Reeducação Psicomotora: Resumo
Reeducação Psicomotora: Resumo
Reeducação Psicomotora: Resumo
Resumo
Neste texto relataremos um breve resumo sobre o nosso projeto de pesquisa que é a Reeducação
Psicomotora. Essa reeducação é feita a partir da necessidade que a criança tem em relação o seu
desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo, que não foi trabalhado na Educação Infantil. Diante das
dificuldades de aprendizagem encontradas nas crianças de 1º ano do Ensino Fundamental, vemos a
precisão de uma reeducação psicomotora para o melhor desenvolvimento desta criança. Os objetivos a
serem alcançados são na verdade, que os educadores possam identificar essas dificuldades, que alguns
autores chamam de distúrbios psicomotores, e a partir de então trabalhá-las para poder superá-las para
que assim a criança possa ter uma vida normal, tanto escolar como social. Para construir e desconstruir
hipóteses sobre o tema utilizamos alguns recursos, como por exemplo, entrevistas semi-estruturadas,
revisões de literatura, observações e categorizações. E partindo desses recursos obtivemos
informações importantes, logo podemos citar que percebemos que alguns professores conhecem
parcialmente a psicomotricidade e a reeducação psicomotora, porém é débil a utilização dessa técnica
na sala de aula.
Introdução
Muitas pessoas não sabem o significado da palavra psicomotricidade e nem sabem
a importância que isso tem na vida de uma criança. Em termos gerais significa agir de forma
conectada com mundo interno e externo, é indispensável para uma formação de base a toda
criança que seja normal ou com problemas, visando o desenvolvimento funcional da criança,
capacitando a mesma a tomar consciência de si e do mundo que a cerca. Esta
psicomotricidade trabalha com várias técnicas com as quais se pode trabalhar o corpo,
relacionando a afetividade, o pensamento, os movimentos deste corpo e o processo de ensino-
aprendizagem. Ela focaliza a educação dos movimentos juntamente com as funções
intelectuais e trabalha com os principais elementos que são: o esquema corporal, a
lateralidade, a coordenação motora ampla e fina, a estruturação espaço-tempo, o equilíbrio, o
ritmo, a respiração e o relaxamento.
Sendo assim, a análise qualitativa nos permitirá descobrir de forma ampla todas as
situações que envolverão a psicomotricidade e a reeducação psicomotora, o educando e o
educador, os componentes que possa influenciar ou não na vida do mesmo, tais como a
família e a sociedade.
Continuando assim, realizamos uma revisão de literatura buscando autores que
nos desce mais clareza sobre o referido tema, através de leitura de livros, artigos e buscas pela
internet. Logo após delimitamos de forma clara e objetiva nosso tema, partindo disso
especificamos nosso objeto de pesquisa e em seguida escolhemos os sujeitos de pesquisa.
Logo em seguida fizemos a categorização de análise e para a observação da pesquisa de
campo elaboramos um roteiro para melhor desenvolver e compreender nosso estudo. Após a
observação realizada, fizemos uma entrevista semi-estruturada com o objetivo de ter um
diálogo mais tranquilo e com possibilidades de mais informações. Finalizamos deste modo
com um relatório que nos proporcionou um leque de conhecimentos importantes,
enriquecendo assim nossa pesquisa.
A educação tem um papel importante para o ser humano, pois no decorrer da vida
ele desenvolve habilidades e conhecimentos que irão servir para sua vida pessoal e
profissional. O ser humano vai desenvolver suas habilidades e conhecimentos a partir de uma
educação que é trabalhada nos primeiros anos de vida, que é a educação infantil. Na educação
infantil, a criança se depara com um mundo novo, um mundo com descobertas que afetará
positivamente no seu desenvolvimento mental e motor, ou seja, psicomotor, por que a criança
busca experiências em seu próprio corpo.
Segundo Oliveira (1999, p. 28),
O termo psicomotricidade apareceu pela primeira vez com Dupré em 1920,
significando um entrelaçamento entre o movimento e o pensamento. Desde
1909, ele já chamava a atenção de seus alunos sobre o equilíbrio motor,
denominando o quadro de delibilidade motriz. Verificou que existia uma
estreita relação entre as anomalias psicológicas e as anomalias motrizes, o
que o levou a formular o termo psicomotricidade.
E não é difícil encontra crianças que foram afetadas negativamente nessas áreas, e
que hoje precisam de tratamentos para que possam superar as negligências educacionais que
tiveram em seu passado escolar, como eles também afirmam que,
... os pais ou os educadores deixaram que as dificuldades se acumulassem
(e até as reprovações escolares), por não terem compreendido que o
problema estava na própria base das aprendizagens, ou por não terem se
convencido bem cedo da pertinência de uma reeducação.
Essa é a realidade de muitas escolas públicas que possuem professores que não
tem a capacidade de olhar para suas práticas pedagógicas e com isso culpam seus alunos pelos
seus próprios erros. E são incapazes de irem à busca de qualificação para poderem ministrar
aulas que realmente contribuam para uma melhor educação aos seus alunos e não se importam
com dificuldades que essas apresentam. Érika Anderson Nunes, em seu trabalho de conclusão
de curso, diz que, “Como acontece nas outras áreas da educação, também no que diz respeito
à psicomotricidade o educador deve conhecer e ter sempre em mente os aspectos principais do
desenvolvimento psicomotor em cada faixa etária.” (2007, p.19). Esse é sem dúvida um dever
do educador, que precisa está sempre atento nas necessidades de seus alunos. Tento a
oportunidade de se manifestar quando há necessidades.
Ela também fala que no processo de aprendizagem da criança, o qual é necessário
ter ligações de vários fatores, como por exemplo, o ambiente em que esta convive, sendo a
escola, a família e a vida social e também de como convive, se há comunicações para com ela
desse convívio. E caso haja um fracasso nessas ligações acarretará em dificuldades no
processo de aprendizagem desta criança. Dificuldades essas, que muitos autores chamam de
distúrbios psicomotores. Esses distúrbios são na verdade, crianças que possuem problemas no
desenvolvimento de seu corpo de sua mente e de sua afetividade. Distúrbios psicomotores
podem ser adquiridos, por má formação durante a gravidez, ou por um mau desenvolvimento
na sua iniciação escolar, que é na educação infantil.
Segundo Érika, “Nota-se que atualmente há um incidente de crianças com
distúrbios psicomotores. Essas crianças aparentemente normais para pais e/ou responsáveis
apresentam dificuldades na leitura, na escrita, no cálculo, na fala, falhas em imagem e
esquemas corporais, noção e posição espaciais, orientação tempo espacial, lateralidade,
direcionalidade, atenção e memória, equilíbrio e coordenação motora.” (2007, p.35). Ou seja,
a maioria dos pais não estão atentos para as dificuldades que seus filhos apresentam e acabam
julgando a criança de forma errada, por exemplo, como se a criança fosse preguiçosa ou
simplesmente não se interesse pelo estudo.
Na visão de Daniel Vieira da Silva (2009), a reeducação psicomotora:
“É a ação desenvolvida em indivíduos com perturbações e distúrbios
psicomotores. A reeducação psicomotora tem como objetivo retomar as
vivências anteriores com falhas ou as fases de educação ultrapassadas
inadequadamente. Em termos gerais, reeducar significa educar o que o
indivíduo não assimilou adequadamente em etapas anteriores. Deve começar
em tempo hábil em razão da instalação das condutas psicomotoras,
diagnosticando as dificuldades a fim de traçar o programa de reeducação.
(p.11)
É como outros autores afirmam, que a reeducação é um processo que deve ser
diagnosticado e trabalhado o mais cedo possível, pois será mais fácil desconstruir e construir
condutas de psicomotoras, e desta vez não é aceitável lacunas durante esse processo de
reeducação, mais existe muitas crianças que no final deste processo não se é possível adquirir
um resultando satisfatório.
Cipriano Carlos Luckesi (2005), em seu artigo fala sobre a necessidade de se
utilizar métodos que despertem nos alunos não só o lado cognitivo, mas sim outros, que são
de grande importância na formação de seres humanos. “Necessitamos, como educadores e
educadoras, de estarmos atentos tanto à afetividade quanto à cognição, assim como quanto à
psicomotricidade de nossos educandos. Nenhuma faceta é mais importante do que a outra.
Todas são fundamentais, porque constituem o ser humano.”
E por fim, A. De Muer e L. Staes (1991, p. 24) afirmam que, “... nenhuma técnica,
por mais apropriada que seja, resolverá um problema, mesmo puramente intelectual, na
criança.” Ou seja, por mais que a educação psicomotora seja eficaz, ela não resolverá todos os
problemas adquiridos por uma criança. Por isso é que devemos como pedagogos nos integrar
dessa habilidade, para poder de forma eficaz trabalhar no processo de desenvolvimento da
criança.
Constatou-se que a professora utiliza atividades que mexem com o corpo das
crianças, as quais possibilitam experimentar a psicomotricidade antes não vista ou mesmo
trabalhadas de forma inadequada. Diante dessas atividades propostas às crianças, foi
perceptível a dificuldade que algumas têm em realizá-las, levando a acreditar que há
distúrbios psicomotores. Lembrando que, sendo necessária primeiramente uma série de
exercícios para poder diagnosticar se existe algum distúrbio psicomotor ou somente uma leve
dificuldade de aprendizagem.
Nesse sentido, podemos nos perguntar o que seria realmente um distúrbio
psicomotor. De acordo com Santos, “O Distúrbio Psicomotor significa um transtorno que
atinge a unidade indissociável, formada pela inteligência, pela afetividade e pela
motricidade.” (p.30). Seguindo a ideia da autora sobre a reeducação, pode se expor alguns
desses distúrbios ditada por ela, como a falta de atenção, lateralidade cruzada, inibição
psicomotora, instabilidade emocional, hiperatividade, entre outras.
Partindo dessa noção do que é e quais são os distúrbios psicomotores, percebesse
que os alunos observados tendem a sofrer com tais distúrbios. Como por exemplo, há uma
criança a qual a mãe confirma ser hiperativa, pois uma psicóloga já a diagnosticou. E no caso
da criança que foi mencionada na entrevista da psicopedagoga, a qual desconfia que este
possui hiperatividade. No entanto, não há somente essas duas crianças com distúrbios, foi
percebido durante a observação que há outras crianças, as quais escrevem de cabeça para
baixo, de forma espelhada e ilegível podendo apresentar distúrbios como a lateralidade
cruzada.
A fim de obter um diagnóstico acerca da situação psicomotora da turma observada
foram propostas algumas atividades que permitiram perceber uma variedade de distúrbios
psicomotores, os quais podem ter como consequência dificuldades de aprendizagem, haja
vista que as habilidades psicomotoras são a base para um desenvolvimento como um todo.
Então foi pedido a professora que fizesse uma atividade simples, a qual tinha como objetivo
analisar se existi nas crianças algum distúrbio psicomotor, nesse caso seria a debilidade
psicomotora. Essa atividade foi realizada pela professora de forma tranquila, pois a própria
atividade é bastante descontraída. Nessa atividade a criança teria que segurar em uma de suas
mãos um papel em forma de bolinha, e apertá-la com força, foi observado que algumas das
crianças usaram as duas mãos para realiza a atividade, ou melhor, ela apertou a bolinha com
uma das mãos e a outra estava fazendo o mesmo movimento e com a mesma força. Podendo
considerar que de acordo com a autora Santos, quando a criança utiliza-se de músculos que
não são importantes para tal movimento ela pode apresentar em sua debilidade psicomotora a
sincinesias, sendo está exatamente o uso de músculos não necessários.
Em muitas escolas se é conhecido a forma de divisão de alunos pelas dificuldades
que estes possuem, no caso de uma criança com Síndrome de Down, ela deve ficar em sala de
aula normal, a não ser que esta sala tenha um número reduzido de alunos e que em outro
momento ela tenha um atendimento especial, pois se sabe que crianças com esse tipo de
deficiência necessitam de atenção maior por parte do professor, e com as crianças com
distúrbios psicomotores deve ser levado em conta à mesma consideração que se é levado no
caso de uma criança com tal deficiência. A vista disso, uma criança com distúrbio precisa de
um acompanhamento mais eficaz, principalmente crianças com hiperatividade como é o caso
das duas crianças da escola citada, os quais fazem parte de uma sala que contém 35 alunos.
Por fim, vemos a necessidade de uma qualificação para que os professores possam
minimizar os problemas apresentados em sala de aula. E que estes possam descobrir a
importância dessas práticas no desenvolvimento e aprendizagem de qualquer criança,
principalmente naquelas que possuem dificuldades.
Conclusão
Referências Bibliográficas
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. 12 ed. Campinas,
SP: Papirus, 2005.
LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora: psicocinética na idade escolar. 2 ed. Porto
Alegre: Artmed, 1987.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Ainda acerca da afetividade, psicomotricidade e cognição na
prática educativa. 2005. Disponível em http://www.luckesi.com.br/artigos_mes.htm
acessado em 19/06/2011.