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º ANO
Grupo I
LEITURA
Lê o texto e as notas.
As Palavras
Brian Klugman e Lee Sternthal trabalharam juntos no roteiro do filme "Tron - O Legado"
(2010) e voltaram em "As Palavras", não só como roteiristas, mas também como diretores. O
filme, apesar de carregar uma ideia bastante interessante, carece 1 justamente de uma boa
direção e de um roteiro mais corajoso.
5 Os primeiros passos de "As Palavras" são inusitados 2 e, de certa forma, instigam-nos3.
Camadas e camadas vão-nos sendo reveladas aos poucos. Este é, com certeza, o seu primeiro
grande ponto forte. Ao início, vemos um autor de sucesso, Clay Hammond, interpretado pelo ator
Dennis Quaid, numa noite de gala, que apresenta o seu mais recente livro à imprensa: "The
Words". Assim, vamos entrando na história contada por Clay, sobre a vida de um escritor
10 fracassado, chamado Rory Jasen, papel bem desempenhado por Bradley Cooper, casado com
Dora, a atriz Zoe Saldana, a quem promete uma vida melhor, mas ainda vive às custas do seu
pai (J.K. Simmons), precisamente porque nunca publicou um livro. Eis que, ao comprar uma
pasta numa loja de antiguidades, Rory encontra, no seu interior, páginas velhas e amareladas de
uma história fantástica, que nunca fora publicada. É então que ele vê a sua hipótese para
15 alcançar o sucesso, publicando o livro como se fosse seu, conhecendo a fama e tudo o que
sempre sonhou. O que Rory não esperava, porém, é que um desconhecido (Jeremy Irons) fosse
ao seu encontro, para se identificar como o verdadeiro autor do livro e decidido a contar-lhe a
verdade por trás daquelas palavras.
A história do filme é revelada aos poucos e, assim, vamo-nos distanciando do ponto de
20 início. Tudo começa com um autor que narra a sua própria criação e, a certa altura, parece
existir uma linha ténue4 entre ficção e realidade, dois mundos que coexistem5, mas que nunca se
tocam. Há três histórias que são contadas, a de Clay, a de Rory e o seu roubo, e a do homem
que volta ao passado, na cidade de Paris pós-guerra, falando sobre a inspiração para a sua
obra-prima, sobre o seu romance com uma jovem e como pôs tudo a perder devido às suas
25 escolhas. Se, no início, essas histórias nos são apresentadas como partes de um livro,
rapidamente nos esquecemos disso e nasce a dúvida sobre o que seriam exatamente cada uma
delas. Seriam realmente ficção? Ou narrativas reais? Essas questões tornam "As Palavras" um
filme interessante, uma experiência válida, ainda mais quando chegamos ao final, que é belo e
simples.
http://cinemaateca.blogspot.com/2014/12/critica-as-palavras-words-2012.html
(Consultado em 31/10/2022. Texto adaptado)
NOTAS
1
Português – Ensino Básico
TESTE DE AVALIAÇÃO | 1.º PERÍODO | PORTUGUÊS – 5.º ANO
1
carece – necessita, tem falta de.
2
inusitados – pouco comuns, invulgares.
3
instigam – estimulam, despertam.
4
ténue – muito fina, pouco percetível.
5
coexistem – existem simultaneamente, ao mesmo tempo.
3. Rodeia, nos itens 3.1. e 3.2., a opção que completa cada afirmação, de acordo com o texto.
3.1. A palavra «autor» (linha 7), no contexto em que ocorre, pode ser entendida como
(A) uma palavra que se refere a Dennis Quaid.
(B) um sinónimo de escritor.
(C) um vocábulo de sentido genérico que se refere a todos os tipos de artista.
(D) uma palavra com um sentido negativo.
2
Português – Ensino Básico
TESTE DE AVALIAÇÃO | 1.º PERÍODO | PORTUGUÊS – 5.º ANO
Grupo II
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
O recado de Oriana
O Homem Muito Rico não tinha nem mulher, nem filhos e nem amigos. Só tinha criados.
A casa dele ficava no meio de um jardim muito bem tratado, com relva, arbustos, flores e
ruas de areia.
Oriana deu a volta à casa para ver por onde é que havia de entrar. As portas estavam
5 todas fechadas à chave e Oriana não as podia abrir. Porque na casa do Homem Muito Rico
as fechaduras eram tão caras que nem uma varinha de condão as podia abrir. Mas havia
uma janela aberta. Era a janela da sala. Oriana espreitou e viu que na sala não estava
pessoa nenhuma. Só lá estavam as coisas. Mas reinava uma atmosfera de grande má
disposição. Os sofás e as cadeiras davam cotoveladas uns aos outros. […]
10 A sala estava cheia como um ovo. Oriana entrou e as coisas puseram-se a falar ao
mesmo tempo:
- Oriana, Oriana! Tira-nos daqui! - gritavam as flores.
- Oriana, diz à jarra que não me empurre! - pediu a caixa. […]
- Sosseguem, acalmem, não falem todos ao mesmo tempo. - pediu a fada.
15 Então as coisas calaram-se todas e depois a mesa disse:
- Oriana, não podemos estar aqui! Não cabemos nesta sala! Nesta sala há coisas
demais. Estamos todos apertadíssimos... E somos coisas com feitios diferentes e não nos
entendemos muito bem. Eu sou uma mesa antiquíssima. Estava na sala de jantar de um
convento...[…] E aqui me sinto muito mal. As coisas estão sempre a dar-me encontrões. Há
20 uma grande embirração entre mim e o sofá dourado. Eu sou toda lisa e ele é todo feito de
torcidos. […]
E por uma todas as coisas foram pedindo que as levasse para outro sítio.
- Minhas queridas coisas - disse Oriana -, eu não posso fazer o que me pedem. Se eu as
fizesse desaparecer daqui, o dono da casa teria um grande desgosto. E eu não posso entrar
25 numa casa para dar desgosto ao seu dono.
- Então, o que se há de fazer? - perguntaram as coisas.
- Nada - disse Oriana. - Nesta sala tudo tem um ar irremediável. Quando entro nas outras
casas, faço aparecer as coisas que faltam. Mas aqui não falta nada. […]
- Então, se não nos podes tirar daqui faz crescer a sala para nós cabermos.
30 - Tenho muita pena - disse Oriana - mas é impossível. Quando o dono desta casa a
3
Português – Ensino Básico
TESTE DE AVALIAÇÃO | 1.º PERÍODO | PORTUGUÊS – 5.º ANO
mandou fazer disse ao arquiteto: “Faça-me uma casa pequena, por causa das invejas”.
As coisas calaram-se um instante, pensaram e disseram:
- Oriana, convence o dono da casa a dar-nos de presente a alguém que não tenha
móveis.
35 - Isso! - disse Oriana - é uma ótima ideia. Já sei o que vou fazer.
Em cima da mesa estavam um bloco de papel e uma caneta. Oriana pegou na caneta e
escreveu:
Quem dá aos pobres empresta a Deus. Dá metade dos teus móveis aos pobres.
- Ótimo! – disseram as coisas. […]
40 Então ouviram-se passos no corredor e Oriana escondeu-se atrás do biombo1.
A porta abriu-se e entrou o Homem Muito Rico. Mal entrou viu o bloco de papel que
estava em cima da mesa. Leu o que lá estava escrito, ficou furioso porque era muito
avarento2, e exclamou:
- Que atrevimento! […]
45 Tocou a campainha e apareceu o mordomo.
- Chama imediatamente os criados todos - disse o Homem Muito Rico.
Daí a um instante entraram os criados todos. […]
Os criados estavam assustadíssimos. Oriana, ouvindo este discurso, ficou muito aflita
com o que tinha feito. Num abrir e fechar de olhos tocou a sua varinha de condão no bloco,
fazendo desaparecer o que lá estava escrito e tocou na bailarina, fazendo-a voar para cima
da prateleira.
Sophia de Mello Breyner Andresen, A Fada Oriana, 38.ª ed. Porto,
Porto Editora, 2014.
NOTAS
1
biombo – móvel usado para tapar, dividir ou isolar espaços.
2
avarento – apegado ao dinheiro.
1.1. Na casa do Homem Muito Rico, Oriana não conseguia abrir as fechaduras
porque
A as fechaduras não existiam.
B as fechaduras eram muito antigas.
C as fechaduras eram mágicas.
D as fechaduras eram muito caras.
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Português – Ensino Básico
TESTE DE AVALIAÇÃO | 1.º PERÍODO | PORTUGUÊS – 5.º ANO
1.3. Oriana não podia fazer o que os objetos lhe pediam, pois
A seria acusada de roubo.
B tinha perdido a sua varinha de condão.
C não podia dar um desgosto ao dono da casa.
D os objetos eram muito valiosos para o seu dono.
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Grupo III
GRAMÁTICA
1. Identifica a função sintática das expressões sublinhadas nas frases, assinalando com um X a
coluna adequada.
simples composto
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Português – Ensino Básico
TESTE DE AVALIAÇÃO | 1.º PERÍODO | PORTUGUÊS – 5.º ANO
Classes de palavras
Grupo IV
ESCRITA
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