Duarte
Duarte
Duarte
PEDAGÓGICAS
PARA UMA PRÁTICA INCLUSIVA
VERÔNICA DUARTE
EDUCADORA MUSICAL, MUSICOTERAPEUTA E FLAUTISTA
Educadora musical, musicoterapeuta e flautista
mineira de Diamantina, Licenciada em Letras ,
Bacharel em filosofia, Bacharel em música Flauta
transversal, Graduada em licenciatura musical,
Graduada em teologia, Pós graduada em
Educação musica, Pós graduada em Musicoterapia.
Como toda pessoa tem um ritmo interior, uma
identidade sonora, pode-se afirmar que a
musica por si só já é inclusiva, pois a maioria
dos povos são afetados ativamente ou
passivamente pelos sons distribuídos em vários
ambiente durante
o seu dia a dia.
A inclusão, conforme Silva (2009), exige múltiplos saberes da
prática de qualquer professor, uma mudança de atitudes,
hábitos e valores e um forte compromisso com todos os
alunos. Essa tarefa exige dos educadores “empenho,
disponibilidade, predisposição para a aprendizagem,
qualificação, exercício de pensar criticamente a própria
prática e não conformidade com o discurso da acomodação,
do silêncio imposto” (SILVA,
2009, p. 186).
COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR
PLANEJAMENTO
• O que ensinar?
• A quem ensinar?
• Como ensinar?
• Para que ensinar?
• Porque ensinar?
• Onde ensinar?
MÚSICA
• Melodia
• Rítmo
• Harmonia
1. Deficiência visual
• Coloque o aluno mais próximo de você na sala de aula.
• Ofereça figuras e texto impresso maiores.
• Use apresentações simples e claras, com poucos detalhes.
2. Deficiência auditiva
• Fale diretamente à criança. - Reforce a fala com expressões
faciais, sinais ou gestos.
• Reforce a fala com apoio visual – imagens impressas, fotos,
materiais concretos.
3. Atraso nas habilidades motoras grossas e finas
• Certifique-se de que ao sentar-se o aluno possa descansar
os pés numa superfície sólida, isto é, o chão ou um descanso.
• Use atividades variadas e materiais multissensoriais.
4. Dificuldades de fala e linguagem
• Use linguagem simples e familiar, e frases curtas e concisas.
• Encoraje a criança a falar alto oferecendo algo que a
estimule visualmente.
5. Memória auditiva de curto-prazo reduzida
• Use uma quantidade de palavras limitada para dar
instruções de uma vez só.
• Dê tempo à criança para processar e responder à demanda
verbal.
6. Período de concentração menor
Ofereça uma variedade de atividades curtas, focadas e de
definição clara. Dê intervalos frequentes das tarefas propostas.
7. Dificuldades de Generalização, pensamento
abstrato e raciocínio
• Ensine novas habilidades usando uma variedade de métodos e
materiais em diversos tipos de contexto. / Reforce a
aprendizagem de conceitos abstratos por meio de materiais
concretos e visuais.
8. Dificuldade de consolidação e retenção
Apresente novas habilidades e conceitos de maneiras
variadas, usando materiais concretos, práticos e visuais
sempre que possível
9. Comportamento
• Investigue qualquer comportamento inapropriado,
perguntando a si mesmo a razão da criança em agir de tal
maneira. Por exemplo: A tarefa é difícil ou fácil demais? /
A tarefa é longa demais? /O trabalho está diferenciado
apropriadamente? /As instruções são claras?
AUTISMO
•
• Preferência por tarefas de raciocínio repetitivo em
detrimento a raciocínio indutivo;
• Estilo de aprendizagem fragmentado;
• Pouca associação episódica;
• Predileção por rotinas e invariância;
• Pode estar relacionado a prejuízo das funções
executivas (FE).
Pontos fortes:
• Raciocínio espacial e resolução de problemas, memoria
por repetição (aprendizagem) e em atenção concentrada.
Percepção e visuoconstrução.
Os prejuízos neuropsicológicos encontrados frente ao
Transtorno do Espectro Autista são:
• Comprometimento do lobo pré-frontal > Afeta as Funções
Executivas;
• Comprometimento do lobo frontal > Afeta a Função
Motora;
• Comprometimento no hemisfério esquerdo > Linguagem.
Assim, é de suma importância o olhar neuropsicológico
frente ao TEA, para que assim a reabilitação cognitiva seja
realizada em paralelo à intervenção multidisciplinar,
auxiliando em todo o desenvolvimento global afetado
TDAH
• Bromberg (2001), Facion (2007) e Mattos (2005) afirmam
que a criança com TDAH pode ser desatenta, hiperativa,
impulsiva, sendo que esse transtorno é classificado em três
tipos clínicos:
-Predominante desatento;
-Predominante hiperativo / impulsivo
-Tipo misto ou Tipo combinado
Predominante Desatento
1- Não presta atenção aos detalhes e comete erros por
descuido;
2- Apresenta dificuldades em manter atenção (tanto na
escola, e brincadeiras);
3- Parece não ouvir quando lhe dirigem a palavra;
4- Não segue instruções, dificuldades em terminar tarefas
escolares e rotineiras;
5-Apresenta dificuldades com organização;
6- Evita ou reluta em dedicar-se a tarefas que exijam
esforço mental;
7- Distrai-se com facilidade, perde objetos necessários;
8- Distrai-se facilmente com estímulos externos, é comum
que pais e professores se queixem de que estas crianças
parecem “sonharem acordadas”;
9- Esquece as atividades diárias.
Predominante/Hiperativo/Impulsivo
Predominante/Hiperativo/Impulsivo
4- Não se irrite quando a criança quebrar uma regra. Não fale dez
vezes que ela errou,
5- Se ela quebrar de novo a regra aplique a disciplina previamente
combinada,
6- Depois da disciplina não fique emburrado com a criança. Ao ser
multado, por exemplo, por alta velocidade ninguém fica emburrado,
pagamos a multa e pronto,
7- Elogie muito a criança agitada quando ela fizer qualquer coisa
certa,
8- Evite encher sua casa com muito bibelô, porcelanas, vasos de
vidros, pois crianças hiperativas tem dificuldades com coordenação
motora
Para que o professor de música saiba lidar com a
diversidade e considerar as pessoas com deficiência
em sua prática docente, Primeiramente, torna-se
necessária a compreensão de que “a música não pode
ser um privilégio de poucos” (LOURO, 2006, p. 33) e
que todos tem capacidade de aprendê-la.
As canções e ritmos auxiliam na harmonia entre o corpo e a mente.
Esquemas
Equilibrio Desequilíbrio
Acomodação Assimilação
EDUCADORES E METODOLOGIAS
• Dalcroze:
• Explora todos os modos de aprendizagem: auditivo, kinestésico, visual.
• Busca melhor coordenação entre olhos, ouvidos, mente e corpo.
• Euritmia = bom movimento: não há som sem movimento (ESCRITA
TARDIA) Improvisação com movimentos corporais, depois com sons
• Kodály:
• Desenvolve ouvido interno; solfejo relativo; alfabetização musical
• (ESCRITA COM DESENVOLVIMENTO)
• Improvisação através do solfejo, desde os primeiros grupos d-r-m
• Kodály:
• Desenvolve ouvido interno; solfejo relativo;
alfabetização musical
• (ESCRITA COM DESENVOLVIMENTO)
• Improvisação através do solfejo, desde os primeiros
grupos d-r-m
• Orff:
• Aprendizado pela atividade criativa;
• música elementar (canto, fala, movimento, ritmo, dança) –
método holístico
• (ESCRITA TARDIA)
• Improvisação com palavras e rimas
• Suzuki:
• Aprendizado pela imersão e pela identificação com os pais,
mestres e amigos – papel preponderante da família
• (ESCRITA TARDIA) Variações sobre os temas são apresentadas
como modelos.
• imitação
Willems
C(L)A(S)P
C = Composition (composição);
L = Literature Studies (literatura sobre música);
A = Appreciation (apreciação);
S = Skill Aquisition (conhecimentos e habilidades sobre
música);
P = Performance (execução).
O professor deve trabalhar os parâmetros de forma
equilibrada e integrada. No entanto, as atividades
de Composition, Appreciation e Performance (CAP)
desempenham papel primordial na educação musical, pois
constituem as possibilidades fundamentais de envolvimento
direto com a música, enquanto os outros dois, Literature e Skill,
desempenham papel de suporte. Assim, o modelo busca
enfatizar o que é fundamental e o que é periférico,
propondo uma hierarquia de valores e objetivos.
A composição inclui todas as formas de invenção
musical, assim, a improvisação também é compreendida
como “composição’.
O professor deve propor atividades que possibilitem
equilíbrio e interligação entre as propostas do CLASP.
• Começar, uma canção de acolhida – bom dia, boa tarde, como vai… (Delimitar o tempo de
cada atividade) / Separe o material que será utilizado na aula, de forma a ficar em seu
alcance porém fora do campo de visão dos alunos
• A pulga Vinicius de Moraes
• Um, dois , três, quatro, cinco e seis com mais um pulinho estou na perna do freguês
• Um, dois , três, quatro, cinco e seis com mais uma mordidinha coitadinho do freguês.
• Um, dois , três, quatro, cinco e seis estou de barriguinha cheia Tchau goddby alfidezeng.
• Atividade: contação de histórias simples, com usos de recursos sonoros feitos com
a boca, utilizando como personagens elementos que as crianças já conhecem,
como animais, meios de transporte, etc. Sempre explorando ao máximo as
sonoridades, utilizando o máximo de expressividade facial e vocal, em histórias
curtas e dinâmicas.
SUGESTÃO PARA ATIVIDADES
• Utilize instrumentos de percussão ou teclas, como tambores, xilofones,
teclados (mesmo que infantis), chocalhos, etc. Os instrumentos também
podem ser feitos de material reciclado, sempre tomando o cuidado para
que não haja o risco do bebê engolir alguma pequena peça ou grão que
componha o instrumento. Essas atividades são ideais para se trabalhar a
percepção do pulso musical.
• Alterne os andamentos das músicas tocadas, durante a mesma aula ou em aulas
diferentes: uma hora mais lento, outra mais rápido…
• Uma música de relaxamento para antecipar o fim da aula: esticar os pés, deitar,
receber um carinho ou massagem.
• Para terminar, é importante delimitar o tempo da aula com uma canção de
despedida.
• QUEIROZ, Gregório Jose Pereira de. A música compõe o homem, a música compõe
o homem. São Paulo: Cultrix, 2001.