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Apostila Espirito Santo

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2 - O Espirito Santo capacitando a igreja para o fim dos tempos.

O século em que vivemos tem sido assinalado por crescente interesse a respeito do espirito santo.
Ao despontar o presente século, muitas pessoas foram despertadas a buscar Deus por um aviva-
mento espiritual que, afinal, veio emanado profusamente do Espirito Santo. Esse reavivamento
estendeu-se rapidamente por toda parte, de modo que o mundo inteiro tem sentido o impacto
deste movimento realizado por Deus.

É grande nossa responsabilidade. Pesa sobre nós o encargo de instruir a nossa congregação
nestas verdades bíblicas. Para isso, é natural que dediquemos mais tempo em estudo deste
importantes assunto. Este é o meio para você efetivá-lo em seu conhecimento.

A bíblia ensina que, antes da segunda vinda de cristo, o espírito santo deverá ocupar um lugar
preeminente na Igreja. É tarefa do Espirito Santo adornar a Igreja - a noiva de Cristo, para o
iminente encontro com ele. Portanto, como crentes participantes da gloriosa experiência pente-
costal, precisamos de instrução adequada a respeito da natureza e dos ministérios do Espírito
Santo com todas as bênçãos que ele nos traz. Precisamos saber tudo o que ele pode e quer
ser na igreja, como um todo e em cada crente, individualmente.

O Ensino do Espírito Santo

Por que será que muitos homens do púlpito são tão superficiais na maneira de ensinar? É certa-
mente, por falta de demorado contato com o Espírito Santo, o grande mestre, o revelador das
profundeza de Deus.
O Espírito Santo é um Grande Mestre, porque o Seu ensino é profundo. O Espírito Santo pode
comunicar-nos verdades tão profundas que, a mente humana, finita, limitada, é incapaz de entendê-
las sem a sua ajuda. Não raro, alguém cita 1 Coríntios 2.9: ... nem olhos viram, nem ouvidos ouviram,
nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
Lêem este texto e param. Parece uma limitação muita séria. Mas o próximo versículo remove o
obstáculo, dizendo: ...Deus, no-lo revelou pelo Espírito. (1 Co 2.10).
O homem natural não pode entender as coisas de Deus. As explicações a este respeito nos são
dados em 1 Coríntios 2.14: ...porque que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.
Isto significa que temos na pessoa do Espírito Santo, um mestre que pode conduzir-nos às riquezas
infinita do conhecimento das verdades de Deus. Podemos, portanto, concluir que, aceitando docil-
mente o seu ensino, o auxílio desse grande mestre será para nós essencialmente proveitoso.

O Espírito Santo - Líder e Guia

Ao estudar esse texto você deve atentar para três pontos básicos. Quais são as pessoas guiadas pelo
Espírito Santo?

Os filhos de Deus

Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. (Rm 8.14)
Em outras palavras: Todos os que são filhos de Deus, são guiados ou se deixam guiar pelo Espírito
de Deus.
A história ressalta a maneira espantosa como o homem se perverte, quando não é guiado pelo
Espírito Divino. Desgoverno, opressão, guerra e revolução; rompimento econômico, lutas de classes,
desarmonia individual - tudo resulta do esforço humano por dirigir seu próprio destino e governar-se
a si mesmo.
O Espírito Santo é eminentemente qualificado para guiar o cristão. É impossível que o Espírito, como
guia, encaminhe alguém erradamente. Foi ele quem superintendeu o preparo da carta de nosso roteiro
(mapa geográfico) - a Palavra de Deus: ... homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo
Espírito Santo. (2 Pe 1.21).

O Espirito Santo - Líder e guia

Sentimo-nos culpados? O espírito Santo conduz-nos à confiança no poder purificador do sangue de


Jesus. Estamos aflitos? O espírito coloca-nos a simpatia de Jesus. Somos tentados? O espírito põe-nos
sob a proteção de Jesus. Estamos tristes e desolados? O espírito Santo leva-nos ao amor que Jesus
nos oferece. Somos pobres? Estamos vazios e desamparados? O Espírito conduz-nos às abundantes
riquezas de Cristo. O Espírito Santo é o nosso Consolador, e o Senhor Jesus Cristo é o nosso Conforto.
O Espirito Santo guia-nos à verdade
... Ele vos guiará a toda a verdade... (Jo 16.13). Conquanto muitos o reivindiquem como professor, ele
os repudia como alunos. São os que se deixam levar de uma para outras opiniões diversas, cheios de
perplexidades, em razão de ensinos inverídicos e de credos contraditórios que aceitam. Não inquiriram
ansiosa e sinceramente quanto à verdade divina. Se você tem algum embaraço, se está é, de algum
modo, a sua condição, aceite então a liderança do Espírito Santo. Ele pode harmonizar aparentes
contradições e reconciliar as alegadas discrepâncias. Pode clarear ao longo os nevoeiros sombrios e
colocar cada doutrina, preceito e instituição divina às claras, diante de sua mente, tudo baseado na
verdade eterna.
O Espirito Santo conforta os crentes
Da igreja primitiva está escrito que... no conforto do Espírito Santo, crescia em número. (At 9.31).
Entre as maneiras como Espírito conforta os crentes, destacamos as seguintes:
O Espirito Santo conforta como advogado
Jesus usou o termo mais expressivo, ao anunciar a vinda do Espírito Santo, a quem deu o título de
Consolador. Você já estudou que esta palavra, que no grego é parácleto, pode também ser traduzido
por advogado.
O Espírito Santo é tudo isto para o crente. Pensemos em tudo o que um bom advogado deve fazer pelo
seu constituinte:
1 - Encoraja a Esperar o Sucesso: O Espírito Santo nos encoraja a esperar o maior sucesso e a conclusão
satisfatória desta bendita causa. Isto faz parte do ministério do Espírito Santo.
2 - Avisa e Aconselha: O advogado orienta ao seu cliente quanto á maneira como deve agir e o que deve
dizer. Previne o seu constituinte quanto às táticas e astúcias do seu opositor. É isto o que o Espírito
Santo também faz. O diabo é o nosso opositor, mas o Espírito Santo também é nosso advogado.
3 - Toma Providências Oportunas: Certifica-se de haver feito todas as coisas ao seu alcance para
ganhar a causa de seu cliente. Finalmente, vai à tribuna e fala em favor dele e em sua defesa. O espírito
santo também o faz. Jesus disse, com referência às nossas lutas: Porque o Espírito Santo vos ensinará,
naquela mesma hora, as cousas que deveis dizer. (Lc 12.12).
3 - O Espirito Santo capacitando a igreja contra as falsas heresias.
Quando falamos do Espírito Santo, estamos, na verdade, nos referindo a uma das três pessoas
da santíssima Trindade. Dessa forma, o colocamos, automaticamente, em pé de igualdade com
as demais pessoas da Divindade, ou seja, o Pai e o Filho.
Contudo, se o Espírito Santo é divino, atributo que lhe confere plenos poderes, como poderia
alguém usurpar algo de Deus? Isso é o que propomos nesta matéria, ou seja, apresentar aos
leitores alguns usurpadores de Deus. Neste caso, conforme pretendemos abordar, a vítima é
o Espírito Santo.
Definição da palavra espírito
O termo "espírito", tanto no hebraico, rûah, como no grego, pneuma, denota primariamente
"vento", "respiração" e, especialmente, "espírito" que, assim como o vento, é invisível, material
e poderoso. Mas as palavras rûah e pneuma podem referir-se também ao espírito humano,
aos anjos e a Deus. Neste último caso, possui uma conotação especial, por tratar-se do
Espírito eterno (Hb 9.14).

A função do paracletos
A doutrina sobre o Espírito Santo é um dos pilares do verdadeiro cristianismo. Na teologia,
essa doutrina é denominada de pneumatologia ou paracletologia, por ser a disciplina cujo
objetivo é o estudo sistemático do Espírito Santo, seus dons, seu ministério e sua origem.
Para efeitos didáticos, a pneumatologia pode ser dividida em dois períodos: o do Antigo e
o do Novo Testamento. No primeiro, as manifestações do Espírito Santo eram esporádicas,
específicas e em tempos distintos. No segundo, começa no dia de Pentecostes, quando
suas atividades se concretizam direta e continuamente na Igreja, por meio do cristão.
No Antigo Testamento, as pessoas tinham um conhecimento limitado do Espírito Santo,
pois os judeus o enxergavam como um poder impessoal, vindo da parte de Deus. Todavia,
no Novo Testamento essa idéia foi aclarada quando Ele se manifestou, de modo pessoal,
racional e direto, ainda que invisível.
As seitas usurpam o Espírito Santo

Muitos críticos liberais, como também muitas seitas em suas mais variadas categorias, têm
feito severos ataques à religião cristã e, como conseqüência disso, doutrinas tradicionais
da Bíblia têm sido redefinidas de acordo com essa "cosmovisão adulterada". Um exemplo
do que estamos comentando é justamente a doutrina do Espírito Santo, que tem sido
constantemente atacada e, quando não, seqüestrada de modo vergonhoso, como veremos
a seguir.
Basicamente, são duas as áreas nas quais as seitas atacam e subtraem algo do Espírito Santo.
A saber: seus atributos e cargos. Vejamos:

Usurpam sua personalidade

Alguns teólogos liberais já não acreditam que o Espírito Santo é uma pessoa. Não traduzem
Gênesis 1.2 como: "... e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas", mas alteram
a tradução para: "um vento poderoso que varria a superfície das águas", redefinindo o texto
bíblico e adaptando-o às suas concepções contrárias ao sobrenatural.
Um outro exemplo para o qual podemos apelar encontra espaço no malabarismo doutrinário
empenhado pela Sociedade Torre de Vigia (STV), das testemunhas-de-jeová. Estamos falando
da obsessão do grupo em aniquilar a personalidade do Espírito de Deus. Acerca da ocasião
em que houve o batismo com o Espírito Santo, no dia de Pentecostes (At 2), quando os crentes,
reunidos, foram cheios do Espírito Santo, as testemunhas-de-jeová chegam a questionar, com
um "ar de anedota": "Ficaram eles 'cheios' de uma pessoa?". É lógico que a STV possui a
resposta: "Não, mas ficaram cheios da força ativa de Deus"
Esse tipo de indagação ocorre devido à falta do verdadeiro entendimento acerca da palavra
prosõpon (pessoa), que tem no grego um sentido bem diferente do que nós entendemos hoje,
ou seja, "aparência exterior visível de um ser humano, animal ou coisa". Os gregos associavam
o termo prosõpon a manifestações visíveis. Atrelados a este conceito, tanto para os teólogos
liberais quanto para algumas seitas, o Espírito Santo é sempre algo e não alguém. A mudança
de significado é que resultou em toda esta confusão, pois sabemos que uma pessoa não tem,
necessariamente, de possuir uma aparência exterior visível, aliás, as próprias testemunhas-de-
jeová reconhecem que os demônios são pessoas, embora sejam, assim como o Espírito Santo,
invisíveis. Mas o que vem a ser uma personalidade, como a entendemos? Há três atributos
que revelam uma personalidade: o intelecto, a vontade e o sentimento. O intelecto faz que
Ele fale, pense, raciocine e determine; a vontade mostra que Ele faz o que quer, como quer
e quando quer; já o sentimento lhe dá a sensibilidade de quem ama, geme, chora e intercede.
Estas verdades encontram apoio em inúmeros textos sagrados. (Cf. Gn 6.3; Jo 3.6; 14.26;
16.13; At 5.32; 7.51; 8.29,39; 10.19; 13.2-4; 15.28; 16.6,7; 20.23; Rm 8.14, 16; 8.26; 15.30;
1Co 12.11; Gl 4.6; 5.18; Ef 4.30; Tt 3.5; Ap 2.7, 11, 17; 22.17).
Incontestavelmente, o Espírito Santo é uma pessoa!

Usurpam sua divindade

Assim como as testemunhas-de-jeová, as demais seitas unitaristas também não acreditam que
o Espírito Santo é Deus. Dizem elas: "O Espírito Santo não passa de uma força ativa que
Jeová usa para seus propósitos". Ele não é Deus. Mas os exemplos não param por aí. A Fé
Mundial Bahaí afirma que o Espírito Santo é uma energia divina de Deus que concede poder
a cada manifestação. Alguns eruditos muçulmanos vêem o anjo Gabriel como o Espírito Santo.
Para os judeus o Espírito Santo é um outro nome para a atividade de Deus na terra. O
espiritismo o entende como uma "falange de espíritos". Para os adeptos da Nova Era o
Espírito Santo é uma força psíquica. Etc...
Contudo, a Bíblia apresenta o Espírito Santo com os mesmos atributos divinos: onipotência,
onipresença e onisciência (Cf. Jó 26.13; 33.4; Sl 139.7-10; Ez 11.5; 37.14; Zc 4.6; Mt 12.28;
Lc 1.35, Jo 14.17; At 2.4; 5.1-5; 20.28; Rm 8.11; 15.16,19; 1Co 2.10,11; 3.16; 6.19; 2Tm 1.14;
Hb 9.14; Tg 4.5; 1Pe 1.2; 1Jo 2.20; 5.6).
Incontestavelmente, o Espírito Santo é Deus!
Usurpam seu gênero
O reverendo Moon dispara o seguinte impropério sobre o Espírito Santo: "Contudo, somente
um pai não pode ter filhos. Deve haver uma Verdadeira Mãe com o Verdadeiro Pai, a fim de
darem nascimento aos filhos decaídos como filhos do bem. Ela é o Espírito Santo [...] Há
muitos que recebem revelações indicando que o Espírito Santo é um Espírito feminino; isto é,
porque ela veio como a Verdadeira Mãe, isto é, a segunda Eva...".
Apesar de a Bíblia não qualificar Deus com o gênero masculino ou feminino, isto não dá a
ninguém o direito de tachar o Espírito Santo como um ser feminino. O qualificativo do gênero
que aparece na Bíblia em relação ao Espírito Santo é sempre masculino. Alguns nomes ou
palavras que, pela terminação e concordância, designam seres masculinos são aplicados ao
Espírito Santo em vários trechos bíblicos. Em João 14.26, o pronome "esse", no original grego,
é keinos, que significa "aquela pessoa masculina". Também em João 16.7, auton significa "ele",
é pronome pessoal, masculino e singular. Assim, a Bíblia desfaz por completo a alegação de
que o Espírito Santo seja feminino.

Usurpam sua individualidade


Todos os modalistas subtraem a individualidade do Espírito Santo. Assim expressa a Igreja
Voz da Verdade a respeito do Espírito Santo: "Deus é o Pai, o mesmo Deus é o Filho, o
mesmo Deus está hoje conosco como Espírito Santo".
Embora não faltem textos para desfazermos essa má interpretação, basta-nos, aqui, apenas
citarmos um versículo: "Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de
enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim" (Jo 15.26).
Este texto elucida que o Espírito Santo procede do Pai, mas não é o Pai.
Aconselhamos pesquisa na revista Defesa da Fé (edição nº 50 / 2002), cuja matéria de capa
vem com o título "Resposta ao CD Voz da Verdade".

Usurpam seu cargo


Muitos estão usurpando os atributos pessoais do Espírito Santo, mas, de modo equivalente,
muitas seitas têm usurpado alguns de seus cargos. Um deles tem a ver com uma das mais
importantes funções que o Espírito de Deus desempenha em relação à Igreja, isto é, ser o
nosso Consolador. Ao contrário dos elementos anteriores, este não é somente negado, mas
usado de modo indevido por alguns líderes religiosos.
Desde o momento em que Jesus prometeu que enviaria outro consolador para substituí-lo
após sua obra de redenção concluída na cruz, não tem faltado, através dos séculos,
candidatos ao cargo. Quantos já se levantaram e proclamaram, em alta voz, que o referido
título tem-se cumprido em sua própria pessoa!
Antes de trazermos alguns exemplos a respeito, falaremos, ainda que brevemente, sobre a
função do Espírito Santo como o Consolador prometido por Jesus.

O Espírito como paracletos


No original grego, a palavra consolador é paracletos, que quer dizer "auxiliador, advogado",
entre outros significados.
Se tomarmos este termo fora do seu contexto, ele poderia, logicamente, ser aplicado a qualquer
pessoa. Mas isso não é possível por causa do pronome indefinido e variável "outro", que
acompanha o adjetivo "consolador". O pronome "outro", empregado pelo evangelista na
locução "outro consolador", é oriundo do grego allos, que significa "da mesma espécie,
natureza e qualidade".
Percebemos, então, que a pessoa a quem ficaria incumbida a função de ser o vigário de Cristo
no mundo teria de preencher todos os requisitos acima. Em última análise, tal pessoa teria de
ser divina. Entretanto, nem mesmo a declaração inequívoca de Jesus de que o lugar do outro
consolador já fora preenchido pelo Espírito Santo (Jo 15.17) não foi forte o bastante para vetar
a prepotência dos pretensos candidatos que reivindicam para si o cumprimento desta promessa.
Os falsos consoladores
Jesus nunca disse, ou mesmo insinuou, que o cargo de consolador da Igreja estava vago;
muito pelo contrário, pois no mesmo fôlego Ele já revela o verdadeiro e único ocupante
deste cargo - o Espírito Santo (Jo 14.16,17,26).
Enquanto alguns já chegaram até mesmo a declarar que o trabalho do Consolador já findou,
como é o caso das testemunhas-de-jeová , um expressivo número de grupos e/ou de líderes
religiosos tem surgido e enganado a muitos, desviando seus seguidores da verdade quando
afirmam que eles próprios são o "outro consolador" prometido.
Vejamos, a seguir, apenas alguns deles.

O papa
Na basílica de São Pedro, em Roma, está a capela Sistina, constituída de quatro arcos nos
quais se encontra escrito, em grandes letras em latim: VICARIUS FILII DEI, que quer dizer
"Vigário do Filho de Deus", ou mais propriamente "Vaga do Filho de Deus".
Com efeito, ao cotejar os dicionários verificaremos que vigário nada mais é do que aquele
que exerce a função de outrem. É aquele que ocupa o lugar de outro. Com esse título,
os papas usurpam a posição que só cabe, de fato, ao Espírito Santo. Na qualidade de
Consolador, o Espírito Santo dará prosseguimento à presença de Jesus e de sua obra
no seio da Igreja. A missão do Espírito Santo, em relação à Igreja, é a mesma exercida
por Jesus enquanto esteve na terra. Apesar de os papas não reivindicarem diretamente
este título, o fazem, contudo, indiretamente, por meio de seus muitos títulos em latim.
Mas longe estão de preencherem esta posição de modo cabal. Isso é impossível!
Após estes exemplos de personalidades usurpadoras do Espírito Santo, confira, doravante,
algumas instituições religiosas que também reclamam esta excelência.
Espiritismo
Na corrida ao cargo de consolador, Allan Kardec mais que depressa inscreveu o espiritismo.
Na obra O evangelho segundo o espiritismo, lemos o seguinte: "Jesus promete outro consolador:
O Espírito Santo da Verdade, que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro para o
compreender, consolador que o pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o
que o Cristo há dito". E arremata, dizendo: "Assim o espiritismo realiza o que Jesus disse do
consolador prometido...".
Como vimos, segundo a opinião do codificador do espiritismo moderno, sua religião preenche
no fundo e na forma a promessa de Jesus. Ainda segundo Kardec, o Espírito Santo seria apenas
uma "falange de espíritos puros" que chegou à perfeição. Mas tais afirmações têm consistência?
A bem da verdade, o espiritismo e seus espíritos nunca poderiam ostentar tal cargo. O que temos
visto na prática não é um consolador, mas um opressor espiritual. O espiritismo está envolvido
com seres do mundo espiritual os quais a Bíblia chama de demônios (1Tm 4.1).
Aconselhamos pesquisar a revista Defesa da Fé (edição nº52 / 2003), cuja matéria de capa
vem com o título "É possível identificar o espírito que fala pelo médium?".
Ciência Cristã
Segundo Mary Baker Eddy, o melhor candidato a este cargo é a seita que ela própria
fundou: "Esse Consolador, no meu entender, é a Ciência Divina".
É claro que a seita dessa mulher não pode concorrer ao cargo pretendido por ser algo
inadmissível pelo teor do contexto da própria promessa. Esse consolador iria ensinar
toda a verdade, o que não é o caso da Ciência Cristã, que nega as doutrinas básicas
do cristianismo, chegando até mesmo a negar a realidade do mundo físico.
Aconselhamos pesquisar a revista Defesa da Fé (edição nº 25 / 2000), na matéria
intitulada "Ciência Cristã - a arte pela cura da mente".

O Espírito Santo enviado pelo Pai em nome de Jesus


Apresentamos, nesta matéria, alguns grupos religiosos e/ou líderes que, de alguma forma,
usurparam o Espírito Santo. Entendemos que este ensaio foi capaz de demonstrar as
arbitrariedades interpretativas dos referidos grupos. Seja por meio de personalidades
distantes do nosso tempo, como é o caso de Montano, ou por um grupo mais recente,
como é o caso da Igreja Apostólica, o fato é que a doutrina do Espírito Santo foi e continua
sendo um dos alvos mais assediados pelas heresias. Entretanto, atravessando os séculos,
as palavras de Jesus continuam claras, enfáticas e inalteráveis, e é justamente por elas que
somos guiados: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito"
(Jo 14.26, grifo do autor). Amém!

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