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Guia Do Exame Clínico Efetivo

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29 JAN

A 01 FEV

GUIA DO EXAME
CLÍNICO efetivo
O exame clínico tem como
etapas fundamentais uma
boa coleta de história
clínica, anamnese e o
exame físico! Na sequência
estamos disponibilizando
pra você um guia que vai
te ajudar a captar
anamneses mais efetivas
na sua rotina e um resumo
dos principais parâmetros
vitais no exame físico.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
Na medicina veterinária o exame físico é de
extrema importância por diversos motivos, mas
principalmente porque tratamos de pacientes que
não possuem conseguem expressar verbalmente
como humanos os que eles sentem,

Temos uma missão muito mais complexa para


chegar a um diagnóstico, e por isso é ainda mais
importante que o médico de cães e gatos aprimore
suas habilidades de examinar um paciente.

“PARA UM BOM EXAME CLÍNICO DEVE-SE


ENSINAR OS OLHOS A VER, AS MÃOS A
SENTIR E OS OUVIDOS A OUVIR”

O exame físico geral de um paciente é divido em


etapas, utilizando o tato (toque) e exames visuais
(sem tocar o paciente). Pode ser dividido em
inspeção, palpação, auscultação, percussão e
olfação. Para desenvolver um bom exame físico é
necessário que o médico veterinário desenvolva
bem os 3Ps (paciência, perseverança e prática).

Já o exame físico de longe é denominado inspeção,


ou seja, a observação do paciente sem tocar. Nesta
etapa deve ser avaliado o comportamento/nível de
consciência, postura, marcha, condição e
conformação corporal (escore), avaliação geral da
pele e pelagem e padrão respiratório.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
A avaliação do comportamento do animal feito pela
inspeção pode ser apontada como normal,
apático/deprimido, delirante, estupor e coma.

A postura e marcha deve ser avaliada de forma a


perceber anormalidades visuais relacionadas
principalmente com o sistema neurológico e
ortopédico.

Em relação ao padrão respiratório buscamos


identificar dispneia inspiratórias e expiratórias.

No exame físico geral, é indicado realizá-lo sempre


na mesma ordem, para não haver esquecimento de
alguma avaliação, sendo da cabeça para a cauda uma
das principais recomendações que encontramos na
literatura base de semiologia veterinária. Essa ordem
não necessariamente é a “correta”, mas acho
importante enfatizar que você crie uma sistemática
para realizar o exame físico sempre na mesma
sequência, pois este hábito de sistematizar vai te
ajudar a não pular etapas e consequentemente
realizar uma avaliação clínica que te leva a
excelência, obtendo sempre os melhores resultados.

Durante um exame físico de perto, os parâmetros


considerados obrigatórios são:
FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC);
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (FR);
QUALIDADE DE PULSO;
PESO E ESCORE CORPORAL;
ESTADO DE HIDRATAÇÃO;
TEMPERATURA RETAL;
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS
PALPÁVEIS;
PALPAÇÃO ABDOMINAL.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
ESTADO DE HIDRATAÇÃO:

Durante a avaliação da pele, além de sinais


dermatológicos, devemos avaliar o grau de
desidratação, sendo que a avaliação de
desidratação é uma estimativa, e não uma forma
quantitativa e exata de determinar a desidratação
do paciente. Sendo assim, estimamos e colocamos
percentuais para facilitar a estimativa, e assim
calcular volumes de reposição (não sendo uma
regra exata), conforme a tabela 1. Os primeiros e
mais importantes sinais de desidratação são o
ressecamento e o enrugamento da pele. A pele
saudável é elástica quando pinçada com os dedos,
voltando rapidamente à posição normal quando
solta (2 segundos, em média). Em animais
desidratados, quanto maior for o grau de
desidratação, maior será o tempo que a pele
permanecerá sem retornar a “posição normal”. Além
de outros sinais clínicos que também podem ser
observados durante a avaliação de desidratação,
como mucosa oral, alterações oculares e estado
geral do animal. No quadro a seguir mostramos a
classificação em porcentagem da desidratação, e
os parâmetros observados.
Exame físico geral e
parâmetros vitais

Vale ressaltar que estas alterações que sugerem e


classificam a desidratação não são uma ciência
exata e sim um direcionamento para auxiliar o
clínico na classificação. Deve-se estar atento a
algumas exceções de raças, como Shar-pei e
também a animais idosos, pois a elasticidade da
pele é fisiologicamente diminuída com o passar da
idade. O estado nutricional também deve ser
considerado na avaliação, pois animais obesos
podem ter grau dedesidratação subestimado ou
superestimado e animais magros.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PESO E ESCORE CORPORAL:

Diante da ampla variedade de raças e


conformações corporais sabemos que o registro
do peso do animal é imprescindível para cálculos
de doses de fármacos, mas não reflete o estado
nutricional do paciente. Por isso, além do peso, o
escore de condição corporal é necessário e foi
considerado parâmetro obrigatório no guidelines
de Diretrizes Para a Avaliação Nutricional
(WSAVA, World Small Animal Veterinary
Association).
A avaliação do escore corporal é realizada com o
objetivo de avaliar o estado nutricional do
animal. Para realizar essa avaliação é necessário
considerar diversos fatores, como espécie e raça.
A seguir temos uma tabela que auxilia essa
avaliação através de uma escala de 1 a 9
(LAFLAMME, 1997). Para classificar, utilizamos
algumas características físicas que podemos
diferenciar esses níveis de condições corporais. A
condição subalimentado varia em escala de 1 a 3,
ideal de 4 a 6 e superalimentados de 7 a 9,
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PESO E ESCORE CORPORAL:
Exame físico geral e
parâmetros vitais
Exame físico geral e
parâmetros vitais
A segunda parte do exame físico é o exame de perto, ou
seja, quando começamos a tocar de fato o paciente.
Nesta parte do exame, deve-se começar preferivelmente
pela boca, sendo que nesta fase vamos mesclar inspeção
e palpação, realizando as seguintes avaliações:
• Inspeção dos lábios;
• Mucosas;
• Dentes;
• Tecidos gengivais;
• Palato duro e mole.
Na avaliação dos dentes e tecidos gengivais, é muito
importante avaliar e notificar no registro clínico as
alterações dentárias, como doença periodontal, dentes
decíduos, aumento de volume e presença de pus. A
avaliação do palato duro e mole deve ser avaliado
sempre, buscando presença de fendas (principalmente
em filhotes), úlceras, erosões e corpo estranho em
palato duro e mole, e prolongamento de palato mole em
raças braquicefálicas.

INSPEÇÃO DA LÍNGUA (NÃO ESQUECER DA BASE) E


TONSILAS PALATINAS.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
AVALIAÇÃO DAS MUCOSAS:
UMIDADE (AS MUCOSAS FICAM PEGAJOSAS OU
RESSECADAS NA DESIDRATAÇÃO)
PRESENÇA DE LESÕES
COLORAÇÃO

A avaliação da coloração das mucosas pode ser


realizada tanto em mucosa oral, como conjuntiva ocular,
vulvar ou prepucial. Pode apresentar variações como:
pálida, ictérica, cianótica, congesta/hiperêmica e
normal. A mucosa de um animal normal deve ser rósea,
e tem algumas raças que podem ter a mucosa um pouco
mais avermelhada, como Buldogues, Cocker e Boxer,
sendo uma característica individual e racial, não
devendo ser confundido com congestão. Mucosas
pálidas possuem indicadores fortes de hipoperfusão (ex.
trauma, dor e anemia). Mucosa ictérica indica presença
de bilirrubina, cianóticas indica hipoperfusão (distúrbio
de hematose), e mucosa hiperêmica/congesta
relacionada por distúrbios inflamatórios e infecciosos
agudos, e por doenças periodontais.

Mucosa
Mucosa
pálida
cianótica

Mucosa
Mucosa
ictérica
hiperêmica
Exame físico geral e
parâmetros vitais
TEMPO DE PREENCHIMENTO CAPILAR (TPC):

O TPC é um teste que avalia o estado circulatório do


animal (volemia), e deve ser realizado junto à mucosa
oral, próximo aos dentes incisivos.
Técnica: elevar os lábios (superior ou inferior) e feito
uma compressão digital com o dedo polegar.
observando o tempo decorrido para que ocorra o
preenchimento dos capilares, a partir da palidez
provocada pela impressão digital. Em animais sadios o
tempo é dentro de 2 segundos. Caso leve mais tempo, é
um indicativo de desidratação ou vasoconstrição
periférica, associada a baixo débito cardíaco, e pode
ser classificado como a tabela abaixo.

AVALIAÇÃO DO TEMPO DE
PREENCHIMENTO CAPILAR
(TPC). REALIZADO A
COMPRESSÃO COM O DEDO
POLEGAR NA REGIÃO DA
GENGIVA E AVALIADO O TEMPO
DO PREENCHIMENTO CAPILAR.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
AVALIAÇÃO DOS LINFONODOS PALPÁVEIS

Os linfonodos palpáveis são os mandibulares, pré-


escapulares, poplíteos e inguinais, localizados
conforme a figura abaixo. Deve-se avaliar tamanho,
sensibilidade, consistência, mobilidade e
temperatura.

LOCALIZAÇÃO DOS LINFONODOS PALPÁVEIS, SENDO 1 LINFONODO


SUBMANDIBULAR, 2 PRÉ-ESCAPULAR, 3 POPLÍTEO E 4 INGUINAL.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL

A temperatura retal deve ser realizada através do reto


com a utilização de um termômetro digital de
preferência. Alguns erros que podem dar interferência
no resultado são: introdução pouco profunda, defecação
ou enema feito recentemente, pouco contato do bulbo
com a parede do reto, penetração de ar no reto,
processo inflamatório retal e tempo de permanência
inadequado.

A temperatura normal em cães é de 37,3 a 39,3 ºC e em


gatos de 37,8 a 39,3ºC. Sendo considerado febrícula de
39,3 a 40ºC, febre mediana de 40,1 a 41ºC, febre alta 41
a 41,5ºC e febre muito alta acima de 41,5ºC.

Alguns fatores fisiológicos podem alterar essa


temperatura e devem ser levados em consideração:
Variação circadiana entre 0,5 e 1,5ºC;
Ingestão de alimentos pode aumentar até 0,9ºC;
Ingestão de água fria pode reduzir até 1ºC;
·Animais mais novos, tendem a tem temperaturas
mais elevadas;
No terço final da gestação pode diminuir até
0,5ºC nas 24 a 48 horas antecedentes;
Variação conforme a temperatura ambiental e
também esforços físicos.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
AUSCULTAÇÃO CARDÍACA E PULMONAR

A auscultação cardíaca deve ser realizada para


detectar alterações como sopros e arritmias e para
quantificar a frequência cardíaca (FC). Em cães a FC
normal é de 60 a 180 bpm (batimento por minuto), e em
gatos 120 a 240 bpm.
Na prática da auscultação cardíaca, o ideal é que o
clínico avalie simultaneamente o pulso femoral, sendo
que o padrão de normalidade é o pulso ser
identificado logo após a primeira bulha (S1). Caso se
identifique falta de sincronia entre batimento e pulso,
devemos pensar em arritmias patológicas.
Também é importante ressaltar a arritmia sinusal
respiratória, que é a variação do ritmo de batidas do
coração conforme o animal respira. Quando o ar entra
(inspiração), o número de batimentos por minuto sobe,
quando o ar é expelido (expiração) esse mesmo número
de batimentos cai, sendo considerado fisiológico e não
patológico. Para realizar a diferenciação, a
auscultação cardíaca deve ser realizada em conjunto
com a palpação do pulso, onde no caso da arritmia
fisiológica, os batimentos acompanham o pulso,
diferente da patológica.
Para iniciar a auscultação cardíaca, é necessário
identificar o choque de ponta, ou seja, ao palpar a
região ventral do tórax com a mão, no local onde
sentir o coração bater mais forte é o foco mitral. Em
seguida, ao deslocar 1,5 cm para cima e 1 cm cranial,
chegamos no foco aórtico (devemos ter atenção que
essas dimensões são direcionamentos gerais, mas para
pacientes muito pequenos ou muito grandes pode
haver variabilidade). Do foco aórtico, deslocando mais
1cm ventralmente e 1,5cm cranial, chega no foco
pulmonar. Formando a sigla PAM (Pulmonar, aórtico e
mitral).
Exame físico geral e
parâmetros vitais
AUSCULTAÇÃO CARDÍACA

FOCOS DE AUSCULTAÇÃO
CARDÍACA LADO ESQUERDO.
P FOCO PULMONAR, A FOCO
AÓRTICO E M FOCO MITRAL.

FOCO DE AUSCULTAÇÃO
CARDÍACA LADO DIREITO,
T FOCO TRICÚSPIDE.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
O pulso em cães e gatos é avaliado pela artéria femoral,
localizada na parte medial do membro pélvico próximo à
região inguinal. Para palpar, é utilizado o indicador e o
dedo médio, pressionando levemente a região até sentir
o pulso, conforme a figura:

LOCALIZAÇÃO PARA PALPAÇÃO


DE PULSO FEMORAL. ELEVANDO
O MEMBRO PÉLVICO, NA PARTE
INTERNA (MEDIAL).

A ausculta pulmonar deve ser realizada nos pontos dorso


caudal, médio, crânio ventral e traquéia, estando atento
à auscultar ruídos patológicos, como crepitação, estertor
e sibilo. A frequência respiratória normal é de 18 a 36
mpm (movimento por minuto) e de 20 a 40 mpm em gatos,
Exame físico geral e
parâmetros vitais

PALPAÇÃO ABDOMINAL
A palpação abdominal deve ser realizada para detectar
presença de dor e alterações em órgãos, como aumento
de volume. Durante a palpação em cães dividimos o
abdômen em regiões, sem elas epigástrica do (entre o
diafragma e a 13ª costela), onde podemos palpar rins,
estômago, fígado e baço. A região mesogástrica (13ª
costela e a crista ilíaca), onde observamos intestino,
ovário, ureteres e baço, e a região hipogástrica (caudal
à crista ilíaca), temos a bexiga, próstata, útero e reto.
Em gatos a única alteração que temos é que os rins
podem ser palpados na região mesogástrica,
Exame físico geral e
parâmetros vitais

LOCALIZAÇÃO DOS
ÓRGÃOS NA PALPAÇÃO
EM CÃES, DIVIDIDO EM
REGIÃO EPIGÁSTRICA,
MESOGÁSTRICA E
HIPOGÁSTRICA COM
SEUS RESPECTIVOS
ÓRGÃOS POSSÍVEIS DE
PALPAR.

LOCALIZAÇÃO DOS
ÓRGÃOS NA PALPAÇÃO
ABDOMINAL EM
FELINOS, DIVIDIDO EM
REGIÃO EPIGÁSTRICA,
MESOGÁSTRICA E
HIPOGÁSTRICA COM
SEUS RESPECTIVOS
ÓRGÃOS POSSÍVEIS DE
PALPAR.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA

A técnica da aferição da pressão com o doppler vascular


é realizada com a utilização dos seguintes materiais:
1. Doppler
2. Manômetro
3. Manguito;
4. Gel

MATERIAIS PARA
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO
ARTERIAL.
A: DOPPLER VASCULAR.
B: MANÔMETRO.
C: MANGUITO.

A pressão arterial é a pressão que o sangue faz contra


a parede das artérias, e fisiologicamente pode ser
calculada através de uma fórmula (PA=Volume X
Resistência periférica). Porém, na prática não temos
como mensurar isso na rotina clínica. A forma mais
precisa que possuímos é a pressão invasiva, através da
cateterização de arterial, que se torna inviável por não
conseguir mensurá-la com o paciente acordado, não
sendo utilizado para avaliação clínica.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA

Os métodos indiretos são os mais utilizados, como o


oscilométrico e o doppler. O oscilométrico é a forma
digital de avaliação da pressão arterial, que consta
muitas vezes nos monitores de anestesia. Porém, há
relatos em literatura que esse método não cumpre os
padrões de validação, como estabelecidos na medicina
humana, sendo considerado o doppler vascular o método
mais preciso (ACIERNO ET. AL, 2018; BOSIACK ET. AL,
2010). Alguns estudos mais recentes associam o método
de doppler de alta definição com padrões mais próximos
do doppler, sendo mais confiáveis do que os métodos
oscilométricos amplamente disponíveis na rotina
(MANTOVANI ET AL., 2022).

Alguns fatores são muito importantes para realização da


aferição da pressão arterial, como o tamanho do
manguito, o ambiente onde será realizado, o número de
repetições e o treinamento para conseguir aferir de
forma precisa, ponderações válidas para ambos os
métodos - Doppler e oscilométrico.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA COM DOPPLER
A pressão arterial sistólica com doppler vascular
geralmente é aferida na artéria metacarpiana palmar, e
para isso, é necessário colocar o manguito na
circunferência do braço da mesma pata a ser aferida.
Para selecionar o manguito ideal deve-se realizar a
medida da circunferência do antebraço, e a partir desse
valor, escolher um manguito que tenha 30 a 40% desse
tamanho. Para realizar essa medida pode-se utilizar
manguito mesmo, e ao comparar, escolher um que seja
um pouquinho menor que a metade da medida.

APÓS REALIZAR A MEDIÇÃO, A


LARGURA DO MANGUITO DEVE
SER 40% DA CIRCUNFERÊNCIA
TOTAL DA MEDIDA REALIZADA. OU
SEJA, 100% É A CIRCUNFERÊNCIA
TOTAL DO ANTEBRAÇO, E 40%
DELA DEVE SER A LARGURA DO
MANGUITO A SER UTILIZADO.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA COM DOPPLER

Além disso, o equipamento necessita estar calibrado,


escolher um ambiente tranquilo para essa aferição, e
isolado de outros animais. Manter o paciente calmo,
imóvel e contido adequadamente também é importante,
já que a realização de sedação não é recomendada pois
pode haver alteração dos parâmetros de P.A.

Para a contenção, o animal deve ser contido suavemente


em uma posição confortável, de preferência em decúbito
ventral ou lateral para limitar a distância vertical da
base cardíaca até o manômetro. Essa distância não pode
ultrapassar 10 cm, ou caso passe, deve ser utilizado um
fator de correção de +0,8 mmHg por cm, abaixo ou
acima.

As repetições da aferição da pressão arterial devem ser


realizadas pelo mesmo profissional, e o ideal é que seja
realizado entre 5 a 7 medidas (no mínimo 3) que devem
ser somadas e feito uma média (variações de +/-20% de
devem ser descartadas).

Após feito a escolha do tamanho ideal do manguito,


deve-se realizar a tricotomia do local de onde iremos
aferir com o sensor do doppler (acima dos coxins, na
arterial metacarpiana palmar). Após a tricotomio, o
posicionamento coreto e o manguito ideal no local (deve
ser respeitado que a seta que possui no manguito, deve
ser colocado sobre a artéria), então procura-se o pulso
através do sensor com adição de gel para facilitar. Ao
identificar o pulso é inflado o manguito com o
manômetro (ocorrendo a interrupção do fluxo
sanguíneo). Nesse momento é mantido o sensor sem
mexer, e avaliado o manômetro para o momento que será
ouvido o pulso novamente, sendo esse valor o referido
da pressão arterial.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA COM DOPPLER

LOCAL PARA LOCALIZAÇÃO


DA ARTÉRIA
METACARPIANA PALMAR.

LOCALIZAÇÃO DO
PULSO FEMORAL.

PRESSIONADO O
MANÔMETRO ATÉ PARAR
DE OUVIR O FLUXO, E NO
MOMENTO QUE RETORNAR
AO FLUXO (OUVIDO PELO
DOOPLER) É O VALOR DA
PRESSÃO.
Exame físico geral e
parâmetros vitais
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA COM OSCILOMÉTRICO

O método de avaliação de pressão oscilométrico trata-


se de um aparelho totalmente automático. Uma vez
colocado o manguito sobre a área arterial, ele atua de
forma automática, inflando e desinflando o manguito e
obtendo pressão arterial sistólica, diastólica, média e a
frequência cardíaca.

A técnica de avaliação é realizada da mesma forma que


o doppler, escolhendo o manguito correto da mesma
forma, e aferindo o valor de 5 à 7 vezes e realizando a
média. Este método apresentou conclusões conflitantes
com relação à acurácia das aferições, porém, com a
melhora dos equipamentos vem sendo melhorado a
sensibilidade. No estudo mencionado anteriormente
(MANTOVANI, ET AL., 2022) mesmo utilizando método de
alta definição, para medidas em animais apresentando
hipertensão a correlação com método doppler não foi
tão boa quanto para normotensos e hipotensos.
RACIOCÍNIO CLÍNICO VET
Contruindo uma Medicina Veterinária de excelência.

Médico Veterinário/ Aluno:

Data da Anamnese:

IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
Nome: Raça:

Idade: Sexo: F M

IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO
Nome:

Telefone:

QUEIXA PRINCIPAL
Quando aconteceu? Como aconteceu (pedir para o tutor descrever o episódio)? Utilizou
alguma medicação? Qual? É a primeira vez que acontece? Como o animal era antes do
evento?
HISTÓRICO CLÍNICO
O animal é vacinado? Vermifugado? Antiparasitário? Regularmente ou qual foi a última
vez? Possui acesso a rua? Tem contactantes? Como é o ambiente em que ele vive? Qual
tipo de alimentação?

ANAMNESE DOS SISTEMAS


SISTEMA GRASTROINTESTINAL:
O animal alimenta-se bem? Bebe água normalmente? Está defecando? Qual o tipo de fezes
(duras, moles, pastosas, líquidas)? O animal apresenta vómito? Qual o aspecto do vômito?
Horário em que aparece? Tem relação com a ingestão de alimentos? Tem alimentos não
digeridos? Sangue? Se alimenta muito rápido? Já teve dificuldade para deglutir? Se esfrega no
chão após ingestão de alimentos?

SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO:
O animal cansa fácil? Já ficou com a língua roxa? Já desmaiou? Estava acostumado a correr e já
não o faz mais? O animal tosse? Qual a frequência? E tosse seca ou com expectoração
(produtiva)? É frequente? Piora após exercício? Qual o aspecto da expectoração (cor, odor,
volume)? Elimina sangue pelas narinas? Observou edema ou inchaço em alguma parte do corpo
(época que apareceu; evolução; região que predomina)? O animal espirra? Com qual frequência?
SISTEMA GENITOURINÁRIO:
O animal está urinando? Qual a frequência? Qual a coloração da urina? Qual o odor? Consegue
mensurar a quantidade? Onde o animal urina aparecem formigas? Aparentemente o animal
sente dor ao urinar (posição à micção, gemidos, emissão lenta e vagarosa)? O animal é castrado?
Já pariu alguma vez? O parto foi normal? Quando foi o último cio? Percebeu alguma secreção
vaginal ou peniana? Qual o comportamento sexual dos reprodutores? Apresentam exposição
peniana prolongada?

SISTEMA NERVOSO:
Já apresentou mudanças de comportamento (agressividade)? Apresentou convulsões? Apresenta
dificuldade para andar? Tem dificuldade para subir escadas? Anda em círculos? Apresenta
tropeços ou quedas quando caminha? Algum sinal de incoordenação? O animal já pressionou a
cabeça contra parede?

SISTEMA LOCOMOTOR:
O animal está mancando? De qual membro? Observou pancadas ou coices? Se envolveu em
briga com outros animais? Possui dificuldade para levantar? Já percebeu se ele morde
algum membro?

SISTEMA TEGUMENTAR:
O animal coça? Muito ou pouco? O prurido é intenso? Chega a se automutilar? Apresenta
posicição diferente de cabeça (otite)? Está apresentando queda de pêlos? Já teve alguma ferida
ou crostas? Algum histórico de nódulos?
HISTÓRICO DE DOENÇAS ANTERIORES

HISTÓRICO ANTECEDENTES FAMILIARES

EXAME FÍSICO GERAL


Peso: T.R ºC: Mucosas:

F.C: F.R: T.P.C (seg):

Linfonodos:

Hidratação: Pulso Arterial:

Estado Corporal: Pressão Arterial:


Comportamento:

Nivel de Consciência:

Demais achados no exame físico (avaliação otoscópica/ cavidade


oral/ palpação abmoninal/ ausculta cardiopulmonar):

RESUMO
Representação do caso (utilize boas palavras-chaves);

DIAGNÓSTICOS SINDRÔMICOS
Enfermidades que o quadro clínico se encaixa
HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS
Prováveis doenças/ etiologias específicas (pelo menos 3 hipóteses)

1-
2-
3-
4-
5-
6-

CONDUTA INICIAL
Quais os passos a seguir diante do meu raciocínio clínico + histórico do paciente

ESTUDO COMPLEMENTAR
O que eu preciso estudar para entender melhor esse caso

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