Intercorrências Cirúrgicas I Apostila
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ESCOLA TÉCNICA
Escola Técnica Mônaco
Estrada da Portela, nº 107
Madureira – Rio de Janeiro – RJ – Brasil – 21.351-050
Diagramação e Edição
Fernando O. Borges
Coordenação Pedagógica
Tamires da Silva Santos Pereira
Direção Pedagógica
Suellen Ewald Torres de Oliveira
PERÍODOS OPERATÓRIOS......................................................................................... 08
AUTORIZAÇÃO OPERATÓRIA................................................................................. 08
ANESTESIA/TIPOS........................................................................................................ 17
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.............................................................................. 22
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INTERCORRÊNCIA CIRÚRGICA I
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PLANEJAMENTO DA UNIDADE DE CENTRO
CIRÚRGICO
A unidade de Centro Cirúrgico é o conjunto de elementos destinados às atividades cirúr-
gicas, bem como à recuperação pós-anestésica (R.P.A) e pós-operatória imediata (P.O.I).
PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES
1º Proporcionar recursos humanos e materiais para que o ato cirúrgico seja realizado
em condições ideais, não só técnicas como assépticas;
2º Prestar assistência integral ao paciente no período de R.P.A e P.O.I;
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EQUIPAMENTOS DA SALA DE CIRURGIA
Os equipamentos utilizados em uma sala de cirurgia podem ser móveis e fixos.
Equipamentos Fixos
São aqueles adaptados á estrutura da sala de cirurgia. São eles:
Armário embutido;
Balcão;
Negatoscópio;
Interruptores e tomadas de 110 e 220w;
Oxigênio e vácuo central;
Foco central;
Ar condicionado;
Equipamentos Móveis
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PERÍODOS OPERATÓRIOS
PRÉ-OPERATÓRIO
TRANS-OPERATÓRIO
PÓS-OPERATÓRIO
AUTORIZAÇÃO OPERATÓRIA
Todo paciente ou o seu responsável deve assinar, antes da cirurgia, um termo de res-
ponsabilidade, autorizando o hospital a realizar o procedimento cirúrgico. Essa autorização
operatória tem como finalidade:
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- proteger o hospital e sua equipe contra uma ação legal do paciente ou de sua
família sobre uma cirurgia realizada sem consentimento.
CONCEITO
OBJETIVOS:
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IDENTIFICAÇÃO DO CLIENTE
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PERÍODO DE ADMINISTRAÇÃO DOS MEDICAMENTOS
Já que os medicamentos pré-anestésicos devem ser administrados de 45 a 75 min antes
da anestesia, é muito importante que o profissional de enfermagem administre esta medica-
ção precisamente no tempo prescrito. De outro modo, seu efeito será reduzido ou ainda não
terá iniciado quando começar a anestesia.
Após a administração da M.P.A, o paciente deverá ser mantido no leito, porque come-
çará a sentir-se sonolento. Se receber atropina, deverá ser informado de que sua boca ficará
seca. Durante esse tempo, o enfermeiro deve informar o paciente sobre os efeitos colaterais
das medicações. O ambiente deverá estar tranqüilo para favorecer seu relaxamento.
Obs.: A Atropina é uma droga que tem como finalidade reduzir secreções (devido a
isso a boca fica seca).
FINALIDADES DA M.P.A.
PREPARO INTESTINAL
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negativos sobre o equilíbrio hidroeletrolítico (isto também seria muito desgastante para o pa-
ciente). Notifique ao médico, caso os enemas não continuem saindo limpos.
Obs.: toda e qualquer lavagem intestinal deve ser feita no paciente em decúbito lateral
esquerdo.
JEJUM
De 8h às 10h antes da cirurgia, o paciente não pode mais ingerir alimentos sólidos. Os
pacientes a serem operados pela manhã são mantidos com líquidos claros até 4horas antes da
cirurgia.
O propósito de suspender os alimentos antes da cirurgia é prevenir a aspiração para
os pulmões. O material inalado age como corpo estranho aos pulmões, é irritante, causa uma
reação inflamatória e, ao mesmo tempo, interfere na troca aérea adequada. A aspiração é um
problema sério, causando uma mortalidade em torno de 60 a 70%, quando ocorre.
CATETER NASOGASTRICO
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APARELHO RESPIRATÓRIO
RESPIRAÇÃO DIAFRAGMÁTICA
Assumir uma posição no leito semelhante àquela que certamente será usada depois da
cirurgia. (semi-fowler)
Colocar as duas mãos sobre a parte inferior do gradil costal, abrir suavemente a mão e
repousar a superfície plana dos dedos sobre o tórax (para sentir o movimento do tórax).
Expirar suave e plenamente, para que as costelas afundem em relação à linha média.
Inspirar profundamente pela boca e nariz, para permitir a elevação do abdômen, à
medida que os pulmões se enchem de ar.
Prender a respiração e contar até 5.
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Expirar deixando todo ar sair pelo nariz e pela boca. Repetir esses exercícios respi-
ratórios 15 vezes, com um breve repouso, depois de cada cinco repetições. Fazer isso duas
vezes ao dia, durante os dias que precedem a cirurgia.
TOSSE
A tosse facilita a eliminação de secreções torácicas. Quando se efetua uma respiração
profunda, o reflexo da tosse é estimulado.
Seqüência:
- entrelace os dedos e coloque as mãos sobre o local da provável incisão. Isso funcio-
nará como uma “faixa de proteção”, durante a tosse, e não ameaçará a incisão;
- incline-se ligeiramente para frente, quando estiver sentado na cama;
- respire utilizando o diafragma, como foi descrito anteriormente;
- inale plenamente com a boca aberta;
- faça 3 ou 4 tossidas rápidas,depois, com a boca aberta, faça uma respiração pro-
funda e estimule uma ou duas tosses vagarosas e, a seguir rápidas;
Muitas decisões terapêuticas importantes se baseiam nos sinais vitais, a precisão é, por-
tanto, essencial.
Temperatura Axilar - 36,0 a 36,8 ºC
Respiração - 16 a 20 IRPM (Impulsos Respiratórios por Minutos).
Obs.: Note se a batida do pulso contra o seu dedo é forte ou fraca. Forte - pulso cheio
Fraca – filiforme
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EXERCÍCIOS ATIVOS, PASSIVOS E ISOMÉTRICOS
Exercícios ativos:
São exercícios efetuados pelo paciente sem auxílio do terapeuta; objetiva aumentar a
força muscular.
Exercícios passivos:
São os exercícios executados pelo terapeuta ou pelo enfermeiro, sem auxílio do pacien-
te; objetivam reter a mais ampla faixa de mobilidade articular possível e manter a articulação.
Exercícios isométricos:
Realizam-se alternativamente, contraindo e relaxando-se um músculo, ao mesmo tempo
em que se mantém uma parte do corpo numa posição fixa. Esses exercícios são efetuados pelo
paciente e objetivam manter a força muscular, quando uma articulação for imobilizada.
DEAMBULAÇÃO
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APARELHO GENITURINÁRIO
Quando o paciente precisa urinar e não consegue, deve-se palpar a parte inferior do
abdômen, onde se sentirá a presença da bexiga distendida (bexigoma ou globo vesical), e
deverá introduzir, sob prescrição médica, sonda vesical de alívio, quando outras medidas fa-
lharem. Caso o paciente não apresente problemas para urinar, pede-se que faça o esvazia-
mento espontâneo da bexiga, antes de ser encaminhado à S.O (sala de operação).
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TRICOTOMIA
A tricotomia (raspagem de pêlos) é efetuada pela equipe de saúde duas horas antes de
o paciente ser encaminhado ao centro cirúrgico. Pode ser utilizado um detergente antimicrobia-
no para fazer espuma e tornar a remoção de pelos mais fáceis. Deve-se manter a pele firme
e a depilação será feita pela direção ao crescimento dos pêlos. Deverão ser feitos movimentos
longos e contínuos e devem ser evitadas as escoriações. Deve-se manter o paciente orientado
para melhor posicionamento.
BANHO
TRANSPORTES E REGISTROS
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Toda atividade da sala de cirurgia é centralizada no paciente que irá ser submetido
a um procedimento cirúrgico, para reparo, correção ou alívio de um problema físico. Desde o
momento em que o paciente chega à sala de cirurgia até o momento em que é administrada
a anestesia, essa atenção deve ser centrada nas reações tanto psicológicas quanto fisiológicas
do paciente.
No sentido de se assegurar ao paciente uma assistência integral durante a cirurgia, as
informações deverão ser compartilhadas com o anestesiologista, enfermeiro e cirurgião. Além
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disso, quaisquer ocorrências pertinentes, relacionadas à assistência ao cliente na sala de R.P.A
(hemorragia, choque, problemas respiratórios, etc), precisam ser anotados, documentados e
levados à equipe da sala de R.P.A.
OBJETIVOS
FORMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE
ANESTÉSICO
ANESTESIA GERAL
Tipos:
Anestésicos líquidos voláteis:
Produzem anestesia quando os seus vapores são inalados. Incluem-se neste grupo:
HALOTANO, EUFLURANO e o ISOFLURANO. Todos são administrados com O2 e usualmente
com óxido nitroso.
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Anestésicos gasosos:
Anestesia endovenosa:
Pode ser produzida com injeção de várias substâncias, como TIOPENTAL (Pentotal), um
barbitúrico de ação curta, sendo comumente o anestésico mais utilizado para este propósito;
esta substância leva a perda da consciência em 30 segundos . A anestesia endovenosa é útil
nas cirurgias de pouca duração, sendo utilizada com menor freqüência nas cirurgias prolonga-
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ANESTESIA REGIONAL
É um tipo de anestesia local em que um tipo de substância analgésica é injetado dire-
tamente em torno de nervos, de modo que está área seja anestesiada. O efeito depende do
tipo de nervo envolvido. O efeito de um anestésico não pode ser considerado desaparecido,
até que as funções motoras sejam recuperadas.
O paciente submetido a uma anestesia espinhal ou local permanece acordado e cons-
ciente no ambiente que o cerca. Conversas descuidadas, barulhos desnecessários e odores
desagradáveis precisam ser evitados, pois podem ser percebidos pelo paciente na mesa de
cirurgia.
Tipos:
Anestesia espinhal: produz um tipo de convulsão extensa do bloqueio nervoso que ocorre
com a introdução de um anestésico local no espaço subaracnóideo. A nível lombar, ela produz
anestesia das extremidades inferiores, períneo e abdômen inferior.
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Anestesia local: é realizada pela injeção de um anestésico local nos tecidos próximos ao local
da incisão, freqüentemente ela é associada a um bloqueio dos nervos que suprem a área da
incisão.
Tem como vantagens: é um método simples com poucos equipamentos; a recuperação pós-op-
eratória é facilitada, é ideal para cirurgias curtas e superficiais, o efeito indesejável da aneste-
sia geral são evitados.
- Transversal: Gastrectomia;
- MC Burney: Apendicectomia;
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- A preocupação com a segurança deverá ser particularmente observado nos
clientes magros, idosos e obesos;
- A paciente precisa de uma contenção gentil, antes da indução, em caso de
agitação;
- A circulação sanguínea e a linfática não podem ser obstruídas por uma
posição desconfortável e nem poderá haver pressão em determinada área.
Posição de Litotomia
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Nessa posição, o paciente está deitado de costas com as pernas e coxas flexionadas em
ângulo reto.
A posição é mantida colocando-se os pés em estribos. Está indicada para quase todas
cirurgias do períneo, reto e vagina.
Cirurgias Renais
O cliente é colocado sobre o lado não operatório, na posição de rins, com um travesseiro
de ar abaixo da região lombar, ou sobre uma mesa com a região dorsal ou rins elevados.
Cirurgia do Pescoço
As cirurgias que envolvem a tireóide, por exemplo, são realizadas com o paciente em
decúbito dorsal, com o pescoço distendido sobre um travesseiro abaixo do outro, e a cabeça e
o tórax elevados, de modo a reduzir a pressão venosa.
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Cirurgias Cranianas e Cerebrais
Posição de Trendelembug
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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