Ensino de Botanica
Ensino de Botanica
Ensino de Botanica
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Sumário
Introdução ....................................................................................................................... 6
BOTÂNICA ..................................................................................................................... 7
Reino Vegetal - Origem e classificação das Plantas ................................................... 7
Briófitas: ...................................................................................................................... 9
Estrutura das briófitas .............................................................................................. 9
Pteridófitas ................................................................................................................ 12
Gimnospermas .......................................................................................................... 17
Reprodução das gimnospermas - Ciclo haplodiplobionte na Coníferas ................ 17
Angiospermas ........................................................................................................... 20
Os dois grandes grupos de angiospermas ............................................................ 22
MORFOLOGIA VEGETAL ............................................................................................ 24
A raiz ......................................................................................................................... 25
Partes da raiz ............................................................................................................ 26
Tipos de Raízes ........................................................................................................ 28
Caule ......................................................................................................................... 30
Gemas ....................................................................................................................... 32
Tipos de caules ......................................................................................................... 33
A folha: local da fotossíntese..................................................................................... 37
Algumas estruturas foliares especiais ................................................................... 38
Plantas descíduas e abscisão foliar .............................................................................. 39
Classificação das folhas ............................................................................................ 39
Filotaxia ..................................................................................................................... 39
Tipos de limbo ........................................................................................................... 40
Flor ............................................................................................................................ 41
Estames .................................................................................................................... 42
Carpelos .................................................................................................................... 43
Diagramas florais ...................................................................................................... 44
Inflorescências .......................................................................................................... 44
Para que servem as flores? ................................................................................... 44
Como ocorre a formação dos frutos.............................................................................. 45
Polinização e fecundação ......................................................................................... 45
Anemofilia.................................................................................................................. 45
Entomofilia e ornitofilia .............................................................................................. 45
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Fecundação............................................................................................................... 46
Frutos e sementes ..................................................................................................... 48
Partes do fruto ........................................................................................................... 48
Classificação dos frutos ............................................................................................ 48
A diferença de fruta e fruto ........................................................................................ 49
Pseudofrutos e frutos partenocárpicos ...................................................................... 50
Origem e estrutura da semente ................................................................................. 50
Os cotilédones........................................................................................................... 50
A célula vegetal............................................................................................................. 52
Parede da célula vegetal ........................................................................................... 52
Estrutura da parede celular vegetal ....................................................................... 53
Paredes primárias e secundárias .......................................................................... 54
Conteúdo celular - principais organelas ...................................................................... 55
Vacúolo ..................................................................................................................... 55
Funções: Ativo em processos metabólicos, como: .................................................... 55
Plastos ...................................................................................................................... 56
Conteúdo celular - organelas em comum com células animais .................................... 58
Núcleo ....................................................................................................................... 58
Sistema Golgiense (complexo de Golgi) ................................................................ 58
Ribossomos............................................................................................................... 59
Retículo endoplasmático ........................................................................................... 59
Mitocôndrias .............................................................................................................. 60
Peroxisomos.............................................................................................................. 60
Substâncias ergásticas ............................................................................................. 60
Tecidos vegetais ....................................................................................................... 61
O súber ..................................................................................................................... 61
Ritidoma ................................................................................................................. 62
A epiderme ................................................................................................................ 62
Os anexos da epiderme ............................................................................................ 63
Estômatos ................................................................................................................. 64
Tricomas ................................................................................................................... 65
Acúleos ..................................................................................................................... 65
Hidatódios ................................................................................................................. 66
A sustentação das traqueófitas ................................................................................. 66
2
O Colênquima ........................................................................................................... 66
O Esclerênquima ....................................................................................................... 67
Estrutura interna das folhas....................................................................................... 67
Nervuras foliares ....................................................................................................... 68
Os Tecidos Condutores de Água e de Nutrientes em Traqueófitas .......................... 68
O xilema .................................................................................................................... 70
A condução da seiva inorgânica................................................................................ 72
O floema .................................................................................................................... 74
A condução da seiva elaborada ................................................................................ 74
A hipótese de Münch................................................................................................. 75
Organização dos Tecidos nas Raízes e nos Caules ................................................. 77
Estrutura primária da raiz .......................................................................................... 77
Córtex........................................................................................................................ 77
Cilindro central .......................................................................................................... 78
Raízes de mono e dicotiledôneas ............................................................................. 79
Estrutura secundária ................................................................................................. 79
Câmbio vascular........................................................................................................ 80
Câmbio suberógeno ou felogênio.............................................................................. 81
Estrutura interna do caule ......................................................................................... 81
Origem das gemas axilares ....................................................................................... 82
Estrutura primária ......................................................................................................... 82
Feixes líbero-lenhosos .............................................................................................. 82
Câmbio fascicular ...................................................................................................... 83
Câmbio vascular........................................................................................................ 83
Câmbio suberógeno ou felogênio.............................................................................. 83
Anéis anuais .............................................................................................................. 84
Crescimento e desenvolvimento ............................................................................... 85
O meristema .............................................................................................................. 86
Meristemas secundários ........................................................................................... 87
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .............................................................................. 88
3
NOSSA HISTÓRIA
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento,
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.
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Introdução
Botânica (do grego "botáne": planta, vegetal) é a parte da Biologia que estuda e classifica
os vegetais considerando a forma, estrutura e composição, agrupando-os em categorias de
acordo com as suas características semelhantes (MINHOTO, 2002).
As plantas e seus derivados estão presentes em vários momentos do nosso dia, desde
o despertar até a hora de dormir, entretanto, essa presença nem sempre é notada. Desde os
primórdios da humanidade os vegetais são utilizados não apenas na alimentação, mas também,
através da sua transformação em abrigo, utensílios, roupas e até mesmo na produção de calor.
Durante a evolução do homem, novas formas de utilização direta
ou indireta dos vegetais vêm sendo descobertas (FURLAN et. al. 2008).
Como lembra Minhoto no trecho abaixo: “E o que fazer com o professores de Biologia
que tem tanto medo de vegetais? (...) Além da falta de aptidão em ensinar sobre as plantas, há
pouco material eficiente também para auxiliá-los. O ensino de Botânica pode se tornar
agradável, desde que um dos lados, o do docente, motive o outro, o do discente.”(MINHOTO
2003) Partindo desse pressuposto torna-se de extrema relevância ações que despertem o
conhecimento acerca de espécies vegetais tornando-se imprescindível a aplicação de
metodologias que favoreçam e enriqueçam o processo de ensino-aprendizagem. Campos &
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Oliveira (2005) demonstraram que a maioria dos alunos mostra interesse na vivência prática
dos conteúdos, buscando um tipo de aula diferente, fora do ambiente formal da sala de aula.
BOTÂNICA
A maioria dos organismos macroscópicos (vistos a olho nu) pode ser facilmente
classificada no Reino Vegetal ou no Reino Animal. Mas o que dizer os seres microscópicos, de
estruturas pequeníssimas e tão peculiares? Assim os cientistas hoje utilizam a classificação em
quatro ou cinco Reinos:
ias e
Este último é objeto do nosso estudo. Mas você já sabe algo sobre o Reino Plantae?
Muitas espécies de plantas que não são capazes de produzir seu próprio alimento por
esta razão, elas agem de forma parasita, extraindo de outras plantas os nutrientes necessários
para sua sobrevivência.Agora pareceu fácil identificar esses organismos né? não se engane!
Lineu definiu o seu reino Plantae incluindo todos os tipos de plantas "superiores", as algas e os
fungos. Depois de se descobrir que nem todas eram verdes, passou-se a definir planta como
qualquer ser vivo sem movimentos voluntários.
Já Aristóteles dividia todos os seres vivos em plantas (sem capacidade motora ou órgãos
sensitivos), e em animais (cassificação que foi usada por muito tempo). Mas o que dizer das
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sensitivas ou dormideira? É! Aquela plantinha que fecha os folíolos ao mínimo toqueou
ausência de luz? Ela também não é um vegetal? E tem órgãos sensitivos não é? Hoje é muito
utilizada a classificação conhecida como cladística, a qual relaciona asrelações evolutivas entre
organismos. Assim, o taxon (ou clado) deve ser monofilético, isto é, todas as espécies do grupo
devem possuir um antepassado comum. Tá viajando? Então vamos continuar para ver se você
compreende...
Criptógamos: são plantas que possuem as estruturas produtoras de gametas pouco evidentes
como os musgos e samambaias.
Briófitas: não possuem vasos específicos para a condução de seiva sendo plantas de pequeno
porte. Como exemplo tem musgos e hepáticas.
Pteridófitos: são plantas com vasos condutores de seivas com exemplo as samambaias e
avencas
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Briófitas:
Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente
com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e
sombreados.
rizóides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os
sais minerais disponíveis nesse ambiente;
Essas estruturas são chamadas de rizóides, caulóides e filóides porque não têm a
mesma organização de raízes, caules e folhas das plantas que estão presentes a partir das
pteridófitas. Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de
nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a
presença de vasos condutores de nutrientes.
Aliás, uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos
condutores de nutrientes. Por isso, a água absorvida do ambiente é transportada nessas
plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é
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relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas
são sempre pequenas, baixas.
Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos
condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos
dias quentes - quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de
água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim,
toda a planta alta possui vasos condutores.
Mas nem todas as plantas que possuem vasos condutores são altas; o capim, por
exemplo, possui vasos condutores e possui pequeno porte. Entretanto, uma coisa é certa: se a
planta terrestre não apresenta vasos condutores, ela terá pequeno porte e viverá em ambientes
preferencialmente úmidos e sombreados.
Hepática
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Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, são plantas sexuadas
que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Como você pode perceber, as briófitas dependem da água para a reprodução, pois os
anterozóides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera.
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O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito,
considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a
fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual
cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir
esporos.
Pteridófitas
Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos
de plantas do grupo das pateridófitas. A palavras pteridófita vem do grego pteridon, que significa
'feto'; mais phyton, 'planta'.
Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição
de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros
produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem
folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos
da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.
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Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a
apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes. Isso possibilitou um transporte mais
rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além
disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a
adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.
Samambaia
Xaxins
O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em
geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os
xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes
menores chamadas folíolos.
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A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vive preferencialmente em
locais úmidos e sombreados.
Cavalinha: porte pequeno, caule subterrâneo e que formam ramos eretos que lembram
vagamente um caule de cana-de-açucar com cerca de 1 cm de diâmetro. Folhas em forma de
fios, agrupadas em feixes, emergem do caule e lembram uma cauda de cavalo (veja foto acima).
Selaginela: erroneamente vendida como musgo nas floriculturas. Folhas miúdas que
saem do caule cilíndrico bem fino.
Selaginela
Licopódio: caule subterrâneo e que dá ramos aéreos eretos dos quais saem folhas bem
menores que as da selaginela. É comum formarem-se "buquês" de rosa acompanhados de
ramos de licopódios.
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Samambaias: As pteridófitas mais modernas são popularmente conhecidas como
samambaias e pertencem à classe das filícíneas. Incluem as rendas portuguesas, as avencas,
os xaxins, as samambaias de metro etc. Na maioria delas, o caule subterrâneo, chamado
rizoma, forma folhas aéreas. No xaxim o caule é aéreo e estério e pode atingir cerca de 2 a 3
metros. As folhas são muitas vezes longas, apresentam divisões (folíolos) e crescem em
comprimento pelas pontas, que são enroladas, lembrando a posição do feto no interior do útero.
Na época de reprodução, os folíolos ficam férteis e neles surgem pontos escuros, os soros,
verdadeiras unidades de reprodução.
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A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a
fase chamada esporófito.
Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água
para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófito, a fase
passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro - morre após a
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produção de gametas e a ocorrência da fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se
mantém vivo após a produção de esporos.
Gimnospermas
As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres
que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-
se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.
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Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a
reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos
masculinos não possuem estrobilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois
tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.
Cones ou estróbilos.
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gametófitos masculinos) constitui a polinização, que, nesse caso, ocorre pelo vento. Cada grão
de pólen, aderido a uma abertura existente no óvulo, inicia um processo de crescimento que
culmina com a formação de um tubo polínico, correspondente a um grão de pólen adulto
(gametófito masculino adulto). No interior do tubo polínico existe dois núcleos gaméticos
haplóides, correspondentes aos anterozóides das pteridófitas. Apenas um dos núcleos
gaméticos fecunda a oosfera, gerando o zigoto (o outro núcleo gamético degenera). Dividindo-
se repetidamente por mitose, o zigoto acaba originando um embrião, que mergulha no tecido
materno correspondente ao gametófito feminino.
semente, que é uma estrutura com três componentes: uma casa (também chamada de
integumento), um embrião e um tecido materno haplóide, que passa a ser denominado de
endosperma (ou endosperma primário), por acumular substâncias de reserva que serão
utilizadas pelo embrião durante a sua germinação. A dispersão das sementes, em condições
naturais, pode ocorrer pelo vento, no caso do pinheiro comum, ou com ajuda de animais
(gralhas-azuis ou esquilos) como acontece com os pinhões do pinheiro-do-paraná. Portanto, ao
comparar gimnospermas coníferas com as pteridófitas, as seguintes novidades podem ser
citadas: estróbilos produtores de óvulos (que, depois, serão convertidos em sementes),
estróbilos produtores de grãos de pólen, polinização, diferenciação do grão de pólen em tubo
polínico e, por fim, a fecundação idenpendente da água ambiental (esse tipo de fecundação é
conhecido por sifogamia). Perceba que as árvores coníferas representam a geração duradoura,
o esporófito, sendo os gametófitos reduzidos e pouco duradouros.
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Angiospermas
Atualmente são conhecidas cerca de 350 mil espécies de plantas - desse total, mais de
250 mil são angiospermas.
A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'.
Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os
componentes do reino Plantae ou Metaphyta. Flores e frutos: aquisições evolutivas
As angiospermas produzem raiz, caule, folha, flor, semente e fruto. Considerando essas
estruturas, perceba que, em relação às gimnospermas, as angiospermas apresentam duas
"novidades": as flores e os frutos.
As flores podem ser vistosas tanto pelo colorido quanto pela forma; muitas vezes também
exalam odor agradável e produzem um líquido açucarado - o néctar - que serve de alimento
para as abelhas e outros animais. Há também flores que não têm peças coloridas, não são
perfumadas e nem produzem néctar.
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órgãos de proteção – órgãos que envolvem as peças reprodutoras propriamente ditas,
protegendo-as e ajudando a atrair animais polinizadores. O conjunto dos órgãos de proteção
designa-se perianto. Uma flor sem perianto diz-se nua.
cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois
geralmente são verdes. A sua função é proteger a flor quando em botão. A flor sem sépalas
diz-se assépala. Se todo o perianto apresentar o mesmo aspecto (tépalas), e for semelhante a
sépalas diz-se sepalóide. Neste caso diz-se que o perianto é indiferenciado;
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órgãos de reprodução – folhas férteis modificadas, localizadas mais ao centro da flor e
designadas esporófilos. As folhas férteis masculinas formam o anel mais externo e as folhas
férteis femininas o interno.
androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas
modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios. São constituídas por um filete
(corresponde ao pecíolo da folha) e pela antera (corresponde ao limbo da folha);
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Raízes fasciculadas. Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa
planta um conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto (esquema A dado acima).
Não se percebe nesse conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as
demais: todas elas têm mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes
fasciculadas ocorrem nas monocotiledôneas.
Raízes pivotantes. Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz
principal, geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo; da raiz principal
partem raízes laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas
dicotiledôneas.
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Sementes de monocotiledôneas. Nesse tipo de semente, como a do milho, existe um
único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego mónos:
'um', 'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região
denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em
desenvolvimento.
MONOCOTILEDÔNEAS DICOTILEDÔNEAS
raiz fasciculada (“cabeleira”) pivotante ou axial (principal)
em geral, sem crescimento em espessura em geral, com crescimento em
caule
(colmo, rizoma, bulbo) espessura (tronco)
distribuição feixes líbero-lenhosos feixes líbero-lenhosos dispostos em
de vasos no “espalhados”(distribuição atactostélica = círculo (distribuição eustélica =
caule irregular) regular)
invaginante: bainha desenvolvida; uninérvia peciolada: bainha reduzida; pecíolo;
folha
ou paralelinérvia. nervuras reticuladas ou peninérvias.
Flor trímera (3 elementos ou múltiplos) dímera, tetrâmera ou pentâmera
embrião um cotilédone 2 cotilédones
eucalipto; abacate; morango; maçã;
bambu; cana-de-açúcar; grama; milho; arroz;
exemplos pera; feijão; ervilha; mamona;
cebola; gengibre; coco; palmeiras.
jacarandá; batata.
MORFOLOGIA VEGETAL
O corpo da maioria das plantas angiospermas é dividido em duas partes principais, uma
localizada sob o solo, constituída pelas raízes, e outra área constituída pelo caule, folhas,
flores e frutos. As células das raízes, assim com as células de muito caules, não fazem
fotossíntese e por isso dependem do alimento produzido nas células das folhas. O caule, folhas,
flores e frutos, por sua vez, dependem da água e dos sais minerais absorvidos pelas raízes.
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A raiz
Quase sempre a raiz é originada a partir da radícula do embrião, localizado na
semente.
A partir dela surgem ramos secundários. No entanto, é freqüente surgirem raízes a partir
de caules e mesmo de folhas. Essas raízes conhecidas como adventícias (do latim advena =
que vem de fora, que nasce fora do lugar habitual), são comuns, por exemplo, na base de um
pé de milho.
As raízes distribuem-se amplamente pelo solo, mas há algumas plantas que possuem
raízes aéreas, comuns nas trepadeiras, bromélias, orquídeas, enquanto outras possuem
raízes submersas, como os aguapés, comuns em represas.
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Raiz aérea Raiz aquática
Temos dois tipos básicos de sistema radicular: o pivotante, em que há uma raiz principal,
e o fasciculado, em que os ramos radiculares são equivalentes em tamanho e aparência, não
apresentando uma raiz principal.
Partes da raiz
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A extremidade de uma raiz é envolta por
um capuz de células denominado coifa, cuja
função é proteger o meristema radicular, um
tecido em que as células estão se multiplicando
ativamente por mitose. É no meristema que são
produzidos as novas células da raiz, o que
possibilita o seu crescimento.
Tipos de Raízes
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A principal função da raiz é a absorção dos nutrientes minerais, sendo que, no solo,
também é responsável pela fixação do vegetal ao substrato. Alguns tipos de raízes, no entanto,
também desempenham outras funções:
Durante a maré vazante os pneumatóforos ficam expostos e pode realizar trocas de gases com
o ar.
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Raízes-suportes, também chamadas raízes-escoras, aumentam a base de fixação
da planta ao solo. Algumas espécies de árvores possuem raízes tubulares, em forma de
pranchas verticais, que aumentam a estabilidade da planta e fornecem maior superfície
para respiração do sistema radicular.
Raízes aéreas são características de plantas epífetas, isto é, que vivem sobre outras
plantas sem parasitá- las. Essas raízes podem atingir vários metros de comprimento antes de
alcançar o solo, constituindo os cipós.
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Caule
As funções do caule
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Já em plantas que crescem muito em espessura,
transformando- se em arbustos ou árvores, a epiderme é
substituída por um revestimento complexo, formado por
vários tecidos. O tecido mais externo é formado por células
mortas, que conferem o aspecto áspero e opaco aos
troncos das árvores. Esse revestimento multitecidual,
denominado periderme, acompanha o crescimento
Gemas
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No ápice do caule (e de cada ramo) existe sempre uma gema (ou meristema) apical, que
permite o crescimento em extensão graças à multiplicação das células meristemáticas. À
medida que o caule cresce diferenciam-se lateralmente, regiões onde surgem folhas e gemas
axilares (ou laterais). As regiões onde se inserem as folhas e as gemas são denominadas nós
e os espaços entre os nós são chamados entrenós.
As gemas axilares são meristemas localizados no caule, junto ao ângulo formado entre
a folha e o ramo, que os botânicos denominaram “axila” foliar. As gemas axilares permanecem
inativas durante certo período, denominado dormência após o qual podem entrar em atividade,
originando ramos laterais.
Tipos de caules
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Estipes são caules geralmente não ramificados, que apresentam em seu ápice um tufo
de folhas. São típicos das palmeiras.
Colmos são caules não-ramificados que se distinguem dos estipes por apresentarem,
em toda a sua extensão, divisão nítida em gomos. Os gomos dos colmos podem ser ocos como
no bambu, ou cheios como no milho ou na cana-de-açúcar.
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Estolão ou estolho é um tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo
gemas de espaço em espaço. Essas gema podem formar raízes e folhas e originar novas
plantas.
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Bulbos são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os
bulbos costumam ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso e cheio.
O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada prato, é
pouco desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas, muito ricas em
substâncias nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior do
prato partem as raízes.
O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como escamas
parcialmente sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio.
No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como
se fosse uma casca. Bulbos cheios estão presentes na palma.
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Gavinhas são ramos modificados que servem para a fixação de plantas trepadeiras. Ao
encontrar um substrato adequado as gavinhas crescem enrolando-se sobre ele.
Espinhos são ramos curtos, resistentes e com ponta afiada, cuja função é proteger a
planta, afastando dela animais que poderiam danificá-la.Os espinhos tanto podem surgir por
modificações de folhas, como nas cactáceas, como se originar do caule. Nesse caso forma-se
nas axilas das folas, a partir de uma gema axilar, como ocorre nos limoeiros e laranjeiras.
Nas roseiras não há espinhos verdadeiros e sim acúleos, estruturas afiadas originadas
da epiderme, o que explica serem facilmente destacáveis da planta, ao contrário dos espinhos.
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Uma folha é sempre originada a partir de um gema lateral do caule. Existem dois tipos
básicos de folhas quanto ao tipo de nervura que apresentam: as paralelinérveas, típicas das
monocotiledôneas, e as reticulinérveas, comuns em eudicotiledôneas.
Eudicotiledôneas são uma das duas principais classes de angiospermas; inicialmente contidas
dentro do grupo das dicotiledôneas, que foi desmembrado por não ser monofilético. O prefixo eu significa
verdadeiro, portanto este termo designaria as plantas que realmente apresentam dois cotilédones. Esse
grupo difere-se do antigo dicotiledônea por apresentar somente plantas que apresentem grão de pólen
triaperturado, característica derivada de um ancestral comum, que torna o grupo monofilético
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pecíolos existem estruturas de formatos diversos – podem ser pontiagudas, laminares ou com
a forma de espinhos – conhecidas por estípulas.
O formato e a cor das folhas são muito variáveis e algumas delas chamam a atenção por
sua estrutura peculiar. É o caso por exemplo, das folhas modificadas presentes em plantas
carnívoras, cuja adaptação auxilia na captura de insetos. Também é especialmente
interessante a coloração de certas brácteas, pequenas folhas modificadas na base das flores,
apresentam: de tão coloridas, elas atuam como importante elemento para atração dos insetos.
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A queda das folhas ocorre por meio de um processo chamado abscisão foliar. Inicialmente
forma-se um tecido cicatricial na região do pecíolo que une a folha ao caule, o tecido de
abscisão, que interrompe gradativamente a passagem de água e nutrientes minerais do
caule para a folha. A planta, assim, perde as folhas com o mínimo de prejuízo e reduz a
atividade metabólica durante todo o inverno. Na primavera, surgem novos primórdios
foliares junto às gemas dormentes, que logo se desenvolvem em folhas.
Filotaxia
Filotaxia é o modo como as folhas estão arranjadas no caule. Existem três tipos básicos
de filotaxia: oposta, verticilada e alternada.
A filotaxia é oposta quando existem duas folhas por nó, inseridas em regiões opostas.
Quando três ou mais folhas inserem-se no mesmo nó, a filotaxia é chamada verticilada. Quando
as folhas se inserem em regiões ligeiramente deslocadas entre si, em nós sucessivos,
descrevendo uma hélice, a filotaxia é chamada alternada.
Tipos de limbo
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O limbo pode ser simples (não-dividido) ou composto, dividido em dois, três ou mais
folíolos. Caso os folíolos de um limbo composto partam todos de um mesmo ponto do
pecíolo, dispondo-se como os dedos de uma mão, a folha é chamada de palmada.
Flor
A flor é o órgão reprodutivo das plantas angiospermas. Flores que apresentam órgãos
reprodutores de ambos os sexos, masculino e feminino, são chamadas de hermafroditas (ou
monóica). Já as flores que apresentam órgãos reprodutores de apenas um dos sexos
(masculino ou feminino) são chamadas de dióica.
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Flores completas e incompletas
Uma flor que apresenta os quatro verticilos florais, ou seja, cálice, corola, androceu e gineceu, é uma
flor completa. Quando falta um ou mias desses componentes a flor é chamada incompleta.
As sépalas são geralmente verdes e lembram folhas. São as partes mais externas da
flor e a sua função é cobrir e proteger o botão floral antes dele se abrir. O conjunto de sépalas
forma o cálice floral.
40
O conjunto formado pelos dois verticilos florais mais externos, o cálice e a corola, é denominado perianto
(do grego Peri, em torno, e anthos, flor).
Estames
Carpelos
41
o estigma. O conjunto de pistilos de uma flor constitui o gineceu (do grego gyncos, mulher,
feminino).
O pistilo pode ser constituído por um, dois ou mais carpelos, dependendo do tipo de flor.
Em geral, o número de câmaras internas que o ovário apresenta corresponde ao número de
carpelos que se fundiram para formá-lo. No interior do ovário formam-se um ou mais óvulos.
42
Os óvulos vegetais são estruturas complexas, constituídas por muitas células. Nisso os
óvulos vegetais diferem dos óvulos animais, que são estruturas unicelulares.
No interior de cada óvulo vegetal se encontra uma célula especializada, a oosfera, que
é o gameta feminino propriamente dito.
Diagramas florais
O número dos tipos de peças florais estudadas é variável de flor para flor e pode ser
representado esquematicamente por um diagrama. Cada tipo pode ser representado por 3, 4
ou 5 peças ou múltiplos desses números. Na flor do hibisco, por exemplo, uma planta comum
em jardins, há 5 sépalas, 5 pétalas, um número múltiplo de 5 estames e um pistilo cujo ovário
é dividido em 5 lojas.
Inflorescências
Em algumas plantas muitas flores se agrupam em um mesmo ramo, formando
conjuntos denominados inflorescências.
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novidade das angiospermas, em termos de reprodução, é a presença dos frutos. Todos os
componentes da flor que estudamos participa do processo reprodutivo que culminará na
produção de sementes dentro do fruto. Em toda a angiosperma é assim, mas deve-se se
lembrar que existe variações: há diferentes formatos de frutos e diferentes quantidades ou até
mesmo nenhuma semente.
Polinização e fecundação
Polinização é o transporte dos grãos de pólen das anteras, onde eles se formam, até o
estigma, geralmente de uma outra flor. A polinização é o primeiro passo para a aproximação
dos gametas femininos e masculinos, essencial para que a fecundação ocorra.
O transporte do pólen, até o estigma é feito por agentes polinizadores, que podem ser
o vento, os insetos ou os pássaros.
Anemofilia
Entomofilia e ornitofilia
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A polinização por insetos é chamada entomofilia (do grego entomos, inseto) e a
polinização por aves, ornitofilia (do grego ornithos, aves). As flores polinizadas por animais
geralmente possuem características que atraem os polinizadores, tais como corola vistosa,
glândulas odoríferas e produtoras de substâncias açucaradas (néctar). Existem até mesmo
flores que produzem dois tipos de estames, um com grãos de pólen férteis mas pouco atraentes
e outro com pólen atraente e comestível. O animal à procura do pólen comestível, se impregna
com o pólen fértil, transportando-o de uma flor para a outra.
Fecundação
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O outro núcleo espermático se une a dois núcleos polares presentes no interior do óvulo,
originando um tecido triplóide, o endosperma, que nutrirá o embrião.
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Frutos e sementes
Partes do fruto
Um fruto é constituído por duas partes principais: o pericarpo, resultante do
Diversas características são utilizadas para se classificar os frutos, entre elas o tipo de
pericarpo, se o fruto abre-se ou não espontaneamente para liberar as sementes, etc.
Frutos que apresentam pericarpo suculento são denominados carnosos e podem ser do
tipo baga, quando se originam de ovários uni ou multicarpelares com sementes livres (ex.:
tomate, abóbora, uma e laranja), ou do tipo drupa, quando se originam de ovários unicarpelares,
com sementes aderidas ao endocarpo duro (ex.: azeitona, pêssego, ameixa e amêndoa).
Frutos que apresentam endocarpo não suculento são chamados de secos e podem ser
deiscentes, quando se abrem ao amadurecer, liberando suas sementes, ou indeiscentes,
quando não se abrem ao se tornar maduros.
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A diferença de fruta e fruto
O que se conhece popularmente por “frutas” não tem significado botânico. Fruta é
aquilo que tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce. É o caso da laranja, pêssego,
caju, banana, pêra, maça, morango, amora. Note que nem toda fruta é fruto verdadeiro.
Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas
não são frutas...
48
Nos pseudofrutos a porção comestível não corresponde ao ovário desenvolvido. No caju,
ocorre hipertrofia do pedúnculo floral. Na maça, na pêra e no morango, é o receptáculo floral
que se desenvolve. Assim, ao comer a polpa de um abacate ou de uma manga você está se
alimentando do fruto verdadeiro. No entanto, ao saborear um caju ou uma maça, você está
mastigando o pseudofruto. No caso da banana e da laranja de umbigo (baiana), o fruto é
partenocárpico, corresponde ao ovário desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes.
Os cotilédones
Todo o embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas
extremidades:
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A radícula, que é a primeira estrutura a emergir, quando o embrião germina;e
50
A célula vegetal
As células das plantas vegetais apresentam pelo menos duas características que
permitem distinguilas claramente das células animais: possuem um envoltório externo rígido, a
parede celular, e um orgânulo citoplasmático responsável pela fotossíntese, o plasto. Além
disso, quando adultas, a maioria das células vegetais possui uma grande bolsa membranosa
na região central do citoplasma, o vacúolo central, que acumula uma substância aquosa de sais
e açúcares.
A parede celular começa a se formar ainda na telófase da mitose que dá origem à célula
vegetal. Bolsas membranosas oriundas do aparelho de Golgi, repletas de substâncias
gelatinosas denominadas pectinas, acumulam-se na região central da célula em divisão e se
fundem, originando uma placa chamada fragmoplasto.
51
os conteúdos das futuras células vizinhas. Essas pontes hiloplasmáticas são os
plasmosdesmos (do grego plasmos, líquido, relativo ao citoplasma, e desmos, ponte, união).O
fragmoplasto atua como uma espécie de “forma” para a construção das paredes celulósicas.
Cada célula irmã-secreta celulose sobre o fragmoplasto e vai construindo, de seu lado, uma
parede celulósica própria. A camada de pectinas, que foi a primeira separação entre as células-
irmãs, atua agora como um cimento intercelular, passando a se chamar lamela média.
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Paredes primárias e secundárias
A parede celulósica secretada logo após a divisão celular é a parede primária. Essa
parede é elástica e acompanha o crescimento celular. Depois que a célula atingiu o seu
tamanho e forma definitivos, ela secreta uma nova parede internamente à parede primária. Essa
é a parede secundária.
As especializações das células das plantas estão sempre associadas à estrutura das
paredes celulares. Nos diferentes tecidos vegetais as células têm paredes diferentes de
diferentes espessuras, organização e composição química, que determinam não só a forma
como também as funções das células.
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Conteúdo celular - principais organelas
Vacúolo
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Processo lisossômico (através de enzimas digestivas, existentes principalmente nos vacúolos
centrais e bem desenvolvidos, cujo tonoplasto sofre invaginações para englobar material
citoplasmático contendo organelas (a autofagia ocorre em células jovens ou durante a
senescência). Se originam a partir do sistema de membranas do complexo golgiense. Seu
tamanho aumenta à medida que o tonoplasto incorpora vesículas derivadas do complexo de
Golgi.
Plastos
cloroplasto;
cromoplasto e
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Cloroplastos: Seu genoma codifica algumas proteínas específicas dessas organelas;
contêm clorofila e estão associados à fase luminosa da fotossíntese, sendo mais diferenciados
nas folhas. Seu sistema de tilacóides é formado por pilhas de membranas em forma de discos,
chamado de granus; é nesse sistema que se encontra a clorofila. Na matriz ocorrem as reações
de fixação de gás carbônico para a produção de carboidratos, além de aminoácidos, ácidos
graxos e orgânicos. Pode haver formação de amido e lipídios, estes últimos em forma de
glóbulos (plastoglóbulos).
Núcleo
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Sistema Golgiense (complexo de Golgi)
Ribossomos
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Retículo endoplasmático
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Mitocôndrias
Peroxisomos
Substâncias ergásticas
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Também são esgásticas as substâncias fenólicas, resinas, gomas, borracha e alcalóides. Muitas
vezes as células que contêm essas substâncias são diferentes morfo e fisiologicamente das demais,
sendo denominadas idioblastos.
Tecidos vegetais
O súber
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Ritidoma
A epiderme
A epiderme das plantas vasculares é um tecido formado, de modo geral, por uma única
camada de células de formato irregular, achatadas, vivas e aclorofiladas. É um tecido de
revestimento típico de órgãos jovens (raiz, caule e folhas). A epiderme de uma raiz mostra uma
camada cilíndrica de revestimento, com uma zona pilífera, cujos pelos nada mais são do que
extensões de uma célula epidérmica.
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Corte transversal da raiz primária de Mandevilla velutina. Ep = epiderme; Pr = pêlos radicular; Ex =
exoderme; Pc = parênquima cortical; En = endoderme; P = periciclo; Xp = xilema primária;
Fp = floema primário.
Caules jovens também são revestidos por uma fina epiderme não-dotada, porém, de
pelos. É na folha que a epiderme possui notáveis especializações: sendo um órgão de face
dupla, possui duas epidermes, a superior e a inferior.
Os anexos da epiderme
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Estômatos
Sem dúvida, os estômatos são os anexos mais importantes relacionados com a troca de
gases e água entre as folhas e o meio. As células estomáticas são as únicas na epiderme
que possuem clorofila. Um estômato visto de cima, assemelha-se a dois feijões dispostos
com as concavidades frente a frente: são as duas células estomáticas ou células-guarda,
que possuem parede celular mais espessa na face côncava e cuja disposição deixa entre
elas um espaço denominado fenda estomática ou ostíolo.
Ao lado de cada célula-guarda há uma anexa, que não tem cloroplastos – é uma célula
epidérmica comum. Em corte transversal, verifica-se que a fenda estomática dá acesso a um
espaço, a câmara estomática, intercomunicante com os espaços aéreos do parênquima foliar
de preenchimento.
Atenção! A troca de gases entre a planta e o meio ocorre através dos estômatos da
epiderme e de uma estrutura chamada lenticelas presentes no súber.
As lenticelas são pequenas aberturas que facilitam o ingresso e a saída de gases nas
raízes e caules suberificados.
Tricomas
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Os tricomas são geralmente estruturas especializadas contra a perda de água por
excesso de transpiração, ocorrendo em planta de clima quente. Podem ser, no entanto,
secretores, produzindo secreções oleosas, digestivas ou urticantes. As plantas carnívoras
possuem tricomas “digestivos” e a urtiga, planta que provoca irritação da pele, possui
tricomas urticantes.
Acúleos
Hidatódios
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Hidatódios são estômatos modificados, especializados em eliminar excessos líquidos da
planta. Os hidatódios geralmente presentes nas bordas das folhas, onde, pela manhã, é
possível observar as gotas de líquido que eles eliminam, fenômeno conhecido como gutação.
O porte das traqueófitas só foi possível por adaptações que tornaram possível a
sustentação do organismo vivo e a disponibilidade e transporte de água para todas as células.
O Colênquima
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O Esclerênquima
A folha é totalmente revestida pela epiderme, e seu interior, denominado mesófilo (do
grego, mesos, meio e
lacunoso -constituído por células de forma irregular, que deixam espaços ou lacunas
entre si.
Pode haver parênquima paliçádico junto à epiderme de ambas as faces da folha, ou,
como é mais comum, parênquima paliçádico junto a epiderme da face superior e lacunoso junto
à inferior.
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Nervuras foliares
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O transporte de água e nutrientes em uma traqueófita ocorre em parte por
difusão de célula à célula e, na maior parte do trajeto, ocorre no interior de vasos
condutores.
O xilema
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Os vasos condutores de seiva inorgânica são formados por células mortas. A
morte celular é devida à impregnação da célula por lignina, um composto aromático
altamente impermeabilizante. A célula deixa de receber nutrientes e morre. Desfaz-
se o conteúdo interno da célula, que acaba ficando oca e com as paredes duras já
que a lignina possui, também, a propriedade de endurecer a parede celular. A
deposição de lignina na parede não é uniforme. A célula, então, endurecida e oca,
serve como elemento condutor. Existe, ainda, um parênquima (tecido vivo) interposto
que separa grupos de células condutoras. Acredita-se que essas células
parenquimáticas secretem diferentes tipos de substâncias que provavelmente
auxiliam a preservação dos vasos mortos do xilema. Existem dois tipos de células
condutoras no xilema: traqueíde e elemento de vaso traqueário (ou xilemático ou,
ainda, lenhoso).
69
Traqueídes são células
extremamente finas, de pequeno
comprimento (em média 4 mm) e diâmetro
reduzido (da ordem de 2 mm). Quando
funcionais, as traqueídes estão agrupadas
em feixes e as extremidades de umas tocam
as das outras. Na extremidade de cada
traqueíde, assim como lateralmente, há uma
série de pontuações ou
poros(pequeníssimos orifícios) que
permitem a passagem de seiva no sentido
longitudinal e lateral.
70
Vimos que as raízes absorvem água do solo através da região dos pelos
absorventes ou zona pilífera. Desta, a água atravessa as células do córtex,
endoderme e periciclo da raiz. Na endoderme o fluxo da água pode ser facilitado ela
existência das chamadas células de passagem. A água atinge os vasos do xilema e,
a partir desses vasos, atinge a folha. Na folha, ou ela é usada na fotossíntese ou é
liberada na transpiração.
71
A transpiração e a fotossíntese removem constantemente água da planta.
Essa extração gera uma tensão entre as moléculas de água já que a coesão entre
elas impede que se separem. A parede do vaso também é tracionada devido à adesão
existente entre ela e as moléculas de água. Para que se mantenha a continuidade da
coluna líquida, a reposição das moléculas de água retiradas da copa deve ser feita
pela raiz, que, assim, abastece constantemente o xilema.
O floema
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Os vasos do floema (também chamado de líber) são
formados por células vivas, cuja parede possui apenas a
membrana esquelética celulósica típica das células vegetais
e uma fina membrana plasmática. São células altamente
especializadas e que perdem o núcleo no decorrer do
processo de diferenciação. O seu interior é ocupado pela
seiva elaborada (ou seiva orgânica) e por muitas fibras de
proteínas, típicas do floema. A passagem da seiva orgânica
de célula a célula é facilitada pela existência de placas
crivadas nas paredes terminais das células que se tocam.
Através dos crivos, flui a seiva elaborada de uma célula para
outra, juntamente com finos filamentos citoplasmáticos, os
plasmodesmos.
73
A seiva orgânica, elaborada no parênquima das folhas, é lançada nos tubos
crivados do floema e conduzida a todas as partes da planta que não são auto-
suficientes. O transporte é orientado principalmente para a raiz, podendo haver algum
movimento em direção ao ápice do caule e folhas em desenvolvimento. De modo
geral, os materiais orgânicos são translocados para órgãos consumidores e de
reserva, podendo haver inversão do movimento (isto é, dos órgãos de reserva para
regiões em crescimento), quando necessário.
A hipótese de Münch
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Observando a figura, conclui-se que haverá ingresso de água por osmose, do
frasco A para o osmômetro 1, e do frasco B para o osmômetro 2. No entanto, como a
solução do osmômetro 1 é mais concentrada, a velocidade de passagem de água do
frasco A para o osmômetro 1 é maior. Assim, a água tenderá a se dirigir para o tubo
de vidro 1 com velocidade, arrastando moléculas de açúcar. Como o osmômetro 2
passa a receber mais água, esta passa para o frasco B. Do frasco B, a água passa
para o tubo de vidro 2, em direção ao frasco A. Podemos fazer a correspondência
entre o modelo anterior e uma planta:
75
cada órgão e constitui uma estrutura interna primária típica de cada um deles. Uma
estrutura secundária, mais complexa, pode ser vista quando ocorre um aumento no
diâmetro do caule e da raiz.
Córtex
A região mais periférica da raiz jovem diferenciam-se em epiderme, tecido
formado por uma única camada de células achatadas e justapostas.
76
Cilindro central
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Logo abaixo da endoderme situa-se uma camada de células de paredes finas
chamada periciclo, que delimita o cilindro central, onde se localizam o xilema e o
floema. A maneira como os tecidos condutores se dispõem no cilindro central é um
dos critérios para distinguir dicotiledôneas de monocotiledôneas.
Estrutura secundária
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Os dois tecidos meristemáticos envolvidos no crescimento secundário da raiz
são o câmbio vascular, que permite o crescimento do cilindro central, e o câmbio
suberógeno ou felogênio, que permite o crescimento da periderme (casca).
Câmbio vascular
O câmbio vascular (do latim vasculum, vaso) é assim chamado porque origina
novos vasos condutores durante o crescimento secundário da raiz. O câmbio vascular
forma-se a partir do procâmbio e do periciclo, que se conjugam e delimitam uma área
interna do cilindro central, onde só há xilema. Ao se multiplicar ativamente, as células
do câmbio vascular originam vasos xilemáticos para a região mais interna e vasos
floemáticos para a região mais externa. Aos poucos a área delimitada pelo câmbio
vai tornando-se cada vez mais cilíndrica.
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região cortical da raiz, sob a epiderme. O felogênio é um meristema secundário, uma
vez que tem origem por desdiferenciação de células do parênquima cortical.
80
Estrutura primária
Feixes líbero-lenhosos
Cada feixe libero-lenhoso possui elementos do líber (floema) voltados para fora
e elementos do lenho (xilema) voltados para dentro.
Câmbio fascicular
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Nos feixes libero-lenhosos das dicotiledôneas, o floema está voltado para o
exterior do caule e o xilema para o interior. Entre o floema e o xilema de um feixe há
um tecido meristemático: o câmbio vascular e o câmbio suberógeno ou felogênio.
Câmbio vascular
Anéis anuais
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lenhosos de paredes grossas e lúmen estreito, que constituem o lenho estival. Na
primavera, ao retomar o seu funcionamento depois do repouso invernal, o câmbio
produz vasos lenhosos de paredes delgadas e lúmen grande, que constituem o lenho
primaveril.
Crescimento e desenvolvimento
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A radícula é a primeira estrutura a imergir; a seguir, exterioriza-se o caulículo
e a plântula inicia um longo processo que culminará no vegetal adulto.
O meristema
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Todos os tipos de células que compõe uma planta tiveram origem a partir de
tecidos meristemáticos, formados por células que têm uma parede primária fina,
pequenos vacúolos e grande capacidade de realiza mitose.
Meristemas secundários
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felogênio que constitui a periderme, por exemplo, é um exemplo de meristema
secundário, que surge pela desdiferenciação de células do parênquima localizadas
sob a epiderme. A multiplicação das células do felogênio origina a feloderme e o súber
que compõem a periderme.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AMABIS & MARTHO. Biologia dos organismos. Volume 2. São Paulo, Editora
Moderna, 1995.
AMABIS & MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna. Volume único. São Paulo,
Ed. Moderna.
http://www.biologo.com.br/
www.sobiologia.com.br/
www.brasilescola.com/biologia/
www.todabiologia.com/
www.portalsaofrancisco.com.br/.../index-biologia.php
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