Abnt NBR 6479 - 1992
Abnt NBR 6479 - 1992
Abnt NBR 6479 - 1992
A ABNT NBR 6479:1992, elaborada no Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio (ABNT/CB-24), pela
Comissão de Estudo de Portas Corta-Fogo e Acessórios (CE-24:201.01), passou pelo processo de Análise
Sistemática, conforme a Proposta de Confirmação circulada em Consulta Nacional no Edital nº 11, de
21.10.2007 a 20.11.2007, e teve seu conteúdo técnico confirmado pela ABNT em 28.01.2008.
______________
Sede:
Arquivo de impressão gerado em 11/07/2016 14:20:42 de uso exclusivo de HEATING & COOLING TECNOLOGIA TERMICA LTDA
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28 andar
CEP 20003 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
Endereço Telegráfico:
NORMATÉCNICA
Método de ensaio
3 Definição
1 Objetivo
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1.
1.1 Esta Norma prescreve o método de ensaiar e avaliar
o desempenho quanto à resistência ao fogo de componen-
tes de construção destinados ao fechamento de abertu- 3.1 Resistência ao fogo
ras em paredes e lajes.
Propriedade de um componente ou elemento de constru-
1.2 Esta Norma é aplicável a conjunto de porta-batente, ção suportar o fogo e proteger ambientes contíguos contra
com ou sem bandeira, e a vedadores, acompanhados de sua ação. É caracterizada pela capacidade de confinar o
seus sistemas de fixação e fechamento. fogo (estanqueidade e isolamento térmico) e de manter
a estabilidade ou resistência mecânica, por determinado
1.3 Os procedimentos de ensaio descritos nesta Norma período.
permitem a determinação da resistência ao fogo de um
componente de construção(1), tomando-se por base o 4 Aparelhagem
tempo durante o qual o corpo-de-prova satisfaz a um ou
mais critérios estabelecidos nesta Norma, quando sub- Os equipamentos necessários para execução deste en-
metido às condições normalizadas de aquecimento. saio estão descritos em 4.1 a 4.6.
(1) O desempenho do conjunto porta-batente ou vedador é influenciado pelas suas características mecânicas. Os resultados de um en-
saio nem sempre são válidos para componentes de construção cujas dimensões são maiores ou muito menores que as do corpo-
de-prova.
Arquivo de impressão gerado em 11/07/2016 14:20:42 de uso exclusivo de HEATING & COOLING TECNOLOGIA TERMICA LTDA
1%5
Unid.: mm
1%5
Onde: tempo
t = tempo de ensaio, expresso em minutos
Os desvios máximos permitidos são:
T = temperatura do forno no tempo t, expressa em
a) ± 15% durante os primeiros 10 min de ensaio;
graus Celsius
To = temperatura inicial do forno, expressa em graus b) ± 10% durante os primeiros 30 min de ensaio;
Celsius, sendo 10°C < To < 40°C
c) ± 5% após os primeiros 30 min de ensaio.
A curva-padrão temperatura x tempo, representativa da
expressão anterior, está apresentada na Figura 2. A Tabe- 5.1.1.2 Em nenhum instante, a partir dos primeiros 10 min
la mostra alguns valores de elevação de temperatura pa- de ensaio, a temperatura medida por qualquer um dos
ra os valores indicados de tempo de ensaio. termopares deve diferir, em valor absoluto, por mais de
100°C, da correspondente temperatura padronizada. Pa-
5.1.1 Tolerância de temperatura ra corpos-de-prova que incorporem significante quanti-
dade de materiais combustíveis, a temperatura média
5.1.1.1 O desvio médio da temperatura do forno, em re- não deve diferir por mais de 100°C, em valor absoluto.
Arquivo de impressão gerado em 11/07/2016 14:20:42 de uso exclusivo de HEATING & COOLING TECNOLOGIA TERMICA LTDA
1%5
Tabela - Elevação da temperatura em função do de construção deve ser ensaiado no tamanho previsto
tempo para a sua utilização.
5.2.1 A pressão estática no interior do forno deve ser me- 6.1.2.6 O corpo-de-prova deve ser instalado de maneira
dida, utilizando-se o equipamento descrito em 4.4 e 4.5, que o batente esteja faceando a superfície não exposta da
em três posições distintas situadas ao longo de um eixo parede de ensaio, ou como utilizado na prática.
vertical, distando, no máximo, 25 cm de uma das laterais
do corpo-de-prova. 6.1.3 Condicionamento
5.2.2 A posição dos dispositivos de tomada de pressão de- 6.1.3.1 O corpo-de-prova deve permanecer protegido, livre
ve estar de acordo com a Figura 3. da ação de chuvas, durante e após sua montagem para
ensaio.
5.2.3 A pressão de (10 ± 5) Pa ((1,0 ± 0,5) mmca) acima
da pressão atmosférica deve ser mantida na posição 6.1.3.2 Os corpos-de-prova que contiverem materiais hi-
superior; a pressão aproximadamente igual à atmosféri- groscópicos devem ser condicionados à temperatura den-
ca deve ser mantida na posição intermediária, e a pres- tro dos limites de (25 ± 10)°C e à umidade relativa dentro
são negativa, na posição inferior. dos limites de 40% a 65%; o ensaio deve ser executado
após decorridas, no mínimo, 48 h do término do condi-
5.2.4 O controle de pressão deve ser efetuado a partir de cionamento.
10 min após o início do ensaio, e anotado em intervalos
de 5 min. 6.1.3.3 As portas inteiramente construídas de metal ou,
ainda, totalmente revestidas de material impermeável não
6 Execução do ensaio necessitam de condicionamento.
1%5
Arquivo de impressão gerado em 11/07/2016 14:20:42 de uso exclusivo de HEATING & COOLING TECNOLOGIA TERMICA LTDA
6.2 Procedimento não satisfizer aos critérios aplicados para julgar seu de-
sempenho, ou, numa fase anterior, de acordo com a soli-
6.2.1 Condições de exposição ao fogo citação do interessado, fixando o tempo de resistência ao
fogo do componente, mesmo que todos os critérios tenham
6.2.1.1 O corpo-de-prova deve ser exposto, em uma de sido respeitados.
suas faces, às condições de aquecimento especificadas
em 5.1. 6.2.3 Condições gerais de ensaio
1%5
6.2.4 Medição da temperatura do forno b) 300 mm e 150 mm, respectivamente, das bordas
horizontais e verticais, para vedadores quadrados
6.2.4.1 A temperatura do forno é considerada como a mé- de área maior que 0,36 m2;
dia aritmética das temperaturas medidas por termopares
em número total não menor que cinco e não menor que um c) 300 mm e 150 mm, respectivamente, das bordas
para cada 1,5 m2 de superfície do corpo-de-prova, de menores e das bordas maiores, para vedadores
modo que a média das temperaturas a ser determinada retangulares de área maior que 0,36 m2;
seja representativa da temperatura média do forno em
toda a superfície do corpo-de-prova. As juntas de medi- d) 150 mm das bordas, para vedadores de conforma-
das dos termopares devem distar, permanentemente, ção circular, com área maior que 0,36 m2.
100 mm do ponto mais próximo da superfície do corpo-de-
Arquivo de impressão gerado em 11/07/2016 14:20:42 de uso exclusivo de HEATING & COOLING TECNOLOGIA TERMICA LTDA
6.2.5.1 As temperaturas da face não exposta do corpo-de- 6.2.5.9 As leituras das temperaturas devem ser feitas du-
prova devem ser medidas em não menos que cinco pon- rante o decorrer do ensaio, em intervalos que não excedam
tos, para cada folha de porta ou vedador, sendo três prin- 5 min.
cipais, que devem ser arranjados da seguinte maneira:
um, no centro geométrico do corpo-de-prova, e, os outros, 6.2.6 Características de resistência ao fogo a serem verificadas
dispostos simetricamente, em relação ao ponto central, durante o ensaio
nos centros dos terços superior e inferior do mesmo eixo
vertical. Para portas ou vedadores com duas folhas, estes 6.2.6.1 Isolamento térmico
três termopares devem ter a mesma disposição em cada
folha. Os outros termopares devem ser posicionados de O isolamento térmico é verificado pelo aumento de tem-
maneira que se obtenham as temperaturas mais críticas peratura observado na face não exposta do corpo-de-
da face não exposta do corpo-de-prova. prova, durante o decorrer do ensaio. A média aritmética
das temperaturas medidas nos termopares principais ins-
6.2.5.2 No caso de portas com bandeira, deve ser utilizado, talados conforme 6.2.5 é considerada a temperatura mé-
no mínimo, um termopar adicional para medir a tempera- dia da face não exposta.
tura na face não exposta da bandeira, colocado no centro
geométrico desta. 6.2.6.2 Estanqueidade
6.2.5.3 Nenhum dos termopares utilizados deve ser fixado 6.2.6.2.1 A estanqueidade a chamas e gases quentes das
em pontos onde se localizam as ferragens que atraves- frestas e outras aberturas, ocorridas no corpo-de-prova
sam o corpo-de-prova, nem a uma distância das bordas durante o ensaio, é verificada por meio de um chumaço
inferior a: de algodão colocado a uma distância destas variável en-
tre 20 mm e 30 mm. Para determinar a inflamação do
a) 300 mm e 150 mm, respectivamente, das bordas chumaço, este deve ser aplicado a intervalos regulares e
horizontais e verticais, para portas; mantido em posição durante 20 s.
Arquivo de impressão gerado em 11/07/2016 14:20:42 de uso exclusivo de HEATING & COOLING TECNOLOGIA TERMICA LTDA
1%5
6.2.6.2.2 No caso de ocorrência de frestas entre a porta ou para permitir a passagem, da face exposta para a não
vedador e o batente ou armação, o chumaço deve ser co- exposta, de gases quentes ou chamas, revelados pela in-
locado frontalmente num plano paralelo à face do corpo- flamação de um chumaço de algodão, conforme 6.2.6.2,
de-prova. ou de chamas com duração superior a 10 s.
tação.
6.2.6.2.5 O chumaço de algodão deve ter formato quadra-
do, com cerca de 100 mm de lado e 20 mm de espessura, 7.2 Categorias de resistência ao fogo
ser constituído de fibras novas, sem tingimento, isento
de fibras sintéticas, pesando de 3 g a 4 g. De acordo com o atendimento aos critérios de resistência
ao fogo, descritos em 7.1, o corpo-de-prova deve enqua-
6.2.6.2.6 O chumaço deve ser seco em estufa, à tempera- drar-se em uma das categorias seguintes:
tura de 100°C, durante 30 min e, a seguir, guardado em re-
cipiente fechado, impermeável. a) pára-chamas, quando atender às exigências de re-
sistência mecânica e estanqueidade;
6.2.6.2.7 O chumaço é fixado a um quadro de 100 mm de
lado, constituído de arame metálico de 1 mm de diâmetro b) corta-fogo, quando atender a todas as exigências,
e provido de alça. ou seja, resistência mecânica, estanqueidade e
isolamento térmico.
6.2.6.2.8 Deve anotar-se o instante e a posição em que
ocorrer a primeira inflamação do chumaço de algodão. 7.3 Graus de resistência ao fogo
6.2.6.2.9 Quaisquer ocorrências de frestas e outras abertu-
A cada categoria de resistência ao fogo, é associado um
ras no corpo-de-prova devem ser observadas e registra-
grau de resistência ao fogo expresso pelo tempo de en-
das, assim como ocorrência de chamejamento na face
saio durante o qual os corpos-de-prova satisfazem aos
não exposta, com duração superior a 10 s.
critérios de resistência corrrespondentes à sua catego-
ria. Para portas ou vedadores, os graus de resistência ao
6.2.6.3 Resistência mecânica
fogo, expressos em minutos, são os seguintes: 120, 90, 60
e 30.
Deve anotar-se o instante de destruição total ou parcial do
corpo-de-prova ou da abertura em razão da deficiência
7.4 Classificação do corpo-de-prova
mecânica ou do mecanismo de fechamento deste corpo-
de-prova. As deformações do corpo-de-prova devem ser
O resultado do ensaio deve fornecer a classificação do
medidas durante o ensaio.
corpo-de-prova, segundo a categoria e o grau de resistên-
cia ao fogo, de acordo com as normas específicas para
6.2.6.4 Observações adicionais
cada tipo de componente ensaiado. Se os critérios de re-
sistência ao fogo, referentes a uma categoria preestabe-
No transcorrer do ensaio, devem ser observados todas as
lecida, não forem atendidos dentro de um determinado
mudanças ou eventos, mesmo que não relativos aos cri-
grau de resistência também preestabelecido, tem-se a
térios de resistência ao fogo, que possam causar riscos no
falência do corpo-de-prova, e o ensaio pode ser encerrado
ambiente de um edifício, como, por exemplo, a emissão de
antes do tempo previsto. Neste caso, pode enquadrar-se
apreciável volume de fumaça ou de vapores, pela face não
o corpo-de-prova no grau de resistência ao fogo corres-
exposta do corpo-de-prova.
pondente ao tempo em que os critérios referentes à cate-
goria tenham sido atendidos.
7 Resultados
1%5