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Análise Da Gestão de Higiene e Segurança No Trabalho Na Indústria Petrolífera Estudo de Caso Petromoc, Sa

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__________

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE


Faculdade de Ciências Tecnológicas

ANÁLISE DA GESTÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO NA


INDÚSTRIA PETROLÍFERA: ESTUDO DE CASO: PETROMOC, SA

Candidata: Beneficio Vasco Monjane


Supervisor: MSc Gil Aníbal

MAPUTO, NOVEMBRO, 2023

1
2
__________
UNIVERSIDADE TÉCNICA DE MOÇAMBIQUE
Faculdade de Ciências Tecnológicas

ANÁLISE DA GESTÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO NA


INDÚSTRIA PETROLÍFERA: ESTUDO DE CASO: PETROMOC, SA

Monografia a ser apresentado em cumprimento parcial dos


requisitos exigidos para obtenção do grau de Licenciatura em
Ciências Tecnológicas com orientação em Engenharia e
Gestão de Recursos Petrolíferos na Universidade Técnica De
Moçambique.

Candidata: Beneficio Vasco Monjane


Supervisor: MSc Gil Aníbal

MAPUTO, NOVEMBRO, 2023

3
Indice

Lista de abreviatura.....................................................................................................................4

Índice de tabelas.........................................................................................................................4

Índice de figuras.........................................................................................................................5

Índice de gráficos........................................................................................................................5

Declaração de honra...................................................................................................................6

Dedicatória..................................................................................................................................7

Agradecimentos..........................................................................................................................8

Resumo.......................................................................................................................................9

Summary...................................................................................................................................10

Capitulo I: Introdução...............................................................................................................11

1.1.Delimitação da pesquisa.....................................................................................................12

1.2.Problematização..................................................................................................................14

1.3.Justificativa.........................................................................................................................15

1.4.Objectivos...........................................................................................................................16

1.4.1.Geral................................................................................................................................16

1.4.2.Específicos.......................................................................................................................16

1.5.Questões de pesquisa..........................................................................................................17

Capitulo II: Revisão Literária...................................................................................18

2.1.Conceitualização.................................................................................................18

2.2.Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho na Indústria de Petróleo..............19

2.3.Prospecção do Petróleo.......................................................................................20

2.3.1.Riscos na actividade Sísmica...........................................................................22

2.3.2.Instalação de Plataformas................................................................................22

2.3.3.Perfuração de Poço de Petróleo.......................................................................26

2.4.Normas de higiene e segurança no Trabalho aplicáveis na indústria petrolífera32

4
2.4.1 OHSAS 18001/NP 4397- Sistema de Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho
33

2.3.2 SEVESO - Decreto-Lei n.º 150/2015..............................................................35

2.3.3. ATEX.............................................................................................................37

2.4. Direito à Protecção, Segurança e Higiene no Trabalho.....................................38

2.5.Desafio de Higiene e Segurança no Trabalho para os trabalhadores na indústria


petrolífera 40

Capitulo III: Metodologia.........................................................................................41

3.1. Breve historial da PETROMOC, SA.................................................................41

3.2. População e Amostra ano..................................................................................45

3.2.1. População do Estudo......................................................................................45

3.2.2. Amostra..........................................................................................................46

3.3. Tipos de Estudo.................................................................................................47

3.4. Instrumentos de recolha de dados......................................................................47

3.5. Considerações Éticas.........................................................................................48

Capitulo IV: análise e interpretação dos resultados.................................................48

1. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho na PETROMOC.............48

2. Equipamento de Protecção...................................................................................51

4.1.Conclusão...........................................................................................................57

4.2.Recomendações:.................................................................................................58

Referência bibliográficas..........................................................................................59

Anexo.......................................................................................................................62

5
Lista de abreviatura

ATEX - ATmosphères EXplosibles

BLS - Basic Life Support

IDE - Investimento Estrangeiro Directo

INSS – Instituto Nacional de Segurança Social

MITESS - Ministério do Trabalho e Segurança Social

MIREME - Ministério dos Recursos Minerais e Energia

SGSST - Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

SST - Saúde e Segurança do Trabalho

SGQ - Sistemas de Gestão da Qualidade

OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Specification

OIT - Organização Internacional de Trabalho

PDC - Plan–Do–Check–Act

PETROMOC – Petróleo de moçambique

UE - União Europeia

% – Percentagem

Índice de tabelas

Tabela 1. Composição da amostra da pesquisa………………………..…………………..…31

6
Índice de figuras

Figura 1. Vista de satélite da localização da terminal de lingamo………………..………….11

Figura 2. Estrutura geral do ciclo PDCA………………………………...…………………..19

Figura 3 – ATEX………………………………………………………………...……….…..23

Figura 4 - Vaso separador…………………………………………………...……………….29

Figura 5 – Grau de enchimento…………………………………………………………...….29

Figura 6– Planta emergência da Petromoc…………………………………………………...36

Figura7: do lado esquerdo a imagem de EPI e do lado direito EPC……………………...….37

Figura 8: Procedimentos vigentes na Petromoc…………………………………………..….40

Figura 9: Sinalização de aviso……………………………………………………………......40

Figura 11: Procedimentos vigentes na Petromoc………………………………………...…..53

Figura 12: Sinalização de aviso…………………………………………………………..…..53

Figura 12. Protecção por Extintores em Líquidos Combustíveis e Inflamáveis………….54

Índice de gráficos

Gráfico 1. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho……………………….…35

Gráfico 2. Equipamentos de protecção dos funcionários………………………………...….38

Gráfico 3. Plano Estratégico de prevenção de Acidente de Trabalho aos funcionários……39

7
Declaração de honra

Eu, Beneficio Vasco Monjane, declaro por minha honra que esta monografia científica é fruto
da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e
todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto e na bibliografia final. E,
afirmo ainda que nunca foi apresentada em nenhuma instituição para obtenção de qualquer grau
académico.

Maputo, Novembro de 2023

__________________________________________

(Beneficio Vasco Monjane)

8
Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais Vasco


Monjane e Milição Vilanculo (em
memória) por me terem preparado para a
vida com determinação e honestidade.

9
Agradecimentos

Agradeço especialmente aos meus pais Vasco Monjane e Milição Vilanculo (em memória),
que se estivessem vivos estariam ao meu lado, a minha família, esposa e filhos que sempre
têm suportado e acompanhando a minha carreira académica e profissional.

Os meus agradecimentos especiais vão para Supervisor Msc Gil Aníbal pelo pela confiança,
prontidão, orientação, correcção e ensinamento ao longo da elaboração desta monografia.

À Direcção e a equipe técnica da empresa PETROMO, S.A pelo apoio prestado e a admirável
cooperação.

Agradeço a todos os amigos, docentes e colegas que contribuíram de forma directa e


indirectamente para o desenvolvimento deste trabalho de conclusão de curso, com sugestões e
palavras de incentivo.

10
Resumo

O presente trabalho teve como objectivo geral analisar a Gestão de Higiene e Segurança no Trabalho na
Indústria Petrolífera, para o alcance do mesmo apresentamos como objectivo específicos: Descrever os
instrumentos específicos que regulamentam e orientam Higiene, Segurança e Saúde no ambiente do
trabalho na indústria petrolífera; Verificar o funcionamento do quadro legal e sua aplicação na área
higiene e segurança no trabalho aplicáveis na PETROMOC; Analisar as formas de tratamento de casos de
doenças e acidentes de trabalho causados no decurso das actividades laborais na PETROMOC; Propor um
conjunto de critérios e itens do método de avaliação de sistemas de gestão de higiene e segurança no
trabalho na PETROMOC. O argumento principal da nossa pesquisa é sustentado Rossete (2014) ao firmar
que, o Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST) é uma ferramenta gerencial que
contribui para a melhoria do desempenho das empresas em relação às questões de segurança e saúde no
trabalho visando à redução de acidentes, contribuindo para a produtividade e competitividade da empresa.
Visto que, na indústria do petróleo, as actividades desenvolvidas são bem complexas e perigosas, uma vez
que, além dos acidentes normais que podem ocorrer nas indústrias, há também acidentes ampliados,
causados por materiais tóxicos, explosivos e inflamáveis, tendo como resultado, múltiplas consequências
aos trabalhadores, às comunidades vizinhas, às indústrias e ao meio ambiente. A pesquisa foi feita de uma
abordagem qualitativa, pois trata-se de um estudo de caso, o método de abordagem é dedutivo e as
técnicas de recolhas de dados foram entrevista e questionários. Através do presente trabalho conclui-se
que, Como estratégias de formação, divulgação, implementação e controlo dos trabalhadores em matérias
de HST utilizado em Moçambique no sector petrolífero, os inquiridos sugerem que as empresas devem ter
um plano de formação com base nas necessidades detectadas pelo próprio responsável da área de
formação e superação técnica, por forma a permitir seleccionar as acções de formação mais adequadas, e
deve preparar no inicio do ano, um repertório de formação, que é um catálogo de todas as acções de
formação e superação técnica programadas para esse ano e ministradas por entidades que sejam
consideradas idónea, onde, para além do titulo da acção de formação figuram: os seus objectivos, data,
duração e o local da realização. Ademais, as empresas devem facultar que todos os funcionários
participem na formação em matéria de higiene e segurança no trabalho e que as mesmas elaborassem um
plano de formação juntamente com horário em que os funcionários estão a trabalhar, isto para os
funcionários que estão de folga possam participar da formação.

Palavras – chave: Industria Petrolífera, Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho e


qualidade de vida do trabalhador.

11
Summary

The general objective of this work was to analyze the Management of Hygiene and Safety at Work in the
Oil Industry, to achieve this we present the following specific objectives: Describe the specific
instruments that regulate and guide Hygiene, Safety and Health in the work environment in the oil
industry ;Verify the functioning of the legal framework and its application in the area of occupational
health and safety applicable at PETROMOC; Analyze the ways of treating cases of illnesses and
accidents at work caused in the course of work activities at PETROMOC; Propose a set of criteria and
items for the evaluation method of occupational health and safety management systems at PETROMOC.
The main argument of our research is supported by Rossete (2014) when stating that the Occupational
Health and Safety Management System (SGSST) is a management tool that contributes to improving
companies' performance in relation to health and safety issues. at work, aiming to reduce accidents,
contributing to the company's productivity and competitiveness. Since, in the oil industry, the activities
carried out are very complex and dangerous, since, in addition to the normal accidents that can occur in
the industries, there are also extended accidents, caused by toxic, explosive and flammable materials,
resulting in multiple consequences for workers, neighboring communities, industries and the
environment. The research was carried out using a qualitative approach, as it is a case study, the approach
method is deductive and the data collection techniques were interviews and questionnaires. Through this
work it is concluded that, as strategies for training, dissemination, implementation and control of workers
in HST matters used in Mozambique in the oil sector, respondents suggest that companies should have a
training plan based on the needs detected by the responsible for the training and technical improvement
area, in order to allow the selection of the most appropriate training actions, and must prepare at the
beginning of the year, a training repertoire, which is a catalog of all the training and technical
improvement actions planned for that year and taught by entities that are considered reputable, which, in
addition to the title of the training action, includes: its objectives, date, duration and location.
Furthermore, companies must allow all employees to participate in training in matters of hygiene and
safety at work and for them to draw up a training plan together with the schedule in which employees are
working, so that employees who are off work can participate in the training.

Keywords: Petroleum Industry, Occupational Health and Safety Management System and worker’s
quality of life.

12
Capitulo I: Introdução

Nos últimos quinze anos Moçambique tem registado um desenvolvimento considerável. Um dos
grandes contribuintes desta mudança é a descoberta de vários recursos minerais. Pressupõe-se
que a indústria extractiva constitui uma força motriz para o Investimento Estrangeiro Directo
(IDE) e desenvolvimento da economia moçambicana. Porém, investimento neste sector está
sujeito a vários riscos, associados ao grau de cometimento da responsabilidade social das grandes
corporações multinacionais e o impacto negativo que podem criar sobre a vida das comunidades
locais, as condições de trabalho e o meio ambiente.

A indústria petrolífera está em destaque como um dos sectores mais propícios a acidentes fatais
dos últimos tempos, causando consequências catastróficas, atingindo tanto os trabalhadores desse
meio, como a comunidade ao redor, sem contar nos danos imediatos sofridos pelo meio ambiente
quando um acidente ocorre. Assim como a indústria de petróleo é algo sensível a grandes riscos
e impactos, por detrás disso tudo há um grande empenho e preocupação quanto à prevenção.

O presente trabalho é subordinado ao tema “Análise da Gestão de Higiene e Segurança no


Trabalho na Indústria Petrolífera: Estudo de Caso PETROMOC, período 2023”, constitui um
trabalho para obtenção do grau de Licenciatura Ciências Tecnológicas, Tecnológicas com
orientação em Engenharia e Gestão de Recursos Petrolíferos na Universidade Técnica de
Moçambique. Importa salientar que, em todos os sectores da indústria petrolífera, desde a
prospecção, exploração, produção e abastecimento, o risco de ocorrência de acidentes é grande.
Assim, ao decorrer deste trabalho serão destacados riscos, causas e consequências envolvidas nos
diversos departamentos deste meio, orientando sobre as melhores práticas e recomendações no
intuito de evitar tais infortúnios.

Rossete (2014, p. 2) ressalta que, a implantação de um Programa de Segurança e Saúde do


Trabalho contribui para a prevenção de acidentes e doenças relacionadas às actividades
desenvolvidas pelos trabalhadores, além de controlar a exposição aos riscos a que estão sujeitos
em seus ambientes profissionais

O Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SGSST) é uma ferramenta gerencial


que contribui para a melhoria do desempenho das empresas em relação às questões de segurança

13
e saúde no trabalho visando à redução de acidentes, contribuindo para a produtividade e
competitividade da empresa. Observa-se que é essencial um SGSST eficiente nas empresas para
controlar os riscos existentes. Em função do grau de risco elevado de uma indústria
petroquímica, é fundamental buscar o envolvimento e a participação de todos, principalmente da
alta gerência no processo de SGSST.

O trabalho estará estruturado em três partes, sendo, nomeadamente:

 O capítulo I, da introdução, apresenta e ou explica, contextualizando, a pertinência deste


estudo, bem como a sua problematização, a justificativa da escolha do tema, os objectivos
do estudo, e terminando com as questões de pesquisa;
 O capítulo II, da revisão da literatura, inicia com principais conceitos, seguidamente por
Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho na Indústria de Petróleo, a Prospecção do
Petróleo, Normas de higiene e segurança no Trabalho aplicáveis na indústria petrolífera,
até a descrição dos Desafios de Higiene e Segurança no Trabalho para os trabalhadores
na indústria petrolífera;
 O capítulo III, descreve de forma sucinta a metodologia que será utilizada para a
concretização da pesquisa, nomeadamente o tipo e o local do estudo, a população e a
amostra, bem como a respectiva técnica de amostragem e critérios de inclusão e de
exclusão, as técnicas e os instrumentos para a recolha dos dados, os procedimentos do
estudo, suas limitações até referências bibliográfica; e
 O capítulo IV, descreve de forma sucinta a análise e discussão dos resultados,
seguidamente da conclusão e recomendações

1.1.Delimitação da pesquisa

A pesquisa foi realizada na PETROMOC, concretamente na Terminal Oceânica de Lingamo na


cidade de Matola, província de Maputo. A PETROMOC tem 05 terminais oceânicas em todo o
Pais nomeadamente: terminal oceânica de Lingamo na Matola, Terminal oceânica da Beira,
Terminal oceânica de gás da Beira, Terminal oceânica de Nacala e Terminal oceânica de Pemba.
Salientar que todas as terminais possuem uma área de segurança.

14
A terminal de Lingamo possui 42 Tanques sendo operacionais 25, os 17 alguns em reparação e
outros obsoletos que estão a ser destruídos para darem lugar a novos projectos, importa referir
que destes tanques alguns continham alcatrão como sabeis em tempos se tinha uma refinaria
nesta terminal. Localização, limites e vias de acesso.

 Este: Área pantanosa e residências;


 Oeste: Cimentos de Moçambique;
 Sul: Baía de Maputo;
 Norte: Estrada Velha da Matola e armazéns.

Tem três vias de acesso que são:

 Acesso Rodoviário - A partir da Av. da União Africana (vulgarmente conhecida por


“Estrada Velha”);
 Acesso Marítimo - Através do prolongamento do Canal de Maputo;
 Acesso Ferroviário - A partir da Estação da Machava.

Figura 1. Vista de satélite da localização da terminal de lingamo adaptado pelo autor, 2023.

15
1.2.Problematização

O acidente de trabalho é um tema de preocupação para trabalhadores, governo e empresas, uma


vez que, em escalas e dimensões diferentes, prejudica os três atores aí envolvidos. Essa
preocupação nos conduz a um processo de reavaliação da gestão do trabalho, em especial no
campo da saúde e da segurança, pois apesar dos possíveis avanços, temos constatado situações
graves de precarização do trabalho, mesmo em alguns sectores económicos onde,
paradoxalmente, convive-se com um dispositivo técnico altamente sofisticado, como é o caso do
sector petrolífero, no qual destacamos as actividades de extracção e produção offshore.

Apesar dos esforços que vêm sendo feitos em Moçambique, a partir de campanhas de prevenção
de acidentes, da acção fiscalizadora dos órgãos governamentais, de comissões de estudo
tripartites (representantes do governo, empregados e empregadores) e de estudos académicos, a
incidência de acidentes do trabalho e doenças profissionais continua elevada. Nos Estados
Unidos, a taxa anual de fatalidades é de 4,0 mortes por 100.000 trabalhadores (BLS, 2006), no
Brasil ela é de 9,5 (INSS, 2006), enquanto que Moçambique registou entre 2015 e 2018, um total
de 2.044 acidentes de trabalho que resultaram em 42 mortes sendo que 26 trabalhadores ficaram
permanentemente incapacitados, 201 parcialmente e 1.775 temporariamente incapacitados para
trabalhar (INSS, 2018) e em 2021 registou 6.002 acidentes de trabalho causando 22 mortes. Os
sectores de construção civil, indústria transformadora e mineração são os que registam o maior
número de acidentes de trabalho, segundo o Ministério do Trabalho (Domingos Sambo,
Inspector-geral de Trabalho, 2021)1.

Em Moçambique não existe uma legislação específica sobre a Higiene e Segurança no Trabalho
no Sector Petrolífero, ou seja, existe uma legislação avulsa sobre esta matéria. Pois, existem leis
que asseguram a protecção no ambiente de trabalho e estabelecem o direito à assistência médica,
protecção, higiene, segurança e saúde no trabalho. Por exemplo a Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto
(Lei de trabalho), prevê a cobertura na área de segurança e saúde no ambiente do trabalho aos
trabalhadores de todos os sectores do país incluindo o sector privado (Cf art. 216 a 236 da Lei nº
23/2007) e havendo necessidade de actualizar o Regime Jurídico de Acidentes de Trabalho e
Doenças Profissionais, o Conselho de Ministros aprova o Regime Jurídico de Acidentes de

1
Jornal o País, 04/10/2022

16
Trabalho e Doenças Profissionais, Decreto nº 62/2013 de 04 de Dezembro. As Normas 2
Regulamentadoras utilizadas para regulamentar o trabalho na indústria petrolífera são as mesmas
aplicadas às áreas de Agricultura, Pecuária, Aquicultura e Silvicultura, Electricidade, Construção
Civil e Obras Públicas.

Corroborando com os autores acima mencionados e estágio realizado na PETROMOC no ano de


2023, em particular Terminal Oceânica de Lingamo na Matola, nota-se que os acidentes de
trabalho geram custos económicos, jurídicos e sociais que são demasiadamente altos para as
empresas, para os trabalhadores e suas famílias, para a Previdência Social, para o Instituto
Nacional de Segurança Social e para a sociedade como um todo. Diante deste cenário ficou em
mim a seguinte questão de pesquisa:

1. Que métodos estão a ser aplicados para gerir o grau de implementação dos sistemas de
gestão da Segurança, higiene e Saúde no trabalho na PETROMOC?
2. O que a empresa, trabalhadores e o governo fazem, dizem ou pensam sobre a Higiene e
Segurança no Trabalho e que estratégias desenvolvem para mitigar os riscos no contexto
da indústria de petróleo e gás?

1.3.Justificativa

Na indústria petrolífera trabalham com combustíveis inflamáveis, ainda não possui uma política
prevencionista no que tange ao gerenciamento de risco. Isso ocorre principalmente pela falta de
conscientização dos empregadores em relação aos riscos de incêndio e explosão envolvidos em
cada etapa do processo industrial. Do ponto de vista prevencionista da segurança do trabalho,
toda e qualquer actividade do trabalhador em uma empresa ou indústria de qualquer sector, tem
um risco específico envolvido. Na indústria de petróleo e gás, os principais riscos envolvidos são
os riscos de incêndio e de explosão que estão associados à exploração e produção de petróleo.

Este trabalho visa demonstrar a importância que deve ser dada às normas regulamentadoras de
trabalho, em particular sobre os acidentes de trabalho e doenças profissionais 3, bem como a

2
Estas normas têm por objetivo estabelecer os preceitos que devem ser observados na organização do ambiente de
trabalho, possibilitando que as atividades sejam desenvolvidas de forma segura e que o ambiente de trabalho seja
mantido de forma saudável.
3
O regime jurídico de acidentes de trabalho e doenças profissionais foi regido pelo Diploma Legislativo nº 1706, de
19 de Outubro de 1957, no período colonial. Depois da Independência Nacional, este e outros diplomas mostraram-

17
forma como as entidades de tutela se organizam para o cumprimento das leis e para os casos de
invalidez ou morte, pois o emprego destas normas unido ao desempenho responsável das
actividades pode reduzir os riscos à saúde do trabalhador da indústria petrolífera.
Adicionalmente, os resultados desta pesquisa proporcionarão novos conhecimentos sobre normas
de Higiene e Segurança no Trabalho e medidas de prevenção de acidentes do trabalho no sector
florestal, e as recomendações poderão ser usados como manual de prevenção de riscos,
formação, planificação e organização do trabalho na indústria petrolífera no país.

1.4.Objectivos

1.4.1.Geral

Analisar a Gestão de Higiene e Segurança no Trabalho na Indústria Petrolífera: estudo do caso


PETROMOC, período 2023

1.4.2.Específicos

1. Descrever os instrumentos específicos que regulamentam e orientam Higiene, Segurança


e Saúde no ambiente do trabalho na indústria petrolífera;
2. Verificar o funcionamento do quadro legal e sua aplicação na área higiene e segurança no
trabalho aplicáveis na PETROMOC;
3. Analisar as formas de tratamento de casos de doenças e acidentes de trabalho causados no
decurso das actividades laborais na PETROMOC;
4. Propor um conjunto de critérios e itens do método de avaliação de sistemas de gestão de
higiene e segurança no trabalho na PETROMOC.

1.5.Questões de pesquisa

1. Que estratégias de prevenção e protecção de risco à saúde dos trabalhares na indústria


petrolífera são adoptados pelo MITESS e o MIREME?

se desajustados da realidade devido às mudanças políticas e socioeconómicas em que o actual estágio do país se
encontra. Para o efeito, era necessário que o Estado moçambicano integrasse, na sua Constituição, matérias
relacionadas com o “Direito à Retribuição e Segurança no Emprego”. Assim, o ponto 2 do artigo 85 CRM
(2009:24) refere que “o trabalhador tem direito à protecção e segurança no trabalho”. A partir da Lei-mãe foi
criada a Lei do Trabalho (Lei nº 23/2007, de 1 de Agosto) em vigor, na perspectiva de garantir protecção razoável
do trabalhador.

18
2. Quais condições de higiene e segurança no trabalho a PETROMOC propicia aos
trabalhadores/funcionários para o decurso das suas actividades?
3. Como são tratados os casos de acidentes de trabalho e doenças profissionais na
PETROMOC?
4. Que estratégias de formação, divulgação, implementação e controlo dos trabalhadores em
matérias de HST utilizado em Moçambique no sector petrolífero?

19
Capitulo II: Revisão Literária

2.1.Conceitualização

Doenças Profissionais: Doenças profissionais são as que são causadas pelo exercício de trabalho
(EMPREENDEDOR, 2016).

Acidente de Trabalho: são eventos imprevisíveis ligado a componente social, o qual, quer a sua
ocorrência, quer os possíveis impactos são férteis objectos da análise sociológica porque ocorrem
em qualquer lugar geográfico ou contexto social e geram sempre múltiplas perturbações e
interpretações com relação às noções de perigo, risco, segurança e saúde. Com o efeito,
apresentam uma variante de continuidade dinâmica, em função ao avanço tecnológico que
implanta sobre o homem, novos horizontes no espaço de laboração industrial e serviços, (Areosa
& Dwyer, 2010:2).

Ribeiro (1999:40) na análise que faz, entende o acidente de trabalho como sendo uma
causalidade ou risco ao processo de trabalho em si, dada à manipulação de equipamentos e
materiais em determinado espaço que comprovadamente provoque danos à saúde ou morte ao
trabalhador. O autor traz uma definição que se operacionaliza entre a ideia de acidente de
trabalho e a noção de risco.

Trata-se de um princípio positivista segundo o qual todo o efeito tem causa, segundo a prática
hegemónica da coisa em que o risco é percebido como sendo de natureza material, ambiental
físico ou químico, e que faz parte do processo de produção, e, a nível tecnológico o mesmo tem o
carácter ocupacional, por essa razão, implica autoresponsabilidade de escolha profissional.

O risco é entendido como sendo algo socialmente localizado dos quadros cognitivos aplicáveis a
ameaça, por isso multi-perceptível, pois, é valorizado a partir de construções sociais dependendo
do interesse, perspectiva e visão do mundo de cada contexto específico (Granjo, 2009).

Por outras palavras, o risco se manifesta em perigo eminente num meio laboral é uma ameaça
directa à vida e a integridade física do próprio trabalhador inerente ao exercício de actividade
laboral (Diploma Legislativo, n°120/71). No sentido holístico, considera-se o risco como sendo
ausência de normas numa determinada sociedade ou grupo estruturado.
20
Ameaça: entende se por ameaça a qualquer factor passível de causar danos à integridade de
pessoas, seres ou coisas que a sua existência seja percepcionada, ainda que de forma vaga,
independentemente dos quadros cognitivos que sejam utilizados para classificar, (Granjo,
2006:1168).

Na abordagem da Organização Mundial da Saúde, a questão da tranquilidade dos indivíduos


passou a ser considerada no campo da saúde por se ter constatado que existem determinantes
diversos que podem ser resumido em “bem-estar” das populações sendo assim, situação
complexa pouco mais além do peloiro da saúde como órgão gestor ou de outras formas
regulamentais sobre a vida das pessoas, dai a necessidade de políticas públicas orientadas para o
efeito no caso vertente a empregabilidade sustentável.

Neste sentido, a definição da saúde é multifacetada na medida em que envolve factores políticos,
económicos sociais, culturais, ecológicos e biológicos, mas a nossa abordagem procura
evidenciar a saúde na perspectiva de bem-estar, por parecer o mais adequado no presente estudo,
higiene e segurança no trabalho, acidentes e doenças profissionais na industria petrolífera.

2.2.Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho na Indústria de Petróleo

As refinarias de petróleo possuem riscos de alta magnitude, entretanto, as demais instalações


como, por exemplo, o transporte, o armazenamento e as unidades de produção de petróleo,
possuem um risco um pouco menor. Entende-se que as refinarias sejam consideradas dessa
forma, pelo facto de que suas máquinas e equipamentos de processo operam com parâmetros
normalmente elevados, e estão presentes em grande escala e diversidade de modelos, havendo
também para essas unidades uma característica muito forte de processo.

De acordo com Peixoto (2010), podemos conceituar a segurança do trabalho como um conjunto
de medidas com a finalidade de minimizar os acidentes de trabalho, as doenças ocupacionais e
ainda, proteger a integridade e a capacidade de trabalho das pessoas envolvidas, ou seja, na visão
do autor, a segurança do trabalho seria a forma de garantir que o funcionário possa exercer suas
funções de forma segura, sem correr riscos físicos ou psicológicos ao mesmo.

De acordo com Neto (2013, p.145), a Segurança do Trabalho possibilita a realização de um


trabalho mais organizado. Isso leva não somente a evitar acidentes, mas, leva também ao

21
aumento da produção, pois, tornado o ambiente mais agradável os funcionários produzirão mais
e com melhor qualidade.

Na indústria do petróleo, as actividades desenvolvidas são bem complexas e perigosas, uma vez
que, além dos acidentes normais que podem ocorrer nas indústrias, há também acidentes
ampliados, causados por materiais tóxicos, explosivos e inflamáveis, tendo como resultado,
múltiplas consequências aos trabalhadores, às comunidades vizinhas, às indústrias e ao meio
ambiente (Souza e Freitas, 2002).

Na actualidade, muitas leis foram implementadas para que a saúde física e mental dos
trabalhadores seja resguardada, entretanto, em diversas empresas do sector petrolífero, ainda
ocorrem acidentes advindos de erro humano, sendo esse considerado a principal causa de
acidentes nessa área, quando considerados acidentes causados por procedimentos inadequados
por parte do trabalhador. Vale salientar que a maioria dos programas implementados nas
indústrias não assume esses dados.

2.3.Prospecção do Petróleo

A indústria do petróleo é de fundamental importância para o abastecimento de energia do mundo


todo, e neste processo a primeira etapa se trata da prospecção, um estudo detalhado do solo e do
subsolo feito por geólogos para determinar a probabilidade de existência ou não de petróleo.
Dentro desse processo se destaca a obtenção de dados sísmicos, através de um método geofísico
para o mapeamento da sub superfície terrestre, que consiste na geração artificial de energia em
direcção à crosta terrestre e na captação da reflexão desta energia nas diferentes camadas
geológicas (VILARDO, 2006).

Os métodos sísmicos fornecem dados para a melhor identificação das estruturas com maior
probabilidade de possuírem acúmulos de hidrocarbonetos fósseis. Essa actividade é dividida em
três fases: aquisição de dados (única realizada em campo), processamento e a interpretação. A
Figura 1 mostra uma representação simplificada de dados sísmicos.

22
Figura 2: Aquisição de dados sísmicos utilizando cabos flutuantes.

Fonte: Vilardo (2006, p. 25), adaptado pelo autor, 2023.

Os elementos básicos da aquisição sísmica são a fonte de energia e o sistema de registo. No caso
da actividade marítima, a fonte de energia mais empregada actualmente é o arranjo de canhões
de ar, equipamentos que geram a emissão de energia sonora, lançando ondas sísmicas de ar, que
se propagam nas rochas no fundo do mar e geram diversos reflexos, que são registados por
equipamentos semelhantes a um microfone, chamados de hidrofones, e ficam distribuídos ao
longo dos cabos (Vilardo, 2006).

Já nas actividades terrestres, a fonte de energia empregada é através de dinamite e vibrador,


equipamentos que geram uma corrente eléctrica induzida que é proporcional à amplitude da
onda, e seus receptores são chamados de geofones.

Consequentemente, as operações geofísicas têm sido objecto de grande polémica em todo o


mundo, devidos os impactos que causam no ambiente, e não são poucos os casos de
levantamentos interrompidos por ordem judicial.

23
2.3.1.Riscos na actividade Sísmica

Baseados nos dados de Sousa e Jerónimo (2014) destaca-se e classifica-se os riscos das
actividades sísmicas conforme abaixo, assim como também é possível conhecer as causar e
adoptar as recomendações para eliminar esses riscos que são:

Risco Físico: Ruído e vibrações, radiação não ionizante, pressões anormais.

 Causas: barulho e pressão intensa, ocasionados pelos canhões de ar e dinamites.


 Consequências: Surdez temporária ou permanente, aumento da pressão sanguínea,
contracções musculares, artrites, úlceras, fadiga excessiva, impotência sexual, stresse,
distúrbios psicológicos, ou até levar à morte por enfarto.
 Recomendações: Manutenção e conservação adequada dos equipamentos de protecção
individual, utilização de protector auditivo adequado para o grau de intensidade do ruído,
já no caso dos mergulhadores, não devem estar mergulhando próximo do local onde a
sísmica está sendo executada.

Risco acidental: colisão com outra embarcação, incêndio a bordo seguido de explosão e o
encalhe em operações em águas rasas.

 Causas: embarcações inadequadas, mau gerenciamento dos riscos de incêndio da


embarcação.
 Consequências: incêndio a bordo seguido de explosão, combustível lançado no ambiente
em caso de rompimento do casco e vazamento do tanque.
 Recomendações: utilizar embarcações modernas, equipadas com tecnologia avançadas de
navegação e posicionamento, gerenciamento adequado dos riscos de incêndio a bordo da
embarcação.

2.3.2.Instalação de Plataformas

Plataforma de Perfuração

24
As plataformas ou unidades de perfuração submarina são de três tipos: auto-elevatórias,
semissubmersíveis e navios sonda. Estes três tipos de unidades de perfuração têm, em comum,
além das utilidades (alojamentos, refeitório, geradores, laboratório, heliporto e outros) a sonda de
perfuração que fica no centro da plataforma.

A sonda, equipamento utilizado para perfurar poços, é composta por uma torre, que sustenta os
tubos de perfuração que conduzem a broca passam por uma mesa giratória, na base da torre e,
por rotação, vão atravessando as camadas do subsolo.

Por dentro dos tubos corre um produto, denominado lama de perfuração, que tem como funções,
servir como lubrificante da broca, agir como reboco das paredes do poço, manter a pressão da
perfuração evitando erupções e também funciona como veículo para trazer à superfície os
fragmentos da perfuração que são examinados em laboratório na própria sonda, fornecendo
informações importantes sobre as camadas atravessadas. A perfuração é um trabalho duro e
ininterrupto.

Plataforma de Produção

As plataformas de produção são as que efectivamente extraem o petróleo localizado no fundo do


mar, levando-o à superfície. Dependendo da profundidade em que se encontra o poço, podem ser
construídos dois tipos de plataforma de produção: as fixas e as flutuantes (chamadas de
semissubmersíveis). As fixas são instaladas em águas rasas (até 180 metros) e ficam ligadas ao
subsolo oceânico por uma espécie de grande pilar. Já as flutuantes possuem cascos como os de
um navio e servem para explorar poços que se localizam em lugares muito profundos.

O processo de produção é idêntico em terra e em alto mar. Após descoberto petróleo e perfurado
um poço, começa a fase de avaliação da descoberta, com objectivo de definir se é ou não um
reservatório com volumes comercialmente recuperáveis. Este processo envolve testes de
produção do poço descobridor, perfuração de novos poços de delimitação da jazida e análises de
informações geológicas e geofísicas da área.

Declarada a capacidade comercial do reservatório, é realizado o projecto de desenvolvimento da


produção que envolve a definição de quantas plataformas serão necessárias e quantos poços
precisam ser perfurados para drenar da melhor forma possível o petróleo e o gás descobertos.

25
Para produzir, cada poço precisa ser preparado. São introduzidos tubos de aço, revestidos com
cimento, cuja finalidade é evitar o desmoronamento das paredes e a entrada de materiais
indesejáveis. Através desta coluna, é descido um instrumento que se assemelha a um pequeno
canhão, que é detonado para abrir furos no tubo por onde serão escoados o petróleo e o gás,
empurrados pela pressão da jazida, até a superfície, onde estão instaladas as válvulas de
produção, conhecidas como árvores de natal (DOURADO, 2011).

Riscos na Instalação da Plataforma

Ao iniciar a instalação de um poço alguns riscos são assumidos tanto no transporte como na
montagem e estes riscos são inerentes ao processo, porém através de planeamento e mensuração
destes riscos as empresas petroleiras vêem buscando cada vez mais reduzir e evitar esses danos
que podem ser irreversíveis muitas vezes quando causados. De acordo com Sousa e Jerónimo
(2014) os riscos nas instalações de plataformas podem ser classificados em duas categorias,
riscos no transporte de carga e risco na montagem da plataforma e demais equipamentos.

Riscos no Transporte de Carga

Risco físico: Ruído intenso.


 Causas: Ruído natural de veículos de grande porte, má conservação dos mesmos, como
falta de lubrificação, manutenção e afins.
 Consequências: Dor de cabeça, irritabilidade, vertigens, cansaço excessivo, insónia,
zumbido na orelha.
 Recomendações: Manutenção adequada dos veículos, treinamento para utilização de
equipamentos de segurança como o protector auricular, fiscalização do uso dos mesmos.

Risco acidental: atropelamento.

 Causas: Imprudência dos motoristas, excesso de velocidade, falhas mecânicas,


desatenção dos pedestres.
 Consequências: Danos materiais, perdas de equipamentos, lesões físicas aos
trabalhadores, parada do processo.

26
 Recomendações: Sinalizar bem as vias, orientar tanto os motoristas quantos os demais
trabalhadores quanto à atenção durante todo o processo, inspecções regulares nos
veículos.

Riscos na Montagem da Plataforma e Demais Equipamentos

Risco físico: Ruído.


 Causas: Ruído causado pelas máquinas usadas no processo, pela má conservação, falta de
lubrificação, manutenção.
 Consequências: Dor de cabeça, irritabilidade, vertigens, cansaço excessivo, insónia, dor
no coração e zumbido na orelha.
 Recomendações: Manutenção e conservação adequada dos equipamentos do processo,
utilizar protector auricular.

Risco físico: Calor.


 Causas: Ambientes mal planejados, mal arejados, calor gerado pelas máquinas utilizadas
no processo, calor do próprio ambiente, etc.
 Consequências: Dor de cabeça, tonturas, mal-estar, fraqueza, insolação, desidratação.
 Recomendações: Melhor planeamento térmico do ambiente, uso de equipamentos que
amenizem os efeitos do calor, rodízio de funcionários.

Risco acidental: Queda de peças ou partes da estrutura.

 Causas: Displicência durante a montagem, falta de atenção, má qualificação do


profissional, não seguimento das normas de segurança.
 Consequências: Lesões físicas de variados graus, danos materiais, parada do processo,
vítimas fatais em casos mais extremos.
 Recomendações: Treinamento profissional de qualidade, aplicação e fiscalização das
normas de segurança, uso de equipamentos de segurança.

Risco ergonómico: análise ergonómica do trabalho.


 Causas: Ambiente inadequado, levantamento excessivo de peso, locomoção por locais de
difícil acesso, movimentos repetitivos.

27
 Consequências: Lesões de coluna e joelhos, tendinite lesão por esforço repetitivo, lesões
articulares diversas.
 Recomendações: Melhor planeamento do ambiente de trabalho, fiscalização do uso
adequado dos equipamentos de protecção, rodízio de funcionários.

2.3.3.Perfuração de Poço de Petróleo

A perfuração do poço só ocorre posterior a fases de prospecção e análises, mapeamento preciso


dos pontos de exploração e de campo a fim de se verificar a viabilidade da perfuração, em função
de prever e evitar possíveis acidentes naturais (rios, montanhas, matas de preservação ambiental)
ou não naturais (construções como pontes, edifícios, entre outros).

Só então, inicia-se a elaboração do projecto do poço, projecto este que poderá ser definido para
um poço vertical, quando o objectivo está exactamente na linha vertical do ponto escolhido na
superfície, ou direccional, quando o ponto na superfície deve ser deslocado do ponto ideal em
função de algum acidente natural ou não natural. Somente através da penetração efectiva da
formação pela broca de perfuração é que a presença de reservas recuperáveis de hidrocarbonetos
pode ser confirmada (BOHMER, s.d.).

Existem basicamente dois tipos de métodos de perfuração de poços, são eles: Método percussivo:
A perfuração é feita golpeando a rochas por uma broca pontiaguda de aço com movimentos
alternados ocasionando fracturação ou esmagamento. Periodicamente é preciso remover os
detritos cortados pela broca, o que é conseguido através da descida no poço de um tubo equipado
com uma alça na sua extremidade superior e uma válvula na inferior (caçamba). A válvula de
fundo é alternadamente aberta e fechada por uma haste saliente que bate contra o fundo do poço
quando a caçamba está sendo movimentada. Isto provoca a entrada na caçamba dos detritos, que
são retirados do poço.

Método rotativo: A perfuração é realizada através do movimento de rotação de uma broca


comprimindo a rocha sobre as formações, que se fragmentam. Esses fragmentos são carregados
pelo fluido de perfuração que é injectado pelo interior de tubos de aço até o fundo do poço,
retornando à superfície pelo espaço anular entre o poço e as paredes externas da tubulação. À
medida que se aprofunda o poço, novos tubos de aço vão sendo conectados à coluna que se

28
encontra no poço, este é o método utilizado nos tempos modernos para a perfuração de poços de
petróleo (ECONOMIDES; WATTERS; DUNN-NORMAN, 1998).

Podemos observar na Figura 3 uma plataforma de petróleo utilizando o método rotativo.

Figura 3: Método Rotativo.

Fonte: Freudenrich (2001, p. 26).

Na Figura 4 abaixo podemos observar a simbologia das cores de um mapa de risco e, logo em
seguida, na Figura 4 constam as cores dos riscos, relacionadas com a operação da Figura 3,
respectivamente.

29
Fonte: Aquino e Costa (2011, p.78)

Figura 4: Mapa de riscos de uma sonda de perfuração Onshore.

Fonte: Aquino e Costa (2011, p.68)

Riscos na Perfuração de Poço de Petróleo

Risco físico: Ruído.

30
 Causas: Ruído causado pelas máquinas usadas no processo, pela má conservação, falta de
lubrificação, manutenção das mesmas.
 Consequências: Dor de cabeça, irritabilidade, vertigens, cansaço excessivo, insónia, dor
no coração e zumbido na orelha.
 Recomendações: Manutenção e conservação adequada dos equipamentos do processo,
utilizar protector auricular.

Risco físico: Calor.

 Causas: Ambientes mal planeados, mal arejados, calor gerado pelas máquinas utilizadas
no processo, calor do próprio ambiente.
 Consequências: Dor de cabeça, tonturas, mal-estar, fraqueza, insolação, desidratação.
 Recomendações: Melhor planeamento térmico do ambiente, uso de equipamentos que
amenizem os efeitos do calor, rodízio de funcionários.

Risco acidental: Acidentes mecânicos.

 Causas: Falha no equipamento, desatenção dos operadores, falta de capacitação dos


operadores, não uso dos equipamentos de segurança, má condição de trabalho, excesso de
horas trabalhadas.
 Consequências: Lesões físicas de diversos níveis, parada do processo, prejuízos
materiais, invalidez do trabalhador, óbito em casos extremos.
 Recomendações: Inspecções regulares e manutenção adequada dos equipamentos
mecânicos, capacitação adequada dos operadores, uso dos equipamentos de segurança
adequados, melhor planeamento da disposição espacial das máquinas no ambiente.

Risco acidental: Explosão e/ou incêndio.

 Causas: Má conservação dos equipamentos eléctricos, fios desencapados, blowout, falha


em bombas, compressores, falha na operação, desatenção.
 Consequências: Lesões físicas de diversos níveis, parada do processo, perda do poço,
prejuízos materiais, mortes em alguns casos.

31
 Recomendações: Inspecções regulares e manutenção adequada dos equipamentos
mecânicos e eléctricos, detectores de funcionalidade dos equipamentos, capacitação
adequada dos operadores, uso dos equipamentos de segurança adequados, uso de
detectores de incêndio.

Risco acidental: Choques eléctricos


 Causas: Má conservação dos equipamentos eléctricos, fios desencapados, desatenção dos
operadores.
 Consequências: Lesões físicas de diversos níveis, parada do processo, invalidez do
trabalhador, mortes em alguns casos.
 Recomendações: Inspecções regulares e manutenção adequada dos equipamentos
eléctricos e da fiação geral, capacitação adequada dos operadores, uso dos equipamentos
de segurança adequados, verificação de disjuntores e fusíveis.

Risco ergonómico: Posicionamento ergonómico incorrecto.


 Causas: Ambiente inadequado, postura inadequada, trabalhadores pouco capacitados para
o trabalho, levantamento excessivo de peso, locomoção por locais de difícil acesso,
movimentos repetitivos, etc.
 Consequências: Lesões de coluna, joelhos, tendinite (lesão por esforço repetitivo), lesões
articulares diversas.
 Recomendações: Análise ergonómica do trabalho, melhor planeamento do ambiente de
trabalho, fiscalização do uso adequado dos equipamentos de protecção, rodízio de
funcionários, capacitação adequada dos operadores.

Risco químico: Contaminação por produtos químicos.

 Causas: Contado directo com o fluido de perfuração, exposição a gases tóxicos oriundos
das formações perfuradas, etc.
 Consequências: Irritação na pele, problemas respiratórios, tonturas, enjoo, intoxicação
grave, morte em casos agudos.

32
 Recomendações: Uso de detectores de toxidade no ambiente, uso de equipamentos de
segurança específicos, utilização de equipamentos e sensores que detectem níveis de
toxidade, treinamento específico para trabalhadores de áreas de riscos potencial.

Revestimento do Poço de Petróleo

Segundo Bohmer (s.d., s.p.): A coluna de revestimento é o comprimento total de tubos de


revestimento que é descido no poço em uma única operação para revestir a fase perfurada, a
coluna de revestimento pode ser de uma única seção ou de várias seções.

Portanto o poço é perfurado por fases, sendo cada uma concluída através da descida e
cimentação da coluna de revestimento composta por acessórios com funções distintas cada um:
 Sapata: Função de guiar a coluna de revestimento.
 Colar de cimentação: Função de evitar a contaminação da pasta do anular.
 Tampões: Evitar a contaminação da pasta de cimento pelo fluido de perfuração.
 Centralizadores: Centralizar o revestimento mantendo um espaço anular uniforme.

A junção desses acessórios formando o revestimento total do interior do poço que tem como
função o isolamento do poço, sendo assim, prevenir o desmoronamento das paredes, evitar
contaminação dos lençóis freáticos, permitir retorno da lama até a superfície, suportar pressões
internas e externas, impedir migração de fluidos da formação (kicks), evitar perda de circulação,
evitar prisão da coluna por diferencial de pressão, sustentar os equipamentos de segurança na
cabeça do poço e o peso de outras colunas de revestimento, alojar equipamentos de elevação
artificial.

As características essenciais do revestimento são: Ser estanque, resistir às solicitações que lhes
serão impostas, ser resistente à corrosão e à abrasão, apresentar facilidade de conexão, ter
dimensões compatíveis com as actividades futuras (BOHMER, s.d.).

Riscos na Operação de Revestimento

Assim como em todas as outras fases de criação de um poço de petróleo nesta é inevitável a
exposição a alguns deles. Esses riscos segundo Sousa e Jerónimo (2014) são classificados físico,

33
acidental, químico e por último ergonómico como descritos subsequentes abaixo seguidos de
suas possíveis causas e recomendações diante do fato.

Risco Físico: pressões anormais.

 Causas: Furos no revestimento durante o processo, utilização inadequada da lama.


 Consequências: Dor de cabeça, falta de apetite, lentificação dos reflexos, digestão lenta,
aumento do volume urinário, insónia.
 Recomendações: Fiscalização rigorosa em todos os processos de revestimento.

Risco acidental: queda em altura.

 Causas: Não uso do cinto de segurança, falta de manutenção do equipamento, falta de


treinamento.
 Consequências: Fracturas, escoriações e até óbito.
 Recomendações: Utilizar bancadas adequadas, cinto de segurança tipo paraquedista com
talabarte.

Risco acidental: queda de objectos de andares superiores.

 Causas: Desprendimento de matérias, queda de ferramentas.


 Consequências: Danos físicos.
 Recomendações: Fiscalização no posicionamento dos objetos, treinamento adequado aos
trabalhadores.

Risco ergonómico: Dores nas costas e membros.

 Causas: Postura inadequada e movimentos repetitivos.


 Consequências: Lesão na coluna cervical, baixa produtividade, lesão por esforço
repetitivo.
 Recomendações: Ginástica laboral, treinamento sobre postura adequada, etc.

Risco químico: queimaduras e irritações.

34
 Causa: Utilização de produtos químicos, irritações na pele devido ao trabalho com
cimento.
 Consequências: Queimaduras na pele e dermatoses.
 Recomendações: Utilização de luvas impermeáveis, protector facial.

2.4.Normas de higiene e segurança no Trabalho aplicáveis na indústria petrolífera

A indústria petroquímica é o local onde a segurança é imperativamente um factor elementar,


dada a severidade dos processos executados na mesma e os equipamentos presentes, daí, a
exigência do controlo do risco assumir-se como factor preponderante na gestão da empresa.
Existe legislação aplicada a empresas desta natureza, que visa a segurança da vizinhança, bem
como, a dos próprios trabalhadores (Qinqin et al., 2014). Para criar um novo modelo de Sistema
de Gestão da Segurança no contexto moçambicano, há a necessidade de se conhecer a legislação
internacional aplicável e os diferentes modelos propostos.

2.4.1 OHSAS 18001/NP 4397- Sistema de Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho

Esta norma tem como finalidade desenvolver e implementar um sistema que permita uma gestão
eficaz da saúde e segurança dos trabalhadores estabelecendo procedimentos de identificação de
perigos, avaliação de riscos, e a implementação de medidas de controlo de forma a eliminar ou
minimizar o risco para os trabalhadores. O ato de promover as boas práticas em saúde e
segurança ocupacionais é fortemente apoiado e aconselha a construir um sistema de gestão
sistemático e estruturado. Tarefas com impacto na segurança e saúde dos trabalhadores devem
ser realizadas por pessoas competentes. A OHSAS 18001 foi concebida de forma a ser integrada
com a ISO 14001 e com a ISO 9001 (Oliveira, 2013).

A OHSAS 18001 especifica requisitos para um sistema de gestão da Segurança e Saúde no


Trabalho, a fim de permitir a uma organização desenvolver e executar uma política e os
objectivos que têm em conta os requisitos legais e informação sobre os riscos da SST. A presente
Norma baseia-se no modelo de sistema de gestão do tipo “Plan”, “Do”, “Check”, “Act” –
PDCA (CERTITECNA, 2008). É possível verificar os requisitos do Ciclo do PDCA na figura 5.

35
Figura 5 – Estrutura geral do ciclo PDCA.

Fonte: Adaptado pelo autor (2023).


 (Plan) Planeamento: em um ciclo completo, inclui: identificação do problema;
investigação de causas-raiz; proposição e planeamento de soluções.
 (Do) Execução: preparação (incluindo treinamento) e execução das tarefas de acordo com
o planejado.
 (Check) Verificação: colecta de dados e comparação do resultado alcançado com a meta
planeada.
 (Action) Acção correctiva: actuação sobre os desvios observados para corrigi-los. Se
necessário, replaneamento das acções de melhoria e reinício do PDCA.
Conforme demonstra a figura 5 que descreve a sistemática de aplicação do método, a sequência
do PDCA é cíclica, ou seja, quando algo não obteve o resultado esperado, os ajustes feitos na
última etapa (Action) devem ser novamente submetidos ao início do ciclo: planeamento,
execução e checagem. Esse ciclo deve ser percorrido diversas vezes ao longo da resolução do
problema, passando pelas quatro etapas, até que se consiga um plano de acção consistente para
trazer os resultados esperados. Com o sucesso obtido no resultado, é necessário fazer a
padronização do processo para garantir que boas práticas sejam repetidas.

36
Essa metodologia permite estudar uma situação crítica ou não, planear e executar uma acção de
melhoria, além de verificar os resultados obtidos e, com base nestes corrigir o planeamento e
definir novas acções e um novo plano de acção. O PDCA é um ciclo que não tem fim, pois
sempre existe algo que pode ser melhorado, mesmo que já esteja satisfatório (ROSSETE, 2015,
p. 137).

2.3.2 SEVESO - Decreto-Lei n.º 150/2015

A 10 de Julho de 1976, em Seveso (Itália), ocorreu um acidente industrial envolvendo a


libertação para a atmosfera de substâncias tóxicas com graves consequências humanas e
ambientais (Calmeiro & Calmeiro, 2008).

Este acidente levou a uma discussão europeia sobre prevenção e controlo de acidentes graves
causados por certas actividades industriais. Em1982, foi publicada a Directiva 82/501/CEE (dita
Directiva Seveso), a qual sofreu posteriormente duas adaptações. Em Portugal esta temática foi
regulamentada em 1989, com a publicação do Decreto-Lei n.º 204/93. O objectivo desta
Convenção consiste na protecção do homem e ambiente contra os eventuais efeitos
transfronteiriços de acidentes industriais e promoção de cooperação internacional entre as
Partes antes, durante e após tais acidentes. (Calmeiro & Calmeiro, 2008).

Este guia pretende facilitar o método, o rigor e a eficácia da actividade de inspecção no âmbito
da Prevenção de Acidentes Graves (Decreto de Lei 150/2015, 2014).

A 5 de Agosto de 2015, foi aprovado um novo decreto de lei, Decreto-Lei n.º 150/2015 que tem
por objectivo estabelecer o regime de prevenção de acidentes graves que envolvem substâncias
perigosas e de limitação das suas consequências para a saúde humana e para o ambiente,
transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2012/18/UE, do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 4 de Julho de 2012, relativa ao controlo dos perigos associados a acidentes
graves que envolvem substâncias perigosas (Decreto de Lei 150/2015, 2014).

As principais alterações introduzidas pela Directiva Seveso III em relação à Seveso II são:

 Alinhar o anexo de definição de substâncias perigosas com a alteração da classificação da


EU;

37
 Incluir mecanismos de correcção futuros, para adaptar o anexo de definição de
substâncias perigosas, para permitir a inclusão/exclusão de substâncias que representam,
ou não, perigo de acidentes perigosos;
 Reforçar o acesso público à informação e a sua participação no processo de decisão e de
acesso à justiça, melhorando a forma como a informação é recolhida, gerida e tornada
pública;
 Introduzir padrões mais rigorosos para a inspecção a instalações para assegurar a
implementação eficaz das medidas de protecção.

Os princípios orientadores para elaboração da política de prevenção de acidentes graves e do


sistema de gestão de segurança para a prevenção de acidentes graves tem por base a aplicação
dos seguintes elementos abaixo mencionados (Decreto de Lei 150/2015, 2014):

1. Organização e pessoal: funções e responsabilidades do pessoal envolvido na gestão dos


perigos de acidentes graves a todos os níveis da organização, em conjunto com as medidas
destinadas a reforçar a sensibilização para a necessidade de melhoria contínua. Identificação das
necessidades de formação desse pessoal e organização dessa formação. Participação do pessoal,
incluindo subcontratados a operar no estabelecimento, relevante do ponto de vista da segurança;

2. Identificação e avaliação dos perigos de acidentes graves: adoçam e implementação de


procedimentos para identificação sistemática dos perigos de acidentes graves que possam surgir
em condições normais e anormais de funcionamento, incluindo actividades subcontratadas, se
relevante, e avaliação da probabilidade de ocorrência desses acidentes e da sua gravidade;

3. Controlo operacional: adopção e implementação de procedimentos e instruções para o


funcionamento em condições de segurança, incluindo operações de manutenção, processos,
equipamento, gestão dos alarmes e paragens temporárias; tendo em conta as informações
disponíveis sobre melhores práticas em matéria de monitorização e controlo para reduzir o risco
de falha do sistema; gestão e controlo dos riscos associados ao envelhecimento do equipamento
existente no estabelecimento e corrosão; inventário do equipamento do estabelecimento,
estratégia e metodologia para monitorização e controlo do estado do equipamento; seguimento
apropriado e quaisquer medidas necessárias;

38
4. Gestão de modificações: adopção e implementação de procedimentos para o planeamento das
modificações a introduzir ou para a concepção de uma nova instalação, processo ou local de
armazenagem;

5. Planeamento de emergências: adopção e implementação de procedimentos para identificar


emergências previsíveis através de uma análise sistemática, e para preparar, testar e rever planos
de emergência a fim de responder a essas emergências, proporcionando formação específica ao
pessoal em causa. Essa formação deverá ser dada a todo o pessoal que trabalhe no
estabelecimento, incluindo o pessoal subcontratado relevante;

6. Monitorização de desempenho: adopção e implementação de procedimentos destinados a


uma avaliação contínua do cumprimento dos objectivos fixados pelo operador no âmbito da
política de prevenção de acidentes graves e do sistema de gestão de segurança e introdução de
mecanismos de investigação e de correcção em caso de não cumprimento. Os procedimentos
devem englobar o sistema de comunicação de acidentes graves ou de incidentes, nomeadamente
os que envolveram falha nas medidas de protecção, e a sua investigação e acompanhamento, com
base nas lições aprendidas. Os procedimentos podem também incluir indicadores de
desempenho, nomeadamente em matéria de segurança, e outros indicadores pertinentes;

7. Auditoria e revisão: adopção e implementação de procedimentos destinados à avaliação


periódica e sistemática da política de prevenção dos acidentes graves e da eficácia e adequação
do sistema de gestão de segurança. Revisão documentada dos resultados da política e do sistema
de gestão de segurança e a sua actualização pela gestão de topo, incluindo a consideração e
integração das alterações necessárias, resultantes da auditoria e da revisão.

2.3.3. ATEX

A necessidade de diminuir a incidência de explosões e incêndios nos locais de trabalho, por


motivos humanos e económicos, levou à publicação, pelo Parlamento Europeu e o Conselho, da
Directiva ATEX. Tem como objectivo a protecção de trabalhadores e instalações sujeitas a
atmosferas explosivas (figura 10). A directiva tem em conta as prescrições mínimas para obter a
melhoria da proteção da segurança e da saúde dos trabalhadores susceptíveis de exposição a
atmosferas explosivas (Indusmelec, 2014). Conforme ilustra a figura a seguir.

39
Figura 6 - ATEX

Fonte: Adaptado pelo autor, 2023.

2.4. Direito à Protecção, Segurança e Higiene no Trabalho

A Convenção n° 187, da Organização Internacional de Trabalho, (OIT) ratificada pelo Governo


moçambicano, na Declaração da Filadélfia (2008), assente no pressuposto de salvaguardar a
dignidade do trabalhador na qualidade a pessoa humana, exigindo que os estados membros
deviam desenvolver programas concretos, com vista a proteger de forma eficaz, a vida humana e
a saúde dos trabalhadores em todas as profissões, como sendo um direito fundamental da massa
laboral consagrado igualmente no n° 2 do artigo 85, da Constituição da República de, (2004).

Neste capítulo sugeri-me a analisar não somente instrumentos legais que versam sobre a matéria,
mas também documentos das petições que deram entrada no pedido de Abril de 2013 a Abril de
2014, no Ministério de Trabalho, no sector da Inspecção Geral do Trabalho, a reportar situações
relacionadas com o acidente de trabalho, tratamento e acompanhamento das vítimas, que dão
conta que no período em alusão, dentre vários casos, quatro acidentes foram de natureza grave,
que culminaram em óbitos na mesma proporção.

40
Aqui, busquei no máximo possível, vencer o desafio da falsa sensação de familiaridade com o
contexto da língua, dos discursos predominantes do governo sobre a questão de segurança no
local de trabalho, que tem vindo a ser disseminados através da rádio e televisão nos últimos anos.

Em muitos casos, os conteúdos disseminados pelos órgãos de informação nas matérias de higiene
e segurança no trabalho são parte integrante da Constituição da República de 2004, no seu n°2
artigo nº 85, preconiza como parte dos direitos fundamentais consagrados ao trabalhador,
“Direito à Protecção, Segurança e Higiene no Trabalho”, em que os empregadores devem
adoptar mecanismos que visam colmatar todas situações que concorrem a condições inseguras no
local laboral, com vista a redução do risco.

O legislador moçambicano por exemplo, no artigo 216, da Lei n° 23/2007, de 1 de Agosto, Lei
do Trabalho, estabeleceu que todos os trabalhadores têm o direito à protecção de trabalho em
condições de higiene e segurança, incumbindo ao empregador a criação e desenvolvimento de
meios adequados à protecção da integridade física e mental dos operários. Prima pelas boas
condições seguras morais e físicas do trabalho, informar aos trabalhadores sobre os riscos do
respectivo posto e instrui-los sobre o adequado cumprimento das regras de higiene e segurança
no trabalho.

O mesmo espírito podemos encontrar no artigo 5° do Diploma Legislativo n° 120/71, de 13 de


Novembro, que regula condições de segurança no trabalho para o sector da construção e
engenharia civil, no qual determina que, deverá existir nas obras em condições de poder ser
fornecido prontamente e em bom estado de conservação, o equipamento de protecção individual
nomeadamente capacete rígido, botas altas de borracha ou com protecção metálica consoante o
risco identificado, mascara e óculos, cintos de segurança, luvas, aparelhos de respiração
automática, equipamento limpo e em condições de satisfazer cabalmente ao fim a que se destina.

De acordo com o regulamento interno em vigor na empresa, todo o trabalhador deve trajar
equipamento de protecção individual durante as actividades laborais na obra, em plena inspecção
de qualidade e segurança, em caso de ser interpelado sem estar devidamente equipado as
medidas são severas que podem conduzir a interdição da execução da obra e produção de um
relatório pouco abonatório para empresa, medida que implica perder credibilidade no mercado.

41
Por isso, para precaver situações pontuais de trabalhadores considerados indisciplinados
inventou-se o instrumento complementar que é conhecido na empresa, por caderno de
adiantamento, em que cada trabalhador solicita o equipamento de forma individual e é registado
num caderno de adiantamento de modo responsabilizá-lo pelo uso e conservação, assim, todo o
trabalhador é fornecido o equipamento em especial no dia das visitas, sem olhar para o registo e
tal, passa a se efectuar a posterior.

2.5.Desafio de Higiene e Segurança no Trabalho para os trabalhadores na indústria


petrolífera

Quando se trata de sistemas de gestão de riscos na indústria do petróleo e do gás, “a melhor


alternativa é implementar um único sistema de gestão, integrando os processos de gestão
necessários para o atendimento dos requisitos de ambas as normas. A integração de sistemas de
gestão traz vários benefícios como: Visão integrada, alinhamento e minimização de chance de
conflitos de decisões e acções relacionadas aos sistemas de gestão; Sinergia na utilização das
técnicas para gestão de melhoria; Integração e enxugamento de documentação; Auditorias e
certificações integradas; e Redução de custos de manutenção dos sistemas. (Carpinetti &
Gerolamo, 2016, p. 165).

A ABNT NBR ISO 9000 define os conceitos dos sistemas de gestão da qualidade (SGQ) e
introduz a padronização dos termos usuais, permitindo que as organizações que adoptam o SGQ,
baseadas nos preceitos determinados pela ISO, sigam o mesmo vocabulário. Esta uniformidade
permite às organizações demonstrarem a capacidade de fornecimento de produtos que atendam
aos requisitos regulamentares e às necessidades dos clientes. A norma pretende oferecer
directrizes que permitam a eficácia do SGQ (LU, 2015, p. 5).

“A série ISO 14000 refere-se a um conjunto de normas e directrizes com os elementos e os


regulamentos da gestão ambiental. São abordados assuntos como prevenção de poluição,
conservação de recursos, protecção e aquecimento global” (LU, 2015, p. 100).

A OHSAS teve esse conjunto de normas emitidas por organismos certificadores e entidades
nacionais de normalização. A OHSAS 18001 foi desenvolvida para ser compatível com a ISO

42
9001 e a ISO 14001, a fim de ajudar sua organização a cumprir com obrigações de saúde e
segurança de maneira integrada às demais certificações (ROSSETE, 2014, p. 33).

Vale destacar que na tradução da norma foram utilizados os termos sistema de gestão da saúde e
da segurança do trabalho (SST). A concepção dessa série foi planeada de forma a ser independe
das outras normas de sistema de gestão e compatível às normas ISO 9001 qualidade e ISO 14001
(meio ambiente), permitindo uma integração amigável, pois os conceitos não se sobrepõem, pelo
contrário, complementam-se. Além disso, a organização pode elaborar um sistema de gestão
integrado e as auditorias podem ser efetuadas em conjunto também (LU, 2015, p. 125).

Capitulo III: Metodologia

Segundo Gil (2008) “a metodologia consiste na explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e


exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa”. Nesta
perspectiva, pode-se dizer que, método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e
técnicos utilizados para atingir o conhecimento.

3.1. Breve historial da PETROMOC, SA

PETROMOC: Petróleo de Moçambique SARL foi criada no 1 de Maio 1977, pelo Estado
moçambicano a Empresa Nacional de Petróleo de Moçambique, descende da Sociedade Nacional
de Refinação de Petróleos - SONAREP, da Sociedade Nacional de Petróleos de Moçambique –
SONAP DE MOÇAMBIQUE e da SONAP MARÍTIMA. A empresa petróleo de Moçambique,
S.A- Petromoc, sucedeu por Decreto nº 70/98, de 23 de Dezembro e diploma ministerial
n077/99, de Julho, a Empresa Nacional Petróleos de Moçambique, E.E, herdando, desta, a
universalidade de direitos e obrigações estabelecidos pelos actos constitutivos de 1977 e suas
alterações ocorridas em 1979, na sequência da estruturação do sector de carvão e
hidrocarbonetos que culminou com a criação da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, E.E.

A PETROMOC conhecida como a segunda maior empresa de petróleo e gás da África Austral,
funcionava como refinaria no tempo colonial, recebia crude (o petróleo antes ser refinado). O
crude húmido, petróleo que contém uma percentagem de água, é uma complexa mistura líquida
de compostos orgânicos e inorgânicos em que predominam os hidrocarbonetos desde os alcanos
mais simples até os aromáticos mais complexos.

43
A transformação do crude consiste na modificação da composição química do petróleo depois da
extracção da rocha mãe. Estás transformações podem ser verificadas através de processos físicos
e ou térmicos.

Actualmente a PETROMOC é responsável pela logística (recepção, armazenamento, distribuição


e comercialização) de petróleo e seus derivados já processados, pois a refinaria já não está
operacional, ela está na parte de Dowstream.

A empresa comercializa combustíveis, óleos, e massas lubrificantes apropriados às indústrias de


mineração, agricultura e marinha, providenciando uma necessária assistência técnica, a mesma
ópera em instalações de armazenagem, gasodutos (gasodutos ou oleodutos) e bunkers em todos
os portos moçambicanos. O seu armazenamento compreende 23 depósitos e instalações com
aproximadamente 444.777m³ de capacidade. Abastece combustíveis e lubrificantes nos
principais portos de Moçambique: Maputo, Beira, Nacala, Quelimane e Pemba.

Na terminal temos algumas bacias onde existem tanques de armazenagem de combustíveis sendo
que alguns desses tanques de tecto fixo e outros de tecto flutuantes que são para os combustíveis
altamente voláteis nomeadamente condensado e gasolina. Em todas bacias temos uma linha de
água e espumífero para proteger a mesma, e em todos tanques temos também uma tubagem de
água e espumífero com o propósito de proteger os mesmos para casos de possíveis incêndios. A
Bacia nº 1 representa o tanque nº 1; Bacia nº 2 representa o tanque nº 2; Bacia nº 3 representa o
tanque nº 3; Bacia nº 4 representa o tanque nº 4 que é de JET A1; A bacia de gasóleo tem 13
tanques; A bacia nº 5 composta pelos tanques 14,15,16,17 e 18 é de gasolina.

A tubagem que transporta o combustível do Navio até a Petromoc é constituída por Mainfolds
que é um conjunto de válvulas. Os combustíveis que a Petromoc recebe de Navio são
designadamente: Gasolina, gasóleo, JET A1, Petróleo de iluminação e gás.

A tubagem que transporta combustíveis é identificada através de cores como: Azul – Gasóleo,
Branca – Gás, Preta – Petróleo e Vermelha – Gasolina

Encontramos uma linha férrea dentro do terminal que vai até a uma grua de enchimento de
vagões, Neste local se faz o enchimento de gasóleo nos vagões é feito pelo topo ou seja, parte

44
superior do vagão, que é transportado para alguns países como África do Sul, Eswatini,
Botswana.

Funcionamento

A PETROMOC possui dois sectores: o sector administrativo onde se encontra o laboratório


destinado ao controlo de qualidade dos produtos petrolíferos e operacional subdividido em áreas:
ISS, IMP, enchimento de carros-tanque. Existem também varias áreas subdividas em:

Central eléctrica

Uma usina é um local de produção central para a geração de electricidade. Uma usina possui
equipamentos e dispositivos utilizados para converter energia natural em energia eléctrica, bem
como as estruturas e edifícios necessários para isso, localizados em um determinado território.

O funcionamento da grande maioria das centrais eléctricas baseia-se no princípio de conversão


da energia dos diversos tipos de motores em energia mecânica de rotação do rotor de um gerador
eléctrico, que é posteriormente convertida em electricidade. Existem também instalações para a
conversão directa de energia em energia eléctrica, por exemplo, usinas fotovoltaicas.

No tempo colonial a PETROMOC operava como refinaria, não podia haver interrupções no
fornecimento de energia durante suas actividades operacionais, então tinham geradores nas bases
que abasteciam os tanques. Actualmente tem um gerador em funcionamento, porem usa a
corrente da EDM. O gerador em funcionamento possui um sistema automático de activação,
bastou uma falha na alimentação de energia pela EDM leva 1/2 segundos e acciona para dar
continuidade com as actividades.

Bombas

Na PETROMOC existem duas centrais de bombagem denominadas casa das bombas 1 e 2, onde
são comandadas as operações de recepção e expedição dos combustíveis. Na casa de bomba 1
funciona para carregamento de vagões e casa de bomba 2 carregamento de camiões.

Vasos separadores

45
Existe uma rede de recolha de fluídos de todos os locais onde se faz o manuseamento de
combustíveis e sua canalização ao separador de óleo e água que tem a função de purificar os
fluídos permitindo que só a água seja drenada para fora da instalação. Os fluídos que são
recuperados do separador são denominadas Slops (mistura de gás, óleo) e são armazenados num
tanque à parte visando a sua posterior utilização na formação de marine diesel ou outro processo
de reciclagem.

Figura 7 - Vaso separador

Grua de enchimento

Recepção de combustíveis e de GPL por navios tanque de importação e de carga em trânsito,


armazenagem e escoamento de produtos a partir de graus de enchimento modernas para vagões e
camiões

46
Figura 8 – Grua de enchimento

Armazenamento

O armazenamento de petróleo refere se à estocagem da commodity em tanques ou terminais


(grupos de tanques) ou mesmo em navios tanques petroleiros, usados para armazenar o óleo
produzido.

No caso de tanques de armazenamento, estes podem ser instalados acima ou abaixo do solo,
Tanques construídos no subsolo exigem especificações técnicas correctas e seguidas de riscos
para oferecerem muita segurança, a principal vantagem o menor uso de área.

Os tanques de armazenamento em terra variam em capacidade e design. Existem vários projectos


de tanques, dependendo da necessidade e uso. Entre as especificações que atendem as diferentes
demandas estão: Tecto fixo ou flutuante; Topo aberto ou fechado; Fundo plano ou em formato de
cone; Fundo em declive ou afundado e Paredes simples ou duplas.

Selagem

Na selagem faz se a sondagem e sela. Antes da sondagem, faz se o carregamento dos caminhões
onde temos um cabo electrostático, com válvulas, cada um com uma cor diferenciada para
referenciar o tipo de fluido a carregar: Laranja – Gasolina; Verde - Gasóleo e Preto - Petróleo
ou Jet A1.

Possui se também um manómetro de controlo da pressão durante o enchimento. Terminado,


volta a fazer se a sondagem para verificar se a quantidade abastecida, está correcta. De seguida
feita a sela com ajuda de um fita se segurança.

3.2. População e Amostra ano

3.2.1. População do Estudo

Segundo GIL (2008: pgs. 89-91), População ou Universo é um conjunto definido de elementos
que possuem determinadas características. O trabalho será desenvolvido na província de Maputo,
concretamente na PETROMOC abrangido um total de 552 funcionários, com idade
compreendida entre 25 à 55 anos. De salientar que o Conselho de Administração é constituído
por um PCA, Administrador Operacional, Administrador Financeiro e Administrador Comercial.

47
Em seguida encontramos vários directores de várias áreas sendo que a do meu interesse é a
Direcção de Higiene Segurança no Trabalho e Meio Ambiente. O director de segurança responde
directamente ao PCA da empresa.

3.2.2. Amostra

Para Gil (2008), a amostra é o subconjunto do universo ou da população. Representa uma parte
dos dados da população. Da população ou universo acima descrita 12 foram seleccionados para a
pesquisa, sendo 1 do Departamento de Recursos Humanos, 2 Departamento de Operações, 2
Departamento de Manutenção, 2 Departamento de Protecção, Segurança e Meio Ambiente e por
fim 5 Bombeiros (Técnicos).

Para a escolha da amostra, optou-se pela amostragem probabilística do tipo “Amostragem


Aleatória Simples”. De acordo com GIL (1999), a Amostragem Aleatória Simples consiste em
atribuir a cada elemento da população um número único para depois seleccionar alguns desses
elementos de forma casual.

Tabela 1. Composição da amostra da pesquisa

Perfil dos Profissionais da PETROMOC

Sexo Tota Idade Formação Anos de Trabalho Funções


l

M F M/F 2 3 4 50 Méd. Lic 0- 10 20 30 Técnico Chefe de Chefe de


0 0 0 - / . 10 -20 - - s Repartiçã Departament
- - - 60 30 40 o o
3 4 5 Técn.
0 0 0

8 4 12 3 6 3 4 8 7 3 1 1 5 5 2

Fonte: PETROMOC, 2023, adaptado pelo autor

A tabela 1 apresenta a composição da amostra da pesquisa. De acordo com o mesmo a maior


parte da amostra é do sexo masculino corresponde a 8 igual a 67% e as restantes 33% do sexo
feminino. A maior idade da mesma amostra está compreendida entre 30-40 anos de idade
correspondente a 50% seguidamente por 25% entre a faixa etária de 20-30 e 25% entre a 50-60

48
anos de idade. Quanto a formação o maior número apresenta o ensino superior (licenciatura) que
corresponde a 67% e 33% correspondente a formação médio ou técnico profissional, e
relativamente aos anos de serviços a maior parte da amostra está no intervalo de 0-10 anos de
serviço correspondente a 59%, seguidamente por 25%, 8% e 8%.

3.3. Tipos de Estudo

Quanto a natureza a pesquisa será qualitativa, isto é, na medida em que ela irá analisar a gestão
de higiene e segurança no trabalho na indústria petrolífera. Segundo Oliveira (2011), a pesquisa
qualitativa consiste na obtenção de dados descritivos, obtidos no contacto directo do pesquisador
com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a
perspectiva dos participantes.

Quanto ao objectivo a pesquisa será descritiva-exploratória. A classificação dessa pesquisa como


descritiva se dá em razão de descrever as principais características em torno do tema em estudo,
assim como utilizar de técnicas padronizadas para a colecta de dados. Gil (2008) defende que
este tipo de pesquisa tem como objectivo principal a descrição das características de determinada
população ou fenómeno, como também o estabelecimento de relações entre as variáveis. Mas
também pode ser definida como exploratório, pois procura em sua fase inicial, entender um
fenómeno, para depois, poder explicar suas causas e consequências.

Com isso, observando as técnicas expostas acima, o trabalho utilizará de procedimentos


sistemáticos para a descrição e explicação dos factos sobre a Gestão de Higiene e Segurança no
Trabalho na Indústria Petrolífera, em particular na Empresa Nacional de Petróleos de
Moçambique, 2022-2023.

3.4. Instrumentos de recolha de dados

Tratando-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e baseados na natureza do problema e os


objectivos do estudo, foi usada questionário e entrevista semi-estruturada como instrumentos de
recolha de dados. Segundo Gil (2008), a entrevista semi-estruturada permite que o entrevistado
responda as perguntas abertamente dentro de uma conversação informal. Além dos dados
sóciodemográficos (idade, escolaridade, sexo, profissão, ano de serviço na instituição), o guião
de entrevista será composto por cinco questões iniciais, as quais serão concebidas com base nos

49
objectivos específicos do estudo. As entrevistas foram agendadas mediante a disponibilidade dos
participantes e serão realizadas individualmente pela pesquisadora, no local em alusão.

3.5. Considerações Éticas

Contudo, esta pesquisa teve em consideração alguns preceitos de ética e deontologia profissional,
tais como: a privacidade (os dados pessoais de cada jovem entrevistos serão tratados segundo os
padrões/standards de privacidade de modo a resguardar a figura do entrevistado. Garantir-se-á o
anonimato dos indivíduos entrevistados; confidencialidade (os dados colectados que digam
respeito aos indivíduos com os quais realizamos a pesquisa serão tratados de forma secreta e
sigilosa); consentimento informado (o poder de escolha e decisão de participar às entrevistas por
parte dos jovens nosso alvo de pesquisa serão por eles mesmos consentida e aprovada. A
participação à entrevista não será um acto de obrigação da nossa parte enquanto pesquisadores).

Capitulo IV: análise e interpretação dos resultados

A análise e interpretação de dados é a fase do apuramento dos resultados apresentados de forma


lógica sem interpretações pessoais para maior facilidade de exposição que podem ser
acompanhados por figuras, quadros, tabelas, mapas ou plantas. Segundo Gil (2008: 156), a
análise tem como objectivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o
fornecimento de respostas ao problema proposto para a investigação. Já a interpretação de dados
tem como objectivo a procura do sentido mais alto das respostas, o que é feito mediante sua
ligação a outros conhecimentos anteriormente obtidos.

Nesta fase do trabalho pretende-se apresentar a sensibilidade recolhida na empresa PETROMOC,


em relação a análise da Gestão de Higiene e Segurança no Trabalho na Indústria Petrolífera. A
apresentação de dados foi feita em gráficos assim como em tabelas com base em questionários,
entrevistas e observação utilizados para a colecta de dados.

1. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho na PETROMOC

Os sistemas de gestão HST são uma ferramenta amplamente utilizada na indústria petrolífera,
pois é uma ferramenta para melhoria contínua para actividades operacionais, porém não é um
plano de substituição das leis e regulamentos oficiais, sendo muito útil na promoção da

50
conformidade, pois cria um quadro estrutural sólido em que as obrigações e responsabilidades
podem ser mais facilmente identificadas e cumpridas.

As Orientações sobre Sistemas de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho na PETROMOC


prevêem directrizes e ferramentas para auxiliar as organizações, instituições nacionais
competentes, empregadores, trabalhadores e outros parceiros sociais no estabelecimento,
implementação e melhoria de sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho, tendo em
vista reduzir lesões, estados de saúde débeis, doenças, incidentes e mortes associadas ao
trabalho. Conforme ilustra o gráfico a seguir.

Gráfico 1. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

Gráfico 1. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho

Sim Não Talvez


100% 100% 100%
68%

16%16%

Fonte: PETROMOC, adaptado pelo autor 2023

Analisando o nível de conhecimento dos funcionários da PETROMOC, em relação ao Sistema


de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, o gráfico 1 mostra-nos que, dos 12 funcionários

51
inqueridos correspondente a 100% que no exercício das suas actividades rotineiras estão cientes
sobre existência de riscos ou acidente de trabalho. Onde 100% dos mesmos responderam que
nunca sofrerem algum tipo de acidente de trabalho.

Questionados sobre a existência de um plano de capacitação ou formação em higiene e segurança


no trabalho ou se já beneficiaram de uma palestra ou capacitação em matéria de prevenção de
acidente no trabalho, 100% responderam que sim se beneficiaram de uma capacitação ou
formação em matéria de prevenção de acidente no trabalho.

Outrossim, no decorrer da entrevista constatamos que a empresa tem um plano de formação de


prevenção de acidente no trabalho, só que, os funcionários não são informadas a tempo e hora
para se prepararem e beneficiarem da formação. Uma vez que, a maior deles trabalham em
regime de turno. De salientar que a maioria deles toma conhecimento sobre a formação nos dias
em que estão eles em que saem de fazer noite e os mesmos não apresentam condições de
participar na formação.

Questionados os funcionários se observam o Procedimento Operacional Padrão (Check List)


antes da sua rotina diária de actividade laboral, dos 12 inqueridos a maior parte responderam
positivamente (68% sim) que observam o Procedimento Operacional Padrão (Check List) antes
da sua rotina diária de actividade laboral, seguidamente por 16% não e 16% talvez. De referir
que na PETROMOC pudemos observar os operadores ou visitantes antes da sua actividade
laboral e alguns fazem check list do EPI e EPC, pois é uma das regras exigidas pela CFM
(empresa responsável pela gestão do porto da Matola).

Como estratégias de formação, divulgação, implementação e controlo dos trabalhadores em


matérias de HST utilizado em Moçambique no sector petrolífero, os inquiridos sugerem que as
empresas devem ter um plano de formação com base nas necessidades detectadas pelo próprio
responsável da área de formação e superação técnica, por forma a permitir seleccionar as acções
de formação mais adequadas, e deve preparar no inicio do ano, um repertório de formação, que é
um catálogo de todas as acções de formação e superação técnica programadas para esse ano e
ministradas por entidades que sejam consideradas idónea, onde, para além do titulo da acção de
formação figuram: os seus objectivos, data, duração e o local da realização. Ademais, as
empresas devem facultar que todos os funcionários participem na formação em matéria de

52
higiene e segurança no trabalho e que as mesmas elaborassem um plano de formação juntamente
com horário em que os funcionários estão a trabalhar, isto para os funcionários que estão de
folga possam participar da formação. Conforme ilustra a figura a seguir

Figura 9– Planta emergência da Petromoc

2. Equipamento de Protecção

O objectivo de um sistema de gerenciamento de segurança é garantir que uma determinada


organização alcance suas metas com segurança, eficientemente e sem prejudicar o meio
ambiente. Um dos factores mais importantes do processo de segurança é uma explicação de
como o operador do sistema de gerencimento será capacitado para garantir que os objectivos
sejam realmente alcançados com segurança (WANG, 2002).

Com o objectivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos, tais como o
incêndio, vazamento de gases, exposição solar e a produtos químicos (pintura, pulverização,
soldadura) durante as actividades diárias dos trabalhadores e explosões, dentre outros, a
PETROMOC tem facultado aos funcionários Equipamento de Protecção Individual (EPI) e
Equipamento de Protecção Colectiva (EPC). Por outro lado, os superiores garante que os
colaboradores sob a sua alçada tenham conhecimento profundo quer dos perigos atinentes ao

53
trabalho que vão executar, quer das regras de segurança e é obrigatória a utilização do calçado de
segurança distribuído ao pessoal. Conforme ilustra as figuras a seguir.

Figura10: do lado esquerdo a imagem de EPI e do lado direito EPC

O gráfico 2, demonstra-nos que 83% dos funcionários inqueridos usam o Equipamento de


Protecção Individual (EPI) que a empresa disponibiliza dentro do local do trabalho, 17% não e
17% talvez. Igualmente 83% dos funcionários inqueridos usam Equipamento de Protecção
Colectiva (EPC) disponibilizados pela empresa, 17% não e 17% talvez. Diante destes dados,
importante salientar que as empresas desenhem normas ou um guião de procedimentos que
devem ser cumpridas obrigatoriamente pelos funcionários, com intuito de prevenir e/ou mitigar
riscos ou ocorrência acidente no trabalho. De salientar que no recinto do porto de matola é
obrigatório que se use os equipamentos de protecção individual tanto para os funcionários, assim
como para os visitantes, está é a regra básica para minimizar algum tipo acidente que possa
originar no local de trabalho.

Gráfico 2. Equipamentos de protecção dos funcionários

54
Gráfico 2. Equipamento de Protecção

Os funcionários usam EPI A empresa disponibiliza EPC


83% 83%

17% 17% 17% 17%

Sim Não Talvez

Fonte: PETROMOC, adaptado pelo autor, 2023

Gráfico 3. Estratégia de prevenção de acidente de trabalho aos colaboradores

A indústria petrolífera é vasta e complexa. O sector tem feito progressos nos últimos anos para
melhor proteger os trabalhadores e reforçar as normas de segurança, o que se reflecte na
diminuição do número de acidentes mortais no sector. No entanto, sendo uma indústria de risco
importante, as exposições a riscos comuns de saúde e segurança permanecem. Moçambique,
através do Instituto Nacional de Petróleo (INP), com base no quadro legal vigente, várias acções
prudenciais e de monitoria, têm sido levadas a cabo, a fim de assegurar que as empresas
concessionárias, a operar no país, actuem conforme os parâmetros de higiene e segurança que a
Lei4 impõe.

Questionados os funcionários se a empresa disponibiliza Plano Estratégico de prevenção de


Acidente de Trabalho aos funcionários, 50% que sim a empresa disponibiliza, 33% não e 17%
talvez.

4
Lei nº 21/2014 (lei sobre Operações de Petróleo e Gás a Jusante), visa responder aos requisitos básicos para a
implementação de um conjunto de regras transparentes para reger os direitos e deveres dos investidores da indústria
e favorecer o desenvolvimento estável de projectos de petróleo e de gás no contexto das normas internacionais.

55
Gráfico 3. Plano Estratégico de prevenção de Acidente de Trabalho aos funcionários

A empresa disponibiliza aos funcionários o plano estratégico de prevenção de acidente de trabalho?

50%

33%

17%

Sim Não Talvez

Fonte: PETROMOC, adaptado pelo autor, 2023

A Constituição da república de Moçambique estabelece o direito do trabalhador a condições de


trabalho higiénicas e seguras. Esta é a principal disposição contida na legislação relativa a SST,
que também inclui as exigências gerais prescritas na Lei do Trabalho e desenvolvimentos
específicos para determinados sectores, nomeadamente, a indústria, a construção civil e a
exploração mineira. Parte da legislação moçambicana sobre SST, principalmente a que diz
respeito aos sectores económicos, foi herdada do Direito português durante o período colonial,
pelo que o sistema jurídico de Moçambique se pode caracterizar pela sua dualidade. As
principais leis sobre SST são: a Lei do Trabalho, Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto e o Decreto nº
53/05 de 15 de Agosto, relativa ao regime jurídico de acidentes de trabalho e doenças
profissionais.

56
Figura 11: Procedimentos vigentes na Petromoc

57
Figura 12: Sinalização de aviso

58
Figura 12. Protecção por Extintores em Líquidos Combustíveis e Inflamáveis

59
4.1.Conclusão

A indústria petrolífera está em destaque como um dos sectores mais propícios a acidentes fatais
causados por falhas na capacitação e treinamento, atitudes imprudentes em ambientes perigosos,
falha no cumprimento das leis trabalhistas por parte dos empregadores, a não utilização do
Equipamento de Protecção Individual (EPI) e Equipamento de Protecção Colectiva (EPC) nos
últimos tempos, acarretando consequências catastróficas, atingindo tanto os trabalhadores desse
meio, como a comunidade ao redor, sem contar nos danos imediatos sofridos pelo meio ambiente
quando um acidente ocorre. Assim como a indústria de petróleo é algo sensível a grandes riscos
e impactos, por detrás disso tudo há um grande empenho e preocupação quanto à prevenção.

Em jeito de síntese, a pesquisa atingiu os objectivos previsto para o estudo, visto que, conseguiu-
se verificar o funcionamento do quadro legal e sua aplicação na área higiene e segurança no
trabalho aplicáveis na PETROMOC. Assim como, analisar as formas de tratamento de casos de
doenças e acidentes de trabalho causados no decurso das actividades laborais na PETROMOC.
Das questões apresentada para responder ao problema da pesquisa, foi confirmada a maior parte.

Relativamente a questão 1 e 4, Como estratégias de formação, divulgação, implementação e


controlo dos trabalhadores em matérias de HST utilizado em Moçambique no sector petrolífero,
os inquiridos sugerem que as empresas devem ter um plano de formação com base nas
necessidades detectadas pelo próprio responsável da área de formação e superação técnica, por
forma a permitir seleccionar as acções de formação mais adequadas, e deve preparar no inicio do
ano, um repertório de formação, que é um catálogo de todas as acções de formação e superação
técnica programadas para esse ano e ministradas por entidades que sejam consideradas idónea,
onde, para além do titulo da acção de formação figuram: os seus objectivos, data, duração e o
local da realização. Ademais, as empresas devem facultar que todos os funcionários participem
na formação em matéria de higiene e segurança no trabalho e que as mesmas elaborassem um
plano de formação juntamente com horário em que os funcionários estão a trabalhar, isto para os
funcionários que estão de folga possam participar da formação.

No que concerne a questão 2, A PETROMOC, com o objectivo de proteger os trabalhadores dos


riscos inerentes aos processos, tais como o incêndio, vazamento de gases, exposição solar e a
produtos químicos (pintura, pulverização, soldadura) durante as actividades diárias dos

60
trabalhadores e explosões, dentre outros, tem facultado aos funcionários Equipamento de
Protecção Individual (EPI) e Equipamento de Protecção Colectiva (EPC).

Relativamente a questão 3, a PETROMOC tem desenvolvido várias acções prudenciais e de


monitoria em conformidade com os parâmetros de higiene e segurança no trabalho que a Lei
impõe, através da Lei do Trabalho, Lei nº 23/2007 de 1 de Agosto, Decreto nº 53/05 de 15 de
Agosto, relativa ao regime jurídico de acidentes de trabalho e doenças profissionais e o Plano
interno de prevenção e combate a acidente de trabalho. De salientar que a empresa mensalmente
sofre uma inspecção feita pelas autoridades competentes (INP, IGT, INNOQ e INAE).

4.2.Recomendações:

 Uso de detectores de toxidade no ambiente, uso de equipamentos de segurança


específicos, utilização de equipamentos e sensores que detectem níveis de toxidade,
treinamento específico para trabalhadores de áreas de riscos potenciais;
 Mapeamento dos principais riscos de doenças associados à actividade mineira no país;
 Atenção privilegiada de pacientes com doenças ocupacionais porque exige grandes
investimentos em termos de tratamento;
 Incluir na legislação do sector a obrigatoriedade de indeminização aos trabalhadores e às
comunidades, em caso de doenças causadas pela actividade mineira assim como a
obrigatoriedade de instalação de unidades hospitalares adequadas para tratar doenças
respiratórias, visto tratar-se de um sector que contribui bastante para a degradação de
problemas de saúde à volta das comunidades.

61
Referência bibliográficas

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petróleo onshore na unidade de negócios-RN/CE- Mossoró/RN. Instituto Federal de Educação,
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Pearson Education do Brasil, 2015.

ROSSETE, Celso Augusto. Segurança e higiene do trabalho. São Paulo: Editora Pearson
Education do Brasil, 2014.

64
Anexo

ANEXO I

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

No âmbito do trabalho do fim de Curso de Ciências Tecnológicas com orientação em Engenharia


e Gestão de Recursos Petrolíferos na Universidade Técnica De Moçambique, estamos a realizar,
neste hospital, um estudo sobre o “ANÁLISE DA GESTÃO DE HIGIENE E SEGURANÇA
NO TRABALHO NA INDÚSTRIA PETROLÍFERA” e convidamos ao Sr./Sr.ª para participar.
O objectivo do estudo é analisar a Gestão de Higiene e Segurança no Trabalho na Indústria
Petrolífera, em particular na empresa PETROMOC, período 2023

Como participante, declaro estar informado(a) e ciente que os resultados desta pesquisa poderão
contribuir para a elaboração de programas de intervenção, protecção e regulamentos que visem
minimizar acidentes de trabalhos na indústria petrolífera, assim como melhorar as condições de
higiene, segurança e saúde do trabalhador deste ramo. De livre vontade responderei ao
questionário e estou informado(a) que não serei remunerado(a) por isso. Estou informado(a)
também que serei resguardado(a) pelo sigilo absoluto, pelas informações pessoais que fornecerei
durante a minha participação do estudo. Declaro ainda estar ciente que tenho a liberdade de
recusar de participar ou interromper a minha participação a qualquer momento que quiser, sem
penalização alguma, nem quaisquer prejuízos pessoal e/ou profissional. Além disso, estou
informado(a) que receberei os esclarecimentos necessários antes, durante e após minha
participação do estudo (caso assim deseje), e terei acesso aos resultados finais.

Assinatura do/a participante: ________________________________________________


Estudante (Pesquisador principal): ___________________________________________
Beneficio Vasco Monjane, Tel. Celular: +258 824 619 175
E-mail: bmonjane1@gmail.com

65
ANEXO II

Guião de entrevista dirigido aos colaboradores da PETROMOC, SA

1. Caracterização do inquirido

1.1. Sexo F_____/M______


1.2. Idade____________
1.3. Função do funcionário____________
1.4. Anos de trabalho________________
1.5. Habilitações literárias_____________

2. Análise da Gestão de Higiene E Segurança no Trabalho na Indústria Petrolífera


Questionário Sim Não Talvez
Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
1. Está ciente da existência de riscos ou acidente de trabalho?
2. Já sofreu acidente de trabalho
3. Quais as causas dos acidentes de trabalho nesta empresa?
4. A empresa dá palestra, capacitação ou formação em higiene e segurança no
trabalho ou em matéria de prevenção de acidente?
5. Os funcionários observam o Procedimento Operacional Padrão (check list) antes
da sua rotina diária de actividade laboral.
Equipamento de Protecção
6. Os funcionários usam o Equipamento de Protecção Individual (EPI) dentro do
local do trabalho?
7. A empresa disponibiliza Equipamento de Protecção Colectiva (EPC) para os seus
colaboradores.
Estratégia de prevenção de acidente de trabalho aos colaboradores
8. A empresa disponibiliza aos funcionários o plano estratégico de prevenção de
acidente de trabalho?
9. Na sua opinião, quais os métodos que estão a ser aplicados para garantir a
implementação dos sistemas de gestão da Segurança, higiene e Saúde no trabalho
na PETROMOC?
10. Na sua opinião, o que a empresa, os funcionários e o governo fazem, dizem ou
pensam sobre a Higiene e Segurança no Trabalho e que estratégias desenvolvem
para mitigar os riscos no contexto da indústria de petróleo e gás?

66
ANEXO III

Guião de entrevista dirigido à Equipe de Direcção da PETROMOC, SA

1. Caracterização do inquirido

1.1.Sexo F_____/M______
1.2. Idade____________
1.3. Função do funcionário____________
1.4. Anos de trabalho________________
1.5. Habilitações literárias_____________

2. Análise da Gestão de Higiene E Segurança no Trabalho na Indústria Petrolífera

1. Que estratégias de prevenção e protecção de risco à saúde dos trabalhares na indústria


petrolífera são adoptados pelo MITESS e o MIREME?
2. Quais condições de higiene e segurança no trabalho a PETROMOC propiciam aos
trabalhadores/funcionários para o decurso das suas actividades?
3. Como são tratados os casos de acidentes de trabalho e doenças profissionais na
PETROMOC?
4. Que estratégias de formação, divulgação, implementação e controlo dos trabalhadores em
matérias de HST utilizado em Moçambique no sector petrolífero?
5. Na sua opinião, quais os métodos que estão a ser aplicados para garantir a implementação
dos sistemas de gestão da Segurança, higiene e Saúde no trabalho na PETROMOC?
6. Na sua opinião, o que a empresa, os funcionários e o governo fazem, dizem ou pensam
sobre a Higiene e Segurança no Trabalho e que estratégias desenvolvem para mitigar os
riscos no contexto da indústria de petróleo e gás?

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