EIA ETA Itapoa Saneamento 01 02 15
EIA ETA Itapoa Saneamento 01 02 15
EIA ETA Itapoa Saneamento 01 02 15
ITAPOÁ, SC.
Janeiro de 2015.
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Estudo de Impacto Ambiental – EIA
Sumário
1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................14
2. OBJETIVOS ...............................................................................................................................15
2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................... 15
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................................. 15
3. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR E EMPRESA CONSULTORA .............................................15
7.1 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESTRADA DE ACESSO............. 55
7.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) - ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESTRADA DE ACESSO ................ 56
7.3 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) - CAPTAÇÃO DE ÁGUA BRUTA ....................................................... 56
7.4 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) - CAPTAÇÃO DE ÁGUA BRUTA .......................................................... 56
LISTA DE FIGURAS
Figura 3 - Croqui da matricula 10.667 mostrando o terreno (em vermelho) onde se pretende instalar a
Estação de Tratamento de Água e posteriormente a Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários do
Município de Itapoá-SC. ........................................................................................................................................ 23
Figura 4 - Localização da área do terreno que será destinada à implantação da Estação de Tratamento
de Água (ETA) e Estrada de Acesso, e ainda, o local da Captação de água bruta e sua tubulação. ...................... 24
Figura 6 - Localização do Sistema de Tratamento de Água Bruta e Captação de Água Bruta para o
Munícipio de Itapoá, SC. ........................................................................................................................................ 28
Figura 7 - Esquema Geral das Obras Previstas para o Sistema de Abastecimento de Água Tratada para o
Município de Itapoá-SC. ........................................................................................................................................ 29
Figura 8 - Planta Geral do Sistema Proposto para o Abastecimento de Água Tratada para o Município
de Itapoá-SC. ......................................................................................................................................................... 30
Figura 11 - Zoneamento urbano dos locais onde serão implantados os Centros de Reservação. .......... 52
Figura 14 - Regiões climáticas do Brasil, demonstrando o tipo de clima em Itapoá: Cfa, segundo a
classificação de Koppen. ........................................................................................................................................ 67
Figura 15 - Precipitação média mensal ao longo do ano (1929 a 1988). Fonte: Agência Nacional de
Águas - Estação Meteorológica INMET São Francisco (hidroweb.ana.gov.br). ..................................................... 68
Figura 18 - A imagem fotográfica mostra o solo maduro-SM, superficial, seguido do solo saprolítico- SS,
mais profundo, característico da alteração intempérica dos granitoides presentes na região Fonte: Cicero Mario
Bortoluzzi-Out/2010. ............................................................................................................................................. 77
Figura 21 - As imagens fotográficas relacionadas mostram os tipos de solos presentes nas cercanias e
no local de inserção da estação de tratamento o solo maduro, superficial, delgado, cinza escuro - seta em
amarelo, seguido do solo saprolítico essencialmente arenoso, com 4,0m de espessura, marrom, sotoposto ao
solo maduro - seta em preto. ............................................................................................................................... 80
Figura 23 - As imagens mostram os tipos de erosão linear (1) e os escorregamentos do tipo queda de
material na vertical (2) frequente nos terrenos de características arenosas como é o caso do local dos estudos,
ligados à destituição da vegetação de cobertura e a adoção de inclinação de taludes de cortes inadequados a
estabilidade desse material. .................................................................................................................................. 82
Figura 24 - Regiões Hidrográficas do Estado de Santa Catarina. Observação: (*1: Bacia Hidrográfica do
Rio Cubatão do Norte; *2: Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu). FONTE: SDS, 1997. .............................................. 83
Figura 25 - Mapa de identificação da Bacia Hidrográfica do rio Saí-Mirim e Bacia de Contribuição para a
Captação de Água da ETA no Município de Itapoá, SC. ......................................................................................... 85
Figura 26 - Momento da coleta da amostra de água do rio Saí-Mirim, em Itapoá/ SC. .......................... 86
Figura 32 - Vista geral da vegetação arbustiva na Área de Influência Direta com dominância de lianas.
............................................................................................................................................................................... 92
Figura 35 - Vista geral da vegetação arbustiva na Área de Influência Direta com dominância de lianas 92
Figura 36 - Densos agrupamentos da espécie Typha dominguensis (taboa) nos locais encharcados da
Área de Influência Direta. ...................................................................................................................................... 92
Figura 43 - Fisionomia do estrato inferior da floresta com dominância de Geonoma schottiana. ......... 97
Figura 44 - Fisionomia do estrato inferior da floresta com dominância de Geonoma schottiana .......... 97
Figura 46 - Fisionomia da vegetação na área inventariada com diversas espécies epifíticas fixadas sobre
os troncos das árvores. .......................................................................................................................................... 99
Figura 56 - Vriesea cf. atra Mez e Philodendron corcovadense Kunth. ................................................. 101
Figura 59 - Localização das Unidades de Conservação próximas a Área Diretamente Afetada pela
implantação da ETA do Município de Itapoá-SC. ................................................................................................ 103
Figura 60 - Maquina fotográfica automática modelo Moultrie D-55 IR, utilizada para amostagem de
mamíferos. Itapoá – SC. Foto: L. Machado.......................................................................................................... 106
Figura 62 - Trilhas percorridas para amostragem por método de busca ativa nas áreas de influência da
Estação de Tratamento de Água e área da Captação Itapoá-SC. ....................................................................... 108
Figura 63- Possível toca de tatú registrada na área do estudo. Itapoá - SC. Foto: F.Ulber. .................. 112
Figura 64 - Possível toca de roedor registrada na área do estudo. Itapoá - SC. Foto: F.Ulber. ............. 112
Figura 65 - Nasua nasua (quati), espécie registrada e identificada na área do estudo. Itapoá - SC. Foto:
F.Ulber. ................................................................................................................................................................ 113
Figura 67 - Amostragem por busca ativa dentro da área diretamente afetada da ETA. Itapoá-SC. ..... 116
Figura 72 - Profissional anotando espécies de aves através do método de listas de Mackinnon. ........ 125
Figura 73 - Aspecto do interior da Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, na ADA. ..................... 126
Figura 74 - Ambiente aberto com predomínio de pastagem e árvores isoladas, na AID da Captação de
Água Bruta. Na imagem, um indivíduo da espécie Pyrocephalus rubinus (príncipe). ......................................... 126
Figura 75 - Ambiente aquático representado pelo Rio Saí Mirim, na AID da Captação de Água Bruta. 127
Figura 77 - Número de espécies citadas em bibliografia e registradas em campo para a ADA e AID da
Estação de Tratamento de Água Bruta ETA, para o Município de Itapoá-SC. ..................................................... 145
Figura 84 - Indivíduo da espécie Ramphocaenus melanurus (bico-assovelado), registrado na AID. .... 152
Figura 85 - Indivíduo da espécie Coereba flaveola (cambacica), registrado na ADA. ........................... 153
Figura 86 - Indivíduo da espécie Vanellus chilensis (quero-quero), registrado na AID. ....................... 153
Figura 87 - Indivíduo (macho) da espécie Pyrocephalus rubinus (príncipe), registrado na AID. ........... 153
Figura 90 - Indivíduo da espécie Sirystes sibilator (gritador), registrado na ADA. ................................ 154
Figura 92 - Indivíduo (fêmea) da espécie Tachyphonus coronatus (tiê-preto), registrado na AID. ....... 155
Figura 93 - Indivíduos da espécie Crotophaga ani (anu-preto), registrados na AID. ............................. 155
Figura 95 - Indivíduo da espécie Rupornis magnirostris (gavião-carijó), registrado na ADA. ................ 156
Figura 96 - Indivíduo da espécie Turdus rufiventris (sabiá-laranjeira), registrado na AID. .................... 156
Figura 97 - Indivíduo da espécie Cyanocorax caeruleus (gralha-azul), ave quase ameaçada segundo a
IUCN, registrada na ADA...................................................................................................................................... 157
Figura 101 - Indivíduo (macho) da espécie Ramphocelus bresilius (tiê-sangue), ave ameaçada de
extinção registrada na AID. ................................................................................................................................. 159
Figura 102 - Indivíduo (fêmea) da espécie Ramphocelus bresilius (tiê-sangue), ave ameaçada de
extinção registrada na ADA. ................................................................................................................................ 159
Figura 103 - Indivíduo (macho) da espécie Tangara peruviana (saíra-sapucaia), ave ameaçada de
extinção registrada na ADA. ................................................................................................................................ 159
Figura 105 - Local de captação atual da ETA principal localizado no Rio Saí-Mirim, Itapoá-SC. ........... 177
Figura 106 - Poço de sucção de água bruta - ETA secundária, Itapoá-SC. ............................................. 177
Figura 107 - Captação de Água - ETA secundária localizada no Rio Saí-Mirim, Itapoá-SC. ................... 178
Figura 108 - Adutoras da ETA principal, 2 de DN 200 em Ferro fundido, Itapoá-SC. ............................ 178
Figura 116 - Poço de Recalque da água clarificada nas lagoas de decantação da ETA, Itapoá-SC. ....... 183
Figura 117 - Detalhe da Captação da água clarificada na lagoa de decantação 3 da ETA, Itapoá-SC. .. 184
Figura 119 - Vista dos flitros Russo da ETA, Itapoá-SC. ......................................................................... 185
Figura 121 - Planta baixa da lagoa de decantação da ETA secundária, Itapoá-SC................................. 187
Figura 124 - Vista do tanque de contato da água tratada na ETA principal, Itapoá-SC. ........................ 189
Figura 125 - Reservatório de água tratada - Elevado (Taça), Itapoá-SC. ............................................... 190
Figura 127 – Vista da Reserva Ecológica Vila Velha, Itapoá-SC. ............................................................ 200
Figura 130 - A imagem apresenta os principais acessos do Município de Itapoá aos Municípios de
fronteira (Garuva/SC, São Francisco do Sul/SC e Guaratuba/PR). ...................................................................... 202
Figura 132 - Imagem do zoneamento urbano do Município de Itapoá, segundo plano diretor. Fonte:
Prefeitura Municipal de Itapoá, SC. ..................................................................................................................... 209
Figura 133 – Mapa do Zoneamento Ecológico Econômico Municipal – ZEEM. Itapoá-SC. ................... 210
Figura 135 - Localização da área do empreendimento, apontando ADA e AID. ................................... 216
Figura 136 - Trilha de topografia utilizada na orientação dos caminhamentos da equipe. .................. 217
Figura 138 - Equipamento utilizado na perfuração das sondagens profundas. .................................... 217
Figura 139 - Processo de abertura dos poços testes na ADA do empreendimento. ............................. 217
Figura 140 - Peneiramento do sedimento proveniente dos poços testes. ........................................... 218
Figura 141 - Perfuração em área de solo aparentemente seco, com sedimento lodoso de fundo de
lagoa em poucos centímetros de profundidade. ................................................................................................ 218
Figura 143 - Poço teste com presença de água a 20 centímetros de profundidade. ............................ 219
Figura 144 - Sedimento de coloração marrom médio (seta branca), sedimento de coloração marrom
claro (seta azul). .................................................................................................................................................. 219
Figura 145 - Poço teste aberto na profundidade de 100 centimetros, com presença de água presença
de água vertendo. ............................................................................................................................................... 219
Figura 146- Mapa ilustrativo com os detalhes da AID do empreendimento. ....................................... 222
Figura 147 - Conversa com morador na AID, senhor Alfredo. ............................................................... 223
Figura 148 - Área loteada, onde se verificam residências sendo construídas. ...................................... 223
LISTA DE TABELA
Tabela 1 - Tabela das características da tubulação de água tratada existente no Município de Itapoá-SC
e os reforços que serão implantados. ................................................................................................................... 47
Tabela 2 - Volumes e reservação de água tratada previstas até o fim da concessão. ............................ 47
Tabela 3 - Quantidade de Reservatórios de água tratada e suas capacidades de reservação. ............... 49
1. APRESENTAÇÃO
A mudança do local de instalação justifica-se pelo fato da área anterior ser em sua
maior parte de terreno encharcado, alagadiço, inviabilizando as obras técnicas de engenharia
civil.
2. OBJETIVOS
Endereço Comercial: Rua Ana Maria R de Freitas, 967 - Bal. Itapema do Norte. CEP:
89249-000
A AMBIENTUM encontra-se estabelecida na Rua Daniel Imhof, n0 543, sala 01, São
Luiz, Município de Brusque - SC. O fone para contato é (47) 3354-2634 e o e-mail é
ambientum@ambientumconsultoria.com.br
Cadastro Técnico
Nome do profissional Formação Registo de Classe Federal
Coordenação Geral
Rafael Scheffer Biólogo CRBio 58323-03 1509625
Coordenação Técnica
Rafael Arnaldo da Costa
Santos Eng. Civil CREA 50622503368
Renato Carlini Camargo Eng. Civil CREA 5062619873 5646558
CREA SC S1
Marcio Andre Savi Eng. Sanitárista 064407-3
Coordenação Projetos ETA
Marcio Andre Savi Eng. Civil CREA 103275-3
Coordenação Meio Biótico
Luciano Machado Biólogo CRBio 63912-03 2628891
Meio Biótico
Luciano Machado Biólogo CRBio 63912-03 2628891
Engenheiro
João Paulo Maçaneiro Florestal CREA 119473-1 5608612
Fabricio Ulber Biólogo CRBio 53675-03 3692022
Thiago Cadorin Biólogo CRBio 69379-03 4554245
Meio Socioeconômico
Gláucio Andre Mendes Geografo CREA 090917-2
4. JUSTIFICATIVA DA ATIVIDADE
É importante considerar que, por ser um balneário costeiro com população flutuante de
verão significativa, existem dois momentos bem distintos durante o ano na cidade de Itapoá:
na temporada de verão, onde o consumo existente é gerado pela população fixa e flutuante; e
o restante do ano, onde a demanda de água é bem inferior do que durante o verão.
ETA Principal
ETA Secundária
• Instalação de macromedidores.
Por fim, a implantação da ETA proposta neste Estudo, em um sentido mais amplo, tem
como objetivo melhorar as condições ambientais críticas do Município de Itapoá, o qual
passou na última década por um crescimento urbano-demográfico considerável, dispondo de
precária infraestrutura sanitária, uma vez que viabilizará o atendimento à população estimada
para o Município em um horizonte de 30 anos e proporcionará um atendimento e
operacionalização de acordo os padrões estabelecidos pela legislação vigente, minimizando,
desta forma, os impactos ambientais negativos observados em decorrência do
comprometimento das Estações atuais.
O município de Itapoá é uma região peculiar quanto sua fisionomia vegetal em Santa
Catarina, sendo uma das poucas áreas remanescentes com grandes áreas de floresta Ombrófila
densa das terras baixas, assim como vegetação de restinga, mangue, entre outras em menor
densidade. Isso torna escassa a disponibilidade de locais para a implantação do
empreendimento, o que é a realidade do município de Itapoá.
O novo local não apresenta essas condições impróprias, pois apresenta terreno firme.
Estrategicamente, do ponto de vista da distribuição da água, essa área fica localizada numa
área central do município, facilitando a integração do sistema de abastecimento, a reservação
e a captação de água bruta, gerando o mínimo de intervenção nas áreas do rio Saí Mirim,
neste caso sem supressão vegetal na área de preservação permanente.
6. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Figura 3 - Croqui da matricula 10.667 mostrando o terreno (em vermelho) onde se pretende instalar a
Estação de Tratamento de Água e posteriormente a Estação de Tratamento de Efluentes Sanitários do
Município de Itapoá-SC.
Da área total do terreno, será utilizada uma área de 7.000,00 m² para a implantação da
Estação de Tratamento de Água Bruta, e ainda uma área de 5.225,80 m² para a estrada de
acesso, totalizando uma área de 12.225,80 m² (Figura 04). O restante da área será utilizado
para o licenciamento da futura Estação de Tratamento de Esgoto Sanitários do município.
Figura 4 - Localização da área do terreno que será destinada à implantação da Estação de Tratamento de
Água (ETA) e Estrada de Acesso, e ainda, o local da Captação de água bruta e sua tubulação.
Uma vez que será implantada uma nova ETA e que as unidades existentes de
captação, tratamento e bombeamento serão desativadas, foram estudadas alternativas de
macro distribuição de água tratada tendo por base os seguintes critérios:
Arruamento existente,
Reservação necessária;
Booster - 2
Booster - 1
Booster - 4
Booster: 3 unidades;
Figura 6 - Localização do Sistema de Tratamento de Água Bruta e Captação de Água Bruta para o Munícipio de Itapoá, SC.
Figura 7 - Esquema Geral das Obras Previstas para o Sistema de Abastecimento de Água Tratada para o Município de Itapoá-SC.
Figura 8 - Planta Geral do Sistema Proposto para o Abastecimento de Água Tratada para o Município de Itapoá-SC.
Apresenta-se a seguir uma descrição geral das unidades que integrarão o sistema de
abastecimento de água concebido para o Município de Itapoá, abrangendo:
Reservatórios de Distribuição;
Caixa de Chegada;
Calha Parshall;
Tanque de Pré-Contato;
Floculador;
Decantador;
Filtro de Areia;
Tanque de Contato;
Tanque de Lodo;
Casa de Química;
Administração e Laboratório;
Portaria.
PH: 5 – 7;
O Novo Sistema de Captação se caracteriza pela sucção direta no Rio Saí Mirim
através de bombas do tipo anfíbias, que juntamente com as tubulações de sucção serão
apoiadas em lajes de concreto armado (Figura 09). Os conjuntos de recalque serão em número
de 4, interligados em paralelo sendo um para reserva, e os outros operando com uma vazão
nominal de 120 litros/segundo cada um. O barrilete de sucção e recalque deverão ser em ferro
fundido com flanges no diâmetro de 300 mm, sendo que cada conjunto deverá contar com
uma válvula de retenção para evitar retorno de fluxo.
Q: 120 litros/segundo;
Para instalação desse sistema foi construído uma casa, denominada “casa de química”,
a qual tem 6 metros de largura por 12 metros de comprimento.
O sistema é composto por uma unidade de medição com leitura direta, através de
régua graduada, construída de acordo com as normas CETESB n° ET-2150 e ISSO 9826.
No ressalto hidráulico do canal da Calha Parshall, que possui abertura igual a 12” e
mantém o nível de 0,80m, serão dosados coagulante, corretor de pH e desinfetante.
Através de uma tubulação de aço carbono SAE 1020 instalada na parte inferior, a água
floculada é distribuída para o decantador, de modo a equalizar o volume por toda extensão da
próxima etapa. O revestimento dos dispositivos internos em aço carbono SAE 1020 passam
pelo processo de jateamento abrasivo ao grau SA 2.½. E aplicação de epóxi atóxico branco,
formando película seca de no mínimo 300 micrômetros.
O revestimento dos dispositivos internos em aço carbono SAE 1020 passam pelo
processo de jateamento abrasivo ao grau SA 2.½. E aplicação de epóxi atóxico branco,
formando película seca de no mínimo 300 micrômetros.
camada, sobre a grelha são distribuídas 03 (três) camadas de material suporte com
granulometria definida para que não haja a perda de material filtrante.
Para esse suporte são utilizados seixos rolados de cor bege com a seguinte
granulometria: seixo grosso (3/4” – 1/2”), seixo médio (1/2” – 1/4") e seixo fino (1/4” – 1/8”).
De cada granulometria são colocados 10 centímetros, totalizando assim 30 centímetros. Na
sequência, deverá ser assentados 25 centímetros de areia grossa, com tamanho específico
entre 1,7 a 3,2 mm, seguidos 25 centímetros de areia fina com granulometria 0,7 a 1,2 mm e
por último, a disposição de 65 centímetros de carvão antracitoso de origem mineral com
tamanho específico de 0,6 mm a 1,0 mm sendo indispensável a existência do coeficiente de
uniformidade com valor menor igual a 1,5.
O revestimento dos dispositivos internos em aço carbono SAE 1020 passam pelo
processo de jateamento abrasivo ao grau SA 2.½. E aplicação de epóxi atóxico branco,
formando película seca de no mínimo 300 micrômetros.
Descrição/Especificação
Construção:
O reator de floculação deve ser construído em Aço Inox AISI 304 e suas flanges em
polipropileno.
A cobertura do adensador rotativo deve ser em plástico reforçado com fibra de vidro,
proporcionando uma cobertura leve e eficaz.
Reator de Floculação
Telas de Filtração
A tela deve ser em polyester monofilamento com emendas para serem presas por um
fio de material polimérico de 0,9 mm de diâmetro.
O tempo de troca da tela, quando necessário, deve ter um tempo aproximado de 1,5
horas sem a necessidade de desmontagens da estrutura.
A tela não deve ser afetada por solventes ou ácidos, nem a ambientes alcalinos com
pH superior a 11.
Deve haver duas tela com aberturas distintas entre o tambor, na primeira etapa a tela
deve ser mais fina com uma abertura de 0,6 mm para a filtração do particulado mais fino, na
segunda parte deve haver uma tela mais grossa com abertura de 1 mm.
A vida útil da tela deve ser de, aproximadamente, 20.000 horas, na ausência de objetos
cortantes e desgaste mecânico.
Entre a tela filtrante e o tambor rotativo deve possuir uma vedação de borracha para
melhorar a fixação da tela e evitar a contaminação de sólidos no clarificado.
A tensão da tela deve poder ser ajustada desde o mínimo requerido para o correto
deslocamento da tela.
O sistema de tensionamento da tela deve ser composto por braçadeiras de Aço Inox
AISI 304.
A tela já deve ser manufaturada na medida dos tambores, regulando o seu ajuste por
intermédio de uma cinta de borracha entre a tela e o tambor e pela braçadeira regulável.
Desaguamento
O desaguamento deve ser realizado através de drenagem por gravidade, com o lodo
sendo transportado pela tela filtrante rotativa, a qual deve ter uma leve inclinação ajustável de
acordo com o tipo de lodo sendo do adensado, o coletor deve ser conformado de forma a
promover o fluxo do clarificado até um bocal de saída localizado na extremidade do
equipamento. Devem haver dispersores de água para possibilitar a remoção dos sólidos
localizado nas regiões intersticiais, sem quebrar os flocos. O ajuste destes dispositivos deve
ser manual e possibilitar a remoção ou manutenção se necessário durante a operação.
Uma bomba de alta pressão deve succionar a água do tanque de lavagem e alimentar
uma linha de sprays para lavagem da tela de filtração com uma pressão de no mínimo de 4
bar.
Acionamento
Sistemas de Controle
Dados Gerais
Volumétrica (m³/h): 70 a 90
Carga de sólidos (kg/h): 500 a 800
Número de Unidades
Operação 1
Reserva: 1
Alimentação de Sólidos
Adição de Polímero
Performance Estimada:
Torta
Dados Básicos
Quantidade: ................................................................................................. 01
Acionamento do Tambor
Painel de controle
Materiais de construção
Reator de floculação
b) Centrifuga Decanter
Todas as partes que entram em contato com o produto são de aço inoxidável AISI 316.
A hélice da rosca transportadora também é de aço inoxidável AISI 316 com proteção de metal
duro nas aletas da rosca na zona sujeita a maior abrasão.
O rotor é fabricado em aço inoxidável AISI 316 e composto por uma câmara cilíndrica
envolvendo a rosca de aço inoxidável AISI 316. A face interna do rotor contem ranhuras para
possibilitar arraste otimizado do sólido, alcançando-se assim boa desidratação da torta.
O rotor é acionado por um motor elétrico e a transmissão é feita por polias e correias
tipo “V”. A rotação é transferida para a rosca por meio de uma caixa de engrenagens
planetária de dois estágios e a diferença de velocidade entre o rotor e a rosca é obtida por um
sistema de acionamento traseiro, que poderá opcionalmente ser feito através de um motor
secundário gerenciado eletronicamente por um controlador automático de rotação chamado
BBC – Basic Controller.
Dados Gerais
Vazão Unitária
Volumétrica (m³/h): 20 a 25
Carga de sólidos (kg/h): 630
Número de Unidades
Operação 1
Reserva: 1
Alimentação de Sólidos
Adição de Polímero
Performance Estimada:
Torta
A distribuição de água tratada a partir do RAT de 2.000 m³ será feita por meio de
bombeamento, prevendo-se, para tanto a construção de uma Estação Elevatória de Água
Tratada (EEAT) equipada com 05 (cinco) conjuntos de recalque, sendo 04 (quatro) operando
e 01 9um) reserva, com vazão máxima de 125 litros/segundo cada um.
Tabela 1 - Tabela das características da tubulação de água tratada existente no Município de Itapoá-SC e
os reforços que serão implantados.
Diâmetro Extensão (m)
Material
(mm) Existente Reforço/Ampliação
50 PVC 204.295 -
75 PVC 1.952 -
100 PVC 5.915 -
150 PVC 21.416 -
200 PVC 615 -
250 PVC 8.829 -
50 PVC-PBA - 917
75 PVC-PBA - 3.008
100 PVC-PBA - 6.152
150 PVC DEFºFº - 5.113
200 PVC DEFºFº - 7.256
250 PVC DEFºFº - 12.356
300 PVC DEFºFº - 5.992
400 PVC DEFºFº - 5.494
500 PVC DEFºFº - 2.973
SUBTOTAIS 243.022 49.261
TOTAL 292.283
Reservação Necessária
ANO DE RESERVAÇÃO
CONCESSÃO (m3)
1 3.391,41
2 3.487,73
3 3.620,35
ANO DE RESERVAÇÃO
CONCESSÃO (m3)
4 3.792,93
5 4.010,12
6 4.278,36
7 4.618,70
8 5.019,09
9 5.154,34
10 5.293,14
11 5.488,04
12 5.582,03
13 5.642,60
14 5.703,75
15 5.765,49
16 5.827,84
17 5.890,76
18 5.954,32
19 6.018,48
20 6.083,26
21 6.148,72
22 6.218,86
23 6.233,54
24 6.239,67
25 6.237,29
26 6.228,26
27 6.218,15
28 6.226,47
29 6.264,28
30 6.304,40
QUANTIDADE DE
CENTRO DE RESERVATÓRIO/CAPACIDADE RESERVAÇÃO
RESERVAÇÃO (m³)
500 m³ 1.000 m³ 2.000 m³
CR-ETA - - 1 2.000
CR-1 1 1 - 1.500
CR-2 1 1 - 1.500
CR-3 - 2 - 2.000
TOTAL 2 4 1 7.000
Tabela 4 - Cronologia do volume de armazenamento de água tratada nos reservatórios durante o período
de concessão.
CAPACIDADE DE RESERVAÇÃO/ANO (m³/ano)
CENTRO DE
RESERVAÇÃO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO ANO
ANO 22
1 2 3 4 5 6 ao 14 15 16 ao 21 23 ao 30
CR-ETA 2.000 - - - - - - - -
As datas previstas para a implantação dos Reservatórios estão de acordo com plano de
metas da Concessão, conforme contrato com a Prefeitura Municipal de Itapoá.
Figura 11 - Zoneamento urbano dos locais onde serão implantados os Centros de Reservação.
Para o cenário imediato, deverão ser implantadas três estações elevatórias do tipo
"Booster on line", que pressurizam as linhas de distribuição para manter as pressões e o
abastecimento ao longo do tempo.
Booster 1
Deverá ter capacidade para bombear uma vazão da ordem de 180 litros/segundo contra
uma altura manométrica total de 40 mca.
Booster 2
Booster 3
A Equipe Técnica de Produção (Obras) na ETA deverá ser composta por: 1 (um)
Engenheiro de Estruturas - Residente, 1 (um) Técnico de Produção, 1 (um) Supervisor de
Montagem de Formas e Escoramentos/cimbramentos, 1 (um) supervisor de Armação de
Ferragem, 1 (um) Supervisor de concretagem, desmoldagem e Impermeabilização e 1 (um)
Supervisor de montagens mecânicas.
Tabela 5 - Coordenadas geográficas das extremidades da Área Diretamente Afetada (ADA) da Estação de
Tratamento de Água e estrada de acesso, localizada no Município de Itapoá, SC.
Coordenadas geográficas (DATUM WGS84)
Pontos Sul Norte
ETA 1 737476,90 7112615,64
ETA 2 737576,32 7112626,39
ETA 3 737533,91 7112088,71
ETA 4 737633,33 7112099,47
Estrada 1 737547,65 7112878,59
Estrada 2 737571,68 7112877,47
Estrada 3 737564,72 7112812,83
Estrada 4 737584,71 7112811,84
Estrada 5 737566,81 7112695,78
Estrada 6 737586,94 7112697,15
Estrada 7 737574,36 7112626,19
Estrada 8 737594,39 7112628,36
A Área de Influência Direta para a captação de água bruta ficou definida como uma
área de 300 metros do entorno da ADA para o meio biótico meio físico e socioeconômico, a
mesma área definida para a Estação de Tratamento de Água (Figura 13).
Figura 12 - Imagem da localização da Área de Influência Diretamente Afetada (ADA) e de Influência Direta (AID) do local de implantação da ETA no Município de
Itapoá-SC.
Figura 13 - Imagem da localização da Área de Influência Diretamente Afetada (ADA) e de Influência Direta (AID) do local de implantação da Captação de água Bruta
para a ETA no Município de Itapoá-SC.
Este esforço pode ser observado na legislação brasileira no que diz respeito à
implantação de obras de infraestrutura. Tal ação tem levado a sociedade ao exercício de uma
política de cobrança cada vez mais efetiva, e vigilância constante, a fim de se fazer cumprir a
legislação ambiental, norteando a sociedade rumo ao comprimento da mesma.
8.1 Clima
O clima de uma região é definido por fatores como radiação solar, latitude,
continentalidade, massas de ar e correntes oceânicas. Tais fatores regem os elementos
climáticos como temperatura, precipitação, umidade do ar, e pressão atmosférica, que por sua
vez definem os tipos de clima das regiões.
Figura 14 - Regiões climáticas do Brasil, demonstrando o tipo de clima em Itapoá: Cfa, segundo a
classificação de Koppen.
Precipitação
A estação meteorológica do INMET de São Francisco do Sul possui uma série história
de dados pluviométricos de 26 anos de observação, de 1929 a 1988, porém com algumas
falhas. O gráfico da precipitação média mensal resultante destes dados mostra que não há um
período de seca ao longo do ano, e que o período chuvoso em Itapoá ocorre no verão, nos
meses de janeiro a março (Figura 15).
Figura 15 - Precipitação média mensal ao longo do ano (1929 a 1988). Fonte: Agência Nacional de Águas -
Estação Meteorológica INMET São Francisco (hidroweb.ana.gov.br).
Circulação Atmosférica
Umidade Relativa do Ar
A análise feita a partir dos dados obtidos através da Estação Meteorológica de São
Francisco do Sul permitiu observar que o mês que evidenciou o maior valor de umidade
relativa do ar foi o mês de agosto (88,9%) e, que evidenciou o menor valor de umidade
relativa foi o mês de dezembro (85,2%). A média anual obtida foi de 87,2% (Figura 16).
Temperatura
8.2.2.1 Fisiografia
No contexto regional a área objeto das investigações está inserida numa superfície que
se acha subordinada a influência do oceano Atlântico e a planície Litorânea Marinha a leste, a
influência da planície Litorânea Marinha a norte e aos terrenos dos Núcleos Migmatíticos de
Injeção Polifásica de São Francisco do Sul, da Sequência Terrígena do Complexo
Metamórfico Brusque e da planície Litorânea Marinha a oeste e a sul do ponto de inserção do
empreendimento.
Insere-se, nas cercanias, abrangidas pelos terrenos Arqueanos - terrenos dos Núcleos
Migmatíticos de Injeção Polifásica de São Francisco do Sul e pelos terrenos da Sequência
Terrígena do Complexo Metamórfico Brusque já citados, e especialmente sobre os terrenos
Cenozoicos - Sedimentos Continentais e Marinhos, condicionada por um relevo plano de
planície.
O local apoia a sua economia nas cidades de Joinville, maior cidade do Estado de
Santa Catarina, de vocação industrial; em Garuva, cidade norte litorânea catarinense e em
Guaratuba - cidade balneária, do estado do Paraná.
A área objeto de estudos envolve uma superfície contida entre as serras litorâneas
catarinenses e as imediações da cidade de Itapoá-SC.
A superfície objeto dos estudos é limitada pelos paralelos 26° 04’ 24” e 26° 05’ 24”,
de latitude sul e os meridianos 48° 41’ 30” e 48° 42’ 42”, de longitude oeste.
Para o estudo geológico da região contou-se, entre outras coisas, com a orientação
cartográfica das folhas topográficas de São Francisco do Sul - SG-22-Z-B-II-1 / MI- 2870/2 e
MI-2871/1 e Garuva SG-22-Z-B-II-1 / MI-2870/1, IBGE-1981 e fotografias aéreas tomadas
pelas empresas Cruzeiro do Sul, escala 1:25.000, 1978.
Esses materiais podem ser observados em grande parte da região e na área de estudos,
propriamente dita.
COLUNA ESTRATIGRÁFICA
Xistos, Granada Micaxistos,
Metacalcários, Mármores
Núcleos Migmatíticos de Injeção
Metarenitos, Meta Vulcânicas
Polifásica de São Francisco do Sul-
Ácidas e Filonitos de origem
A(T-B)t2
diversos com dobramentos
polifásicos isoclinais
8.2.2.3 Geomorfologia
A região que cobre a superfície objeto da caracterização se insere sobre 2 (dois) dos
Domínios Morfológicos representativos do estado catarinense: o Litoral, constituído pelo
complexo de formas do modelado continental - marinho, derivadas essencialmente de
processos de acumulação homogêneo e diferencial, durante o cenozoico e o Embasamento
Cristalino Exposto, derivado essencialmente de processos de desnudação .
8.2.2.4 Pedologia
Em termos, pedológico, os tipos de solos que ocupam a região que envolve o local
onde será implantada a Estação de Tratamento de Água são os Podzólicos Vermelho-
Amarelo Latossólico álico; os Cambissolos álicos e os Pdzóis Indiscriminados, relacionados
respectivamente, aos litótipos intemperizados das Serras do Leste Catarinense e as Planícies a
eles adstritas; aos litótipos remanescentes das Escarpas e Reverso da Serra do Mar e as
Planícies Coluvio Aluvionares a eles relacionadas e os relacionados à Planície Litorânea.
São solos de baixa fertilidade natural e de baixas altitudes, ocorrendo entre 15,0m e
100,0m, característico de relevo forte ondulado a ondulado.
Neste caso apresentam fertilidade variável e ocorrem em áreas de relevo plano e suave
ondulado, próximos aos rios e linhas de drenagem.
Os solos Pdzol Indiscriminados são solos minerais com horizonte B pdzol, que se
caracteriza por ser um horizonte de acumulação e precipitação de matéria orgânica e
compostos amorfos de alumínio com ou sem ferro eluvial.
São solos que normalmente apresentam uma sequência de horizontes A, A2, Bh, e/ou
Bir, podendo, ocorrer horizontes Bhir.
8.2.2.5 Intemperismo
8.2.2.6 Geotécnica
Estes materiais nas passagens mais soerguidas - elevações, mostram níveis d’água-
NA, normalmente, profundos, da ordem de metros a dezena de metros - 3,0m até superiores a
10,0m.
Figura 18 - A imagem fotográfica mostra o solo maduro-SM, superficial, seguido do solo saprolítico- SS,
mais profundo, característico da alteração intempérica dos granitoides presentes na região Fonte: Cicero
Mario Bortoluzzi-Out/2010.
Figura 19 - O dispositivo fotográfico mostra o solo arenoso característico da planície litorânea, da região.
Fonte: Cicero Mario Bortoluzzi-Out/2010.
Do acesso ao local de estudos à estrada que liga Itapoá a fazenda Palmital, com 2,5m a
3,0m de largura, com boa capacidade de suporte, em tangente.
8.2.3.1 Fisiografia
O local apoia a sua economia nas cidades de Joinville, maior cidade do estado de
Santa Catarina, de vocação industrial, em Garuva, cidade norte litorânea catarinense, em
Guaratuba - cidade balneária, do estado do Paraná e na própria cidade de Itapoá.
A proximidade com o rio Saí-Mirim, que contorna a área, arremete a presença de solos
aluvionares areno silto argilosos, medianamente porosos, medianamente permeáveis, cinza
claro a castanho, adstritos as suas margens mais proximais.
8.2.3.3 Geomorfologia
É uma área plana de planície praticamente sem variação de cota - variação de 0,5m,
com gradiente hidráulico quase nulo.
8.2.3.4 Pedologia
Figura 21 - As imagens fotográficas relacionadas mostram os tipos de solos presentes nas cercanias e no
local de inserção da estação de tratamento o solo maduro, superficial, delgado, cinza escuro - seta em
amarelo, seguido do solo saprolítico essencialmente arenoso, com 4,0m de espessura, marrom,
sotoposto ao solo maduro - seta em preto.
8.2.3.5 Intemperismo
8.2.3.6 Geotécnica
O aterro a ser erigido no local para o acerto, a adequação topográfica do terreno e para
acomodação das edificações de alvenaria, será certamente de pequena altura e deve ser
erigido com material de preferência argiloso ou síltico argiloso - solo maduro e saprolítico, de
alteração dos granitoides existentes na região, proveniente de jazida de solo disponível em
locais não muito afastados da área de implantação da Estação.
A inclinação do talude de aterro que leva o terrapleno a estabilidade com esse tipo de
material é 1V:1H.
Escavações que por ventura venham a ser feitas no estrato arenoso local devem ser
condicionadas a uma inclinação de talude situada entre 1V:2H e 1V:3H.
Em qualquer das situações as faces externas dos taludes escavados devem ser
revestidas de pronto com grama em placas.
Figura 23 - As imagens mostram os tipos de erosão linear (1) e os escorregamentos do tipo queda de
material na vertical (2) frequente nos terrenos de características arenosas como é o caso do local dos
estudos, ligados à destituição da vegetação de cobertura e a adoção de inclinação de taludes de cortes
inadequados a estabilidade desse material.
A estrada geral da fazenda que do acesso ao local objeto dos estudos possui uma
largura média de 2,5m a 3,0m, acha-se revestida com "saibro” fino, desenvolve-se em
tangente até o leito do rio Saí-Mirim, possui uma boa capacidade de suporte e deve ser
readequada para permitir a livre circulação de veículos de maior porte.
Velha - de âmbito Federal e o Parque Natural Municipal Carijós, situadas nas proximidades
do local do empreendimento; com a supressão e/ou manutenção dos segmentos com
recobrimento vegetal característico das zonas litorâneas adstritos a estação de tratamento; com
as áreas de Beleza Estética, com a exploração das Jazidas de Solos e os seus passivos
ambientais e com a readequação do acesso que vai da cidade de Itapoá ao local escolhido para
as instalações ambientais das estações.
8.3.1 Hidrografia
Figura 24 - Regiões Hidrográficas do Estado de Santa Catarina. Observação: (*1: Bacia Hidrográfica do
Rio Cubatão do Norte; *2: Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu). FONTE: SDS, 1997.
No interior desta grande bacia, tem-se ainda a bacia hidrográfica do rio Saí-Mirim, que
embora a SDS insira-a na bacia do Cubatão do Norte para fins de gerenciamento, o rio Saí-
Mirim não tem nenhuma ligação direta com o rio Cubatão do Norte. Em outras palavras, o rio
Saí-Mirim e seus afluentes formam uma sub-bacia independente e nunca desaguam no rio
Cubatão, tendo sua foz no próprio oceano Atlântico.
Figura 25 - Mapa de identificação da Bacia Hidrográfica do rio Saí-Mirim e Bacia de Contribuição para a Captação de Água da ETA no Município de Itapoá, SC.
Tabela 10 - Resultado das análises Físico-químicas da água do rio Saí-Mirim, realizada em 28 de fevereiro
de 2012 para os estudos ambientais da antiga área do empreendimento. Itapoá, SC.
Análises físico-químicas e biológicas da amostra de água coletada no rio Saí-Mirim.
Método VMP Água Doce
Variáveis Un. L.Q. Ponto 01
Analítico Classe 2
Hora da coleta - - - 11:15 -
Condições do tempo - - - Ensolarado -
Variáveis Físicas
Temperatura da Amostra °C 0.10 SM 21 2550 24.7 -
Temperatura do Ambiente °C 0.10 SM 21 2550 29.8 -
Turbidez NTU 0.10 SM 21 2130 B 9.44 100.0
Cor Verdadeira/Real mg Pt/L 2.0 SM 21 2120 C 67.6 75.0
Sólidos Dissolvidos Totais mg/L 10.0 SM 21 2540 B 60.0 500.0
Variáveis Químicas
pH - 0.01 SM 21 4500 H B 5.01 6,0 a 9,0
Oxigênio Dissolvido mg/L 0.10 SM 21 4500-O G 4.12 > 5,0
SM 21 Ed 5210
DBO mg/L 2.00 B
<2,00 5.0
DQO mg/L 50.0 SM 21 5220 D 62.0 -
SM 21 3500 Fe
Ferro Dissolvido mg/L 0.10 B
0.46 0.3
Fósforo Total mg/L 0.01 SM 21 4500-P E 0.49 **0,1
Nitrato mg/L 0.10 DIN 38 405-D9-2 0.24 10.0
SM 21 4500-
Nitrito mg/L 0.01 NO2 B
<0,01 1.0
Nitrogênio Amoniacal Total mg/L 0.05 SM 21 4500 F 0.48 ***2 0
Óleos e Graxas Coliformes
Visível Ausência Perceptível Ausente V. A.
Fecais
Variáveis Biológicas
NMP/
Coliformes Fecais SM 21 9221 E 200 1.000,0
100mL Ausência
L.Q. Limite de Quantificação (pode variar conforme as interferências das amostras) V.A. Virtualmente Ausente
SM Standard Methods for Examination of Water and Wastewater, 21a Edition. (**) Em ambiente lótico (Água Doce Classe 1).
VM Valor Máximo Permitido Resolução CONAMA 357/2005. (***) Para 7,5 < pH < 8,0.
Em síntese final, conclui-se que embora a amostra de água do rio Saí-Mirim tenha
apresentado alterações significativas em parâmetros importantes da qualidade da água, outros
parâmetros importantes como DBO, coliformes fecais, nitrogênio e sólidos dissolvidos
mantiveram-se dentro dos padrões ideais e em conformidades com os limites definidos pela
Resolução CONAMA 357/05, indicando que a perturbação causada no meio aquático não
assumiu proporções generalizadas.
9.1.1 Metodologia
A sub-bacia do rio Saí-mirim é coberta pela Floresta Ombrófila Densa Atlântica, que
pode ser subdividida em diferentes formações caracterizadas pela fisionomia da vegetação
associada à cota altimetria (LEITE, 2002; IBGE, 2012). Dentre essas formações a Floresta
Ombrófila Densa das Terras Baixas é a que predomina nesta região, cobrindo grande parte
dos terraços antigos das planícies quaternárias em cotas inferiores a 30 m de altitude.
A partir das caminhadas realizadas ao longo da Área de Influência Direta foi possível
caracterizar a cobertura vegetal remanescente através de fotografias digitais, observações
feitas para as espécies dominantes e consulta a literatura disponível.
Figura 28 - Aspecto do epifitismo no interior das Figura 30 - Aspecto do epifitismo no interior das
florestas em estágio avançado de regeneração da florestas em estágio avançado de regeneração da
Área de Influência Direta. Área de Influência Direta.
Próximo ao Jockey Club, na parte oeste da Área de Influência Direta, foi possível
observar uma área com vegetação secundária muito alterada em estágio médio de
regeneração. Em alguns locais, o solo apresenta-se encharcado (Figuras 31 e 34), compondo
uma vegetação baixa e rala devido à saturação hídrica permanente a que as espécies são
submetidas. A vegetação é composta por pequenos arbustos alcançando até 5 m de altura
(Figuras 32 e 35) e de árvores distribuídas de forma muito esparsa, onde a espécie Syagrus
romanzoffiana (coqueiro-jerivá) se sobressai entre as demais, podendo alcançar até 13 m de
altura (Figura 33). É possível observar um número muito expressivo de lianas agressivas
estabelecidas sobre a copa das árvores e arbustos. Além disso, em áreas muito alagadas é
comum encontrarmos densos agrupamentos formados por Typha dominguensis – taboa
(Figura 36), espécie típica de ambientes permanentemente alagados da Floresta Ombrófila
Densa das Terras Baixas no Estado de Santa Catarina (SEVEGNANI, 2002).
Figura 31 - Aspectos do solo encharcado na Área Figura 34 - Aspectos do solo encharcado na Área
de Influência Direta de Influência Direta.
Figura 32 - Vista geral da vegetação arbustiva Figura 35 - Vista geral da vegetação arbustiva
na Área de Influência Direta com dominância de na Área de Influência Direta com dominância de
lianas. lianas
9.1.2 Resultados
verde-escuro. Estas duas espécies imprimem uma fisionomia peculiar para o estrato superior
da floresta na Área Diretamente Afetada (Figuras 39 e 40).
Tabela 11 - Lista das espécies arbóreo-arbustivas registradas na Área Diretamente Afetada, Itapoá – SC.
Família Espécie
(Figuras 43 e 44). Outra espécie de palmeira menos expressiva, mas que também merece
destaque é o Bactris setosa (tucum), que está representado por indivíduos de pequeno porte e
de forma associada com Geonoma schottiana (guaricana). Uma observação importante na
floresta foi que a espécie Euterpe edulis (palmiteiro) aparece com poucos indivíduos no
estrato inferior e raramente ocorre no estrato médio, indicando que essa espécie pode não
estar encontrando um ambiente favorável para o seu desenvolvimento.
Tabela 12 - Lista das espécies de epífitos vasculares registradas na Área Diretamente Afetada, Itapoá –
SC.
Família Espécie
A Tabela 13 apresenta a distância da ADA às UC’s, assim como o tipo e categoria das
mesmas conforme o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC).
Tabela 13 - Unidades de Conservação próximas a ADA da nova Estação de Tratamento de Água, Itapoá-
SC.
1
Unidades de Conservação Tipo/Categoria Distância (Km)
RPPN Volta Velha Uso Sustentável/Reserva Particular do 0.5
Patrimônio Natural
Parque Municipal Carijós Uso Sustentável/Área de Proteção Ambiental 3.3
APA de Guaratuba-PR Uso Sustentável/Área de Proteção Ambiental 11.5
PE do Boguaçu-PR Proteção Integral/Parque Estadual 14.5
PE Acaraí-SC Proteção Integral/Parque Estadual 18.5
APA Serra Dona Francisca Uso Sustentável/Área de Proteção Ambiental 29.5
Figura 59 - Localização das Unidades de Conservação próximas a Área Diretamente Afetada pela implantação da ETA do Município de Itapoá-SC.
É formada por uma única propriedade constituída pela RPPN Palmital (Decreto 70/92
IBAMA), com 586 hectares e a Fazenda Palmital, com outros 600 hectares. Foi criada pela
Família Machado com o objetivo de conservar um dos últimos remanescentes da Floresta
Ombrófila Densa das Planícies Quaternárias do litoral norte de Santa Catarina. Segundo o
SNUC, as RPPNs não necessitam de uma zona de amortecimento.
O Brasil possui um alto índice de diversidade tanto em fauna como flora. Em seu
território, a Mata Atlântica é considerada um dos maiores repositórios de biodiversidade do
planeta com cerca de 20 mil espécies de vegetais e aproximadamente 1810 espécies de
vertebrados terrestres (VARJABEDIAN, 2010).
9.2.1.1 Metodologia
Figura 60 - Maquina fotográfica automática modelo Moultrie D-55 IR, utilizada para amostagem de
mamíferos. Itapoá – SC. Foto: L. Machado.
Figura 61 - Posicionamento das maquinas fotográficas automáticas para o levantamento de mamíferos. Foto: Google Hearth.
Figura 62 - Trilhas percorridas para amostragem por método de busca ativa nas áreas de influência da Estação de Tratamento de Água e área da Captação Itapoá-SC.
• Entrevistas
• Identificação Taxonômica
O Estado de Santa Catarina possui poucos dados sobre sua mastofauna, assim como a
região litorânea e o Município de Itapoá. Uma lista com as espécies de possível ocorrência
para o Município de Itapoá foi montada com base em estudos realizados em ambientes de
Floresta Atlântica no estado de Santa Catarina. A lista a seguir se baseia no livro Mamíferos
de Santa Catarina, publicada por Cimardi em 1996 e nos trabalhos de Graipel et al. (2001) e
Cherem et al. (2006) (Tabela 14), com destaque para a Ordem Rodentia com maior número de
espécies registradas (n=18).
Tabela 14 - Lista de mamíferos (não voadores) com potencial ocorrência para o Município de Itapoá-SC.
Os métodos de amostragem que se demonstrou mais eficiente foi a busca ativa, aonde
foram registrados todas as espécies. A Tabela 15 indica as espécies registradas, o método de
registro e o grau de ameaça das espécies em todo o levantamento.
Tabela 15 - Lista de espécies registradas e identificadas na área de estudo, tipo de amostragem bem como
grau de ameaça. P = Pegada; V = Registro Visual; F = Registro Fotográfico; R = Rastros ou vestígios; EN
= Entrevista; Grau de ameaça; PP = Pouco Preocupante.
Devido ao baixo número de espécies registradas não foi possível realizar uma curva de
acumulação das espécies. Outras duas evidencias de registro de espécies de mamíferos foram
registradas durante o estudo, foi registrada uma possível toca de tatú (Figura 63) e uma
possível toca de roedor (Figura 64), no entanto os mesmos não foram contabilizados como
espécies registradas, pois com o registro apenas das tocas não é possível identificar se
realmente as mesmas são pertencentes a estes grupos de mamíferos, podendo ser também
relacionadas a répteis.
Figura 63- Possível toca de tatú registrada na área do estudo. Itapoá - SC. Foto: F.Ulber.
Figura 64 - Possível toca de roedor registrada na área do estudo. Itapoá - SC. Foto: F.Ulber.
Campos Sulinos. (REIS et al, 2010). Foram avistados dois indivíduos desta espécie no
segundo dia de amostragem as margens do Rio Saí-Mirim na área que será diretamente
afetada pelo sistema de captação de água para a ETA. O registro foi visual, devido à agilidade
dos animais não foi possível realizar o registro fotográfico.
Indivíduos desta espécie possuem tamanho médio, podem chegar até 150cm de
comprimento total e pesar cerca de 14kg.. A espécie vive em grupos, podendo os bandos,
atingir de 30 a 40 indivíduos, os machos adultos vivem solitários e só são aceitos no grupo no
período reprodutivo.. Possui hábitos diurnos, e dieta onívora, por possuir esse tipo de dieta
pode se aproveitar de alimentos e lixo produzido pelo homem. São hábeis escaladores de
arvores e ingerem muitos frutos tornando-se assim grandes dispersores de sementes (REIS et
al., 2010). A espécie não é citada em nenhum grau de ameaça de extinção nas listas
consultadas. Um grupo de aproximadamente 7 (sete) indivíduos foi registrado na ADA do
empreendimento.
Figura 65 - Nasua nasua (quati), espécie registrada e identificada na área do estudo. Itapoá - SC. Foto:
F.Ulber.
Figura 66 - Talo de folha de bromélia mastigado evidencia de comportamento alimentar de Cebus nigritus
espécies registrada e identificada na área do estudo. Itapoá - SC. Foto: L.Machado.
Supressão da vegetação
Poluição sonora
9.2.2.1 Metodologia
Os anfíbios e répteis foram procurados de forma ativa (Figura 67), nos horários de
maior atividade das espécies, sendo nas horas mais quentes do dia a ênfase em répteis e no
período noturno uma maior atenção aos anuros. Foram feitas caminhadas em trilhas no
interior da mata, por toda a extensão da ADA/AID, revirando troncos, vegetação,
serrapilheira, tocas e pedras. A visualização de anuros foi realizada de forma ativa
principalmente no período noturno, onde os profissionais com auxílio de lanternas procuram
os espécimes pela vocalização desses animais. Buscou-se também as espécies de forma
indireta, principalmente através de peles (ecdises), ovos, carcaças ou qualquer outro vestígio
que pudesse demonstrar a presença de anfíbios e répteis na área da ETA. Os espécimes
encontrados foram fotografados sempre que possível para fins de registros de imagens. A
equipe de herpetofauna contou com três profissionais biólogos e a metodologia por busca
ativa somou um total de 24 horas de campo.
Figura 67 - Amostragem por busca ativa dentro da área diretamente afetada da ETA. Itapoá-SC.
• Identificação Taxonômica
Para a identificação dos répteis em campo foram utilizados o livro Serpentes da Mata
Atlântica: Guia Ilustrado para a Serra do Mar de Marques et al., (2001) e o site da Sociedade
Brasileira de Herpetologia. A classificação e nomenclatura neste trabalho seguem os
utilizados pela Sociedade Brasileira de Herpetologia, sendo o grupo dos répteis organizado
por Bérnils & Costa (2011), e o grupo dos anfíbios organizado por Segalla et. al (2012). Foi
consultado ainda o site da Integrated Taxonomic Information System (http://www.itis.gov)
para confirmação de nomenclatura e classificação dos espécimes.
Segundo a lista de Kunz et al., (2007), para o Estado de Santa Catarina e Município de
Florianópolis, foram levantados 66 espécies de Anuros, distribuídos em cinco famílias, sendo
a família Hylidae a maior contribuinte, com 31 espécies (Tabela 16). Para os répteis foram
observados 64 espécies, distribuídos em 10 famílias, sendo Colubridae a maior família
(Tabela 17).
Tabela 16 – Lista de Anfíbios Anuros registrados para o Estado de Santa Catarina e Município de
Florianópolis-SC.
Taxa
Caeciliidae Leptodactylidae
Siphonops sp. Leptodactylus sp.
Brachycephalidae Leptodactylus araucarius
Eleutherodactylus sp. Leptodactylus fuscus
Eleutherodactylus binotatus Leptodactylus gracilis
Eleutherodactylus henselii Leptodactylus notoaktites
Hylidae Leptodactylus plaumanni
Aplastodiscus cochranae Physalaemus biligonigerus
Aplastodiscus ehrhardti Physalaemus cuvieri
Aplastodiscus perviridis Physalaemus aff. Gracilis
Bokermannohyla hylax Physalaemus nanus
Dendropsophus microps Physalaemus olfersii
Dendropsophus minutus Physalaemus spiniger
Tabela 17 - Lista de Répteis da Ordem Squamata observados no Estado de Santa Catarina e Município de
Florianópolis-SC.
Taxa
Chelidae Echinanthera bilineata
Hydromedusa tectifera Echinanthera cyanopleura
Alligatoridae Helicops carinicaudus
Caiman latirostris Imantodes cenchoa
Amphisbaenidae Leptophis ahaetulla
Amphisbaena sp. Liophis miliaris
Leiosauridae Mastigodryas bifossatus
Enyalius iheringii Oxyrhopus clathratus
Urostrophus vautieri Oxyrhopus rhombifer
Tropiduridae Philodryas aestiva
Liolaemus occipitalis Philodryas arnaldoi
Tropidurus torquatus Philodryas olfersii
Segundo a lista de Sousa (2008), para Serra Dona Francisca, Joinville, SC, foram
registradas 34 espécies de anfíbios anuros, pertencentes a oito famílias, sendo a família
Hylidae a mais representativa (Tabela 18).
Tabela 18 - Lista de Anfíbios Anuros observados na Serra Dona Francisca, Joinville - SC.
Taxa
Amphignathodontidae Hypsiboas geographicus
Flectonotus fissilis Hypsiboas prasinus
Bufonidae Scinax catharinae
Rhinella sp. Scinax fuscovarius
Craugastoridae Scinax perereca
Haddadus sp. Scinax perpusillus
Cycloramphus bolitoglossus Sphaenorhynchus caramaschii
Proceratophrys sp. Hylodidae
Proceratophrys boiei Hylodes cf. heyeri
Hylidae Leiuperidae
Dendrophryniscus berthalutzae
Sapinho-das-
Visual AID Ameaçada
folhagens (IUCN, 2013)
Dendrophryniscus leucomystax
Sapinho-das-
Visual AID Ameaçada
bromélias (IUCN, 2013)
Família Hylidae
Figura 68 - Scinax alter (perereca-do-litoral) espécie registrada e identificada na área diretamente afetada
e na área de influência direta (ADA/AID) da ETA. Ítapoá - SC. Foto: F. ULBER.
A mata atlântica apresenta 891 espécies de aves (LIMA, 2014 apud PIVETTA, 2014),
46,9% do total de aves registradas em território brasileiro – 1901 espécies (CBRO, 2014).
Destas, 213 são endêmicas do Bioma, o qual apresenta ainda 1.035 subespécies de aves, das
quais 351 são endêmicas. 233 espécies encontram-se em listas de ameaçadas nacional ou
internacionalmente (LIMA, 2014 apud PIVETTA, 2014). Muitas destas “estão limitadas a
regiões montanhosas elevadas, e várias cadeias de montanhas tem espécies ou subespécies
próprias” (SIGRIST, 2012). Regiões litorâneas ou de baixadas são igualmente ricas, embora a
fragmentação e destruição destes ambientes sejam mais acentuadas do que nas áreas
montanhosas, o que contribui para inclusão de várias espécies típicas destes locais em
categorias de ameaça. Neste contexto enquadra-se a região litorânea do município de Itapoá,
em Santa Catarina.
9.2.3.1 Metodologia
Para o levantamento da avifauna foi utilizado o registro visual e auditivo, onde as aves
são identificadas através de suas vocalizações e/ou visualmente, com auxílio de binóculos
Nikon 8 x 42. Foi empregado o método de Listas de Mackinnon, que consiste em uma
metodologia para inventários rápidos em ambientes tropicais, nas quais todas as espécies de
aves identificadas em um trajeto pré-determinado são anotadas em listas consecutivas de igual
tamanho (Figura 72). A grande vantagem é a obtenção de listas de espécies padronizadas,
obtidas sem restrição de tempo, e o grande número de amostras obtidas em um único dia de
campo (BIBBY, 2004; RIBON, 2007). Para este trabalho são utilizadas listas (amostras) de 10
espécies, conforme recomendado por Herzog, Kessler e Cahill (2002). A partir das amostras é
calculado um índice de abundância relativa, denominado Índice de Freqüência nas Listas
(IFL). O IFL de uma espécie é obtido dividindo-se o número de listas em que ela ocorre pelo
número total de listas obtido. Quanto mais comum a espécie, maior o IFL (RIBON, 2010).
Para verificar a suficiência de amostragem, uma curva de acumulação de espécies foi
confeccionada, onde as unidades amostrais corresponderam às listas de Mackinnon.
Figura 74 - Ambiente aberto com predomínio de pastagem e árvores isoladas, na AID da Captação de
Água Bruta. Na imagem, um indivíduo da espécie Pyrocephalus rubinus (príncipe).
Figura 75 - Ambiente aquático representado pelo Rio Saí Mirim, na AID da Captação de Água Bruta.
Algumas aves são atraídas com o uso de playback, a fim de confirmar a identificação
da espécie ou obter registro fotográfico (Figura 76). As fotografias são obtidas com câmera
Panasonic Lumix DMC-FZ200. As vozes não identificadas em campo são gravadas com
gravador Sony PCM-M10, para posterior identificação mediante consulta a acervos sonoros
como o website Xeno-canto (PLANQUÉ; VELLINGA, 2014). As aves visualizadas e não
conhecidas, são identificadas com auxílio de guias (SICK, 1997; PERLO, 2009; SIGRIST,
2014).
O grau de ameaça das espécies de aves é baseado na Lista das Espécies da Fauna
Ameaçadas de Extinção em Santa Catarina (CONSEMA, 2011), Lista das Espécies da Fauna
Brasileira Ameaçadas de Extinção (M.M.A, 2014); e espécies globalmente ameaçadas, de
acordo com International Union for Conservation of Nature - IUCN (IUCN, 2013; BIRDLIFE
INTERNATIONAL, 2013). A nomenclatura das espécies e ordem taxonômica segue a lista
oficial das aves do Brasil (CBRO, 2014).
Tabela 20 - Lista das espécies de aves da região de Itapoá – Santa Catarina. Legenda: Endemismo:
Espécie endêmica do Brasil (BR), Espécie endêmica do Bioma Mata Atlântica (MA); Ameaça de extinção:
Ameaçada no estado de Santa Catarina (SC), no Brasil (BR) e globalmente ameaçada (IUCN), conforme
as categorias: Quase Ameaçada (NT), Vulnerável (VU), Em Perigo (EN) e Criticamente Ameaçada (CR). *
Espécie exótica.
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
ORDEM
TINAMIFORMES
Família Tinamidae
Tinamus solitarius macuco MA SC: VU; IUCN: NT
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu
SC: EN; BR: VU; IUCN:
Crypturellus noctivagus jaó-do-sul BR; MA
NT
Crypturellus
inhambu-chororó
parvirostris
Crypturellus tataupa inhambu-chintã
Nothura maculosa codorna-amarela
ORDEM
ANSERIFORMES
Família Anatidae
Dendrocygna bicolor marreca-caneleira
Dendrocygna viduata irerê
Cairina moschata pato-do-mato
Sarkidiornis sylvicola pato-de-crista
Amazonetta
pé-vermelho
brasiliensis
ORDEM
GALLIFORMES
Família Cracidae
Penelope superciliaris jacupemba SC: VU
Penelope obscura jacuaçu
Ortalis squamata aracuã-escamoso
Família
Odontophoridae
Odontophorus capueira uru MA
ORDEM
PODICIPEDIFORMES
Família
Podicipedidae
Podilymbus podiceps mergulhão-caçador
ORDEM
SULIFORMES
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Família Fregatidae
Fregata magnificens tesourão
Família Sulidae
Sula leucogaster atobá-pardo
Família
Phalacrocoracidae
Phalacrocorax
biguá
brasilianus
ORDEM
PELECANIFORMES
Família Ardeidae
Tigrisoma lineatum socó-boi
Cochlearius
arapapá
cochlearius
Nycticorax nycticorax savacu
Bubulcus ibis garça-vaqueira
Ardea cocoi garça-moura
Ardea alba garça-branca-grande
Syrigma sibilatrix maria-faceira
Egretta thula garça-branca-pequena
Egretta caerulea garça-azul
Família
Threskiornithidae
Plegadis chihi caraúna-de-cara-branca
Mesembrinibis
coró-coró
cayennensis
Phimosus infuscatus tapicuru-de-cara-pelada
Theristicus caudatus curicaca
Platalea ajaja colhereiro
ORDEM
CATHARTIFORMES
Família Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta
Sarcoramphus papa urubu-rei
ORDEM
ACCIPITRIFORMES
Família Pandionidae
Pandion haliaetus águia-pescadora
Família Accipitridae
Leptodon cayanensis gavião-de-cabeça-cinza
Elanoides forficatus gavião-tesoura
Harpagus diodon gavião-bombachinha
Accipiter poliogaster tauató-pintado SC: CR
Accipiter superciliosus gavião-miudinho SC: VU
Accipiter striatus gavião-miúdo
Accipiter bicolor gavião-bombachinha-grande
Geranospiza gavião-pernilongo
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
caerulescens
Heterospizias
gavião-caboclo
meridionalis
Amadonastur
gavião-pombo-pequeno BR; MA SC, BR, IUCN: VU
lacernulatus
Urubitinga urubitinga gavião-preto
Rupornis magnirostris gavião-carijó
Pseudastur polionotus gavião-pombo-grande MA IUCN: NT
Buteo brachyurus gavião-de-cauda-curta
Spizaetus tyrannus gavião-pega-macaco SC: VU
Spizaetus
gavião-pato SC: EN
melanoleucus
ORDEM
GRUIFORMES
Família Aramidae
Aramus guarauna carão
Família Rallidae
Aramides cajaneus saracura-três-potes
Aramides saracura saracura-do-mato MA
Laterallus
sanã-parda
melanophaius
Laterallus leucopyrrhus sanã-vermelha
Porzana albicollis sanã-carijó
Pardirallus nigricans saracura-sanã
Gallinula galeata frango-d'água-comum
ORDEM
CHARADRIIFORMES
Família Charadriidae
Vanellus chilensis quero-quero
Pluvialis dominica batuiruçu
Pluvialis squatarola batuiruçu-de-axila-preta
Charadrius
batuíra-de-bando
semipalmatus
Charadrius collaris batuíra-de-coleira
Família
Haematopodidae
Haematopus palliatus piru-piru
Família
Recurvirostridae
Himantopus melanurus pernilongo-de-costas-brancas
Família Scolopacidae
Gallinago paraguaiae narceja
Actitis macularius maçarico-pintado
Tringa solitaria maçarico-solitário
Tringa melanoleuca maçarico-grande-de-perna-amarela
Tringa flavipes maçarico-de-perna-amarela
Arenaria interpres vira-pedras
Calidris alba maçarico-branco
Calidris fuscicollis maçarico-de-sobre-branco
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Família Jacanidae
Jacana jacana jaçanã
Família Laridae
Larus dominicanus gaivotão
Família Sternidae
Sternula superciliaris trinta-réis-anão
Sterna hirundinacea trinta-réis-de-bico-vermelho
Sterna trudeaui trinta-réis-de-coroa-branca
Thalasseus acuflavidus trinta-réis-de-bando
Família Rynchopidae
Rynchops niger talha-mar
ORDEM
COLUMBIFORMES
Família Columbidae
Columbina talpacoti rolinha-roxa
Columba livia * pombo-doméstico
Patagioenas picazuro pombão
Patagioenas
pomba-galega
cayennensis
Patagioenas plumbea pomba-amargosa
Zenaida auriculata pomba-de-bando
Leptotila verreauxi juriti-pupu
Leptotila rufaxilla juriti-gemedeira
Geotrygon montana pariri
ORDEM
CUCULIFORMES
Família Cuculidae
Piaya cayana alma-de-gato
Coccyzus
papa-lagarta-acanelado
melacoryphus
Crotophaga ani anu-preto
Guira guira anu-branco
Tapera naevia saci
Dromococcyx
peixe-frito-pavonino
pavoninus
ORDEM
STRIGIFORMES
Família Tytonidae
Tyto furcata coruja-da-igreja
Família Strigidae
Megascops choliba corujinha-do-mato
Megascops atricapilla corujinha-sapo MA
Strix virgata coruja-do-mato
Glaucidium brasilianum caburé
Athene cunicularia coruja-buraqueira
Asio clamator coruja-orelhuda
Asio stygius mocho-diabo
ORDEM
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
NYCTIBIIFORMES
Família Nyctibiidae
Nyctibius griseus mãe-da-lua
ORDEM
CAPRIMULGIFORME
S
Família
Caprimulgidae
Antrostomus rufus joão-corta-pau
Lurocalis
tuju
semitorquatus
Hydropsalis albicollis bacurau
Hydropsalis parvula bacurau-chintã
Hydropsalis torquata bacurau-tesoura
Chordeiles nacunda corucão
ORDEM
APODIFORMES
Família Apodidae
Cypseloides senex taperuçu-velho
Streptoprocne zonaris taperuçu-de-coleira-branca
Chaetura cinereiventris andorinhão-de-sobre-cinzento
Chaetura meridionalis andorinhão-do-temporal
Família Trochilidae
Ramphodon naevius beija-flor-rajado BR; MA IUCN: NT
Phaethornis squalidus rabo-branco-pequeno BR
Phaethornis eurynome rabo-branco-de-garganta-rajada MA
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura
Aphantochroa
beija-flor-cinza MA
cirrochloris
Florisuga fusca beija-flor-preto MA
Anthracothorax
beija-flor-de-veste-preta
nigricollis
Lophornis magnificus topetinho-vermelho BR
Lophornis chalybeus topetinho-verde
Chlorostilbon lucidus besourinho-de-bico-vermelho
Thalurania glaucopis beija-flor-de-fronte-violeta MA
Leucochloris albicollis beija-flor-de-papo-branco MA
Amazilia versicolor beija-flor-de-banda-branca
Amazilia fimbriata beija-flor-de-garganta-verde
Clytolaema rubricauda beija-flor-rubi BR; MA
Calliphlox amethystina estrelinha-ametista
ORDEM
TROGONIFORMES
Família Trogonidae
surucuá-grande-de-barriga-
Trogon viridis SC: EN
amarela
Trogon surrucura surucuá-variado MA
Trogon rufus surucuá-de-barriga-amarela
ORDEM
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
CORACIIFORMES
Família Alcedinidae
Megaceryle torquata martim-pescador-grande
Chloroceryle amazona martim-pescador-verde
Chloroceryle aenea martinho SC: VU
Chloroceryle
martim-pescador-pequeno
americana
Chloroceryle inda martim-pescador-da-mata SC: EN
ORDEM
GALBULIFORMES
Família Bucconidae
Notharchus swainsoni macuru-de-barriga-castanha SC: VU
Malacoptila striata barbudo-rajado BR; MA
Nonnula rubecula macuru
ORDEM PICIFORMES
Família
Ramphastidae
Ramphastos vitellinus tucano-de-bico-preto
Ramphastos dicolorus tucano-de-bico-verde MA
Selenidera
araçari-poca MA
maculirostris
Família Picidae
Picumnus temminckii pica-pau-anão-de-coleira MA
Melanerpes candidus pica-pau-branco
Melanerpes flavifrons benedito-de-testa-amarela MA
Veniliornis spilogaster picapauzinho-verde-carijó MA
Piculus flavigula pica-pau-bufador SC: VU
Colaptes
pica-pau-verde-barrado
melanochloros
Colaptes campestris pica-pau-do-campo
Celeus flavescens pica-pau-de-cabeça-amarela
SC, BR, IUCN: VU;
Dryocopus galeatus pica-pau-de-cara-canela MA
BR:EN
Dryocopus lineatus pica-pau-de-banda-branca
Campephilus robustus pica-pau-rei MA
ORDEM
FALCONIFORMES
Família Falconidae
Caracara plancus caracará
Milvago chimachima carrapateiro
Milvago chimango chimango
Herpetotheres
acauã
cachinnans
Micrastur ruficollis falcão-caburé
Micrastur
falcão-relógio
semitorquatus
Falco sparverius quiriquiri
Falco femoralis falcão-de-coleira
Falco peregrinus falcão-peregrino
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
ORDEM
PSITTACIFORMES
Família Psittacidae
Pyrrhura frontalis tiriba-de-testa-vermelha MA
Forpus xanthopterygius tuim
Brotogeris tirica periquito-rico BR; MA
SC: CR; BR: VU; IUCN:
Touit melanonotus apuim-de-costas-pretas BR; MA
EN
Pionopsitta pileata cuiú-cuiú MA
Pionus maximiliani maitaca-verde
Amazona brasiliensis papagaio-de-cara-roxa BR; MA SC: CR
Triclaria malachitacea sabiá-cica BR; MA SC: VU; IUCN: NT
ORDEM
PASSERIFORMES
Família
Thamnophilidae
Terenura maculata zidedê MA
Myrmotherula unicolor choquinha-cinzenta BR; MA IUCN: NT
Stymphalornis
bicudinho-do-brejo BR; MA SC: CR; BR: EN
acutirostris
Rhopias gularis choquinha-de-garganta-pintada BR; MA
Dysithamnus
choquinha-de-peito-pintado BR; MA IUCN: NT
stictothorax
Dysithamnus mentalis choquinha-lisa
Herpsilochmus
chorozinho-de-asa-vermelha
rufimarginatus
Thamnophilus
choca-de-chapéu-vermelho
ruficapillus
Thamnophilus
choca-da-mata
caerulescens
Hypoedaleus guttatus chocão-carijó MA
Batara cinerea matracão
Mackenziaena severa borralhara MA
Myrmoderus
papa-formiga-de-grota BR; MA
squamosus
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul MA
Drymophila ferruginea trovoada BR; MA
Drymophila malura choquinha-carijó MA
Drymophila squamata pintadinho BR; MA SC: EN
Família
Conopophagidae
Conopophaga lineata chupa-dente MA
Conopophaga
cuspidor-de-máscara-preta BR
melanops
Família Grallariidae
Hylopezus nattereri pinto-do-mato MA
Família
Rhinocryptidae
Eleoscytalopus
macuquinho BR; MA IUCN: NT
indigoticus
Scytalopus speluncae tapaculo-preto BR; MA
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Psilorhamphus guttatus tapaculo-pintado MA IUCN: NT
Família Formicariidae
Formicarius colma galinha-do-mato
Chamaeza
tovaca-campainha
campanisona
Família
Dendrocolaptidae
Dendrocincla turdina arapaçu-liso MA
Sittasomus
arapaçu-verde
griseicapillus
Xiphorhynchus fuscus arapaçu-rajado MA
Lepidocolaptes
arapaçu-escamado-do-sul MA
falcinellus
Dendrocolaptes
arapaçu-grande
platyrostris
Xiphocolaptes albicollis arapaçu-de-garganta-branca
Família Xenopidae
Xenops minutus bico-virado-miúdo
Xenops rutilans bico-virado-carijó
Família Furnariidae
Furnarius rufus joão-de-barro
Phleocryptes melanops bate-bico
Automolus
barranqueiro-de-olho-branco MA
leucophthalmus
Anabacerthia
limpa-folha-ocráceo MA
lichtensteini
Philydor atricapillus limpa-folha-coroado MA
Cichlocolaptes
trepador-sobrancelha BR; MA
leucophrus
Certhiaxis
curutié
cinnamomeus
Synallaxis ruficapilla pichororé MA
Synallaxis spixi joão-teneném
Família Pipridae
Manacus manacus rendeira
Ilicura militaris tangarazinho BR; MA
Chiroxiphia caudata tangará MA
Família Oxyruncidae
Oxyruncus cristatus araponga-do-horto
Família
Onychorhynchidae
Onychorhynchus
maria-leque-do-sudeste BR; MA SC: CR
swainsoni
Myiobius barbatus assanhadinho SC: EN
Myiobius atricaudus assanhadinho-de-cauda-preta SC: VU
Família Tityridae
Schiffornis virescens flautim MA
anambé-branco-de-bochecha-
Tityra inquisitor
parda
Tityra cayana anambé-branco-de-rabo-preto
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Pachyramphus
caneleiro
castaneus
Pachyramphus
caneleiro-preto
polychopterus
Pachyramphus validus caneleiro-de-chapéu-preto
Família Cotingidae
Procnias nudicollis araponga MA IUCN: VU
Pyroderus scutatus pavó MA SC: EN
Carpornis cucullata corocochó BR; MA IUCN: NT
Família Pipritidae
Piprites chloris papinho-amarelo
Família
Platyrinchidae
Platyrinchus
patinho
mystaceus
Platyrinchus
patinho-gigante MA SC, IUCN: VU
leucoryphus
Família Tachurididae
Tachuris rubrigastra papa-piri SC: VU
Família
Rhynchocyclidae
Mionectes rufiventris abre-asa-de-cabeça-cinza MA
Leptopogon
cabeçudo
amaurocephalus
Phylloscartes ventralis borboletinha-do-mato
Phylloscartes kronei maria-da-restinga BR; MA IUCN: VU
Phylloscartes oustaleti papa-moscas-de-olheiras BR; MA SC: VU; IUCN: NT
Phylloscartes sylviolus maria-pequena MA SC: EN; IUCN: NT
Tolmomyias
bico-chato-de-orelha-preta
sulphurescens
Todirostrum
teque-teque BR; MA
poliocephalum
Poecilotriccus
tororó
plumbeiceps
Myiornis auricularis miudinho MA
Hemitriccus orbitatus tiririzinho-do-mato BR; MA IUCN: NT
Hemitriccus
tachuri-campainha BR; MA
nidipendulus
Hemitriccus kaempferi maria-catarinense BR; MA SC, BR: VU; IUCN: EN
Família Tyrannidae
Hirundinea ferruginea gibão-de-couro
Camptostoma
risadinha
obsoletum
Elaenia flavogaster guaracava-de-barriga-amarela
Elaenia parvirostris guaracava-de-bico-curto
Elaenia mesoleuca tuque
Elaenia obscura tucão
Myiopagis caniceps guaracava-cinzenta
Phyllomyias fasciatus piolhinho
Phyllomyias
piolhinho-serrano BR; MA IUCN: NT
griseocapilla
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Pseudocolopteryx
amarelinho-do-junco
flaviventris
Serpophaga nigricans joão-pobre
Serpophaga
alegrinho
subcristata
Attila phoenicurus capitão-castanho
Attila rufus capitão-de-saíra BR; MA
Legatus leucophaius bem-te-vi-pirata
Ramphotrigon
maria-cabeçuda
megacephalum
Myiarchus swainsoni irré
Myiarchus ferox maria-cavaleira
Sirystes sibilator gritador
Pitangus sulphuratus bem-te-vi
Machetornis rixosa suiriri-cavaleiro
Myiodynastes
bem-te-vi-rajado
maculatus
Megarynchus pitangua neinei
Myiozetetes similis bentevizinho-de-penacho-vermelho
Tyrannus
suiriri
melancholicus
Tyrannus savana tesourinha
Empidonomus varius peitica
Conopias trivirgatus bem-te-vi-pequeno
Colonia colonus viuvinha
Myiophobus fasciatus filipe
Pyrocephalus rubinus príncipe
Fluvicola nengeta lavadeira-mascarada
Cnemotriccus fuscatus guaracavuçu
Lathrotriccus euleri enferrujado
Contopus cinereus papa-moscas-cinzento
Knipolegus cyanirostris maria-preta-de-bico-azulado
Satrapa icterophrys suiriri-pequeno
Muscipipra vetula tesoura-cinzenta MA
Família Vireonidae
Cyclarhis gujanensis pitiguari
Vireo chivi juruviara
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado MA
Família Corvidae
Cyanocorax caeruleus gralha-azul MA IUCN: NT
Cyanocorax chrysops gralha-picaça
Família Hirundinidae
Pygochelidon
andorinha-pequena-de-casa
cyanoleuca
Stelgidopteryx ruficollis andorinha-serradora
Progne tapera andorinha-do-campo
Progne chalybea andorinha-doméstica-grande
Tachycineta albiventer andorinha-do-rio
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Tachycineta leucorrhoa andorinha-de-sobre-branco
Hirundo rustica andorinha-de-bando
Família Troglodytidae
Troglodytes musculus corruíra
Cantorchilus
garrinchão-de-bico-grande BR
longirostris
Família Polioptilidae
Ramphocaenus
bico-assovelado
melanurus
Família Turdidae
Turdus flavipes sabiá-una
Turdus leucomelas sabiá-barranco
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira
Turdus amaurochalinus sabiá-poca
Turdus albicollis sabiá-coleira
Família Mimidae
Mimus saturninus sabiá-do-campo
Mimus triurus calhandra-de-três-rabos
Família Motacillidae
Anthus lutescens caminheiro-zumbidor
Família Passerellidae
Zonotrichia capensis tico-tico
Família Parulidae
Setophaga pitiayumi mariquita
Geothlypis
pia-cobra
aequinoctialis
Basileuterus culicivorus pula-pula
Myiothlypis rivularis pula-pula-ribeirinho
Família Icteridae
Cacicus chrysopterus tecelão
Cacicus haemorrhous guaxe
Gnorimopsar chopi graúna
Agelasticus thilius sargento
Chrysomus ruficapillus garibaldi
Molothrus oryzivorus iraúna-grande
Molothrus bonariensis vira-bosta
Sturnella superciliaris polícia-inglesa-do-sul
Família
Mitrospingidae
Orthogonys
catirumbava BR; MA
chloricterus
Família Thraupidae
Coereba flaveola cambacica
Saltator similis trinca-ferro-verdadeiro
Saltator fuliginosus pimentão MA SC: VU
Orchesticus abeillei sanhaçu-pardo BR; MA IUCN: NT
Thlypopsis sordida saí-canário
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Tachyphonus
tiê-preto MA
coronatus
Ramphocelus bresilius tiê-sangue BR; MA SC: VU
Lanio cristatus tiê-galo SC: EN
Lanio cucullatus tico-tico-rei
Lanio melanops tiê-de-topete
Tangara seledon saíra-sete-cores MA
Tangara cyanocephala saíra-militar MA
Tangara desmaresti saíra-lagarta BR
Tangara sayaca sanhaçu-cinzento
Tangara cyanoptera sanhaçu-de-encontro-azul BR; MA IUCN: NT
Tangara palmarum sanhaçu-do-coqueiro
Tangara ornata sanhaçu-de-encontro-amarelo BR; MA
Tangara peruviana saíra-sapucaia BR; MA SC: EN; BR, IUCN: VU
Tangara preciosa saíra-preciosa
Stephanophorus
sanhaçu-frade
diadematus
Pipraeidea melanonota saíra-viúva
Pipraeidea bonariensis sanhaçu-papa-laranja
Tersina viridis saí-andorinha
Dacnis nigripes saí-de-pernas-pretas BR; MA IUCN: NT
Dacnis cayana saí-azul
Chlorophanes spiza saí-verde
Hemithraupis guira saíra-de-papo-preto
Hemithraupis ruficapilla saíra-ferrugem BR; MA
Conirostrum
figuinha-de-rabo-castanho
speciosum
Conirostrum bicolor figuinha-do-mangue SC: VU
Haplospiza unicolor cigarra-bambu MA
Sicalis flaveola canário-da-terra-verdadeiro
Volatinia jacarina tiziu
Sporophila falcirostris cigarra-verdadeira MA SC: EN; BR, IUCN: VU
Sporophila lineola bigodinho
Sporophila
coleirinho
caerulescens
Sporophila
caboclinho-de-barriga-preta BR; MA SC: VU
melanogaster
Sporophila angolensis curió SC: CR
Família Cardinalidae
Piranga flava sanhaçu-de-fogo
Habia rubica tiê-do-mato-grosso
Cyanoloxia
azulinho
glaucocaerulea
Família Fringillidae
Sporagra magellanica pintassilgo
Euphonia chlorotica fim-fim
Euphonia violacea gaturamo-verdadeiro
Euphonia chalybea cais-cais MA IUCN: NT
Táxon / Nome
Nome em Português Endemismo Ameaça de extinção
Científico
Euphonia
gaturamo-rei
cyanocephala
Euphonia pectoralis ferro-velho MA
Família Estrildidae
Estrilda astrild * bico-de-lacre
Família Passeridae
Passer domesticus * pardal
Para a área da ETA foram registras em campo 119 espécies de aves, pertencentes a 20
ordens e 46 famílias, sendo 86 espécies na ADA e 33 na AID. A Tabela 21 informa as
espécies de aves registradas em campo, sensibilidade aos distúrbios ambientais, conforme
Parker III, Stotz e Fitzpatrick (1996), local de registro (ADA ou AID), habitat onde foram
encontradas e os métodos de registro e documentação obtidos.
Tabela 21 - Lista das espécies de aves registradas na área da ETA, sensibilidade ambiental, local de
registro, habitat e métodos de registro e documentação. Legenda: Sens. (Sensibilidade): Baixa (B), Média
(M), Alta (A); Local: Área Diretamente Afetada (ADA); Área de Influência Direta (AID); Habitat:
Floresta Atlântica – Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, incluindo borda da floresta (FA),
ambientes abertos (pastagens) ou antrópicos (AA), ambiente aquático e áreas alagadas (H 2O), observadas
apenas em voo (VOO); Método: Registro Visual (RV), Registro Auditivo (RA), Fotografia (FO). * Espécie
exótica.
Táxon / Nome Científico Nome em Português Sens. Local Habitat Método
ORDEM TINAMIFORMES
Família Tinamidae
Crypturellus obsoletus inhambuguaçu B ADA FA RA
ORDEM ANSERIFORMES
Família Anatidae
Amazonetta brasiliensis pé-vermelho B AID H2O RV, RA
ORDEM GALLIFORMES
Família Cracidae
Ortalis squamata aracuã-escamoso B ADA FA RV, RA
Família Odontophoridae
Odontophorus capueira uru A AID FA RA
ORDEM SULIFORMES
Família Fregatidae
Fregata magnificens tesourão A ADA VOO RV
ORDEM
PELECANIFORMES
Família Ardeidae
Bubulcus ibis garça-vaqueira B AID VOO RV
Syrigma sibilatrix maria-faceira M AID AA RV
ORDEM
CATHARTIFORMES
Família Cathartidae
Cathartes aura urubu-de-cabeça-vermelha B AID VOO RV
Coragyps atratus urubu-de-cabeça-preta B ADA VOO RV
Figura 77 - Número de espécies citadas em bibliografia e registradas em campo para a ADA e AID da
Estação de Tratamento de Água Bruta ETA, para o Município de Itapoá-SC.
Tabela 22 - Lista de espécies registradas e respectivos IFL (Índice de Frequência nas Listas) e número de
registros, em ordem decrescente para a ADA e AID da Estação de Tratamento de Água Bruta para o
Município de Itapoá-SC.
Espécie Nome em Português IFL Nº Registros
Basileuterus culicivorus pula-pula 0,31 14
Phylloscartes kronei maria-da-restinga 0,29 13
Chiroxiphia caudata tangará 0,24 11
Leptopogon amaurocephalus cabeçudo 0,20 9
Cyanocorax caeruleus gralha-azul 0,20 9
Tachyphonus coronatus tiê-preto 0,20 9
Thamnophilus caerulescens choca-da-mata 0,18 8
Pyriglena leucoptera papa-taoca-do-sul 0,18 8
Pitangus sulphuratus bem-te-vi 0,18 8
Coereba flaveola cambacica 0,18 8
Tangara peruviana saíra-sapucaia 0,18 8
Vanellus chilensis quero-quero 0,16 7
Várias espécies (n=26), no entanto, foram registradas em apenas uma das 45 listas
obtidas e tiveram IFL muito baixo (IFL=0,02), o que pode indicar raridade delas nos locais e
período amostrados, amostragens não direcionadas nos habitats preferenciais destas espécies
ou mesmo indivíduos de passagem ou espécies migratórias. A indicação de raridade com base
nesses dados poderia ser melhor avaliada caso houvesse um levantamento envolvendo outras
campanhas. De modo geral, a comunidade de aves registrada é composta por um pequeno
número de espécies de densidade populacional relativamente alta e um número elevado de
espécies de densidade baixa (Figura 78 e 79).
Figura 79 - Distribuição de abundância das espécies de aves expressa em função do Índice de Frequência
nas Listas (IFL).
Para estimar a riqueza real de espécies a partir das amostras obtidas foram utilizados
os estimadores não paramétricos Chao, Bootstrap, Jacknife 1 e 2, calculados com o Programa
Past ver. 3.01 (HAMMER et al., 2001). As estimativas mais conservadoras resultaram em
aproximadamente 132 espécies de aves, valor superior ao registrado em campo (Figura 81).
Há também espécies associadas aos ambientes aquáticos, como córregos e rios, tanto
em ambientes abertos como junto à floresta. Neste grupo estão inclusas aves como
Amazonetta brasiliensis (pé-vermelho), Laterallus melanophaius (sanã-parda), Pardirallus
nigricans (saracura-sanã) e Chloroceryle americana (martim-pescador-pequeno). Os
passeriformes que frequentam ambientes associados à agua, como Certhiaxis cinnamomeus
(curutié) e Geothlypis aequinoctialis (pia-cobra) costumem alimentar-se de insetos presentes
nas suas margens.
A seguir imagens de algumas espécies de aves registradas para a AID e ADA (Figura
83 a 96).
Entre as espécies de aves com ocorrência para a região, 38 estão ameaçadas, 14 quase
ameaçadas, 93 são endêmicas do bioma Mata Atlântica e 44 são endêmicas do Brasil (ver
Tabela 18). Em campo, foram registradas doze espécies de interesse conservacionista, sendo
cinco quase ameaçadas mundialmente e sete ameaçadas de extinção. As aves quase
ameaçadas registradas são: Ramphodon naevius (beija-flor-rajado), Myrmotherula unicolor
(choquinha-cinzenta), Eleoscytalopus indigoticus (macuquinho), Hemitriccus orbitatus
(tiririzinho-do-mato) e Cyanocorax caeruleus (gralha-azul; Figura 92).
Figura 97 - Indivíduo da espécie Cyanocorax caeruleus (gralha-azul), ave quase ameaçada segundo a
IUCN, registrada na ADA.
Figura 101 - Indivíduo (macho) da espécie Ramphocelus bresilius (tiê-sangue), ave ameaçada de extinção
registrada na AID.
Figura 102 - Indivíduo (fêmea) da espécie Ramphocelus bresilius (tiê-sangue), ave ameaçada de extinção
registrada na ADA.
Figura 103 - Indivíduo (macho) da espécie Tangara peruviana (saíra-sapucaia), ave ameaçada de extinção
registrada na ADA.
Endêmica da Endêmica
Espécie Nome em Português
Mata Atlântica do Brasil
Hemitriccus kaempferi maria-catarinense X X
Attila rufus capitão-de-saíra X X
Hylophilus poicilotis verdinho-coroado X
Cyanocorax caeruleus gralha-azul X
Cantorchilus longirostris garrinchão-de-bico-grande X
Tachyphonus coronatus tiê-preto X
Ramphocelus bresilius tiê-sangue X X
Tangara seledon saíra-sete-cores X
Tangara cyanocephala saíra-militar X
Tangara peruviana saíra-sapucaia X X
Euphonia pectoralis ferro-velho X
Espécies Migratórias
Apenas três das aves migratórias esperadas, consideradas residentes de verão, foram
registradas, visto que nesta época elas costumam migrar e estão escassas: Myiophobus
fasciatus (filipe), Pyrocephalus rubinus (príncipe) e Tersina viridis (saí-andorinha). Estas
espécies chegam à região no início da primavera e reproduzem-se no verão, estando ausentes
no Estado na maior parte ou durante todo o outono e o inverno, quando estão em regiões mais
setentrionais (NAKA; RODRIGUES, 2000; BENCKE et al., 2003). Espécies Pachyramphus
polychopterus (caneleiro-preto), Attila phoenicurus (capitão-castanho), Elaenia parvirostris
(guaracava-de-bico-curto), Cnemotriccus fuscatus (guaracavuçu), Lathrotriccus euleri
(enferrujado), Legatus leucophaius (bem-te-vi-pirata), Myiodynastes maculatus (bem-te-vi-
rajado), Tyrannus melancholicus (suiriri), Tyrannus savana (tesourinha), Empidonomus
varius (peitica), Vireo olivaceus (juruviara), Progne tapera (andorinha-do-campo),
Stelgidopteryx ruficollis (andorinha-serradora), Progne chalybea (andorinha-doméstica-
grande), entre outras, poderiam ser registradas nos meses mais quentes na área de estudo.
Das 375 espécies listadas com ocorrência para a região do empreendimento, foram
registradas 31,73 % (119 espécies) através das atividades em campo. Essa riqueza, no entanto,
poderia ser acrescida de várias espécies com maior tempo de amostragem e envolvendo
também outros períodos do ano, visto que diversas espécies migratórias e algumas florestais
não foram registradas. Maior tempo de amostragem também favorece a detecção de espécies
raras, especialmente ameaçadas.
busca de soluções compartilhadas para todos os possíveis entraves de modo a se obter êxito
para todas as partes envolvidas.
Fica localizada ainda na Bacia Hidrográfica do Rio Saí-Mirim, com uma área de 73,30
Km², o qual é formado por vários rios, sendo os principais, Rio Saí-Mirim, Saí Guaçú e o Rio
Jaguaruna, sendo considerada uma bacia litorânea de pequeno porte e desagua diretamente no
Oceano Atlântico.
Número de Domicílios
Ano
1991 2000
808 2.351
Os números apresentados pelo IBGE são muito contestados quanto à sua precisão,
sendo usadas geralmente baixas taxas de crescimentos populacionais. Segundo o próprio
IBGE, existe sim a possibilidade de falha no processo de contagem das populações. Essas
falhas podem estar atreladas ao tipo de metodologia utilizada nas contagens.
Para a projeção populacional através dos dados fornecidos pela CELESC, considerou-
se apenas número total de consumidores residenciais, sendo a relação de veranistas mais fixos
a partir do IBGE dados de 2000:
% Domicílios Fixos: ou
-
% Domicílios Veranistas ou
O número de habitantes fixos por domicílio para o ano de 2000 (último Censo) foi
assim calculado:
Domicílios % a.a
Nº Total Consumidores Consumo Anual Categoria Incremento
Ano % a.a
Residenciais Residencial (10³ KWh) Consumo
Incrementos
1999 6.702 - 8.781,5 -
2000 7.589 13,23 9.581,7 9,11
2001 8.167 7,62 10.158,2 6,02
2002 8.792 7,65 10.485,5 3,22
2003 9.412 7,05 11.207,5 6,89
2004 10.087 7,17 11.785,3 5,15
2005 10.644 5,52 12.255,9 3,99
2006 11.211 5,33 12.417,8 1,32
Fonte: CELESC
Da análise dos dados anteriores, para o ano de 2007 foram adotados os seguintes
dados para obtenção da população total (residente x flutuante):
A população urbana fixa pelo IBGE para o ano de 2007 era igual a 10.071 [10.719 -
648 (rural)], que praticamente confere o estimado (10.203 habitantes) para população
residente fixa.
De acordo com o item 7.3 do Plano Municipal de Saneamento Básico, para a projeção
futura e consequentemente para a elaboração dos cenários, considerando 20 anos de horizonte
(2010-2029), foram adotadas 4 taxas de crescimento de população, em função das condições
estimadas para o período, a saber:
12,70%
Residência Fixa
Residência de Veraneio
52,60% 28,50% Imóvel Comercial
Imóvel em Construção
Lote Vazio
4,60%
1,60%
Ocupação População
TOTAL 55.727
A projeção populacional ao longo do Período de Projeto foi determinada com base nas
taxas de crescimento populacional adotadas no Plano Municipal de Saneamento Básico
(PMSB) aprovado para o município de Itapoá, até o ano de 2029.
Para o período após o ano de 2029 foram adotados valores decrescentes para a taxa de
crescimento da população, conforme tendência de decréscimo observada em todo o território
nacional, variando de 1,37% até aproximadamente 1,00% no final do Período do Projeto.
Assim sendo, para fins da elaboração dos Estudos de Concepção foi adotada a seguinte
projeção populacional (Tabela 27):
5 2017 67.262
6 2018 71.784
7 2019 77.567
8 2020 84.031
9 2021 91.641
10 2022 94.487
11 2023 97.422
12 2024 101.420
13 2025 103.582
14 2026 104.798
15 2027 106.030
16 2028 107.275
17 2029 108.534
18 2030 109.924
19 2031 111.332
20 2032 112.757
21 2033 114.200
22 2034 115.663
23 2035 117.338
24 2036 117.974
25 2037 118.452
26 2038 118.771
27 2039 118.966
28 2040 119.141
29 2041 119.671
30 2042 120.774
Apresenta uma visão geral do desempenho do município nos últimos anos frente à
evolução de seus indicadores de desenvolvimento humano, suas ações na saúde, educação e
da condição dos domicílios.
10.3.4.1 Saúde
10.3.4.1 Educação
A média do IDEB alcançada pelo município em 2011 foi de 5,74 para os alunos dos
anos iniciais (do 1º ao 5º ano), e de 4,82 para os anos finais (6º ao 9º ano). Em ambas as
séries as médias vem crescendo anualmente e superando as metas propostas pelo Ministério
da Educação (MDS, 2013).
As bases econômicas do município são o turismo, forte nos meses de verão, atraindo
cerca de 200 mil pessoas todos os anos, e que vem crescendo a cada ano.
porte, melhorando o fluxo destas embarcações nas regiões Sul e Sudeste brasileiro.
Caracterizado como um porto de concentração de cargas de importação e exportação.
O Terminal segue tendência dos portos mais modernos do mundo, com mínima
interferência no meio ambiente. Ele foi inaugurado em 22 de dezembro de 2010 e suas
atividades crescem a cada dia.
Antes de tudo, devemos considerar que, por ser um Balneário Costeiro, com
população flutuante, cerca de 150% maior que a população fixa, existem dois momentos bem
distintos durante o ano na cidade de Itapoá: na temporada de verão (entre 15 de dezembro e
fim de fevereiro), onde o consumo existente é gerado pela população fixa e a flutuante, e o
restante do ano, onde a demanda de água é bem inferior do que durante o verão.
A ETA dispõe de uma estação elevatória de bombeamento para a lavagem dos filtros.
A água tratada é encaminhada por recalque para o sistema de distribuição e para o
reservatório elevado existente. Junto a este, existe um conjunto moto-bomba que amplia a
pressão de distribuição de água a partir do mesmo, para atingir a pressão recomendável nos
pontos finais da rede de distribuição.
O sistema dispõe de um total de dois reservatórios com capacidade total de 850 m³. O
reservatório principal, que recebe água tratada da ETA Principal, é do tipo elevado, em
formato de taça, estrutura metálica, com capacidade de 500 m³ e altura geométrica máxima de
O único manancial que abastece a cidade de Itapoá é o Rio Saí Mirim. Seu regime de
vazões mínimas não compromete o abastecimento. A característica da água deste mais
marcante é sua forte cor, menor na captação de água da ETA Secundária e maior na captação
da ETA Principal, pela passagem do rio por terreno com solo composto de grande quantidade
de matéria orgânica, presente nos mangues ao longo da parte baixa do manancial.
A Captação Secundária, que atende a ETA Secundária, mais a montante do rio, ao sul
da parte ocupada do Balneário, possui tomada direta afogada, construída na margem direita do
rio, com barramento para alteamento de nível ou regularização de vazões, feito por rochas
dispostas ao longo da seção do rio. A água captada é encaminhada a um pequeno poço em
anéis de concreto, onde está instalada bomba submersível que recalca água por adutora
(aproximadamente 600 metros de comprimento), DN 200, em ferro fundido, para a ETA. O
barramento de alteamento no rio deve sofrer intervenção com acréscimo de pedras e rochas ao
longo da seção, para ampliar a retenção de água e ampliar o nível no local. Assim como na
captação principal, a oscilação do nível do rio não afeta a operação desta captação.
Figura 105 - Local de captação atual da ETA principal localizado no Rio Saí-Mirim, Itapoá-SC.
A tomada de água é feita diretamente por bombas submersíveis no fundo do rio, com
passarela de madeira para acesso as bombas e estrutura de madeira para fixação de redes de
proteção e um conjunto de telas para retenção de sólidos, que encaminha a água diretamente
por duas adutoras à ETA.
Figura 107 - Captação de Água - ETA secundária localizada no Rio Saí-Mirim, Itapoá-SC.
O sistema pode operar com os três conjuntos simultaneamente, sempre que tal
procedimento se revelar necessário (Alta Temporada). Não existe reservatório de água tratada
que permita a redução de operação do recalque de água bruta no horário entre 18 e 21 horas
(pico), para que possa ser reduzido o custo de energia. Não existe, também, plano de tarifa da
concessionária de energia elétrica (plano tarifa verde) utilizado atualmente.
ETA Secundária
As duas tubulações de saída imediata são por mangote flexível de 100 mm, seguidas
do barrilete de controle e de duas redes adutoras de DN 200, em ferro fundido, independente
uma da outra. Não existe dispositivo da medição de pressão e vazão, assim como pontos para
coleta instantânea de dados. As tubulações seguem pelo leito carroçável não pavimentado da
Rua 650 até a ETA, localizada nesta mesma rua.
Não foram realizados levantamentos hidráulicos recentes nas adutoras, pelo atual
operador, para verificar a condição superficial interna das mesmas.
ETA Secundária
A tubulação de saída imediata é por mangote flexível de 100 mm, seguida do barrilete
de controle e de uma rede adutora de DN 200, em ferro fundido, encaminhando à ETA. A
tubulação segue por caminho não pavimentado.
Não foi realizado levantamento hidráulico recente na adutora, pelo atual operador,
para verificar a condição superficial interna da mesma.
A vazão de entrada pode variar entre 50 l/s (uma bomba de recalque da captação, fora
da temporada de verão) e 120 l/s (três bombas operando na captação, na temporada de verão).
• Cal;
• Hipoclorito
• Polímero
• Floculação
Decantação
Após a formação dos flocos, a água em tratamento passa, através de canais abertos,
para 3 lagoas de decantação, com dimensões de:
Figura 116 - Poço de Recalque da água clarificada nas lagoas de decantação da ETA, Itapoá-SC.
Figura 117 - Detalhe da Captação da água clarificada na lagoa de decantação 3 da ETA, Itapoá-SC.
Filtração
• Dois filtros com fluxo descendente, montados a partir de uma caixa d’água de
20.000 litros, sendo esta instalada sobre estrutura de madeira, para
encaminhamento da água filtrada para o poço de recalque;
A água filtrada é encaminhada para um poço de recalque de água tratada onde ocorre a
adição de hipoclorito de sódio, para desinfecção, hidróxido de sódio para correção de pH e
Fluossilicato de sódio para fluoretação.
A Zona é Rural, com cultivo de palmeiras para produção de palmito, criação de gado
extensiva e pequenos cultivos de subsistência. Em torno da ETA existe vegetação em diversos
estágios de regeneração, inclusive médio e avançado.
Na estrutura de alvenaria da ETA, a água decantada passa por vertedor triangular onde
é medida a vazão de tratamento. Depois de adicionado cloro e hidróxido de sódio, passa por
câmaras desativadas (eram floculadores e decantadores antigamente) e por filtragem.
Nas diversas câmaras da ETA existem saídas do tipo dreno para a limpeza de fundo,
sendo quatro ao todo.
• Hidróxido de sódio;
• Cloro.
Floculação
Decantação
Esta lagoa é uma escavação no solo natural, sem revestimento das paredes internas,
com profundidade variando de 1,00 a 1,50 metros, com a execução das divisórias por
estruturas de madeira e fechamento com lonas de PVC.
Quando é realizada a limpeza das lagoas de decantação, os sólidos são lançados nos
terrenos ao lado da ETA, onde existe vegetação nativa.
Filtração
A ETA possui apenas um filtro com fluxo descendente, montado numa das câmaras da
estrutura de alvenaria da ETA, para possuir altura para recalque de água tratada por bomba de
eixo horizontal escorvada.
10.3.2.8 Recalque
ETA Principal
A ERAT - Estação de Recalque de Água Tratada, localizada na parte frontal da ETA,
é composta por um poço de recalque de concreto armado, com dimensão em planta de 3,0 x
4,00 metros e altura útil de 1,40 metros. Não existe na ETA um tanque de contato para
desinfecção, pois a água tratada é desinfectada diretamente no pequeno poço de recalque.
Quanto ao poço de recalque, este deveria possuir dimensão para uma contenção de
volume de água entre 7 e 10 minutos de vazão (equivalentes a 21 a 36 m3, na baixa
temporada e 50 e 72 m3, na alta temporada), para evitar a cavitação das bombas, o arraste de
ar para a tubulação e a formação de vórtices no poço que possa prejudicar a operação de
recalque.
Figura 124 - Vista do tanque de contato da água tratada na ETA principal, Itapoá-SC.
ETA Secundária
Quanto ao poço de recalque, este deveria possuir dimensão para uma contenção de
volume de água entre 7 e 10 minutos de vazão (equivalentes a 8,4 a 12 m3, na alta
temporada), para que exista capacidade de operação do recalque de água tratada, mesmo com
pequenos desequilíbrios operacionais da ETA, tais como: regulagens de dosagem de produtos
químicos, pequenos desligamentos de recalques intermediários do processo de tratamento,
entre outras possibilidades.
Na ETA Principal a adução se realiza por meio de três adutoras de ferro fundido,
sendo seus diâmetros de 150 mm, 150 mm e 250 mm. Esta última faz parte da rede de reforço
que opera na Temporada de Veraneio.
10.3.2.10 Reservação
A distribuição de água no Município é realizada por uma rede linear que abrange todo
o litoral, partindo das estações de tratamento de água: ETA Principal e ETA Secundária.
direção aos bairros do norte e em direção aos bairros do sul do Município, sendo que nesta
última direção as linhas de distribuição se encontrarão com as linhas de distribuição
provenientes da ETA Secundária.
Da ETA Secundária parte uma adutora de reservação (DN 150 mm) de 5,2 Km até o
reservatório apoiado, saindo deste uma adutora de distribuição (DN 250 mm) de
aproximadamente 3,2 Km até o ponto de encontro com a linha de distribuição que conduz a
água tratada proveniente da ETA Principal.
Esse sistema de distribuição de água do Município pode ser dividido em dois setores
devido a existência de registros no ponto de encontro das linhas de distribuição que saem da
ETA Principal e da ETA Secundária.
Segue, abaixo, tabela com a extensão e o respectivo diâmetro das adutoras e linhas de
distribuição do sistema de distribuição de água tratada do Município de Itapoá.
Tabela 29 - Volume de água medido x volume faturado (m³) no Município de Itapoá - SC; entre novembro
de 2007 e maio de 2008.
Volume nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08
Medido 68.765 59.292 151.968 126.615 58.608 65.192 48.224
Faturado 111.499 116.938 173.672 158.353 120.790 125.196 117.468
Da mesma forma, mesmo crescendo muito a quantidade medida nos meses de janeiro
e fevereiro, esta permanece inferior que a quantidade faturada.
Da mesma forma, nos meses de verão (janeiro e fevereiro) a média de volume medido
é de 139.291,5 m3. Transformado em vazão média, a quantidade medida é de 53,74 litros por
segundo. Como temos a informação de produção média de 105 litros por segundo nos meses
da temporada, a perda física (medido/produzido) também é consideravelmente alta.
Manancial de superfície
Atualmente, não existem grandes problemas ambientais na Bacia do Rio Saí Mirim,
que possui aproximadamente 73,3 km2 no ponto de captação da ETA Secundária, com a área
da bacia de contribuição no ponto de captação da ETA Principal, sendo de 150 km2 (o
significativo acréscimo é pela contribuição da Afluente do Rio Saí Mirim, o Rio Braço do
Norte). A montante das duas captações, no Rio Saí Mirim, está localizada a captação de água
da Indústria Vega do Sul, com captação de aproximadamente 120 l/s. Devemos considerar
que a vazão máxima disponível para o abastecimento público do Rio Saí Mirim poderá ser no
máximo de 40% da Q98, que é a vazão na sua série histórica que esta disponível em 98% do
tempo no leito do rio, no caso do Rio Saí Mirim esta vazão é de 451,14 l/s.
ETA Principal:
ETA Secundária:
Figura 126 - Croqui Georreferenciado do Sistema de Abastecimenteo de Água atual de Itapoá-SC: Fonte: MPB Engenharia, 2012.
Como Itapoá não possui sistema de esgotamento sanitário coletivo deve-se priorizar,
como um todo a implantação efetiva desse sistema no Município.
A coleta de lixo no bairro Jardim da Barra, região que compreende o local destinado à
ETA Itapoá, é realizada às terças-feiras, quintas-feiras e aos sábados no período entre às 5h da
manhã às 14h.
O Município possui ainda uma agência dos Correios, localizada no bairro de Itapema
do Norte.
10.3.2.21 Educação
Ainda, a Tabela 33 ilustra a distribuição dos alunos da rede escolar na cidade de Itapoá
durante o ano letivo de 2009.
Tabela 33 - Matrículas nas unidades escolares no ano de 2009 no Município de Itapoá, SC.
Conforme a Tabela acima existe por volta de 3.077 alunos matriculados nas unidades
de ensino instaladas no Município
10.3.2.22 Saúde
Unidades de Saúde
PSF Itapema
PSF Barra do Saí
PSF Itapoá
PSF Pontal
Centro de Reabilitação
Entre os principais locais de lazer da cidade estão a Baía da Babitonga, os passeios de escuna
e ultraleve, a Reserva Ecológica Volta Velha (RPPN) e a Localidade Vila da Glória (Figuras
127 e 128). Na Baía da Babitonga encontram-se trapiches de embarque para barcos que fazem
passeios turísticos pelas 14 ilhas da baía e pelo Arquipélago das Graças. A Reserva Ecológica
Volta Velha, por sua vez, trata-se de uma reserva particular de conservação da Mata Atlântica
com 1000 hectares de área, fica a 3 km do mar em linha reta a partir do centro. A mata é
densa, coberta de bromélias e com abundante fauna tropical.
Figura 130 - A imagem apresenta os principais acessos do Município de Itapoá aos Municípios de
fronteira (Garuva/SC, São Francisco do Sul/SC e Guaratuba/PR).
Apresentando uma área de 256 km2, o Município de Itapoá possui 14.763 habitantes
residentes (IBGE, 2010), Sendo que durante a alta temporada (dezembro a fevereiro), estima-
se uma população flutuante de 200.000 habitantes (aproximadamente), durante todo o
período.
A Economia do Município de Itapoá já teve a pesca artesanal como uma das principais
atividades econômicas da cidade, entretanto, pelo seu caráter extrativista e pela característica
artesanal dos pescadores estabelecidos, vem perdendo dia a dia seu espaço para frotas
pesqueiras industriais. O setor atende, hoje, basicamente o mercado local e os veranistas e
turistas.
Tabela 35 - Principais produtos, quantidade e produção da Pecuária do Município de Itapoá, SC. Fonte:
IBGE, 2007.
Na Indústria, Itapoá não dispõe de um setor diversificado, uma vez que sua base
econômica é o Turismo. Um dado relevante é o número de profissionais das áreas da
Engenharia e Arquitetura residentes no Município, que somam em torno de 15.
Tabela 36 - Ramo de atividades e unidades locais das empresas situadas no Município de Itapoá, SC.
Fonte: IBGE(2007).
Ramo de Atividade Unidades Locais
Agricultura, pecuária, silvicultura e exploração florestal. 6
Indústrias extrativas 1
Indústrias de transformação 53
Construção 11
Além dos belíssimos atrativos naturais, o Município conta com diversificado setor de
comércio, ramo imobiliário e construção civil.
O comércio voltado à atividade turística cresce a cada ano, com a instalação de novos
estabelecimentos. Os principais são:
• Mercados e mini-mercados;
• Padarias.
Tabela 37 - Ramo de atividades e unidades locais das empresas situadas no Município de Itapoá, SC.
Fonte: IBGE, 2007.
Unidades
Ramo de atividade
locais
Comércio, reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos 470
Alojamento e alimentação 222
Transporte, armazenagem e comunicações 13
Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços
3
relacionados
Administração pública, defesa e seguridade social 57
Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas 8
Educação 17
Saúde e serviços sociais 5
Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 51
O setor de construção civil, por sua vez, é o que apresenta maior crescimento,
principalmente em relação à construção de edifícios residenciais. O comércio e a prestação de
• Empreiteiras de mão-de-obra;
A colonização européia teve início com a chegada dos portugueses em 1658 em razão
da fundação da cidade de São Francisco do Sul. A partir desta época começa a surgir na
região o interesse pelas atividades econômicas voltadas para a questão portuária, as quais
surgiram através da adoção, por parte dos portugueses, de estratégias militares de ocupação da
região que exigiam aprimoramento da estrutura portuária. Pouco tempo depois, por volta da
metade do século 19, foi iniciada uma colonização alemã na região, através da chegada da
Princesa Dona Francisca, filha de D. Pedro I, casada em 1843 com o Príncipe de Joinville.
Itapoá foi desmembrada de Garuva apenas em 1966, através da Lei n° 08/66 sendo
transformada em Distrito. Um pouco mais tarde, por meio da Lei Estadual n° 7.586/89, foi
decretado como Município.
O perímetro urbano de Itapoá abrange quase 20% da área total do Município, em uma
faixa média aproximada de 3 km ao longo de todo o litoral, desde a Baía da Babitonga até a
foz do rio Saí-Mirim, na divisa com o Estado do Paraná.
Zona Especial:
Vale ressaltar que estes dois instrumentos legais, os quais caracterizam o uso do solo
em Itapoá, estão em consonância com o empreendimento proposto, a qual é reforçada ainda,
pelo Decreto Municipal n°1453 de 25 de janeiro de 2012, que declara a utilização da área para
implantação do empreendimento como "Utilidade Pública”.
Figura 132 - Imagem do zoneamento urbano do Município de Itapoá, segundo plano diretor. Fonte: Prefeitura Municipal de Itapoá, SC.
A Tabela 38 apresenta uma síntese dos critérios utilizados para definição das áreas a
serem pesquisadas e os respectivos procedimentos.
Tabela 38 - Metodologia utilizada para evidenciação de vestígios da ADA, AID e AII da área da ETA.
Área
Área da pesquisa Procedimento
Afetada
Situação
Item Atividade proposta
atual
Figura 134 - Caminhamentos em transectes 25 metros entre linhas- com perfurações de 50 em 50 metros
em áreas de probabilidade arqueológica. -
Figura 138 - Equipamento utilizado na Figura 139 - Processo de abertura dos poços
perfuração das sondagens profundas. testes na ADA do empreendimento.
Figura 141 - Perfuração em área de solo aparentemente seco, com sedimento lodoso de fundo de lagoa em
poucos centímetros de profundidade.
Em toda a ADA (Área Diretamente Afetada) foi aberto um total de 10 poços testes
distribuídos em toda a área do empreendimento. Os poços testes variaram, quanto a sua
profundidade, de 20 a 100 centímetros. Os sedimentos provenientes das sondagens
apresentaram três variações estratigráficas. Sedimentos de coloração marrom escuro, marrom
médio e marrom claro. O solo apresentou-se com baixa compactação e tipologias arenosas, na
maioria dos poços testes apresentaram água em média 20 cm. Em síntese a estratigrafia dos
poços testes apresentou a seguinte composição:
Figura 142 - Sedimento de coloração marrom Figura 143 - Poço teste com presença de água a
escuro. 20 centímetros de profundidade.
Figura 144 - Sedimento de coloração marrom Figura 145 - Poço teste aberto na profundidade
médio (seta branca), sedimento de coloração de 100 centimetros, com presença de água
marrom claro (seta azul). presença de água vertendo.
A Tabela 40 apresenta o resultado do material obtido com a abertura dos poços testes
na área do empreendimento.
de mata nativa primária. Porém, o relevo de planície sedimentar aluvial faz com que a área
periodicamente seja inundável afetada pelas cheias anuais e pela influencia das marés. Apesar
da região de Itapoá ser um local de alta probabilidade arqueológica, como se pode observar
nas pesquisas realizadas por Farias; Kneip, 2010,os fatores geográficos demonstraram poucos
lugares considerados arqueologicamente propícios. Todos os poços testes abertos foram
avaliados quanto à estrutura sedimentar e estratigráfica, em nenhum deles se verificou
vestígios arqueológicos. Os procedimentos de campo foram documentados com fotos e a
descrição detalhada das atividades em diário de campo, além do preenchimento de fichas de
sondagem. A investigação na ADA apontou para a ausência de vestígios arqueológicos.
A AID (Área de Influência Direta) abrange o espaço onde as alterações nos fatores do
ambiente resultam diretamente das atividades inerentes à implantação e operação do
empreendimento. Os limites dessa área variam conforme os aspectos ambientais analisados.
No presente estudo, a AID (Área de Influência Direta) foi estipulada como sendo 50
metros além do limite da ADA (Área Diretamente Afetada), conforme se observa no mapa de
prospecção.
Em conversa com o morador senhor Alfredo Silva, que mora a 1 ano no município de
Itapoá, nos informou que não tem conhecimento de nenhum vestígio arqueológico na região.
Figura 147 - Conversa com morador na AID, Figura 149 - Área de loteamento na AID do
senhor Alfredo. empreendimento, com materiais de construção
em superfície.
Figura 148 - Área loteada, onde se verificam Figura 150 - Residência as margens da Estrada
residências sendo construídas. da Fazenda.
Nome: Vila Rica I - Código: 4208450-9 - Coordenadas: UTM 22J 735611 7110679
espalhada na superfície. Está bastante preservado, com mais de 75% de integridade. Foi
recadastrado em 2007 pela equipe do GRUPEP- Arqueologia/UNISUL. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Localizado as margens do rio Saí Mirim ao lado da estrada que liga Itapoá
a Guaruva. Possui feição monticular e ovalada com medidas de 70 x 30 x 20. Está na beira da
estrada e tomado por uma densa vegetação arbustiva, possui alto grau de integridade, tendo
sido, aparentemente cortado pela estrada, quando esta foi aberta. Foi recadastrado em 2007
pela equipe do GRUPEP-Arqueologia/UNISUL. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Localizado a 100 metros da avenida que margeia a praia. Sobre ele, foram
construídas duas casas e está cercado por duas ruas, por isso, seu grau de integridade é baixo,
não chegando a 25%. Sítio raso, com aproximadamente 50 x 30 x 2, com substrato arenoso e
muita concha em superfície. Foi recadastrado em 2007 pela equipe do GRUPEP-
Arqueologia/UNISUL. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 3200 m2 de área e muito destruído. Sua destruição se deu
devido à extração de conchas para a compactação de estradas. O responsável por seu registro
foi João Alfredo Rohr. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 2000 m2 de área e muito destruído. Sua destruição se deu
devido à extração de conchas para a compactação de terrenos. O responsável por seu registro
foi João Alfredo Rohr. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 100 m2 de área e bem conservado. O responsável por seu
registro foi Walter Piazza. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 7500 m2 de área, situado em ampla área cercado nos lados
norte, leste e sul por terrenos alagadiços. Acha-se cortado em duas porções, ambas
grandemente danificadas. Foi encontrado um zoólito nesse sítio. O responsável por seu
registro foi Walter Piazza. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 7500 m2 de área, situado à beira do Rio Palmital, recoberto
por vegetação secundária. O responsável por seu registro foi Walter Piazza. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 6000 m2 de área e bem conservado. O responsável por seu
registro foi João Alfredo Rohr. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 450 m2 de área e bem conservado. O responsável por seu
registro foi João Alfredo Rohr. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 4000 m2 de área e bem conservado. O responsável por seu
registro foi João Alfredo Rohr. Tipo: Sambaqui.
Descrição: Sambaqui com 4000 m2 de área e bem conservado. O responsável por seu
registro foi João Alfredo Rohr. Tipo: Sambaqui.
❖ OS SAMBAQUIANOS
No que se refere aos sambaquis propriamente ditos, eles voltam a receber a atenção
dos arqueólogos: várias teses abordam o tema e importantes projetos são delineados. A
própria representação dos construtores de sambaquis altera-se. Eles não são mais percebidos
como um bando de coletores de moluscos, nômades em busca de alimentos. Discute-se
complexidade social, especula-se sobre a presença de chefes, enfoca-se o elaborado ritual
funerário, debate-se a presença de especialistas dedicados à confecção de esculturas e destaca-
se a grandiosidade dos sítios como resultado de um orquestrado trabalho social. (GASPAR,
2000:26).
Nos sambaquis são encontrados vários zoólitos, representando figuras de peixes, aves,
tatus e outros animais, feitos de pedra ou osso. Para Prous (1992:234), não há dúvida "de que
os zoólitos desempenharam um papel importante na cultura sambaquiana meridional, pois
nossas experimentações mostram que, das peças do instrumental conservado, foram elas as
que requereram maior tempo de trabalho”.
Grande parte da complexidade social sambaquieira ainda está para ser desvendada,
uma vez que contamos com a diversidade regional, caracterizada por Beck no final da década
de 1960, em sua tese de doutoramento. A pesquisadora observou variações regionais
relacionadas à produção tecnológica, com artefatos característicos nas regiões sul, centro e
norte do Estado de Santa Catarina, bem como um padrão funerário que também apresentou
diferenças significativas. No entanto, essas pesquisas não foram aprofundadas, pois não houve
o estabelecimento de uma cronologia robusta para todos esses sítios pesquisados.
duração no sul de Santa Catarina, cujas pesquisas, detalhadas, mostram-nos diversas nuances
no processo construtivo dos sítios, no padrão de ocupação do ambiente lagunar, de aspectos
relacionados a alimentação e padrões comportamentais ligados aos sepultamentos (GASPAR;
DEBLASIS, 1992; DEBLASIS et al., 2004). A escavação no município de Itapoá (SC) será
de suma importância para realizarmos uma descrição e análise mais profundas desses sítios
arqueológicos, possibilitando realizar comparações entre esses, os de Itapoá e os sambaquis
do centro e sul do Estado de Santa Catarina.
❖ CERAMISTAS TUPI-GUARANI
Quanto à origem da difusão desse grupo no Brasil, temos a partir da década de 80,
duas principais hipóteses para o local de origem de migração dos Guarani. Métraux (1927)
propõem a primeira hipótese, segundo esse autor, os Guarani teriam partido da bacia do
Paraná-Paraguai, em direção ao sul e norte do Brasil, ocupando a região compreendida como
o litoral até a bacia Amazônica. Já a segunda hipótese parte das pesquisas desenvolvidas por
Brochado (1984) sugerindo que os Guarani teriam partido da Amazônia seguindo os Rios
Paraguai e Paraná até a foz do Rio da Prata, daí então se voltou para o litoral sul do Brasil
(NOELLI, 1999-2000).
Segundo Noelli (1999-2000), a busca por novos territórios foi ocasionada devido a
uma mudança social e política no sistema organizacional do grupo, oriunda do
desenvolvimento da agricultura, bem como do sedentarismo, dando origem ao esgotamento
do espaço útil e consequentemente as divergências entre os grupos agricultores que
mantinham formas de organização diferentes e tiveram que se reorganizar.
Esta tradição é " fruto de uma relação complexa entre dois tipos de classificações, uma
linguistica e outra cerâmica, que tem origem na história da pesquisa etnográfica do país.”(
ALVES, 1991:43)
Em geral os estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram as regiões que
propiciaram enormemente a ocupação territorial pelas sociedades indígenas, pois foi nesse
ambiente que eles puderam desenvolver suas culturas agrícolas de subsistência antes da
chegada dos europeus ao continente no século XV.
O termo caiçara tem sua origem no vocabulário tupi-guarani caáiçara, que denomina o
homem do litoral (SAMPAIO, 1987 apud adams, 2000 p.103). Para os guarani, este termo era
utilizado para denominar as estacas cortadas a volta das tabas ou aldeias e o curral feito de
galhos de árvore fincados na água para cercar os peixes. No entanto com o passar do tempo, o
termo foi utilizado para designar ás palhoças construídas nas parias para abrigar as canoas e
os apetrechos de pescadores, dai então, mais tarde veio a ser denominado o termo
identificados do morador de Cananéia (Fundação SOS Mata Atlântica, 1992), e apartir desse
momento, passou a ser a denominação dos indivíduos e comunidades de pescadores e
pequenos agricultores que habitam o litoral do brasileiro.
No litoral de Santa Catarina, bem como em todo litoral brasileiro, existem grupos
populacionais de origem caiçara e açoriana, que habitam áreas de Restinga da Mata Atlântica.
Esses grupos, localizados nesses ricos biomas, caracterizam-se por interagirem diretamente
com esse bioma, acumulando amplo conhecimento sobre suas espécies vegetais e animais,
apesar da distinta relação de origem, as comunidades caiaras e as de influencia açoriana,
podem aresentar um padrão semelhante de uso de ambiente florestal. Buscando em recursos
disponíveis no ambiente a funcionalidade destes recursos, aplicando-o no cotidiano, através
da necessidade da sobrevivência humana.
um forte vínculo com o ecossistema da Mata Atlântica. Seus saberes, suas "visões de mundo”
e seus modos de vida estão intensamente interligados com a natureza local e seu estado de
conservação.
A situação vivida pelas populações caiçaras a partir do inicio da década de 80, isto é,
após a invasão expansiva do turismo e da especulação imobiliária do litoral, ocasionou uma
valorização dos terrenos caiçaras, localizados em áreas de belas paisagens próximos ao mar.
Essa situação gerou um grande movimento de evasão do litoral, que fez com que as famílias
de pescadores e lavradores, que antes viviam cultivando suas roças em terras legalmente por
direito, vendessem essas terras e fossem para grandes centros contribuir para a formação de
uma grande legião de desempregados, favelados e miseráveis.
implantação de uma comunidade baseada no socialismo utópico. Dessa maneira, Benoit inicia
suas propostas revolucionárias, primeiramente nas antigas terras da Península do Saí, ás
margens da baía de São Francisco, que se baseava em uma colônia de consumo.
A escolha da região da Península do Saí pelo francês, se deu pelos seguintes motivos:
No entanto o plano não deu certo e a iniciativa de colonizar a região, deu origem ao
povoamento de São João do Palmital, ligado a São Francisco do Sul, que segue um
desenvolvimento econômico, político por décadas, o que deu origem ao interesse de muitos
moradores do estado, a seguiram para o norte do Estado á procura de trabalho. Esse
movimento deu origem a comunidade de moradores onde hoje, localiza-se a cidade de Garuva
e atual Itapoá.
A análise dos impactos ambientais é realizada tendo como finalidade a integração dos
diversos aspectos do Estudo Ambiental. Até aqui tudo o que foi feito relaciona-se à
preparação da informação e a espacialização dos impactos. Agora o que se pretende buscar é a
integração entre as diversas ações do empreendimento e seu potencial de impacto, com a
susceptibilidade ambiental, identificando os diversos fatores ambientais considerados na
síntese dos meios do diagnóstico ambiental.
Atributos de Sentido:
- Impactos negativos: são aqueles que devem sofrer medidas mitigadoras para
reduzir seus danos ao meio ambiente;
Atributos de Permanência:
Atributos de Incidência:
Atributos de Distributividade:
Atributos de Permanência:
Atributo de Intensidade:
Atributo de Importância:
Cabe ressaltar que estes valores têm caráter categórico e não numéricos, e servem para
reduzir a subjetividade da análise pela equipe multidisciplinar. A matriz de avaliação não tem
a finalidade de contabilizar aritmeticamente os valores obtidos para cada um dos impactos
identificados. Mas sim, pretende fornecer subsídios para hierarquizar estes impactos, a fim de
orientar os debates entre a equipe multidisciplinar durante o processo de avaliação ambiental
e, posteriormente, priorizar os planos ambientais, onde se incluem medidas de mitigação,
otimização e compensação, visando à viabilidade ambiental do empreendimento.
Tabela 42 - Matriz de Interação dos Impactos Ambientais da implantação da Estação de Tratamento de Água do Município de Itapoá, SC.
Mobilização de Equipamentos
Decantação Sedimentação de
Floculação Adição de Sulfato
Movimentação de materiais,
equipamentos e veículos de
Captação Gradeamento e
levantamentos de campo
Preparação e limpeza do
Filtração Separação de
Ações
empreendimento e
canteiro de obras
remoção de areia
de mão de obra
Divulgação do
cloro gasoso
de Alumínio
e máquinas
terreno
flocos
carga
ETA
Impactos Ambientais
Processos erosivos /
x x x x
Instabilizações do solo
Alteração da qualidade do ar x x x x x
Meio Físico
Alteração na Paisagem x x x
público
comunidade
do Município
Morte de animais
Impactos Ambientais
FASE/ATIVIDADES
Geração de expectativas na
Ações
x
empreendimento e
levantamentos de campo
PROJETO
Mobilização de Equipamentos
e máquinas
Recrutamento e contratação
x
de mão de obra
Implantação e operação de
x
x
x
x
x
x
canteiro de obras
x Preparação e limpeza do
x
x
x
x
x
IMPLANTAÇÃO
Movimentação de materiais,
x
x
x
x
equipamentos e veículos de
carga
Realização de obras civis e
x
x
x
x
remoção de areia
Floculação Adição de Sulfato
x
x
x
de Alumínio
Decantação Sedimentação de
x
x
x
flocos
Filtração Separação de
x
x
x
OPERAÇÃO
cloro gasoso
Página 241 de 285
Estudo Ambiental Simplificado – EAS
Tabela 43 - Magnitude dos Impactos Ambientais da implantação da Estação de Tratamento de Água do Município de Itapoá, SC.
Este impacto ocorre na etapa de captação de água bruta, uma vez que a captação
consiste na retirada de uma vazão constante de água do recurso hídrico, sendo uma
atividade inerente e indispensável na operação do empreendimento. Já na etapa de
filtração, o risco de escassez por uso do recurso natural está relacionado à água retirada
do curso d’água, muitas vezes sem controle de vazão, necessária à lavagem dos filtros.
Para que se minimizem os efeitos sobre a fauna local, algumas medidas podem
ser tomadas:
Embora este impacto seja irreversível e não mitigável, poderá ter sua
significância reduzida em função da implementação de medidas compensatórias. Para
isto, será compensada uma área do mesmo tamanho da suprimida na mesma matricula,
além da compra de créditos de reposição florestal através do volume de madeira
registrado no inventário florestal da área.
Como forma de compensação pela área de APP utilizada pela captação será
proposto a recuperação de uma área duas vezes maior através do plantio de mudas de
vegetação nativa nas margens da própria área destinada a captação na margem do Rio
Saí-Mirim.Meio Socioeconômico
Cabe destacar que, atualmente, o Município conta com duas estações, uma
denominada ETA Principal que tem capacidade de produção de 120 l/s e a segunda,
denominada ETA Secundária tem capacidade de tratamento instalada de 20 l/s. Ambas
são ETAs de tratamento convencional, cujos processos de tratamento incluem dispersão
de produtos químicos, correção de pH, floculação, decantação, filtração, desinfecção e
fluoretação. As condições operacionais das duas estações estão muito comprometidas,
inclusive no que diz respeito às conformidades ambientais onde se observa lançamento
dos efluentes (lodo e água de lavagem) fora das conformidades estabelecidas na
legislação ambiental em vigor. Além disso, as ETAs não estão aptas a receberem
ampliações capazes de produzir água necessária para abastecer a população de Itapoá
futuramente.
O PGA será implantado durante todo o período de execução das obras, e terá
seguimento ao longo de todo o ciclo de vida operacional do empreendimento, com
Medidas/Ações
Medidas/Ações
Medidas/Ações
• Realizar medições periódicas das vazões e dos níveis d’água do rio Saí-
Mirim nas seções de controle determinadas e acompanhar as variações
do regime hidrológico nos períodos de cheia e estiagem.
Medidas/Ações
Este plano tem por objetivo definir a metodologia e os critérios utilizados para o
controle sistematizado na geração de resíduos sólidos no empreendimento, da fase de
obras a operação, orientando quanto a sua identificação, classificação, segregação,
coleta, e destino final.
Por outro lado, na fase operacional, não obstante esteja sendo projetada uma
estação de tratamento de água moderna e sem os costumeiros problemas das estações
antigas referentes a gestão dos sólidos decantados e das águas de lavagem dos filtros,
justifica-se a adoção de procedimentos de gestão que preservem a qualidade ambiental
como um todo.
A gestão dos resíduos será implementada com base nos seguintes princípios:
Para tanto garantirá valores de níveis de pressão sonora menores que os níveis
admissíveis para a zona de instalação do empreendimento, nos limites de sua
propriedade. A Legislação Federal e Estadual que disciplina o assunto é constituída pela
Norma Brasileira NBR-10151, Resolução CONAMA 01 de 1990 e a Lei Estadual
12.189 de 29 de abril de 2005.
Para tanto, estão previstos constantes monitoramentos, antes das obras para
determinação do ruído de fundo, na fase inicial de implantação e na sua operação, em
campanhas de medição periódicas.
• Risco Individual;
• Risco Social.
CA = Vr x Gi
Onde:
Vr = Valor de referencia;
Onde:
ISB = IM x IB (IA+IT)
140
Onde:
IM = Índice de magnitude;
IB = Índice de biodiversidade;
IA = Índice de abrangência;
IT = Índice de temporalidade.
CAP = IM x ICAP x IT
70
Onde:
IM = Índice de Magnitude;
IT = Índice de temporalidade;
Tabela 44 - Parâmetros para determinação do Índice de Magnitude (IM) de acordo com o Decreto
6.848/09
Valor Atributo
0 Ausência de impacto ambiental significativo negativo
Pequena magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao comprometimento
1
dos recursos ambientais
Média magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao comprometimento dos
2
recursos ambientais
3 Alta magnitude do impacto ambiental negativo
Tabela 45 - Tabela dos valores do índice de magnitude de acordo com os valores do VGR.
Magnitude do impacto ambiental VRG
0 ausência de impacto ambiental significativo negativo 0 até -108
pequena magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao
1 comprometimento dos recursos ambientais -108 até -649,8
média magnitude do impacto ambiental negativo em relação ao
2 comprometimento dos recursos ambientais -649,9 até -1516,2
3 alta magnitude do impacto ambiental negativo -1516,3 até -2166,0
Valor Atributo
0 Biodiversidade se encontra muito comprometida
1 Biodiversidade se encontra medianamente comprometida
2 Biodiversidade se encontra pouco comprometida
Área de trânsito ou reprodução de espécies consideradas endêmicas ou
3
ameaçadas de extinção
Tabela 47 – Parâmetros para determinação de Índice de Abrangencia (IA) de acordo com o decreto
6.848/09.
Valor Atributos para empreendimentos terrestres
1 Impactos limitados à área de uma micro bacia
Impactos que ultrapassem a área de uma micro bacia limitados à área de uma bacia de
2 a
3 ordem
a
Impactos que ultrapassem a área de uma bacia de 3 ordem e limitados à área de uma
3 a
bacia de 1 ordem
a
4 Impactos que ultrapassem a área de uma bacia de 1 ordem
CA = VR x Gi
CA = 20.643.000,00 x 0,05%
CA = R$ 10.321,50
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16. ANEXOS