PCA - COMER - Canal Da Costa (Rev 00)
PCA - COMER - Canal Da Costa (Rev 00)
PCA - COMER - Canal Da Costa (Rev 00)
COMÉR CONSTRUTORA
E INCORPORADORA LTDA
VILA VELHA/ES
2024
Plano de Controle Ambiental – PCA
Obras de implantação de galerias e construção do
Parque Linear das Famílias sobre o Canal da Costa
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 3
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................ 63
8 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 64
1 APRESENTAÇÃO
Este documento constitui o Plano de Controle Ambiental (PCA), contendo informações neces-
sárias aos controles e projetos auxiliares a serem aplicados durante as obras implantação de
galerias e de reurbanização do Canal da Costa, no município de Vila Velha/ES, sob adminis-
tração da COMÉR Construtora e Incorporadora Ltda., cujo dados serão apresentados a seguir.
O PCA tem como objetivos principais a apresentação dos impactos ambientais e sociais do
projeto e suas respectivas medidas mitigadoras, de controle e redução dos riscos ambientais
decorrentes de sua implantação e operação, além do cumprimento das Obrigações Ambien-
tais contidas no contrato firmado entre as partes.
2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
O plano aqui apresentado tem como objeto os serviços a serem realizados a partir da elabo-
ração de projeto básico de engenharia e a execução das obras e serviços de implantação de
galerias e construção do Parque Linear das Famílias sobre o Canal da Costa, em trecho defi-
nido em projeto localizado no município de Vila Velha/ES.
Ainda que se trate de uma intervenção em corpo hídrico de regime permanente (Canal da
Costa), seu alto grau de degradação, somado ao fator de se encontrar em área urbana con-
solidada, descaracteriza completamente sua configuração natural e incide sobre esta a incom-
patibilidade com a diversidade de ictiofauna, ou mesmo a manutenção de fauna silvestre ca-
racterizada pela distribuição típica a margem de cursos d’água.
Tal fator será tratado de forma mais detalhada em item posterior, mas é dissertado neste para
percepção de que a obra não se caracterizará pela intervenção em Áreas de Preservação
Permanente definidas pela Lei Federal 12.651/2012, somado as diretrizes impostas pela Lei
Federal 14.285/2021, que dispõe sobre as faixas marginais de curso d'água em área urbana
consolidada, cujo objetivo foi atribuir aos municípios a competência para definir a abrangência
da APP no entorno dos corpos hídricos situados em suas áreas urbanas.
Com tal percepção, somado aos impactos mínimos que devem ser causados durante as
obras, ao empreendimento, que estarão quase em sua totalidade restritos ao meio social, não
se vislumbra a aplicação do mecanismo de compensação ambiental.
O local de instalação do canteiro de obras está sendo planejado e locado de modo a otimizar
o espaço de trabalho e possibilitar maior eficiência logística e operacional ao apoio de serviços
construtivos a serem realizados no trecho.
As opções trabalhadas até a presente data estão disponibilizadas nas imagem abaixo, a ser
de fato utilizada se obtida a anuência do proprietário para tanto (uma área militar pertencente
ao Exército do Brasil – ao extremo norte –, e outra trata-se de um terreno particular – ao
extremo sul). Caso não seja possível o uso de tais áreas, será trabalhada a utilização de uni-
dades móveis, locadas primeiramente as margens do Canal da Costa, a jusante do trecho em
obras, posteriormente deslocadas às áreas onde forem instaladas e finalizadas a cobertura
das galerias.
O local escolhido irá dispor de instalações provisórias como contêineres para acomodação do
time de obreiros da executora, além de áreas para armazenamento de insumos a serem utili-
zados na obra (areia, brita, madeira, etc.) e acabamento de materiais, utilizando-se de uma
área somada de aproximadamente 2.000 m².
Devido aos parâmetros construtivos e as tecnologias utilizadas na execução do projeto, é vis-
lumbrado a necessidade de serviços de dragagem do terreno e aterro das galerias celulares
instaladas. Sendo assim, poderá haver exploração de jazidas e bota-foras que demandem
anuência dos proprietários, que de modo similar a situação dos canteiros de obras, ainda
estão em negociação para liberação de exploração destas. Caso não seja possível a explora-
ção de áreas de mutuo interesse das partes envolvidas, serão então utilizados espaços ex-
plorados comercialmente, tanto para obtenção de insumos (materiais de aterro) quanto para
destinação final de excedentes (solos escavados e materiais de demolição, quando houver).
No atual contexto, são vislumbradas áreas de estoque temporário para secagem do material
retirado do trecho a ser escavado, em espaço lindeiro ao canal onde será executada obra, de
forma a facilitar a sua drenagem e dispondo, ao longo de todo espaço útil a ser utilizado, de
barreiras de siltagem para evitar o arrasto de sedimentos para o curso d’água e/ou rede de
drenagem pública. Para tanto, pretende-se utilizar espaço linear as margens do canal, com
2.000 m² de área útil, com pilhas de até 1,00 metro de altura, e capacidade de volume esti-
mado para depósito temporário de excedentes de escavação em 2.000 m³, suficientes para
armazenamento de um mês de trabalho ou até a drenagem do material, reutilizando este no
aterro ou encaminhando-o para bota-fora ou aterro, o que couber a depender da classificação
do resíduo.
Para aterro de material de primeira categoria, pretende-se adquirir, em forma de doação, ma-
terial argiloso da área de empréstimo em volume aproximado de 2.000 m³.
A áreas e localizações são apresentados conforme imagens a seguir.
Eventualmente, caso não haja sucesso nas deliberações com os proprietários, deverão ser
utilizados parceiros comerciais devidamente licenciados para fornecimento de insumos e/ou
destinação de resíduos e excedentes de escavação.
Também poderão ser desenvolvidas outras áreas indicadas no projeto básico apresentado no
processo licitatório, mas que serão novamente avaliadas e consolidadas juntamente aos pos-
seiros das áreas para validar sua utilização durante o desenvolvimento das obras.
O objetivo deste projeto consiste em realizar o fechamento do Canal da Costa em Vila Ve-
lha/ES, por meio da implantação de uma galeria composta por duas células, cada uma me-
dindo 4,10 metros de comprimento por 3,00 metros de largura. Assim como a implantação de
uma laje de fechamento por toda a extensão do projeto, a fim de possibilitar a implementação
de um plano urbanístico a ser definido pela parte contratante. É relevante ressaltar que este
projeto não abrange o dimensionamento hidráulico da galeria, mas se concentra exclusiva-
mente em sua concepção estrutural, visando suportar as cargas que serão aplicadas sobre a
mesma.
Já em relação ao parque linear, a proposta projetual da praça foi desenvolvida visando dar
uso à área, transformando-a e um meio de lazer, proporcionando à comunidade local não
apenas lazer, mas também mais qualidade de vida e oportunidade de socialização. O projeto
visa atender as necessidades dos moradores locais, garantindo o bem-estar e priorizando a
mobilidade, a acessibilidade e a integração dos diversos ambientes.
Está proposto um espaço com área total de 10.200 m² que ofereça atividades para o dia a dia,
com áreas de lazer e descanso destinadas a diferentes faixas etárias, incluindo um parquinho
diversos brinquedos, academia popular com variados equipamentos de ginástica em aço inox,
campo society, quadra poliesportiva, quadra de tênis, espaço para pets, parquinhos e bicicle-
tários, visando assim as interações sociais da comunidade.
2.4 Premissas
3 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
3.1 Federal
Leis:
Que trata no Capítulo VI sobre o Meio Ambiente e traz no Artigo 225 que “Todos têm direito
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (...) impondo-se ao Poder Público e à coletivi-
dade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Regulamentada pelo Decreto nº 99.274/90, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Am-
biente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Disciplina a Ação Civil Pública para defesa do ambiente e de outros interesses difusos e cole-
tivos. O Ministério Público propõe a ação.
Decretos:
Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente, e dá outras providências.
Resoluções:
3.2 Estadual
Leis:
Dispõe sobre a Política Estadual de Meio Ambiente, o patrimônio ambiental, o controle ambi-
ental, a tutela ambiental e as medidas para promoção da melhoria ambiental.
Decretos:
3.3 Municipal
Institui o Código Municipal do Meio Ambiente, dispõe sobre a Política de Meio Ambiente e
sobre o sistema municipal do meio ambiente para o Município de Vila Velha.
3.4 Normas
• NBR 11.174/90 – Fixa as condições exigíveis para obtenção das condições mínimas
necessárias ao armazenamento de resíduos de Classe II A - não inertes e Classe II B
– inertes, de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.
• NBR 12.235/92 – Fixa as condições exigíveis para o armazenamento de resíduos sóli-
dos perigosos de forma a proteger a saúde pública e o meio ambiente.
• NBR 13.221/94 – Transporte terrestre de resíduos.
• NBR 10.004/04 – Resíduos Sólidos – Classificação.
• NBR 7.501/05 – Define os termos empregados no transporte terrestre de produtos pe-
rigosos.
• NBR ISO 14.001/04 – Sistemas da gestão ambiental – requisitos com orientações para
uso.
Esta fase consiste na caracterização das principais variáveis dos meios físicos, biótico e an-
trópica da área de influência da via, que interferem ou poderão sofrer interferência com o
empreendimento.
Para a delimitação das áreas de influência da variante a ser implantada foram consideradas
as atividades já existentes e aquelas a serem desenvolvidas na região, os ecossistemas pre-
sentes, as localidades que poderão sofrer alterações em decorrência da implantação do em-
preendimento e os fatores ambientais susceptíveis a sofrerem impactos e o território no qual
incidirão os impactos diretos e indiretos resultantes das etapas de planejamento, implantação
e operação.
Considera-se área de influência indireta (AII) aquela onde os impactos se fazem sentir de
maneira secundária ou indireta pelas ações do empreendimento e como área de influência
direta (AID) aquela cujos compartimentos ambientais são afetados diretamente pelas ações
do empreendimento.
O Plano Diretor Municipal de Vila Velha/ES tem como um de seus objetivos controlar a ocu-
pação e o uso do solo no município, com vistas a racionalizar a utilização da infraestrutura
urbana, proteger áreas e edificações de interesse ambiental, histórico e cultural e promover
maior conforto e qualidade do espaço da cidade.
Sabendo que há interferência direta a áreas de proteção ambiental ao longo dos 700 metros
de obras, citando dentro da ADA a ZEIA do Morro do Convento da Penha e dentro da AID a
ZEIA do Monumento Natural do Morro do Moreno, será então demandado atenção especial a
biota local, com possibilidade de aparição de animais silvestres, ainda que adaptados a vida
urbana, sugerindo a aplicação de recursos humanos para afugentamento na aproximação
destes trechos, além de preocupações com o carreamento de materiais particulados durante
as obras e a virtual possibilidade de assoreamento de bacias identificadas a jusante.
O município de Vila Velha/ES possui relevo majoritariamente plano, tendo a média da sede
do município de 4,00 metros de altitude em relação ao nível do mar. Não obstante, algumas
elevações se destacam na paisagem, como o Morro do Moreno, o Morro do Convento da
Penha, o Penedo e a Pedra da Concha, sendo os dois primeiros inseridos na área diretamente
afetada pelo empreendimento em pauta.
Com o objetivo de obter informações e realizar registros fotográficos da região, fez-se visitas
de campo, especificamente nos dias 25 de outubro e 05 de novembro de 2024, percorrendo
o entorno do traçado da via e utilizando imagens de satélite georreferenciadas para interpolar
com aquilo que foi encontrado na bibliografia utilizada, a fim de verificar a consistência com a
realidade e para diagnosticar outras situações não especificadas.
A avaliação climática em estudos ambientais tem como objetivo determinar as condições in-
tempéricas da região, permitindo definir, dentre outros aspectos, as épocas mais propensas à
ocorrência de cursos hídricos, e em conjunto com a conformação geológica, geotécnica e
pedológica, perceber possíveis locais para a ocorrência de processos erosivos em face da
ação pluviométrica.
A região onde a revitalização será implantada no município de Vila Velha pode ser classificada
de forma geral como de clima tropical, quente e úmido. Possui características bem marcante
no verão, apresentando índices de precipitação média anual de 1.188,7 mm, sendo sazonal-
mente dividido em dois períodos: um chuvoso, entre os meses de outubro a abril, com um total
de 868,6 mm, e; um menos chuvoso entre os meses de maio a setembro. As temperaturas
médias variam conforme as estações, podendo atingir máximas entre 26,8 e 32,5 °C e míni-
mas entre 16,9 e 22,4 °C ao longo do ano. As figuras a seguir apresentam a caracterização
climática do município, enquadrado na Zona 8, reconhecida por terras quentes de topografia
plana e transição chuvosa/seca.
b. Geomorfologia
O estudo da geomorfologia (forma do relevo) produz subsídios físicos e territoriais que podem
ser utilizados para determinar os melhores traçados e menores impactos físicos e ambientais
para alocação de um empreendimento rodoviário.
Para analisar a área de estudo e suas estrutura geomorfológica, precisamos identificar inicial-
mente sua localização em relação a cartografia disponível. Esta constatação pode ser feita na
figura a seguir. Com as informações colhidas em campo, aliadas às obtidas na literatura pes-
quisada, principalmente aquelas disponibilizadas nos websites do INCRA-ES e INCAPER-ES
(referenciados através do sistema GEOBASES de dados), fez-se então a descrição das ca-
racterísticas dos solos observados.
A faixa é resultante de acumulação marinha, composta por praias, canais de maré, cordões
litorâneos, dunas, plataforma de abrasão e terraços arenosos ou cascalhentos, e é dominada
por um relevo com altimetria média de 6,00 metros, com predominância de solos do tipo Areia
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Plano de Controle Ambiental – PCA
Obras de implantação de galerias e construção do
Parque Linear das Famílias sobre o Canal da Costa
Quartzosa Marinha (EKg), sendo entremeadas por solos hidromórficos da Planície Fluvioma-
rinha, que ocupam áreas inundáveis de cotas mais baixas em direção a foz do Canal da Costa.
Esta feição está totalmente afetada pela ação humana, pois foi substituída por grandes con-
domínios e outras construções. O trecho de praia é utilizado por turistas e moradores de Vila
Velha. Observa-se na linha de costa feições de cordões litorâneos constituídos por linhas de
cristas de praias que se sucedem, formadas ao longo dos últimos 5.000 anos, época em que
se iniciou a construção desta unidade geomorfológica.
Dentre as principais características desta feição pode-se destacar a baixa ou nula suscetibili-
dade a alagamentos e inundações, e de processos erosivos e de rompimentos do terreno. Há
continuidade dos processos erosivos sobre a modelagem do litoral, a tendência tem sido agra-
vada pela intensa urbanização. O uso urbano inapropriado é também responsável por eventos
erosivos nos setores onde a linha de costa apresenta-se bastante recortada.
A drenagem de uma região constitui a via natural de escoamento de suas águas e, normal-
mente, é representada por um sistema de rios e canais. Ela naturalmente se desenvolve se-
guindo as linhas de maior declive do terreno e, em algumas situações, os cursos se adaptam
as linhas estruturais, notadamente falhas e fraturas. A forma superficial da bacia hidrográfica
é importante devido ao tempo de concentração a partir do início da precipitação, necessário
para que toda a bacia contribua na seção em estudo, ou seja, estima o tempo que a água leva
para percorrer desde os limites da bacia até chegar à saída da mesma.
De acordo com informações obtidas nos websites da ANA, IEMA e INCAPER, o estado do
Espirito Santo se enquadra dentro da Região Costeira do Atlântico Sul, de acordo com a Divi-
são Hidrográfica Nacional instituída pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH),
dividida em ottobacias hidrográficas apresentadas conforme figura a seguir.
Conforme relatado no início deste documento, o Rio da Costa atualmente encontra-se desca-
racterizado devido a inúmeras e profundas ações antrópicas realizadas na região. No passado
o rio tinha o seu curso na área do entorno do Maciço do Morro do Moreno. Sua nascente
localizava-se num poço denominado de Apicum (as margens da estrada de Vila Velha/Barra
do Jucu).
A percepção destes recursos hídricos superficiais pode ser comparada com sobreposição das
imagens de satélite obtidas através do Google e do mapa de cursos hídricos do Espírito Santo
(GEOBASES).
Percebe-se de sua formação algum grau de degradação devido fatores diversos, nos quais se
destacam o lançamento de esgoto doméstico sem tratamento diretamente ao solo, descarte
indevido de resíduos no canal e processos erosivos generalizados nas encostas.
Ainda do estudo das imagens aéreas, constata-se que a região possui uma baixa rede de
drenagem superficial natural, consequentemente com os cursos de água na área do empre-
endimento apresentando baixa disponibilidade hídrica, distantes de suas configurações natu-
rais; ao longo do tempo a região sofreu várias intervenções humanas, com a realização de
obras de grande porte que a modificaram notavelmente.
O trecho onde inicia-se a percepção de possibilidade direta de impacto a fauna e flora local
tem especificamente o ponto de extremo norte, onde será demandado atenção especial prin-
cipalmente em relação a possibilidade de assoreamento do corpo hídrico identificado, bem
como da preservação de espécies endêmicas.
4.3.1 Flora
O desmatamento realizado por séculos levou à redução da cobertura original desse bioma,
resultando em fragmentação florestal, com a maioria dos fragmentos menores que 50 ha (Ri-
beiro et al.1999). Metzger (2003) afirma que a fragmentação é preocupante, porque a riqueza
de espécies pode ser fortemente afetada pelo tamanho e forma dos remanescentes, além do
grau de conectividade.
Devido às condições de antropização bastante claras para a área de estudo, a maior parte da
flora encontrada nas áreas visitadas foi de espécies plásticas, comuns à maioria dos fragmen-
tos em estágios iniciais de regeneração.
4.3.2 Fauna
O conceito de megadiversidade tem sido aplicado ao Brasil por abrigar uma das maiores ri-
quezas, em termo de espécies da fauna. Apesar de toda esta riqueza, atualmente, muitas
espécies são catalogadas com algum grau de ameaça de extinção em listas oficiais, seja a
nível nacional ou a nível estadual. Fatores como a interferência antrópica e a retirada completa
ou fragmentada de áreas originais de vegetação são apontados como as principais causas
para essa ameaça, fator este que se agrava próximo a áreas urbanas (ROCHA et al., 2003;
PONTES et al., 2009).
Desse modo o ambiente torna-se favorável às espécies generalistas, que afetam a biodiversi-
dade de forma tanto direta quanto indireta ao competir com resquícios de populações nativas
um pouco mais sensíveis ou especialistas que podem estar presentes.
Contudo, para grupos como a avifauna, a arborização urbana, as áreas verdes representadas
por monumentos preservados próximo ao trecho de intervenção (notadamente o Morro do
Convento da Penha e Monumento Natural do Morro do Moreno), ou mesmo corredores ao
longo de cursos d’água, como ocorre na região em estudo, permitem a ocorrência de uma
diversidade de espécies, ainda que muitas vezes não provendo suporte para aquelas mais
sensíveis do grupo.
Savacu-de-coroa Pombo-doméstico
(Nyctanassa violacea) (Columba livia)
4.3.2.1 Entomofauna
Nas amostragens realizadas na área de estudo, foram registrados 115 indivíduos pertencen-
tes à Classe Insecta pelos métodos de busca ativa, armadilha de queda (pitfall), armadilha de
Moerick, ovitrampa, e armadilha Von Someren-Rydon. Além destes registros, foram feitos re-
gistros fotográficos e visualizações de vários outros táxons. Foram amostradas 13 ordens da
classe Insecta na área estudada, sendo que atualmente existem descritas aproximadamente
30 ordens desta classe no mundo. As ordens amostradas foram Blattodea, Coleoptera, Der-
maptera, Diptera, Hemiptera, Hymenoptera, Isoptera, Lepidoptera, Neuroptera, Odonata, Or-
thoptera, Thysanoptera, e Trichoptera.
Figura 21: Abundância relativa das famílias de répteis baseado no número de espécies amostradas.
4.3.2.3 Avifauna
Durante a amostragem da avifauna na área do Morro do Moreno e no seu entorno foram re-
gistradas 83 espécies distribuídas em 36 famílias e 19 ordens. A ordem mais representativa
foi a Passeriformes, com 47% das espécies registradas. O total de espécies registrado cor-
responde a 12,7% das 654 espécies da avifauna brasileira que já foram registradas para o
Estado do Espírito Santo.
4.3.2.4 Mastofauna
Atualmente, o Morro do Moreno é um dos poucos fragmentos da Mata Atlântica em área ur-
bana do município de Vila Velha, havendo entre ela e a área do Morro do Convento da Penha
e do Morro da Marinha a formação de um corredor ecológico localizado na área urbana do
município, região diretamente afetada pelas obras a serem desenvolvidas.
A fauna local, apesar de possuir, em sua maioria, espécies de pouca relevância do ponto de
vista de conservação, apresenta a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus) que está em pe-
rigo, segunda a lista de fauna e flora do Espírito Santo ameaçadas de extinção. A presença
de espécies que utilizam o corredor ecológico formado requer atenção durante as obras, prin-
cipalmente relacionado a necessidade de afugentamento, caso alguma espécie seja obser-
vada durante a execução das atividades.
e 1536, foi criado o sistema de capitanias hereditárias, cuja finalidade era a de ocupar o terri-
tório, criar sistemas de defesa, explorar os recursos minerais e vegetais da região.
A partir das capitanias hereditárias foram instituídas as sesmarias, regime jurídico feudal de
transferência do domínio útil da terra, no qual o donatário, titular de uma capitania hereditária,
permitia ao colono que cultivasse porções de terra, tornando-as produtivas. Somente podiam
ser concedidas àqueles que detivessem algum laço com a classe nobre portuguesa, aos mili-
tares ou aos que se dedicassem à navegação e tivessem recebido honrarias que lhes garan-
tissem o mérito de recebê-las. Dentre os vários donatários gratificados com a doação de ca-
pitanias, está Vasco Fernandes Coutinho, e no dia 23 de maio de 1535, sua expedição chegou
à baía, desembarcando num monte (Moreno) à esquerda de sua entrada (SALETTO, 2011),
local também identificado como Prainha, ou ainda próximo à base do morro do atual Convento
da Penha.
Nesse cenário, os rios passaram a se tornar empecilho para a expansão urbana, e seu valor
é invertido na paisagem local em função de uma nova lógica espacial que se organiza em
seus meandros. A necessidade de alcançar novas áreas para o desenvolvimento do mercado
imobiliário faz com que as várzeas sejam drenadas, dando lugar a uma malha impermeabili-
zada de concreto e asfalto, e, assim, nesse processo, os rios passam a ser desnaturalizados
e confinados em canais de drenagem pluvial e elementos da macrodrenagem urbana.
É neste contexto que está inserida a bacia de drenagem do Canal da Costa, objeto de estudo,
constituída por dois canais: Costa e Bigossi. A bacia abrange uma área de 9,57 km², compre-
endendo 20 bairros, no município de Vila Velha que faz parte da Região Metropolitana da
Grande Vitória RMGV, no estado do Espírito Santo. É importante destacar que a bacia está
inserida em uma planície costeira composta de sedimentos de origem fluvial e marinha, que
integram um conjunto de áreas inundáveis condicionada à dinâmica de cheias do Rio Jucu e
à dinâmica marinha (SARTORIO & COELHO, 2022).
Figura 24: Localização dos canais da Costa e Bigossi no município de Vila Velha/ES.
Fonte: SARTORIO & COELHO, 2022.
De acordo com o censo do IBGE, a população da área objeto de estudo é composta predomi-
nantemente por adultos em idade produtiva, sendo do sexo masculino, distribuídas nas faixas
etárias entre 20 anos a 34 anos (14,50%), e do sexo feminino, entre 25 anos a 49 anos
(24,66%). A região caracteriza-se pelo predomínio de habitantes na faixa etária de 21 a 49
anos, o que indica constituir-se numa população economicamente ativa e jovem, mas com
tendência ao envelhecimento.
Segundo os dados do IBGE (2010), as taxas de alfabetização apuradas para a área atingem
aproximadamente 91% da população residente, sendo que os demais não alfabetizados não
estão em idade escolar. Em relação ao rendimento mensal verifica-se que o responsável pelo
O PIB de Vila Velha é composto majoritariamente pelo setor de comércio e serviços, que é
responsável por quase 70% do total do valor agregado de todas as atividades econômicas.
Isso ressalta a importância desse setor para a economia do município. As atividades de co-
mércio e reparação de veículos, transporte e indústrias de transformação são as mais signifi-
cativas com relação à geração de emprego.
O traçado viário principal é formado por eixos metropolitanos e rodovias federais e estaduais
que assumem, simultaneamente, a função logística de escoamento de cargas portuárias e de
estruturação do tecido urbano, incorporados no arranjo do transporte metropolitano (TRANS-
COL). O sistema TRANSCOL é um sistema estadual de transporte intermunicipal de passa-
geiros que interliga cinco municípios da RMGV (Cariacica, Vitória, Vila Velha, Viana e Serra),
não existindo sistema interno de transporte coletivo no município.
Quanto à fonte de água dos domicílios no município, a principal forma utilizada é a rede de
abastecimento geral, existindo residências que ainda utilizam poço ou possuem nascentes na
propriedade.
O município de Vila Velha possui um rico patrimônio histórico e cultural, fruto de seu longo
histórico de ocupação. A presença de manguezal, proximidades de rios, matas áreas onde
existia caça e pesca em abundância, áreas propícias ao plantio e proximidades de locais de
obtenção de matéria prima (pedra, conchas, argila, etc.) formavam compartimentos ambien-
tais favoráveis à presença indígena tanto na área objeto de estudo como no entorno.
bólico, histórico e geográfico para os moradores, compõem o legado cultural existente no mu-
nicípio de Vila Velha que perduraram até a atualidade, de grande importância no processo de
formação da identidade local e nacional.
A identificação e avaliação dos impactos ambientais tem como principal objetivo a comparação
qualitativa e quantitativa das interferências do empreendimento com o ambiente, entre a situ-
ação dos componentes determinados na ausência das obras e aquela consequente à sua
realização.
Os impactos significativos constituirão o foco sobre os quais será realizada avaliação dos as-
pectos ambientais observados. Por vezes, estes impactos não estão associados ao empreen-
dimento em si, mas às obras relacionadas a ele (por exemplo, os canteiros de obras).
5.1 Definições
Para subsídio durante a elaboração deste estudo, foram utilizadas algumas definições, con-
forme pode ser observado a seguir.
- Impacto ambiental: Definido como “qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou be-
néfica, que resulte, no todo ou em parte, dos aspectos ambientais da organização” de acordo
com a NBR ISO 14.001. Ou seja, impactos ambientais são adversos quando trazem alterações
negativas ao meio, e benéficos quanto trazem alterações positivas ao meio.
- Área de entorno: Porção territorial adjacente à área de instalação da unidade produtiva, de-
finida em função das intervenções e potencialidade dos impactos advindos com a sua instala-
ção e operação e de suas características ambientais.
- Área de influência: Área potencialmente afetada, direta ou indiretamente, pelas ações a se-
rem desenvolvidas pelo projeto, nas fases de planejamento, execução das obras, operações
e desativação das atividades.
Com o levantamento dos aspectos ambientais, é possível identificar todos os seus impactos,
levando em consideração os riscos, severidade, frequência e disponibilidade de recursos da
atividade de construção e operação do empreendimento.
Tendo em vista tratar-se de área brownfield e que está previsto a substituição e amplicação
das galerias de drenagem e revitalização da via, os impactos ambientais negativos que deve-
rão ser gerenciados durante as obras são aqueles relacionados a qualquer tipo de obra em
terra, ou seja, emissões atmosféricas, ruídos e vibrações, lançamento de efluentes líquidos,
geração de resíduos sólidos, etc. Para tanto, deverão ser implementadas ações e medidas já
consagradas no gerenciamento dos diversos aspectos ambientais envolvidos na fase de
obras.
A geração de empregos diretos pelo empreendimento é o principal aspecto positivo a ser ci-
tado. O empreendimento contará com colaboradores em diversas especialidades, bem como
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Obras de implantação de galerias e construção do
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Por fim, a ocupação de uma área com um empreendimento deste tipo exerce uma contribuição
significativa para a valorização do entorno, beneficiando diretamente toda infraestrutura pú-
blica ou privada da região, impulsionando a economia local.
Além disto, as atividades de obras contribuem para que o solo fique descoberto, sem a prote-
ção natural e/ou antrópica, podendo fazer com que o solo seja carreado para os cursos d'água
próximos, com o consequente aumento dos sólidos em suspensão e da turbidez.
O assoreamento é o processo em que cursos d'água são afetados pelo acúmulo de sedimen-
tos, o que resulta no caso em questão do excesso de material proveniente de dragagens,
considerando que a área de referência vem sendo utilizada para deposição de sedimentos.
O processo de assoreamento costuma ocorrer por escoamento em direção aos corpos hídri-
cos, onde são depositados. O sedimento depositado é levado pelos corpos hídricos e, quando
encontra locais mais planos, onde a velocidade do curso d'água não é muito acelerada, depo-
sita-se no fundo, acumulando e, eventualmente, formando bancos de areia ao longo do curso
d'água.
A barreira de siltagem consiste num dispositivo que tem a finalidade de reter materiais finos
do solo que possam ser carreados para a drenagem da pública, talvegues, mananciais, pro-
priedades lindeiras e para pista de vias existentes. Essa barreira é executada através da fixa-
ção de mantas de geotêxteis em estacas de madeira cravadas no solo. Sua implantação deve
ser feita antes de se iniciar a execução do aterro, cravando inicialmente a estaca de madeira,
distante 0,60m da linha de offset do aterro, em profundidade de ao menos 0,5m e espaçadas
entre 1,50m e 2,00m, e posteriormente fixada a manta de geotextil com altura livre de 1,00m
e mais 0,50m disposto sobre o terreno natural, distanciado em 0,60m do pé do talude, paralela
a linha de “offset” e fixada em estacas de madeira, conforme indicado a seguir.
Nas instalações provisórias haverá a geração de efluentes líquidos, provenientes dos funcio-
nários que atuam no canteiro de obras, de banheiros químicos espalhados pelo trecho, da
manutenção de materiais, veículos e equipamentos, de processos de aspersão de água para
evitar emissão de material particulado e outros.
Tais efluentes devem ser coletados e, posteriormente tratados, para evitar a contaminação do
meio ambiente, ou incômodo para a comunidade por causa do odor e a proliferação de veto-
res. Quando de sua operação, a estrutura hidrossanitária será interligada a rede de esgota-
mento sanitário na região, visto que se caracterizaram por efluentes similares aqueles consi-
derados como esgoto doméstico (não haverá geração de efluentes líquidos industriais). Já no
trecho serão disponibilizadas unidades sanitárias móveis (banheiros químicos), e os efluentes
transportados e destinados por parceiros devidamente licenciados para este fim.
É necessário listar alguns aspectos relativos à circulação de unidade móveis, citando a even-
tual manipulação de combustíveis, óleos e graxas no uso e operação de máquinas e veículos,
o que implica em riscos de vazamento ocasional de pequenas proporções ou acidental de
grandes volumes.
Além disto, como parte das atividades é realizada em solo descoberto, sem a proteção natural
e/ou antrópica, há o risco de contaminação e carreamento para recursos hídricos no subsolo,
com possibilidade de degradação destes.
Assim sendo, deve-se garantir que qualquer atividade que envolva manipulação de produtos
químicos seja realizada em área definida, devidamente impermeabilizada e isolada, de modo
a conter eventuais vazamentos, além de possuir um plano de ação para combate a emergên-
cias, de forma a controlar situações acidentais previstas na execução das obras.
No que diz respeito a impactantes atmosféricos, dois aspectos podem ser listados: emissão
de material particulado e desprendimento de gases, fibras e outros.
Materiais particulados são partículas sólidas cujo diâmetro pode variar de 0,01 a 100 micrô-
metros e podem causar problemas de saúde e diminuição da visibilidade, além do incômodo
população do entorno ao canteiro de obras.
• Armazenamento de materiais;
• Circulação de materiais, equipamentos, máquinas e veículos;
• Limpeza superficial do terreno;
• Cortes e acabamentos de estruturas arquitetônicas;
• Terraplanagem, pavimentação, etc.
Devido à natureza da atividade, as partículas são constituídas principalmente de pó de ci-
mento, areia e argamassa e de corte de madeira. Dentre as medidas de prevenção e controle
que podem ser adotadas para mitigar a poluição atmosférica causada pela emissão de agen-
tes, pode-se citar:
- Exigir que motores a diesel sejam desligados quando o veículo não estiver em movi-
mento ou o equipamento em uso.
- Veículos transportando material que possa desaprender partículas devem ser adequa-
damente cobertos, no caso da produção de concreto em obra e da presença de esteiras
rolantes para conduzir aglomerados à betoneira, estas devem ser cobertas.
- Materiais finos, pulverulentos, como areia usada em concretos, devem ser estocados
ao abrigo dos ventos, devendo igualmente ser cobertos, principalmente em períodos de
estiagem.
COMÉR CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA
Rua Vitalino dos Santos Valadares, 65 - Santa Luíza, Vitória/ES 40
Plano de Controle Ambiental – PCA
Obras de implantação de galerias e construção do
Parque Linear das Famílias sobre o Canal da Costa
- Cercar a obra ou pontos de emissão com telas de poliéster de malha fina ou outras
barreiras físicas, como chapas de madeira, tecidos, de modo a garantir que as partículas
mesmo quando movimentadas pelos ventos não passem dos limites da obra;
- Evitar solventes à base de derivados de petróleo (tolueno, xileno, etc.), clorados (triclo-
roetileno, diclorometano, etc.), oxigenados (acetonas, álcoois, ésteres, éteres, etc.), pois
desprendem gases que podem ter consequências neurológicas.
Poluição sonora é toda emissão de som que direta ou indiretamente seja ofensiva ou nociva
à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade. Tais sons, ou ruídos, podem prejudicar
a saúde dos trabalhadores e comunidade vizinha, podendo provocar problemas como es-
tresse e surdez.
Outras recomendações básicas para minimizar tais impactos confrontam as condições de ex-
posição com as de aceitação dos ruídos. Algumas delas são listadas abaixo:
- Adotar como critérios para se fixar o objeto de controle de ruído, uma vez que é provável
que vários fatores afetem as considerações da aceitabilidade do ruído (de uma obra) e
o grau de controle necessário: localização da obra, nível de ruído ambiental existente na
vizinhança (ruído de fundo), duração das operações ruidosas, horas de trabalho, percep-
ção pelo receptor da atitude do produtor do ruído e características do ruído.
- Dar preferência para bens novos, que produzem menos ruídos e zelar pelo estado de
manutenção dos mesmos.
Deste modo, o empreendedor deverá adotar métodos operacionais que possibilitem a emissão
dos menores níveis de passivo e, caso ruídos de maior significância sejam inevitáveis, dar-se-
á preferência a executar as atividades em horários que tragam menos inconveniência para
todos os impactados.
5.4.4.1 Segregação
- Os resíduos Classe D recolhidos poderão ser depositados em big bags para posterior
destinação para aterro licenciado para receber tais resíduos;
As atividades no local podem gerar acúmulo de resíduos e condições propícias para a prolife-
ração de pragas e vetores, tais como, mosquitos, baratas e ratos.
Assim sendo, deve-se haver a preocupação com a aparição eventual de espécies indeseja-
das, mas que demandam contato com os órgãos responsáveis para sua remoção, tais como
cobras, macacos e outros animais que possam vir a circular a área do empreendimento.
Usualmente, obras civis geram um impacto positivo sobre as populações, trazendo expectati-
vas em relação à abertura de novos postos de trabalho, causadas pela divulgação do empre-
endimento desde a fase de planejamento. Considerando que a realidade atual da economia,
entende-se que os empregos gerados pela revitalização da via serão muito importantes, e as
expectativas relacionadas à possibilidade de mais segurança no deslocamento e circulação
de pessoas, além da melhoria de acessos e escoamento da produção são também impactos
positivos.
O único momento que esta expectativa pela obra pode gerar pontos de discordância está
ligado a desapropriação de instrumentos particulares, que interceptam a faixa de servidão da
via e, por consequência, precisaram ser removidos. Outro ponto negativo observado se dá
pelo fim das atividades construtivas, com a ocorrência de mão-de-obra em vacância se não
houver a possibilidade de realocação dos colaboradores para outros empreendimentos.
A dinamização do mercado ocorre principalmente pelo efeito cascata que é gerado com a
circulação de bens e capitais, afetando os demais setores da economia, em especial comércio
e serviços da região.
É esperado que com a divulgação do projeto e o início das obras, o incremento da massa
salarial e do número de consumidores potenciais, associados à implantação do projeto, atraia
para o entorno dos canteiros de obras, a atividade de empreendedores informais.
Por um lado, a possibilidade de renda é um fator positivo àqueles que não conseguem aloca-
ção nos postos de trabalho existentes. Por outro, a instalação não controlada de pontos de
venda clandestinos tende a impactar o mercado formalmente instalado na região, dado que
são menos competitivos em relação aos informais, pela incorporação nos preços de produtos
e serviços e das taxas de locação e trabalhistas.
Dessa forma, é muito importante optar prioritariamente pela contratação de trabalhadores lo-
cais, o que evitaria em muito as consequências descritas.
A partir destes dados foram apontados os indicadores utilizados para determinar a magnitude
dos impactos, considerando os seguintes critérios:
Para melhor visualização dos impactos potenciais decorrentes das do empreendimento, foi
montada a matriz apresentada no quadro a seguir.
Geração de Implementação e
EFET - DIR LOC TEMP REV A MED
ruídos e vibrações operação
Degradação
Implementação PROV - DIR LOC TEMP REV B PEQ
hídrica e do solo
Geração de
Implementação EFET - DIR LOC PERM REV M MED
efluentes líquidos
Meio biótico
Implementação PROV - DIR LOC TEMP REV B PEQ
(fauna e flora)
Geração de
Implementação EFET +/- IND REG TEMP REV M MED
expectativas
Dinamização da
Implementação PROV + IND LOC PERM REV B PEQ
economia
Aumento de
Implementação PROV - IND REG TEMP REV B PEQ
atividades informais
Alteração no
Implementação EFET - DIR REG TEMP REV A GRA
sistema viário
Acidentes e
Implementação EFET - DIR LOC TEMP REV A GRA
incômodos
A maior parte dos ambientes que será contemplada pela obra de revitalização urbanística do
trecho já sofre algum tipo de impacto por ação antrópica e, por se tratar de um eixo rodoviário
já existente, entende-se que as atividades construtivas não gerarão novos impactos significa-
tivos sobre o ambiente natural das áreas de influência do empreendimento.
A vulnerabilidade dos recursos hídricos encontrados na região da AID é agravada pela dispo-
sição inadequada de resíduos sólidos e de ligações indevidas de esgotamento sanitário a rede
de drenagem pluvial. No diagnóstico constatou-se que o serviço de público de coleta de lixo e
despejos de sanitários atende grande parte dos domicílios, todavia a disponibilização inade-
quada desses resíduos prejudica a saúde ambiental dos solos e, consequentemente, dos cor-
pos hídricos intermitentes.
Por outro lado, o aumento no tráfego de veículos para transporte de máquinas e insumos
construtivos, além de trabalhadores, aumentará a pressão sobre o sistema viário local, po-
dendo contribuir para o aumento do risco de acidentes. Na fase de implementação, o incre-
mento da pressão sobre o principal eixo do sistema viário da região compromete a capacidade
de mobilidade urbana (dificuldade de trafegabilidade) e escoamento de cargas, sendo a mo-
bilização de obra a primeira atividade a causar transtornos à população. O aumento do tráfego
e a operação de máquinas e equipamentos interferem no cotidiano das comunidades, cau-
sando desconforto e transtornos.
Já em relação ao impacto do ruído aos colaboradores durante sua jornada de trabalho, reco-
menda-se a utilização de protetor auricular, um equipamento de proteção individual (EPI) efi-
ciente para a atenuação dos incômodos causados pela exposição a este agente físico.
Por fim, destaca-se que o empreendimento foi concebido para melhorar a trafegabilidade e a
segurança da via, de forma a atender uma demanda social, dinamizar a economia local e gerar
benefícios para toda a região. Os fatores que caracterizam a realidade atual foram levantados
caracterizados e analisados sobre uma ótica sistêmica que evidencia um processo avançado
de antropização na área de influência. Todavia, as particularidades sociais, econômicas e bi-
ológicas, requerem que as ações construtivas e operacionais do empreendimento sejam rea-
lizadas de forma a minimizar os impactos sobre os recursos naturais e os desconfortos e im-
pactos no contexto social, principalmente, os relacionados aos acidentes de trânsito e de tra-
balho.
Nos próximos itens do estudo serão apresentadas as medidas e programas para mitigar os
efeitos negativos, bem como os potencializadores dos positivos.
Após as análises e classificação dos impactos, foram propostas algumas medidas mitigadoras
e potencializadoras. A proposta de ações mitigadoras tem como objetivo prevenir, atenuar e
compensar os impactos negativos, enquanto as de potencialização tem o mesmo objetivo,
porém aplicados as análises de impactos positivos.
Para a definição das medidas mitigadoras e/ou compensatórias foram considerados os se-
guintes aspectos:
Planejar horários e rotas para o transporte cargas pesadas, tais como de materiais e
equipamentos, evitando trabalho noturno em locais próximos a aglomerações urbanas.
Monitorar, qualitativamente e quantitativamente, os níveis de dispersantes e ruídos das
atividades construtivas.
Manter a frota de veículos e equipamentos devidamente organizada e com a mecânica
regulada, bem como tomar os devidos cuidados para que não ocorram vazamentos /
derramamentos de óleo (diesel ou lubrificante) durante o abastecimento, operação ou
manutenção da frota.
Sempre que possível, realizar a umectação do solo durante as atividades de instalação,
principalmente nas proximidades de residências e comércios.
Estabelecer limites de velocidade próximo a residências, combinada com a coordena-
ção das etapas das atividades da revitalização do trecho, de forma a controlar a produ-
ção de ruídos.
Utilizar de equipamentos de segurança, como máscaras, botas, fones de ouvido, luvas,
capacetes, entre outros.
5.7.1.2 Vibrações
Analisar previamente as estruturas críticas próximas às obras, para que se possa es-
tudar uma medida viável à execução da revitalização urbanística, acompanhando a in-
tegridade física até a entrega do empreendimento.
Reforçar estruturas críticas de modo a viabilizar a execução das obras com a devida
segurança aos envolvidos.
Manter canal de comunicação social para que a população possa informar ocorrências
de algum dano em estruturas particulares.
Obter autorização emitida ou pelo IDAF, ou pela Prefeitura de Vila Velha, ou qualquer
que seja o órgão fiscalizador responsável por emitir a liberação do corte ou poda de
espécie vegetal.
Identificar as espécies arbóreas a serem suprimidas, realocando mudas destas ou si-
milares nativas em ZPAs próximas ao empreendimento.
Observar a utilização de equipamentos devidamente registrados no órgão fiscalizador.
Realizar a estocagem provisória adequada do material oriundo da supressão, reali-
zando, quando possível e permitido, o aproveitamento interno do material.
Aplicar medidas para evitar o assoreamento dos corpos d’água e ações para o controle
de erosões, complementando com o monitoramento da fauna e flora sensível identifi-
cada nos limites da área diretamente afetada.
Implementar as ações de projeto para reposição e compensação florestal, visando a
restauração de ambientes naturais para a conectividade ecológica da paisagem regio-
nal.
Recuperar as áreas degradadas durante as atividades de construção civil, buscando
sempre opções que agridam o menos possível em ambientes sensíveis.
Realizar, sempre que necessário e possível, a umectação das áreas de obra, minimi-
zando a possibilidade de suspensão de material particulado.
Providenciar redutores de velocidades e sinalização adequada de forma a manter a
segurança para os pedestres e motoristas, principalmente nas proximidades de locais
mais sensíveis, como escolas, hospitais e postos de saúde.
Fiscalizar as condições de operação do trecho reurbanizado e vias de acesso a serem
utilizadas em todas as fases do empreendimento e as condições que merecem cuida-
dos e medidas especiais, particularmente nas épocas de chuva intensas.
Elaborar plano de ação a emergências, principalmente advindos de atropelamento e
acidentes de veículos.
A utilidade deste item reside no ajuste do foco prospectivo que ele permite realizar a partir do
confronto entre os fatores ambientais com maior tendência de se transformarem em impactos
propriamente ditos, sejam eles positivos ou negativos, culminando na proposição de ações
para que o empreendimento execute.
A partir da identificação dos principais impactos ambientais negativos que podem decorrer da
execução das atividades no trecho em pauta, na fase de implantação, propõe-se os programas
ambientais, listados na tabela a seguir.
Para o ordenamento das ações propostas, estas são divididas em Subprogramas específicos,
apresentados na sequência:
Os resíduos gerados devem, quando couber, possuir documento de certificação intitulado Ma-
nifesto de Resíduos e os respectivos Certificados de Destinação Final dos Resíduos, referen-
tes ao tratamento e destinação final de resíduos sólidos.
Esse subprograma apresenta como finalidade principal a disposição adequada dos efluentes
líquidos produzidos pelo empreendimento.
Deve-se prever a avaliação dos níveis de pressão sonora, sobretudo em razão da proximidade
das obras às áreas habitadas. Para isso, os ruídos do empreendimento devem ser caracteri-
zados nos períodos diurno e noturno, de forma sistematizada para possibilitar a avaliação
contínua.
Caso os valores de medição de nível de ruído se encontrem acima dos limites de tolerância
estabelecidos na Resolução do CONAMA n9 01/90 e na Norma ABNT NBR 10.151/2000,
deve-se prever o planejamento e a implementação de medidas de controle que reduzam a
emissão da poluição sonora, bem como a implantação de um monitoramento que permita
acompanhar a eficiência das medidas adotadas.
- Monitoramento dos níveis de ruído, com definição dos pontos de quantificação e aná-
lise dos dados obtidos.
O objetivo deste subprograma é evitar, sempre que possível, locais de remanescentes flores-
tais e de alto valor paisagístico. Esse programa tem como principais atividades:
- Realizar a abertura de novas áreas no trecho somente quando não for possível a
utilização aqueles já existentes. Se, por ventura, houver necessidade de supressão para
alargamento de espaço de trabalho, deverão ser priorizadas áreas que possuam vegetação
mais alterada e áreas antropizadas e ainda que apresentem relevos menos acidentados;
- Quando a intervenção em áreas de fragilidade ambiental não puder ser evitada, adotar
procedimentos especiais, tais como a criação de vértices que minimizem o impacto visual,
instalação de estruturas que exijam menor área de supressão e realização de corte seletivo;
- As árvores demarcadas para corte deverão ser derrubadas sempre na direção oposta
à floresta, para evitar danos quando da sua queda sobre as demais plantas remanescentes.
- Proibir a retirada de qualquer produto do interior da floresta quer sejam frutos, flores,
lenha, plantas ou madeiras. Para isto recomenda-se exercer atividades de informação, edu-
cação e fiscalização intensa sobre os funcionários da obra;
- Não utilizar a floresta como banheiro. Para resolver este problema deve-se implantar
banheiros, preferencialmente modulares, em locais estratégicos das frentes de obra e rea-
lizar trabalhos de educação, como também e exercer o devido controle;
Para execução deste programa, propõe-se que a executora tenha, quando couber, um agente
especializado em diagnosticar preliminarmente as áreas de trabalho para que as intervenções
afetem de forma mínima os ecossistemas na região, garantindo que este profissional possa
identificar e conduzir os trabalhos de forma segura.
- Nomear e treinar porta-vozes que tenham bom conhecimento dos Programas Ambi-
entais desenvolvidos, de modo a prepará-los para lidar com a imprensa e a comunidade.
O Programa de Educação Ambiental para Trabalhadores deve ter como principais objetivos:
O PGR tem como princípio básico o atendimento à legislação e normas vigentes, buscando
sempre:
- Aperfeiçoar o uso dos recursos disponíveis, com foco na segurança, qualidade e pro-
dutividade.
As atividades previstas no PGR deverão estar disponíveis a todos os empregados que têm
responsabilidades relacionadas com as atividades e operações realizadas no trecho.
Além da definição dos procedimentos emergenciais, o Plano possui uma estrutura específica
de forma a:
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
8 REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. NBR 10.004 - Resíduos Sólidos - Classi-
ficação, Novembro, 2004
Fundação SOS Mata Atlântica. Atlas da Mata Atlântica. 2009. Disponível em:
<http://www.sosmatatlantica.org.br> Acesso em 06 de nov de 2024
FUNDAÇÃO JONES DOS SANTOS NEVES - FJSN. Plano Diretor Urbano de Vila Velha –
Levantamento das Condições Ambientais do Município. Governo do Estado do Espírito
Santo, Secretaria de Estado do Planejamento e Prefeitura Municipal de vila Velha, 1980. Dis-
ponivel em: <https://biblioteca.ijsn.es.gov.br> Acesso em 07 de nov de 2024
PONTES, J. A. L., PONTES, R. C., & ROCHA, C. F. D. The snake community of Serra do
Mendanha, in Rio de Janeiro State, southeastern Brazil: composition, abundance,
richness and diversity in areas with different conservation degrees. Brazilian Journal of
Biology, 69(3), 795-804. 2009
RIBEIRO, J.E.L.S. et al.. Flora da Reserva Ducke: Guia de Identificação das plantas vas-
culares de uma floresta de terra-firme na Amazônia Central. INPA, Manaus 799p. 1999
ROCHA, C.F.D.; BERGALLO, H.G.; VAN SLUYS, M. & ALVES, M.A.S. A biodiversidade nos
grandes remanescentes florestais do Estado do Rio de Janeiro e nas restingas da Mata
Atlântica. RiMa, São Carlos, São Paulo, 160p. 2003
ZILLER, S.R. 2001. Os processos de degradação ambiental originados por plantas exó-
ticas invasoras. Instituto Hórus de desenvolvimento e conservação ambiental. Curitiba, PR.
A constituição dos projetos de mobilização social tem sido um desafio permanente para o qual
se têm canalizado muitos esforços. No que se refere à comunicação como fator preponderante
para a tarefa mobilizadora, observa-se com frequência a tentativa de gerar modelos de plane-
jamento aplicáveis à estruturação das ações comunicativas que sirvam para alimentar os pro-
jetos de suas necessidades básicas: criar condições para a participação e manter os atores
sociais engajados em suas causas.
A comunicação é condição essencial para uma ação mobilizadora eficaz, fazendo com que
este Programa de Comunicação apresente modelos e ferramentas de planejamento aplicáveis
à estruturação das ações comunicativas.
1. Objetivo
2. Descrição do Programa
i. Conceito Geral
Para tanto, deve-se trabalhar o fluxo de informação interno e também com a comunidade ex-
terna ligada ao Programa, cuidando da imagem institucional e elaborando produtos de comu-
nicação efetivos.
Os produtos gerados deverão ser facilitadores da interação com os públicos do Programa para
legitimar as atividades desenvolvidas, demonstrar os benefícios alcançados, bem como iden-
tificar o presente dispositivo como agente ativo de responsabilidade socioambiental nas áreas
de intervenção.
A comunicação deverá ser estendida para o ambiente externo, permitindo que o Programa
dialogue com a sociedade, dando satisfação de seus atos e conhecendo as expectativas da
comunidade a qual está inserido o empreendimento, de forma a construir e solidificar a ima-
gem deste.
Deve ser adotada uma estrutura lógico-formal que contemple as características do Programa,
as particularidades do contexto em que o mesmo estará inserido e as particularidades da teia
midiática, para que se construa um fluxo permanente de informação que atenda a objetivos
previamente estabelecidos.
A busca das informações relevantes e públicos-alvo será realizada junto às diversas fontes,
tais como: governo, secretarias, parceiros, servidores, beneficiários, organizações civis e a
comunidade.
A comunicação interna e externa será trabalhada por meio de assuntos dirigidos, com a cola-
boração dos representantes de cada especialidade envolvida na obra.
Deverão ser realizadas registros das ações, contendo, dentre outros itens: as fotos das ativi-
dades realizadas; a contabilização dos números de convites enviados; as atas de reunião
assinadas; o número de anúncios vinculados em meios de comunicação em massa, entre
outros.
Deverão então ser realizadas reuniões entre os profissionais responsáveis pela execução do
Programa a fim de discutir e avaliar do mesmo, com tratamento estatístico dos dados de re-
clamações e sugestões dos grupos de interesse realizadas ao longo da execução das cam-
panhas.
O Programa envolverá um profissional contratado pela executora das obras, o qual estará em
contato permanente com os grupos de interesse e com a força de trabalho.
O profissional de comunicação e sua equipe ficará responsável pela criação dos materiais a
serem divulgados, bem como pela sua adequação de linguagem, a fim de que seja acessível
a todos os grupos de interesse bem como pela distribuição dos materiais informativos.
O principal apoio para o pessoal da comunicação social será fornecido pelo executor das
obras, que disponibilizará as informações técnicas referente ao projeto, bem como os impac-
tos socioambientais envolvidos neste.
Com relação aos recursos financeiros necessários para implementação do Programa, esses
também estão sob responsabilidade do executor das obras.
3. Cronograma de Execução
Para que os objetivos do PAE possam ser alcançados foram estabelecidos os seguintes pres-
supostos:
1. Hipóteses Acidentais
Os subgrupos de hipóteses acidentais específicas e gerais levantados para este PAE podem
guardar semelhança entre si no que se referem aos cenários, consequências e tipologia, razão
pela qual foram estabelecidas hipóteses acidentais que agrupam os subgrupos homogêneos.
Desta forma, os procedimentos para emergências serão estabelecidos para atender aos gru-
pos de hipóteses acidentais, visto que também apresentaram ações de resposta semelhantes
para os subgrupos. Na Tabela a seguir são apresentados os grupos de hipóteses acidentais.
2. Estrutura Organizacional
Com estrutura definida nos organogramas abaixo, tem suas atribuições divididas de acordo
com as competências de cada assessoria ou gerência específica, subdivididas de acordo com
sua diretoria e relacionadas abaixo, podendo essas atribuições ter caráter logístico, de apoio
ou de ação direta.
3. Acionamento do Plano
i. Fluxo de Acionamento
Caso uma ocorrência não possa ser contida com recursos locais, caberá ao Coordenador
Operacional deflagrar as demais ações do fluxograma de comunicação.
Detecção da
emergência
Comunicação ao ramal de emergência
e Coordenador Operacional
Acionamento da Brigada
de Emergência
Avaliação inicial
Não
Acionamento da Acionamento de
Não Situação controlada? Sim Fim
Assessoria Jurídica assessores externos
Desencadeamento das
ações de combate
Avaliação final
Fim
Quando uma situação de emergência for percebida por qualquer colaborador, este deverá
comunicar o brigadista mais próximo e/ou comunicar imediatamente o fato através do ramal
de emergência que acionará a Brigada de Emergência através de rádio ou celular, dando
continuidade ao fluxo de acionamento.
i. Sistema de Classificação
Qualquer que seja o sistema de classificação, este deverá relacionar a magnitude da emer-
gência: vazamento, acidente de trânsito, acidente de trabalho com potencial elevado incêndio,
explosão com seus efeitos projetados.
Muitas vezes essa classificação pode ser automática, não exigindo esforço ou discernimento
do classificador. Em outros casos, entretanto, é possível que haja certo grau de dificuldade
para se fazer uma correta avaliação da emergência, de tal forma que não se inicie ações
desnecessárias ou, ao contrário, não se subestime o caso em questão.
1. Emergência Pessoal
Essa classificação é caracterizada por qualquer dano físico ou mal súbito que requeira auxílio
de outras pessoas da unidade. Essa condição inclui situações que somente requeiram primei-
ros socorros que poderão ser fornecidos diretamente na unidade, mas também engloba a
ocorrência de danos físicos severos; que possam a vir a necessitar de tratamento médico de
emergência em hospitais.
Em geral, uma Emergência Pessoal, por si só, não modifica a operação da unidade, bem como
não resulta na variação de classificação de emergência a ponto de passar para um estágio
mais severo. Entretanto, uma Emergência Pessoal pode acontecer em conjunto com outra
condição emergencial, que poderá ser uma Emergência Local.
2. Emergência Potencial
Essa classificação de emergência geralmente envolve uma condição involuntária imposta por
um evento externo. A classe é caracterizada por fenômenos naturais ou atividades humanas,
que podem incluir enchentes, ventanias ou outras condições climáticas severas, tremores de
terra, fogo em área distante do pátio de estocagem distúrbios civis e vandalismo (greve).
Ações tomadas em resposta a essa condição são em geral preventivas, no sentido de minimi-
zar as consequências potenciais do evento caso o mesmo venha a ocorrer. Essas condições
em geral incluem um aumento do nível de segurança da unidade ou outros tipos de precau-
ções.
Embora a frequência de ocorrência de qualquer um desses eventos seja muito baixa defini-
ram-se procedimentos para a mudança de classificação para qualquer situação desenvolvida
a partir de eventos dessa natureza. Os procedimentos definidos especificam ações que são
apropriadas para cada tipo de evento.
3. Emergência Local
Esse estado emergencial necessita ser constantemente reavaliado para permitir o incremento
do nível classificatório, caso a severidade do evento acidental aumente no decorrer do tempo.
A seguir alguns critérios de condições que são enquadrados como Emergência Local:
b. Fogo: Dependendo de sua natureza e das condições do local, o PAE poderá ser acio-
nado. Normalmente quando da ocorrência de um princípio de incêndio, este poderá ser
facilmente controlado por um funcionário da unidade.
c. Explosão: uma explosão ocorre no interior da unidade, com danos patrimoniais. ou esta
situação pode conduzir a riscos adicionais.
4. Emergência Geral
Quando da ocorrência de acidentes, estes deverão ser avaliados para verificar sua severidade
antes da ativação do estado emergencial na unidade. Para tanto, é necessário que alguns
procedimentos sejam seguidos, para que se possa ativar o Plano de Emergência quando re-
almente for necessário.
a. Categoria Grau 1
b. Categoria Grau 2
c. Categoria Grau 3
Observação: Uma situação de emergência avaliada e classificada como Grau 1, não quer
dizer que a gravidade da situação esteja estabilizada. Essa situação de emergência pode
passar para emergência Grau 2 ou 3 em pequeno espaço de tempo. Para tanto é necessário
que a Brigada de Emergência esteja pronta para atender quaisquer situações de emergência.
1) Logo após a identificação do acidente / situação emergencial, deve ser acionado o Coor-
denador Operacional da Emergência para que o mesmo seja informado do ocorrido.
i) Parte da Brigada de Emergência que estará no turno deverá se dirigir para o local
do acidente, podendo utilizar os veículos disponíveis.
ii) Equipamentos completos para controle da emergência deverão estar nos veículos
para suporte ao acidente.
a) Caso o acidente for avaliado como Grau 1, solicitar apoio à Brigada de Emergência que
estiver no turno para dar providência na emergência e retomada do controle.
1) Após o controle dos eventos acidentais o acesso a unidade deverá ser restrito, para que
os trabalhos de rescaldo possam ser feitos.
a) Caso o acidente tenha feito vítimas fatais, o pessoal do IML deverá ser acionado e terá
livre acesso às instalações.
São apresentadas ainda as responsabilidades sobre a execução das ações as demais infor-
mações contidas na matriz de emergência também deverão contribuir para que o desencade-
amento das ações ocorra o mais rápido possível, de modo que as consequências negativas
do evento sejam as mínimas possíveis.
Os quadros a seguir apresentam as matrizes de ação de emergência para cada hipótese aci-
dental.
Cada componente com nível de liderança da Estrutura Organizacional deverá ter consigo um
rádio para viabilizar a comunicação no momento da emergência.
As indumentárias, bem como os calçados necessários para uma perfeita proteção dos briga-
distas durante o combate, estão dispostas na sala da brigada emergencial.
Deverá existir uma Iistagem atualizada com nomes, endereços e números de telefone dos
componentes da Brigada de Emergência. Também deverão constar telefones do Corpo de
Bombeiros. Defesa Civil, Polícia Civil e Militar e Hospitais (Anexo I).
Para proteção de todos os componentes da Brigada de Emergência, estes deverão estar mu-
nidos com equipamentos que possam garantir um mínimo de proteção principalmente no com-
bate a incêndios ou quando existe risco de incêndio.
Na unidade existem conjuntos de combate compostos por pares de botas, japona, calça, ca-
pacete de combate e balaclava. Após acionamento, a primeira atitude que a Brigada de Emer-
gência deve executar é de se equipar completamente.
Para que as ações de resposta previstas no Plano de Ação de Emergência atinjam os resul-
tados esperados nas situações de emergência, o Plano deve ser divulgado internamente, além
de ser integrado com outras instituições, que poderão atuar conjuntamente na resposta aos
acidentes.
Os resultados desses exercícios deverão ser avaliados por pessoas que estão familiarizadas
com o Plano e deverão analisar criticamente a aplicação do Plano de Emergência, sendo que
tais análises deverão ser encaminhadas a um comitê criado em termos de gerência.
Todos os participantes do simulado deverão ter conhecimento das avaliações e análises dos
resultados, para reestruturação e reorganização para o simulado posterior.
Durante o ano deverá existir pelo menos um simulado como forma de treinamento quanto a
emergências. Todos os exercícios e simulações deverão ser realizados da forma mais realista
possível, abrangendo todos os tipos de emergências citadas neste plano.
Qualquer alteração ou atualização do Plano deverá ser previamente aprovada pelo Coorde-
nador Geral, devendo, posteriormente, todas as modificações serem divulgadas interna e ex-
ternamente.
O presente Plano tem como objetivo estabelecer os procedimentos necessários para o manejo
e destinação ambientalmente adequados de resíduos da construção civil, comumente chama-
dos de entulhos de obra.
1. Legislação
Para o desenvolvimento deste item, deverão ser respeitados os padrões legais do município
e, minimamente, o seguinte conjunto legal no âmbito federal:
Altera a redação do artigo 3º, item IV da Resolução CONAMA nº 307/2001, relativo a definição
de resíduos de construção civil de Classe “D”.
Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identifi-
cação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para coleta
seletiva.
Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9605 de 12/02/1998, e dá outras
providências.
• NBR 10004/2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Diretrizes para projeto, im-
plantação e operação.
i. Conceituação
De acordo com a Resolução CONAMA nº 307/2002, são definidos como Resíduos Sólidos de
Construção Civil (RCC) aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições
de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais
como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tin-
tas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros,
plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras.
Numa obra, a geologia, a morfologia, os tipos de solo, a disponibilidade dos materiais de cons-
trução, o desenvolvimento tecnológico e outros fatores são características específicas da re-
gião de inserção do empreendimento que influenciam a composição dos RCC gerados, assim
como das peculiaridades construtivas do projeto a ser implantado, existindo uma heterogenei-
dade de resíduos que podem ser produzidos.
Além da classificação estabelecida pela Resolução nº 307, vale destacar que no Brasil os
resíduos sólidos são classificados também através da NBR 10004/2004 quanto ao seu risco
potencial ao meio ambiente e a saúde pública, que define lixo como todo resíduo sólido ou
semissólido resultante das atividades normais da comunidade, definindo que estes podem ser
de origem domiciliar, hospitalar, comercial, de serviços, de varrição e industrial.
Porém, o termo lixo não é mais aplicado, sendo substituído pelo termo rejeito, definido na Lei
Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010, como resíduos sólidos (RS) que, depois de es-
gotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos dis-
poníveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição
final ambientalmente adequada.
Desta forma, considerando a classificação da NBR 10.004/2004, verifica-se que nas obras
realizadas os resíduos sólidos a serem gerados enquadram-se, em grande parte, na Classe
II-B (inertes), em vista ao volume expressivo de entulhos (demolições a serem realizadas no
local) e materiais oriundos de escavações de solos e rochas. Nesta classe ainda se enqua-
dram as galhadas, folhagens e troncos oriundos de eventuais cortes e supressão de vegeta-
ção.
Também serão gerados nestes empreendimentos resíduos que podem ser enquadrados na
Classe II – A (não inertes), como sendo aqueles resíduos com características de tipo domici-
liar/comercial, oriundos tanto das atividades de construção civil diretas, quanto especifica-
mente das atividades desenvolvidas nos escritórios dos canteiros de obras e das necessida-
des de alimentação dos trabalhadores envolvidos (resíduos dos refeitórios). Estes últimos irão
possuir em sua composição uma elevada quantidade de matéria orgânica, devendo receber
um manejo diário de modo a evitar a contaminação do solo e de recursos hídricos, bem como
a proliferação de vetores.
Bem assim, para efeito de gerenciamento dos resíduos sólidos de construção civil produzidos
nos empreendimentos em tela e cumprimento das normas vigentes, considerando ainda as
peculiaridades das obras planejadas e os dados de projeto fornecidos, os RCC gerados no
período de implantação deverão ser caracterizados qualitativamente segundo a classificação
estabelecida pela Resolução CONAMA 307/2002.
Os resíduos sólidos de construção civil gerados nas obras serão classificados da forma apre-
sentada a seguir.
Para determinação das estimativas de resíduos, por tipo, a serem gerados nas obras sob
responsabilidade do proprietário, além das informações originárias das equipes de projetos,
podem ser adotados parâmetros de geração obtidos a partir do banco de dados da empresa
e na experiência no acompanhamento e gestão de projetos envolvendo o segmento de resí-
duos sólidos.
Com isto em mente, sugere-se a implementação de uma estimativa dos resíduos a serem
gerados, conforme sugerido a seguir, num quadro que quantifica a geração de entulhos e
demais resíduos sólidos.
Os parâmetros básicos de geração desses resíduos da construção civil, a partir das diversas
fontes analisadas, serão cotejados “vis a vis” com as peculiaridades de cada obra a ser exe-
cutada e da metodologia para sua construção.
Quadro 1. Geração de RS total prevista para obra, por classe de resíduo e etapa.
Quantificação
Item Tipo de Resíduo Gerado por Intervenção Classe do RCC
Unid. Total
A B C D
1 Resíduos de Escavação m³
2 Resíduos de Demolição
2.1 Demolição de concreto m³
2.2 Capa de asfalto m³
2.3 Vigas metálicas m³
2.4 Outros m³
3 Resíduos de Remoção
3.1 Canteiro de jardins m³
3.2 Árvores e plantas diversas m³
3.3 Pedras e areia m³
4 Resíduos de Construção
4.1 Preparo de terreno / fundações m³
4.2 Pavimento asfáltico / materiais asfálticos m³
4.3 Agregados (areia, brita, etc.) m³
4.4 Perfil / estrutura metálica / aço m³
4.5 Aglomerantes (cimento, cal, etc.) m³
4.6 Concreto / artefatos de concreto m³
4.7 Madeira m³
4.8 Acabamento / outros m³
5 Resíduos de Escritório m³
6 Resíduos de Refeitório m³
Fonte: Sugerido pelo autor.
Além desses resíduos, outros resíduos sólidos, com característica de tipo domiciliar, serão
produzidos durante as obras, decorrente da presença de contingente de mão de obra direta e
indireta envolvida nas diferentes frentes de serviço e canteiros na área dos empreendimentos.
De mesmo modo, poderá haver a produção de pequena parcela de RSS (Resíduos de Servi-
ços de Saúde) nos pontos de atendimento médico para a mão de obra, que terá seu manejo,
transporte e tratamento/destinação final devidamente equacionado, pelas peculiaridades
desse tipo de resíduo, que requerem cuidados especiais.
Estimar a quantidade de resíduos gerados em cada obra visa planejar como deverão ser ar-
mazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técni-
cas específicas.
Como acontece em qualquer plano de manejo de resíduos sólidos, é importante que se bus-
que ações proativas objetivando minimizar a geração e reaproveitar ao máximo os resíduos.
Mesmo com essas ações, gera-se uma quantidade de resíduos que é inaproveitável no can-
teiro de obras, e que deve ser enviado para tratamento e destino final.
Sendo assim, este tópico aborda as ações que serão tomadas visando efetuar o máximo de
segregação possível dos resíduos, de forma a minimizar os custos de transporte e todos os
impactos derivados, a contribuir com as ações de reciclagem e reutilização e, consequente-
mente, reduzindo o ônus sobre o meio ambiente.
Ressalta-se que, com relação aos materiais de escavação, a prioridade será, na medida em
que sejam retirados, sejam transportados diretamente para o local de disposição final. Toda-
via, como as intervenções dar-se-ão em diferentes locais, com obras de portes e característi-
cas diferenciadas, poderão ser utilizadas, em certos casos, caixas estacionárias para acondi-
cionamento destes resíduos.
Em outros locais, onde a geração de resíduos seja maior, poderão ser utilizadas caçam-
bas/caixas estacionárias tipo “Brooks” de 5 m3 de capacidade, confeccionadas em chapa de
aço, devidamente identificadas em função da tipologia do material que irão acondicionar, cai-
xas estas que serão operadas por caminhões poliguindastes. Esse, por exemplo, pode ser o
caso de aparas maiores de chaparias e pedaços de perfis metálicos.
Quer sejam bombonas, ou caixas estacionárias, o que será progressivamente definido na me-
dida em que avancem as obras, estes recipientes deverão estar localizados em pontos estra-
tégicos espalhados pela obra, havendo, no mínimo, um conjunto por frente de serviço.
Há que se fazer aqui uma ressalva a respeito dos recicláveis: no caso de grandes peças me-
tálicas de grandes volumes, a reciclagem poderá ser feita através de agentes outros que não
as cooperativas de catadores, não apenas pelo grande valor agregado, mas pela própria lo-
gística e tecnicidade que envolve sua remoção e transporte.
Os resíduos de Classe C, compostos basicamente por produtos de gesso, devem ser acumu-
lados em pequenos montes, ou utilizando-se de caixas estacionárias, da mesma forma que
os resíduos de Classe A.
Neste ponto, há que se esclarecer que a acumulação em montes, conforme aventado, deve
dar-se de maneira adequada, com as proteções e sistemáticas para se garantir a segurança
e a minimização de impactos ao meio ambiente. Não deverão ser efetuados lançamentos ale-
atórios de resíduos por toda a área da obra, mas sim de acordo com o planejamento inerente
às boas práticas de estocagem de resíduos.
Resíduos compostos basicamente por restos de óleos, tintas vernizes, outros produtos quími-
cos e amianto (Classe D), aos quais se deve dedicar especial atenção, devem ser armazena-
dos preferencialmente em suas próprias embalagens, em local apropriado no canteiro de
obras.
Os resíduos orgânicos gerados nos vestiários e no refeitório deverão ser acumulados em con-
têineres de 240 litros.
6. Acumulação Final
Ao final de cada jornada de trabalho ou quando já houver volume suficiente, deve-se proceder
com a movimentação dos resíduos para sua acumulação final, de onde serão apenas movi-
mentados para o destino final.
Caso ocorra a acumulação transitória dos resíduos diretamente em caixas estacionárias, nas
situações aventadas em tópico anterior, estas poderão ser removidas diretamente aos locais
de disposição final.
Outros métodos auxiliares poderão vir a ser utilizados para movimentação interna dos resí-
duos de Classe A e Classe C, como é o caso do tubo de queda, que faz o lançamento destes
resíduos a partir de pontos situados em cotas superiores diretamente para dentro das caixas
estacionárias situadas no nível do solo.
O procedimento básico a ser adotado para movimentação ao setor de acumulação final será
o seguinte: depois de completada a capacidade da bombona, o funcionário responsável pela
coleta destes resíduos fará a amarração da boca do saco, colocação de um novo saco vazio
e, com o uso de um carrinho-de-mão, fará a movimentação deste saco (ou sacos) para o local
destinado à acumulação dos resíduos de Classe B.
7. Transporte
Os funcionários devem estar envolvidos desde o momento de geração, para avaliar a quanti-
dade gerada, a forma de acondicionamento e armazenamento adequada e a remoção até as
caçambas estacionárias, ou local designado para armazenamento temporário, até a remoção
pela empresa responsável pelo transporte externo.
Para que o sistema de transporte funcione com a eficácia desejada, é essencial a existência
de informações permanentes, que subsidiem o seu gerenciamento, além de fiscalização e a
aplicação de medidas educativas.
O transporte interno dos resíduos gerados nas obras residenciais é realizado de forma manual
em sacos de rafia, carrinhos de mão, e através de guinchos e teleféricos. Em alguns casos se
utiliza o elevador de carga e condutor de entulhos.
A coleta e remoção dos resíduos das obras devem ser controladas através do preenchimento
de uma ficha contendo dados da construtora geradora, tipo e quantidade de resíduos, dados
do transportador e dados do local de destinação final dos resíduos.
O gerador deve guardar uma via deste documento assinado pelo transportador e destinatário
dos resíduos, como forma de garantia de que destinou adequadamente seus resíduos, para
fins de controle e possíveis fiscalizações. Este controle servirá também para a sistematização
das informações da geração de resíduos da sua obra.
O reaproveitamento das sobras dos materiais dentro do próprio canteiro é a maneira de fazer
com que os materiais que seriam descartados com um determinado custo financeiro e ambi-
ental retornem em forma de materiais novos e sejam reinseridos na construção evitando a
retirada de novas matérias-primas extraídas do meio ambiente.
Podemos citar nesse caso, o reaproveitamento de madeiras, as quais após o uso são devida-
mente separadas e armazenadas no canteiro de obras, cobertas por lona para evitar a ação
de intempéries.
9. Destinação Final
A destinação dos RCC deve ser feita de acordo com o tipo de resíduo. Os RCC Classe A
deverão ser encaminhados para áreas de triagem e transbordo, áreas de reciclagem ou ater-
ros da construção civil. Já os resíduos Classe B podem ser comercializados com empresas,
cooperativas ou associações de coleta seletiva que comercializam ou reciclam esses resíduos
ou até mesmo serem usados como combustível para fornos e caldeiras.
Conforme citado anteriormente, resíduos compostos por restos de óleos, tintas vernizes, ou-
tros produtos químicos e amianto (Classe D), devem ser armazenados preferencialmente em
suas próprias embalagens, em local apropriado no canteiro de obras.
Após a coleta interna, o operador deverá lavar as mãos ainda enluvadas, retirando as luvas e
colocando‐as em local apropriado. O funcionário deve lavar as mãos antes de calçar as luvas
e depois de retirá‐las. Em caso de ruptura das luvas, o funcionário deve descartá‐las imedia-
tamente não as reutilizando.
As pessoas envolvidas com o manuseio de resíduos devem ser submetidas a exame admis-
sional, periódico, de retorno ao trabalho, mudança de função e demissional. Os exames e
avaliações que devem ser submetidos são anamnese ocupacional, exame físico, exame men-
tal.
COMÉR CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA
Rua Vitalino dos Santos Valadares, 65 - Santa Luíza, Vitória/ES 91
Plano de Controle Ambiental – PCA
Obras de implantação de galerias e construção do
Parque Linear das Famílias sobre o Canal da Costa
11. Monitoramento
Devem ser realizadas avaliações frequentes de todas as atividades que compõem a operação
do PGRCC. Faz-se então necessário a realização periódica de auditorias em todos os proces-
sos padronizados e as falhas devem ser registradas e discutidas, bem como o apontamento
das necessidades dos setores com definição da competência dos setores envolvidos.
Deverão ser mantidos todos os registros de operação de venda ou de doação dos resíduos
destinados a empresas terceirizadas devidamente licenciadas. Os registros devem ser manti-
dos para verificação da geração do empreendimento no decorrer dos anos. No monitoramento
do plano deve constar o desenvolvimento de instrumentos de avaliação e controle, incluindo
a construção de indicadores claros, objetivos, autoexplicativos e confiáveis, que permitam
acompanhar a eficácia do Plano implantado.
Propõe-se a seguir algumas das atividades a serem desenvolvidas para efetiva implementa-
ção do plano.
i. Reuniões de planejamento
Deverão ser mantidos contratos com empresas devidamente licenciadas para transporte e
destinação final dos resíduos pertinentes.
Levando em consideração o tipo de obra a ser executado, este Programa se faz necessário
para possibilitar a verificação da real influência das atividades de instalação do empreendi-
mento à população do entorno, bem como avaliar eventuais necessidades de adoção de me-
didas mitigadoras em caso de verificação de desconformidades.
Este programa também visa atender à solicitação da SEMOPE/PMVV, que através do contrato
firmado, requisitou o Programa de Controle e Monitoramento da Poluição Sonora e Gases,
entre outros itens.
1. Objetivo
2. Descrição do Programa
i. Metodologia
As medições de nível de ruído terão como procedimentos o registro de ruído médio, além de
picos máximos e mínimos, com gráfico da leitura e identificação do local exato de medição
(fotos e coordenadas GPS).
As medições serão realizadas com o auxílio do aplicativo Sound Meter, a fim de verificar a
intensidade de som, com pontos de amostragem dispostos dentro da área operacional, pró-
ximo a fonte de emissora do ruido e também próximo as edificações residenciais e comerciais
da região afetada pela frente de serviço.
Ao final de cada campanha de monitoramento será realizada uma análise crítica dos resulta-
dos obtidos para verificação da necessidade de realizar ações de melhorias nos controle exis-
tentes para minimização dos potenciais impactos observados.
Nas operações de implementação deverão ser atendidas medidas para o controle das emis-
sões de ruídos e gases, tais como:
iv. Indicadores
O indicador deste programa é atender os níveis máximos permitidos pelo Plano Diretor do
Municipio e a NBR 10.151 (para ruídos), bem como da Portaria IBAMA 85/1996 e NBR 6.016
(para fumaça) em todos os pontos de monitoramento, principalmente àqueles localizados pró-
ximos às residências e comércios.
3. Recursos Necessários
Além dos materiais indicados, demandar-se-á de pessoas capacitadas para realizar as cam-
panhas de monitoramento e posterior análise dos dados obtidos para formatação dos relató-
rios conclusivos.
1. Local de medição;
2. Data e hora;
3. Tempo de medição;
4. Descrição das principais atividades desenvolvidas no período das medições;
5. Tabulação de resultados, informando se atende ou não ao padrão legal;
6. Análise crítica dos resultados.
Para fins de verificação de alterações nos níveis limitantes nos pontos selecionados, os resul-
tados obtidos nas campanhas de medição deverão ser comparados com os valores de refe-
rência legais.
Toda empresa executora de obras civis deve implementar o Plano de Educação Ambiental
para Trabalhadores (PEAT), conforme estabelecido no presente roteiro orientativo.
A linha de ação adotada neste Programa está em conformidade com as orientações da legis-
lação federal, Lei 9.795, de 27/04/1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental e sobre a
Política Nacional de Educação Ambiental. Esta lei enfatiza a importância dos programas pro-
movidos por “empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, destinados à
capacitação dos trabalhadores (...) e à sociedade como um todo, mantendo atenção perma-
nente à formação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação individual e co-
letiva voltada para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais”.
Neste sentido, o presente documento surge como diretriz para implementação do PEAT nas
fases de implantação do empreendimento, devendo o executor, ao final da obra/serviço, apre-
sentar a SEMOPE/PMVV e ao órgão regulador do processo de licenciamento os relatórios
consolidados com as informações sobre o cumprimento e execução do programa.
1. Justificativa
O programa visa assim contextualizar o funcionário no meio que está inserido, possibilitando
conhecer, compreender e participar antes de executar atividades que possam comprometer a
qualidade ambiental, transferindo assim conhecimentos adquiridos aos seus familiares e sua
comunidade de residência e vizinhas.
2. Objetivos
Em geral, o plano visa desenvolver ações voltadas para conscientização dos trabalhadores
das empresas contratadas para a execução das obras civis, para que os mesmos possam
atuar de forma interativa, reconhecendo e corrigindo condições e práticas inseguras, man-
tendo o equilíbrio entre a saúde e o bem estar, visando à dimensão ambiental e sustentabili-
dade.
3. Público Alvo
O PEAT terá como público alvo os trabalhadores de empresas contratadas e/ou subcontrata-
das e demais prestadores de serviços responsáveis pela instalação do empreendimento.
4. Aspectos Metodológicos
i. Ações
Para o desenvolvimento de toda a programação do PEAT estão previstas quatro ações exe-
cutivas, responsáveis pelo alcance dos objetivos previstos: (a) Pesquisa de percepção ambi-
ental, (b) Encontro inicial com os encarregados das frentes de obra, (c) Diálogos Semanais de
Segurança - DSS e (d) Informativos Internos.
Deverá ser disponibilizada lista de presença a ser assinada pelos participantes ao final do
encontro.
• Apresentações em PowerPoint: contribuem para ilustrar as ideias por meio de slides com
recursos multimídia.
• Experiência direta: permite ao trabalhador vivenciar a situação da qual se trata cada tema,
agrega conhecimento e proporciona experiências. No PEAT, as vivências são limitadas ao
espaço interno das instalações, mas ainda assim, são muito válidas em situações como o
gerenciamento da segregação de resíduo, gerenciamento dos procedimentos de segu-
rança, dentre outros temas.
Deverá ser disponibilizada lista de presença a ser assinada pelos participantes ao final de
cada encontro.
v. Informativos Internos
A utilização de informativos internos tem o objetivo de fortalecer os temas abordados no mês
através de publicações (cartazes, panfletos, jornal etc.) a serem disponibilizados ou afixados
em locais de uso comum dos trabalhadores, como, por exemplo, vestiários, refeitórios e áreas
de vivência.
5. Produtos
6. Metas e Indicadores
Para verificação do alcance das metas estabelecidas pelo PEAT, os indicadores ambientais
de desempenho a serem considerados encontram-se na Tabela a seguir.
7. Resultados Esperados
8. Recursos Materiais
A relação aos recursos materiais considerados para execução do PEAT é descrito a seguir:
1. Responsável Técnico
LUIS PHILIPPE ALVES FORMIGONI
Título profissional: ENGENHEIRO AMBIENTAL,ENGENHEIRO DE RNP: 0810076560
SEGURANÇA DO TRABALHO
Registro: ES-026470/D
Empresa contratada: ELO PROJETOS E CONSULTORIA LTDA Registro: 21762
2. Dados do Contrato
Contratante: COMÉR CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA CPF/CNPJ: 27170703000114
Rua: RUA VITALINO DOS SANTOS VALADARES Nº: 65
Complemento: CEP: 29045360
Cidade: VITORIA UF: ES Bairro: SANTA LUÍZA
Telefone: 2732273577
Contrato: Nº do Aditivo: 0
Valor do Contrato/Honorários: R$1.200,00 Tipo de contratante: PESSOA JURÍDICA
3. Dados da Obra/Serviço
Rua: RUA SÃO PAULO Nº: S/N
Complemento: TRECHO EM PROJETO Bairro: PRAIA DA COSTA Quadra Lote
Cidade: VILA VELHA UF: ES :
CEP: 29101315 :
Data de início: 21/10/2024 Prev. Término: 20/10/2026 Coord. Geogr.: ,
Proprietário: PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE VILA VELHA CPF/CNPJ:19367943000185
4. Atividade Técnica
Qtde de Pavimento(s): 0 Nº Pavimento(s): 0 Dimensão/Quantidade: 12 Unidade de medida: UNID
ATIVIDADE(S) TÉCNICA(S): 43 - 13.2 - ASSESSORIA TÉCNICA
PARTICIPAÇÃO:
NATUREZA: 100 - RESPONSABILIDADE TÉCNICA
Após a conclusão das atividades técnicas, o profissional deverá proceder a baixa desta ART.
5. Observações
ASSESSORIA SOCIOAMBIENTAL PARA ACOMPANHAMENTO DAS OBRAS DE IMPLANTAÇÃO DE GALERIAS E CONSTRUÇÃO DO PARQUE LINEAR DAS FAMÍLIAS
SOBRE O CANAL DA COSTA, EM VILA VELHA/ES, COM ELABORAÇÃO E RESPONSABILIDADE TÉCNICA SOB O PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL (PCA), PROGRAMA
DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC) E DEMAIS COMPONENTES DO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL
(REQUERIMENTO, TRA E OUTROS) DO EMPREENDIMENTO JUNTO AO IEMA/ES E DEMAIS ÓRGÃOS QUE SE FIZEREM NECESSÁRIOS.
6. Declarações
Profissional
Contratante
Acessibilidade: <declara a aplicabilidade das regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas da ABNT, na legislação específica e no Decreto
nº5.296, de 2 de dezembro de 2004, às atividades profissionais acima relacionadas.>
Valor ART: R$ 99,64 Registrada em: 22/10/2024 Data de pagamento: 22/10/2024 Valor Pago: R$ 99,64 Nosso Número: 2401751742