Caderno de Questoes II
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DE TEXTO
Caderno de Questões – IBFC
Livro Eletrônico
BRUNO PILASTRE
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Caderno de Questões – IBFC
Prof. Bruno Pilastre
SUMÁRIO
Questões de Concurso..................................................................................5
Gabarito................................................................................................... 29
Gabarito Comentado.................................................................................. 30
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todo o estudo da teoria, é preciso praticar bastante. É por isso que escolhi 30 ques-
dissertativo;
polissemia;
• reescritura de textos.
Ao longo dos meus comentários ao gabarito, o estilo da banca ficará mais claro.
Um ótimo estudo para você! Lembre-se: seu esforço sempre será válido. Ânimo
sempre!
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QUESTÕES DE CONCURSO
(IBFC/PREFEITURA DE DIVINÓPOLIS-MG/TÉCNICO/2018)
preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina,
os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus
Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode
brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço
“entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade
intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas – só detalhes inte-
Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo
estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que
(JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São Paulo, São Paulo,
1. Assinale a opção em que se indica uma passagem do texto que NÃO pode ser
a) “O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola.” (1º§)
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(IBFC/SEPLAG-SE/ESPECIALISTA/2018/ADAPTADA)
4. A tirinha nos mostra que os pais da nova geração não conseguem ser exemplos
ideais para os filhos.
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dias atuais.
“Cedo meu útero por R$30 mil em dinheiro e um carro a partir do ano de 2012.”
“Alugo barriga por R$50 mil para terminar de construir minha casa.”
“Se você não tiver dinheiro, mas puder me arrumar um emprego, alugo meu
costumam variar de R$10 mil a R$50 mil, e muitas “candidatas” se dispõem a via-
jar para outros estados. Tão explícitas na rede, essas transações comerciais são,
parentes de até quarto grau e se não houver dinheiro envolvido, no que é chamado
Quem tenta driblar isso, tem, em geral, consciência da proibição, mas alega
necessidade financeira.[...]
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Cecília, ter uma barriga solidária dentro da família e sem pagar é o ideal por uma
faca de dois gumes: quando você proíbe, acham um jeito de fazer de forma clan-
destina e, portanto, insegura. Proibir não é o melhor caminho, mas isso é uma
lovsky ressalta que o objetivo da norma é, acima de tudo, impedir que se atente
deração que cabe notar é que tal proibição, de forma geral, é associada à classe
social: quem tem dinheiro pode pegar um avião e fechar um contrato de barriga de
Outra especialista, Claudia Navarro diz, ainda, que uma “inseminação caseira”,
– Há risco grave de infecção. Nas clínicas, o sêmen fica guardado seis meses
antes de ser usado, para dar tempo de a janela de incubação dos vírus terminar.
Isso nos dá garantia de que a pessoa não tem HIV, por exemplo – diz ela. – E se,
além da barriga, a mulher usar seu óvulo, ela será mãe de fato da criança. Pode,
mativo. Contribuem para isso todos os elementos linguísticos listados a seguir, EXCETO:
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a) “Ao” – tempo.
c) “sobre” – meio.
d) “na” – finalidade.
a) afetivas.
b) éticas.
c) econômicas.
d) médicas.
“quando você proíbe, acham um jeito de fazer de uma forma clandestina” (7º§)
um referente:
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11. (IBFC/TJ-PE/OFICIAL/2017)
Os outros
Você não acha estranho que existam os outros? Eu também não achava, até que
anteontem, quando tive o que, por falta de nome melhor, chamei de SCA – Súbita
Consciência da Alteridade.
vindo pela calçada. Foi então que, do nada, senti o espasmo filosófico, a fisgada
via o mundo por seus próprios olhos, sentia um gosto em sua boca, um peso sobre
seus ombros, tinha antepassados, medo da morte e achava que as unhas dos pés
dele eram absolutamente normais – estranhas eram as minhas e as suas, caro lei-
O farol abriu, o pedestre ficou pra trás, mas eu não conseguia parar de
pensar que ele agora estava no quarteirão de cima, aprisionado em seus pen-
samentos, embalado por sua pele, tão centro do Cosmos e da Criação quanto
Sei que o que eu estou dizendo é de uma obviedade tacanha, mas não são essas
verdades as mais difíceis de enxergar? A morte, por exemplo. Você sabe, racional-
mente, que um dia vai morrer. Mas, cá entre nós: você acredita mesmo que isso
seja possível? Claro que não! Afinal, você é você! Se você acabar, acaba tudo e,
As formigas não são assim. Elas não sabem que existem. E, se alguma consci-
ência elas têm, é de que não são o centro nem do próprio formigueiro. Vi um do-
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na água e formavam uma ponte, com seus próprios corpos, para que as outras
que senti foi uma imensa curiosidade de saber o que o pedestre estava fazendo na-
do próximo? Afinal, ele estava existindo, e continua existindo agora, assim como
eu, você, o Bill Clinton, o Moraes Moreira. São sete bilhões de narradores em pri-
meira pessoa soltos por aí, crentes que, se Deus existe, é conosco que virá puxar
papo, qualquer dia desses. Sete bilhões de mundinhos. Sete bilhões de chulés. Sete
da cabeça e a esperança quase tangível de que, mês que vem, ganharemos na lote-
ria. Até a rainha da Inglaterra, agorinha mesmo, tá lá, minhocando as coisas dela,
(PRATA, Antônio. Os outros. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34,
2010. p. 17-18)
loteria.” (6º§), o vocábulo destacado cumpre papel qualificador e deve ser enten-
dido como:
a) palpável.
b) improvável.
c) descrente.
d) distante.
e) tranquila.
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(IBFC/EMBASA/ENGENHEIRO/2017)
O murinho
babás, capitaneando inocentes que iam tomar a fresca da tarde; à noite, vinham
de dois palmos de altura, tão lisa que convidava a pousar e repousar. Os adultos
salão a céu aberto, onde qualquer guri pulava, caía, chorava, tornava a pular, até
que a estrela Vésper tocava gentilmente a recolher, numa sineta de cristal que só
tarde, uns rapazinhos e brotinhos de uniforme colegial, que foram tomando posse
e híbrida que se forja no mundo inteiro, com raízes no cinema, no esporte, na Co-
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ca-Cola e nos gritos guturais que se desprendem – quem não os distingue? – dos
E à noite, por sua vez, fuzileiros e copeiras tiveram de ir cedendo campo à horda
que se renovava.
tar, e desacataram-no. A rua era pública. Sentavam no murinho com os pés para
fora. Não faziam nada de mau, só cantar e assobiar. Os chatos que pirassem.
O telefone chamou a radiopatrulha, que foi rápida, mas a turminha ainda mais: ao
No dia seguinte, não houve concentração juvenil, mas já na outra tarde, meio
solidários com a gente do Jandaia, e outros que defendiam a nova geração; estes
argumentavam que a rapaziada era pura: em vez de bebericar nos bares, batia
papo inocente à luz das estrelas. Preferível à grudação dos casais suspeitos, que
Mas o Jandaia tinha moradores idosos e enfermos, aos quais aquela bulha tor-
turava; tinha também rapazes e meninas, que preferiam estudar e não podiam. Por
txááá! um balde de água suja conspurcou a camisa esporte dos rapazes e o blue
jeans das garotas. Consternação, raiva, debandada – mas no dia seguinte volta-
a colocar nele uma grade de ferro, de pontas agudas. Vaquinha dos mártires do
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“Logo vi que ele não tem filho!” – comentou uma das garotas, com desprezo. Mas a
turma está desoladíssima, e nunca mais ninguém ousará sentar no murinho – nem
ANDRADE, Carlos Drummond. In: Fala, amendoeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
12. O cronista sugere que, no período noturno, casais aproveitavam a falta de ilu-
O retrato
(Ivan Angelo)
rando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas
para o mecânico que comia uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta
do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e
tão fixamente que seus olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se
para não chorar; a cara contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz
serviu o suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não,
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a) “camisa” e “jaqueta”.
b) “retrato” e “fotografia”.
c) “máscara” e “trágico”.
d) “balcão” e “botequim”.
15. (IBFC/MGS/TÉCNICO/2017)
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Família, família
Família êh!
Família áh!
a) refeição.
b) educação.
c) trabalho.
d) diversão.
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Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era de espan-
trapo. O público não tinha a menor complacência com ele: sucediam-se as vaias e
os palavrões.
do devastador, Raul ergueu a cabeça e viu, sentada na primeira fila, sua sobrinha
Dóris, filha do falecido Alberto. A menina fitava-o com o olhos cheios de lágrimas.
Um olhar que trespassou Raul como uma punhalada. Algo rompeu-se dentro dele.
Sentiu renascer em si a energia que fizera dele a fera do ringue. De um salto, pôs-
não se deu conta do que estava acontecendo. Mas quando os fãs perceberam que
Todos aplaudiram. Todos deliraram de alegria. Menos este que conta a história.
Este que conta a história era o adversário. Este que conta a história era o que es-
tava caído. Este que conta a história era o derrotado. Ai, Deus.
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c) sinaliza a limitação da escolha lexical do autor que deveria ter variado os termos.
17. (IBFC/AGERBA/ESPECIALISTA/2017)
Ressalva
Vida.
Este livro
Montanha da Vida
removendo pedras
e plantando fores.
Este livro:
Versos... Não
Poesia... Não.
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cional aponta que a oração “Quando os médicos o reanimaram” deveria ser redigida
da seguinte forma:
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primeira classe” pode ser reescrita de várias outras formas sem grandes alterações
go dos pronomes.
21. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO/2016)
Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com
a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou
do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba
na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognós-
tico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura?
[...]
Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simples-
mente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema,
rando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma
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ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na cal-
[...]
Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e
da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas.
Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa risada, fica-
remos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e
intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para
O modo pelo qual o texto é iniciado permite ao leitor concluir tratar-se de:
22. (IBFC/TCM-RJ/TÉCNICO/2016)
Meu engraxate
É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engra-
xate me deixou.
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Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me inquietei,
não sei que doenças mortíferas, que mudança pra outras portas se passaram em
sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou um dos que
ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha
de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a
(ANDRADE, Mário de. Os Filhos da Candinha. São Paulo, Martins, 1963. p. 167)
a) O narrador está desolado por ter perdido contato com o engraxate a quem se
os serviços do engraxate.
c) O narrador deseja encontrar o engraxate para lhe agradecer os serviços que recebera.
d) O narrador sente inveja do engraxate, já que este agora vende bilhetes de loteria.
(...)
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que a ideia de co-
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recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos autores apresentados por
diversos autores reunidos por Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes
individual ao social.
fia seja quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao
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a) Informativo
b) Literário
c) Crônica
d) Narração
INTRODUÇÃO
mas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via
lução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios
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zada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das
realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele
retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos
se trata de um texto:
a) Acadêmico
b) Jornalístico
c) Teórico
d) Descritivo
(IBFC/MGS/ADVOGADO/2016)
(Dalton Trevisan)
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abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco,
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os mora-
janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça
A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina;
de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para
espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, co-
de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade;
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Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a
rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas
Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo – só desta-
A última boca repete – Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar.
Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora,
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as
mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Ape-
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do
rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de
25. No 11º parágrafo, tem-se “A última boca repete – Ele morreu, ele morreu”.
a) indireto
b) direto
c) indireto livre
d) não verbal
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27. (IBFC/DOCAS-PB/CONTADOR/2015)
Sinto-me um pouco intrusa vasculhando minha infância. Não quero perturbar
aquela menina no seu ofício de sonhar. Não a quero sobressaltar quando se abre
para o mundo que tão intensamente adivinha, nem interromper sua risada quando
acha graça de algo que ninguém mais percebeu.
Tento remontá-la aqui num quebra-cabeças que vai formar um retrato – o meu
retrato? Certamente faltarão algumas peças. Mas, falhada e fragmentária, esta sou
eu, e me reconheço assim em toda a minha incompletude. Algumas destas nar-
rações já publiquei. São meu rebanho, e posso chamá-las de volta quando quiser.
Muitas eu mesma vi e vivi; outras apanhei soltas no ar, pois sempre há quem se
exponha a uma criança que finge não escutar nem enxergar muita coisa da sua
vida ao rés-do-chão.
Aqui onde estou – diante deste computador, nesta altura e deste ângulo –, afinal
compreendo que não são as palavras que produzem o mundo, pois este nem ao
menos cabe dentro delas. Assim aquela menina dançando no pátio na chuva não
cabia no seu protegido cotidiano: procurava sempre o susto que viria além.
Então enfiava-se atrás dos biombos da imaginação, colocava as máscaras e
espiava o belo e o intrigante, que levaria o resto de sua vida tentando descrever.
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(IBFC/SEAP-DF/PROFESSOR/2013/ADAPTADA)
“A globalização ou mundialização do espaço geográfico é caracterizada pelo proces-
so de interligação econômica, política, social e cultural, em nível global. Esse pro-
cesso é consequência, principalmente, da expansão dos sistemas de comunicação
por satélites, da telefonia, da presença da informática na maior parte dos setores
de produção e de serviços, através da internet.” (...)
Disponível em: http://www.mundoeducacao.com/aeoarafia/alobalizacao.htm.
29. O texto se estrutura de forma a expor uma ideia, portanto é um texto disser-
tativo-expositivo.
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GABARITO
1. d 25. b
2. b 26. d
3. C 27. d
4. E 28. E
5. E 29. C
6. C 30. E
7. b
8. a
9. c
10. c
11. a
12. C
13. C
14. b
15. c
16. d
17. a
18. d
19. e
20. e
21. a
22. b
23. a
24. a
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GABARITO COMENTADO
(IBFC/PREFEITURA DE DIVINÓPOLIS-MG/TÉCNICO/2018)
preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina,
os meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus
Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode
brincar com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço
“entre” as coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade
intelectual: ele não vê o conjunto nem tira conclusões históricas – só detalhes inte-
Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo
estar junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que
(JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009.
Caderno 2, p. D 10)
1. Assinale a opção em que se indica uma passagem do texto que NÃO pode ser
a) “O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola.” (1º§)
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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d) “Acha natural sair do útero da mãe e logo estar junto aos canos de descarga
Letra d.
ficado, não havendo intervenção de novos sentidos. Assim, você deve encontrar a
nativa “d”, em que “estar junto aos canos de descarga” significa “estar em situação
a) Revolta.
b) Desconforto.
c) Indiferença.
d) Piedade.
Letra b.
fo: “Eu preferia que ele não viesse”. Não há, ao longo do texto, evidência de que
a presença do menino cause revolta. Por fim, podemos afirmar que a presença do
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(IBFC/SEPLAG-SE/ESPECIALISTA/2018/ADAPTADA)
Certo.
Para interpretar a mensagem transmitida pela tirinha, não há a necessidade de lin-
guagem verbal (por meio de uso de vocábulos). ATENÇÃO!
Esse item é um exemplo de como a banca IBFC pode falhar na redação da afirma-
tiva, a qual é confusa e mal pontuada.
4. A tirinha nos mostra que os pais da nova geração não conseguem ser exemplos
ideais para os filhos.
Errado.
Não existe, na tirinha, a ideia de “pai ser exemplo”. O que se pode interpretar,
diferentemente, é a utilização inadequada da televisão como forma substituta da
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Errado.
Certo.
“Cedo meu útero por R$30 mil em dinheiro e um carro a partir do ano de 2012.”
“Alugo barriga por R$50 mil para terminar de construir minha casa.”
“Se você não tiver dinheiro, mas puder me arrumar um emprego, alugo meu
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costumam variar de R$10 mil a R$50 mil, e muitas “candidatas” se dispõem a via-
jar para outros estados. Tão explícitas na rede, essas transações comerciais são,
parentes de até quarto grau e se não houver dinheiro envolvido, no que é chamado
Quem tenta driblar isso, tem, em geral, consciência da proibição, mas alega
necessidade financeira.[...]
Cecília, ter uma barriga solidária dentro da família e sem pagar é o ideal por uma
faca de dois gumes: quando você proíbe, acham um jeito de fazer de forma clan-
destina e, portanto, insegura. Proibir não é o melhor caminho, mas isso é uma
lovsky ressalta que o objetivo da norma é, acima de tudo, impedir que se atente
deração que cabe notar é que tal proibição, de forma geral, é associada à classe
social: quem tem dinheiro pode pegar um avião e fechar um contrato de barriga de
Outra especialista, Claudia Navarro diz, ainda, que uma “inseminação caseira”,
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– Há risco grave de infecção. Nas clínicas, o sêmen fica guardado seis meses
antes de ser usado, para dar tempo de a janela de incubação dos vírus terminar.
Isso nos dá garantia de que a pessoa não tem HIV, por exemplo – diz ela. – E se,
além da barriga, a mulher usar seu óvulo, ela será mãe de fato da criança. Pode,
EXCETO:
Letra b.
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a) “Ao” – tempo.
c) “sobre” – meio.
d) “na” – finalidade.
Letra a.
A expressão “ao” denota tempo, como podemos comprovar por sua substituição
posição “sobre” denota “tema”, “assunto”. Por fim, a contração “na” (em + a) de-
nota “espaço”.
a) afetivas.
b) éticas.
c) econômicas.
d) médicas.
Letra c.
O início do texto é claro quanto à motivação financeira. O uso das aspas ocorre para
• “Cedo meu útero por R$30 mil em dinheiro e um carro a partir do ano
de 2012”;
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• “Alugo barriga por R$50 mil para terminar de construir minha casa”;
• “Se você não tiver dinheiro, mas puder me arrumar um emprego, alugo
“quando você proíbe, acham um jeito de fazer de uma forma clandestina” (7º§)
um referente:
Letra c.
11. (IBFC/TJ-PE/OFICIAL/2017)
Os outros
Você não acha estranho que existam os outros? Eu também não achava, até que
anteontem, quando tive o que, por falta de nome melhor, chamei de SCA – Súbita
Consciência da Alteridade.
vindo pela calçada. Foi então que, do nada, senti o espasmo filosófico, a fisgada
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via o mundo por seus próprios olhos, sentia um gosto em sua boca, um peso sobre
seus ombros, tinha antepassados, medo da morte e achava que as unhas dos pés
dele eram absolutamente normais – estranhas eram as minhas e as suas, caro lei-
tor, pois somos os outros da vida dele.
O farol abriu, o pedestre ficou pra trás, mas eu não conseguia parar de
pensar que ele agora estava no quarteirão de cima, aprisionado em seus pen-
samentos, embalado por sua pele, tão centro do Cosmos e da Criação quanto
eu, você e sua tia-avó.
Sei que o que eu estou dizendo é de uma obviedade tacanha, mas não são essas
verdades as mais difíceis de enxergar? A morte, por exemplo. Você sabe, racional-
mente, que um dia vai morrer. Mas, cá entre nós: você acredita mesmo que isso
seja possível? Claro que não! Afinal, você é você! Se você acabar, acaba tudo e,
convenhamos, isso não faz o menor sentido.
As formigas não são assim. Elas não sabem que existem. E, se alguma consci-
ência elas têm, é de que não são o centro nem do próprio formigueiro. Vi um do-
cumentário ontem de noite. Diante de um riacho, as saúvas africanas se metiam
na água e formavam uma ponte, com seus próprios corpos, para que as outras
passassem. Morriam afogadas, para que o formigueiro sobrevivesse.
Não, nenhuma compaixão cristã brotou em mim naquele momento, nenhuma
solidariedade pela formiga desconhecida. (Deus me livre, ser saúva africana!). O
que senti foi uma imensa curiosidade de saber o que o pedestre estava fazendo na-
quela hora. Estaria vendo o mesmo documentário? Dormindo? Desejando a mulher
do próximo? Afinal, ele estava existindo, e continua existindo agora, assim como
eu, você, o Bill Clinton, o Moraes Moreira. São sete bilhões de narradores em pri-
meira pessoa soltos por aí, crentes que, se Deus existe, é conosco que virá puxar
papo, qualquer dia desses. Sete bilhões de mundinhos. Sete bilhões de chulés. Sete
bilhões de irritações, sistemas digestivos, músicas chicletentas que não desgrudam
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da cabeça e a esperança quase tangível de que, mês que vem, ganharemos na lote-
ria. Até a rainha da Inglaterra, agorinha mesmo, tá lá, minhocando as coisas dela,
(PRATA, Antônio. Os outros. In: Meio intelectual, meio de esquerda. São Paulo: Editora 34,
2010. p. 17-18)
loteria.” (6º§), o vocábulo destacado cumpre papel qualificador e deve ser enten-
dido como:
a) palpável.
b) improvável.
c) descrente.
d) distante.
e) tranquila.
Letra a.
“que se pode tanger, tocar; que se percebe pelo tato, corpóreo, palpável”. Se você
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(IBFC/EMBASA/ENGENHEIRO/2017)
O murinho
babás, capitaneando inocentes que iam tomar a fresca da tarde; à noite, vinham
de dois palmos de altura, tão lisa que convidava a pousar e repousar. Os adultos
salão a céu aberto, onde qualquer guri pulava, caía, chorava, tornava a pular, até
que a estrela Vésper tocava gentilmente a recolher, numa sineta de cristal que só
tarde, uns rapazinhos e brotinhos de uniforme colegial, que foram tomando posse
e híbrida que se forja no mundo inteiro, com raízes no cinema, no esporte, na Co-
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ca-Cola e nos gritos guturais que se desprendem – quem não os distingue? – dos
E à noite, por sua vez, fuzileiros e copeiras tiveram de ir cedendo campo à horda
que se renovava.
tar, e desacataram-no. A rua era pública. Sentavam no murinho com os pés para
fora. Não faziam nada de mau, só cantar e assobiar. Os chatos que pirassem.
O telefone chamou a radiopatrulha, que foi rápida, mas a turminha ainda mais: ao
No dia seguinte, não houve concentração juvenil, mas já na outra tarde, meio
solidários com a gente do Jandaia, e outros que defendiam a nova geração; estes
argumentavam que a rapaziada era pura: em vez de bebericar nos bares, batia
papo inocente à luz das estrelas. Preferível à grudação dos casais suspeitos, que
Mas o Jandaia tinha moradores idosos e enfermos, aos quais aquela bulha tor-
turava; tinha também rapazes e meninas, que preferiam estudar e não podiam. Por
txááá! um balde de água suja conspurcou a camisa esporte dos rapazes e o blue
jeans das garotas. Consternação, raiva, debandada – mas no dia seguinte volta-
a colocar nele uma grade de ferro, de pontas agudas. Vaquinha dos mártires do
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ANDRADE, Carlos Drummond. In: Fala, amendoeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
12. O cronista sugere que, no período noturno, casais aproveitavam a falta de ilu-
Certo.
mente na sombra, mormente se o poste da Light, que ali se alteia, falhava a seu
Certo.
• em primeiro lugar;
• acima de tudo;
• sobretudo;
• principalmente;
• maiormente.
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O retrato
(Ivan Angelo)
O homem, de barba grisalha mal-aparada, vestindo jeans azuis, camisa xadrez e
jaqueta de couro, sentou-se no banquinho alto do balcão do botequim e ficou espe-
rando sem pressa que o rapaz viesse atendê-lo. O rapaz fazia um suco de laranjas
para o mecânico que comia uma coxa de frango fria. O homem tirou uma caderneta
do bolso, extraiu de dentro dela uma fotografia e pôs-se a olhá-la. Olhou-a tanto e
tão fixamente que seus olhos ficaram vermelhos. Contraiu os lábios, segurando-se
para não chorar; a cara contraiu-se como uma máscara de teatro trágico. O rapaz
serviu o suco e perguntou ao homem o que ele queria. O homem disse “nada não,
obrigado”, guardou a foto, saiu do botequim e desapareceu.
Letra b.
A ideia de “sinônimo” é a seguinte: duas ou mais palavras remetem a um mesmo
referente (ou a uma mesma ideia).
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Essa ideia existe apenas em “b”, visto que “retrato” e “fotografia” remetem a um
mesmo referente. Lembrando que o termo “retrato” está presente no título do texto.
15. (IBFC/MGS/TÉCNICO/2017)
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Família, família
Família êh!
Família áh!
a) refeição.
b) educação.
c) trabalho.
d) diversão.
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Letra c.
Descolar um “ganha-pão” é semelhante a “descolar um trabalho”. Ou seja: “ganha-
-pão” é a atividade produtiva remunerada (e essa remuneração permite “comprar
pão” – comprar alimento).
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c) sinaliza a limitação da escolha lexical do autor que deveria ter variado os termos.
Letra d.
O pronome “este” remete ao enunciador do texto, ou seja, àquele que conta a his-
pelo enunciador.
17. (IBFC/AGERBA/ESPECIALISTA/2017)
Ressalva
Vida.
Este livro
Montanha da Vida
removendo pedras
e plantando fores.
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Caderno de Questões – IBFC
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Este livro:
Versos... Não
Poesia... Não.
Letra a.
O item exige que identifiquemos o trecho que ilustra a linguagem literal, denota-
tiva, não figurada. Quando se diz que o “livro foi escrito por uma mulher”, apenas
se afirma (sem novos sentidos) que “uma mulher escreveu este livro”. É por isso
cional aponta que a oração “Quando os médicos o reanimaram” deveria ser redigida
da seguinte forma:
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Letra d.
No item, a alternativa correta é a que o pronome está após o verbo (isto é, enclí-
tico). A forma pronominal “o”, ocorrendo após um verbo com desinência terminada
em nasal (reaminaram), deve ocorrer na forma “-no”. É por isso que a reescrita
Letra e.
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primeira classe” pode ser reescrita de várias outras formas sem grandes alterações
go dos pronomes.
Letra e.
A alternativa “e” possui uma reescritura inadequada pelo fato de se utilizar um pro-
21. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO/2016)
Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com
a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou
do começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba
na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognós-
tico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura?
[...]
Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na
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coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simples-
mente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema,
rando ou casando de novo. Ou dando risada à toa com os netos, e fazendo uma
ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na cal-
[...]
Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e
da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas.
Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa risada, fica-
remos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e
intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para
O modo pelo qual o texto é iniciado permite ao leitor concluir tratar-se de:
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Letra a.
percebemos que esse tom pessoal se mantém. Temos, portanto, uma exposição
22. (IBFC/TCM-RJ/TÉCNICO/2016)
Meu engraxate
É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engra-
xate me deixou.
Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me inquietei,
não sei que doenças mortíferas, que mudança pra outras portas se passaram em
sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou um dos que
ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir que tinha
de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a
(ANDRADE, Mário de. Os Filhos da Candinha. São Paulo, Martins, 1963. p. 167)
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a) O narrador está desolado por ter perdido contato com o engraxate a quem se
os serviços do engraxate.
recebera.
d) O narrador sente inveja do engraxate, já que este agora vende bilhetes de loteria.
Letra b.
A leitura do texto permite dizer que o autor está perplexo pelo fato de o engraxate
não estar mais presente para prestar seus serviços. Em nenhuma parte do texto
(...)
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebe-se que a ideia de co-
recursos básicos para a sua subsistência. Cada um dos autores apresentados por
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diversos autores reunidos por Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes
individual ao social.
fia seja quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao
a) Informativo
b) Literário
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c) Crônica
d) Narração
Letra a.
Podemos perceber que o texto em análise não é literário, principalmente por não
possibilidade de ser uma crônica, pois não se trata de uma narrativa relacionada a
INTRODUÇÃO
mas, quer seja pelos modernos meios de transporte ou pelas telecomunicações via
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lução industrial. O século XXI está chegando sob o impacto da revolução dos meios
zada. Desta forma, estudaras mídias passou a ser uma prioridade no campo das
realidade atual. É neste mundo globalizado que o homem vive atualmente e dele
retira as informações que irão contribuir para ampliação dos seus conhecimentos
se trata de um texto:
a) Acadêmico
b) Jornalístico
c) Teórico
d) Descritivo
Letra a.
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alternativa correta. Isso porque um texto acadêmico pode ser teórico. É exatamen-
acadêmico. Esse texto acadêmico pode ser, além de teórico, meramente expositivo.
(IBFC/MGS/ADVOGADO/2016)
(Dalton Trevisan)
esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela
o cachimbo.
abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco,
Cada pessoa que chega ergue-se na ponta dos pés, não o pode ver. Os mora-
janela. O senhor gordo repete que Dario sentou-se na calçada, soprando a fumaça
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A velhinha de cabeça grisalha grita que ele está morrendo. Um grupo o arrasta
para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protesta o motorista: quem
pagaria a corrida? Concordam chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e
recostado à parede – não tem os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata.
Alguém informa da farmácia na outra rua. Não carregam Dario além da esquina;
a farmácia é no fim do quarteirão e, além do mais, muito peso. É largado na porta
de uma peixaria. Enxame de moscas lhe cobre o rosto, sem que faça um gesto para
espantá-las.
Ocupado o café próximo pelas pessoas que apreciam o incidente e, agora, co-
mendo e bebendo, gozam as delícias da noite. Dario em sossego e torto no degrau
da peixaria, sem o relógio de pulso.
Um terceiro sugere lhe examinem os papéis, retirados – com vários objetos –
de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficam sabendo do nome, idade;
sinal de nascença. O endereço na carteira é de outra cidade.
Registra-se correria de uns duzentos curiosos que, a essa hora, ocupam toda a
rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investe a multidão. Várias pessoas
tropeçam no corpo de Dario, pisoteado dezessete vezes.
O guarda aproxima-se do cadáver, não pode identificá-lo – os bolsos vazios.
Resta na mão esquerda a aliança de ouro, que ele próprio quando vivo – só desta-
cava molhando no sabonete. A polícia decide chamar o rabecão.
A última boca repete – Ele morreu, ele morreu. A gente começa a se dispersar.
Dario levou duas horas para morrer, ninguém acreditava estivesse no fim. Agora,
aos que alcançam vê-lo, todo o ar de um defunto.
Um senhor piedoso dobra o paletó de Dario para lhe apoiar a cabeça. Cruza as
mãos no peito. Não consegue fechar olho nem boca, onde a espuma sumiu. Ape-
nas um homem morto e a multidão se espalha, as mesas do café ficam vazias. Na
janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Caderno de Questões – IBFC
Prof. Bruno Pilastre
Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acende ao lado do
pela chuva.
Fecham-se uma a uma as janelas. Três horas depois, lá está Dario à espera do
rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó. E o dedo sem a aliança. O toco de
25. No 11º parágrafo, tem-se “A última boca repete – Ele morreu, ele morreu”.
a) indireto
b) direto
c) indireto livre
d) não verbal
Letra b.
voz do narrador.
de texto, EXCETO:
a) presença de personagens
b) referências temporais
c) indicação espacial
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Caderno de Questões – IBFC
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Letra d.
NO TEXTO EM ANÁLISE (importante destacar!), não há presença de defesa de pon-
to de vista. Também podemos dizer que a defesa de ponto de vista não é caracte-
rística principal de um texto narrativo.
No entanto, não se pode dizer que nunca haverá defesa de ponto de vista em tex-
tos narrativos. Essa minha observação é importante porque pode haver, em algum
outro texto, essa característica, ok?
27. (IBFC/DOCAS-PB/CONTADOR/2015)
Sinto-me um pouco intrusa vasculhando minha infância. Não quero perturbar
aquela menina no seu ofício de sonhar. Não a quero sobressaltar quando se abre
para o mundo que tão intensamente adivinha, nem interromper sua risada quando
acha graça de algo que ninguém mais percebeu.
Tento remontá-la aqui num quebra-cabeças que vai formar um retrato – o meu
retrato? Certamente faltarão algumas peças. Mas, falhada e fragmentária, esta sou
eu, e me reconheço assim em toda a minha incompletude. Algumas destas nar-
rações já publiquei. São meu rebanho, e posso chamá-las de volta quando quiser.
Muitas eu mesma vi e vivi; outras apanhei soltas no ar, pois sempre há quem se
exponha a uma criança que finge não escutar nem enxergar muita coisa da sua
vida ao rés-do-chão.
Aqui onde estou – diante deste computador, nesta altura e deste ângulo –, afinal
compreendo que não são as palavras que produzem o mundo, pois este nem ao
menos cabe dentro delas. Assim aquela menina dançando no pátio na chuva não
cabia no seu protegido cotidiano: procurava sempre o susto que viria além.
Então enfiava-se atrás dos biombos da imaginação, colocava as máscaras e
espiava o belo e o intrigante, que levaria o resto de sua vida tentando descrever.
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Caderno de Questões – IBFC
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deste ângulo”.
criança no texto.
Letra d.
posicionamento. Também podemos dizer que a defesa de ponto de vista (um posi-
No entanto, não se pode dizer que nunca haverá defesa de ponto de vista em tex-
tos narrativos. Essa minha observação é importante porque pode haver, em algum
(IBFC/SEAP-DF/PROFESSOR/2013/ADAPTADA)
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INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
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forma descritiva.
Errado.
29. O texto se estrutura de forma a expor uma ideia, portanto é um texto disser-
tativo-expositivo.
Certo.
Errado.
Não há características narrativas, pois o texto não se estrutura por verbos que de-
notam eventos. Além disso, não há personagens que sofrem e/ou praticam ações
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