Doenças Cardiovasculares e Cardiorrespiratórias
Doenças Cardiovasculares e Cardiorrespiratórias
Doenças Cardiovasculares e Cardiorrespiratórias
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4
2 SISTEMA CIRCULATÓRIO .............................................................................. 5
2.1 Coração ...................................................................................................... 6
3 DOENÇAS CARDIOVASCULARES ................................................................. 7
4 ATEROSCLEROSE .......................................................................................... 9
4.1 Causas e fatores de risco da aterosclerose ............................................. 11
4.2 Tratamento Farmacológico ....................................................................... 13
4.3 Tratamento Nutricional ............................................................................. 14
5 ANGINAS........................................................................................................ 15
5.1 Sinais e Sintomas ..................................................................................... 16
6 INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO .............................................................. 16
6.1 Causas e fatores associados ao Infarto Agudo do Miocárdio ................... 18
6.2 Diagnóstico ............................................................................................... 18
6.3 Prevenção e tratamento ........................................................................... 20
7 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA .......................................................................... 22
7.1 Sinais e Sintomas ..................................................................................... 24
7.2 Tratamento ............................................................................................... 25
8 ENDOCARDITE .............................................................................................. 27
8.1 Prevenção e tratamento ........................................................................... 28
9 PERICARDITE ................................................................................................ 30
10 TROMBOSE E EMBOLIA ............................................................................... 33
10.1 Sintomas .................................................................................................. 34
10.2 Tratamento ............................................................................................... 35
11 HIPERTENSÃO ARTERIAL ............................................................................ 36
11.1 Prevenção e Tratamento .......................................................................... 37
11.2 Fatores de risco ........................................................................................ 38
12 FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA ................................................... 40
13 REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA.................................................. 41
14 ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR ........................................................... 42
15 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA ....................................................................... 44
2
15.1 Complicações por uso da VNI .................................................................. 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 47
3
1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
4
2 SISTEMA CIRCULATÓRIO
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5
para o lado esquerdo. Tem o tamanho aproximado da mão fechada e pesa em média
230g nas mulheres e 280g nos homens.
Os vasos sanguíneos são as vias por onde circula o sangue no nosso corpo.
Estão divididos em:
Artérias, que saem do coração e conduzem o sangue arterial, rico em
oxigénio, a todo o corpo;
Veias, que conduzem o sangue venoso, rico em dióxido de carbono, dos
tecidos ao coração;
Capilares, vasos sanguíneos microscópicos que têm origem nas
ramificações das artérias e se unem para formar as veias.
A linfa é um fluido transparente constituído pelo excesso de líquido que passa
dos capilares sanguíneos para o espaço entre as células quando o sangue chega aos
tecidos, por detritos que as células produzem durante o seu metabolismo e por
gorduras que não conseguem ser diretamente absorvidas para o sangue. Os vasos
linfáticos são responsáveis por drenar dos tecidos os componentes da linfa e
transportar a linfa até ao sangue. Os gânglios linfáticos são pequenos órgãos
distribuídos pela rede linfática, perfurados por canais por onde circula e é filtrada a
linfa. Detritos celulares, bactérias e vírus são eliminados por macrófagos e linfócitos
presentes nestes gânglios que também produzem anticorpos e que têm por isso uma
importante função na defesa do organismo (BOURBON, 2016).
2.1 Coração
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3 DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Conceito
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8
Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 17,7 milhões de pessoas
faleceram por doenças cardiovasculares em 2015, isso representa 31% de todas as
mortes em nível global. Somente no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de
Cardiologia (SBC), calcula-se que 349 mil pessoas morreram em decorrência de
doenças do coração no ano de 2016. Obter uma melhor compreensão sobre o
funcionamento do Sistema Circulatório Humano (SCH) é de vital importância para o
avanço das pesquisas que buscam desenvolver tratamentos para as diversas
cardiopatias existentes (RODRIGUES, 2019).
Estudos apontam elevada prevalência de doenças cardiovasculares
decorrentes principalmente às mudanças relacionadas ao padrão alimentar, mais
particularmente ao elevado consumo de carboidratos refinados e gorduras saturadas,
sedentarismo e crescimento econômico progressivo da industrialização, o que não se
configurou de forma distinta no presente estudo (TESTON et al, 2016).
A associação entre a longevidade e o aumento de doenças crônicas é
conhecida na literatura e os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)
apontam para uma maior morbidade por doenças cardiovasculares em indivíduos
mais velhos. Segundo a PNS, em 2013 a prevalência das doenças cardiovasculares
na população adulta brasileira (≥ 18 anos) era de 4,2%, apresentando um gradiente
crescente nos grupos de maior idade da população, sendo a prevalência de DCV entre
idosos de 11,4% (THEME, 2015).
4 ATEROSCLEROSE
9
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10
o comportamento mecânica da artéria. Sabe-se que essa composição é a razão pela
qual as artérias apresentem comportamento anisotrópico e deformações elásticas
não-lineares (KALLEKAR, 2017).
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11
O uso abusivo de álcool e o tabagismo estão relacionados à hipertensão
arterial sistêmica, o tabaco possui efeito vasoconstritor que influência na pressão
arterial, esta por sua vez aumenta à probabilidade de lesões no endotélio, criando um
ambiente favorável a formação da placa de ateroma; também pode fazer com que as
placas ateroscleróticas já estabelecidas se rompam causando complicações como,
por exemplo, embolia (REHM et al, 2016).
Como consequência, a disfunção endotelial aumenta a permeabilidade da
íntima às lipoproteínas plasmáticas, favorecendo a retenção destas no espaço
subendotelial. Retidas, as partículas de LDL sofrem oxidação, causando a exposição
de diversos neoepítopos, tornando-as imunogênicas. O depósito de lipoproteínas na
parede arterial, processo-chave no início da aterogênese, ocorre de maneira
proporcional à concentração destas lipoproteínas no plasma. Além do aumento da
permeabilidade às lipoproteínas, outra manifestação da disfunção endotelial é o
surgimento de moléculas de adesão leucocitária na superfície endotelial, processo
estimulado pela presença de LDL oxidada. As moléculas de adesão são responsáveis
pela atração de monócitos e linfócitos para a intimidade da parede arterial. Induzidos
por proteínas quimiotáticas, os monócitos migram para o espaço subendotelial, no
qual se diferenciam em macrófagos, que, por sua vez, captam as LDL oxidadas. Os
macrófagos repletos de lípides são chamados de células espumosas e são o principal
componente das estrias gordurosas, lesões macroscópicas iniciais da aterosclerose.
Uma vez ativados, os macrófagos são, em grande parte, responsáveis pela
progressão da placa aterosclerótica por meio da secreção de citocinas, que
amplificam a inflamação, e de enzimas proteolíticas, capazes de degradar colágeno e
outros componentes teciduais locais (SBC, 2017).
O comprometimento da resposta imune de linfócitos, diminuindo a produção
de anticorpos anti-LDL oxidada, foi associado à aterosclerose e complicações
(AMMIRATI et al, 2015)
A maior gravidade da aterosclerose está relacionada com fatores de risco
clássicos, como dislipidemia, diabetes, tabagismo, hipertensão arterial, entre outros,
mas, a nível celular, cristais de colesterol, micro filamentos liberados por neutrófilos,
isquemia e alterações na pressão de arrasto hemodinâmico têm sido implicados na
ativação de complexo inflamatório, que se associa com ruptura da placa
12
aterosclerótica ou erosão endotelial. A partir destas complicações, ocorre interação
do fator tecidual da íntima vascular com fator VII a circulante, levando à geração de
trombina, ativação plaquetária e formação do trombo, determinando as principais
complicações da aterosclerose, infarto agudo do miocárdio e Acidente Vascular
Cerebral (AVC) (RIDKER, 2016).
A placa aterosclerótica plenamente desenvolvida é constituída por elementos
celulares, componentes da matriz extracelular e núcleo lipídico e necrótico, formado
principalmente por debris de células mortas. As placas estáveis caracterizam-se por
predomínio de colágeno, organizado em capa fibrosa espessa, escassas células
inflamatórias, e núcleo lipídico e necrótico de proporções menores. As instáveis
apresentam atividade inflamatória intensa, especialmente em suas bordas laterais,
com grande atividade proteolítica, núcleo lipídico e necrótico proeminente, e capa
fibrótica tênue. A ruptura desta capa expõe material lipídico altamente trombogênico,
levando à formação de um trombo sobrejacente. Este processo, também conhecido
por aterotrombose, é um dos principais determinantes das manifestações clínicas da
aterosclerose (SBC, 2017).
13
O procedimento, feito pela passagem de um cateter até as artérias que irrigam o
coração, investiga a presença de coágulos e muitas vezes já desobstrui os vasos. Se
for necessário, é feita a colocação de um stent no local, para facilitar a circulação
sanguínea. Bloqueios mais severos por trás de infarto só se resolvem com cirurgias
de revascularizações, chamadas corriqueiramente de pontes de safena ou mamária.
Nelas, os médicos usam veias saudáveis do paciente para criar um caminho
alternativo para o sangue chegar ao coração (PINHEIRO, 2019).
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14
Atualmente, as recentes diretrizes e guias internacionais apontam para os
benefícios de padrões alimentares saudáveis, como demonstrado nos estudos
INTERHEART e em diversos estudos que testaram a eficiência da Dieta do Mediterrâneo,
nos quais a matriz alimentar assume papel de destaque. Em comum, todos estes estudos
reafirmam a relevância de se manterem quantidades moderadas de gordura na dieta,
eliminar ácidos graxos trans, controlar o consumo de saturados, priorizar poliinsaturados
e monoinsaturados, reduzir açúcares e incluir carnes magras, frutas, grãos e hortaliças
na dieta (SBC, 2017).
5 ANGINAS
Conceito
A angina pectoris trata-se de uma síndrome clínica secundária à isquemia
miocárdica, caracterizada por episódios de desconforto ou pressão precordial,
precipitada por exercício e aliviada por repouso ou nitroglicerina.
A angina pectoris ocorre quando o trabalho cardíaco e a demanda miocárdica
de O2 excedem a capacidade do sistema coronário em fornecer sangue oxigenado.
Acredita-se que a dor de angina pectoris seja uma manifestação direta da isquemia
miocárdica e do resultante acúmulo de metabólitos tóxicos. À medida em que o
miocárdio se torna isquêmico, ocorre diminuição do pH arterial do seio coronário,
perda de K celular e a produção de lactato suplantando sua utilização; aparecem
anormalidade ao ECG, e o desempenho ventricular deteriora-se (FERREIRA, 2015).
Os principais determinantes do consumo miocárdico de O2 são: Frequência
Cardíaca, tensão sistólica, Pressão Arterial e a contractilidade. Qualquer aumento
destes fatores em virtude da diminuição do fluxo sanguíneo coronário pode
desencadear a angina. Assim, o exercício no paciente com estenose coronária induz
angina. Na maioria dos pacientes, ela é provocada por obstrução arterial coronária
crítica por aterosclerose. Os pacientes com angina que falecem, quase sempre
apresentam doença coronária aterosclerótica e fibrose miocárdica em placas. Podem
estar presentes evidências de IAM. Ocasionalmente, podem estar presentes doenças
de base que não a aterosclerose (estenose aórtica calcificada, insuficiência aórtica).
Nestas condições, o trabalho miocárdico é acentuadamente aumentado.
15
Ocasionalmente, pode haver um paciente que apresente IAM fatal com artérias
coronárias anatomicamente normais. Nesses casos, podem ser postulados como
fatores causais, tanto a embolia quanto o espasmo coronário (FERREIRA, 2015).
16
sério problema de saúde em função de sua alta taxa de morbimortalidade (SEBBEN,
2013).
O IAM é uma patologia que se desenvolve principalmente em pessoas que se
encontram na 3ª idade, entretanto, pessoas de qualquer idade podem vir a apresentar
tal quadro, o qual apresenta uma série de características e fatores específicos
(MEDEIROS et al, 2018).
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17
internado, de maneira que seja prestada toda a assistência necessária, até que o
mesmo não encontre mais riscos de evoluir para óbito (SALES et al, 2019).
6.2 Diagnóstico
18
especificidade e sensibilidade para detectar lesões miocárdicas, reprodutibilidade,
precisão e limites discriminatórios para distinguir entre níveis patológicos e
fisiológicos. (BENJAMIN; MUNTNER; BITTENCOURT, 2018).
Estudos mostram que pelo menos 4 a 8% dos pacientes com IAM em
evolução são erroneamente liberados das emergências sem a análise de marcador
em série que possibilitaria um diagnóstico adequado, resultando em uma maior taxa
de mortalidade a curto prazo (ENGEL; ROCKSON, 2020). Os altos níveis de
biomarcadores cardíacos são induzidos pelo processo de ativação por liberação
desses componentes estruturais rapidamente após dano nos cardiomiócitos e
consequente morte celular. Atualmente, os importantes biomarcadores cardíacos para
o diagnóstico de IAM são troponina cardíaca I (cTnI) e 13T (cTnT), mioglobina (Mb),
creatina quinase-MB (CK-MB) e, mais recentemente, a proteína de ligação a ácidos
graxos do coração (H-FABP) (YOUSEFI et al., 2019).
O H-FABP é um tipo de proteína intracardíaca, extremamente sensível nas
primeiras horas após a lesão do miocárdio e durante a reperfusão, que desempenha
um papel essencial no metabolismo de ácidos graxos nos cardiomiócitos (YE et al.,
2018). Clinicamente, a elevação do H-FABP na circulação indica dano histórico ou
contínuo aos miócitos e é um marcador útil para monitoramento e gerenciamento da
terapia em diversos problemas cardiovasculares (HO et al., 2018). Além disso, podem
ser cruciais na previsão de risco futuro de eventos cardíacos, e ser útil para monitorar
os danos do miocárdio induzidos pela ablação por radiofrequência de arritmias e
angioplastia coronariana (DELLAS, et al. 2018).
Sabe-se que a maioria das mortes por IAM ocorrem nas primeiras horas de
manifestação clínica da doença, sendo 40% a 65% na primeira hora do início dos
sintomas e cerca de 80% nas primeiras 24 horas. Sendo assim, um grande número
de mortes por IAM acontecem fora do ambiente hospitalar, consequentemente
desfavorecidas de um atendimento rápido e especializado que se torna crucial para
reversão do quadro clínico, uma vez que o efeito deletério da isquemia cardíaca é
dependente da detecção rápida do início do evento (GREENSLADE et al., 2020).
Para diagnóstico do IAM, os pacientes devem apresentar pelo menos duas
das três condições estabelecidas pela OMS: dor precordial característica, alterações
no ECG e elevação dos marcadores cardíacos (PADHY et al., 2020). A dor precordial
19
peculiar ao IAM, é caracterizada por um forte desconforto agudo com duração média
de 20 minutos (INGREMEAU et al., 2020).
Pode apresentar-se de forma atípica principalmente no epigástrio
(frequentemente confundido com patologia digestiva), braços, ombros, mandíbula e
costas; associados ou não, à dispneia devido a insuficiência ventricular esquerda,
náusea, vômito, diaforese ou síncope. A dor se caracteriza por ser geralmente
opressiva e ardente, embora estudos relatem que em 25% dos pacientes infartados
os sintomas são silenciosos (SILVA; MELO; NEVES, 2019).
O ECG é um método diagnóstico bastante utilizado nas emergências
cardiológicas devido seu fácil acesso e manuseio. O exame é realizado através de um
aparelho que medirá impulsos elétricos do musculo cardíaco, fornecendo um traçado
fisiológico característico, permitindo assim a identificação de uma possível cardiopatia
(PEREIRA et al., 2019). Apesar disso, um ECG normal não exclui o IAM em presença
de quadro clínico característico, aspecto de grande importância na tomada de
decisões no serviço de emergência, uma vez que o paciente sintomático e
apresentando eletrocardiograma negativo (cerca de 50%) deve ser admitido para
acompanhamento e confirmação diagnóstica a partir dos resultados enzimáticos ou
alterações eletrocardiográficas evolutivas. Também é necessário levar consideração
que existem achados eletrocardiográficos de outros processos patológicos que podem
confundir o diagnóstico do IAM (IBANEZ et al., 2018).
20
englobar a família, evitar a exposição a locais com fumantes é extremamente
importante (SOCERJ, 2017).
Modificações no estilo de vida incluem a prática de exercícios físicos, sendo
atestado mundialmente como benéfico e seu resultado favorece a prevenção de ECA.
O Institute for Health Care Excellence (NICE) indica a prática de 150 minutos de
exercícios físicos de moderada intensidade ou 75 minutos de atividade vigorosa
semanalmente (STEWART, 2017).
A dieta empreende um papel expressivo no risco para ECA, porém, as
diretrizes não têm uma concordância igualitária sobre o tema. A Americam Hearth
Association (AHA) sugere dietas que visam o controle da PA, pobre em gorduras
saturadas e açucares e rica em vegetais, frutas e grãos integrais. A Europe na Society
of Cardiology (ESC) recomenda uma dieta com ácidos graxos poliinsaturados,
acrescido de fibras, vegetais, frutas e peixe, além da abstenção de álcool e adesão
uma dieta estilo mediterrâneo. ANICE sugere redução do consumo de gordura
saturada, adição de ácidos graxos monoinsaturados e cinco porções de legumes e
frutas diariamente e consumo de duas vezes por semana de peixe, além de dieta rica
em fibras (STEWART, 2017).
Redução da pressão arterial (PA) pode ser realizado através da dieta
hipossódica. A HA sugere 2,4 g diária, NICE 6 g reduzindo para 3 g até 2025 e ESC
5-6g. No entanto, como essa redução ocorre após no mínimo 4 semanas, se houver
risco de ECA, deve ser instituído tratamento farmacológico para redução imediata da
PA. O tipo de droga a ser utilizado varia de acordo com cada indivíduo, devendo ser
considerado fatores adicionais como comorbidades, idades, ECA, etnia. Ou só de
inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) e os bloqueadores dos
receptores de angiotensina II (BRA) é essencial para prevenção de eventos
recorrentes, em pacientes com e sem sinais de insuficiência cardíaca ou disfunção
sistólica do ventrículo esquerdo, interrompendo a remodelagem das células
miocárdicas e com DAC estável. Estudo de Chinwong expõe que de 405 pacientes
tratados com IECA/BRA, 235 não sofreram IAM recorrente, 18 tiveram um episódio
recorrente e 09 mais que 02 eventos (CHINWONG et al, 2015).
As estatinas são utilizadas desde a década de 1980 para a redução dos níveis
lipídicos. Atualmente, a sociedade americana propõe estatinas para a prevenção
21
primária com LDL sérico>4,9mmol/L, independente do perfil de risco; a europeia
aconselha para pacientes com alto risco ou com níveis elevados de colesterol >
4,9mmol/L. Os efeitos colaterais das estatinas incluem artralgia, mialgia e transtornos
gastrointestinais temporários. Terapia antiplaquetária deve ser instituída para
prevenção secundária (75-160mgdiária), além dos betabloqueadores após IAM
(STEWART, 2017).
7 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
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23
influenciada por hormônios estimuladores, incluindo norepinefrina, endotelina e
angiotensina II. A hipertrofia dos miócitos sem fibrose é vista em atletas que
desenvolvem hipertrofia fisiológica e parecem benignos. As biópsias de pacientes com
hipertensão e hipertrofia de ventrículo esquerdo, demonstram aumento do conteúdo
de colágeno e fibrosidade extensiva em comparação com corações normais. O grau
de fibrose é um determinante crítico da gravidade da disfunção diastólica (MURAD et
al. 2018).
7.2 Tratamento
25
aguda, levou à mudança do paradigma da contra-indicação para o uso desses
agentes na IC, demonstrando grande avanço na terapêutica da IC. Uma grande
quantidade de estudos tem documentado que os betabloqueadores reduzem a
morbidade e mortalidade dos portadores de IC (MURAD et al. 2018).
Os betabloqueadores constituem uma classe terapêutica que possui o
mecanismo de ação de bloqueio dos receptores beta-adrenérgicos, contudo possuem
perfis farmacológicos diferentes, visto que uma parte possui seletividade de
receptores beta-adrenérgicos gerando efeitos diferentes na circulação periférica. O
carvedilol é um bloqueador não seletivo beta e alfa-adrenérgico sendo geralmente
associado a melhora da fração de ejeção ventricular. Já o metoprolol, é
cardiosseletivo, portanto possui um efeito focado na redução do cronotropismo e
inotropismo gerando melhora na fração de ejeção (KARABACAK et al, 2015).
A eficiência de um betabloqueador depende de uma variação genética dos
receptores β2 agonistas, usualmente são encontrados 2 genes (Arg16Gln27 and
Gly16Glu27) que estão relacionados ao down regulation dos receptores. Foi realizado
uma meta analise para comparar a eficácia dos betabloqueadores (PEUTER et al,
2013).
Todos betabloqueadores demonstraram uma diminuição da mortalidade,
sendo que o efeito foi mais observado com o Carvedilol, oddsratiomais baixo. O
Carvedilol também apresentou melhor tolerabilidade demonstrada por uma
descontinuacão menor do uso da medicação. O Bucindolol apresentou melhora na
fração de ejeção contudo, não foi significativamente superior as outras drogas.
Carvedilol também foi considerado superior ao metoprolol na manutenção de um perfil
glicêmico favorável em pacientes com diabetes, melhora da sensibilidade à insulina e
diminuição da progressão para a micro albuminúria, que mostrou ter efeitos
cardioprotetores. A análise também mostrou que diferentes dosagens alvo de
betabloqueadores individuais utilizados nos ensaios randomizados, bem como as
doses médias alcançadas, não influenciaram o logaritmo do oddsratiode mortalidade,
conforme determinado pela análise de meta-regressão ponderada (CHATTERIEE et
al, 2013).
O metoprolol é um betabloqueador seletivo ipofílico, sem atividade
simpaticomimética intrínseca. Entre os betabloqueadores, metoprolol foi o primeiro e
26
mais estudado para a IC. Em pacientes com IC, o metoprolol melhora a função
cardíaca, o remodelamento ventricular esquerdo, a capacidade de exercício físico e
diminuição os sintomas de IC (MURAD et al. 2018).
8 ENDOCARDITE
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28
A Amoxicilina é o medicamento de eleição por ser o mais bem absorvido pelo
trato gastrointestinal e fornecer concentrações séricas mais elevadas por um maior
período de tempo. Os fluoroquinonas e glicopéptidos não são recomendados devido
à falta de eficácia e por risco de indução de resistência bacteriana. (HABIB et al.,
2015).
A profilaxia com Amoxicilina é capaz de diminuir incidência de espécies
bacterianas intervenientes na EB em 68%. As espécies bacterianas relacionadas com
a EB que diminuíram significativamente com a administração de Amoxicilina foram
Streptococcus spp., Fusobacterium nucleatum e Peptostreptococcus micros.
Entretanto, F. nucleatum e P. microsnão são frequentemente responsáveis pela EB.
Entretanto outras 18 espécies (Actinomyces naeslundii, Granulicatella adiacens,
Haemophilus aphrophilus, Peptostreptococcus micros, Prevotella melaninogenica,
29
Propionibacterium acnes, Staphylococcus epidermidis, Streptococcusmitis,
Streptococcus mutans, Streptococcusoralis, Streptococcus sanguinis, and Veillonella
dispar/parvulla) diminuíram a sua frequência em 81%. (MOUGEOT, SAUNDERS,
BRENNAN, & LOCKHART, 2015)
9 PERICARDITE
30
Fonte: slideplayer.com.br
31
pressão intratorácica (MELO, 2017). Esse fenômeno nos permite compreender as
principais características fisiopatológicas da doença.
32
esquerdas e do débito cardíaco. O fenômeno oposto ocorre na expiração (MELO,
2017).
Disfunção miocárdica: a presença de pericárdio espessado e rígido aderido
ao miocárdio pode causar distorções na geometria ventricular e alterações de
contratilidade (mecanismo de tethering). Esses fenômenos podem agravar as
disfunções sistólica e diastólica (KUSUNOSE et al, 2013)
10 TROMBOSE E EMBOLIA
Causas
Os agentes causais de embolias arteriais estão relacionados a condições
em sua maioria preexistentes, que acarretam na formação de trombos, tais como
arritmias, diabetes, hipertensão arterial, tabagismo aneurisma, lesões de válvulas
cardíacas e iatrogenia após procedimentos endovasculares, estes são mais
frequente em idosos (WENDELBOE; 2016).
Além dessas causas, agentes insólitos, substâncias gasosas, câncer e
trauma, este relacionado mais aos jovens. Já a trombose é decorrente de um
processo aterosclerótico, resultante de lesão causada pelo depósito lipídico que
infiltra na região subendotelial, diminuindo o lúmen vascular (YAMANARI, 2014).
33
Fonte: google.com
10.1 Sintomas
34
circulação colateral. O exame físico é de suma importância para auxiliar no
diagnóstico em que se observa a presença de sinais e sintomas sugestivos do
quadro. A trombose arterial pode ser identificada com os mesmos exames
aplicados naembolia, entretanto apresenta como melhor recurso para confirmar o
quadro a angiotomografia, em que se evidencia a imagem de “ponta de lápis”, e
por ser um quadro insidioso, a circulação colateral mostra-se bem estabelecida
(RODRIGUES et al, 2019).
10.2 Tratamento
35
11 HIPERTENSÃO ARTERIAL
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11.1 Prevenção e Tratamento
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11.2 Fatores de risco
Fonte: image.slidesharecdn.com
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A HAS também está relacionada ao processo de menopausa, em que há
elevação do tônus vascular periférico devido queda na produção dos hormônios
esteroides (MENDES, 2014).
Outro fator que contribui para a HAS é o tabagismo. A ação da nicotina eleva
a pressão arterial ocasionando maior deposição de colesterol nos vasos sanguíneos
(LOPES et al, 2012). Com relação ao consumo elevado e frequente de bebidas
alcoólicas nas mulheres, há risco de desenvolvimento de HAS quando há consumo
de 30 a 40g de álcool/dia e nos homens a partir de 31g de álcool/dia (MALACHIAS et
al., 2016).
Há associação significativa entre o sedentarismo e o aumento da pressão
arterial. A prática de atividade física é fator protetor para HAS em mulheres idosas
(NUNES et al, 2015) e observa-se alta taxa de idosos insuficientemente ativos
(MALACHIAS et al., 2016). O excesso de peso e a obesidade possuem clara
aproximação com a HAS e acredita-se que esteja relacionada à resistência insulínica,
estimulação simpática e retenção de líquido (NOBRE et al, 2013).
O consumo de sal é fator que predispõe a HAS em indivíduos geneticamente
predispostos, o excesso de sal na alimentação e a incapacidade dos rins em excretar
o excesso induzem ao desenvolvimento desta patologia. A sensibilidade ao sal pode
variar entre indivíduos, em que os mais sensíveis apresentam maior variação da
pressão com o consumo de sal. Observa-se que os negros e os idosos são mais
sensíveis entre os hipertensos (NOBRE et al., 2013). A escolaridade também é fator
de risco modificável para HAS, adultos com nível de escolaridade analfabeto ou
fundamental incompleto apresentam maior prevalência. A proporção diminui na
população com fundamental completo, mas observa-se pequena elevação nos adultos
com nível superior (MALACHIAS et al., 2016). A HAS é duas a três vezes mais comum
em usuárias de anticoncepcionais orais, principalmente entre as mulheres idosas e
obesas e em mulheres com mais de 35 anos e tabagistas, o anticoncepcional oral está
contraindicado (RODRIGUES; SILVA; CABRAL, 2016).
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12 FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA
Fonte:lardpedrov.com/fotos/gerais/fisioterapia_cardiorespiratoria.png
40
melhor qualidade de vida e bem-estar físico e psicológico do paciente (OLIVEIRA,
2019).
13 REABILITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA
41
SILVA, (2016)
14 ELETROESTIMULAÇÃO MUSCULAR
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15 VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA
Fonte: encrypted-
45
broncoaspiração, lesões de pele no ponto de contato da máscara (face e nariz), dor,
acumulação de secreções na via aérea (PINTO, 2013).
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALPERT CM, SMITH MA, HUMMEL SL, HUMMEL EK. Symptom burden in heart
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