Absorção de Gases
Absorção de Gases
Absorção de Gases
ABSORÇÃO DE GASES
Torres de absorção, funcionamento, aplicações e uso na minimização da
poluição atmosférica.
SALVADOR
2020
ADAILTON CARVALHO SILVA, CARLA EDITE DE JESUS
SANTIAGO, DANIELE SANTOS DE ASSIS, EDILANA COSTA
SANTOS SÉ, GABRIELA NATALIA BATISTA CARDOSO,
JOSEANE OLIVEIRA DOS SANTOS, THAYRINE GONÇALVES
SHIU WEN LIU
ABSORÇÃO DE GASES
SALVADOR
2020
RESUMO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6
TORRES DE ABSORÇÃO ................................................................................. 7
FUNCIONAMENTO ......................................................................................... 12
APLICAÇÃO .................................................................................................... 14
CONCLUSÃO .................................................................................................. 21
REFERÊNCIA .................................................................................................. 23
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INTRODUÇÃO
A absorção é uma operação unitária de separação que consiste basicamente em
transferir/fixar átomos, moléculas ou íons de um gás por um sólido ou líquido ou
ainda de um líquido por um sólido.
O engenheiro para trabalhar com esta operação e com torres de absorção, sendo
capaz de projetar e dimensionar uma torre de absorção, calcular eficiência de
processo, a escolha do melhor tipo de recheio e a quantidade de estágios
necessários, precisa de um bom conhecimento em transferência de massa, pois
o processo consiste principalmente na transferência de massa entre as fases e
as regiões de contato da torre.
TORRES DE ABSORÇÃO
Entre os equipamentos de separação, está a torre de absorção. Que pode ser
usado para a purificar, obter, recuperar ou reaproveitar um composto dentro de
um processo, para um produto final de qualidade. Possuindo diversas
funcionalidade, a torre ou coluna de absorção é projetada para uma aplicação
específica, o que determina o solvente utilizado, tamanho e o designer interior.
Nas torres de pratos, as bandejas são distribuídas por toda a torre, permitindo
que o líquido escoe de forma descendente por toda a coluna e o gás passe por
ele em contracorrente, se envolvendo no líquido. Os gases de maneira
ascendentes passam pelas perfurações existentes nos pratos, o que permite a
maior interação entre as fases líquido-vapor.
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Para manter a eficiência do processo, a velocidade do gás não pode ser baixa,
pois o líquido pode passar pelas perfurações promovendo o vazamento da
solução. Afim de evitar esse vazamento, pode se optar por usar as torres de
pratos perfurados com válvulas, pois as válvulas presentes permitem o maior
controle, se abrindo de acordo com a vazão do gás, impedindo que o líquido
passa por elas em baixas pressões. O líquido então, desce apenas pela lateral
ao transbordar.
massa, diferente dos pratos comuns em que o gás passa pelo líquido
verticalmente. Semelhante a estes, os pratos com borbulhadores (ou
campânulas) são dimensionados afim de diminuir a passagem do líquido pelo
canal do gás, de forma que o gás se disperse na fase líquida, promovendo maior
contato entre as fases.
Figura 03: Pratos com Borbulhadores.
FUNCIONAMENTO
O processo de absorção de gases, baseia-se na mudança de um componente
de uma mistura gasosa para um líquido absorvente, ocorrendo devido à
solubilidade e à diferença de concentração entre as fases presentes. Um soluto
ou sua mistura, que estão na fase vapor e em uma corrente gasosa são
transferidos para a parte líquida do produto, onde é absorvido.
O recheio tem como função sustentar o líquido da fase líquida de tal forma que
também permita um contato adequado entre as fases. Na hora de avaliar as
torres de prato ou recheios, deve-se haver uma escolha lógica, pois o objetivo é
obter condições de operações mais econômicas possíveis. O solvente deve ser
escolhido e em seguida estimar as condições de operação, após essa escolha,
analisar o diâmetro da torre e da queda de pressão, e para finalizar, determinar
a altura da torre. No ato da escolha do solvente, a solubilidade do soluto deve
ser avaliada, pois terá que ser a mais alta possível, é ideal que seja um solvente
de baixa pressão de vapor, de custo relativamente baixo, que não interaja
quimicamente com os componentes do processo e que garanta os requisitos do
projeto, o mesmo não deve ser nem tóxico e nem inflamável.
APLICAÇÃO
A absorção de gases é uma das operações unitárias que possui grande
aplicação nos processos industriais, e sua utilidade vai desde a preparação da
matéria-prima, para a transformação de insumos em produtos finais, até a
purificação dos produtos obtidos por meio de tais processos, sendo mais
utilizado como purificador.
São classificados de acordo com as reações que podem ou não ocorrer. Quando
um gás ou vapor em solução gasosa é posto em contato com o líquido no qual
ele é solúvel, há transferência de massa do gás para o líquido,
proporcionalmente à solubilidade do gás no líquido e ao diferencial de
concentração (sem reação). Exemplo: recuperação de acetona de uma mistura
ar/acetona por um fluxo de água. Sendo que o ar efluirá pela torre com um baixo
teor de acetona e no fundo da torre a uma solução mais concentrada e aquosa
de acetona sairá.
Nos casos onde, além dessa afinidade física, o gás reage com o líquido (ou com
alguma substância nele dissolvida), ocorre à chamada absorção com reação
química, geralmente aumenta a eficiência de coleta, ocorrendo a formação de
um novo composto. Que posteriormente a fase líquida poderá passar por uma
segunda etapa, por exemplo a destilação, para separar o soluto do líquido. Como
usado na fabricação de ácido nítrico pela absorção de óxido de nitrogênio em
água.
A torre também é utilizada na remoção de gás sulfídrico por gás natural por
absorção no solvente mono-di-etanol-amina (MDEA) pode ser feita tanto em
colunas providas de pratos, como de recheios, apesar de que a experiência
evidencia que a utilização de recheios estruturados para esta aplicação resulta
em colunas de menores alturas e diâmetros, desde que a viscosidade do liquido
não seja elevada.
Os resíduos contendo enxofre, flúor, cloro, bromo e iodo resulta num efluente
gasoso em cuja composição são encontrados estes poluentes. A forma mais
comum de eliminá-los é fazer com que os gases da combustão passem através
de uma coluna onde são lavados em contracorrente. O efluente líquido resultante
da operação é recolhido na parte inferior da coluna.
CONCLUSÃO
Tendo em vista os aspectos mencionados a torre de absorção possui o formato
de uma coluna cilíndrica vertical operando em uma sequência de estágio de
equilíbrio de fases. O gás alimentado no fundo da coluna contém o soluto, o
solvente é alimentado no topo da torre, estes irão transitar em contracorrente
permitindo a forte interação entre as fases nos dispositivos de contato que
podem ser do tipo recheio ou pratos, que compõem a parte interna do
equipamento. Durante este processo o soluto e transferido para fase liquida, sua
eficiência é o que determina o grau de recuperação do soluto. A definição da
utilização de recheios randômicos ou estruturados ou pratos dependerá das
características dos fluidos ou alguma especificação técnica, levando ainda em
consideração aspecto econômico para manter a rentabilidade da operação.
A absorção está presente nas torres de destilação também, pois a medida que
o produto é destilado ele é absorvido pelos pratos ou recheios da torre em
questão e pela fração liquida da mistura que adentra a torre. A seção de
absorção em um torre de destilação está acima do prato de alimentação, onde
há um percentual maior sempre do mais volátil e abaixo do prato de alimentação
temos a concentração dos mais pesados que são removidos pelo refluxo interno
de líquido que desce pela torre, caracterizando a separação por diferencial de
volatilidade denominado destilação.
cálculo de estágios, balanços de massa e energia, para que ele seja capaz de
projetar, dimensionar, determinar eficiência e escolher o melhor tipo de recheio
para um determinado processo de absorção.
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REFERÊNCIAS
<https://www.ipen.br/biblioteca/cd/ictr/2004/ARQUIVOS%20PDF/10/10-
004.pdf>. Acesso em 20 de maio de 2020.