0,50) ---------------------- 0,78 l/m²
Total de RR-2C ----------------------------------------- 2,45 l/m²

Esta especificação sugere as seguintes taxas para as três classes


granulométricas também aqui sugeridas:

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TSD com CAP: TAXAS EM l/m² PARA AS CLASSES GRANULOMÉTRICAS
GRANULOMETRIA TAXAS (Lts /m²)
CLASSE
D1 – d1 D2 – d2 MAT. 1ª 2ª TOTAL
19 mm – 16
16 mm – 10 mm Tag 16 12 28
I - II mm
(5/8” – 3/8”) TCAP 1,33 1,00 2,33
(3/4” – 5/8”)
16 mm – 10 10 mm – 6,3
Tag 12 9 21
II - III mm mm
TCAP 1,00 0,75 1,75
(5/8” – 3/8”) (3/8” – 1/4”)
19 mm – 10 10 mm – 6,3
Tag 13 9 22
IV - III mm mm
TCAP 1,08 0,75 1,83
(3/4” – 3/8”) (3/8” – 1/4”)

TSD COM EAC: TAXAS EM l/m² PARA AS CLASSES GRANULOMÉTRICAS


D 1 - d1 RR - 1C RR - 2C
CLASSE Tag
D 2 - d2 TEA 1° 2° 3° TEA 1° 2° 3°
19 - 16 mm
I - II 28 3,53 1,21 1,82 0,50 3,28 1,11 1,67 0,50
16 - 10 mm
16 - 10 mm
II - III 21 2,64 0,86 1,28 0,50 2,45 0,78 1,17 0,50
10 - 6,3 mm
19 - 10 mm
IV - III 22 2,77 0,91 1,36 0,50 2,57 0,83 1,24 0,50
10 - 6,3 mm

4 EQUIPAMENTOS

Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado em contrato.

Os equipamentos do tratamento superficial duplo são os seguintes:


 Para varredura da superfície que vai receber o revestimento de TSD
são utilizados vassoura mecânica rotativa, jato de ar comprimido, complementados
com vassouras manuais;

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 Caminhão distribuidor do ligante asfáltico, capaz de distribuir o ligante
uniformemente, na taxa preconizada, adaptado para manter fixa a altura da barra
espargidora, sistema autônomo de aquecimento e de circulação do ligante, isolamento
térmico, bomba de pressão regulável, controle de velocidade (tacômetro ou quinta
roda), barra de distribuição com circulação plena e com dispositivos que possibilitem
ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento do ligante, calibradores,
termômetros em locais de fácil visualização e um espargidor manual para correções
de banho ou espargimento em pequenas áreas;
 Distribuidor de agregado, autopropulsor, sendo permitido o rebocável
por caminhão (spreaders), não se aceitando o tipo acoplável a caminhão porque
apresentam exagerada altura de queda dos agregados;
 A distribuição de agregados e ligante é também executada
satisfatoriamente por caminhão multifuncional de espalhamento simultâneo, provido
dos seguintes acessórios:
 silos para agregados;
 depósito para ligante asfáltico;
 sistema de aquecimento e bomba reguladora;
 barra espargidora que distribui o ligante asfáltico em quantidade
e temperatura uniformes;
 distribuidor de agregados com regulagem de altura e inclinação
para proporcionar distribuição uniforme;
 A compressão do TSD é feita por uma combinação do rolo liso tandem
(peso/largura no intervalo 25kgf/cm a 45kgf/cm) com o rolo de pneus autopropulsor
de pressão variável (35 a 120 psi ou 0,25 MPa a 0,84 MPa);
 Depósito de ligante asfáltico, equipado com dispositivos que
proporcionem aquecimento adequado e uniforme, com capacidade de
armazenamento do ligante na quantidade suficiente para no mínimo um dia de
trabalho;
 Depósito de agregados em locais abrigados contra chuva e poeira ou
qualquer contaminação prejudicial à sua granulometria;

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PAG. 11/26
 Ferramentas manuais, complementares à distribuição dos agregados
e ligante.

5 EXECUÇÃO

A execução de TSD não é permitida em dias de chuva, ou com chuva


iminente, e quando a temperatura ambiente é inferior a 12°C para o ligante CAP e
inferior a 9°C para a EAC.

As etapas de execução são as seguintes:


 Limpeza da superfície a ser tratada;
 Primeiro banho de ligante asfáltico;
 Distribuição da primeira camada de agregado;
 Compressão da primeira camada;
 Segundo banho de ligante asfáltico;
 Distribuição da segunda camada de agregado;
 Compressão da segunda camada.

Caso de CAP (150/200 ou CAP-7):


 Liberação ao tráfego e eliminação dos rejeitos.

Caso de EAC (RR-1C ou RR-2C):


Quando não for possível desviar o tráfego,
 Banho de emulsão diluída e aguardar 24 horas;
 Abertura ao tráfego e eliminação de rejeitos.

Quando for possível desviar o tráfego,


 Rolagem com rolo de pneus (90 a 110 psi) por três dias (de 13 hs às
15 hs);
 Eliminação dos rejeitos;
 Banho de emulsão diluída e aguardar 24 horas;
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PAG. 12/26
 Liberação ao tráfego.

5.1 Limpeza da superfície a ser tratada

Deve ser feita mecanicamente com vassouras rotativas, complementada


com vassouras manuais (piaçava ou similar) ou com jatos de ar comprimido.
Eventualmente pode ser feita somente a varredura manual. Em qualquer caso deve
ser assegurada uma superfície completamente limpa, isenta de pó, poeira ou outros
elementos prejudiciais. No caso de CAP a superfície tem de estar completamente
seca. No caso de EAC uma leve umidade da superfície é benéfica.

5.2 Espargimento do ligante asfáltico

Para o CAP e para a EAC a faixa de viscosidade de espargimento é de


30 a 60 sSF. As temperaturas de espargimento são definidas pela curva log. de
viscosidade x temperatura, determinada através do ensaio DNER-ME 004/94,
realizado com amostra coletada no 1° carregamento de ligante que chegar à obra. O
ensaio é feito para dois pontos de temperatura, a saber: 135°C e 177°C para o CAP,
35°C e 60°C para EAC RR-1C e 40°C e 80°C para EAC RR-2C.

No caso de CAP com dope, este deve ser misturado no canteiro,


preferencialmente fazendo-se a circulação no próprio caminhão distribuidor, de onde
deve-se coletar amostra para se conferir a adesividade (DNER-ME 78) e se traçar a
curva log. de viscosidade x temperatura.

A altura da barra distribuidora juntamente com o ângulo de inclinação


dos bicos espargidores definem a cobertura ou superposição dos banhos, devendo-
se levar em conta a intensidade do vento no local.

O mais usual é se trabalhar com cobertura dupla do banho para


proporcionar boa uniformidade no espargimento transversal.

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PAG. 13/26
A taxa de ligante é resultante da combinação da pressão da bomba,
funcionamento dos bicos, viscosidade do ligante e velocidade do caminhão
(tacômetro), sendo estabelecida experimentalmente.

A superposição de banhos nas juntas transversais (início e final de cada


espargimento) deve ser evitada, utilizando-se tiras de papel Kraft ou similar, com
largura de 80 a 100cm.

Para as juntas longitudinais, resultante da execução em meia pista,


recomenda-se uma pequena superposição na largura da metade do leque de
espargimento do último bico da barra distribuidora.

É fundamental a experiência no serviço do motorista do veículo


espargidor, devendo-se colocar na pista guias delimitadoras dos limites do
espargimento.

5.3 Distribuição do agregado

Antes do início da distribuição deve-se aferir a taxa de agregado através


da relação experimental taxa x velocidade do equipamento distribuidor.

A distribuição do agregado será feita logo após o espargimento do


ligante.
A distribuição do agregado é feita mecanicamente com o equipamento
distribuidor, sendo a correção dos excessos e das faltas realizada por processos
manuais.

5.4 Compressão do agregado

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PAG. 14/26
A compressão no dia do espalhamento do agregado é feita pela
combinação do rolo liso tandem (25 a 45kgf/cm) com o rolo de pneus de pressão
variável (35 a 120 psi ou 0,25 MPa a 0,84 MPa), geralmente iniciando pelo rolo liso
(Vel. = 3 km/h), com duas coberturas, seguido do rolo de pneus com pressão entre
90 e 110 psi ou 0,63 e 0,78 MPa (Vel. = 10 km/h), com três coberturas.

O número exato de coberturas será definido experimentalmente,


observando-se o comportamento do TSD e se está havendo fratura ou esmagamento
do agregado.

O sentido transversal da compressão é sempre da cota mais baixa para


a cota mais alta, ou seja, nas tangentes o sentido é do bordo para o eixo da pista e
nas curvas do bordo interno para o externo.

Após a compressão do agregado elimina-se da pista as eventuais


partículas rejeitadas, antes de cada banho de ligante.

É boa prática, para maior fixação do agregado, se fazer uma compressão


complementar nos três dias seguintes ao seu espalhamento e compressão inicial. A
compressão complementar deve ser feita no período entre 13hs e 15hs de cada dia,
com rolo de pneus com pressão entre 90 e 110 psi e velocidade de 30 a 50 km/h.

5.5 Liberação do tráfego

Quando o ligante do TSD é o CAP, a liberação ao tráfego ocorre após o


término da compressão complementar seguida da retirada dos rejeitos sobre a pista.

Quando o ligante do TSD é a EAC, faz-se a compressão complementar,


retira-se os rejeitos, aplica-se o banho de EAC diluída em água e espera-se 24 horas
para se fazer a liberação ao tráfego.

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PAG. 15/26
6 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades do serviço de tratamento superficial duplo que podem


causar danos ao meio ambiente são a obtenção e aplicação de agregado pétreo e o
armazenamento e a aplicação do ligante asfáltico.

6.1 Agregado

6.1.1 Quando for proveniente de exploração de pedreira não comercial


indicada no projeto, deverão se observar as seguintes situações:
 Os agregados somente serão aceitos após a contratada apresentar à
fiscalização as licenças exigidas pelo ordenamento ambiental, devendo ser anexada
cópias ao livro de ocorrência da obra;
 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem em área
de preservação ambiental;
 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a
minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a recuperação
ambiental após a retirada de todos materiais e equipamentos;
 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;
 Construir bacias de sedimentação para retenção de pó de pedra
eventualmente produzido em excesso ou por lavagem de brita, evitando assim o
carreamento do pó para cursos d’água;
 As estradas de acesso deverão seguir a especificação SOP-ES-T
02/19 e recomendações previstas na DER-ISA 02/96 – Abertura de trilhas, caminhos
de serviços e estradas de acesso.

6.1.2 Quando o agregado pétreo for adquirido de pedreira comercial, será


exigido documentação atestando a regularidade das instalações e operação junto ao
órgão ambiental competente.

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PAG. 16/26
6.2 Ligante asfáltico

6.2.1 Os depósitos de materiais asfálticos devem ser instalados em locais


afastados de curso d’água.

6.2.2 É vedado o refugo de material asfáltico na faixa de domínio ou em


qualquer local que possa causar danos ambientais.

6.2.3 Na desmobilização das atividades do TSD retirar os depósitos de


ligantes e instalações provisórias, efetuar a limpeza do canteiro de obra e recompor a
área afetada pelas operações do serviço.

7 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Materiais asfálticos (EAC e CAP)

A condição essencial é que os materiais asfálticos empregados no


tratamento superficial duplo atendam esta especificação e as especificações
particulares e complementares contidas no projeto.

7.1.1 Emulsão asfáltica catiônica (EAC: RR-2C e RR-1C)

A todo carregamento de emulsão asfáltica catiônica que chegar à obra


será exigido o respectivo “certificado de fábrica”, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as especificações do anexo VI, conforme a seguir:
 viscosidade Saybolt Furol (DNER-ME 004/94);
 resíduo por evaporação (ABNT NBR 6568);
 peneiramento (DNER-ME –005/94);
 sedimentação (DNER-ME 006/00);
 carga de partícula (ABNT NBR 6567);

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PAG. 17/26
Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão
ser realizados os ensaios indicados para confrontar com os resultados do certificado
de fábrica.

7.1.2 Cimento asfáltico de petróleo (CAP-150/200 e CAP-7)

A todo carregamento de cimento asfáltico de petróleo que chegar a obra


será exigido o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as normas da portaria N° 2 do DNC contidas na tabela 1 para o CAP-7 e
na tabela 2 para o CAP-150/200 (cópia no anexo), conforme a seguir:
 espuma (aquecido a 175°C);
 penetração (MB-107);
 viscosidade Saybol Furol (P-MB-517) a 135°C e 177°C.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios da portaria N°2 do DNC para confrontar com os resultados
do certificado de fábrica.

7.1.3 Temperatura de espargimento

No laboratório da obra, com amostra coletada, no 1° carregamento de


ligante, será realizado o ensaio de viscosidade Saybol Furol, com dois pontos de
temperatura, sendo a 25°C e 50°C para as emulsões asfálticas e a 135°C e 177°C
para o cimento asfáltico, com a finalidade de se traçar o gráfico viscosidade x
temperatura que definirá a faixa de temperatura de espalhamento do respectivo
material asfáltico.

O material asfáltico que não atender estas especificações de emulsões


asfálticas catiônicas e as especificações da portaria N° 2 do DNC, tabelas 1 e 2, para
os cimentos asfálticos de petróleo será considerado não aprovado (NAP) e rejeitado,
sendo terminantemente proibido a sua utilização no serviço de TSD.

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7.2 Agregado para TSD

A condição essencial é que o agregado para TSD atenda as exigências


de resistência à abrasão tenha durabilidade, adesividade satisfatória, absorção,
granulometria, índice de forma e seja isento de pó.

7.2.1 Resistência à abrasão (DNER-ME 35)

O agregado para TSD poderá ter um desgaste por abrasão (ensaio Los
Angeles) de no máximo 40% em peso.

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado.

Por ocasião da obra, pode ser necessário se verificar o desgaste por


abrasão, no início do serviço, para confirmar o resultado da pedreira do projeto a
critério da fiscalização ou, no decorrer do serviço, quando houver alteração na rocha
da pedreira ou quando se mudar de pedreira.

O agregado que apresentar desgaste por abrasão superior a 40% não


poderá ser utilizado no TSD.

7.2.2 Ensaio de durabilidade (DNER-ME 89)

Quando o agregado for de rocha basáltica ou diabásica ou de natureza


mineralógica sujeita a alterações, exige-se o ensaio de durabilidade através do qual
se verifica a perda de peso do agregado sob a ação de uma solução de sulfato de
sódio, 5 ciclos, não podendo ser superior a 12% de partículas afetadas.

Este ensaio é também feito pelo projeto ao indicar a pedreira.

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PAG. 19/26
Durante a obra este ensaio será repetido para as rochas citadas, a título
de confirmação do resultado do projeto.

O agregado que apresentar no ensaio de durabilidade perda superior a


12% não poderá ser utilizado no TSD.

7.2.3 Adesividade (ensaio do IBP para EAC e DNER-ME 78 para CAP)

A adesividade é uma propriedade do par agregado pétreo x ligante


asfáltico, tendo importância fundamental no revestimento de TSD.

O ensaio de adesividade entre o ligante e o agregado indicado é feito


pelo projeto, mas durante a obra é obrigatório a realização desse ensaio porque as
amostras do agregado e do ligante são muito mais representativas e mais reais.

No início dos serviços, com amostras do agregado, após produzido pelo


menos 5% da quantidade prevista, e do ligante coletada no 1° carregamento que
chegar à obra, faz-se o ensaio de adesividade conforme a seguir.

 Para EAC faz-se o ensaio de determinação expedita da resistência à


água (adesividade) sobre agregados graúdos (ensaio do IBP – cópia no anexo). Se
em 5 ensaios a área dos agregados recoberta com asfalto, estimada visualmente
atender as inequações:

Área recoberta = X - 1,55 s  90%


 Xi
sendo: X  e s  (X i - X)2 /4
5
a adesividade é considerada satisfatória.

202
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PAG. 20/26
Em caso contrário, pede-se providências ao fornecedor de EAC para
alterar a formulação da emulsão e, se não for resolvido o problema se deve mudar de
EAC, ou do agregado, ou de ambos.
 Para CAP, sem ou com dope conforme indicado no projeto, faz-se o
ensaio DNER-ME 78. Adesividade de agregado graúdo a ligante betuminoso. Se em
5 ensaios não se verificar nenhum deslocamento da película asfáltica no agregado a
adesividade é considerada satisfatória. Em caso contrário a solução é mudar de
agregado. Vale salientar que a mistura do CAP com o dope é feita no caminhão
espargidor e que para teores de dope acima de 0,7% do peso do ligante deve-se
verificar a sua influência na viscosidade do CAP.

7.2.4 Verificação da absorção (DNER-ME 81)

O ensaio DNER-ME 81 – Determinação das densidades real e aparente


dos grãos de agregado graúdo, permite também se calcular a absorção de água pela
superfície específica do agregado após saturação em relação a seu peso. Quando a
absorção de água é superior a 1% do peso do agregado, deve-se fazer um estudo da
consequente absorção de asfalto e o acréscimo da taxa de ligante, comparando o seu
custo com o custo de se mudar de pedreira, cabendo à fiscalização a decisão final.

7.2.5 Índice de forma do agregado (DNER-ME 86)

O índice de forma do agregado embora seja determinado pelo projeto na


indicação da pedreira, deve também ser determinado no início da obra, com amostra
coletada após a produção de pelo menos 5% da quantidade prevista para o agregado,
por ser uma amostra mais representativa do agregado que realmente se está
utilizando.

O agregado será aprovado (AP) se o índice de forma for igual ou superior


a 0,5. em caso contrário o agregado será não aprovado (NAP), inclusive removido da
pista se já tiver sido espalhado. Todos os ônus por conta do construtor.

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PAG. 21/26
7.2.6 Granulometria do agregado (DNER-ME 83)

O controle da granulometria do agregado é obrigatório por todo tempo


de execução do TSD, com amostras coletadas na pista, através de bandejas na
passagem do equipamento distribuidor, ou coletas de amostras no próprio
equipamento distribuidor, para realização de no mínimo duas granulometrias por dia
de trabalho.

As tolerâncias a serem obedecidas pelo agregado sendo (D – d) a classe


granulométrica da camada do TSD, são as seguintes:
AGREGADO (GRANULOMETRIA) TOLERÂNCIA
 Xmax (% retida na peneira Dmm)  5%
 Xmax (% passando na peneira dmm)  12%
 Xmax (% passando na peneira de 2mm)  3%
 Xmax (% passando na peneira de 0,074mm)  1%

O agregado que não atender a granulometria será não aprovado (NAP),


devendo ser retirado da pista se já tiver sido espalhado, todos os ônus por conta do
construtor.

O agregado não aprovado poderá ser peneirado ou lavado para se


enquadrar nas exigências granulométricas e ser reutilizado.

7.3 Controle das taxas de ligante e de agregado

No momento da execução do TSD deverão ser conferidas as seguintes


providências:
 Funcionamento do distribuidor de ligante (pressão da bomba,
tacômetro, barra distribuidora, bicos, termômetro);
 Marcação de referência da faixa da rodovia para orientação do
operador dos equipamentos de distribuição de ligante e de agregados (início, final,
bordos);
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PAG. 22/26
 Colocação das faixas de papel no início e final do banho de ligante;
 Pessoal auxiliar para serviços manuais de correção do espalhamento
do agregado;
 Controle da temperatura do ligante para proporcionar a distribuição na
viscosidade adequada;
 Colocação de bandejas para determinação das taxas de ligante e de
agregado.

7.3.1 Controle da taxa de ligante

A taxa de ligante será controlada a cada 100 metros da faixa trabalhada,


através de bandejas, de área e peso conhecidos, colocadas na passagem do
equipamento distribuidor.

A bandeja pode ser de metal leve ou de preferência de folha de papelão


recoberta com algodão colado na mesma (sendo mais leve que o metal dá maior
precisão, podendo-se pesar em balança com precisão de 0,1 grama).

As dimensões da bandeja ou folha de papelão são de 0,50m x 0,50m,


geralmente. Cada bandeja será utilizada apenas uma vez.

Tolerâncias da taxa de ligante:


 Taxa mínima  0,95 taxa ideal:
 Taxa máxima  1,15 taxa ideal:

Muito importante também é a aprovação visual da distribuição do ligante,


quando são observadas a uniformidade do banho e se houver falhas (falhas de bico)
para ser corrigidas.

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PAG. 23/26
No caso do ligante de EAC, havendo taxa do 1° banho inferior a mínima
estabelecida (mas sem falha de bico), pode-se compensar aumentando-se a taxa do
2° banho de cobertura, de penetração direta.

7.3.2 Controle da taxa de agregado

Igualmente ao controle da taxa de ligante, a taxa de agregado tem de


haver aprovação visual do espalhamento e aprovação da taxa determinada pelo
processo da bandeja.

Na bandeja as tolerâncias da taxa de agregado são as seguintes:


 Taxa mínima  0,90 taxa ideal:
 Taxa máxima  1,10 taxa ideal:

Havendo desaprovação (NAP) das taxas de ligante e/ou de agregados,


caberá a fiscalização a solução do problema, podendo ser a recomposição da camada
do TSD em áreas isoladas até a execução de uma nova camada de TSD sobreposta
à defeituosa, todos os ônus debitados à construtora.

7.4 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

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PAG. 24/26
A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em
função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

 Fator de correção sazonal (Fs):


SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/Permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs
A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível
acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

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PAG. 25/26
O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é
dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = Deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição
das cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

7.5 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

8 CONTROLE GEOMÉTRICO

Evidentemente, a espessura de um tratamento superficial duplo é


definida pelo tamanho do agregado.

Por outro lado, o acabamento de sua superfície é função praticamente


exclusiva do acabamento da base. Se o acabamento da base é bom e o agregado foi
bem controlado, o acabamento do TSD também é bom.

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PAG. 26/26
O controle geométrico de um TSD se resume em, antes de usá-lo,
verificar se a superfície a ser tratada tem um bom acabamento, e se não tiver, em
evitar que o TSD seja executado sem antes fazer a correção da base.

9 MEDIÇÃO

O tratamento superficial duplo será medido através da área executada,


em metros quadros, obedecendo a seção transversal do projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, calculado com base nas taxas obtidas no controle de execução.

10 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para a área de


tratamento superficial duplo, medida conforme o item anterior, estando nele incluído
todos os custos das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos,
veículos, ferramentas, armazenamento e perdas do material betuminoso nos tanques
de estocagem, diluição de emulsão em água, custos de agregados, mão de obra,
encargos, transportes, impostos, eventuais, bem a indenização da aquisição de
materiais, inclusive ligante, quando o mesmo não é fornecido pelo contratante e lucro.

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1 DEFINIÇÃO

Concreto asfáltico é o revestimento flexível resultante da mistura de


cimento asfáltico de petróleo + agregado graúdo + agregado miúdo + filer realizada
com aquecimento dos agregados e do ligante em usina apropriada e posteriormente
transportada, espalhada na pista e compactada, todas essas operações executadas
a quente, sob temperaturas compatíveis com a viscosidade exigida para o ligante
asfáltico, devendo o produto da mistura obedecer parâmetros de estabilidade,
fluência, índice de vazios, vazios no agregado mineral, relação betume vazios e grau
de compactação. A mistura dos agregados + filer deve se enquadrar em faixas
granulométricas especificadas.

Na estrutura do pavimento, o concreto asfáltico é utilizado: a) como


camada de rolamento, destinada a receber diretamente a ação do tráfego, quando a
mistura empregada deve ter estabilidade e flexibilidade compatíveis com o
funcionamento elástico da estrutura e sua superfície oferecer rugosidade capaz de
proporcionar a aderência com os pneus necessária à segurança dos veículos; b) como
camada de ligação (binder), situada abaixo da camada de rolamento, devendo ter
módulo de elasticidade e estabilidade menores do que o revestimento de maneira que
juntamente com a base, camadas inferiores do pavimento e o leito estradal promovam
a resistência ao cisalhamento e à deformação permanente do pavimento, possuindo
flexibilidade compatível com as tensões e deformações provocadas pelas cargas do
tráfego; c) como camada de massa fina para serviços de regularização ou
reperfilamento de superfícies em restaurações de rodovias ou sobre calçamentos
(pedra tosca e/ou paralelepípedos).

2 MATERIAIS

2.1 Material asfáltico

Podem ser empregados os seguintes materiais asfálticos:

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PAG. 02/30
a) Classificação por penetração: CAP-30/45; CAP-50/70 E CAP-85/100;
b) Classificação por viscosidade: CAP-20 e CAP-40.

Ambos obedecendo as especificações do Anexo I, tabela 2 e tabela 1,


com cópia no anexo.
c) Podem ser usados também materiais asfálticos modificados por
polímeros quando indicados no projeto.

2.2 Agregados

2.2.1 Faixas granulométricas (DNER-ME 83)

A mistura de agregado graúdo + agregado miúdo + filer (material de


enchimento) deve se enquadrar nas faixas granulométricas do quadro a seguir que
contêm também as tolerâncias da faixa de projeto, em percentuais passando nas
peneiras.
CONCRETO ASFÁLTICO - FAIXAS GRANULOMÉTRICAS
PENEIRAS PORCENTAGEM PASSANDO - EM PESO TOLERÂNCIAS
ASTM mm FAIXA A FAIXA B FAIXA C FAIXA D MÁXIMAS
2" 50,8 100 7
1 1/2" 38,1 95 - 100 100 7
1" 25,4 75 - 100 95 - 100 7
3/4" 19,1 60 - 90 80 - 100 100 7
1/2" 12,7 - - 85 - 100 7
3/8" 9,5 35 - 65 45 - 80 75 - 100 100 7
n° 4 4,8 25 - 50 28 - 60 50 - 85 80 - 100 5
n° 10 2,0 20 - 40 20 - 45 30 - 75 50 - 90 5
n° 40 0,42 10 - 30 10 - 32 15 - 40 20 - 50 5
Nº 80 0,18 5 - 20 8 - 20 8 - 30 8 - 30 3
n° 200 0,074 1- 8 3- 8 5 - 10 5 - 10 2
TEOR DE ASFALTO 4,0 - 7,0 4,5 - 7,5 4,5 - 9,0 4,5 - 9,0

Para garantir uma quantidade mínima de CAP os vazios do agregado


mineral (VAM) devem ter os seguintes valores mínimos

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PAG. 03/30
Dmax do agregado 50,8 mm 38,1mm 25,4 mm 19,1 mm 9,5 mm 4,8 mm
% Min. do VAM 11 12 13 14 16 17
A Faixa granulométrica a ser usada deve ter o seu diâmetro máximo de
Dmáx ≤ 2/3.h, sendo h a espessura da camada compactada de concreto asfáltico.

A fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior
a 4% do total.

Para o concreto asfáltico da camada de rolamento o mais recomendado


é a faixa “C”.

A faixa “D” é recomendada para camada de regularização de superfície


ou de reperfilamento, tendo, portanto, espessura variável, daí a granulometria do
agregado ser mais fina, com Dmáx variável entre 9,5mm e 4,8mm.

2.2.2 Agregado graúdo

O Agregado graúdo (retido na pen Nº 4 – 4,8mm) pode ser pedra britada,


seixo rolado britado, cascalho britado ou outro indicado pelo projeto. Deve se constituir
de partículas sãs, duráveis, livre de torrões de argila, substâncias nocivas e apresentar
as seguintes características:

Os grãos de seixo rolado e de cascalho devem ter pelo menos duas


faces britadas.
 Durabilidade (DNER-ME 89)
Apresentar afetação inferior a 12% quando submetido a 5 ciclos de
sulfato de sódio ou de magnésio quando a rocha for basalto, diabásio ou de natureza
mineralógica sujeita a alteração.
 Resistência a abrasão (DNER-ME 35)
Apresentar desgaste por abrasão (Los Angeles) inferior a 50%.
 Adesividade satisfatória (DNER-ME 78)

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PAG. 04/30
A Adesividade é uma propriedade do par agregado/ligante asfáltico.

Os agregados eletronegativos têm geralmente adesividade não


satisfatória com o CAP, como é o caso do granito, gnaisse, quartzito, arenito, etc.
Neste caso deve-se acrescentar ao ligante um melhorador de adesividade, também
chamado dope, da ordem de 0,4% a 0,6% do peso do CAP, conforme fixado em
projeto.

O dope deve necessariamente ser adquirido separadamente e


incorporado ao CAP no canteiro de obra, na porcentagem indicada pelo ensaio de
adesividade (DNER-ME 78).
 Forma satisfatória (DNER-ME 86)

O índice de forma do agregado graúdo não pode ser inferior a 0,5.

Opcionalmente, poderá a forma ser avaliada pela porcentagem de grãos


defeituosos em uma amostra coletada aleatoriamente de pelo menos 10 grãos,
calculada pela fórmula:
L + 1,2g > 6 e (grãos defeituosos)
Sendo: L = maior dimensão do grão;
g = média das aberturas de duas peneiras de malha quadrada
entre as quais o grão fica retido;
e = afastamento mínimo de dois planos paralelos entre os quais
fica contido o grão.

Por esse método a porcentagem de grãos defeituosos não poderá


ultrapassar 20% (25% para rochas basálticas e diabásicas).

 Textura favorável (conceituação)

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PAG. 05/30
A textura lisa é favorável ao envolvimento do agregado pelo ligante
(adesividade ativa) e reduz o atrito interno da mistura (menor estabilidade e maior
trabalhabilidade).

A textura rugosa é mais favorável à resistência ao descolamento da


película de CAP pela ação do tráfego em presença da água (adesividade passiva) e
aumenta o atrito interno (maior estabilidade e menor trabalhabilidade).

 Absorção moderada de CAP (DNER-ME 81)

O ensaio DNER-ME 81 – Determinação das densidades real e aparente


dos grãos de agregado graúdo, permite também se calcular a absorção de água pela
superfície específica do agregado, após saturação, em relação ao seu peso. Quando
a absorção da água é superior a 1% do peso do agregado, deve-se fazer um estudo
do consumo inútil de ligante, considerando-se que a absorção do CAP é a metade da
absorção de água. Os arenitos e os calcários são os agregados mais absorventes
seguido dos basaltos e diabásios. Os gnaisses e os granitos são os menos
absorventes.

2.2.3 Agregado miúdo

O agregado miúdo (passando na Pen N° 4 – 4,8mm e retido na pen N° 200


– 0,074mm) pode ser areia de campo, pó de pedra ou preferencialmente a mistura de
ambos.

A presença de areia de campo na mistura é importante porque a superfície


lisa dos grãos favorece a trabalhabilidade e reduz a rigidez da camada, tornando-a
mais flexível e com maior deflexão admissível. Já o agregado resultante de britagem
tem a superfície rugosa e favorece a rigidez da camada asfáltica. A rigidez ou a
flexibilidade da camada asfáltica pode ser conseguida através das percentagens
desses materiais no traço da mistura.

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PAG. 06/30
O agregado miúdo deve ser constituído de partículas sãs, livres de
torrões de argilas, raízes, substâncias nocivas e apresentar as seguintes
características.

 Equivalente de areia – EA (DNER-ME 54)


O agregado miúdo dever ter um EA ≥ 55%.
Nota: o ensaio de EA é feito normalmente com a mistura de areia de
campo + pó de pedra, passando na peneira n° 4 (4,8mm) incluindo o filer
natural dos agregados que passa na peneira nº 200 (0,074mm). Por
conta do filer que se inclui no ensaio esta especificação admite para o
agregado miúdo um EAmin de 50%.

 Adesividade satisfatória (ensaio acelerado)


O ensaio DER-ME 79 – Agregado, adesividade a ligante betuminoso não
é prático, sendo adotado nesta especificação o ensaio acelerado (cópia no anexo).

2.2.4 Material de enchimento (filer)

O filer é o componente da mistura asfáltica constituído de minerais


finamente divididos, inerte em relação aos demais materiais, tendo granulometria
passando na peneira nº 200 (0,074mm).
O filer proveniente do próprio agregado é chamado de filer natural. É
também utilizado na mistura o filer artificial, geralmente pó calcário, cal hidratada ou
cimento portland.

A granulometria aceita para o filer artificial é a seguinte:


PENEIRA % MÍNIMA PASSANDO
Nº 40 (0,42mm) 100
Nº 80 (0,18mm) 95
Nº 200 (0,074mm) 65

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PAG. 07/30
As funções do filer são as seguintes:
a) diminuir os vazios da mistura de agregados, isto é, funcionar como
material de enchimento (“filler” em inglês);
b) melhorar a adesividade do ligante ao agregado, principalmente aos
de natureza eletronegativa tais como granito, gnaisse, arenito,
quartzito, etc.

O filer aumenta a viscosidade do CAP e o ponto de amolecimento e


também influencia na estabilidade do concreto asfáltico, na flexibilidade da camada e
ficando em suspensão no CAP, ele forma o mástique, espessando a película que
envolve o agregado.

No momento da mistura o filer tem de estar seco, pulverizado e sem


grumos.

2.3 Mistura asfáltica

O traço do concreto asfáltico é dosado através do ensaio Marshall


(DNER-ME 43), devendo a mistura satisfazer as seguintes exigências ou
características:
 Energia de compactação para moldagem dos corpos de prova (CP):
 50 golpes/face para tráfego de N(USACE) < 107;
 75 golpes/face para tráfego de 107 ≤ N(USACE) ≤ 5 X 107 e também
para cargas pesadas e lentas, rodovias com rampas acentuadas
e em paradas de ônibus;
 Energia especial para tráfego de N(USACE) > 5 X 107, a ser
estabelecida pelo projeto.
CARACTERÍSTICAS CAMADA DE ROLAMENTO CAMADA DE LIGAÇÃO (BINDER)
350 a 700 (50 golpes) 300 a 600 (50 golpes)
Estabilidade (60ºC), em Kgf
500 a 1.000 (75 golpes) 400 a 800 (75 golpes)
Fluência (60ºC), em mm 2,0 a 4,5 2,0 a 4,5
Índice de Vazios, em % 3,0 a 5,0 4,0 a 6,0
Relação Betume Vazios, em % 75 a 82 65 a 78
Resistência a Tração por
Compressão Diametral Estática 0,65 0,65
(25ºC), em MPa
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PAG. 08/30
Conceitos:
Estabilidade – indica a resistência à deformação da mistura compactada. influenciam
na estabilidade: a granulometria do agregado, a rugosidade, o grau de compactação
da mistura e a viscosidade do asfalto. Estabilidade muito alta indica rigidez da camada
podendo comprometer a sua resistência á fadiga por flexão se a camada não for
suficientemente espessa. estabilidade muito baixa causa ondulações no revestimento
de concreto asfáltico.
Fluência – indica quanto o concreto asfáltico pode deformar sem cisalhar, quando
submetido a uma carga. A fluência cresce com o teor de asfalto. Fluência baixa indica
uma mistura rígida, sem flexibilidade para acompanhar as pequenas deformações
sofridas pelo pavimento. Fluência alta provoca ondulações no revestimento.
Índices de vazios – o ligante asfáltico com o calor dilata mais que o agregado, daí a
necessidade de vazios para não haver exsudação. Por outro lado, vazios demais
indica uma compactação insuficiente.
Relação betume vazios – juntamente com a exigência de um valor mínimo para o VAM
(vazios no agregado mineral), a RBV garante o mínimo de teor de asfalto necessário
à durabilidade do concreto asfáltico e limita o teor máximo acima do qual provoca
exsudação.
Resistência a tração – indica a resistência à fadiga do concreto asfáltico.

3 EQUIPAMENTOS

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado em contrato.

Os equipamentos para o concreto asfáltico são os seguintes:

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PAG. 09/30
 Usina de asfalto
A usina deverá produzir uma mistura uniforme, garantindo a
granulometria, o teor de ligante e as temperaturas dos agregados, do asfalto e da
mistura.
Deverá ser calibrada adequadamente, em função do traço da mistura de
projeto e apresentar as seguintes características:
 A secagem dos agregados deverá ser no sistema de contra fluxo;
 Possuir um silo para cada material;
 Possuir dosador de filer;
 Alimentação de agregados com velocidade variável;
 Sistema de controle de dosagem, preferencialmente automatizado e
sincronizado, que permita aumentar ou diminuir a velocidade sem
alterar as proporções do traço;
 Permitir automaticamente a correção da dosagem dos materiais,
inclusive do CAP;
 Possuir coletor de pó, tipo filtro de manga;
 Cada silo deverá possuir balança para dosagem individual dos
agregados;
 Possuir misturador tipo “pugmill” (mistura e conduz) com duplo eixo
conjugado, provido de palhetas reversíveis e removíveis;
 Dispositivo que interrompa a produção, caso haja variação brusca de
dosagem de qualquer material;
 Alarme para acusar falta de fluxo de material;
 Controle de temperaturas.

 Acabadora
A vibro acabadora para espalhamento e acabamento da massa asfáltica
deverá ser automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas
e declividade requeridos.

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PAG. 10/30
A acabadora deverá ser equipada com parafuso sem fim, para distribuir
a mistura na largura desejada, possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção
além de marcha para frente e para trás.

A acabadora deve ser equipada com mesa vibratória, alisadores e


dispositivos para aquecimento dos mesmos à temperatura adequada para o
espalhamento da mistura sem irregularidades, com pré-compressão, sendo
preferencialmente de esteiras.

 Rolos compressores
São utilizados:
- o rolo de pneus autopropulsor de pressão variável entre 35 psi e 120
psi (ou 0,25 MPa e 0,84 MPa);
- o rolo liso tandem de 25 a 45 Kgf/cm, como complementar à rolagem
de pneus, devendo ser vibratório, com regulador de frequência, para espessuras  6
cm;
- o rolo misto liso/pneumático, para serviços em pequenas áreas.

O equipamento compactador deve ser suficiente para comprimir a


mistura até a densidade requerida operando na temperatura de trabalhabilidade.

 Caminhões para transporte da mistura


Os caminhões para o transporte da mistura, da usina até a pista, são de
caçamba metálica basculante, devendo ser limpa, lisa e ligeiramente lubrificada com
água e sabão, ou óleo cru fino, ou óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar
a aderência da massa asfáltica.

Todo carregamento deverá ser coberto com lona protetora da massa


asfáltica.

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PAG. 11/30
 Depósito para ligante asfáltico
Será provido de dispositivos para aquecimento do ligante asfáltico, na
temperatura especificada, agitadores do ligante, sistema de circulação do depósito ao
misturador da usina, tubulações com isolamento térmico para evitar perda de calor,
devendo ter capacidade de estoque para no mínimo três dias de trabalho.

 Depósito para agregados


No pátio da usina os depósitos para agregados devem ser protegidos de
chuvas e de contaminação por poeira e outros materiais prejudiciais.

É boa prática manter a umidade dos agregados miúdos (areia e pó de


pedra) sempre abaixo de 5%, fazendo-se aerações com pá mecânica se for
necessário. Esta providência aumenta a produtividade da usina e diminui o risco de
superaquecimento do agregado e por consequência evita a oxidação da mistura.

 Depósito para filer


O filer artificial, pó calcário, cal hidratada ou cimento Portland deverá ser
estocado sem contato com o solo e em depósito fechado e coberto.

 Ferramentas acessórias
A execução de camada de concreto asfáltico exige também a utilização
de pás, rastelos, vassouras, carrinhos de mão e compactadores manuais.

4 EXECUÇÃO

4.1 A pintura de ligação deve anteceder a execução de uma camada de concreto


asfáltico nos seguintes casos:

 em base imprimada a mais de sete dias, ou quando houver tráfego


sobre a imprimação, ou quando houver recobrimento da imprimação com areia ou pó
de pedra;

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PAG. 12/30
 sobre camadas asfálticas, ou de concreto de cimento Portland, ou em
calçamentos.

4.2 As temperaturas na execução do concreto asfáltico variam em função da


viscosidade do ligante, adequada a cada atividade, conforme a seguir:
 Mistura a quente do asfalto com o agregado na usina: viscosidade =
85  10 sSF, não podendo o asfalto estar a menos de 120°C e nem a mais de 167°C
(o agregado deve estar aquecido à temperatura de 10°C a 15°C acima da do ligante);
 No transporte da mistura até a pista deve-se controlar a perda de
calor, não sendo recomendável transportes a mais de 50 Km;
 O espalhamento e a compressão da mistura de concreto asfáltico não
poderão ser feitos quando a temperatura ambiente for inferior a 10°C. A viscosidade
ideal do asfalto para o espalhamento e compressão da mistura é de 140  15 sSF,
devendo a chegada na pista do caminhão com a massa asfáltica ser numa
temperatura compatível com a viscosidade de espalhamento.

Após o espalhamento da massa asfáltica tem início a rolagem de


compressão. Como regra geral a temperatura de início da rolagem é a mais elevada
que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura esta fixada experimentalmente
para cada tipo de mistura.

4.3 A rolagem com rolo de pneus inicia-se com baixa pressão nos pneus,
aumentando-a na medida que a mistura vai sendo comprimida e suportando pressões
mais elevadas.

A compressão inicia-se na pista pela cota mais baixa no sentido da cota


mais elevada, ou seja, numa tangente inicia-se longitudinalmente pelos bordos
seguindo em direção ao eixo da pista. Nas curvas do bordo interno para o externo.
Cada passada do rolo deve ser recoberta, na seguinte, de pelo menos a metade da
largura rolada. Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção,

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PAG. 13/30
inversão brusca de marcha e nem estacionamento do rolo sobre a camada em
compressão ou recém-comprimida.

As rodas do rolo liso metálico deverão ser umedecidas adequadamente


e os pneus do rolo deverão ser untados levemente com óleo queimado, ambos para
evitar a aderência da massa asfáltica.

A operação de rolagem perdurará até se atingir o grau de compactação


especificado.

A espessura máxima da camada a compactar será fixada pelo projeto


ou pela fiscalização.

4.4 Abertura ao tráfego de uma camada de concreto asfáltico é feita após o seu
completo resfriamento, normalmente após decorridas 6 horas do final da
compactação.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades dos serviços de concreto asfáltico que podem causar


danos ao meio ambiente são a obtenção e utilização de agregados pétreos e areia de
campo, o armazenamento de ligante asfáltico, a operação da usina misturadora e a
aplicação da massa asfáltica.

5.1 Agregados

5.1.1 Quando o agregado pétreo for proveniente de exploração de pedreira


não comercial indicada no projeto, deve-se observar as seguintes situações:
 Os agregados pétreos somente serão aceitos após a contratada
apresentar à fiscalização as licenças exigidas pelo ordenamento ambiental. Deve ser

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PAG. 14/30
evitado a localização de pedreira e instalações de britagem em área de preservação
ambiental.
A exploração da pedreira deverá ser planejada e executada de modo a
possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e
equipamentos. Deve–se construir bacias de sedimentação para retenção de pó de
pedra eventualmente produzido em excesso, evitando assim o carreamento de pó
para cursos d’água.

5.1.2 Quando o agregado pétreo for adquirido de pedreira comercial, será


exigido documentação atestando a regularidade das instalações e operação junto ao
órgão ambiental competente.

5.1.3 Na exploração de areal de campo, o desmatamento, destocamento e


limpeza serão feitos dentro dos limites da área a ser escavada e o material orgânico
superficial deverá ser estocado de forma que, após a exploração do areal, este
material possa ser espalhado na área escavada para reintegrá-la a paisagem.

Não é permitida a queimada como forma de desmatamento.

As estradas de acesso às fontes de agregados deverão seguir a


especificação SOP-ES-T 02/19 – Caminhos de serviço e as recomendações da norma
DER-ISA 02/96 – Abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso.

5.2 Ligante asfáltico

O depósito de asfalto deve ser instalado em locais afastados de cursos


d’água.

É vedado o expurgo de materiais asfálticos na faixa de domínio ou em


qualquer local que possa causar danos ambientais.

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5.3 Usinagem a quente

A contratada deverá obter e apresentar à fiscalização a licença de


instalação e operação da usina de asfalto.

A contratada deverá submeter à fiscalização o projeto de instalação da


usina de asfalto, contendo a planta esquemática da usina e o sistema de filtros que
reduzirá a poluição do ar.

Deverão ser obedecidas as recomendações da norma DERT-ISA 08/96


– Orientações ambientais para implantação e operação de usinas de asfalto, concreto
e de solo.

Caso a massa de concreto asfáltico seja fornecida por usina comercial,


ou equivalente, será exigida toda documentação ambiental atestando a regularidade
da usina, pedreira, areal e instalações.

5.4 Aplicação do concreto asfáltico

Restos de misturas asfálticas antigas ou recém-produzidas não podem


ser deixados na margem da rodovia. Eles devem ser transportados para depósitos de
resíduos sólidos mais próximos, indicados pelo projeto.

Ao final dos serviços serão desmontadas e retiradas todas as edificações


provisórias e recuperada a área da usina de asfalto e armazenamento de materiais.

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6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Ligante asfáltico

A condição essencial é que o ligante asfáltico empregado no concreto


asfáltico atenda a esta especificações as especificações particulares e
complementares contidas no projeto.

6.1.1 Cimento asfáltico de petróleo (CAP-30/45, CAP-50/70 e CAP-85/100) ou


(CAP-20, CAP-40)

A todo carregamento de cimento asfáltico de petróleo que chegar à obra


será exigido o respectivo certificado de qualidade de fábrica, contendo os resultados
dos ensaios, atendendo as normas do anexo I contidas na tabela A1 para os CAP
classificados por viscosidade e na tabela A2 para os CAP classificados por penetração
(cópia no anexo), conforme a seguir:

 Espuma (aquecido a 175°C não deve produzir espuma);


 Penetração (MB-107);
 Viscosidade Saybolt Furol (P-MB 517) a 135°C e 177°C.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios das normas para confrontar com os resultados do certificado
de fábrica.

6.2 Agregados para concreto asfáltico

A condição essencial é que o agregado graúdo atenda as exigências de


resistência a abrasão, tenha durabilidade, adesividade ao ligante e forma satisfatória
e que o agregado miúdo tenha adesividade ao ligante e equivalente de areia
satisfatórios. É imprescindível a limpeza dos agregados.

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PAG. 17/30
A textura e a absorção dos agregados devem ser consideradas pelo
projeto.

6.2.1 Resistência a abrasão do agregado graúdo (DNER-ME 35)

O agregado graúdo para concreto asfáltico pode ter um desgaste por


abrasão (ensaio Los Angeles) de no máximo 50% em peso.

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado.

Por ocasião da obra, pode ser necessário se verificar o desgaste por


abrasão, no início do serviço, para confirmar o resultado da pedreira do projeto a
critério da fiscalização ou, no decorrer do serviço, quando houver alteração na rocha
da pedreira ou quando mudar de pedreira.

O agregado graúdo que apresentar desgaste por abrasão superior a


50% não poderá ser utilizado no concreto asfáltico.

6.2.2 Adesividade (ag. graúdo: DNER-ME 78) (Ag. miúdo: ensaio acelerado
de fervura)

A adesividade é uma propriedade do par agregado x cimento asfáltico


de petróleo que é ensaiada pelo projeto para se estabelecer a necessidade ou não de
adicionamento no ligante de melhorador de adesividade (dope).

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com


amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% dos agregados,
para conferência dos resultados do projeto.

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PAG. 18/30
Os ensaios de adesividade são obrigatórios, em número mínimo de cinco
amostras, quando houver mudança das fontes de agregados graúdos ou agregados
miúdos.

A adesividade é considerada satisfatória quando após os ensaios não se


verificar nenhum deslocamento da película asfáltica e é considerado não satisfatória
quando houver deslocamento parcial ou total da película asfáltica.

6.2.3 Índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 86)

O índice de forma do agregado graúdo para concreto asfáltico não pode


ser inferior a 0,5 ou, opcionalmente, o percentual de grãos defeituosos não poderá
ultrapassar 20% (25% para basalto ou diabásio).

O índice de forma do agregado graúdo é estudado pelo projeto ao indicar


a pedreira.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com


amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% do agregado
graúdo, para conferência do resultado do projeto.

O ensaio de índice de forma é obrigatório, em número mínimo de cinco


amostras, quando houver mudança de pedreira.

O agregado graúdo que tiver forma não satisfatória não poderá ser
utilizado no concreto asfáltico.

6.2.4 Durabilidade (DNER-ME 89)

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PAG. 19/30
O agregado graúdo para concreto asfáltico deve apresentar sob a ação
de uma solução de sulfato de sódio ou de magnésio, em cinco ciclos, uma afetação
nas partículas inferior a 12%. Este ensaio é realizado pelo projeto ao indicar a pedreira
quando a rocha for basáltica, diabásica ou de natureza mineralógica sujeita a
alterações.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir o ensaio de


durabilidade para as rochas citadas, a título de conferência dos ensaios do projeto.

Havendo afetação das partículas superior a 12%, por perda de peso,


fendilhamento, quebra, esmagamento ou laminagem a pedreira terá que ser
substituída.

6.2.5 Equivalente de areia para agregado miúdo (DNER-ME 54)

O ensaio de EA é realizado com amostra dos agregados nas proporções


do projeto, considerando-se apenas a parcela passando na pen. N° 4 (4,8mm), ou
seja a parte da amostra para o ensaio de EA inclui o agregado miúdo, entre as
peneiras N° (4,8mm) e a N° 200 (0,074mm) e inclui o filer natural contido nos
agregados, que passa na peneira N° 200.

O projeto realiza o ensaio de equivalente de areia das fontes de


agregado miúdo que compõem o traço de concreto asfáltico projetado.

No decorrer da execução do concreto asfáltico é obrigatório se repetir o


ensaio de EA a cada dia de trabalho com amostra de agregado miúdo + filer natural
na proporção do traço que realmente está sendo produzido, devido a variação da areia
e as inevitáveis adequações do traço de execução, alterando as proporções da
mistura de materiais.

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PAG. 20/30
Esta especificação admite a coleta de agregado após a passagem pela
unidade secadora, quando a perda de parte do pó deletério faz o equivalente de areia
elevar seu valor.

O equivalente de areia mínimo do agregado miúdo é de 50%.

Abaixo desse valor o agregado miúdo não é aprovado (NAP) devendo-


se mudar as fontes de agregados ou alterar a composição do traço.

6.3 Filer artificial para concreto asfáltico

O filer artificial que poderá ser pó calcário, cal hidratada ou cimento


portland tem que ser armazenado em local coberto, com os sacos assentes sobre piso
de madeira.

O controle da granulometria é feito a cada carregamento que chegar a


obra, devendo obedecer as seguintes percentagens passando mínimas, para ser
aceito.
PENEIRAS % PASSANDO
N° 40 (0,42mm) 100
N° 80 (0,18mm) 95
N° 200 (0,074mm) 65

6.4 Controle de execução e das características Marshall da mistura

6.4.1 Confirmação do traço Marshall do projeto

Após ser estocado no canteiro da obra pelo menos 5% das quantidades


previstas dos agregados, coleta-se amostras e confirma-se o traço de projeto
realizando-se um traço Marshall de execução, respeitando-se prioritariamente o
diâmetro máximo dos agregados e a faixa granulométrica da mistura de agregados +

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filer conforme estabelecido no projeto. O traço Marshall de execução deverá ser
realizado com a energia de compactação estabelecida no projeto e obedecer, além
da granulometria, os seguintes parâmetros especificados no Item 2.3: limites de
estabilidade, limites de fluência, limites do Índice de vazios, limites da relação betume
vazios e a resistência mínima de tração por compressão diametral.

De posse do traço marshall de execução se faz a calibragem da abertura


dos silos e do funcionamento da usina.

O traço Marshall de execução terá que ser aprovado pela fiscalização.

6.4.2 Controle das primeiras porções da mistura asfáltica

Em todos os inícios de funcionamento da usina de concreto asfáltico


deverá ser controlada a temperatura da massa e coletado amostra para se extrair o
ligante e se determinar o teor de CAP e se fazer a granulometria dos agregados + filer
tantas vezes quantas forem necessárias, para o enquadramento nos valores
especificados, sendo esta a condição obrigatória para se levar a massa asfáltica até
a pista.

Este controle não tem o poder de aceitação da massa de concreto


asfáltico. Ele tão somente regula a produção da mistura pela usina, dentro das
especificações.

6.4.3 Controle de temperaturas

Para a aceitação ou rejeição do serviço, são obrigatórias as seguintes


faixas de temperaturas:
 Do CAP, na linha de alimentação: 145°C  TCAP  165°C
 Dos agregados no silo quente: TCAP + 5°C  Tag  TCAP + 10°C;

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 Da massa asfáltica na saída do caminhão da usina: 145°C  TM 
170°C;
 Da massa asfáltica na chegada do caminhão na pista: T M(min) = 135°C;
 Da massa asfáltica no início do espalhamento: TM(min) = 130°C;
 Da massa asfáltica no início da compressão: 120°C  TC  140°C.

Se os limites de temperaturas não forem respeitados a massa asfáltica


não poderá ser utilizada, devendo a fiscalização paralisar o serviço e só permitir o seu
reinício após a correção da produção de massa asfáltica nas temperaturas
especificadas.

O controle de temperaturas é contínuo, quantas vezes forem


necessárias, com no mínimo 8 determinações por dia de trabalho.

6.4.4 Controle do teor de CAP e da granulometria

Para aceitação ou rejeição do teor de CAP e da granulometria do


concreto asfáltico, coleta-se a cada 250m de meia pista (ou faixa de espalhamento)
amostra da massa asfáltica, logo após a passagem da vibroacabadora e antes da
compressão, para se fazer o ensaio de teor de CAP (DNER-ME 53 – rotarex), ou
opcionalmente o ensaio soxhlet – extração do asfalto por refluxo, e depois secar o
agregado em estufa e se fazer o ensaio de granulometria (DNER-ME 83).

As tolerâncias especificadas são as seguintes:

 Teor de CAP: teor do traço de execução  0,3%


 Tolerâncias granulométricas – t% (% do projeto  t%)

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PENEIRAS T% PASSANDO EM PESO
3/8” a 1 1/2” (9,5mm a 38,1mm) 7
N° 40 a N° 4 (0,42mm a 4,8mm) 5
Nº 80 (0,18 mm) 3
N° 200 (0,074mm) 2

A fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior
a 4% do total.

No caso de um teor de CAP não atender a tolerância de 0,3%, admite-


se a aceitação do teor estatístico, juntando-se o teor não satisfatório com os quatro
teores satisfatórios antecedentes, formando um conjunto de cinco teores e calcula-se:
 Xi
Teor máximo = X  1,55 s sendo: X 
5

Teor mínimo = X  1,55 s s   (X i - X) 2 /4

O serviço será aceito (AP) se forem atendidas as tolerâncias


especificadas para o teor de CAP e para a granulometria dos agregados + filer. Em
caso contrário o serviço não será aprovado (NAP), não sendo permitida a aplicação
da massa asfáltica produzida e se a mesma já tiver comprimida na pista a fiscalização
indicará a solução que poderá ser o recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista ou a fresagem da camada executada e a execução de uma nova camada,
todos os ônus por conta do construtor..

6.4.5 Controle do grau de compressão (ou compactação)

O traço Marshall de execução do concreto asfáltico (DNER-ME 43/64),


aprovado pela fiscalização, estabelece a massa específica aparente de projeto ou
densidade de projeto – Dp que servirá de referência para o cálculo do grau de
compressão – GC (ou grau de compactação) do concreto asfáltico na pista.

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A cada 250m de meia pista (ou faixa de espalhamento), após a
compressão da camada de concreto asfáltica, extrai-se um corpo de prova (CP) com
sonda rotativa ou pelo processo do anel de ferro, e calcula-se a densidade aparente
– Da do CP (DNER-ME 117/87).

O grau de compressão – GC (ou de compactação) é calculado pela


seguinte fórmula: Da
GC  x 100
Dp

O grau de compressão mínimo admissível é de 95%.

Cada CP extraído representa 250m de meia pista (ou faixa de


espalhamento). Caso um CP não alcance o GC mínimo especificado, faz-se 5
extrações no intervalo dos 250m, a cada 50m, para cálculo do GC e delimitação do
intervalo não aprovado. Para o (s) intervalo (s) não aprovado (s) a fiscalização indicará
a solução a ser dada, desde o recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista até a fresagem da camada e execução de nova camada, todos os ônus por
conta do construtor.

6.4.6 Controle da estabilidade e da fluência Marshall

Na mesma ocasião da coleta de amostra para o controle do teor de CAP


e da granulometria (Item 6.4.4), a cada 250m de meia pista (ou faixa de
espalhamento), coleta-se também amostra para moldagem e o rompimento de um
corpo de prova Marshall (DNER-ME 43) determinando-se com este CP a estabilidade
– E e a fluência – F do concreto asfáltico executado.

Os limites especificados para a estabilidade – E e para a fluência – F são


os seguintes:
 Para energia de 75 golpes/face
CAMADA DE ROLAMENTO: 500 kgf ≤ E ≤ 1.000 kgf
2,0 mm ≤ F ≤ 4,5 mm

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CAMADA DE LIGAÇÃO (BINDER): 400 kgf ≤ E ≤ 800 kgf
2,0 mm ≤ F ≤ 4,5 mm

 Para energia de 50 golpes/face


CAMADA DE ROLAMENTO: 350 kgf ≤ E ≤ 700kgf
2,0 mm ≤ F ≤ 4,5 mm
CAMADA DE LIGAÇÃO (BINDER): 300 kgf ≤ E ≤ 600kgf
2,0 mm ≤ F ≤ 4,5 mm

Ocorrendo valores de estabilidade e/ou de fluência fora dos limites


especificados, o serviço será imediatamente interrompido, parando-se o
funcionamento da usina de asfalto e não se aproveitando a mistura já produzida e
ainda não utilizada, todos os ônus por conta do construtor.

Na pista, os 250m da faixa espalhada da camada de concreto asfáltico


já compactada, pertencente ao CP que não atendeu a especificação, será dividido em
cinco intervalos de 50m cada, extraindo-se cinco novos CP, 1 CP por intervalo,
para determinação da estabilidade – E e da fluência – F e delimitação da extensão
aceita e não aceita.

Para o intervalo não aprovado (NAP) a fiscalização indicará a solução a


ser dada, desde o recapeamento com uma espessura aprovada pelo projetista até a
fresagem da camada e execução de nova camada, todos os ônus por conta do
construtor.

6.4.7 Controle das demais características Marshall

Os demais parâmetros Marshall de índice de vazios, vazios no agregado


mineral e relação betume vazios não condicionam a aprovação ou a desaprovação do
concreto asfáltico executado, porque admite-se que estando a % de CAP, a

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granulometria e o grau de compactação dentro dos limites especificados podem-se
considerar que esses parâmetros darão resultados satisfatórios.

6.5 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).


A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em
função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:

 Número de deflexões do SH: n


 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

 Fator de correção sazonal (Fs):


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SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (NVERNO)


Arenoso/Permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição das
cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.6 Registro do controle tecnológico

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PAG. 28/30
Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,
acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de acabamento da superfície

Em cada dia de serviço, deverá ser feito o controle de acabamento da


superfície do concreto asfáltico, com auxílio de duas réguas, com comprimentos de
3,00m e 0,90m, colocadas em ângulos reto, alternando cada uma em posição paralela
ao eixo da rodovia. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato,
não deve exceder a 0,5cm em qualquer das réguas e em qualquer das duas posições
do conjunto (1,0cm para camada de regularização).

Os locais da verificação do acabamento da superfície serão escolhidos


pela fiscalização e o número de verificações diárias variará entre 1 (um) e 5 (cinco), a
critério da fiscalização.

Se o acabamento da superfície não atender à tolerância especificada, o


serviço será considerado não aprovado (NAP), devendo a fiscalização indicar a
solução – desde a correção por recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista até a fresagem da camada executada e a execução de uma nova camada,
todos os ônus (inclusive o de possível reparação da base, nova imprimação, etc) por
conta do construtor.

7.2 Controle de espessura

O controle de espessura poderá ser feito de duas maneiras:

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a) por medição da espessura da camada no momento da extração dos
corpos de prova na pista (item 6.4.5) – a cada 250m de meia pista;

b) por nivelamento do eixo e dos bordos antes e depois do espalhamento


e compressão da camada. O primeiro nivelamento do eixo e bordos será feito a cada
estaca (20 metros), podendo serem consideradas as cotas do

controle geométrico da camada inferior, caso tenha sido feito. O segundo nivelamento
será feito a cada 240 m, ficando as demais cotas do primeiro nivelamento disponíveis
para um aumento na frequência do segundo nivelamento se for necessário.

A tolerância quanto à espessura é a seguinte:

a)  5% da espessura do projeto.

Os serviços com espessura da camada atendendo a tolerância


especificada serão aprovados (AP) e os que não atenderem (NAP) não serão aceitos,
devendo a fiscalização indicar a solução – desde a correção por recapeamento com
espessura aprovada pelo projetista – até a fresagem da camada executada e a
execução de uma nova camada, todos os ônus (inclusive o de possível reparação da
base, nova imprimação, etc) por conta do construtor.

8 MEDIÇÃO

O concreto asfáltico será medido pelo volume compactado, em metros


cúbicos, de acordo com a seção tipo do projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado calculado com base na média aritmética dos teores obtidos no controle
tecnológico.

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O melhorador de adesividade (dope), quando utilizado, será medido pelo
peso em quilogramas aplicados.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


concreto asfáltico, medido conforme o item 8, estando nele incluído todos os custos
das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos, ferramentas,
armazenamento e perdas do material betuminoso nos tanques de estocagem,
custos de agregados, mão de obra, encargos, transportes, impostos, eventuais, bem
como a indenização da aquisição de materiais, inclusive ligante, quando o mesmo não
é fornecido pelo contratante e lucro.

Não serão pagos excessos em relação ao volume de projeto, e nem


descontadas as faltas, dentro das tolerâncias especificadas.

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1 DEFINIÇÃO

Pré-misturado a quente (PMQ) é uma mistura asfáltica preparada em


usina apropriada, com características e exigências menos rigorosas do que o concreto
asfáltico, constituída de agregados, acompanhados ou não de filer, e de material
asfáltico, realizada com aquecimento dos agregados e do ligante, transportada,
espalhada na pista e comprimida também a quente.

O PMQ pode ser empregado como camada de rolamento, camada de


ligação (binder), base, camada de regularização ou reperfilamento e como reforço de
pavimentos.

A espessura da camada de PMQ não poderá ser inferior a 4cm e nem


superior a 10cm. camada superiores a 10cm terão que ser subdivididas.

2 MATERIAIS

2.1 Material asfáltico

O ligante do PMQ é o cimento asfáltico de petróleo (CAP) que pode ser:


a) Classificação por penetração: CAP 30/45; CAP-50/70 e CAP-85/100;
b) Classificação por viscosidade: CAP-20 e CAP-40;
Ambos obedecendo as especificações do anexo I, tabela 2 e tabela 1,
com cópia no anexo.
c) Podem ser usados também materiais asfálticos modificados por
polímeros, quando indicados no projeto.

2.2 Agregados

2.2.1 Faixas granulométricas (DNER-ME 83)

A mistura de agregados + filer, podendo se prescindir do filer passando


na peneira n° 200 (0,074mm), e até se tolerar uma quantidade ínfima de agregado
miúdo, entre as peneiras N° 4 (4,8mm) e N° 200 (0,074mm), deverá se enquadrar
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PAG. 02/28
numa das faixas granulométricas do quadro a seguir, que contém também as
tolerâncias da faixa de projeto em cada peneira.
PENEIRAS % PASSANDO, EM PESO
TOLERÂNCIAS
ASTM mm A B C D E F
1" 25,4 100 100 100 100 7
3/4" 19,1 73 - 88 - 75 - 100 100 65 - 100 100 7
1/2" 12,7 66 - 80 60 - 70 - 95 - 100 - 85 - 100 7
3/8" 9,5 - - 50 - 70 50 - 80 35 - 65 75 - 100 7
n° 4 4,8 32 - 47 30 - 40 30 - 40 25 - 45 25 - 50 50 - 85 5
n° 10 2,0 12 - 20 12 - 24 20 - 30 15 - 30 20 - 40 30 - 75 5
n° 40 0,42 6 - 13 6 - 13 6 - 12 - 10 - 30 15 - 40 5
n° 200 0,074 0- 2 0- 2 3- 6 2- 5 0- 8 3- 8 2

Sugere-se o uso de: revestimento: faixas E e F


demais camadas: as faixas A, B, C e D

A relação entre o diâmetro máximo do agregado (Dmax) e a espessura


da camada (h) é a seguinte:
2
D max  xh
3
2.2.2 Agregado graúdo

O agregado graúdo (retido na pen. n° 4 – 4,8mm) pode ser pedra britada,


seixo rolado e cascalho britado ou não, sendo exigido para as faixas A e B que o
agregado graúdo tenha pelo menos duas faces britadas. O projeto pode indicar outros
tipos de agregados.

O agregado graúdo deve se constituir de partículas sãs, duráveis, livres


de torrões de argila e de substâncias nocivas e tem de apresentar as seguintes
características:
 Durabilidade (DNER-ME 89)
Apresentar perda inferior a 12% quando submetido a 5 ciclos de sulfato
de sódio ou de magnésio, para as rochas de natureza mineralógica sujeitas a
alteração como basalto e diabásio.

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PAG. 03/28
 Resistência a abrasão (DNER-ME 78)
Apresentar desgaste por abrasão (Los Angeles) máximo, conforme a
tabela a seguir.
LA máximo %
FAIXAS A–B C–D E–F
CAMADA ROLAMENTO 30 40 45
BINDER / BASE 40 45 -

 Adesividade satisfatória (DNER-ME 78)

A adesividade é uma propriedade do par agregado/ligante asfáltico. os


agregados eletronegativos têm geralmente adesividade não satisfatória com o cap,
como é o caso do granito, gnaisse, quartzito, arenito, etc. Neste caso deve-se
acrescentar ao ligante um melhorador de adesividade, também chamado dope, da
ordem de 0,4% a 0,6% do peso do CAP, conforme fixado em projeto.

O dope deve necessariamente ser adquirido separadamente e


incorporado ao CAP no canteiro de obra, na porcentagem indicada pelo ensaio de
adesividade (DNER-ME 78).

 Formas satisfatória (DNER-ME 86)

O índice de forma (IF) mínimo (DNER-ME 86) ou opcionalmente a


porcentagem de grãos defeituosos (GD) máxima deve obedecer aos limites do quadro
a seguir.

FAIXAS A–B C–D E–F


IF mínimo 0,50 0,45 0,40
GD máxima (%) 20 25 30

Para a percentagem de grãos defeituosos a amostra deve ser coletada


aleatoriamente, com no mínimo 10 grãos.

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Grãos defeituosos: L + 1,2g  6 e
sendo: L = maior dimensão do grão;
g = média das aberturas de duas peneiras de malha quadrada
entre as quais o grão fica retido;
e = afastamento mínimo de dois planos paralelos entre os quais
fica contido o grão.
O método da determinação da forma do agregado graúdo pela
percentagem de grãos defeituosos está no anexo dessas especificações.

 Textura favorável (conceituação)

A textura lisa é favorável ao envolvimento de agregado pelo ligante


(adesividade ativa) e reduz o atrito interno da mistura (menor estabilidade e maior
trabalhabilidade).

A textura rugosa é mais favorável à resistência ao descolamento da


película de CAP pela ação do tráfego em presença da água (adesividade passiva) e
aumenta o atrito interno (maior estabilidade e menor trabalhabilidade).

 Absorção moderada de CAP (DNER-ME 81)

O ensaio DNER-ME 81, determinação das densidades real e aparente


dos grãos de agregado graúdo, permite também se calcular a absorção de água pela
superfície específica do agregado, após saturação, em relação ao seu peso. Quando
a absorção de água é superior a 1% do peso do agregado, deve-se fazer um estudo
do consumo inútil de ligante, considerando-se que a absorção do CAP é a metade da
absorção de água.

Os arenitos e os calcáreos são os agregados mais absorventes seguidos


dos basaltos e diabásios.

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PAG. 05/28
Os gnaissses e os granitos são os menos absorventes.

2.2.3 Agregado miúdo

O agregado miúdo (passando na pen n° 4 – 4,8mm e retido na pen. N°


200 – 0,074mm) para o PMQ pode ser areia de rio, areia de campo, pó de pedra ou
preferencialmente a mistura de areia e pó de pedra.

Deve ser constituído de partículas sãs, livres de torrões de argilas,


raízes, substâncias nocivas e apresentar as seguintes características:

A presença de areia de campo na mistura é importante porque a


superfície lisa dos grãos favorece a trabalhabilidade e reduz a rigidez da camada,
tornando-a mais flexível e com maior deflexão admissível. Já o agregado resultante
de britagem tem a superfície rugosa e favorece a rigidez da camada asfáltica. A rigidez
ou a flexibilidade da camada asfáltica pode ser conseguida através das percentagens
desses materiais no traço da mistura.

 Equivalente de areia – EA (DNER-ME 54)


O agregado miúdo deve ter um EA  45%, incluído o filer natural
(passando na pen. n° 200 – 0,074mm) se houver no agregado miúdo para o PMQ.
 Adesividade satisfatória (ensaio acelerado)
O ensaio DNER-ME 79 – Agregado, adesividade a ligante betuminoso
não é prático, sendo adotado nesta especificação o ensaio acelerado (cópia no
anexo).

2.2.4 Material de enchimento (filer)

O filer é o componente da mistura do PMQ que é constituído de minerais


finamente dividido, inerte em relação aos demais materiais, tendo granulometria
passando na Pen. N° 200 (0,074mm).

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O filer proveniente do próprio agregado é chamado de filer natural. É
também utilizado na mistura o filer artificial, geralmente constituído de pó calcário, cal
hidratada ou cimento portland.

A granulometria aceita para o filer artificial é a seguinte:


% MÍNIMA
PENEIRA
PASSANDO
N° 40 (0,042mm) 100
N° 80 (0,18mm) 95
N° 200 (0,074 mm) 65

As funções do filer são as seguintes:


a) diminuir os vazios da mistura de agregados, isto é, funcionar como
material de enchimento (“filler” em inglês);
b) melhorar a adesividade do ligante ao agregado, principalmente aos
de natureza eletronegativa tais como granito, gnaisse, arenito, quartzito, etc.

O filer aumenta a viscosidade do CAP e o ponto de amolecimento e


influência na estabilidade do PMQ, na flexibilidade da camada e, ficando em
suspensão no CAP, ele forma o mástique, espessando a película que envolve o
agregado.

No momento da mistura o filer tem de estar seco, pulverizado e sem


grumos.

2.3 Mistura asfáltica

O traço do pré-misturado a quente é dosado através do ensaio Marshall


(DNER-ME 43), devendo a mistura satisfazer as seguintes exigências ou
características:

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ESTABILIDADE FLUÊNCIA VAZIOS ENERGIA NUSACE
FAIXA CAMADA RBV ( % ) OBS
60° C (Kgf) (mm) (%) (G/FACE) MÁXIMO
Min. 250 - 12 a 16 - 50 1,5 x 106 1
ROLAMENTO
Min. 300 - 12 a 16 - 75 2,5 x 106 1
A-B
Min. 250 - 17 a 26 - 50 2,5 x 107 2
BINDER
Min. 300 - 17 a 26 - 75 5,0 x 107 2
Min. 275 - 8 a 12 - 50 2,5 x 106 1
ROLAMENTO
Min. 325 - 8 a 12 - 75 3,5 x 106 1
C-D 7
Min. 275 - 10 a 12 - 50 5 x 10 2
BINDER
Min. 325 - 10 a 12 - 75 5 x 107 2
6
300 a 600 2,0 a 4,5 5a8 60 a 70 50 5 x 10 -
E-F ROLAMENTO
350 a 750 2,0 a 4,5 5a8 60 a 70 75 7,5 x 106 -

OBSERVAÇÕES: 1 – Não aconselhável em rodovias com fortes tensões


superficiais de rampas acentuadas e curvas de pequenos
raios;
2 – É obrigatório a camada de rolamento ser em concreto
asfáltico.

Para garantir uma quantidade mínima de CAP nas faixas E e F do PMQ,


como camada de rolamento, é necessário que os vazios do agregado mineral (VAM)
tenham os valores mínimos da tabela a seguir.
Diâmetro máximo (Dmax) 1” 3/4" 1/2" 3/8”
VAM (% mínima) 13 14 15 16

Nota: A energia do ensaio Marshall com 75 golpes por face é mais indicada para o
tráfego de cargas pesadas, veículos lentos, rampas e curvas acentuadas e nas
paradas de ônibus. Entretanto estabilidade muito alta não é desejável pois
indica uma camada de PMQ muito rígida que pode comprometer a sua
resistência a fadiga.

Resistência a tração por compressão diametral: para camada de PMQ


nas faixas C, D, E e F é exigido uma resistência a tração mínima, a 25°C, de 0,55
MPa.

3 EQUIPAMENTOS

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PAG. 08/28

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado em contrato.

Os equipamentos para o PMQ são os seguintes:


 Usina de asfalto

A usina deverá produzir uma mistura uniforme, garantindo a


granulometria, o teor de ligante e as temperaturas dos agregados, do asfalto e da
mistura.

Deverá ser calibrada adequadamente, em função do traço da mistura de


projeto e apresentar as seguintes características:
 A secagem dos agregados deverá ser no sistema de contra fluxo;
 Possuir dosador de filer;
 Sistema de controle de dosagem, preferencialmente automatizado e
sincronizado, que permita aumentar ou diminuir a velocidade sem
alterar as proporções do traço;
 Permitir automaticamente a correção da dosagem dos materiais,
inclusive do CAP;
 Possuir coletor de pó, tipo filtro de manga;
 Cada silo deverá possuir balança para dosagem individual dos
agregados;
 Possuir misturador tipo “pugmill” (mistura e conduz) com duplo eixo
conjugado, provido de palhetas reversíveis e removíveis;
 Dispositivo que interrompa a produção, caso haja variação brusca de
dosagem de qualquer material;
 Alarme para acusar falta de fluxo de material;
 Controle de temperaturas.

 Acabadora

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PAG. 09/28

A vibro acabadora para espalhamento e acabamento da massa asfáltica


deverá ser automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas
e declividade requeridos.

A acabadora deverá ser equipada com parafuso sem fim, para distribuir
a mistura na largura desejada, possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção
além de marcha para frente e para trás.

A acabadora deve ser equipada com mesa vibratória, alisadores e


dispositivos para aquecimento dos mesmos à temperatura adequada para o
espalhamento da mistura sem irregularidades, com pré-compressão, sendo
preferencialmente de esteiras.

 Rolos compressores

São utilizados:
- o rolo de pneus autopropulsor de pressão variável entre 35 psi e 120
psi (ou 0,25 MPa e 0,84 MPa);
- o rolo liso tandem de 25 a 45 Kgf/cm, como complementar à rolagem
de pneus, devendo ser Vibratório, com regulador de frequência, para espessuras  6
cm;
- o rolo misto liso/pneumático, para serviços em pequenas áreas.

O equipamento compactador deve ser suficiente para comprimir a


mistura até a densidade requerida operando na temperatura de trabalhabilidade.

 Caminhões para transporte da mistura

Os caminhões para o transporte da mistura, da usina até a pista, são de


caçamba metálica basculante, devendo ser limpa, lisa e ligeiramente lubrificada com

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água e sabão, ou óleo cru fino, ou óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar
a aderência da massa asfáltica.

Todo carregamento deverá ser coberto com lona protetora da massa


asfáltica.
 Depósito para ligante asfáltico

Será provido de dispositivos para aquecimento do ligante asfáltico, na


temperatura especificada, agitadores do ligante, sistema de circulação do depósito ao
misturador da usina, tubulações com isolamento térmico para evitar perda de calor,
devendo ter capacidade de estoque para no mínimo três dias de trabalho.

 Depósito para agregados

No pátio da usina os depósitos para agregados devem ser protegidos de


chuvas e de contaminação por poeira e outros materiais prejudiciais.

É boa prática manter a umidade dos agregados miúdos (areia e pó de


pedra) sempre abaixo de 5%, fazendo-se aerações com pá mecânica se for
necessário. Esta providência aumenta a produtividade da usina e diminui o risco de
superaquecimento do agregado e por consequência evita a oxidação da mistura.

 Depósito para filer

O filer artificial, pó calcário, cal hidratada ou cimento portland deverá ser


estocado sem contato com o solo e em depósito fechado e coberto.

 Ferramentas acessórias

A execução de camada de PMQ exige também a utilização de pás,


rastelos, vassouras, carrinhos de mão e compactadores manuais.

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PAG. 11/28
4 EXECUÇÃO

4.1 A pintura de ligação deve anteceder a execução de uma camada de PMQ nos
seguintes casos:
 em base imprimada a mais de sete dias, ou quando houver tráfego
sobre a imprimação, ou quando houver recobrimento da imprimação com areia ou pó
de pedra;
 sobre camadas asfálticas, ou de concreto de cimento Portland, ou em
calçamentos.

4.2 As temperaturas na execução do PMQ variam em função da viscosidade do


ligante, adequada a cada atividade, conforme a seguir:

 Mistura a quente do asfalto com o agregado na usina: viscosidade =


85  10 sSF, não podendo o asfalto estar a menos de 120°C e nem a mais de 167°C
(o agregado deve estar aquecido à temperatura de 10C a 15°C acima da do ligante);
 No transporte da mistura até a pista deve-se controlar a perda de
calor, não sendo recomendável transportes a mais de 50 Km;
 O espalhamento e a compressão da mistura de PMQ não poderá ser
feita quando a temperatura ambiente for inferior a 10°C.

A viscosidade ideal do asfalto para o espalhamento e compressão da


mistura é de 140  15 sSF, devendo a chegada na pista do caminhão com a massa
asfáltica ser numa temperatura compatível com a viscosidade de espalhamento.

Após o espalhamento da massa asfáltica tem início a rolagem de


compressão. Como regra geral a temperatura de início da rolagem é a mais elevada
que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura esta fixada experimentalmente
para cada tipo de mistura.

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PAG. 12/28
4.3 A rolagem com rolo de pneus inicia-se com baixa pressão nos pneus,
aumentando-a na medida que a mistura vai sendo comprimida e suportando pressões
mais elevadas.

A compressão inicia-se na pista pela cota mais baixa no sentido da cota


mais elevada, ou seja, numa tangente inicia-se longitudinalmente pelos bordos
seguindo em direção ao eixo da pista. Nas curvas da borda interna para a externa.
Cada passada do rolo deve ser recoberta, na seguinte, de pelo menos a metade da
largura rolada. Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção, inversão
brusca de marcha e nem estacionamento do rolo sobre a camada em compressão ou
recém-comprimida.

As rodas do rolo liso metálico deverão ser umedecidas adequadamente


e os pneus do rolo deverão ser untadas levemente com óleo queimado, ambos para
evitar a aderência da massa asfáltica.

A operação de rolagem perdurará até se atingir o grau de compactação


especificado.

A espessura máxima da camada a compactar será fixada pelo projeto


ou pela fiscalização.

Lembrar que uma alta temperatura de compressão pode provocar


exsudação e que uma baixa temperatura (massa fria) pode causar trincas na camada.

4.4 Abertura ao tráfego

A camada de PMQ recém executada poderá ser aberta ao tráfego após


o seu completo resfriamento, em torno de 6 horas após o término da compressão.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

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PAG. 13/28
As atividades dos serviços de pré-misturado a quente que podem causar
danos ao meio ambiente são a obtenção e utilização de agregados pétreos, areia de
rio, areia de campo, o armazenamento de ligante asfáltico, a operação da usina
misturadora e a aplicação da massa asfáltica.

5.1 Agregados

5.1.1 Quando o agregado pétreo for proveniente de exploração de pedreira


não comercial indicada no projeto, deve-se observar as seguintes situações:

 Os agregados pétreos somente serão aceitos após a contratada


apresentar à fiscalização as licenças exigidas pelo ordenamento ambiental.

Deve ser evitada a localização de pedreira e instalações de britagem em


área de preservação ambiental.

A exploração da pedreira deverá ser planejada e executada de modo a


possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e
equipamentos. Deve–se construir bacias de sedimentação para retenção de pó de
pedra eventualmente produzido em excesso, evitando assim o carreamento de pó
para cursos d’água.

5.1.2 Quando o agregado pétreo for adquirido de pedreira comercial, será


exigido documentação atestando a regularidade das instalações e operação junto ao
órgão ambiental competente.

5.1.3 Na exploração de areal de campo, o desmatamento, destocamento e


limpeza serão feitos dentro dos limites da área a ser escavada e o
material orgânico superficial deverá ser estocado de forma que, após a
exploração do areal, este material possa ser espalhado na área
escavada para reintegrá-la a paisagem.

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Não é permitida a queimada como forma de desmatamento.

5.1.4 Na exploração de areal de rio, deve-se evitar que a escavação dos


bancos de areia forme bacias que alterem o escoamento natural das águas e deve-se
evitar a contaminação das águas por derramamento de óleos, graxas ou combustíveis
dos equipamentos.

As estradas de acesso às fontes de agregados deverão seguir a


especificação SOP-ES-T 02/19 – Caminhos de serviço e as recomendações da norma
DER-ISA 02/96 – Abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso.

5.2 Ligante asfáltico

O depósito de asfalto deve ser instalado em locais afastados de cursos


d’água.

É vedado o expurgo de materiais asfálticos na faixa de domínio ou em


qualquer local que possa causar danos ambientais.

5.3 Usinagem a quente

A contratada deverá obter e apresentar à fiscalização a licença de


instalação e operação da usina de asfalto.

A contratada deverá submeter à fiscalização o projeto de instalação da


usina de asfalto, contendo a planta esquemática da usina e o sistema de filtros que
reduzirá a poluição do ar.

Deverão ser obedecidas as recomendações da norma DERT-ISA 08/96


– Orientações ambientais para implantação e operação de usinas de asfalto, concreto
e de solo.

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PAG. 15/28
Caso a massa de PMQ seja fornecida por usina comercial, ou
equivalente, será exigida toda documentação ambiental atestando a regularidade da
usina, pedreira, areal e instalações.

5.4 Aplicação do PMQ

Restos de misturas asfálticas antigas ou recém-produzidas não podem


ser deixados na margem da rodovia. Eles devem ser transportados para depósitos de
resíduos sólidos mais próximos, indicados pelo projeto.

Ao final dos serviços serão desmontadas e retiradas todas as edificações


provisórias e recuperada a área da usina de asfalto e armazenamento de materiais.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Ligante asfáltico

A condição essencial é que o ligante asfáltico empregado no PMQ


atenda a esta especificações as especificações particulares e complementares
contidas no projeto.
6.1.1 Cimento asfáltico de petróleo (CAP-30/45, CAP-50/70 e CAP-85/100) ou
(CAP-20, CAP-40)

A todo carregamento de cimento asfáltico de petróleo que chegar à obra


será exigido o respectivo “certificado de fábrica”, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as normas do anexo I contidas na tabela A1 para os CAP classificados por
viscosidade e na tabela A2 para os CAP classificados por penetração (cópia no
anexo), conforme a seguir:
 espuma (aquecido a 175°c não deve produzir espuma);
 penetração (MB-107);
 viscosidade Saybolt Furol (P-MB 517) a 135°C e 177°C.

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Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão
ser realizados os ensaios das normas para confrontar com os resultados do
“certificado de fábrica”.

6.2 Agregados para PMQ

A condição essencial é que o agregado graúdo atenda as exigências de


resistência a abrasão, tenha durabilidade, adesividade ao ligante e forma satisfatória
e que o agregado miúdo tenha adesividade e equivalente de areia satisfatórios. É
imprescindível a limpeza dos agregados.

A textura e a absorção dos agregados devem ser consideradas pelo


projeto.

6.2.1 Resistência a abrasão do agregado graúdo (DNER-ME 35)

O agregado graúdo (entre 25,4mm e 4,8mm) para PMQ pode ter um


desgaste por abrasão (ensaio Los Angeles) variável conforme a Faixa granulométrica,
a saber:
 Camada de rolamento: LA  30% para faixas A e B;
LA  40% para faixas C e D;
LA  45% para faixas E e F;
 Base ou binder: LA  40% para faixas A e B;
LA  45% para faixas C e D;

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado.

Por ocasião da obra, pode ser necessário se verificar o desgaste por


abrasão, no início do serviço, para confirmar o resultado da pedreira do projeto a
critério da fiscalização ou, no decorrer do serviço quando houver alteração na rocha
da pedreira ou quando mudar de pedreira.
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O agregado graúdo que apresentar desgaste por abrasão superior aos
limites especificados não poderá ser utilizado no pré-misturado a quente.

6.2.2 Adesividade (ag. graúdo: DNER-ME 78) (ag. miúdo: ensaio acelerado
de fervura)

A adesividade é uma propriedade do par agregado x cimento asfáltico


de petróleo que é ensaiado pelo projeto para se estabelecer a necessidade ou não de
adicionamento no ligante de melhorador de adesividade (dope).

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com


amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% dos agregados,
para conferência dos resultados do projeto.

Os ensaios de adesividade são obrigatórios, em número de cinco


amostras, quando houver mudança das fontes de agregados graúdos ou miúdos.

A adesividade é considerada satisfatória quando após os ensaios não se


verificar nenhum deslocamento da película asfáltica e é considerado não satisfatória
quando houver deslocamento parcial ou total da película asfáltica.

6.2.3 Índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 86)

O índice de forma mínimo (IF) ou, opcionalmente, a percentagem


máxima de grãos defeituosos (GD) admissíveis para o agregado graúdo do PMQ tem
valores variáveis conforme a faixa granulométrica, a saber:
 faixas A e B: IFmínimo = 0,50
GDmáximo = 20%
 faixas C e D: IFmínimo = 0,45
GDmáximo = 25%
 faixas E e F: IFmínimo = 0,40
GDmáximo = 30%

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A forma do agregado graúdo é ensaiada pelo projeto ao indicar a
pedreira.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com


amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% do agregado
graúdo, para conferência do resultado do projeto.

O ensaio de índice de forma é obrigatório, em número mínimo de cinco


amostras, quando houver mudança de pedreira.

O agregado graúdo que tiver forma não satisfatória não poderá ser
utilizado no pré-misturado a quente.

6.2.4 Durabilidade (DNER-ME 89)

O agregado graúdo para PMQ deve apresentar sob a ação de uma


solução de sulfato de sódio ou de magnésio, em cinco ciclos, uma afetação nas
partículas inferior a 12%. Este ensaio é realizado pelo projeto ao indicar a pedreira
quando a rocha for basáltica, diabásica ou de natureza mineralógica sujeita a
alterações.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir o ensaio de


durabilidade para as rochas citadas, a título de conferência dos ensaios do projeto.

Havendo afetação das partículas superior a 12%, por perda de peso,


fendilhamento, quebra, esmagamento ou laminagem a pedreira terá que ser
substituída.

6.2.5 Equivalente de areia para agregado miúdo (DNER-ME 54)

O ensaio de EA é realizado com amostra dos agregados nas proporções


de projeto, considerando-se apenas a parcela passando na pen. N° 4 (4,8mm), ou
seja, a parte da amostra para o ensaio de EA inclui o agregado miúdo, entre as

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peneiras N° 4 (4,8mm) e a N° 200 (0,074mm) e inclui o filer natural contido nos
agregados, que passa na peneira N° 200.

O projeto realiza o ensaio de equivalente de areia das fontes de


agregado miúdo que compõem o traço de PMQ projetado.

No decorrer da execução do PMQ é obrigatório se repetir o ensaio de


EA a cada dia de trabalho com amostra de agregado miúdo + filer natural na proporção
do traço que realmente está sendo produzido, devido a variação da areia e as
inevitáveis adequações do traço de execução, alterando as proporções da mistura de
materiais.

Esta especificação admite a coleta de agregado após a passagem pela


unidade secadora, quando a perda de parte do pó deletério faz o equivalente de areia
elevar seu valor.

O equivalente de areia mínimo do agregado miúdo do PMQ é de 45%.

Abaixo desse valor o agregado miúdo não é aprovado (NAP) devendo-


se mudar as fontes de agregados ou a composição do traço.

6.3 Filer artificial para PMQ

O filer artificial que poderá ser pó calcário, cal hidratada ou cimento


Portland tem que ser armazenado em local coberto, com os sacos assentes sobre
piso de madeira.

O controle da granulometria é feito a cada carregamento que chegar à


obra, devendo obedecer às seguintes percentagens mínimas passando, para ser
aceito.

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PENEIRAS % PASSANDO
N° 40 (0,42mm) 100
N° 80 (0,18mm) 95
N° 200 (0,074mm) 65

6.4 Controle de execução e das características Marshall da mistura

6.4.1 Confirmação do traço Marshall do projeto

Após ser estocado no canteiro da obra pelo menos 5% das quantidades


previstas dos agregados, coleta-se amostras e confirma-se o traço de projeto
realizando-se um traço Marshall de execução, respeitando-se prioritariamente o
diâmetro máximo dos agregados e a faixa granulométrica da mistura de agregados +
filer (se houver), conforme estabelecido no projeto.

O traço Marshall de execução deverá ser realizado com a energia de


compactação estabelecida no projeto e obedecer, além da granulometria, os
seguintes parâmetros especificados no item 2.3: limites de estabilidade, limites de
fluência, limites do índice de vazios, limites da relação betume vazios e a resistência
mínima de tração por compressão diametral.

De posse do traço Marshall de execução se faz a calibragem da abertura


dos silos e do funcionamento da usina.

O traço Marshall de execução terá que ser aprovado pela fiscalização.

6.4.2 Controle das primeiras porções da mistura asfáltica

Em todos os inícios de funcionamento da usina de PMQ deverá ser


controlada a temperatura da massa e coletado amostra para se extrair o ligante e se
determinar o teor de CAP e se fazer a granulometria dos agregados + filer (se houver),
tantas vezes quantas forem necessárias, para o enquadramento nos valores

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especificados, sendo esta a condição obrigatória para se levar a massa asfáltica até
a pista.

Este controle não tem o poder de aceitação da massa de PMQ. Ele tão
somente regula a produção da mistura pela usina, dentro das especificações e do
traço Marshall de execução.

6.4.3 Controle de temperaturas

Para a aceitação ou rejeição do serviço, são obrigatórias as seguintes


faixas de temperaturas:
 Do CAP, na linha de alimentação: 145°C  TCAP  165°C
 Dos agregados no silo quente: TCAP + 5°C  Tag  TCAP + Tcap +
10°C;
 Da massa asfáltica na saída do caminhão da usina: 145°C  TM 
170°C;
 Da massa asfáltica na chegada do caminhão na pista: T M(min) = 135°C;
 Da massa asfáltica no início do espalhamento: TM(min) = 130°C;
 Da massa asfáltica no início da compressão: 120°C  TC  140°C.

Se os limites de temperaturas não forem respeitados a massa asfáltica


não poderá ser utilizada, devendo a fiscalização paralisar o serviço e só permitir o seu
reinício após a correção da produção de massa asfáltica nas temperaturas
especificadas.

O controle de temperaturas é contínuo, quantas vezes forem


necessárias, com no mínimo 8 determinações por dia de trabalho.

6.4.4 Controle do teor de CAP e da granulometria

Para aceitação ou rejeição do Teor de CAP e da granulometria do PMQ,


coleta-se a cada 250m de meia pista (ou faixa de espalhamento) amostra da massa

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asfáltica, logo após a passagem da vibroacabadora e antes da compressão, para se
fazer o ensaio de Teor de CAP (DNER-ME 53 – rotarex), ou opcionalmente o ensaio
soxhlet – Extração do asfalto por refluxo, e depois secar o agregado em estufa e se
fazer o ensaio de granulometria (DNER-ME 83).

As tolerâncias especificadas são as seguintes:


 Teor de CAP: teor do traço de execução  0,4%
 Tolerâncias granulométricas – t% (% do projeto  t%)

PENEIRAS t % PASSANDO EM PESO


3/8” a 1” (9,5mm a 25,4mm) 7
N° 40 a N° 4 (0,42mm a 4,8mm) 5
N° 200 (0,074mm) 2

Não podendo ultrapassar os limites das Faixas estabelecidas no Item


2.2.1.

A fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior
a 4% do total.

No caso de um teor de CAP não atender a tolerância de 0,4%, admite-


se a aceitação do teor estatístico, juntando-se o teor não satisfatório com os quatro
teores satisfatórios antecedentes, formando um conjunto de cinco teores e calcula-se:
 Xi
Teor máximo = X  1,55 s sendo: X 
5

Teor mínimo = X  1,55 s s   (X i - X) 2 /4

O serviço será aceito (AP) se forem atendidas as tolerâncias


especificadas para o teor de CAP e para a granulometria dos agregados + filer.

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Em caso contrário o serviço não será aprovado (NAP), não sendo
permitida a aplicação da massa asfáltica produzida e se a mesma já tiver comprimida
na pista a fiscalização indicará a solução que poderá ser o recapeamento com uma
espessura aprovada pelo projetista ou a fresagem da camada executada e a execução
de uma nova camada, todos os ônus por conta do construtor..

6.4.5 Controle do grau de compressão (ou compactação)

O traço Marshall de execução do PMQ, aprovado pela fiscalização,


estabelece a massa específica aparente de projeto ou densidade de projeto – Dp que
servirá de referência para o cálculo do grau de compressão – GC (ou grau de
compactação) do PMQ na pista.

A cada 250m de meia pista (ou faixa de espalhamento), após a


compressão da camada de PMQ, extrai-se um corpo de prova (CP) com sonda rotativa
ou pelo processo do anel de ferro, e calcula-se a densidade aparente – Da do CP
(DNER-ME 117/87).

O grau de compressão – GC (ou de compactação) é calculado pela


seguinte fórmula: Da
GC  x 100
Dp

O grau de compressão mínimo admissível é de 95%.

Cada CP extraído representa 250m de meia pista (ou faixa de


espalhamento). Caso um CP não alcance o GC mínimo especificado, faz-se 5
extrações no intervalo dos 250m, a cada 50m, para cálculo do GC e delimitação do
intervalo não aprovado. Para os intervalos não aprovados a fiscalização indicará a
solução a ser dada, desde o recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista até a fresagem da camada e execução de nova camada, todos os ônus por
conta do construtor.

6.4.6 Controle da estabilidade e da fluência Marshall

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Na mesma ocasião da coleta de amostra para o controle do teor de CAP
e da granulometria (Item 6.4.4), a cada 250m de meia pista (ou faixa de
espalhamento), coleta-se também amostra para moldagem e o rompimento de um
corpo de prova Marshall (DNER-ME 43) determinando-se com este CP a estabilidade
– E e a fluência – F do PMQ executado.

Os limites especificados para a estabilidade – E e para a fluência – F


estão no Item 2.3, em função das faixas granulométricas de PMQ.

Ocorrendo valores de estabilidade e/ou de fluência fora dos limites


especificados, o serviço será imediatamente interrompido, parando-se o
funcionamento da usina de asfalto e não se aproveitando a mistura já produzida e
ainda não utilizada, todos os ônus por conta do construtor.

Na pista, os 250m da faixa espalhada da camada de PMQ já


compactada, pertencente ao CP que não atendeu a especificação, será dividido em
cinco intervalos de 50m cada, extraindo-se cinco novos CP, 1 CP por intervalo, para
determinação da estabilidade – E e da fluência – F e delimitação da extensão aceita
e não aceita.

Para o intervalo não aprovado (NAP) a fiscalização indicará a solução a


ser dada, desde o recapeamento com uma espessura aprovada pelo projetista até a
fresagem da camada e execução de nova camada, todos os ônus por conta do
construtor.

6.4.7 Controle das demais características Marshall

Os demais parâmetros Marshall de índice de vazios, vazios no agregado


mineral e relação betume vazios não condicionam a aprovação ou a desaprovação do
PMQ executado, porque admite-se que estando a % de CAP, a granulometria e o grau
de compactação dentro dos limites especificados podem-se considerar que esses
parâmetros darão resultados satisfatórios.

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6.5 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda Interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).


A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em
função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

 Fator de correção sazonal (Fs):


SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

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 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o
produto do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má
distribuição das cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base
estabilizada granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento
fica evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.6 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

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7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de acabamento da superfície

Em cada dia de serviço, deverá ser feito o controle de acabamento da


superfície do pré-misturado a quente, com auxílio de duas réguas, com comprimentos
de 3,00m e 0,90m, colocadas em ângulos reto, alternando cada uma em posição
paralela ao eixo da rodovia. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de
contato, não deve exceder a 0,5cm em qualquer das réguas e em qualquer das duas
posições do conjunto (1,0cm para camada de regularização).

Os locais da verificação do acabamento da superfície serão escolhidos


pela fiscalização e o número de verificações diárias variará entre 1 (um) e 5 (cinco),
a critério da fiscalização.

Se o acabamento da superfície não atender à tolerância especificada, o


serviço será considerado não aprovado (NAP), devendo a fiscalização indicar a
solução – desde a correção por recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista até a fresagem da camada executada e a execução de uma nova camada,
todos os ônus (inclusive o de possível reparação da base, nova Imprimação, etc) por
conta do construtor.

7.2 Controle de espessura

O controle de espessura poderá ser feito de duas maneiras:

a) por medição da espessura da camada no momento da extração dos


corpos de prova na pista (item 6.4.5) –a cada 250m de meia pista;

b) por nivelamento do eixo e dos bordos antes e depois do espalhamento


e compressão da camada. O primeiro nivelamento do eixo e bordos

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será feito a cada estaca (20 metros), podendo serem consideradas as cotas do
controle geométrico da camada inferior, caso tenha sido feito. O segundo nivelamento
será feito a cada 240 m, ficando as demais cotas do primeiro nivelamento disponíveis
para um aumento na frequência do segundo nivelamento se for necessário.

As tolerâncias quanto a espessura são as seguintes:

a)  10% da espessura do projeto para pontos isolados;


b) 5% de redução da espessura do projeto para a média determinada a
cada 20 determinações, quando o controle é feito no momento da extração dos corpos
de prova na pista, e a cada 16 determinações, quando o controle é feito por
nivelamento.

Os serviços com espessura da camada atendendo as tolerâncias


especificadas serão aprovados (AP) e os que não atenderem (NAP) não serão
aceitos, devendo a fiscalização indicar a solução – desde a correção por
recapeamento com espessura aprovada pelo projetista – até a fresagem da camada
executada e a execução de uma nova camada, todos os ônus (inclusive o de possível
reparação da base, nova Imprimação, etc) por conta do construtor.

8 MEDIÇÃO

O pré-misturado a quente será medido pelo volume compactado, em


metros cúbicos, de acordo com a seção tipo do projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, calculado com base nos teores obtidos no controle tecnológico.

O melhorador de adesividade (dope), quando utilizado, será medido pelo


peso em quilogramas aplicados.

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9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


pré-misturado a quente, medido conforme o item 8, estando nele incluído todos os
custos das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos,
ferramentas, armazenamento e perdas do material betuminoso nos tanques de
estocagem, custos de agregados, mão de obra, encargos, transportes, impostos,
eventuais, bem como a indenização da aquisição de materiais, inclusive ligante,
quando o mesmo não é fornecido pelo contratante e lucro.

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AREIA ASFALTO USINADA A QUENTE SOP-ES-P 15/19


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1 DEFINIÇÃO

Areia asfalto usinada a quente (AAUQ) é o revestimento flexível


resultante da mistura de cimento asfáltico de petróleo + agregado miúdo + filer
realizada com aquecimento do agregado e do ligante em usina apropriada e
posteriormente transportada, espalhada na pista e compactada, todas essas
operações executadas a quente, sob temperaturas compatíveis com a viscosidade
exigida para o ligante asfáltico, devendo o produto da mistura obedecer parâmetros
de estabilidade, índice de vazios, vazios no agregado mineral, relação betume vazios
e grau de compactação. a mistura do agregado miúdo + filer deve se enquadrar em
faixas granulométricas especificadas.

Na estrutura do pavimento, a areia asfalto é utilizada:


a) como camada de rolamento, destinada a receber diretamente a ação
do tráfego;
b) como camada de regularização ou reperfilamento de superfícies em
restaurações de rodovias ou sobre calçamentos (pedra tosca e/ou paralelepípedos).
Neste caso a AAUQ funciona como camada de ligação (um binder de espessura
pequena e variável), podendo-se reduzir o teor de ligante e ampliar as tolerâncias de
vazios e relação betume vazios, a critério do projetista.
c) como binder (ou camada de ligação) quando se deseja uma camada
mais flexível.

2 MATERIAIS

2.1 Material asfáltico

Podem ser empregados os seguintes materiais asfálticos:


a) Classificados por penetração: CAP-30/45, CAP-50/70 e CAP-85/100;
b) Classificados por viscosidade: CAP-20 e CAP-40;
c) Podem ser usados também materiais asfálticos modificados por
polímeros quando indicados no projeto.

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AREIA ASFALTO USINADA A QUENTE SOP-ES-P 15/19


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2.2 Agregados miúdos

Podem ser constituídos de areia de campo, areia de rio, pó de pedra ou


preferencialmente a mistura de agregados miúdos.
O agregado miúdo, contido entre as peneiras N° 4 (4,8mm) e N° 200 (0,074mm) deve
ter partículas individuais resistentes, apresentar moderada angulosidade, devendo ser
livre de torrões de argilas, de raízes, de substâncias nocivas e apresentar as seguintes
características:
 Equivalente de areia – EA (DNER-ME 54)

O agregado miúdo deve ter um EA  55%.


Nota: o ensaio de EA é feito normalmente com a mistura de areia de campo + pó de
pedra, acrescentando as vezes areia de rio, todos passando na peneira N° 4
(4,8mm), sem limitar a amostra na peneira N° 200 (0,074mm), ou seja na
amostra do ensaio de EA está incluído o filer natural contido nos agregados,
passando na peneira N° 200. Por conta do filer que se inclui no ensaio esta
especificação admite para o agregado miúdo um EA mínimo de 50%.

A presença de areia (superfície lisa) na mistura é necessária para dar


melhor trabalhabilidade e tornar a camada mais flexível.
 Adesividade satisfatória (Ensaio acelerado de fervura)

O ensaio DNER-ME 79 – Agregado, adesividade a ligante betuminoso


não é prático, sendo adotado nesta especificação o ensaio acelerado, realizado
conforme a seguir:

 Toma-se 100g do agregado miúdo, passando na peneira N° 10


(2,0mm), englobando o filer natural e o percentual de filer artificial determinado pelo
traço Marshall. Acrescenta-se CAP (puro ou com o percentual de “dope”, conforme o
projeto), sendo a quantidade de CAP calculada pela seguinte fórmula:
Teor (%) = 7,0 (5 + 1,3.f)0,2

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AREIA ASFALTO USINADA A QUENTE SOP-ES-P 15/19


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Onde: f = % da amostra de 100g que passa na peneira N° 200 (0,074mm)

Aquece-se o agregado a 100°C e o Ligante a 120°C. Faz-se a mistura e


deixa-se esfriar até 40°C. A mistura é posta em água fervente por 3 minutos.

Se não houver deslocamento da película de CAP a adesividade é


considerada satisfatória, em caso contrário, repete-se o ensaio e confirmando-se a
não adesividade, faz-se a revisão do teor de dope ou muda-se o agregado miúdo.

2.3 Material de enchimento (filer)

O filer é o componente da mistura asfáltica constituído de minerais


finamente divididos, inerte em relação aos demais materiais, tendo granulometria
passando na peneira N° 200 (0,074mm).

O filer proveniente do próprio agregado é chamado de filer natural. É


também utilizado na mistura o filer artificial, geralmente pó de calcário, cal hidratada
ou cimento portland. A granulometria aceita para o filer artificial é a seguinte:

PENEIRA % MÍNIMA PASSANDO


N° 40 (0,042mm) 100
N° 80 (0,18mm) 95
N° 200 (0,074mm) 65

As funções do filer são as seguintes:


1 - diminuir os vazios da mistura de agregados, isto é, funcionar como
material de enchimento (“filler” em inglês);

2 - melhorar a adesividade do ligante ao agregado, principalmente aos


de natureza eletronegativa tais como granito, gnaisse, arenito, quartzito, etc.

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O filer aumenta a viscosidade do CAP e o ponto de amolecimento e
também influencia na estabilidade da AAUQ, na flexibilidade da camada e, ficando em
suspensão no CAP, ele forma o mástique, espessando a película que envolve o
agregado.

No momento da mistura o filer tem de estar seco, pulverizado e sem


grumos.

2.4 Granulometria da composição de agregado + filer

A mistura de agregado miúdo + filer deve se enquadrar nas faixas


granulométricas do quadro a seguir que contém também as tolerâncias da faixa de
projeto, em percentuais passando nas peneiras.
PENEIRAS % PASSANDO, EM PESO TOLERÂNCIAS
ASTM mm A B C DE PROJETO
n° 4 4,8 100 100 100 5
n° 10 2,0 90 - 100 90 - 100 85 - 100 5
n° 40 0,42 40 - 90 30 - 95 25 - 100 5
n° 80 0,18 10 - 47 7 - 60 8 - 62 3
n° 200 0,074 0-7 0 - 10 0 - 12 2

Para todas as faixas, a fração retida entre as quatro últimas peneiras não
deverá ser inferior a 4% do total.

2.5 Mistura asfáltica

O traço de areia asfalto usinada a quente é dosado através do ensaio


Marshall (DNER-ME 43), na energia de compactação do projeto, devendo a mistura
satisfazer as seguintes exigências ou características:
ENERGIA DE COMPACTAÇÃO
PARÂMETROS EXIGIDOS
50 GOLPES 75 GOLPES
Estabilidade (60°C) (Kgf) 200 - 450 300 - 550
Índice de Vazios (%) 3-8 3-8
Relação Betume Vazios (%)- 65 - 82 65 - 82
Vazios no Agregado Mineral (%) Min. 22 Mín. 22

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A energia de 75 golpes/face é indicada para tráfego lento de cargas
pesadas, ou em rodovias com rampas e curvas acentuadas ou ainda para número
N(USACE) entre 5 x 106 a 7,5 x 106. Acima de 7,5 x 106 o revestimento mais
recomendado é o concreto asfáltico.

A energia de 50 golpes/face é indicada para camada de regularização


ou reperfilamento de superfícies ou ainda para número N(USACE) abaixo de 5 x 106.

Observações:
 Na mistura de AAUQ a areia de rio melhora a trabalhabilidade e
diminui a estabilidade, ao contrário do pó de pedra. A areia de campo tem um
comportamento intermediário.
 A AAUQ como camada de rolamento é suscetível ao desgaste, que
cresce quando diminuem o teor de CAP e a adesividade.
 O teor mínimo de CAP é garantido pela exigência do VAM mínimo.

3 EQUIPAMENTOS

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado em contrato.

Os equipamentos para a AAUQ são os seguintes:


 Usina de asfalto

A usina deverá produzir uma mistura uniforme, garantindo a granulometria, o teor


de ligante e as temperaturas dos agregados, do asfalto e da mistura.

Deverá ser calibrada adequadamente, em função do traço da mistura de projeto


e apresentar as seguintes características:
 A secagem dos agregados deverá ser no sistema de contra fluxo;
 Possuir dosador de filer;

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 Sistema de controle de dosagem, preferencialmente automatizado e
sincronizado, que permita aumentar ou diminuir a velocidade sem alterar as
proporções do traço;
 Permitir automaticamente a correção da dosagem dos materiais,
inclusive do CAP;
 Possuir coletor de pó, tipo filtro de manga;
 Cada silo deverá possuir balança para dosagem individual dos
agregados;
 Possuir misturador tipo “pugmill” (mistura e conduz) com duplo eixo
conjugado, provido de palhetas reversíveis e removíveis;
 Dispositivo que interrompa a produção, caso haja variação brusca de
dosagem de qualquer material;
 Alarme para acusar falta de fluxo de material;
 Controle de temperaturas.

 Acabadora

A vibro acabadora para espalhamento e acabamento da massa asfáltica


deverá ser automotriz, capaz de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas
e declividade requeridos.

A acabadora deverá ser equipada com parafuso sem fim, para distribuir
a mistura na largura desejada, possuir dispositivos rápidos e eficientes de direção
além de marcha para frente e para trás.

A acabadora deve ser equipada com mesa vibratória, alisadores e


dispositivos para aquecimento dos mesmos à temperatura adequada para o
espalhamento da mistura sem irregularidades, com pré-compressão, sendo
preferencialmente de esteiras.

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 Rolos compressores

São utilizados:
- O rolo de pneus autopropulsor de pressão variável entre 35 psi e 120
psi (ou 0,25 MPa e 0,84 MPa);
- o rolo liso tandem de 25 a 45 Kgf/cm, como complementar à rolagem de
pneus, devendo ser vibratório, com regulador de frequência, para espessuras  6 cm;
- o rolo misto liso/pneumático, para serviços em pequenas áreas.

O equipamento compactador deve ser suficiente para comprimir a


mistura até a densidade requerida operando na temperatura de trabalhabilidade.

 Caminhões para transporte da mistura

Os caminhões para o transporte da mistura, da usina até a pista, são de


caçamba metálica basculante, devendo ser limpa, lisa e ligeiramente lubrificada com
água e sabão, ou óleo cru fino, ou óleo parafínico, ou solução de cal, de modo a evitar
a aderência da massa asfáltica.

Todo carregamento deverá ser coberto com lona protetora da massa


asfáltica.
 Depósito para ligante asfáltico

Será provido de dispositivos para aquecimento do ligante asfáltico, na


temperatura especificada, agitadores do ligante, sistema de circulação do depósito ao
misturador da usina, tubulações com isolamento térmico para evitar perda de calor,
devendo ter capacidade de estoque para no mínimo três dias de trabalho.

 Depósito para agregados

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No pátio da usina os depósitos para agregados devem ser protegidos de
chuvas e de contaminação por poeira e outros materiais prejudiciais.

É boa prática manter a umidade dos agregados miúdos (areia e pó de


pedra) sempre abaixo de 5%, fazendo-se aerações com pá mecânica se for
necessário.

Esta providência aumenta a produtividade da usina e diminui o risco de


superaquecimento do agregado e por consequência evita a oxidação da mistura.

 Depósito para filer

O filer artificial, pó calcário, cal hidratada ou cimento Portland deverá ser


estocado sem contato com o solo e em depósito fechado e coberto.

 Ferramentas acessórias

A execução de camada de AAUQ exige também a utilização de pás,


rastelos, vassouras, carrinhos de mão e compactadores manuais.

4 EXECUÇÃO

4.1 A pintura de ligação deve anteceder a execução de uma camada de AAUQ nos
seguintes casos:
 em base imprimada a mais de sete dias, ou quando houver tráfego
sobre a imprimação, ou quando houver recobrimento da imprimação com areia ou pó
de pedra;
 sobre camadas asfálticas, ou de concreto de cimento Portland, ou em
calçamentos.

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4.2 As temperaturas na execução de AAUQ variam em função da viscosidade do
ligante, adequada a cada atividade, conforme a seguir:
 Mistura a quente do asfalto com o agregado na usina: viscosidade =
85  10 sSF, não podendo o asfalto estar a menos de 120°C e nem a mais de 167°C
(o agregado deve estar aquecido à temperatura de 10°C a 15°C acima da do ligante);
 No transporte da mistura até a pista deve-se controlar a perda de
calor, não sendo recomendável transportes a mais de 50 Km;
 O espalhamento e a compressão da mistura de AAUQ não poderá ser
feita quando a temperatura ambiente for inferior a 10°C.

A viscosidade ideal do asfalto para o espalhamento e compressão da


mistura é de 140  15 sSF, devendo a chegada na pista do caminhão com a massa
asfáltica ser numa temperatura compatível com a viscosidade de espalhamento.

Após o espalhamento da massa asfáltica tem início a rolagem de


compressão. Como regra geral a temperatura de início da rolagem é a mais elevada
que a mistura asfáltica possa suportar, temperatura esta fixada experimentalmente
para cada tipo de mistura.

4.3 A rolagem com rolo de pneus inicia-se com baixa pressão nos pneus,
aumentando-a na medida que a mistura vai sendo comprimida e suportando pressões
mais elevadas.

A compressão inicia-se na pista pela cota mais baixa no sentido da cota


mais elevada, ou seja, numa tangente inicia-se longitudinalmente pelos bordos
seguindo em direção ao eixo da pista. Nas curvas do bordo interno para o externo.
Cada passada do rolo deve ser recoberta, na seguinte, de pelo menos a metade da
largura rolada. Durante a rolagem não são permitidas mudanças de direção, inversão
brusca de marcha e nem estacionamento do rolo sobre a camada em compressão ou
recém-comprimida.

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As rodas do rolo liso metálico deverão ser umedecidas adequadamente
e os pneus do rolo deverão ser untadas levemente com óleo queimado, ambos para
evitar a aderência da massa asfáltica.

A operação de rolagem perdurará até se atingir o grau de compactação


especificado.

A espessura máxima da camada a compactar será fixada pelo projeto


ou pela fiscalização.

Lembrar que uma alta temperatura de compressão pode provocar


exsudação e que uma baixa temperatura (“massa fria”) pode causar trincas na
camada.

4.4 Abertura ao tráfego

A camada de AAUQ recém executada poderá ser aberta ao tráfego após


o seu completo resfriamento, em torno de 6 horas após o término da compressão.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades dos serviços de areia asfalto usinada a quente que podem


causar danos ao meio ambiente são a obtenção e utilização de agregados pétreos (pó
de pedra), areia de rio, areia de campo, o armazenamento de ligante asfáltico, a
operação da usina misturadora e a aplicação da massa asfáltica.

5.1 Agregados

5.1.1 Quando o agregado pétreo for proveniente de exploração de pedreira


não comercial indicada no projeto, deve-se observar as seguintes situações:

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 Os agregados pétreos somente serão aceitos após a contratada
apresentar à fiscalização as licenças exigidas pelo ordenamento ambiental.

Deve ser evitado a localização de pedreira e instalações de britagem em


área de preservação ambiental.

A exploração da pedreira deverá ser planejada e executada de modo a


possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e
equipamentos. Deve–se construir bacias de sedimentação para retenção de pó de
pedra eventualmente produzido em excesso, evitando assim o carreamento de pó
para cursos d’água.

5.1.2 Quando o agregado pétreo for adquirido de pedreira comercial, será


exigido documentação atestando a regularidade das instalações e operação junto ao
órgão ambiental competente.

5.1.3 Na exploração de areal de campo, o desmatamento, destocamento e


limpeza serão feitos dentro dos limites da área a ser escavada e o material orgânico
superficial deverá ser estocado de forma que, após a exploração do areal, este
material possa ser espalhado na área escavada para reintegrá-la a paisagem.

Não é permitida a queimada como forma de desmatamento.

5.1.4 Na exploração de areal de rio, deve-se evitar que a escavação dos


bancos de areia forme bacias que alterem o escoamento natural das águas e também
deve-se evitar a contaminação das águas por derramamento de óleos, graxas ou
combustíveis dos equipamentos.

As estradas de acesso às fontes de agregados deverão seguir a


especificação SOP-ES-T 02/19 – Caminhos de serviço e as recomendações da norma
DER-ISA 02/96 – Abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso.

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5.2 Ligante asfáltico

O depósito de asfalto deve ser instalado em locais afastados de cursos


d’água.

É vedado o expurgo de materiais asfálticos na faixa de domínio ou em


qualquer local que possa causar danos ambientais.

5.3 Usinagem a quente

A contratada deverá obter e apresentar à fiscalização a licença de


instalação e operação da usina de asfalto.

A contratada deverá submeter à fiscalização o projeto de instalação da


usina de asfalto, contendo a planta esquemática da usina e o sistema de filtros que
reduzirá a poluição do ar.

Deverão ser obedecidas as recomendações da norma DERT-ISA 08/96


– Orientações ambientais para implantação e operação de usinas de asfalto, concreto
e de solo.

Caso a massa de AAUQ seja fornecida por usina comercial, ou


equivalente, será exigida toda documentação ambiental atestando a regularidade da
usina, pedreira, areal e instalações.

5.4 Aplicação de AAUQ

Restos de misturas asfálticas antigas ou recém-produzidas não podem


ser deixados na margem da rodovia. Eles devem ser transportados para depósitos de
resíduos sólidos mais próximos, indicados pelo projeto.

Ao final dos serviços serão desmontadas e retiradas todas as edificações


provisórias e recuperada a área da usina de asfalto e armazenamento de materiais.

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6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Ligante asfáltico

A condição essencial é que o ligante asfáltico empregado na AAUQ


atenda a esta especificações as especificações particulares e complementares
contidas no projeto.

6.1.1 Cimento asfáltico de petróleo (CAP-30/45, CAP-50/70 e CAP-85/100) ou


(CAP-20, CAP-40)

A todo carregamento de cimento asfáltico de petróleo que chegar à obra


será exigido o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as normas do anexo I contidas na tabela A1 para os CAP classificados por
viscosidade e na tabela A2 para os CAP classificados por penetração (cópia no
anexo), conforme a seguir:

 espuma (aquecido a 175°C não deve produzir espuma);


 penetração (MB – 107);
 viscosidade Saybolt Furol (P-MB 517) a 135°C e 177°C.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios das normas para confrontar com os resultados do certificado
de fábrica.

6.2 Agregados para AAUQ

A condição essencial é que o agregado miúdo atenda as exigências de


equivalente de areia e de adesividade satisfatória. É imprescindível a limpeza dos
agregados que compõem a AAUQ.

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6.2.1 Equivalente de areia para agregado miúdo (DNER-ME 54)

O ensaio de EA é realizado com a amostra de areia de rio e/ou areia de


campo e/ou pó de pedra que contem além do agregado miúdo, entre as peneiras N°
4 (4,8mm) e N° 200 (0,074mm), o filer natural contido nestes materiais e que passa
na peneira n° 200.

O projeto realiza o ensaio de equivalente de areia das fontes dos


agregados que compõem o traço de AAUQ projetado.

No decorrer da execução da AAUQ é obrigatório se repetir o ensaio de


EA a cada dia de trabalho com amostra do agregado miúdo + filer natural, na
proporção do traço que realmente está sendo produzido, devido a variação da areia e
as inevitáveis adequações do traço de execução, alterando as proporções da mistura
de materiais.

Esta especificação admite a coleta de agregado após a passagem pela


unidade secadora, quando a perda de parte do pó deletério faz o equivalente de areia
elevar seu valor.

O equivalente de areia mínimo do agregado miúdo da AAUQ é de 50%.

Abaixo desse valor o agregado não é aprovado (NAP) devendo-se


mudar as fontes de agregados ou a composição do traço.

6.2.2 Adesividade (ensaio acelerado de fervura)

A adesividade é uma propriedade do par agregado x cimento asfáltico


de petróleo que é ensaiado pelo projeto para se estabelecer a necessidade ou não de
adicionamento no ligante de melhorador de adesividade (dope).

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Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com
amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% dos agregados,
para conferência dos resultados do projeto.

O ensaio de adesividade passa a ser obrigatório durante a obra, em


número de cinco amostras, quando houver mudança das fontes de agregados.

A adesividade é considerada satisfatória quando após os ensaios não se


verificar nenhum deslocamento da película asfáltica e é considerado não satisfatória
quando houver deslocamento parcial ou total da película asfáltica.

6.3 Filer artificial para areia asfalto usinada a quente

O filer artificial que poderá ser pó calcário, cal hidratada ou cimento


Portland tem que ser armazenado em local coberto, com os sacos assentes sobre
piso de madeira.

O controle da granulometria é feito a cada carregamento que chegar à


obra, devendo obedecer às seguintes percentagens mínimas passando, para ser
aceito.

PENEIRAS % PASSANDO
N° 40 (0,42mm) 100
N° 80 (0,18mm) 95
N° 200 (0,074mm) 65

6.4 Controle de execução e das características Marshall da mistura

6.4.1 Confirmação do traço Marshall do projeto

Após ser estocado no canteiro da obra pelo menos 5% das quantidades


previstas dos agregados miúdos, coleta-se amostras e confirma-se o traço de projeto
realizando-se um traço Marshall de execução respeitando-se prioritariamente a faixa
granulométrica da mistura de agregados + filer, conforme

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estabelecida no projeto. O traço Marshall de execução deverá ser realizado com a
energia de compactação estabelecida no projeto e deverá obedecer, além da
granulometria, os seguintes parâmetros especificados no item 2.5: limites de
estabilidade, limites de índice de vazios, limites da relação betume vazios e valor
mínimo de vazios no agregado mineral.

De posse do traço Marshall de execução se faz a calibragem da abertura


dos silos e do funcionamento da usina.

O traço Marshall de execução terá que ser aprovado pela fiscalização.

6.4.2 Controle das primeiras porções da mistura asfáltica

Em todos os inícios de funcionamento da usina de areia asfalto usinada


a quente deverá ser controlada a temperatura da massa e coletado amostra para se
extrair o ligante e se determinar o teor de CAP e se fazer a granulometria dos
agregados + filer, tantas vezes quantas forem necessárias, para o enquadramento
nos valores especificados, sendo esta a condição obrigatória para se levar a massa
asfáltica até a pista.

Este controle não tem o poder de aceitação da massa de areia asfalto a


quente. ele tão somente regula a produção da mistura pela usina, dentro das
especificações.

6.4.3 Controle de temperaturas

Para a aceitação ou rejeição do serviço, são obrigatórias as seguintes


faixas de temperaturas:
 Do CAP, na linha de alimentação: 145°C  TCAP  165°C
 Dos agregados no silo quente: TCAP + 5°C  Tag  TCAP + 10°C;
 Da massa asfáltica na saída do caminhão da usina: 145°C  TM 
170°C;

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 Da massa asfáltica na chegada do caminhão na pista: T M(min) =
135°C;
 Da massa asfáltica no início do espalhamento: TM(min) = 130°C;
 Da massa asfáltica no início da compressão: 110°C  TC  140°C.

Se os limites de temperaturas não forem respeitados a massa asfáltica


não poderá ser utilizada, devendo a fiscalização paralisar o serviço e só permitir o seu
reinício após a correção da produção de massa asfáltica nas temperaturas
especificadas.

O controle de temperaturas é contínuo, quantas vezes forem


necessárias, com no mínimo 8 determinações por dia de trabalho.

6.4.4 Controle do teor de CAP e da granulometria

Para aceitação ou rejeição do teor de CAP e da granulometria da areia


asfalto usinada a quente, coleta-se a cada 250m de meia pista (ou faixa de
espalhamento) amostra da massa asfáltica, logo após a passagem da vibroacabadora
e antes da compressão, para se fazer o ensaio de teor de CAP (DNER-ME 53 –
rotarex), ou opcionalmente o ensaio Soxhlet – Extração do asfalto por refluxo, e depois
secar o agregado em estufa e se fazer o ensaio de granulometria (DNER-ME 83). As
tolerâncias especificadas são as seguintes

 Teor de CAP: teor do traço de execução  0,3%


 Tolerâncias granulométricas – t% (% do projeto  t%)

PENEIRAS T% PASSANDO EM PESO


N° 40 a N° 4 (0,42mm a 4,8mm) 5
N° 80 (0,18mm) 3
N° 200 (0,074mm) 2

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A fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior
a 4% do peso da amostra, exceto o retido entre as peneiras N° 4 e N° 10.

No caso de um teor de CAP não atender a tolerância de 0,3%, admite-


se a aceitação do teor estatístico, juntando-se o teor não satisfatório com os quatro
teores satisfatórios antecedentes, formando um conjunto de cinco Teores e calcula-
se:
 Xi
Teor máximo = X  1,55 s sendo: X 
5

Teor mínimo = X  1,55 s s   (X i - X ) 2 / 4

O serviço será aceito (AP) se forem atendidas as tolerâncias


especificadas para o teor de CAP e para a granulometria dos agregados + filer. Em
caso contrário o serviço não será aprovado (NAP), não sendo permitida a aplicação
da massa asfáltica produzida e se a mesma já tiver comprimida na pista a fiscalização
indicará a solução que poderá ser o recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista ou a fresagem da camada executada e a execução de uma nova camada,
todos os ônus por conta do construtor..

6.4.5 Controle do grau de compressão (ou compactação)

O traço Marshall de execução da areia asfalto, aprovado pela


fiscalização, estabelece a massa específica aparente de projeto ou densidade de
projeto – Dp que servirá de referência para o cálculo do grau de compressão – GC
(ou grau de compactação) da areia asfalto na pista.

A cada 250m de meia pista (ou faixa de espalhamento), após a


compressão da camada de areia asfalto, extrai-se um corpo de prova (CP) com sonda
rotativa ou pelo processo do anel de ferro, e calcula-se a densidade aparente – Da do
CP (DNER-ME 117/87).

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O grau de compressão – GC (ou de compactação) é calculado pela
seguinte fórmula: Da
GC  x 100
Dp

O grau de compressão mínimo admissível é de 95%.

Cada CP extraído representa 250m de meia pista (ou faixa de


espalhamento). Caso um CP não alcance o GC mínimo especificado, faz-se 5
extrações no intervalo dos 250m, a cada 50m, para cálculo do GC e delimitação do
intervalo não aprovado. Para o intervalo não aprovado a fiscalização indicará a
solução a ser dada, desde o recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista até a fresagem da camada e execução de nova camada, todos os ônus por
conta do construtor.

6.4.6 Controle da estabilidade

Na mesma ocasião da coleta de amostra para o controle do teor de CAP


e da granulometria (Item 6.4.4), a cada 250m de meia pista (ou faixa de
espalhamento), coleta-se também amostra para moldagem e o rompimento de um
corpo de prova Marshall (DNER-ME 43) determinando-se com este CP a estabilidade
– E.

Os limites especificados para a estabilidade são os seguintes.


 Para a energia de 75 golpes/face: 300 kgf  E  550 kgf
 Para a energia de 50 golpes/face: 200 kgf  E  450 kgf

No caso de um valor da estabilidade não atender os limites


especificadas, admite-se a aceitação da estabilidade estatística, juntando-se a
estabilidade não satisfatória com as quatro estabilidades satisfatórias antecedentes,
formando um conjunto de cinco estabilidades e calcula-se:
 Xi
Emax = X  1,55 s sendo: X 
5

Emin = X  1,55 s s   (X i - X ) 2 / 4

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O serviço será aceito (AP) se forem atendidas as tolerâncias
especificadas para a estabilidade. Em caso contrário o serviço não será aprovado
(NAP), não sendo permitida a aplicação da massa asfáltica produzida e se a mesma
já tiver comprimida na pista a fiscalização indicará a solução que poderá ser o
recapeamento com uma espessura aprovada pelo projetista ou a fresagem da camada
executada e a execução de uma nova camada, todos os ônus por conta do construtor.

A produção na usina de asfalto será paralisada e só reiniciada após


sanado o problema, inclusive com o estudo de novo traço Marshall de execução
enquadrando a estabilidade nos limites especificados.

6.4.7 Controle das demais características Marshall

Os demais parâmetros Marshall de índice de vazios, relação betume


vazios e vazios no agregado mineral não condicionam a aprovação ou desaprovação
da areia asfalto usinada a quente executada, porque admite-se que estando a % de
CAP, a granulometria e o grau de compactação dentro dos limites especificados,
pode-se considerar que esses parâmetros darão resultados satisfatórios.

6.5 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

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A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em
função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: n
 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

 Fator de correção sazonal (Fs):


SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a

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existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura (R) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição das
cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.5 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de acabamento da superfície

Em cada dia de serviço, deverá ser feito o controle de acabamento da


superfície de areia asfalto usinada a quente, com auxílio de duas réguas, com
comprimentos de 3,00m e 0,90m, colocadas em ângulos reto, alternando cada uma
em posição paralela ao eixo da rodovia. A variação da superfície, entre dois pontos
quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm em qualquer das réguas e em
qualquer das duas posições do conjunto (1,0cm para camada de regularização).

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Os locais da verificação do acabamento da superfície serão escolhidos
pela fiscalização e o número de verificações diárias variará entre 1 (um) e 5 (cinco), a
critério da fiscalização.

Se o acabamento da superfície não atender à tolerância especificada, o


serviço será considerado não aprovado (NAP), devendo a fiscalização indicar a
solução – desde a correção por recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista até a fresagem da camada executada e a execução de uma nova camada,
todos os ônus (inclusive o de possível reparação da base, nova Imprimação, etc) por
conta do construtor.

7.2 Controle de espessura

O controle de espessura poderá ser feito de duas maneiras:

a) por medição da espessura da camada no momento da extração dos


corpos de prova na pista (item 6.4.5) – a cada 250m de meia pista;

b) por nivelamento do eixo e dos bordos antes e depois do espalhamento


e compressão da camada. O primeiro nivelamento do eixo e bordos será feito a cada
estaca (20 metros), podendo serem consideradas as cotas do controle geométrico da
camada inferior, caso tenha sido feito. O segundo nivelamento será feito a cada 240
m, ficando as demais cotas do primeiro nivelamento disponíveis para um aumento na
frequência do segundo nivelamento se for necessário.

As tolerâncias quanto a espessura são as seguintes:

a)  10% da espessura do projeto para pontos isolados;

b) 5% de redução da espessura do projeto para a média determinada a


cada 20 determinações, quando o controle é feito no momento da extração dos corpos

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de prova na pista, e a cada 16 determinações, quando o controle é feito por
nivelamento.

Os serviços com espessura da camada atendendo as tolerâncias


especificadas serão aprovados (AP) e os que não atenderem (NAP) não serão
aceitos, devendo a fiscalização indicar a solução – desde a correção por
recapeamento com espessura aprovada pelo projetista – até a fresagem da camada
executada e a execução de uma nova camada, todos os ônus (inclusive o de possível
reparação da base, nova imprimação, etc) por conta do construtor.

8 MEDIÇÃO

A areia asfalto usinada a quente será medida pelo volume compactado,


em metros cúbicos, de acordo com a seção tipo do projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, calculado com base nos teores obtidos no controle tecnológico.

O melhorador de adesividade (dope), quando utilizado, será medido pelo


peso em quilogramas aplicados.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


areia asfalto usinada a quente, medido conforme o item 8, estando nele incluído todos
os custos das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos,
ferramentas, armazenamento e perdas do material betuminoso nos tanques de
estocagem, custos de agregados, mão de obra, encargos, transportes, impostos,
eventuais, bem como a indenização da aquisição de materiais, inclusive ligante,
quando o mesmo não é fornecido pelo contratante e lucro.

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1 DEFINIÇÃO

Pré-misturado a frio (PMF) é uma mistura asfáltica preparada em usina


apropriada, constituída de agregado graúdo, acompanhado ou não de agregado
miúdo e de filer, tendo como ligante a emulsão asfáltica. A mistura é preparada,
transportada, espalhada e compactada à temperatura ambiente.

Um PMF tem características técnicas finais praticamente do mesmo


nível de um PMQ de granulometria correspondente.

Um PMF tipo macadame, granulometria dentro de estreitos limites, com


altíssima percentagem de vazios, devem ser tratado como caso particular, tal qual o
PMQ tipo macadame.

O PMF pode ser usado como camada de rolamento, camada de ligação


(binder), base e camada de regularização.

A espessura das camadas deverá variar entre 3,5cm e 10,0cm,


subdividindo-se a espessura quando for superior a 10,0cm.

2 MATERIAIS

2.1 Material asfáltico

Os ligantes asfálticos a serem utilizados nos PMF's são as seguintes


emulsões asfálticas:

a) Emulsão asfáltica catiônica de ruptura média, tipos: RM-1C e RM-


2C;

b) Emulsão asfáltica catiônica de ruptura lenta, tipo: RL-1C;

c) Ligantes asfálticos emulsionados modificados por polímero, quando


indicados no projeto.

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Nota: por motivos técnico-econômicos poderão ser utilizadas emulsões
asfálticas tipos LA, LA-C e LA-E, exigindo-se, entretanto, uma
percentagem de CAP residual de 60% em vez de 58%.

a. Agregados

Os agregados são geralmente constituídos por uma mistura de:


agregado graúdo, agregado miúdo, e material de enchimento (filer), sendo que este
último e mesmo o agregado miúdo, podem inexistir nas misturas muito abertas

2.2.1 Agregado graúdo [50,8mm (2”) – 4,8mm ( n0 4)]

O agregado graúdo pode ser: pedra britada, seixo rolado britado,


cascalho britado, ou outros indicados no projeto. Deve se constituir de partículas –
sãs, duráveis, livre de torrões de argila e substâncias nocivas – e apresentar as
seguintes características:

 Durabilidade

Quando submetido à 5 ciclos de sulfato de sódio ou magnésio (DNER-


ME 89) apresentar afetação inferior a 12%. Esta exigência se aplica a agregados
sujeitos à alteração como basaltos e diabásios.

 A resistência à abrasão (Los Angeles – DNER-ME 35)


LA – máximo %
FAIXAS A–B C–D E–F
CAPA - - 45
BINDER/BASE 40 45 -

 Adesividade satisfatória

O agregado graúdo deve apresentar com a emulsão asfáltica utilizada –


um mínimo de 80% de área recoberta com asfalto – no ensaio; “EAC – determinação
expedita da resistência à água (adesividade) sobre agregados graúdos” – anexo IX
dessas especificações.
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PAG. 03/28
 Forma satisfatória

A forma do agregado graúdo deve ser tal que o índice de forma (IF)
(DNER-ME 86) não deve ser inferior, ou a porcentagem de Grãos Defeituosos (GD) (1)
não deve ser superior aos seguintes valores:

A–B C–D E–F


FAIXAS GRANULOMÉTRICAS
IFmin 0,50 0,45 0,40
ou
GDmax(%) 20 – 25* 25 – 30* 30 – 35*
* No caso do agregado ser basalto/diabásio

(1) Não se dispondo da aparelhagem para o IF pode-se proceder da seguinte


maneira: toma-se uma amostra aleatória de 20 partículas de agregado de cada
uma das 3 classes D/d (50,8/25,4mm – 25,4/12,7mm – 12,7/6,3mm) e mede-se
para cada uma delas o comprimento (maior dimensão) L e a espessura (menor
dimensão) “e” com o paquímetro, considerando-se todas com a mesma largura g
= (D + d)/2. Se L+ g  6 a partícula é defeituosa. A porcentagem de grãos
defeituosos, calculada como a média ponderada das médias de cada classe, vem
a ser o Índice GD.

 Absorção moderada de asfalto

Se o agregado for bastante poroso a absorção do asfalto vai ser


significativa, podendo tornar o agregado antieconômico. Os arenitos e os calcáreos
são os mais absorventes seguidos do basalto/diabásio, e os menos absorventes os
gnaisses/granitos. Em caso de agregado muito absorvente é aconselhável um estudo
econômico.

 Textura favorável

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A textura rugosa é mais favorável à adesividade passiva (resistência ao
deslocamento da película do CAP residual por ação do tráfego em presença de água)
e ao atrito interno (maior estabilidade e menor trabalhabilidade). A textura lisa,
característica das areias de rio, favorece à trabalhabilidade e desfavorece à
estabilidade.

2.2.2 Agregado miúdo [4,8mm ( n0 4) – 0,074mm ( n0 200)]

O agregado miúdo a ser usado em PMF pode ser: areia de rio, pó de


pedra ou mistura de ambos e outros indicados pelo projeto. Deve ser constituído de
partículas – sãs, duráveis, livres de torrões de argila, de raízes e substâncias nocivas
– e apresentar as seguintes características:

 Equivalente de areia (DNER-ME 54)

Deve-se ter um equivalente de areia (EA) – EA  45%

2.2.3 Material de enchimento (filer)

Deve ser constituído por materiais finamente divididos, inertes em


relação aos demais componentes da mistura, não plásticos, tais como: pó calcáreo,
cal hidratada, cimento Portland, etc e destinado principalmente, no caso dos PMFs, a
diminuir os vazios da mistura (funciona como um “enchedor” – “filler” em inglês).

O filer artificial quando de sua aplicação, deverá estar seco e isento de


grumos, apresentando a seguinte granulometria tradicional:

PENEIRA % MÍNIMA PASSANDO EM PESO


N0 40 (0,42mm) 100
N0 80 (0,18mm) 95
N0 200 (0,074mm) 65

b. Composição granulométrica da mistura

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A composição granulométrica do pré-misturado a frio deve satisfazer os
requisitos do quadro a seguir. A faixa a ser empregada deve ser aquela cujo diâmetro
máximo seja igual ou inferior a 2/3 da espessura da camada do revestimento.

PENEIRAS % DE MISTURA PASSANDO EM PESO TOLERÂNCIAS


DA FAIXA DE
ASTM mm A B C D E F
PROJETO
1 1/2" 38,1 100 - - 100 - - 7
1" 25,4 75 - 100 100 - 95 - 100 100 - 7
3/4" 19,1 50 - 80 75 - 100 100 70 - 80 95 - 100 100 7
1/2" 12,7 - - 75 - 100 - - 95 - 100 7
3/8" 9,5 25 - 50 30 - 60 35 - 70 35 - 60 40 - 70 45 - 80 7
n° 4 4,8 5 - 20 10 - 35 15 - 40 15 - 35 20 - 40 25 - 40 4
n° 10 2,0 0 - 10 5 - 20 10 - 25 5 - 20 10 - 25 15 - 30 4
n° 200 0,074 0- 4 0- 5 0- 5 0- 8 0- 8 0- 8 2
Emulsões Aconselhadas RM-2C, RM - 1C RM - 1C RL - 1C, LA-E(60%)

 Para todos os tipos, a fração retida entre duas peneiras consecutivas


não deverá ser inferior a 4% do total, exceto as duas primeiras.

 Sugere-se o uso:

Faixas A – B – C – D - para binder e base


Faixas E – F - para revestimento (ou capa) e camada de regularização

c. Mistura asfáltica

A mistura asfáltica quando dosada pelo método Marshall a frio deve


satisfazer as seguintes características (DNER-ME 107 – com 75 golpes) (2), podendo
o projeto indicar outro método desde que aceito pela fiscalização.

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ESTABILIDADE FLUÊNCIA VAZIOS VALORES RECOMENDADOS


FAIXAS CAMADA
40 c – kgf
0
mm (0,01”) % N(USACE)
A–B BINDER/BASE Min. 250 - 22 – 28 Max. 5 x 107**
C–D BINDER/BASE Min. 275 - 15 – 22 Max. 5 x 107**
Min. 300 2,0 – 4,5
E–F CAPA/REGUL. 9 – 15 Max. 107*
Max. 750 (8 – 18)
* Evitar locais com elevadas tensões tangenciais (curvas e rampas acentuadas)
** Sendo a CAPA de concreto asfáltico usinado a quente

(2) No método DNER-ME 107 (Marshall p/mistura a frio), a compactação é feita após
uma cura de 4 a 6 horas e no máximo de 1 hora no caso de RL-1C. Entretanto,
sugere-se que a compactação deva ser feita, em qualquer caso, com uma umidade
de compactação correspondente a hc  0,60 (hEAC + hm), onde – hEA é o teor de
umidade correspondente a água da emulsão e hm o teor de umidade de
molhagem.

A tendência atual é de se usar a energia de 75 golpes p/face, podendo,


entretanto, o projeto indicar 50 golpes.

4 EQUIPAMENTOS

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

 Equipamento para a mistura

Os equipamentos para a mistura da emulsão com o agregado podem


variar desde uma simples betoneira até uma central gravimétrica com comandos
elétricos, englobando as chamadas usinas móveis. não se considera, entretanto, a
mistura feita com motoniveladora.

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Para altas produções de PMFs para camadas de regularização
espessas pode-se adaptar usinas de solos desde que tenha um controle eficiente de
teor de emulsão.

Para pequenos serviços de conservação poderão ser usadas betoneiras


e para serviços de pavimentação mais modestos podem ser usadas as chamadas
“argamassadeiras” munidas de um misturador de um só eixo alimentado por uma
caçamba elevatória que recebe: os agregados (dosados pelo volume de padiolas)
previamente umedecidos e a emulsão (dosada pelo volume de um recipiente).

Para serviços de pavimentação mais importantes deve-se usar uma


central a frio munida de – um misturador de 2 eixos (“pugmill”); de silos (geralmente
de 3 a 4) com capacidade total no mínimo 3 vezes a capacidade do misturador e com
dispositivos mecânicos de saída que permitam regular o fluxo de agregados;
depósitos de água de molhagem e depósito de emulsão, ambos munidos de bombas
que permitam regular os respectivos fluxos, dispondo este último de um sistema de
aquecimento e controle de temperatura; depósito de filer com dispositivos de
regulagem.

 Equipamento para o espalhamento

Em camadas de regularização o espalhamento pode ser feito com


motoniveladora, que pode ser usada em outras camadas do pavimento de acordo com
o projeto ou a critério da fiscalização.

Para serviços de pavimentação mais importantes devem ser usadas


acabadoras desde as rebocadas até as vibro-acabadoras automotrizes capazes de
espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamentos requeridos,
como no concreto asfáltico (sem aquecimento).

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PAG. 08/28
 Equipamento para compressão

São usualmente utilizados para compressão da mistura asfáltica:


– O rolo pneumático autopropulsor de pressão variável (35 a 120psi
ou 0,25 a 0,84 MPA
– O rolo liso tandem, deve ter uma carga de 8 t a 12 t
– os rolos vibratórios com regulador de frequência, importantes para
altas espessuras (h  6,0cm) de misturas mais abertas, devendo
possuir amplitude e frequência de vibração, compatíveis com o
serviço a ser executado.

 Equipamento para transporte da mistura

São utilizados geralmente os caminhões de caçamba basculante, com a


tampa traseira perfeitamente vedada, de modo a evitar o derramamento de emulsão
sobre a pista; para isto, poderá ser necessário fixação de dispositivo para retenção de
líquidos no interior das caçambas, para posterior remoção da água, oriunda de
molhagem do agregado e da ruptura da emulsão asfáltica.

4 EXECUÇÃO

Tendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação ou


pintura de ligação e a da camada asfáltica, ou no caso de ter havido trânsito, ou, ainda,
recobrimento com areia, pó de pedra, etc., deverá ser feita uma pintura de ligação.

No caso de binder de PMF com as faixas A, B, C e D (misturas mais


abertas) é importante que a superfície da base granular esteja bem abaulada e
impermeabilizada (uma ótima imprimação, que poderia mesmo receber uma capa
selante) de modo a garantir uma boa drenagem.

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4.1 Projeto da mistura asfáltica

O projeto geralmente dá apenas um anteprojeto da mistura, mais para


efeito de quantitativos e orçamento. Deve-se, então, elaborar no laboratório de campo,
juntamente com os testes da central a frio (serviços de pavimentação mais
importantes), o chamado projeto da mistura asfáltica.

No anexo a estas especificações, no de número XVIII, está apresentado


o roteiro para o projeto de mistura asfáltica a frio.

Serão entregues pela construtora à fiscalização, com o título – Projeto


da mistura asfáltica, todos os resultados obtidos. Os serviços de execução do PMF só
poderão ter início após a aprovação do projeto da mistura de PMF pela fiscalização.
O nível técnico do projeto da mistura asfáltica deve ser função da importância da obra,
devendo-se, no caso da mistura ser feita em argamassadeira indicar o número e as
dimensões de cada padiola por caçambada.

4.2 Produção da massa asfáltica

A produção da massa asfáltica deve ser efetuada em equipamentos para


a mistura apropriados, conforme já especificado, obedecendo-se o indicado no projeto
da mistura (hm, p3, etc.).

4.3 Transporte da massa asfáltica

A massa asfáltica produzida deverá ser transportada para o local de


aplicação ou de estocagem, nos veículos basculantes já especificados. Quando
julgado necessário cada carregamento deverá ser coberto com lona ou outro material
aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mistura.

4.4 Distribuição e compressão da massa asfáltica

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A distribuição de massa asfáltica estocada, em serviços de menor
importância, será feita com motoniveladoras. Em serviços mais importantes deverão
ser usadas acabadoras, conforme já especificado.

Após o espalhamento de um PMF nas faixas granulométricas A e B –


item 2.3 – a compressão (também chamada de compactação ou de rolagem) pode ser
dada imediatamente, ou de acordo com a observação visual após uma cura de 1 a 4
horas, pois o teor de água de molhagem é pequeno e não tem muito sentido o conceito
de umidade ótima de compactação.

Para as faixas C a F deve-se compactar próximo a hot indicada no


projeto da mistura. Assim, nas obras importantes deve-se, após o espalhamento, tirar
amostras para a determinação do teor de umidade h (com o processo do fogareiro e
balança sensível a 1g).

Caso sejam empregados rolos de pneus de pressão variável, inicia-se a


rolagem, com baixa pressão, a qual será aumentada à medida que a mistura for sendo
compactada, e, consequentemente, suportar pressões mais elevadas.

A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente,


continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação,
a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada
passada do rolo deve ser recoberta na seguinte, de pelo menos, a metade da largura
rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que
seja atingido o grau de compactação especificado.

Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e


inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o
revestimento recém-rolado. As rodas do rolo metálico deverão ser umedecidas
adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura e as rodas do rolo
pneumático deverão, no início da rolagem, ser levemente untadas com óleo
queimado, com a mesma finalidade.

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A espessura máxima da camada a compactar e o esquema de
compactação propostos devem ser aceitos pela fiscalização.

Uma sugestão para a compactação dos PMFs, é a seguinte:


Sendo – pn – rolo pneumático (35 a 120psi)
lt - rolo liso tandem
vl – rolo vibratório liso
vp – rolo vibratório pneumático
p – número de passadas (nº de vezes que o rolo passa no
mesmo ponto = cobertura)

PMFs para todas as faixas (A a F) com h  6cm, com a seguinte


sequência
2p (lt)
3p (pn  80psi)
3p (pn  120psi)
2p (lt)

PMFs somente faixas A a D com h  6cm


2p (vl) (sem vibrar)
4p (vl) (vibrando)
2p (vl) (sem vibrar)

4.5 Abertura ao Tráfego

O prazo para abertura ao tráfego após a compactação é sujeito à muitas


variáveis, como por exemplo: tipo de emulsão, graduação do agregado, temperatura
e umidade ambiental, localização da camada (capa ou binder), tipo de tráfego, etc,
devendo ser aquela indicada pela experiência da construtora e aceita pela
fiscalização.

Como orientação geral tem-se para esse período:

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a) RM-1C/RM-2C - 0 a 4 horas, verificando-se a estabilidade da massa
por inspeção visual (atenção para rampas e curvas fechadas).

b) RL-1C/LA-E - 0 a 24 horas, sendo interessante analisar-se a


possibilidade de uma pequena cobertura com areia ou pó de pedra para evitar o
arrancamento de partículas pelo tráfego. No caso de se desejar um tempo menor
possível, aconselha-se o uso inicial do rolo pneumático que tende a eliminar a
umidade mais rapidamente do que o rolo liso.

c) Os binders devem ter um período de cura antes da colocação do


revestimento (capa) o maior possível – no mínimo de 07 dias (o ideal seria 2 meses)
de tráfego pleno.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Para a execução do pré-misturado a frio (PMF), são necessários


trabalhos envolvendo a utilização de emulsão e agregados, além da instalação de
usina misturadora.

Dessa forma, os cuidados a serem observados para fins de proteção do


meio ambiente envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque de ligante
a operação da usina e a aplicação da massa asfáltica.

5.1 Agregados

5.1.1 Exploração de pedreira

No decorrer do processo de obtenção da brita, exceto a aquisição em


pedreiras comerciais, devem ser considerados os seguintes cuidados principais:

 Exigir o licenciamento ambiental a ser obtido pela executante;

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 Evitar a localização de pedreira e das instalações de britagem em área
de preservação ambiental;
 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a
minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e a possibilitar a recuperação
ambiental, após a retirada de todos os materiais e equipamentos;
 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;
 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações feitas para
os caminhos de serviço;
 Deverão ser construídas, junto as instalações de britagem, bacias de
sedimentação para retenção de pó de pedra eventualmente produzidos em excesso
ou por lavagem de brita, evitando seu carreamento para cursos d’água;

5.1.2 Exploração de areal

Na exploração de areal de rio, deve-se evitar que a escavação dos


bancos de areia forme bacias que alterem o escoamento natural das águas e também
deve-se evitar a contaminação das águas por derramamento de óleos, graxas ou
combustíveis dos equipamentos.

Caso a brita, areia ou a massa de pré-misturado a frio sejam fornecidos


por terceiros exigir documentação atestando a regularidade das instalações,
pedreiras/areal/usina, assim como sua operação, junto ao órgão ambiental
competente.

5.2 Ligantes betuminosos

 Os depósitos devem ser instalados em locais afastados de cursos


d’água;
 É vedado o expurgo de materiais usados à beira da pista e em outros
locais que possam causar prejuízos ambientais;

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 A desmobilização inclui a remoção da usina e dos depósitos, a
limpeza de canteiro de obras e a recuperação da área afetada pelas operações de
construção/execução.

5.3 Usina de asfalto à frio

 A contratada deverá submeter a fiscalização o projeto contendo, no


mínimo, o local onde será instalada, de maneira a alcançar o mínimo de agressão ao
meio ambiente;
 Não é permitida a instalação de usinas de asfalto a frio, em locais
próximos as áreas habitadas;
 Atribuir à contratada responsabilidade pela obtenção da licença de
instalação/operação, assim como, manter a usina em condições de funcionamento
dentro do prescrito nessas especificações;
 Seguir as recomendações constantes da DERT-ISA 08/96 –
Orientações ambientais para a implantação e operação de usinas de asfalto, concreto
e solo.

5.4 Aplicação do PMF

Restos de misturas asfálticas antigas ou recém-produzidas não podem


ser deixadas na margem da rodovia. Eles devem ser transportados para depósitos de
resíduos sólidos mais próximos indicados pelo projeto.

Ao final dos serviços serão desmontadas e retiradas todas as edificações


provisórias e recuperada a área da usina de asfalto e armazenamento de materiais.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Ligante asfáltico

A condição essencial é que o ligante asfáltico empregado no PMF atenda a esta


especificação e as especificações particulares e complementares contidas no projeto.

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6.1.1 Emulsão asfáltica (RM-1C, RM-2C, RL-1C e LA-E)

A todo carregamento de emulsão asfáltica que chegar à obra será exigido o respectivo
certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios, atendendo as exigências
das especificações de emulsões asfálticas apresentadas nos anexos a estas
especificações.

 Viscosidade Saybolt Furol (SF) – (MB-581);


 Peneiração (MB-609);
 Carga de partícula (NBR-6567);
 Percentagem de CAP residual (NBR-6568) ou (método expedito
para canteiro de obra – IBP).

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios das normas, conforme o tipo de emulsão, para confrontar
com os resultados do certificado de fábrica.

A emulsão asfáltica que não atender as especificações não poderá ser


utilizada no serviço de PMF.

6.2 Agregados e água

A condição essencial é que o agregado graúdo atenda as exigências de


resistência a abrasão, tenha durabilidade, adesividade ao ligante e forma satisfatória
e que o agregado miúdo tenha adesividade e equivalente de areia satisfatórios.

A textura e a absorção dos agregados devem ser consideradas pelo


projeto.
A água para PMF deve ser limpa e aprovada pela fiscalização, por
inspeção visual de sua fonte.

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6.2.1 Resistência a abrasão do agregado graúdo (DNER-ME 35)

O agregado graúdo (entre 38,1mm e 4,8mm) para PMF pode ter um


desgaste por abrasão (ensaio Los Angeles) variável conforme a faixa granulométrica,
a saber:
 Camada de rolamento: LA  45% para faixas E e F;
 Base ou binder: LA  40% para faixas A e B;
LA  45% para faixas C e D;

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado.

Pode ser necessário se verificar o desgaste por abrasão, no início do


serviço, para confirmar o resultado da pedreira do projeto a critério da fiscalização ou,
no decorrer do serviço quando houver alteração na rocha da pedreira ou quando
mudar de pedreira.

O agregado graúdo que apresentar desgaste por abrasão superior aos


limites especificados não poderá ser utilizado no pré-misturado a frio.

6.2.2 Adesividade (Ag. graúdo pelo ensaio do IBP e ag. miúdo pelo ensaio
acelerado de fervura)

O ensaio de adesividade entre o ligante e o agregado indicado é feito


pelo projeto, mas durante a obra é obrigatório a realização desse ensaio porque as
amostras do agregado e do ligante são muito mais representativas e mais reais.

No início dos serviços, com amostras do agregado após produzido pelo


menos 5% da quantidade prevista e do ligante, coletadas no 1° carregamento que
chegar à obra, faz-se o ensaio de adesividade conforme a seguir:

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 Para o agregado graúdo faz-se o ensaio de determinação expedita da
resistência a água (adesividade), ensaio do IBP, e para o agregado miúdo faz-se o
ensaio acelerado de adesividade, ensaio expedito, ambos com cópia no anexo.

Se em 5 ensaios de cada agregado a área recoberta com asfalto,


estimada visualmente, atender as inequações:

Área recoberta = X  1,55 s  90%


 Xi
sendo: X  e s   (X i - X) 2 /4
5
A adesividade é considerada “satisfatória”. Em caso contrário, pede-se
providências ao fornecedor de EA para alterar a formulação da emulsão e, se não for
resolvido o problema deve-se mudar de emulsão ou do agregado ou de ambos.

6.2.3 Índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 86)

O índice de forma mínimo (IF) ou, opcionalmente, a percentagem


máxima de grãos defeituosos (GD) admissíveis para o agregado graúdo do PMQ tem
valores variáveis conforme a faixa granulométrica, a saber:
 Faixas A e B: IFmínimo = 0,50
GDmáximo = 20%
 Faixas C e D: IFmínimo = 0,45
GDmáximo = 25%
 Faixas E e F: IFmínimo = 0,40
GDmáximo = 30%

A forma do agregado graúdo é ensaiada pelo projeto ao indicar a


pedreira.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com


amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% do agregado
graúdo, para conferência do resultado do projeto.

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O ensaio de índice de forma é obrigatório, em número mínimo de cinco
amostras, quando houver mudança de pedreira.

O agregado graúdo que tiver forma não satisfatória não poderá ser
utilizado no pré-misturado a frio.

6.2.4 Durabilidade (DNER-ME 89)

O agregado graúdo para PMF deve apresentar sob a ação de uma


solução de sulfato de sódio ou de magnésio, em cinco ciclos, uma afetação nas
partículas inferior a 12%. Este ensaio é realizado pelo projeto ao indicar a pedreira
quando a rocha for basáltica, diabásica ou de natureza mineralógica sujeita a
alterações.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir o ensaio de


durabilidade para as rochas citadas, a título de conferência dos ensaios do projeto.

Havendo afetação das partículas superior a 12%, por perda de peso,


fendilhamento, quebra, esmagamento ou laminagem a pedreira terá que ser
substituída.

6.2.5 Equivalente de areia para agregado miúdo (DNER-ME 54)

O ensaio de EA é realizado com amostra dos agregados nas proporções


de projeto, considerando-se apenas a parcela passando na peneira N° 4 (4,8mm), ou
seja a parte da amostra para o ensaio de EA inclui o agregado miúdo, entre as
peneiras N° (4,8mm) e a N° 200 (0,074mm) e inclui o filer natural contido nos
agregados, que passa na peneira n° 200.

O projeto realiza o ensaio de equivalente de areia das fontes de


agregado miúdo que compõem o traço de PMF projetado.

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No decorrer da execução do PMF é obrigatório se repetir o ensaio de EA
a cada dia de trabalho com amostra de agregado miúdo + filer natural na proporção
do traço que realmente está sendo produzido, devido a variação da areia e as
inevitáveis adequações do traço de execução, alterando as proporções da mistura de
materiais.

Esta especificação admite a coleta de agregado após a passagem pela


unidade secadora, quando a perda de parte do pó deletério faz o equivalente de areia
elevar seu valor.

O equivalente de areia mínimo do agregado miúdo do PMF é de 45%.

Abaixo desse valor o agregado miúdo não é aprovado (NAP) devendo-


se mudar as fontes de agregados ou a composição do traço.

6.3 Filer artificial para PMF

O filer artificial que poderá ser pó calcário, cal hidratada ou cimento


Portland tem que ser armazenado em local coberto, com os sacos assentes sobre
piso de madeira.

O controle da granulometria é feito a cada carregamento que chegar à


obra, devendo obedecer às seguintes percentagens mínimas passando, para ser
aceito.
PENEIRAS % PASSANDO
N° 40 (0,42mm) 100
N° 80 (0,18mm) 95
N° 200 (0,074mm) 65

6.3 Controle de execução e características Marshall da mistura

6.3.1 Controle da mistura

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Deverá ser controlado o teor de umidade de molhagem através do
conhecimento do – teor de umidade natural do agregado e da quantidade de água
acrescentada para uma determinada quantidade de agregado, devendo o valor
encontrado estar no intervalo (hm  1)%, onde hm é o teor de molhagem indicado no
projeto da mistura.

6.3.2 Controle de temperaturas das emulsões

A faixa de viscosidade, que vai determinar a faixa de temperatura para a


mistura com as emulsões, é bastante controvertida devendo-se a rigor levar em conta
entre outros fatores, o teor de molhagem.

Considera-se aqui os seguintes valores usuais:

Para RL-1C e LA-E - 10 a 20sSF


RM-1C - 20 a 75sSF
RM-2C - 75 a 150sSF

Obtendo-se com a curva “viscosidade x temperatura” as respectivas


faixas de temperatura.

Em obras de menor importância não se traça a curva “viscosidade x


temperatura”, tomando-se os seguintes intervalos de temperatura para a aplicação
das emulsões:

RL-1C e LA-E  a temperatura ambiente


RM-1C  30 a 60ºC
RM-2C  40 a 80ºC

6.3.3 Controle do teor de CAP residual e da granulometria

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Após o espalhamento da massa asfáltica com a acabadora (ou com a
motoniveladora) retira-se uma amostra correspondente a cada 250m de meia pista
(ou a cada 250m de pista inteira no caso de motoniveladora) para:

a) Ensaio do teor de CAP residual (DNER-ME 53 – “Rotarex”)(*)

* Deixando-se a amostra 24 horas, em vez de 1 hora, a 115°C – 120°C.

Sendo t% o teor de CAP Residual indicado pelo projeto da mistura


asfáltica, admite-se a seguinte tolerância: (t  0,5) %.

b) O Ensaio de granulometria (DNER-ME 83)

Após a extração do asfalto seca-se o material em estufa e procede-se


ao ensaio de granulometria, com as peneiras indicadas no item 2.3.

Do projeto de mistura deve constar a granulometria do projeto, ou seja,


a faixa granulométrica obtida com a granulometria da curva indicada  as seguintes
tolerâncias.
PENEIRA % PASSANDO EM PESO
1 1/2" a 3/8" (38,1 a 9,5mm) 7
N0 10 a n0 4 (0,42 a 4,8mm) 4
N0 200 (0,074mm) 2

Notas:1) essas tolerâncias serão limitadas pela faixa granulométrica correspondente


à graduação escolhida no projeto de pavimentação (item 2.2).

2) a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser inferior a
4% do total, com exceção das 2 primeiras e das 2 últimas da faixa A e da
última das demais faixas.

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No caso de um teor de CAP residual não atender a tolerância de 0,5%,
admite-se a aceitação do teor estatístico, juntando-se o teor não satisfatório com os
quatro teores satisfatórios antecedentes, formando um conjunto de cinco teores e
calcula-se:
 Xi
Teor máximo = X  1,55 s sendo: X 
5

Teor mínimo = X  1,55 s s   (X i - X) 2 /4

O serviço será aceito se forem atendidas as tolerâncias especificadas


para o teor de CAP residual e para a granulometria dos agregados + filer (se houver).
Em caso contrário o serviço não será aprovado (NAP), não sendo permitida a
aplicação da massa asfáltica produzida e se a mesma já estiver comprimida na pista
a fiscalização indicará a solução que poderá ser o recapeamento com uma espessura
aprovada pelo projetista ou a fresagem da camada executada e a execução de uma
nova camada de PMF, todos os ônus por conta do construtor.

6.3.4 Controle do grau de compressão (ou de compactação) (GC)

O controle do grau de compactação (GC) de um PMF é uma questão


difícil devido, principalmente, ao aumento de GC no tempo sob a ação do tráfego.

Distingue-se dois casos, para os serviços considerados importantes:

a) a Emulsão contém solvente RM-1C de 0% a 12% e RM-2C de 3% a


12%.

Nesse caso convencionou-se que o estado de compactação alcançado


por ocasião do Marshall a frio (DNER-ME 107) é atingido na pista após cerca de 3
semanas de tráfego pleno. Assim, nas obras importantes faz-se 2 extrações com
sonda rotativa a cada 250m de pista, obtendo-se a massa específica aparente – D
(pista) (DNER-ME 117/87 – Mistura betuminosa – Determinação da densidade
aparente 3 semanas) considerando-se o maior dos dois valores e obtém-se o GC em

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relação à massa específica aparente obtida no laboratório (DNER-ME 107) –
D(projeto):
D( pista )
GC  x 100
D( projeto )

Se GC  95% (1) o intervalo abrangente (250m) está “aprovado” (AP).

Se GC  95% dever-se-á submeter o citado intervalo a 3 dias


consecutivos de compactação com um rolo pneumático com pressão de 90 a 120 psi
(0,63 a 0,84MPa) no horário de 12 às 15 horas, após o que, se determinará novamente
o GC. Se a inequação (1) não for atendida, a operação dos 3 dias deve ser repetida.
Se ainda assim a inequação (1) não for atendida, a solução ficará a critério da
fiscalização que poderá decidir entre: repetir uma ou mais séries de 1 a 3 dias, até a
de considerar o intervalo “não aprovado” (NAP) – com todas as soluções
complementares (recapeamento aprovado pelo projetista, fresagem, etc), sendo
todos os ônus da construtora.

b) a Emulsão não contém solvente: RM-1C (optativo) – RL-1C - LA-E


nesse caso convencionou-se que o estado de compactação alcançado por ocasião do
Marshall a frio (DNER-ME 107) é atingido na pista após cerca de uma semana de
tráfego pleno; assim, nas obras importantes procede-se de modo idêntico ao caso a)
a emulsão contém solvente.

6.3.5 Controle da % de vazios, estabilidade e fluência Marshall

Com as amostras coletadas na pista após o espalhamento da massa


asfáltica e antes da compactação, conforme indicado no item 6.3.3, molda-se 2 corpos
de prova Marshall, com a energia do projeto, e através do DNER-ME 107 – Mistura
betuminosa a frio com emulsão asfáltica – Ensaio Marshall determina-se a % de vazios
média dos 2 corpos de prova e rompendo-se os CP na prensa Marshall determina-se
a fluência e a estabilidade, considerando-se o maior dos dois valores.

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O DNER-ME 107 tem uma tabela de correção da estabilidade em função
da espessura do CP. Esta especificação acrescenta os seguintes fatores de correção
da estabilidade.

ESPESSURA
FATOR
(mm)
45 1,72
40 1,96
35 2,20

Os limites estabelecidos no item 2.4 podem sofrer as seguintes


tolerâncias:
 % de vazios – limites  10%;
 estabilidade – limite  5%;
 fluência – limite  10% (só para revestimento de PMF)

Caso esses limites + tolerâncias não forem atendidos, deve-se rever o


projeto da mistura, pesquisando-se as causas da anormalidade uma vez que foram
satisfeitas as exigências de teor de CAP residual, granulometria e grau de
compactação.

6.4 Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

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A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em
função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:

 Número de deflexões do SH: n


 Do
 Deflexão média: D 
n

 Desvio Padrão: s   (Do - D) 2 / n - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:


n Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

 Fator de correção sazonal (Fs):


SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (INVERNO)
Arenoso/Permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a

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existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula. 6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = Deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura ( R ) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e também o produto
do raio ( R ) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição
das cargas do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.5 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de acabamento da superfície

Em cada dia de serviço, deverá ser feito o controle de acabamento da


superfície do pré-misturado a frio, com auxílio de duas réguas, com comprimentos de
3,00m e 0,90m, colocadas em ângulo reto, cada uma em posição paralela ao eixo da
rodovia. A variação da superfície, entre dois pontos quaisquer de contato, não deve
exceder a 0,5cm em qualquer das réguas e em qualquer das duas posições do
conjunto (1,0cm para camada de regularização).

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Os locais da verificação do acabamento da superfície serão escolhidos
pela fiscalização e o número de verificações diárias variará entre 1 (um) e 5 (cinco),
a critério da fiscalização.

Se o acabamento da superfície não atender à tolerância especificada, o


serviço será considerado não aprovado (NAP), devendo a fiscalização indicar a
solução – desde a correção por recapeamento com uma espessura aprovada pelo
projetista até a fresagem ou remoção da camada executada e a execução de uma
nova camada, todos os ônus (inclusive o de possível reparação da base, nova
Imprimação, etc) por conta do construtor.

7.2 Controle de espessura

O controle de espessura poderá ser feito de duas maneiras:

a) por medição da espessura da camada no momento da extração dos


corpos de prova na pista (item 6.3.4) – duas a cada 250m de meia pista;

b) por nivelamento do eixo e dos bordos antes e depois do espalhamento


e compressão da camada. O primeiro nivelamento do eixo e bordos será feito a cada
estaca (20 metros), podendo serem consideradas as cotas do controle geométrico da
camada inferior, caso tenha sido feito. O segundo nivelamento será feito a cada 240
m, ficando as demais cotas do primeiro nivelamento disponíveis para um aumento na
frequência do segundo nivelamento se for necessário.

As tolerâncias quanto a espessura são as seguintes:


a)  10% da espessura do projeto para pontos isolados;
b) 5% de redução da espessura do projeto para a média determinada a
cada 20 determinações, quando o controle é feito no momento da extração dos corpos
de prova na pista, e a cada 16 determinações, quando o controle é feito por
nivelamento.

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Os serviços com espessura da camada atendendo as tolerâncias
especificadas serão aprovados (AP) e os que não atenderem (NAP) não serão aceitos,
devendo a fiscalização indicar a solução – desde a correção por recapeamento com
espessura aprovada pelo projetista – até a fresagem da camada executada e a
execução de uma nova camada, todos os ônus (inclusive o de possível reparação da
base, nova Imprimação, etc) por conta do construtor.

8 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

O pré-misturado a frio será medido pelo volume compactado, em metros


cúbicos, de acordo com a seção tipo do projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, calculado com base nos teores obtidos no controle tecnológico.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


pré-misturado a frio, medido conforme o item 8, estando nele incluídos todos os custos
das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos, ferramentas,
armazenamento e perdas do material betuminoso nos tanques de estocagem, custos
de agregados, mão de obra, encargos, transportes, impostos, eventuais, bem como a
indenização da aquisição de materiais, inclusive ligante, quando o mesmo não é
fornecido pelo contratante e lucro.

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(A QUENTE E A FRIO) SOP-ES-P 17/19
PAG. 01/22
1 DEFINIÇÃO

Pré-misturado tipo macadame (PMTM) é uma mistura asfáltica


preparada em usina apropriada, constituída de agregado mineral tipo macadame
(agregado graúdo de granulometria bastante uniforme) e ligante asfáltico, usinada,
transportada, espalhada e compactada a quente ou a frio.

O PMTM pode ser utilizado no pavimento como camada drenante ou


uma camada de reforço do pavimento.

A espessura da camada de PMTM não poderá ser inferior a 4cm e


superior a 10cm. Camada superior a 10cm terá que ser subdividida.

2 MATERIAIS

2.1 Material asfáltico

Os ligantes asfálticos a serem utilizados nos PMTM são:

a) Mistura a quente – os cimentos asfálticos de petróleo (CAP)


a.1) Classificados por penetração; CAP-30/45, CAP-50/70, CAP-85/100
(tabela A2 do anexo I)
a.2) Classificados por viscosidade: CAP-20 e CAP-40 (tabela A1 do
anexo I)

b) Mistura a frio – a emulsão asfáltica catiônica RM-2C (tabela A7 do


anexo XI)

c) Ligantes asfálticos/emulsionados modificados por polímeros, quando


indicados no projeto

321
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PRÉ-MISTURADO TIPO MACADAME


(A QUENTE E A FRIO) SOP-ES-P 17/19
PAG. 02/22
2.2 Agregado

É usado apenas o agregado graúdo, podendo o agregado miúdo ser


considerado impureza.

O agregado graúdo a ser usado em PMTM pode ser: pedra britada, seixo
rolado e cascalhos obrigatoriamente britados. Deve ser constituído de partículas sãs,
duráveis, livres de torrões de argila e substâncias nocivas e apresentar as seguintes
características:

 Durabilidade

Quando submetido à 5 ciclos de sulfato de sódio (DNER-ME 89)


apresentar uma perda  12%.

Este ensaio deve ser feito quando o agregado tiver uma natureza
mineralógica sujeita a alterações (geralmente basaltos e diabásios).

 Resistência à abrasão (Los Angeles – DNER-ME 35)

Deve apresentar LA  30%

 Adesividade satisfatória

O agregado graúdo deve apresentar com a RM-2C um mínimo de 80%


de área recoberta com asfalto no ensaio EAC, determinação expedita da resistência
a água (adesividade) sobre agregados graúdos”, (anexo IX).

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Com o CAP (DNER-ME 78) uma adesividade satisfatória, que se não
for conseguida, pode-se tentar um melhorador de adesividade (“dope”) com 0,40% a
0,60%, do peso do CAP.

 Forma satisfatória

A forma do agregado graúdo deve ser tal que o índice de forma (IF)
(DNER-ME 86) não deve ser inferior, ou a porcentagem de grãos defeituosos (GD) (1)
não deve ser superior aos seguintes valores:
IFmin = 0,50 (0,45 se for basalto ou diabásio)
GDmax = 20% (25% se for basalto ou diabásio)

(1) Não se dispondo da aparelhagem para o IF pode-se proceder da


seguinte maneira: toma-se uma amostra aleatória de 20 partículas de
agregado de uma das 2 classes D/d (25,4mm/12.7mm ou
19,1mm/9,5mm) e mede-se com um paquímetro, em cada uma das
partículas, o seu comprimento “L”, e a menor dimensão (a espessura)
“e”. Considera-se como largura “g” de todas as partículas a média das
aberturas das peneiras (D + d) ÷ 2, ou seja, g = 19,1mm ou g = 14,3mm.
Se L + 1,2g  6e o grão é defeituoso. O percentual de grãs defeituosos
N de grãos defeituoso s
é dado pela relação: GD  x 100
20

 Absorção moderada de asfalto

Se o agregado for bastante poroso a absorção do asfalto vai ser


significativa, podendo tornar o agregado antieconômico. Os arenitos e os calcários
são os mais absorventes seguidos do basalto/diabásio, e os menos absorventes os
gnaisses/granitos. Em caso de agregado muito absorvente é aconselhável um estudo
econômico.

 Textura favorável

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A textura rugosa é mais favorável à adesividade passiva (resistência ao


deslocamento da película do CAP residual por ação do tráfego em presença de água)
e ao atrito interno (maior estabilidade e menor trabalhabilidade). A textura lisa,
característica das areias de rio, favorece à trabalhabilidade e desfavorece à
estabilidade.

2.3 Composição da mistura

A composição do pré-misturado tipo macadame deve satisfazer a uma


das três faixas granulométricas do quadro a seguir.

PENEIRA % passado em Peso TOLERÂNCIA DA


ASTM MM A B C FAIXA DE PROJETO %
1 1/2” 38,1 100 100 - 7
1” 25,4 95 – 100 50 – 80 100 7
3/4” 19,1 - - 90 – 100 7
1/2” 12,7 25 – 60 10 – 30 - 7
3/8” 9,5 - - 20 – 55 7
N.º 4 4,8 0 – 10 - 0 – 10 4
N° 6 3,36 - 0 – 10 - 4
N.º 8 2,38 0–5 0–3 0–5 4

A faixa granulométrica a ser usada deve ter seu diâmetro máximo


correspondente a 95% passando Dmax  2/3 h, sendo h a espessura da camada. Para
todas as faixas a fração retida entre duas peneiras consecutivas não deverá ser
inferior a 4% do total.

O PMTM compactado no molde Marshall deve apresentar uma % vazios


entre 28 a 34% na mistura a frio (DNER-ME 107) e de 26 a 32% na mistura a quente
(DNER-ME 43). É de se notar que não se consegue extrair a amostra do molde sem
desmanchá-la. Assim, a determinação de % Vv deve ser feita pesando-se o corpo de

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prova dentro do molde. Como o teor de molhagem é muito baixo (de 0,5 a 1,5%),
assim como o teor de RM-2C (no máximo 2,5%), não é necessário se levar em
conta o teor ótimo de água de compactação, bastando uma cura de 4 horas a
temperatura ambiente antes da colocação da mistura a frio no molde de compactação.

Em ambas as misturas o número de golpes/face é de 50 para diminuir as inevitáveis


fraturas.

3 EQUIPAMENTO

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

 Equipamento para a mistura

a) Mistura a frio (PMTM-F)

Os equipamentos para a mistura da emulsão com o agregado podem


variar desde uma simples betoneira até uma central gravimétrica com comandos
elétricos, englobando as chamadas usinas móveis. Não se considera, entretanto, a
mistura feita com motoniveladora.

Para altas produções de PMTM para camadas espessas pode-se


adaptar usinas de solos desde que tenham um controle eficiente de teor de emulsão.

Para pequenos serviços de conservação poderão ser usadas betoneiras


e para serviços de pavimentação mais modestos podem ser usadas as chamadas
“argamassadeiras” munidas de um misturador de um só eixo alimentado por uma
caçamba elevatória que recebe: os agregados (dosados pelo volume de padiolas)
previamente umedecidos e a emulsão (dosada pelo volume de um recipiente).

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Para serviços de pavimentação mais importantes deve-se usar uma
central a frio munida de: um misturador de 2 eixos (“pugmill”); de silos (geralmente de
2 a 3) com capacidade total no mínimo 3 vezes a capacidade do misturador e com
dispositivos mecânicos de saída que permitam regular o fluxo de agregados;
depósitos de água de molhagem e depósito de emulsão, ambos munidos de bombas
que permitam regular os respectivos fluxos, dispondo este último de um sistema de
aquecimento e controle de temperatura.

b) Mistura a quente (PMTM-Q)

O equipamento é uma usina de asfalto do tipo empregada em PMQ.

 Equipamento para o espalhamento

Em camadas espessas, a quente ou a frio, o espalhamento pode ser


feito com motoniveladora, de acordo com o projeto ou a critério da fiscalização.

Para serviços de pavimentação mais importantes devem ser usadas


acabadoras desde as rebocadas até as vibro-acabadoras automotrizes capazes de
espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamentos requeridos
(sem aquecimento no caso de mistura a frio).

 Equipamento para compressão

São usualmente utilizados para a compressão da mistura asfáltica:


- o rolo pneumático autopropulsor de pressão variável (35 a 120psi ou
0,25 a 0,84 MPa)
- o rolo liso tandem de 8 a 12 t.
- o rolo liso vibratório, com regulador de frequência, importante para altas
espessuras (h  6,0cm) de misturas mais abertas.

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 Equipamento para transporte da mistura

São utilizados geralmente os caminhões tipo caçamba basculante. Para


misturas a frio, o caminhão caçamba deve ter a tampa traseira perfeitamente vedada,
de modo a evitar o derramamento de líquido sobre a pista; é interessante terem
dispositivos para retenção de líquidos no interior das caçambas, para posterior
remoção. Para misturas a quente adotar os mesmos cuidados para o PMQ.

4 EXECUÇÃO

4.1 Pintura de ligação

Tendo decorridos mais de sete dias entre a execução da imprimação ou


pintura de ligação e a da camada asfáltica, ou no caso de ter havido trânsito, ou, ainda,
recobrimento com areia, pó de pedra, etc., deverá ser feita uma pintura de ligação.

4.2 Projeto da mistura asfáltica

O projeto geralmente dá apenas um anteprojeto da mistura, mais para


efeito de quantitativos e orçamento. Deve-se, então, elaborar no laboratório de campo,
juntamente com os testes da central a frio (serviços de pavimentação mais
importantes), o chamado projeto da mistura asfáltica, conforme o roteiro para projeto
de mistura asfáltica tipo macadame a quente e a frio – anexo XIX.

4.3 Produção da massa asfáltica

A massa asfáltica será produzida em equipamentos conforme indicado


no item 3, obedecendo as proporções de agregados e o teor de ligante estabelecidos
pelo projeto da mistura asfáltica de execução aprovado pela fiscalização.

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4.4 Transporte da massa asfáltica

A massa asfáltica produzida deverá ser transportada para o local de


aplicação ou de estocagem, nos veículos basculantes já especificados. Quando
julgado necessário cada carregamento deverá ser coberto com lona ou outro material
aceitável, com tamanho suficiente para proteger a mistura.

4.5 Distribuição e compressão da massa asfáltica

A distribuição de massa asfáltica estocada, em serviços de menor


importância, será feita com motoniveladoras. Em serviços mais importantes deverão
ser usadas acabadoras, conforme já especificado.

Após o espalhamento de um PMTM-F a compactação (também


chamada de compressão ou de rolagem) pode ser dada imediatamente, ou de acordo
com observação visual após uma cura de 1 a 4 horas (pois o teor de água de
molhagem é pequeno e não tem muito sentido o conceito de umidade ótima de
compactação), ou mais, sendo importante que a massa não sofra ondulações e/ou
fissuras. No caso de um PMTM-Q a compactação deve ser dada na temperatura mais
alta onde não se manifestem ondulações e/ou fissuras.

O rolo liso vibratório é geralmente o preferido podendo ser ou não


seguido do rolo pneumático autopropulsor (35 a 120psi). Este último também pode ser
usado sem o vibratório (coadjuvado com o rolo liso tandem) principalmente em
camadas de menor espessura (h  7,5cm).

Caso sejam empregados rolos de pneus de pressão variável, inicia-se a


rolagem, com baixa pressão, a qual será aumentada à medida que a mistura for sendo
compactada, e, consequentemente, suportar pressões mais elevadas.

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A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente,
continuando em direção ao eixo da pista. Nas curvas, de acordo com a superelevação,
a compressão deve começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto. Cada
passada do rolo deve ser recoberta, na seguinte, de, pelo menos, a metade da largura
rolada. Em qualquer caso, a operação de rolagem perdurará até o momento em que
seja atingida a compressão especificada.

Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção e


inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento sobre o
revestimento recém-rolado. As rodas do rolo metálico deverão ser umedecidas
adequadamente, de modo a evitar a aderência da mistura e as rodas do rolo
pneumático deverão, no início da rolagem, ser levemente untadas com óleo
queimado, com a mesma finalidade.

A espessura máxima da camada a compactar e o esquema de


compactação propostos devem ser aceitos pela fiscalização.

Uma sugestão considerada razoável é a seguinte:

Sendo – pn – pneumático (35 a 120psi)


lt - liso tandem
vl – vibratório liso
p - passadas (nº de vezes que o rolo passa no mesmo ponto =
cobertura)

Para espessura de camada h  7,5cm


2p (lt)
3p (pn  40 a 70psi)
3p (pn  70 a 120psi)
2p (lt)

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Para espessura de camada  7,5cm
2p (vl) (sem vibrar)
4p (vl) (vibrando)
2p (vl) (sem vibrar)
1p (pn  80psi)
1p (pn  120psi)

4.6 Abertura ao tráfego

O prazo para abertura ao tráfego após a compactação é sujeita à não muitas


variáveis, como por exemplo: tipo de emulsão, graduação do agregado, temperatura
e umidade ambiental, localização da camada (reforço ou binder), tipo de tráfego,
etc, devendo ser aquela indicada pela experiência da construtora e aceita pela
fiscalização.

Como orientação geral tem-se para esse período:

a) PMTM-F

– 4 a 48 horas, verificando-se a estabilidade da massa por inspeção


visual (principalmente nas rampas e curvas fechadas).

Se após 24 horas a massa não suportar um tráfego controlado, deve-se


continuar a compactação com rolo pneumático (60 a 120psi) desde as 11 horas as 15
horas, até a massa suportar o referido tráfego. Em seguida a camada (reforço ou
binder) é exposta ao tráfego pleno durante um período mínimo de 7 dias (o ideal seria
um mínimo de 30 dias) antes de receber a camada sobrejacente.

b) PMTM-Q

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- Após seu completo resfriamento, verificando-se a estabilidade da
massa por inspeção visual (atenção para rampas e curvas fechadas).

Se após 24 horas a massa não suportar um tráfego controlado deve-se


proceder como para o PMTM-F.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades dos serviços de pré-misturado tipo macadame (PMTM)


que podem causar danos ao meio ambiente são a obtenção e utilização de agregados
pétreos, o armazenamento de ligante asfáltico, a operação da usina misturadora e a
aplicação da massa asfáltica.

5.1 Agregado

5.1.1 Quando o agregado pétreo for proveniente de exploração de pedreira


não comercial indicada no projeto, deve-se observar as seguintes situações:

 O agregado pétreo somente será aceito após a contratada apresentar


à fiscalização as licenças exigidas pelo ordenamento ambiental.

Deve ser evitado a localização de pedreira e instalações de britagem em


área de preservação ambiental.

A exploração da pedreira deverá ser planejada e executada de modo a


possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os materiais e
equipamentos. Deve–se construir bacias de sedimentação para retenção de pó de
pedra eventualmente produzido em excesso, evitando assim o carreamento de pó
para cursos d’água.

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5.1.2 Quando o agregado pétreo for adquirido de pedreira comercial, será
exigido documentação atestando a regularidade das instalações e operação junto ao
órgão ambiental competente.

As estradas de acesso às fontes de agregados deverão seguir a


especificação SOP-ES-T 02/19 – Caminhos de serviço e as recomendações da Norma
DER-ISA 02/96 – Abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso.

5.2 Ligante asfáltico

O depósito de asfalto deve ser instalado em locais afastados de cursos


d’água.

É vedado o expurgo de materiais asfálticos na faixa de domínio ou em


qualquer local que possa causar danos ambientais.

5.3 Usinagem a quente ou a frio

A contratada deverá obter e apresentar à fiscalização a licença de


instalação e operação da usina de asfalto.

A contratada deverá submeter à fiscalização o projeto de instalação da


usina de asfalto, contendo a planta esquemática da usina e o sistema de filtros que
reduzirá a poluição do ar.

Deverão ser obedecidas as recomendações da norma DERT-ISA 08/96


– Orientações ambientais para implantação e operação de usinas de asfalto, concreto
e de solo.

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Caso a massa de PMTM seja fornecida por usina comercial, ou
equivalente, será exigida toda documentação ambiental atestando a regularidade da
usina, pedreira e instalações.

5.4 Aplicação do PMTM

Restos de misturas asfálticas antigas ou recém-produzidas não podem


ser deixados na margem da rodovia. Eles devem ser transportados para depósitos de
resíduos sólidos mais próximos, indicados pelo projeto.

Ao final dos serviços serão desmontadas e retiradas todas as edificações


provisórias e recuperada a área da usina de asfalto e armazenamento de materiais.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Ligante asfáltico

A condição essencial é que o ligante asfáltico empregado no PMTM


atenda a esta especificações as especificações particulares e complementares
contidas no projeto.

6.1.1 Cimento asfáltico de petróleo (CAP-30/45, CAP-50/70 e CAP-85/100) ou


(CAP-20, CAP-40) para PMTM – Q.

A todo carregamento de cimento asfáltico de petróleo que chegar à obra


será exigido o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as normas do anexo I, contidas na tabela A1 para os CAP classificados
por viscosidade e na tabela A2 para os CAP classificados por penetração (cópia no
anexo), conforme a seguir:
 espuma (aquecido a 175°C não deve produzir espuma);

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 penetração (MB-107);
 viscosidade Saybolt Furol (P-MB 517) a 135°C e 177°C.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios das normas para confrontar com os resultados do certificado
de fábrica.

6.1.2 Emulsão asfáltica (RM-2C) para PMTM-F

A todo carregamento de emulsão asfáltica que chegar à obra será


exigido o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo as exigências das especificações asfálticas apresentadas nos anexos a
estas especificações.
 Viscosidade Saybolt Furol (SF) – (MB-581);
 Peneiração (MB-609);
 Carga de partícula (NBR-6567);
 Percentagem de CAP residual (NBR-6568) ou (método expedito
para canteiro de obra – IBP).

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser realizados os ensaios das normas para confrontar com os resultados do certificado
de fábrica.

A emulsão asfáltica que não atender as especificações não poderá ser


utilizada no serviço de PMF.

6.2 Agregado e água

A condição essencial é que o agregado graúdo atenda as exigências de


resistência a abrasão, tenha durabilidade, adesividade ao ligante e forma satisfatórias.

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A textura e a absorção dos agregados devem ser consideradas pelo
projeto.

A água para PMTM-F deve ser limpa e aprovada pela fiscalização, por
inspeção visual de sua fonte.

6.2.1 Resistência a abrasão do agregado graúdo (DNER-ME 35)

O agregado graúdo (entre 38,1mm e 4,8mm) para PMTM pode ter um


desgaste por abrasão (ensaio Los Angeles) de no máximo 30%.

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado.

Por ocasião da obra, pode ser necessário se verificar o desgaste por


abrasão, no início do serviço, para confirmar o resultado da pedreira do projeto a
critério da fiscalização ou, no decorrer do serviço quando houver alteração na rocha
da pedreira ou quando mudar de pedreira.

O agregado graúdo que apresentar desgaste por abrasão superior ao


limite especificado não poderá ser utilizado no pré-misturado tipo macadame.

6.2.2 Adesividade (Ag. graúdo: DNER-ME 78)

A adesividade é uma propriedade do par agregado x cimento asfáltico


de petróleo que é ensaiado pelo projeto para se estabelecer a necessidade ou não de
adicionamento no ligante de melhorador de adesividade (dope) no caso de PMTM-Q.

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Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com
amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% dos agregados,
para conferência dos resultados do projeto.

Os ensaios de adesividade são obrigatórios, em número de cinco


amostras, quando houver mudança das fontes de agregados graúdos ou miúdos.

A adesividade é considerada satisfatória quando após os ensaios não se


verificar nos agregados deslocamento da película asfáltica em pelo menos 80% da
área e é considerado não satisfatória quando houver deslocamento da película
asfáltica superior a 20% da área, inspecionado visualmente.

6.2.3 Índice de forma do agregado graúdo (DNER-ME 86)

A forma do agregado graúdo é ensaiada pelo projeto ao indicar a


pedreira.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir os ensaios com


amostras mais representativas, após se ter produzido pelo menos 5% do agregado
graúdo, para conferência do resultado do projeto.

O ensaio de índice de forma é obrigatório, em número mínimo de cinco


amostras, quando houver mudança de pedreira.

O agregado graúdo que tiver forma não satisfatória não poderá ser
utilizado no pré-misturado tipo macadame.

6.2.4 Durabilidade (DNER-ME 89)

O agregado graúdo para PMTM deve apresentar sob a ação de uma


solução de sulfato de sódio ou de magnésio, em cinco ciclos, uma afetação nas
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partículas inferior a 12%. Este ensaio é realizado pelo projeto ao indicar a pedreira
quando a rocha for basáltica, diabásica ou de natureza mineralógica sujeita a
alterações.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir o ensaio de


durabilidade para as rochas citadas, a título de conferência dos ensaios do projeto.

Havendo afetação das partículas superior a 12%, por perda de peso,


fendilhamento, quebra, esmagamento ou laminagem a pedreira terá que ser
substituída.

6.3 Controle de execução

6.3.1 Controle da umidade de molhagem da mistura de PMTM-F

Para a mistura a frio, por ser o teor de umidade de molhagem muito baixo
(hm: 0,5 a 1,0%), o seu controle pode ser feito através do tato.

6.3.2 Controle de temperatura da emulsão e do CAP

A faixa de viscosidade, que vai determinar a faixa de temperatura para a


mistura com as emulsões, é bastante controvertida devendo-se a rigor, levar em conta
entre outros fatores, o teor de molhagem. Considera-se aqui o seguinte valor usual
para PMTM-F:
RM-2C - 90 a 150sSF

Obtendo-se com a curva “viscosidade x temperatura” a respectiva faixa


de temperatura.

Em obras de menor importância não se traça a curva “viscosidade x


temperatura”, adota-se o intervalo de temperatura de 40°C a 80°C.
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Para a mistura a quente, isto é para o PMTM-Q pode-se considerar
também a faixa de 90 a 150sSF.

6.3.3 Controle do teor de CAP residual e da granulometria

Após o espalhamento da massa asfáltica com a acabadora (ou com a


motoniveladora) retira-se uma amostra correspondente a cada 250m de meia pista
(ou a cada 250m de pista inteira no caso de motoniveladora) para:

a) Ensaio do teor de CAP residual

É realizado pelo método DNER-ME 53 – Rotarex, aquecendo-se a


amostra a 115 – 120°C durante 24 horas ao invés de 1 hora, como está previsto no
método de ensaio.

Extrai-se o ligante da mistura, determina-se o teor e compara-se com o


teor do projeto da mistura de execução (tp), admitindo-se a seguinte tolerância:
Teor max. = (tp + 0,3) %
Teor min. = (tp – 0,3) %

Após a extração do ligante da amostra, seca-se o agregado em estufa e


se faz a granulometria (DNER-ME 83).

Para a granulometria as tolerâncias (tg), por peneira, em relação ao


projeto são as da tabela seguinte, não podendo ultrapassar os limites das faixas
estabelecidos no Item 2.3 – Composição da mistura.

PENEIRAS % PASSANDO EM PESO


1 1/2" a 3/8” (38,1mm a 9,5mm) 7
N° 4 a N° 8 (4,8mm a 2,38mm) 4

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No caso de um teor de CAP não atender a tolerância de  0,3%, admite-
se a aceitação do teor estatístico, juntando-se o teor não satisfatório com os quatro
teores satisfatórios antecedentes, formando um conjunto de cinco teores e calcula-se:
 Xi
Teor máx. = X  1,55 s sendo: X 
5

Teor min. = X  1,55 s s   (X i - X ) 2 / 4

O serviço será aceito (AP) se forem atendidas as tolerâncias


especificadas para o teor de CAP e para a granulometria do agregado.

Em caso contrário o serviço não será aprovado (NAP), não sendo


permitida a aplicação da massa asfáltica produzida e, se a mesma já tiver comprimida
na pista, a fiscalização indicará a solução que poderá ser o recapeamento com uma
espessura aprovada pelo projetista ou a fresagem da camada executada e a execução
de uma nova camada, todos os ônus por conta do construtor.

6.3.4 Controle de compactação

O controle de compactação de um PMTM deve ser feito visualmente,


observando-se o comportamento da massa asfáltica sob a ação de esforços – desde
o obtido girando-se um salto de sapato até a passagem de rolos compressores e de
tráfego controlado.

Caso a massa asfáltica não apresente a necessária resistência, após 24


horas de compactada, ao tráfego controlado, se deve continuar a compactação com
duração de 4 horas diárias (das 11 horas às 15 horas) de um rolo pneumático (60 a
120psi) até a massa poder suportar o referido tráfego.

6.4 Registro do controle tecnológico

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Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,
acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de acabamento da superfície


(Camadas de reforço e camada drenante)

Em cada dia de serviço deverá ser feito o controle de acabamento da


superfície do pré-misturado tipo macadame com auxílio de duas réguas, (de
comprimentos de 3,00m e 0,90m), colocadas em ângulo reto, alternando cada uma
em posição paralela ao eixo da rodovia. A variação da superfície, entre dois pontos
quaisquer de contato, não deve exceder a 1,0cm em qualquer das réguas e em
qualquer das duas posições do conjunto.

Os locais da verificação do acabamento da superfície serão escolhidos


pela fiscalização e o número de verificações diárias variará entre 1 (um) e 5 (cinco), a
critério da fiscalização.

Se o acabamento da superfície não atender à tolerância especificada, o


serviço será considerado não aprovado (NAP), devendo a fiscalização indicar a
solução, que poderá ser a correção por recapeamento com uma espessura aprovada
pelo projetista ou fresagem da camada executada e a execução de uma nova camada.
Todos os ônus das correções são de responsabilidade do construtor.

7.2 Controle de espessura


(Camadas de reforço e camada drenante)

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O controle de espessura deverá ser feito por nivelamento do eixo e dos
bordos antes e depois do espalhamento e compressão da camada. O primeiro
nivelamento do eixo e bordos será feito antes da execução do PMTM a cada estaca
20 metros), podendo ser consideradas as cotas do controle geométrico da camada
inferior, caso tenha sido feito. O segundo nivelamento será feito após a execução do
PMTM a cada 240m, ficando as demais cotas do primeiro nivelamento disponíveis
para um aumento na frequência do segundo nivelamento se for necessário.

As tolerâncias quanto a espessura são as seguintes:

a)  10% da espessura do projeto para pontos isolados;

b) 5% de redução da espessura do projeto para a média determinada a


cada 16 determinações.

Os serviços com espessura da camada atendendo as tolerâncias


especificadas serão aprovados (AP) e os que não atenderem (NAP) não serão aceitos,
devendo a fiscalização indicar a solução que poderá ser a correção por recapeamento
com espessura aprovada pelo projetista ou a fresagem da camada executada e a
execução de uma nova camada, todos os ônus da correção são de responsabilidade
do construtor.

8 MEDIÇÃO

O pré-misturado tipo macadame (a quente e a frio) será medido pelo seu


volume compactado, em metros cúbicos, de acordo com a seção tipo do projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, calculado com base nos teores obtidos no controle tecnológico.

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PRÉ-MISTURADO TIPO MACADAME


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9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para ligante


asfáltico e o volume de pré-misturado tipo macadame (a quente e a frio) medido
conforme o item 8, estando nele incluídos todos os custos das fases de execução, tais
como: utilização de equipamentos, veículos, ferramentas, armazenamento e perdas
do material betuminoso nos tanques de estocagem, custos de agregados, mão de
obra, encargos, transportes, impostos, eventuais, bem como a indenização da
aquisição de materiais, inclusive ligante, quando o mesmo não é fornecido pelo
contratante e lucro.

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1 DEFINIÇÃO

Lama asfáltica (LA) é uma mistura asfáltica de pequena espessura, sem


função estrutural, composta de agregado mineral (miúdo), material de enchimento
(filer) , emulsão asfáltica e água, com consistência fluida, uniformemente espalhada
sobre uma superfície previamente preparada, usada geralmente como camada
rejuvenescedora e impermeabilizante de revestimentos asfálticos desgastados e
fissurados, caracterizada por ser misturada e espalhada (com consistência fluída) a
temperatura ambiente, e satisfazendo às exigências constantes desta especificação.

2 MATERIAIS

2.1 Material asfáltico

Os ligantes asfálticos a serem utilizados nas LAs são as emulsões para


lama asfáltica: LA-1C e LA-2C (catiônicas) e LA-E (especial, não iônica ou
ligeiramente catiônica); e a RL-1C (catiônica), além dos asfaltos modificados, quando
indicados no projeto.

2.2 Agregado

O agregado é geralmente constituído por uma mistura de: agregado


graúdo, aqui definido como o material passando na peneira de 3/8” (9,5mm) e retido
na peneira N0 4 (4,8mm), agregado miúdo aqui definido como o material compreendido
entre as peneiras N0 4 (4,8mm) e N0 200 (0,074mm).

Serão constituídos de areia de rio, pó-de-pedra ou mistura de ambos.


Suas partículas individuais deverão ser resistentes e apresentar moderada
angulosidade, livre de torrões de argila, raízes e de substâncias nocivas.

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PAG. 02/15
Apesar da especificação permitir o uso de areia de rio e pó-de-pedra com
aplicação separada, aconselha-se usar a mistura de ambos, em função das suas
características independentes:

 Areia de rio: por conter elementos lisos e redondos, dá uma boa


trabalhabilidade e facilita o espalhamento;
 Pó-de-pedra: por conter elementos rugosos e angulosos, fornece uma
superfície mais áspera e proporciona uma boa impermeabilidade pela presença do
filer.

2.2.1 Agregado graúdo e miúdo

O agregado graúdo e miúdo deve se constituir de partículas – sãs,


duráveis, livres de torrões de argila, raízes e de substâncias nocivas – apresentando
as seguintes características:

 Quando proveniente de britagem de pedra, esta deve apresentar um


desgaste Los Angeles (DNER-ME 35) no máximo de 50%;
 Durabilidade, pedra inferior a 12% (DNER-ME 89);
 Equivalente de areia igual ou superior a 40% (DNER-ME 54);
 Resistência a água – adesividade satisfatório com emulsão asfáltica
(DNER-ME 59) e ABNT NBR 6300 (MB-721).

2.2.2 Filer (ou filer artificial)

Aqui definido como um material finamente dividido, de natureza


eletropositiva (cimento, pó calcáreo, etc), sendo o cimento considerado o ideal por
uma boa parte dos técnicos.

O filer quando de sua aplicação deverá estar seco e isento de grumos,


apresentando a seguinte granulometria tradicional:

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PORCENTAGEM MÍNIMA
PENEIRA PASSANDO (EM PESO)
N0 40 (0,42mm) 100
N0 80 (0,18mm) 95
N0 200 (0,074mm) 65

2.2.3 Aditivos

Podem ser empregados aditivos para acelerar ou retardar a ruptura da


emulsão na lama asfáltica.

2.2.4 Água

Deverá ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos e outras substâncias


prejudiciais a ruptura da emulsão asfáltica. Será empregada na quantidade necessária
a promover a consistência adequada.

2.3 Composição da mistura

A composição granulométrica da mistura dos agregados deve se


enquadrar nas faixas do quadro a seguir:

PENEIRA DNER ISSA – International Slury(1) Surfacing Association


ASTM (mm) (Tradicional) FAIXA 1 FAIXA 2 FAIXA 3 FAIXA 4
3/8” (9,5) - - 100 100 -
Nº 4 (4,8) 100 100 90 – 100 70 – 90  5%
Nº 8 (2,4) 80 – 100 90 - 100 65 – 90 45 70  5%
Nº 16 (1,2) - 65 – 90 45 - 70 28 – 50  5%
Nº 30 (0,6) 30 – 60 40 – 65 30 - 50 19 - 34  5%
Nº 50 (0,31) 20 – 45 25 – 42 18 - 30 12 - 25  4%
Nº 100 (0,15) 10 – 25 15 – 30 10 – 21 7 - 18  3%
Nº 200 (0,074) 5 – 15 10 – 20 5 - 15 5 - 15  2%
Mistura Seca kg/m² 4–6 2– 5 5–8 8 – 13 -
Espessura (mm) 3–4 2– 3 4–6 6–9 -
% em relação ao peso da “Mistura Seca”
Água 10 – 20 10 – 20 10 – 15 10 – 15 -
Ligante residual 8 – 13 10 - 16 7,5 – 13,5 6,5 – 12 -

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Nota: – Utilizam-se essas faixas nos seguintes casos:
 Faixas I e II: Para enchimento das fissuras e rejuvenescimento geral;
 Faixas III e IV: Quando é necessário a aplicação de mais de uma
camada em pavimentos muito desgastados ou sobre base granulares no caso do
tráfego leve.

2.4 Mistura asfáltica

A mistura asfáltica será realizada com base nos ensaios recomendados


pela ISSA – International Slury Seal Association.

 ISSA-TB-100 – Wet Track Abrasion Test (WTAT) – perda máxima


para 1 hora – 800 g/m² (perda por abrasão em meio aquoso);
 ISSA-TB-109 – Loaded Wheel Tester e Sand Adhesion – máximo –
538 g/m² (excesso de asfalto por efeito de roda e adesão de areia);
 ISSA-TB-114 – Wet Stripping Teste – mínimo – 90% (adesão por
molhagem).

O projeto pode indicar um outro parâmetro para a dosagem da emulsão


desde que aceito pela fiscalização.

3 EQUIPAMENTO

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

 Equipamento para a mistura e o espalhamento

O caminhão usina deve ser equipado com:

a) Silo para agregados, com capacidade mínima de 3m3;


b) Silo de filer, com alimentador automático;

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PAG. 05/15
c) Tanque d’água com capacidade mínima de 1.500 litros, munido de
mangueira para espargimento d’água;
d) Tanque de emulsão com capacidade mínima de 1.500 litros;
e) Sistema de circulação e alimentação de emulsão asfáltica
correlacionado com o sistema de alimentação do agregado, de modo a assegurar
perfeito controle do traço;
f) Sistema misturador pugmill, do tipo pás móveis a corpo fixo, capaz de
processar uma mistura uniforme e de despejar a massa na caixa espalhadora em
operação contínua, sem processo de segregação;
g) Caixa distribuidora, atrelada por correntes ao chassi, montada sobre
borracha tipo neoprene, que vai se apoiar diretamente sobre a superfície a tratar, com
largura regulável para o serviço em questão, devendo ser suficientemente pesada
para garantir uniformidade, munida de um regulador de espessura e de uma borracha
para acabamento.

 Equipamento para compactação

Rolo pneumático autopropulsor de pressão variável (35 a 120 psi ou 0,25


a 0,48MPa).

 Equipamento auxiliar

a) Betoneiras, com padiolas aferidas, para a mistura de agregados;


b) Tanques para recepção de emulsão asfáltica;
c) Moto-bomba para circulação de emulsão;
d) Moto-bomba para transferência de água;
e) Carro tanque para água e emulsão;
f) Pá carregadeira;
g) Vassouras mecânicas e trator de pneus’;
h) Caminhão basculante de apoio;
i) Pás, enxadas, vassouras, rodos de borracha, lona para cobrir
agregados, sinalizadores, etc.
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PAG. 06/15
4 EXECUÇÃO

4.1 Projeto da mistura asfáltica

O projeto geralmente dá apenas um anteprojeto da mistura, mais para


efeito de quantitativos e orçamento. Deve-se, então, elaborar no laboratório de campo,
juntamente com os testes do caminhão usina, o chamado projeto da mistura asfáltica,
assim procedendo-se:

Do depósito da emulsão recebida e aprovada retira-se uma amostra


para a mistura de projeto.

De cada componente dos agregados estocados (inclusive o filer se for o


caso) retira-se para o ensaio de granulometria (DNER-ME 83), de modo a se
determinar a % de cada componente na mistura seca dos agregados e
dimensionamento das padiolas.

A dosagem da emulsão é geralmente feita no Laboratório quando –


ensaia-se 5 teores de emulsão (geralmente entre 10 e 22% em relação ao peso da
mistura seca), selecionando-se cerca de 3 teores de emulsão com os respectivos
teores de água de mistura, escolhendo-se finalmente aquele teor que conduz ao
menor desgaste WTAT.

No local da obra procura-se ajustar a composição dos agregados, o teor


de água de mistura e o teor de emulsão indicados previamente pelo laboratório
devendo-se realizar novo ensaio WTAT no traço ajustado para a aprovação final.

Serão entregues pela construtora à fiscalização, com o título PROJETO


DA MISTURA ASFÁLTICA todos os resultados obtidos neste item. Os serviços de
execução da LA só poderão ter início após a aprovação desse relatório pela
fiscalização.

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PAG. 07/15
4.2 Sinalização, limpeza e preparo da pista

Nas rodovias com tráfego, os serviços com lama asfáltica exigem uma
sinalização muito eficiente. Para as emulsões catiônicas, dependendo das condições
de umidade e temperatura do ar, o prazo mínimo de interrupção, da faixa trabalhada,
considerando o tempo de operação e o de ruptura da emulsão, deverá variar entre 1
a 4 horas. O uso de emulsões de ruptura controlada diminui esse intervalo de tempo.

O tráfego deverá ser desviado da faixa a ser trabalhada (meia pista),


numa extensão mínima de 300m. A faixa deverá ser muito bem limpa, com vassouras
mecânicas ou manuais. Ao mesmo tempo será feita inspeção da faixa, para assinalar
qualquer trinca, fissura ou outros pequenos defeitos do pavimento, os quais deverão
ser corrigidos com a própria lama asfáltica aplicada por irrigadores manuais do tipo
bico de pato. No caso das faixas II e III, o preenchimento de fissuras e trincas deve
ser feito com LA executada manualmente, como segue:

– a mistura é realizada em betoneiras, derramada diretamente sobre a


pista e espalhada uniformemente por operários munidos de rodos e vassourões
apropriados.

4.3 Espalhamento da lama asfáltica

Uma vez preparada e sinalizada a pista, o equipamento será colocado


em posição, com a caixa distribuidora perfeitamente centrada em relação a faixa de
trabalho. Com a mangueira d’água do equipamento umedece-se toda a superfície do
pavimento, correspondente à área de distribuição da caixa, a fim de reduzir a avidez
do revestimento e retardar a penetração da emulsão. A partir do início da operação,
esse umedecimento é realizado pela barra espargidora do equipamento. Abrem-se
todas as comportas de alimentação dos agregados, emulsão, água e filer, de acordo
com o traço projetado e as tabelas de abertura do equipamento, acionando o “pugmill”
até produzir quantidade de massa suficiente à alimentação de toda a área interna da
caixa distribuidora.

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PAG. 08/15
Além do operador da máquina haverá um operário de cada lado da caixa,
munido de rodo de borracha, promovendo, quando necessário, uniformidade de
distribuição da massa dentro da caixa distribuidora.

Com velocidade uniforme, a mais reduzida possível, é dada a partida do


veículo e iniciada a operação. Em condições normais, a operação se processa com
bastante simplicidade. A maior preocupação requerida consiste em, da parte do
operador, observar a consistência da massa, abrindo ou fechando a alimentação
d’água, de modo a obter uma consistência uniforme e, da parte dos dois operários
auxiliares, em manter a caixa distribuidora uniformemente carregada de massa.

4.4 Limpeza e preservação do equipamento

Logo após a descarga completa do equipamento, a máquina será


retirada da pista e estacionada em local apropriado, para se proceder à sua
indispensável limpeza, antes que se inicie o rompimento da emulsão retida nas suas
diversas peças. As partes principais a serem limpas são a bomba de emulsão e as
borrachas neoprene da caixa distribuidora. A bomba de emulsão é facilmente limpa
com a introdução e circulação de pequena quantidade de óleo diesel.

As demais peças podem ser limpas com auxílio da mangueira d’água do


equipamento, desde que ainda não se tenha processado a quebra da emulsão.

Além dessa limpeza especial, que deverá ser realizada logo após cada
operação do equipamento, deverá haver uma limpeza geral, no final de cada dia de
serviço, a fim de garantir a preservação do equipamento.

4.5 Correção de falhas e compactação com rolo e ou tráfego

As possíveis falhas de execução, tais como escassez ou excesso de


massa, irregularidades na emenda de faixas etc., deverão ser corrigidas
imediatamente após a execução. A escassez é corrigida com adição de massa e os
excessos, com a retirada, por meio de rodos de madeira ou de borracha.

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PAG. 09/15
Após estas correções, a superfície áspera deixada será alisada com a
passagem suave de qualquer tecido espesso, umedecido com a própria massa, ou
com emulsão. Os sacos de aniagem são muito adequados para o acabamento final
dessas operações.

Cerca de duas a três horas após o espalhamento (30 minutos com


emulsão de ruptura controlada), quando a lama asfáltica tiver adquirido consistência
suficiente para não se deixar desagregar pela passagem de rolos ou de veículos, a
superfície tratada deve receber umas três coberturas (passadas no mesmo lugar) do
rolo pneumático ( 35 a 70psi ou 0,25 a 0,48MPa) e em seguida, entregue ao tráfego.
A critério da fiscalização poderá ser suprimida a rolagem e a superfície tratada ser
entregue imediatamente ao tráfego. Entretanto, como revestimento em estradas de
pequeno tráfego, a rolagem é obrigatória.

5 CONTROLE AMBIENTAL

A preservação do meio ambiente nos serviços de lama asfáltica envolve


a obtenção e aplicação de agregados pétreos areia e estoque de materiais asfálticos.

Deve-se adotar os cuidados seguintes:


a) É vedada a instalação de depósitos de material betuminoso próximo
a cursos d’água;
b) É vedado, também, o refugo de materiais já utilizados na faixa de
domínio e áreas lindeiras, ou qualquer outro lugar que possa causar prejuízo
ambiental:
1) A limpeza do equipamento de mistura e espalhamento deverá ser feita
com o veículo estacionado sobre um plástico com tamanho suficiente para recolher
todo material com asfalto das partes a serem levadas;
2) Os resíduos asfálticos resultante da limpeza do equipamento de
mistura e espalhamento deverão ser conduzidos para sumidouro em terreno de topo,
sem riscos de contaminação do lençol freático.

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PAG. 10/15
c) Na conclusão desta atividade, remover os depósitos de ligante e
desmobilizar com limpeza o canteiro de obras e as instalações industriais,
recompondo as áreas afetadas pelas atividades da construção

6. CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Materiais asfálticos (RL-1C – LA-1C – LA-2C – LA-E)


A condição essencial é que os materiais asfálticos empregados na lama
asfáltica tenham características satisfazendo a essa especificação e às
especificações complementares e particulares do projeto.

Em todo o carregamento de emulsão que chegar à obra será exigido o


respectivo certificado de fábrica, contendo os ensaios especificados pelas normas
ABNT P-EB 599 do anexo VI, que devem ser amplamente satisfatórios nos seguintes
ensaios:
 Viscosidade Saybolt Furol (MB-581);
 Peneiração (MB-609) (DNER-ME 005);
 Carga de partícula (NBR-6567), (DNER-ME 002);
 % de CAP residual (determinação do resíduo asfáltico por
evaporação).

Havendo indícios de má qualidade da emulsão asfáltica, deverão ser


realizados os ensaios citados para confrontar com os resultados do certificado de
fábrica.

A emulsão asfáltica que não atender as exigências especificadas não


poderão ser utilizadas na lama asfáltica.

6.2 Agregado e Água

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PAG. 11/15
A condição essencial é que o agregado empregado na lama asfáltica
seja limpo e atenda as exigências especificadas para durabilidade, resistência ao
desgaste por abrasão, equivalente de areia e granulometria.

A água para lama asfáltica deve ser limpa e aprovada pela fiscalização,
por inspeção visual de sua fonte.

6.2.1 Resistência a abrasão do agregado graúdo (DNER-ME 35)

O agregado graúdo (entre 12,7mm e 4,8mm) para lama asfáltica pode


ter um desgaste por abrasão (ensaio Los Angeles) de no máximo 50%.

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado.

Por ocasião da obra pode ser necessário se verificar o desgaste por


abrasão, no início do serviço para confirmar o resultado da pedreira do projeto, a
critério da fiscalização, ou no decorrer do serviço quando houver alteração na rocha
da pedreira ou quando mudar a pedreira.

O agregado graúdo que apresentar desgaste por abrasão superior ao


limite especificado não poderá ser utilizado na lama asfáltica.

6.2.2 Granulometria do filer artificial (DNER-ME 83)

A cada carregamento que chegar à obra será coletada uma amostra e


realizado o ensaio de granulometria, devendo obedecer às seguintes percentagens
mínimas passando:
PENEIRAS % PASSANDO
N° 4 (0,42mm) 100
N° 80 (0,18mm) 95
N° 200 (0,074mm) 65

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PAG. 12/15
O filer artificial que não atender a granulometria especificada será
rejeitado.

6.2.3 Equivalente de areia do agregado miúdo (DNER-ME 54)

A cada traço de lama asfáltica, prepara-se uma amostra da mistura seca


de agregados + filer artificial, obedecendo a composição do traço de execução e
realiza-se o ensaio de equivalente de areia com o agregado miúdo (passando na
peneira n° 4 – 4,8mm).

O ensaio de equivalente de areia deverá ser repetido a cada dia de


trabalho e a cada novo traço.

O equivalente de areia mínimo é de 40%.

Caso esta exigência especificada não seja atingida deve-se alterar as


proporções dos materiais do traço de execução, ou mudar de agregados.

Toda alteração na composição dos agregados + filer exige a execução


de novo ensaio WTAT para conferir o atendimento ao limite de perda máxima de
800g/m² em 1 hora.

6.2.4 Durabilidade (DNER-ME 89)

Quando o agregado pétreo é oriundo de rocha basáltica, diabásica ou


de natureza mineralógica sujeita a alterações sob a ação de uma solução de sulfato
de sódio ou de magnésio, em cinco ciclos, o projeto o submete ao ensaio de
durabilidade.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir o ensaio de


durabilidade para as rochas citadas, a título de conferência dos ensaios do projeto.

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PAG. 13/15
Havendo afetação das partículas superior a 12% por perda de peso,
fendilhamento, quebra, esmagamento ou laminagem a pedreira terá que ser
substituída.

6.3 Controle de execução da lama asfáltica

O controle de execução da lama asfáltica consta da conferência das


proporções dos agregados e do filer artificial na mistura, a água de molhagem, o teor
de emulsão, a taxa de espalhamento, a consistência da massa, a uniformidade do
espalhamento, a granulometria dos agregados + filer, a rolagem (se houver) e a
liberação ao tráfego.

O caminhão usina possui dois silos para agregados. Havendo 3


agregados, faz-se a mistura prévia de dois agregados afins. p/exemplo areia de campo
e areia de rio ou pedrisco e pó de pedra.

6.3.1 Controle do teor de CAP residual e da granulometria

A frequência deste controle é a cada 250m de meia pista (ou faixa de


espalhamento), com amostra coletada na caixa distribuidora do caminhão usina para
realização dos seguintes ensaios:

a) Teor de CAP residual (DNER-ME 53 – rotarex deixando-se a amostra


a 115 – 120°C por 24 horas ao invés de 1 hora).

A tolerância em relação ao teor de CAP residual do traço de execução é


de  0,3%.

b) Granulometria da mistura (DNER-ME 83)

Após a extração do asfalto, seca-se o material em estufa e procede-se


ao ensaio de granulometria, com as peneiras do item 2.3.

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PAG. 14/15
As tolerâncias passando da faixa de projeto do traço de execução são
as seguintes
PENEIRAS TOLERÂNCIAS DA FAIXA DE PROJETO
3/8" (9,5mm) a N° 8 (2,4mm)  8%
N° 10 (2,0mm) a N° 50 (0,31mm)  6%
N° 80 (0,18mm) a N° 200 (0,074mm)  3%

A amostra da mistura de agregado + filer deve atender


concomitantemente a faixa granulométrica do projeto do traço de execução e se
enquadrar na faixa do item 2.3 escolhida para a composição da mistura.

Caso não seja atendido o teor de CAP residual e/ou a granulometria da


mistura, o caminhão usina será paralisado para se proceder aos ajustes necessários,
não se aproveitando a mistura já produzida e não utilizada e para a lama asfáltica já
espalhada a fiscalização decidirá pelo arranchamento ou pela superposição de outra
camada, todos os ônus por conta do construtor.

6.4 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão do serviço sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo com
os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

O controle geométrico da lama asfáltica consiste em evitar o serviço em


superfície irregular, fazendo-se os reparos antes de sua aplicação.

8 MEDIÇÃO

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PAG. 15/15
A lama asfáltica será medida pela área efetivamente executada, em
metros quadrados, de acordo com o Projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, com base no teor de emulsão asfáltica do traço utilizado e da área de lama
asfáltica executada.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço contratual para a área de lama


asfáltica executada, medida conforme o item 8, estando nele incluído todos os custos
das fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos, ferramentas,
armazenamento e perdas de material betuminoso nos tanques de estocagem,
misturas, mão de obra, encargos, impostos, transportes, materiais, inclusive ligante
asfáltico, quando o mesmo não for fornecido pelo contratante e lucro.

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1 DEFINIÇÃO

Micro revestimento asfáltico a frio (MRAF) – consiste na mistura de


emulsão asfáltica modificada com polímeros, agregados minerais, material de
enchimento (filer) água e aditivos com consistência fluída, uniformemente espalhada
sobre uma superfície previamente preparada.

Opcionalmente poderão ser incorporadas fibras inorgânicas ou


orgânicas, tais como: fibra de vidro, fibra acrílica, fibra de poliester, fibra de
polipropileno etc, com a finalidade de se aumentar a flexibilidade e a resistência
mecânica a propagação de trincas do revestimento antigo.

O micro revestimento asfáltico à frio pode ser empregado como camada


de selagem, impermeabilização e rejuvenescimento ou como camada anti-derrapante
de pavimentos.

Não será permitida a execução dos serviços, objeto desta especificação,


em dias de chuva, ou quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10°C.

2 MATERIAIS

a. Ligante betuminoso

O ligante betuminoso será emulsão asfáltica RR-1C-E modificada com


polímeros elastoméricos tipo SBS, com ruptura controlada por aditivos.

2.2 Aditivos

Podem ser utilizados aditivos para acelerar ou retardar o processo de


ruptura da emulsão na execução do micro revestimento asfáltico à frio. O aditivo
utilizado deverá ser compatível com todos os componentes da mistura.

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2.3 Água

É responsável pela consistência inicial da mistura. Estará presente na


emulsão, poderá estar presente no agregado, ou ainda, ser introduzida no sistema de
acordo com o projeto da mistura. Deverá ser limpa, isenta de matéria orgânica, óleos
e outras substâncias prejudiciais a ruptura da emulsão asfáltica. Será empregada a
quantidade necessária a promover consistência adequada.

2.4 Agregados

O agregado de micro revestimento asfáltico a frio é constituído


geralmente de pedrisco britado entre as peneiras n° 4 (4,8mm) e n° 40 (0,42mm), pó
de pedra, areia ou outro indicado no projeto.

Por inspeção visual, os agregados deverão possuir partículas sãs, duras,


limpas, isentas de qualquer cobertura e de torrões de argila.

Deverão apresentar as seguintes características geotécnicas:

a) A resistência ao desgaste por abrasão Los Angeles: igual ou inferior


a 40% (DNER-ME-035) no agregado antes da sua britagem;
b) Durabilidade: perda inferior a 12% (DNER-ME-089) só para basaltos
e diabásios;
c) Equivalente de areia: igual ou superior a 55% (DNER-ME-054).

2.5 Filer

Deve ser constituído por materiais finamente divididos, tais como:


cimento Portland, cal hidratada, pó calcário, etc. Ao ser usado, deve estar seco, isento
de grumos e com a granulometria seguinte, sem nenhuma tolerância:

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% PASSANDO EM PESO
PENEIRA

Nº 40 100

Nº 80 95 – 100

Nº 200 65 – 100

3 MISTURA ASFÁLTICA

A mistura asfáltica do micro revestimento asfáltico à frio será realizada


com base nos ensaios recomendados pela “ISSA” – International Slurry Surfacing
Association”.

ISSA – TB-100 – “Wet Track Abrasion” – perda máxima para 1 hora – 500g/m² -
perda por abrasão em meio aquoso;
ISSA – TB-109 – “Loaded Wheel Tester e Sand Adhesion” – máximo – 538g/m²
excesso de asfalto por efeito de roda e adesão de areia;
ISSA – TB-114 – “Wet Stripping Test” – mínimo – 90% - adesão por molhagem.

3.1 Granulometria da Mistura (DNER-ME 83)

São adotadas as seguintes faixas granulométricas:

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Tabela 2 - ISSA A-143

Peneira de malha quadrada Porcentagem passando, em peso Tolerâncias


Faixas da faixa de
ASTM mm
I II III projeto

1/2" 12,7 - - 100 -


3/8” 9,5 100 100 85-100 ±5
Nº 4 4,8 90-100 70-90 60-87 ±5
Nº 8 2,36 65-90 45-70 40-60 ±5
Nº 16 1,18 45-70 28-50 28-45 ±5
Nº 30 0,60 30-50 19-34 19-34 ±5
Nº 50 0,30 18-30 12-25 14-25 ±5
Nº 100 0,15 10-21 7-18 8-17 ±5
Nº 200 0,074 5-15 5-15 4-8 ±3
Asfalto residual (% em peso do
7,5-13,5 6,5-12,0 5,5-7,5 -
agregado)

Filer (% em peso do agregado) 0-3 0-3 0-3 -

Polímero (% em peso do asfalto 3 mín. 3 mín. 3 mín. -


residual)
Taxa de aplicação (kg/m 2) 5-11 8-16 15-30 -

Espessura (mm) 4-15 6-20 12-37 -

Notas:

1) Quando devidamente justificadas, outras faixas granulométricas


poderão ser adotadas.
2) As tolerâncias constantes do quadro são permitidas desde que os
limites da faixa não sejam ultrapassados
3) Não serão aceitos agregados acima do tamanho nominal máximo,
fora da graduação da mistura. Tais materiais quando da distribuição
serão arrastados pela caixa distribuidora, gerando estrias
longitudinais que comprometem a qualidade e o acabamento do
serviço. Para tanto deverá ser instalada na obra, uma peneira com
malha correspondente ao diâmetro máximo de projeto, para através
de procedimento prévio eliminar esses agregados.

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4) Não se admite que a curva granulométrica varie do máximo passando
para o mínimo passando, ou vice versa faixa entre 2 peneiras
consecutivas.
Sugestão para o uso:
 Faixa I – para rodovia de tráfego leve;
 Faixas II e III – para rodovias de tráfego pesado, recuperações
funcionais, revestimentos fresados;
 A faixa III é usada como a 1ª camada de micro e para preenchimento
de depressões, trilhas de roda, devendo ser recoberta com faixa II;
 Há um ganho de qualidade significativo quando o micro revestimento
é aplicado em duas camadas, geralmente uma combinação das faixas III e II.

3.2 Características gerais da mistura

A dosagem adequada do micro revestimento asfáltico deve ser obtida


com base nos ensaios recomendados pela ISSA - International Slurry Surfacing
Association. Um ajuste de dosagem dos componentes do micro revestimento asfáltico
pode ser feito nas condições de campo, antes do início do serviço. Os métodos e
condições de dosagem são apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - Métodos e condições de dosagem

Características Método de ensaio Limites

Perda por abrasão em meio aquoso – uma hora de imersão NBR 14746 538 g/m², máximo
(WTAT)
Excesso de asfalto por efeito de roda e adesão de areia NBR 14841 538 g/m², máximo
(LWT)
Adesão por molhagem (adesividade) NBR 14757 90%, mínimo
Coesão por molhagem (30 minutos) NBR 14798 12 kg.cm, mínimo

Coesão por molhagem (60 minutos) NBR 14798 20 kg.cm, mínimo

Tempo de mistura, 25 ± 1° C NBR 14758 120 s, mínimo

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O traço deverá ser fornecido em peso, considerando-se a mistura seca,
indicando-se as percentagens em peso da água da mistura e da emulsão asfáltica
indicada.

A quantidade de água do traço poderá ser ajustada na pista para


adequar à trabalhabilidade.

4 EQUIPAMENTO

Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de
serviço. O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

 Equipamento de limpeza

Para a varredura da superfície a ser tratada é obrigado a disponibilidade


de vassouras mecânicas rotativas, o que não exclui o uso complementar de vassouras
manuais e de jatos de ar comprimido;

 Equipamento para mistura e espalhamento do micro revestimento.

O Caminhão deve ser equipado com:


a) Silo para agregado miúdo;
b) Silo de filer com alimentador automático;
c) Tanque d’água, munido de mangueira para espargimento d’água;
d) Depósitos separados de emulsão asfáltica e aditivos;
e) Sistema de circulação e alimentação de emulsão asfáltica ajustado
com o sistema de alimentação do agregado miúdo, de modo a
assegurar perfeito controle de traço;

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PAG. 07/14
f) Sistema misturador capaz de processar uma mistura uniforme e de
despejar a massa na caixa espalhadora em operação contínua, sem
processo de segregação;
g) Chassi – todo o conjunto descrito nos itens anteriores é montado
sobre um chassi móvel autopropulsor, ou atrelado a um cavalo
mecânico, ou trator de pneus;
h) Caixa distribuidora atrelado por correntes ao chassi, montada sobre
borracha tipo neoprene, que se apoia diretamente sobre a superfície
a tratar (pavimento), com largura regulável para o serviço em questão,
devendo ser suficientemente pesada para garantir uniformidade de
distribuição e bom acabamento;
i) Equipamentos manuais, tipo rodo, para correções de excesso e
escassez de micro revestimento.

5 EXECUÇÃO

Nas rodovias com tráfego, a aplicação do micro revestimento asfáltico à


frio exige uma sinalização muito eficiente. O tráfego deverá ser desviado da faixa a
ser trabalhada (meia pista), numa extensão mínima de 300m. A faixa deverá ser muito
bem limpa, com vassouras mecânicas ou manuais. Ao mesmo tempo será feita
inspeção da faixa, para assinalar qualquer trinca, fissura ou outros pequenos defeitos
do pavimento, os quais deverão ser corrigidos, antes da aplicação do micro
revestimento asfáltico à frio.

A aplicação do micro revestimento asfáltico à frio deve ser realizada a


velocidade constante, a mais reduzida possível, procurando-se observar a
consistência da massa, abrindo ou fechando a alimentação d’água, de modo a obter
uma consistência uniforme e manter a caixa distribuidora uniformemente carregada
de massa. Qualquer defeito de aplicação deverá ser corrigido de imediato.

A falha por escassez é corrigida com a adição de massa e a falha por


excesso com a retirada, utilizando-se rodos de madeira ou de borracha. Após as

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PAG. 08/14
correções a superfície deverá ser alisada com a passagem suave de um tecido
espesso, umedecido com emulsão ou com a própria massa.

Liberação ao tráfego – após a mistura na pista adquirir consistência


suficiente para não desagregar (cerca de 1 hora e meia após o espalhamento) pode-
se liberar o micro revestimento ao tráfego, com velocidade controladamente reduzida
por um período de 24 horas, que é suficiente para a total liberação ao tráfego.

Quando se verificar visualmente a necessidade de rolagem para a


estabilização da massa de micro revestimento, deve-se fazê-la com o uso de Rolo de
pneus com pressão uniforme de 60 psi (0,43 MPa)

6 PROTEÇÃO AMBIENTAL

A proteção ambiental referente aos serviços de micro revestimento


asfáltico à frio, envolve a obtenção e aplicação de agregado pétreo miúdo, areia,
estoque e aplicação de material betuminoso. Deve-se observar os seguintes cuidados:

6.1 Agregado

6.1.1 Quando for obtido mediante exploração de ocorrência indicada no


projeto, deverão ser considerados os seguintes cuidados:

6.1.1.1 Os agregados somente serão aceitos após a contratada


apresentar a licença para exploração da pedreira e/ou do areal
à supervisão ambiental, que arquivará cópia da licença junto ao
livro de ocorrências da obra;

6.1.1.2 Evitar a localização da pedreira e das instalações de britagem


em área de preservação ambiental;

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PAG. 09/14
6.1.1.3 Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a
minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e
possibilitar a recuperação ambiental após a retirada de todos os
materiais e equipamentos;

6.1.1.4 Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

6.1.1.5 Evitar que o pó de pedra produzido seja carreado para cursos


d`água;

6.1.1.6 Caso o agregado seja adquirido a terceiros, exigir a


documentação atestando a regularidade das instalações, bem
como sua aprovação junto ao órgão ambiental competente;

6.1.1.7 As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da


SOP-ES-T 02/00 – Caminhos de serviço e DER-ISA 02/96 –
Abertura de trilhas, caminhos de serviço e estradas de acesso.

6.2 Ligante asfáltico

6.2.1 O depósito de material asfáltico deve ser instalado em locais afastados


de curso d`água;

6.2.2 É vedado o refugo de materiais já usados na faixa de domínio e áreas


lindeiras, ou outros locais que possam causar prejuízos ambientais;

6.2.3 Na desmobilização desta atividade incluir a remoção dos depósitos de


ligante e efetuar a limpeza do canteiro de obras, recompondo a área afetada pelas
operações de construção/execução.

7 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Ligante Asfáltico

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PAG. 10/14
A condição essencial é que o ligante asfáltico indicado no micro
revestimento asfáltico a frio atenda a essa especificação e às especificações
complementares e particulares do projeto.

7.1.1 Emulsão asfáltica

A todo carregamento de emulsão RC-1C-E que chegar à obra será


exigido o respectivo certificado de fábrica, contendo os ensaios especificados
conforme a seguir:

 Ensaio de viscosidade Saybolt Furol (DNER-ME 004) (ABNT-NBR


14491) – Limites para RC-1C-E: mínimo = 20 sSF, máximo = 100 sSF;

 Ensaio de resíduo por destilação (ABNT-NBR 6568) – Limite para RC-


1C-E: mínimo 62% em peso;

 Ensaio de penetração para o resíduo (CAP) da emulsão (DNER-ME


003–Penetração: 100g; 5s; 25°C; 0,1mm) – Limites para RC-1C-E: Min.= 50 x 10-1mm;
Máx. = 100 x 10-1mm;

 Recuperação elástica para o resíduo (CAP) da emulsão asfáltica


polimerizada por SBS (DNER-ME 382 – 20cm; 25°C; %) – Limite para RC-1C-E
polimerizada: mínimo = 75%.

Havendo qualquer indício de má qualidade do ligante asfáltico, deverão


ser feitos os ensaios especificados para confrontar com os resultados do certificado
de fábrica.

A emulsão asfáltica que não atender os limites especificados não poderá


ser utilizada no serviço de MRAF.

7.1.2 Controle do teor de ligante (DNER-ME 53 – rotarex/soxhlet).

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PAG. 11/14
Em duas amostras por dia de trabalho, coletadas aleatoriamente na área
executada, faz-se o controle do teor de ligante por extração feita no aparelho rotarex
ou preferencialmente por refluxo no soxhlet.

A tolerância em relação ao teor indicado no projeto da mistura é de 


0,3%.

7.2 – Agregados e água

A condição essencial é que o agregado pétreo, antes da britagem,


atenda as exigências de resistência a abrasão (LA  40%) e de durabilidade (perda 
12%) e que o agregado miúdo (passando na peneira N° 4 – 4,8mm) satisfaça a
exigência de equivalente de areia (EA  55%).

A água para MRAF deve ser limpa e aprovada pela fiscalização, por
inspeção visual de sua fonte.

7.2.1 Resistência a abrasão do agregado pétreo (DNER-ME 35)

O projeto ao indicar a pedreira faz o ensaio Los Angeles para verificar o


desgaste por abrasão do agregado pétreo.

Por ocasião da obra, pode ser necessário se verificar o desgaste por


abrasão, no início do serviço, para confirmar o resultado da pedreira de projeto, a
critério da fiscalização ou, no decorrer do serviço quando houver alteração na rocha
da pedreira ou quando mudar de pedreira.

O agregado pétreo que apresentar desgaste por abrasão superior ao


limite especificado não poderá ser utilizado no MRAF.

7.2.2 Durabilidade (DNER-ME 89)

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PAG. 12/14
Quando o agregado pétreo é oriundo de rocha basáltica, diabásica ou
de natureza mineralógica sujeita a alterações sob a ação de uma solução de sulfato
de sódio ou de magnésio, em cinco ciclos, o projeto o submete ao ensaio de
durabilidade.

Durante a obra, a critério da fiscalização, pode-se repetir o ensaio de


durabilidade para as rochas citadas, a título de conferência dos ensaios do projeto.

Havendo afetação das partículas superior a 12%, por perda de peso,


fendilhamento, quebra, esmagamento ou laminagem a pedreira terá que ser
substituída.

7.2.3 Equivalente de areia (DNER-ME 54)

Para o agregado da composição da mistura passando na peneira n° 4


(4,8mm) o controle é feito através de 1 ensaio de EA por dia de trabalho. A amostra
é coletada nos silos, nas proporções da mistura de projeto, sem o filer artificial e o
equivalente de areia mínimo tolerado é de 55%.

7.2.4 Granulometria (DNER-ME 83)

São dois ensaios de granulometria por dia de trabalho. as amostras de


agregados + filer são provenientes da extração do ligante pelo rotarex ou soxhlet, após
serem secas em estufa, e ensaiadas nas peneiras da faixa granulométrica de projeto,
conforme tabela 2 – ISSA A – 143 do Item 3.1.

As duas amostras de agregados + filer devem atender à faixa de projeto


e as tolerâncias da faixa de projeto concomitantemente.

7.2.5 Controle de acabamento da superfície

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PAG. 13/14
O desempeno da superfície que receberá o MRAF deverá ser corrigido
antecipadamente, através de preenchimento de trilhas de roda, panelas, recalques,
etc.

O controle do acabamento da superfície tratada com micro revestimento


é visual, devendo-se observar a uniformidade da textura e se há escassez de massa.

7.2.6 Condição de aceitação ou rejeição dos serviços

Os serviços serão aceitos se forem atendidas todas as exigências do


controle tecnológico, em caso contrário o serviço será rejeitado, devendo a
fiscalização indicar a solução que poderá ser a aplicação de uma nova camada de
micro revestimento, após decorridos 24 horas da aplicação da camada não aprovada,
todos os ônus por conta do construtor.

7.3 – Textura de segurança

A textura de segurança do micro revestimento asfáltico a frio é medida


através do ensaio de mancha de areia (ASTM E 1845) realizado aleatoriamente em
pontos da superfície tratada.

A espessura de areia no ensaio será considerada com textura de


segurança quando estiver entre 0,3mm e 1,2mm.

7.4 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes a performance dos serviços de modo
que na conclusão do serviço sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo com
os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado pela construção.

8 MEDIÇÃO

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

MICRO REVESTIMENTO ASFÁLTICO A FRIO SOP-ES-P 19/19


PAG. 14/14

O micro revestimento asfáltico à Frio será medido pela área efetivamente


executada, em metros quadrados de acordo com o projeto.

O ligante asfáltico será medido pelo peso em toneladas efetivamente


aplicado, com base no teor de emulsão asfáltica do traço utilizado e da área de micro
revestimento asfáltico a frio executada.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço contratual para área executada,


medida conforme o item 8, estando nele incluído todos os custos das fases de
execução, tais como: utilização de equipamentos, veículos, ferramentas,
armazenamento e perdas de material asfáltico nos tanques de estocagem, misturas,
mão de obra, encargos, impostos, transportes, materiais, inclusive o ligante asfáltico,
quando o mesmo não for fornecido pelo contratante e lucro.

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RECICLAGEM DE REVESTIMENTO
ASFÁLTICO NO LOCAL SOP-ES-P 20/19
PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

A reciclagem de um revestimento asfáltico envelhecido e oxidado


compreende a operação de retirada parcial ou total do revestimento e reutilização do
mesmo, com adição de agente rejuvenescedor, objetivando reconstituir suas
características originais ou melhorá-las e atender aos alinhamentos, greide e seção
transversal do projeto.

No projeto será indicada a espessura a ser fresada com os teores do


agente rejuvenescedor e a incorporação ou não de novos agregados.

O processo da reciclagem poderá ser executado no local com


equipamento apropriado para esta finalidade e poderá ser feito a frio e/ou a quente.

Na reciclagem a frio utiliza-se um agente rejuvenescedor derivado do


petróleo, tendo como veículo uma emulsão asfáltica, preferencialmente de ruptura
lenta (RL). Na reciclagem a quente utiliza-se um agente rejuvenescedor à base de
hidrocarbonetos puros ou misturados com cimento asfáltico de petróleo (CAP).

O material asfáltico reciclado pode ser empregado como revestimento,


base, regularização ou reforço na restauração de pavimentos.

2 MATERIAL

Os materiais constituintes do revestimento reciclado no local são a


mistura asfáltica a reciclar, o agregado mineral adicional, o ligante betuminoso
adicional, material de enchimento (filer) e o agente de reciclagem, quando necessário,
os quais devem satisfazer estas especificações e as condições específicas do projeto.

a) Ligante asfáltico adicional

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RECICLAGEM DE REVESTIMENTO
ASFÁLTICO NO LOCAL SOP-ES-P 20/19
PAG. 02/07
O ligante asfáltico poderá ser cimento asfáltico de petróleo (CAP) para a
reciclagem à quente e emulsão asfáltica para a reciclagem a frio, puros ou misturados
com agente de reciclagem, satisfazendo as especificações e as condições indicadas
no projeto.

b) Agente de rejuvenescimento

Podem ser empregados agentes rejuvenescedores capazes de


recuperar o ligante da antiga mistura asfáltica a reciclar, restabelecendo suas
características físicas e químicas iguais ou próximas do ligante original, ou outro tipo
de ligante definido no projeto.

A quantidade a ser adicionada na mistura asfáltica a reciclar será


definida no projeto.

O agente de rejuvenescimento para reciclagem a quente é composto de


hidrocarbonetos, podendo ser empregados hidrocarbonetos puros ou misturados com
cimento asfáltico de petróleo (CAP) ao ser incorporado ao material fresado. Para
reciclagem a frio emprega-se a emulsão asfáltica preferencialmente de ruptura lenta
(RL).

c) Agregados

Os agregados adicionados na reciclagem devem obedecer às


especificações previstas para utilização de agregados nas misturas asfálticas em
função do tipo da mistura definida no projeto.

Os agregados adicionais devem apresentar boa adesividade ao ligante


betuminoso quando submetidos aos ensaios: DNER-ME 078 e DNER-ME 079
(adesividade de agregado graúdo e miúdo).

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RECICLAGEM DE REVESTIMENTO
ASFÁLTICO NO LOCAL SOP-ES-P 20/19
PAG. 03/07
d) Filer (material de enchimento)

Deve ser constituído por materiais finamente divididos, tais como,


cimento Portland, cal extinta, pó calcário, etc., que atendam a seguinte granulometria
(DNER –ME 083).
PENEIRA % MÍNIMA PASSANDO
N0 40 100
N0 80 95
N0 200 65

e) Revestimento asfáltico a reciclar

O revestimento asfáltico a reciclar é obtido da remoção a quente ou a


frio da camada asfáltica existente do pavimento.

f) Composição da mistura reciclada

A composição da mistura reciclada deve satisfazer as faixas


granulométricas previstas para a nova camada asfáltica, conforme projeto.

3 EQUIPAMENTO

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser


examinado e estar de acordo com esta especificação. Os equipamentos para
execução dos serviços de fresagem e reciclagem são os seguintes:

3.1 Equipamento para remoção da camada asfáltica

A camada asfáltica antes da reciclagem deverá ser removida por um dos


seguintes processos.

3.1.1 Por fresagem mecânica a quente

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RECICLAGEM DE REVESTIMENTO
ASFÁLTICO NO LOCAL SOP-ES-P 20/19
PAG. 04/07
A fresagem da camada asfáltica deverá ser feita por aquecimento a uma
temperatura suficiente e necessária para remoção com o emprego de dispositivo que
não provoque degradação ou oxidação do ligante residual;

3.1.2 Por fresagem mecânica a frio

A fresagem da camada asfáltica deverá ser feita com o emprego de


dispositivo capaz de efetuar o corte no revestimento asfáltico a reciclar de acordo com
a espessura indicada no projeto.

O equipamento para remoção do pavimento deverá ter dispositivo de


reciclagem compatível com a espessura da camada que será removida.

3.2 Equipamento para reciclagem

A reciclagem do revestimento asfáltico poderá será realizada no local


com equipamento apropriado para esta finalidade ou em usina móvel tipo rolo-
secador-misturador.

No equipamento para reciclagem ou na usina tipo rolo-secador-


misturador autopropelida, o material removido do pavimento será misturado com
agregado mineral ou mistura asfáltica adicional, ligante asfáltico adicional e, se
necessário, agente de reciclagem de acordo com o projeto.

3.3 Tanque para ligante asfáltico

O tanque de ligante asfáltico para a reciclagem a quente deverá possuir


dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas indicadas no projeto. O
aquecimento deverá ser feito através e dispositivos que evite qualquer
superaquecimento localizado. Deverá ser instalado sistema de recirculação para o

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RECICLAGEM DE REVESTIMENTO
ASFÁLTICO NO LOCAL SOP-ES-P 20/19
PAG. 05/07
ligante asfáltico, de modo a garantir a circulação contínua do depósito ao misturador
durante todo o período de operação.

3.4 Espalhamento

O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído


de pavimentadora automotriz acoplada ao conjunto de reciclagem da mistura, capaz
de espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamento previstos no
projeto.

3.5 Compactação

O equipamento para compactação será constituído por rolo pneumático


e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório. Os rolos pneumáticos
autopropelidos devem ser dotados de dispositivos que permitam a calibragem da
pressão variável dos pneus de 0,25MPa a 0,84MPa (25 a 120 psi).

O equipamento deverá ser suficiente para compactar o revestimento à


densidade do projeto, enquanto esta se encontra em condições de trabalhabilidade.

4 EXECUÇÃO

Deverá ser realizada pintura de ligação antes da aplicação da mistura


reciclada quando no processo da reciclagem a superfície do pavimento não foi
previamente aquecida para sua remoção.

As quantidades de agregados, ligante asfáltico e agente de reciclagem


a serem adicionados na mistura deverão estar de acordo com as especificações
estabelecidas no projeto.

As operações de execução obedecerão às especificações indicadas


para cada tipo de revestimento reciclado e aplicado, de acordo com o projeto.
376
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO
ASFÁLTICO NO LOCAL SOP-ES-P 20/19
PAG. 06/07
5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Para execução de revestimento asfáltico reciclado são necessários


trabalhos envolvendo a utilização de ligantes asfálticos e agregados, além da
operação de usina misturadora.

Os cuidados a serem observados para fins de proteção ambiental


envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque e a operação da usina,
conforme indicação de projeto.

Sendo assim, devem ser obedecidas todas as recomendações de


proteção ambiental referente aos serviços de revestimento, conforme as
especificações estabelecidas no projeto.

6 CONTROLE

6.1 Material

Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório e deverão


atender as especificações indicadas no projeto.

6.2 Execução

O controle de execução deve ser seguido de acordo com as


especificações para cada tipo de revestimento reciclado.

6.3 Controle geométrico e critérios de aceitação

Após a execução da reciclagem do revestimento asfáltico, proceder-se-


á ao controle geométrico com verificação final da qualidade do revestimento reciclado
envolvendo medida de espessura do revestimento, alinhamento do eixo e
bordos, acabamento da superfície e as condições de segurança do revestimento
reciclado.

377
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO
ASFÁLTICO NO LOCAL SOP-ES-P 20/19
PAG. 07/07
Os controles devem obedecer às especificações pertinentes para cada
tipo de revestimento reciclado, caso contrário não será aceito o serviço. Os serviços
rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7 MEDIÇÃO

O revestimento reciclado será medido pela área executada, em metros


quadrados, considerando-se a área efetivamente executada, distinguindo-se as faixas
de espessuras de fresagem projetadas.

O ligante asfáltico adicional será medido pelo peso em toneladas com


base no traço da mistura efetivamente executada.

O agente de reciclagem quando utilizado será medido pelo peso em


quilograma efetivamente de acordo com o projeto.

8 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para as


quantidades medidas conforme o item 7, estando nele incluído todos os custos das
fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, ferramentas, mão-de-obra,
encargos sociais, materiais, transportes, eventuais bem como a indenização de
materiais e lucro.

378
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

O revestimento asfáltico reciclado em usina fixa é composto de uma


mistura realizada em usina utilizando-se como agregado o material asfáltico removido
do pavimento existente, ligante asfáltico e agregados adicionais e, se necessário,
material de enchimento (filer) e agente de reciclagem misturado, espalhado e
compactado à quente e/ou à frio.

Na reciclagem à frio utiliza-se um agente rejuvenescedor derivado do


petróleo, tendo como veículo uma emulsão asfáltica, preferencialmente de ruptura
lenta (RL).

Na reciclagem à quente utiliza-se um agente rejuvenescedor a base de


hidrocarbonetos puros ou misturados com cimento asfáltico de petróleo (CAP).

O material reciclado pode ser empregado como revestimento, base,


regularização e reforço na restauração de pavimentos.

2 MATERIAL

Os materiais constituintes do revestimento reciclado em usina fixa são:


misturas asfálticas a reciclar, agregado mineral adicional, ligante asfáltico adicional,
material de enchimento (filer) e agente de reciclagem, quando necessário, os quais
devem satisfazer estas especificações e as condições específicas do projeto.

a) Ligante asfáltico adicional

O ligante asfáltico poderá ser cimento asfáltico de petróleo (CAP) para a


reciclagem à quente e emulsão asfáltica para a reciclagem a frio, puros ou misturados
com agente de reciclagem, satisfazendo as especificações e as condições indicadas
no projeto.

379
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 02/08
b) Agente de rejuvenescimento

Podem ser empregados agentes rejuvenescedores capazes de


recuperar o ligante da antiga mistura asfáltica a reciclar, restabelecendo suas
características físicas e químicas iguais ou próximas do ligante original, ou outro tipo
de ligante definido no projeto.

A quantidade a ser adicionada na mistura asfáltica a reciclar será


definida no projeto.

O agente de rejuvenescimento para reciclagem a quente é composto de


hidrocarbonetos, podendo ser empregado puro ou misturado com cimento asfáltico de
petróleo (CAP) ao ser incorporado ao material fresado. Para reciclagem a frio
emprega-se a emulsão asfáltica preferencialmente de ruptura lenta (RL).

c) Agregados

Os agregados graúdos e miúdo adicionados na reciclagem devem


obedecer às especificações previstas para utilização de agregados nas misturas
betuminosas em função do tipo da mistura definida no projeto.

O agregado graúdo pode ser brita e seixo rolado britados ou outro


material indicado nas especificações complementares. O agregado graúdo deve ser
constituído por fragmentos sãos, duráveis, livres de torrões de argila e das substâncias
nocivas e apresentar as seguintes características:
- desgaste Los Angeles igual ou inferior a 45% (DNER-ME 035)
- índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086)
- durabilidade, apresentar perda inferior a 12% (DNER-ME 089), para
basaltos e diabásios

380
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 03/08
-a granulometria dos agregados deve obedecer às faixas
granulométricas especificadas em função do tipo da mistura definida no
projeto.
O agregado miúdo pode ser areia, pó de pedra ou mistura de ambos.
Suas partículas individuais deverão ser resistentes e apresentar moderada
angulosidade, livres de torrões de argila, raízes e de substâncias nocivas. Deverá
ainda apresentar:

- equivalente de areia igual ou superior a 55% (DNER-ME 079)

d) Adesividade satisfatória

Os agregados graúdos e miúdo adicionais devem apresentar boa


adesividade ao ligante asfáltico quando submetidos aos ensaios: DNER-ME 078 e
DNER-ME 079 (Adesividade de Agregados Graúdos e Miúdos).

e) Filer (material de enchimento)

Deve ser constituído por materiais finamente divididos, tais como,


cimento portland, cal extinta, pós calcários, etc., que atendam a seguinte
granulometria (DNER –ME 083).
PENEIRA % MÍNIMA PASSANDO
N0 40 100
N0 80 95
N0 200 65

Quando da aplicação deverá estar seco e isento de grumos.

f) Revestimento asfáltico a reciclar

381
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RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 04/08
O revestimento asfáltico a reciclar é obtido da remoção a quente ou a
frio da camada asfáltica existente do pavimento.

g) Composição da mistura reciclada

A composição da mistura reciclada deve satisfazer as faixas


granulométricas previstas para cada tipo de revestimento reciclados, conforme
projeto.

3 EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser


examinado e estar de acordo com esta especificação. Os equipamentos para
execução dos serviços de fresagem e reciclagem são os seguintes:

3.1 Equipamento para remoção da camada asfáltica

A camada asfáltica antes da reciclagem deverá ser removida.

3.1.1 Por fresagem mecânica a quente

A fresagem da camada asfáltica deverá ser feita por aquecimento a uma


temperatura suficiente e necessária para remoção com o emprego de dispositivo que
não provoque degradação ou oxidação do ligante residual;

3.1.2 Por fresagem mecânica a frio

A fresagem da camada asfáltica deverá ser feita com o emprego de


dispositivo capaz de efetuar o corte no revestimento asfáltico a reciclar, de acordo
com a espessura indicada no projeto.

O equipamento para remoção do pavimento deverá ter dispositivo da


fresagem compatível com a espessura da camada que será removida.

382
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RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 05/08
3.2 Usina para reciclagem

A reciclagem de material asfáltico será feita em usina do tipo rolo-


secador-misturador ou poderá ser realizada no local, com equipamento apropriado
para esta finalidade.

Na usina o material asfáltico removido do pavimento será misturado com


agregado mineral adicional, ligante asfáltico adicional e, se necessário agente de
reciclagem, de acordo com o projeto.

A pulverização do revestimento asfáltico a reciclar se dá durante as


etapas do processo de fresagem e usinagem.

3.3 Tanque para ligante asfáltico

O tanque de ligante asfáltico para a reciclagem a quente deverá possuir


dispositivos capazes de aquecer o ligante nas temperaturas indicadas no projeto. O
aquecimento deverá ser feito através de dispositivos que evite qualquer
superaquecimento localizado. Deverá ser instalado sistema de recirculação para o
ligante betuminoso, de modo a garantir a circulação desembaraçada e contínua do
depósito ao misturador, durante todo o período de operação.

3.4 Espalhamento

O equipamento para espalhamento e acabamento deverá ser constituído


de pavimentadora automotriz tipo vibroacabadora, capaz de espalhar e conformar a
mistura no alinhamento, cotas e abaulamento previstos no projeto. No caso de base
o espalhamento pode ser feito com motoniveladora.

3.5 - Compactação

383
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 06/08
O equipamento para compactação será constituído por rolo pneumático
e rolo metálico liso, tipo tandem ou rolo vibratório. Os rolos pneumáticos
autopropelidos devem ser dotados de dispositivos que permitam a calibragem da
pressão variável dos pneus de 0,25MPa a 0,84MPa (25 a 120 psi).

O equipamento utilizado na compactação do revestimento reciclado


deverá ser suficiente para comprimir o revestimento à densidade do projeto, enquanto
este se encontrar em condições de trabalhabilidade.

4 EXECUÇÃO

Deverá ser realizada pintura de ligação antes da aplicação da mistura


reciclada, quando no processo da reciclagem a superfície do pavimento não foi
previamente aquecida para sua remoção.

As quantidades de agregados, ligante asfáltico e agente de reciclagem


a serem incorporados na mistura deverão estar de acordo com as especificações
estabelecidas no projeto.

As operações de execução obedecerão às especificações indicadas


para cada tipo de revestimento reciclado e aplicado, de acordo com o projeto.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Para execução de revestimento asfáltico reciclado são necessários


trabalhos envolvendo a utilização de ligantes betuminosos e agregados, além da
instalação de usina misturadora.

Os cuidados a serem observados para fins de proteção ambiental


envolvem a produção e aplicação de agregados, o estoque de ligantes e operação da
usina, conforme indicação de projeto.

384
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 07/08
Sendo assim, devem ser obedecidas todas as recomendações de
proteção ambiental referente aos serviços de revestimento, conforme as
especificações estabelecidas no projeto.

6 CONTROLE

6.1 Materiais

Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório e deverão


atender as especificações indicadas no projeto.

6.2 Execução

O controle de execução deve ser seguido de acordo com as


especificações para cada tipo de revestimento reciclado.

6.3 Controle geométrico e critérios de aceitação

Após a execução da reciclagem do revestimento asfáltico, proceder-se-


á ao controle geométrico com verificação final da qualidade do revestimento reciclado
envolvendo medida de espessura do revestimento, alinhamento do eixo e bordos,
acabamento da superfície e as condições de segurança do revestimento reciclado.

Os controles devem obedecer às especificações pertinentes para cada


tipo de revestimento reciclado, caso contrário não será aceito o serviço. Os serviços
rejeitados deverão ser corrigidos, complementados ou refeitos.

7 MEDIÇÃO

385
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

RECICLAGEM DE REVESTIMENTO ASFÁLTICO


EM USINA FIXA SOP-ES-P 21/19
PAG. 08/08
O revestimento reciclado será medido em m2, considerando-se a área
efetivamente executada, distinguindo-se as faixas de espessuras de fresagem
projetadas.

O ligante asfáltico adicional e o agente de rejuvenescimento serão


medidos pelo peso efetivamente utilizados, em toneladas e em quilogramas
respectivamente, conforme previsto no projeto.

8 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual de cada


quantidade medida conforme item 7, estando neles incluídos todos os custos das
fases de execução, tais como: utilização de equipamentos, ferramentas, mão-de-obra,
encargos sociais, materiais, estocagem, transportes, eventuais, bem como a
indenização de materiais e lucro.

386
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

FRESAGEM A FRIO DE REVESTIMENTO


ASFÁLTICO SOP-ES-P 22/19
PAG. 01/05
1 DEFINIÇÃO

Fresagem a frio é o serviço de corte ou desbaste de uma ou mais


camadas do revestimento asfáltico por meio de processo mecânico, sem qualquer pré-
aquecimento, tendo por finalidade a remoção previa de um revestimento com defeitos
para posterior execução de novo revestimento ou para permitir a reciclagem com
melhoramento de camadas do pavimento.

Ela geralmente é executada em revestimentos asfálticos com remendos,


em mau estado, áreas adjacentes a panelas, rupturas plásticas, corrugações, costelas
ou ondulações transversais, áreas com grande concentração de trincas e outros
defeitos.

2 MATERIAIS

Os materiais resultantes da fresagem podem ser destinados à


reciclagem ou à mistura com outros materiais ou depositados em locais de bota-fora
conforme a indicação do projeto.

3 EQUIPAMENTO

3.1 Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela fiscalização,


devendo receber a aprovação, sem o que não será dada a ordem de serviço. O
equipamento mínimo é o fixado em contrato.

3.2 Máquina fresadora

3.2.1 - Material permanente

A máquina fresadora deverá ter capacidade mecânica e dimensões que


permitam: a execução da fresagem de maneira uniforme; possua comando hidráulico

387
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

FRESAGEM A FRIO DE REVESTIMENTO


ASFÁLTICO SOP-ES-P 22/19
PAG. 02/05
que permita variações na espessura de fresagem; largura indicada no projeto (mínimo
0,20 e máximo 3,80m); capacidade de nivelamento automático para se ter a inclinação
transversal do projeto; dispositivo para a remoção do material fresado
simultaneamente à operação da fresagem; elevador do material para a caçamba do
caminhão basculante; aspersor de água para controlar a emissão de poeira. Os
dentes do tambor fresador devem ser cambiáveis e permitir que sejam extraídos e
montados por procedimentos simples, visando o controle da largura de corte.

3.2.2 Material de consumo

São também considerados como materiais de consumo da máquina


fresadora:
 Porta dente para fresadora;
 Apoio do porta dente p/fresadora;
 Dente p/fresadora

3.3 Caminhão basculante, com capacidade de 12 m³.

3.4 Caminhão tanque, com capacidade 6.00 litros.

3.5 Carregadeira de pneus, com potência de 111 HP.

4 EXECUÇÃO

A fresagem a frio é feita através de cortes por movimento rotativo


contínuo, seguido da elevação do material fresado para a caçamba do caminhão
basculante.

A profundidade ou espessura da fresagem é estabelecida no projeto.


Quando a camada a ser fresada tiver espessura variável e resultar placas instáveis
no fundo da fresagem, estas placas instáveis deverão ser removidas por processos

388
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

FRESAGEM A FRIO DE REVESTIMENTO


ASFÁLTICO SOP-ES-P 22/19
PAG. 03/05
manuais ou pelo aumento da profundidade de fresagem para eliminação desses
resíduos.
Quando o material fresado for destinado à reciclagem, toda área a ser
fresada deverá ter a sua superfície antecipadamente limpa por meio de varrição
mecânica.

Durante a fresagem deve ser mantida a operação de jateamento de água


para resfriamento dos dentes da fresadora e controle da emissão de poeira.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados a serem observados no serviço de fresagem são referentes


a segurança viária, estacionamento dos equipamentos e áreas de bota-foras dos
materiais não aproveitáveis.

5.1 A segurança viária envolve a sinalização de obra porque a fresagem é feita


geralmente conciliando-se o serviço com o tráfego usuário. É também obrigatório o
uso de EPI (equipamentos de proteção individual) pelos trabalhadores.

5.2 As áreas destinadas ao estacionamento dos equipamentos deverão se situar


fora da rodovia para não interferir com o tráfego e deverão ser tomados todos os
cuidados para que resíduos de lubrificantes ou combustíveis não sejam carreados
para cursos d’água.

5.3 Nos locais de bota-fora de materiais fresados, a área deverá ser regularizada
favorecendo a drenagem natural.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

No caso de reciclagem do material fresado, o controle será feito pela


limpeza prévia da superfície do revestimento para evitar contaminações indesejáveis.

389
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

FRESAGEM A FRIO DE REVESTIMENTO


ASFÁLTICO SOP-ES-P 22/19
PAG. 04/05
6.2 Controle de execução

6.2.1 Controle da superfície e da profundidade

A fresagem será controlada pela conferência das dimensões da área


indicada no projeto e pela profundidade ou espessura de fresagem, admitindo-se uma
variação de ± 10mm na espessura de projeto.

Se por qualquer motivo resultar placas instáveis do revestimento


asfáltico após a fresagem estas placas instáveis deverão ser removidas antes da
execução do novo revestimento.

6.2.2 Controle do desempeno e textura da superfície fresada

O desempeno da superfície é controlado visualmente, sendo


considerado satisfatório quando se observar caimento irregular.

A textura da superfície deverá ser uniforme, sendo que os sulcos não


podem ultrapassar 5mm.

6.2.3 Aceitação dos serviços

Os serviços de fresagem serão aceitos quando atenderem o desempeno


da superfície, a textura superficial, as dimensões da área e a profundidade ou
espessura do projeto.

7 MEDIÇÃO

A fresagem a frio do revestimento asfáltico é medida pelo volume (V) da


camada executada, em metros cúbicos, calculado conforme as dimensões do projeto.

390
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

FRESAGEM A FRIO DE REVESTIMENTO


ASFÁLTICO SOP-ES-P 22/19
PAG. 05/05
8 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para o volume de


revestimento fresado, medido conforme o item anterior estando nele incluído todos os
custos de execução, tais como equipamentos, veículos, ferramentas, mão de obra,
encargos, transporte, impostos, eventuais e lucro.

391
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 01/18
1 DEFINIÇÃO

Calçamento é a camada de um pavimento constituído de blocos de


pedra justapostos, cravados de topo por percussão e apoiados em colchão de areia
confinado lateralmente por peças prismáticas de pedra ou de concreto – tipo guia –
seu comportamento estrutural sendo definido como intertravado.

Considera-se nesta especificação apenas os blocos de pedra


reservando-se nomes especiais para outros tipos de materiais. O calçamento pode
ser:
– de pedra tosca, quando os blocos de pedra têm dimensões limitadas,
mas são de formas irregulares. É também chamado de calçamento
de pedra poliédrica irregular;

– de paralelepípedos, quando os blocos de pedra têm dimensões


limitadas e possuem formato de paralelepípedo retângulo.

Na estrutura de um pavimento o calçamento funciona geralmente como


revestimento ou como base (no caso de receber uma camada sobrejacente,
geralmente asfáltica). Mais raramente, o calçamento de pedra tosca pode funcionar
como uma sub-base. No caso de um bom subleito o calçamento sozinho pode
constituir o pavimento.

2 MATERIAIS

2.1 Rocha

A rocha deverá ser homogênea, sem fendilhamento, sem alterações,


possuir boas condições de dureza e de tenacidade e apresentar um desgaste Los
Angeles (DNER-ME 35) inferior a 40%.

As rochas graníticas são as mais apropriadas.

392
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 02/18
2.2 Blocos de pedra

As pedras toscas serão amarroadas de forma a apresentar uma face plana, que será
a face superior, e ter dimensões que possam se inscrever num círculo de 10 a 20cm
de diâmetro e tenham alturas variando entre 10 e 15cm.

Os paralelepípedos devem se aproximar o mais possível da forma


prevista, com faces sem saliências nem reentrâncias acentuadas e com arestas em
linhas retas perpendiculares entre si. Os limites das dimensões dos paralelepípedos
são os seguintes:

LARGURA (cm) COMPRIMENTO (cm) ALTURA (cm)


14 a 17 17 a 23 11 a 14

Observação: em média um milheiro de paralelepípedo cobre cerca de 30m 2, ou seja,


são precisas 33 peças por metro quadrado.

2.3 Guias

As guias de pedra ou de concreto simples devem ter as seguintes dimensões:


LARGURA (cm) COMPRIMENTO (cm) ALTURA (cm)
10 a 15 80 a 100 40 a 50

Quando a guia for de concreto simples, este deverá apresentar uma resistência
mínima aos vinte e oito dias de Rc  15 MPa e obedecer a especificação SOP-ES-
OAE 02/19 (concretos e argamassas) no tocante a materiais, equipamentos,
execução e controle.

Quando as guias são assentadas com face superior ao nível do meio-fio


elas são denominadas, meio-fio tipo guia. Quando essa face fica ao nível do
calçamento a guia é denominada de cordão.

393
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 03/18
2.4 Areia

A areia para o colchão, de onde os blocos de pedras serão apoiados,


poderá ser de rio ou de campo. Ela deverá ser constituída de partículas limpas, duras
e duráveis, apresentar índice de plasticidade nulo e ter a seguinte granulometria.

PENEIRA % PASSANDO
N0 4 (4,8mm) 100
N0 80 (0,16mm) 20 – 30
N0 200 (0,074mm) 2 – 12

Essa areia poderá ser empregada também no preenchimento de vazios


deixados pelas juntas entre os blocos de pedra.

3 EQUIPAMENTOS

Todo equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela


fiscalização, devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de
serviço. O equipamento é o fixado no contrato.
 Motoniveladora com potência suficiente para espalhar, destorroar,
misturar e homogeneizar o colchão de areia.
 Rolo Liso Metálico autopropulsor, com peso de 10 a 12 toneladas.
 Ferramentas Manuais: maço, martelo de calceteiro, ponteiro de
aço, pás, picaretas, carrinhos de mão, réguas, nível de pedreiro, colher de
pedreiro, cordel, vassouras.
 Caldeira para Cimento Asfáltico de Petróleo.

4 EXECUÇÃO

As obras de terraplenagem, de bueiros, de drenagem profunda e a


regularização e estabilização da camada que servirá de base do calçamento

394
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 04/18
(geralmente uma camada de solo obedecendo as especificações de sub-base, SOP-
ES-P 03/19) deverão estar concluídas.

a) Assentamento das Guias

A vala para assentamento das guias (ou cordões) deverá obedecer ao


alinhamento, perfil e dimensões estabelecidas no projeto. O fundo da vala deverá ser
apiloado e regularizado, deixando-o na cota desejada. Sobre o fundo da vala
regularizado será lançado um lastro com espessura de 10cm que poderá ser de brita
(diâmetro máximo = 19mm) ou de concreto magro (Rc28  10 MPa).

As guias serão assentes nas valas, sobre o lastro, com a face que não
apresente falhas para cima, obedecendo o alinhamento e as cotas do projeto. As guias
serão rejuntadas com argamassa de cimento e areia no traço 1:3.

O material escavado da vala deverá ser reposto e apiloado ao lado da


guia, após o assentamento da mesma. No caso de cordão o material da escavação
se constituirá bota-fora.

b) Colchão de areia

A areia, satisfazendo as especificações, deverá ser transportada em


caminhões basculantes, enleiradas na pista e espalhadas regularmente na área
contida pelas guias, devendo a camada de areia ficar com espessura de 7cm a 10cm.

c) Assentamento dos blocos de pedra

Tanto os blocos de pedras toscas como os paralelepípedos podem ser


transportados de caminhões basculantes ou de carroceria. Sua distribuição será feita
ao longo do intervalo a ser calçamentado, de preferência ao lado da pista. Caso tenha-
se que distribuí-los dentro da pista, faz-se em fileiras longitudinais (paralelas

395
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 05/18
ao eixo), interrompidas a cada 2,50m para permitir a implantação das linhas de
referência para o assentamento dos blocos de pedra.

Os blocos de pedra toscas e os de paralelepípedos serão assentes sobre


o colchão de areia em linhas perpendiculares ao eixo da pista, obedecendo as cotas
e abaulamentos do projeto. Em tangente, o abaulamento será feito por duas rampas,
opostas a partir do eixo, com declividade variando entre 3% e 4%, salvo outra
indicação do projeto. Nas curvas, a declividade transversal será a indicada pela
superelevação projetada.

As juntas de cada fiada de pedra deverão ser alternadas com relação às


das duas fiadas vizinhas de tal modo que cada junta fique em frente ao bloco de pedra,
no seu terço médio.

A colocação dos blocos de pedras deverá ser feita da seguinte maneira:

c.1 Para o calçamento de pedra tosca:

Pedras mestras – são as primeiras pedras assentes espaçadamente, de


conformidade com o greide e abaulamento transversal do projeto, destinadas a servir
de referência para o assentamento das demais pedras.

Inicialmente assentam-se cinco linhas de pedras mestras, paralelas ao


eixo da rodovia, nos seguintes locais: eixo da pista, bordo esquerdo, bordo direito,
meio da faixa de tráfego esquerda, meio da faixa de tráfego direita. Em cada linha as
pedras mestras são espaçadas de 2,50m uma das outras. A distância entre dois
alinhamentos de pedras mestras não deve ser superior a 2,50m. A cota de cada pedra
mestra, antes da compressão, deverá ficar 1cm acima da cota de projeto.

No assentamento das demais pedras, sempre em fileiras


perpendiculares ao eixo, deve-se proceder da seguinte maneira: o operário escolhe

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 06/18
a face de rolamento e, com o martelo, fixa a pedra no colchão de areia, com essa face
para cima. Após o assentamento da primeira pedra, assenta-se igualmente a
segunda, escolhendo-se convenientemente a face de rolamento e a face que vai
encostar na pedra já assentada. As pedras devem se tocar com suas vizinhas,
formando-se as juntas pelas irregularidades das duas faces, não podendo essas
juntas serem alinhadas nem exceder a 1,5cm para não reduzir o intertravamento.

As demais pedras serão assentes com os mesmos cuidados.

Como as pedras são irregulares, a boa qualidade do assentamento


depende muito da habilidade do calceteiro. Mesmo com os cuidados necessários,
sempre aparecerão juntas mais alargadas, devendo nestes casos serem preenchidas
(acunhadas) com pedras menores.

Igualmente às pedras mestras, as demais pedras antes da compressão


ficarão 1cm acima das cotas de projeto.

c.2 Para o calçamento de paralelepípedos

Inicialmente cravam-se três pares de ponteiros de aço, cada ponteiro


distanciado do seu par em no máximo 10 metros, nos seguintes alinhamentos de
referência: eixo da rodovia, bordo esquerdo e bordo direito do calçamento.

Marca-se com giz nestes ponteiros, as cotas superiores da camada de


acordo com o projeto. Distende-se fortemente cordéis longitudinais a rodovia entre
ponteiros do mesmo alinhamento. Transversalmente ao eixo, com uso de ponteiros
auxiliares, distende-se a cada 2,50m, ou menor se for necessário, cordéis do eixo para
cada bordo.

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 07/18
Colocada a rede de cordéis, inicia-se o assentamento da primeira fileira
de paralelepípedos, ao lado de um dos cordéis transversais. O paralelepípedo é
assentado sobre o colchão de areia, de modo que sua face superior fique cerca de
1cm acima do cordel, em seguida o calceteiro golpeia o paralelepípedo, o segundo
será colocado ao seu lado, tocando nos seus vizinhos, formando uma junta apenas
pelas irregularidades das faces dos paralelepípedos, sendo assentado igualmente ao
primeiro. A fileira deve progredir pelo alinhamento do cordel até encontrar a guia (ou
cordão) de confinamento. A segunda fileira deverá ser assente fazendo-se coincidir
as juntas entre pedras com o terço médio dos paralelepípedos da 1 a fileira, e assim
por diante, procurando-se tanto quanto possível fazer a coincidência das juntas entre
pedras das fileiras alternadas.

No encontro com as guias, o paralelepípedo de uma fileira deve ter


comprimento aproximadamente igual à metade do paralelepípedo da fileira vizinha.

As juntas longitudinais e transversais não poderão exceder a 1,5cm.

Nos trechos em curva com grande raio, deve-se manter as fileiras


normais ao eixo, jogando-se com os tamanhos das pedras e com a abertura das juntas
entre fileiras. Por exemplo: para uma pista de 7 metros de largura, curvas com raio
acima de 86m permitem esse procedimento sem que a junta ultrapasse 1,5cm de
largura.

Nos trechos em curva de pequeno raio, há necessidade de se produzir


algumas pedras com base de formato trapezoidal, conforme ilustração N0 3 adiante.

Consumo médio: 1 milheiro de pedras para 30m2 de calçamento em


paralelepípedo

d) Compressão

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PAG. 08/18
Tanto para o calçamento em pedras toscas como para o calçamento de
paralelepípedo, a compressão é feita com a utilização de rolo de cilindro metálico
autopropulsor, com peso entre 10 e 12 toneladas.

Antes da compressão com o rolo metálico, joga-se areia sobre o


calçamento, na quantidade suficiente para preencher as juntas e formar uma camada
sobre o calçamento de aproximadamente 2cm. Para ajudar no preenchimento das juntas
deve-se utilizar vassouras no espalhamento da areia de compressão. As pedras sob a
camada de areia devem ser batidas inicialmente com compactador manual tipo placa
vibratória ou com soquete manual tipo maço e em seguida passa-se rolo compressor,
começando-se pelo ponto de menor cota para o de maior cota na seção transversal.

Cada passada do rolo deve ser recoberta, na seguinte, em pelo menos


metade da largura rolada. O número de passadas, assim executadas, é de 3 vezes no
mínimo.

Terminada a compressão, o excesso de areia sobre o calçamento é


retirado com vassouras. Se o calçamento for receber um revestimento com mistura
asfáltica, além da varredura, deve-se lavar a pista com passadas rápidas do carro
pipa, antes da execução da pintura de ligação do calçamento com o revestimento.

e) Rejuntamento

O calçamento de pedra tosca é rejuntado simplesmente com areia.

O calçamento de paralelepípedos é rejuntado simplesmente com areia


ou com areia encimada com cimento asfáltico, nos últimos 3 a 4cm superiores das
juntas.

São utilizados os cimentos asfálticos de petróleo: CAP-30/45 ou CAP-50/70


(classificação por penetração) que são colocados a quente nas juntas, com auxílio de

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 09/18
regadores tipo bico de pato. A temperatura de aplicação varia com o tipo de CAP, mas
deve ser tal que proporcione ao ligante a viscosidade necessária à sua penetração nas
juntas dos paralelepípedos, sem falhas no seu enchimento.

f) Proteção e entrega ao tráfego

Durante todo período de construção e até a sua conclusão, deverão ser


construídas valetas provisórias e outras providências que desviem as enxurradas e
danos causados por águas de chuva.

Não será permitido o tráfego de veículos sobre o calçamento em


construção.

Entrega ao tráfego:

 calçamento em pedra tosca – logo após concluída a operação de


compressão;
 calçamento em paralelepípedos - quando o rejuntamento for feito
com areia, logo após concluída a operação de compressão;
 quando o rejuntamento for feito com cimento asfáltico, só após a
compressão e o completo endurecimento do material betuminoso.

g) Ilustrações

Os princípios para o assentamento dos blocos de pedra são os


seguintes:

 sua maior dimensão, o comprimento, deve ficar perpendicular à


direção do tráfego.
 a menor dimensão da pedra deve ser a sua altura.

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PAG. 10/18
Logicamente, as pedras especiais de acunhamento, cantoneiras, etc,
não estão obrigadas a obedecer a esses princípios.

Apresenta-se ao final dessa especificação seis ilustrações com


exemplos de assentamentos de pedras de calçamento em paralelepípedos, que com
menor rigor, devido as irregularidades das pedras, devem ser também seguidas no
assentamento dos Calçamentos de Pedra Tosca.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Os cuidados com a preservação do meio ambiente nos serviços de


calçamentos, envolvem a obtenção e aplicação de pedras poliédricas,
paralelepípedos e areia.

5.1 Pedras poliédricas / paralelepípedos

a) Somente serão aceitas as pedras poliédricas/paralelepípedos


mediante aprovação da licença ambiental para exploração da
pedreira;

b) Evitar a localização da pedreira e das instalações industriais de


obtenção dos materiais pétreos em área de preservação ambiental;

c) Planejar adequadamente a exploração da pedreira de modo a


minimizar os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a
recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e
equipamentos;

d) Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 11/18
e) Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, bem
como sua operação junto a órgão ambiental competente, quando o
material pétreo for fornecido por terceiros;

f) As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da SOP-


ES-T-02/18 e DERT-ISA 02/99 – Abertura de trilhas, caminhos de
serviços e estradas de acesso.
5.2 Areia

a) A areia somente será aceita após apresentação da licença ambiental


de exploração do areal;

b) Evitar a exploração do areal em área de preservação ambiental;

c) Planejar adequadamente a exploração do areal de modo a minimizar


os danos inevitáveis durante a exploração e possibilitar a
recuperação ambiental, após a retirada de todos os materiais e
equipamentos.

d) Não provocar queimadas como forma de desmatamento;

e) Exigir documentação atestando a regularidade das instalações, bem


como sua operação junto a órgão ambiental competente, quando a
areia for fornecida por terceiros;

f) As estradas de acesso deverão seguir as recomendações da SOP-


ES-T-02/18 e DERT-ISA 02/96 – Abertura de trilhas, caminhos de
serviços e estradas de acesso.

6 CONTROLE

6.1 Controle de Materiais

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 12/18
a) Areia

Dois ensaios de granulometria (DNER-ME 83), LL (DNER-ME 122) e IP


= LL - LP (DNER-ME 82) com amostra das primeiras carradas de areia que chegar na
pista. A areia que não obedecer às especificações será rejeitada, com ônus para a
construtora.

Repetir esses ensaios toda vez que mudar a fonte de areia, ou quando
houver mudança visual na areia da fonte em utilização.

Por inspeção visual, a fiscalização fará a rejeição da areia que


apresentar contaminações com materiais impróprios para o colchão de areia.

b) Blocos de pedras e guias

As dimensões dos blocos de pedra serão controladas visualmente e por


medições diretas com trena. Numa mesma fileira será tolerado no máximo 10% dos
blocos de pedras com qualquer das dimensões fora dos limites especificados.

As dimensões das guias serão controladas visualmente e por medições


diretas, com trena, nas peças suspeitas. As guias que não apresentarem as
dimensões, dentro dos limites especificados serão rejeitadas.

Por inspeção visual, a fiscalização fará a rejeição dos blocos de pedras


ou das guias que apresentarem depressões ou saliências acentuadas nas faces, ou
outra deformação prejudicial a qualidade do calçamento.

6.2 Controle de compressão


A rolagem com o rolo compressor só será suspensa após a constatação
visual da ausência de deformações ou acomodações, verificadas pelo
acompanhamento do rolo em duas passadas em toda área a ser liberada.

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PAG. 13/18
6.3 Controle geométrico

a) Alinhamento e perfil das guias

O alinhamento das guias será controlado com base no eixo locado da


rodovia e medidas a trenas em cada estaca, perpendiculares ao eixo.

O perfil das guias será controlado por nivelamento, com base na rede de
RN, nos pontos correspondentes a cada estaca.

Tolerâncias: para o alinhamento, e para o perfil das guias: serão


tolerados desvios máximos de 2cm em relação ao projeto.

b) Controle de espessura da camada

Será verificada após a compressão da camada e será controlada por


nivelamento do eixo e bordos, em cada estaca locada, antes e depois da execução
do calçamento.

Tolerâncias - para valores individuais de espessura, o intervalo (h – 2)


cm a (h + 4) cm, sendo h = espessura do projeto.
- para a espessura mínima estatística do segmento a ser controlado, hmin
 (h – 1,00) cm, calculando-se hmin pela seguinte fórmula:
1,29s
hmin  X - - 0,68s
N

 Xi
onde: X  e s   (Xi - X) 2 / N - 1
N

N = número de valores (N  9)

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 14/18
Não será tolerado nenhum valor individual de espessura fora do intervalo
especificado e de espessura mínima estatística inferior a espessura do projeto em
mais de 1cm.

O serviço não aprovado (NAP) será refeito.

7 MEDIÇÃO

A medição do calçamento em pedra tosca e do calçamento em


paralelepípedos (rejuntamento com areia ou com rejuntamento asfáltico) será feita
através da área executada, em metros quadrados, obedecendo a seção tipo do
projeto.

A medição das guias será feita através do comprimento executado, em


metros lineares.

8 PAGAMENTO

O calçamento de pedra tosca e o calçamento de paralelepípedos serão


pagos pelos preços contratuais para a execução do calçamento e para a execução da
guia, pelas quantidades medidas conforme o item 7.

Estão incluídos nos preços todos os custos da fase de execução, tais como:
utilização de equipamentos, veículos, ferramentas, custos de agregados, blocos de
pedra, guias, ligantes betuminosos, armazenamento, aquecimento, rejuntamento,
transportes dos materiais, mão de obra, encargos, eventuais e lucro.

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 15/18
9 ILUSTRAÇÕES

Ilustração Nº 1
Assentamento de Calçamento – Trecho em Tangente

Ilustração Nº 2
Assentamento de Calçamento – Entroncamento
Normal

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 16/18

DETALHE: PEDRAS ESPECIAIS DE


BASE TRAPEZOIDAL

Ilustração Nº 3
Assentamento de Calçamento – Trecho em Curva de
Pequeno Raio

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 17/18

DETALHE: INÍCIO DO
ASSENTAMENTO DO
QUADRADO CENTRAL

Ilustração Nº 4
Assentamento de Calçamento – Cruzamento Normal
de Vias

Ilustração Nº 5
Assentamento de Calçamento – Trecho com Alargamento
para Estacionamento

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CALÇAMENTOS SOP-ES-P 23/19


PAG. 18/18

DETALHE: INÍCIO DO
ASSENTAMENTO NO
LOSANGO CENTRAL

Ilustração Nº 6
Assentamento de Calçamento – Cruzamento Esconso
de Vias

Ilustração Nº 6
Assentamento de Calçamento – Cruzamento Esconso
de Vias

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BASE DE SOLO CIMENTO SOP-ES-P 24/19


PAG. 01/17
1 DEFINIÇÃO

Base de solo cimento (BSC) é a camada do pavimento asfáltico situada


imediatamente abaixo da camada de revestimento, constituída de uma mistura íntima
e compactada de solos selecionados, cimento e água em proporções previamente
determinadas em peso, por processo próprio de dosagem em laboratório.

2 MATERIAIS

2.1 Cimento Portland

Poderão ser usados o cimento Portland comum ou o cimento Portland


de alto forno que deverão obedecer respectivamente às exigências das normas da
ABNT 5732/91, NBR-5735/91 de recebimentos de cimentos comum e de alto forno.

2.2 Água

Deverá ser isenta de teores nocivos de: sais, ácidos, álcalis, matéria
orgânica e outras substâncias prejudiciais.

2.3 Solo

O solo ou mistura de solos empregados na execução de solo cimento


(BSC) serão provenientes de ocorrências de materiais, devendo apresentar as
seguintes características quando submetidos aos ensaios DNER-ME 080
(granulometria), DNER-ME 082 (LP) e DNER-ME 122 (LL):

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BASE DE SOLO CIMENTO SOP-ES-P 24/19


PAG. 02/17
 passando na peneira de 2” - 100% tolerâncias de projeto
 passando na peneira de n0 4 - 50 a 100%  5%
 passando na peneira de n0 40 - 15 a 100%  5%
 passando na peneira de n0 200 - 5 a 35%  5%
 limite de liquidez (LL), máximo - 40%
 limite de plasticidade (LP), máximo - 18%

2.4 Mistura de solo cimento

A mistura é dosada em peso, nas proporções do projeto, devendo


apresentar uma resistência à compressão diametral (DNER-ME 201/94) de no mínimo
2,1 MPa aos 7 (sete) dias de cura, em corpo de prova cilíndrico moldado conforme o
DNER-ME 202/94.

3 EQUIPAMENTO

3.1 Todo o equipamento deve ser cuidadosamente examinado pela fiscalização,


devendo receber a aprovação, sem o que não será dada ordem de serviço.

O equipamento mínimo é o fixado no contrato.

3.2 A usina de solos ou central de mistura deverá ser constituída essencialmente


do seguinte:

Silos – para os diversos componentes, inclusive o cimento, providos de


bocas de descarga e equipados com dispositivos que permitam
graduar o escoamento;

Transportadores de esteiras – que transportam os componentes da


mistura, já nas devidas proporções, até
a unidade misturadora;

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BASE DE SOLO CIMENTO SOP-ES-P 24/19


PAG. 03/17
Unidade misturadora transportadora – tipo “pug-mill”, constituído
usualmente de uma caixa
metálica tendo no seu
interior, como elementos
misturadores, dois eixos
que rodam em sentido
contrário, providos de
chapa em espiral ou de
pequenas chapas fixadas
em hastes, que, devido ao
seu movimento, forçam a
mistura íntima dos
materiais, ao mesmo tempo
que os faz avançar até a
saída da unidade;

Reservatório de água e canalização – que permitam armazenar e


espargir a água sobre o solo,
durante o processo de
mistura;

Unidade de carregamento – constituída de um silo abastecido por


transportadores de correia ou elevadores de canecas, e colocado de modo que o
caminhão transportador possa receber a mistura por gravidade.

Em suma, a usina de solos deve ser capaz de produzir uma mistura


homogênea de solos e cimento, no teor de umidade requerido, e de depositá-la sem
segregação no caminhão transportador. Deve-se exigir uma capacidade de produção
horária entre 150 a 500 toneladas.

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BASE DE SOLO CIMENTO SOP-ES-P 24/19


PAG. 04/17
3.3 Distribuidor de solos deve ser capaz de receber a mistura dos caminhões
basculantes e espalhá-la na pista, sem segregação e numa espessura constante tal
que, após a compactação, atenda ao dimensionamento da camada do projeto.

3.4 A motoniveladora deve ser suficientemente potente para destorroar, misturar e


homogeneizar misturas.

3.5 A grade de discos, rebocada por um conveniente trator de pneus deve ser capaz
de complementar os trabalhos de destorroamento, mistura e homogeneização do teor
de água iniciados pela motoniveladora. Poderão ser usados dispositivos tipo
“pulvimixer”. Como, também, poderão ser usadas enxadas rotativas (agrícolas).

3.6 Os caminhões distribuidores d’água deverão ter capacidade suficiente para


evitar o transtorno ocasionado por um número excessivo de unidades. Em qualquer
hipótese não será aceito uma unidade com capacidade menor que 4.000 litros.

3.7 Deverão ser usados os seguintes tipos de rolos compactadores: rolo liso
vibratório, pé-de-carneiro vibratório (pata-curta), pneumáticos e outros tipos
aprovados pela fiscalização. Os rolos compactadores deverão ter dimensões, forma e
peso adequados, de modo a se obter a massa específica aparente máxima prevista
para a mistura de projeto.

4 EXECUÇÃO

4.1 Mistura em central (usina de solos)

A mistura do solo, cimento e água nas proporções em peso indicadas no


projeto deverá ser preparada em centrais de mistura.

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BASE DE SOLO CIMENTO SOP-ES-P 24/19


PAG. 05/17
A uniformidade obtida na mistura em usinas é praticamente perfeita,
desde que se mantenha um controle rigoroso nas saídas dos silos, evitando variações
que possam afetar a uniformidade da mistura.

As centrais de mistura devem ser instaladas preferencialmente dentro


da própria jazida de solo, com objetivo de reduzir os custos de transporte inicial.

Todas as operações necessárias ao preparo da mistura final serão


processadas na central, restando apenas o transporte da mistura, já pronta, para a
pista, onde será espalhada de modo a conduzir a uma camada de espessura
constante, que, após a compactação atenda a espessura especificada no projeto.

O solo empregado na mistura, na usinagem, deverá sofrer um processo


de pulverização, exigindo-se que, excluído o material graúdo, no mínimo 80% em peso
do material miúdo estejam reduzidos a partículas de diâmetro inferior a 4,8mm
(peneira n0 4).

4.1.1 Transporte

A mistura é transportada em caminhões basculantes, da usina para


pista, tomando-se precaução para que não perca umidade, portanto, deve-se prever
um ligeiro excesso no teor de umidade em relação ao ótimo para compensar as perdas
por evaporação durante as operações de espalhamento e compactação.

4.1.2 Compactação

O tempo decorrido entre a mistura pronta na central e o início da


compactação não deve ser superior a 1 hora, a menos que, a critério do projeto,
comprovado por ensaios, seja verificada a inexistência de inconveniente na adoção
de tempo maior.

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BASE DE SOLO CIMENTO SOP-ES-P 24/19


PAG. 06/17
O equipamento de compactação deve satisfazer às condições exigidas
quanto ao tipo e peso, necessários à obtenção das massas específicas previstas para
a mistura de solo-cimento.

A operação de compactação deve se processar a partir das bordas para


o centro da pista, de modo que a faixa de execução seja uniformemente compactada
em toda a largura.

Preferencialmente, devem ser empregados os seguintes tipos de rolos


compactadores:

 rolo pneumático – para solos arenosos ou pouco argilosos e para


acabamento;
 rolo pé-de-carneiro vibratório (pata-curta) – para solos argilosos início
de compactação e término com os rolos liso vibratório.
 rolo pneumático – usado para acabamentos.

Quando iniciada por rolo pé de carneiro, a operação de compactação


deve ser conduzida de modo que a espessura a ser compactada na fase final, pelos
rolos pneumáticos ou lisos, seja a maior possível, nunca com menos que 5cm, após
a compactação.

Na fase final de compactação o solo-cimento deve ser mantido na


umidade ótima, ou ligeiramente acima, recorrendo-se a pequenas adições de água,
se preciso for, e procedendo nova homogeneização com equipamento adequado.

O grau de compactação deverá ser no mínimo, 100% em relação à


massa específica aparente seca, máxima, obtida no ensaio DNER-ME 216
(determinação da relação entre o teor de umidade e a massa específica aparente).

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PAG. 07/17
A mistura de solo-cimento deverá apresentar o valor mínimo de 2,1 MPa
para a resistência à compressão aos 7 (sete dias – DNER-ME 201), em corpos de
prova moldados segundo o prescrito no método DNER-ME 202. O valor da resistência
à compressão referido é um valor mínimo, devendo-se obter na dosagem um valor
médio que conduza aquele resultado durante a fase de execução, tendo em vista a
dispersão encontrada.

4.1.3 Acabamento

A operação deve ser executada imediatamente após a compactação


com o uso de motoniveladora e rolo compactador pneumático, que darão a
conformação geométrica longitudinal e transversal da plataforma, de acordo com o
projeto.

Essa operação deve ser obtida por corte, de modo a eliminar eventuais
saliências. Todo o material cortado será removido para fora da pista. Não é permitido
adicionar material para correção da superfície, que na fase final de compactação deve
encontrar-se dentro das tolerâncias especificadas.

4.1.4 Proteção e cura

Todo o trecho, logo que concluído o acabamento, de acordo com estas


especificações, será submetido a um processo de cura, devendo para este fim ser
protegido contra a perda rápida de umidade durante período de, pelo menos, sete
dias, pela aplicação de qualquer um dos seguintes processos:

 Cobertura da pista pela aplicação de uma camada de areia, capim,


ou de outro material, conforme indicado no projeto, a ser mantida
úmida durante 7 (sete) dias;
 Pintura asfáltica que, garanta a formação de uma película
impermeável capaz de reter a umidade durante a fase de cura. Esta
aplicação deverá ser usada de acordo com a SOP-ES-P 10. Esta

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BASE DE SOLO CIMENTO SOP-ES-P 24/19


PAG. 08/17

pintura só poderá ser usada como pintura de ligação se, por ocasião
da aplicação do revestimento asfáltico, se encontrar em condições
de cumprir os requisitos necessários e livre de pó ou material
estranho.

Não será permitido o trânsito de equipamentos pesados sobre os


segmentos recém-concluídos, excluem-se os veículos de pneus para transporte de

água ou cimento, e outros, cujo trânsito será permitido desde que a superfície tenha
endurecido suficientemente, de modo a evitar danos.

Os segmentos concluídos serão abertos ao tráfego, transcorrido o


período de no mínimo sete dias de cura, e uma vez testado que a superfície endureceu
suficientemente.

4.2 Mistura na pista

No caso de utilização do solo do próprio subleito ou material importado


espalhado no subleito, com mistura na pista, deverão ser obedecidas as seguintes
etapas de execução:

 Preparo da faixa

Antes de iniciar a operação de construção devem estar concluídos todos


os trabalhos de drenagem, dentro das exigências do projeto. As ocorrências de
materiais inadequados, devem ser removidos e substituídos por material de boas
características, devidamente indicado no projeto.

 Pulverização e homogeneização do solo local ou importado

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PAG. 09/17
No processo de pulverização e homogeneização exige-se que, no
mínimo, 80% em peso do material miúdo seja reduzido a partículas de diâmetro
inferior a 4,8mm (peneira n0 4).

 Distribuição de cimento

O cimento deve ser distribuído uniformemente na superfície, em toda a


largura da faixa e na espessura indicada pelo cálculo, segundo o teor especificado
pelo projeto.

A partir do espalhamento do cimento, todas as operações até o


acabamento deverão estar concluídas no máximo dentro de 6 (seis) horas.

Quando se empregar a distribuição em sacos, ela é feita colocando-os


em posição equidistante, de modo a permitir espalhamento uniforme, quando se
utilizar a distribuição a granel, por processo mecânico, o equipamento deve ser aferido
e aprovado pela fiscalização.

Enquanto a operação de mistura estiver em processamento, nenhum


equipamento, exceto os que operam nessa fase, poderá trafegar sobre o solo-
cimento.

Imediatamente após a distribuição, o cimento será misturado ao solo


pulverizado em toda a espessura da camada. A mistura será repetida continuamente
pelo tempo necessário para assegurar completa, uniforme e íntima mistura do solo
com o cimento, até que seja conseguida tonalidade uniforme em toda extensão.

 Umedecimento

Considerada satisfatória a mistura seca, é então iniciada a incorporação


da água, até atingir a umidade ótima, obedecendo as seguintes recomendações:

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- A adição de água deverá ser feita progressivamente, não sendo
aconselhável que em cada passada do carro pipa o teor de umidade
do solo aumente mais de 2%. A cada aplicação de água, deve-se
proceder de imediato a operação de envolvimento para evitar
acúmulo na superfície;
- Esta operação deverá ser feita sem interrupção e a incorporação
completa da quantidade total de água deverá estar concluída, no
máximo, dentro de 3 horas;
- De acordo com as condições do tempo deve-se prever um ligeiro
excesso no teor de umidade em relação ao ótimo, para compensar
as perdas por evaporação durante as operações de misturas e
compactação.

 Compactação, proteção, cura e acabamento

Todas essas etapas de execução são idênticas as referidas para o caso


de mistura utilizando-se central de mistura.

4.3 Juntas de Emenda de Jornadas

Ao final de cada jornada de trabalho, ou na interrupção dos serviços,


deve-se deixar a face final de topo verticalizada, mediante corte transversal na
camada com equipamento apropriado.

As juntas de dois panos adjacentes devem ser desencontradas e não


coincidir com juntas de camadas inferiores.

A área da junta deve ser compactada transversalmente ao eixo da pista.

Ao se dar continuidade à camada, deve-se umedecer a face da junta


antes da colocação da camada subsequente.

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5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As recomendações a serem observadas visando a proteção ambiental,


no decorrer das etapas destinadas à execução da camada de base de solo-cimento
são as seguintes:

5.1 Na exploração de jazidas

Deve ser evitada a localização de jazidas em áreas de boa aptidão


agrícola, bem como é proibida em reservas florestais, ecológicas ou de preservação
ambiental, ou mesmo nas proximidades quando houver perigo de danos a estas
áreas.

As áreas das jazidas, após a escavação, deverão ser reconformadas


com abrandamento de taludes, de modo a reincorporá-las ao relevo natural. Esta
operação deve ser sequenciada pelo espalhamento dos solos orgânicos, que poderão
ser provenientes dos refugos do desmatamento da própria jazida ou da faixa de
domínio, previamente estocados.

Disciplinar o trânsito de veículos de serviço e equipamentos para evitar


a formação de trilhas desnecessárias e que acarretam a destruição da vegetação.

5.2 Na Execução

Nas Etapas de execução devem ser atendidas as seguintes


recomendações:
 Proibir o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo
estradal para evitar danos desnecessários à vegetação e
interferências no sistema de drenagem;

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PAG. 12/17
 Evitar por ocasião dos serviços de manutenção dos equipamentos
que os resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis e outros materiais
provoquem poluição dos cursos d’água.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Materiais

A condição essencial é que os materiais empregados na base de solo


cimento tenham características satisfazendo a esta especificação e às especificações
complementares e particulares adotadas no projeto.

6.1.1 Cimento Portland

O cimento Portland pode ser adquirido em sacos ou a granel. No primeiro


caso o fiscal de usina fará um exame visual em todos os sacos que chegarem ao
canteiro da obra, armazenando-os em lugar abrigado, sobre um piso de madeira, em
pilhas de no máximo 10 sacos. No caso a granel o cimento será transportado em
caminhões especiais dotados de equipamento para carga e descarga, sendo
armazenado junto à usina em silos especiais que possam alimentar o silo dosador da
usina através de tubulação hermética.

Em quaisquer dos casos, havendo suspeição sobre a qualidade do


cimento, serão colhidas amostras para ensaios de cimento em laboratórios
especializados. Os resultados das observações do fiscal de usina e dos ensaios de
laboratório serão comparados com a NBR-5732 (cimento Portland comum) e da NBR
5735 (para o cimento de alto forno). Deverão ser executados na obra ensaios de
determinação da finura (ABNT, NBR 7224 – Blaine), a fim de verificar se o cimento
não está empedrado. Deve ser feito um ensaio por dia de trabalho ou sempre que
houver dúvida sobre a sanidade do cimento.

6.1.2 Solos
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PAG. 13/17
Os solos a serem empregados na confecção da mistura solo-cimento,
tanto na mistura em usina quanto na pista, deverão ser analisados através dos ensaios
de caracterização (DNER-ME 080 – Granulometria; DNER-ME 082 – LP e DNER-ME
122 – LL) com o objetivo de verificar se estão de acordo com o projeto de mistura e
as tolerâncias especificadas para cada ensaio.

6.1.3 Água

A água deve ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis e


matéria orgânica.

O controle da água será visual, em caso de dúvida, a água deve ser


analisada quanto a composição química.

6.2 Controle de Execução

6.2.1 Mistura de Solo-Cimento

Tanto na mistura de usina quanto na pista deverão ser analisadas de


uma maneira aleatória:

- Antes da aplicação do cimento

Verificação do grau de pulverização do solo através de peneiramento na


peneira n0 4 com exclusão do material graúdo (acima da peneira 3/8”).

- Depois da adição do cimento

 Verificação da quantidade do cimento adicionado (por peso ou


volume);
 Ensaio de compactação para cada determinação da massa
específica aparente máxima – DNER-ME 216;

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PAG. 14/17

 Determinação do teor de umidade depois da adição da água e


homogeneização da mistura (DNER-ME 052 – Umidade pelo
speedy ou DNER-ME 088 - Álcool).

6.2.2 Compactação da mistura de solo-cimento na pista

Tanto para mistura usinada e mistura na pista são verificadas


aleatoriamente:

- Imediatamente antes da compactação


 Verificação da umidade da mistura (DNER-ME 052 ou DNER-ME
088) quando necessário;
 Ensaios de compactação e moldagem de corpos de prova
cilíndricos para determinação da resistência a compressão
simples, após 7 (sete) dias de cura (DNER-ME 201 – Compressão
axial de CP e DNER-ME 202 – Moldagem e cura de CP) com
material coletado na pista.

- Após a Compactação
Determinação da massa específica aparente “in situ” na pista
compactada para o cálculo do grau de compactação – GC (DNER-ME 092 –
Densidade in situ/frasco de areia).

O grau de compactação, (GC) deverá ser igual ou superior a 100%.

Este valor é obtido comparando-se com a massa específica aparente in


situ na pista e a massa específica aparente seca de laboratório.

O número de ensaios para verificação do grau de compactação será


executado a cada 100m de pista, na ordem: bordo direito – eixo – bordo esquerdo –
bordo direito, etc., a 40cm do bordo da plataforma de base.

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PAG. 15/17
Para que um certo segmento de base de solo-cimento seja considerado
aprovado (AP) é necessário que em todos os seus “N” pontos ensaiados tenha-se GC
 100%. Em caso contrário o segmento é considerado não aprovado (NAP), não sendo
liberado a execução da camada sobrejacente. Nesse caso, o engenheiro fiscal
mandará repetir os ensaios e, continuando a desaprovação dever-se-á escarificar e
recompactar a extensão de influência de cada ponto considerado deficiente, todos os
ônus por conta da construtora.

Após a obtenção de cada N = 9 resultados, calcular-se-á o desvio

padrão - s   (XI - X) / N - 1 , considerando-se a compactação homogênea


2

se s  1,6 .

Se após cada conjunto de N = 9 resultados, consecutivos, a inequação


acima não for satisfeita, o engenheiro fiscal paralisará o serviço de compactação e
procederá a um minucioso exame dos equipamentos e da técnica de execução
empregadas, tomando então as medidas julgadas cabíveis.

6.3 Critérios de aceitação

- Os valores dos ensaios de caracterização do cimento, dos solos e


da água deverão estar de acordo com esta especificação e com o
projeto.

- A análise dos resultados de controle do material da execução da


base de solo-cimento deverá atender ao seguinte:

 Para os ensaios de granulometria, limite de liquidez e índice de


plasticidade do solo antes da adição do cimento, no qual são
especificadas faixas de valores mínimos e máximos, com as
respectivas tolerâncias, deve-se verificar as seguintes fórmulas:

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PAG. 16/17
1,29s  Xi
Xmin  X - - 0,68s onde X -
N N

1,29s
X máx  X   0,68s , s   (Xi - X)2 / N - 1
N
sendo:
Xi = valores individuais
X = média da amostra
s = desvio padrão da amostra
N  9 (número de ensaios)

Observação: na pista serão colhidas amostras para os ensaios de


GR, LL e IP com espaçamento máximo de 300m.

Para os ensaios e determinação do grau de compactação e da


resistência a compressão simples de corpos de prova moldados na pista e curados
após 7 (sete) dias da mistura solo-cimento, em que é especificado um valor mínimo a
ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:

1,29s  Xi
Xmin  X - - 0,68s onde X - e
N N

s   (Xi - X)2 / N - 1

Não sendo tolerado nenhum valor individual fora do intervalo


especificado, portanto os serviços rejeitados deverão ser corrigidos,
complementados ou refeitos.

Os resultados do controle estatístico deverão ser registrados em


relatórios de acompanhamento de serviços.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

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PAG. 17/17
7.1 Controle geométrico

Após a execução da camada de base de solo-cimento, proceder-se-á a


relocação e o nivelamento do eixo e dos bordos que deverão ser comparadas com as
cotas do projeto, obedecendo-se as tolerâncias seguintes:

  10cm, quanto a largura da plataforma;


 até 20% em excesso, para a flecha de abaulamento, não se
tolerando falta;
 10%, quanto a espessura do projeto.

No caso de rodovia com mais de duas faixas de tráfego, o controle


geométrico da base de solo-cimento será feito nos bordos de cada faixa de tráfego.

8 MEDIÇÃO

A base de solo-cimento será medida pelo volume em metros cúbicos de


material compactado na pista, conforme a seção transversal do projeto.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelo preço contratual para o volume


compactado da camada de solo-cimento, medido conforme o critério de medição,
estando nele incluídos todas as operações de limpeza e expurgo de ocorrências e
materiais, escavações, fornecimento de materiais, transportes, estocagem de
materiais, operações referentes a central de mistura, operações referentes a mistura
na pista, quando especificada, compactação, cura, acabamento, proteção da base,
mão de obra, encargos sociais, impostos, taxas, lucros e eventuais.

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REVESTIMENTO DE BLOCOS INTERTRAVADOS SOP-ES-P 25/19


PAG. 01/19
1 DEFINIÇÃO

O revestimento de blocos intertravados é composto por peças de


concreto, assentadas sobre uma camada de areia e travadas entre si por contenções
laterais confinantes.

O intertravamento é a capacidade que os blocos de concreto adquirem


de resistir a movimentos de deslocamento individual, seja ele no sentido vertical,
horizontal ou de rotação em relação aos blocos vizinhos. O intertravamento é a base
para o bom desempenho e a durabilidade do revestimento de blocos de concreto.

Para ocorrer o intertravamento são necessários contenção lateral e


juntas preenchidas com areia. A contenção lateral é feita geralmente por meios fios
tipo guia, com largura de 10 a 15cm, comprimento de 80 a 100cm e altura ou
profundidade de 40 a 50cm.

O revestimento de blocos de concreto intertravados é apropriado para o


tráfego de veículos dotados de pneumáticos. Quando este revestimento integra um
pavimento com base e sub-base, o conjunto tem o comportamento de um pavimento
flexível.

2 MATERIAIS

2.1 Blocos de concreto

O concreto dos blocos é constituído de cimento Portland, agregados e


água, sendo permitido o uso de aditivos e pigmentos.

Os agregados podem ser naturais, industriais ou reciclados, devendo


obedecer a norma ABNT-NBR 7.211/2009 (agregado para concreto).

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REVESTIMENTO DE BLOCOS INTERTRAVADOS SOP-ES-P 25/19


PAG. 02/19
A água deve obedecer a norma ABNT-NBR 15.900-1/2009 (água para
amassamento do concreto).

A resistência característica à compressão aos 28 dias do concreto dos


blocos, determinada conforme a norma ABNT-NBR 9780/2013 (peças de concreto
para pavimentação – Determinação da resistência à compressão), deve atender ao
especificado na tabela a seguir.

fck aos 28 dias


SOLICITAÇÃO
(MPa)
Tráfego de veículos leves e veículos comerciais  35
em rodovias sem grandes esforços tangenciais (Espessura do
oriundos de curvas e rampas acentuadas e com bloco = 8cm)
número N x10 6
Tráfego de veículos leves e veículos comerciais  50
em rodovias com grandes esforços tangenciais (Espessura do
ou com 5 x 106  Número N  5 x 107 bloco = 10cm)

a. Forma e dimensões dos blocos

Os blocos de concreto intertravados são vendidos no mercado com


dimensões e formas retangulares variadas ou do tipo com 16 faces, mas com a maior
dimensão, o comprimento, não passando de 25cm, a largura mínima é de 9,7cm e
para rodovias as espessuras são de 8cm e 10cm.

São fabricadas também peças complementares, necessárias para


preencher as frações da paginação na superfície do revestimento, junto ao meio fio
confinante.

b. Espaçador de junta

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REVESTIMENTO DE BLOCOS INTERTRAVADOS SOP-ES-P 25/19


PAG. 03/19
São saliências laterais de 3mm incorporadas à peça de concreto, no
momento de sua fabricação, para promover a uniformidade da espessura das juntas
entre os blocos.

2.2 Areia de assentamento e selagem

A areia de assentamento e a de selagem são de mesma faixa


granulométrica, sendo constituída de uma mistura de areia média, entre as peneiras
N° 10 (2,0mm) e N° 40 (0,42mm) e de areia fina, entre as peneiras N° 40 (0,42mm) e
N° 200 (0,074mm). Quando não houver disponibilidade de areia, poderá ser utilizado
produtos de britagem com as mesmas granulometrias, sempre como uma segunda
opção.

A faixa granulométrica do material do colchão e de selagem é a seguinte:


PENEIRAS % PASSANDO
N° 4 (4,8 mm) 100
N° 10 (2,0 mm) 90 a 100
N° 40 (0,42 mm) 40 a 60
N° 200 (0,074mm) 0 a 10

Para evitar a presença de grãos maiores que 4,8mm, a areia (ou pó de


pedra) poderá carecer de um peneiramento em tela industrial com abertura da malha
da peneira N° 4.

2.3 – Meio fio tipo guia

O meio fio tipo guia é feito de concreto pré-moldado, com resistência à


compressão aos 28 dias de fck = 25 MPa. O meio fio pode ser enterrado até o nível
do revestimento intertravado, é chamado de “cordão”, ou pode ficar com 15cm acima
do nível do revestimento, para funcionar como banqueta de drenagem, neste caso a
sua altura terá que ter 50cm, para ficar enterrado 35cm. O meio fio de bordo externo

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REVESTIMENTO DE BLOCOS INTERTRAVADOS SOP-ES-P 25/19


PAG. 04/19
do pavimento terá que ser arrimado com, no mínimo, um metro de largura de solo
apiloado ou calçada lateral.

3 EQUIPAMENTOS

A execução do colchão de areia, assentamento dos blocos, areia de


selagem e compressão do intertravado envolve os seguintes equipamentos básicos:
 carrinhos de mão para transportes de areia e blocos de concreto;
 réguas metálicas (ou de madeira) para rasar a areia;
 vassouras e rodos;
 pás e enxadas;
 marreta de borracha;
 alavanca;
 fios de nylon e trena;
 nível de pedreiro;
 equipamento para corte de blocos;
 placas vibratórias;
 soquetes manuais;
 caminhão de carroceria fixa;
 caminhão de caçamba basculante;
 rolo metálico liso de 10 a 12 ton.

Para uma distribuição mecanizada dos blocos de concreto utiliza-se


garras de marca óptimas para coleta em montes arrumados de blocos e para
distribuição deles na plataforma estradal.

4 EXECUÇÃO

4.1 Implantação dos meios fios tipo guia

430
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PAG. 05/19
A vala para a implantação dos meios fios tipo guia deverá obedecer ao
alinhamento, ao perfil e às dimensões estabelecidas no projeto. O fundo da vala
deverá ser regularizado e apiloado. Sobre o fundo da vala será lançado um lastro com
espessura de 10cm que poderá ser de brita (Dmáx. = 12,7mm) ou de concreto magro
(fck 28dias = 10 MPa). As guias pré-moldadas serão implantadas na vala com lastro,
obedecendo ao alinhamento e as cotas do projeto. Elas serão fixadas no solo com
intensa compactação de reaterro e serão rejuntadas com argamassa de cimento e
areia, no traço 1:3.

O solo excedente da escavação da vala deverá ser apiloado no lado


externo das guias de bordo da plataforma estradal, para auxiliar no confinamento.
.
4.2 Colchão de areia

A areia atendendo a granulometria especificada é transportada até a


pista em caminhão basculante, enleirada e cuidadosamente espalhada sobre a
plataforma que receberá os blocos, de maneira que ao final do espalhamento resulte
uma espessura uniforme de 4cm.

4.3 Assentamento dos blocos

4.3.1 Empilhamento dos blocos

Os blocos de concreto serão transportados e depositados em pilhas


devendo o empilhamento na pista ser feito em local que não interfira com a marcação
das linhas de assentamento, feitas com a utilização de ponteiros cravados na pista e
fios de nylon definidores dos alinhamentos e cotas dos blocos.

4.3.2 Colocação das linhas de referência

Cravam-se ponteiros de aço ao longo do eixo da pista, com


espaçamento máximo de 10 metros. Em seguida cravam-se ponteiros em linhas

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PAG. 06/19
paralelas ao eixo, distando estas linhas do espaço necessário ao assentamento de 5
a 10 fileiras de blocos, perpendiculares ao eixo, em função da taxa de abaulamento
transversal ou superelevação projetada, acrescentando-se os espaços de 3mm das
juntas intermediárias (por exemplo: blocos com 20cm de comprimento, espaçamento
entre linhas para 6 fileiras é de 6 x 20cm + 6 x 0,3cm = 121,8 cm = 1,22m).

Os meios fios tipo guia já devem estar implantados obedecendo ao


alinhamento e às cotas da nota de serviço do projeto.

Tomando-se como referência as cotas das guias, marcam-se com giz


nos ponteiros, ao longo das linhas paralelas ao eixo da pista, as marcas das cotas que
resultem no abaulamento transversal da seção de projeto. Esta marcação com giz é
feita com auxílio do nível de pedreiro. Em seguida distende-se fortemente um fio pelas
marcas de giz, de ponteiro a ponteiro, paralelamente ao eixo da pista, passando este
fio a ser a referência do alinhamento e das cotas dos blocos.

4.3.3 Assentamento

Em princípio o assentamento dos blocos retangulares é feito coincidindo-


se as juntas de uma fileira com a metade de cada bloco da fileira vizinha e por
consequência haverá coincidência de juntas entre fileiras alternadas.

Para melhorar o confinamento/intertravamento dos blocos, pode-se


implantar uma fiada de guias, tipo cordão, no eixo da pista, além dos meios fios tipo
guia dos bordos da plataforma estradal. Nos segmentos da rodovia com rampas
longitudinais acima de 5%, são obrigatórios os meios fios tipo guia dos bordos, o
cordão longitudinal no eixo e cordões transversais, de bordo a bordo, a cada 40 metros
do segmento em rampa.

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PAG. 07/19
Terminada a implantação das linhas de referência de cotas, inicia-se o
assentamento dos blocos a partir do eixo da rodovia em direção aos bordos, com os
blocos perpendiculares ao eixo.

Devido a obrigatoriedade de desencontro das juntas entre blocos, haverá


sempre necessidade de se cortar peças junto aos meios fios ou junto a cordões, que
têm face reta, sendo que para os blocos de 16 faces todas as peças terão que ser
cortadas, devido as suas faces curvas.

As peças são assentadas sobre o colchão de areia de modo que sua


face superior fique um pouco acima do cordel de referência, na posição correta da
paginação projetada para as juntas e para o arremate com as guias e cordões.

As cotas finais do revestimento de blocos intertravados serão


alcançadas após o assentamento, os ajustes com a marreta de borracha, a
compressão inicial com placas vibratórias e a compactação final mecanizada.

4.3.4 Compressão inicial

A compressão inicial é feita com placas vibratórias ainda para ajustes


dos blocos, antes do espalhamento da areia para o preenchimento as juntas entre os
blocos. Essa compressão inicial tem como funções o nivelamento da superfície com
os blocos já assentados, promover uma compactação inicial do colchão de areia sobre
a base, fazendo com que uma parcela dessa areia preencha de baixo para cima uma
parte das juntas entre blocos, dando-lhes um primeiro estágio de travamento. A
compressão inicial consistirá em no mínimo duas passadas da placa vibratória,
havendo um cobrimento de pelo menos 20cm sobre a faixa da passagem lateral
anterior.

Não pode haver compressão dos blocos numa faixa de 1,50m


antecedendo uma frente de serviço, ainda sem o arremate de um meio fio tipo guia ou
um cordão, devido a não existência do confinamento.

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PAG. 08/19
4.3.5 Compactação final

Após a compressão inicial faz-se novo espalhamento de areia, na


quantidade suficiente para o preenchimento das juntas entre blocos e ainda encobrir
toda área de revestimento com uma camada de 2cm de espessura que terá a função
de distribuir igualmente a pressão do rolo liso de 10 a 12 toneladas que fará a
compactação final através de no mínimo duas passadas, com cobertura de 0,60m
sobre a faixa da passada lateral anterior. O rolo liso deve operar com uma velocidade
de 3 km/h, começando sempre da cota mais baixa para a cota mais alta.

Após a compactação final, faz-se a varredura da areia da superfície do


revestimento, podendo-se aproveitar esta areia na frente de serviço seguinte.

4.3.6 Substituição de blocos danificados

Eventualmente, poderão se partir ou ser danificados alguns blocos de


concreto durante as operações de compressão inicial ou de compactação final. Os
blocos danificados serão substituídos por novos blocos, utilizando-se nesta operação
equipamentos manuais tipo colher de pedreiro ou pequenas alavancas.

4.4 Liberação ao tráfego

Após a substituição de eventuais blocos de concreto danificados, o


preenchimento das juntas e a varredura da areia da superfície pode-se liberar o
revestimento de blocos intertravados ao tráfego, nos segmentos totalmente
concluídos. É terminantemente proibido o tráfego de veículos em áreas de blocos
ainda sem rejuntamento e sem confinamento.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades do serviço de revestimento de blocos intertravados que


podem causar danos ao meio ambiente são a exploração de areia de rio ou obtenção

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PAG. 09/19
de pó de pedra através de britagem, que são as opões para o material de
assentamento e de rejuntamento dos blocos de concreto.

5.1 Opção por areia de rio

Na exploração de areal de rio deve-se evitar que as escavações dos


bancos de areia formem bacias capazes de alterar o escoamento natural das águas e
deve-se também evitar a contaminação das águas por derramento de óleos, graxas
ou combustíveis dos equipamentos.

5.2 Opção por pó de pedra

A exploração de pedreira para obtenção de pó de pedra deverá ser


planejada para a recuperação ambiental da área de instalação do britador após o
término do serviço e retirada de todas as instalações provisórias.

5.3 Caminhos de serviços

As estradas de acesso às fontes de materiais deverão obedecer às


recomendações da norma DER-ISA 02/96 (Abertura de trilhas, caminhos de serviço e
estradas de acesso).

5.4 Licenciamento

A exploração de fontes de materiais naturais só poderá ser iniciada após


a apresentação pelo construtor do licenciamento ambiental expedido pelo órgão
competente.

5.5 Sinalização de obra e equipamentos de segurança

A execução do revestimento de blocos intertravados na rodovia requer


uma conveniente sinalização de obras para alertar os motoristas usuários e disciplinar

435
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PAG. 10/19
o tráfego. Os trabalhadores terão que estar protegidos com equipamentos de proteção
individuais e dispor de ferramentas apropriadas para os trabalhos manuais.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Areia de assentamento e de rejuntamento

A cada 250 metros de meia pista, ou faixa de revestimento, será coletada


amostra da areia (ou pó de pedra) para o controle da granulometria, tanto

para o colchão de areia com também para a areia de rejuntamento e compactação do


revestimento.

A presença de raízes ou outros materiais indesejáveis será verificada


por inspeção visual ao longo de toda área de trabalho.

A espessura da camada de areia será controlada por inspeções


aleatórias, espaçadas no máximo em 250m de meia pista ou faixa de revestimento,
utilizando-se de uma escala métrica. Havendo falta ou excesso deverá ser corrigido
antes do assentamento e antes da compactação.

6.2 Blocos de concreto

Os blocos de concreto deverão ser adquiridos de empresa idônea,


conhecida no mercado, devendo cada lote de peças vir acompanhado do respectivo
certificado de fábrica contendo os resultados do controle tecnológico indicado na
norma ABNT NBR 9.781/2013 (Peças de concreto para pavimentação – Especificação
e método de ensaio), em particular atendendo ao item 7 (Aceitação e rejeição) da
norma que trata da inspeção visual, dimensões e tolerâncias das peças, resistência à
compressão e absorção de água.

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PAG. 11/19
Caso o lote de peças não venha acompanhado do certificado de fábrica,
a construtora deverá coletar uma amostra das peças e levar para um laboratório
idôneo que realizará os ensaios referidos na norma, tudo acompanhado pela
fiscalização da obra.

Os critérios de aceitação especificados são os seguintes:

a) Inspeção visual: os blocos devem ter aspecto homogêneo, arestas


regulares em ângulos retos, devem ser livres de rebarbas, defeitos, delaminação e
descamação.
b) Dimensões e tolerâncias: as peças deverão apresentar as
dimensões do projeto, podendo ter uma tolerância de  3mm em qualquer das três
dimensões (comprimento, largura e altura).
c) Resistência a compressão: deverá ser determinada pela
metodologia descrita no Anexo A da norma NBR 9781/2013 (Determinação da
resistência característica à compressão) devendo os blocos da amostra de cada lote
de fabricação apresentar a resistência mínima aos 28 dias especificada no projeto.
d) Absorção de água: deverá ser determinada pela metodologia
descrita no Anexo B da norma NBR 9781/2013 (Determinação da absorção de água),
devendo o bloco da amostra apresentar absorção máxima de 7% em peso, sob pena
de rejeição do lote.

6.3 - Deflexões reversíveis de pavimento flexível

O controle das deflexões recuperáveis nos pavimentos flexíveis será


realizado através da viga benkelman, pelo método de ensaio DNER-ME 24/94,
combinado com o procedimento DNER-PRO 11/79 no tocante ao cálculo estatístico
das deflexões recuperáveis e correção sazonal do valor das deflexões.

As deflexões serão determinadas a cada 20 metros, alternando-se em


cada faixa de tráfego a trilha de roda externa e a trilha de roda interna.

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PAG. 12/19
As deflexões são medidas em centésimos de milímetros (0,01mm).

A deflexão característica (Dc) de um segmento homogêneo (SH) em


função dos valores obtidos nos pontos de prova (Do) obedece a seguinte sequência
de cálculo:
 Número de deflexões do SH: N
 Do
 Deflexão média: D 
N

 Desvio padrão: s   (Do - D) 2 / N - 1

 Elimina-se os valores foram do intervalo D  Z.S, sendo:

N Z
3 1
4 1,5
5e6 2
7 a 19 2,5
 20 3

 Fator de correção sazonal (Fs):


SUBLEITO Fs (VERÃO) Fs (NVERNO)
Arenoso/Permeável 1,1 a 1,3 1,0
Argiloso sensível a água 1,2 a 1,4 1,0

 Deflexão característica: Dc = (D  s) x Fs

A deflexão característica terá que ser inferior à deflexão admissível


acrescida da tolerância, ambas estabelecidas pelo projeto.

Quando ocorrer deflexões superiores à prevista no projeto, inclusive as


deflexões fora do intervalo D  Zs , deverão ser pesquisadas e corrigidas as causas,
que poderão estar na camada de base e/ou camadas inferiores de sub-base, reforço
(se houver), regularização do subleito, corpo de aterro ou fundo de corte, tais como a

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PAG. 13/19
existência de material lamelar, como mica malacacheta, solo compressível ou
compactação insuficiente.

O raio de curvatura da bacia de deformação, medido em metros (m) é


dado pela fórmula.

6.250
R 
2 (D0 - D25 )

Sendo D25 = Deflexão a 25cm do ponto de prova.

O raio de curvatura (R) é um parâmetro da eficiência estrutural do


pavimento, podendo indicar uma fase de fadiga quando R  100 m e o produto do raio
(R) pela deflexão no ponto de prova (Do) indica a boa ou má distribuição das cargas
do tráfego sobre a estrutura. Para pavimentos com base estabilizada
granulometricamente a boa distribuição das cargas sobre o pavimento fica
evidenciada quando R x Do  5500m x 10-2mm.

6.4 Registro do controle tecnológico

Todos os resultados obtidos no controle tecnológico serão anotados,


acompanhados das observações pertinentes à performance dos serviços, de modo
que na conclusão da pavimentação sejam preenchidas as fichas e gráficos de acordo
com os modelos fornecidos pela SOP-CE, assinados pelo engenheiro fiscal e pelo
engenheiro encarregado da construção.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Controle de acabamento da superfície

Em cada dia de serviço, deverá ser feito o controle de acabamento da


superfície do revestimento de blocos intertravados, com auxílio de duas réguas, com

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comprimentos de 3,00m e 0,90m, colocadas em ângulos reto, alternando cada uma
em posição paralela ao eixo da rodovia. A variação da superfície, entre dois pontos
quaisquer de contato, não deve exceder a 0,5cm em qualquer das réguas e em
qualquer das duas posições do conjunto.

Os locais da verificação do acabamento da superfície serão escolhidos


pela fiscalização e o número de verificações diárias variará entre 1 (um) e 5 (cinco), a
critério da fiscalização.

Se o acabamento da superfície não atender à tolerância especificada, o


serviço será considerado não aprovado (NAP), devendo o revestimento de blocos
intertravados ser removido e refeito.

8 MEDIÇÃO

Os meios fios tipo guia e os cordões serão medidos pela extensão


implantada, em metros lineares, conforme a profundidade da peça pré-moldada de
concreto.

O revestimento de blocos intertravados será medido pela área, em


metros quadrados, executada e aprovada.

9 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços contratuais dos quantitativos


medidos conforme o item 7, estando incluídas todas as etapas de execução,
equipamentos, ferramentas, materiais, transportes, mão de obra, encargos sociais,
acabamentos, impostos, lucro e eventuais.

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10 ILUSTRAÇÕES

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Assentamento – Trecho em Tangente

Assentamento – Entroncamento Normal

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Assentamento – Trecho em Curva de Pequeno


Raio

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Assentamento – Cruzamento Normal de Vias

Assentamento – Trecho com Alargamento para


Estacionamento

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Assentamento – Cruzamento Esconso de Vias


Esconso de Vias

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Ilustração N° 7
Assentamento de blocos intertravados – Detalhe da coincidência de
juntas de fileiras alternadas

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2 – ESPECIFICAÇÕES DE OBRAS DE ARTE ESPECIAIS


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SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-OAE 01/19


PAG. 01/03
1 DEFINIÇÃO

Serviços preliminares são operações que precedem o início de


qualquer obra compreendendo os seguintes serviços: desmatamento, destocamento
e limpeza, remoção de estruturas, implantação de instações do canteiro de obras
que permitam boas condições de habitabilidade dos empregados, correto
armazenamento de materiais, operação de equipamento e vias de acesso para o
perfeito abastecimento do canteiro

2 MATERIAIS

Os materiais a serem empregados, deverão ser adequados aos tipos


de serviço a serem executados e atender as especificações respectivas adotadas
pela SOP/CE.

3 EQUIPAMENTO

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado,


serão função do tipo e das dimensões dos serviços preliminares a executar.

4 EXECUÇÃO

4.1 Preparo do terreno

Antes de iniciar qualquer serviço correlacionado diretamente com a


execução da obra de arte deverá o executante proceder a limpeza do terreno em
toda a área a ser ocupada pela obra e pelas instalações necessárias à execução,
retirando a vegetação existente e removendo os detritos e obstáculos encontrados
para local que não afete a segurança das instalações e da futura obra.

4.2 Instalações

Ao executante cabe providenciar instalações adequadas para


escritório, almoxarifado, alojamento e alimentação de funcionários, oficinas,
depósitos de materiais e combustíveis, preparo de formas e armações, produções de

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SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-OAE 01/19


PAG. 02/03
concreto e fabricação de pré-moldados, se houve, bem como para operações de
equipamentos necessários ao controle tecnológico da obra. As instalações deverão
ser executadas em compartimentos independentes e submetidos à aprovação da
fiscalização, quando concluídas.

4.3 Remoção de obras de arte ou obstáculos

As obras de arte ou obstáculos que impeçam a boa execução dos


serviços deverão ser removidos pelo executante e o mamterial resultante da
demolição dever ser transportado para locais previamente determinados, a fim de
minimizar os danos inevitáveis e possibilitar a recuperação ambiental.

4.4 Locação da obra

A locação geral da obra será indicada no projeto compreendendo o


eixo longitudinal e as referências de nível. Ao executante cabe verificar e
complementar a locação da obra.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

A disponibilidade de água potável, a disposição de esgotos em fossas


sépticas instaladas a distâncias seguras de poços de abastecimento d’água e de
talvegues naturais, são condições básicas para a instalação do canteiro. As áreas
utilizadas como canteiro de serviço deverão ter os efluentes, como graxas e óleos
utilizados na limpeza e manutenção de equipamentos das oficinas de campo,
controlados através de dispositivos de filtragem e contenção.

Deverão ser adotados cuidados para evitar represamento e


empoçamento d’água que possam produzir áreas insalubres proliferadoras de
mosquitos e outros vetores. Os solos vegetais da área destinada à instalação do
canteiro de obra serão estocados em local não sujeito à erosão e reincorporados à
origem após a desmobilização, abrangendo a recuperação de uso da área de origem
após conclusão da obra.

6 CONTROLE E CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO


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SERVIÇOS PRELIMINARES SOP-ES-OAE 01/19


PAG. 03/03
6.1 – Controle

O controle dos serviços preliminares será realizado com base nos


elementos de projeto e nas especificações aplicáveis.

7 MEDIÇÃO

A preparação do terreno envolve serviços medidos pela área


executada, em metros quadrados, tais como: corte de capoeira fina a foice, a
limpeza mecanizada de terreno com remoção de camada vegetal utilizando trator de
esteiras, a raspagem e limpeza do terreno e envolve um serviço medido por unidade
que é a retirada de árvores.

A construção do canteiro de obra envolve serviços medidos por


unidades tais como: barracão para escritório com tipos padronizados, fossa
sumidouro para barracão, instalação provisória de água, esgoto, luz, força, telefone
e lógica e de sanitário. Envolve também serviços medidos por área, em metros
quadrados, tais como: abrigo provisório para alojamento e depósito, com 1 ou 2
pavimentos, só alojamento, barracão aberto, refeitórios, sanitários e chuveiros e
placas padrão de obra.

A mobilização e a desmobilização de equipamentos feitas em


caminhão equipado com guindaste ou em cavalo mecânico com prancha de 3 eixos
são medidas pela extensão percorrida pelo veículo transportador, em Km.

8 PAGAMENTO

O pagamento dos serviços preliminares será feito pelos preços


unitários contratuais de cada item de serviço efetivamente realizado, medido
conforme o item 7, estando incluído todas as etapas de execução, mão de obra,
encargos sociais, equipamentos, ferramentas, transportes, limpeza, desmatamento,
destocamento, retirada de árvores, materiais, construções, placas, instalações,
mobilização e desmobilização de equipamentos, lucro e eventuais.

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CONCRETOS E ARGAMASSAS SOP-ES-OAE-02/19


PAG. 01/16
1 DEFINIÇÃO

Concretos e argamassas: são misturas em proporção pré-fixadas de


aglutinante (cimento portland) com água e agregados, podendo conter
eventualmente certos aditivos, conforme projeto, de tal modo que venha formar uma
massa homogênea e de consistência mais ou menos plástica e que endureça com o
tempo.

2 MATERIAIS

Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente as


especificações em vigor na SOP-CE para execução de concretos e argamassas.

2.1 - Cimento

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o


Portland comum ou de alto forno, devendo satisfazer as prescrições das normas
ABNT-NBR 5732/91 (Cimento Portland comum) e NBR 5735/91 (Cimento Portland
de alto forno). Caberá à fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo
exigir a apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário. Todo
cimento deverá ser entregue no local da obra, em sua embalagem original. O
cimento deverá ser armazenado em local seco e abrigado, por tempo e forma de
empilhamento que não comprometam a sua qualidade. Será permitido o uso de
cimento a granel, desde que, em cada silo, seja depositado cimento de uma única
procedência. O cimento, em silo, só poderá ficar armazenado por período tal que
não venha a comprometer a sua qualidade.

2.2 - Agregados

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão


ser materiais resistentes e inertes, de acordo com as definições a seguir. Deverão

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CONCRETOS E ARGAMASSAS SOP-ES-OAE-02/19


PAG. 02/16
ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural, procurando-se evitar
qualquer contaminação.

2.2.1 - Agregado miúdo

O agregado miúdo é areia natural quartzosa ou produto de britagem de


diâmetro menor ou igual a 4,8mm. Deve ser limpo e não apresentar substâncias
nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica, etc., obedecendo ao prescrito na
especificação de material DNER-EM 38/97 (Agregado miúdo para concreto de
cimento).

2.2.2 - Agregado graúdo

Consistirá de pedra britada, seixo rolado britado ou não, de diâmetro


máximo superior a 4,8mm e inferior a 75mm isento de partículas aderentes, e não
podendo apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica,
etc., obedecendo ao prescrito na especificação de material DNER-EM 37/97
(Agregado graúdo para concreto de cimento).

O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de


diversos diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços
indicados.

2.2.3 - Pedra de mão

A pedra de mão para concreto ciclópico, de granito, gnaisse ou outra


rocha estável, deverá ter qualidade idêntica a exigida para a pedra britada a
empregar na confecção do concreto.

Deverá ser limpa e isenta de incrustações nocivas e sua máxima


dimensão não inferior a 7,6cm, nem superior a 25cm (DNER – Terminologia
rodoviária).

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PAG. 03/16
2.3 - Água

A água para preparação dos concretos e argamassas deverá ser


razoavelmente clara e isenta de óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, etc., e
obedecer a especificação de material DNER-EM 34/97 (Água para concreto).

2.4 - Aditivos

O uso de aditivos, dispersantes, arejadores, aceleradores, retardadores


de pega, etc., só será permitido quando indicados no projeto ou mediante
autorização expressa da fiscalização.

Para o concreto protendido os aditivos que contenham cloreto de cálcio


ou quaisquer outros halogenetos serão rigorosamente proibidos. Não deverão conter
ainda ingredientes que possam provocar a corrosão do aço, as mesmas
recomendações para calda de injeção.

3 EQUIPAMENTOS

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado


dependerão do tipo e dimensões do serviço a executar. Para os concretos
preparados na obra poderá ser utilizada betoneira estacionária de no mínimo 320
litros, com dosador de água, central de concreto ou caminhão betoneira. Para o
lançamento poderão ser utilizados carrinhos-caçambas, caçambas, bombas.

4 EXECUÇÃO

4.1 Concreto

O concreto pode se apresentar quanto a sua densidade como concreto


normal, com massa específica entre 2000 e 2800 kgf/m³, como concreto leve, cuja
massa específica não ultrapassa 2000 kgf/m³ e como concreto pesado com massa

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específica maior que 2800 kgf/m³. O concreto deve apresentar uma massa fresca
trabalhável com os equipamentos disponíveis na obra, para que depois de
endurecido se torne um material homogêneo e compacto.

4.1.1 Dosagem

O concreto consistirá na mistura de cimento Portland, agregados e


água.

O concreto para fins estruturais deverá ser dosado racionalmente a


partir da tensão de ruptura estabelecida no projeto, do tipo de controle do concreto e
das características físicas dos materiais componentes. O executante não poderá
alterar essa dosagem sem autorização expressa da fiscalização, devendo adotar as
medidas necessárias à sua manutenção.

Serão consideradas também, na dosagem dos concretos, condições


peculiares, como impermeabilização, resistência ao desgaste, ação de águas
agressivas, aspectos das superfícies, condições de colocação, névoa salina, etc.

O concreto para outros fins que não o estrutural, ou que não se destine
a um emprego que requeira características especiais, poderá ser dosado
empiricamente, devendo, neste caso, satisfazer às exigências da ABNT-NBR
6118/80 (Projeto e execução de obras de concreto armado).

A operação de medida dos materiais componentes do traço deverá,


sempre que possível, ser realizada em peso, em instalações gravimétricas,
automáticas ou de comando manual, prévia e corretamente aferidas.

Quando a dosagem do concreto for por processo volumétrico, deverão


ser empregados caixotes de madeira ou de metal, de dimensões corretas,
indeformáveis pelo uso, e identificados pelo tipo de material, em obediência ao traço
fixado.

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PAG. 05/16
Por ocasião do enchimento dos caixotes, o material não poderá
ultrapassar o plano da borda, não sendo permitido, em hipótese alguma, a formação
de abaulamentos, para o que deverá ser procedido sistematicamente o arrasamento
das superfícies finais.

Atenção especial deverá ser dada à medição da água de


amassamento, devendo ser previsto o dispositivo de medida capaz de garantir a
exatidão do volume da água com um erro inferior a 3% do fixado na dosagem.

4.1.2 Preparo

O concreto poderá ser preparado no local da obra ou recebido pronto


para emprego imediato, quando preparado em outro local, e transportado.

O preparo do concreto no local da obra deverá ser feito em betoneira


de tipo e capacidade aprovados pela fiscalização e somente será permitida a mistura
manual em casos de emergência, com a devida autorização da fiscalização. A
mistura manual deverá ser enriquecida com pelo menos 10% do cimento previsto no
traço adotado. Em hipótese alguma a quantidade total de água de amassamento
será superior à prevista na dosagem, havendo sempre um valor fixo para o fator
água/cimento.

Os materiais serão colocados no tambor de modo que uma parte da


água de amassamento seja admitida antes dos materiais secos; a ordem de entrada
na betoneira será: parte do agregado graúdo, cimento, areia, e o restante da água
de amassamento e, finalmente, o restante do agregado graúdo. Os aditivos deverão
ser adicionados à água em quantidades certas, antes do seu lançamento no tambor,
salvo recomendações de outro procedimento, pelo fabricante do aditivo.

O tempo de mistura, contado a partir do instante em que todos os


materiais tiverem sido colocados na betoneira, dependerá do tipo da betoneira e não
deverá ser inferior a:

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PAG. 06/16
 Para betoneiras de eixo vertical..............................1 minuto
 Para betoneira basculantes.....................................2 minutos
 Para betoneiras de eixo horizontal..........................1,5 minutos

A mistura volumétrica do concreto deverá ser sempre preparada para


uma quantidade inteira de sacos de cimento. Os sacos de cimento que, por
qualquer razão, tenham sido parcialmente usados, ou que contenham cimento
endurecido, serão rejeitados. O uso de cimento proveniente de sacos usados ou
rejeitados não será permitido.

Todos os recipientes, destinados à medição para preparo do concreto


deverão estar sujeitos à aprovação da fiscalização.

Quando a mistura for feita em central de concreto, situada fora do local


da obra, a betoneira e os métodos usados deverão estar de acordo com os
requisitos desta especificação.

O concreto deverá ser preparado somente nas quantidades destinadas


ao uso imediato. O concreto que estiver parcialmente endurecido não deverá ser
remisturado.

4.1.3 Transporte

Quando a mistura for preparada fora do local da obra, o concreto


deverá ser transportado para o canteiro de serviço em caminhões betoneiras. O
fornecimento do concreto deverá ser regulado de modo que a concretagem seja feita
continuamente, a não ser quando retardada pelas operações próprias da
concretagem. Os intervalos entre as entregas deverão ser tais que não permitam o
endurecimento parcial do concreto já colocado, não devendo exceder a 30 minutos.

4.1.4 Lançamento

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PAG. 07/16
O lançamento do concreto só poderá ser iniciado após o conhecimento
dos resultados dos ensaios, mediante autorização da fiscalização. Para isso será
necessário, também, verificar se a armadura está montada com distribuição e
afastamento para recobrimento corretos e se as formas, quando de madeira, foram
suficientemente calafetadas e molhadas, removendo-se de seu interior os cavacos e
serragem de madeira e outros resíduos das operações de carpintaria.

O lançamento do concreto de uma altura superior a dois metros, bem


como o acúmulo de grande quantidade em um ponto qualquer e o seu posterior
deslocamento, ao longo das formas, não serão permitidos.

Calhas, tubos ou canaletas poderão ser usados como auxiliares no


lançamento do concreto. Deverão estar dispostos e ser usados de modo que eles
próprios não provoquem segregação do concreto.

Todas as calhas, canaletas e tubulões deverão ser mantidas limpas e


isentas de camada de concreto endurecido, devendo ser preferencialmente feitas ou
revestidas com chapas metálicas.

Cuidados especiais deverão ser tomados para manter a água parada


no local do lançamento. O método de lançar o concreto deverá ser regulado de
modo a que sejam obtidas camadas aproximadamente horizontais.

4.1.5 Adensamento de concreto

O concreto deverá ser bem adensado mecanicamente dentro das


formas, usando-se para isso vibradores de tipo e tamanho aprovados pela
fiscalização. Somente será permitido o adensamento manual em caso de interrupção
no fornecimento de força motriz aos aparelhos mecânicos empregados, e por
período de tempo mínimo indispensável ao término da moldagem da peça em
execução, devendo-se, para este fim, elevar o consumo de cimento de 10%, mantido
o fator água/cimento.

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PAG. 08/16
Para a concretagem de elementos estruturais, serão empregados,
preferivelmente, vibradores de imersão com diâmetro da agulha vibratória
compatível com às dimensões da peça, e com a densidade de ferros da armadura
metálica, a fim de permitir a sua ação em toda a massa a vibrar sem provocar, por
penetração forçada, o afastamento das barras de suas posições corretas.

A posição correta de emprego de vibradores de imersão é a vertical,


devendo ser evitado seu contato demorado com as paredes das formas ou com as
barras da armadura, assim como sua permanência demasiada em um mesmo ponto,
o que poderá causar refluxo excessivo da pasta em torno da agulha.

O afastamento de dois pontos contíguos de imersão do vibrador,


deverá ser de no mínimo 30cm.

A consistência dos concretos deverá satisfazer às condições de


adensamento com a vibração e à trabalhabilidade exigida pelas peças a moldar.

4.1.6 Cura e proteção do concreto

O concreto para atingir sua resistência total, deverá ser curado e


protegido eficientemente contra o sol, vento e chuva. A cura deve continuar durante
um período de 7 (sete) dias após o lançamento, caso não existam indicações em
contrário.

Para o concreto protendido, a cura deverá prosseguir até que todos os


cabos estejam protendidos. Quando for usado cimento de alta resistência inicial,
este período poderá ser reduzido.

A água para cura deverá ser da mesma qualidade da usada para a


mistura do concreto.

4.1.7 Juntas de concretagem

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PAG. 09/16
As juntas de concretagem deverão obedecer, rigorosamente, ao
disposto no plano de concretagem previsto no projeto. O número de juntas de
concretagem deverá ser o menor possível.

4.2 Concreto ciclópico

Onde for necessário o emprego de concreto ciclópico, deverá ser


adicionado a um concreto preparado como antes descrito, um volume de 30% de
pedras de mão (dimensões entre 7,6 cm e 30,0 cm).

Nenhum concreto a ser empregado em concreto ciclópico deverá ter


tensão de ruptura à compressão inferior a 10MPa.

As pedras de mão deverão ser distribuídas de modo que sejam


completamente envolvidas pelo concreto, não tenham contato com pedras
adjacentes e não possibilitem a formação de vazios. Deverão ficar no mínimo 5 cm
afastados das formas.

4.3 Argamassa

Salvo autorização em contrário dada pela fiscalização, as argamassas


deverão ser preparadas em betoneira. Sendo permitida a mistura manual, a areia e o
cimento deverão ser misturados a seco até a obtenção de mistura com coloração
uniforme, quando então será adicionada a água necessária a obtenção da
argamassa de boa consistência de modo a permitir o manuseio e espalhamento
fáceis com a colher de pedreiro. A argamassa que não tiver sido empregada dentro
de 45 minutos após a sua preparação, será rejeitada não sendo permitido o seu
aproveitamento, mesmo que a ela seja adicionado mais cimento.

Para as alvenarias de pedras argamassadas as argamassas terão o


traço em peso, de cimento e areia na proporção de 1:4.

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PAG. 10/16
4.4 Calda de cimento para injeção

É o produto da mistura conveniente de cimento e água e,


eventualmente, de aditivos, para preenchimento de bainhas ou dutos de armadura
de protensão de peças de concreto protendido, a fim de proteger armadura contra a
corrosão e garantir a aderência posterior ao concreto da peça.

Recomenda-se a injeção da calda de cimento até, no máximo, 08 (oito)


dias após a protensão dos cabos.

O cimento utilizado deve ser o cimento Portland comum, ou outro tipo


de cimento que satisfaça as seguintes exigências:

1) Teor de cloro proveniente de cloreto: máximo igual a 0,10%;


2) Teor de enxofre proveniente de sulfetos máximo de 0,20%,
determinado pela ABNT-NBR 5746/92 (Cimento Portland – Determinação de enxofre
na forma de sulfeto).

A água será considerada satisfatória se atender ao constante do item


2.3, desta especificação.

Não será permitido aditivos que contenham halogenetos ou reatores ao


material da calda, ou materiais que ataquem o aço. O fator água/cimento não deverá
ser superior a 0,45 em massa.

As argamassas destinadas ao nivelamento das faces superiores dos


pilares e preparo do berço dos aparelhos de apoio deverão ter resistência
característica à compressão de 25 MPa.

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle do material

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PAG. 11/16
A ABNT-NBR 12.654/92 (Controle tecnológico dos materiais
componentes do concreto) fixa as condições exigíveis para o controle dos materiais.

5.1.1 – Cimento

Apenas quando houver indícios de má qualidade do cimento, deverão


ser procedidos aos seguintes ensaios previstos pela ABNT:

a) NBR-5740/77 (Análise química de cimento Portland – Disposições


gerais);
b) NBR-7215/91 (Cimento Portland – Determinação da resistência à
compressão);
c) NBR-7224/84 (Cimento Portland – Determinação da área
específica);
d) NBR-11580/91 (Cimento Portland – Determinação da água da
pasta de consistência normal);
e) NBR-11581/91 (Cimento Portland – Determinação do tempo de
pega);
f) NBR-11582/91 (Cimento Portland – Determinação da
expansibilidade de Le Chatelier).

Controle do peso do saco de cimento; tolerância de 2%, com a


frequência de verificação a cada lote de 50 sacos.

5.1.2 Agregados miúdo e graúdo

Deverão obedecer a ABNT NBR 7211/83 (Agregado para concreto –


Recepção de agregados).

5.1.3 Água

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PAG. 12/16
Controle da água, apenas quando apresenta aspecto ou procedência
duvidosa para utilização em concreto armado ou protendido será considerada
satisfatória se apresentar PH entre 5,8 e 8,0 e respeitar os limites máximos, abaixo:

a) Matéria orgânica: 3mg/l (oxigênio consumido);


b) Resíduo sólido: 5.000mg/l;
c) Sulfatos: 300mg/l (ions 50l);
d) Cloretos: 50mg/l (ions l)
e) Açúcar: 500mg/l

Para casos especiais considerar outras substâncias prejudiciais.

O gelo a ser utilizado, quando necessário para resfriamento da mistura


(concreto ou calda de cimento) deverá obedecer também aos requisitos acima.

5.2 Controle da execução do concreto

5.2.1 Controle da execução do traço do concreto

Tem a finalidade de assegurar durante a execução do concreto, o


cumprimento dos valores fixados na dosagem, sendo para isto, indispensável o
controle gravimétrico do traço, controle da umidade dos agregados, da sua
composição granulométrica e o do consumo de cimento, para a introdução das
correções que se fizerem necessárias à manutenção da dosagem recomendada.

A frequência das operações do controle acima indicado é função do


tipo da obra e do volume de concreto a executar; deverá ficar a critério da
fiscalização, e ser capaz de assegurar a continuidade da qualidade exigida.

5.2.2 Controle da resistência mecânica do concreto

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PAG. 13/16
Tem por finalidade verificar se o concreto foi convenientemente dosado
de modo a assegurar a tensão mínima de ruptura fixada no cálculo. Este controle
será feito pela ruptura de corpos de prova cilíndricos, conforme a norma ABNT-NBR
5739/94 (Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos).

O número de corpos de prova a serem moldados nunca será inferior a


4 por obra ou para cada trinta metros cúbicos de concreto. Deverão também, ser
moldados pelo menos 4 corpos de prova sempre que houver modificação do traço
ou do tipo de agregado.

5.2.3 Controle estatístico dos resultados

O ensaio de resistência mecânica é feito com dois corpos de prova,


considerando-se sempre o de maior resistência.

Com os resultados obtidos de pelo menos 16 ensaios, ou seja, 32


corpos de prova, procede-se à determinação do coeficiente de variação do canteiro
de serviço.

O traçado do gráfico de controle dos resultados permitirá uma visão do


conjunto dos valores obtidos e a observação das dispersões que ocorrem na
qualidade de execução do concreto.

Para fins de classificação do tipo de canteiro de serviço que o


executante estiver mantendo na obra, deverá ser empregado o seguinte critério:

COEFICIENTE DE VARIAÇÃO % CONTROLE DE EXECUÇÃO


 10 Excelente
10 a 15 Bom
15 a 20 Regular
 20 Fraco

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PAG. 14/16
Com os valores de coeficiente de variação do canteiro de serviço,
diretamente determinados, e da tensão de ruptura fixada no cálculo, determina-se a
tensão de dosagem apropriada e procede-se ao ajustamento dos traços
empregados, ficando a critério da fiscalização a necessidade ou não de serem feitos
novos estudos de dosagem racional.

A frequência do controle estatístico deverá ser determinada pela


fiscalização.

5.3 Controle de execução do concreto ciclópico

O controle do concreto ciclópico é feito pelo controle do concreto


simples utilizado, seguindo o mesmo procedimento dos itens 5.2.1, 5.2.2 e 5.2.3.

5.4 Controle de execução da argamassa

As argamassas serão controladas pelos ensaios de qualidade da água


e da areia, bem como do controle das proporções do traço estabelecido.

5.5 Calda de cimento

O controle da calda de cimento deve ser realizado antes da injeção,


inclusive o referente a resistência à compressão.

5.6 Critérios de aceitação e rejeição

O acabamento satisfatório das peças concretadas é controlado por


inspeção visual após a retirada das formas.

A resistência a compressão dos diversos concretos é controlada pelos


resultados aos 28 dias, devendo-se considerar aprovado quando fck do concreto for

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PAG. 15/16
igual ou superior ao fck do projeto e quando o controle estatístico indicar um
coeficiente de variação satisfatório.

As peças que não forem aprovadas deverão ser demolidas e refeitas


ou, quando possível, se fazer uma peça de reforço, consultado obrigatoriamente o
projetista.

6 MEDIÇÃO

6.1 Concretos

Os concretos, simples, armado, protendido ou ciclópico, serão medidos


pelo volume em metros cúbicos de concreto lançado no local, sendo o volume
calculado em função das dimensões indicadas no projeto ou, quando não houver
indicação no projeto, pelo volume medido no local de lançamento. Inclui o
fornecimento dos materiais, preparo, mão de obra, utilização de equipamento,
ferramentas, lançamento, adensamento, cura, controle e qualquer outro serviço
necessário a concretagem.

Os transportes dos agregados e cimento serão medidos pelas fórmulas


de transportes locais e comerciais, com base no peso em toneladas e na distância
em Km.

6.2 Argamassa

A argamassa será medida por metro cúbico aplicado, em função das


dimensões indicadas no projeto. Não caberá a medição em separado quando se
tratar de alvenaria de pedra argamassada.

Os transportes da areia e do cimento serão medidos pelas fórmulas de


transportes locais e comerciais, com base no peso em toneladas e na distância em
Km.

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PAG. 16/16
6.3 Alvenaria de pedra argamassada

A alvenaria de pedra argamassada será medida por metro cúbico


executada, volume este em função das dimensões indicadas no projeto ou, quando
não houver indicação no projeto, pelo volume medido no local de execução. Não
caberá a medição de argamassa quando se tratar de execução de alvenaria de
pedra argamassada.

Os transportes de pedra, areia e cimento serão medidos pelas fórmulas


de transportes locais e comerciais, com base no peso em toneladas e na distância
em Km.

6.4 Calda de cimento

Será medida em conjunto com a protensão.

7 PAGAMENTO

O concreto simples, armado, protendido ou ciclópico, a argamassa e


alvenaria de pedra argamassada serão pagos aos preços contratuais para a
quantidades aceitas e medidas conforme o item 6 e deverá incluir o custo do
fornecimento dos materiais, preparo, mão de obra com os encargos sociais,
utilização de equipamentos, ferramentas, transportes, lançamento, adensamento,
cura, controle e qualquer outro serviço necessário a concretagem.

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ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO SOP-ES-OAE-03/19


PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

Armaduras para concreto armado são barras e fios de aço que imersas
em massa de concreto de cimento Portland, formam peças, que de acordo com o
projeto, destinam-se a suportar carregamentos preestabelecidos dentro de
deformações previstas.

Somente poderão ser usados em obras de arte correntes/especiais as


barras, fios e telas de aço que atendam às condições estabelecidas nas ABNT-NBR
7480/85 (Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado) e
ABNT-NBR 7481/90 (Telas de aço soldadas para armadura de concreto). Outros
aços poderão ser utilizados em casos especiais após análise em laboratório nacional
idôneo e aprovação do projetista.

2 MATERIAIS

2.1 Barras e fios de aço

A qualidade das barras e fios de aço a empregar, será especificado no


projeto e deverá atender às prescrições da ABNT citadas.

As barras e os fios de aço são classificados nas categorias CA-25, CA-


40 e CA-50, além de CA-60 para os fios. Pelo projeto de fabricação são classificados
em barras de aço classe A e barras e fios de aço classe B.

2.2 Telas de aço

As telas de aço são fabricadas com fios de categoria CA-50B ou CA-


60. As tabelas dos fabricantes deverão conter, no mínimo, o nome da fábrica, o tipo
de aço, a designação da tela, a área de seção dos fios longitudinais e transversais,
em cm², o diâmetro dos fios longitudinais, em mm, o espaçamento entre os fios

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ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO SOP-ES-OAE-03/19


PAG. 02/08
longitudinais e transversais ou entre feixes longitudinais, em cm, e a massa por
unidade de área, em kgf/m².

3 EQUIPAMENTO

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento a ser utilizado,


dependerão do tipo e dimensões de cada serviço a executar. Assim, o executante
apresentará a relação detalhada do equipamento para cada obra, ou para um
conjunto de obras.

4 EXECUÇÃO

4.1 Corte e dobramento

O corte e dobramento das barras devem ser executados a frio, de


acordo com os detalhes do projeto, respeitando-se rigorosamente os raios de
curvatura indicados e as prescrições do projeto.

4.2 Amarração

Os ferros colocados nas formas deverão ser amarrados entre si por


meio de arame preto nº 18.

4.3 Emendas

As emendas serão especificadas no projeto e obedecerão às


especificações da ABNT-NBR 6118/80 (Projeto e execução de obras de concreto
armado), poderão ser por transpasse, com luvas rosqueadas, com soldas e outros
dispositivos, como luvas com preenchimento metálico.

Cada barra tracionada não poderá ter emendas afastadas de menos de


quatro metros. Não será permitida emenda por transpasse, para barras de bitola

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PAG. 03/08
menor que 25mm, nem para tirantes e pendurais, bem como, rosquear barras de aço
de classe B.

As emendas com solda poderão ser: de topo, por caldeamento, para


bitola não menor que 10mm, de topo, com eletrodo, para bitola não menor que
20mm; por transpasse, com pelo menos dois cordões de solda longitudinais ou
barras justapostas, com cordões de solda longitudinais. As barras de aço classe B
só poderão ser soldadas com eletrodo, executando-se a solda, por etapas e
aquecimento controlado. As soldas de barra de aço classe A deverão ser feitas com
eletrodos adequados, pré-aquecimento e resfriamento gradual.

4.4 Colocação

As amadura deverão ser colocadas nas formas, nas posições indicada


no projeto, sobre calços de argamassa de cimento e areia, pedaços de vergalhões
ou ainda sobre peças especiais (caranguejos), quando for o caso, de modo a
garantir os afastamentos necessários das formas.

As armaduras deverão ser limpas, sendo removidas ferrugens,


argamassas, manchas de óleo e graxa, antes de introduzidas em formas para
moldagem do concreto. Devem ser verificadas as dimensões, as posições indicadas
no projeto, os espaçamentos, os transpasses e os cobrimentos de todas as
armaduras.

4.5 Cobrimento e proteção da armadura

Como indicado no projeto, sendo no mínimo de 2,5cm para peças ao ar


livre, 3,0cm para concreto em contato com o solo, e 4,0cm para meio fortemente
agressivo. Se o solo sob a estrutura não for rochoso, será executada uma camada
de concreto simples, com o consumo mínimo de 250kgf de cimento por metro cúbico
e espessura mínima de 5,0cm.

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PAG. 04/08
5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Condições gerais

Serão consideradas armaduras para concreto armado, unicamente as


que satisfizerem às NBRs da ABNT de números 7480/85 e 7481/90 citadas.
.
As barras não deverão apresentar defeitos prejudiciais, tais como:
fissuras, esfoliações, bolhas, oxidação excessiva e corrosões.

Deverão ser rejeitadas as barras que não satisfizerem esta


especificação. Se a porcentagem de barras defeituosas for elevada de modo a
tornar praticamente impossível sua superação, todo o fornecimento deverá ser
rejeitado.

5.2 Tolerância

O diâmetro médio no caso de barras lisas de seção circular, poderá ser


determinado com o auxílio de um paquímetro. No caso de barras com mossas ou
saliências, ou de seção não circular, considera-se como diâmetro médio de seção
transversal de uma barra de aço fictícia, de seção circular com peso por metro igual
ao da barra examinada (peso específico de aço: 7,85kgf/cm³).

O peso nominal das barras é o que corresponde a seu diâmetro


nominal. O peso real das barras com diâmetro nominal igual ou superior a 10 mm,
deve ser igual a seu peso nominal, com a tolerância de 6%. Para as barras com
diâmetro inferior a 10mm a tolerância é de 10%. Em cada fornecimento de barras, de
mesma seção nominal deve ser verificado se são respeitadas as tolerâncias
indicadas.

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PAG. 05/08
5.3 Amostragem

Cabe ao comprador em cada fornecimento de barras de mesma seção


nominal e da mesma categoria: verificar o peso do material fornecido e se são
preenchidas as condições gerais do item 5.1, rejeitando as barras que não as
preencham; repartir as barra não rejeitadas em lotes aproximadamente do mesmo
peso, de acordo com o critério a seguir indicado, não se permitindo no entanto,
menos de dois lotes; separar ao acaso, de cada lote uma barra, e providenciar a
extração de uma das extremidades dessa barra, de um segmento com
aproximadamente 2 metros de comprimento, o qual será considerado como amostra
representativa do lote; efetuar a remessa dessa amostra devidamente autenticada, a
um laboratório convenientemente aparelhado para execução dos ensaios de
recebimento.

O peso de cada lote expresso em toneladas; será igual a 0,5 , sendo o


 o diâmetro nominal expresso em milímetros, arredondando-se esse peso para um
número inteiro de toneladas. Quando um grupo de barras puder ser identificado
como proveniente de uma única corrida de aço, o peso de cada lote poderá ser
aumentado para o dobro desses valores.

5.4 Ensaios

Cabe ao laboratório, recebida a amostra representativa do lote e


verificada a sua autenticidade, submetê-la aos ensaios de tração e dobramento,
obedecendo respectivamente as normas ABNT-NBR 6152/92 (Materiais metálicos –
Determinação das propriedades mecânicas à tração) e ABNT-NBR 6153/88 (Produto
metálico – Ensaio de dobramento semi-guiado), utilizando-se corpos de prova
constituídos por segmentos da barra, e tomando-se como área de seção transversal,
no caso de barras com mossas ou saliências, a área da seção transversal de uma
barra de aço fictícia, de seção circular, que tenha o mesmo peso por metro linear
que a barra ensaiada. Ao comprador será fornecido pelo laboratório o certificado
desses ensaios.

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ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO SOP-ES-OAE-03/19


PAG. 06/08
5.5 Aceitação ou rejeição do lote

Ao comprador compete cotejar para cada lote do fornecimento, os


resultados obtidos nos ensaios de recebimento, com as exigências desta
especificação. O lote só será aceito caso todos os ensaios referentes à amostra
sejam satisfatórios.

5.5.1 Critério da contraprova

Caso um ou mais desses resultados não satisfaçam às referidas


exigências, a barra da qual foi retirada a amostra é separada e rejeitada e são
retiradas para contraprova, de duas outras barras do mesmo lote, novas amostras
uma de cada barra, as quais serão submetidas aos ensaios a que se refere o item
5.4. O lote será aceito caso todos os resultados dos ensaios referentes às novas
amostras sejam satisfatórios. O lote será rejeitado caso qualquer um desses novos
resultados não satisfaçam às referidas exigências.

Se mais de 20% dos lotes de um fornecimento tiverem de ser


rejeitados, o comprador poderá rejeitar todo o fornecimento.

5.5.2 Critério estatístico

Em casos especiais mediante acordo entre o comprador e o


fornecedor, o critério de aceitação ou rejeição poderá ser o critério estatístico
indicado neste item:

a) O peso de cada lote será igual ao dobro do valor indicado no item


5.3;
b) De cada lote serão retirados pelo menos 5 amostra, provenientes
de 5 barras escolhidas ao acaso;
c) O lote será aceito caso todos os ensaios referentes a essas 5
amostras forem satisfatórios;

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ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO SOP-ES-OAE-03/19


PAG. 07/08
d) Caso um ou mais resultados do ensaio de tração não satisfaçam
aos requisitos mínimos exigidos por esta especificação e se todos
os ensaios de dobramento forem satisfatórios, serão retiradas
outras 5 amostras do lote, para ensaio de tração;
e) Para cada característica mecânica determinada nos dez ensaios de
tração, assim realizados, será calculado o respectivo valor médio e
o desvio padrão;
f) Será considerado como valor mínimo da referida característica
mecânica o valor médio diminuído de 1,65 vezes o desvio padrão:
Xi
sendo X  e s   (Xi - X) 2 / n  1
n
g) O lote será aceito caso esse valor mínimo assim definido, seja
superior ou igual ao mínimo exigido nesta especificação; será
rejeitado caso esse valor mínimo não satisfaça a essa exigência.

5.6 Condições impostas

No ensaio de tração, a amostra deve apresentar tensão de escoamento


e alongamento iguais ou superiores aos mínimos fixados no quadro seguinte para a
categoria correspondente. A relação entre a tensão de ruptura e a tensão de
escoamento, em cada amostra deverá ser pelo menos igual ao mínimo fixado nesse
quadro.

No ensaio de dobramento com o cutelo, pino ou calço, indicado no


quadro seguinte, para a categoria correspondente, a amostra deve suportar o
dobramento de 180° sem ruptura ou fissuração.

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ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO SOP-ES-OAE-03/19


PAG. 08/08
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS EXIGÍVEIS DAS BARRAS DE AÇO
DETINADAS A ARMADURAS DE PEÇAS DE CONCERTO ARMADO

DISTINTIVO
ENSAIO DE TRAÇÃO ENSAIO DE DOBRAMENTO DA
CATEGORIA
CATEGORIA TENSÃO DE TENSÃO DE ALONGAMENTO DIÂMETRO DO PINO OU
CA ESCOAMENTO RUPTURA EM CUTELO
 10  (ÂNGULO DE 180°) COR
MÍNIMA MÍNIMA
MÍNIMO  mm  mm
kgf/mm² kgf/mm²
BARRAS
CA - 25A 25 1,5 18% 1 2 CINZENTA
CA - 40 A ou B 40 1,1 10% 3 4 VERMELHA
CA - 50 A ou B 50 1,1 8% 4 5 BRANCA
CA - 60 A ou B 60 1,1 7% 5 6 AZUL
FIOS
CA - 50B 50 1,1 6% 4 BRANCA
CA - 60B 60 1,1 6% 5 AZUL

 - Diâmetro da seção transversal de uma barra de aço fictícia, de seção circular,


com peso por metro igual ao da barra ensaiada.

6 CRITÉRIO DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO

6.1 Medição

As armaduras para concreto armado incluindo todos os serviços


necessários a execução, serão medidos por quilograma de aço colocado nas
formas, de acordo com o projeto.

6.2 Pagamento

O serviço será pago pelo preço unitário contratual para as quantidades


aceitas e medida conforme o item 5.1 e incluem todas as etapas de execução, bem
como mão de obra com encargos sociais, equipamentos, ferramentas, fornecimento
de todos os materiais utilizados, transportes, limpeza, acabamento e quaisquer
outros serviços necessários a execução da armadura.

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

Esta especificação estabelece a sistemática adotada no recebimento,


corte e aplicação de fios, barras e cordoalhas que compõem as armaduras para
concreto protendido.

As armaduras são constituídas dos seguintes elementos:

a) Cordoalha de sete fios - constituída de seis fios de mesmo


diâmetro nominal, encordoados juntos, em forma helicoidal, com
um passo uniforme em torno de um fio central;
b) Cordoalha de dois e três fios - constituída de dois ou três fios do
mesmo diâmetro nominal, encordoados juntos, em forma helicoidal
com um passo uniforme;
c) Lance - comprimento contínuo de cordoalha;
d) Rolo - comprimento de cordoalha apresentado em espiras
concêntricas, formando um volume compacto;
e) Carretel - núcleo de madeira ou de outro material, no qual é
enrolado certo comprimento de cordoalha.

Somente fios, barras e cordoalhas que atendam as condições


estabelecidas pelas normas da ABNT citadas nessas especificações poderão ser
usados em obra de arte especiais. Deverão ser do tipo e qualidade indicados no
projeto, apresentar homogeneidade quanto às suas características geométricas e
mecânicas a ser isentos de defeitos prejudiciais. Não sendo permitida solda ou
qualquer emenda nos fios ou cordoalhas fornecidos.

2 MATERIAIS

2.1 Fios

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 02/08
Conforme a ABNT-NBR 7482/2008 (Fios de aço para concreto
protendido), os fios apresentam-se com diâmetros variando de 4,0mm a 8,0mm,
fornecidos em rolos com diâmetros internos de 1,2mm a 2,2mm. Classificam-se em
duas categorias para cada diâmetro nominal, conforme a resistência a tração.
Conforme o comportamento, classificam-se em relaxação normal (RN) e relação
baixa (RB).

Deve ser verificada a identificação de cada rolo, deverá indicar: o nome


ou símbolo do produto; número da ABNT-NBR 7482/2008; designação do produto
(categoria: 150,160 ou 170 e relação: RN ou RB); diâmetro nominal do fio, em mm e
o número do rolo.

2.2 Cordoalhas

De acordo com a ABNT-NBR 7483/2008 (Cordoalhas de aço para


concreto protendido), as cordoalhas são constituídas de 2, 3 e 7 fios. Quanto a
resistência à tração as de sete fios, classificam-se em categoria CP-175 e CP-190 e
conforme o comportamento na relaxação em normal (RN) e baixa (RB). Para as
cordoalhas de dois e três fios é prevista somente a categoria CP-180 e relaxação
normal (RN). O número correspondente a classificação à tração corresponde ao
limite de resistência à tração mínima na antiga unidade kgf/cm². O diâmetro nominal
da cordoalha de 7 fios varia de 6,4mm a 15,2mm. O da cordoalha de 2 fios de 2mm
x 2,0mm a 2mm x 3,5mm e da de três fios de 3mm x 3,0mm.

A identificação de cada rolo ou carretel deverá indicar: o nome ou


símbolo do produto; número da ABNT NBR 7483/2008; designação do produto
(número de fios da cordoalha; categoria: 175, 180 ou 190, e relaxação: RN ou RB);
diâmetro nominal da cordoalha, em mm; número do rolo ou carretel; massa líquida,
em kg, comprimento nominal, em mm e quantidade em comprimento dos lances.

2.3 Barras de alta resistência

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 03/08
As barras de aço de alta resistência são fornecidas em peças
retilíneas, de comprimento limitado. Apresentam diâmetro de 32mm, fabricada em
aço 85/100, 42/50 ou 50/55, o primeiro número representando o limite de
escoamento e o segundo, o limite de ruptura, em KN/cm².

2.4 Bainhas

As bainhas servem para isolar os cabos do concreto. Em cabos de


aderência posterior serão metálicas, flexíveis, corrugadas e serão rígidas em cabos
retilíneos. O fornecimento será em rolos ou varas retilíneas ou serão fabricadas no
próprio canteiro.

2.5 Armaduras passivas

Deverão atender ao prescrito na especificação de obras de arte


especiais - Armaduras para concreto armado (SOP-ES-OAE 03/19).

3 EQUIPAMENTO

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento dependerá do


processo adotado e da execução do serviço a realizar; o tipo e número dos macacos
de protensão e bombas de alta pressão deverão constar da relação.

4 EXECUÇÃO

4.1 Armazenagem

Os fios, barras, cordoalhas, bainhas e cabos já confeccionados


deverão ser armazenados com cuidados especiais, em local abrigado e colocados
sobre estrados de madeira, no mínimo 20,0cm acima do solo. A estocagem deve ser
pelo menor tempo possível, evitando a mistura de aços de diferentes procedências,
partidas ou características.

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 04/08
4.2 Emendas

Os fios e cordoalhas não serão emendados. As barras de aço duplo


filetado poderão ser emendadas através de luvas. As bainhas devem ser
emendadas por meio de luvas apropriadas que garantam a impermeabilidade.

4.3 Preparação e montagem dos cabos nas formas

Os fios e cordoalhas deverão ser cortados de acordo com o projeto e


apresentar-se isentos de sujeira, óleo ou outras substâncias estranhas, tolerada uma
leve oxidação, desde que superficial, leve e uniforme, sem pontos de corrosão na
superfície.

O diâmetro mínimo da bainha dependerá do tipo de cabo utilizado e do


processo de enfiação. Se for posterior à concretagem do elemento estrutural como é
geralmente exigido, serão previstos diâmetros maiores e paredes mais espessas.

Cada cabo será constituído por fios ou cordoalhas de uma mesma


partida de aço.

Todas as bainhas terão purgadores nos locais indicados no projeto,


suas extremidades protegidas contra a entrada de água e detritos, e não estarem
amassadas, com corrosão ou com estrangulamentos localizados.

4.4 Ancoragens

Empregar as ancoragens isentas de sujeiras, óleos, graxas e colocá-


las nas posições previstas no projeto. Nas ancoragens mortas em que a armadura
se apoia em chapas metálicas, serão eliminadas as folgas nas partes apoiadas.

Deverão ser adotados cuidados com as armaduras especiais de


fretagem.

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 05/08
5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle do material

Exigir certificados de ensaios do material fornecido pelo fabricante,


contendo data de realização dos ensaios, identificação do lote, com a quantidade e
numeração respectiva dos rolos ou carretéis e as características dimensionais,
mecânicas e químicas do lote.

O executante deverá adotar ainda os procedimentos seguintes:

a) verificar a integridade física das armaduras;


b) fiscalizar o comprador na aceitação do material;
c) analisar as características do material utilizado pelo comprador;
d) realizar ou contratar firmas especializadas para o controle de
qualidade do material.

As amostras deverão ser retiradas da extremidade de cada rolo ou


carretel, com comprimento suficiente para três corpos de prova e não deverão ser
submetidos a nenhuma forma de tensionamento ou de aquecimento após a
fabricação. Para o comprimento mínimo de cada corpo de prova é recomendado: L =
Lo + 45 Sn , sendo Lo = 40d para barras e fios e quatro vezes o passo para
cordoalha e Sn a área nominal da seção reta do corpo de prova.

Os ensaios a realizar e o número de amostras contam da tabela


apresentada a seguir.

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 06/08
Número de
Ensaios Norma Amostras/Frequência
de Ensaios
Tração: determina a tensão a
1% de alongamento, o limite de
NBR 6349/92
resistência à tração e o Uma amostra de
alongamento após a ruptura qualquer das
Dobramento alternativo NBR 6004/84 extremidades de um
Determinação dos valores de rolo, de cada lote de
Fios relaxação para tensão inicial cinco unidades ou
equivalente a 70% ou 80% do NBR 7484/92 fração
limite de resistência mínima
estabelecido
Tração: determinação do
diagrama de tensão - NBR 6349/92 Cada corrida ou fração
deformação
Tração: determinação do Um traçado de gráfico
gráfico carga - deformação NBR 6349/92 para cada cinco corpos
de prova ou fração
Tração: carga a 1% de
Uma amostra da
alongamento, a carga de
NBR 649/92 extremidade de cada
ruptura e o alongamento sob
Cordoalhas rolo ou carretel
carga de ruptura
Tração: determinação do valor
de estricção em todos os fios Uma determinação de
constituintes da cordoalha, NBR 6349/92 cada dez unidades ou
adotando-se 25% de estricção fração
do valor mínimo

As Normas ABNT NBR 6349 e ABNT NBR 7484 abrangem também


métodos de ensaios para barras.

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 07/08
As tolerâncias nos diâmetros dos fios são de  0,05mm, nas
cordoalhas de sete fios variam de + 0,3 a 0,2mm para CP-175 RN 6,4 a CP-175 RN
9,5 de  0,3 para CP 175 RN 11 a CP-175 RN 15 e de + 0,4 a -0,2 para toda da
categoria RN 190. A mesma tolerância para os fios de relaxação baixa (RB). Nas
cordoalhas de dois e três fios, a tolerância no diâmetro é de  0,3mm.

A tolerância na área, tanto para fios como cordoalhas, é de 8% acima


do mínimo tabelado.

5.2 Controle de execução

Verificar a posição da bainha, de acordo com o projeto, admitida uma


tolerância de 5mm. A posição das ancoragens deve também ser verificadas,
admitindo-se tolerância de 1,0mm.

5.3 Critérios de aceitação e rejeição

5.3.1 Aceitação

O lote é aprovado se não apresentar fios, barras, cordoalhas, bainhas,


ancoragens com defeitos prejudiciais e se satisfatórios os resultados dos ensaios
relacionados no item 5.1 e atendido aos valores mínimos constantes das normas
ABNT-NBR-7482/2008 (Fios de aço para concreto protendido) e ABNT-NBR
7483/2008 (Cordoalhas de aço para concreto protendido). Se qualquer corpo de
prova não atender aos valores mencionados, serão retiradas e submetidas a
reensaios duas amostras adicionais da mesma extremidade do rolo ou carretel. Se
os resultados dos ensaios destes dois corpos de prova atenderem aos valores
mínimos especificados, o rolo ou carretel correspondente será aceito.

5.3.2 - Rejeição

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ARMADURAS PARA CONCRETO PROTENDIDO SOP-ES-OAE-04/19


PAG. 08/08
Se o valor de estricção nos fios e cordoalhas não atendendo ao
especificado a determinação será feita em todos os rolos ou carretéis
remanescentes.

De qualquer dos resultados de reensaios falhar, o rolo ou carretel


correspondente será rejeitado.

A liberação e o emprego do produto não serão condicionados ao


ensaio de relaxação, podendo basear-se em resultados recentes ou regularmente
obtidos com material da mesma categoria.

6 CRITÉRIO DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO

6.1 Medição

As armaduras, para concreto protendido, serão medidas de acordo


com as indicações do projeto como segue:

a) aço - em quilograma de aço colocado nas formas;


b) aço duro - em quilograma de aço empregado;
c) preparo e montagem dos cabos - por metro linear de cabo
empregado;
d) bainhas - por metro linear empregado;
e) ancoragens - por unidade empregada, separando as ancoragens
ativas e passivas ou mortas.

6.2 Pagamento

O serviço será pago pelo preço unitário contratual para as quantidades


aceitas e medidas, conforme o item 6.1 e incluem todas as etapas de execução, bem
como mão de obra com encargos sociais, equipamentos, ferramentas, fornecimentos
de todos os materiais utilizados, transportes, limpeza, acabamento e quaisquer
outros serviços necessários à execução da armadura para concreto protendido.

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FORMAS E CIMBRES SOP-ES-OAE-05/19


PAG. 01/05
1 DEFINIÇÃO

Formas são moldes para execução de peças em concreto de cimento


Portland. Os cimbres são o conjunto de moldes, formas e suportes de escoramentos,
usados para execução de peças em concreto de cimento Portland.

2 MATERIAIS

2.1 Formas

As formas poderão ser de madeira ou metálicas, sem deformações,


defeitos, irregularidades ou pontos frágeis, que possam vir a influir na forma,
dimensão ou acabamento das peças de concreto a que sirvam de molde.

Revestimentos de chapas metálica, ou chapas de madeira


compensada à prova d'água, poderão ser adotados, objetivando o melhor aspecto
das peças a serem moldadas.

A escolha dependerá do vulto da obra, das condições locais e das


recomendações do projetista.

2.2 Cimbres

O cimbre das estruturas em execução, deverá ser constituído de peças


de madeira roliças ou serradas ou peças metálicas preferencialmente, sem
deformações, defeitos, irregularidades ou pontos frágeis, com capacidade de
suportar o peso das peças no período que antecede o endurecimento do concreto e
o início do trabalho de suporte da estrutura.

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FORMAS E CIMBRES SOP-ES-OAE-05/19


PAG. 02/05
3 EQUIPAMENTOS

A natureza, capacidade e quantidade dos equipamentos a utilizar


dependerão do tipo e dimensão de cada serviço a executar. O executante deverá
apresentar a relação detalhada do equipamento a ser utilizado em cada obra, ou
conjunto de obras.

4 EXECUÇÃO

4.1 Formas

As formas deverão ser executadas com uma contra flecha, tal que,
após a retirada do escoramento a estrutura adquira a forma prevista no projeto.

Deverão ser evitadas as exposições demoradas das formas às


intempéries, ser vedadas todas as juntas e feita limpeza cuidadosa, especialmente
em peças estreitas e profundas, bem como, molhadas abundantemente, antes do
lançamento do concreto. Em pilares, deixar aberturas provisórias para facilitar a
limpeza.

Deverão ainda ser construídas de maneira a permitir fácil remoção sem


danificar o concreto, evitar os cantos vivos com a utilização de chanfros triangulares.

Os tirantes ou outros dispositivos metálicos que atravessam o concreto,


usados para manter a forma no lugar, deverão ser removidos até uma profundidade,
no mínimo igual a do cobrimento das armaduras. Tratar os furos resultantes com
argamassa idêntica a do concreto a ser reparado.

O prazo para desmoldagem será previsto pela ABNT NBR 6118/80


(Projeto e execução de obras de concreto armado).

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FORMAS E CIMBRES SOP-ES-OAE-05/19


PAG. 03/05
4.2 Cimbres

O cimbramento deverá ser projetado e construído de modo que receba


todos os esforços atuantes sem sofrer deformações. Para isto, deverão ser evitados
apoios em elementos sujeitos a flexão, bem como adotados contraventamentos para
obtenção da rigidez necessária.

Quando o terreno natural for rochoso ou mesmo de uma boa


consistência, sem ser suscetível à erosão ou ao desmoronamento, o cimbramento
poderá apoiar-se diretamente sobre a rocha, ou sobre pranchões dispostos
horizontalmente, no caso solos. Deverão ser cravadas estacas quando o terreno não
tiver a capacidade de suporte necessário.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Somente utilizar madeira com a aprovação para exploração. O material


resultante da desforma e do descimbramento será removido do local e não deve ser
lançado na faixa de domínio e nem nos cursos d'água.

Deverão ser adotados cuidados para evitar represamento e


empoçamento d'água que possam produzir áreas insalubres proliferadoras de
mosquitos e outros vetores. Os solos vegetais da área destinada à instalação do
canteiro de obra serão estocados em local não sujeito à erosão e reincorporados à
origem após a desmobilização, abrangendo a recuperação de uso da área de origem
após conclusão da obra.

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Materiais

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FORMAS E CIMBRES SOP-ES-OAE-05/19


PAG. 04/05
Os materiais empregados na execução de formas e cimbres devem ser
de boa qualidade com resistência suficiente para não se deformarem quando
submetidos às cargas, objetivando a boa técnica e a perfeição dos serviços.

6.2 Execução

Verificar cuidadosamente as dimensões, cotas, nivelamento,


alinhamento das formas, antes, durante e após a concretagem.

O controle das deformações verticais do cimbre deverá ser feito com


nível de precisão, devendo-se implantar na obra uma Referência de Nível (RN) de
fácil acesso. Qualquer deformação verificada implicará no reforço do cimbre em
tempo hábil.

O prazo para a desmoldagem e descimbramento será fixado em


projeto.

6.3 Aceitação

Serão aceitas as formas e os cimbres (escoramentos) que atendam as


recomendações contidas nesta especificação.

6.4 Rejeição

Serão rejeitadas as formas e os cimbres que apresentarem defeitos


que coloquem em risco a obra e não atendam as recomendações acima.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO

7.1 Medição

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FORMAS E CIMBRES SOP-ES-OAE-05/19


PAG. 05/05
7.1.1 Formas

As formas serão medidas por metro quadrado de superfície de forma


colocada, não cabendo medição em separado para escoras laterais, tirantes,
travejamento e quaisquer outros serviços necessários ao seu posicionamento.

7.1.2 Cimbres

Os cimbres (escoramentos) serão medidos em metros cúbicos através


do volume compreendido entre a superfície inferior do estrado (laje) da obra, sua
projeção horizontal sobre o terreno e as superfícies determinadas pelas projetantes.

Desse volume será descontado o volume dos elementos estruturais de


concreto do mesmo, porventura, existentes. Caso seja executado cimbres
(escoramentos) laterais, os mesmos serão medidos através do volume excedente ao
volume medido sob a projeção da obra.

7.2 Pagamento

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, para as


quantidades medidas conforme o item 7.1 e incluem todas as etapas de execução
bem como mão de obra com encargos sociais, equipamentos, ferramentas,
fornecimento e transportes de todos os materiais utilizados, limpeza, acabamento e
eventuais.

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FUNDAÇÕES SOP-ES-OAE-06/19
PAG. 01/22
1 DEFINIÇÃO

Fundação é a parte da obra de arte especial destinada a transmitir ao


solo os esforços provenientes do peso próprio e das cargas atuantes.

As fundações classificam-se em dois grandes grupos: fundações


superficiais e profundas.

As fundações superficiais, também chamadas rasas ou diretas, no caso


particular das obras de arte especiais são constituídas por blocos ou sapatas.

As fundações profundas são constituídas por estacas, tubulões e


caixões.

O projeto das fundações de uma obra de arte depende, além da


natureza da superestrutura, das condições do terreno em que se implanta: tipo de
solo, geologia, topografia, condições de erosão. A execução das fundações está
quase sempre, ligada a serviços complementares, tais como: escavações,
escoramentos, drenagem de cavas e rebaixamento de lençol d'água.

a) Fundações superficiais

No caso particular das pontes, as fundações superficiais são


constituídas por blocos ou sapatas.

- Blocos - são elementos de fundação dimensionados de modo que as


tensões de tração nelas produzidas possam ser resistidas pelo
concreto, sem necessidade de armadura. Geralmente, seu
dimensionamento permite o emprego de alvenaria de pedra
argamassada e concreto ciclópico, devendo nesse caso serem
atendidas as condições estabelecidas nas especificações dos citados
serviços.

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FUNDAÇÕES SOP-ES-OAE-06/19
PAG. 02/21
- Sapatas - são elementos de fundação dimensionados de modo que as
tensões de tração neles produzidas requerem o emprego de armadura.
As sapatas podem ter espessura constante ou variável, e suas bases
em planta são geralmente, quadradas, retangulares, octogonais ou
circulares.

b) Fundações Profundas

Utilizadas quando os solos resistentes estão a profundidade difíceis de


atingir por escavações convencionais. São as fundações: em estacas, tubulões e
caixões, descritas a seguir.

- Estacas - elementos estruturais longos e esbeltos que, colocados no


solo por cravação ou perfuração do mesmo, tem a finalidade de
receber carga ou compactar o solo.

- Tubulões: elementos estruturais cilíndricos, que podem ser executados a


céu aberto ou com o emprego de ar comprimido. Podem ser
executados sem ou com revestimento, de concreto ou aço, neste caso
a camisa pode ser perdida ou recuperada. Os tubulões cilíndricos
podem ter a base alargada.

- Caixões: constituem um caso particular das fundações em tubulão. O


caixão tem, geralmente, forma prismática, e suas paredes podem ser
metálicas ou, mais frequentemente, de concreto armado. Podem ser
executados a céu aberto ou com ar comprimido, podendo ter ou não a
base alargada.

Os caixões podem ser pré-fabricados, em seções, e transportados para


o local em que deverão ser implantados. Dependendo de suas dimensões, os
caixões poderão ser divididos por paredes internas, que formam câmaras de
trabalho independentemente. À medida que se escava em seu interior, o caixão
penetra no terreno.
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FUNDAÇÕES SOP-ES-OAE-06/19
PAG. 03/21
2 MATERIAIS

2.1 Concreto

Deverá satisfazer a especificação SOP-ES-OAE 02/19 (Concretos e


argamassas) e apresentar qualidades outras, tais como: permeabilidade,
estanqueidade, compatibilidade com a agressividade do meio ambiente, exposição
ou confinamento a presença de água.

2.2 Aço

O aço empregado nas armaduras deverá estar de acordo com a


especificação SOP-ES-OAE 03/19 (Armaduras para concreto armado). Também
poderão ser empregados perfis e chapas de aço na confecção de estacas e
tubulões. Qualquer material escolhido deverá sempre atender as indicações do
projeto.

2.3 Madeira

A madeira quando considerada material integrante das fundações será


sempre a madeira-de-lei, de primeira qualidade, e será protegida contra ataque de
organismos. Usar outro tipo de madeira somente em serviços provisórios, tais como:
escoramento de cava e estacas de escoramento.

2.4 Pedra para alvenaria

A pedra para alvenaria empregada nas fundações deverá ser resistente


e durável, oriunda de granito, gnaisse ou outra rocha sadia e aceitável. Poderá ter
acabamento grosseiro e forma variada, porém possuir faces razoavelmente planas.
Cada bloco de pedra deverá ter no mínimo espessura de 20,0cm, largura de 30,0cm
e comprimento de 60,0cm, e ser livre de depressões ou saliências que dificultem
assentamento adequado ou provoquem enfraquecimento da alvenaria.

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FUNDAÇÕES SOP-ES-OAE-06/19
PAG. 04/21
2.5 Argamassa

A argamassa será de cimento e areia e deverá resistir as tensões


indicadas no projeto. Para as alvenarias de pedra indica-se o traço em volume de
cimento e areia de 1:3. Em casos especiais, tais como alvenaria de pedra
argamassada com recebimento de armadura, a relação em peso água/cimento não
deve exceder a 0,50.

3 EQUIPAMENTO

A natureza, capacidade e quantidade do equipamento utilizado


dependerão do tipo do serviço a executar. O executante apresentará a relação
detalhada do equipamento empregado em cada obra. Serão de uso obrigatório,
dependendo do serviço, os seguintes equipamentos: bate estacas, martelo de
gravidade, automáticos ou vibradores, perfuratriz, gerador e equipamentos para
escavação de estacas e injeção de argamassa, campânulas, compressores,
guinchos, betoneiras de no mínimo 320 litros ou central de concreto.

4 EXECUÇÃO

4.1 Locação

A escavação para fundação será feita em conformidade com o


alinhamento, cotas e profundidades indicadas no projeto. Sempre que necessário,
serão feitas sondagens complementares de reconhecimento do subsolo.

Não será permitido reaterro de qualquer natureza para compensar


escavações feitas além do limite da fundação. Caso ocorra, a regularização do
excesso será realizada com concreto, de resistência compatível com a fundação,
após verificar a estabilidade para novas condições. Nas escavações a céu aberto
será vedada a escavação além de um metro das faces externas da fundação, a
menos que expressa no projeto.

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FUNDAÇÕES SOP-ES-OAE-06/19
PAG. 05/21
4.2 Escoramento de cavas de fundação (ensecadeiras)

As ensecadeiras poderão ser de madeira ou metálicas, face a


profundidade da escavação, suas dimensões em planta e natureza do solo deverão
possuir medidas internas suficientes para a manipulação das formas e o eventual
bombeamento d'água do interior.

Deverão ser detalhadas previamente, para permitir a retirada do


contraventamento durante o processamento da concretagem das fundações. Em
caso contrário, os contraventamentos que ficarem incorporados à massa do concreto
deverão ser de aço. Depois de completada a estrutura, os contraventamentos
expostos serão cortados em pelo menos 5cm para dentro da face externa e as
cavidades resultantes serão preenchidas com argamassa de cimento e areia de
traço 1:3, em volume.

4.3 Blocos e sapatas

Após a escavação deve ser verificado se, na cota prevista no projeto, o


terreno encontrado corresponde ao revelado pela sondagem mais próxima; em caso
contrário, deverá ser analisado o aprofundamento da cota.

Deve ser evitado a infiltração de água na escavação aberta, a fim de


que não seja alterada a consistência do solo de fundação, quando argiloso, ou o
fator água/cimento do concreto, portanto os blocos e sapatas deverão ser
concretados, sempre que possível, a seco. Quando a concretagem for sob água, sua
dosagem de cimento será aumentada de 20% em peso, não se admitindo consumo
inferior a 350kg/m³.

Antes de ser colocada a armação da base, o fundo deve ser


regularizado com uma camada de concreto magro, com espessura de pelo menos
5,0cm.

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PAG. 06/21
Quando fundações muito próximas tiverem suas bases em níveis
diferentes, devem ser executadas primeiro as de cotas mais baixas, para evitar que
escavações de fundações mais baixas descalcem as fundações mais altas.

4.4 Estacas

4.4.1 Estacas de madeira

É desaconselhável o emprego de estacas de madeira em fundações de


obras de arte especiais.

Elas poderão ser empregadas nas fundações de obra de arte especiais


somente quando indicado no projeto e forem encontradas condições satisfatórias
sobre a conveniência de tal medida, neste caso, em fundações definitivas, deverão
ter seus topos e cota de arrasamento abaixo do nível d'água permanente.

A cabeça e a ponta da estaca de madeira devem ser protegidas, com


capuz de madeira e cintamento para não sofrerem danos, durante a cravação.
Quando durante a cravação, ocorrer algum dano na cabeça da estaca a parte
afetada deve ser cortada.

As emendas deverão ser evitadas, bem como, a sua cravação em


terrenos com matacões.

4.4.2 Estacas de aço

Podem ser constituídas de perfis laminados ou soldados, simples ou


múltiplos, tubos de chapas dobradas, tubos sem costura e trilhos.

As emendas deverão oferecer a maior resistência possível e neste


caso executadas de acordo com os detalhamentos do projeto. Deverão ser
praticamente retilíneas e resistir à corrosão, pela natureza do aço ou por tratamento
adequado quando inteiramente enterradas, as estacas de aço dispensam tratamento
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PAG. 07/21
especial, porém havendo segmento exposto ou cravado em aterro com materiais
capazes de atacar o aço, é obrigatório a proteção do segmento com um
encamisamento de concreto.

As estacas tubulares de aço, geralmente constituídas de chapa


calandrada e soldadas, segundo a geratriz do cilindro, deverão apresentar de
preferência extremidade inferior fechada. O concreto utilizado deverá apresentar
resistência mínima de 12 MPa (120kgf/cm²), armado ou não, conforme indicado no
projeto.

As estacas metálicas constituídas por trilhos deverão ter seu emprego


evitado. No caso de utilizadas somente serão recomendáveis as compostas por três
trilhos soldados pelos patins. A carga admissível deverá ser considerada com uma
redução de 25% em relação às estacas de seção equivalente, compostas de perfis
metálicos. A seção da estaca de trilho considerada deverá ser a menor existente ao
longo da mesma.

4.4.3 Estacas pré-moldadas de concreto

As estacas pré-moldadas, executadas em concreto armado vibrado,


concreto armado centrifugado e concreto protendido terão suas formas e dimensões
indicadas no projeto.

As de concreto vibrado, poderão ser executadas no próprio canteiro de


serviço e sua fabricação será feita por lotes, em áreas protegidas das intempéries.

Para fins de controle de qualidade, cada estaca deverá ser identificada


pelo número do lote e data de concretagem. Todas as estacas de um lote deverão
ser de um mesmo tipo.

O concreto de cada estaca deverá ser lançado na forma de madeira


contínua revestida com folha metálica ou de perfil metálico, convenientemente
vibrado. Cuidados especiais deverão ser tomados para não deslocar a armadura,
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mantendo o cobrimento igual ou superior a 3,0cm, para obter o acabamento da face
superior tão perfeito quanto o das demais. As formas deverão estar em posição
horizontal e sobre plataforma indeformável, nivelada e drenada.

As formas laterais poderão ser retiradas 24 horas após a concretagem,


as estacas serão apoiadas em todo o comprimento, no mínimo pelos primeiros sete
dias. As estacas deverão ser empilhadas separadas, uma das outras, por calços de
madeira, continuando o período da cura. O sistema adotado para transporte,
armazenamento e colocação na posição de cravação, nas guias dos bate-estacas
deverão impedir qualquer fratura ou estilhaçamento do concreto.

A suspensão das estacas, o apoio quando colocadas horizontalmente e


o transporte para o bate-estacas merecem cuidados especiais do executante, como
providenciar a substituição das estacas eventualmente danificadas por outra em
perfeitas condições de utilização, sem ônus adicional para o contratante.

4.4.4 Estacas de concreto moldadas no local

As estacas de concreto moldadas no local serão executadas nas


posições previstas no projeto, com o auxílio de um tubo cravado até a cota exigida e
que será retirado gradualmente à medida que se procede o enchimento com
concreto apiloado ou comprimido. A ponta do tubo deverá ser mergulhada no
concreto em no mínimo 30,0cm. Incluem-se ainda, as estacas com fuste pré-
moldado, cravadas nos bulbos com o concreto ainda fresco, antes da retirada do
tubo, e as estacas tubadas cravadas nas suas posições definitivas, com o auxílio de
um tubo metálico, não recuperáveis, preenchidos com concreto.

A recuperação das camisas metálicas só poderá ser realizada quando


a natureza do solo permitir e contar com auxílio de mão de obra especializada. Caso
contrário, o revestimento deverá permanecer definitivamente no solo, incorporado à
estaca, que passará à estaca tubada.

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PAG. 09/21
Caso prevista a execução de uma base alargada (bulbo) de concreto,
deverá ser executada antes do início da retirada do tubo.

Sendo o tubo recuperável ou não, a extremidade inferior da estaca será


aberta e a descida conseguida por:

a) fechamento da ponta por meio de uma rolha e descida do tubo por


cravação;

b) ponta do tubo aberta, para retirada do material terroso do seu


interior por meio de equipamento especial e descida do tubo pelo
próprio peso ou por ação de uma pequena força externa.

Ao ser cravado o tubo, recuperável ou não, no caso de sair a rolha e o


tubo ser invadido por água, lodo ou outro material, deverão os mesmos ser expulsos
por meio de uma nova rolha mais compactada, ou então o tubo será arrancado e
cravado novamente no mesmo local, enchendo-se o furo com areia. Antes do
lançamento do concreto, feito sem interrupção em toda estaca, a fiscalização deve
comprovar o interior do tubo seco e limpo.

No caso de estaca tubadas, o lançamento de concreto em qualquer


delas somente poderá ser feito depois de cravados todos os tubos até a sua posição
definitiva, num raio de 1,50m a partir da estaca considerada.

Quando concretada uma estaca tubada, nenhuma outra poderá ser


cravada a menos de 4,50m de distância, em qualquer direção, salvo se já tiver sido
lançado o concreto há mais de sete dias. O lançamento do concreto dentro do tubo
deverá ser feito em camadas de, no máximo 50,0cm de espessura, e somente após
a colocação da armadura da estaca. Cada camada deverá ser vibrada ou fortemente
compactada, antes da concretagem da camada seguinte, procedendo-se
lançamento ininterrupto, desde a ponta até a cabeça da estaca, sem segregação
dos materiais.

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FUNDAÇÕES SOP-ES-OAE-06/19
PAG. 10/21
Os tubos poderão ser soldados, caso necessário executar acréscimos,
preservando a estanqueidade do tubo para não haver penetração de água ou outro
material. Os tubos deverão ser soldados de topo, em toda seção transversal com
emprego de solda elétrica.

4.4.5 Estacas mistas

São constituídas pela associação de dois tipos de estacas, já


considerados, não será permitida a associação de mais de dois tipos. Destinam-se a
aterros particularmente difíceis ou fundações com problemas especiais.

4.4.6 Disposições construtivas

A execução de estacas poderá ser feita por cravação, percussão,


prensagem ou perfuração. A escolha do equipamento será de acordo com o tipo e
dimensão da estaca, características do solo, condições de vizinhança e
peculiaridade do local.

4.4.6.1 - Cravação

Antes do início da cravação, deverão ser definidos os elementos


seguintes:

a) capacidade de carga da estaca;


b) comprimento aproximado;
c) seção transversal;
d) peso do martelo do bate-estacas;
e) altura de queda do martelo;
f) nega nos dez últimos golpes.

Não será aceita, em qualquer caso, penetração superior a 3,0cm (três


centímetros) nos dez últimos golpes.

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PAG. 11/21
A cravação de estacas através de terrenos resistentes a sua
penetração, poderá ser auxiliada com jato d'água ou ar, ou mesmo perfuração. Para
estacas trabalhando à compressão, a cravação final deverá ser feita sem estes
recursos, cujo emprego será levado em consideração no cálculo da capacidade de
carga da estaca e também na análise do resultado da cravação.

Toda estaca danificada nas operações de cravação devido a defeitos


internos, ou de cravação, deslocamento de posição, ou topo abaixo da cota de
arrasamento fixada no projeto, será corrigida às expensas do executante, que
adotará um dos procedimentos seguintes:

a) a estaca será arrancada e cravada outra no mesmo local;


b) uma Segunda estaca será cravada em posição adjacente a da
estaca defeituosa;
c) a estaca será emendada com uma extensão suficiente para
atender o objetivo.

O furo deixado por uma estaca deverá ser preenchido com areia,
mesmo que uma nova estaca seja cravada no mesmo local.

Uma estaca será considerada defeituosa quando tiver fissura ou várias


fissuras visíveis que se estendam por todo o perímetro de sessão transversal, ou
quando acusar qualquer defeito que afete sua resistência ou vida útil.

Nos casos de estacas de madeiras, aço e pré-moldados de concreto,


para carga admissível até 1000N (100 tf) quando empregado um martelo de queda
livre, a relação entre os pesos do pilão e da estaca deve ser igual ou superior a 0,5
para estacas pré-moldadas de concreto e 1,0 para estacas de aço ou de madeira.

No caso de uso de martelo automático ou vibratório deverão ser


seguidas as recomendações do fabricante. O equipamento de cravação deverá ser
dimensionado de modo a levar a estaca até a profundidade prevista para sua
capacidade de carga, sem danificá-la.
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PAG. 12/21
Para estaca pré-moldada de concreto ou estaca metálica com carga
admissível superior a 1000N (100 tf), a escolha do equipamento de cravação deve
ser analisada em cada caso e os resultados controlados através de provas de carga.

O executante ao submeter a fiscalização o tipo de equipamento de


cravação que pretende adotar, deverá fornecer as seguintes informações: altura da
queda do martelo, peso do martelo, trabalho a simples ou duplo efeito, número de
golpes por minuto, marca de fabricação e especificações do equipamento.

Para que uma estaca possa ser considerada como de base alargada,
tipo Franki, é necessário que os últimos 150 litros de concreto dessa base sejam
introduzidos com uma energia mínima de 2.500 N.m (250 tf.m), para estacas de
diâmetro inferior ou igual a 45,0cm, de 5000 N.m (500tf.m), para estacas de diâmetro
superior a 45,0cm. No caso de volume diferente, a energia deve ser proporcional ao
volume.

As cabeças de todas as estacas deverão ser protegidas com capacetes


do tipo aprovado, de preferência provido de coxim, de corda ou outro material
adequado que se adapte ao capacete e se apoie, por sua vez, em bloco de madeira.

Na cravação de todas as estacas, verticais ou inclinadas, serão sempre


empregadas guias ou uma estrutura adequada para suporte e colocação do martelo,
salvo indicação no projeto permitindo o emprego de outro procedimento.

Todas as estacas que sofrerem deslocamento devidos à cravação de


estacas adjacentes, ou outra causa, deverão ser recravadas.

O executante deverá tomar precauções no sentido de evitar ruptura da


estaca ao atingir o horizonte rochoso ou outro qualquer material e obstáculo que
torne difícil sua penetração. Os obstáculos que impeçam a penetração das estacas
até a profundidade requerida deverão ser removidos.

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PAG. 13/21
Quando a cota de arrasamento estiver abaixo do plano de cravação da
estaca e as características da camada de apoio permitirem uma previsão, poderá ser
utilizado um elemento suplementar, desligado da estaca propriamente dita,
arrancado após a cravação. O emprego deste suplemento deverá ser levado em
consideração no cálculo da capacidade de carga e análise dos resultados da
cravação, seu uso ser restrito a comprimentos máximos de 2,5m, caso não previstos
recursos especiais.

4.4.6.2 Emenda e arrasamento

A emenda nas estacas pré-moldadas de concreto deverá ser evitada,


sempre que possível; no entanto, poderá ser executada, desde que respeitados os
seguintes preceitos:

a) o concreto da extremidade da estaca deverá ser cortado no


comprimento necessário à emenda das barras longitudinais da
armadura, por justaposição;
b) as superfícies de contato do concreto e a emenda da armação
deverão ser tratadas como uma emenda de concreto armado, com
o emprego de epóxi e os demais cuidados necessários;
c) deverá ser assegurado o alinhamento entre as faces de estaca e
da parte prolongada;
d) a armadura da parte prolongada será idêntica à da estaca, assim
como o concreto a empregar;
e) a concretagem, adensamento do concreto, remoção das formas,
cura e acabamento serão como especificado no item 4.4.3;
f) as exigências do subitem 4.4.6.1 desta especificação, relativas à
cravação de estacas monolíticas aplicam-se também as estacas
emendadas.

As estacas de fundação, logo que concluídas sua cravação, serão


arrasadas nas cotas indicadas no projeto, de maneira que fiquem embutidas 20,0cm,
pelo menos, no bloco de coroamento e sua armação seja mergulhada na massa do
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concreto num comprimento igual ou superior ao comprimento da ancoragem dos
vergalhões. O controle da estaca deverá ser sempre normal ao seu eixo.

4.4.7 Tubulões e caixões

4.4.7.1 Tubulões cravados sem revestimento

Poderão ser executados com escavação manual ou mecânica, ficando


o seu emprego limitado a solos coesivos não muito moles.

Quando escavados manualmente só poderão ser executados acima do


nível d'água, naturais ou rebaixados ou quando for possível bombear a água sem
risco de desmoronamento ou perturbação no terreno de fundação, abaixo deste
nível. Poderão ou não ser dotados de base alargada tronco-cônica.

Quando escavados mecanicamente com equipamento adequado, a


base alargada poderá ser aberta quando em seco, manual ou mecanicamente.

Poderá ser utilizado total ou parcialmente para evitar risco de


desmoronamento, escoramento de madeira, aço ou concreto.

A concretagem quando a escavação for seca é feita com concreto


lançado da superfície, através de tromba (funil), de comprimento igual ou superior a
cinco vezes o seu diâmetro. Sob água, o concreto deverá ser lançado através de
tremonha ou outro processo equivalente.

Será aconselhável o uso de vibrador quando o concreto apresentar


plasticidade adequada.

4.4.7.2 Tubulões cravados com revestimento em concreto armado

A camisa de concreto armado (cilindro) do tubulão é concretada em


partes, com comprimento dimensionado em função do projeto. Poderá ser
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concretada sobre a superfície aplainada do terreno e introduzida depois de estar o
concreto com resistência adequada à operação, por escavação interna. Após um
elemento ser arriado verticalmente é concretado sobre ele o elemento seguinte, até
atingir-se o comprimento final do projeto. Previsto o alargamento da base, será feita
escavação sob a camisa devidamente escorada, de modo a evitar a sua descida.

Caso atingido o lençol d'água deverá ser adaptado o equipamento


pneumático à camisa já cravada, de forma a permitir a execução dos trabalhos a
seco sob pressão conveniente de ar comprimido. Durante a descida a distribuição
das cargas deverá ser regulada de maneira a não comprometer a estabilidade da
obra.

Em obra dentro d'água, a camisa deverá ser concretada quando


possível no próprio local, sobre estrutura provisória e descida até o terreno com
auxílio de equipamento, ou concretada em terra e transportada para local definitivo.

Em casos especiais as camisas poderão ser executadas com


alargamento, de modo a facilitar o preparo da base alargada.

No assentamento do tubulão sobre uma superfície de rocha devem ser


previstos recursos para evitar fuga, lavagem do concreto ou desaprumo do tubulão.

Após a abertura do alargamento de base será executada a


concretagem, conduzida de maneira a obter um maciço compacto e estanque. O
período entre o término da execução do alargamento de base e sua concretagem
deverá ser de vinte e quatro horas. Caso este período seja ultrapassado, será feita
nova inspeção, limpando-se cuidadosamente o fundo da base e removendo-se a
camada eventualmente amolecida.

O concreto empregado no fuste deverá ter resistência característica


mínima de 16 MPa (160kgf/cm²) e no núcleo de 12 MPa (120kgf/cm²).

4.4.7.3 Tubulões com camisa de aço


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A camisa de aço, com a mesma finalidade da de concreto armado,
poderá ser introduzida por cravação com bate-estacas, vibração ou equipamento
com movimento de vai e vem simultâneo, com força de cinco para baixo.

A escavação interna poderá ser manual ou mecânica, feita à medida da


penetração do tubo ou de uma só vez, após a cravação total do mesmo.

Caso previsto poderá ser executado um alargamento de base, com


escavação manual sob ar comprimido ou não.

A camisa de aço deverá ser ancorada ou receber contrapeso para


evitar sua subida quando utilizado ar comprimido. Poderá ser recuperada a medida
que for sendo concretado o seu núcleo ou posteriormente, se não considerado no
dimensionamento.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Observar os cuidados visando a preservação do meio ambiente, no


decorrer das operações destinadas à execução da fundação das obras de arte
relacionados a seguir:

a) não provocar queimadas como forma de desmatamento;


b) todo material excedente de escavação ou sobras, deverá ser
removido do local de modo a não prejudicar a vazão da obra
cuidando-se ainda, que este material não seja conduzido para o
curso d'água a não causar seu assoreamento;
c) não realizar barragens ou desvios de curso d'água que alterem em
definitivo o leito dos rios;
d) evitar a realização de serviços em área de preservação
permanente;
e) durante o desenrolar das obras deverá ser evitado o tráfego
desnecessário de equipamentos ou veículos por terrenos naturais
para não causar desfiguração da cobertura vegetal.
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6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Material

Deverá atender ao constante nas especificações SOP-ES-OAE 02/19


(Concretos e argamassas) e SOP-ES-OAE 03/19 (Armaduras para concreto
armado), em relação aos materiais empregados nos serviços especificados.

6.2 Controle de execução

6.2.1 Estacas

Durante a concretagem das estacas pré-moldadas deverão ser


colhidas amostras para a moldagem, de uma série de quatro corpos de prova
cilíndricos para cada 25 estacas concretadas, ou para cada dia de concretagem.

As rupturas serão feitas a 7 e/ou 28 dias, sempre com o rompimento de


dois corpos de prova para cada idade do rompimento, moldados no mesmo ato.

Para sua própria orientação o executante poderá cravar às suas


expensas, tantas estacas de prova, quantas, considere necessárias.

O executante cravará estacas de prova e realizará provas de carga nas


estacas indicada no projeto ou nas que forem consideradas necessárias; nas obras
normais, para as estacas cravadas, além destas, deverá ser feita uma prova de
carga para cada 500 estacas, e nas especiais, uma para cada 200 estacas. Nas
estacas escavadas deverá ser feita uma prova de carga para obras de mais de 100
estacas. Sempre que possível, as estacas de prova serão localizadas de modo a ser
aproveitadas como estacas de fundação, caso resultado satisfatório da prova.
Sempre que houver dúvida sobre uma estaca, deverá ser comprovado o seu
comportamento satisfatório. Se não for suficiente será realizada uma prova de carga.

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O executante deverá manter um registro completo em duas vias, uma
destinada a fiscalização, da cravação de cada estaca, inclusive as de prova. Anotar
para todas as estacas: o número e a localização; dimensões; cota do terreno no
local da estaca; nível da água (se houver); característica do equipamento de
cravação ou escavação; desaprumo e desvio de locação; qualidade de materiais
utilizados e consumo por estaca; comprimento real da estaca abaixo do
arrasamento; volume da base; anormalidade de execução e anotação rigorosa de
horários de início e fim de cravação ou escavação. Ainda registrar para as estacas
cravadas: suplemento de estaca utilizado (tipo e comprimento); profundidade de
penetração da estaca com peso próprio e com peso do martelo; número de golpes
necessários para a cravação de um metro de estaca; número efetivo de golpes por
minuto, durante a cravação; duração de qualquer interrupção na cravação e hora de
ocorrência; cota final do ponto da estaca cravada; cota da cabeça da estaca antes
do arrasamento (pré-moldada); data de concretagem da estaca pré-moldada; data
da cravação; negas no final de cravação e na recravação quando houver
deslocamento de estacas por efeito de cravação de estacas vizinhas e negas no
final de cravação e na recravação, quando houver. Em caso de estacas escavadas,
mencionar os horários de início e fim da escavação e de cada etapa de
concretagem, a comparação do consumo real de materiais em relação ao teórico e o
comportamento da armadura durante a concretagem.

O diagrama de cravação deverá ser tirado em 10% das estacas, no


mínimo, com prioridade para as mais próximas aos furos de sondagem.

Será permitido entre eixos de estacas isoladas e o ponto de aplicação


da resultante das solicitações do pilar, um desvio de 10% do diâmetro da estaca.
Desvios superiores no caso de estacas não travadas obrigará verificação estrutural
quanto à flambagem do pilar e da estaca. Para estacas travadas as vigas de
travamento deverão ser redimensionadas para a excentricidade real e verificada a
flambagem do pilar.

Para conjunto de estacas alinhadas, admite-se um acréscimo de, no


máximo, 15% sobre a carga admissível na estaca de excentricidade, na direção do
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plano das estacas. Acréscimos superiores deverão ser corrigidos com acréscimo de
estacas ou recurso estrutural. Para excentricidade na direção normal ao plano das
estacas, vide parágrafo anterior.

Para conjunto de estacas não alinhadas, deverá ser verificada a


solicitação em todas as estacas, admitindo-se o acréscimo de, no máximo, 15%
sobre a carga admissível de projeto. Quanto ao desvio de inclinação é tolerado, sem
correção, um desvio angular em relação à posição projetada de 1:100.

6.2.2 Tubulões e caixões

Deverão ser anotados na execução da fundação em tubulão os


seguintes elementos, conforme o tipo: cota de arrasamento; dimensões reais da
base alargada; material de apoio; equipamento de cada etapa; deslocamento e
desaprumo; comparação do consumo de material durante a concretagem com o
previsto; qualidade dos materiais; anormalidades de execução, e providências
tomadas, inspeção do terreno ao longo do fuste e assentamento da fundação.

É tolerado um desvio entre eixos do tubulão e ponto de aplicação da


resultante das solicitações do pilar, de 10% do diâmetro do fuste do tubulão.

Ultrapassados os limites quanto à excentricidade e/ou ao desaprumo,


será feita verificação estrutural com os redimensionamentos necessários.

6.3 Aceitação e rejeição

6.3.1 Aceitação

Serão aceitas as fundações que atendam às recomendações dos itens


2, 4, 6.1 e 6.2.

6.3.2 Rejeição

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PAG. 20/21
Os serviços que não atenderem ao item 6.3.1 deverão ser corrigidos,
complementados, ou refeitos, incluindo provas de carga.

7 CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO E PAGAMENTO

7.1 Medição

7.1.1 Escoramento de cavas de fundações (Ensecadeiras)

Serão medidos por metro quadrado de pranchas verticais


(ensecadeiras), com altura determinada pela diferença entre a cota de implantação
da ensecadeira e a cota necessária à contenção. Não será medido em separado o
escoramento e contraventamento das pranchas verticais, bem como, o enchimento e
o apiloamento do material de enchimento, no caso de ensecadeira dupla.

7.1.2 - Escavação e aterros

A medição dos volumes será feita em metros cúbicos, através das


seções transversais determinadas antes e depois da execução dos serviços.

7.1.3 Blocos e sapatas

Serão medidos separadamente por metro quadrado de formas


colocadas, por metro cúbico de concreto, por quilograma de aço dobrado e colocado
nas formas.

7.1.4 Estacas

Serão medidas pelo comprimento entre as cotas da ponta e do


arrasamento, para as estacas moldadas no local o comprimento medido será entre a
cotas do topo do bulbo e do arrasamento da estaca concluída. A base da estaca
(bulbo), se houver, será considerada para efeito de medição como um metro de

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PAG. 21/21
estaca cravada e concretada. Não deverá ser incluída na medição o corte das
estacas e a perda do seu excesso, inclusive do tubo metálico, se for o caso.

7.1.5 Tubulões e caixões

Os tubulões serão medidos por metro de camisa implantada e cheia de


concreto e por metro cúbico de concreto da base alargada. Os caixões serão
medidos por metro de camisa implantada e por metro cúbico de material de
enchimento e de alargamento de base, se houver.

7.2 Pagamento

Os serviços serão pagos pelo preço unitário contratual para as


quantidades aceitas e medidas, conforme o item 7.1, e incluem todas as etapas de
execução, bem como mão de obra com encargos sociais, equipamentos,
ferramentas, fornecimentos de todos os materiais utilizados, transportes, limpeza,
acabamento e quaisquer outros serviços necessários a execução dos mesmos.

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

As estruturas complementares de obras de arte especiais de concreto


são constituídas dos seguintes dispositivos:

a) Aparelhos de apoio

São dispositivos que tem por finalidade a transmissão das cargas da


superestrutura para a mesoestrutura, acomodando deformações e
reduzindo vibrações e atritos.

b) Juntas estruturais

São intervalos entre elementos estruturais de concreto, definidos pelo


projeto.

c) Juntas de pavimentação

São cantoneiras metálicas que separam o pavimento do tabuleiro da


superestrutura, para anular os efeitos da retração e da dilatação.

d) Guarda-corpos

São estruturas construídas nos limites das obras de arte especiais com
a finalidade de dar segurança a pedestres ou pessoas que estejam fora
dos veículos.

e) Guarda-rodas e passeios

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 02/08
São obstáculos de baixa altura destinados a separar os pedestres e a
faixa de tráfego de veículos, ou separar faixas de tráfego de sentidos
opostos ou ainda separar a faixa do tráfego de passagem da faixa de
tráfego local.

f) Barreiras

Estrutura rígida de proteção contínua, moldada em concreto armado,


com perfil e dimensões adequadas para evitar que veículos
desgovernados provoquem danos a pessoas, a outros veículos e
também reduzam os danos do veículo que com ela colida e dos seus
ocupantes.

g) Pingadeiras

Moldagem com formato triangular nas extremidades do concreto da


superestrutura, desviando o deságue pluvial para não danificar o
infradorso da obra

h) Drenos

São dispositivos tubulares encrustados no concreto da laje da pista de


rolamento da obra, destinados a captar as águas superficiais
conduzindo-as sem causar danos a estrutura.

i) Sinalização balizadora e pintura

São dispositivos de sinalização alertando os condutores de veículos da


existência de obstáculos que são os guarda-corpos, os guarda-rodas e
as barreiras.

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 03/08
Para dar melhor visibilidade aos limites laterais do tabuleiro de pontes e
viadutos faz-se uma pintura dos guarda-corpos, guarda-rodas e
barreiras com tinta a base de cal em duas demãos.

2 MATERIAIS

Os materiais das estruturas complementares de obras de arte


especiais obedecerão às indicações do projeto.

Normalmente são utilizados os seguintes materiais:

a) Aparelhos de apoio

São articulações fixas, elásticas ou móveis, feitas de elastômeros,


teflon, metais, concretos e articulações especiais.

A articulação de concreto mais usual é a Freyssinet, que apresenta


uma seção estranguladora na junção da cabeça do pilar com a viga,
com dimensão mínima de 5cm e máxima igual a 1/3 da dimensão do
pilar. A articulação Freyssinet deverá ser afastada de no mínimo 5cm
da borda do pilar.

Os aparelhos de apoio de elastômeros são de neoprene fretado,


constituídos por chapas finas de aço associadas a placas de borracha
sintética. Para o assentamento do neoprene fretado é necessário que o
contato com o concreto se faça em superfície horizontal com esmerado
acabamento.

Os aparelhos de apoio com teflon são usados em duas combinações.


Uma para permitir apenas movimento de translação, com teflon entre
placas de aço e outra para permitir movimentos de translação e rotação

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 04/08
sendo feita com uma associação de placas de aço, neoprene e teflon.
Os cuidados com a superfície de assentamento são os mesmos dos
elastômeros.

Os aparelhos de apoio de aço são protegidos contra oxidação por


pintura ou camada de óleo inerte.

Os aparelhos de apoio especiais são usados em obras de grande porte


onde as solicitações fogem aos valores convencionais.

b) Juntas estruturais

Os materiais podem ser perfis extrudados de um elastômero


vulcanizado, ou neoprene ou mesmo madeira mole.

c) Juntas de pavimentação

As cantoneiras metálicas são fixadas à estrutura da obra por ocasião


da concretagem do tabuleiro. Na emenda com o pavimento
(revestimento asfáltico ou de concreto) são colocados provisoriamente
sarrafos de madeira que após a pavimentação são retirados e a cava
preenchida com argamassa asfáltica.

d) Guarda-corpos

São constituídos de peças pré-moldados vasadas de concreto armado


e mais raramente são de peças metálicas.

e) Guarda-rodas e passeios

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 05/08
Os guarda-rodas e passeios são de concreto armado podendo os
passeios serem revestidos por outros materiais.

f) Barreiras

As barreiras são de concreto armado.

g) Pingadeiras

As pingadeiras são uma extensão do concreto armado do tabuleiro da


obra.

h) Drenos

Os drenos são tubos de PVC atravessando a espessura do tabuleiro,


com sobra e ponta cortada em bisel, distribuídos nas linhas d’água da
superfície da obra, captando as águas através de ligeiros rebaixos no
revestimento e fazendo o deságue sob a obra. Nas obras urbanas será
necessário um projeto específico, com outro sistema de drenagem.

i) Sinalização balizadoras

A sinalização balizadora é feita através da fixação de catadióptricos


(olhos de gato) nas barreiras ou defensas, e também pela pintura de
zebrado (inclinação de 45°), com tinta refletiva, na face de topo das
barreiras, guarda-corpos e guarda-rodas e também com a pintura em
duas demãos com tinta a base de cal dessas estruturas ao longo de
toda sua extensão.

3 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 06/08
3.1 Controle de materiais

Os materiais do aparelho de apoio deverão obedecer a norma ABNT-


NBR 9783/87 (Aparelho de apoio de elastômero fretado).

Os materiais de juntas estruturais deverão obedecer a norma ABNT-


NBR 12.624/92 (Perfil de elastômero vulcanizado, extrudado para vedação de junta
de dilatação de estruturas de concreto ou aço).

Os materiais de guarda-corpos, guarda-rodas, barreiras e pingadeiras


obedecerão às especificações da SOP-CE referentes a concretos, armaduras,
formas e cimbres.

Os materiais de sinalização obedecerão às especificações referentes a


este serviço.

O controle dos materiais é feito pela verificação, através de inspeção


visual, de defeitos de fabricação e de danos indesejáveis.

3.2 Controle de execução

Os controles de execução dos aparelhos de apoio, juntas estruturais,


juntas de pavimentação, guarda-corpos, guarda-rodas, barreiras, pingadeiras,
drenos e sinalização serão feitos pela conferência do atendimento aos desenhos e
especificações do projeto.

Para os aparelhos de apoio deverão ser conferidos ainda os seguintes


itens:

a) se a área de assentamento está com a superfície lisa, em nível, se


foi previsto e executado a armadura de fretagem no topo do pilar e

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 07/08
se tem dimensões suficientes para acomodação do aparelho de
apoio com folgas de no mínimo 5cm a 10cm nos sentidos
longitudinal e transversal;
b) se há facilidade de acesso para vistorias periódicas, bem como
trabalhos de limpeza e manutenção;
c) se há previsão no projeto para o prazo de substituição dos
aparelhos de apoio.

Aceitação: os serviços que apresentaram controle de materiais e


controle de execução satisfatórios serão aprovados (AP).

Rejeição: os serviços não satisfatórios deverão ser demolidos e


refeitos, todos os ônus por conta do construtor.

4 MEDIÇÃO

As medições de formas, escoramentos, concretos, armaduras e


sinalização serão feitas de acordo com a especificação respectiva da SOP-CE.

Os demais serviços serão medidos conforme a seguir:

a) Aparelho de apoio: pelo peso em kgf, calculado pelo produto do


volume pela densidade;
b) Junta estrutural: pela extensão em metros;
c) Junta de pavimentação: pela extensão em metros;
d) Guarda-corpo: pela extensão em metros;
e) Guarda-rodas e passeio: pelo volume de concreto em m³ e pelo
peso da ferragem em kgf; as formas pela área em m²;
f) Barreiras: pelo volume de concreto em m³ e pelo peso da ferragem
em kgf, as formas pela área em m²;
g) Pingadeiras: pela extensão em metros;

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ESTRUTURAS COMPLEMENTARES DE OBRAS


DE ARTE ESPECIAIS DE CONCRETO SOP-ES-OAE-07/19
PAG. 08/08
h) Drenos: pela quantidade de unidades executadas;
i) Sinalização: os balizadores são medidos por unidade fixada nas
barreiras/guarda-corpos e a pintura pela área executada em m².

5 PAGAMENTO

O pagamento de cada serviço, medido conforme o item 4, se fará pelos


respectivos preços contratuais estando incluídos todas as etapas de execução, bem
como mão de obra, encargos sociais, equipamentos, ferramentas, fornecimento de
todos os materiais, transportes, limpeza, acabamentos e eventuais.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ALVENARIA DE PEDRAS ARGAMASSADAS SOP-ES-OAE-08/19


PAG. 01/06
1 DEFINIÇÃO

Alvenaria de pedras argamassadas é a estrutura utilizada em


fundações, elevações e muros de arrimo de peso, onde a argamassa tem a função
de rejuntar os blocos de pedra, podendo também revestir a estrutura. As pedras
podem ser brutas, afeiçoadas (trabalhadas para uma determinada finalidade) ou
aparelhadas que são pedras afeiçoadas com uma ou mais faces acabadas de modo
especial.

2 MATERIAIS

2.1 Pedras e argamassas

As pedras devem ser resistentes e duráveis oriundas das rochas


graníticas, gnáissicas ou outras rochas sadias e aceitáveis.

O projeto definirá as dimensões limites das pedras, se terão faces


trabalhadas ou não e definirá as proporções de areia, cimento e água da argamassa.

As proporções de cimento e areia comumente utilizadas são em


volumes de 1:3 e 1:4. A relação em peso da água e o cimento não deverá exceder a
0,50.

Na alvenaria com pedras aparelhadas não há necessidade de formas.

2.2 Formas

As formas para alvenaria de pedras argamassadas podem ser de


madeira, chapas de madeira compensada ou metálicas.

Na alvenaria com pedra aparelhadas não há necessidade de formas.

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PAG. 02/06
3 EQUIPAMENTOS

As pedras, a areia e o cimento são transportados por caminhões para a


obra. A água é transportada por caminhões tanque. Na obra esses materiais são
transportados manualmente com o uso de carrinhos de mão, padiolas e baldes.

4 EXECUÇÃO

As estruturas de alvenaria de pedras argamassadas revestidas com a


própria argamassa podem ser feitas com pedras brutas ou apenas afeiçoadas. As
estruturas sem revestimento de argamassa, exigem blocos de pedras uniformes e
aparelhados, para garantir a boa aparência da face externa.

As estruturas revestidas são feitas com formas como molde de suas


dimensões estabelecidas no projeto. A desforma das peças deverá ser feita após o
prazo de 7 (sete) dias da construção.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

5.1 Formas

Somente utilizar madeira com exploração aprovada. O material


resultante da desforma deverá ser removido do local da obra e não pode ser lançado
na faixa de domínio da rodovia.

5.2 Pedras

As pedras provenientes de pedreira não comerciais só poderão ser


utilizadas na obra após a construtora apresentar à fiscalização as licenças exigidas
pelo ordenamento ambiental. Deve ser evitada a exploração de pedreira em área de
preservação ambiental.

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PAG. 03/06
Quando as pedras forem compradas de pedreira comercial, será
exigido documentação atestando a regularidade das instalações e operação junto ao
órgão ambiental competente.

5.3 Areia de rio

A areia de rio para produção de argamassa só poderá ser utilizada


após a apresentação à fiscalização do licenciamento ambiental de sua exploração.

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

O projeto ao indicar os materiais para a alvenaria de pedras


argamassadas faz os ensaios geotécnicos da areia de rio e da pedra, como também
indica a fonte d'água.

Por ocasião da construção, a critério da fiscalização, para conferência


dos resultados do projeto, poderão ser repetidos os ensaios da areia e da pedra, a
saber:
a) areia de rio: DNER-ME 80/94 (Análise granulométrica por
peneiramento);
b) areia de rio: DNER-ME 54/97 (Equivalente da areia);
c) pedra: DNER-ME 35/98 (Agregados – determinação da abrasão “Los
Angeles”).

Para a água, apenas quando apresentar aspectos ou procedência


duvidosas para ser usada na argamassa, poderá ser conferida sua boa qualidade
pelos seguintes critérios obtidos em laboratório especializado:
a) acidez: apresentar PH entre 5,8 e 8,0;
b) matéria orgânica: teor máximo de oxigênio consumido = 3 mg/l;
c) resíduo sólido: máximo de 5.000 mg/l;

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PAG. 04/06
d) sulfetos: máximo de 300 mg/l;
e) cloretos: máximo de 50mg/l;
f) açúcar: máximo de 500mg/l.

Para o cimento, apenas quando for constatado indícios de sua má


qualidade, deverão ser realizados os seguintes ensaios previstos pela ABNT:

a) NBR-5740/77 (Análise química de cimento Portland – Disposições


gerais);
b) NBR-7215/91 (Cimento Portland – Determinação da resistência a
compressão);
c) NBR-7224/84 (Cimento Portland – Determinação da área
específica);
d) NBR-11.580/91 (Cimento Portland – Determinação da água da pasta
de consistência normal);
e) NBR-11.581/91 (Cimento Portland – Determinação do tempo de
pega);
f) NBR-11.582/91 (Cimento Portland – Determinação da
expansibilidade de Le Chatelier).

6.2 Controle de Execução

O controle de execução é feito de forma obrigatória durante a


construção, com materiais coletados no local da obra, porque é através dele que se
fará a aceitação ou rejeição da obra de alvenaria de pedras argamassadas.

6.2.1 Controle da areia

A areia será controlada através dos ensaios de granulometria (DNER-


ME 80/94) e equivalente de areia (DNER-ME 54/97) na frequência de 1 conjunto
desses ensaios a cada 5 carregamentos de 12m³ que chegar à obra, sendo
obrigatório quando mudar a fonte de areia, desvinculada da quantidade.

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ALVENARIA DE PEDRAS ARGAMASSADAS SOP-ES-OAE-08/19


PAG. 05/06
A areia que não se enquadrar nas exigências do projeto não poderá ser
utilizada na confecção da argamassa.

6.2.2 Controle da pedra

O tipo da rocha (granito, gnaisse ou outra indicada no projeto) será


classificado por inspeção visual. As dimensões limites das pedras serão medidas
com escalas centimétricas em amostras coletadas aleatoriamente a cada 5
carregamentos de 12m³ que chegar à obra.

As pedras que não se enquadrarem nas dimensões limites,


estabelecidas pelo projeto, não poderão ser usadas na alvenaria.

6.2.3 Controle do traço de argamassa

As proporções de areia e de cimento do traço de argamassa serão


medidas volumetricamentes através de padiolas de dimensões padronizadas e
biseladas. Quando se medir o cimento por saco, deve-se pesar um saco de cimento
a cada lote de 50 sacos, não se admitindo variação superior a 2% no peso.

6.2.4 Controle das dimensões das peças

O controle da profundidade da fundação e das dimensões das


elevações de alvenaria de pedras argamassadas será feito por medição direta
utilizando-se escalas centimétricas.

As peças que não atenderem as dimensões do projeto deverão ser


corrigidas, se necessário demolidas e refeitas.

7 MEDIÇÃO

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ALVENARIA DE PEDRAS ARGAMASSADAS SOP-ES-OAE-08/19


PAG. 06/06
A alvenaria de pedras argamassadas será medida pelo volume em
metros cúbicos realmente executado e aprovado.

Os transportes dos materiais serão medidos pelo peso em toneladas,


de acordo com as fórmulas de transportes locais e transportes comerciais nas
distâncias percorridas, conforme o projeto.

8 PAGAMENTO

A alvenaria de pedras argamassadas será paga para as quantidades


medidas conforme o item 7, pelos preços contratuais, estando incluídos todas as
operações de execução, instalação de formas, materiais, mão de obra, encargos
sociais, transportes, utilização de equipamentos, ferramentas, desformamento,
limpeza e eventuais.

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PASSAGEM MOLHADA SOP-ES-OAE-09/19


PAG. 01/06
1 DEFINIÇÃO

Passagem molhada é uma obra de engenharia rodoviária construída


para a transposição de um talvegue natural por veículos motorizados quando a
quantidade de tráfego não é suficiente para a viabilidade técnico-econômica de
construção de uma ponte ou pontilhão, sem prejuízo da drenagem do talvegue.

Na máxima enchente (ME) a passagem molhada funcionará afogada


com uma lâmina d’água máxima de 0,20m, daí a grande importância do projeto
determinar com precisão a cota da enchente máxima do talvegue no local da obra.

A passagem molhada é constituída de uma bateria de tubos incrustada


em uma estrutura maciça, de forma que a vazão hidráulica da bateria de tubos
somada à vazão da lâmina d’água sobre a estrutura supere a vazão de contribuição
da bacia hidrográfica no local da obra.

A largura da passagem molhada pode ser de 5 metros para passagem


de um veículo por vez ou de 7 metros para a passagem de dois veículos.

2 MATERIAIS

Os tubos são de concreto armado, com armadura dupla


preferencialmente, ou com armadura simples elíptica desde que venham com a
identificação de posicionamento para o assentamento de cada tubo.

A estrutura maciça poderá ser de concreto ciclópico ou de alvenaria de


pedra argamassada, devendo em qualquer caso ter um revestimento superior de
concreto simples para regularização da pista de rolamento.

O concreto ciclópico terá um volume com 30% de pedra de mão (forma


arredondada com diâmetro entre 7,6 e 30cm). A alvenaria de pedras será feita com
argamassa de cimento e areia na proporção de 1:3. O concreto simples de
regularização da superfície terá uma espessura média de 10cm e uma resistência a
compressão aos 28 dias de no mínimo 25MPa.
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

PASSAGEM MOLHADA SOP-ES-OAE-09/19


PAG. 02/06
Todos os materiais utilizados deverão atender as normas vigentes na
SOP-CE, a saber:
 Cimento: NBR 16.697/18 (Cimento Portland – Requisitos);
 Agregado miúdo: DNER-EM 38 (Agregado miúdo para concreto de
cimento);
 Agregado graúdo: DNER-EM 37 (Agregado graúdo para concreto de
cimento);
 Água: DNER-EM 34 (Água para concreto);
 Concreto e argamassa: SOP-ES OAE 02/19 (Concretos e
argamassas);
 Forma: SOP-ES-OAE 05/19 (Formas e cimbres);
 Tubos: NBR 8890/08 (Tubos de concreto armado de seção circular
para águas pluviais e esgoto sanitário – Requisitos e métodos de
ensaios);
 Alvenaria: SOP-ES-OAE 08/19 (Alvenaria de pedras
argamassadas);

3 EQUIPAMENTOS

A natureza, capacidade e quantidade de equipamentos dependerão do


tipo e das dimensões da passagem molhada.

Os principais equipamentos utilizados são os seguintes:

 Caminhão Munck para transporte e movimentação de tubos;


 Ferramentas de escavação (picaretas, pás, carrinhos de mão);
 Betoneira com capacidade mínima de 320 litros;
 Caminhão betoneira;
 Vibradores para adensamento de concreto;
 Caminhão com caçamba basculante para transporte de pedras de
mão;
 Caminhão carroceria.
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

PASSAGEM MOLHADA SOP-ES-OAE-09/19


PAG. 03/06
4 EXECUÇÃO

Após a locação topográfica da obra, será executada a laje inferior,


correspondente ao berço dos tubos, ao nível dos terrenos de montante e de jusante
definidos pelo projeto. Assenta-se em seguida as primeiras fileiras de tubos com os
diâmetros indicados no projeto, rejuntando-os com argamassa 1:3 de cimento e areia.

Acrescenta-se o material do maciço (alvenaria de pedra argamassada


ou concreto ciclópico) preenchendo-se o espaço entre fileiras de tubos e já fazendo-
se a laje sobre as primeiras fileiras de tubos, laje essa que servirá como apoio das
fileiras superiores de tubos e assim por diante, conforme indicado no projeto. O
preenchimento do material do maciço é precedido das indispensáveis formas nas
faces externas.

Ao final da última laje do maciço, sobre as fileiras de tubos superiores,


faz-se a regularização da superfície com concreto simples para servir como o
revestimento da pista da passagem molhada por onde trafegarão os veículos.

A espessura da laje do berço e da laje superior do maciço é de 20cm no


mínimo. As lajes intermediárias, sobre as fileiras de tubos têm espessura mínima de
15 cm.

A argamassa e o concreto simples podem ser produzidos em betoneiras


no local da obra ou podem ser fornecidos em caminhões betoneiras.

A construção dos encontros da passagem molhada, obedecerão às


especificações pertinentes aos serviços que ali forem executados.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Quando as fontes de agregados pétreos e de areia não for comercial, o


contratado só poderá iniciar os trabalhos com a apresentação das licenças
ambientais de exploração da pedreira e do areal de rio.
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PASSAGEM MOLHADA SOP-ES-OAE-09/19


PAG. 04/06
Os talvegues são áreas de preservação permanente e, portanto, o
desmatamento se restringirá exclusivamente na área estritamente necessária à
construção da passagem molhada. O canteiro de obra e o acampamento de apoio
deverão ser instalados fora da área de preservação permanente.

Ao final da obra deverão ser demolidas e removidas todas as


edificações provisórias, devendo-se também deixar o talvegue desimpedido e limpo
de qualquer material obstrutivo.

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle geométrico

O controle geométrico se fará pela conferência topográfica da locação


da obra, seguida da conferência de cotas a partir das cotas projetadas para o fundo
do berço para assentamento dos tubos. O controle de cotas será feita a cada 5
metros da passagem molhada, se conferindo as cotas de cada laje sobreposta às
fileiras de tubos, inclusive as cotas do revestimento final de concreto simples,
comparando-se com as cotas de projeto, sendo tolerado uma diferença por ponto de
 3cm e na média uma tolerância máxima de  2cm.

Os serviços que não atenderem as tolerâncias geométricas


especificadas serão demolidos e refeitos, todos os ônus para o construtor.

6.2 Controle tecnológico

O concreto produzido em betoneira no local da obra será controlado


quanto a resistência à compressão no momento de se estabelecer o traço
experimental, devendo atingir a resistência à compressão indicada no projeto. Nesta
ocasião será definida as quantidades de padiolas dos agregados, de volume d’água e
do cimento de cada betonada. Os ensaios de resistência à compressão serão
repetidos quando houver mudança nos agregados utilizados.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

PASSAGEM MOLHADA SOP-ES-OAE-09/19


PAG. 05/06
Para o concreto fornecido em caminhões betoneiras, o ensaio de
controle da resistência à compressão será feito a cada carregamento que chegar à
obra.

As pedras de mão serão controladas por inspeção visual e por medição


de suas dimensões. Os agregados serão controlados quanto a presença de materiais
indesejados por inspeção visual e pela uniformidade de suas granulometrias, através
do ensaio DNER-83/98 (Agregados – Análise granulométrica), com a frequência dos
ensaios a critério da fiscalização.

A argamassa será controlada pela proporção dos materiais colocados


na betoneira.

Os materiais que não atenderem as especificações serão rejeitados e


se já tiverem sido aplicados deverão ser demolidos e refeitos todos os ônus para o
construtor.

7 MEDIÇÃO

A passagem molhada será medida pelos seguintes itens:

 O preparo da fundação, pelo volume em metros cúbicos de


escavação e/ou reaterro compactados executados;
 As formas pela área em metros quadrados executada;
 O concreto ciclópico ou a alvenaria de pedra argamassada pelo
volume em metros cúbicos executado;
 Os tubos de concreto armado pela extensão em metros lineares, de
acordo com seu diâmetro interno;
 O concreto do revestimento pelo volume em metros cúbicos
executado.

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PASSAGEM MOLHADA SOP-ES-OAE-09/19


PAG. 06/06
8 MEDIÇÃO

A passagem molhada será paga pelos preços unitários contratuais das


quantidades de serviços medidas conforme o item 7, estando incluídos todas as
etapas de construção, bem como mão de obra, encargos sociais, equipamentos,
ferramentas, fornecimento de todos os materiais, transportes, escavações, reaterros,
limpeza, acabamentos, lucro e eventuais necessários aos serviços.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

3 – ESPECIFICAÇÕES DE OBRAS COMPLEMENTARES


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CERCAS SOP-ES-OC 01/19


PAG. 01/06
1 DEFINIÇÃO

Cercas são dispositivos de vedação da faixa de domínio constituídas


de mourões e estacas, nos quais estão fixados 4 ou 6 ou 8 fios de arame farpado.

2 MATERIAIS

2.1 Estacas e mourões de madeira

As madeiras destinadas aos mourões e estacas deverão ser na sua


totalidade, da mesma formação e aprovadas com antecedência pela fiscalização.

Os mourões e estacas de madeira deverão ser chanfradas no topo e


aparados na base, serem isentos de fendas, retos e não apresentar outros defeitos
que os inabilitem para a função.

As estacas de madeira deverão apresentar diâmetro médio de 0,09m e


comprimento de 2,20m.

Os mourões de madeira deverão apresentar diâmetro médio de 0,15m


e comprimento de 2,20m.

Os quatro ou seis ou oito fios de arame farpado serão pregados com


grampos de aço zincado separados com espaçamentos crescentes no sentido do
solo para o topo, com as seguintes medidas:

a) 4 fios: 0,50m enterrado + 0,24m + 0,32m + 0,44m + 0,50m + 0,50 +


0,20m (sobra no topo);
b) 6 fios: 0,50m enterrado + 0,12m + 0,12m + 0,15m + 0,17m + 0,44m
+ 0,50m + 0,20m (sobra no topo);
c) 8 fios: 0,50m enterrado + 0,12m + 0,12m + 0,15m + 0,17m + 0,19m
+ 0,25m + 0,25m + 0,25m + 0,20m (sobra no topo).

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CERCAS SOP-ES-OC 01/19


PAG. 02/06
2.2 Estacas e mourões de concreto armado

As estacas e os mourões possuem seção quadrada de concreto


armado, com resistência à compressão do concreto de fck (28 dias)  30 MPa.

As estacas têm dimensões de 0,10m x 0,10m x 2,20m, sendo armadas


com quatro vergalhões de 1/4", de aço CA-25, e com estribos de  = 4,6mm a cada
30cm, de aço CA-60.

Os mourões têm dimensões de 0,15m x 0,15m x 2,20m, sendo


armadas com quatro vergalhões de 1/4", de aço CA-25, com estribos de  = 4,6mm
a cada 30cm, de aço CA-60.

As estacas e os mourões terão ranhuras horizontais de 1cm de largura,


na face de contato com os fios de arame farpado, separadas com espaçamentos
crescentes no sentido do solo para o topo, com as seguintes medidas:

a) 4 fios: 0,50m enterrado + 0,24m + 0,32m + 0,44m + 0,50m + 0,50 +


0,20m (sobra no topo);
b) 6 fios: 0,50m enterrado + 0,12m + 0,12m + 0,15m + 0,17m + 0,44m
+ 0,50m + 0,20m (sobra no topo);
c) 8 fios: 0,50m enterrado + 0,12m + 0,12m + 0,15m + 0,17m + 0,19m
+ 0,25m + 0,25m + 0,25m + 0,20m (sobra no topo)

Os fios de arame farpado são amarrados às estacas e aos mourões com


arame galvanizado n° 14.

2.3 Fios de arame farpado

Deverão atender às exigências da norma ABNT-NBR 6347/82 (Arame


farpado de aço zincado – Determinação de características).

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CERCAS SOP-ES-OC 01/19


PAG. 03/06
3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos a serem utilizados usualmente são ferramentas


manuais tais como:

a) Moto-serra
b) Enxadões
c) Trados
d) Alavancas
e) Martelos, etc

Dependendo da densidade da vegetação, pode-se empregar tratores


para o desmatamento, destocamento e limpeza da faixa de implantação da cerca.
Podem ser também utilizados trados mecanizados, ou acoplados em tratores
agrícolas para a escavação necessária à implantação dos mourões e estacas.

4 EXECUÇÃO

4.1 Limpeza da faixa de implantação da cerca

Antes da implantação de cercas, deverá ser feita a limpeza de uma


faixa de 2,00m de largura, para possibilitar a execução e conservação da cerca, bem
como, a proteção contra o fogo. A limpeza consistirá em desmatamento e
destocamento, com a finalidade de deixar a faixa de implantação isenta de qualquer
vegetal.

4.2 Cercas de madeira

Os mourões e estacas deverão ser bem alinhados e aprumados e o


reaterro de suas fundações compactado de modo a não sofrerem nenhum
deslocamento.

90
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CERCAS SOP-ES-OC 01/19


PAG. 04/06
Durante o esticamento dos fios os mourões esticadores deverão ser
escorados.

As estacas serão cravadas no terreno à profundidade de 0,50m e


espaçados de 2,80m.

Os mourões serão cravados à profundidade de 0,50m e espaçados de


50,00m e também nos pontos de mudança dos alinhamentos horizontal e vertical da
cerca.

4.3 Cercas de concreto armado

Os mourões deverão ser bem alinhados e aprumados e o reaterro de


suas fundações compactado de modo a não sofrerem nenhum deslocamento.

Durante o esticamento dos fios os mourões esticadores deverão ser


escorados.

As estacas serão cravadas a uma profundidade de 0,50m e espaçadas


de 3,00m.

Os mourões esticadores, serão cravados à uma profundidade de


0,50m, espaçados de 60,00m, e também nos pontos de mudança dos alinhamentos
horizontal e vertical da cerca.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

O material vegetal retirado da faixa para implantação da cerca deve ser


espalhado, evitando-se a queima.

91
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CERCAS SOP-ES-OC 01/19


PAG. 05/06
Na utilização de cerca de madeira deverá obedecer a legislação vigente
no que se refere a área de aquisição e retirada de madeira para o uso de estacas e
mourões empregados na cerca de madeira.

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle da execução

O Controle da execução será visual devendo ser observado


principalmente os seguintes itens:

a) Execução da cerca sobre a linha demarcatória da área a ser


delimitada;
b) Resistência da cerca quanto a possíveis esforços que deverão ser
contrapostos pela firmeza dos mourões;
c) Perfeita fixação do arame nos mourões e estacas de modo a
atender ao espaçamento especificado.

6.2 Controle de qualidade

O Controle de qualidade do serviço será visual.

6.3 Aceitação ou rejeição

Serão aceitos os serviços considerados de boa qualidade e rejeitados


em caso contrário.

Os serviços rejeitados deverão ser refeitos ou complementados, com


todos os ônus para o construtor.

7 MEDIÇÃO

92
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CERCAS SOP-ES-OC 01/19


PAG. 06/06
7.1 As cercas serão medidas por metro linear de execução concluída de acordo
com esta especificação.

7.2 As remoções de cercas serão medidas por metro linear de remoção concluída
e aceita pela fiscalização.

8 PAGAMENTO

O pagamento dos serviços de implantação e remoção de cercas, será


feito pelos preços contratuais considerando-se o material empregado e incluirá
limpeza da faixa de implantação, mão de obra, encargos, ferramentas,
equipamentos, aquisição e transporte de materiais, bem como eventuais
necessários à execução do serviço.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DEFENSAS METÁLICAS SOP-ES-OC-02/19


PAG. 01/08
1 DEFINIÇÃO

Defensas metálicas são dispositivos de proteção contínua implantados


ao longo das vias públicas, de forma, resistência e dimensões adequadas de modo
que haja a máxima absorção de energia cinética, na colisão com veículos
desgovernados, pela deformação do dispositivo.

Esta especificação não trata de defensas em concreto simples ou


armado tipo New Jersey, utilizadas como parte integrante de obras de arte especiais
e como barreiras divisórias em rodovias de pista dupla. As defensas fixas de
concreto são tratadas nas especificações de obras de arte especiais.

1.1 Tipos de defensas

1.1.1 Defensas simples

Defensas formadas por uma só linha de lâmina e suportada por uma


única linha de postes.

1.1.2 Defensas duplas

Defensas formadas por duas linhas de lâminas, paralelas e suportadas


por uma única linha de postes.

1.2 Modelos de defensas

1.2.1 Defensas maleáveis

São defensas montadas em postes metálicos de pequena resistência,


com perfil W o qual tende a se deformar plasticamente ante o impacto de veículos.
Tem espaçadores, amortecedores e garras. Também denominada defensa modelo
A.

94
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DEFENSAS METÁLICAS SOP-ES-OC-02/19


PAG. 02/08
1.2.2 Defensas semi-maleáveis

São defensas que, embora sejam dotadas de postes considerados


rígidos, têm espaçadores, separando a lâmina do poste. Também denominada
defensa modelo B.

1.2.3 Defensas semi-rígidas

São defensas que com a eliminação dos espaçadores, a atenuação


dos choques é conseguida pelo dobramento dos postes. Também denominada
defensa modelo C ou defensa direta.

1.2.4 Defensas rígidas

São defensas que, mesmo contando com lâminas metálicas dotadas


de alguma maleabilidade, tem os seus postes praticamente indeformáveis quando
submetidos à colisão com veículos. A atenuação dos choques, neste caso, é
conseguida pela deformação do solo. É o caso típico das defensas com postes de
madeira ou concreto. Também denominado modelo D.

1.3 Peças componentes das defensas metálicas

1.3.1 Lâminas

São componentes da defensa, projetados para receber e absorver o


choque eventual de um veículo e servir de guia para a sua trajetória após o choque,
até a sua paralisação ou redirecionamento, segundo o fluxo do trânsito. Também
denominada guia de deslizamento.

1.3.2 Poste

95
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DEFENSAS METÁLICAS SOP-ES-OC-02/19


PAG. 03/08
Peças componentes de defensas, fixadas firmemente no solo, que
além de sustentar o conjunto da estrutura em sua altura normal, devem também,
absorver parte da energia resultante da colisão, deformando-se. Também
denominado montante ou suporte.

1.3.3 Espaçadores

Peças componentes das defensas, intermediárias entre a lâmina e o


poste, mantendo aquela afastada deste, evitando assim o impacto direto ao poste.
Também denominado espaçador U ou rígido.

1.3.3.1 Espaçador – amortecedor

Peça de defensa, de forma e dimensões adequadas, usada como


espaçador, e que além disto, tem a função de absorver parte da energia da colisão
pela sua deformação plástica. A travessa pode ser simples, na defensa simples, ou
dupla, na defensa dupla. Também denominada travessa ou espaçador C.

1.3.4 Garra

Peça usada em conjunto com o espaçador, dimensionada de modo que


através do cisalhamento de seus parafusos de fixação ao poste, causado pelo
choque, mantenha aproximadamente a altura de montagem original, qualquer que
seja o grau de inclinação do poste, pois este se destaca da garra. Também
denominada garra de fixação.

1.3.5 Calço

Peça de apoio da lâmina; Quando se usa o espaçador – amortecedor,


este substitui o calço.

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PAG. 04/08
1.3.6 Cinta

Componente da defensa maleável simples, destinada a dar um


travamento da estrutura, entre postes. É colocada do lado oposto da lâmina.
Também chamada cinta de amarração.

1.3.7 Elementos de fixação

Peças destinadas a fixar firmemente um componente da defensa a


outro. São constituídos por parafusos, porcas, arruelas e plaquetas.

1.3.8 Módulo da defensa

Conjunto de peças, compreendido em 4m úteis de defensa.

1.3.9 Ancoragem

Trecho inicial e final de uma defensa, quando esta mergulha no solo.

2 MATERIAIS

As propriedades mecânicas das peças metálicas obedecerão aos


critérios da ABNT-NBR 6970/81 (Defensas metálicas de perfis) e da ABNT-NBR
6355/80 (Perfis estruturais de aço, formados a frio).

Os postes obedecerão aos critérios da NBR 6971/83 (Defensas).

Os elementos metálicos serão zincados por imersão, após as


operações de conformação e furação.

A zincagem deverá proporcionar uma camada de revestimento mínimo


de 350g/m2 por face. Espessura mínima da camada = 50m.

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PAG. 05/08
3 EQUIPAMENTO

Para a cravação dos postes metálicos serão usados bate-estacas


pneumáticos. Para postes de madeira ou concreto serão usados trados para
abertura dos poços. Para o aperto uniforme e adequado dos parafusos será usado
chave de torque variável.

4 EXECUÇÃO

A execução obedecerá às indicações do projeto quanto ao tipo e


modelo de defensa, bem como a sua localização e a forma de ancoragem.

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

5.1 Controle geométrico

Além das condições geométricas específicas indicadas no projeto será


observado:

a) Distância defensa-bordo do pavimento

As lâminas de uma defensa não poderão ser instaladas a menos de


0,55m do bordo da pista. Recomenda-se, quando a defensa estiver implantada num
separador de pistas que as lâminas estejam a 1,0m dos bordos.

b) Tolerância no afastamento da diretriz

As defensas devem ser instaladas, de preferência, paralelamente à


diretriz da pista. Quando não for possível manter o paralelismo entre as lâminas das
defensas e a diretriz, ou quando a defensa, por qualquer razão, deve desviar-se
lateralmente, os trechos não paralelos deverão ser mantidos dentro de um ângulo de
deflexão máximo de 20 20’, contados a partir do eixo da via.

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PAG. 06/08
c) Tolerância de altura

As vias, com trânsito de caminhões maior ou igual a 30% do VMD


devem ter defensas com lâminas instaladas com altura do seu bordo superior a
750mm do solo, medidos na face da linha de choque dos veículos. Quando o
trânsito de caminhões for menor que 30% do VMD, a altura supra referida deverá ser
de 650mm, nas mesmas condições. As mudanças de altura de uma defensa, seja
por razões do projeto ou devido a ancoragem, inicial e final, não devem ser bruscas.
Devem observar um ângulo menor ou igual a 4 0 30’, entre o eixo superior das guias
de deslizamento e o plano da pista. As ancoragens, nas extremidades livres das
defensas, devem ter uma extensão mínima de 16 metros antes de atingirem sua
altura normal.

d) Interrupção sob linhas de transmissão

As defensas devem ser interrompidas sob linhas de transmissão, como


se fossem uma passagem de pedestres, com abertura de pelo menos 10,0m para
cada lado da linha.

5.2 Controle de materiais e execução

a) Dimensões da lâmina

O perfil das lâminas das defensas maleáveis e semi-maleáveis é o W-


ABNT. O comprimento livre das lâminas é de 4.000mm, com sua superposição de
300mm, na sua junção. A altura útil das lâminas é de 306mm. A profundidade útil
das lâminas é de 80mm. A espessura das lâminas é de 3mm.

b) Postes

Os postes das defensas, devem ser enterrados, no mínimo, 1.100mm.


No caso de fixação em taludes, ou terrenos muito ondulados, os postes devem ter

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comprimento compatível com esta exigência. As defensas maleáveis e semi-
maleáveis devem ter os postes cravados no solo, por processo de percussão,
assegurando um adequado atrito lateral. Para consegui-lo, recomenda-se cravar os
postes com bate-estacas pneumático apropriado. Em extensões pequenas e
isoladas de defensa, pode se admitir o assentamento dos postes através do sistema
tradicional de abertura do buraco e compactação posterior do terreno.

A defensa direta só será admissível quando o espaço destinado à


instalação for absolutamente insuficiente à incorporação de espaçador. Neste caso,
recomenda-se o emprego de defensa dupla ou simples com postes espaçados,
obrigatoriamente, de dois metros.

c) Ancoragens

As ancoragens são executadas em função do sentido do movimento do


tráfego, para que não apresente qualquer peça ou conjunto que possa tornar-se
agressivo no caso de um veículo desgovernado atingir esse trecho de defensa. Toda
extremidade livre de trechos de defensas deve ser firmemente ligada ao solo por
intermédio de uma ancoragem.

d) Peças especiais

O uso de peças especiais ou de adaptações, por meio de furações


novas ou corte, só é permitido quando se trata de instalação para atender serviços
especiais, tais como em trechos, juntos às obras de arte, monumentos e construções
especiais.

e) Elementos de fixação – controle

Os parafusos de montagem das defensas, especialmente os que unem


um perfil W-ABNT ao subsequente, devem ter as suas porcas apertadas por meio de
chave de impacto ou de torque graduável, a fim de assegurar um aperto adequado e
uniforme.
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PAG. 08/08
f) Tratamento anti-corrosivo

Sendo a defensa constituída de material sujeito a corrosão e ação do


tempo, é fundamental que seja submetida a um tratamento prévio. Esse tratamento
deverá garantir uma vida útil média do material, exposto ao tempo, em condições
ambientais normais, em atendimento à durabilidade requerida. O tratamento deverá
ser reconhecido como eficiente através de certificados de ensaios que comprovem a
garantia do mínimo de vida útil exigida.

g) Aceitação

As defensas serão aceitas quando executadas de conformidade com o


projeto e apresentarem suas peças adequadamente fixadas, com a intensidade
correta de aperto das porcas e aterramento estável dos postes.

As defensas com materiais e aterramentos inadequados não serão


aceitos, devendo ser substituídas, todos os ônus do construtor.

7 MEDIÇÃO

Os serviços serão medidos em metros lineares, para cada tipo de


defensas, entre suas extremidades.

8 PAGAMENTO

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, para as


quantidades medidas conforme o item 7, estando incluídos aquisição de materiais,
transportes, armazenamento, perdas, execução, equipamentos, mão de obra,
encargos sociais e ferramentas necessárias à execução dos serviços, exames
laboratoriais adicionais solicitados pela fiscalização, eventuais e tudo que for
necessário à execução dos serviços.

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4 – ESPECIFICAÇÕES DE SINALIZAÇÃO

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1 DEFINIÇÃO

Sinalização horizontal é o conjunto de faixas, marcas, símbolos e


legendas aplicadas sobre o revestimento de um pavimento, obedecendo a um
projeto desenvolvido para orientar, promover condições de segurança e conforto e
disciplinar o uso da rodovia.

As marcas viárias da sinalização horizontal devem obedecer aos


padrões convencionados internacionalmente e deverão ser visíveis sob qualquer
grau de luminosidade, por processos de refletorização.

Esta especificação tem como referências as diretrizes do Conselho


Nacional de Trânsito (CONTRAN) e do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), bem
como as normas vigentes na ABNT, DNIT/DNER e SOP-CE, aplicáveis as rodovias
estaduais.

O projeto de sinalização horizontal deverá definir os seguintes


elementos:

a) tipos das marcas da sinalização;


b) local de aplicação, extensão e largura;
c) dimensões das faixas; e
d) espessura úmida da tinta a ser aplicada.

O projeto deve apresentar um diagrama linear com a sinalização


horizontal complementado pela sinalização vertical e também as notas de serviço da
sinalização.

2 CONCEITUAÇÃO DA SINALIZAÇÃO HORIZONTAL

2.1 Marcas longitudinais

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SINALIZAÇÃO HORIZONTAL SOP-ES-S 01/19


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As marcas longitudinais separam e ordenam as correntes de tráfego,
definindo a parte da pista destinada à circulação de veículos, a sua divisão em faixas
de mesmo sentido, a divisão de fluxos opostos, as faixas de uso exclusivo ou
preferencial, as faixas reversíveis, além de estabelecer as regras de ultrapassagem
e transposição;

2.2 Marcas transversais

As marcas transversais ordenam deslocamentos frontais dos veículos e


os harmonizam com deslocamentos de outros veículos e dos pedestres, assim como
informam os condutores sobre a necessidade de reduzir a velocidade, indicam
travessia de pedestres e posição de parada;

Outras marcas complementam os outros tipos de sinalização.

2.3 Padrões de traçado de marcas longitudinais

a) Faixas contínuas são associadas à ideia de proibição aos


movimentos, tem poder de regulamentação, quando amarela separam fluxos de
sentido oposto de trânsito e regulamentam a proibição de ultrapassagem e os
deslocamentos laterais. Quando branca delimitam a pista de rolamento, separam
faixas de mesmo sentido e regulamentam a proibição de ultrapassagem e
transposição. Quando vermelha delimita a parte da pista de rolamento destinada à
circulação exclusiva de bicicletas.
b) Faixas tracejadas ou interrompidas não tem poder de
regulamentação, quando amarela, ordenam os movimentos de sentidos opostos.
Quando branca, ordenam os movimentos de mesmo sentido.
c) Linhas longitudinais de divisão de fluxos de sentidos opostos
regulamentam a separação das correntes de tráfego de sentidos opostos,
delimitando na pista o espaço disponível para cada sentido de tráfego, nas vias onde
não existe canteiro central. Deverá ser sempre demarcada na cor amarela, e poderá

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ser contínua (caracterizando proibição de ultrapassagem), ou tracejada (a
ultrapassagem é permitida).
d) Linhas longitudinais de divisão de fluxos de mesmo sentido, são
linhas que demarcam as faixas de trânsito de mesmo sentido de circulação,
regulamentando seu uso. Poderá ser contínua nos casos onde é proibido mudar de
faixa de trânsito, ou tracejada quando a mudança de faixa de trânsito é permitida.
e) Linhas longitudinais de borda são as marcações que delineiam a
parte da pista destinada ao rolamento, separando-a do acostamento, caso houver,
ou propiciando uma pequena faixa de segurança junto às guias que separam a pista
do passeio.
f) Ciclofaixas, são linhas utilizadas para indicar e demarcar a
existência de faixas de uso exclusivo para bicicletas e ciclo motores (ciclo faixa). Ao
longo de toda a extensão da ciclofaixa, no limite desta com a pista dos demais
veículos que é demarcado por linha contínua, deverão ser colocados tachões sobre
a marcação com refletivos voltados para o fluxo dos demais veículos da via.
g) Linhas de canalização: delimitam a área do pavimento destinada a
circulação, orientando os fluxos de tráfego.
h) Zebrado de preenchimento: demarcam áreas do pavimento não
utilizáveis (área neutra). Suas linhas deverão ser inclinadas 45° em relação ao fluxo
de tráfego a que se dirigem. A inclinação das linhas acompanha o sentido de
circulação dos veículos da faixa contígua à área neutra.

2.4 Padrões de traçado de marcas transversais

a) Linha de retenção indica aos condutores o local limite em que


deverão parar os veículos, quando impostos pela sinalização de
controle de tráfego (PARE ou semáforo), ou pela autoridade legal
pertinente.

São quatro os casos onde estas linhas são utilizadas, nos quais,
dependendo da situação, poderão ser obrigatórias.

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 Faixas de pedestres;
 Cruzamentos com ciclovias;
 Cruzamentos com ferrovias;
 Cruzamento com outras vias de uso rodoviário.
b) Linhas do tipo “dê a preferência” são linhas transversais à via que
indicam aos condutores que a preferência de circulação está com os veículos da via
que desejam acessar. Serão utilizadas somente onde as condições geométricas e
de visibilidade permitam o entrelaçamento dos fluxos sem afetar a segurança.
c) Linhas de estímulo à redução de velocidade são marcas transversais
à pista, as quais, por efeito visual, dão a impressão ao condutor de que seu veículo
aumenta de velocidade se, no segmento onde estas estão colocadas, o veículo não
for desacelerado o suficiente para alcançar a velocidade regulamentada em um
ponto adiante na via. Permite uma comunicação eficiente da mensagem de redução
de velocidade ao condutor, atuando de maneira sublimar.
d) Faixa de travessia de pedestres é a marcação transversal ao eixo da
via que indica aos pedestres o local onde poderão atravessá-la de maneira segura,
já que também adverte aos motoristas da exigência desta travessia. A faixa de
travessia de pedestres deverá ser sempre na cor branca, e poderá ser indicada de
duas formas:
 Faixa de travessia de pedestres do tipo zebrado;
 Faixa de travessia de pedestres do tipo linhas paralelas.
e) A faixa de cruzamento rodo-ferroviário indica aos condutores a
aproximação de um cruzamento em nível com uma ferrovia, e o local onde deverão
parar se necessário. Os sinais indicativos deste cruzamento constituem-se dos
seguintes elementos:
 Linha de retenção;
 Retângulo de advertência.
f) A faixa de cruzamento rodo-cicloviário indica aos condutores o
cruzamento, em nível, da via, com uma ciclovia ou ciclo faixa, e o local onde deverão
parar quando lhes seja imposto.

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Sua localização deverá propiciar maior segurança para os ciclistas e
orientá-los quanto às trajetórias a serem obedecidas.

2.5 Inscrições no pavimento

São recursos de sinalização horizontal cujo objetivo é melhorar a


percepção do condutor quanto às condições da via, permitindo-lhe tomar a decisão
adequada em tempo apropriado para as situações que se apresentam. Podem ter
caráter regulamentador ou de advertência. Transmitem as mensagens aos
motoristas com maior eficiência do que a sinalização vertical.

2.6 Setas

As setas têm por finalidade controlar os fluxos de tráfego na via,


através da ordenação dos fluxos em faixas de trânsito, quanto aos movimentos
possíveis e recomendáveis.

2.7 Símbolos

Os símbolos são sinais cuja inscrição no pavimento tem por finalidade


advertir os condutores da existência de locais onde deverão redobrar sua atenção,
para sua segurança e de terceiros. Permitem ao condutor uma melhor percepção de
situações específicas encontradas na via, e que atitude deverá tomar, propiciando
melhores condições de operação da via.

2.8 Legendas, letras e algarismos

Constituem-se de mensagens inscritas na superfície do pavimento,


visando orientar o condutor acerca de condições particulares na operação da via.
Serão sempre marcadas dentro da faixa de trânsito a cujo fluxo se destina.

2.9 Padrões de cores

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As cores de tinta a serem empregadas devem obedecer às indicações
de projeto, sendo selecionadas em função da padronização de cores definidas no
Código de Trânsito Brasileiro e seus anexos, descritas a seguir.

a) Amarela: regulamentação de fluxos de sentidos opostos, aos


controles de estacionamentos e paradas e à demarcação de obstáculos transversais
à pista (lombadas físicas);
b) Branca: regulamentação de fluxos de mesmo sentido, para a
delimitação das pistas destinadas à circulação de veículos, para regular movimento
de pedestres e em pinturas de setas, símbolos e legendas;
c) Vermelha: demarcar ciclovias, ciclofaixas e para inscrever uma cruz
como símbolo indicativo de local reservado para estacionamento ou parada de
veículos, para embarque e desembarque de pacientes;
d) Azul: inscrever símbolo indicativo de local reservado para
estacionamento ou parada de veículos para embarque e desembarque de
portadores de necessidades especiais;
e) Preta: utilizada para proporcionar contraste entre o pavimento e a
pintura.
f) Tonalidades das cores: devem obedecer às indicações de projeto,
sendo selecionadas em função da padronização de cores definidas no Código de
Trânsito Brasileiro e seus anexos.

3 MATERIAIS

3.1 Tipos de materiais

Na sinalização horizontal são utilizados os seguintes materiais para


confecção das marcas viárias:
 tintas;
 massas termoplásticas;
 películas pré-formadas;
 laminado elastoplásticos; e

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 plásticos aplicáveis a frio.

Para a refletorização são utilizadas esferas e microesferas de vidro.

A escolha do material a ser empregado deve ser feita em função da


composição do tráfego, seu volume médio diário (VMD), geometria da via, relevo da
área atravessada, rampas, largura da faixa de rolamento, tipo do pavimento, textura
e estado de conservação do pavimento e por fim a vida útil almejada para a
sinalização.

3.2 Características dos materiais

3.1.1 Esferas e microesferas de vidro

Elas são constituídas de partículas esféricas de vidro de alta qualidade.

Microesferas de vidro são por definição e de acordo com a ABNT,


aquelas com diâmetro igual ou inferior a 1000 μm (microns), ou seja, diâmetro igual
ou inferior a 1mm (milímetro). Tudo que exceder esta medida é chamada de esfera.

As suas principais características são as seguintes:


a) Podem ser fornecidas em saco de papel ou juta, devendo ter
internamente um saco de polietileno, cuja embalagem externa deve ser identificada
com as informações a seguir:
 tipo (classificação);
 especificações a que satisfaz;
 nome e endereço do fabricante;
 número do lote de fabricação;
 data de fabricação;
 quantidade de esferas ou microesferas em quilograma
 característica do revestimento químico, quando for o caso.

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b) São adicionadas aos materiais de demarcação viária a fim de
produzir retrorrefletorização da luz incidente proveniente dos faróis dos veículos. Os
requisitos e métodos de ensaio para as esferas e microesferas de vidro devem
obedecer ao que especifica a norma NBR 16184/2013 (Esferas e microesferas de
vidro – Requesitos e métodos de ensaios).
c) Apresentam diversos diâmetros e podem ser pré-misturadas
(premix) à tinta e ao termoplástico (innermix ou intermix) e/ou aspergidas no
momento da aplicação da demarcação (drop-on).
d) Classificação por tipo:
 Microesferas são classificadas em Tipo I (I-A e I-B) e Tipo II (II-
A, II-B, II-C e II-D).
 Esferas de vidro são classificadas nos tipos III, IV, V, VI e VII.

Quanto ao seu uso tem-se:

 Tipo I-A, V e VI - são as incorporadas aos materiais termoplásticos


durante sua fabricação, fornecendo retrorrefletorização somente
após o desgaste da superfície da película aplicada, quando se
tornam expostas. Os tipos V e VI são aplicados em trechos sujeitos
a chuva, neblina ou outras condições adversas.
 Tipo I-B - são as incorporadas às tintas antes da sua aplicação,
fornecendo retrorrefletorização somente após o desgaste da
superfície aplicada, quando se tornam expostas;
 Tipo II-A, II-B, II-C, II-D, III e IV - são aplicadas por aspersão,
concomitantemente com a tinta ou termoplástico, por aspersão ou
extrusão, de modo a permanecer na superfície da película
aplicada, fornecendo retrorrefletorização imediata. Os tipos III e IV
são aplicados em trechos sujeitos a chuva, neblina ou outras
condições adversas.
 Tipo VII – essas esferas são aplicadas por aspersão juntamente
com a tinta ou termoplástico por aspersão ou por extrusão,
permitindo sua imediata retrorrefletividade. São aplicadas em pistas

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de aeroportos ou locais em que a refletorização deva ser
maximizada.

Quanto a forma de inserção há microesferas de um tipo que são


misturadas antes da aplicação (premix/intermix) e há outro tipo de microesferas ou
esferas que são aspergidas no momento da aplicação da pintura (drop-on).

As esferas e microesferas de vidro a serem utilizadas para aplicação


em alto-relevo devem estar de acordo com a NBR15543/2015 (Termoplástico alto
relevo aplicado pelo processo de extrusão mecânica).

3.2.2 Tintas

As tintas são constituídas basicamente de solventes, resinas,


pigmentos e aditivos, devendo ser apropriadas para aplicação em superfície asfáltica
ou de concreto de cimento Portland.

As suas principais características são as seguintes:

a) Cores: as tintas estão disponíveis nas cores branca, amarela,


vermelha, azul, verde e preta.
b) Embalagem: devem ser fornecidas em embalagem metálica
cilíndrica, com tampa removível e deve trazer no corpo da embalagem, bem legível,
as seguintes informações:
 nome e endereço do fabricante;
 nome do produto;
 cor da tinta;
 especificações a que satisfaz;
 número do lote de fabricação;
 data de fabricação;
 prazo de validade;
 quantidade contida no recipiente, em litros.

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c) Fluidez: logo após a abertura do recipiente, não deve apresentar
sedimentos ou grumos que não possam ser facilmente dispersos por ação manual.

Não deve apresentar coágulos, nata, crostas ou separação de cor.

Deve estar apta para ser aplicada a temperatura ambiente no intervalo


de 10ºC a 40ºC, umidade relativa do ar de até 90% e suportar temperaturas do
pavimento de até 80°C.

Não deve modificar suas características ou se deteriorar quando


estocada em locais cobertos e ventilados, no período mínimo de seis meses, a
contar da data de recebimento do material.

Para sinalização provisória as espessuras úmidas mínimas aqui


indicadas poderão ser menores, e devidamente indicadas no projeto.

Quando exigido no pavimento um aumento da resistência à


derrapagem deve-se utilizar a adição de grãos abrasivos, cuja granulometria deve
atender à NBR 16.184/2013 (Esferas e microesferas de vidro – Requisitos e
métodos de ensaio) e com dureza Mohs igual ou superior a 7,0.

d) Tipos de tintas, suas aplicações e duração:

d.1 Tinta à base de resina.

Aplica-se em rodovias de tráfego leve a médio, com VMD ≤ 5.000


veículos e durabilidade estimada em 18 meses.

Deve satisfazer à NBR 11.862/1992 (Tinta para sinalização horizontal a


base de resina acrílica).

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A espessura da película úmida de tinta deve ser igual ou superior a 0,6
mm, sem adição de microesferas de vidro aplicadas por aspersão.

d.2 Tinta à base de resina acrílica emulsionada em água

Aplica-se como sinalização em rodovias de tráfego leve, com VMD 


5.000 veículos e durabilidade estimada em 36 meses;

Aplica-se também como sinalização em rodovias de tráfego médio a


intenso, com 5.000 ≤ VMD < 10.000 veículos e durabilidade estimada em 12 meses.

Aplica-se ainda como sinalização em rodovias de tráfego pesado, com


10.000 ≤ VMD < 20.000 veículos e durabilidade estimada em 24 meses.

Deve satisfazer à NBR 13.699/2012 (Tinta a base de resina acrílica


emulsionada em água – Requisitos e métodos de ensaio) nos dois primeiros casos e
a NBR 13.731/2008 (Aeroportos – Tinta a base de resina acrílica emulsionada em
água – Requisitos e métodos de ensaio) no último caso.

Nos dois primeiros casos, a espessura da película úmida de tinta deve


ser igual ou superior a 0,50 mm, sem adição de microesferas de vidro aplicadas por
aspersão, e no último caso, superior a 0,60 mm.

3.2.3 Solventes

Para ajuste da viscosidade antes da aplicação, pode ser adicionado à


tinta, no máximo, 5% em volume de solvente compatível com a mesma.

Os solventes usados na diluição da tinta ou limpeza dos equipamentos


devem ser os indicados pelo fabricante da tinta e previamente aprovados pela
fiscalização da SOP/CE.

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3.2.4 Materiais termoplásticos

Os materiais termoplásticos são constituídos de uma mistura sólida, em


grânulos ou blocos, formada por resinas naturais e/ou sintéticas, agregados
(partículas granulares, pigmento e respectivo dispersor) e agentes plastificantes
(óleo vegetal e/ou mineral).

Os pigmentos empregados devem assegurar sua qualidade na


resistência à luz e ao calor, de modo que a tonalidade das faixas permaneça
inalterada.

Os materiais termoplásticos devem ser inertes a combustíveis,


lubrificantes e suportar temperaturas de até 80°C. Deve também possibilitar sua
aplicação em superfícies asfálticas e de concreto de cimento Portland em
temperaturas ambientes entre 15°C e 40°C, com umidade do ar de até 85%.

As suas principais características são as seguintes:


a) Cores: os termoplásticos estão disponíveis nas cores branca,
amarela, vermelha, azul, verde e preta.
b) Embalagem; conforme o tipo o termoplástico poderá ser
acondicionado em sacos plásticos devidamente fechados e lacrados, ou em
embalagens padronizadas, nas quais deve figurar em local visível e legível:
 nome e endereço do fabricante;
 nome do produto;
 cor do material;
 máxima temperatura de aquecimento;
 especificações a que satisfaz;
 número do lote de fabricação;
 data de fabricação;
 prazo de validade;
 quantidade contida em quilo, metragem ou unidades, conforme o
tipo.

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 o lacre deverá apresentar o número do laudo laboratorial e deverá
ser conferido e retirado pela Fiscalização.
c) Tipos de termoplásticos, sua aplicação e duração: há três tipos nas
cores branca, amarela, vermelha, azul, verde e preta, conforme descrição a seguir.

c.1 Termoplásticos aplicados por aspersão e por extrusão: devem


satisfazer a norma ABNT-NBR 13.159/1994 (Termoplástico aplicado pelo processo
de aspersão) e norma ABNT-NBR 13.132/1994 (Termoplástico aplicado pelo
processo de extrusão). São utilizados em rodovias de tráfego pesado, com VMD
entre 20.000 e 30.000 veículos. Tem uma duração estimada em 36 meses. Para
rodovias com maior intensidade de tráfego (VMD  30.000 veículos, ou que na
composição do tráfego tenham percentual de veículos pesados (caminhões e
ônibus) superior a 40% ou ainda com largura de faixa de rolamento inferior a 3,50
metros, a sua duração estimada cai para 24 meses. O material termoplástico é
constituído de uma mistura em proporções convenientes de ligantes + partículas
granulares + pigmentos + agentes dispersores + microesferas de vidro. O ligante
deve ser constituído de resinas naturais ou sintéticas e um óleo como agente
plastificante. Os pigmentos devem ser resistentes à luz e ao calor, de modo que a
tonalidade das faixas permaneça inalterada por toda sua vida útil. A espessura da
película de termoplástico, sem adição de microesferas e de esferas de vidro,
aplicadas por aspersão, deve ser igual ou superior a 1,5mm e, para aplicação por
extrusão, a espessura da película deve ser igual ou superior a 3mm, ambas
espessuras devendo ser alcançadas com uma única aplicação.
c.2 Termoplástico pré-formado: deve satisfazer a norma ABNT-NBR
16.039/2012 (Termoplástico pré-formado para sinalização – Requisitos e métodos de
ensaio). O material é fornecido em embalagem lacrada, protegida do sol e da
umidade, contendo as seguintes informações na sua face externa:
 nome do fabricante;
 nome do produto;
 número do lote de fabricação;
 cor;
 quantidade;

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 data de fabricação; e
 prazo de validade.

O Termoplástico pré-formado autocolante, refletivo e termosensível é


composto de uma mistura de ligantes + partículas granulares + pigmentos + agentes
dispersores + microesferas de vidro. Ele é fixado ao pavimento aquecido por lança
chamas ou maçarico. O Termoplástico pré-formado é usado em faixas de retenção,
faixas de pedestres, símbolos e legendas em rodovias com VMD até 10.000
veículos, estimando-se sua duração em 24 meses. Quando aplicado por aspersão a
espessura de sua película deve ser igual ou superior a 1mm, sem adição de
microesferas.
c.3 Termoplástico alto-relevo: deve satisfazer a norma ABNT-NBR
15.543/2015 (Termoplástico alto relevo aplicado pelo processo de extrusão
mecânica). Disponíveis apenas nas cores brancas e amarelas é recomendado para
faixas longitudinais em rodovias com tráfego de VMD acima de 10.000 veículos,
tendo duração estimada em 36 meses. O termoplástico alto-relevo é composto de
resinas de alta resistência à abrasão, pigmentos resistentes ao calor e à luz
ultravioleta e contém microesferas de vidro. As embalagens de acondicionamento
deverão conter:
 nome do fabricante;
 nome do produto;
 cor;
 máxima temperatura de aquecimento;
 número e lote de fabricação;
 data de fabricação;
 prazo de validade; e
 quantidade.

O lacre da embalagem deverá conter o número do laudo laboratorial, a


ser conferido e retirado pela fiscalização. O termoplástico alto-relevo é usado como

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sonorizador em rodovias, podendo ser aplicado com seis tipos diferentes de relevo,
a saber:
 Tipo I - Relevo duplo com base:
espessura da base (mm) - 2,50
altura do relevo (mm) - 7,00
largura do relevo (mm) - 7,00
 Tipo II - Relevo simples ranhurado com base:
espessura da base (mm) - 2,50
altura do relevo (mm) - 6,00
largura do relevo (mm) - 6,00
distância entre relevos (mm) - 20,00
 Tipo III - Relevo simples com base:
espessura da base (mm) - 2,50
altura do relevo (mm) - 7,00
largura do relevo (mm) - 45,00
distância entre relevos (mm) - 350,00
 Tipo IV - Relevo simples sem base (taco):
altura do relevo (mm) - 7,00
largura do relevo (mm) - 45,00
distância entre relevos (mm) - 350,00
 Tipo V - Relevo multipontos sem base (gotas):
altura do relevo (mm) - 5,50
área da gota (cm²) - 5,95
 Tipo VI - Relevo multipontos sem base (calotas):
altura do relevo (mm) - 5,50
área da calota (cm²) – 4,90

3.2.5 Laminado elastoplástico

Deve satisfazer a norma ABNT-NBR 15.741/2016 (Laminado


elastoplástico para sinalização). São disponíveis nas cores branca, amarela,
vermelha, azul, verde e preta.

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O laminado fornecido deve estar acondicionado em embalagem
adequada, lacrada, protegida do sol e da umidade, contendo na face externa, em
local bem visível as seguintes informações:
 nome do fabricante;
 nome do produto;
 número do lote de fabricação;
 cor;
 quantidade contida em metros ou quantidades de letras ou
símbolos;
 largura da película;
 espessura da película;
 data de fabricação;
 prazo de validade.

O material pode ser fornecido em faixas até 60 cm de largura em rolos


de 25 m, símbolos, letras e números, com o objetivo de obter efeitos visuais eficazes
para a sinalização horizontal, com excelente adaptação a superfícies lisas ou
texturizadas, sejam pavimentos asfálticos, concretos, paralelepípedos ou pré-
moldados (poliédricos). O laminado elastoplástico é composto de borracha natural,
cargas minerais, resina, pigmentos, material antiderrapante, elemento refletivo e
adesivo próprio para colagem do material ao solo. Deve ser resistente a circulação
intensa de veículos, depois de fixado ao piso por meio de um aderente líquido
próprio (cola, fornecida juntamente com o laminado) que deve ser fornecida em
quantidade necessária, e capaz de realizar uma perfeita soldadura da superfície da
faixa ao mesmo. Deve suportar temperaturas de até 80°C sem sofrer deformações.
Deve ser fornecido em conformidade com o projeto. A espessura não deve ser
inferior a 1,5mm. É recomendado para sinalização de faixas de retenção, faixas de
pedestres, símbolos, legendas, em rodovias de tráfego intenso, com VMD ≥ 10.000
veículos e tem durabilidade estimada em 36 meses. Deve ser resistente às
intempéries, ação dos combustíveis e lubrificantes, e ser fabricado com materiais
que acompanhem a movimentação e ondulação da via. Deve obter efeitos visuais
eficazes para a sinalização horizontal, com excelente adaptação a superfícies lisas

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ou texturizadas, sejam pavimentos asfálticos, concreto, paralelepípedos ou pré-
moldados (poliédricos). O adesivo deve ser fornecido na quantidade suficiente para
a metragem de laminado a ser instalado. O material deverá ser flexível, para
acompanhar as asperezas do solo e resistir aos impactos de sua utilização.

3.2.6 Plástico a frio à base de resinas reativas

A aplicação e o fornecimento do material plástico a frio à base de


resinas metacrílicas reativas e agente endurecedor devem ser realizados conforme a
NBR 15.870/2016 (Plástico a frio a base de resinas metacrílicas reativas –
Fornecimento e aplicação).

O plástico a frio deverá ser embalado em recipiente metálico, cilíndrico


e lacrado.
O lacre deve apresentar o número do laudo laboratorial e deverá ser
conferido e retirado pela fiscalização. As embalagens deverão trazer no seu corpo,
bem legível, as seguintes informações:
 nome do produto;
 cor;
 referência quanto a natureza química da resina;
 data de fabricação;
 prazo de validade;
 número do lote de fabricação;
 nome do fabricante;
 quantidade contida no recipiente, em kg.

Disponível nas cores branca, amarela, vermelha, azul e verde.

O plástico a frio à base de resinas metacrílicas reativas é um material


bicomponente ou tricomponente à base de resina reativa metacrílica, cargas
minerais, pigmentos, aditivos e microesferas de vidro, a saber:

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 Componente A: resina reativa metacrílica pura, pigmentos, aditivos,
cargas minerais e microesferas de vidro somente nos materiais
para ser utilizados por aspersão e aplicação a rolo.
 Componente B: fornecido em pó ou líquido. É um agente
endurecedor (catalisador).
 Componente C: resina metacrílica de menor reatividade, sem
acelerador, cargas minerais, aditivos e pigmentos.

A classificação dos materiais plásticos a frio deve seguir o exposto


abaixo:
 Tipo I: é um material tricomponente (A, B e C) sem conter em sua
composição microesferas de vidro;
 Tipo II: é um material bicomponente (A e B) sem conter
microesferas de vidro em sua composição;
 Tipo III: é um material bicomponente (A e B), de baixa viscosidade,
podendo ou não ter grãos abrasivos incorporados em sua
composição;
 Tipo IV: é um material bicomponente (A e B), contendo em sua
composição microesferas de vidro.

Somente o plástico a frio por aspersão, deve ser fornecido em três


componentes A, B e C.

A resina metacrílica utilizada no plástico a frio deve ser 100%


metacrílica reativa livre de solventes. Misturas com outras resinas, líquidos ou
solventes não são permitidas.

O agente endurecedor (componente B) deve ser o peróxido de benzoila


em pó ou líquido. Para aplicação manual, o peróxido utilizado deve ser em pó. Para
aplicação mecanizada, o peróxido pode ser em pó ou líquido, conforme o tipo de
equipamento utilizado para o sistema.

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O plástico a frio deve ser apto a ser aplicado em temperatura do
ambiente entre 5º C e 45º C e umidade relativa do ar até 80 %.

O plástico a frio deve ser inerte a intempéries, combustíveis e


lubrificantes.

O plástico a frio deve ter boa característica de adesividade às


microesferas de vidro e ao pavimento, produzir película seca fosca, de aspecto
uniforme, sem apresentar fissuras, gretas ou descascamento durante o período de
vida útil.

Pode ser aplicado pelos seguintes sistemas:

 Aspersão (spray)  aplicado mecanicamente com mistura


automática dos dois componentes, espessura – 0,6mm.
 Extrusão  aplicado manualmente ou mecanicamente,
recomendado para faixas de pedestres, redutores de velocidade,
zebrados, símbolos e setas, espessuras – 1,5 e 3,0mm.
 Estrutura (dispersão)  aplicado mecanicamente, o processo de
dispersão consiste na aplicação de aglomerado com
adensamentos variáveis, permitindo o escoamento da água pela
estrutura, recomendado para marcas longitudinais, linhas de
canalização de tráfego e travessias de pedestres, espessura –
5mm.
 Alto relevo  aplicado mecanicamente, com mistura automática
dos dois componentes, formando relevos regulares e uniformes,
com a finalidade de se obter sonorização.

Para o material termoplástico, a NBR 15870 (já citada) prevê a


execução do seguinte relevo:
Espessura da base (mm) - 1,50
Altura do relevo (mm) - 7,00

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4 EQUIPAMENTOS

Todo equipamento, antes do início da execução do serviço, deve ser


cuidadosamente examinado e aprovado pela SOP/CE, sem o que não é dada a
autorização para o seu início.

4.1 Remoção das marcas viárias

Havendo necessidade de remoção das marcas viárias antigas ou


conflitantes, compete à executante empregar, em cada caso, o método mais
apropriado para a eliminação das demarcações anteriores, o que pode ser feito
através de processos manuais ou mecânicos.

As marcações antigas não podem ser camufladas com tinta.

4.2 Equipamentos para limpeza

A limpeza deve ser executada de modo a eliminar qualquer tipo de


material que possa prejudicar a aderência do produto aplicado no pavimento,
utilizando vassouras, escovas, compressores para limpeza com jato de ar ou de
água, de tal forma que seja executada apropriadamente a limpeza e secagem da
superfície a ser demarcada.

Poderão ainda ser utilizados produtos específicos para limpeza da


superfície, desde que não agridam o meio ambiente, o pavimento e nem
prejudiquem a qualidade do material a ser aplicado.

4.3 Equipamentos para aplicação de esferas, microesferas e material


antiderrapante

As esferas, microesferas e material antiderrapante (se necessário)


devem ser aplicados por:

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PÁG. 21/40
 Aspersão - são espalhados na superfície da película, através de
dispositivos de pressão pneumática, por pressão direta ou sucção.
 Gravidade – são deslocados através de um silo de armazenagem
das máquinas ou de carrinhos manuais através da sua própria
massa e distribuídas sobre as faixas através de espalhadores
apropriados.

4.4 Equipamentos para aplicação de Tintas

As máquinas para aplicação das tintas devem conter, no mínimo, os


seguintes itens:
a) Motor para autopropulsão;
b) Compressor com tanque pulmão de ar, com capacidade no mínimo
20% superior à necessidade típica da aplicação;
c) Tanques pressurizados para tinta, devidamente revestidos de forma
a preservar a qualidade da tinta;
e) Reservatórios para microesferas de vidro a serem aplicadas por
aspersão;
f) Agitadores mecânicos para homogenização da tinta;
g) Quadro de instrumentos e válvulas para regulagem, controle de
acionamento das pistolas;
h) Conta-giros, horímetro e odômetro;
i) Sistema de limpeza com solvente;
j) Sistema sequenciador para atuação automática das pistolas na
pintura, permitindo variar o comprimento e a cadência das faixas;
k) Dispositivos a ar comprimido para aspersão de microesferas de vidro
(espalhadores), devendo apresentar flexibilidade para troca de bicos (orifícios),
adequando-se para aspergir microesferas de vidro de quaisquer granulometrias;
l) Sistemas limitadores de faixa;
m) Sistema de braços suportes para pistolas;
n) Sistemas de pistolas manuais atuadas pneumaticamente, passíveis
de uso em ambos os lados;

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PÁG. 22/40
o) Dispositivos de segurança;
p) Trena;
q) Medidor de espessura.

4.5 Equipamentos para aplicação de termoplásticos

4.5.1 Termoplástico por aspersão

Os equipamentos indispensáveis para a aplicação do material


termoplástico por aspersão são:

a) Usina móvel montada sobre caminhão, constituída de dois


recipientes para fusão do material (branco e amarelo), providos de queimadores,
controle de temperatura e agitadores com velocidade variável;
b) Sapatas para aplicação manual com largura variável de 100 a 500
mm e abertura de 3 mm;
c) Carrinho semeador para aplicação e distribuição de microesferas
com largura variável de 100 a 500 mm;
d) Veículo autopropulsor contendo recipiente com capacidade variável
e aquecimento indireto (câmara para óleo térmico). Para os equipamentos de
projeção pneumática o recipiente precisa ser pressurizado para conduzir o material
até a pistola, e nos equipamentos de projeção mecânica o material deve ser
conduzido através de bomba até a pistola;
e) Termômetros em perfeito estado de funcionamento na câmara de
óleo e no recipiente para fusão do material termoplástico;
f) Conjunto aplicador contendo uma ou duas pistolas próprias para
termoplástico e semeador de microesferas de vidro;
g) Aquecimento indireto (com óleo térmico), para todo o conjunto
aplicador, ou seja, mangueira condutora do material termoplástico e pistola;
h) Compressor com tanque pulmão de ar destinado a:
 Pressurização do recipiente de termoplástico (nos equipamentos
de projeção pneumática), tanque de microesferas;

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 Limpeza do pavimento e para atomização do material;
 Acionamento das pistolas para termoplástico e microesferas;
i) Dispositivos de aplicação contínua e intermitente para execução das
linhas simples e/ou duplas dos materiais utilizados;
j) Dispositivos, acessórios de controle e segurança em painéis na
cabine do veículo e na plataforma de comando do conjunto de aplicação;
k) Sistema de aquecimento, podendo ser com queima de gás ou óleo
diesel;
l) Gerador de eletricidade para alimentação dos dispositivos de
segurança e controle;
m) Dispositivo balizador para direcionamento da unidade aplicadora
durante a execução da demarcação.

4.5.2 Termoplástico por extrusão

As máquinas para aplicação de termoplástico pelo processo de


extrusão devem conter, os equipamentos a seguir descritos:
a) Aparelho de projeção pneumática, mecânica ou combinada;
b) Implementos auxiliares para demarcação manual quantos forem
necessários à execução satisfatória do serviço;
c) Usina móvel montada sobre caminhão, constituída de dois
recipientes para fusão de material, branco e amarelo, providos de queimadores,
controle de temperatura e agitadores com velocidade variável;
d) Sapatas para aplicação manual com largura variável de 100 e 500
mm e abertura de 3mm;
e) Carrinho semeador para aplicação e distribuição de microesferas
com largura variável de 100 a 500 mm;
f) Termômetros em perfeito estado de funcionamento no recipiente de
fusão do material termoplástico;
g) Para aplicação mecânica, além dos equipamentos citados deve
conter:

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g.1) Aquecimento indireto com óleo térmico, para todo o conjunto
aplicador, ou seja, mangueira condutora do material termoplástico e pistola;
g.2) Compressor com tanque pulmão de ar destinado à:
pressurização do tanque de microesferas; limpeza do pavimento e acionamento das
pistolas de microesferas;
g.3) Dispositivos de aplicação contínua e intermitente para execução
das linhas simples ou duplas de materiais utilizados;
g.4) Dispositivos acessórios de controle de segurança em painéis na
cabine do veículo e na plataforma de comando do conjunto de aplicação;
g.5) Sistema de aquecimento, podendo ser com queima de gás ou
óleo diesel;
g.6) Gerador de eletricidade para alimentação dos dispositivos de
segurança e controle;
g.7) Dispositivo balizador para direcionamento da unidade aplicadora
durante a execução da demarcação;
g.8) Conjunto para aplicação e distribuição a ar comprimido de
esferas e microesferas de vidro;

Deve-se dar preferência à sapata manual de cortina com rodas para


demarcação exclusiva de termoplásticos, com sistema de gaveta, regulagem para
larguras de faixas entre 10 a 50 cm, sistema de aquecimento permanente do
reservatório, e caixa distribuidora de microesferas acoplada.

4.5.3 Termoplástico pré-formado para sinalização

Para aplicação são necessários:


a) bandeja para o adesivo (quando indicado no projeto);
b) Tocha GLP (pressão de 3 bar no mínimo) e bujão de gás;
c) Marcador de giz;
d) Termômetro infravermelho.

4.5.4 Termoplástico alto-relevo

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PÁG. 25/40
O equipamento a ser utilizado na execução dos serviços será
composto por:
a) equipamento para fusão do material termoplástico, por aquecimento
indireto, provido de agitadores mecânicos, que assegurem temperatura uniforme na
massa em processo de fusão e aplicação;
b) dispositivo termostático, para manutenção da fusão e termômetros
indicadores;
c) unidade móvel, autopropulsora, dotada de implementos específicos
para aplicação do material termoplástico, produzindo simultaneamente a linha base
(se houver), e as saliências especificas para cada tipo.
d) sapatas automatizadas acopladas para aplicação de alto relevo.

4.6 Equipamentos para aplicação de laminado elastoplástico

a) marcador de giz;
b) vassoura de pelo;
c) rolo de lã;
d) bandeja para o adesivo;
e) rolete metálico com diâmetro mínimo de 80mm (25kg);
f) estilete e régua metálica para cortar excessos.

4.7 Equipamentos para aplicação de plástico a frio à base de resinas reativas

a) caminhão demarcador de faixas com sistema específico para cada


tipo de aplicação;
b) sistema com bomba dosadora com mistura automática dos
componentes

5 EXECUÇÃO

As sinalizações aplicadas deverão ser protegidas durante o tempo de


secagem, de todo tráfego de veículos, bem como de pedestres. A Contratada será

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diretamente responsável e deve colocar todos os dispositivos necessários para o
adequado isolamento da área.

5.1 Sinalização de segurança

Os serviços de execução de sinalização horizontal só podem ser


iniciados após a instalação de todos os elementos para sinalização de obra
adequada a cada local de serviço.

5.2 Cura do revestimento

A demarcação viária deve respeitar obrigatoriamente o tempo de cura


asfáltica ou de concretos novos.

Deve-se esperar pelo menos de 30 a 45 dias para que se iniciem os


trabalhos de sinalização horizontal definitiva
.
5.3 Remoção das marcas viárias e limpeza

Os serviços serão precedidos da remoção de marcas viárias pré-


existente e da limpeza da superfície de aplicação dos materiais, conforme descritos
nos itens 4.1 e 4.2.

5.4 Sinalização em pavimento rígido

Nos pavimentos de concreto de cimento Portland, deve ser aplicado,


preliminarmente, o primer promotor de aderência, precedido da remoção total da
película química de cura.

Sobre o primer promotor de aderência deve ser aplicada uma


demarcação de contraste na cor preta, devendo esta ter os requisitos das tintas de

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demarcação, ou seja, não ter baixa aderência, excedendo em 5cm a largura e o
comprimento da demarcação a ser executada.

5.5 Condições ambientais para execução do serviço

Deverão ser observadas as seguintes condições ambientais:

a) A temperatura ambiente igual ou superior a 10°C;


b) A temperatura ambiente igual ou inferior a 40°C;
c) A umidade relativa do ar igual ou inferior a 80°C;
d) O pavimento deve estar aparentemente seco e não chovendo.
e) Deve ser medida a temperatura ambiente, no mínimo duas vezes
por dia trabalhado, por meio de termômetro adequado e aferido;
f) Deve ser medida a umidade relativa do ar, no mínimo duas vezes por
dia trabalhado, por meio de higrômetro portátil aferido.

5.6 Pré-marcação

Previamente à execução do serviço de sinalização horizontal deve ser


executada a pré-marcação de pintura, consistindo na locação e alinhamento das
marcas longitudinais, transversais, de canalização, de delimitação e inscrições do
pavimento, indicadas no projeto de sinalização.

Os procedimentos para execução e avaliação da demarcação devem


ser seguidos rigorosamente no que estabelece a norma NBR 15.405/2016 (Tintas –
Procedimentos para execução da demarcação e avaliação).

Na repintura é permitido o uso das faixas antigas como referencial,


desde que não comprometa as cotas do projeto.

5.7 Tintas

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PÁG. 28/40
A tinta não deve apresentar separação de fases, mas se houver
sedimentação (parte sólida no fundo do balde), deve ser de fácil homogeneização.
Caso não seja possível homogeneizar manualmente, a tinta não deve ser aplicada.

A tinta deve ser homogeneizada antes de sua deposição no tanque e


deve apresentar a consistência especificada, sem ser necessária a adição de outro
aditivo qualquer, salvo recomendações do fabricante da tinta e/ou especificações
técnicas vigentes quanto ao aspecto diluição.

Caso haja necessidade de adição de solvente para diluição, o mesmo


deve ser misturado à tinta no balde antes de sua deposição no tanque.

No caso de faixas longitudinais de sinalização a aplicação da tinta é


feita por máquina automotriz, provida de pistolas e misturadores mecânicos para os
materiais.

No caso de pinturas de setas, legendas e outras inscrições a aplicação


da tinta é feita com pistola manual, com auxílio de gabaritos.

5.8 Termoplástico

A adição do material termoplástico nos fusores deve ser progressiva,


de tal forma que não faça grandes blocos que dificultem sua fusão.

Deve-se manter agitação permanente durante sua preparação.

Deve-se controlar com rigor a temperatura do mesmo, evitando a


deterioração da resina (oxidação acelerada) e a consequente alteração das
propriedades do material.

5.9 Termoplástico pré-formado para sinalização

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PÁG. 29/40
a) Com o marcador de giz, circunscreve-se a área na qual será
aplicado o termoplástico pré-formado.
b) É sempre aconselhável a aplicação de primer aderente.
c) Aquecer o primer com tocha de GLP.
d) Colocar o pré-formado na posição.
e) Aquecer o pré-formado com a tocha de GLP.
f) Deslocar a chama devagar, mas de forma estável, 10 a 30 cm acima
do material num movimento de varrer, para que o calor seja aplicado uniformemente.
O material deve ser aquecido entre 180 e 200ºC.
g) O material irá “fundir” com a superfície do pavimento.
h) Durante a aplicação, a camada previamente tratada de esferas de
vidro e material antiderrapante é enterrada no material. Isto conduz a valores iniciais
reduzidos de retro reflexão e coeficiente de atrito.
i) Se forem necessários valores iniciais altos de retro reflexão e/ou
coeficiente de atrito, deve-se aplicar esferas e microesferas imediatamente após a
aplicação da camada enquanto o material ainda está quente, e reaquecer com a
tocha de GLP.

5.10 Termoplástico alto-relevo

Em caso de equipamentos autopropulsados desenhados com controles


para aplicação em condições climáticas adversas, permite-se o seu uso fora das
faixas indicadas quanto a temperaturas, porém se mantêm as restrições em relação
à chuva ou excesso de umidade.

A adição do material termoplástico nos fusores deve ser progressiva,


de tal forma que não faça grandes blocos que dificultem sua fusão.

Deve-se manter agitação permanente durante sua preparação.

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PÁG. 30/40
Deve-se controlar com rigor a temperatura do mesmo, evitando a
deterioração da resina (oxidação acelerada) e a consequente alteração das
propriedades do material.

O material será aplicado à temperatura máxima de 180°C para o


termoplástico de cor amarela e de 200°C para o termoplástico de cor branca, para
se manter a coesão e cores naturais do termoplástico.

5.11 Laminado elastoplástico

a) Pré-marcar o pavimento com o marcador de giz;


b) Virar o material com o verso para cima e limpar com a vassoura de
pelos;
c) Aplicar o adesivo no verso do material e no local de aplicação;
d) Aguardar que o adesivo esteja dando liga ao tato
e) No verso do laminado, aplicar nova camada de adesivo com rolo de
lã;
f) Colocar o produto sobre o pavimento;
g) Virar o material e colocá-lo no local de aplicação;
h) Se necessário, fazer pequenos ajustes com a mão;
i) Passar o rolete metálico para a fixação final.
j) Com estilete e régua metálica retirar os excessos;
k) Liberar para o tráfego imediatamente.
l) Se necessária, a remoção do laminado elastoplástico pode ser por:
 chama a gás que provoca o amolecimento do adesivo permitindo
sua remoção por raspagem manual;
 raspagem mecânica, sem ocorrer agressão ao pavimento.

5.12 Plástico a frio à base de resinas reativas

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A aplicação é feita por máquina automotriz dotada de sistemas
específicos para cada tipo, provida de pistolas e misturadores mecânicos para os
materiais.

6 PROTEÇÃO AMBIENTAL

Como a maioria das operações para execução dos serviços acontecem


sobre o corpo estradal, os cuidados a proteção ambiental referem-se à disciplina do
tráfego e do estacionamento dos equipamentos.

6.1 Tráfego de Equipamentos

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do


corpo estradal, para evitar a destruição desnecessária da vegetação, assim como
interferência na drenagem.

6.2 Estacionamento e manutenção dos equipamentos

As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção


dos equipamentos, devem ser localizadas e tratadas de forma que resíduos de
lubrificantes e/ou de combustível não sejam levados até cursos d’agua. Esta
especificação é complementada pelo DERT-ISA-07/99 – Orientações ambientais
para operação de máquinas e equipamentos.

6.3 Produtos Químicos

Deve ser consultada a FISPQ (Ficha de Informação de Segurança para


Produtos Químicos) utilizados, e os respectivos procedimentos necessários.

6.4 Descartes de embalagens

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Descarte dos resíduos provenientes de embalagens, utensílios
utilizados, sobras de material, limpeza dos equipamentos, em locais devidamente
regulamentados para este fim, sob pena de responsabilidade por dano ambiental
causado.

6.5 Utilização de EPI

Toda a equipe deve estar informada dos procedimentos sobre


manuseio seguro e utilização dos EPI (óculos protetores e luvas resistentes).

Retirar do armazenamento somente a quantidade necessária para um


turno.

6.6 Gases Tóxicos

Os termoplásticos, quando aquecidos à temperatura exigida para a sua


aplicação, não devem desprender gases tóxicos ou fumaças (fumos) que possam
causar danos às pessoas ou ao meio ambiente.

7 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Materiais

a) Todos os materiais utilizados devem satisfazer a esta especificação


e as especificações particulares e complementares contidas no projeto.
b) Para garantia da qualidade dos serviços devem ser apresentados os
certificados de fábrica com análise conclusiva, emitida por laboratório credenciado,
contendo a aprovação dos lotes dos materiais a serem utilizados.
c) A apresentação destes certificados deve ser obrigatória para
emissão da ordem de serviço.

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d) Todo material a ser utilizado deve ser analisado, aprovado e selado
pelo laboratório responsável pela análise, acompanhados por certificados de análise
qualitativa e quantitativa do produto, por lote de fabricação.

7.2 Retrorrefletividade

O procedimento relativo à avaliação da retrorrefletividade, bem como a


especificação do retro refletômetro estão descritos na NBR 16.410/2015 (Sinalização
horizontal viária - Avaliação da retrorrefletividade utilizando equipamento dinâmico
com geometria de 15 m ou 30 m) e NBR 14.723/2013 (Sinalização horizontal viária -
Avaliação da retrorrefletividade utilizando equipamento manual com geometria de 15
m).

A retrorrefletividade inicial é definida, como o valor da retrorrefletividade


avaliada entre 24h e 48h após a liberação do trecho da rodovia ao tráfego, e no
máximo em até quinze dias, enquanto a retrorrefletividade residual é aquele valor
avaliado após um período de tempo maior.

A garantia é em meses, condicionada aos valores mínimos de


retrorrefletividade inicial e final.

Para medição deve-se posicionar o equipamento no sentido do fluxo


dos veículos e na superfície da demarcação a ser medida. Para não prejudicar a
medição a superfície deve estar limpa de umidade, pedras ou resíduos capazes de
comprometer a medição. Não poderá incidir luz solar, pois poderá comprometer as
leituras, portanto, caso ocorra, deve-se procurar outra localização ou prover meios
alternativos para bloqueá-la.

Em vias de mão dupla o equipamento deve estar voltado para cada um


dos sentidos do fluxo de tráfego. Para eixos duplos, a medição deve ser feita para
cada uma das faixas e os resultados devem ser computados para cada sentido de

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fluxo do tráfego. No caso de uma única faixa, deve ser adotada a menor média
obtida.

Quando do procedimento de avaliação dos trechos as vias devem ser


devidamente sinalizadas em conformidade com as normas e padrões de segurança
e sinalização viária de tal forma que se mantenha a integridade da equipe de campo
bem como dos usuários da via.

Para a avaliação da demarcação das faixas longitudinais, o sentido do


fluxo de tráfego da via deve ser considerado devendo ser desprezados os 10m do
início dos trabalhos e 10m finais da demarcação.

Os materiais utilizados devem ser especificados em projeto, sendo que


sua garantia de validade deverá ser dada por condições de retrorrefletividade
residual.

A retrorrefletorização residual estabelecida, sob quaisquer


circunstâncias de condições físicas ou operacionais da rodovia, independente do
material especificado no projeto, será de 100 mcd.lx-1.m-2 para a cor branca e 80
mcd.lx-1.m-2 para a cor amarela.

Para a retrorrefletorização inicial, os valores são os seguintes:

a) Para tintas e Termoplásticos, a retrorrefletorização inicial mínima


estabelecida deverá ser de 250 mcd.lx-1.m-2 para a cor branca e 150 mcd.lx-1.m-2
para a cor amarela, para sinalização definitiva.

Nos casos específicos em que se tratar de sinalização provisória, o


valor de retrorrefletorização inicial mínima será de 150 mcd.lx-1.m-2 para a cor branca
e 100 mcd.lx- 1.m-2 para a cor amarela.

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b) Para termoplástico pré-formado, a retrorrefletorização inicial mínima
estabelecida deverá ser de 300 mcd.lx-1.m-2 para a cor branca e 200 mcd.lx-1.m-2
para a cor amarela.
c) Para termoplástico alto-relevo, a retrorrefletorização inicial mínima
estabelecida deverá ser de 250 mcd.lx-1.m-2 para a cor branca e 150 mcd.lx-1.m-2
para a cor amarela.
d) Para laminado elastoplástico, a retrorrefletorização inicial mínima
estabelecida deverá ser de 200 mcd.lx-1.m-2 para a cor branca e 150 mcd.lx-1.m-2
para a cor amarela.
e) Para plástico a frio à base de resinas reativas, a retrorrefletorização
inicial mínima estabelecida deverá ser de 250 mcd.lx-1.m-2 para a cor branca e 200
mcd.lx-1.m-2 para a cor amarela.

O projeto definirá a retrorrefletorização inicial mínima para as demais


cores em função das funções operacionais de marcação

7.3 Inspeção visual

A pré-marcação deve estar de acordo com o projeto.

A pré-marcação deve estar perfeitamente reta nas tangentes e


acompanhando o ângulo nas curvas.

O material aplicado deverá apresentar as bordas bem definidas, sem


salpicos ou manchas, não se admitindo diferenças de tonalidade em uma mesma
faixa ou em faixas paralelas.

O controle da distribuição e ancoramento das microesferas devem ser


observados em campo, embora uma avaliação visual possa ser subjetiva, podem
ajudar a identificar problemas durante a execução.

7.4 Consumo de materiais

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O consumo dos materiais deve ser tal que a executante garanta:
a) A retrorrefletividade inicial mínima dos serviços;
b) A retrorrefletividade residual ao final do período de garantia e,
c) Todos os materiais têm que ter características antiderrapantes tanto
em condições de pavimento seco e molhado.

7.5 Tempo de secagem para liberação ao tráfego

- Tinta a base de resina  30 minutos


- Tinta a base de resina emulsionada em água  10 minutos
- Termoplástico  30 minutos
- Termoplástico alto relevo  5 minutos
- Termoplásticos pré-formados  imediato
- Laminados elastoplástico  imediato
- Plástico a frio  30 minutos

7.6 Controles específicos

7.6.1 Termoplásticos

Devem ser aquecidos dentro da faixa indicada pelo Fabricante.

7.6.2 Termoplástico pré-formado para sinalização

Não será aceita a implantação na qual os funcionários pisem na cola


espalhada sobre o pavimento e, após, pisem no termoplástico. Neste caso, todo o
serviço será refeito.

7.6.3 Laminado elastoplástico

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Não será aceita a implantação na qual os funcionários pisem na cola
espalhada sobre o pavimento e, após, pisem no laminado. Neste caso, todo o
serviço será refeito.

A soldadura é obtida pela distribuição uniforme de adesivo sobre


ambas as superfícies (pavimento e laminado). Depois de colado, sua aderência tem
que ser perfeita, não podendo ser retirado por tração ou efeitos atmosféricos.

Condições específicas:
- Possuir coeficiente de atrito VRD ≥ 45 (medição feita com pêndulo
britânico - ASTM-E 303)
- Resistência à abrasão (g) máximo - 0,6 NBR 12119/1992 (Tintas –
Determinação da resistência a abrasão – Método úmido).
- Alongamento: mínimo de 75% no momento de ruptura

8 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

8.1 Erro de execução

No caso de execução em desacordo com as especificações da ordem


de serviço, projeto ou regulamentação do CONTRAN, o serviço deverá ser refeito
sem custos para a SOP/CE, devendo o material ser retirado por processo manual ou
mecânico, não sendo admitida em nenhuma hipótese a pintura para cobertura.

8.2 Espessura

Recomenda-se para cada 200 m² de área demarcada, ou no mínimo,


em cada jornada de aplicação, a verificação da espessura da película aplicada,
desconsiderando-se sempre os 5% iniciais e finais da aplicação.

8.2.1 Tintas

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O material para medição da espessura deve ser coletado durante a
aplicação, junto à saída do equipamento aplicador, em chapa de folha de flandres ou
similar. As medidas devem ser realizadas sem aspersão de microesferas de vidro.

8.2.2 Termoplásticos

Aplicação por aspersão:


O material para medição da espessura deve ser coletado durante a
aplicação, junto à saída do equipamento aplicador, em chapa de folha de flandres ou
similar. As medidas devem ser realizadas sem adição de microesferas de vidro por
aspersão.

Aplicação por extrusão:


O material para medição da espessura deve ser coletado durante a
aplicação, junto à saída do equipamento aplicador, em chapa de folha de flandres ou
similar. As medidas devem ser realizadas sem adição de microesferas de vidro.

8.2.3 Películas pré-formadas, laminado elastoplástico e plásticos aplicáveis a


frio.

As espessuras serão medidas com paquímetro, sem aplicação de


esferas, microesferas e materiais abrasivos.

8.3 Dimensões

A tolerância com relação às dimensões de cada faixa será de até 5%.


Em excesso não será levado em consideração no pagamento, não se admitindo
largura ou extensões inferiores aos indicados no projeto.

8.4 Linearidade das faixas

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SINALIZAÇÃO HORIZONTAL SOP-ES-S 01/19


PÁG. 39/40
Na execução das marcas retas, qualquer desvio nas bordas excedendo
0,01m em 10m deverá ser corrigido.

9 MEDIÇÃO

Os serviços de sinalização horizontal serão medidos em m 2, de acordo


com o projeto, espessura, tipo e especificação.

9.1 Execução mecanizada

Os serviços de sinalização horizontal por processo de aplicação


mecânica devem ser medidos pela área efetivamente aplicada.

9.2 Execução manual

Os serviços de sinalização horizontal, por processo de aplicação


manual, devem ser medidos da seguinte forma:

a) Pela área efetivamente aplicada:


 Para as marcas transversais, como linhas de retenção, linhas de
estímulo à redução de velocidade, faixas de travessia de
pedestres, etc.;
 Para as marcas de canalização, como linhas de canalização,
zebrados de preenchimento de área de pavimento não utilizável,
marcação de confluências, bifurcações e entroncamentos, etc.;
 Para as marcas de delimitação e controle de estacionamento e/ou
parada, como linha de indicação de proibição de estacionamento
e/ou parada, delimitatória de estacionamento regulamentado, etc.

b) Pela área envoltória da figura para as inscrições no pavimento, como


símbolos, legendas e setas direcionais.

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SINALIZAÇÃO HORIZONTAL SOP-ES-S 01/19


PÁG. 40/40
10 PAGAMENTO

O pagamento da sinalização horizontal será feito com base no preço


contratual e incluirá a aquisição de todos os materiais e acessórios a mão de obra,
EPI, encargos sociais, ferramentas, equipamentos, estoques e aplicação do material,
transporte e eventuais a execução dos serviços inclusive pré-marcação.

Cumpre lembrar que:


a) Os custos de sinalização horizontal provisória durante as obras
deverão estar inclusos nos custos contratuais, exceto se explicitamente constar do
Edital e constar das planilhas de quantidades de Licitação.
b) A sinalização de obras para segurança dos usuários (placas,
dispositivos móveis, bandeiras, cavaletes, luzes de alerta etc.), por ser inerente ao
desenvolvimento dos serviços, deverão estar inclusos nos custos gerenciais da obra.

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1 DEFINIÇÃO

Sinalização vertical é a sinalização viária constituída por um conjunto


de placas e painéis montados sobre suportes, no plano vertical, destinados a
transmitir aos usuários mensagens de regulamentação, de advertência, de educação
e de indicação, com visibilidade e legibilidade de dia e de noite, para propiciar o uso
da rodovia pelos veículos e pedestres com segurança e boa fluência.

As placas e os painéis são localizados na margem da pista e sobre ela,


de forma que o usuário da rodovia disponha do tempo necessário à leitura da
mensagem e do tempo para a ação recomendada ou simplesmente que possa
receber a mensagem indicativa no tempo e local adequados. A localização das
placas e painéis depende da velocidade diretriz, da composição do tráfego, da
geometria e até do clima em regiões com ocorrência de nevoeiros. O
posicionamento longitudinal é função da distância de visibilidade que por sua vez
depende da geometria da via e da velocidade diretriz.

2 PADRONIZAÇÃO DA SINALIZAÇÃO VERTICAL

Para que as mensagens sejam compreendidas por todos,


independentemente dos lugares, a sinalização tem que obedecer a uma
padronização de símbolos, letras, números, formas e cores.

2.1 Padronização de formas e cores

Casos gerais:
a) Sinais de regulamentação: utilizam predominantemente a forma
circular com fundo de cor branca e borda de cor vermelha;
b) Sinais de advertência: têm a forma quadrada e fundo na cor
amarela;

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SINALIZAÇÃO VERTICAL SOP-ES-S 02/19


PÁG. 02/14
c) Sinais de indicação: são predominantemente retangulares,
compridos na horizontal, com fundo nas cores verde para indicar
localidades e azul para mensagens de nomes de rodovias;
d) Sinais educativos: são predominantemente retangulares, compridos
na horizontal, com fundo na cor branca;
e) Sinais de marcos quilométricos: possuem forma retangular,
compridos na vertical, e fundo de cor azul;
f) Sinais turísticos: são predominantemente retangulares, compridos
na horizontal e fundo de cor marrom;
g) Sinais de identificação de rodovias: têm a forma de brasão do
estado ou federal; conforme a jurisdição da rodovia; e fundo na cor
branca;
h) Sinais de identificação de municípios, logradouros, pontes,
passarelas, viadutos, túneis, divisas e fronteiras, praças de pedágio,
nome de rodovia, distancias de rodovias, são predominantemente
retangulares, compridos na horizontal e fundo de cor azul;
i) Sinais de serviços auxiliares: são predominantemente retangulares,
compridos na vertical e fundo de cor branca.

A cor preta é utilizada nas legendas, símbolos, orlas e tarjas das placas
e painéis.

Casos particulares:
a) Regulamentação de parada obrigatória: tem a forma octogonal com
fundo na cor vermelha;
b) Regulamentação de dê a preferência: são de forma triangular,
vértice para baixo, com fundo branco e borda vermelha;
c) Advertência de cruzamento de ferrovia em nível: em forma de cruz
de Santo André, fundo de cor amarela;
d) Advertência de sentido único ou de sentido duplo: em forma
retangular, comprido na horizontal, fundo de cor amarela.

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SINALIZAÇÃO VERTICAL SOP-ES-S 02/19


PÁG. 03/14
A sinalização de obras utiliza placas de advertência, com fundo de cor
laranja.

2.2 Padronização alfanuméricos

As letras e número obedecem aos padrões série D e série E do


Standard Alphabets for Highway Signs and Pavement Markings, da Federal Highway
Administration (FHWA) e Arial Rounded MT Bold.

O alfabeto da série D deve ser utilizado para mensagens em letras


maiúsculas tais como retorno, pedágio, saída, ônibus, mensagens operacionais e
mensagens institucionais.

O alfabeto da série E deve ser utilizado para mensagens em letras


minúsculas (com letra inicial maiúscula), referentes a nome de estado, localidades,
atrativos turísticos, indicação de distâncias e destinos. As unidades métricas de Km
e m, em qualquer tipo de placa, são em caracteres da série E.

As dimensões das letras é função das características das vias e da


velocidade de operação. A tabela a seguir indica a altura mínima das letras
maiúsculas, em função da velocidade diretriz e tipo de via.
VELOCIDADE ALTURA MÍNIMA – LETRAS MAIÚSCULAS
REGULAMENTADA VIA URBANA VIA RURAL
(Km/h) (mm) (mm)
V  40 125 150
40  v  80 150 150
V = 80 200 200
80  v  100 250 250
V  100 250 300
PEDESTRES 50 50

2.3 Dimensões das placas

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SINALIZAÇÃO VERTICAL SOP-ES-S 02/19


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As tabelas a seguir apresentam a padronização das dimensões das
placas para áreas protegidas por legislação especial (patrimônio histórico, artístico,
cultural, arquitetônico, arqueológico e natural), para vias laterais ou urbanas e para
rodovias, em função de suas velocidades diretrizes.

Tabela 1 - Placas de Regulamentação

Dimensões (em mm)

Forma Item
Legislação Vias laterais 40<V≤60 60<V≤100 V>100
especial ou urbanas km/h km/h km/h

Diâmetro 300 600 800 1000 1200

Tarja 30 60 80 100 120


Circular
120
Orla 30 60 80 100

Lado 180 248 331 414 497

Orla interna 15 20 28 35 42
Octogonal

Orla externa 8 10 14 18 21

Lado 400 600 800 1000 1200


Triangular
Orla 60 90 120 150 180

Lado maior - 2000 2000 2500 2500

Lado menor - 1000 1000 1200 1200

Retangulares Orla interna - 20 20 30 30


(compostas)
Orla externa - 10 10 15 15

Sinalização
-
interna 800

Fontes: DNIT / CONTRAN

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Tabela 2 - Placas de Advertência – Forma quadrada

Dimensões (em mm)

Item
Legislação Vias laterais 40<V≤60 60<V≤100
V>100 km/h
especial ou urbanas km/h km/h

Lado 300 600 800 1000 1200

Orla externa 60 8 10 12,5 15

Orla interna 120 15 20 25 30

Fontes: DNIT / CONTRAN

Tabela 3 - Placas de Advertência – Forma retangular A

Dimensões (em mm)

Item
Legislação Vias laterais 60<V≤100
40<V≤60 km/h V>100 km/h
especial ou urbanas km/h

Lado maior 400 2000 2000 2500 2500

Lado menor 200 1000 1000 1200 1200

Orla externa 60 20 20 30 30

Orla interna 120 10 10 15 15

Sinalização
- L mín. = 800 L mín. = 800 L mín. = 800 L mín. = 800
interna

Fontes: DNIT / CONTRAN

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Tabela 4 - Placas de Advertência – Forma retangular B

Dimensões (em mm)

Item
Legislação Vias laterais 60<V≤100
40<V≤60 km/h V>100 km/h
especial ou urbanas km/h

Lado vertical - 1500 1500 1500 1500

Lado
- 1000 1000 1000 1000
horizontal

Orla externa - 20 20 30 30

Orla interna - 10 10 15 15

Sinalização
- L mín. = 800 L mín. = 800 L mín. = 800 L mín. = 800
interna

Fontes: DNIT / CONTRAN

As placas indicativas, geralmente em forma retangular, têm dimensões


de 2,00m x 0,50m e de 2,00m x 1,00m para placas de chão e de 3,00m x 1,50m
para painéis de bandeiras e pórticos.

No Brasil os parâmetros da sinalização vertical estão estabelecidos nos


seguintes manuais do Conselho Nacional de Trânsito e Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes:
a) Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, volume 1, Sinalização
Vertical de Regulamentação, Resolução n° 180/2005 do CONTRAN;
b) Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Volume II,
Sinalização Vertical de Advertência, Resolução n° 243/2007 do CONTRAN;

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c) Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, volume III,
Sinalização Vertical de Indicação, Resolução n° 486/2014 do CONTRAN;
d) Manual de Sinalização Rodoviária, do DNIT/2010;
e) CONTRAN – Resolução N° 160/04, que substitui o Anexo II do
Código de Trânsito Brasileiro (Lei n° 9.503/97)

3 MATERIAIS

3.1 Chapas das placas

As chapas utilizadas nas placas e painéis da sinalização vertical são de


aço, de alumínio e de laminado de poliéster reforçado com fibra de vidro.

3.1.1 Chapas de aço

Deverão ser utilizadas chapas de aço zincado, tipo MSG 16 (1,52mm)


em conformidade com a norma NBR 11.904 (Chapas planas de aço zincadas para
confecção de placas de sinalização viária). As chapas de aço depois de cortadas
nas dimensões finais e furadas, devem ter suas bordas lixadas antes de receber o
tratamento composto da retirada de graxa, decapagem em ambas as faces,
aplicação no verso de uma demão de wash primer, a base de cromato de zinco, com
solvente especial para a galvanização de secagem em estufa. O acabamento final
do verso pode ser feito das seguintes formas:
 com uma demão de primer sintético seguido de duas demãos de
esmalte sintético, à base de resina alquídica ou poliéster, na cor preto fosco com
secagem em estufa à temperatura de 140°C, ou opcionalmente;
 com tinta a pó, a base de resina poliéster por deposição
eletrostática, com polimerização em estufa a 220°C e com espessura de película de
50 micra.

3.1.2 Chapas de alumínio

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Deverão ser utilizadas chapas de alumínio com espessura de 2,0mm,
obedecendo as normas NBR 7.556 (Chapas de alumínio e de ligas de alumínio) e
NBR 7.823 (Alumínio e suas ligas – Chapas – Propriedades mecânicas). As chapas
de alumínio depois de cortadas nas dimensões finais e furadas, devem ter o mesmo
tratamento das chapas de aço quanto as bordas lixadas, retirada de graxa,
decapagem, aplicação de wash primer, galvanização e acabamento final do verso.

3.1.3 Chapas de laminado de poliéster

Deverão ser utilizadas chapas planas de poliéster reforçadas com fibra


de vidro, devendo a chapa ter uma espessura mínima de 3,5mm e atender a norma
NBR 13.275 (Chapas placas de poliéster reforçada com fibra de vibro para
confecção de placas de sinalização). Devem ser fabricadas pelo processo de
laminação contínua ou por prensagem a quente. As chapas devem apresentar a
superfície lisa nos dois lados, sem qualquer afloramento de fibra, isentas de
manchas, bolhas de ar, trinca e apresentar distribuição uniforme das fibras de vidro e
espessura homogênea. As placas de poliéster devem ser opacas, conter pigmentos
agregados à resina, na cor preta, e os seguintes dizeres no verso: “Material plástico
– não reciclável – sem valor comercial”.

No verso de todas as placas devem constar a identificação ou marca


do fabricante, o mês e o ano de fabricação e abreviatura.

3.2 Suportes de fixação das placas

Os suportes podem ser de madeira ou metálicos, conforme definição


do projeto.

Os suportes de madeira devem ser em madeira de lei e receber um


tratamento de betume de 0,70m de altura na sua parte enterrada e, na sua base,
deverá ser fixada transversalmente uma barra de ferro, com diâmetro mínimo de
10mm e comprimento de 15 a 20cm. Na base, ancorando a barra de ferro, deverá

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ser feito um bloco de concreto simples de 0,30m x 0,30m x 0,20m (Fck = 10MPa)
para impedir o giro da placa. Os suportes de madeira têm dimensão de 8cm x 8cm e
altura conforme indicada no projeto. As travessas de fixação das placas têm seção
de 8cm x 2,5cm. Os suportes e as travessas serão pintados com esmalte sintético
branco fosco.

Os suportes metálicos tipo pórtico ou semipórtico (bandeira) são de


perfis tubulares de aço carbono galvanizados a fogo ou com proteção de tinta
anticorrosiva. As treliças são em perfis tipo cantoneiras, protegidas também contra a
corrosão. As dimensões dos suportes são definidas pelo projeto, devendo ser
considerado uma pressão do vento correspondente a 126Km/h (ou 35m/s).

As estruturas dos pórticos e semi-pórticos (bandeiras) devem obedecer


às normas NBR 14.428/13 (Sinalização vertical viária – Pórticos e semi-pórticos
zincados – Projeto, materiais e manutenção) e NBR 14.429/13 (Sinalização vertical
viária – Pórticos e semi-pórticos zincados por imersão a quente – Requisitos).

A fixação das placas aos suportes de madeira e dos painéis aos


pórticos ou semipórticos metálico será feita através de parafusos de aço, cabeça
francesa com porcas e arruelas tipo lisa de pressão, todos galvanizados com
deposição de zinco de no mínimo 350g/m², conforme a norma NBR 7.397 (Produto
de aço ou ferro fundido revestido de zinco por imersão a quente – Determinação da
massa do revestimento por unidade de área), devendo resultar numa espessura
mínima de recobrimento de 50 micra. Quanto a resistência mecânica os parafusos
devem atender a norma NBR 8.855 (Propriedades mecânicas de elementos de
fixação – Parafusos e prisioneiros) e as porcas devem atender a norma NBR 10.062
(Porcas com valores de carga específicas – Características mecânicas dos
elementos de fixação).

As longarinas, abraçadeiras e demais elementos de fixação devem ser


confeccionados em aço carbono com proteção antioxidante e obedecer às normas

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NBR 6.650 (Chapas finas a quente de aço carbono para fins estrutural) e NBR 7.007
(Aços para perfis laminados para uso estrutural).

3.3 Películas

O projeto deve indicar as películas das placas e a refletividade aplicada


para o fundo e indicar também legendas e pictogramas, tudo de acordo com a norma
NBR 14.891 (Sinalização vertical viária – Placas).

As películas podem ser plásticas (não refletivas) ou retrorrefletivas. As


películas retrorrefletivas podem ser dos tipos de esferas inclusas, de esferas
encapsuladas ou de lentes prismáticas, conforme definição dada no projeto. Há
também as películas tipo X fluorescentes que são películas especiais, de alto
desempenho, que são utilizadas em segmentos especiais, tais como:

a) travessias urbanas com elevado índice de acidentes;


b) curvas acentuadas que exija um procedimento diferenciado do
motorista;
c) segmentos com conflitos entre o tráfego de veículos e animais
silvestres;
d) condições climáticas desfavoráveis, como neblina, elevado índice
pluviométrico, queimadas frequentes, etc.

As películas refletivas devem apresentar coeficientes mínimos de


retrorreflexão e obedecer a norma NBR 14.644 (Sinalização vertical viária –
Películas – Requisitos).

Os tipos usuais de películas, suas vidas úteis e percentual mínimo de


retrorrefletância em relação a retrorrefletância original são os seguintes:

a) Tipo IA e IB: vida útil de 7 anos;


retrorrefletância mínima de 50%.

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b) Tipo II: vida útil de 7 anos;
retrorrefletância mínima de 80%.
c) Tipo IIIA, IIIB, IIIC, IVA, IVB e V: vida útil de 10 anos;
Retrorrefletância mínima de 80%.

3.4 Filme protetor anti-grafismo

Quando previsto no projeto, o filme protetor aplicado sobre películas


refletivas não deve causar redução de retrorrefletância e também redução da vida
útil superior a 10% da película sem a proteção.

O filme protetor deve ser completamente transparente, resistente à


solventes e a raios ultravioletas. Sua espessura deve ser de 0,05mm.

4 EQUIPAMENTOS

Todos os equipamentos, antes do início da execução do serviço,


devem ser vistoriados e aprovados pela fiscalização da SOP-CE, sem o que não
será dada a autorização do início do serviço.

Os equipamentos mínimos necessários à execução da sinalização


vertical são os seguintes:
a) Cones de sinalização de obras;
b) Ferramentas de escavação (trado, picaretas, pá, carrinho de mão,
etc);
c) Jogo de chaves mecânicas;
d) Betoneira para produção de concreto da base de fundação;
e) Caminhão Munck para manejar os suportes de placas suspensas;
f) Caminhão plataforma para transporte e fixação de placas
suspensas;
g) Equipamento de compactação manual e soquete.

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5 EXECUÇÃO

5.1 – Implantação dos suportes e placas

A implantação dos suportes e placas envolve as seguintes atividades:


a) Escavação do terreno nos locais de implantação dos suportes das
placas de sinalização;
b) Para as placas de chão, faz-se a fixação das placas nos suportes,
coloca-se a barra de ferro para evitar o giro, implanta-se a estrutura no local, faz-se
a base de concreto de cimento Portland e o reaterro compactado deixando a placa
fincada firmemente no solo.
c) Para os pórticos e semi-pórticos, executa-se a fundação
dimensionada pelo projeto, em função das características do terreno, monta-se a
estrutura acoplando-a às fundações e, sempre com auxílio de caminhão munck e
caminhão plataforma, faz-se a fixação dos painéis nas travessas da estrutura.

5.2 Detalhes da fixação das placas

A fixação das placas aos suportes ou dos painéis às travessas dos


pórticos e bandeiras é feita através de parafusos, arruelas, porcas e abraçadeiras.
As placas de chão deverão ser colocadas na posição vertical fazendo um ângulo de
93° a 95° em relação a linha de fluxo dos veículos. As placas sobre a pista, de
pórticos e bandeiras, deverão ter uma inclinação para cima de 3° a 5°. Ambas as
inclinações têm a finalidade de evitar o reflexo especular da incidência de luz dos
faróis nos motoristas, assegurando dessa forma a boa visibilidade e legibilidade das
mensagens.

6 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As operações de sinalização vertical acontecem sobre o corpo estradal


e nas margens da pista, dessa forma a proteção ambiental é feita através dos
cuidados que o construtor deve ter com a sinalização de obra para disciplinamento

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do tráfego usuário por ocasião da implementação da sinalização vertical, a utilização
de EPI (óculos de proteção, luvas, coletes refletivos, etc). Também na confecção das
placas os cuidados ambientais são referentes a proteção contra o manuseio de
produtos químicos.

7 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

7.1 Materiais

Todos os materiais da sinalização vertical devem atender a estas


especificações gerais e as especificações particulares e complementares contidas
no projeto.

Para garantia da qualidade dos suportes, placas e acessórios deverão


ser apresentados os certificados de fábrica contendo as características físicas
exigidas para os lotes de materiais da sinalização vertical.

A vida útil das placas de aço, placas de alumínio, placas de poliéster


reforçado com fibra de vidro devem ser de sete anos no mínimo.

A vida útil dos suportes de madeira ou metálicos deve ser de 10 anos


no mínimo.

7.2 Retrorrefletividade

O procedimento de avaliação da retrorrefletividade, bem como a


especificação do retrorrefletômetro estão descritos na norma NBR 15.426
(Sinalização vertical viária – Avaliação da retrorrefletividade utilizando
retrorrefletômetro portátil).

As medições da retrorrefletância devem obedecer aos valores


especificados no item 3.3 para ter a sua aprovação.

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8 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

O controle geométrico da sinalização vertical abrange os seguintes


itens:
a) posicionamento da placa conforme indicado no projeto;
b) aprumo dos suportes e das placas;
c) dimensões das placas e dos suportes;
d) alturas dos suportes.

9 MEDIÇÃO

As placas de chão, na lateral da rodovia, são medidas pela área em


metros quadrados, conforme o tipo da placa e conforme o material da chapa. Nesses
tipos de placas os suportes não são objeto de medição em separados, pois estão
incluídos na composição dos preços unitários das áreas das placas.

As placas e painéis sobre a rodovia são medidas pela área em metros


quadrados, conforme o material da chapa e não incluem os suportes. Os suportes
que podem ser semi-pórticos (ou bandeiras), pórticos simples ou duplos, são
medidos por unidade, conforme o tipo indicado no projeto, inclusive a fundação.

10 PAGAMENTO

O pagamento da sinalização vertical será feito com base nos preços


contratuais dos itens de serviço medidos conforme estabelecido no item 9, estando
incluídos a aquisição e transportes de todos os materiais, a mão de obra e encargos
sociais, ferramentas, equipamentos, EPIs, estocagem, aplicação e implantação da
sinalização, impostos, lucros e eventuais incidências sobre os serviços.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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1 DEFINIÇÃO

Dispositivos auxiliares de sinalização são elementos aplicados na via


ou em obstáculos próximos a ela, de forma a tornar a operação do trânsito mais
eficiente e mais segura.

Os dispositivos auxiliares complementam tanto a sinalização horizontal


quanto a sinalização vertical.

Esta especificação estabelece os requisitos básicos e essenciais


exigíveis para a execução dos dispositivos auxiliares de sinalização nas rodovias
estaduais do Ceará.

2 TIPOS DE DISPOSITIVOS E FUNÇÕES

2.1 Dispositivos delimitadores

São elementos utilizados para melhorar a percepção pelo condutor


quanto aos limites da rodovia, podendo ser mono ou bidirecionais em função de
possuírem uma ou duas faces refletivas. Os tipos e as cores das faces refletivas são
definidos em função do sentido de circulação da via.

2.1.1 Balizadores

São dispositivos refletorizados, instalados fora da superfície


pavimentada, com o objetivo de direcionar os veículos na pista, especialmente à
noite. São utilizados em trechos limitados da rodovia, onde há modificação do
alinhamento horizontal.

Constituído por uma só peça, deve ter uma superfície plana para
aplicação do elemento refletivo. Deverá atender a norma NBR 7394 (Segurança no
tráfego - Balizador em suporte plástico).

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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PAG. 02/40
É constituído por elemento retrorrefletivo mono ou bidirecional aplicado
sobre uma máscara preta em suporte vertical com formato de lâmina.

A cor do elemento retrorrefletivo, segundo o Anexo II do CTB, será:


 Branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
 Amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
 Vermelha – em vias rurais, de pista simples e duplo sentido de
circulação, pode ser utilizado unidade refletiva na cor vermelha, junto ao bordo da
pista ou acostamento do sentido oposto.

Os elementos retrorrefletivos devem possuir altura de 0,12m e largura


de 0,08m.

Figura I – Balizador

Fonte: CONTRAN

A cadência longitudinal é de 60 metros nos trechos em tangente, e de


10 a 60 metros em curvas de acordo com o projeto de balizamento.

2.1.2 Balizador refletivo de ponte, viaduto, túnel, barreira e defensa

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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PAG. 03/40
Consiste na aplicação de elemento retrorrefletivo aplicado sobre a
mureta ou guarda-corpo de ponte, viaduto, túnel, barreira e defensa.

O elemento refletivo deve ser acoplado em estrutura de obras de arte e


em dispositivo de contenção que necessite de melhor definição de seus limites junto
à pista.
A cor do elemento retrorrefletivo será, segundo o Anexo II do CTB:
 Branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
 Amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
 Vermelha – em vias rurais, de pista simples e duplo sentido de
circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor vermelha, afixados no
guarda-corpo ou mureta de obras de arte, barreiras e defensas do sentido oposto.

Será colocado frontalmente ao fluxo, ao longo do guarda-corpo ou da


mureta de proteção de pontes e viadutos, ou em outras estruturas e em dispositivos
de contenção, em toda a sua extensão.

Os elementos retrorrefletivos devem possuir pelo menos altura de


0,12m e largura de 0,08m.

a) Posicionamento vertical
Nas obras de arte a face do elemento retrorrefletivo deve ser colocada
de forma que o seu centro fique entre 0,50m e 0,80m acima do nível da pista.

No caso de defensa metálica, o balizador deve ser posicionado no


centro da lâmina.

b) Posicionamento longitudinal
Na estrutura de obras de arte, pontes e viadutos o espaçamento entre
balizadores pode ser entre 2,00m e 8,00m, observando-se as características
específicas de cada local.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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PAG. 04/40
Em barreira, túnel, defensa e barreira rígida serão de 60 metros nos
trechos em tangente, e de 10 a 60 metros em curvas de acordo com o projeto de
balizamento.

Figura II – Balizador em obra de arte

Fonte: CONTRAN

Nota: Observar que neste caso o guarda corpo da obra de arte é


vazado. Este modelo poder ser também utilizado nos postes de defensas metálicas.

Figura III – Balizador em barreira rígida

Fonte: CONTRAN

Figura IV – Balizador em defensa metálica

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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PAG. 05/40

Fonte: CONTRAN

2.1.3 Tacha

A tacha é um dispositivo auxiliar a sinalização horizontal, fixada na


superfície do pavimento.

Consiste em um corpo resistente aos esforços provocados pelo tráfego,


possuindo uma ou duas faces retrorefletivas nas cores compatíveis com a marca
viária que ela complementa.

Deverá atender a NBR 14636 (Sinalização horizontal viária - Tachas


refletivas viárias – Requisitos).

O corpo das tachas pode ser metálico ou de resina sintética à base de


poliéster ou plástico acrílico, preenchido por composto de alta resistência ou
qualquer outro material plástico.

Seu uso é obrigatório em rodovias; túneis e passagens subterrâneas.

Não deve ser utilizada transversalmente ao fluxo de veículos e em


acostamento.

O corpo da tacha pode ser na cor branca ou amarela, de acordo com a


cor da marca viária que complementa, sendo permitida a utilização de cor neutra que
não conflite com a sinalização horizontal.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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Quanto ao desempenho de retrorrefletividade, as tachas são
classificadas em:
 Tipo I: com refletivo sem revestimento antiabrasivo;
 Tipo II: com refletivo e com revestimento antiabrasivo (face de
material não vítreo);
 Tipo III: com refletivo e com revestimento antiabrasivo (face de
material de vidro);
 Tipo IV: com refletivo de esferas de vidro espelhado.

A cor do elemento retrorrefletivo será segundo o Anexo II do CTB:


 Branca – para ordenar fluxos de mesmo sentido;
 Amarela – para ordenar fluxos de sentidos opostos;
 Vermelha – em vias rurais, de pista simples e duplo sentido de
circulação, podem ser utilizadas unidades refletivas na cor vermelha, junto a linha de
bordo do sentido oposto.

As tachas devem estar situadas acima da superfície do pavimento e


apresentar as dimensões mínimas e máximas abaixo:
 H (altura) = mínima de 1,7cm e máxima de 2,2cm;
 L1 (face que contém o elemento retrorrefletivo) = mínima de 9,6cm
e máxima de 13,0cm
 L2 = mínima de 7,4cm e máxima de 11,0cm

Figura V - Tacha

Fonte: CONTRAN

A cadência de colocação das tachas é a estabelecida pelo projeto.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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2.1.4 Tachão

O tachão somente deve ser empregado para possibilitar a separação


rígida entre as linhas de tráfego de canalização, ou de uso exclusivo, ou em trechos
de proibição de ultrapassagem, para garantir o afastamento do fluxo normal de
veículos nos segmentos caracterizados como críticos em termos de acidentes. Pode
ser empregado também, para afastar o fluxo normal de veículos de obstáculos
rígidos.
Deverá atender a NBR 15576 (Sinalização horizontal viária - Tachões
refletivos viários - Requisitos e métodos de ensaio).

Não deve ser utilizado transversalmente ao fluxo de veículos e em


acostamento.

O corpo do tachão deve ser sempre de cor amarela. O elemento


retrorrefletivo pode ser na cor branca, para separar fluxos do mesmo sentido, ou
amarela, para separar fluxos de sentidos opostos.

Figura VI – Tachões

2.1.5 Cilindro delimitador

O cilindro delimitador é um dispositivo de controle de tráfego, auxiliar a


sinalização, utilizado para canalizar e direcionar o tráfego e delimitar áreas.

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Deverá atender a NBR 16658 (Segurança no tráfego - Cilindro
delimitador – Requisitos).

O cilindro delimitador proporciona ao condutor melhor percepção do


espaço destinado à circulação, restringindo a transposição de marcas viárias ou
melhorando a visibilidade de obstáculos na via.

Possui forma cilíndrica, sendo constituído de material deformável que


pode permitir a recuperação ou não da forma inicial, quando abalroado.

Em situações temporárias de sinalização de obras, o corpo do cilindro


delimitador deve ser sempre na cor laranja e o elemento retrorrefletivo na cor
branca.

Pode ser utilizado quando se deseja inibir a circulação de veículos


sobre marcas viárias, evitando o seu desrespeito, ou quando a geometria da via
dificulta a visualização dessas marcas.

Pode ser utilizado também para melhorar a visibilidade de obstáculos


na via, tais como ilhas, canteiros ou refúgios, dentre outros.

As cores do cilindro delimitador serão segundo o Anexo II do CTB:


 Cor do corpo: preta;
 Cor do material refletivo: amarela.

O cilindro delimitador deve ter as seguintes dimensões:


 H= altura entre 0,75m e 0,90m;
 D = diâmetro máximo 0,20m.

O projeto indicará onde serão colocados os cilindros delimitadores.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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Figura VII – Cilindro delimitador

2.2 Dispositivos de canalização

Os dispositivos de canalização são colocados sobre a pista para


separar fluxos ou tipos diferentes de veículos. Eles são postos em série sobre a pista
podendo ser do tipo prismas, que tem a função de meio fio quando não se pode
construí-lo, e do tipo segregador que tem a função de separar parte da pista para
permitir o uso exclusivo de um determinado tipo de veículo ou de pedestres.

O prisma tem a cor branca ou amarela dependendo da marca viária


que ele complementa.

O segregador tem sempre a cor amarela.

Figura VIII – Prisma

Figura IX – Segregador

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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2.3 Dispositivos de sinalização de alerta

São dispositivos capazes de melhorar a percepção do condutor, quanto


aos obstáculos e situações geradoras de perigo potencial à sua circulação, que
estejam na via ou adjacente à mesma.

Neste grupo encontram-se os marcadores de obstáculos, os


marcadores de perigo e os marcadores de alinhamento.

a) Marcadores de obstáculos: alertam o condutor quanto a


existência de obstáculo disposto na via ou adjacente a ela.

Figura X – Marcadores de obstáculos

b) Marcador de perigo: é uma placa refletiva de 0,30m x 0,90m,


fixada em suporte, destinada a alertar o condutor do veículo quanto a situação
potencial de perigo. Seu uso é junto a obstáculos tais como pilares de viadutos,
cabeceiras de pontes, nariz de bifurcações e ilhas de interseção

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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Figura XI – Marcadores de perigo

O marcador de perigo deve ser colocado imediatamente à frente dos


obstáculos e à distância de no mínimo 0,30m e no máximo de 5,00m.

c) Marcador de alinhamento: assinala aos motoristas uma alteração no


alinhamento horizontal da rodovia.

O dispositivo de sinalização deve ser implantado em série ao longo de


todo o trecho onde ocorre a mudança no alinhamento, do lado externo da curva e
com a ponta da seta voltada para o lado interno da curva ou da pista.

Constituem-se de placas com dimensão de 0,50m x 0,60m, revestidas


com película na cor preta e ponta de seta com película refletiva na cor amarela em
caso de uso permanente e, em situação de uso temporário, nas cores preta e
laranja, respectivamente.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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Figura XII – Marcador de alinhamento

Fonte: CONTRAN

Devem ser utilizados como complementação à linha de bordo, às


tachas refletivas e/ou balizadores, e aos sinais de advertência de curvas, quando é
necessário enfatizar mudanças na trajetória, como curvas horizontais, retornos ou
acessos em curva nas interseções.

Em segmento onde existe a possibilidade de poeira ou neblina deve


ser previsto a utilização de película na cor lima-limão para a confecção dos
marcadores de alinhamento.

Deve ser confeccionado com material retrorrefletivo, exceto a cor preta,


que deve ser fosca.

O projeto indicará o local e a cadência de aplicação dos marcadores de


alinhamento.

2.4 Alterações nas características dos pavimentos

São recursos que alteram as condições normais da pista, quer pela sua
elevação com a utilização de dispositivos físicos colocados sobre ela, quer pela
mudança nítida das características da própria superfície do revestimento.

São as ondulações transversais, sonorizadores, revestimento rugoso e


pavimento microfresado.

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PAG. 13/40
2.4.1 Ondulação transversal

Ondulação transversal (lombada): é um dispositivo físico colocado


acima do pavimento, com a finalidade de reduzir a velocidade dos veículos que
passam pelo local, a um nível satisfatório, aumentando a segurança de veículos e
pedestres em trânsito.

A implantação de ondulações transversais (lombadas) depende de


autorização expressa da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via,
podendo ser colocadas após estudo de alternativas de engenharia de tráfego,
quando estas possibilidades se mostrarem ineficazes para a redução de velocidade
e acidentes.

Será utilizada onde se necessite reduzir a velocidade do veículo de


forma imperativa, nos casos em que estudo técnico de Engenharia de Tráfego
demonstre índice significativo ou risco potencial de acidentes cujo fator determinante
é o excesso de velocidade praticado no local e onde outras soluções são ineficazes.

É constituída de uma lombada física transversal ao fluxo do tráfego,


implantada no pavimento.

A ondulação transversal a ser implantada em rodovias (Tipo A) possui


respectivamente as seguintes dimensões:
 L (Largura): igual à da pista, acostamento e baia para
estacionamento e/ou parada de veículos, mantendo-se as condições de drenagem
superficial em suas laterais;
 C (Comprimento) = 3,70m;
 H (altura) = 0,08 ≤ H ≤ 0,10m.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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Figura XIII – Lombada tipo A

Fonte: CONTRAN

Pode ser executada com concreto, ou outro material que garanta as


suas características físicas.

A ondulação transversal deve ser demarcada com faixas oblíquas na


cor amarela, inclinadas a 45º em relação à seção transversal da via, no sentido anti-
horário, com largura mínima de 0,25 m, espaçadas entre si de no máximo de 0,50m,
alternadamente sobre a ondulação.

No caso de pavimentos que necessitem melhor definição de contraste,


os intervalos entre as faixas amarelas devem demarcados com cor preta, admitindo-
se também a pintura de toda a ondulação transversal na cor amarela.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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PAG. 15/40
Figura XIV – Lombada tipo A

Fonte: CONTRAN

Após o período de 1 (um) ano da implantação da ondulação


transversal, a autoridade com circunscrição sobre a via deve avaliar o seu
desempenho, por meio de estudo de Engenharia de Tráfego, devendo estudar outra
solução de engenharia quando não for verificada a sua eficácia.

2.4.2 Sonorizador

O Sonorizador é um dispositivo físico implantado na superfície do


pavimento, que provoca trepidação e ruído na passagem dos veículos, com o
objetivo de alertar o condutor para uma situação atípica à frente.

O sonorizador pode ser utilizado na via pública em caráter temporário


ou definitivo, com autorização expressa da autoridade de trânsito com circunscrição
sobre a via e com base em estudos de Engenharia de Tráfego, com o objetivo de
alertar o condutor para situações potencialmente perigosas à frente, tais como: obra,
passagem de nível, situação geométrica adversa, ondulação transversal, pedágio,
travessia de pedestres ou ciclistas, entre outras.

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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É constituído de uma sequência de réguas transversais ao fluxo do
tráfego, apostas sobre o pavimento.
Pode ser executado com concreto, material de demarcação viária, ou
outro material que garanta as suas características físicas.
Dimensões:
a) Sonorizador executado com concreto ou outro material:
 l largura do sonorizador: igual à da pista, mantendo-se as
condições de drenagem superficial;
 e (largura da régua) = 0,08m;
 d (espaçamento entre réguas) = 0,08m;
 C1 (comprimento) = 5,00m ± 0,05;
 altura da régua: 0,025m.

Figura XV – Sonorizador de concreto

Fonte: CONTRAN

Não deve ser utilizado:


 Em local com edificação lindeira;
 Em trecho com curva horizontal; e
 Em ponto de interseção vertical (PIV).

c) Sonorizador executado com material de marcação viária:

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DISPOSITIVOS AUXILIARES
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 Largura do sonorizador = igual à da pista, mantendo-se as
condições de drenagem superficial;
 Largura da faixa-base = 0,20m;
 Largura da faixa sobreposta (centralizada sobre a faixa-base) =
0,10m;
 Espaçamento entre faixas-base = 0,40m;
 Comprimento = 5,60m;
 Espessura de cada faixa = de 0,003m a 0,004m;
 Cor do material: branca.

Figura XVI - Sonorizador em material viário

Fonte: CONTRAN

Figura XVII – Detalhe sonorizador em material viário

Fonte: CONTRAN

Em síntese o sonorizador será constituído por marcas transversais, que


podem ser executadas com:
 Materiais termoplásticos;
 Termoplástico pré-formado;
 Laminado elastoplástico;

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PAG. 18/40
 Plástico a frio à base de resinas reativas.

2.4.3 Revestimento rugoso

Revestimento rugoso é um recurso utilizado para:


 Melhorar a aderência pneu / pavimento;
 Reduzir os efeitos da aquaplanagem;
 Alertar o condutor do veículo.

Através da modificação da macrotextura superficial consegue-se o


efeito desejado.

Os locais a serem tratados devem ser definidos por estudos de


engenharia.

Podem ser utilizados, observando-se o volume de tráfego, os seguintes


serviços:
 Micro revestimento a frio, Faixa III da SOP-ES-P 19/19;
 Tratamentos superficiais duplos, classe I-II da SOP-ES-P 12/19.

2.4.4 Pavimento microfresado

Tem os mesmos objetivos do revestimento rugoso, no entanto só pode


ser utilizado em revestimentos asfálticos espessos ou de concreto de cimento
Portland.

A microfresagem deve ser executada conforme a SOP-ES-P 22/19.

2.5 Dispositivos de proteção contínua

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São elementos colocados na via de forma contínua e permanente,
podendo ser confeccionado com material flexível, maleável ou rígido e tem os
seguintes objetivos:
a) Evitar que veículos e pedestres transponham determinado local;
b) Evitar a interferência de um fluxo de veículos sobre o fluxo oposto;

Os dispositivos de proteção contínua são os seguintes:


a) Defensas metálicas: deverão obedecer às normas NBR 6970/12
(Segurança no tráfego – Defensas zincadas por imersão a quente) e NBR 6971/12
(Segurança no tráfego – Defensas metálicas – Implantação).

Figura XVIII – Defensas metálicas

tipo simples tipo dupla

b) Barreiras de concreto: deverão obedecer a norma NBR


14.855/16 (Segurança no tráfego – Barreira de concreto).

Figura XIX – Barreira de concreto

simples dupla

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PAG. 20/40
c) Dispositivo anti-ofuscamento: é um dispositivo de proteção visual
para impedir o ofuscamento dos condutores provocado pela luz dos faróis dos
veículos que circulam no sentido oposto ou por interferências luminosas adjacentes
à via.

Deverá ser observado o disposto na NBR 7941 (Segurança no tráfego


– Dispositivo anti-ofuscante).

Deve ser utilizado no canteiro divisor de fluxos opostos, montados


sobre sistema de contenção veicular ou diretamente no solo, com a função de
bloquear a luz dos faróis que provocam ofuscamento nos condutores que transitam
no sentido oposto.

Sua instalação não deve interferir na visibilidade da sinalização vertical.

Deve resistir à ação dos ventos e não utilizar peças e conjuntos que,
em caso de acidente, agravem suas consequências.

Na sua utilização deve ser levada em consideração a largura do


canteiro, o VMD, a composição do tráfego, a geometria e o histórico de acidentes.

Devem permitir a visão perpendicular, o que evita sensação de


confinamento.

Deve ser compatível com o sistema de contenção que lhe serve de


apoio, de modo que não resulte fresta superior a 0,10m entre a barreira
antiofuscamento e a superfície superior do sistema de contenção.

Para que o antiofuscamento seja efetivo, o conjunto barreira


antiofuscamento e o sistema de contenção deve ter altura total compreendida entre
1,60m e 2,20m.

176
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Os sistemas antiofuscamento atualmente mais em uso são:
 Painel de chapa expandida - confeccionadas em aço carbono, com
uma grande variedade de malhas e suportes, podendo ser montado sobre sistema
de contenção veicular ou diretamente no solo.
 Painel eletrossoldado - constituído por painéis de malha retangular,
com uma grande variedade de malhas e suportes, podendo ser montado sobre
sistema de contenção veicular ou diretamente no solo.
 Lamela plástica - são dispositivos elaborados em polietileno ou
PVC, com bordas arredondadas, suportados por elementos metálicos.

Figura XX - Painéis

Tela

Fonte: CONTRAN

Figura XXI – Lamela plástica

Fonte: CONTRAN

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2.6 – Dispositivos de uso temporário

São dispositivos diversos, fixos ou móveis, utilizados em situações


temporárias na via, tais como operações de trânsito, obras, situação de emergência
ou de perigo na via, tendo como objetivos alertar, bloquear ou canalizar o trânsito e
ainda proteger pedestres, trabalhadores e equipamentos.

Os dispositivos de uso temporário têm as cores laranjas e branca,


exceto a placa de PARE e SIGA que são nas cores vermelha e verde
respectivamente.

As figuras número XXII a seguir ilustram os tipos de dispositivos


temporários mais usuais.

Figuras XXII – Dispositivos temporários


 Cones

 PARE e SIGA

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 Balizador Móvel

 Tambores

 Cancelas

 Cavaletes

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 Fita Zebrada

 Barreiras

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3 MATERIAIS

Os materiais industrializados devem vir acompanhado do certificado de


fábrica, contendo as seguintes informações:
 Nome do produto;
 Nome do fabricante;
 Especificação ou norma a que satisfaz;
 Número do lote de fabricação;
 Data de fabricação.

3.1 Balizadores

Devem atender a norma NBR 7394 (Balizadores e delineadores). Será


utilizada película refletiva tipo II, conforme definido na norma NBR 14.644
(Sinalização vertical viária – Películas – Requisitos). Os suportes de solo devem ter
sua fixação garantida pela ancoragem com enterramento de no mínimo 0,30m.

3.2 Balizadores refletivo de ponte, viaduto, túnel, barreira e defensa

Os dispositivos de fixação serão de aço galvanizado por imersão a


quente, conforme norma NBR 6323 (Produto de aço ou ferro fundido revestido de
zinco por imersão a quente), ou conforme especificação do projeto. A película será
refletiva tipo III, conforme definido na norma NBR 14.644 citada no item 3.1.

3.3 Tacha

Os materiais deverão atender a NBR 14636 (Sinalização horizontal


viária - Tachas refletivas viárias – Requisitos).

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Os tipos de corpo das tachas podem ser metálicos ou de resina
sintética à base de poliéster ou plástico acrílico, preenchido por composto de alta
aderência ou qualquer outro material plástico.

Os tipos de tachas a serem utilizadas serão:


 tachas refletivas Tipo III (monodirecionais e/ou bidirecionais com
um pino) - segmentos com VMD < 20.000;
 tachas refletivas Tipo III metálicas (monodirecionais e/ou
bidirecionais com dois pinos) - segmentos com VMD > 20.000.

Os pinos metálicos para a fixação das tachas serão constituídos de aço


carbono galvanizado, devendo apresentar a forma de parafuso de cabeça tipo
francesa, podendo ser revestidos pelo material do corpo, e apresentando roscas ou
aletas em sua parte externa. As dimensões do pino devem ser compatíveis com as
da tacha.

A fixação será por meio mecânico-químico com pino incorporado à


base;

A cola aplicável é aquela recomendada pelo fabricante, respeitando-se


as limitações de temperatura determinantes de alterações do pavimento.

A cola utilizada para fixação deve oferecer perfeita aderência da tacha


ao pavimento asfáltico ou de concreto, devendo ter um tempo de secagem que
permita a liberação do tráfego em, no máximo, trinta minutos.

3.4 Tachão

Os materiais deverão atender a NBR 15576 (Sinalização horizontal


viária - Tachões refletivos viários - Requisitos e métodos de ensaio).

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Nos pavimentos expostos ao tráfego não poderá haver tachões com
arestas vivas nas superfícies, bem como as arestas inferiores devem ser chanfradas.

O corpo dos tachões será de resina sintética à base de poliéster ou


plástico acrílico, preenchido por composto de alta aderência ou qualquer outro
material plástico com alta resistência a compressão.

3.5 Prisma

É feito de resina de poliéster, com dimensões médias de 150mm de


largura, 130mm de altura e 450mm de comprimento. Possui dois pinos de fixação no
pavimento.

3.6 Segregador

É feito de resina de poliéster, com dimensões médias de 170mm de


largura, 90mm de altura e 480mm de comprimento. Possui dois pinos de fixação no
pavimento.

3.7 Cilindro delimitador

O corpo deve ser oco confeccionado em E.V.A. ou poliuretano com


proteção a raios UVs, resistente a intempéries.

Deve possuir flexibilidade tal que, quando sob impacto do tráfego for
solicitado a dobrar a 90º, não apresente ruptura e volte a posição inicial por si
mesmo, sem apresentar deformações permanentes.

A fixação deverá ser feita utilizando-se um dispositivo metálico


estampado com cantos arredondados com diâmetro de 160mm e pino com rosca M-

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12, introduzido durante o processo de fabricação, que deverá fazer a ancoragem ao
solo através do chumbador com rosca fêmea de 12 mm.

3.8 Marcador de perigo

Serão utilizadas películas refletivas Tipo III conforme Norma ABNT


NBR 14644 citada no item 3.1.

3.9 Marcador de alinhamento

Serão utilizadas películas refletivas Tipo III conforme Norma ABNT


NBR 14644 citada no item 3.1
.
3.10 Ondulação transversal - Lombada

Quando em concreto, será executada em concreto de cimento Portland


com fck ≥ 30Mpa.

Se o projeto indicar outro material, o serviço será objeto de


especificação particular.

3.11 Sonorizador

Quando em concreto, será executado em concreto de cimento Portland


com fck ≥ 30Mpa. O diâmetro máximo do agregado deve ser compatível com a
espessura do dispositivo

Quando executado com materiais de marcação viária, deve atender a


SOP-ES-S 01/19, no tocante a plástico a frio à base de resinas reativas.

3.12 Revestimento rugoso

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Conforme indicado no projeto, os materiais devem atender a uma das
seguintes especificações:
 Micro revestimento a frio a SOP-ES-P 19/19;
 Tratamentos superficiais duplos a SOP-ES-P 12/19.

3.13 Pavimento microfresado

Deverá atender a SOP-ES-P 22/19.

3.14 Painel de chapa expandida

Confeccionado em chapa de aço carbono expandida (espessura de


1,93mm ou 3,04mm), que após a expansão, passa por processo de galvanização a
quente conforme NBR 6323 (Produto de aço ou ferro fundido revestido de zinco por
imersão a quente).

São emolduradas em barras chatas, também galvanizadas, (através de


soldagem por arco elétrico com gás de proteção) e fixadas com abraçadeiras de aço
inox a suportes tubulares galvanizados por imersão a quente de 2” de diâmetro e de
2mm a 3 mm de espessura.

Podem ser fixados em barreiras rígidas ou no solo e revestidos em


poliéster verde escuro através de pintura eletrostática.

3.15 Painel eletrossoldado

São painéis compostos por tela de arame de aço galvanizado por


imersão a quente, com no mínimo 180g/m 2 (NBR 6323), revestido com liga metálica
de zinco e alumínio, eletrossoldado. Contém no mínimo três curvaturas em “V” para
enrijecimento mecânico.

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Fios horizontais de 4,65mm ou 5mm e vertical de 4mm ou 4,35mm,
malhas 1,25cm x 20cm ou 2,5cm x 10cm.

Os postes serão de aço galvanizado por imersão a quente, com no


mínimo 275g/m2 (NBR 6323), seção retangular, 4cmx 6cm, espessura mínima de
1,55mm.

O painel poderá ser aparafusado a barreira rígida através de base


metálica em formato de “T” com parte central dobrada em 90º, espessura de 3/16”
(4,76mm); com sete furos (para combinações de fixação à mureta de concreto).

Todos os postes serão munidos de rebites de aço galvanizados


recartilhados e com rosca interna tipo M6 para fixação dos painéis através de
fixadores plásticos em poliamida (com proteção anti UV), e parafusos em aço inox
cabeça boleada sextavada interna M6 x 40mm. Devem possuir fechamento em
tampa plástica com proteção anti UV na extremidade superior.

Podem ser fixados em barreiras rígidas ou no solo e revestidos em


poliéster verde escuro através de pintura eletrostática.

3.16 Lamela plástica

São lâminas ocas, confeccionadas em polietileno ou PVC, pigmentadas


de verde escuro.

As lamelas têm 0,20m de largura e 0,60m a 1,20m de altura, fixadas


por barramentos metálicos zincados.

O material não pode apresentar deformações ocasionadas por


possíveis variações de temperatura ambiente.

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PAG. 31/40
As bordas devem ser arredondadas e a base em plástico maciço feito a
partir do esmagamento das paredes da lâmina moldada do próprio corpo da peça.

As lamelas são montadas em sistema de sustentação composto de


elemento metálico apoiado e fixado a perfil tubular, que permite a variação da
distância entre as lâminas.

O elemento é aparafusado na lâmina fazendo um sanduíche com base


em plástico no maciço da lâmina.

O conjunto formado pela lâmina, elemento metálico de sustentação e o


perfil tubular deve ser fixado na barreira rígida ou defensa metálica.

Para a instalação em barreira rígida, é utilizado um elemento metálico


de fixação que suporta o conjunto pelo perfil tubular a cada 3 metros e chumbados
na lateral superior da barreira rígida.

3.17 Defensas Metálicas

O perfil que se constitui na guia de deslizamento, o poste, os


espaçadores, os calços e as cintas são de aço-carbono obedecendo a norma NBR
6650 (Chapas finas a quente de aço–carbono para uso estrutural), apresentando as
seguintes propriedades mecânicas:
 Resistência a tração mínima ------------------------------- 370 N/mm²
 Limite de escoamento mínimo ----------------------------- 240 N/mm²
 Alongamento mínimo, após ruptura (Lo = 50mm) dado
em % para espessura de E  3mm ---------------------------- 20 %
E  3mm ---------------------------- 23 %
 Dobramento a 180° (calço de 1,5 vezes a espessura
do corpo de prova) ---------------------------sem apresentar trincas

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PAG. 32/40
Os parafusos, porcas arruelas são também de aço-carbono zincados
por imersão a quente, para proteção contra a corrosão. A zincagem deve
proporcionar um revestimento mínimo de 350 g/m², com uma espessura mínima de
50 micrômetros em cada face revestida.

3.18 Barreiras

As barreiras são de concreto armado com a ferragem e resistência do


concreto definidos pelo projeto. Elas devem obedecer às especificações SOP-ES-
OAE 02/19 (Concretos e argamassas), SOP-ES-OAE 03/19 (Armadura para
concreto armado) e SOP-ES-OAE 05/19 (Formas e cimbres).

3.19 Dispositivos de uso temporário

Os materiais dos cones, balizadores móvel e tambores são todos


construídos a base de polietileno.

O material das placas de PARE e SIGA obedecem a especificação


SOP-ES-S 02/19 (Sinalização vertical).

O material das cancelas e dos cavaletes podem ser de aço, alumínio


ou madeira, conforme definido no projeto.

A fita zebrada pode ser de material plástico ou de polietileno de baixa


densidade.

4 EXECUÇÃO

Os dispositivos auxiliares de sinalização podem constar de um projeto


executivo de implantação ou de restauração rodoviária e podem também serem

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PAG. 33/40
necessários numa obra emergencial rodoviária, com base apenas em projetos tipo
muitas vezes elaborados no local da emergência.

Após a disponibilização dos dispositivos no canteiro da obra,


determina-se os locais indicados no projeto para implantá-los, fazendo-se as
escavações e fundações quando forem necessárias. Para os dispositivos fixos
acoplados a suportes, de madeira ou metálico, a parte enterrada do suporte terá
uma profundidade mínima de 0,30m.

4.1 Balizadores

Quando fixos, em obras duradouras, deverão ser implantados nos


locais e na cadência indicados no projeto. Os balizadores móveis são utilizados em
obras temporárias e emergenciais.

4.2 Balizadores refletivos de ponte, viadutos, túnel, barreira e defensa

Esses balizadores são fixados às estruturas a sinalizar obedecendo o


posicionamento e o alinhamento indicado no projeto.

4.3 Tachas e tachões

A pista que vai receber esses dispositivos deverá estar limpa e seca. A
fixação das tachas e tachões obedecerão aos locais e as cadências indicadas no
projeto, observando-se que nos bordos eles devem ser implantados além da faixa de
sinalização horizontal em uma distância de 5cm a 15cm, para não impedir futuras
sinalizações, e quando no meio da pista eles devem ser implantados entre faixas
duplas e, nos segmentos sem pintura, quando a faixa for simples e descontínua. As
peças são assentadas através de pinos e cola, comprimindo-as com marreta de
borracha. Até a secagem final da cola (30 minutos) os elementos refletivos devem
estar cobertos com fita adesiva para evitar perda de retrorrefletividade.

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PAG. 34/40
4.4 Cilindro delimitador

Os cilindros delimitadores são de uso temporário, geralmente


delimitando interseções, ilhas e obstáculos, devendo serem colocados nos locais e
cadência indicados no projeto.

4.5 Prismas e segregadores

São colocados sobre a plataforma da pista para dividi-la em faixas que


serão destinadas a uso exclusivo de determinados tipos de veículos ou para separar
faixas de pedestres e ciclistas. São colocados na pista conforme a indicação do
projeto, podendo ser de uso temporário ou permanente.

4.6 Marcadores de obstáculos, perigos e alinhamento

Os marcadores de obstáculos são pintados em zebrados nos próprios


obstáculos em cores amarela e preta refletivas.

Os marcadores de perigos são placas de zebrados refletivos, em cores


amarelo e preto, fixados em suportes de madeira ou metálicos, conforme projeto. Os
zebrados inclinados de 45° indicam o sentido do tráfego. As placas são retangulares,
com o comprido na vertical ou na horizontal.

Os marcadores de alinhamento são também placas fixadas em


suportes, colocadas nos bordos da rodovia para indicar ao motorista a curvatura da
rodovia.

4.7 Ondulação transversal e sonorizador

A execução da ondulação sobre o pavimento consta das seguintes


atividades:

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PAG. 35/40
a) marcação do local de implantação indicado no projeto;
b) execução de ranhuras no revestimento para proporcionar maior
aderência;
c) colocação de formas;
d) concretagem, adensamento por vibração e conformação da
ondulação utilizando régua aplicada transversalmente à forma. O concreto terá a
resistência a compressão estabelecida no projeto.
e) Retirada das formas e liberação ao tráfego.

A execução de sonorizador sobre o pavimento consta das seguintes


atividades:
a) marcação do local de implantação indicado no projeto;
b) colocação das formas tipo gabaritos com altura de 2,5cm, largura
de 8cm, em formato de grelha;
c) confecção das nervuras com concreto ou massa de sinalização
horizontal, conforme indicado no projeto, fazendo-se o chanfro das arestas para não
cortar os pneus;
d) retirada das formas e liberação ao tráfego.

4.8 Revestimento rugoso e pavimento microfresado

Esses serviços serão executados obedecendo a respectiva


especificação, a saber SOP-ES-P 12/19 (Tratamento superficial duplo) ou SOP-ES-P
19/19 (Microrrevestimento a frio) ou SOP-ES-P 22/19 (Fresagem a frio).

4.9 Defensas metálicas

Os suportes das defensas são fincados por percussão, com


equipamento apropriado, seguindo-se da fixação da lâmina que é denominada guia
de deslizamento. O conjunto de dois suportes e uma guia de deslizamento mede 4,0
metros, recebendo a denominação de módulo. A distância do piso até a aresta

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PAG. 36/40
superior da defensa é de 75cm. O início e o final das defensas metálicas serão
ancorados em bloco de concreto enterrado (dimensões de 0,70m x 0,70m x 0,70m)
ou chumbados em barreira de ponte ou viaduto e ainda providos de sinalização
auxiliar tipo marcador de perigo.

4.10 Barreira de concreto armado

Será executada de acordo com o projeto. Os tipos mais usuais são o


general motors e o new jersey.
150 72 228
150 50 175

475
422

0
25
800
=
74 7

32 5
3 25

°
°

35
35

75
30

750 750
GENERAL MOTORS NEW JERSEY

4.11 Dispositivos anti-ofuscantes

Na execução dos dispositivos anti-ofuscantes deverão ser observados


o posicionamento dos painéis ou das lamelas para que elas sejam eficazes no
bloqueio da luz dos faróis de veículos trafegando em sentido oposto. Também é
importante a boa fixação do dispositivo ao suporte para que seja garantida a
necessária rigidez do conjunto.

4.12 Dispositivo de uso temporário

A utilização dos dispositivos de uso temporário exige cuidados no seu


posicionamento para proporcionar a necessária visibilidade dos motoristas sobre

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PAG. 37/40
eles, com o tempo e a distância suficientes para reduzir a velocidade, desviar do
percurso ou mesmo parar o veículo.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

A maioria das operações para execução dos serviços acontecem sobre


o corpo estradal, os cuidados a proteção ambiental referem-se à disciplina do tráfego
e do estacionamento dos equipamentos.

Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do


corpo estradal, para evitar a destruição desnecessária da vegetação, assim como
interferência na drenagem.

6 CONTROLE TECNOLÓGICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

O material industrializado deverá vir acompanhado do respectivo


certificado de fábrica e será submetido previamente à inspeção visual pela
Fiscalização, devendo ser recusado os materiais que apresentem defeitos.

A retrorrefletividade das películas das placas quando se mostrar


deficiente na inspeção visual, a película deverá ser submetida a uma avaliação
segundo a norma NBR 15.426 (Sinalização vertical viária – Avaliação da
retrorrefletiidade utilizando refletômetro portátil), não sendo aceito refletância inferior
a 80% do padrão original.

As tachas não devem apresentar manchas e nem permitir a penetração


de água no elemento refletivo. Havendo indícios de baixa resistência à compressão
deve-se submeter três amostras aleatórias ao exigido na norma NBR 14.636
(Sinalização horizontal viária – Tachas refletivas viárias – Requisitos). A resistência à
compressão mínima admissível é de 15.000Kgf.

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PAG. 38/40
Os tachões não devem apresentar manchas e nem permitir a
penetração de água no elemento refletivo. Havendo indícios de baixa resistência à
compressão deve-se submeter três amostras aleatórias ao exigido na norma NBR
15.576 (Sinalização horizontal – Tachões refletivos viários – Requisitos e método de
ensaio). A resistência mínima admissível é de 15.000Kgf.

O controle do concreto de ondulação transversal e de sonorizador é


feito obedecendo ao especificado na SOP-ES-OAE 02/19 (Concretos e
argamassas). A resistência a compressão mínima é a estabelecida no projeto.

Os serviços e os materiais que não atenderem ao controle tecnológico


serão rejeitados e substituídos ou refeitos, todos os ônus por conta do construtor.

7 CONTROLE GEOMÉTRICO E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

O controle geométrico consiste na verificação da correção da


localização da implantação dos dispositivos auxiliares, obedecendo ao projeto, e se
as placas e os suportes estão aprumados. Também será conferida à trena a
distância entre dispositivos, obedecendo a cadência estabelecida no projeto.

Os serviços serão aceitos quando as divergências geométricas entre o


previsto no projeto e o executado forem inferior a 5% de tolerância.

8 MEDIÇÃO

Os serviços serão medidos em conformidade com o adiante exposto,


de acordo com o projeto, o tipo e a especificação.
 Balizador monodirecional em unidade
 Balizador bidirecional em unidade
 Balizador refletivo de ponte, viaduto, túnel, película Tipo III em
unidade

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 Balizador refletivo de ponte, viaduto, túnel, película Tipo X em
unidade
 Balizador refletivo de barreira e defensa, película Tipo III em
unidade
 Balizador refletivo de barreira e defensa, película Tipo X em
unidade
 Tacha monodirecional em unidade
 Tacha monodirecional metálica em unidade
 Tacha bidirecional em unidade
 Tacha bidirecional metálica em unidade
 Tachão monodirecional em unidade
 Tachão bidirecional em unidade
 Cilindro delimitador em unidade
 Marcador de perigo 0,30m x 0,90m, placa de aço galvanizado em
unidade
 Marcador de perigo 0,30m x 0,90m, placa de poliéster com fibra de
vidro em unidade
 Marcador de perigo 0,50m x 1,50m, placa de aço galvanizado em
unidade
 Marcador de perigo 0,50m x 1,50m, placa de poliéster com fibra de
vidro unidade
 Marcador de alinhamento, película Tipo III, placa de aço
galvanizado em unidade
 Marcador de alinhamento, película Tipo III, placa de poliéster com
fibra de vidro em unidade
 Marcador de alinhamento, película Tipo X, placa de aço galvanizado
em unidade
 Marcador de alinhamento, película Tipo X, placa de poliéster com
fibra de vidro em unidade
 Ondulação transversal em metros quadrados
 Sonorizador de concreto em metros quadrados

195
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

DISPOSITIVOS AUXILIARES
DE SINALIZAÇÃO SOP-ES-S 03/19
PAG. 40/40
 Sonorizador de termoplástico em metros quadrados
 Sonorizador de termoplástico pré-formado em metros quadrados
 Sonorizador de laminado elastoplástico em metros quadrados
 Sonorizador de plástico a frio em metros quadrados
 Revestimento rugoso de micro revestimento a frio em metros
quadrados
 Revestimento rugoso de tratamento superficial duplo a frio em
metros quadrados
 Revestimento rugoso de pavimento microfresado em metros
quadrados
 Barreira antiofuscamento de painel chapa expandida instalada em
barreira rígida em metros quadrados
 Barreira antiofuscamento de painel chapa expandida instalada no
solo em metros quadrados
 Barreira antiofuscamento de painel eletrossoldado expandida
instalada em barreira rígida em metros quadrados
 Barreira antiofuscamento de painel eletrossoldado expandida
instalada no solo em metros quadrados
 Barreira antiofuscamento de lamela plástica em metros quadrados
 Os suportes de madeira serão medidos em m
 Os suportes metálicos de aço carbono serão medidos em kg
 Os suportes poliméricos de materiais reciclados serão medidos em
m

9 PAGAMENTO

Os pagamentos dos dispositivos auxiliares da sinalização serão feitos


com base nos preços contratuais e incluirá a aquisição de todos os materiais e
acessórios, a mão de obra, EPI, encargos sociais, ferramentas, equipamentos,
estoques e aplicação do material, transporte, impostos, lucro e eventuais a execução
dos serviços.

196
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

5 – ESPECIFICAÇÕES DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL

197
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PROTEÇÃO VEGETAL SOP-ES-PCE 01/19


PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

A proteção vegetal consiste na plantação de vegetais diversos com o


fim de preservar as áreas expostas do copo estradal e também áreas de ocorrências
de materiais exploradas, protegendo-as contra processos erosivos e atenuando a
agressão ao meio ambiente

2 MATERIAIS

2.1 Terra Vegetal

A terra vegetal aqui referida é a camada superficial orgânica resultante


do expurgo do desmatamento executado na faixa estradal ou em área de uso
(acampamento) ou em ocorrência de material destinado à rodovia. Essa camada
orgânica, após a separação dos troncos e raízes mais volumosos, é estocada em
montes com altura em torno de 1,50m, largura de 2,00 a 4,00m e com qualquer
comprimento, para ser posteriormente espalhada nas áreas expostas, no menor
decurso de tempo possível.

O objetivo do espalhamento da terra vegetal sobre a área exposta,


desmatada e escavada, é o favorecimento da renovação da cobertura vegetal, de
uma forma natural.

2.2 Adubos e corretivos

Quando indicados no projeto, geralmente em proteção vegetal de


taludes, serão utilizados adubos de origem animal, isentos de sementes de ervas,
palhas e outros materiais estranhos. O uso de corretivos ou fertilizantes comerciais
terá que vir acompanhado de certificado de laboratório idôneo e do órgão
governamental responsável pelo meio ambiente atestando que o produto não
contém elementos tóxicos ou poluidores.

198
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

PROTEÇÃO VEGETAL SOP-ES-PCE 01/19


PAG. 02/07
2.3 – Sementes, placas e mudas

A revegetação de áreas expostas pode ser por semeadura,


implantação de placas vegetais ou por mudas, conforme definição do projeto.

As sementes de gramíneas e leguminosas são as que apresentam


melhor desempenho na revegetação por semeadura de áreas expostas.

Os manuais agronômicos recomendam, para as sementes de


procedência nacional e importadas, as seguintes condições mínimas de pureza e
germinação apresentadas nas tabelas 1 e 2 a seguir.

Tabela 1 – Sementes nacionais


SEMENTES PUREZA % GERMINAÇÃO %
Gramíneas 55 60
Leguminosas 75 75

Tabela 2 – Sementes importadas


SEMENTES PUREZA % GERMINAÇÃO %
Gramíneas 90 80

A implantação de placas (ou mantas) mais usuais e mais eficientes é a


de gramíneas.

O projeto indicará as gramíneas e as leguminosas em função dos


estudos do clima, solo e da topografia da área. Nesta especificação, para simples
orientação dos tipos usuais, apresentamos a listagem a seguir:

a) Gramíneas: Brachiária Humidícula;


Brachiária Decubens Stopt;
Brachiária Rudiziagalis;
Loliurn;

199
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PROTEÇÃO VEGETAL SOP-ES-PCE 01/19


PAG. 03/07
Aragrostis Curvula;
Melinis Minutiflora;
Paspalurn Natatum; e
Bermuda Grass.

b) Luguminosas: Puerária Phaseoloides;


Colopogonium Muconóides;
Cajanus Cajan (feijão gandu);
Centrocema Pubescens; e
Estizolobium Anterrinum.

Para o processo de revegetação por mudas as mais utilizadas são de


árvores frondosas ou frutíferas e de arbustos. A localização do plantio das mudas, as
espécies vegetais e os tipos de adubos serão indicados pelo projeto. As espécies
mais plantadas no estado do Ceará estão relacionadas a seguir.

a) Arbustos: Dracaena Deremensis (dracena);


Jasminum Nudiflorum (jasmim);
Magnólia Spp (magnólia).

b) Árvores: Nin Indianus (nin indiano);


Anacardium Occidentale (cajueiro);
Mimosa Caesalpiniae Folia (sabiá);
Licania Rígida (oiticica);
Hymenaea Stigno Carpa (jatobá);
Cocos Nucífera (coqueiro);
Ficus Spp (figueiras).

3 EQUIPAMENTO

Na operação de espalhamento da terra vegetal sobre a área exposta é


utilizado o trator de esteiras.

200
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PROTEÇÃO VEGETAL SOP-ES-PCE 01/19


PAG. 04/07
Para o plantio de vegetação são utilizados os utensílios de
jardinagem/horticultura compostos de pá, enxada, carrinho de mão, ancinho,
cavadeira, trado, soquetes, foice, facão, alfanje, regadores, etc, podendo, em função
da grandeza da obra ser necessário os seguintes equipamentos de maior porte:
caminhão basculante, caminhão de carroceria, carro pipa com dispositivo para rega,
hidrossemeadeira, trado mecânico para abertura de covas, escarificadores, grade de
discos, máquina semeadora, secadeira mecânica, trator agrícola e pá mecânica.

4 EXECUÇÃO

4.1 Recomposição de áreas e taludes

As áreas expostas de ocorrência de materiais, áreas de uso e faixa de


domínio deverão ser regularizadas, ter seus taludes suavizados, visando sempre a
sua drenagem natural.

Os taludes deverão estar regularizados, sem erosões e drenados


contra águas afluentes na crista e no sopé.

4.2 Revegetação por semeadura, placas ou mudas

O projeto detalhará os locais da proteção vegetal, e indicará as


espécies vegetais, o tipo de plantio, o preparo do solo, a adubação e a irrigação.

A execução da proteção vegetal envolve as seguintes atividades:

a) Preparo do solo

Compreende a escarificação, a pulverização, o revolvimento do solo, o


tratamento contra praga, a correção do solo, a adubação e o preparo de leivas. A
correção do solo geralmente é feita por calagem que consiste na incorporação de
calcário dolomítico ao solo, realizada com uma antecedência de 30 a 60 dias da

201
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PROTEÇÃO VEGETAL SOP-ES-PCE 01/19


PAG. 05/07
adubação para que o calcário possa atuar e reduzir a acidez, deixando o Ph em
torno de 5,5%. A taxa de aplicação de calcário varia entre 1.000 e 1.500 kg/ha. A
adubação é a distribuição e incorporação de adubo orgânico ou adubo químico, na
proporção indicada pela análise do solo feita pelo projeto. É usual a aplicação de
adubo NPK acrescido de enxofre.

b) Plantio

Compreende as atividades de semeadura ou implantação de mantas


ou de mudas. No caso de implantação de mudas de gramíneas ou leguminosas
deve-se adotar a taxa de 81 mudas por metro quadrado. Para mudas de árvores e
arbustos o projeto indicará o espaçamento a ser adotado no plantio. A semeadura
pode ser por processo manual ou por hidro-semeadura, utilizando equipamento
apropriado. Antecedendo a semeadura por processo manual haverá o preparo do
solo e a abertura de sulcos ou pequenas covas.

O plantio de árvores e arbustos na faixa de domínio deve levar em


consideração a segurança dos usuários da via. O plantio de árvores e arbustos em
canteiro central evitam o ofuscamento noturno, mas devem ser protegidos por
defensas maleáveis. As árvores na faixa de domínio têm por finalidades a
consolidação da propriedade, o controle da erosão o sombreamento para descanso
e recreação e a integração paisagística da rodovia com o ambiente natural.

c) Irrigação

A melhor época de plantio é a que antecede ao período das chuvas na


região. Havendo necessidade de irrigação, esta deve ser feita no mínimo em uma
vez por semana até que ocorra a germinação das sementes e a consolidação das
hastes ou estolões. A irrigação de sementes e estolões deve ser na forma de
chuvisco leve nas horas amenas do dia, sendo recomendado de 5 a 10 litros de
água por metro quadrado.

202
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PROTEÇÃO VEGETAL SOP-ES-PCE 01/19


PAG. 06/07
d) Adubação de cobertura

O projeto poderá indicar uma adubação de cobertura para


revigoramento e crescimento das espécies já plantadas e pegadas. Essa adubação
se processará após decorridos 90 a 120 dias do plantio sendo feita na quantidade de
50% da adubação primitiva. Nesta ocasião deverá ser feita o replantio das espécies
que não pegaram ou germinaram.

5 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

A recomposição de áreas e taludes será controlada por inspeção visual


da suavização dos taludes e da regularização da área visando a drenagem natural.
A fiscalização poderá recorrer a nivelamentos topográficos para conferência de cotas
e declividades.

O espalhamento de terra vegetal será controlado unicamente por


inspeção visual.

A cobertura vegetal terá sua consolidação avaliada visualmente após


decorridos um prazo de 120 a 150 dias do plantio, devendo neste período a
construtora proceder a manutenção e a reposição exigidas, assumindo todos os
ônus.

6 MEDIÇÃO

A recomposição de taludes, de áreas de ocorrências de materiais e da


faixa de domínio será medida pela área trabalhada em metros quadrados.

O espalhamento de terra vegetal em áreas expostas será medido pelo


volume espalhado, em metros cúbicos, tendo como base o volume da camada
vegetal da área desmatada originalmente.

203
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

PROTEÇÃO VEGETAL SOP-ES-PCE 01/19


PAG. 07/07
A proteção vegetal será medida pela área plantada e pegada, em
metros quadrados, ou pelo número de árvores e arbustos quando o plantio dessas
espécies for feito por mudas.

7 PAGAMENTO

O pagamento será efetuado pelo preço contratual para as quantidades


medidas conforme estabelecido no item 6, estando incluídos todas as etapas dos
serviços, bem como aquisição de materiais, transportes, equipamentos, veículos,
mão de obra, encargos sociais, impostos, lucro e eventuais.

204
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA DE TALUDES SOP-ES-PCE 02/19


PAG. 01/07
1 DEFINIÇÃO

A impermeabilização asfáltica de taludes é a aplicação de uma mistura


de emulsão asfáltica, cimento e água, em duas demãos, tendo por finalidades o
combate à erosão e a impermeabilização contra as águas de chuvas. Este serviço
não pode ser aplicado em talude de corte que tenha lençol freático rebaixado por
dreno subterrâneo. Recomenda-se ainda não usá-lo, quando outra solução pode
resolver o problema, por motivos estéticos e de proteção ambiental.

2 MATERIAIS

2.1 Emulsão asfáltica

Será usada a emulsão de ruptura lenta RL-1C (60% de CAP residual).

2.2 Cimento Portland

Deverá obedecer a especificação DNER-EM 36 – Recebimento e


aceitação de cimento Portland comum e Portland de alto forno, em vigor na SOP-
CE.

2.3 Água

Deverá ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis, matéria


orgânica e outras substâncias prejudiciais à mistura com emulsão asfáltica e
cimento.

2.4 Solo do talude

O solo do talude a ser impermeabilizado contra a água da chuva não


poderá ter umidade natural elevada (acima de 7%) e nem teor elevado de matéria
orgânica.

205
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA DE TALUDES SOP-ES-PCE 02/19


PAG. 02/07
3 EQUIPAMENTO

Para a execução da impermeabilização asfáltica de taludes serão


utilizados os seguintes equipamentos.

a) Para o apoio: andaime de madeira ou metálico com 4,0m de


comprimento e 0,60m de largura, acionado por sistema de cordas e
roldanas; escadas de madeira de fácil remoção e que admitam a
fixação de suportes entre elas; outros meios de apoio seguros para
o acesso dos operadores à superfície rampada do talude.
b) Para limpeza: vassouras, enxadões e outros equipamentos para a
limpeza do talude.
c) Para a impermeabilização: brochas, trincas de fios de cerdas para o
espalhamento em duas demãos da mistura asfáltica sobre o talude.

4 EXECUÇÃO

4.1 Regularização e limpeza dos taludes

A pintura impermeabilizante deve ser feita logo após a execução do


corte, sempre que possível.

A superfície do talude deverá se apresentar plana, sem ressaltos nem


cavidades. Os ressaltos que subsistirem, se forem terrosos, deverão ser raspados
com enxadões ou outro equipamento apropriado. Se forem rochosos não deverão
ser removidos. Os sulcos deverão ser preenchidos com solo-cimento, com teor de
10% de cimento, compactado com soquete, na umidade ótima, determinada em
função do solo de preenchimento. Antes da aplicação do solo-cimento, os sulcos
deverão ser escavados em forma de caixas, com pelo menos 10 cm em qualquer de
suas dimensões.

206
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA DE TALUDES SOP-ES-PCE 02/19


PAG. 03/07
Após a regularização do talude, faz-se uma varredura de toda área a
ser tratada, de modo a eliminar todo material pulverulento.

4.2 Preparo da mistura

Em um tambor comum, devidamente limpo, introduz-se a emulsão e


adiciona-se água gradativamente, revolvendo-se continuadamente os dois materiais
com uma haste de madeira ou de metal. Terminada a adição de água, acrescenta-se
o cimento, progressivamente continuando-se o revolvimento até obter-se uma
mistura cremosa, quase fluida. A quantidade da mistura a ser produzida de cada vez
é função da área a ser pintada e do número de operadores, de maneira que toda
mistura seja aplicada em no máximo 1 (uma) hora depois de pronta.

As proporções máximas dos traços em pesos recomendados, são as


seguintes:

a) Para solos arenosos:


na 1ª demão: 1 de emulsão + 0,8 de água + 0,55 de cimento;
na 2ª demão: 1 de emulsão + 0,5 de água + 1 de cimento.

b) Para solos argilosos:


na 1ª demão: 1 de emulsão + 1 de água + 0,5 de cimento;
na 2ª demão: 1 de emulsão + 0,5 de água + 1 de cimento.

Para garantir a maior penetração possível da mistura no talude, pode-


se variar ligeiramente a fluidez na 1ª demão, alterando-se a relação emulsão/água,
conseguindo-se experimentalmente o traço ideal em função do solo de cada caso.

4.3 Quantidade de aplicação

As taxas de aplicação da mistura em cada demão é de 1,0 a 1,5kg/m²


de talude.

207
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA DE TALUDES SOP-ES-PCE 02/19


PAG. 04/07
No caso de cortes executados com banquetas, o preparo da mistura
deverá ser feito na plataforma da banqueta para evitar as inconveniências do
transporte vertical.

4.4 Aplicação da mistura

Imediatamente antes da aplicação da 1ª demão o talude poderá ser


ligeiramente umedecido para facilitar a penetração. Cada operador disporá de um
balde contendo mistura e executará a pintura com uma brocha ou trincha de fios de
cerda, iniciando na parte superior do talude em direção à parte mais baixa, em faixas
com 1m de altura. O operador deverá apoiar-se no andaime, ou escada, ou ser
suportado por cordas que se deslocarão paralelamente aos taludes. Outros tipos de
apoio poderão ser utilizados desde que não afetem a conformação do talude.

As aplicações da mistura serão feitas em duas demãos, conforme


traços estabelecidos, aplicando-se a 1ª demão em uma faixa de todo talude seguida
da aplicação da 2ª demão desta faixa.

Para cortes com banquetas, deve-se pintar cada talude limitado pela
plataforma da banqueta, a partir da cota mais alta, passando-se somente para o
talude inferior quando concluído as duas demãos do talude superior. A pintura da
plataforma da banqueta deverá se iniciar pelo bordo junto a canaleta de drenagem
prosseguindo-se em direção ao bordo externo, geralmente da direita para a
esquerda da plataforma.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

As atividades da impermeabilização asfáltica de taludes que podem


causar danos ao meio ambiente são o armazenamento e a pintura dos taludes com
a mistura asfáltica.

208
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA DE TALUDES SOP-ES-PCE 02/19


PAG. 05/07
O depósito de material asfáltico deve ser instalado em local afastado
de cursos d’água.

É vedada o refugo de asfalto ou de mistura asfáltica na faixa de


domínio da rodovia ou em qualquer outro local que possa causar danos ambientais.

A desmobilização desta atividade inclui a remoção do depósito de


ligante, a limpeza de eventuais resíduos asfálticos e a recomposição da área afetada
pelo serviço.

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

A condição essencial é que todos os materiais atendam esta


especificação e as especificações particulares e complementares contidas no
projeto.

a) Emulsão asfáltica

A todo carregamento de emulsão asfáltica que chegar a obra será


exigido o respectivo certificado de fábrica, contendo os resultados dos ensaios,
atendendo a norma NBR-P-EB-472 (cópia no anexo desta especificação) conforme a
seguir:

a.1) Viscosidade Saybolt-Furol (DNER-ME 004/94);


a.2) Resíduo por evaporação (ABNT-NBR-6568/84);
a.3) Peneiramento (DNER-ME 005/94); e
a.4) Sedimentação (DNER-ME 006/00).

209
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IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA DE TALUDES SOP-ES-PCE 02/19


PAG. 06/07
Havendo qualquer indício de má qualidade da emulsão asfáltica,
deverão ser realizados os ensaios da norma ABNT-P-EB 472 para confrontar com os
resultados do certificado de fábrica.

b) Cimento Portland

Os sacos de cimento deverão ser armazenados em lugar abrigado,


sobre um piso de madeira, em pilhas de no máximo 10 sacos. Havendo suspeição
sobre a qualidade do cimento, serão colhidas amostras para realização de ensaios
em laboratório especializado. Os resultados dos ensaios deverão atender o prescrito
na norma ABNT-NBR-5732 (condições de recebimento do cimento Portland comum
que é feita através da especificação de recebimento do cimento e de dezesseis
ensaios físicos e químicos).

c) Água

O controle da água é feito por inspeção visual da fonte de


abastecimento, podendo ser aprovada quando não é salobra e apresenta
cristalinidade.

Havendo suspeição sobre a qualidade da água, coleta-se amostras e


leva-se a laboratório especializado para realização de ensaios. A água será
considerada aprovada ao obter-se os seguintes resultados:

c.1) Acidez: 5,8% a 8,0%


c.2) Matéria orgânica: máx 3mg/l (oxigênio consumido);
c.3) Resíduo sólidos: máx 5.000mg/l;
c.4) Sulfatos: máx. 300mg/l (Ion máx 50/l);
c.5) Cloretos: máx. 50mg/l;
c.6) Açúcar: máx. 500mg/l.

6.2 Controle de execução

210
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

IMPERMEABILIZAÇÃO ASFÁLTICA DE TALUDES SOP-ES-PCE 02/19


PAG. 07/07
O controle de execução se faz pela conferência da mistura
estabelecida, se estão sendo obedecidas as quantidades do traço de emulsão
asfáltica + água + cimento que resultou na consistência quase fluída, adequada à
sua aplicação no talude a ser impermeabilizado, e também pela conferência visual
da homogeneidade de aplicação da pintura do talude em duas demãos.

7 MEDIÇÃO

A execução da impermeabilização asfáltica de taludes será medida


pela área impermeabilizada, em metros quadrados.

A emulsão asfáltica será medida pelo peso efetivamente aplicado, em


toneladas, calculado com base na área executada, na taxa de aplicação e na
proporção da emulsão nos traços da 1ª demão e da 2ª demão.

8 PAGAMENTO

O pagamento será efetuado pelo preço unitário contratual para as


quantidades medidas conforme o item 7, estando incluído nos preços todos os
custos das etapas dos serviços, envolvendo regularização e limpeza dos taludes e
plataformas de banquetas, bota-fora de eventuais materiais retirados dos taludes,
preparo da mistura de emulsão + água + cimento, aquisição, transportes e
estocagens dos materiais, equipamentos, ferramentas, mão de obra, encargos,
impostos, lucro e eventuais.

211
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 01/10
1 DEFINIÇÃO

A estrutura de gabião para arrimo de proteção do corpo estradal é


utilizada como sustentação para evitar o desmoronamento quando as condições
hidrológicas, geotécnicas e de ingrimidade do leito estradal são instáveis e exigem
um arrimo de gravidade, resultante da ação de seu peso próprio, do tipo flexível e
permeável.

Para evitar carreamento de solo para o interior dos gabiões e para


preservar sua capacidade drenante/filtrante deve-se estender uma manta de
geotêxtil na face interna dos gabiões e executar, entre esta face com o geotêxtil e o
maciço a ser arrimado, uma camada de transição, com areia de rio, com 20cm de
espessura, ao longo de toda face interna.

2 MATERIAIS

2.1 Tipo de gabião

O gabião aqui especificado para proteção do corpo estradal é o tipo


caixa, que são peças em forma de paralelepípedos retângulos constituídos por uma
rede metálica de malha hexagonal, de dupla torção, fabricado com arame de aço
com baixo teor de carbono, com zincagem pesada, recoberto ou não com material
plástico. As arestas da caixa são ligadas com fios de diâmetro maior que o da malha
para robustecer a armação metálica.

2.2 Arame da malha

A malha hexagonal com dupla torção é fabricada com arame de aço


zincado a quente obedecendo a norma ABNT-NBR 8964/85 (Arame de aço de baixo
teor de carbono, zincado para gabiões). Em ambientes agressivos de corrosão o

212
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 02/10
arame é revestido com uma camada de cloreto de polivinil (PVC), com espessura
mínima de 0,4mm.

2.3 Pedra de Mão

A pedra de mão, que é definida como o fragmento de rocha, de forma


arredondada, com diâmetro entre 7,6cm e 25cm, deverá ter tamanhos uniformes,
com a menor dimensão compreendida entre uma e duas vezes a dimensão da
malha. A pedra pode ser natural ou resultante de britagem, sendo exigido um peso
específico real superior a 2,3tf/m³. Não são aceitos materiais friáveis, que se
fragmentam.

3 EQUIPAMENTOS

Para o preparo do terreno e para o enchimento dos gabiões com


pedras são utilizados equipamentos manuais tais como pás, picaretas, enxadas,
carrinhos de mão e socadores de pedras.

Para o transporte de pedras e movimentação na obra são utilizados


caminhões basculantes e pás carregadeiras.

4 EXECUÇÃO
4.1 Dimensões usuais das caixas

COMPRIMENTO LARGURA ALTURA VOLUME


(m) (m) (m) ( m³ )
1,50 1,00 0,50 0,75
2,00 1,00 0,50 1,00
3,00 1,00 0,50 1,50
4,00 1,00 0,50 2,00
5,00 1,50 0,50 3,75
1,50 1,00 1,00 1,50
2,00 1,00 1,00 2,00
3,00 1,00 1,00 3,00
4,00 1,00 1,00 4,00
5,00 1,00 1,00 5,00
5,00 1,50 1,00 7,50

213
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 03/10
4.2 Fornecimento das malhas hexagonais

O fabricante entregará os gabiões no local da obra dobrados e


reunidos em pacotes. Na obra as caixas contendo os gabiões são abertas,
montadas, costuradas pelas arestas e fixados os diafragmas às paredes laterais,
tudo de acordo com as dimensões das caixas previstas no projeto.

4.3 Pré-montagem dos gabiões

4.3.1 Sequência executiva:


a) Identificar os fardos dos gabiões, organizando-os por tipo e
dimensões;
b) Preparar uma área limpa, com piso plano, regular e duro para os
trabalhos de pré-montagem das caixas;
c) Abrir completamente o gabião sobre a área limpa para regularizá-lo
nos pontos amassados na formação dos fardos ou durante o
transporte;
d) Levantar e redobrar a 90° as paredes laterais aos pares para a
união das arestas ou cantos da caixa. Se necessário, pode-se
utilizar um pedaço de madeira serrada para alinhar a malha e fazer
a dobra das paredes laterais;
Ilustração:

214
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 04/10
e) Unir as arestas dos quatro cantos da caixa, bem como as divisões
internas (diafragmas). A costura obedecerá a seguinte sequência:
e.1 - Unir primeiramente os cantos superiores usando as pontas dos
arames de reforço que são os de maior diâmetro;
e.2 - Em seguida, costurar de baixo para cima, percorrendo toda
linha de união das arestas;
e.3 - A costura é feita com os arames de amarração que são
fornecidos juntamente com as caixas;
e.4 - Após a fixação do arame de amarração no vértice inferior,
realiza-se a costura passando o arame por todas as malhas,
alternando voltas simples com voltas duplas do arame de
amarração até atingir o vértice superior;
e.5 - Quanto mais firme os pontos de costura, melhor será a
qualidade da pré-montagem das caixas.

4.4 – Montagem dos gabiões

4.4.1 – Sequência executiva:

a) Posicionar os gabiões conforme a seção projetada, costurando-os


entre si, em todas as arestas comuns, seguindo os critérios de
amarração do item 4.3;
Ilustração:

215
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ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 05/10
b) Posicionar os gabaritos de madeira para auxiliar no alinhamento
das caixas e impor a inclinação de projeto, normalmente entre 3° e
6° para dentro do aterro a ser arrimado;
Ilustração:

c) Proceder o enchimento das caixas com as pedras, que deverão ser


arrumadas manualmente evitando, ao máximo, os espaços vazios.
Para caixas com altura de 1,00m, o enchimento deve ser feito em
três etapas. A cada terço preenchido deve-se instalar tirantes, que
são arames que atirantam a parede de verso com as de frente da
caixa, aumentando a rigidez. Recomenda-se 4 tirantes por m². A
amarração dos tirantes nas paredes deve envolver 2 malhas
hexagonais (ver ilustração). Para caixa com altura de 0,50m, o
enchimento deve ser feito em duas fases, com tirantes a meia
altura. Nas extremidades do muro de arrimo podem ser instalados
tirantes complementares para maior rigidez.

216
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ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 06/10
Ilustração:

d) Quanto a sequência de execução do muro de gabiões pode-se


encher o primeiro terço de várias caixas adjacentes, desde que
estejam devidamente pré-fixadas à camada ou fiada inferior,
deixando-se a última camada vazia para facilitar a montagem da
caixa seguinte. O enchimento do segundo e terceiro terços de uma
caixa pode ser feito desde que a caixa adjacente esteja
parcialmente cheia, ou seja, manter sempre um terço de
defasagem da caixa vizinha.

217
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ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 07/10
e) A tampa da caixa será fechada em todos os bordos obedecendo os
critérios de costura já citados.
Ilustração:

f) O geotêxtil e o filtro de areia de rio serão implantados na parede


interna do muro de gabiões, entre este e o maciço arrimado.

5 PROTEÇÃO AMBIENTAL

A atividade passível de causar algum dano ambiental ligada à


execução de gabiões para arrimo e proteção do corpo estradal é a produção de
pedras de mão quando são oriundas de exploração de pedreira. O primeiro cuidado
é com a localização da pedreira que não poderá ser em área de preservação
ambiental. A exploração de pedreira exige o licenciamento de instalação do britador
e licença de operação. A exploração da pedreira deverá ser planejada e executada
de modo a possibilitar a recuperação ambiental da área ocupada, após a retirada de
todos os materiais e equipamentos.

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ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 09/10
6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

6.1 Controle de materiais

A condição essencial é que os materiais atendam esta especificação e


as especificações particulares e complementares contidas no projeto.

6.1.1 Malha hexagonal e arames

O fornecimento da malha hexagonal e arames para os gabiões deverá


vir acompanhado do certificado de fábrica por lote de fabricação.

6.1.2 Pedras de Mão

O controle das pedras de mão deve ser efetuado por inspeção visual e
testes expeditos com relação as dimensões das pedras e sua resistência a
fragmentação.

6.2 Controle de execução

O controle da montagem e preenchimento das caixas será por


inspeção visual, verificando-se os seguintes itens:

a) o posicionamento das pedras que deverá resultar na mínima


percentagem de vazios entre elas;
b) o formato da gaiola que deverá ser de paralelepípedo retângulo;
c) o fechamento das arestas, feito com os fios de arame, conforme
indicado no projeto ou manual do fabricante.

6.3 Controle das dimensões

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ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 09/10
As dimensões e o posicionamento do muro de gabiões serão
verificados por medições geométricas a trenas, externamentes, conferindo-se as
medidas do projeto e adotando-se uma tolerância de 10% para mais ou para menos
por medida isolada.

6.4 Aceitação

Os serviços serão aceitos quando atendidas as especificações de


materiais, o controle de execução e as dimensões projetadas.

7 MEDIÇÃO

A estrutura de gabião para arrimo de proteção do corpo estradal é


medida pelo volume das caixas, em metros cúbicos, efetivamente montadas e
concluídas, conforme o projeto.

A manta de geotêxtil quando indicada no projeto será medida pela área


aplicada, em metros quadrados.

A areia de rio para o leito filtrante será medida pelo volume, em metros
cúbicos, conforme projeto.

Os transportes dos materiais serão medidos pelo peso em toneladas


na distância transportada em quilômetros de acordo com as fórmulas de transportes
locais e comerciais aplicáveis.

8 PAGAMENTO

O pagamento será efetuado pelo preço unitário contratual para as


quantidades medidas conforme o item 7, estando incluído nos preços todos os
custos das etapas dos serviços, envolvendo o preparo do terreno que vai receber os

220
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ESTRUTURA DE GABIÃO PARA ARRIMO


DE PROTEÇÃO DO CORPO ESTRADAL SOP-ES-PCE 03/19
PAG. 10/10
gabiões, bota-fora de eventuais materiais excedentes, fornecimento e transporte de
materiais, equipamentos, ferramentas, mão de obra, encargos sociais, impostos,
lucro e eventuais.

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6 – ESPECIFICAÇÕES DE MEIO AMBIENTE

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PROTEÇÃO ACÚSTICA DE ÁREAS


LINDEIRAS À RODOVIA SOP-ES-MA 01/19
PAG. 01/04
1 DEFINIÇÃO

A proteção acústica de áreas lindeiras à rodovia é um tratamento


ambiental feito através da implantação de barreiras acústicas artificiais ou naturais,
com o objetivo de impedir que o ruído proveniente do tráfego rodoviário alcance, de
forma não reduzida, uma comunidade lindeira, em particular estabelecimentos que
necessitam de silêncio nas suas atividades, tais como hospitais, escolas,
laboratórios, indústria de precisão, etc.

2 CONCEITUAÇÃO ACÚSTICA

2.1 Poluição sonora

É o desconforto auditivo causado por níveis de som ou ruído


considerados elevados pela legislação ambiental que estabelece os limites máximos
de 70 dB(A) para o período diurno e de 60 dB(A) para o período noturno. A unidade
dB(A) mede os decibéis na frequência da ponderação “A”, que é ouvida pelo sistema
auditivo humano (entre 20 e 20.000 hertz). É de se notar que acima de 90 dB(A) os
ruídos causam efeitos maléficos ao sistema auditivo que poderão gerar a perda da
audição.

2.2 Isolamento sonoro

É a redução do som ou ruído de uma fonte sonora em pelo menos 25


dB(A) quando da passagem através de barreira acústica.

2.3 Barreira acústica

É o anteparo natural ou artificial, disposto ao longo da margem


rodoviária, com o objetivo de impedir que o ruído proveniente do tráfego alcance
uma comunidade lindeira de forma não reduzida. As barreiras acústicas podem ser

223
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PROTEÇÃO ACÚSTICA DE ÁREAS


LINDEIRAS À RODOVIA SOP-ES-MA 01/19
PAG. 02/04
refletoras, absorventes ou altamente absorventes, em função do tipo de material de
sua estrutura.

2.4 Reflexão sonora

É a parcela do som que retorna em direção à sua origem, quando


encontra no seu percurso uma barreira acústica.

2.5 Transmissão sonora

É a parcela do som que transpõe a barreira, embora em parte reduzida.

3 MATERIAIS

3.1 Barreiras naturais

As barreiras acústicas naturais são constituídas do plantio de espécies


vegetais arbóreas ou arbustivas, formando um anteparo do tipo absorvente do ruído
proveniente do tráfego. O projeto indicará as espécies vegetais que comporão a
barreira. Na região nordeste do Brasil há uma espécie que tem apresentado um bom
desempenho que é o Sabiá do Campo (Mimosa Caesalpinaefolia Bendl), uma árvore
de pequeno porte, com altura de 5m a 8m, possuindo acúleos (espinhos) nos ramos,
folhas bipenadas, flores em espigas cilíndricas, crescem rapidamente até atingir 3m
de altura, possui florescência branca que dura até 8 meses por ano, é resistente ao
fogo e tem vida superior a 50 anos.

Para o plantio das espécies vegetais, recomenda-se consultar a


especificação DER-ES-PCE 01/19 Proteção vegetal, que apresenta a forma de
plantar, adubar e irrigar, além de uma gama de espécies arbóreas e arbustivas.

3.2 Barreiras artificiais

224
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

PROTEÇÃO ACÚSTICA DE ÁREAS


LINDEIRAS À RODOVIA SOP-ES-MA 01/19
PAG. 03/04
As barreias acústicas artificiais podem ser metálicas, de madeira, de
alvenaria, de concreto e painéis de materiais transparentes. Muito usual são os
painéis de alumínio recheados com fibra de vidro por apresentarem uma elevada
absorção sonora.

4 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

Para as barreiras naturais, são utilizadas as ferramentas de plantação


agrícola, constituídas de pás, picaretas, enxadas, escavadeiras manuais, podendo-
se mecanizar a escavação das covas quando a topografia do terreno permitir.

Para as barreias artificiais, os equipamentos e as ferramentas variam


com o tipo de material constituinte da barreira, sendo a montagem feita de forma
manual.

5 EXECUÇÃO

Para a execução de barreira natural, o plantio das espécies obedece


aos procedimentos agrícolas de plantação, adubação, correção do solo, irrigação e
poda.

Para a execução de barreiras artificiais, o projeto definirá o tipo de


material, a confecção das barreiras e a montagem

6 CONTROLE E CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO

A inspeção final da barreira natural exige um prazo temporal de pelo


menos 90 dias, onde ocorrerão as atividades de irrigação das espécies vegetais, a
poda, a reposição de plantas, a limpeza, a adubação complementar e o crescimento
das árvores e arbustos.

225
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

PROTEÇÃO ACÚSTICA DE ÁREAS


LINDEIRAS À RODOVIA SOP-ES-MA 01/19
PAG. 04/04
Para a barreira artificial a inspeção de aceitação se fará em função dos
tipos de materiais utilizados e obedecerão ao exigido no projeto.

As barreiras acústicas serão aceitas quando a inspeção final indicar


conformidade com as exigências do projeto.

7 MEDIÇÃO

O plantio de árvores e/ou arbustos da barreira natural será medido pela


quantidade de espécies plantadas e efetivadas, com a germinação e o crescimento
assegurados, conforme previsto no projeto.

A medição da barreira artificial será feita pela área executada e


aprovada, em metros quadrados, conforme previsto no projeto.

8 PAGAMENTO

O pagamento será efetuado pelo preço contratual para as quantidades


medidas conforme estabelecido no item 7, estando incluídos todas as etapas de
execução, bem como aquisição de materiais, transportes, equipamentos,
ferramentas, veículos, mão de obra, encargos sociais, impostos, lucro e eventuais.

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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

TRATAMENTO DE TALUDES COM


SOLOS INCONSISTENTES SOP-ES-MA 02/19
PAG. 01/05
1 DEFINIÇÃO

Tratamento de taludes com solos inconsistentes se aplica a taludes de


cortes, quando neles ocorrem materiais instáveis que podem desmoronar e colocar
em risco os usuários da rodovia. Geralmente tais situações ocorrem nos cortes em
rochas fraturadas, em rochas decompostas ou em cortes mistos de solos com blocos
de rochas.

Nesta especificação são consideradas a proteção do talude de corte


por aplicação de uma tela e por aplicação de concreto projetado, podendo ou não o
projeto indicar uma solução combinada dos dois tipos de proteção.

A proteção com concreto projetado ou gunitagem consiste na aplicação


por jateamento com bombas hidráulicas de um concreto fino feito com areia +
cimento + pedrisco (gunita)

A proteção com tela, que pode ser metálica ou plástica, esta última
feita de polímeros de alta resistência e pouco suscetíveis ao fogo, consiste na
aplicação de telas sobre a superfície do talude, fixadas por meio de grampos
chumbados nas fendas ou outra forma de fixação.

2 MATERIAIS

2.1 Telas metálicas ou plásticas

A proteção de talude com solos inconsistentes através de tela envolve


a própria tela cuja aplicação deve obedecer as recomendações do catálogo do
fabricante, os grampos de aço para fixação nas fendas que deverão obedecer a
especificação SOP-ES-OAE 03/19 (Armaduras para concreto armado) e o concreto
de chumbamento que deverá obedecer a especificação SOP-ES-OAE 02/19
(Concretos e argamassas).

227
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

TRATAMENTO DE TALUDES COM


SOLOS INCONSISTENTES SOP-ES-MA 02/19
PAG. 02/05
2.2 Concreto projetado

Os materiais para a proteção de talude por jateamento de concreto


deverão obedecer a especificação SOP-ES-OAE 02/19 (Concretos e argamassas).
As proporções dos materiais no traço do concreto fino serão definidas pelo projeto.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos para a proteção de talude com solos inconsistentes


dependem das condições do local de sua aplicação. De um modo geral são
constituídos de:

a) equipamentos de sinalização de advertência de obras, quando o


serviço é feito em rodovia com tráfego;
b) ferramentas manuais tipo pás, enxadas, picaretas, trados, etc;
c) plataforma de madeira e escoramento para o trabalho de operários;
d) betoneira ou caminhão betoneira;
e) equipamento bombeador/jateador de concreto;
f) caminhão guindaste;
g) caminhão de carroceria fixa

4 EXECUÇÃO

Antecedendo a solução a ser aplicada deverá haver um estudo


geológico/geotécnico da encosta de onde resultou o talude e desenvolvido o projeto
com a solução mais apropriada para a proteção contra solos inconsistentes.

4.1 Proteção com tela

Inicialmente o talude deverá ser limpo, regularizado e removido os


blocos soltos de pedras aparentes. Esta operação exige cuidados especiais devido

228
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

TRATAMENTO DE TALUDES COM


SOLOS INCONSISTENTES SOP-ES-MA 02/19
PAG. 03/05
aos riscos de acidentes com a própria mão de obra e, no caso de rodovia com
tráfego, com os seus usuários, devendo-se ter o auxílio da polícia rodoviária.

Concluída a limpeza do talude, deve-se executar uma valeta ao longo


da crista do corte, 40cm de largura e 20cm de profundidade, para receber a primeira
linha de grampos e fixar a parte superior da tela. As telas vêm acondicionadas em
bobinas. A aplicação inicia-se pelo topo do talude, isto é, parte-se da crista do talude
(ou encosta) desenrolando-se a bobina da tela no sentido de montante para jusante.
Os grampos de fixação já devem estar implantados no talude para o engate com a
tela e assim se proceder ao emolduramento dos blocos de rochas instáveis. Os
transpasses laterais entre panos das telas devem ser de 20 a 30cm de
sobreposição. O transpasse longitudinal, se houver, deve ser de 50cm, devendo o
amarrilho entre duas telas ter largura de, no mínimo, 30cm na área do transpasse
longitudinal.

A fixação da tela será feita com grampos de aço de tamanhos e formas


variáveis, definidos em projeto, sendo esta fixação preponderante para a
performance do produto final.

4.2 Proteção com concreto projetado

A preparação do talude é idêntica à da proteção com tela.

Concluída a limpeza do talude, faz-se o jateamento do concreto fino,


com o equipamento apropriado, numa espessura média de 5cm ou outra indicada no
projeto.

Dependendo das condições geotécnicas do solo, pode-se associar a


aplicação de tela com o concreto projetado. A tela neste caso deverá ser com malha
de 5 a 20cm e fios de 3 a 5mm. A fixação da tela ao talude é feita por grampos ou

229
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

TRATAMENTO DE TALUDES COM


SOLOS INCONSISTENTES SOP-ES-MA 02/19
PAG. 04/05
chumbadores que por sua vez são fixados com o uso de marretas ou mesmo
chumbadores especiais rosqueados.

5 CONTROLE E CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO

A condição essencial é que sejam atendidas esta especificação e as


especificações particulares e complementares do projeto.

5.1 Materiais

A areia, o pedrisco, o cimento e a água que comporão o concreto fino a


ser jateado deverão atender ao exigido na especificação SOP-ES-OAE 02/19
(Concretos e argamassas).

Os grampos de aço para fixação da tela deverão atender ao exigido na


especificação SOP-ES-OAE 03/19 (Armaduras para concreto armado).

A tela e seus acessórios deverão atender as especificações contidas


no catálogo do fabricante.

A proteção de talude que não atender as especificações aqui


estabelecidas não será aceita e deverá ser refeita, todos os ônus para o construtor.

6 MEDIÇÃO

O tratamento de taludes com solos inconsistentes será medido pela


área em metros quadrados de concreto projetado e pela área em metros quadrados
de tela aplicada, estando incluídas as peças de fixação da tela no talude e a valeta
na crista do corte para a primeira linha de fixação da tela.

230
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

TRATAMENTO DE TALUDES COM


SOLOS INCONSISTENTES SOP-ES-MA 02/19
PAG. 05/05
A limpeza e regularização do talude será medido pela área, em metros
quadrados, conforme o projeto.

7 PAGAMENTO

O pagamento do tratamento de taludes com solos inconsistentes será


feito pelos preços contratuais de cada serviço, medido conforme o item 6, estando
incluídos todas as etapas de execução, materiais, transportes, equipamentos,
ferramentas, mão de obra, encargos sociais, impostos, lucro e eventuais.

231
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CERCA DE TELA PARA PROTEÇÃO DA FAUNA SOP-ES-MA 03/19


PAG. 01/03
1 DEFINIÇÃO

Cerca de tela para a proteção da fauna é o tratamento ambiental


necessário em corredores ecológicos atravessados por rodovia, visando-se evitar a
travessia dos animais sobre a plataforma estradal, com riscos de atropelamento e de
acidente rodoviário.

A cerca de tela é feita com arame galvanizado, com as dimensões da


malha definida em projeto, em função do tamanho das espécies de animais
silvestres do corredor ecológico, associando-se ainda no sopé da cerca placas pré-
moldadas de concreto, ou fibra de vidro, com 0,30m de altura, para impedir a
passagem de animais menores. A altura externa total da cerca é de 2,00m (1,70 de
tela + 0,30m de placa).

A cerca de tela é sustentada por estacas de concreto armado com as


dimensões definidas em projeto, inclusive o comprimento a ser enterrado. A
amarração da tela nas estacas é feita com fios de arame também galvanizados. O
espaçamento entre estacas é definido pelo projeto, em função do comprimento das
placas pré-moldadas.

Nos corredores ecológicos com cerca de tela, a transposição dos


animais se fará através de obras de arte correntes (bueiros), obras de arte especiais
(pontes) ou por passagens subterrâneas construídas exclusivamente com essa
finalidade.

A vegetação arbustiva ou de capim ou de leguminosas no sopé da


cerca de tela é benéfica porque favorece o bloqueio de animais. A vegetação nas
margens laterais da pista de rolamento e taludes de aterro é maléfica porque impede
o motorista de ver um animal que possa invadir a rodovia.

2 MATERIAIS

232
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CERCA DE TELA PARA PROTEÇÃO DA FAUNA SOP-ES-MA 03/19


PAG. 02/03
Os materiais constituintes das telas de arame galvanizado, as estacas
de concreto armado e as próprias placas pré-moldadas de concreto ou de fibras de
vidro são de fácil obtenção no comércio, devendo vir acompanhadas dos seus
catálogos técnicos do fabricante, contendo as características especificadas para os
materiais.

3 FERRAMENTAS

A montagem da cerca de tela de arame galvanizado é feita


manualmente. Para a implantação das estacas e da tela são utilizados trado, pás,
enxadas, picaretas, marretas, torquês, etc.

4 EXECUÇÃO

4.1 Limpeza da faixa de implantação da cerca de tela

Antes da implantação da cerca de tela, deverá ser feita a limpeza de


uma faixa com 2,00m de largura que consistirá do desmatamento e destocamento
dos vegetais e remoção dos obstáculos à implantação da cerca.

4.2 Implantação da cerca de tela

As estacas serão cravadas na profundidade estabelecida pelo projeto,


mantendo-se o correto alinhamento e o reaterro da fundação muito bem compactado
para não sofrer deslocamentos. A fixação da tela às estacas deverá obedecer ao
projeto, devendo a tela ficar estirada, sem folgas que permitam a passagem de
animais. Nas curvas ou deflexões as estacas deverão ser escoradas por peças de
concreto ou ancoradas em contrafortes por fios também galvanizados.

5 CONTROLE E CRITÉRIO DE ACEITAÇÃO

233
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CERCA DE TELA PARA PROTEÇÃO DA FAUNA SOP-ES-MA 03/19


PAG. 03/03
A condição essencial é que sejam atendidas esta especificação e as
especificações particulares e complementares do projeto.

5.1 Materiais e controle de execução

As estacas de concreto armado deverão obedecer às especificações


SOP-ES-OAE 02/19 (Concretos e argamassas) e SOP-ES-OAE 03/19 (Armadura
para concreto armado), com a resistência do concreto estabelecida em projeto.

A tela de arame galvanizado e os fios de amarração nas estacas


deverão obedecer às especificações do catálogo do fabricante.

As placas pré-moldadas de concreto ou de fibra de vidro deverão


obedecer também às especificações do catálogo do fabricante e as exigências do
projeto.

A cerca de tela para proteção da fauna que não atender as


especificações aqui estabelecidas não será aceita e deverá ser refeita, todos os
ônus para o construtor.

6 MEDIÇÃO

A cerca de tela para proteção da fauna será medida pela extensão


executada, em metros lineares, de acordo com o projeto e esta especificação

7 PAGAMENTO

O pagamento da cerca de tela para proteção da fauna será feito pelo


preço contratual do serviço, medido conforme o item 6, estando incluídos todas as
etapas de execução, limpeza da faixa, materiais, transportes, ferramentas, mão de
obra, encargos sociais, impostos, lucro e eventuais.

234
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

7 – ESPECIFICAÇÕES CONTROLE ESTATÍSTICO

235
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CONTROLE ESTATÍSTICO DE OBRAS


E SERVIÇOS SOP-ES-CE 01/19
PAG. 01/04
1 DEFINIÇÃO

Adotou-se o procedimento DNER-PRO 277/97 (Metodologia para


controle estatístico de obras e serviços) aplicável ao controle das obras e serviços
contidos nas especificações da SOP/CE, com exceção das obras de arte especiais e
pavimentos de concreto de cimento Portland que deverão obedecer à norma ABNT-
NBR 12.655/2015 (Preparo, controle e recebimento de concreto).

O PRO 277 adota as seguintes definições:


 Amostra – número finito de observações selecionadas pertencente
a um universo ou população de dados;
 Plano de amostragem – critérios utilizados para a formação de
amostras de um lote;
 Risco – probabilidade de ocorrer falha ou ação externa, que
determine perda;
 Defeito – falta de conformidade com qualquer dos requisitos
especificados, ou condições estabelecidas em normas técnicas.

2 CONDIÇÕES GERAIS

São os riscos e os níveis de qualidade que a SOP-CE e a construtora


ou executante estão dispostos a assumir, em função do tamanho da amostragem,
considerando-se que os dados serão obtidos aleatoriamente e obedecem a uma
distribuição normal da população.

Nesta metodologia são adotados os seguintes riscos ou probabilidades


e os seguintes níveis de qualidade:

236
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CONTROLE ESTATÍSTICO DE OBRAS


E SERVIÇOS SOP-ES-CE 01/19
PAG. 02/04
 = risco ou probabilidade para o executante de rejeição de um serviço
de boa qualidade. O valor de  varia com o número de amostras;
 = risco ou probabilidade para a SOP-CE de aceitação de um serviço
de má qualidade. O risco é de 10% ( = 0,10) para todas as obras;
p1 = nível de qualidade aceitável pela SOP-CE ou % de defeitos
máxima admitida em um serviço de boa qualidade. A quantidade
máxima aceitável de defeitos é de 5% (p 1 = 0,05) para todas as
obras;
p2 = nível de qualidade inaceitável pela SOP-CE ou % mínima de
defeitos de um serviço considerado de má qualidade. O serviço é
inaceitável com 30% ou mais de defeitos (p2 = 0,30) para obras de
drenagem e com 25% ou mais de defeitos (p2 = 0,25) para as
demais obras (exceto O.A.Especiais e pavimentos de concreto que
são regidos pela ABNT).

3 FORMULÁRIO ESTATÍSTICO

3.1 – Variável aleatória (VA)

VA  X  KS
xi
Sendo: X  (média aritmética)
n

 (Xi - X) 2
S (desvio padrão)
n - 1
Z . Z 2  Z . Z 1
K  (coeficiente)
Z  Z

Os valores Z são obtidos na tabela da distribuição normal e são


correspondentes a:
Z = risco do executante, é variável com o número de amostras n;
Z = risco da SOP (10%):  = 0,10  Z = 1,28;

237
GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CONTROLE ESTATÍSTICO DE OBRAS


E SERVIÇOS SOP-ES-CE 01/19
PAG. 03/04
Z1 = aceitação do serviço com até 5% defeituoso ( p1 = 0,05)  Z1 = 1,64;
Z2 = rejeição de um serviço com no mínimo 30% defeituoso (p 2 = 0,30)  Z2 = 0,63
para drenagem e no mínimo 25% defeituoso (p 2 = 0,25)  Z2 = 0,67 para os
demais serviços
.
2
 K2   Z  Z 
n  1   x   (tamanho da amostra)
 2   Z1 - Z 2 

4 TABELAS DO PLANO DE INSPEÇÃO

4.1 – Serviços e obras de drenagem

n 5 6. 7 8 9 10 11 12 13 15
k 1,32 1,26 1,15 1,14 1,05 1,03 0,99 0,97 0,95 0,92
 0,30 0,25 0,16 0,15 0,08 0,06 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k = coeficiente multiplicador;  = risco do executante

4.2 Demais serviços: terraplenagem, pavimentação (sem placas de concreto),


obras complementares, sinalização e proteção do corpo estradal.

n 5 6 7 8 9 10 12 13 14 15 16 17 19 21
k 1,55 1,41 1,36 1,31 1,25 1,21 1,16 1,13 1,11 1,10 1,08 1,06 1,04 1,01
 0,45 0,35 0,30 0,25 0,19 0,15 0,10 0,08 0,06 0,05 0,04 0,03 0,02 0,01
n = n° de amostras; k = coeficie multiplicador;  = risco do executante

5 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO/REJEIÇÃO

5.1 – Para o valor mínimo

 Se X - Ks  valor mínimo admitido: rejeita-se o serviço;

238
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CONTROLE ESTATÍSTICO DE OBRAS


E SERVIÇOS SOP-ES-CE 01/19
PAG. 04/04
 Se X - Ks  valor mínimo admitido: aceita-se o serviço;

5.2 – Para o valor máximo

 Se X  Ks  valor máximo admitido: rejeita-se o serviço;

 Se X  Ks  valor máximo admitido: aceita-se o serviço;

5.3 – Para o valor admitido entre um valor mínimo e um valor máximo

 Se X - Ks  valor mínimo admitido ou X  Ks  valor máximo


admitido: rejeita-se o serviço;
 Se X - Ks  valor mínimo admitido e X  Ks  valor máximo
admitido: aceita-se o serviço.

Nota: por este controle estatístico, a tolerância a mais que


tradicionalmente se aceitava para o caso do suporte CBR,
devido aos 4 dias de embebeção do corpo de prova, deixou de
existir.

239
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CONTROLE ESTATÍSTICO DE O. A. ESPECIAIS


E PAVIMENTOS DE CONCRETO SOP-ES-CE 02/19
PAG. 01/03
1 DEFINIÇÃO

O controle estatístico de obras de arte especiais e pavimentos de


concreto obedece aos critérios da norma ABNT-NBR 8.953/2015, conforme foi
definido na especificação SOP-ES-CE 01/19 (Controle estatístico de obras e
serviços).

2 CONDIÇÕES GERAIS

O controle aqui referido é o controle estatístico dos resultados dos


ensaios de compressão de corpos de prova cilíndricos de concretos que tenham
uma determinada resistência à compressão estabelecida no projeto como mínima a
ser alcançada.

Os corpos de prova de uma amostra são coletados e moldados aos


pares no mesmo ato, e rompidos com a mesma idade, devendo-se considerar
apenas o resultado da amostra com o maior valor da resistência.

A maneira de se calcular o valor mínimo estatístico de uma população


com a mesma resistência à compressão característica de projeto é função do
número de amostras e também da condição de preparo do concreto no tocante à
precisão com que se mede o cimento, os agregados e a água de amassamento na
execução do traço de concreto. O método estabelece três condições, a saber:

 condição A – aplicável a todas as classes de concreto: cimento e


agregados medidos pelo peso e a água medida pelo peso ou
volume, corrigido em função da umidade determinada dos
agregados;

240
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SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

CONTROLE ESTATÍSTICO DE O. A. ESPECIAIS


E PAVIMENTOS DE CONCRETO SOP-ES-CE 02/19
PAG. 02/03
 condição B – aplicável às classes C10 à C20 (10MPa à 20 MPa):
cimento medido em peso, agregados medidos em volumes,
guardando de alguma forma no canteiro de obra uma correlação
com os pesos desses agregados, e a água medida em volume
corrigido pela umidade estimada dos agregados;

 condição C – aplicável apenas aos concretos de classe C10 e C15


(10MPa e 15MPa): cimento medido em peso, agregados medidos
em volume e água medida em volume corrigido pela umidade
estimada dos agregados.

3 FORMULÁRIO ESTATÍSTICO

3.1 – Número de amostras inferior a 20

As amostras f são numeradas em ordem crescente, da menor


resistência (f1) para a maior resistência (fm).

A resistência à compressão pode sofrer correções através do fator Y,


tabelado conforme o número de amostras da população e da condição de execução
do traço de concreto.

TABELA DE CORREÇÃO Y DA RESISTÊNCIA


CONDIÇÃO NÚMERO n DE AMOSTRAS / VALORES DE Y
DE REPARO 2 3 4 5 7 8 9 10 12 14 16
A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02
B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02

3.1.1 Até 5 amostras (f1 + f2 + ... fm)

fck. est. = Y . f1

241
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CONTROLE ESTATÍSTICO DE O. A. ESPECIAIS


E PAVIMENTOS DE CONCRETO SOP-ES-CE 02/19
PAG. 03/03
3.1.2 De 6 a 19 amostras (f1 + f2 + ... + fm)
m no máximo igual a 19
f1  f2  ...  f(m - 1)
fck . est.  2 x - fm
n/2 - 1

Quando o número de amostras for ímpar despreza-se a maior


resistência à compressão, passando-se a ter um número par de amostras.

Para concretos de fck superior à 50 MPa, o número mínimo de


amostras é 12 (doze)

O valor de fck. est. não pode ser inferior a Y. f1, sendo Y dado pela
tabela em função do número de amostras.

3.2 Número de amostras igual ou superior a 20

Fck. est. = f – 1,65 s

Sendo: = f resistência média das amostras;


s = desvio padrão

 (fi - f )2
s 
n - 1

4 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO/REJEIÇÃO

A resistência à compressão estatística mínima terá que ser igual ou


superior a resistência estabelecida no projeto. Tal fato não acontecendo o serviço
será rejeitado, devendo as peças de concreto serem demolidas e substituídas, todos
os ônus para o construtor.

242
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2 – ANEXOS

5
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ANEXO I – ESPECIFICAÇÕES DOS CIMENTOS ASFÁLTICOS DE PETRÓLEO


Tabela A2: Especificações dos Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) – classificação por
penetração. Resolução nº 19 de 11 de julho de 2005 da ANP – Regulamento técnico ANP nº
03/2005.

Tabela A1: Especificações dos Cimentos Asfálticos de Petróleo (CAP) –


classificação por viscosidade, Portaria N° 2, DNC/1993
CARACTERÍSTICAS UNID. VALORES MÉTODOS
CAP-7 CAP-20 CAP-40 ABNT ASTM
Viscosidade a 600C P 700 a 1500 2000 a 3000 4000 – 80000 MB-827 D 2171
Viscosidade Saybolt-Furol MB-517 D-102
A 1350C (*) s 100 mín. 120 mín. 170 mín. D 2170 e
D-2161
A 1770C (*) s 15 a 60 30 a 150 40 a 150
Efeito do calor e do ar
(EAC) a 1630C por 5 h
Variação em massa % 1,0 máx. 1,0 máx. 1,0 máx. MB-425 D 1754
Relação de viscosidade (**) 4,0 máx. 4,0 máx. 4,0 máx.
Ductilidade a 250C cm 50 mín. 20 mín. 10 mín. MB-167 D 113
Índice de Suscetibilidade térmica (***) (-1,5) a (1+) (-1,5) a (+1) (-1,5) a (+1)
Penetração normal 100g, 5s, 250C 0,1mm 90 mín. 50 mín. 30 mín. MB-107 D5
0
Ponto de Fulgor C 220 mín. 235 mín. 235 mín. MB-50 D 92
Solubilidade no tricloroetileno % massa 99,5 mín. 99,5 mín. 99,5 mín. MB-166 D 2042

6
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ANEXO I – ESPECIFICAÇÕES DOS CIMENTOS ASFÁLTICOS DE PETRÓLEO


Observações:
CAP – Classificação por penetração

CAP – Classificação por viscosidade

(*) Permitida sua determinação pelo Método ASTM D 2170 e sua posterior
pelo Método ASTM D 2161
VISC. a 600C (poise) depois EAC
(**) Relação Viscosidade =
VISC. a 600C (poise) antes EAC

(500)(LOG PEN) + (20) (+0C) - 1951


(***) Índice de Suscetibilidade =
120-(50) (LOG PEN) + t0C)
onde (t0C) = Ponto de amolecimento, MB-164 (ver tabela anexa)

Nota: O produto não deve produzir espuma quando aquecido a 1750C.

7
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ANEXO II – ESPECIFICAÇÕES DOS CIMENTOS ASFÁLTICOS DE PETRÓLEO


MODIFICADOS POR POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS

Tabela A2: Especificações dos cimentos asfálticos de petróleo modificados por


polímeros elastoméricos. Resolução nº 32 de 21 de setembro de 2010 da ANP –
Regulamento técnico ANP nº 04/2010.

8
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ANEXO III – ESPECIFICAÇÕES DOS CIMENTOS ASFÁLTICOS DE PETRÓLEO


MODIFICADOS POR BORRACHA MOÍDA DE PNEUS E ASFALTO DE
BAIXA PENETRAÇÃO

Tabela A3: Especificações dos cimentos asfálticos de petróleo modificados por


borracha moída de pneus, tipo terminal blend. Resolução nº 39 de 24 de dezembro
de 2008 da ANP – Regulamento técnico ANP nº 05/2008.

Tabela A4: Proposta IBP/ABNT de especificação do asfalto de baixa penetração

9
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ANEXO IV – ESPECIFICAÇÕES PARA ASFALTOS DILUÍDOS DE PETRÓLEO DE


CURA RÁPIDA (ADP – CR)

Tabela A5: Especificações para asfaltos diluídos de petróleo (ADPs) de cura rápida.
Resolução nº 30 de 9 de outubro de 2007 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº
02/2007

10
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ANEXO V – ESPECIFICAÇÕES PARA ASFALTOS DILUÍDOS DE PETRÓLEO DE


CURA MÉDIA (ADP – CM)

Tabela A6: Especificações para asfaltos diluídos de petróleo (ADP) de cura média.
Resolução nº 30 de 9 de outubro de 2007 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº
02/2007

11
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ANEXO VI – ESPECIFICAÇÕES DAS EMULSÕES ASFÁLTICAS PARA


PAVIMENTAÇÃO
Tabela A7: Especificações das emulsões asfálticas para pavimentação. Resolução nº 36
de 13 de novembro de 2012 da ANP – Regulamento Técnico ANP nº 06/2012

12
ANEXO
VI

ABNT P-EB 599 – EMULSÕES ASFÁLTICAS PARA LAMA ASFÁLTICA


TIPOS DE CM
CARACTERÍSTICAS MÉTODOS DE ANIÔNICAS CATIÔNICAS ESPECIAL
ENSAIOS
IBP/ABNT LA-1 LA-2 LA-1C LA-2C LA-E
Ensaios sobre a Emulsão
a) Viscosidade Saybolt-Furol a 250C, s, (máx) P-MB-581 100 100 100 100 100
b) Sedimentação, 5 dias, por diferença, % (máx) P-MB-722 5 5 5 5 5
0
c) Peneiração (retido na peneira n 200)(0,84mm), % P-MB-609 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1
PAVIMENTAÇÃO
ESPECIFICAÇÕES

(máx)
d) Mistura com cimento, % (máx) P-MB-469 2 - 2 - 2
e) Mistura com filler silício P-MB-795 1,2-2,0 1,2-2,0 1,2-2,0 1,2-2,0 1,2-2,0

13
DAS

f) Carga da partícula P-MB-563 Negativa Negativa Positiva Positiva -


g) Destilação P-MB-586
solvente destilado, % em volume sobre o total da 0 0 0 0 0
emulsão
Resíduo, % peso (mínimo) 58 58 58 58 58
Ensaio sobre o resíduo
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EMULSÕES

a) Penetração a 250C, 100g, 5s, 0,1mm MB-107 50-150 50-150 50-150 50-150 50-150
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

b) Teor de beltume, % peso (mínimo) P-MB-166 97 97 97 97 97


0
c) ductilidade a 25 C, 5cm/min, cm, (mín) P-MB-167 40 40 40 40 40
Nota: 1) As características de desgaste da mistura devem ser determinadas pelo Teste de Abrasão (WTAT) do DNER.
2) As emulsões LA-2 e LA-2C rompem no ensaio de mistura com cimento
ASFÁLTICAS
PARA
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ANEXO VII – ESPECIFICAÇÕES DAS EMULSÕES ASFÁLTICAS CATIÔNICAS


MODIFICADAS POR POLÍMEROS ELASTOMÉRICOS
Tabela A8: Especificações das emulsões asfálticas catiônicas modificadas por polímeros
elastoméricos. Resolução nº 36 de 13 de novembro de 2012 da ANP – Regulamento
Técnico ANP nº 06/2012

14
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ANEXO VIII – DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO ASFÁLTICO POR EVAPORAÇÃO


– MÉTODO EXPEDITO PARA CANTEIRO DE OBRAS

EMULSÕES ASFÁLTICAS
MÉTODO DE ENSAIO DO I B P

SUMÁRIO
1. Objetivo
2. Documentos Complementares
3. Definição
4. Aparelhagem
5. Execução de Ensaio
6. Resultados

1. OBJETIVO
Este método tem por objetivo determinar de maneira prática e simples a quantidade
de resíduo asfáltico em uma emulsão asfáltica.

É empregado para todas as emulsões asfálticas.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Na aplicação deste método é necessário consultar:

Resolução N° 36 de 13 de novembro de 2012 da ANP – Regulamento Técnico ANP


N° 06/2012
.

MÉTODO EXPEDITO PARA CANTEIRO DE OBRAS

3 – DEFINIÇÃO

A amostra é colocada em um bécher ou recipiente metálico e aquecida com agitação


contínua até a total evaporação de água e solvente (este quando contido).

15
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ANEXO VIII – DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO ASFÁLTICO POR EVAPORAÇÃO


– MÉTODO EXPEDITO PARA CANTEIRO DE OBRAS

4 – APARELHAGEM

a. Fonte de aquecimento (bico de Bunsen, fogareiro ou aquecedor elétrico).


b. Tela de arame com centro de amianto 16,0 x 16,0cm.
c. Bécher de 600ml em vidro pirex, ou panela de alumínio para  1.000ml com cabo
ou prato de alumínio.
d. Bastão de vidro ou metálico.
e. Balança com sensibilidade de 0,1g, e capacidade de 1.600g, no mínimo.
f. Peneira N0 20 (0,84mm) com aro de 76,2mm de diâmetro interno.

5 – EXECUÇÃO DO ENSAIO

5.1. Preparação da amostra

5.1.1. Coletar uma amostra representativa, agitar para homogeneização e passar


pela peneira n0 20 (0,84mm).

5.2. Procedimento do ensaio

5.2.1. Tratar o conjunto recipiente + bastão. Anotar o peso (A).

5.2.2. Pesar 100g da amostra. Anotar o peso (B).

5.2.3. Levar a amostra para o aquecimento sob agitação contínua evitando a


formação de bolhas e respingos.

Continuar agitando e aquecendo até o desaparecimento total das gotículas de água.

5.2.4. Deixar esfriar até a temperatura ambiente.

5.2.5. Pesar o conjunto com o resíduo asfáltico. Repetir a operação até obter peso
constante. Anotar o peso (C).

16
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ANEXO VIII – DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO ASFÁLTICO POR EVAPORAÇÃO


– MÉTODO EXPEDITO PARA CANTEIRO DE OBRAS

6 – RESULTADO

A porcentagem de resíduo asfáltico será determinada pelo cálculo abaixo:

% Resíduo = [(C – A)/B] x 100

17
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ANEXO IX – DETERMINAÇÃO EXPEDITA DA RESISTÊNCIA À ÁGUA


(ADESIVIDADE) SOBRE AGREGADOS GRAÚDOS

EMULSÃO ASFÁLTICA CATIÔNICA


MÉTODO DE ENSAIO DO I B P

SUMÁRIO

1. Objetivo
2. Documentos Complementares
3. Definição
4. Aparelhagem
5. Execução do Ensaio
6. Resultado

1. OBJETIVO

Esta Norma prescreve o método expedito para verificação da resistência à água


(adesividade) do asfalto residual, proveniente da ruptura das emulsões asfálticas
catiônicas aplicadas sobre agregados graúdos.

2. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

Resolução N° 36 de 13 de novembro de 2012 da ANP – Regulamento técnico ANP


N° 06/2012
NBR 5734/97- Peneiras de malhas quadradas com telas de tecido metálico –
Especificações

3. DEFINIÇÃO

Para os efeitos desta norma é adotada a definição 3.1.

18
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ANEXO IX – DETERMINAÇÃO EXPEDITA DA RESISTÊNCIA À ÁGUA


(ADESIVIDADE) SOBRE AGREGADOS GRAÚDOS
3.1. Resistência à água (adesividade) de asfalto residual proveniente da ruptura de
emulsões asfálticas catiônicas aplicadas sobre agregados graúdos.
É a propriedade do agregado ser aderido por material betuminoso, verificada pelo
não deslocamento da película betuminosa que o recobre, quando a mistura
agregado-asfalto residual, após a devida cura, é imersa em água em ebulição,
durante 3 minutos.

4. APARELHAGEM

A aparelhagem necessária ao ensaio é a seguinte:

a. Cesto cilíndrico constituído por tela metálica de malhas quadradas com abertura
de 4 a 5mm e diâmetro dos fios da ordem de 0,9 a 1,1mm, com cerca de 7,5cm de
diâmetro e 15cm de altura, provido de 3 pés, com comprimento cerca de 1cm. (ver
fig. 1).
b. Fogão ou outra fonte de calor.
c. Estufa capaz de manter a temperatura  (135  2)0C.
d. Balança com capacidade de 1kg, sensível a 0,1g.
e. Espátula de aço inoxidável, com l6amina de aproximadamente 20cm de
comprimento.
f. Cápsula de porcelana ou metálica, com cabo, com capacidade de 500ml.
g. Bécher de vidro, pirex, com capacidade de 600ml, graduado, com cerca de 12cm
de altura e 8,5cm de diâmetro.
h. Termômetro de 00C a 2000C, graduado em 10C.
i. Tela com centro de amianto com cerca de 25 x 25cm.
j. Placa de vidro de superfície lisa ou papel siliconado com aproximadamente 30 x
40cm.
k. Bandeja metálica com aproximadamente 30 x 40cm.

5. EXECUÇÃO DO ENSAIO

5.1. Preparo das Amostras

19
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ANEXO IX – DETERMINAÇÃO EXPEDITA DA RESISTÊNCIA À ÁGUA


(ADESIVIDADE) SOBRE AGREGADOS GRAÚDOS
5.1.1. A amostra de agregado a ser utilizada no ensaio é obtida do material que
passa na peneira de 19mm e fica retida na de 12,5mm.

A seguir a amostra deve ser levada e colocada na cápsula de porcelana, contendo


água potável, durante 1 minuto.

Logo após, drenar a água, colocar os agregados na bandeja e levá-la à estufa a


1200C por 2 horas.

5.1.2. A emulsão asfáltica catiônica utilizada no ensaio será a temperatura ambiente.


Quando esta estiver abaixo de 250C será aquecida até atingir a referida temperatura.

5.2. Operação do Ensaio

As operações para realização do ensaio variam em função do tipo de emulsão


asfáltica catiônica empregada.

5.2.1. Emulsão Asfáltica Catiônica de Ruptura Rápida

5.2.1.1. Pesar, na cápsula de porcelana, (300  1) g da amostra previamente


preparada. Umedecer os agregados e transferí-los para o cesto cilíndrico.

5.2.1.2. Colocar cerca de 400ml de emulsão asfáltica no bécher.

5.2.1.3. Imergir o cesto com agregados, no bécher contendo a emulsão, por um


tempo tal que ocorra a formação de uma película contínua de emulsão em torno do
agregado.

5.2.1.4. Retirar o cesto do bécher.

5.2.1.5. Colocar os agregados recobertos com asfalto sobre a placa de vidro ou


papel siliconado, deixando-os repousar por cerca de 1 hora, para que ocorra a
ruptura. A ruptura é notada pela mudança da coloração de marrom para preto.

20
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ANEXO IX – DETERMINAÇÃO EXPEDITA DA RESISTÊNCIA À ÁGUA


(ADESIVIDADE) SOBRE AGREGADOS GRAÚDOS

5.2.1.6. Transferir os agregados para a bandeja metálica e levá-los à estufa a (135 


2)0C durante 2 horas, para que a ruptura e cura se completem.

5.2.1.7. Retirar a amostra da estufa, transferí-la para o cesto cilíndrico e aguardar


que atinja a temperatura ambiente.

5.2.1.8. Colocar 400ml de água potável no bécher de 600ml e aquecê-la até a


ebulição.

5.2.1.9. Imergir o cesto com os agregados, no bécher, contendo água em ebulição.

Caso a colocação do cesto cause a queda da temperatura da água, elevar a


temperatura até o ponto de ebulição da água, mantendo o cesto com os agregados
por 3 minutos imersos na água em ebulição.

5.2.1.10. Após os 3 minutos, retirar o cesto, contendo os agregados, lavá-los


imediatamente em água corrente e espalhá-los sobre a placa de vidro ou papel
siliconado.

5.2.1.11. Proceder a análise visual dos agregados e estimar a porcentagem de área


que se manteve recoberta com asfalto.

5.2.2. Emulsão Asfáltica Catiônica de Ruptura Média e Lenta

5.2.2.1. Pesar, na cápsula de porcelana (300  1) g da amostra previamente


preparada.

5.2.2.2. Umedecer os agregados.

5.2.2.3. Verter sobre os agregados (25  1) g de emulsão asfáltica, revolver


continuamente os agregados até que ocorra recobrimento de toda a sua superfície.

21
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ANEXO IX – DETERMINAÇÃO EXPEDITA DA RESISTÊNCIA À ÁGUA


(ADESIVIDADE) SOBRE AGREGADOS GRAÚDOS
5.2.2.4. Aguardar que ocorra a completa ruptura da emulsão asfáltica. A ruptura é
notada pela mudança da coloração de marrom para preto. Deixar a amostra
repousar durante 1 hora, a temperatura ambiente.

5.2.2.5. Transferir os agregados para a bandeja metálica e levá-los à estufa a (135 


2)0C durante 3 horas, para que a ruptura e a cura se completem.

5.2.2.6. Retirar a amostra da estufa, transferi-la para o cesto cilíndrico e aguardar


que atinja a temperatura ambiente.

5.2.2.7. Colocar 400ml de água potável no bécher de 600ml e aquecê-la até a


ebulição.

5.2.2.8. Imergir o cesto com os agregados, no bécher, contendo água em ebulição.

Caso a colocação do cesto cause a queda da temperatura da água, elevar a


temperatura até o ponto de ebulição da água, mantendo o cesto com os agregados
por 3 minutos imersos na água em ebulição.

5.2.2.9. Após os 3 minutos, retirar o cesto, contendo os agregados lavá-los


imediatamente em água corrente e espalhá-los sobre a placa de vidro ou papel
siliconado.

5.2.2.10. Proceder a análise visual dos agregados e estimar a porcentagem de área


que se manteve recoberta com asfalto.

6. RESULTADO

O resultado é expresso como sendo a porcentagem da área, estimada visualmente,


dos agregados que se mantiverem recobertos com asfalto após o ensaio.

22
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ANEXO IX – DETERMINAÇÃO EXPEDITA DA RESISTÊNCIA À ÁGUA


(ADESIVIDADE) SOBRE AGREGADOS GRAÚDOS

23
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ANEXO X – CÁLCULO DA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DE UM AGREGADO


FÓRMULA DE VOGT (ADAPTADA DA 1ª FÓRMULA DE DURIEZ)
A superfície específica  pode ser obtida em função da granulometria pela
conhecida fórmula de Duriez (1a Fórmula):
100  = 0,17G + 0,33g + 2,30S + 12s + 135F ( = 2,65g/cm3)
onde G – fração retida entre as peneiras 20 e 10mm
g – fração retida entre as peneiras 10 e 5mm
S – fração retida entre as peneiras 5 e 0,315mm
s – fração retida entre as peneiras 0,315 e 0,080mm
F* – fração retida entre as peneiras 0,080 e 0,005mm
* considera-se no cálculo F como a % passando na  n0 200 (0,074mm).
No Brasil, tem-se usado uma adaptação dessa fórmula para peneiras
correspondentes a nossas especificações, conhecida como fórmula de Vogt:
100  = 0,07P4 + 0,14P3 + 0,33P2 + 0,81P1 + 2,7S3 + 9,15S2 + 21,9S1 + 135F
(m2/kg)
onde:
P4 – fração entre as peneiras 50 – 25mm (2” – 1”)
P3 – fração entre as peneiras 25 e 12,5mm (1” – 1/2")
P2 – fração entre as peneiras 12,5 – 4,76mm (1/2” – n04)
P1 – fração entre as peneiras 4,76 – 2,00mm (n0 4 – n0 10)
S3 – fração entre as peneiras 2,00 – 0,42mm (n0 10 – n0 40)
S2 – fração entre as peneiras 0,42 – 0,177mm (n0 40 – n0 80)
S1 – fração entre as peneiras 0,177 – 0,074mm (n0 80 – n0 200)
F – fração passando na peneira 0,074mm (n0 200)

Observe-se que as fórmulas acima foram estabelecidas para uma densidade real da
partícula d = 2,65 ( = 2,65g/cm3).

A fórmula de Vogt pode ser obtida do Quadro A (d = 2,65).

Caso a densidade real seja diferente de 2,65 multiplica-se o resultado encontrado


pelo fator corretivo do Quadro B.

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ANEXO X – CÁLCULO DA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DE UM AGREGADO


FÓRMULA DE VOGT (ADAPTADA DA 1ª FÓRMULA DE DURIEZ)

QUADRO A
CÁLCULO DA SUPERFÍCIE ESPECÍFICA  (m2 / kg) (d = 2,65)
% P4 P3 P2 P1 S3 S2 S1 F
RETIDA 25-50mm 12,5-25mm 4,76-12,5mm 2-4,76mm 0,42-2mm 0,177-0,42mm 0,074-0,177mm  0,074mm
1 – 2” 1/2” - 1” N0 4 – 1/2" N0 10 – N0 4 N0 40 – N0 10 N0 80 – N0 200 N0 200 – N0 80  N0 200

10 0,7 1,4 3,3 8,1 27,0 91,5 219 1.350


20 1,4 2,8 6,6 16,2 54,0 183,0 438 2.700
30 2,1 4,2 9,9 24,3 81,0 274,5 657 4.050
40 2,8 5,6 13,2 32,4 108,0 366,0 876 5.400
50 3,5 7,0 16,5 40,5 135,0 457,5 1.095 6.750
60 4,2 8,4 19,8 48,6 162,0 549,0 1.314 8.100
70 4,9 9,8 22,1 56,7 189,0 640,5 1.533 9.450
80 5,6 11,2 26,4 64,8 216,0 732,0 1.752 10.800
90 6,3 12,6 29,7 72,9 243,0 823,5 1.971 12.150
100 7,0 14,0 33,0 81,0 270,0 915,0 2.190 13.500
Somando-se as superfícies parciais das diferentes frações P4 + P3 + P2 + P1 + S3 +
S2 + S1 + F obtém-se 100. O resultado é dividido por 100.
QUADRO B
FATORES CORRETIVOS DE  EM FUNÇÃO DA DENSIDADE
DENSIDADE FATORES CORRETIVOS
2,35 1,13
2,45 1,08
2,55 1,02
2,65 1,00
2,75 0,97
2,85 0,93
2,95 0,90
Exemplo Numérico
Calcular a superfície específica  do seguinte agregado
(d = 2,65) pelo Quadro acima:
PENEIRA % PASS. P - S - F QUADRO A
1 1/2" 100
1” 90 P4 = 10 0,7
3/4" 82 - -
1/2" 72 P3 = 18 (10 + 80/10) 1,4 + 11,2/10 = 2,5
N0 4 50 P2 = (20 + 20/10) 6,6 + 6,6/10 = 7,3
N0 10 49 P1 = 1 = (10/10) 8,1/10 = 0,8
N0 40 29 S3 = 20 54,0
N0 80 3 S2 = 26 = (20 + 60/10) 183 + 549/10 = 237,9
N0 200 1 S1 = 2 = (20/10) 438/10 = 43,8
F = (10/10) 1.350/10 = 135
100  482,0
 (m2 / kg) 4,8

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ANEXO XI – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE APARENTE DE MISTURA


BETUMINOSA DNER-ME 117/94
RESUMO

Este documento, que é uma norma técnica, fixa o procedimento a ser adotado na
determinação da densidade aparente em corpos de prova preparados em laboratório
ou obtidos na pista. Prescreve a aparelhagem e os materiais requeridos e
estabelece a condição para obtenção dos resultados.

SUMÁRIO
0 - OBJETIVO
1 - DEFINIÇÃO
2 - APARELHAGEM
3 - MATERIAIS
4 - ENSAIO
5 - RESULTADOS

0 - OBJETIVO

Esta Norma fixa o modo pelo qual se determina a densidade aparente de mistura
betuminosa em corpos de prova moldados em laboratório ou obtidos na pista.

1 - DEFINIÇÃO

Para os fins desta Norma é adotada a seguinte definição:


1.1 – Densidade aparente de uma mistura betuminosa
Relação entre o peso da mistura ao ar e a diferença entre o peso ao ar e o peso da
mistura em suspensão na água.

2 - APARELHAGEM

2.1 – Balança com capacidade mínima de 5000g, sensível a 01g e permitindo


pesagem hidrostática.

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ANEXO XI – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE APARENTE DE MISTURA


BETUMINOSA DNER-ME 117/94
2.2 – Recipiente cilíndrico para imersão de corpo de prova, com dimensões mínimas
de 30cm de diâmetro e 40cm de altura.
2.3 – Bico de Bunsen ou outra fonte de calor.

3 – MATERIAIS

3.1 – Parafina fluidificada por aquecimento, para aplicação a pincel.


3.2 – Fita adesiva
3.3 – Trincha ou pincel.
3.4 – Cápsula de porcelana ou metálica (fluidificação da parafina)

4 – ENSAIO

4.1 – No caso de corpo de prova com percentagem de vazios até 7% as operações


são as seguintes:
a)pesar o corpo de prova ao ar, obtendo o valor Par;
b) pesar o corpo de prova imerso em água (pesagem hidrostática) à temperatura
ambiente, obtendo o valor Pi;
4.2 – No caso de corpo de prova com percentagem de vazios de 7% a 10% as
operações são as seguintes:
a) pesar o corpo de prova ao ar, obtendo o valor Par;
b) aplicar parafina fluidificada ao corpo de prova, com um pincel, envolvendo-o com
uma camada impermeável;
c) pesar o corpo de prova parafinado ao ar, obtendo o valor Pp;
d) pesar o corpo de prova parafinado imerso em água, à temperatura ambiente,
obtendo o valor Ppi;
4.3 – No caso de corpo de prova com percentagem de vazios superior a 10%,
proceder do modo seguinte:
a) pesar o corpo de prova ao ar, obtendo o valor Par;
b) envolver totalmente o corpo de prova com fita adesiva;
c) pesar o corpo de prova com fita adesiva ao ar, obtendo o valor P 1;
d) determinar, por diferença, o peso da fita adesiva que envolve o corpo de prova,
obtendo o valor P2;

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ANEXO XI – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE APARENTE DE MISTURA


BETUMINOSA DNER-ME 117/94
e) aplicar parafina fluidificada ao corpo de prova com fita adesiva, envolvendo-o
com uma camada impermeável;
f) pesar o corpo de prova com fita adesiva e parafina ao ar, obtendo o valor P 3;
g) pesar o corpo de prova com fita adesiva e parafinado imerso em água, à
temperatura ambiente, o valor P4;
h) determinar a densidade da fita adesiva, obtendo o valor df;

Nota – Utilizar o frasco Le Chetelier e querosene como líquido de imersão. Para as


fitas adesivas comuns pode-se tomar 0,97 como valor da densidade.

5 – RESULTADOS

5.1 – No caso de corpo de prova com até 7% de vazios (ver 4.1), a densidade
aparente deve ser calculada pela fórmula:

Par
d=
Par - Pi

5.2 – No caso de corpo de prova com 7% a 10% de vazios (ver 4.2) a densidade
aparente, deve ser calculada pela fórmula:

Par
d=
Pp - Par
Pp – Ppi -
dp

5.3 – No caso de corpo de prova com mais de 10% de vazios (ver 4.3), a densidade
aparente, deve ser calculada pela fórmula:

Par
d=
P 3 – P4 - P2 - P3 – P1
df dp

5.4 – Nas fórmulas acima, os valores são:


d = densidade aparente do corpo de prova
Par = peso do corpo de prova, determinado ao ar, em N (ou gf)

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ANEXO XI – DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE APARENTE DE MISTURA


BETUMINOSA DNER-ME 117/94
Pi = peso do corpo de prova imerso em água, em N (ou gf)
Pp = peso do corpo de prova recoberto com parafina, ao ar, em N (ou gf)
Ppi = peso do corpo de prova recoberto com parafina, imerso em água em N (ou gf)
dp = densidade aparente da parafina empregada ( 0,89)
P1 = peso do corpo de prova com fita adesiva, em N (ou gf)
P2 = peso do corpo de prova com fita adesiva e recoberto com parafina, ao ar em N
(ou gf)
P4 = peso do corpo de prova com fita adesiva e recoberto com parafina, imerso em
água, em N (ou gf)
df = densidade aparente da fita adesiva ( 0,97)

5.5 – A densidade aparente do corpo de prova é calculada com aproximação de


centésimo.

5.6 – Os resultados devem corresponder a 2 ou mais corpos de prova da mesma


mistura.

5.7 – Resultados obtidos de dois ou mais corpos de prova da mesma mistura, que
diferirem de mais do que 0,02, devem ser descartados.

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ANEXO XII – ENSAIO MARSHALL PARA MISTURA BETUMINOSA A FRIO COM


EMULSÃO ASFÁLTICA
MÉTODO DE ENSAIO
DNER-ME 107/94

1 – OBJETIVO

Este método fixa o modo pelo qual se determina a estabilidade e a fluência de


mistura betuminosa usinada a frio, com emulsão asfáltica, utilizando o equipamento
Marshall. Este método é usado em mistura contendo emulsão asfáltica catiônica e
agregado cujo diâmetro máximo seja menor ou igual a 38,1mm (1 1/2").

2 – APARELHAGEM

A aparelhagem necessária é a seguinte:


a) prensa capaz de aplicar cargas até 4.000kgf, com erro inferior a 2,5kgf, mecânica
ou manual, com êmbolo movimentando-se a uma velocidade de 50mm por
minuto;
b) medidor de fluência, podendo ter divisões de 1/100” ou 1/32”, ou extensômetro
mecânico sensível a 0,01mm;
c) repartidores de amostras de 25mm e de 38mm de abertura;
d) estufa capaz de manter temperatura entre 400C e 1000C;
e) balança com capacidade de cerca de 5kg, sensível a 0,1g, capaz de permitir
pesagem hidrostática;
f) molde de compactação de aço, constituído de anéis superior e inferior e uma
placa base. A placa base e o anel superior devem encaixar-se perfeitamente nas
extremidades do anel inferior;
g) peneiras de 50,8mm, 38,1mm, 25,4mm, 19,1mm, 12,7mm, 9,5mm, 4,8mm e de
2,0mm, inclusive tampa e fundo, de acordo com a especificação “Peneiras de
malhas quadradas, para análise granulométrica de solos” - ABNT-EB-22R;
h) colher de metal, com capacidade de 30 a 50ml. Cabo com cerca de 250mm;
i) aparelhagem para mistura, preferencialmente mecânica, que produza uma ação
homogênea de mistura, e que a retirada da mistura seja simples, sem perda de
material. Em caso de mistura manual, devem ser utilizadas recipientes em aço

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ANEXO XII – ENSAIO MARSHALL PARA MISTURA BETUMINOSA A FRIO COM


EMULSÃO ASFÁLTICA
estampado, em forma de calota esférica, fundo chato e munido de duas alças
laterais com capacidade de cerca de 5 litros;
j) recipiente em aço estampado, cilíndrico, munido de alça lateral e bico vertedor.
Capacidade de cerca de meio litro;
l) espátula de aço, com ponta arrendondada, com lâmina de 200mm de
comprimento e 30,0mm de largura;
m) base de compactação. Deverá ser instalada em nível perfeitamente estável, livre
de vibração ou trepidação;
n) soquete de compactação de aço, com 4.540g de peso e uma altura de queda
livre de 457,2mm. A face de compactação do pé do soquete é plana e circular;
Nota: o soquete de compactação deve possuir um “protetor de dedo”.
o) Extrator de corpo de prova;
p) Paquímetro com precisão de 0,1mm;
q) Molde de compressão, de aço;
r) Relógio de alarme para intervalos de tempo até 60 minutos, com precisão de 1
minuto;
s) Pinça de aço inoxidável ou de alumínio, para colocar e retirar os corpos de prova
da estufa;
t) Parafina, fita adesiva, pincel e papel de filtro de diâmetro de 101,6mm.

3 – CONFECÇÃO DE CORPO DE PROVA

a) preparar no mínimo três (03) corpos de prova para cada dosagem. Conhecidas
as porcentagens, em peso, em que os materiais serão misturadas, calcula-se a
quantidade de cada um deles para um corpo de prova pesando cerca de 1.200g,
com altura de 63,5mm  1,3mm;
b) secar os agregados até peso constante em estufa a 105 – 1100C e separá-los nas
seguintes frações:
I – 38,1 a 25,4mm
II – 25,4 a 19,1mm
III – 19,1 a 9,5mm
IV – 9,5 a 4,8mm
V – 4,8 a 2,0mm

31
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ANEXO XII – ENSAIO MARSHALL PARA MISTURA BETUMINOSA A FRIO COM


EMULSÃO ASFÁLTICA
VI – passando na peneira n0 200
c) a viscosidade da emulsão asfáltica no início da mistura deverá estar
compreendida entre 105mm2/s (cSt) e 300mm2/s (cSt) (75 e 150 sSF),
preferencialmente entre 105mm2/s (cSt) e 190mm2/s (cSt) (75 e 95 sSF).
d) Pesar os agregados para um corpo de prova de cada vez, em recipientes
separados, nas quantidades de cada fração obtida na alínea b. Misturar os
agregados e abrir uma cratera para receber o ligante que deve ser aí pesado.
Efetuar a mistura rapidamente até completa cobertura dos agregados,
preferencialmente através de mistura mecânica. Caso necessário, os agregados
poderão ser levemente umedecidos, para propiciar um melhor recobrimento pela
emulsão asfáltica;
e) após execução das misturas com os vários teores de emulsão, deixar curar a
temperatura ambiente de 4 horas a 6 horas, após o que, será iniciada a
compactação. No caso da adoção de emulsão de ruptura lenta o período de cura
será no máxio de 60 minutor.
f) a base do soquete e o molde de compactação devem estar limpos. Colocar o
molde em posição no suporte de compactação e introduzir nele uma folha de
papel de filtro. Colocar no molde a mistura de uma só vez. Acomodar a mistura
com 15 golpes vigorosos de espátula ao redor do molde e 10 no centro da
massa. Nestas condições molda-se o corpo, aplicando com o soquete
determinado número de golpes. Inverter o anel inferior, forçar com o soquete a
mistura até atingir a placa base e aplicar o mesmo número de golpes. O número
de golpes deverá ser 50 (cinquenta) ou 75 (setenta e cinco) de cada lado do
corpo de prova e deverá constar do relatório do ensaio;
g) após a compactação, os corpos de prova com o molde serão colocados em
estufas a 600C por 24 horas. Retira-se da estufa e deixa-se esfriar à temperatura
ambiente por cerca de 2 horas, no mínimo;
h) extrair o corpo de prova do molde, colocando-o sobre uma superfície limpa, lisa e
plana, tomando-se o cuidado no manuseio para evitar fratura ou deformação. A
altura do corpo de prova deverá ser de 63,5mm  1,3mm, medida com o
paquímetro em 04 posições diametralmente oposta. Anota-se como altura o valor
da média aritmética das quatro leituras;

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ANEXO XII – ENSAIO MARSHALL PARA MISTURA BETUMINOSA A FRIO COM


EMULSÃO ASFÁLTICA
i) pesar os corpos de prova ao ar e adotar a sistemática para determinação da
densidade aparente conforme o caso indicado no Método DNER-ME 77/80.

4 – ESTABILIDADE E FLUÊNCIA

Os corpos de prova serão colocados em estufa a 40 0C pelo período de 2 horas. No


caso III do Método DNER-ME 77/80 os corpos de prova deverão ser desparafinados
previamente.

Em seguida, é colocado no molde de compressão, que deverá estar


convenientemente limpo e com os pinos-guia lubrificados.

O molde de compressão, contendo o corpo de prova será levado à prensa e o


medidor de fluência ou extensômetro colocado na posição de ensaio. O espaço de
tempo entre retirar o corpo de prova da estufa e o seu rompimento não deverá
exceder a 30 segundos.

A prensa será operada de tal modo que seu êmbolo se eleve com uma velocidade
50mm por minuto, até o rompimento do corpo de prova, o que é observado no
deflectômetro do anel dinamométrico da prensa, pela indicação de um valor máximo.
A leitura desse máximo será anotada e convertida em kgf, pelo gráfico de calibração
do anel dinamométrico.

A carga, em kgf, necessária para produzir o rompimento do corpo de prova será


anotada como “Estabilidade Lida”. Este valor deverá ser corrigido para a espessura
do corpo de prova ensaiado, multiplicando-se por um fator que é função da
espessura do corpo de prova, conforme a tabela anexa.

O resultado assim obtido é o valor da Estabilidade Marshall.

O valor da fluência será obtido simultaneamente ao da estabilidade. Durante a


aplicação da carga, no caso de utilização do medidor de fluência, a luva-guia do
medidor será fixada, com a mão, contra o topo do segmento superior do molde de
compressão, diretamente sobre um dos pinos-guia. A pressão da mão sobre a luva
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ANEXO XII – ENSAIO MARSHALL PARA MISTURA BETUMINOSA A FRIO COM


EMULSÃO ASFÁLTICA
do medidor será relaxada, no momento em que se der o rompimento do corpo de
prova.

O valor da fluência será lido e anotado.

TABELA
TABELA PARA CORREÇÃO DA ESTABILIDADE, EM FUNÇÃO
DA ESPESSURA DO CORPO DE PROVA
ESPESSURA FATOR ESPESSURA FATOR ESPESSURA FATOR
mm mm mm
50,8 1,46 56,3 1,22 64,3 0,98
51,0 1,45 56,6 1,21 64,7 0,97
51,2 1,44 56,8 1,20 65,1 0,96
51,6 1,43 57,1 1,19 65,6 0,95
51,8 1,42 57,4 1,18 66,1 0,94
52,0 1,41 57,7 1,17 66,7 0,93
52,2 1,40 58,1 1,16 67,1 0,92
52,4 1,39 58,4 1,15 67,5 0,91
52,6 1,38 58,7 1,14 67,9 0,90
52,9 1,37 59,0 1,13 68,3 0,89
53,1 1,36 59,3 1,12 68,8 0,88
53,3 1,35 59,7 1,11 69,3 0,87
53,5 1,34 60,0 1,10 69,8 0,86
53,8 1,33 60,3 1,09 70,3 0,85
54,0 1,32 60,6 1,08 70,8 0,84
54,2 1,31 60,9 1,07 71,4 0,83
54,5 1,30 61,1 1,06 72,2 0,82
54,7 1,29 61,4 1,05 73,0 0,81
54,9 1,28 61,9 1,04 73,5 0,80
55,1 1,27 62,3 1,03 74,0 0,79
55,4 1,26 62,7 1,02 74,6 0,78
55,6 1,25 63,1 1,01 75,4 0,77
55,8 1,24 63,5 1,00 76,2 0,76
56,1 1,23 63,9 0,99

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ANEXO XIII – EXEMPLO NUMÉRICO DE DOSAGEM MARSHALL PARA PMF


DENSO (De apostilas de Aula do Prof. Humberto Santana)

ESQUEMA DE UM CORPO DE PROVA MASSA ESPECÍFICA REAL ()

AR Vv - VOLUME DE VAZIOS

Vs -VOLUME DE ASFALTO (s )


ASFALTO MB + VB = B
Vt - VOLUME TOTAL
Vt
Vs
AGREGADO VAG - VOLUME DE AGREGADO (AG)
Mt - MASSA TOTAL (incluindo o filler)
MAG + VAG =  AG

Mt – MASSA TOTAL = MB + MAG

LABORATÓRIO

A – Retido na  n0 10 -------------------------------------------------------------------A %
AGREGADO B – Passando na  n0 10 e retido na  n0 200 --------------------------------------B %
(fracionado)
C – Passando na  n0 200 --------------------------------------------------------------C %
100 %
A (CALCULADO)
MASSA ESPECÍFICA
B M. E. R. Média A ( A %)  B ( B%)  C ( C%) (1)
REAL DAS FRAÇÕES M 
do Agregado 100
C
M. E. R. do Asfalto - b Mt – balança
Vt – balança hidrostática
MISTURA ASFÁLTICA (CALCULADO)

Mt
MASSA ESPECÍFICA APARENTE - d  (3)
Vt
(DADO OU DETERMINADO)
MB
% DE ASFALTO, EM PESO/MISTURA - '  %b  x100
Mt

CALCULADO %VB = %b x d
% VOLUME DE ASFALTO - ρb (5)

MASSA ESPECÍFICA - 100


D  (2)
MÁXIMA TEÓRICA %b (100  %b )

b M
D d
PORCENTAGEM DE VAZIOS - %Vv x100 (4)
D

PORCENTAGEM DE VAZIOS NO AGREGADO MINERAL - %VAM = Vv + %VB (6)


% VB
% RELAÇÃO ASFALTO (Betume)/VAZIOS - %RBV  x100 (7)
%VAM

35
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ANEXO XIII – EXEMPLO NUMÉRICO DE DOSAGEM MARSHALL PARA PMF


DENSO (De apostilas de Aula do Prof. Humberto Santana)

Teor de Asfalto Residual - p = k ()0,2 (s/agregado)


 = 3,4m2/kg (Quadro A) k = 3,7 (3,2 – 4,2)
p = 3,7(3,4)0,2 = 3,7 x 1,3 = 4,8%/agregado (CAP residual)

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ANEXO XIII – EXEMPLO NUMÉRICO DE DOSAGEM MARSHALL PARA PMF


DENSO (De apostilas de Aula do Prof. Humberto Santana)

4,8 4,6%
p’ = x 100 = 4,6%/mistura  P’EA = = 7,4% (RM-1C)
104,8 0,62
Prepara-se então 5 misturas com teores de (hm = 2,5%):
5,0 – 6,0 – 7,0 – 8,0 - 9,0% em peso (sobre a mistura) de RM-1C, ou seja,
correspondente a:
5,0 x 0,62 = 3,1% - 3,7% - 4,3% - 5,0% - 5,6% de CAP residual.
(EA)% 5 6 7 8 9
(%b)% 3,1 3,7 4,3 5,0 5,6
(Agregado)% 96,9 96,3 95,7 95,0 94,4
(Mistura)% 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
D(g/cm³)(2)* 2,50 2,48 2,45 2,43 2,41
* D – massa específica máxima teórica – fórmula (1)(2)
Para cada uma das 5 misturas prepara-se 3 cps Marshall para a execução do ensaio
de acordo com o ME-DNER 107/80 , tirando-se a média dos 3 resultados (ou de 2
se o terceiro for discrepante; se os 3 forem, molda-se novo conjunto de 3 cps).
Detalha-se, a seguir a obtenção dos resultados referentes a um cp, seguindo-se aqui
o DNER-ME 117/87 (Vv  10%): parafina-se o cp diretamente, sem fita adesiva.
Cp: %b = 4,3% - D = 2,45g/cm³
Mt = 1.034,0g; Mtp = 1.055g; peso da parafina = 21,5g;
Volume da parafina (p = 0,8g/cm³)  Vpa = 21,5/0,86 = 25,0cm3
M(tp)i = 554,0g (imerso – balança hidrostática)

1.055g – 554,0g
Vtp = = 501,5cm3 (parafinado)
1g/cm3
Vt = Vtp – Vpa = 501,5 – 25,0 = 476,5cm3

M
d = Vt =
1.034,0
= 2,17g/cm3 – mas.esp. aparente – fórmula (3)
t
476,5
D–d 2,45 – 2,17
% Vv = x 100 = x 100 = 11,4% - porcentagem de
D 2,45
vazios – fórmula (4)

Através das fórmulas (5), (6) e (7) da figura inicial, determina-se:

%b 4,3
% VB = b xd= b x 2,24 = 9,4% - % volume de asfalto

% VAM = % Vv + VB = 11,4 + 9,4 = 20,8 - % de vazios de agregado mineral

% VB 9,4
% RBV = x 100 = x 100 = 45,2% - (relação betume vazios)
% VAM 20,8

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ANEXO XIII – EXEMPLO NUMÉRICO DE DOSAGEM MARSHALL PARA PMF


DENSO (De apostilas de Aula do Prof. Humberto Santana)
Rompendo-se o cp na prensa Marshall a 400C, encontrou-se (h = 6,1cm  fator de
correção 1,06)
Estabilidade (400C) = 447kgf
Fluência (400C) = 8 (0,01”)
Supõe-se, por facilidade de exposição, que os valores encontrados para esse corpo
de prova representem a média aritmética dos 3 cps ensaiados (praticamente igual no
ensaio realmente executado).

Os valores médios (dos 3 cps) de cada uma das outras misturas estão apresentados
abaixo juntamente com 7,0% de RM-1C.
(EA)% 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0
(%b) 3,1 3,7 4,3 5,0 5,6
3
D(g/cm ) 2,50 2,48 2,45 2,43 2,41
d(g/cm3) 2,14 2,16 2,17 2,19 2,12
(% Vv) 14,4 12,9 11,4 9,9 12,0
(%VB) 6,5 7,8 9,4 10,7 11,6
(% VAM) 20,9 20,7 20,8 20,6 23,6
(% RBV) 31,1 37,7 45,8 51,9 49,1
E(400C) – kgf 320 382 447 380 275
F(0,01”) 5,5 5,5 5,5 6,0 9,0

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ANEXO XIII – EXEMPLO NUMÉRICO DE DOSAGEM MARSHALL PARA PMF


DENSO (De apostilas de Aula do Prof. Humberto Santana)

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ANEXO XIII – EXEMPLO NUMÉRICO DE DOSAGEM MARSHALL PARA PMF


DENSO (De apostilas de Aula do Prof. Humberto Santana)
Traçou-se as curvas referentes aos 5 teores de EAC (apresentadas na Fig. Anterior)
observando-se os resultados, optou-se pelo teor de RM-1C de 8,0%.

Observe-se que o teor ótimo de RM-1C está entre 7,0 e 8,0%, tendo-se optado por
este último por se ter um pouco mais de CAP – maior durabilidade, um máximo de
densidade, um mínimo de vazios e uma boa estabilidade – E(400C) = 380kgf 
300kgf (75 golpes).
Tem-se, com 8,0% de RM-1C
Faixa X – LA = 35%  50%; Lam. = 19%  20%; EA = 56%  55%
E (400C – 75 golpes) = 380kgf  300kgf
f (0,01’) = 6,0 (5 – 18)
% Vv = 9,9 (9 – 15)
% VAM = 20,6 (min 14  Dmax = 3/4")
% RBV = 51,9 (40 – 70)
d = 2,19g/cm3 (não especificado)

Note-se que a curva % Vv x % de Emulsão passa por um mínimo, diferentemente da


curva % Vv x % de Asfalto do Anexo XI. Isto ocorre devido ao excesso de água da
compactação [(hm + hEA)  hot], ou seja, há insuficiência de cura no DNER-ME
107/94.

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ANEXO XIV – EXEMPLO NUMÉRICO DE CRITÉRIO MARSHALL PARA


MISTURAS A QUENTE (De Apostilas de Aula do Prof.
Humberto Santana)
Um Projeto de Pavimentação especificou para uma determinada Mistura Asfáltica a
Quente, no caso um “Sheet – Asphalt” (“Lençol Asfáltico”) – que um Concreto
Asfáltico com somente agregado miúdo e filler – usado em vias urbanas de tráfego
muito pesado – não constante dessas Especificações:
Emin (75 golpes,600C) = 500kgf – f = (2,0 a 4,5mm) - % Vv (2 a 6%) – RBV (75 a
82%) – (VAM)min = 18%

Pela 2a Fórmula de Duriez determinou-se o teor aproximado de CAP (em relação


ao peso do agregado) p = 8,2%, ou seja –
100p
= p’ = 7,6% (em relação ao peso da Mistura)
100 + p

Ensaiando-se no Laboratório Corpos de Prova com p’ de 5,0 a 9,0%, obteve-se o


Quadro abaixo que originou as 6 Curvas da página seguinte.
CAP* d D Vv V.A.M. R.B.V. E f
(%) (g/cm3) (g/cm3) (%) (%) (%) Kgf mm
5,0 2,13 2,46 13,4 24,1 44,4 350 1,5
6,0 2,21 2,42 8,7 22,0 60,5 500 2,5
7,0 2,27 2,39 4,9 20,8 76,4 650 3,0
8,0 2,28 2,36 3,4 21,6 84,3 520 4,0
9,0 2,27 2,32 2,1 22,5 90,7 300 4,5

O chamado Critério Marshall estabelece que p’ final é a média aritmética dos


seguintes teores correspondentes a:
1 – máxima estabilidade – Emax – 650kgf – 7,0%
2 – máxima densidade aparente – dmax = 2,28kgf/cm3 – 8,2%
3 – média dos limites de fluência (3,3mm) – 7,3%
4 – média dos limites de % Vv (4,0%) – 7,5%
5 – média dos limites de RBV (79%) – 7,3%
MÉDIA ARITMÉTICA: p’ = 7,5% que satisfaz ao especificado, inclusive a %(VAM)
(7,5%) = 21,2  18%.

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ANEXO XIV – EXEMPLO NUMÉRICO DE CRITÉRIO MARSHALL PARA


MISTURAS A QUENTE (De Apostilas de Aula do Prof.
Humberto Santana)

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ANEXO XV – ENSAIO DE DESGASTE POR AB RASÃO PARA LAMAS


ASFÁLTICAS (“THE WET TRACK ABRASION TEST” – WTAT)
Ensaio adaptado e não normatizado pelo DNER (40 D.R.F.).
Foi criado nos EE.UU. pelos tecnologistas Paulo E. MaCoy e L.D. Coyne

I. OBJETIVO

Este ensaio simula e fornece elementos para se avaliar em laboratório, o desgaste


provocado pelo atrito de uma borracha padronizada em corpos de prova de Lama
Asfáltica, submetidos a condições adversas, de umidade, de maneira semelhante
ao desgaste provocado pelos pneus dos veículos, na superfície da pavimentação
das vias.

II. APARELHAGEM

A aparelhagem que utilizamos é a seguinte:


a) balança com capacidade de 5.000g sensível a 1,0g;
b) colher de metal, com 50ml de capacidade, cabo com cerca de 30cm;
c) recipiente em aço estampado, em forma de calota esférica, fundo chato e
munido de duas alças laterais, capacidade de cerca de 5 litros;
d) molde de aço, redondo de 33,0cm de diâmetro externo e com abertura de
24,9cm de diâmetro interno e 0,6cm de espessura;
e) discos de feltro asfáltico de 15 lbs, superpostas e colados até uma espessura
de 0,5cm, com diâmetro de 28,6cm;
f) rodo manual com lâmina de borracha neoprene de 30,4 a 35,5cm de
comprimento;
g) estufa capaz de manter a temperatura de 600C;
h) misturador marca Blakeslee fabricado por G.S. Blakeslee, Chicago;
i) cabeça de abrasão, um dispositivo em aço, possuindo na parte superior uma
manga de acoplamento adaptável ao eixo do misturador. No interior da manga
de acoplamento um eixo com ranhura permite o movimento para cima e para
baixo de 1,2cm e é solidário a um disco que permite fixar por meio de dois
parafusos de 3/8” de diâmetro e separados de 10,1cm de centro a centro, uma
peça metálica em forma de meia canaleta envolvida por uma mangueira de
borracha Dunlop de 3/4" de diâmetro interno, 1/4 de espessura e 12,7cm de

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ANEXO XV – ENSAIO DE DESGASTE POR AB RASÃO PARA LAMAS


ASFÁLTICAS (“THE WET TRACK ABRASION TEST” – WTAT)
comprimento (mangueira para ferramentas pneumáticas tipo BC). O peso total
do conjunto é de 5 lbs;
j) recipiente de metal de fundo chato com 1/8” de espessura, 33cm de diâmetro
aproximadamente e parede lateral circular, vertical com 5cm de altura, tendo
quatro parafusos equidistantes de 5/6” de diâmetro, fixo, servindo para prender
por meio de quatro sapatas de 3,5cm de comprimento, apertados por meio de
borboletas, corpos de prova de 28,5cm de diâmetro ao fundo do recipiente;
l) bloco de madeira para sustentar a plataforma do misturador na mesma posição
durante o ensaio.

III. PREPARAÇÃO DOS AGREGADOS MINERAIS

Os agregados minerais, areia e pó de pedra, secos ao ar, são quarteados


separadamente e dos materiais que passam na peneira n 0 8, toma-se cerca de
1.l000g de cada.

A curva granulométrica indicará a percentagem de cada agregado na mistura.

IV. PROCEDIMENTOS

a) Coloca-se 1.000g da mistura de agregados no recipiente citado no item c,


mistura-se com a colher adicionando água até se observar a variação da cor do
agregado, de claro para escuro.
b) Adiciona-se o peso total de emulsão misturando com a colher até conseguir o
envolvimento de todo agregado.
c) A consistência da massa obtém-se por tentativa, usando-se quantidades
crescentes de água até obter uma massa que escoe livremente. Assim obtém-se
a quantidade de água a adicionar para a mistura.
d) Coloca-se o molde sobre o disco de feltro betuminoso e verte-se a mistura
completamente sobre o molde.
e) Passa-se o rodo com o mínimo de manipulação possível afastando o excesso de
material.

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ANEXO XV – ENSAIO DE DESGASTE POR AB RASÃO PARA LAMAS


ASFÁLTICAS (“THE WET TRACK ABRASION TEST” – WTAT)
f) O corpo de prova assim preparado deve ser colocado em estufa a 60 0C durante
48hs, ou até peso constante. Após este período retira-se o corpo de prova da
estufa e deixa-se esfriar até a temperatura ambiente, e pesa-se.
g) Depois de pesado o corpo de prova é imerso em banho de água a 25 0C durante
90 minutos no mínimo; terminado este período, o corpo de prova é colocado no
recipiente metálico e fixado pelas sapatas. Leva-se o recipiente com o corpo de
prova para a máquina, adaptando-se nos suportes horizontais da misturadora,
monta-se a cabeça de abrasão e se faz o acoplamento ao eixo da máquina.
h) Coloca-se água destilada a 250C no recipiente até cobrir a amostra com uma
lâmina de água de cerca de 0,6cm de altura.
Suspende-se a montagem até que o tubo de borracha da cabeça de abrasão
exerça uma pressão uniforme de 5 lbs. Sobre o corpo de prova. Encaixa-se o
bloco de sustentação de madeira para evitar que a montagem varie de posição.
i) Liga-se a máquina na velocidade mínima e deixa-se a borracha atritar o corpo de
prova durante 5 minutos – (144 rpm do eixo e 42,6 volts do planetário).
j) Terminado este período para-se a máquina, retira-se o bloco de sustentação,
baixa-se o recipiente e lava-se perfeitamente o corpo de prova a fim de afastar
todas as partículas soltas.
l) Retorna-se o corpo de prova a estufa a 600C até secagem completa cerca de
48hs e pesa-se.

V. VALOR DO DESGASTE

O valor do desgaste em gramas, é dado pela diferença de peso do corpo de prova


antes e depois do desgaste.

Com o tubo de borracha de 12,7cm, usando-se esta máquina misturadora, a área


efetivamente atritada é 0,447 pe2, para termos a área de um pe2 o fator é 2,24.

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ANEXO XVI – ENSAIO ACELERADO DE ADESIVIDADE COM AGREGADO


GRAÚDO E MIÚDO – ENSAIO EXPEDITO
1. OBJETIVO

Este Método Expedito, apresentado de modo resumido, fixa o modo pelo qual se
verifica a Adesividade do Agregado Graúdo com Cimento Asfáltico de Petróleo, e do
Agregado Miúdo com Cimento Asfáltico de Petróleo e com Emulsões Asfálticas
Catiônicas, de modo acelerado através de fervura em água.

2. AGREGADO GRAÚDO

2.1. Com Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)

Procede-se como no DNER-ME 78/94, com as seguintes modificações:

2..1. Usa-se uma amostra de 300g de Agregado (em vez de 500g) e 10,5g de CAP
(em vez de 17,5g);

2..2. Em lugar do frasco permanecer 72 horas em estufa a 400C, ele é colocado


dentro de um banho de uma solução glicerina ( 85% em volume) em água já
aquecido a 1100C – 1150C. Quando a água do frasco entrar em ebulição deixa-se
passar 3 minutos, após os quais se retira a amostra que é deixada esfriar e
examinada conforme o ME 78/94.

2..3. Se a adesividade for não satisfatória pode-se optar pela repetição do Ensaio
seguindo integralmente o DNER-ME 78/94, prevalecendo este último resultado.

Nota – Com Emulsão Asfáltica Catiônica (EAC) seguir o Método apresentado no


ANEXO VI.

46
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ANEXO XVI – ENSAIO ACELERADO DE ADESIVIDADE COM AGREGADO


GRAÚDO E MIÚDO – ENSAIO EXPEDITO
3. AGREGADO MIÚDO (Inclusive o Filler*)

3.1. Preparo da Amostra

 Compor uma amostra total de todo o Agregado passando na peneira n 0 10


(2,0mm), com as respectivas porcentagens de cada componente de acordo com
a Granulometria do Projeto, com um peso aproximado de 300g, e colocá-la na
estufa a 1200C por 3 horas.
 Após o resfriamento da amostra total, homogeneizá-la e retirar dela uma amostra
de 100g  1g.

3.2. Com Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP)

 Aquecer a amostra do Agregado (100  1g) a 1000C e misturá-la com (p  1)


gramas do CAP (sem e/ou com dope) aquecido a 120 0C, sendo p = 7(5 + 1,3f)0,2
onde f é porcentagem passando na peneira n0 200 (0,074mm).
 Após o esfriamento da mistura asfáltica assim preparada, colocá-la dentro de um
bécher com 150ml de água destilada, que por sua vez é colocado dentro de um
recipiente contendo um banho de uma solução de glicerina ( 85% em volume)
em água já aquecido a 1100C – 1150C. Quando a água do bécher entrar em
ebulição deixa-se passar 3 minutos, após os quais se retira a amostra que é
deixada esfriar e examinada conforme o DNER-ME 78/94.
 Se a adesividade for não satisfatória pode-se optar pela execução do Ensaio
DNER-ME 79/94 (Agregado – Adesividade a ligante betuminoso).

3.3. Com Emulsão Asfáltica Catiônica (Ruptura Média e Lenta)

 O preparo da amostra é como em 3.1.

 Na temperatura ambiente (se for menor aquecer a EAC a essa temperatura)


misturar a amostra (100  1g) com (p  1) gramas de Emulsão, sendo p = 7(5 +
1,3f)0,2 onde f é porcentagem passando na peneira n0 200 (0,074mm).

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ANEXO XVI – ENSAIO ACELERADO DE ADESIVIDADE COM AGREGADO


GRAÚDO E MIÚDO – ENSAIO EXPEDITO

 Aguardar que ocorra a completa ruptura da EAC, que é notada pela mudança da
coloração de marrom para preto. Deixar a amostra repousar durante 1 hora,
transferi-la para uma bandeja metálica e levá-la à estufa a (135  2)0C durante 3
horas, para que a ruptura e a cura se completem.

 Após o resfriamento da amostra, colocá-la dentro de um bécher com 150ml de


água destilada e proceder como no item 3.2.

 Se a adesividade for não satisfatória pode-se optar pela execução do Ensaio


DNER-ME 79/94 (que será considerada satisfatória se alcançar pelo menos o
número 1).

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ANEXO XVII – DETERMINAÇÃO DA FORMA DO AGREGADO GRAÚDO PELA


PERCENTAGEM DE GRÃOS DEFEITUOSOS
1 OBJETIVO

Este método tem por objetivo determinar de maneira prática e simples o


percentual de Grãos Defeituosos em uma Amostra de Agregados Graúdos.

2 APARELHAGEM

 Conjunto de Peneiras de Malha Quadrada da série ASTM entre 2” (50,8mm) e


a Nº 4 (4,8mm);
 Paquímetro com precisão de décimo de milímetro.

3 – DETERMINAÇÃO

3.1 - Toma-se 20 partículas do Agregado Graúdo com Tamanho entre o seu


Diâmetro Máximo (Dmax) e a metade do seu Diâmetro Máximo (Dmax ÷ 2).

3.2 – Mede-se com Paquímetro e anota-se de cada partícula a Maior Dimensão


(Comprimento – L) e a Menor Dimensão (Altura – g).

3.3 – Adota-se para todas as partículas a mesma Largura – e, com e = 3/4 x


Dmax.

3.4 - Para cada partícula: se L + 1,2 g > 6e, o Grão é Defeituoso.

4 – RESULTADO

O número de Grãos Defeituosos em percentual das 20 partículas da amostra é o


resultado.

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ANEXO XVIII – ROTEIRO PARA O PROJETO DE MISTURA ASFÁLTICA A FRIO


Do depósito da emulsão estocada retira-se uma amostra para os
ensaios de:
 Viscosidade Saybolt-Furol (sSF) (MB-581)
 Peneiração (MB-609)
 Carga da partícula (NBR-6577)
 % de CAP (“Ensaio de emulsão asfáltica – Determinação do
resíduo asfáltico por evaporação – Método expedito para canteiro
de obra” (cópia no anexo) - aprovado pela comissão de asfalto do
IBP

Traça-se a curva “viscosidade x temperatura (3 pontos: 250C – 500C –


800C)

De cada componente do agregado nos silos (inclusive o filer, se for o


caso) retira-se amostras para os ensaios de:

 Granulometria (DNER-ME 83) – estabelece-se a granulometria de


projeto obedecendo a faixa granulométrica indicada;
 Determina-se a massa específica real (ou densidade real) do
agregado graúdo (DNER-ME 81), do agregado miúdo (DNER-ME
84) e do filer (material passando na peneira N° 200) (DNER-ME 85)
e calcula-se a média ponderada, denominada densidade real do
agregado – Dreal, tornando-se como peso da ponderação as
percentagens de cada agregado e filer na mistura seca.
 Calcula-se a superfície específica () da mistura seca de agregado
+ filer pela fórmula de Vogt (cópia no anexo) e com base nela
calcula-se o teor de CAP residual aproximado (p1), sobre a mistura
seca, utilizando-se a 2ª fórmula de Duriez [p1 = K()0,2], com K
entre 3,2 e 4,2. De posse do teor de CAP residual p 1, calcula-se o
teor de emulsão (p2), sobre a mistura seca, com base no resultado
do ensaio de resíduo asfáltico (método expedito para canteiro de
obra).

50
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ANEXO XVIII – ROTEIRO PARA O PROJETO DE MISTURA ASFÁLTICA A FRIO


Em seguida calcula-se o teor de emulsão (p3) sobre o peso da mistura
total.
Realiza-se misturas experimentais com teores de emulsão entre (p3 
2)%, com tempo de mistura de 30 segundos se for mecânica e de 30 a 120
segundos se a mistura for manual, determinando-se visualmente a melhor condição
de envolvimento do ligante no agregado, a qual corresponde um teor de molhagem
(hm) de:
 0,5 a 2,0% para as faixas granulométricas A e B;
 2,0 a 5,0% para as faixas granulométricas C, D, E e F.

É importante, principalmente para as faixas A e B, levar-se em conta


também o teor de asfalto escorrido, ou teor de drenagem (TD), correspondente ao
teor de CAP residual perdido no manuseio e transporte do PMF, definido da seguinte
forma:
TD = (mb / ma) x 100
onde: mb = massa do CAP residual obtida ao secar-se a 110°C até
constância de peso o líquido escorrido de uma amostra da
mistura cuja massa de agregado é (ma), colocada durante 30
minutos sobre a peneira N° 20 (0,84mm)

O TD deve ser o menor possível e nunca ultrapassar a 0,5%.

A hot de compactação é geralmente considerada: hot = 0,6 (hm + hE)


sendo hE a umidade trazida pela água da emulsão.

Molda-se 5 corpos de prova (CP) Marshall a frio (DNER-ME 107) com


os seguintes teores de emulsão: (p3 – 2) %, (p3 – 1)%; p3%, (p3 + 1)% e p3 + 2)% e
prosseguindo com o Marshall traça-se as 4 curvas de: estabilidade x p3; vazios x p3;
massa específica aparente x p3 e fluência x p3 (este último só para as faixas E e F).
Coteja-se os resultados obtidos com o especificado no Item 2.4 da SOP-ES-P 16/19,
seleciona-se o teor ótimo de emulsão como o teor de projeto da mistura (p 3), em
relação ao peso total, lembrando-se que de um modo geral o tempo de vida útil de
uma massa asfáltica cresce com o teor de asfalto.

51
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ANEXO XIX – ROTEIRO PARA PROJETO DE MISTURA ASFÁLTICA TIPO


MACADAME A QUENTE E A FRIO

a) Mistura a frio (PMTM-F)

Do depósito da emulsão estocada retira-se uma amostra para os


ensaios de:

 Viscosidade Saybolt-Furol (sSF) (MB-581)


 Peneiração (MB-609)
 Carga da partícula (NBR-6577)
 % de CAP (“Ensaio de emulsão asfáltica – Determinação do
resíduo asfáltico por evaporação – Método expedito para canteiro
de obra” - aprovado pela comissão de asfalto do IBP).

Traça-se a curva “viscosidade x temperatura” (3 pontos: 250C – 500C –


800C)

De cada componente do agregado nos silos retira-se amostras para os


ensaios de:
 Granulometria (DNER-ME 83) – Determina-se a granulometria de projeto de
acordo com a faixa granulométrica indicada.
 Massa específica real (densidade) do – Agregado graúdo (DNER-ME 81) - Dreal.

Calcula-se a superfície específica () da mistura seca de agregados


pela fórmula de Vogt (cópia no anexo) e com base nela calcula-se o teor de CAP
residual aproximado (p1) pela 2ª fórmula de Duriez [p1 = K ()0,2], com K = 3,2. De
posse do teor de CAP residual p1, calcula-se o teor de emulsão (p2), sobre a mistura
seca, com base no resultado do ensaio de resíduo asfáltico (método expedito para
canteiro de obra). Em seguida calcula-se o teor de emulsão (p3) sobre o peso da
mistura total.

Realiza-se misturas experimentais com teores de emulsão entre (p 3 


2)%, com tempo de mistura de 30 segundos se for mecânica e de 30 a 120
segundos se for manual, determinando-se visualmente a melhor condição de

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ANEXO XIX – ROTEIRO PARA PROJETO DE MISTURA ASFÁLTICA TIPO


MACADAME A QUENTE E A FRIO
envolvimento do ligante no agregado, a qual corresponde um teor de molhagem
(hm) de 0,5 a 1,0%.

É importante, principalmente para as faixas A e B, levar-se em conta,


também, o teor de asfalto escorrido, ou teor de drenagem (TD), correspondente ao
teor de CAP residual perdido no manuseio e transporte do PMTM, definido da
seguinte forma:
TD = (mb / ma) x 100
onde: (mb) = massa do CAP residual obtida ao secar-se, a 110°C até
constância de peso, o líquido escorrido de uma amostra da
mistura cuja massa de agregado é (ma), colocada durante 30
minutos sobre a peneira N° 20 (0,84mm).

O TD deve ser o menor possível e nunca ultrapassar a 0,5%.

O teor de emulsão do intervalo (p3  2) % que melhor satisfaz,


simultaneamente, ao envolvimento e ao escoamento é o indicado para a mistura.

Tenta-se, então, se obter a massa específica aparente (ou densidade


aparente), que é uma operação melindrosa devido às pequenas dimensões do
molde Marshall e das fraturas provocadas no agregado pelo soquete Marshall para
se poder estimar a % de vazios (há quem preconize moldes de maiores dimensões e
vibração externa).

A mistura em laboratório deve ser feita com a emulsão RM-2C na


viscosidade entre 90 e 150 sSF (entre 40°C e 80°C), sendo satisfatório o
envolvimento e o escorrimento.

b) Mistura a quente (PMTM-Q)

Procede-se de forma semelhante à mistura a frio, produzindo-se no


laboratório corpo de prova para determinação da densidade aparente e se estimar a
% de vazios.

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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SUPERINTENDÊNCIA DE OBRAS PÚBLICAS

ANEXO XIX – ROTEIRO PARA PROJETO DE MISTURA ASFÁLTICA TIPO


MACADAME A QUENTE E A FRIO
O CAP para a mistura deverá estar com a viscosidade de 85  10 sSF
(145°C a 165°C).

Calcula-se a superfície específica da mistura seca de agregados, o teor


de CAP pela fórmula de Duriez, com K = 3,2. Realiza-se misturas experimentais no
intervalo do teor ótimo  2%, determinando-se visualmente a melhor condição de
envolvimento do ligante no agregado e tenta-se obter no molde Marshall (ou outro
de maior dimensão) a densidade aparente e a % de vazios.

O projeto da mistura asfáltica de execução deverá ser submetido à


aprovação pela fiscalização.

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