Beneficie Se
Beneficie Se
Beneficie Se
Escola do Ministerio
´
Escola do Ministerio
´
Teocratico
be-T
´
QUE LIÇÕES
APRENDEMOS DOS
servos de Jeová
do passado?
be-T
A mocinha israelita expressou sua fé com coragem
´
“Eu, Jeova, sou teu Deus, Aquele que te ensina a
tirar proveito, Aquele que te faz pisar no caminho
em que deves andar.” — Isa. 48:17.
ˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇˇ
(Nome do estudante)
Sumário
Página
˘ 2001
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA
Beneficie-se da Escola do Ministério Teocrático
Editoras
WATCHTOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF NEW YORK, INC.
Wallkill, New York, U.S.A.
ASSOCIAÇÃO TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS
Cesário Lange, São Paulo, Brasil
Edição de dezembro de 2014
Este livro não é vendido. Ele faz parte de um trabalho voluntário para ajudar as pessoas
no mundo todo a entender a Bíblia. As despesas desse trabalho são cobertas por donativos.
Se não houver nenhuma observação, os textos bíblicos citados neste livro
são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas com Referências.
Benefit From Theocratic Ministry School Education
Portuguese (Brazilian Edition) (be-T)
ISBN 85-7392-065-3
Made in Brazil
Como melhorar
´ ´
Estudo Pagina Estudo Pagina
ˆ
1 Leitura exata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83 27 Proferimento espontaneo . . . . . . . . . 174
˜ 28 Estilo conversante . . . . . . . . . . . . . . . . 179
2 Articulaçao clara . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
´ 29 Qualidade da voz . . . . . . . . . . . . . . . . . 181
3 Pronuncia correta . . . . . . . . . . . . . . . . 89
ˆ 30 Mostrar interesse nos outros . . . . . . 186
4 Fluencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
5 Uso correto de pausas . . . . . . . . . . . . . 97 31 Respeito pelos outros . . . . . . . . . . . . . 190
ˆ ˜
6 Enfase segundo o sentido . . . . . . . . . 101 32 Falar com convicçao . . . . . . . . . . . . . . 194
ˆ 33 Falar com tato, mas de modo
7 Enfase nas ideias principais . . . . . . . 105
firme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 197
8 Volume apropriado . . . . . . . . . . . . . . . 107
˜ 34 Ser edificante e positivo . . . . . . . . . . 202
9 Modulaçao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111 ˜ ˆ
35 Repetiçao para dar enfase . . . . . . . . . 206
10 Entusiasmo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
36 Desenvolvimento do tema . . . . . . . . 209
11 Cordialidade e sentimento . . . . . . . . 118
˜ 37 Destacar os pontos principais . . . . . 212
12 Gestos e expressoes faciais . . . . . . . . 121 ˜
38 Introduçao que desperta interesse . 215
13 Contato visual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124 ˜
39 Conclusao eficaz . . . . . . . . . . . . . . . . . 220
14 Naturalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 128 ˜ ˜
40 Exatidao das declaraçoes . . . . . . . . . . 223
ˆ
15 Boa aparencia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 131 41 Clareza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 226
´
16 Equilıbrio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135 ˜
42 Apresentaçao instrutiva . . . . . . . . . . . 230
17 Uso do microfone . . . . . . . . . . . . . . . . 139 ´
43 Usar a materia designada . . . . . . . . . 234
´
18 Uso da Bıblia ao responder 44 Uso eficaz de perguntas . . . . . . . . . . . 236
a perguntas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143 ˜
45 Ilustraçoes instrutivas . . . . . . . . . . . . 240
´
19 Incentivo ao uso da Bıblia . . . . . . . . 145 ˜ ˜
46 Ilustraçoes baseadas em situaçoes
˜
20 Introduçao eficaz de textos conhecidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 244
´
bıblicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147 47 Uso eficaz de recursos visuais . . . . . 247
ˆ
21 Leitura de textos com enfase ˜
48 Argumentaçao que estimula
adequada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150 ´
o raciocınio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251
˜
22 Aplicaçao correta dos textos . . . . . . . 153 49 Argumentos convincentes . . . . . . . . 255
´ ˜
23 Esclarecer o valor pratico 50 Tocar o coraçao . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258
´
da materia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 157 ˜
51 Controle e boa distribuiçao
24 Escolha de palavras . . . . . . . . . . . . . . . 160 do tempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 263
25 Uso de esboço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 166 ˜
52 Exortaçao eficaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . 265
˜ ´ ´
26 Apresentaçao logica da materia . . . 170 53 Encorajar e fortalecer os ouvintes . 268
`
Bem-vindo a
´ ´
Escola do Ministerio Teocratico
´ ´
A ESCOLA do Ministerio Teocratico beneficia semanalmente mi-
˜ ´ ˜
lhoes de estudantes, em mais de 200 paıses. Alguns estudantes sao re-
´ ´ ´ ´
cem-matriculados. Outros ja frequentam a escola ha anos. Ela e rea-
ˆ
lizada em dezenas de milhares de lugares. Onde quer que more, voce
´ ˜
tambem pode ter acesso a esse programa educativo. Essa instruçao
´ ´ ´
teocratica esta disponıvel, sem custo, a pessoas de todas as idades,
´ ´
grupos etnicos e nıveis culturais.
O objetivo da escola foi declarado quando ela entrou em funciona-
˜ ´
mento nas congregaçoes das Testemunhas de Jeova, em 1943, nas se-
´
guintes palavras: “Preparar todos os ‘homens fieis’, os que ouviram a
´
Palavra de Deus e provaram sua fe nela, para ‘serem capazes de ensi-
´
nar outros’ . . . Visa o fim unico de tornar cada qual . . . mais bem
equipado para apresentar publicamente a
´
esperança que tem.” (Curso do Ministerio
´ ˆ ´
Teocratico, p. 4, em ingles) Esse ainda e
o objetivo da escola.
´
Realmente, qual e a melhor
maneira de usarmos o dom di-
´
vino da fala? A Bıblia respon-
de: “Toda coisa que respira
— louve ela a Jah.” (Sal. 150:6)
Quando fazemos isso, alegra-
mos nosso Pai celestial e pro-
vamos que correspondemos, de
˜ `
coraçao, a sua bondade e ao seu
˜
amor. Nao surpreende que os
˜
cristaos sejam incentivados a
‘oferecer sempre a Deus um sa-
´ ´
crifıcio de louvor, isto e, o fru-
´
to de labios que fazem de-
˜ ´
claraçao publica do seu nome’.
´
(Heb. 13:15) A fim de ajuda-lo
` ´ ´
6 Bem-vindo a Escola do Ministerio Teocratico
´
a aprimorar sua habilidade de usar os dons concedidos por Jeova
Deus para o Seu louvor, estendemos-lhe boas-vindas como estudan-
´ ´
te da Escola do Ministerio Teocratico!
ˆ ` ´ ` ´
Apesar de o curso dar bastante enfase a leitura publica, a oratoria e
` ´ ´
a arte de ensino, a Escola do Ministerio Teocratico lhe oferece outros
´ ˜ ´
benefıcios. Participar na programaçao da escola o ajudara a desenvol-
ver habilidades como fazer leitura pessoal, escutar e memorizar, estu-
dar, fazer pesquisas, analisar e organizar ideias, conversar, responder
´
perguntas e elaborar textos. As pesquisas, os comentarios e as apre-
˜ ˜ ´ ´
sentaçoes feitas na escola se basearao na propria Bıblia e em publica-
˜ ´ `
çoes bıblicas. A medida que encher a mente com as verdades precio-
´
sas da Palavra de Deus, aprendera a pensar do modo de Deus. Isso
´ ´
sera muito benefico em todas as facetas da sua vida. Falando sobre o
´ ´
valor da Palavra de Deus, William Lyon Phelps, catedratico do secu-
´
lo 20, escreveu: “Todo aquele que tem um conhecimento cabal da Bı-
blia pode de fato ser chamado de educado. . . . Creio que o conheci-
´ ´ ´
mento da Bıblia sem um curso universitario e mais valioso do que
´ ´
um curso universitario sem a Bıblia.”
´ ´
tambem incluira os procedimentos para o funcionamento da escola.
´ ´
Talvez ache pratico guarda-lo dentro deste livro.
` ´ ´
Ao se preparar para assistir a escola, lembre-se de que a Bıblia e
ˆ ˆ ` ´
o compendio principal. De prioridade a leitura do trecho da Bıblia
´ ´
designado para a semana. Sera muito bom se tambem conseguir ler
ˆ ´
com antecedencia a materia das outras partes do programa.
` ˆ ´
As vezes, a assistencia e convidada a expressar-se. Aproveite bem es-
˜ ´ ´
sas oportunidades. A participaçao e importante para ajuda-lo a lem-
˜ ˜
brar-se do que ouviu na reuniao e usar as informaçoes de modo
´
pratico.
˜
Obviamente, todos os estudantes terao oportunidade de proferir
˜
discursos ou de participar de uma apresentaçao. Aproveite bem cada
´ ´
oportunidade. Empenhe-se ao maximo para aprimorar a caracterısti-
´
ca de oratoria que lhe for indicada. Os conselhos que lhe forem da-
˜ ´
dos terao o objetivo de ajuda-lo a continuar progredindo. Aceite essa
˜ ´
ajuda de bom grado. Anote em seu livro sugestoes especıficas sobre o
˜
que pode fazer para se aprimorar. Visto que nao conseguimos nos ver
˜ ´
assim como os outros nos veem, as sugestoes bıblicas amorosas e os
conselhos que recebemos podem contribuir significativamente para
´ ´
o nosso progresso. Isso acontece mesmo quando ja se esta
´ HABILIDADES
matriculado na escola por varios anos. — Pro. 1:5.
´ ´ DESTACADAS
Gostaria de progredir de maneira mais rapida? Isso e NO CURSO
˜ ˆ
uma questao de iniciativa. Estude com antecedencia a
´
materia dos discursos de estudante. Caso haja necessidade ˙ Como escutar e
ˆ ´ memorizar
de substituir algum estudante, voce estara preparado para
´ ˆ ´ ˙ Leitura pessoal
se apresentar e isso lhe dara mais experiencia. Tambem,
˜ ` ˙ Como estudar
preste bastante atençao a maneira de os outros estudantes
´ ˙ Como fazer pesquisas
abordarem a materia. Podemos aprender uns com os ou-
´ ˜
tros. ˙ Analise e organizaçao
´ ˆ ˆ de ideias
Alem disso, dependendo das circunstancias, voce pode
˙ A arte de conversar
acelerar seu progresso adiantando o estudo deste livro.
´ ´ ˙ Como responder
Depois que estiver bem inteirado do conteudo dos proxi- perguntas
mos 15 estudos, comece a analisar o “Programa para de- ˙ Como elaborar textos
´
senvolver a oratoria e a arte de ensino”, que se inicia na
´ ˜ ´
pagina 78. Primeiro, estude cada liçao e faça os exercıcios
` ´ ´
8 Bem-vindo a Escola do Ministerio Teocratico
´ ´
sugeridos. Ao sair no ministerio, coloque em pratica o que estiver
aprendendo. Isso pode acelerar seu progresso como orador e como
instrutor da Palavra de Deus.
´ ´ ´
O que aprender na Escola do Ministerio Teocratico o ajudara a se
´
preparar para o que e mais importante na vida. Visto que estamos vi-
´ ´ ´ ´
vos porque e da vontade de Deus, louva-lo e cumprir o proprio obje-
ˆ ´
tivo de nossa existencia. Jeova Deus merece que lhe prestemos lou-
˜
vor da melhor qualidade. (Rev. 4:11) A orientaçao que recebemos na
´
escola e um meio de fazermos isso, porque nos ajuda a raciocinar de
maneira clara, agir com sabedoria e transmitir eficazmente as mara-
vilhosas verdades da Palavra inspirada de Deus.
˜
FONTE DE INFORMAÇOES
´
Comunicar-se eficazmente e uma arte que se refiram a ele mais de 40 vezes como Ins-
´
nem todos dominam. Ja se publicaram mui- trutor. Podemos aprender muito com ele
tos livros para ajudar as pessoas nesse cam- ´
sobre oratoria e ensino.
po. Mas o Criador, que dotou o ser humano ´ ´
O registro bıblico tambem mostra como
com a capacidade da fala, sabe mais sobre ´
´ Jeova Deus usou homens e mulheres de
oratoria e ensino do que qualquer instrutor ´ ˜
ˆ varias formaçoes para realizar sua vontade.
humano. Seu Filho unigenito atuou como
˜ ´ Alguns transmitiram mensagens breves, mas
Mestre de Obras na formaçao do cerebro ˜
´ ˜ poderosas. Muitos nao discursaram para
humano, dos orgaos da fala e de todas as
˜ grandes plateias, mas deram fielmente tes-
outras maravilhas da criaçao.
˜ temunho sobre o Deus verdadeiro e seus
Durante a criaçao dos anjos e dos hu- ´
propositos. Tudo indica que, em sua maio-
manos, esse Filho atuou como a Palavra de ˜
ria, nao eram oradores eloquentes, mas
Deus, o instrumento principal usado pelo
´ ˜ ` Deus abençoou seus esforços. Podemos
proprio Deus para transmitir orientaçoes as ´
˜ aprender do que a Bıblia nos conta sobre
suas criaturas. (Pro. 8:30; Joao 1:1-3) Esse ´
` como realizaram o ministerio. — Sal. 68:11.
Filho foi enviado a Terra como o Senhor ´ ˜ ´
Jesus Cristo, a respeito de quem o registro Obviamente, a Bıblia nao e um manual
˜ ´
inspirado diz: “As multidoes ficaram assom- de oratoria. Mas quando analisamos seu
´ ˜
bradas com o seu modo de ensinar.” Aque- conteudo, descobrimos informaçoes valiosas
´
les que o ouviam diziam: “Nunca homem sobre oratoria e ensino. Este livro, Beneficie-
˜ ´ ´
algum falou como este.” (Mat. 7:28; Joao se da Escola do Ministerio Teocratico, foi
˜ ´ ˜
7:46) Nao e para menos que os Evangelhos esboçado com base nessas informaçoes.
Tenha prazer em ler a Palavra de Deus
´ ´ ´ ˆ
FELIZ e o homem cujo “agrado e na lei de Jeova”. Esse homem le a Pa-
ˆ
lavra de Deus “dia e noite em voz baixa”. (Sal. 1:1, 2) Voce sente tal
prazer? Como pode sentir ainda mais alegria na leitura da Palavra de
Deus?
´
Escute a voz de Jeova
˜
Nao faça uma simples leitura. Visualize os acontecimentos e imagi-
´ ´
ne como foi o dialogo entre os personagens. Ao ler os capıtulos iniciais
´ ´ ´
da Bıblia, ouça o proprio Jeova contar, passo a passo, como preparou
a Terra para receber o homem. Ouça-o dizer ao seu Filho, o Mestre de
Obras, que chegou a hora de criar os primeiros humanos. Visualize
˜
a seguinte cena: Adao e Eva se rebelam, Deus os julga e em seguida
´ ˆ
os expulsa do Paraıso. (Genesis, caps. 1-3) Admire-se ao ler que uma
´
voz do ceu identifica Jesus Cristo como o amado Filho de Deus, aque-
le que Deus enviou para dar a vida pela humanidade. (Mat. 3:16, 17)
˜ ´ ˜ ´
Tente imaginar a reaçao do apostolo Joao ao ouvir Jeova declarar: “Eis
que faço novas todas as coisas.” (Rev. 21:5) Ler a Palavra de Deus des-
´ ´
sa maneira e realmente agradavel.
´ ´ ´
Continue a ler o registro inspirado e vera que Jeova e uma pes-
ˆ ˆ ´
soa majestosa, que inspira reverencia. Voce se sentira irresistivelmen-
´ ´
te atraıdo a esse Deus que nos ama, nos trata com misericordia, nos
ajuda se continuarmos humildemente procurando fazer sua vontade
e nos mostra como ser bem-sucedidos em tudo. — Jos. 1:8; Sal. 8:1; Isa.
41:10.
´ ´ ´
Quanto mais ler a Bıblia, mais satisfeito ficara, porque conhecera a
˜ ˜ ´
vontade de Deus mais a fundo. Mas sua satisfaçao nao se restringira
˜ ´
a isso. Quando perceber que as informaçoes obtidas na leitura da Bı-
ˆ
blia o ajudam a lidar com problemas de maneira sensata, voce se sen-
´ ˆ ˜
tira como o salmista, que disse: “Tuas advertencias sao maravilhosas.
´ ˆ
Por isso e que a minha alma as tem observado.” (Sal. 119:129) Voce
´ ´ ´ ´
tambem ficara contente quando conseguir discernir princıpios bıbli-
`
cos que ajudam a amoldar seu modo de pensar e seus desejos a vonta-
de de Deus. — Isa. 55:8, 9.
´ ˜
A Bıblia fornece orientaçao moral que nos protege contra o dano e
`
nos mostra o rumo certo a seguir. A medida que a lemos, percebemos
9
10 Tenha prazer em ler a Palavra de Deus
´ ´
que Jeova e um Pai que sabe que problemas enfrentaremos se ceder-
˜
mos aos desejos da carne imperfeita. Ele nao quer que soframos as
ˆ ´ ´ ˜
consequencias terrıveis e inevitaveis de violar seus altos padroes de
moral. Ele se importa conosco e quer que vivamos da melhor manei-
´
ra possıvel. A leitura de sua Palavra leva-nos a reconhecer plenamente
´ ˆ ˜ ˆ
que e uma verdadeira bençao te-lo como nosso Deus e Pai celestial.
´
Leia a Bıblia diariamente
ˆ
O salmista disse o seguinte a respeito do homem que le a Palavra de
´
Deus diariamente: “Tudo o que ele fizer sera bem-sucedido.” (Sal. 1:3)
˜
Realmente, apesar de nossas imperfeiçoes, de vivermos num sistema
´
perverso controlado por Satanas e dos esforços do Diabo para nos de-
˜ ˜
vorar, a leitura regular e a aplicaçao da Palavra de Deus nos darao con-
˜
diçoes de ser bem-sucedidos em tudo o que diz respeito ao nosso rela-
´
cionamento com Jeova.
Visto que somos pressionados por este velho sistema, absorver os
pensamentos do Criador, mesmo que por alguns momentos preciosos
todo dia, pode fortalecer-nos. Alguns que estiveram presos por causa
´ ´
de sua fe tinham acesso apenas a alguns versıculos que vez por ou-
tra encontravam transcritos em artigos de jornais. Eles os recortavam,
´
memorizavam e meditavam neles. Jeova abençoou seus esforços por-
ˆ
que fizeram o que podiam naquelas circunstancias para absorver co-
´
nhecimento da Palavra de Deus. (Mat. 5:3) Contudo, a maioria de nos
˜
tem muito mais liberdade. Nao devemos imaginar que ler rapidamen-
´ ´ ´ ´
te um versıculo bıblico por dia tera, por si so, algum efeito milagroso.
Mas seremos abençoados caso ajustemos nossas prioridades para que
´
consigamos ler diariamente um trecho da Bıblia, meditar nele e apli-
´
ca-lo em nossa vida.
Contudo, temos de admitir que, por mais bem elaborados que se-
jam, nossos planos podem falhar. Quando isso acontece, damos prio-
` ˜ ´
ridade as coisas realmente importantes. Por exemplo, nao ficarıamos,
´ ´
de proposito, um ou dois dias sem tomar agua. Assim, a despeito do
que possa acontecer no dia a dia, devemos reservar tempo para nos re-
´
vigorar com as aguas da verdade. — Atos 17:11.
Leia toda a Palavra de Deus
´ ´
Ja leu a Bıblia inteira? Alguns ficaram assustados com a ideia de
´ ˆ ˜
ler a Bıblia de Genesis a Revelaçao. Por isso, muitas pessoas que que-
´ ˜
riam ler a Bıblia inteira começaram pelas Escrituras Gregas Cristas. Por
Tenha prazer em ler a Palavra de Deus 11
ˆ ´
que? Talvez porque assim podiam ver de maneira mais facil como es-
´ `
ses livros bıblicos se aplicavam a elas a medida que procuravam seguir
os passos de Cristo. Ou talvez tenha sido porque as Escrituras Gregas
˜ ´
Cristas parecem conter menos materia para ler — apenas pouco mais
´
de um quarto da Bıblia. Mas depois de terminarem a leitura desses
27 livros, começaram a ler os 39 livros das Escrituras Hebraicas e gos-
ˆ ´
taram de le-los. Quando terminaram de ler as Escrituras Hebraicas, ja
´ ´
haviam criado o habito de ler a Bıblia. Assim, passaram a ler as Escri-
turas Gregas pela segunda vez e nunca mais pararam. Esperamos que
ˆ ´ ´ ´
voce tambem transforme a leitura diaria da Palavra de Deus num ha-
´
bito vitalıcio.
´ ´ ˜ ˜
Existe alguem em sua famılia ou na congregaçao que nao sabe ler?
˜ ´
Por que nao se oferece para ler a Bıblia regularmente para essa pessoa?
ˆ ´ ´
Voce se beneficiara, e o mesmo acontecera com ela ao passo que me-
˜
ditar no que ouve e aplicar as informaçoes aprendidas. — Rev. 1:3.
´ ´
TIRE PROVEITO DA LEITURA DIARIA DA BIBLIA
´ ˜ ´
Grande parte do que e ensinado na Escola uma boa programaçao. Ler a Bıblia juntos
´ ´ ´ ´ ´ ˆ
do Ministerio Teocratico gira em torno do podera incentiva-los a tambem le-la pessoal-
´ mente todos os dias.
programa de leitura da Bıblia. Incentivamos
ˆ ´ ´ ´
voce a acompanhar esse programa. E necessario autodisciplina para ler a Bıblia
˜ ´
A programaçao semanal da escola inclui diariamente. ´ Ninguem nasce com o desejo de
´ fazer isso. E preciso desenvolver` ‘anseio’ pela
a leitura e analise de um pequeno trecho da
´ ´ Palavra de Deus. (1 Ped. 2:2) A medida que
Bıblia. Se a acompanhar, com o tempo lera ´
´ cultivar o habito de ler, seu apetite espiritual
a Bıblia inteira. ´ ´ ´
´ ´ aumentara. Daı, tera vontade de estudar
Para criar o habito de ler a Bıblia diaria- mais e de empenhar-se em projetos especiais
´ ´ ´
mente, reserve um horario especıfico — talvez de leitura e estudo da Bıblia para aprofundar
˜ ˜
pela manha, por volta do meio-dia, na hora sua compreensao e apreço pelas riquezas
do jantar ou antes de se deitar. Deixar para ´ ˆ
´ espirituais que Jeova nos prove.
ler pequenos trechos da Bıblia apenas quan- ´
˜ ´ Ao ler a Bıblia, tire tempo para meditar no
do tiver tempo ao longo do dia nao garantira ˆ
significado do que le — no que o relato lhe
regularidade. ´ ˆ
diz a respeito de Jeova, na influencia positiva
´
Caso seja chefe de famılia, mostre interesse que pode ter em sua vida e em como pode
´ ˜
pelos membros da famılia ajudando-os a ter usar a informaçao para ajudar outras pessoas.
12 Tenha prazer em ler a Palavra de Deus
Escute os discursos
´ ´
E provavel que consiga lembrar-se de coisas interessantes que ouviu
em discursos. Mas escutar um discurso envolve mais do que apenas
´
captar pontos interessantes. O discurso e como uma viagem. Embora
possa haver coisas interessantes para ver ao longo do caminho, o mais
´
importante e o destino, o objetivo. O orador pode estar tentando fazer
ˆ ˜
a assistencia chegar a determinada conclusao ou motivar os presentes a
agir de determinada maneira.
´ ` ˜ ´
Considere o discurso de Josue a naçao de Israel, registrado em Josue
˜
24:1-15. Seu objetivo era motivar o povo a adotar uma posiçao intransi-
˜ ` ˜
gente em relaçao a adoraçao verdadeira, separando-se por completo da
˜ ˜
idolatria existente nas naçoes vizinhas. Por que isso era tao importan-
ˆ ˜
te assim? A predominancia da adoraçao falsa representava uma ameaça
´ ` ˜ ˜ ´
seria a posiçao da naçao perante Jeova. O povo respondeu ao apelo de
´ ´ ´ ´
Josue, dizendo: “E inconcebıvel da nossa parte abandonarmos a Jeova
´
para servir a outros deuses. . . . Serviremos a Jeova.” E realmente fizeram
isso! — Jos. 24:16, 18, 31.
´
Ao escutar um discurso, tente discernir o objetivo do que esta sendo
dito. Veja como os pontos mencionados pelo orador contribuem para
atingir esse objetivo e pergunte-se o que precisa fazer com base nas in-
˜
formaçoes apresentadas.
˜
Escute nas sessoes de perguntas e respostas
˜
O Estudo de A Sentinela, o Estudo de Livro de Congregaçao e algumas
˜ ˜
partes da Reuniao de Serviço sao apresentadas por meio de perguntas e
´ ´
respostas com base em materia bıblica impressa.
˜ ´
Escutar nessas sessoes de perguntas e respostas e, de certa maneira,
como participar de uma conversa. Para beneficiar-se plenamente, escu-
˜ ´
te com atençao. Observe a linha de raciocınio e veja como o dirigente
`
destaca o tema e os pontos principais. Responda mentalmente as per-
`
guntas dele e escute a medida que outros comentam e explicam o valor
´ ´ ´
pratico da materia. Ouvir o ponto de vista de outras pessoas pode ajuda-
ˆ ´
lo a enxergar de um angulo diferente assuntos ja conhecidos. Expresse
´
sua fe, partilhando com outros seu ponto de vista. — Rom. 1:12.
ˆ ´ ´
Estudar com antecedencia a materia designada o ajudara a envolver-
´ ´
se na analise do assunto e a entender os comentarios feitos por outros.
˜ ´
Caso nao consiga estudar bem a materia, gaste pelo menos alguns mi-
˜ ˜ ˜ ´
nutos para ter uma visao geral da informaçao antes da reuniao. Isso fara
com que tire mais proveito do que for analisado.
˜
16 ‘Preste atençao a como escuta’
´
um bom motivo para lembrar-se do nome; daı, experimente aplicar
˜
algumas das sugestoes acima.
ˆ ´ ´ ´
Lembrar-se do que le tambem e importante. O que pode ajuda-lo a
´
melhorar nesse respeito? E preciso ter interesse e compreender o que
ˆ ˜ ` ˆ
le. Para dedicar atençao total a leitura, voce precisa ter interesse na
´ ˜ ´ ˜
materia. Nao conseguira gravar informaçoes se estiver pensando em
ˆ
outra coisa enquanto le. Para compreender melhor, relacione a infor-
˜ ´
maçao a coisas que lhe sejam familiares ou a algo que ja tenha apren-
˜
dido. Pergunte-se: ‘Como e quando posso aplicar essa informaçao?
´ ´
Como posso usa-la para ajudar outros?’ Algo que tambem ajuda a me-
˜ ´
lhorar a capacidade de compreensao e ler frases, em vez de ler palavra
´
por palavra. Assim conseguira entender ideias e identificar os pontos
´
principais com mais rapidez, tornando-os mais faceis de lembrar.
Tire tempo para recapitular
˜ ˆ
Os especialistas no campo da educaçao enfatizam a importancia de
´
recapitular. Numa pesquisa, um professor universitario provou que,
´
se o estudante gastar um minuto recapitulando a materia logo depois
´ ´ ˜
de analisa-la, retera o dobro de informaçoes. Por isso, assim que ter-
´
minar a leitura — ou ler um bom trecho da materia — recapitule men-
´
talmente as ideias principais. Pense em como explicaria em suas pro-
prias palavras as coisas novas que aprendeu. Por relembrar o ponto
ˆ ˆ ´ ˆ
logo depois de le-lo, voce conseguira rete-lo por mais tempo na me-
´
moria.
´
Daı, nos dias seguintes, procure recapitular o que leu, contando a
´ ´
outra pessoa o que aprendeu. Podera fazer isso com alguem de sua fa-
´ ˜
mılia ou da congregaçao, um colega de trabalho ou de escola, um vi-
´ ˜
zinho, ou alguem no serviço de campo. Procure repetir nao apenas os
´ ´
fatos principais, mas tambem os argumentos bıblicos apresentados.
´
Isso o ajudara a memorizar coisas importantes e ao mesmo tempo be-
´
neficiara outras pessoas.
Medite em coisas importantes
´
Alem de recapitular e de falar a outras pessoas a respeito do que
´ ´ ´
leu, vera que e bom tambem meditar sobre as coisas importantes que
´
aprendeu. Os escritores bıblicos Asafe e Davi fizeram isso. Asafe disse:
´
“Lembrar-me-ei das praticas de Jah; pois, vou lembrar-me da tua ma-
ravilha de outrora. E meditarei certamente em toda a tua atividade e
ˆ ´
Voce pode melhorar a memoria 19
˜
vou ocupar-me com as tuas açoes.” (Sal. 77:11, 12) Davi escreveu algo
´
parecido: “Medito em ti durante as vigılias da noite” e “lembrei-me
˜
dos dias de outrora; meditei em toda a tua atuaçao”. (Sal. 63:6; 143:5)
Costuma fazer isso?
˜ ˜
Meditar profundamente nas açoes, nas qualidades e nas expressoes
´
da vontade de Jeova o ajuda a fazer mais do que apenas reter fatos. Se
´ ´ ˜
fizer disso um habito, vera que coisas importantes ficarao gravadas no
˜ ´ ˜
coraçao, e isso amoldara seu modo de ser. As informaçoes retidas na
´ ˜ ´
memoria se tornarao parte de seus pensamentos mais ıntimos. — Sal.
119:16.
´
O papel do espırito de Deus
Quando procuramos lembrar-nos de verdades a respeito das reali-
˜ ´ ˜
zaçoes de Jeova e das coisas ditas por Jesus Cristo, nao dependemos
´ ´ ´
unica e exclusivamente de nossa propria memoria. Na noite antes de
morrer, Jesus disse aos seus seguidores: “Enquanto permaneci convos-
´
co, falei-vos destas coisas. Mas o ajudador, o espırito santo, que o Pai
´ ´ ´
enviara em meu nome, esse vos ensinara todas as coisas e vos fara lem-
˜ ˜
brar todas as coisas que eu vos disse.” ( Joao 14:25, 26) Mateus e Joao
´ ´ ´
estavam ali. Sera que o espırito santo realmente os ajudou? Sem duvi-
da! Uns oito anos mais tarde, Mateus terminou a escrita do primeiro
˜
relato que conta a vida de Cristo em detalhes, incluindo declaraçoes
´ ˜
de valor incalculavel feitas por ele, como o Sermao do Monte e o sinal
˜
pormenorizado da presença de Cristo e da terminaçao do atual siste-
´
ma de coisas. Sessenta e cinco anos depois da morte de Jesus, o apos-
˜
tolo Joao escreveu um Evangelho contando detalhes sobre o que Je-
´ ` ˜ ´ ´
sus disse aos apostolos na noite anterior a sua morte. Nao ha duvida
˜
de que tanto Mateus quanto Joao tinham lembranças bem vivas das
coisas que Jesus havia dito e feito enquanto estavam com ele, mas o
´
espırito santo desempenhou um papel fundamental em garantir que
˜ ´
eles nao se esquecessem de detalhes importantes que Jeova desejava
incluir em sua Palavra.
´ ´
Sera que o espırito santo atua como ajudador para os servos de Deus
´ ´ ´ ˜
em nossos dias? Com certeza! E obvio que o espırito santo nao intro-
duz em nossa mente coisas que nunca tenhamos aprendido, mas ele
realmente atua como ajudador para fazer-nos lembrar das coisas im-
´ ˜ ˜
portantes que ja estudamos. (Luc. 11:13; 1 Joao 5:14) Entao, conforme
ˆ ´
20 Voce pode melhorar a memoria
´ ´
a necessidade, nossa faculdade de raciocınio e estimulada para que
˜
‘nos lembremos das declaraçoes anteriormente feitas pelos santos
profetas e do mandamento do Senhor e Salvador’. — 2 Ped. 3:1, 2.
˜
‘Nao se esqueça’
´ ´ ˜ ˜
Jeova avisou inumeras vezes a Israel: “Nao te esqueças.” Ele nao
˜ ˜
esperava que se lembrassem de tudo com perfeiçao. Mas nao deviam
˜ ´
ficar tao envolvidos com seus proprios assuntos a ponto de se esque-
´
cerem das coisas que Jeova havia feito. Deviam manter vivas as lem-
˜ ´
branças da ocasiao em que Jeova os libertou enviando seu anjo para
ˆ ´
eliminar todos os primogenitos do Egito, e de quando Jeova abriu e
´ ´
fechou o mar Vermelho, afogando Farao e seu exercito. Os israelitas
deviam lembrar-se de que Deus lhes havia dado a Lei no monte Sinai
´ `
e que os havia conduzido pelo deserto ate chegarem a Terra Prometi-
˜
da. Nao deviam esquecer-se, no sentido de que as lembranças dessas
coisas deviam continuar influenciando profundamente o que fizes-
ˆ
sem no dia a dia. — Deut. 4:9, 10; 8:10-18; Exo. 12:24-27; Sal. 136:15.
´ ´ ˜
Nos tambem devemos ter cuidado para nao nos tornarmos esque-
˜
cediços. Ao passo que lidamos com as pressoes da vida, precisamos
´ ´
lembrar-nos de Jeova, tendo em mente o tipo de Deus que ele e e o
amor que demonstrou ao dar-nos seu Filho, que forneceu um resga-
´
te pelos nossos pecados para que pudessemos ter vida perfeita para
˜
sempre. (Sal. 103:2, 8; 106:7, 13; Joao 3:16; Rom. 6:23) A leitura re-
´ ˜ ˜
gular da Bıblia e a participaçao ativa nas reunioes congregacionais e
´ ˜
no ministerio de campo manterao essas verdades preciosas bem vi-
´
vas para nos.
˜
Quando tiver de tomar decisoes, grandes ou pequenas, lembre-se
´ ˜
dessas verdades vitais e permita que influenciem seu raciocınio. Nao
˜ ´
se esqueça disso. Procure a orientaçao de Jeova. Em vez de encarar os
assuntos simplesmente do ponto de vista humano ou confiar nos im-
˜
pulsos do coraçao imperfeito, pergunte-se: ‘Que conselhos ou prin-
´ ˜
cıpios da Palavra de Deus devem influenciar minha decisao?’ (Pro.
ˆ ˜ ˜
3:5-7; 28:26) Voce nao tem condiçoes de se lembrar de coisas que
`
nunca leu ou ouviu. Mas, a medida que adquirir mais conhecimento
´ ´ ´
exato e aumentar seu amor por Jeova, o espırito de Deus podera aju-
´ ´
da-lo a se lembrar de mais coisas, e seu crescente amor por Jeova o
´
motivara a agir em harmonia com esse conhecimento.
`
Aplique-se a leitura
˜ ˆ ´
OS ANIMAIS nao conseguem fazer o que voce esta fazendo neste mo-
˜
mento. Uma dentre cada seis pessoas nao aprendeu a ler — na maio-
` `
ria dos casos devido a falta de oportunidade de ir a escola — e muitas
˜
das que aprenderam nao o fazem com tanta regularidade. Contu-
´ ˆ
do, pela leitura da pagina impressa voce pode como que viajar para
´ ˆ
outros paıses, conhecer pessoas cuja experiencia de vida pode acres-
´ ˜
centar-lhe algo e aprender coisas praticas que o ajudarao a lidar com
problemas.
A habilidade de ler influi no aproveitamento do jovem nos estu-
´
dos. Ao procurar emprego, sua leitura podera influir no tipo de traba-
´ ´ ´
lho que conseguira e na carga horaria que tera de cumprir para se sus-
ˆ ˜
tentar. A dona de casa que le bem tem mais condiçoes de
˜ ˜
cuidar da nutriçao, da higiene e da prevençao de doenças
´ ˜ ˆ O QUE INCLUI
dos membros de sua famılia. As maes que tem boa leitu-
´ ˆ SEU PROGRAMA
ra tambem podem exercer uma influencia muito positi-
DE LEITURA?
va no desenvolvimento intelectual dos filhos.
´ ´ ´
Mas e claro que o maior benefıcio da leitura e que ´ ´
´ ˜ ´
ela lhe da condiçoes de ‘achar o proprio conhecimento ˙ A Bıblia esta no topo
da lista?
de Deus’. (Pro. 2:5) Usamos a leitura em muitas facetas ˆ
˜ ˙ Le regularmente as
do serviço a Deus. Nas reunioes congregacionais lemos a
´ ˜ ´ ˆ ´ revistas A Sentinela e
Bıblia e publicaçoes bıblicas. Seu exito no ministerio de Despertai!?
campo depende em grande parte de sua leitura. E a prepa- ˆ ˜
˜ ´ ˙ Le as novas publicaçoes
raçao para essas atividades tambem envolve a leitura. Por ´
bıblicas assim que as
esse motivo, seu progresso espiritual depende muito de recebe?
´
seus habitos de leitura. ˙ Quando recebe o Nosso
´ ˆ
Ministerio do Reino, le as
Aproveite bem a oportunidade ˜
informaçoes preparadas
˜ ˜ ˆ ´
Alguns que estao aprendendo sobre Deus nao tem mui- para ajuda-lo no
´ ˜
ta escolaridade. Talvez precisem aprender a ler para ace- ministerio de pregaçao?
˜
lerar seu progresso espiritual. Ou pode ser que precisem ˙ Quantas publicaçoes
´ mais antigas das
de ajuda para melhorar a leitura. Onde ha necessidade, as ´
˜ ˜ Testemunhas de Jeova
congregaçoes fornecem aulas de alfabetizaçao com base ´
˜ ` ` ja leu?
na publicaçao intitulada Aplique-se a Leitura e a Escri-
´ `
ta. Milhares de pessoas ja foram beneficiadas. Devido a
21
Continue a aplicar-se
` ´
a leitura publica
ˆ
O que le para seus filhos pode ajudar a formar
a personalidade deles
´
Seus habitos de
leitura influenciam o
seu desenvolvimento
espiritual
ˆ ˜
importancia de ter boa leitura, algumas congregaçoes programam a
˜ ˆ
realizaçao simultanea de aulas de aprimoramento de leitura e da Es-
´ ´ ˜ ´
cola do Ministerio Teocratico. Mesmo onde nao ha tais aulas, a pes-
soa pode progredir bem, reservando tempo para ler em voz alta todos
` ´ ´
os dias, assistindo regularmente a Escola do Ministerio Teocratico e
participando nela.
˜
Infelizmente, revistas em quadrinhos e a televisao, entre outras
ˆ
coisas, tem feito com que muitas pessoas negligenciem a leitura. Ver
˜
televisao e ler pouco pode dificultar o desenvolvimento da leitura, da
habilidade de raciocinar com clareza e da capacidade de expressar-se
bem.
˜
O “escravo fiel e discreto” fornece-nos publicaçoes que nos ajudam
´ ˜ ˆ
a entender a Bıblia. Essas publicaçoes contem uma vasta quantidade
˜
de informaçoes sobre assuntos espirituais vitais. (Mat. 24:45; 1 Cor.
´ ˆ
2:12, 13) Elas tambem nos mantem informados sobre acontecimen-
tos mundiais importantes e seu significado, ajudam-nos a conhecer
melhor a natureza e nos ensinam a lidar com assuntos que nos dizem
˜ ˆ
respeito. Acima de tudo, dao enfase a como podemos servir a Deus de
´ ˜ ´
maneira aceitavel e ganhar sua aprovaçao. Essa leitura saudavel o aju-
´
dara a progredir em sentido espiritual.
˜ ´ ´
Obviamente, a habilidade de ler bem nao e, por si so, uma virtude.
Precisa ser usada de maneira correta. Temos de selecionar o que le-
mos, assim como fazemos com a comida. Por que comer alimentos
˜ ˜ ´ ´
que nao sao nutritivos ou que podem ate envenena-lo? Da mesma
´
forma, por que ler materia, mesmo ocasionalmente, que possa cor-
˜ ´ ´
romper a mente e o coraçao? Devemos basear-nos em princıpios bı-
´
blicos ao escolher materia de leitura. Antes de decidir o que ler, lem-
´
bre-se de textos como Eclesiastes 12:12, 13; Efesios 4:22-24; 5:3, 4;
˜ ˜
Filipenses 4:8; Colossenses 2:8; 1 Joao 2:15-17 e 2 Joao 10.
˜
Leia com a motivaçao correta
Ao analisarmos os Evangelhos, percebemos claramente a impor-
ˆ ˜
tancia de ler com a motivaçao correta. No Evangelho de Mateus, por
´
exemplo, encontramos Jesus perguntando a lıderes religiosos, versa-
´ ˜
dos em assuntos bıblicos, coisas como: “Nao lestes?” e “Nunca les-
`
tes?”, antes de responder, com base nas Escrituras, as perguntas cap-
ciosas deles. (Mat. 12:3, 5; 19:4; 21:16, 42; 22:31) Isso nos ensina
`
24 Aplique-se a leitura
˜ ´
que, se lermos com motivaçao impropria, poderemos tirar conclu-
˜ ´
soes totalmente erradas ou compreender mal a materia. Os fariseus
liam as Escrituras porque pensavam que por meio delas ganhariam a
˜ ´
vida eterna. Essa recompensa, como Jesus destacou, nao e concedi-
˜ ˜ ˜ ˜
da a quem nao ama a Deus e nao aceita Seu meio de salvaçao. ( Joao
˜ ´
5:39-43) As intençoes dos fariseus eram egoıstas e, por isso, eles tira-
˜
vam muitas conclusoes erradas.
´ ´ ˜
O amor por Jeova e a motivaçao mais pura que podemos ter para
ler sua Palavra. Esse amor nos incentiva a aprender a vontade de
Deus, porque o amor “alegra-se com a verdade”. (1 Cor. 13:6) Mesmo
˜ ´ ´
que nao gostassemos de ler no passado, amar a Jeova de ‘toda a men-
´ ´
te’ nos induzira a usa-la num esforço intenso para adquirir conheci-
mento sobre Deus. (Mat. 22:37) O amor desperta o interesse, e o in-
teresse estimula o aprendizado.
Analise o ritmo
˜
A leitura anda de maos dadas com o reconhecimento. Por exemplo,
ˆ ´
neste momento voce esta reconhecendo palavras e lembrando-se de
´
seu significado. Podera acelerar o ritmo de sua leitura se ampliar
´
a area de reconhecimento. Em
´ ˜
A leitura em famılia produz uniao vez de olhar para cada palavra,
´
tente visualizar v arias pala-
´
vras de uma vez. Com a prati-
´
ca, descobrira que entende de
ˆ
maneira mais clara o que le.
´
No caso das materias mais
´
profundas, podera tirar mais
´
proveito se usar outro meto-
´
do. Ao aconselhar Josue sobre
´
a leitura das Escrituras, Jeova
˜
disse: “Este livro da lei nao se
deve afastar da tua boca e tu o
tens de ler em voz baixa.” ( Jos.
´
1:8) Quando esta meditando,
a pessoa muitas vezes fala em
voz baixa. Por isso, o termo
`
Aplique-se a leitura 25
´ ´
hebraico traduzido “ler em voz baixa” tambem e traduzido “medi-
tar”. (Sal. 63:6; 77:12; 143:5) Ao meditar, a pessoa se concentra pro-
fundamente no assunto, sem pressa. Quando ficamos absortos na
leitura, permitimos que a Palavra de Deus tenha um impacto maior
˜ ´ ´
sobre a mente e o coraçao. A Bıblia contem profecias, conselhos, pro-
´ ˜
verbios, poesias, expressoes de julgamento divino, detalhes sobre o
´ ´
proposito de Jeova e uma infinidade de exemplos da vida real. To-
˜ ˜
das essas informaçoes sao valiosas para quem deseja andar nos cami-
´ ´
nhos de Jeova. Somos muito beneficiados quando lemos a Bıblia de
˜
tal modo que as informaçoes contidas nela fiquem profundamente
˜
gravadas na mente e no coraçao.
Aprenda a concentrar-se
´
Durante a leitura, imagine-se nos cenarios. Procure visualizar os
˜ ´ ´
personagens e participar de suas emoçoes. Isso e relativamente facil
quando lemos um relato como o de Davi e Golias, registrado em 1 Sa-
´ ´ ´ ´
muel capıtulo 17. Mas e possıvel dar vida ate mesmo a detalhes sobre
˜ ´ ˜ ´
a construçao do tabernaculo ou a instituiçao do sacerdocio, como
ˆ ´ ˆ
os registrados em Exodo e em Levıtico, se voce visualizar as dimen-
˜ ˜ ˆ
soes e o material usado na construçao, ou se imaginar a fragrancia do
˜
incenso, os graos torrados e os animais apresentados como ofertas
queimadas. Imagine como deve ter sido maravilhoso realizar os ser-
˜
viços sacerdotais. (Luc. 1:8-10) Se envolver seus sentidos e emoçoes
´ ˆ
dessa maneira, conseguira captar o significado do que le e isso tam-
´ ´
bem o ajudara a memorizar o assunto.
˜
Mas se nao tiver cuidado, a mente pode vaguear durante a leitura.
˜ ´ ˜
Os olhos estarao vendo a pagina, mas os pensamentos poderao estar
´ ´ ˜ ´ ´
em outro lugar. Ha musica tocando? A televisao esta ligada? Alguem
´ ´ ´ ˜
esta conversando? Se possıvel, e melhor ler num lugar em que nao
˜ ˆ
haja barulho. Contudo, a distraçao pode vir de dentro de voce. Talvez
´ ´
tenha tido um dia agitado. Infelizmente, e muito facil ficar repassan-
do na mente as coisas que aconteceram durante o dia. Obviamente,
´ ˜
e bom recapitular os eventos do dia, mas nao deve fazer isso quando
ˆ ´
estiver lendo. Voce talvez comece a leitura compenetrado, ou ate faça
˜
uma oraçao antes de ler. Mas no decorrer da leitura a mente começa
a vaguear. Tente de novo e discipline-se para ficar concentrado na lei-
´
tura. Aos poucos, percebera a melhora.
`
26 Aplique-se a leitura
˜
O que faz quando nao entende uma palavra? Algumas palavras des-
˜ ´ ` ´ ´
conhecidas sao definidas ou explicadas na materia. As vezes e possı-
˜
vel descobrir o significado com base no contexto. Se isso nao acon-
´
tecer, procure a palavra num dicionario ou marque-a para perguntar
´ ´ ´ ´
a alguem o que significa. Isso ampliara seu vocabulario e o ajudara a
ˆ
entender melhor o que le.
´
Leitura publica
´ ´
Quando o apostolo Paulo disse a Timoteo para continuar a aplicar-
` ` ´
se a leitura, ele se referia especialmente a leitura feita em benefıcio
´
de outras pessoas. (1 Tim. 4:13) A boa leitura publica envolve mais
do que simplesmente ler palavras. O leitor precisa entender o signifi-
´
cado das palavras e compreender as ideias que expressam. So quando
´
faz isso e que ele consegue transmitir corretamente as ideias e repro-
˜ ˜ ´ ´
duzir as emoçoes com exatidao. E obvio que isso exige bastante pre-
˜ ´
paraçao e ensaio. E por isso que Paulo exortou: “Continua a aplicar-te
` ´ ´ ´
a leitura publica.” A Escola do Ministerio Teocratico lhe proporciona-
´ ˜
ra um excelente treinamento nessa questao.
Reserve tempo para ler
“Os planos do diligente seguramente resultam em vantagem, mas
ˆ
todo precipitado seguramente se encaminha para a carencia.” (Pro.
´
21:5) Isso sem duvida acontece com o nosso desejo de ler. Para obter
essa “vantagem”, precisamos fazer um bom planejamento para evi-
tar que outras atividades interfiram em nossa leitura.
ˆ ´
Quando costuma ler? Tira mais proveito quando le logo no inıcio
´ ´
do dia, ou esta mais alerta em outro perıodo? Se conseguir reservar
´
mesmo que sejam 15 ou 20 minutos por dia para a leitura, ficara ad-
´
mirado de ver quanto consegue ler. O segredo e a regularidade.
´ ´
Por que Jeova preferiu ter seus grandiosos propositos escritos num
livro? Para que as pessoas pudessem consultar sua Palavra. Isso lhes
˜ ´
daria condiçoes de analisar as obras maravilhosas de Jeova, de falar
a seus filhos sobre elas e de lembrar-se do modo de Deus agir. (Sal.
78:5-7) Com respeito a esse assunto, a melhor maneira de demons-
´ ´ `
trarmos apreço pela generosidade de Jeova e aplicar-nos a leitura de
sua Palavra vitalizadora.
Vale a pena estudar!
´ ´
JA VIU alguem escolhendo frutas? A maioria das pessoas observa a cor e
˜ ´
o tamanho para saber se estao maduras. Algumas cheiram, apalpam e ate
apertam as frutas. Ainda outras observam o peso, colocando uma fruta
˜ ´
em cada mao para saber qual e a mais suculenta. O que as pessoas pen-
sam ao fazer isso? Analisam detalhes, avaliam diferenças, lembram-se de
´
outras frutas que ja escolheram e comparam o que veem no momento
´ ˜ ˜
com o que ja sabem. Por escolherem com atençao, terao o prazer de co-
mer frutas saborosas.
´ ˜
Obviamente, os benefıcios de estudar a Palavra de Deus sao muito
maiores. Quando esse estudo ocupa um lugar importante em nossa vida,
´ ´
a fe e o amor tornam-se mais fortes, o ministerio torna-se mais produtivo
˜ ˜ ˆ
e as decisoes que tomamos dao maior evidencia de discernimento e sabe-
´
doria piedosa. Falando sobre os benefıcios resultantes da sa-
´
bedoria, Proverbios 3:15 diz: “Todos os outros agrados teus
˜ ´ COMO TIRAR
nao se podem igualar a ela.” Esta sendo beneficiado assim?
A maneira de estudar pode fazer a diferença. — Col. 1:9, 10. MAIOR PROVEITO
´
O que significa estudar? E mais do que uma simples leitu-
˜
ra superficial. Envolve usar as faculdades mentais para ana- ˙ Prepare o coraçao
lisar o assunto de maneira cuidadosa ou prolongada. Inclui ˜
ˆ ´ ´ ˙ Obtenha uma visao
analisar o que le, compara-lo com o que ja sabe e observar os ´
geral da materia
˜
motivos apresentados para as declaraçoes. Ao estudar, ana-
´ ˙ Isole fatos importantes
lise a fundo as ideias novas e veja como podera aplicar ain-
´
da mais os conselhos bıblicos. Como Testemunha de Jeova,
´ ˙ Veja como os textos
´
´ ´ ˜ ´ bıblicos apoiam as
tambem desejara pensar em situaçoes em que podera usar a ˜
´ declaraçoes feitas
materia para ajudar outros. Obviamente, o estudo inclui me-
˜ ˙ Recapitule os pontos
ditaçao.
principais
Prepare-se mentalmente ˙ Medite sobre como sua
ˆ ´
Ao preparar-se para estudar, voce apanha a Bıblia, as publi- vida deve ser influencia-
˜ ´ da pelo que estuda
caçoes que pretende usar, lapis ou caneta e talvez um cader-
´ ´ ˜ ´ ´
no. Mas sera que tambem prepara o coraçao? A Bıblia nos ˙ Procure usar a materia
˜ para ajudar outras
diz que Esdras ‘preparou seu coraçao para consultar a lei de
´ ´ pessoas
Jeova e para pratica-la, e para ensinar regulamento e justiça
˜
em Israel’. (Esd. 7:10) O que envolve essa preparaçao do co-
˜
raçao?
27
28 Vale a pena estudar!
˜ ´ ˜
A oraçao nos da condiçoes de realizar o estudo da Palavra de Deus
˜ ´
com a atitude correta. Queremos que o coraçao, nosso ıntimo, seja re-
` ˜ ´ ´
ceptivo a instruçao de Jeova. Assim, ao começar a estudar, ore a Jeova
´
pedindo a ajuda do espırito santo. (Luc. 11:13) Peça-lhe que o ajude a
´ ˜ ´
entender o significado do que estudara, a ver a relaçao da materia com
´ ˜ ´
o proposito Dele, como a informaçao pode ajuda-lo a discernir entre o
´
bem e o mal, como deve aplicar seus princıpios na vida e como a ma-
´ ˜ `
teria influencia sua relaçao com Ele. (Pro. 9:10) A medida que estu-
´
dar, ‘persista em pedir sabedoria a Deus’. (Tia. 1:5) Faça uma autoanali-
se sincera com base no que aprender, ao passo que procura a ajuda de
´
Jeova para livrar-se de pensamentos errados e de desejos prejudiciais.
´
Sempre ‘responda a Jeova com agradecimento’ pelas coisas que ele re-
vela. (Sal. 147:7) Orar antes de estudar faz com que tenhamos uma rela-
˜ ´ ´ ˜
çao achegada com Jeova, uma vez que nos da condiçoes de reagir fa-
`
voravelmente as coisas que ele nos diz por meio de sua Palavra. — Sal.
145:18.
´
Essa receptividade distingue o povo de Jeova de outros estudantes. As
˜ ˆ ˜
pessoas que nao tem devoçao piedosa acham que se deve questionar e
´ ´
duvidar de tudo o que esta escrito. Mas nos temos uma atitude diferen-
´ ˜
te. Confiamos em Jeova. (Pro. 3:5-7) Se nao entendemos alguma coisa,
˜ ´
nao concluımos presunçosamente que ela deve estar errada. Pesquisa-
´
mos o assunto a fundo e esperamos por Jeova. (Miq. 7:7) Assim como
Esdras, temos o objetivo de agir com base no que aprendemos e ensinar
isso a outros. Essa atitude nos possibilita tirar muito pro-
veito do que estudamos.
COMO OBTER
˜
UMA VIS´AO GERAL Como estudar
DA MATERIA ´
Em vez de simplesmente começar pelo primeiro para-
´ ´
´ grafo e prosseguir ate o final da materia, tire tempo para
˙ Analise o tıtulo ˜ ˜
obter uma visao geral das informaçoes contidas no artigo
˜ ´ ´
˙ Veja a relaçao de cada ou no capıtulo. Comece analisando o tıtulo. Ele indica o
´ ´
subtıtulo com o tıtulo ´ ´
tema da materia que estudara. Em seguida, observe aten-
˙ Examine gravuras, ˜ ´
tamente a relaçao dos subtıtulos com o tema. Analise as
tabelas ou quadros ´
de ensino
gravuras, tabelas ou quadros de ensino contidos na mate-
˜
ria. Pergunte-se: ‘Com base nessa visao geral, o que espe-
´
ro aprender? Que valor tera para mim?’ Isso direciona seu
estudo.
´
Em seguida, passe para a materia em si. Os artigos de es-
Vale a pena estudar! 29
ˆ `
tudo de A Sentinela e alguns livros tem perguntas impressas. A medida
´ ´
que ler os paragrafos, convem marcar as respostas. Mesmo que o artigo
˜ ˆ
nao tenha perguntas, voce pode marcar os pontos importantes que de-
ˆ
seja se lembrar. Se uma ideia for nova para voce, gaste um pouco mais
de tempo para certificar-se de que a entendeu bem. Fique atento a ilus-
˜ ´
traçoes ou argumentos que possam ser usados no ministerio de cam-
´
po ou num discurso que fara em breve. Pense em determinadas pessoas
´ ´
cuja fe poderia ser fortalecida caso lhes contasse o que esta aprenden-
do. Marque os pontos que deseja usar e recapitule-os quando terminar
´
de estudar a materia.
´ ˜
Procure os textos bıblicos citados no artigo. Analise a relaçao de cada
´
texto com a ideia geral do paragrafo.
´
Talvez haja alguns pontos mais difıceis de entender ou que gostaria
´
de estudar mais detalhadamente. Anote-os para verifica-los mais tarde,
´
em vez de se desviar do assunto que esta estudando. Muitas vezes os
˜ ´ ´ ´ ´
pontos sao esclarecidos na propria materia. Caso contrario, podera pes-
quisar mais sobre o assunto. Que coisas devem ser anotadas para a pes-
ˆ ˜
quisa? Talvez voce nao tenha entendido muito bem um texto citado ou
˜
nao consiga ver como ele se aplica ao assunto. Pode ser que tenha en-
˜ ˜
tendido certa explicaçao, mas nao o suficiente para conseguir transmi-
´
ti-la a outras pessoas. Em vez de ficar na duvida, pesquise mais sobre
´
esses pontos depois de terminar de estudar a materia.
˜ ´
No meio de sua carta detalhada aos cristaos hebreus, o apostolo Pau-
´
lo declarou: “Este e o ponto principal.” (Heb. 8:1) Costuma dar a si mes-
mo um lembrete desse tipo? Veja por que Paulo fez isso. Nos primeiros
´ ´
capıtulos dessa carta inspirada, ele ja tinha mostrado que Cristo, como
´ ´
grande sumo sacerdote de Deus, havia entrado no proprio ceu. (Heb.
4:14–5:10; 6:20) Contudo, por isolar e enfatizar esse ponto principal no
´ ´
inıcio do capıtulo 8, Paulo preparou seus leitores para meditar na rela-
˜
çao desse ponto com a vida deles. Ele destacou que Cristo tinha se apre-
´
sentado diante da pessoa de Deus em benefıcio deles e que havia aber-
´
to o caminho para que eles tambem pudessem entrar naquele “lugar
santo” celestial. (Heb. 9:24; 10:19-22) A garantia de que sua esperança
seria concretizada os levaria a aplicar os conselhos que Paulo daria a se-
` ´ ` ` ˜
guir com respeito a fe, a perseverança e a conduta crista. Da mesma ma-
˜
neira, focalizarmos a atençao nos pontos principais do assunto nos aju-
´ ´ ´
dara a discernir a linha de raciocınio e fara com que tenhamos bem em
mente os motivos para agir em harmonia com esses pontos.
Procure os textos
´
na Bıblia
Reserve
tempo para
meditar
Conheça bem as ferramentas de
´
pesquisa disponıveis em seu idioma
Vale a pena estudar! 31
´ ´ ´
Sera que seu estudo pessoal o motivara a agir? Essa e uma pergunta vi-
tal. Quando aprender algo, pergunte-se: ‘Como isso deve influir em mi-
˜
nha atitude e em meus objetivos? Como posso usar essas informaçoes
˜
para resolver um problema, tomar uma decisao ou atingir um objetivo?
´ ´ ´
Como posso usa-las em minha famılia, no ministerio de campo e na
˜ ˜
congregaçao?’ Considere essas perguntas com oraçao, pensando em si-
˜ ´
tuaçoes reais em que podera aplicar o que aprendeu.
´
Quando terminar de estudar um capıtulo ou um artigo, faça uma
˜
breve recapitulaçao. Veja se consegue lembrar-se dos pontos principais
´
e dos argumentos que os apoiam. Isso o ajudara a gravar as informa-
˜
çoes.
O que estudar
´
Como povo de Jeova, temos bastante para estudar. Mas por onde
´ ´
começar? E bom analisar todos os dias o texto e o comentario do fo-
´
lheto Examine as Escrituras Diariamente. Quando estudamos a materia
´ ˜
que sera analisada nas reunioes congregacionais, tiramos muito mais
´
proveito. Alem disso, alguns usam bem o tempo estudando algumas de
˜
nossas publicaçoes que foram lançadas antes de terem aprendido a ver-
´
dade. Outros escolhem alguns trechos da leitura bıblica semanal e fa-
´
zem um estudo mais profundo desses versıculos.
ˆ ˜ ˜
Mas e se voce nao conseguir estudar bem toda a informaçao que
´ ˜
sera apresentada nas reunioes da semana? Evite a armadilha de estudar
´ ` ˆ ˜
a materia as pressas apenas por faze-lo ou, pior ainda, de nao estudar
˜
nada do que vai ser considerado porque nao consegue estudar toda a
´
materia. Veja quanto consegue estudar, e estude bem aquela parte. Faça
´ ´
isso toda semana. Com o tempo, esforce-se a estudar tambem a materia
˜
das outras reunioes.
‘Edifica os da tua casa’
´ ´ ˆ
Jeova reconhece que os chefes de famılia tem de trabalhar muito para
´ ´
sustenta-la. “Prepara a tua obra portas afora”, diz Proverbios 24:27, “e
apronta-a para ti no campo”. Apesar disso, as necessidades espirituais
´ ˜ ´
da famılia nao devem ser negligenciadas. Por isso, o versıculo continua:
´
“Depois tens de edificar tambem os da tua casa.” Como os chefes de fa-
´ ´ ˜
mılia podem fazer isso? Proverbios 24:3 diz: “Os da casa serao . . . firme-
mente estabelecidos pelo discernimento.”
´ ´
Como o discernimento pode beneficiar sua famılia? Discernimento e
´ ´
a capacidade de enxergar alem do obvio. Pode-se dizer perfeitamente
32 Vale a pena estudar!
´ ´
que o estudo familiar eficaz começa por uma analise detalhada da pro-
´
pria famılia. Como anda o progresso espiritual dos membros de sua fa-
´ ˜
mılia? Ao conversar com eles, escute com atençao. Existe um ambien-
´ ˜ `
te de queixa ou magoa? Percebe se dao prioridade as coisas materiais?
Quando vai ao serviço de campo com seus filhos, nota se eles se sen-
` ´
tem a vontade para identificar-se como Testemunhas de Jeova quando
´
encontram colegas? Gostam do programa de estudo e leitura da Bıblia
´ ˜ ˜
em famılia? Estao realmente vivendo de acordo com as orientaçoes de
´ ´
Jeova? Se for observador podera ver o que precisa fazer, como chefe da
´
famılia, para edificar qualidades espirituais em cada um de seus mem-
bros.
´
Ao tratar de necessidades especıficas, procure artigos nas revistas
ˆ ´
A Sentinela e Despertai!. Diga-lhes com antecedencia o que sera estuda-
˜
do, para que possam pensar nas informaçoes. Mantenha um ambien-
´
te cordial durante o estudo. Sem repreender ou constranger ninguem,
´ ´ ` ´
frise o valor pratico da materia e indique como ela se aplica a famılia.
´ ´
Mantenha todos envolvidos. Ajude-os a ver como a Palavra de Jeova e
´
“perfeita” e nos da exatamente o que precisamos. — Sal. 19:7.
´
Benefıcios
˜ ˆ
As pessoas observadoras que nao tem entendimento das coisas espiri-
´ ´
tuais podem estudar o Universo, os eventos mundiais e ate a si proprias,
˜
mas nao conseguem compreender o significado real do que veem. Por
´
outro lado, o espırito de Deus ajuda aqueles que estudam Sua Palavra
˜
regularmente a perceber a mao de Deus nessas coisas, e a entender o
´ ´
cumprimento de profecias bıblicas e o desenrolar do proposito de Deus
para abençoar humanos obedientes. — Mar. 13:4-29; Rom. 1:20; Rev.
12:12.
˜
Por mais maravilhoso que isso possa ser, nao devemos tornar-nos or-
´
gulhosos. A leitura diaria da Palavra de Deus ajuda-nos a manter a hu-
´
mildade. (Deut. 17:18-20) Isso tambem nos protege do “poder enga-
´ ˜ ´
noso do pecado”, porque se a Palavra de Deus esta viva no coraçao e
´
menos provavel que o pecado consiga atrair-nos e vencer nossa deter-
˜
minaçao de resistir a ele. (Heb. 2:1; 3:13; Col. 3:5-10) Assim, ‘andare-
´
mos dignamente de Jeova, com o fim de lhe agradarmos plenamente,
´
ao prosseguirmos em dar fruto em toda boa obra’. (Col. 1:10) Esse e o
´
nosso objetivo ao estudar a Palavra de Deus e, se conseguirmos alcança-
´
lo, obteremos o maior de todos os benefıcios.
Como pesquisar
˜ ˜ ˆ
O REI SALOMAO “ponderou e fez uma investigaçao cabal, a fim de por
´ ˆ
em ordem muitos proverbios”. Por que? Porque estava interessado em
escrever “palavras corretas de verdade”. (Ecl. 12:9, 10) Lucas ‘pesquisou
˜ ´
todas as coisas com exatidao, desde o inıcio’, a fim de narrar em ordem
´
logica os eventos da vida de Cristo. (Luc. 1:3) Esses dois servos de Deus
estavam pesquisando.
´ ´ ˜
O que e pesquisa? E a busca minuciosa de informaçoes sobre deter-
˜ ´
minado assunto. Inclui ler e exige a aplicaçao dos princıpios do estudo.
´
Tambem pode envolver entrevistas.
ˆ ´ ´
Em que circunstancias e necessario fazer pesquisas? Seguem-se al-
´
guns exemplos. Durante o estudo pessoal ou a leitura da Bıblia, po-
ˆ
dem surgir algumas perguntas importantes para voce. Ao
dar testemunho, a pessoa talvez lhe faça uma pergunta so-
ˆ ˜ ´
bre a qual voce gostaria de obter informaçoes especıficas QUAIS DESSAS
ˆ
para responder. Ou pode ser que voce tenha sido designa- FERRAMENTAS DE ˆ
do para proferir um discurso. PESQUISA VOCE TEM?
´
No caso de um discurso, pode ser que a materia que lhe
´ ´ ´
foi designada pareça bem generica. Como podera aplica-la ˜
˙ Traduçao do Novo Mundo
aos ouvintes? Enriqueça-a por meio de pesquisas. Um ar- das Escrituras Sagradas
´ ´
gumento aparentemente obvio torna-se informativo e ate ˙ Comprehensive
´
motivador quando apoiado por dados estatısticos ou por Concordance
´ ˆ
um exemplo que se encaixe na materia e que tenha a (Concordancia
´ ´ Abrangente)
ver com os presentes. A materia que servira de base para
seu discurso pode ter sido preparada para leitores de todo ˙ A Sentinela e Despertai!
ˆ ´ `
o mundo, mas voce precisa ampliar e ilustrar os pontos, e ˙ Raciocınios a Base das
˜ Escrituras
mostrar como se aplicam a determinada congregaçao ou
´ ´
a uma pessoa especıfica. Como fazer isso? ˙ Testemunhas de Jeova
ˆ — Proclamadores do
Antes de começar a pesquisar, pense na assistencia.
´ ´ ´ Reino de Deus
O que ja conhecem da materia? O que precisam saber? Daı,
ˆ ˙ Estudo Perspicaz das
identifique o seu objetivo. Voce pretende explicar, conven- Escrituras
´ ´ ´
cer, refutar ou motivar? Para explicar algo e necessario in- ˙ Indice
˜
das Publicaçoes da
˜
cluir informaçoes adicionais a fim de esclarecer o assunto. Torre de Vigia
´
Embora os fatos basicos possam ser compreendidos, talvez ˙ Watchtower Library em
precise falar um pouco mais sobre quando ou como fazer CD-ROM
´ ´
o que esta sendo dito. Para convencer, e preciso apresentar
33
34 Como pesquisar
´
motivos e provas que indiquem por que uma coisa e de determinada
´ ´
maneira. Para refutar, e necessario conhecer bem os dois lados da ques-
˜ ˆ ´ ˜
tao e analisar detalhadamente as evidencias usadas. E obvio que nao
procuramos apenas usar argumentos fortes, mas procuramos meios
para apresentar fatos de maneira bondosa. Motivar envolve tocar o co-
˜
raçao. Significa incentivar os ouvintes e estimular seu desejo de agir
´
em harmonia com o que esta sendo dito. Citar exemplos de pessoas
que agiram assim, mesmo ao enfrentar dificuldades, pode tocar o cora-
˜
çao dos ouvintes.
´ ˜
Esta pronto para começar? Ainda nao. Veja a quantidade de informa-
˜ ´ ´
çao de que precisara. O tempo e um fator importante. Se tiver de apre-
˜ ´
sentar a informaçao a outros, quanto tempo tera para fazer isso? Cinco
´
minutos? Quarenta e cinco minutos? Ha um limite de tempo, como
˜ ´
acontece nas reunioes, ou ha certa flexibilidade, como no caso de um
´
estudo bıblico ou de uma visita de pastoreio?
´ ` ˜ ´
Por ultimo, que ferramentas de pesquisa tem a disposiçao? Alem das
´ ˜ ´
que tem em casa, ha mais na biblioteca do Salao do Reino? Sera que os
˜ ´ ´
irmaos que ja servem a Jeova por muitos anos estariam dispostos a dei-
´ ˜ ´
xa-lo consultar suas publicaçoes? Existe uma biblioteca publica em sua
˜ ˆ ´
regiao para que possa consultar livros de referencia, caso necessario?
Como usar nossa ferramenta de pesquisa
´
mais importante — a Bıblia
´
Se o seu projeto de pesquisa envolve o significado de um texto bıbli-
´ ´
co, comece com a propria Bıblia.
Examine o contexto. Pergunte-se: ‘A quem foi dirigido esse texto?
ˆ
O que o contexto diz sobre as circunstancias que levaram a essa decla-
˜
raçao ou a atitude das pessoas envolvidas?’ Esses detalhes muitas vezes
´ ´
nos ajudam a entender um versıculo, e tambem podem ajudar-nos a
enriquecer um discurso.
´
Por exemplo, o texto de Hebreus 4:12 muitas vezes e citado para mos-
˜
trar que a Palavra de Deus tem o poder de tocar o coraçao e influenciar
pessoas. O contexto ajuda-nos ainda mais a ver como isso realmente
pode acontecer. Fala sobre os 40 anos que Israel passou no deser-
´ ˜
to antes de entrar na terra que Jeova havia prometido a Abraao. (Heb.
´
3:7–4:13) “A palavra de Deus” — sua promessa de leva-los a um lugar de
˜ ˜
descanso, em harmonia com o pacto que havia feito com Abraao — nao
estava morta; estava viva e rumo ao cumprimento. Os israelitas tinham
´ ` ´
todos os motivos para ter fe nessa promessa. Mas, a medida que Jeova
os conduzia do Egito para o monte Sinai e dali para a Terra Prometida,
Como pesquisar 35
´ ´ ˜ ˜
eles demonstraram falta de fe em varias ocasioes. Assim, sua reaçao ao
˜
modo de Deus cumprir sua Palavra revelou o que tinham no coraçao.
Atualmente, a palavra ou promessa de Deus revela o que o homem tem
˜
no coraçao.
ˆ ´ ˆ ˆ
Consulte as referencias cruzadas. Algumas Bıblias tem referencias
ˆ ´
cruzadas. Voce tem uma assim? Se tiver, elas podem ser uteis. Veja um
˜
exemplo da Traduçao do Novo Mundo das Escrituras Sagradas. O tex-
to de 1 Pedro 3:6 menciona Sara como exemplo digno de ser imita-
˜ ˆ ˆ
do pelas esposas cristas. A referencia cruzada a Genesis 18:12 reforça
´ ˜
essa ideia dizendo que, “no ıntimo”, Sara chamava Abraao de senhor.
˜ ˜ ´
Isso mostra que sua submissao vinha do coraçao. Alem desses esclare-
ˆ ´ ´
cimentos, as referencias cruzadas podem leva-lo a versıculos que mos-
´
tram o cumprimento de uma profecia bıblica ou de um modelo do
´ ˆ
pacto da Lei. Contudo, e bom estar ciente de que algumas referencias
˜ ˆ ˜
cruzadas nao tem o objetivo de fornecer explicaçoes. Elas podem sim-
˜ ´
plesmente indicar ideias paralelas ou ainda informaçoes biograficas ou
´
geograficas.
ˆ ´ ˆ ´ ´
Pesquisa com uma concordancia bıblica. A concordancia bıblica e
´ ´ ´ ´
um ındice alfabetico de palavras usadas na Bıblia. E usada para en-
´
contrar textos que se relacionam com o assunto que esta pesquisan-
´ ´ ´ ´
do. Ao consulta-los, aprendera outros detalhes praticos. Vera a evi-
ˆ
dencia do “modelo” da verdade contido na Palavra de Deus. (2 Tim.
˜ ´ ´ ´
1:13) A Traduçao do Novo Mundo contem um “Indice de Palavras Bıbli-
ˆ ´
cas”. A Comprehensive Concordance (Concordancia Abrangente) e mui-
´ ´
to mais extensiva. Se estiver disponıvel em seu idioma, ela lhe indicara
´
todos os textos em que aparecem as principais palavras da Bıblia.
Como usar outras ferramentas de pesquisa
´ ´
O quadro na pagina 33 alista uma serie de outras ferramentas de pes-
quisa fornecidas pelo “escravo fiel e discreto”. (Mat. 24:45-47) Muitas
ˆ ´ ´ ˜ ´ ´
delas tem um ındice da materia contida na publicaçao, alem de um ın-
´ ´ ˜ ´
dice no final cuja finalidade e ajuda-lo a encontrar informaçoes especı-
ficas. No final de cada ano, as revistas A Sentinela e Despertai! trazem
´
ındices dos assuntos publicados nelas durante o ano.
˜
Estar familiarizado com o tipo de informaçao contida nessas publica-
˜ ´
çoes bıblicas pode acelerar o processo de pesquisa. Digamos, por exem-
ˆ ˜
plo, que voce queira saber algo sobre profecia, doutrina, conduta crista
˜ ´ ´
ou aplicaçao de princıpios bıblicos. A revista A Sentinela provavelmen-
˜ ´
te tem a informaçao que procura. A Despertai! publica materias sobre
36 Como pesquisar
˜ ˆ ´ ´
eventos e problemas atuais, religiao, ciencia e povos de varios paıses.
´
O livro O Maior Homem Que Ja Viveu comenta todos os relatos conti-
´ ˜
dos nos Evangelhos, em ordem cronologica. Algumas publicaçoes ana-
´ ´ ´ ´
lisam livros bıblicos versıculo por versıculo, como e o caso de Revela-
˜ ´ ´ ´ ˜ `
çao — Seu Grandioso Clımax Esta Proximo!, Preste Atençao a Profecia de
´
Daniel! e os dois volumes de Profecia de Isaıas — Uma Luz para Toda a
´ ` ˆ
Humanidade. No livro Raciocınios a Base das Escrituras voce encontra-
´ ´ ´
ra respostas satisfatorias a centenas de perguntas bıblicas comumente
levantadas no serviço de campo. Quando quiser saber mais sobre ou-
˜ ´
tras religioes, seus ensinos e sua historia, consulte o livro O Homem em
´
Busca de Deus. A obra Testemunhas de Jeova — Proclamadores do Rei-
´
no de Deus conta em detalhes a historia moderna das Testemunhas de
´
Jeova. Se desejar saber os acontecimentos recentes na obra mundial de
˜ ´ ´ ´
pregaçao, consulte o ultimo Anuario das Testemunhas de Jeova. A obra
´ ´ ´
Estudo Perspicaz das Escrituras e uma enciclopedia e um atlas da Bıblia;
se precisar obter detalhes sobre povos, lugares, coisas, idiomas ou even-
´ ´ ´
tos historicos associados com a Bıblia, e uma excelente fonte de pes-
quisas.
´ ˜ ´
“Indice das Publicaçoes da Torre de Vigia”. Esse Indice, publicado em
´ ˜ ´
mais de 20 idiomas, o ajudara a encontrar informaçoes em varias pu-
˜ ´ ´ ´
blicaçoes. Esta dividido em ındice de assuntos e ındice de textos. Para
´
usar o ındice de assuntos, encontre a palavra que corresponda ao as-
sunto que deseja pesquisar. Caso queira saber mais sobre algum tex-
´
to, procure-o na lista do ındice de textos. Se algo foi publicado em
´ ´
seu idioma sobre o assunto ou o texto bıblico que procura, no perıodo
´ ´ ˆ ´
abrangido pelo Indice, encontrara uma lista de referencias. No inıcio
´ ´ ˜ ˜
do Indice ha uma relaçao com as abreviaturas das publicaçoes citadas.
´ ´ `
(Ao consulta-la, vera, por exemplo, que w99 1/3 15 se refere a revista
´
A Sentinela de 1.° de março de 1999, pagina 15.) Verbetes principais,
ˆ ´
como “Experiencias no ministerio de campo” e “Biografias de Teste-
´ ´
munhas de Jeova”, podem ser uteis ao preparar discursos para motivar
˜
a congregaçao.
Visto que pesquisar pode ser muito envolvente, tome cuidado para
˜ ´
nao se desviar do assunto que esta pesquisando. Concentre-se no obje-
´ ´
tivo de pesquisar a materia necessaria para cumprir a tarefa do momen-
´ ˆ ´
to. Se o Indice fizer referencia a determinada fonte de materia, abra a
˜ ´ ´
publicaçao na pagina indicada e use os subtıtulos e as primeiras sen-
´ ˜
tenças dos paragrafos para encontrar a informaçao de que precisa. Se
´ ´
estiver procurando o significado de determinado versıculo bıblico, pri-
Como pesquisar 37
´ ˜
meiro localize o texto na pagina indicada e entao examine os comen-
´ ˜
tarios antes e depois da citaçao.
“Watchtower Library” (Biblioteca da Torre de Vigia) em CD-ROM.
´
Se tiver acesso a um computador, talvez ache util usar a Watchtower
´ ˜
Library em CD-ROM, que contem uma vasta coleçao de nossas publica-
˜ ˆ
çoes. O programa tem um sistema simples pelo qual voce pode procu-
˜ ˜ ´
rar uma palavra, uma combinaçao de palavras, ou uma citaçao bıblica
˜
em qualquer publicaçao da Watchtower Library. Caso essa ferramenta
˜ ´ ´ ´
de pesquisa nao esteja disponıvel em seu idioma, podera acessa-la em
um idioma internacional com que estiver familiarizado.
´
Outras bibliotecas teocraticas
´
Em sua segunda carta inspirada ao jovem Timoteo, Paulo pediu-lhe
que levasse “os rolos, especialmente os pergaminhos”, a Roma, onde
Paulo estava. (2 Tim. 4:13) Paulo valorizava certos escritos e os guarda-
ˆ ´
va. Voce tambem pode fazer isso. Costuma guardar os exemplares de
´
A Sentinela, Despertai! e do Nosso Ministerio do Reino, mesmo depois
˜ ´ ´
de terem sido estudados nas reunioes? Se fizer isso, podera usa-los para
˜ ´
fazer pesquisas junto com as outras publicaçoes bıblicas que tiver ad-
˜ ˜ ˜
quirido. A maioria das congregaçoes tem uma coleçao de publicaçoes
´ ˜ ˜
teocraticas na biblioteca do Salao do Reino. Essas publicaçoes podem
˜ ˜
ser usadas por todos os membros da congregaçao, dentro do Salao do
Reino.
Arquivo pessoal
´ ´
Fique atento a materias interessantes que podera usar tanto para fa-
lar com as pessoas como para ensinar. Se encontrar num jornal ou
´ ´
numa revista uma materia interessante, dados estatısticos ou um exem-
´
plo que possa usar no ministerio, recorte o artigo ou copie as informa-
˜ ˜
çoes. Inclua a data, o nome da publicaçao e talvez o nome do autor ou
˜
do editor. Nas reunioes congregacionais, anote argumentos e ilustra-
˜ ˜ ´ ´
çoes que poderao ajuda-lo a explicar a verdade a outras pessoas. Ja lhe
˜ ˜
aconteceu de ter uma boa ideia para uma ilustraçao, mas nao surgir a
´
oportunidade de usa-la logo? Anote-a e guarde-a em seus arquivos. De-
´ ´
pois de participar na Escola do Ministerio Teocratico por algum tempo,
ˆ ´ ´ ˜
voce tera preparado varios discursos. Guarde suas anotaçoes. As pesqui-
˜ ´
sas que tiver feito poderao ser uteis mais tarde.
Converse com outros
˜ ˜
Pessoas sao uma rica fonte de informaçoes. Para compilar seu Evan-
˜
gelho, Lucas evidentemente obteve muitas informaçoes entrevistando
38 Como pesquisar
´
Ele e a ideia central que pretende transmitir e indica o ponto de
ˆ
vista sob o qual voce pretende abordar o assunto. Caso o tema lhe
seja fornecido, analise cuidadosamente cada palavra principal dele.
´
Se tiver de desenvolver o tema com base numa materia impressa, es-
tude-a com o tema em mente. Se receber apenas o assunto sobre o
˜ ˆ ´
qual falar, entao voce tera de escolher o tema. Antes de fazer isso, tal-
´
vez queira fazer pesquisas. Tenha mente aberta e conseguira novas
ideias.
Ao dar esses passos, tenha em mente as seguintes perguntas: ‘Por
´ ´ ˆ ´
que essa materia e importante para a minha assistencia? Qual e meu
˜ ´
objetivo?’ Nao deve ser apenas cobrir materia ou proferir um dis-
´
curso interessante, mas transmitir algo benefico para os ouvintes.
Quando definir o objetivo, anote-o e mantenha-o em mente duran-
˜
te a preparaçao.
Depois de definir o objetivo do discurso e escolher
COMO ELABORAR
um tema que combine com ele (ou de ter analisa-
UM ESBOÇO
do como o tema que recebeu se encaixa nesse objeti-
´
vo), podera fazer pesquisas mais direcionadas. Procure
˙ Determine por que o ´ ´ ˆ ˜
´ materia especıfica para sua assistencia. Nao se conten-
assunto e importante ´
ˆ
para a assistencia e
te com generalidades, mas procure pontos especıficos
´ ´
qual e o seu objetivo que sejam informativos e realmente praticos. Seja rea-
` ´
˙ Escolha um tema; se lista no que diz respeito a quantidade de materia que
´ ´ ´
o tema ja tiver sido pesquisa. Na maioria dos casos, logo tera mais materia
escolhido, analise-o ´
´ ´ ´ do que conseguira usar. Por isso, seja criterioso.
˙ Reuna materia pratica
e instrutiva
Identifique os pontos principais que precisa abordar
˙ Identifique os pontos
a fim de abranger o tema e alcançar seu objetivo. Eles
˜ ´
principais se tornarao a estrutura basica de seu esboço. Quantos
´
˙ Organize a materia e pontos principais deve ter? Talvez dois sejam suficien-
use apenas as melhores tes para um discurso curto e, geralmente, cinco pon-
˜ ˜ ´
informaçoes
˜ tos sao suficientes ate para um discurso de uma hora.
˙ Prepare uma introduçao ´
Quanto menor o numero de pontos principais, maior a
que desperte interesse ˆ
˜ probabilidade de sua assistencia se lembrar deles.
˙ Elabore uma conclusao
motivadora Uma vez que tiver em mente o tema e os pontos prin-
´
˙ Revise e aprimore cipais, organize a materia de pesquisa. Decida o que
o discurso se relaciona diretamente com os pontos principais. Es-
˜
colha detalhes que tornem sua apresentaçao original.
Como elaborar um esboço 41
´ ` ´
mensagem e realmente importante para eles. As vezes, e bom escre-
´ ´
ver as primeiras frases na ıntegra. Por ultimo, elabore uma conclu-
˜
sao motivadora, coerente com seu objetivo.
ˆ ´
Se preparar o esboço com bastante antecedencia, tera tempo para
´ ´
aprimora-lo antes do proferimento. Pode ser que ache necessario
˜
mencionar certos dados, uma ilustraçao, ou contar um caso real
para apoiar determinadas ideias. Citar um acontecimento recente ou
ˆ
algo de interesse na localidade pode ajudar a assistencia a entender
´ ˆ ´
de maneira mais rapida a importancia da materia. Ao revisar o dis-
´ ˜ `
curso, podera perceber outras maneiras de adaptar as informaçoes a
ˆ ´
assistencia. O processo de analisar e aprimorar e essencial para trans-
´ ´
formar uma boa materia num discurso pratico.
Alguns oradores precisam usar notas mais extensas do que outros.
´
Mas, se dispuser a materia em poucos pontos principais, eliminar o
˜
que realmente nao apoia esses pontos e colocar as ideias em ordem
´ ´ ` ˆ ˜ ´
logica, vera que a medida que ganha experiencia nao precisara mais
escrever tudo o que pretende dizer. Isso pode poupar muito tempo e
´ ˆ
melhorar a qualidade dos seus discursos. Ficara evidente que voce
´ ˜
realmente esta tirando proveito da instruçao fornecida na Escola do
´ ´
Ministerio Teocratico.
Como os estudantes podem
˜
elaborar suas apresentaçoes
˜
CADA designaçao que recebemos na escola nos oferece uma opor-
tunidade para progredir. Seja aplicado e, aos poucos, seu progresso
´ ˆ
se tornara evidente tanto para voce como para outros. (1 Tim. 4:15)
´
A escola o ajudara a desenvolver ainda mais as suas habilidades.
˜ ´
Fica ansioso com a ideia de falar perante a congregaçao? Isso e nor-
´ ´
mal, mesmo que ja esteja matriculado na escola ha algum tempo.
´
No entanto, ha algumas coisas que ajudam a diminuir a ansiedade.
´ ˆ
Em casa, crie o habito de ler em voz alta. Comente com frequencia
˜
nas reunioes e, se for publicador, participe regularmente na prega-
˜ ´ ˆ ´
çao. Isso lhe dara mais experiencia em falar perante outros. Alem dis-
ˆ
so, prepare seus discursos com bastante antecedencia e treine-os em
ˆ ´ ´
voz alta. Lembre-se de que sua assistencia e amigavel. Antes de profe-
´ ´
rir qualquer discurso, ore a Jeova. Ele tem prazer em conceder espıri-
to santo sempre que seus servos o pedem. — Luc. 11:13; Fil. 4:6, 7.
˜ ´ ´
Nao tenha expectativas muito elevadas. E necessario tempo para se
tornar um orador experiente e um bom instrutor. (Miq. 6:8) Se es-
´ ˜
tiver matriculado na escola ha pouco tempo, nao espere fazer uma
˜ ˆ ˜
apresentaçao perfeita logo de imediato. De atençao a uma caracte-
´ ´ ˜
rıstica de oratoria por vez e estude neste livro a seçao que a explica.
´ ´ ˆ ´
Se possıvel, faça o exercıcio sugerido no livro. Assim voce adquirira
ˆ ´
experiencia em assuntos relacionados com a respectiva caracterıstica
˜ ´
antes de cumprir a designaçao. O progresso vira com o tempo.
´
Como se preparar para ler em publico
´
Preparar-se para ler em publico envolve muito mais do que sim-
plesmente conseguir pronunciar as palavras impressas. Esforce-se
´
para entender claramente o significado da materia. Assim que rece-
˜ ´
ber a designaçao, leia a materia com esse objetivo em mente. Procu-
´
re entender a ideia de cada sentença e a linha de raciocınio de cada
´
paragrafo, para que consiga transmitir os pensamentos da maneira
´
exata e com o sentimento apropriado. Quando possıvel, consulte um
´ ´ ˜
dicionario para ver a pronuncia correta de palavras que nao conhece.
43
˜
44 Como os estudantes podem elaborar suas apresentaçoes
´
Familiarize-se bem com a materia. Os pais talvez tenham de ajudar os
filhos a fazer isso.
´
Foi designado para ler um trecho da Bıblia ou um artigo de A Sen-
˜ ´
tinela? Se em seu idioma houver gravaçao da materia em fita cassete,
´ ˜ ´
convem ouvi-la, prestando atençao a coisas como pronuncia, estilo
˜ ˆ ˜ ˜
de expressao, enfase e modulaçao. Entao, tente aplicar essas qualida-
des em sua leitura.
˜
Quando começar a elaborar sua apresentaçao, estude detalhada-
˜ ´ ´
mente a liçao que trata da caracterıstica de oratoria que foi designado
´ ˜
a observar. Se possıvel, recapitule essa informaçao depois de ter trei-
´ ´
nado varias vezes a leitura da materia em voz alta. Esforce-se a aplicar
´ ˜
na ıntegra os conselhos da liçao.
´ ´ ´
Esse treinamento lhe sera muito util no ministerio. Quando parti-
˜
cipa na pregaçao, surgem muitas oportunidades de ler para outros.
Visto que a Palavra de Deus tem o poder de mudar a vida das pes-
´ ˆ ˜
soas, e importante que voce a leia bem. (Heb. 4:12) Nao espere domi-
nar todos os aspectos da boa leitura depois de uma ou duas partici-
˜ ´ ˜ ˜
paçoes. O apostolo Paulo escreveu a um anciao cristao com anos de
ˆ ` ´
experiencia: “Continua a aplicar-te a leitura publica.” — 1 Tim. 4:13.
Tema e cena
˜
Como preparar uma apresentaçao que envolva uma cena?
´ ˆ
E preciso levar em conta tres coisas principais: (1) o assunto, (2) a
´ ˜ ´
cena e a pessoa com quem fara a apresentaçao e (3) a caracterıstica de
´ ´
oratoria em que sera aconselhado.
ˆ ´
Voce precisa reunir materia sobre o assunto que vai abordar. Mas,
antes de ir muito a fundo nisso, pense bem sobre a cena e a pessoa
´ ˜ ˜ ˜
com quem fara a apresentaçao, visto que esses fatores terao relaçao
´ ´ ´
com o tipo de materia que abordara e a maneira de apresenta-la. Qual
´ ˜
sera a cena? Uma demonstraçao de como apresentar as boas novas a
´ ´
alguem que conhece? Ou demonstrara o que pode acontecer ao con-
´
versar com uma pessoa pela primeira vez? A pessoa e mais velha ou
ˆ ´ ˜
mais jovem que voce? Qual sera a atitude dela com relaçao ao assun-
ˆ ´
to que voce pretende abordar? Quanto ela provavelmente ja sabe do
˜
assunto? Que objetivo espera alcançar com sua apresentaçao? As res-
˜
postas a essas perguntas serao importantes para direcionar seu traba-
lho.
˜
Como os estudantes podem elaborar suas apresentaçoes 45
´ ˜
Onde podera encontrar informaçoes sobre o assunto que lhe foi
˜ ´
designado? Leia as explicaçoes sobre “Como pesquisar”, nas pagi-
nas 33 a 38 deste livro, e use as ferramentas de pesquisa de que dis-
˜ ´ ´
poe. Na maioria dos casos, logo encontrara mais materia do que pode-
´ ` ˜
ra usar. Leia o suficiente para ter uma ideia do que tem a disposiçao e,
˜ ´
ao fazer isso, nao se esqueça da cena que usara e da pessoa com quem
´ ˜
fara a apresentaçao. Marque os pontos apropriados para usar em sua
˜
apresentaçao.
˜
Antes de organizar a apresentaçao e fazer a escolha final dos de-
˜ ´ ´
talhes, leia as informaçoes sobre a caracterıstica de oratoria em que
´
sera aconselhado. Um dos motivos principais de receber a designa-
˜ ´
çao e aplicar esse conselho.
´ ´ ˜
Se cobrir a materia no tempo designado, tera a satisfaçao de apre-
˜ ´
sentar a conclusao do assunto, visto que sera dado um sinal caso seu
´ ˜
tempo se esgote. No ministerio de pregaçao, o tempo nem sempre
´
sera um fator restritivo. Por isso, ao preparar-se, leve em conta o tem-
´ ´
po disponıvel, mas concentre-se principalmente na eficacia do en-
sino.
˜ ´
Um detalhe a respeito das cenas. Veja as sugestoes na pagina 82, e
´ ´ ˆ ˜
escolha uma que seja pratica para o ministerio e lhe de condiçoes de
´ ´
apresentar a materia de modo realista. Se ja estiver matriculado na es-
´
cola ha um bom tempo, encare isso como oportunidade para progre-
´
dir e tornar-se mais eficiente no ministerio.
´ ´
Caso o superintendente da Escola do Ministerio Teocratico indique
a cena, aceite o desafio. A maioria das cenas envolve a obra de teste-
ˆ
munho. Se nunca deu testemunho nas circunstancias indicadas na
˜ ´ ´
cena, peça sugestoes a publicadores que ja o fizeram. Se possıvel, ten-
´ ˜
te usar a materia designada numa situaçao parecida com a cena que
´ ´
apresentara na escola. Isso o ajudara a atingir um objetivo importan-
te de seu treinamento.
˜ ´
Apresentaçao da materia em forma de discurso
˜ `
Os irmaos podem ser designados para proferir discursos breves a
˜ ´ ´
congregaçao. Ao prepara-los, os pontos basicos que precisam ser con-
˜ ´ ˜
siderados sao parecidos aos pontos ja alistados para as designaçoes
˜
apresentadas em forma de demonstraçao. As principais diferenças
˜ ˆ ´ ´
sao a assistencia e o metodo de apresentar a materia.
˜
46 Como os estudantes podem elaborar suas apresentaçoes
´
E bom preparar o discurso de forma que todos os presentes pos-
´ ´
sam tirar proveito. A maioria dos ouvintes ja conhece as verdades bı-
´
blicas basicas e pode ser que eles conheçam bem o assunto sobre o
´ ´ ´
qual falara. Leve em conta o que ja conhecem da materia. Esforce-se
˜
para apresentar a informaçao de uma maneira que os beneficie. Per-
´
gunte-se: ‘Como posso usar essa materia para que eu e meus ouvintes
´ ´
aumentemos o apreço por Jeova como pessoa? Que parte da materia
´
nos ajudara a discernir a vontade de Deus? Como ela pode ajudar-
˜
nos a tomar decisoes acertadas em meio a um mundo dominado pe-
´ ´
los desejos carnais?’ (Efe. 2:3) Para encontrar respostas satisfatorias
´ ´ ´ ˜
a essas perguntas e necessario pesquisar. Quando usar a Bıblia, nao
´
se limite a apenas ler os versıculos. Raciocine sobre os textos e mos-
˜ ˜
tre como servem de base para tirarmos conclusoes. (Atos 17:2, 3) Nao
´
tente abranger materia demais, e apresente-a de um modo que facili-
´
te memoriza-la.
˜ ˆ ˜ ´
Na fase de preparaçao, de atençao tambem ao proferimento do dis-
´
curso. Isso e muito importante. Treine o discurso em voz alta. Seu
`
empenho em estudar e aplicar os conselhos referentes as diversas ca-
´ ´ ´
racterısticas de oratoria contribuira muito para seu progresso. Quer
seja um orador iniciante, quer seja experiente, prepare-se bem para
˜ ´
falar com a convicçao e o sentimento que a materia exigir. Sempre
˜
que cumprir uma designaçao na escola, lembre-se de que o objetivo
´ ´
de usar o dom divino da fala e honrar a Jeova. — Sal. 150:6.
Como elaborar discursos
` ˜
dirigidos a congregaçao
´ ´
O PROGRAMA da Escola do Ministerio Teocratico visa beneficiar
˜ ˜ ´ ˜
toda a congregaçao. Informaçoes valiosas tambem sao apresentadas
˜
em outras reunioes congregacionais e em assembleias e congressos.
ˆ
Se voce foi designado para participar no programa espiritual de um
´
desses eventos, recebeu uma grande responsabilidade. O apostolo
´ ˜
Paulo recomendou a Timoteo, um superintendente cristao, que esti-
` ˜
vesse constantemente atento a questao do ensino. (1 Tim. 4:16) As
` ˜ ˜
pessoas reservam tempo valioso para assistir as reunioes cristas, e al-
˜
gumas fazem muito empenho para estar ali e receber instruçoes so-
` ˜
bre assuntos pertinentes a sua relaçao com Deus. Fornecer-lhes essa
˜ ´ ´ ˆ
instruçao e realmente um imenso privilegio. Como voce pode cuidar
bem dele?
´
Destaques da leitura da Bıblia
´
Essa parte da escola se baseia no trecho da leitura semanal da Bı-
´ ´
blia. Deve-se enfatizar o efeito que a materia tem sobre nos atual-
mente. Conforme registrado em Neemias 8:8, Esdras e seus compa-
´
nheiros liam e explicavam a Palavra de Deus em publico, ‘dando-lhe
´ ˆ
sentido’ e tornando-a compreensıvel. Voce pode fazer o mesmo ao
´
apresentar os destaques da Bıblia.
´
Como deve preparar os destaques? Procure ler o trecho da Bıblia
ˆ
com uma semana ou mais de antecedencia. Depois de fazer isso, pen-
˜ ˜
se na congregaçao e nas necessidades dela. Ore pedindo orientaçao.
´
Que conselhos, exemplos ou princıpios desse trecho da Palavra de
Deus atendem a essas necessidades?
´
E essencial pesquisar. Use bem a Watchtower Library (Biblioteca da
´ ˜
Torre de Vigia) em CD-ROM ou o Indice das Publicaçoes da Torre de
´
Vigia, se estiverem disponıveis em seu idioma. Ao pesquisar o que
´
foi publicado a respeito dos versıculos que escolheu, talvez encon-
˜
tre detalhes que esclareçam o contexto, explicaçoes sobre o cumpri-
mento de profecias ou sobre o que certos textos revelam a respeito
´ ´ ´ ˜
de Jeova, ou ainda analises de princıpios. Nao tente abranger muitos
47
` ˜
48 Como elaborar discursos dirigidos a congregaçao
´ ´
pontos. Escolha apenas alguns versıculos e concentre-se neles. E me-
´ ˆ
lhor abranger poucos versıculos, mas faze-lo bem.
˜ ˆ ´ ´
Para cumprir essa designaçao, voce podera tambem convidar os
´
presentes a fazer comentarios sobre como se beneficiaram da leitura
´ ´
bıblica da semana. O que descobriram que os beneficiara em seu es-
´
tudo pessoal e familiar, no ministerio, ou ainda no dia a dia? Que
´ ˜
qualidades Jeova manifestou ao lidar com pessoas e naçoes? O que
´ ´ ˜
aprenderam que fortaleceu a fe e aumentou o apreço por Jeova? Nao
´
se concentre nos pormenores tecnicos, mas enfatize o significado e o
´
valor pratico dos pontos analisados.
˜
Discurso de instruçao
´
Baseia-se em materia impressa, como um artigo de A Sentinela ou
´
Despertai!, ou o trecho de um livro. Na maioria dos casos, a materia
´
e mais do que suficiente para o tempo concedido. Como deve pre-
˜
parar o discurso? Com o objetivo de instruir, nao apenas abranger
´
a materia. O superintendente tem de ser “qualificado para ensinar”.
— 1 Tim. 3:2.
´
Comece estudando a materia designada. Consulte os textos e me-
dite. Esforce-se a fazer isso bem antes da data do discurso. Lembre-se
˜ ˜ ˆ ´
de que os irmaos sao incentivados a ler com antecedencia a materia
´ ˜ ˜ ´
em que o discurso se baseara. A sua funçao nao e simplesmente reca-
´ ´
pitular ou condensar a materia, mas mostrar como se pode aplica-la.
´
Aborde trechos da materia de uma maneira que realmente beneficie
˜
a congregaçao.
˜
Assim como cada criança tem sua personalidade, cada congregaçao
´ ´ ˜
tem caracterısticas proprias. Para ensinar bem a criança, os pais nao
se limitam a simplesmente recitar preceitos. Eles raciocinam com
ela, levando em conta sua personalidade e os problemas que enfren-
˜
ta. De maneira similar, os instrutores da congregaçao esforçam-se a
compreender e a abordar as necessidades de seus ouvintes. Contudo,
˜ ´
o instrutor que tem discernimento nao usara exemplos que possam
´ ˆ ´ ´ ´
constranger alguem na assistencia. Ele mostrara os benefıcios ja ob-
˜ ´ ´
tidos por se seguirem as orientaçoes de Jeova e destacara conselhos
´ ˜ ˜
bıblicos que ajudarao a congregaçao a superar as dificuldades que en-
frenta.
` ˜
Como elaborar discursos dirigidos a congregaçao 49
˜
O ensino eficaz toca o coraçao dos presentes. Para que isso acon-
˜ ´
teça, nao se devem simplesmente declarar fatos, mas tambem fazer
com que os ouvintes criem apreço pelo que esses fatos representam.
˜ ˜
Isso exige verdadeira preocupaçao para com os que estao sendo ins-
´
truıdos. Os pastores espirituais devem conhecer o rebanho. Se tive-
˜ ˜
rem em mente os problemas que os irmaos enfrentam, terao con-
˜ ˜
diçoes de falar de maneira encorajadora, demonstrar compreensao,
˜
compaixao e empatia.
´ ´
Como ja e do conhecimento dos bons instrutores, o discurso deve
´
ter um objetivo bem definido. A materia deve ser apresentada de
ˆ
uma maneira que os pontos principais fiquem em evidencia e sejam
´
lembrados. Os presentes devem poder assimilar e gravar ideias prati-
cas que os influenciem.
˜
Reuniao de Serviço
Quando proferir um discurso baseado num artigo de Nosso Minis-
´ ´
terio do Reino, percebera que o desafio pode ser um pouco diferente.
´ ´
Nesses casos, vera que muitas vezes o que se requer e que o orador
´ ˜
transmita plenamente a materia publicada, e nao que selecione os
pontos mais apropriados. Ajude os ouvintes a raciocinar a respei-
to dos textos em que se baseiam os conselhos. (Tito 1:9) Visto que
´ ˜ ´ ´
o tempo concedido e limitado, na maioria dos casos nao e possıvel
´
inserir materia adicional.
ˆ
Por outro lado, talvez voce seja designado para falar sobre um as-
´ ˜ ´
sunto cuja materia nao se encontra em Nosso Ministerio do Reino.
˜
Pode ser que a designaçao seja referente a um artigo de A Sentine-
la, ou consista em apenas algumas sentenças. Como instrutor, fica
´
ao seu encargo elaborar a materia conforme as necessidades da con-
˜ ´ ˜
gregaçao. Talvez ache necessario usar uma breve ilustraçao ou contar
ˆ
uma experiencia que tenha a ver com o assunto. Lembre-se de que
˜ ˜ ´ ´
sua funçao nao e simplesmente falar sobre o assunto, mas aborda-
˜
lo de uma maneira que ajude a congregaçao a realizar com alegria a
obra especificada na Palavra de Deus. — Atos 20:20, 21.
´ ´ ˜
Quando estiver preparando a materia que usara, pense na situaçao
˜ ´ ˜
dos membros da congregaçao. Elogie-os pelo que ja estao fazendo.
´ ˜ ˜ ´
Ate que ponto serao mais eficazes e terao mais alegria no ministerio
˜ ´
se aplicarem as sugestoes dadas na materia designada?
` ˜
50 Como elaborar discursos dirigidos a congregaçao
˜ ˜
A designaçao pede que se apresente uma demonstraçao ou uma en-
ˆ
trevista? Nesse caso, devem ser planejadas com bastante anteceden-
´ ´
cia. Pode ser tentador simplesmente pedir para alguem elabora-las,
´
mas isso nem sempre produz os melhores resultados. Faça o maxi-
´ ˜
mo para ensaia-las antes do dia da reuniao. Certifique-se de que a
˜
demonstraçao ou a entrevista seja apresentada de uma maneira que
˜
realmente contribua para a instruçao transmitida.
Assembleias e congressos
˜
Os irmaos que desenvolvem excelentes qualidades espirituais e
´
que se tornam bons oradores publicos e instrutores podem, com o
tempo, ser convidados a participar no programa de uma assembleia
˜
ou de um congresso. Esses eventos sao realmente especiais para ins-
˜ ´
truçao teocratica. O orador talvez receba um manuscrito, um esboço,
˜ ´ ˜
instruçoes para um drama bıblico que tenha aplicaçao moderna, ou
´ ˜ ´
um paragrafo com orientaçoes. Se tiver o privilegio de participar no
´
programa de uma assembleia ou de um congresso, estude a materia
´
detalhadamente. Repasse-a ate entender seu valor.
´
Ao proferir um discurso manuscrito, o orador deve ler a materia na
´
ıntegra, sem refrasear ou mudar a ordem das sentenças. Ele deve es-
´
tudar o manuscrito ate entender claramente os pontos principais e a
´ ´
linha de raciocınio. Depois, precisa treinar a leitura em voz alta ate
ˆ
conseguir proferir o discurso com a devida enfase, entusiasmo, cor-
˜
dialidade, sentimento, sinceridade e convicçao, bem como volume e
ˆ
intensidade apropriados a uma assistencia grande.
O orador designado para proferir um discurso com base num esbo-
´ ´ ´
ço e responsavel por desenvolver a materia de uma maneira que se
ˆ
ajuste bem ao esboço. Em vez de le-lo durante o proferimento, ou de
´ ˜
prepara-lo em estilo manuscrito, ele deve apresentar as informaçoes
´
com naturalidade e sentimento. E importante se apegar ao tempo in-
dicado no esboço para que possa apresentar claramente cada pon-
to principal. Deve explorar bem as ideias e os textos alistados sob os
˜ ´
pontos principais e nao excluir materia do esboço para inserir pon-
ˆ ˜ ´
tos de sua preferencia. A base da instruçao, obviamente, e a Palavra
˜ ˜ ´
de Deus. A responsabilidade dos anciaos cristaos e ‘pregar a palavra’.
˜
(2 Tim. 4:1, 2) Por isso, o orador deve dedicar atençao especial aos
´
textos bıblicos indicados no esboço, raciocinando com base neles e
´
mostrando como aplica-los.
` ˜
Como elaborar discursos dirigidos a congregaçao 51
˜
Nao procrastine
ˆ
Voce tem muitas oportunidades de proferir discursos em sua con-
˜ ˜
gregaçao? Como pode dar a devida atençao a todos eles? Evite prepa-
´
rar-se de ultima hora.
˜ ´
Para proferir discursos que realmente beneficiem a congregaçao, e
´ ˜ ´ ´
necessaria a devida reflexao. Por isso, crie o habito de ler a materia
˜ ´
logo que receber a designaçao. Assim, podera pensar no assunto en-
quanto faz outras coisas. Nos dias ou nas semanas antes do discurso,
´ ´
pode ser que ouça comentarios que o ajudem a ver qual e a melhor
´ ˜
maneira de mostrar o valor pratico das informaçoes. Podem surgir
˜ ´ ´
situaçoes que mostrem que a materia e bem apropriada para o mo-
´ ´ ˜
mento. Ler a materia e pensar nela logo apos receber a designaçao
´ ´
e algo que toma tempo, mas e um tempo bem empregado. Quando
´
finalmente se sentar para elaborar o esboço, vera como foi bom ter
ˆ
meditado no assunto com bastante antecedencia. Cuidar de suas de-
˜ ´ ´
signaçoes dessa maneira reduzira muito o estresse e o ajudara a apre-
´ ´ ˜
sentar a materia de um modo que seja pratico e que toque o coraçao
˜
dos irmaos.
´
Quanto mais apreciar o privilegio que lhe foi confiado no progra-
˜ ´ ´ ˆ ´ ´
ma de instruçao que Jeova da ao seu povo, mais voce O honrara e sera
ˆ ˜
uma bençao para aqueles que O amam. — Isa. 54:13; Rom. 12:6-8.
´
Como preparar discursos publicos
˜ ´
NA MAIORIA das congregaçoes das Testemunhas de Jeova, profere-se,
´ ´ ˆ ´ ˜
toda semana, um discurso bıblico dirigido ao publico. Se voce e anciao
´
ou servo ministerial, mostram seus discursos que e um bom orador,
um instrutor? Em caso afirmativo, talvez seja convidado a proferir um
´ ´ ´ ´
discurso publico. A Escola do Ministerio Teocratico ja ajudou dezenas
˜ ´
de milhares de irmaos a se qualificarem para receber esse privilegio.
´
Mas por onde deve começar a preparar um discurso publico?
Estude o esboço
´
Antes de fazer qualquer pesquisa, leia o esboço e medite na materia
´
ate entender o sentido. Fixe na mente o tema do discurso. O que deve-
´ ` ˆ ´
ra transmitir a assistencia? Qual e seu objetivo?
´
Familiarize-se com os subtıtulos e analise esses pontos principais.
Como cada um deles se relaciona com o tema? Debaixo de cada pon-
´ ´ ´
to principal ha varios pontos secundarios. Logo abaixo destes encon-
˜
tram-se os argumentos que os apoiam. Veja como cada seçao do esbo-
˜ ˜
ço se desenvolve com base na seçao anterior, se relaciona com a seçao
seguinte e ajuda a atingir o objetivo do discurso. Quando entender o
tema, o objetivo do discurso e como os pontos principais atingem esse
´ ´
objetivo, estara pronto para começar a desenvolver a materia.
´ ´
No inıcio, talvez ache pratico pensar no discurso como se fosse qua-
tro ou cinco discursos pequenos, cada um com um ponto principal.
Prepare um por vez.
´ ˜
O esboço fornecido e uma ferramenta para preparar o discurso e nao
´ ´
se destina a servir como notas que usara para proferi-lo. E como um es-
ˆ ´
queleto que voce, por assim dizer, tera de revestir de carne, implantar
˜
um coraçao e dar vida.
´
Use a Bıblia
´
Jesus Cristo e seus discıpulos baseavam seus ensinamentos nas Escri-
ˆ ´
turas. (Luc. 4:16-21; 24:27; Atos 17:2, 3) Voce pode fazer o mesmo. A Bı-
blia deve ser a base de seu discurso. Em vez de simplesmente explicar
˜
e mostrar como aplicar declaraçoes contidas no esboço fornecido, en-
´ ˜ ˜
tenda como a Bıblia apoia tais declaraçoes e entao faça uso dela para
ensinar.
52
´
Como preparar discursos publicos 53
´
Ao preparar o discurso, examine cada versıculo citado no esboço. Es-
tude o contexto. Alguns textos servem apenas para explicar o fundo
´
historico. Nem todos precisam ser lidos ou comentados durante o dis-
ˆ
curso. Selecione os que forem melhores para seus ouvintes. Se voce se
˜
concentrar nos textos citados no esboço impresso, provavelmente nao
´
precisara usar outros textos.
ˆ ˜
O exito de seu discurso nao depende da quantidade de textos usados,
´
mas da qualidade do ensino. Ao ler os versıculos, explique por que es-
˜ ´
tao sendo usados. Reserve tempo para mostrar como aplica-los. Ao ex-
´ ´ ´
plicar um texto que acabou de ler, mantenha a Bıblia aberta. E provavel
que seus ouvintes façam o mesmo. Como pode despertar o interesse
´
deles e ajuda-los a tirar mais proveito da Palavra de Deus? (Nee. 8:8, 12)
˜ ˜ ˜
Pode fazer isso por meio de explicaçoes, ilustraçoes e aplicaçoes.
˜
Explicaçoes. Ao preparar-se para explicar um texto importante, per-
´
gunte-se: ‘Qual e o significado deste texto? Por que o estou usando
´ ´
no discurso? Que duvidas os ouvintes podem ter sobre este versıculo?’
ˆ ´ ´
Voce precisa analisar o contexto, o fundo historico, o cenario, o impac-
˜
to das palavras e a intençao do escritor inspirado. Isso exige pesquisa.
´ ´ ˜ ˜
Encontrara inumeras informaçoes valiosas nas publicaçoes fornecidas
˜
pelo “escravo fiel e discreto”. (Mat. 24:45-47) Nao tente explicar tudo
´ ˆ
sobre o versıculo que convidou a assistencia a ler, mas explique qual a
˜ ´
relaçao dele com o ponto em analise.
˜ ˜ ´
Ilustraçoes. O objetivo das ilustraçoes e levar os ouvintes a um grau
´
mais profundo de conhecimento ou ajuda-los a lembrar-se de determi-
´
nado ponto ou princıpio analisado. Ajudam as pessoas a entender o
ˆ ´ ´
que voce diz e a relaciona-lo a algo que ja conheçam. Foi isso o que Je-
˜ ˜
sus fez quando proferiu o famoso Sermao do Monte. Expressoes como
´ ´ ˜
“aves do ceu”, “lırios do campo”, “portao estreito”, “casa sobre a ro-
´ ´
cha” e muitas outras tornaram seu ensino enfatico, claro e inesquecı-
vel. — Mat., caps. 5–7.
˜ ˜ ´
Aplicaçao. Explicar e ilustrar determinado texto sao tecnicas que
transmitem conhecimento, mas mostrar como aplicar esse conheci-
´ ´ ˆ
mento e o que produz resultados. E verdade que seus ouvintes tem a
´
responsabilidade de agir de acordo com a mensagem bıblica, mas
ˆ ´
voce pode ajuda-los a discernir o que precisam fazer. Quando ti-
´
ver certeza de que entenderam o versıculo analisado e perceberam sua
´
54 Como preparar discursos publicos
ˆ ˜
importancia no assunto em questao, dedique tempo para mostrar-lhes
´
o impacto do texto sobre nossas crenças e conduta. Enfatize os benefı-
˜
cios de abandonar ideias erradas ou uma conduta que nao se harmoni-
´
ze com a verdade que esta sendo apresentada.
˜
Ao pensar em como mostrar a aplicaçao dos textos, lembre-se de que
ˆ ˜
seus ouvintes tem formaçoes diferentes e enfrentam as mais diversas
˜ ´
situaçoes. Pode haver recem-interessados, jovens, pessoas de mais ida-
˜ ´
de e aqueles que estao lutando com varios problemas pessoais. Torne
´ ˜ ˆ ˜
seu discurso pratico e real. Nao de a impressao de estar dando conse-
lhos apenas a determinadas pessoas.
˜
Decisoes que cabem ao orador
˜ ´
Algumas decisoes com respeito ao seu discurso ja foram tomadas.
Por exemplo, o esboço indica claramente os pontos principais e o tem-
´ ˜
po que deve usar para analisar cada subtıtulo. Outras decisoes cabem
ˆ ´
a voce. Podera optar por gastar mais tempo em determinados pontos
´ ˜
secundarios e menos em outros. Nao pense que deve cobrir da mes-
´
ma maneira cada ponto secundario. Isso pode fazer com que se apresse
´
para cobrir a materia e confunda seus ouvintes. Como pode determi-
nar que pontos deve analisar mais a fundo e quais deve apenas comen-
˜
tar brevemente? Pergunte-se: ‘Que pontos me ajudarao a transmitir a
˜
ideia principal do discurso? Quais serao de maior proveito para minha
ˆ ´ ˜
assistencia? Sera que a omissao de determinado texto citado e do pon-
´ ˆ ˆ ´
to relacionado com ele enfraquecera a sequencia de evidencias que esta
sendo apresentada?’
˜ ˜ ˜
Tenha muito cuidado para nao inserir especulaçoes ou opinioes pes-
´ ˜ ´
soais. Ate mesmo o Filho de Deus, Jesus Cristo, nao falava de ‘sua pro-
˜ ˜ `
pria iniciativa’. ( Joao 14:10) Tenha em mente que as pessoas vao as reu-
˜ ´ ˜ ´
nioes das Testemunhas de Jeova para ouvir informaçoes da Bıblia. Se
ˆ ´ ´ ´
voce e considerado um bom orador, provavelmente e porque tem o ha-
˜ ˜
bito de atrair a atençao das pessoas para a Palavra de Deus, e nao para si
´
mesmo. Esse e o motivo de as pessoas apreciarem seus discursos. — Fil.
1:10, 11.
˜
Depois de transformar um esboço simples numa explicaçao substan-
ˆ ´
cial das Escrituras, voce precisa treinar o discurso. E melhor fazer isso
´ ˜
em voz alta. O importante e ter certeza de que todos os pontos estao
ˆ
bem gravados na mente. Ao proferir o discurso, voce deve conseguir
´
Como preparar discursos publicos 55
˜ ` ´
falar de coraçao, dar vida a materia e apresentar a verdade com entu-
siasmo. Antes de proferi-lo, pergunte-se: ‘O que espero conseguir? Os
˜
pontos principais estao bem destacados? Preparei o discurso usando
´ ˜ ´
realmente a Bıblia como base? A transiçao entre os pontos principais e
´
natural? O discurso motiva os ouvintes a desenvolver apreço por Jeova
˜ ˜ ´
e por suas provisoes? A conclusao esta diretamente relacionada com o
ˆ
tema, mostra aos ouvintes o que fazer e os motiva a faze-lo?’ Se con-
˜ ˆ ´ ˜
seguir responder sim a essas perguntas, entao voce esta em condiçoes
˜
de ‘usar bem o conhecimento’ em prol da congregaçao e do louvor de
´
Jeova. — Pro. 15:2.
´
QUANDO PRECISAR DE UM INTERPRETE
´ ´ ˆ ´ ˜
E comum haver diversos grupos linguısticos voce usara. Mostre a ele quais expressoes dos
´ ˜
no mesmo paıs; assim, os oradores podem ser textos serao destacadas ou explicadas.
´ ˜
convidados a proferir discursos bıblicos com a ˙ Decida se os textos serao ` lidos nos doisˆ idio-
´
ajuda de interpretes. Se receber um convite mas ou em apenas um. As vezes basta le-los
˜ ˜ ´
desses, as orientaçoes abaixo ajudarao tanto no idioma para o qual se esta interpretando.
ˆ ´ ´ ´
a voce quanto ao seu interprete. ˙ Mencionar datas, numeros e textos bıblicos
ˆ ´
˙ O exito de seu discurso depende em grande de maneira rapida pode criar problemas. Pau-
´ ´
parte do desempenho do interprete. Mesmo se para ajudar o interprete e procure usar
´ ´ ´
que o interprete seja experiente, ele se saira numeros redondos.
ˆ ´ ˜
melhor se voce o ajudar a preparar-se. ˙ Explique ao interprete as ilustraçoes, ex-
ˆ ˜ ´ ˜
˙ Geralmente, voce deve reduzir pelo menos pressoes idiomaticas e expressoes incomuns
um terço do seu discurso a fim de dar tempo que pretende usar. Certifique-se de que ele as
´
˜ ´ entenda e que seja possıvel expressar os con-
para a interpretaçao. (Exceto no caso da lın- ´
˜ ´ ceitos no idioma para o qual ele esta
gua de sinais, em que a interpretaçao e quase
ˆ traduzindo.
simultanea.)
˙ Use frases curtas. Expresse ideias completas
˙ Antes do proferimento, analise com o in- ´
antes de pausar para o interprete. (Ele traduz
´ ˜
terprete a ideia geral do esboço e o objetivo as ideias, nao necessariamente todas as pala-
´ ˜
da materia. Se for um discurso manuscrito a vras.) No caso da interpretaçao consecutiva,
´ ´
ser proferido num congresso, deixe o inter- espere o interprete terminar antes de prosse-
ˆ ˆ
prete le-lo com bastante antecedencia. guir.
´ ´
˙ Converse com ele sobre os textos que usara. ˙ Para que o interprete possa fazer um bom
´ ´ ˆ
Certifique-se de que a Bıblia usada pelo inter- trabalho, voce deve usar bom volume e arti-
´
prete transmita a mesma ideia da Bıblia que cular bem as palavras.
Desenvolva a habilidade de ensinar
´
QUAL e o seu objetivo como instrutor? Caso se tenha tornado publica-
´
dor do Reino recentemente, sem duvida deseja aprender a dirigir estu-
´
dos bıblicos, pois Jesus encarregou seus seguidores da tarefa de fazer
´ ´ ˆ
discıpulos. (Mat. 28:19, 20) Se ja tiver experiencia nessa atividade, tal-
˜
vez queira ser mais eficiente no que diz respeito a tocar o coraçao da-
queles a quem procura ajudar. Se tiver filhos, certamente deseja ins-
´ ˜
truı-los de uma maneira que os motive a dedicar-se a Deus. (3 Joao 4)
˜ ´
Se for anciao ou estiver procurando habilitar-se para esse privilegio,
talvez tenha o alvo de ser um orador que consegue fazer os ouvintes
´
ter mais apreço por Jeova e seu modo de agir. Como pode alcançar es-
ses objetivos?
˜
Aprenda uma liçao do Instrutor Magistral, Jesus Cristo. (Luc. 6:40)
˜
Quer estivesse falando a uma multidao reunida na encosta de uma
montanha, quer a um pequeno grupo de pessoas enquanto caminha-
vam pela estrada, o que Jesus dizia e o modo como o dizia causavam
˜ ˜
uma impressao duradoura. Ele estimulava a mente e o coraçao de seus
˜ ´ ´
ouvintes, e indicava aplicaçoes praticas e faceis de entender. Consegue
obter resultados similares?
´
Confie em Jeova
A habilidade de ensino de Jesus foi ampliada tanto pelo estreito rela-
ˆ ˜
cionamento que tinha com seu Pai celestial quanto pela bençao do es-
´ ˆ ´
pırito de Deus. Voce ora sinceramente a Jeova para ter a habilidade de
´
dirigir bem estudos bıblicos? Se tem filhos, ora regularmente pedindo
˜ ´ ˜
orientaçao para instruı-los? Costuma orar de coraçao ao preparar-se
˜
para proferir discursos ou para dirigir reunioes? Expressar confiança
´ ˜ ´
em Jeova por meio de oraçoes o ajudara a tornar-se melhor instrutor.
´ ´
Outra maneira de a pessoa demonstrar que depende de Jeova e pela
´ ´
confiança em sua Palavra, a Bıblia. Em sua ultima noite como huma-
˜
no perfeito, Jesus orou ao Pai: “Tenho-lhes dado a tua palavra.” ( Joao
ˆ
17:14) Jesus tinha vasta experiencia, mas, em vez de transmitir suas
´
proprias ideias, sempre falava o que seu Pai lhe ensinava, deixando as-
˜
sim um exemplo para seguirmos. ( Joao 12:49, 50) A palavra de Deus,
´
conforme preservada na Bıblia, tem o poder de influenciar as pessoas
˜ ´ `
— suas açoes, pensamentos ıntimos e sentimentos. (Heb. 4:12) A me-
dida que adquirir mais conhecimento da Palavra de Deus e aprender
56
Desenvolva a habilidade de ensinar 57
´ ˆ ´ ˆ ´
a usa-la com eficiencia no ministerio, voce desenvolvera o tipo de ha-
bilidade de ensino que aproxima as pessoas de Deus. — 2 Tim. 3:16, 17.
´
Honre a Jeova
˜ ˜ ´
Ser um instrutor em imitaçao de Cristo nao e apenas uma ques-
˜ ´
tao de conseguir proferir discursos interessantes. E verdade que as pes-
soas ficavam maravilhadas com as “palavras cativantes” de Jesus. (Luc.
˜
4:22) Mas qual era o objetivo de Jesus em falar bem? Sua intençao
´ ˜ ˜ ˜
era honrar a Jeova, nao chamar atençao para si mesmo. ( Joao 7:16-18)
E ele instou com seus seguidores: “Deixai brilhar a vossa luz perante os
´
homens, para que vejam as vossas obras excelentes e deem gloria ao
´ ´
vosso Pai, que esta nos ceus.” (Mat. 5:16) Esse conselho deve influen-
ciar a maneira de instruirmos as pessoas. Devemos estar determinados
a evitar qualquer coisa que detraia desse objetivo. Assim, quando esti-
ˆ ´
vermos planejando o que dizer ou como dize-lo, e bom que nos per-
´ ´
guntemos: ‘Sera que isso levara as pessoas a desenvolver mais apreço
´ ´ ˜
por Jeova, ou atraira a atençao para mim?’
˜
Por exemplo, ilustraçoes e exemplos da vida real podem ser usados
˜ ´
eficazmente para ensinar. Mas quando a ilustraçao e muito longa ou
ˆ ´
a experiencia e excessivamente detalhada, pode-se perder de vista o
˜ ´ ´
ponto em questao. Na mesma linha de raciocınio, contar historias que
ˆ
simplesmente entretem os ouvintes detrai do objetivo de nosso minis-
´ ´ ˜
terio. Se fizer isso, o instrutor chamara atençao para si mesmo em vez
´
de atingir o verdadeiro objetivo do ensino teocratico.
Mostre a “diferença”
´
Para se tornar verdadeiro discıpulo, o ouvinte deve entender clara-
´
mente o que esta sendo ensinado. Ele deve ouvir a verdade e ver como
˜
ela difere de outras crenças. Fazer comparaçoes nos ajuda nesse sen-
tido.
´
Jeova repetidamente aconselhou seu povo a ver a “diferença” entre
´ ´
o que e puro e o que e impuro. (Lev. 10:9-11) Ele disse que aqueles que
˜
serviriam em seu grande templo espiritual dariam instruçoes sobre a
“diferença entre a coisa sagrada e a coisa profana”. (Eze. 44:23) O livro
´ ´
de Proverbios esta repleto de contrastes entre a justiça e a iniquidade,
˜
entre a sabedoria e a tolice. Podem-se fazer comparaçoes mesmo entre
˜ ´
coisas que nao constituem opostos. O apostolo Paulo comparou um
homem justo e um homem bom, conforme registrado em Romanos
5:7. No livro de Hebreus, ele mostrou a superioridade do sumo sacer-
´ ˜ ˜ ˜
docio de Cristo em relaçao ao de Arao. De fato, como escreveu Joao
58 Desenvolva a habilidade de ensinar
´ ˆ ´ ˜ ´
Amos Comenio, educador do seculo 17: “Ensinar nao e nada mais do
que mostrar a diferença entre uma coisa e outra no que se refere aos
seus objetivos, suas formas e suas origens. . . . Portanto, quem explica
bem as diferenças ensina bem.”
ˆ ´
Digamos, por exemplo, que voce esteja ensinando alguem sobre o
˜ ´ ˆ
Reino de Deus. Se a pessoa nao sabe o que e o Reino, voce pode mos-
´ ´
trar o contraste entre o que a Bıblia diz e a ideia de que o Reino e uma
˜ ˜
simples condiçao no coraçao. Ou pode mostrar como o Reino dife-
re dos governos humanos. Mas ao falar a pessoas que conhecem es-
´ ´ ˆ
sas verdades bıblicas basicas, voce pode entrar em mais detalhes. Pode
ˆ
mostrar-lhes como o Reino messianico difere do reinado universal
´ ´
do proprio Jeova, descrito no Salmo 103:19, ou do ‘reino do Filho do
amor de Deus’, mencionado em Colossenses 1:13, ou da “administra-
˜ ´ ˜
çao”, mencionada em Efesios 1:10. O uso de comparaçoes pode ajudar
´
seus ouvintes a entender claramente esse importante ensino bıblico.
Ao ensinar, Jesus usou esse recurso muitas vezes. Ele comparou o en-
tendimento popular da Lei mosaica com o verdadeiro objetivo da Lei.
˜ ˜
(Mat. 5:21-48) Diferenciou a verdadeira devoçao piedosa das açoes hi-
´ ´
pocritas dos fariseus. (Mat. 6:1-18) E comparou o espırito daqueles
´
que ‘dominavam’ os outros com o espırito abnegado que seus segui-
˜
dores mostrariam. (Mat. 20:25-28) Em certa ocasiao, conforme regis-
trado em Mateus 21:28-32, Jesus convidou seus ouvintes a tirar suas
´ ˜
proprias conclusoes quanto ao contraste entre a pessoa se achar justa
e demonstrar verdadeiro arrependimento. Isso nos leva a outra faceta
´
valiosa da boa tecnica de ensino.
Incentive os ouvintes a raciocinar
˜
Em Mateus 21:28 lemos que Jesus iniciou uma comparaçao pergun-
˜
tando: “Que achais?” O instrutor capaz nao se restringe a relacionar
fatos ou fornecer respostas. Ele incentiva seus ouvintes a desenvolver
´
a habilidade de raciocinar. (Pro. 3:21; Rom. 12:1) Isso e feito, em parte,
por meio de perguntas. Conforme registrado em Mateus 17:25, Jesus
˜
perguntou: “O que achas, Simao? De quem recebem os reis da terra os
direitos ou o imposto por cabeça? Dos seus filhos ou dos estranhos?”
`
Essas perguntas intrigantes de Jesus ajudaram Pedro a chegar a con-
˜ ˜
clusao correta sobre a questao de pagar o imposto do templo. Em ou-
˜ ´
tra ocasiao, ao responder a um homem que perguntou “quem e real-
´ ˜
mente meu proximo?”, Jesus comparou as açoes de um sacerdote e de
´
um levita com as de um samaritano. Daı levantou a seguinte pergun-
Desenvolva a habilidade de ensinar 59
ˆ ´
ta: “Qual destes tres te parece ter-se feito proximo do homem que caiu
entre os salteadores?” (Luc. 10:29-36) Novamente, em vez de racioci-
`
nar por seu ouvinte, Jesus o convidou a responder a pergunta que ele
mesmo havia feito. — Luc. 7:41-43.
˜
Toque o coraçao
Os instrutores que compreendem o sentido da Palavra de Deus sa-
˜ ˜ ´ ˜
bem que a verdadeira adoraçao nao e simplesmente uma questao de
memorizar certos fatos e harmonizar-se com determinadas regras. Ela
˜ ´
se baseia numa boa relaçao com Jeova e no apreço pelo seu modo de
˜ ˜
agir. Essa adoraçao envolve o coraçao. (Deut. 10:12, 13; Luc. 10:25-27)
´ ˜
Na Bıblia, o termo “coraçao” muitas vezes se refere a tudo que a pes-
´ ˜
soa tem no ıntimo, incluindo aspectos como desejos, afeiçoes, senti-
˜
mentos e motivaçoes.
ˆ
Jesus sabia que, apesar de os humanos olharem para as aparencias,
ˆ ´ ´
Deus ve o que a pessoa e no ıntimo. (1 Sam. 16:7) O serviço que pres-
˜
tamos a Deus deve ser motivado por amor, nao para impressionar al-
´
guem. (Mat. 6:5-8) Por outro lado, os fariseus faziam muitas coisas
˜
para se exibir. Enfatizavam muito a questao de as pessoas se amolda-
` ´ `
rem as minucias da Lei e de obedecerem as regras inventadas por eles
mesmos. Mas deixavam de manifestar em suas vidas as qualidades que
os identificariam com o Deus a quem professavam adorar. (Mat. 9:13;
Luc. 11:42) Jesus ensinava que, apesar de ser importante obedecer aos
ˆ ´
requisitos de Deus, o valor dessa obediencia e determinado pelo que a
˜ ˜
pessoa tem no coraçao. (Mat. 15:7-9; Mar. 7:20-23; Joao 3:36) Nosso
´
ensino produzira os melhores resultados se imitarmos o exemplo de
´
Jesus. E importante ajudarmos as pessoas a aprender o que Deus re-
´ ´ ´
quer delas. Mas e importante tambem que conheçam e amem a Jeova
como pessoa, para que sua conduta evidencie quanto valorizam a boa
˜
relaçao com o verdadeiro Deus.
Obviamente, para beneficiar-se desse ensino as pessoas precisam
ˆ ˜
avaliar com honestidade o que tem no coraçao. Jesus incentivava as
´ ˜
pessoas a analisar suas proprias motivaçoes e sentimentos. Ao corrigir
um conceito errado, ele perguntava aos ouvintes por que eles pensa-
vam de determinada maneira, ou por que haviam dito ou feito cer-
´ `
tas coisas. Contudo, Jesus ia alem disso e conjugava a sua pergunta
˜ ˜ ˜
uma declaraçao, uma ilustraçao ou uma açao que os incentivava a ter
˜
o conceito correto sobre a questao. (Mar. 2:8; 4:40; 8:17; Luc. 6:41,
´ ´
46) Nos tambem podemos ajudar os que nos escutam, sugerindo que
60 Desenvolva a habilidade de ensinar
ˆ
De o exemplo
ˆ ˜ ´ ˜
Voce nao ensina apenas por palavras, mas tambem por açoes. Suas
˜ ´ ´
açoes fornecem um exemplo pratico de como aplicar as coisas que diz. E
dessa maneira que os filhos aprendem. Ao imitar os pais, os filhos mos-
´ ˜
tram que querem ser como eles. Querem saber qual e a sensaçao de fazer
˜
o que seus pais estao fazendo. Da mesma maneira, quando aqueles a
ˆ ´
quem ensina ‘tornam-se seus imitadores, assim como voce e de Cristo’,
ˆ ˜
começam a receber as bençaos resultantes de agir da maneira que agra-
´ ˜ ´
da a Jeova. (1 Cor. 11:1) Passam a sentir a mao de Jeova em sua vida.
´ ´ ˆ
Esse e um lembrete serio da importancia de se estabelecer o exem-
˜
plo correto. Nossos “atos santos de conduta e [nossas] açoes de devo-
˜ ˜ `
çao piedosa” contribuirao muito para dar aqueles a quem ensinamos
˜ ´ ´
uma demonstraçao viva de como aplicar princıpios bıbli-
´
cos. (2 Ped. 3:11) Se incentivar um estudante da Bıblia a ler
a Palavra de Deus regularmente, seja diligente nisso tam-
´ PARA ENSINAR DE
bem. Se quiser que seus filhos aprendam a viver em harmo-
´ ´ MANEIRA EFICAZ
nia com os princıpios bıblicos, certifique-se de que eles o
ˆ
vejam agir em harmonia com a vontade de Deus. Se voce
˜ ˜ ´ ˜
instrui os irmaos da congregaçao a serem zelosos no minis- ˙ Confie em Jeova, nao em
´ ˆ ´
terio, participe plenamente nessa obra. Quando voce pra- sua propria habilidade
˜ ˙ Reconheça o poder
tica o que ensina, tem mais condiçoes de motivar outros.
da Palavra de Deus e
— Rom. 2:21-23. use-a bem
Com o objetivo de melhorar sua habilidade de ensino, ˙ Tenha por objetivo honrar
˜ ´ ´ ˜
pergunte-se: ‘Quando dou instruçoes, sera que faço isso a Jeova, nao chamar a
˜
de uma maneira que influencia a atitude, a conversa e as atençao para si mesmo
˜
˜
açoes daqueles que me escutam? Para esclarecer as coisas, ˙ Fa ça comparaçoes para
ajudar outros a entender
mostro a diferença entre uma ideia e outra ou entre uma claramente
maneira de agir e outra? O que faço para ajudar meus es- ˙ Incentive os ouvintes a
˜
tudantes, meus filhos ou meus ouvintes numa reuniao a raciocinar
lembrar-se do que digo? Mostro claramente aos meus ou- ˙ Exorte outros a analisar
´ ˜
vintes como aplicar o que aprendem? Conseguem ver isso suas proprias motivaçoes
˜ e sentimentos
em meu exemplo? Reconhecem como sua reaçao ao assun-
´
to que esta sendo analisado pode influenciar seu relacio- ˙ Incentive seus ouvintes
´ ˜ a avaliar como o conhe-
namento com Jeova?’ (Pro. 9:10) Continue a dar atençao a cimento bıblico deve
´
`
essas coisas a medida que procura desenvolver suas habili- influenciar suas vidas
˜
dades como instrutor. “Presta constante atençao a ti mesmo ˙ Seja um exemplo digno
e ao teu ensino. Permanece nestas coisas, pois, por fazeres de ser imitado
´
isso, salvaras tanto a ti mesmo como aos que te escutam.”
— 1 Tim. 4:16.
Como melhorar a
habilidade de conversar
TEM facilidade de conversar com outras pessoas? Para muitos, a sim-
´
ples ideia de iniciar uma conversa, especialmente com alguem que
˜ ´
nao conhecem, gera ansiedade. Essas pessoas talvez sejam tımidas e se
perguntem: ‘Sobre o que vou falar? Como iniciar a conversa? Como
dar continuidade a ela?’ As pessoas confiantes e desinibidas podem
ˆ
ter a tendencia de dominar a conversa. Seu desafio talvez seja fazer os
outros falarem e aprender a ouvir o que dizem. Por isso, quer sejamos
´
tımidos, quer desinibidos, todos precisamos continuar a desenvolver
a arte de conversar.
Comece em casa
˜
Por que nao começa a melhorar a habilidade de conversar em casa?
Conversas edificantes podem contribuir muito para a felicidade da
´
famılia.
´
O principal segredo e importar-se profundamente uns com os ou-
tros. (Deut. 6:6, 7; Pro. 4:1-4) Quando nos importamos, nos comuni-
camos e escutamos quando a outra pessoa quer falar. Outro fator im-
´
portante e ter algo de valor a dizer. Se tivermos um programa regular
´
de leitura e estudo da Bıblia, teremos muito sobre o que falar. O folhe-
to Examine as Escrituras Diariamente pode ser bem usado para iniciar
ˆ
conversas. Talvez tenhamos uma boa experiencia no serviço de cam-
´ ´
po ou leiamos algo informativo ou humorıstico. Devemos criar o ha-
bito de contar essas coisas ao conversarmos com membros de nossa
´ ´ ´
famılia. Isso tambem nos ajudara a conversar com pessoas de fora do
´
cırculo familiar.
Como iniciar conversas com desconhecidos
´
Muitas pessoas hesitam em iniciar uma conversa com alguem que
˜ ´
nao conhecem. Mas por amarem a Deus e ao proximo, as Testemu-
´
nhas de Jeova esforçam-se em aprender a iniciar conversas para poder
´ ´
transmitir as verdades bıblicas a outras pessoas. O que pode ajuda-lo
a melhorar nisso?
´ ´
O princıpio declarado em Filipenses 2:4 e valioso. Somos incentiva-
˜ ´
dos a ‘nao visar, em interesse pessoal, apenas os nossos proprios as-
´
suntos, mas tambem os dos outros’. Pense nisso da seguinte maneira:
62
Como melhorar a habilidade de conversar 63
ˆ
se voce nunca viu a pessoa antes, ela o encara como estranho. Como
´ `
pode deixa-la a vontade? Um sorriso cordial e um cumprimento ami-
´ ˜ ´
gavel serao de ajuda. Mas ha mais a considerar.
ˆ
Talvez a pessoa estivesse concentrada em algo quando voce come-
ˆ ˆ
çou a falar. Se tentar faze-la conversar sobre o que interessa a voce,
´ ´
sem levar em conta os pensamentos dela, sera que ela reagira favora-
velmente? O que Jesus fez quando encontrou uma mulher junto a um
´
poço em Samaria? O objetivo dela era tirar agua. Jesus iniciou a con-
versa com base nisso, e logo conduziu a palestra para um assunto espi-
˜
ritual. — Joao 4:7-26.
´ ´
Se for observador, tambem conseguira discernir o que as pessoas po-
´
dem estar pensando. A pessoa aparenta estar alegre ou triste? E idosa,
ˆ ´ ´
possivelmente doente? Ve algum indıcio de que ha crianças na casa?
˜
Parece que a pessoa tem uma boa situaçao financeira ou que luta
ˆ ˆ
para ganhar a vida? Existe alguma evidencia de influencia religiosa na
casa, nas joias ou bijuterias da pessoa? Se levar essas coisas em conta
´ ˆ ˆ
ao cumprimenta-la, ela talvez considere que voces tem interesses em
comum.
˜ ˜
A que conclusao talvez chegue se nao conseguir ver o morador, mas
´
apenas ouvir a voz dele por detras de uma porta trancada? Ele pode es-
˜
tar com medo. Poderia usar essa informaçao para iniciar uma conver-
sa mesmo com a porta fechada?
´ ´
Em alguns lugares e possıvel envolver a pessoa numa conversa por
ˆ ˜ `
contar algo sobre voce — sua formaçao, por que foi a casa dela, por que
´
acredita em Deus, por que começou a estudar a Bıblia e como esta o
´
tem ajudado. (Atos 26:4-23) E claro que isso precisa ser fei-
˜
to com discriçao e com um objetivo bem definido. Isso, ˜
por sua vez, pode levar a pessoa a contar algo sobre si e a SUGESTOES PARA
˜ INICIAR CONVERSAS
opinar sobre o assunto em questao.
´
Em algumas culturas, e comum demonstrar hospitali-
dade para com os desconhecidos. As pessoas logo o con- ˙ Leve em conta os
vidam para entrar e sentar-se. Nesse caso, se perguntar costumes locais
´ ˙ Elogie com sinceridade
de maneira educada sobre o bem-estar da famılia e ouvir
´
a resposta com interesse, o morador podera prestar aten- ˙ Fale sobre algo de
˜ ˆ ´
çao ao que voce tem a dizer. Outros povos mostram in- interesse mutuo
teresse ainda maior nos visitantes, o que pode fazer com ˙ Faça perguntas de
que os cumprimentos iniciais sejam demorados. Durante ponto de vista
ˆ
essa conversa inicial, talvez descubram que tem coisas em
64 Como melhorar a habilidade de conversar
ˆ
comum com voce. Isso pode levar a uma boa conversa sobre assuntos
espirituais.
˜
E se houver em sua regiao muitas pessoas que falam idiomas dife-
rentes do seu? Como pode dar testemunho a elas? Se aprender a cum-
primentar as pessoas em alguns desses idiomas, mesmo que use pa-
˜ ˆ
lavras simples, vao perceber que voce se interessa por elas. Isso pode
˜
abrir as portas para mais comunicaçao.
`
Como dar continuidade a conversa
ˆ ˜
Para fazer isso, voce precisa interessar-se pela opiniao da outra pes-
soa. Incentive-a a falar o que pensa se ela estiver disposta a fazer isso.
Perguntas bem escolhidas podem ajudar. As perguntas sobre ponto de
˜
vista sao as melhores, porque normalmente fazem com que a pessoa
˜ ˜
nao se limite a responder sim ou nao. Por exemplo, depois de falar so-
ˆ
bre um problema da localidade, poderia perguntar: “O que voce acha
˜ ˜ ´ ˜
que causou essa situaçao?” ou “Na sua opiniao, qual e a soluçao para
isso?”
˜ `
Quando fizer uma pergunta, preste atençao a resposta. Indique seu
´
genuıno interesse dizendo algo, acenando com a cabeça ou fazendo
˜
um gesto. Nao interrompa a pessoa. Avalie com mente aberta o que
´
estiver sendo dito. Seja “rapido no ouvir, vagaroso no falar”. (Tia. 1:19)
˜
Quando responder, mostre que realmente estava prestando atençao
ao que a pessoa dizia.
´ ´ ˜ `
E bom saber, porem, que nem todos responderao as suas perguntas.
Algumas pessoas reagem apenas levantando as sobrancelhas ou dan-
˜ ˜
do um sorriso. Outras poderao simplesmente dizer sim ou nao. Em vez
˜
de ficar frustrado, seja paciente e nao tente forçar a conversa. Se a pes-
soa estiver disposta a escutar, aproveite a oportunidade para transmi-
´
tir-lhe algo sobre a Bıblia. Com o tempo, pode ser que ela o encare
como amigo e se disponha a falar o que pensa.
´
Ao conversar com alguem, pense em conversas futuras. Se a pessoa
´
fizer uma serie de perguntas, responda algumas, mas deixe uma ou
´
duas para responder na proxima conversa. Ofereça-se para pesquisar o
˜
assunto e depois dizer-lhe o que descobriu. Se ela nao fizer perguntas,
´ ˆ
podera concluir a conversa perguntando algo que voce acha que a in-
´
teressaria. Ofereça-se para falar sobre o assunto na proxima visita. Po-
´ ´ `
dera encontrar muitas ideias sobre o que falar no livro Raciocınios a
´ ´
Base das Escrituras, na brochura O Que Deus Requer de Nos? e nos nu-
meros recentes de A Sentinela e Despertai!.
Como melhorar a habilidade de conversar 65
˜ ´ ˜
(Pro. 15:28) Se for jovem, seu pai ou sua mae sem duvida o ajudarao a
preparar algo para dizer.
˜
Vez por outra pode ser intimado a responder acusaçoes que alguma
ˆ ´
autoridade tenha levantado contra voce. Um policial, um funciona-
ˆ
rio do governo ou um juiz podem exigir que voce responda perguntas
ˆ ˜
sobre obediencia a determinada lei, neutralidade crista ou sua posi-
˜ ` ˜ ˜ ´
çao com respeito a participaçao em comemoraçoes patrioticas. Como
deve responder? “Com temperamento brando e profundo respeito.”
´ ˜ ˜
(1 Ped. 3:15) Tambem, pergunte-se por que essas questoes sao relevan-
ˆ
tes e reconheça respeitosamente a importancia delas. Depois disso, as-
´ ˆ
sim como o apostolo Paulo valeu-se das garantias da lei romana, voce
pode mencionar as garantias legais que se aplicam em seu caso. (Atos
˜
22:25-29) Talvez a autoridade em questao abra a mente ao saber de fa-
˜ ˜
tos sobre a posiçao adotada pelos primeiros cristaos e pelas Testemu-
´ ˆ ´
nhas de Jeova em todo o mundo. Ou voce podera mostrar que, por
˜
reconhecerem a autoridade de Deus, as pessoas, na realidade, sao mo-
`
tivadas a ser mais obedientes as leis humanas condizentes com a Pa-
´ ´
lavra de Deus. (Rom. 13:1-14) Depois de lançar essa base, e possıvel
˜ ˜ ´ ˜
que uma declaraçao das razoes bıblicas para sua posiçao seja aceita.
´
O conceito da pessoa sobre a Bıblia
ˆ ´
Ao decidir como responder, voce tambem precisa levar em conta o
que a pessoa pensa das Escrituras Sagradas. Jesus fez isso ao respon-
` ˜
der a pergunta dos saduceus sobre a ressurreiçao. Sabendo que aceita-
´
vam apenas os escritos de Moises, Jesus usou um relato do Pentateu-
co para raciocinar com eles, e iniciou seus argumentos dizendo que
´ ´ ˜
‘ate mesmo Moises disse que os mortos sao levantados’. (Luc. 20:37)
ˆ ´ ´ ´
Voce tambem pode achar pratico citar trechos da Bıblia que seu ou-
vinte conheça e aceite.
˜ ´
Mas e se a pessoa nao reconhecer a autoridade da Bıblia? Observe
´ ´
o que o apostolo Paulo fez em seu discurso no Areopago, conforme
´
registrado em Atos 17:22-31. Ele transmitiu verdades bıblicas sem ci-
´ ´ ˆ
tar diretamente a Bıblia. Se necessario, voce pode fazer o mesmo. Em
´
alguns lugares, talvez tenha de conversar varias vezes com uma pes-
ˆ ` ´ ´
soa antes de fazer referencia direta a Bıblia. Quando introduzir a Bı-
´
blia na conversa, e melhor primeiro apresentar alguns motivos que
´
indiquem por que vale a pena analisa-la, em vez de declarar incisiva-
´ ´
mente que ela e a Palavra de Deus. Contudo, seu objetivo e dar um tes-
Saiba responder 69
´
temunho claro sobre o proposito de Deus e, com o tempo, deixar a
´ ´ ´
pessoa ver por si mesma o que a Bıblia diz. A Bıblia e muito mais per-
suasiva do que qualquer coisa que possamos dizer. — Heb. 4:12.
“Sempre com graça”
´ ´
E muito apropriado que se diga aos servos do Deus clemente, Jeova,
que sua conversa deve ser “sempre com graça, temperada com sal”.
ˆ
(Col. 4:6; Exo. 34:6) Isso significa que devemos falar de maneira bon-
˜
dosa, mesmo quando a pessoa parece nao merecer tal bondade. Deve-
˜
mos falar coisas de bom gosto, nao de maneira rude ou sem tato.
˜ ˜
Muitas pessoas vivem sob tremenda pressao e sao submetidas dia-
´
riamente a abusos verbais. Quando as visitamos, talvez sejam rıspidas
˜ ´
conosco. Como devemos reagir numa situaçao dessas? A Bıblia diz:
“Uma resposta, quando branda, faz recuar o furor.” Esse tipo de res-
´ ´ ´
posta tambem pode abrandar alguem que seja contra nos. (Pro. 15:1;
˜
25:15) As pessoas que no dia a dia sao tratadas de modo rude podem
˜ ´ ` `
sentir-se tao atraıdas a nossa maneira educada de falar e a nossa voz
bondosa que talvez escutem as boas novas que pregamos.
˜ ˜
Nao temos interesse em discutir com pessoas que nao demonstram
´
respeito pela verdade, mas queremos raciocinar, com base na Bıblia,
com aqueles que nos permitem fazer isso. Independentemente da si-
˜ ˜
tuaçao que enfrentamos, nao nos esquecemos de que devemos mos-
` ˜
trar as pessoas, com bondade e convicçao, que as promessas preciosas
˜ ´
de Deus sao confiaveis. — 1 Tes. 1:5.
˜ ˆ
Decisoes pessoais e assuntos de consciencia
´
Como deve responder quando um estudante da Bıblia ou um ir-
˜ ˜
mao lhe pergunta o que ele deve fazer em determinada situaçao? Tal-
ˆ ˜
vez voce saiba o que faria se estivesse na mesma situaçao. Mas cada
´ ˜
pessoa deve assumir a responsabilidade por suas proprias decisoes na
´ ´
vida. (Gal. 6:5) O apostolo Paulo explicou que ele incentivava a “obe-
ˆ ´ ´
diencia pela fe” entre os povos a quem pregava. (Rom 16:26) Esse e
˜
um excelente exemplo para seguirmos. A pessoa que toma decisoes
´
pensando principalmente em agradar seu instrutor da Bıblia ou outro
´ ˜ ´ ´
humano esta servindo a homens, nao vivendo pela fe. (Gal. 1:10) Por
˜
isso, uma resposta direta e simples pode nao ser o melhor para aque-
´
le que esta fazendo a pergunta.
˜ ´
Como, entao, podera responder de maneira coerente com as orien-
˜ ´ ˆ ˜ ´ ´
taçoes bıblicas? Voce pode chamar atençao para princıpios bıblicos
70 Saiba responder
´ ´
apropriados e exemplos incluıdos no relato bıblico. Em alguns casos,
`
pode mostrar a pessoa como fazer pesquisas para que ela mesma en-
´ ˆ ´ ´
contre os princıpios e os exemplos. Voce pode ate comentar os princı-
´ ` ˜ ˜
pios e o valor dos exemplos, mas sem aplica-los a situaçao em questao.
` ´
Pergunte a pessoa se ela consegue ver neles algo que poderia ajuda-la a
˜ ´
tomar uma decisao acertada. Com base nesses princıpios e exemplos,
´
incentive-a a considerar que atitude agradaria a Jeova. Dessa maneira,
ˆ ´
voce a ajudara a ‘treinar as faculdades perceptivas para distinguir tan-
to o certo como o errado’. — Heb. 5:14.
˜
Comentar nas reunioes congregacionais
˜ ˜
As reunioes congregacionais muitas vezes nos dao oportunidade
´
de declarar publicamente nossa fe. Uma maneira de fa-
´ ´
zermos isso e por meio de comentarios. Como devemos
COMO COMENTAR ´
˜ comentar? Com o desejo de bendizer a Jeova. Foi isso
NAS REUNIOES ˜
que o salmista Davi fez “no meio das multidoes con-
´ ´
gregadas”. (Sal. 26:12) Nos tambem devemos comentar
˜
˙ Se for o primeiro a co- de uma maneira que incentive nossos irmaos e os esti-
ˆ
mentar, de uma resposta mule ao “amor e a obras excelentes”, conforme instou
simples e direta ´ ´
o apostolo Paulo. (Heb. 10:23-25) Estudarmos a materia
´ ˜ ˆ
˙ Para dar comentarios das reunioes com antecedencia pode ajudar-nos a con-
adicionais: (1) mostre a seguir isso.
˜
relaçao de determinado ˆ
texto citado com o as- Quando for chamado para comentar, de respostas
˜ ´
sunto; (2) mencione simples, claras e breves. Nao comente o paragrafo in-
como o assunto em ˆ
˜ teiro, mas aborde apenas um ponto. Se voce der ape-
questao afeta nossa vida; ´ ˜
nas parte da resposta, outros tambem terao oportunida-
(3) explique como as ´
˜
informaçoes podem ser de de comentar. E muito bom destacar os textos citados
´
usadas; ou (4) conte na materia. Ao fazer isso, procure enfatizar a parte do
ˆ ´
uma experiencia breve texto que se aplica ao ponto que esta sendo analisado.
que destaque um ponto- ´
Aprenda a comentar em suas proprias palavras em vez
chave ´ ˜
de ler diretamente do paragrafo. Nao fique chateado se
˙ Escute atentamente os ˜
nao conseguir expressar a ideia exatamente como gosta-
´
comentarios dos outros
para que possa acrescen- ria. Isso acontece de vez em quando com todos os que
´ comentam.
tar algo ao que ja foi dito
´ ´
˙ Procure comentar com E obvio que saber responder envolve mais do que ape-
´
as proprias palavras nas saber as respostas. Requer discernimento. Mas sente-
˜
se muita satisfaçao quando a resposta dada vem do cora-
˜
çao e toca profundamente os outros. — Pro. 15:23.
˜
Comunicaçao por meio de cartas
´ ˜
AS CARTAS ja melhoraram a vida e o comportamento de milhoes de
˜
pessoas. A maioria dos livros das Escrituras Gregas Cristas eram ori-
ginalmente cartas. Atualmente podemos escrever cartas para fortale-
˜
cer novos membros da nossa fraternidade crista, manter contato com
˜ ˜
amigos, encorajar irmaos e irmas que assumiram responsabilidades
especiais, fortalecer os que enfrentam dificuldades e transmitir infor-
˜ ´ ˜
maçoes necessarias relativas ao cuidado de atividades da congregaçao.
— 1 Tes. 1:1-7; 5:27; 2 Ped. 3:1, 2.
´ ˜
As cartas tambem sao um meio eficaz de dar testemunho. Em algu-
˜ ´
mas regioes, muitas pessoas moram em predios de alta segurança ou
´ ˜
em hoteis onde nao podemos dar testemunho livremente. Alguns mo-
˜
radores passam a maior parte do tempo fora de casa, de modo que nao
os encontramos ao pregar de casa em casa. Outros moram em lugares
isolados.
` ˆ ´
As vezes voce e obrigado a ficar em casa por causa de doença, mau
tempo ou toque de recolher. Acha que poderia escrever uma carta para
´
dar testemunho a um parente ou a alguem com quem tenha conver-
´ ´
sado informalmente? Sera que um de seus estudantes da Bıblia se mu-
dou? Uma carta sua pode ser exatamente o que ele precisa para man-
ˆ ˜
ter o interesse espiritual. Ou talvez voce possa transmitir informaçoes
´
bıblicas para pessoas que recentemente se casaram, tornaram-se pais,
´
ou perderam alguem que amavam na morte.
Testemunho por carta
´ ˜
Ao escrever para dar testemunho a alguem que nao conhece, pri-
ˆ
meiro apresente-se. Voce pode explicar que participa de um trabalho
´ ˆ ´
voluntario de ambito internacional. Se for apropriado, diga que e Tes-
´ ´
temunha de Jeova. Explique por que esta escrevendo em vez de fa-
zer uma visita. Escreva como se estivesse falando pessoalmente com o
´ ˜
destinatario. Mas, em harmonia com a orientaçao de sermos “caute-
losos como as serpentes, contudo, inocentes como as pombas”, pen-
˜
se bem em quanta informaçao deve dar a respeito de si mesmo. — Mat.
10:16.
` ˆ
Inclua na carta o que teria dito a pessoa se a tivesse visitado. Voce
˜ ´
pode adaptar uma introduçao do livro Raciocınios ou usar uma apre-
˜ ´ ´
sentaçao publicada em um numero recente de Nosso Ministerio do
71
˜
72 Comunicaçao por meio de cartas
´
Reino. Pode tambem fazer uma pergunta e incentivar a pessoa a pen-
sar nela. Alguns publicadores simplesmente explicam que temos um
´ ´
programa gratuito para responder perguntas bıblicas e citam os tıtulos
´ ˜
de alguns capıtulos de uma de nossas publicaçoes de estudo. Um mo-
´
delo de carta de testemunho aparece na pagina 73. Esse modelo con-
´ ´ ´ ´
tem algumas ideias, mas e bom variar o conteudo. Caso contrario, as
˜ ´
pessoas acabarao recebendo varias cartas iguais.
´ ˜
Algumas pessoas relutam em ler uma carta longa de alguem que nao
conhecem. Por isso, talvez seja melhor escrever uma carta breve. Se
´ ´ ˆ
ela for muito longa, o destinatario podera cansar-se de le-la. Seria bom
˜ ˜ ˆ
anexar um convite impresso das reunioes no Salao do Reino. Voce
pode incluir um tratado, uma brochura ou um exemplar de A Senti-
´
nela ou Despertai! e explicar que, se a pessoa desejar, podera receber
˜ ´
essas publicaçoes regularmente. Ou podera perguntar-lhe se aceitaria
´
que alguem a visitasse em casa para conversar mais sobre o assunto
abordado.
˜
Apresentaçao da carta
´
Olhe agora a carta-modelo. Observe o seguinte: (1) Esta bem organi-
zada e esmerada. (2) Mesmo que a pessoa perca o envelope, ela ainda
´ ´
tera o nome e o endereço do remetente. (3) O objetivo da carta esta de-
´
clarado de maneira simples e objetiva no primeiro paragrafo. (4) Cada
´ ´
ideia principal e abordada em um paragrafo separado. (5) Em vista do
˜ ´
objetivo da carta, ela nao e muito informal nem formal demais.
´
Nas cartas de estilo mais formal, como as que o secretario da congre-
˜ ` ˆ
gaçao envia a filial ou congenere, deve-se incluir o nome da congrega-
˜ ´ ˆ
çao, o nome do secretario, seu endereço de correspondencia e a data.
´
Deve-se indicar tambem o nome e o endereço da pessoa ou da orga-
˜ ´ ˜
nizaçao a quem a carta e dirigida. Em seguida, faz-se uma saudaçao
˜
apropriada. No fechamento, usam-se, em alguns idiomas, expressoes
como “Atenciosamente”, ou “Cordialmente”, acima da assinatura.
` ˜
A assinatura deve ser escrita a mao.
ˆ ˜ ` ` ´
Toda vez que escrever uma carta, de atençao a ortografia, a gramati-
` ˜ ´ ` ˜ ´ `
ca, a pontuaçao e, e claro, a apresentaçao. Isso conferira dignidade a
` ´
carta e a mensagem que ela contem.
No envelope, sempre coloque o endereço do remetente — de pre-
ˆ ´ ˆ ˜
ferencia seu proprio endereço de correspondencia. Se achar que nao
seria bom fornecer seu endereço ao dar testemunho por carta a pes-
˜ ˆ
soas desconhecidas, pergunte aos anciaos se eles aprovam que voce
˜
Comunicaçao por meio de cartas 73
˜
use o endereço do Salao do Reino. Nunca use o endereço da Associa-
˜
çao Torre de Vigia para esse objetivo, pois isso indicaria incorretamen-
´ ˜
te que a sua carta foi enviada do escritorio da Associaçao e causaria
˜ ˆ ˜ ˜
confusao. Se voce incluir alguma publicaçao, mas nao colocar o ende-
´ ˜
reço do remetente, isso tambem pode dar a impressao errada de que a
˜
carta foi enviada pela Associaçao.
ˆ
Certifique-se de por selos no valor certo, especialmente se tiver in-
´ ˜
cluıdo alguma publicaçao. Se o valor da postagem for superior ao
ˆ ´
valor dos selos que voce colocou, o destinatario talvez tenha de pa-
gar a diferença, e isso detrairia de sua mensagem. Lembre-se de que
´
em muitos paıses, quando se en-
via uma brochura ou uma revista
junto com a carta, a tarifa postal
´ ` Joana Siqueira
e superior a de uma carta co-
Rua Reinado, n.° 124
mum. ´
Paraıso, SP
O tom correto 12345-670
Ao terminar a carta, leia e ava- 1.° de junho de 20—
´
lie seu conteudo. Como soa? Pa-
´ Prezada Sra. :
rece amigavel e transmite uma ˜
˜ Eu e meu marido moramos na vizinhança. Nao
boa impressao? Ao lidar com ou-
conseguimos falar com a senhora pessoalmente,
tros, procuramos demonstrar ˜
mas temos algumas informaçoes importantes a lhe
´ ´
amor e bondade, alem de outras transmitir. O tratado anexo contem algumas dessas
´ ˜
qualidades. (Gal. 5:22, 23) Se per- informaçoes.
ceber um tom negativo ou uma Temos o prazer de participar numa obra realiza-
´ ´
pitada de pessimismo, mude a da por voluntarios em mais de 200 paıses. Em todos
fraseologia. eles convidamos as pessoas a beneficiar-se de um
´
programa que as ajuda a descobrir respostas bıbli-
Uma carta pode chegar a luga- cas a perguntas importantes, como: Por que enve-
ˆ ˜ ´
res onde voce nao conseguiria ir. lhecemos e morremos? Qual e o objetivo da vida?
´
Isso, por si so, a transforma num Como se pode encontrar a verdadeira felicidade?
instrumento significativo para o Participamos dessa atividade porque estamos ge-
´ nuinamente interessados em nossos vizinhos. Nos-
ministerio. Visto que sua car- ˜
ˆ so trabalho nao tem fins comerciais. Esperamos
ta representa voce e seus valores,
ˆ ˜ ´ ` conseguir falar pessoalmente com a senhora em
de atençao ao conteudo, a apa- `
ˆ breve. Sinta-se a vontade para entrar em contato co-
rencia e ao tom dela. Ela pode nosco no endereço acima.
´ ´
ser exatamente o que e necessa-
rio para iniciar, fortalecer ou en- Atenciosamente,
corajar uma alma preciosa na es- [Assinatura]
`
trada que conduz a vida.
Continue a progredir!
` ˆ ´ ´
A MEDIDA que voce aprendeu a aplicar os princıpios bıblicos, passou
˜
a mudar padroes profundamente arraigados no modo de pensar, falar
e agir. Grande parte disso aconteceu antes de se matricular na Escola
´ ´ ´ ´ ´
do Ministerio Teocratico. Agora, e provavel que ja tenha progredido a
´ ˜
ponto de dedicar sua vida a Jeova. Significa isso que nao precisa pro-
´ ˜
gredir mais? E claro que nao! Seu batismo foi apenas o começo.
´ ´ ´ ˜ ˜
O discıpulo Timoteo ja era anciao cristao quando Paulo lhe disse
que ‘ponderasse’ tanto no conselho que havia recebido como nos pri-
´
vilegios de serviço que lhe haviam sido confiados — que se ‘absorves-
se’ nessas coisas — a fim de que seu ‘progresso se tornasse manifesto a
todos’. (1 Tim. 4:12-15) Quer esteja apenas começando a seguir o ca-
˜
minho da verdade, quer seja um cristao veterano, deve estar interessa-
do em progredir.
˜
Conhecimento e transformaçao
´ ´
Em Efesios 3:14-19, lemos que o apostolo Paulo orou para que seus
concrentes fossem “cabalmente capazes de compreender . . . a largura,
e o comprimento, e a altura, e a profundidade” da verdade. Visando
´
isso, Jesus deu dadivas em homens para ensinar, reajustar e edificar a
˜ ˜
congregaçao. A meditaçao regular na inspirada Palavra de Deus, junto
˜
com a orientaçao de instrutores experientes, pode ajudar-nos a ‘cres-
´
cer’ espiritualmente. — Efe. 4:11-15.
Esse crescimento inclui sermos ‘feitos novos na força que ativa a
˜
nossa mente’. Isso envolve fazer com que nossa inclinaçao mental fi-
˜
que em completa harmonia com a inclinaçao mental de Deus e de
Cristo. Para que consigamos nos “revestir da nova personalidade”,
´
precisamos assimilar constantemente os pensamentos deles. (Efe.
4:23, 24) Quando estuda os Evangelhos, consegue encarar esses rela-
˜
tos da vida de Cristo como um padrao a seguir? Procura identificar
´ ´ ˜
caracterısticas especıficas da personalidade de Jesus e entao esforça-se
´
sinceramente para imita-las? — 1 Ped. 2:21.
As coisas sobre as quais conversa podem ser um indicativo do quan-
˜
to progrediu. Quem se revestiu da nova personalidade nao fica con-
versando sobre coisas desonestas, abusivas, obscenas ou negativas.
´ ˜
Em vez disso, sua conversa e ‘boa para a edificaçao, conferindo aos
74
Continue a progredir! 75
´ ´ ´
ouvintes aquilo que e favoravel’. (Efe. 4:25, 26, 29, 31; 5:3, 4; Judas 16)
´
Seus comentarios, tanto em conversas particulares quanto nas reu-
˜ ´
nioes congregacionais, revelam que a verdade o esta transformando.
˜
Se nao estiver mais sendo ‘jogado como que por ondas e levado
´ ´ ´ ´ ˆ
para ca e para la por todo vento de ensino’, isso tambem e evidencia
´
de progresso. (Efe. 4:14) Como reage, por exemplo, quando o mundo
ˆ
lança sobre voce uma avalanche de novas ideias, movimentos, ou di-
˜ ˜
versoes? Sente-se tentado a tirar tempo das obrigaçoes espirituais para
envolver-se em tais coisas? Fazer isso pode prejudicar seriamente seu
´
progresso espiritual. E muito melhor comprar tempo para empenhar-
´
se em coisas espirituais. — Efe. 5:15, 16.
´
Seu modo de lidar com outras pessoas tambem pode ser um indica-
tivo de progresso espiritual. Aprendeu a ser ‘ternamente compassivo e
˜ ˜ ´
a perdoar liberalmente’ seus irmaos e irmas? — Efe. 4:32.
´
Seu progresso em fazer as coisas da maneira de Jeova deve ser evi-
˜
denciado tanto na congregaçao como em casa. Deve ser evidente tam-
´ ´ ´
bem na escola, em lugares publicos e em seu local de trabalho. (Efe.
5:21–6:9) Se demonstrar qualidades piedosas num grau maior em to-
ˆ ´ ´
das essas circunstancias, evidenciara que esta progredindo.
Use seus dons
´ ´
Jeova dotou cada um de nos com habilidades e talentos. Ele espera
´
que os usemos em benefıcio de outros de tal maneira que, por nosso
´ ´
intermedio, ele possa expressar sua benignidade imerecida. O aposto-
˜
lo Pedro escreveu o seguinte a respeito disso: “Na proporçao em que
cada um recebeu um dom, usai-o em ministrar uns aos outros como
mordomos excelentes da benignidade imerecida de Deus.” (1 Ped.
´
4:10) Como esta usando os dons que lhe foram confiados?
´ ˜
Pedro continua: “Se alguem falar, fale como que as proclamaçoes
´
sagradas de Deus.” (1 Ped. 4:11) Esse versıculo enfatiza a responsabili-
dade de falarmos em completa harmonia com a Palavra de Deus, para
´
que Ele seja glorificado. A maneira de falarmos tambem deve glorifi-
´ ´ ´
car a Jeova. O treinamento fornecido na Escola do Ministerio Teocra-
´ ´
tico pode ajuda-lo a usar seus dons para glorificar a Jeova mediante a
ajuda que presta a outros. Com esse objetivo em mente, como deve
avaliar seu progresso na escola?
´ ´ ´
Em vez de pensar em quantas caracterısticas de oratoria ja abrangeu,
˜
ou no tipo de designaçoes que recebe, reflita em quanto a qualidade
76 Continue a progredir!
´
de seu sacrifıcio de louvor melhorou por causa do treinamento recebi-
´
do. A escola nos prepara para sermos mais eficientes no ministerio de
˜ ´
campo. Entao, pergunte-se: ‘Sera que realmente preparo minhas apre-
˜
sentaçoes para o serviço de campo? Aprendi a demonstrar interesse
nas pessoas a quem dou testemunho? Costumo lançar a base para re-
visitas, levantando uma pergunta a ser considerada na visita seguinte?
´ ´
Se estudo a Bıblia com alguem, esforço-me para aprimorar a arte de
˜
ensino a fim de conseguir tocar o coraçao do estudante?’
˜ ´
Nao avalie seu progresso simplesmente em termos dos privilegios
´ ˜ ˜
de serviço recebidos. O progresso e visto nao pela designaçao em si,
ˆ ˜
mas em como voce a cumpre. Se recebeu uma designaçao de ensino,
´
pergunte-se: ‘Usei realmente a arte de ensino? Abordei a materia de
uma maneira que contribuiu para que ela tivesse um efeito positivo
sobre meus ouvintes?’
˜
A exortaçao para usar seus dons implica em tomar a iniciativa. Cos-
´
tuma tomar a iniciativa de trabalhar com outros no ministerio de
´
campo? Procura oportunidades para ajudar os membros recem-asso-
˜
ciados de sua congregaçao, bem como os jovens ou os doentes? Ofe-
˜
rece-se para limpar o Salao do Reino ou para ajudar nos congressos e
nas assembleias? Consegue participar periodicamente no serviço de
´ ˜
pioneiro auxiliar? Esta em condiçoes de servir como pioneiro regular
˜ ´
ou numa congregaçao onde ha maior necessidade de ajuda? Tem fei-
´
to esforço para satisfazer as normas bıblicas para servos ministeriais e
˜ ˜
anciaos? Sua disposiçao de ajudar e de aceitar responsabilidades indi-
´
ca que esta progredindo. — Sal. 110:3.
ˆ
O papel da experiencia
` ˆ ˜
Caso se sinta limitado devido a falta de experiencia como cristao,
˜ ´
nao se desanime. A Palavra de Deus pode tornar “sabio o inexperien-
te”. (Sal. 19:7; 119:130; Pro. 1:1-4) Quando aplicamos os conselhos
´ ´ ´ ´
bıblicos, nos nos beneficiamos da sabedoria perfeita de Jeova, que e
de muito maior valor do que qualquer aprendizado obtido apenas por
ˆ `
meio da experiencia. Contudo, a medida que progredimos no serviço
´ ˆ
de Jeova, realmente ganhamos experiencia valiosa. Como podemos
´ ´
usa-la de maneira benefica?
ˆ
Depois de enfrentar diversas circunstancias na vida, a pessoa pode
´ ˜
sentir-se tentada a raciocinar: ‘Ja passei por essa situaçao. Eu sei o que
Continue a progredir! 77
´ ´ ˜
fazer.’ Seria sabio pensar assim? Proverbios 3:7 adverte: “Nao te tor-
´ ´ ˆ
nes sabio aos teus proprios olhos.” A experiencia certamente deve am-
˜
pliar nossa visao dos fatores a considerar ao lidarmos com determina-
˜
das situaçoes. Mas se estivermos fazendo progresso espiritual, nossa
ˆ ´ ˆ ˜
experiencia tambem deve fazer-nos ver que precisamos das bençaos
´ ˜
de Jeova para sermos bem-sucedidos. Assim, nosso progresso nao se
˜
manifesta por enfrentarmos as situaçoes com autoconfiança, mas por
˜ ´
buscarmos prontamente a orientaçao de Jeova. Demonstramos pro-
˜
gresso por confiarmos que nada pode acontecer sem a permissao de
´
Jeova e por mantermos um relacionamento de confiança e afeto com
nosso Pai celestial.
Siga em frente
˜
Apesar de ter sido um cristao ungido e espiritualmente maduro, o
´
apostolo Paulo reconhecia que precisava seguir em frente para atingir
ˆ ´
o alvo da vida. (Fil. 3:13-16) Voce tambem pensa assim?
´
Quanto progresso ja fez? Para avaliar seu desenvolvimento, conside-
´ ´
re ate que ponto ja se revestiu da nova personalidade, quanto se sub-
` ´ ˆ
meteu a soberania de Jeova e o grau de diligencia com que usa seus
´ `
dons para honrar a Jeova. A medida que se beneficiar da Escola do Mi-
´ ´
nisterio Teocratico, as qualidades destacadas na Palavra de Deus deve-
˜
rao se tornar mais evidentes em sua maneira de falar e de ensinar. Te-
nha bem em mente esses aspectos de seu desenvolvimento e alegre-se
´
com eles. Dessa maneira, seu progresso sera prontamente manifesto.
˜
QUAIS SAO SEUS ALVOS ESPIRITUAIS?
78
EXERCICIOS
´ ´
CARACTERISTICAS DE ORATORIA
´
DATA DA DATA DE
´ ˜ ˜
(Numero do estudo) DESIGNAÇ AO O CONCLUSAO
DEMONSTRAÇ AO
DISCURSO
1 Leitura exata
LEITURA
˜
˜
2 Articulaçao clara
´
3 Pronuncia correta
ˆ
4 Fluencia
8 Volume apropriado
˜
9 Modulaçao
10 Entusiasmo
11 Cordialidade e sentimento
˜
12 Gestos e expressoes faciais
13 Contato visual
14 Naturalidade
ˆ
15 Boa aparencia
´
16 Equilıbrio
17 Uso do microfone
´
18 Uso da Bıblia ao responder a perguntas
79
EXERCICIOS
´ ´
CARACTERISTICAS DE ORATORIA
´
DATA DA DATA DE
´ ˜ ˜
(Numero do estudo) DESIGNAÇ AO O CONCLUSAO
´
DEMONSTRAÇ AO
DISCURSO
˜ ´
20 Introduçao eficaz de textos bıblicos
ˆ
21 Leitura de textos com enfase adequada
˜
22 Aplicaçao correta dos textos
´ ´
23 Esclarecer o valor pratico da materia
24 Escolha de palavras
25 Uso de esboço
˜ ´ ´
26 Apresentaçao logica da materia
ˆ
27 Proferimento espontaneo
28 Estilo conversante
29 Qualidade da voz
˜
32 Falar com convicçao
˜ ˆ
35 Repetiçao para dar enfase
36 Desenvolvimento do tema
80
EXERCICIOS
´ ´
CARACTERISTICAS DE ORATORIA
´
DATA DA DATA DE
´ ˜ ˜
(Numero do estudo) DESIGNAÇ AO O CONCLUSAO
DISCURSO
DEMONSTRAÇ AO
˜
38 Introduçao que desperta interesse
˜
39 Conclusao eficaz
˜ ˜
40 Exatidao das declaraçoes
41 Clareza
˜
42 Apresentaçao instrutiva
´
43 Usar a materia designada
˜
45 Ilustraçoes instrutivas
˜ ˜
46 Ilustraçoes baseadas em situaçoes conhecidas
˜ ´
48 Argumentaçao que estimula o raciocınio
49 Argumentos convincentes
˜
50 Tocar o coraçao
˜
51 Controle e boa distribuiçao do tempo
˜
52 Exortaçao eficaz
81
Use cenas variadas
˜ ´ ´ ˆ
Ao apresentar demonstraçoes na Escola do Ministerio Teocratico, voce pode usar as cenas
´ ´ ˜
abaixo sem precisar seguir a ordem numerica. Esforce-se ao maximo para nao usar a mesma
´
cena mais de duas vezes antes de usar todas as outras que sejam apropriadas para o territo-
˜
rio de sua congregaçao. Anote nos espaços as datas em que usou a cena.
Usada em:
1. Testemunho de casa em casa
˜
2. Vencendo objeçao
´
3. Revisitando pela primeira vez alguem que demonstrou interesse
˜ ´
4. Demonstraçao de como iniciar estudo bıblico na primeira visita
´ ´ ˜ ˆ
5. Dirigindo estudo bıblico para alguem que nao le bem
´ ´
6. Dirigindo estudo bıblico para estudante que esta adiantado
` ˜
7. Incentivando estudante a assistir as reunioes
´
8. Persuadindo estudante a aplicar um conselho bıblico
˜ ˜
9. Treinando apresentaçao com publicador nao batizado
´ ˆ
10. Incentivando a leitura da Bıblia por demonstrar como faze-la ou por
´ ´ ´
demonstrar como a leitura de um livro especıfico da Bıblia pode ser benefica
11. Testemunho por telefone ou pelo interfone
12. Testemunho nas ruas
13. Testemunho na feira ou em outro estabelecimento comercial
14. Testemunho informal numa sala de espera
´
15. Testemunho informal em transporte publico
ˆ ´
16. Testemunho numa circunstancia tıpica da localidade
17. Testemunho a um vizinho
18. Explicando suas crenças a um parente descrente
19. Falando sobre a verdade a um colega de trabalho ou de escola
˜
20. Testemunho a um professor, ao patrao ou a uma autoridade local
´
21. Testemunho a um medico, advogado ou a outro profissional
˜
22. Testemunho a uma pessoa que nao fala bem o seu idioma
´
23. Conversando com ateu ou agnostico
´
24. Testemunho a um animista, budista, catolico, hindu, judeu,
´ ˜
muçulmano, protestante ou a alguem de outra religiao da localidade
´
25. Treinando alguem no programa “Pioneiros ajudam outros”
˜ ˜ ˜
26. Pai ou mae raciocina com filho, ou jovem raciocina com sua irma ou irmao
´ ´
27. Usando a Bıblia para encorajar alguem doente
´
28. Usando a Bıblia no serviço de campo para consolar morador muito
triste ou deprimido
29. Adulto aconselha um jovem
ˆ ˜
30. Outra circunstancia apropriada para sua regiao
82
LEITURA EXATA 1
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Ler em voz alta exatamente o que esta escrito, sem omitir
letras, pular ou trocar palavras. Pronunciar as palavras corre-
` ˜ ´
tamente, obedecendo a pontuaçao e aos sinais diacrıticos,
que incluem os acentos.
´ ´
A BIBLIA diz que a vontade de Deus e que pessoas de toda sorte “ve-
nham a ter um conhecimento exato da verdade”. (1 Tim. 2:4) Em har-
monia com isso, nosso desejo de transmitir conhecimento exato deve
´ ´
influenciar a maneira de lermos a Bıblia em publico.
´ ˜
A habilidade de ler em voz alta a Bıblia e publicaçoes que a expli-
´
cam e importante tanto para os jovens quanto para os de
´ ´
mais idade. Como Testemunhas de Jeova, temos a respon- POR QUE E IMPORTANTE?
sabilidade de transmitir a outros o conhecimento a respei- A leitura correta e bem-feita
´ ´
to de Jeova e do seu modo de agir. Isso muitas vezes envol- e fundamental para trans-
ve ler para uma pessoa ou para um grupo pequeno. Lemos mitir o conhecimento exato
´ ´ ´
tambem para os membros de nossa famılia. A Escola do das verdades bıblicas.
´ ´
Ministerio Teocratico oferece boas oportunidades para que
˜ ˜
irmaos e irmas, jovens e idosos, recebam conselhos para
´
aprimorar a leitura publica.
´ ´
Ler a Bıblia em publico, quer para poucas pessoas, quer para a con-
˜ ´ ´ ´
gregaçao, e algo que devemos encarar com seriedade. A Bıblia e inspi-
´ ´
rada por Deus. Alem disso, “a palavra de Deus e viva e exerce poder . . .
´ ˜ ˜
e e capaz de discernir os pensamentos e as intençoes do coraçao”.
´
(Heb. 4:12) A Palavra de Deus contem um conhecimento de valor in-
´ ˜ ´ ´
calculavel, que nao esta disponıvel em nenhuma outra fonte. Ela nos
´
ajuda a conhecer o unico Deus verdadeiro, a cultivar um relaciona-
mento excelente com ele e a ser bem-sucedidos em lidar com proble-
´
mas. Explica-nos tambem o que fazer para obter a vida eterna no novo
´ ˆ
mundo de Deus. Por isso, ao lermos a Bıblia, devemos querer faze-lo
´
da melhor maneira possıvel. — Sal. 119:140; Jer. 26:2.
´
Como fazer uma leitura exata. Ha muitos aspectos envolvidos na
˜ ´
boa leitura, mas a exatidao e o primeiro objetivo a atingir. Isso signi-
´
fica esforçar-se para ler exatamente o que esta escrito, tomando cuida-
˜ ´
do para nao pular ou trocar palavras nem omitir as ultimas letras.
83
84 Leitura exata
ˆ
Para ler corretamente as palavras, voce precisa entender o contexto.
˜ `
Isso exige preparaçao minuciosa. A medida que desenvolver a habili-
` ´
dade de ver as palavras a frente da que esta lendo e analisar o fluxo das
´ ˜
ideias, conseguira ler com maior exatidao.
˜ ´ ˜
A pontuaçao e os sinais diacrıticos sao elementos importantes da
˜
linguagem escrita. A pontuaçao indica onde pausar, o tempo da pausa
˜
e possivelmente a necessidade de inflexao da voz. Em alguns idiomas,
˜ ˜
se o leitor nao mudar o tom da voz quando a pontuaçao o exige, pode-
´ ˜
ra transformar uma pergunta em afirmaçao ou mudar completamen-
´ ´ ˜ ˜
te o sentido do texto. E claro que ha ocasioes em que a funçao da pon-
˜ ´ ´ ´
tuaçao e basicamente gramatical. Em muitos idiomas e impossıvel ler
˜
corretamente sem prestar bastante atençao aos acentos e a outros si-
´ ´
nais diacrıticos — tanto os graficos quanto os subentendidos no con-
texto —, pois eles influenciam o som das letras. Certifique-se de co-
˜ ˜
nhecer bem as regras de pontuaçao e acentuaçao em seu idioma. Esse
´ `
e um dos segredos para dar sentido a leitura. Lembre-se de que seu ob-
´ ˜
jetivo e transmitir ideias, e nao simplesmente pronunciar palavras.
´ ´
Para adquirir a habilidade de ler corretamente e necessario treinar.
´ ´ ´ ˜ ˜
Leia cada paragrafo varias vezes, ate nao cometer mais erros. Entao,
´ ´ ´
passe para o paragrafo seguinte. Por ultimo, esforce-se a ler varias par-
´
tes da materia sem pular, repetir ou trocar palavras. Depois de fazer
˜
SINAIS DE PONTUAÇAO
Ponto (.) indica parada mais longa. Aspas (“ ” ou ‘ ’) podem indicar que as palavras
´ delimitadas por elas devem ser lidas com pau-
Vırgula (,) geralmente exige uma pausa breve,
ˆ ` sas antes e depois do trecho (pausas bem breves
para dar sequencia a leitura.
´ se as palavras fizerem parte de um texto; mais
Ponto e vırgula (;) indica uma pausa mais cur- ˜
´ longas no caso de uma declaraçao completa).
ta que o ponto e mais longa que a vırgula. ˜
Travessao (—), quando usado para destacar
Dois-pontos (:) introduz uma lista ou uma cita- ideias, geralmente pede uma mudança suave no
˜ ˜
çao; exige pausa, mas sem mudar a inflexao da tom da voz ou no ritmo da leitura.
voz. ˆ
˜ ˜ Parenteses ( ) e colchetes [ ] podem isolar pa-
Ponto de exclamaçao (!) indica expressao de lavras a serem lidas num tom levemente mais bai-
forte sentimento no tom da voz. ˆ ˆ ˜
xo. As fontes de referencia entre parenteses nao
˜ ˜ ´
Ponto de interrogaçao (?) geralmente exige ler precisam ser lidas, e nao ha necessidade de mu-
a frase num tom mais alto ou aumentar a infle- dar o tom da voz ao ler as palavras entre colche-
˜ ˜ ´
xao da voz. tes cuja funçao e completar o sentido da leitura.
Leitura exata 85
´
isso, peça que alguem escute sua leitura e indique os erros que come-
ter.
ˆ
Em algumas partes do mundo, as pessoas tem dificuldade de ler de-
` ˜ ` ˜ ´
vido a visao fraca ou a iluminaçao insuficiente. Se for possıvel corrigir
´
esses problemas, com certeza havera melhora na leitura.
˜
Com o tempo, irmaos que leem bem podem ser convidados a fa-
˜
zer a leitura no Estudo de Livro de Congregaçao ou no Es-
tudo de A Sentinela. Mas, para desincumbir-se bem de um COMO CONSEGUIR
´ ˜
privilegio como esse, nao basta saber pronunciar as pa- Treine! Treine! Treine!
´
lavras corretamente. Para tornar-se um bom leitor publi- E faça isso em voz alta.
˜ ˆ ´ ´ ´
co na congregaçao, voce precisara desenvolver bons habi- Peça que alguem escute
tos pessoais de leitura. Isso envolve reconhecer que cada sua leitura e aponte os erros.
´ ´
palavra desempenha um papel dentro da frase. E impossı- Durante o estudo pessoal,
´ discipline-se a ler com
vel o leitor captar o sentido correto daquilo que esta escri- ˜
ˆ atençao.
to, se desconhece algumas palavras. Se voce trocar as pa-
˜
lavras, mesmo durante a leitura pessoal, o significado da Nao leia as palavras isolada-
´ ` mente; aprenda a ler grupos
frase ficara distorcido. As vezes, isso acontece porque o lei- de palavras.
˜ ˜
tor nao leva em conta as regras de acentuaçao ou o con-
texto. Esforce-se a entender o significado de cada palavra
´
dentro do contexto em que aparece. Veja tambem como a
˜
pontuaçao afeta o significado da frase. Lembre-se de que as ideias ge-
˜
ralmente sao transmitidas por grupos de palavras. Fique atento a isso
ˆ
para que, na leitura em voz alta, voce agrupe as palavras em unidades
ˆ
maiores, como frases e sentenças, em vez de le-las isoladamente. Para
´ ´
conseguir transmitir o conhecimento exato na leitura publica, e im-
´
portante entender claramente o que esta lendo.
˜ ´
Foi a um anciao experiente que o apostolo Paulo escreveu: “Conti-
` ´ ´
nua a aplicar-te a leitura publica.” (1 Tim. 4:13) Obviamente, esse e
um campo em que todos podemos melhorar.
´
EXERCICIO:
´ ´
Depois de se preparar bem, peça que um amigo ou alguem de sua famılia
´ ` ˆ ˆ
acompanhe na Bıblia a medida que voce le, em voz alta, um trecho de Mateus,
´ ˆ
capıtulos 5 a 7. Peça-lhe que o interrompa toda vez que voce (1) pular uma pa-
lavra; (2) ler uma palavra de maneira errada ou trocar a ordem das palavras;
˜
(3) desconsiderar um acento ou um sinal de pontuaçao que exige pausa ou infle-
˜ ´ ˆ ˜
xao. E bom fazer isso durante pelo menos dez minutos em duas ou tres ocasioes.
˜
2 ARTICULAÇ AO CLARA
ˆ
O que voce deve fazer?
Falar de uma maneira que seus ouvintes possam compreender
´
as palavras com facilidade. Envolve (1) usar corretamente os or-
˜
gaos da fala e (2) compreender a estrutura das palavras.
ˆ
PARA comunicar-se de maneira eficaz, voce deve falar com clareza.
´
O que pretende dizer talvez seja interessante e ate importante, mas a
˜ ´ ˜
maior parte da sua mensagem nao sera captada caso suas palavras nao
sejam facilmente entendidas.
˜ ˜
As pessoas nao se sentem motivadas por palavras que nao conse-
guem entender bem. Embora o orador tenha voz forte e
´ ´ ˜ ˜ ´
audıvel, se nao falar com clareza nao conseguira motivar
POR QUE E IMPORTANTE?
ˆ os ouvintes a agir. Seria como se falasse num idioma que
Quando voce articula bem ˜ ´
as palavras, as pessoas con- nao entendem. ( Jer. 5:15) A Bıblia nos lembra: “Se a trom-
ˆ ´ ´
seguem entende-lo e ha beta der um toque incerto, quem se aprontara para a ba-
´ ´
maior probabilidade de talha? Do mesmo modo, tambem, a menos que vos, por
´ ´ ´
levarem a serio o que diz. intermedio da lıngua, pronuncieis palavras facilmente en-
´
tendidas, como se sabera o que se fala? Estareis, de fato, fa-
lando ao ar.” — 1 Cor. 14:8, 9.
´
O que torna as palavras incompreensıveis? Deixar de abrir a boca
o suficiente pode ser um dos motivos. Quando a pessoa fica com os
´ ´ ˜ ´
musculos do maxilar rıgidos e quase nao movimenta os labios, a voz
sai abafada.
´ ´ ˜ ´
Falar rapido demais tambem dificulta a compreensao. E como tocar
˜ ˜ ´ ´
a gravaçao de um discurso em rotaçao acelerada. E possıvel ouvir as
˜
palavras, mas nao se consegue entender quase nada.
´
Em alguns casos, a pessoa fala de maneira incompreensıvel devido
´ ˜
a algum problema nos orgaos da fala. Contudo, mesmo quem tem um
problema assim pode fazer muito para melhorar, aplicando as suges-
˜
toes fornecidas neste estudo.
´ ´
Na maioria dos casos, porem, a dificuldade para entender o que e
dito se deve ao fato de a pessoa emendar as palavras. O problema tal-
´ ´
vez seja pular sılabas ou letras importantes, ou ainda comer as ultimas
letras das palavras. Quando a pessoa emenda as palavras de maneira
´
indiscriminada, seus ouvintes podem ate captar algumas ideias e fra-
86
˜
Articulaçao clara 87
ˆ
ses, mas tem de adivinhar as outras. Deixar de articular devidamente
´
as palavras pode comprometer a eficacia do ensino.
Como falar com clareza. Um dos segredos para articular bem as
´
palavras e compreender a estrutura delas em seu idioma. Na maioria
˜ ´ ˜
dos idiomas, as palavras compoem-se de sılabas, que, por sua vez, sao
´
compostas de uma ou mais letras pronunciadas de uma so vez. Nes-
´ ´ `
ses idiomas, normalmente cada sılaba e enunciada a me-
´
dida que a pessoa fala, mas nem todas as sılabas recebem COMO FAZER
ˆ
a mesma enfase. Se pretende falar com maior clareza, fale Fale e leia todas as palavras
´ ´ ´ ˜
devagar e procure articular cada sılaba. De inıcio, podera com clareza — com a dicçao
parecer que as palavras soam excessivamente precisas, mas apropriada, volume suficien-
´ ˆ ´ ´ te e num ritmo moderado.
com a pratica voce conseguira falar com naturalidade. E
ˆ ˆ ´ ˜
claro que, a bem da fluencia, voce acabara juntando algu- Nao emende as palavras de
˜ maneira que o significado
mas palavras, mas nao faça isso se houver o risco de obscu- do que diz fique confuso aos
recer o sentido do que diz. ouvintes.
˜
Uma palavra de cautela: ao treinar a articulaçao correta, Mantenha a cabeça ergui-
ˆ ˜ ˜ da e abra a boca o suficiente
talvez voce fale e leia com extrema precisao. Mas nao crie
´ para falar.
o habito de falar dessa maneira, porque isso soaria afetado
e desnatural. Treine para relaxar o pesco-
´
ço, o maxilar, os labios e
Se perceber que sua voz sai abafada, aprenda a manter a ´
os musculos da face e da
cabeça erguida e o queixo afastado do peito. Quando for garganta.
´
ler a Bıblia, segure-a numa altura que lhe permita desviar
ˆ ´
o olhar da assistencia para a Bıblia com um ligeiro movi-
˜
mento dos olhos. Desta forma, suas palavras fluirao livremente.
´ ´ ˜ ´
Aprender a relaxar tambem pode ajuda-lo a melhorar a dicçao. E
˜ ´
bem sabido que a tensao nos musculos da face ou nos que controlam
˜ ˜
a respiraçao pode prejudicar o mecanismo da fala. Essa tensao interfe-
˜ ´ ˜
re na devida coordenaçao entre a mente, os orgaos da fala e o contro-
˜
le da respiraçao — processo que deve ser suave e natural.
´
Os musculos do maxilar precisam estar relaxados para reagir pron-
´ ´ ´
tamente aos comandos do cerebro. Os labios tambem devem estar
relaxados e prontos para expandir-se e contrair-se rapidamente, a fim
de dar o toque final nos muitos sons que se originam na boca e na
´ ˜
garganta. Se o maxilar e os labios estiverem tensos, a pessoa nao con-
´ ´
seguira abrir a boca o suficiente e a voz saira forçada entre os den-
´
tes, com um som aspero, abafado e confuso. Contudo, relaxar o ma-
´ ˜ ´
xilar e os labios nao significa adquirir o habito de falar de maneira
˜
88 Articulaçao clara
´
descuidada. Isso precisa ser equilibrado com o habito de articular os
sons nitidamente.
˜ ´ ´ ´
Ao analisar sua situaçao, podera descobrir que e pratico ler em voz
´ ˜
alta. Observe atentamente como usa os maravilhosos orgaos da fala.
Costuma abrir a boca o suficiente para que os sons saiam sem obstru-
˜ ´ ˜ ´ ´ ´ ˜
çao? Tenha em mente que a lıngua nao e o unico orgao da fala, em-
bora seja um dos mais utilizados nessa tarefa. O pescoço, o maxilar in-
´ ´ ´ ˆ
ferior, os labios, os musculos da face e da garganta tambem tem sua
˜ ˜ ´
participaçao. Ao falar, sente que nao movimenta os musculos da face?
´ ´ ´
Se isso acontecer, e muito provavel que seja difıcil compreender o que
diz.
´
Se puder, grave sua voz durante varios minutos falando natural-
mente, como se estivesse no serviço de campo. Ao ouvir a grava-
˜ ´
çao, conseguira perceber se tem problema para articular corretamen-
te alguma palavra. Fique atento aos momentos em que sua voz ficou
´ ˆ
incompreensıvel, abafada, ou em que voce encurtou palavras, e ten-
ˆ
te determinar o motivo. Geralmente, a deficiencia pode ser corrigida
˜ ˜ ´
com a aplicaçao das sugestoes ja apresentadas.
Tem algum problema na fala? Procure abrir a boca um pouco mais
e tente articular as palavras de maneira ainda mais clara. Respire fun-
do e fale devagar. Muitas pessoas com problemas na fala melhoraram
˜ ´
a dicçao ao fazer isso. Se tiver o problema de cecear, mantenha a lın-
gua afastada dos dentes da frente ao falar palavras que tenham sons de
˜
s e z. Embora seu problema talvez nao seja completamente resolvido,
˜ ´ ´
nao se desespere. Lembre-se de que Jeova escolheu Moises, que talvez
tivesse um problema na fala, para declarar mensagens vitais tanto ao
´ ˆ ˆ
povo de Israel quanto ao Farao do Egito. (Exo. 4:10-12) Se voce estiver
´ ´ ´ ´ ´
disposto, Jeova tambem o usara e abençoara seu ministerio.
´
EXERCICIO:
ˆ
Fale normalmente. Voce abre a boca o suficiente ou precisa abri-la um pouco
´ ´
mais e usar melhor os musculos da face? Treine esse exercıcio lendo Mateus 8:23-
27 em voz alta. Certifique-se de manter a cabeça erguida e esforce-se para relaxar
´
os musculos do maxilar.
´
PRONUNCIA CORRETA 3
ˆ
O que voce deve fazer?
Proferir as palavras corretamente. Isso envolve: (1) usar os
´
sons corretos para vocalizar as palavras; (2) enfatizar a sılaba
˜ ´
certa; (3) dar a devida atençao aos sinais diacrıticos — como
ˆ
os acentos, o til e a cedilha, em portugues.
˜
NEM todos os cristaos tiveram a oportunidade de receber muita
˜ ´ ˜
instruçao escolar. Os apostolos Pedro e Joao foram descritos como
´
homens “indoutos e comuns”. (Atos 4:13) Apesar disso, e impor-
´ ˜
tante ter cuidado para que uma pronuncia errada nao tire o brilho
´
da verdade bıblica que apresentamos.
˜ ´
Fatores a considerar. Nao ha um conjunto de regras
´ ´
de pronuncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos POR QUE E IMPORTANTE?
´
idiomas utilizam um alfabeto. Alem do alfabeto latino, ´
A pronuncia correta confere
´ ´ ´ ´ `
ha tambem os alfabetos arabe, cirılico, grego e hebraico. dignidade a mensagem que
ˆ ˜ ´
No idioma chines, a escrita nao e feita por meio dum al- pregamos. Permite que os
fabeto, mas por meio de caracteres que podem ser com- ouvintes se concentrem no
´ teor da mensagem sem ser
postos de varios elementos. Esses caracteres geralmente ´
distraıdos por erros de pro-
representam uma palavra ou parte de uma palavra. Em- ´
ˆ nuncia.
bora os idiomas japones e coreano usem caracteres chi-
neses, estes podem ser pronunciados de maneiras bem
diferentes e nem sempre ter o mesmo significado.
´ ´
Nos idiomas alfabeticos, a pronuncia adequada exige que se use
˜
o som correto para cada letra ou combinaçao de letras. Quando o
´
idioma segue regras coerentes, como e o caso do espanhol, do gre-
˜ ´ ˜ ´
go e do zulu, a tarefa nao e tao difıcil. Contudo, as palavras estran-
` ˆ ´
geiras incorporadas ao idioma as vezes mantem uma pronuncia pa-
` ˜
recida a original. Assim, determinadas letras, ou combinaçoes de
`
letras, podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, as vezes,
˜ ˆ
simplesmente nao ser pronunciadas. Voce talvez precise memori-
˜ ˜ ´
zar as exceçoes e entao usa-las regularmente ao conversar. Em chi-
ˆ ´ ˜
nes, a pronuncia correta exige a memorizaçao de milhares de ca-
racteres. Em alguns idiomas, o significado de uma palavra muda de
˜ ˜ ˜
acordo com a entonaçao. Se a pessoa nao der a devida atençao a
´
esse aspecto do idioma, podera transmitir ideias erradas.
89
´
90 Pronuncia correta
´ ´
Se as palavras de um idioma forem compostas de sılabas, e im-
´
portante enfatizar a sılaba correta. Muitos idiomas que usam esse
ˆ ˜ ´
tipo de estrutura tem regras bem definidas sobre a posiçao da sıla-
ˆ
ba tonica (aquela que soa mais forte). As palavras que fogem a essas
´
regras geralmente recebem um acento grafico, o que torna relativa-
´ ´
mente facil pronuncia-las de maneira correta. Contudo, se houver
˜ `
muitas exceçoes as regras, o problema fica mais complicado. Nesse
˜
caso, exige bastante memorizaçao pronunciar corretamente as pa-
lavras.
´ ˜
Em alguns idiomas, e fundamental prestar bastante atençao aos
´
sinais diacrıticos que aparecem acima e abaixo de determinadas le-
` ´ ˆ ˜ ¯ ˘ ¨ ˇ
tras, como: e, e, o, n, o, u, u, c, ç.
˜ ´ ´
Na questao da pronuncia, e preciso evitar algumas armadilhas.
˜ ˜ ˜ ´
A precisao exagerada pode dar a impressao de afetaçao e ate de es-
´
nobismo. O mesmo acontece com as pronuncias em desuso. Tais
˜ ´
coisas apenas chamam atençao para o orador. Por outro lado, e
bom evitar o outro extremo e relaxar tanto no uso da linguagem
´ ˜ ´
quanto na pronuncia das palavras. Algumas dessas questoes ja fo-
˜
ram discutidas no estudo “Articulaçao clara”.
´ ´ ´
Em alguns idiomas, a pronuncia aceitavel pode diferir de um paıs
´ ˜
para outro — e ate mesmo de uma regiao para outra no mesmo
´
paıs. Um estrangeiro talvez fale o idioma local com sotaque. Os di-
´ ` ´
cionarios as vezes admitem mais de uma pronuncia para determi-
˜ `
nada palavra. Especialmente se a pessoa nao teve muito acesso a
˜ ´
instruçao escolar ou se a sua lıngua materna for outra, ela se bene-
´ ˜
ficiara muito por ouvir com atençao os que falam bem o idioma lo-
´ ´
cal e imitar sua pronuncia. Como Testemunhas de Jeova queremos
falar de uma maneira que dignifique a mensagem que pregamos e
que seja prontamente entendida pelas pessoas da localidade.
´ ´
No dia a dia, e melhor usar palavras com as quais se esta bem
´ ˜
familiarizado. Normalmente, a pronuncia nao constitui problema
ˆ ´
numa conversa, mas ao ler em voz alta voce podera se deparar com
˜
palavras que nao usa no cotidiano. E, como sabe, as Testemunhas
´
de Jeova usam bastante o recurso da leitura oral. Leem passagens
´ ˜ ˜
bıblicas ao dar testemunho, e alguns irmaos sao convidados para
´
ler os paragrafos durante o Estudo de A Sentinela ou o Estudo de Li-
˜ ´
vro de Congregaçao. E importante ler de maneira correta e tomar
´
Pronuncia correta 91
˜ ´
cuidado para nao cometer erros de pronuncia, o que detrai da men-
sagem que pregamos.
´ ´
Acha difıcil pronunciar alguns nomes proprios que aparecem na
´ ˆ ´
Bıblia? Em portugues, os nomes proprios normalmente seguem as
´
mesmas regras de pronuncia que as demais palavras. Para conhe-
ˆ ´ ˜
cer essas regras, voce pode recorrer a uma gramatica ou, se isso nao
´ ´ ´
for possıvel, podera pedir ajuda a alguem que as conhe-
´
ce. Apenas como exemplo, alistamos alguns nomes pro- COMO MELHORAR
´ ´ ˆ ´
prios cuja pronuncia pode gerar duvida e, entre parente- A PRONUNCIA
´ ´ ´
ses, sua pronuncia correta: Atalia (Atalıa), Elifaz (Elifaz), Aprenda a usar bem o dicio-
´ ´ ´ ´
Geazi (Geazı), Naftali (Naftalı) e Vasti (Vastı). nario.
ˆ ´
Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que tem pro- Peça a alguem que leia bem
´ ˜ ˜ para ouvir sua leitura e dar
blemas de pronuncia nao se dao conta disso. Se o supe- ˜
ˆ sugestoes.
rintendente da escola sugerir que voce aprimore alguns ˜ ` ´
´ ˜ Preste atençao a pronuncia
aspectos da pronuncia, encare isso como demonstraçao
dos bons oradores e compa-
de bondade. Mas, uma vez que se der conta do proble-
´ re com a sua.
ma, como podera melhorar?
´
Em primeiro lugar, quando for designado a ler em pu-
´ ˜
blico, consulte num dicionario as palavras que nao co-
˜ ´ ´
nhece. Se nao tiver pratica em usar o dicionario, procure
´ ˜
em suas paginas iniciais, ou finais, a explicaçao sobre as abreviatu-
´ ´ ´
ras, as siglas e os sımbolos foneticos usados ou, se necessario, peça
´ ˆ
que alguem o ajude a entende-los. Em alguns casos, uma palavra
´
pode ter pronuncias diferentes, dependendo do contexto. Alguns
´ ´ ˆ ´
dicionarios indicam a pronuncia de letras que tem sons variaveis,
´ ˆ ´
bem como a sılaba tonica. Antes de fechar o dicionario, repita a pa-
´
lavra varias vezes em voz alta.
´ ´
Uma segunda maneira de melhorar a pronuncia e ler para al-
´
guem que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe que corrija seus
erros.
´ ´ ˜
Um terceiro modo de aprimorar a pronuncia e prestar atençao
˜ ˜
aos bons oradores. Use as gravaçoes da Traduçao do Novo Mundo
´
ou das revistas A Sentinela e Despertai!, se estiverem disponıveis. Ao
˜ ˜ `
ouvir as gravaçoes, preste atençao as palavras lidas com uma pro-
´ ˆ
nuncia diferente da que voce usaria. Anote essas palavras e repita-as
´ ˆ ´ ´
varias vezes. Com o tempo, voce eliminara os erros de pronuncia e
´
passara a falar de maneira muito melhor.
´
92 Pronuncia correta
´
EXERCICIO:
´
Verifique a pronuncia das palavras desconhecidas no Salmo 83 ou em outro
´ ´
trecho da Bıblia que tenha dificuldade de ler. Use um dicionario ou consul-
´ ´ ˆ
te alguem que conheça bem o idioma. Observe as sılabas tonicas dos nomes
´ ´
proprios nesses versıculos e repita cada nome em voz alta. Em seguida, leia
o trecho todo em voz alta.
´
Palavras cuja pronuncia preciso treinar
ˆ
FLUENCIA 4
ˆ
O que voce deve fazer?
Ler e falar de modo que as palavras e as ideias fluam suave-
ˆ ˜
mente. Quem se expressa com fluencia nao fala de maneira
´ ˜
entrecortada nem devagar demais. Tambem, nao tropeça nas
˜
palavras nem titubeia, como se nao soubesse o que dizer.
ˆ ˜
QUANDO le em voz alta, costuma tropeçar em algumas expressoes?
˜
Ou percebe que muitas vezes nao encontra as palavras certas ao pro-
ferir um discurso? Se isso acontece, seu problema pode ser falta de
ˆ ˆ ´
fluencia. A pessoa fluente le e expressa seus pensamentos com nı-
˜
tida facilidade, mas isso nao significa que fale sem pa-
´ ´
rar, de maneira muito rapida ou sem pensar. Ela se ex- POR QUE E IMPORTANTE?
´ ˆ ˜
pressa de maneira agradavel. A fluencia recebe atençao Quando o orador nao tem
˜
´ ´ ˆ
especial na Escola do Ministerio Teocratico. fluencia, os ouvintes podem
´ ˆ ˜
Varios fatores podem contribuir para a falta de fluen- deixar de prestar atençao.
´
˜ Alem disso, existe o risco
cia. Acha que precisa dar atençao especial a algum destes de se transmitirem ideias er-
´ ˜
pontos? (1) Na leitura publica, vacilar por desconhecer radas e de a mensagem nao
certas palavras. (2) Pausar brevemente em muitos luga- ser expressa de forma con-
vincente.
res pode fazer com que as frases saiam entrecortadas.
˜ ´
(3) Falta de preparaçao. (4) Deixar de organizar a mate-
´ ˆ
ria de maneira logica contribui para a falta de fluencia ao falar dian-
´
te de um grupo. (5) Vocabulario limitado pode fazer com que he-
`
site a medida que procura as palavras certas. (6) Enfatizar muitas
palavras. (7) Desconhecimento das regras gramaticais.
ˆ ˜ ˆ ˜ ˜ ˜
Se voce nao tiver fluencia, seus ouvintes nao sairao do Salao do
˜
Reino, literalmente falando, mas poderao deixar a mente vaguear
e perder a maior parte da mensagem.
ˆ
Procure falar de maneira convincente e com fluencia, mas tenha
˜
cuidado para que seu discurso nao assuma um tom arrogante e aca-
ˆ
be constrangendo a assistencia. Se diferenças culturais levarem seus
ˆ ˜
ouvintes a achar que voce nao fala com tato ou que carece de sin-
˜ ´ ´
ceridade, nao conseguira atingir seu objetivo. E digno de nota que,
´
apesar de ser um orador experiente, o apostolo Paulo se dirigiu aos
93
ˆ
94 Fluencia
´ ˜
corıntios “em fraqueza, e em temor, e com muito tremor”, para nao
˜
atrair indevida atençao a si mesmo. — 1 Cor. 2:3.
ˆ ´
Costumes que se devem evitar. Muitas pessoas tem o habito de
˜ ´
inserir expressoes ou palavras como “bem”, “agora”, “e . . . ” e “ou
´ ˜
seja” no inıcio ou no meio das frases. Outras as terminam com “nao
´ ´ ˆ ˜ ˆ
e verdade?” ou “ne?”. Talvez voce nao se de conta da fre-
ˆ ˜ ´
quencia com que usa essas expressoes. Podera verificar
ˆ ´ ˜
COMO OBTER FLUENCIA isso pedindo que alguem o ouça ensaiar a apresentaçao
˜ ˆ
Quando encontrar palavras e repita essas expressoes cada vez que voce as usar. Pode
desconhecidas em revistas e ser que fique surpreso.
livros, marque-as, descubra
exatamente o que significam Alguns retrocedem muitas vezes quando leem e falam.
´ ˜
e use-as. Isto e, começam uma frase, param de falar e entao repe-
´
Treine a leitura em voz alta tem pelo menos parte do que ja disseram ou leram.
pelo menos de cinco a dez Outros ainda falam com relativa desenvoltura, mas an-
minutos por dia. ´
tes de concluir a linha de raciocınio começam a falar
Quando for designado a fa-
zer uma leitura, prepare-se de outro assunto. Embora as palavras fluam livremente,
˜ ˆ
bem. Preste atençao especial mudanças abruptas de pensamento prejudicam a fluen-
aos grupos de palavras que cia.
transmitem ideias. Entenda ´
´ Como melhorar. Se o seu problema e encontrar as pa-
bem a linha de raciocınio.
No dia a dia, aprenda a pen- lavras certas, precisa esforçar-se bastante para enrique-
˜ ´ ˜ ` ˜
sar primeiro e entao dizer cer seu vocabulario. Preste atençao as palavras que nao
frases completas, sem inter- conhece em A Sentinela, Despertai! e em outras publi-
´
romper a linha de raciocınio. ˜ ´
caçoes. Verifique a pronuncia e o significado no dicio-
´
nario e incorpore algumas dessas palavras ao seu voca-
´ ˜ ´ ´
bulario. Se nao tiver um dicionario, peça ajuda a alguem
que fale bem o idioma.
˜ ˆ ´ ´
Outra sugestao para melhorar a fluencia e criar o habito de ler em
´ ´
voz alta. Quando encontrar palavras difıceis, repita-as varias vezes.
ˆ ´ ´ ˜
Para ler com fluencia, e necessario entender a relaçao entre as pa-
lavras de uma frase. Para transmitir as ideias do escritor, geralmen-
´ ´ ˜
te e necessario ler grupos de palavras. Preste atençao especial a esses
˜ ´
agrupamentos e, se preciso, marque-os. Seu objetivo nao e simples-
´
mente ler as palavras de modo correto, mas tambem transmitir as
ideias de maneira clara. Depois de analisar uma frase, passe para a
´ ´ ´
seguinte ate que tenha estudado o paragrafo inteiro. Apos familia-
´ ´ ´
rizar-se com a linha de raciocınio, leia o paragrafo em voz alta va-
ˆ
Fluencia 95
´ ˜
rias vezes ate nao tropeçar em nenhuma palavra nem pausar nos
´
lugares errados. Faça o mesmo com os outros paragrafos.
´ ˜
Em seguida, leia mais rapido. Se conseguir perceber a relaçao en-
´
tre as palavras da frase, sera capaz de visualizar mais de uma pala-
´
vra por vez e de prever o que vem a seguir. Isso contribuira muito
para que consiga fazer uma boa leitura.
´ ´
Um bom treinamento e ler de improviso. Por exemplo, crie o ha-
´ ´
bito de ler em voz alta o texto diario e os comentarios sem preparar-
se. Acostume os olhos a visualizar grupos de palavras que expressam
˜
ideias completas, e nao apenas uma palavra por vez.
ˆ ´ ´
Para ter fluencia e preciso pensar antes de falar. Desenvolva o ha-
bito de fazer isso no dia a dia. Determine que ideias deseja trans-
´ ˜
mitir e em que ordem; daı, comece a falar. Nao tenha pressa. Procu-
re expressar o pensamento completo sem parar nem mudar a linha
Muitos fatores podem contribuir para a ga- Quando tiver de dar um discurso, prepare-
˜ ´
gueira, e as terapias que dao resultado para al- se bem. Concentre-se na materia e fale com
˜ ˜
gumas pessoas talvez nao funcionem tao bem sentimento. Se começar a gaguejar, esforce-se
´
para outras. Mas para ser bem-sucedido e im- para manter a calma e controlar a voz. Rela-
˜
portante nao desistir. xe a musculatura do maxilar. Use frases curtas
´ ˆ ´ ˜
Fica com medo e ate entra em panico e diminua ao maximo o uso de interjeiçoes,
´ ˜
so de pensar em comentar nas reunioes? Ore como “eh . . . ” e “hum . . . ”.
´
a Jeova pedindo ajuda. (Fil. 4:6, 7) Concentre-
´ ˜ Alguns que lidam com o problema da ga-
se em honrar a Jeova e em ajudar outros. Nao
´
espere que o problema desapareça totalmen- gueira procuram evitar palavras que ja lhes
˜
te, mas preste atençao ao progresso que con- causaram problemas, substituindo-as por si-
ˆ ˜ ˆ
segue fazer. Ao passo que sentir as bençaos de nonimos. Outros preferem identificar os fo-
´ ˜ ´ ˆ
Jeova e receber incentivo dos irmaos, tera von- nemas com os quais tem mais dificuldade e
tade de prosseguir. ´ ´
treina-los vez apos vez.
´ ´
A Escola do Ministerio Teocratico oferece-
ˆ Se começar a gaguejar durante uma con-
nos a oportunidade de ganhar experiencia em ˜ ´
´ ´ versa, nao desista de se comunicar. Podera in-
falar em publico. Ficara surpreso de ver como ´
se sai bem diante de um grupo de pessoas centivar a outra pessoa a falar ate que consiga
ˆ ´
que o apoia e que deseja ve-lo progredir. Isso continuar. Se necessario, simplesmente escre-
´ va o que quer dizer ou mostre-o em algum
pode ajuda-lo a adquirir confiança para falar
ˆ
em outras circunstancias. texto impresso.
ˆ
96 Fluencia
´ ˜ ´ ´
de raciocınio no meio da declaraçao. Algo que tambem ajuda e usar
frases simples e curtas.
˜
Se souber exatamente o que quer falar, as palavras fluirao de ma-
˜ ´ ´
neira natural. De modo geral, nao e necessario escolher as palavras
ˆ ´ ´
com antecedencia. Na verdade, e mais pratico simplesmente certi-
˜
ficar-se de que a ideia esteja clara em sua mente, e entao pensar nas
`
palavras a medida que estiver falando. Se fizer assim e concentrar-
˜ `
se mais nas ideias do que nas palavras, estas lhe virao a mente de
´ ´
maneira mais ou menos automatica, e expressara o que realmente
pensa. Mas, se deixar de se concentrar nas ideias e começar a pen-
´ ´ ´
sar nas palavras, podera titubear. Com a pratica, conseguira desen-
ˆ
volver fluencia, qualidade importante para falar e ler bem.
´ ˜ ´
Quando Moises recebeu a comissao de representar a Jeova
˜ ´ ˜
perante a naçao de Israel e o Farao do Egito, nao se sentiu capaz de
ˆ ˜ ˆ
cumpri-la. Por que? Porque ele nao se expressava com fluencia, tal-
ˆ
vez devido a algum problema na fala. (Exo. 4:10; 6:12) Ele deu al-
´
gumas desculpas, mas nenhuma foi aceita por Deus. Jeova enviou
˜ ´ ´ ´
Arao como porta-voz, mas tambem ajudou Moises a falar. Moises
´ ˜
saiu-se muito bem nas inumeras ocasioes em que falou tanto a uma
˜
pessoa como a pequenos grupos ou a toda a naçao. (Deut. 1:1-3;
ˆ
5:1; 29:2; 31:1, 2, 30; 33:1) Se voce realmente fizer a sua parte com
´ ´ ´
confiança em Jeova, tambem podera usar o dom da fala para hon-
rar a Deus.
´
EXERCICIO:
˜ ´ ´
Analise com atençao cada paragrafo do relato de Juızes 7:1-25. Certifique-se
´
de entender o sentido. Consulte as palavras desconhecidas num dicionario.
˜ ´ ´
Leia em voz alta, com a maior precisao possıvel, os nomes proprios e depois
´ ´ ´
o paragrafo. Quando sentir que a leitura esta boa, passe para o paragrafo
´
seguinte, e assim por diante. Ao terminar, leia o capıtulo inteiro. Em segui-
´
da, leia-o novamente de maneira um pouco mais rapida. Leia-o mais uma
vez, aumentando a velocidade nos trechos em que der para fazer isso, mas
˜ ˜ ´
cuide-se para nao ler tao rapido que acabe tropeçando.
USO CORRETO DE PAUSAS 5
ˆ
O que voce deve fazer?
Parar
` nos lugares certos durante a leitura ou o proferimento.
As vezes, pode-se pausar ligeiramente ou apenas diminuir o
˜
volume da voz por um instante. As pausas sao apropriadas
˜
quando cumprem uma funçao.
´
AO FALAR, e importante pausar corretamente, quer esteja proferindo
um discurso, quer esteja conversando com apenas uma pessoa. Sem
´ ´
essas pausas, fica difıcil entender o que e dito e parece que as palavras
saem de maneira atropelada e confusa. O uso correto das pausas aju-
da a dar clareza ao que se diz e permite enfatizar os pontos principais
˜
a fim de causar uma impressao duradoura nos ouvintes.
Como se pode determinar onde pausar? Qual deve ser a ´
POR QUE E IMPORTANTE?
˜
duraçao das pausas? O uso correto de pausas
˜ ˜ ´
Pausas determinadas pela pontuaçao. A pontuaçao e fundamental para se
desempenha um papel importante na linguagem escrita. entender prontamente o
˜ ´ ´
que e dito. Pausar tambem
Serve para indicar o fim de uma declaraçao ou uma per-
´ serve para ressaltar pontos
gunta e, em alguns idiomas, e usada para delimitar cita- importantes.
˜ ˜ ˜
çoes. Alguns sinais de pontuaçao indicam a relaçao entre
ˆ ˆ
as partes de uma sentença. Quando a pessoa le em silen-
˜ ˆ ´
cio ela pode ver os sinais de pontuaçao, mas quando le em publi-
˜
co deve transmitir o significado da pontuaçao que aparece no texto.
(Para maiores detalhes, veja o estudo 1, “Leitura exata”.) Se o leitor
˜ ˜ ´
nao pausar de acordo com a pontuaçao, dificultara o entendimento
´ ´
da leitura e podera ate distorcer o sentido do texto.
´
Para determinar onde pausar, e preciso levar em conta tanto a pon-
˜ ˜
tuaçao como a maneira como os pensamentos sao expressos na fra-
´ ˜
se. Certo musico famoso disse: “Eu nao toco as notas melhor do que
´ ´
a maioria dos pianistas. Mas as pausas entre as notas . . . ah!, aı e que
reside o segredo da arte.” Na linguagem falada acontece algo pareci-
´
do. O uso correto de pausas da mais beleza e significado a uma ma-
´
teria bem preparada.
´ ´
Ao preparar-se para ler em publico, talvez ache pratico fazer algu-
mas marcas no texto. Por exemplo, faça um pequeno traço vertical
97
98 Uso correto de pausas
ˆ ´ ´
para dar enfase e geralmente tem um impacto maior. Esse metodo e
usado para alcançar dois objetivos: dar aos ouvintes a oportunidade
de refletir no que acabou de ser dito, ou criar expectativa para o que
´
sera dito em seguida. Determine qual desses objetivos deseja alcan-
ˆ
çar. Mas lembre-se de que as pausas para dar enfase devem limitar-se
` ˜ ´
as declaraçoes realmente significativas. Caso contrario, essas declara-
˜ ˜
çoes perderao o valor.
´
Ao ler as Escrituras em voz alta na sinagoga de Nazare, Jesus em-
pregou bem as pausas. Primeiro, leu a passagem do rolo do profeta
´ ` ˜
Isaıas que aludia a sua comissao. Contudo, antes de indicar o cumpri-
mento da passagem, enrolou o manuscrito, devolveu-o ao ajudante e
˜
sentou-se. Entao, ao passo que todos olhavam atentamente para ele,
disse: “Hoje se cumpriu esta escritura que acabais de ouvir.” — Luc.
4:16-21.
ˆ ` ˆ ´
Pausas exigidas pelas circunstancias. As vezes, voce e obrigado a
´
interromper o que esta dizendo. No serviço de campo, por exemplo,
ˆ
isso pode acontecer por causa do barulho do transito ou do choro de
˜ ˆ
uma criança. Numa assembleia, se o barulho nao for muito alto, voce
pode aumentar o volume da voz e continuar a falar. Mas se for alto e
ˆ ˜
prolongado, deve pausar, mesmo porque a assistencia nao vai prestar
˜
atençao ao que diz. Assim, use bem as pausas para ajudar os ouvintes
a tirar pleno proveito das boas coisas que pretende dizer-lhes.
Pausas para permitir uma resposta. Mesmo que sua apresenta-
˜ ˜ ˜ ˆ ´
çao nao envolva participaçao da assistencia, e importante dar tem-
ˆ
po para que os ouvintes respondam mentalmente. Se voce formu-
˜
lar perguntas que os induzam a refletir, mas nao pausar o suficiente
˜
para que pensem nas respostas, as perguntas praticamente perderao
o valor.
´ ´ ´ ˜
E obvio que e importante pausar nao apenas quando estamos fa-
´
lando da tribuna, mas tambem ao dar testemunho. Algumas pessoas
parecem nunca pausar quando falam. Se tiver esse problema, empe-
´ ´
nhe-se para desenvolver essa caracterıstica de oratoria, porque assim
´ ´ ´
se comunicara melhor e sera mais eficiente no ministerio de campo.
´ ˆ ˆ
A pausa e um momento de silencio, e tem-se dito que o silencio que-
˜ ´ ´
bra a monotonia, enfatiza, atrai a atençao e e agradavel aos ouvidos.
˜ ´ ˆ
Para que haja comunicaçao e preciso haver intercambio de ideias.
ˆ ´
As pessoas ficam mais propensas a escutar quando voce tambem as
100 Uso correto de pausas
ˆ
escuta com interesse. Isso exige que voce pause o suficiente para que
possam falar.
´
Ao darmos testemunho, geralmente nos saımos melhor quando
´
conseguimos iniciar um dialogo. Depois de cumprimentar o mora-
˜ ´
dor, muitos irmaos acham pratico abordar um assunto e fazer uma
` ´
pergunta. Durante a conversa, pausam para dar a pessoa varias opor-
˜
tunidades de se expressar, e levam em conta sua opiniao. Sabem que
normalmente podem ajudar melhor o morador se souberem o que
ele pensa a respeito do assunto em pauta. — Pro. 20:5.
´ ˜ ´
E claro que nem todas as pessoas responderao de maneira favora-
˜
vel. Mas isso nao impediu Jesus de pausar o suficiente para permitir
´ ´
que ate mesmo opositores falassem. (Mar. 3:1-5) Quando se da a al-
´ ´
guem a oportunidade para falar, ele e incentivado a pensar e, em re-
sultado, talvez revele seu ponto de vista. De fato, um dos objetivos de
´ ´ ˜
nosso ministerio e fazer com que as pessoas deem uma opiniao fran-
˜
ca a respeito de questoes fundamentais da Palavra de Deus sobre as
˜ ˜
quais terao de tomar uma decisao. — Heb. 4:12.
´ ´
O uso correto de pausas no ministerio e uma verdadeira arte.
˜
Quando se faz isso, as ideias sao transmitidas de maneira mais clara e
˜
sao lembradas por mais tempo.
´
EXERCICIO:
Leia Marcos 9:1-13 em voz alta e pause corretamente obedecendo os sinais
˜ ˜
de pontuaçao, mas nao deixe que a leitura fique enfadonha. Depois de trei-
´ ˆ ˜
nar, peça que alguem escute sua leitura e lhe de sugestoes para melhorar
as pausas.
ˆ
ENFASE SEGUNDO O SENTIDO 6
ˆ
O que voce deve fazer?
Enfatizar palavras e frases de maneira que os ouvintes assi-
milem as ideias facilmente.
´ ˜
QUANDO falamos ou lemos em voz alta, e importante nao apenas
´
pronunciar as palavras de maneira correta, mas tambem enfatizar as
˜
palavras e expressoes-chave de tal forma que transmitam claramente
as ideias.
ˆ
A enfase correta envolve mais do que simplesmente frisar algumas
´
ou mesmo diversas palavras. E preciso enfatizar as palavras
ˆ ´
certas. Se voce enfatiza as palavras erradas, existe o risco de POR QUE E IMPORTANTE?
˜
seus ouvintes nao compreenderem o que diz e deixarem ˆ
˜ ´ A enfase segundo o sentido
de prestar atençao. Mesmo que a materia seja boa, os ou- ajuda o orador a prender a
˜ ˜ ˜
vintes nao se sentirao devidamente motivados se o orador atençao dos ouvintes e a
˜ ˆ ´
nao a apresentar com a enfase correta. persuadi-los ou motiva-los.
´ ´ ˆ `
Ha varios modos de dar enfase as palavras, frequen-
˜
temente usados em combinaçao: aumento do volume,
maior sentimento, falar devagar e de modo cadenciado, pausar antes
˜ ˜
ou depois de uma declaraçao (ou antes e depois), gestos e expressoes
´ ˆ
faciais. Em alguns idiomas, pode-se tambem dar enfase por elevar ou
abaixar o tom da voz. Para determinar o modo mais apropriado, con-
´ ˆ
sidere a materia e as circunstancias.
Ao decidir o que deve ser enfatizado, leve em conta o seguinte:
˜ ´
(1) O que determina as palavras a ser enfatizadas numa frase nao e
ˆ
apenas o restante da frase, mas todo o contexto. (2) A enfase segundo
´
o sentido pode ser usada para indicar o inıcio de um novo pensamen-
to, quer seja um ponto principal, quer apenas uma mudança na linha
´ ´ ˜ ˜
de raciocınio. Serve tambem para chamar a atençao para a conclusao
´
de uma linha de raciocınio. (3) O orador pode usar esse recurso para
mostrar como se sente a respeito de determinado assunto. (4) Pode-se
ˆ ´
empregar a enfase segundo o sentido tambem para destacar os pontos
principais de um discurso.
ˆ ´
Para usar a enfase de acordo com os criterios acima, o orador ou o
´
leitor devem entender a materia de maneira bem clara e realmente
101
ˆ
102 Enfase segundo o sentido
˜
desejar que seus ouvintes a assimilem. Falando sobre a instruçao for-
necida nos dias de Esdras, Neemias 8:8 declara: “Continuaram a ler
alto no livro, na lei do verdadeiro Deus, fornecendo-se esclarecimen-
to e dando-se o sentido dela; e continuaram a tornar a leitura com-
´
preensıvel.” Evidentemente, aqueles que liam e explicavam a Lei de
˜ ˆ
Deus naquela ocasiao reconheciam a importancia de ajudar os ouvin-
˜
tes a compreender o sentido do que liam, a reter a informaçao e a co-
´ ´
loca-la em pratica.
´
Possıveis dificuldades. A maioria das pessoas consegue fazer-se
entender claramente nas conversas do dia a dia. Contudo, quando
leem algo escrito por outra pessoa, podem ter dificuldade em determi-
˜ ´
nar que palavras ou expressoes devem ser ressaltadas. O segredo esta
´ ´
em entender bem a materia, o que exige estuda-la cabalmente. Assim,
˜
se for convidado a fazer a leitura numa reuniao congregacional, pre-
pare-se bem.
ˆ
Algumas pessoas, em vez de usar a enfase segundo o sentido, usam
ˆ ´
o que pode ser chamado de “enfase periodica”. Enfatizam palavras
ˆ
em intervalos mais ou menos fixos, quer a enfase seja justificada quer
˜
nao. Outras enfatizam de modo exagerado as chamadas palavras fun-
˜ ˜ ˆ ˜
cionais, como as preposiçoes e as conjunçoes. Quando a enfase nao
˜
contribui para a clareza, logo se torna motivo de distraçao.
ˆ
No esforço de falar com enfase, alguns oradores aumentam tanto o
ˆ ˜ ˜
volume da voz que os ouvintes tem a impressao de que estao sendo re-
´ ´ ´ ´
preendidos. E obvio que esse metodo raramente da bons resultados.
ˆ ˜ ˜ ´
Se a enfase nao for natural, pode dar a impressao de que o orador esta
´
tratando os ouvintes com ar de superioridade. E muito melhor sim-
´ ´
plesmente exorta-los com amor e ajuda-los a ver que o que se diz tem
´ ´ ´
base bıblica e e razoavel.
˜ ´
Como aprimorar. Muitas vezes, a pessoa nao se da conta de que
ˆ
tem dificuldades no emprego da enfase segundo o sentido, o que tor-
´ ´ ` ˜ ˆ
na necessario que alguem lhe traga isso a atençao. Se voce precisa me-
˜ ´ `
lhorar nessa questao, o superintendente da escola o ajudara. Sinta-se a
vontade para pedir ajuda a um bom orador. Peça-lhe que ouça com
˜ ˆ
atençao quando voce estiver lendo ou fazendo um discurso e que de-
ˆ ˜
pois de sugestoes.
ˆ
Para começar, ele talvez sugira que voce treine lendo um artigo de
´
A Sentinela. Com certeza, pedira que analise cada sentença a fim de
ˆ
Enfase segundo o sentido 103
´
Se estiver procurando melhorar o desempenho no ministerio de
ˆ ˜ ´
campo, de atençao especial ao modo de ler os textos bıblicos. Crie o
´
habito de perguntar-se: ‘Por que estou lendo este texto?’ Para ser bom
instrutor, nem sempre basta articular bem as palavras ou mesmo ler o
texto com sentimento. Se estiver respondendo a uma pergunta ou en-
´ ´
sinando uma verdade basica, e bom enfatizar as palavras ou expres-
˜ ´ ˜
soes que apoiam seus argumentos. Caso contrario, a pessoa pode nao
˜ ˜
perceber a relaçao do texto com o assunto em questao.
ˆ
Visto que a enfase segundo o sentido envolve falar certas palavras
e frases com mais força, o orador inexperiente pode ficar propenso
´ `
a exagerar nisso. O resultado e parecido com o que acontece as no-
´ ´
tas musicais executadas por alguem que esta aprendendo a tocar um
´ ˜
instrumento. Mas, com a pratica, as “notas” acabarao compondo uma
´ ´
“musica” agradavel e expressiva.
˜ ´ ˆ
Uma vez que tiver aprendido algumas noçoes basicas sobre a enfase
´
segundo o sentido, tirara proveito de observar oradores experientes.
´ ˆ
Logo percebera o que se pode conseguir variando a intensidade da en-
´ ´
fase, e vera o valor de usar esse recurso de varias maneiras para tornar
ˆ
claro o significado do que diz. Se usar bem a enfase segundo o senti-
´ ˜
do, sua leitura e oratoria melhorarao muito.
˜ ´ ´
Nao se contente em aprender apenas o mınimo necessario sobre a
ˆ
enfase segundo o sentido. Para ser bom orador, continue a esforçar-se
´ ´ ´ ´
ate conseguir dominar essa caracterıstica de oratoria e usa-la com na-
turalidade.
´
EXERCICIOS:
ˆ ´
(1) Escolha dois textos que usa com frequencia no ministerio de campo e
defina o que pretende provar com cada um deles. Leia-os em voz alta enfa-
tizando as palavras ou os grupos de palavras que apoiam seus argumentos.
(2) Analise Hebreus 1:1-14. Por que as palavras “profetas” (v. 1), “Filho”
ˆ
(v. 2) e “anjos” (vv. 4 e 5) devem ser lidas com enfase especial a fim de
´ ´
transmitir claramente a linha de raciocınio apresentada no capıtulo? Treine
´ ˆ
a leitura do capıtulo inteiro em voz alta usando a enfase segundo o senti-
´
do para destacar a linha de raciocınio.
ˆ
ENFASE NAS IDEIAS PRINCIPAIS 7
ˆ
O que voce deve fazer?
ˆ `
Na leitura em voz alta, dar enfase especial as ideias princi-
´ ˜
pais de toda a materia, e nao apenas a determinadas frases.
ˆ ´ ´ ´
O BOM leitor ve alem da sentença e ate mesmo do paragrafo em que
´
ela aparece. Ele tem em mente as ideias principais de toda a materia
ˆ
e, com base nisso, determina onde dar enfase.
˜ ˜ ´
Caso esse processo nao seja seguido, a leitura nao tera pontos al-
´ ˜
tos e nada se destacara com clareza. No final da apresentaçao, os ou-
˜
vintes talvez nao consigam lembrar-se de nenhum ponto-
chave. ´
ˆ ´ POR QUE E IMPORTANTE?
Quando as ideias principais recebem a devida enfase, e Quando as ideias principais
´ ` ˜ ´ ´
possıvel dar mais significado a leitura de uma passagem sao enfatizadas, e mais facil
´ ´ ´
bıblica ou dos paragrafos num estudo bıblico domiciliar lembrar-se da mensagem.
˜ ˜ ˆ ´
ou numa reuniao da congregaçao. Essa enfase e espe-
cialmente importante no caso dos discursos manuscritos,
` ˜
que as vezes sao proferidos em nossos congressos.
ˆ ´ ´
Como dar enfase. Ao ler um trecho da Bıblia na Escola do Ministe-
´ ´ ´
rio Teocratico, o que devera enfatizar? Se a materia girar em torno de
uma ideia central ou de um evento importante, isso deve ser enfati-
zado.
´
Quer se trate de poesia ou prosa, quer de proverbio ou narrativa, a
ˆ ´
assistencia sera beneficiada por sua boa leitura. (2 Tim. 3:16, 17) Para
´
conseguir isso, leve em conta tanto o conteudo da passagem como
ˆ
a assistencia.
˜ ´
Ao fazer a leitura de uma publicaçao num estudo bıblico ou numa
˜ ˜ ˜
reuniao da congregaçao, quais sao as ideias principais a enfatizar? As
` ´
que respondem as perguntas do estudo. Enfatize tambem as ideias re-
´
lacionadas com o subtıtulo em negrito sob o qual se encontra a ma-
´
teria.
˜ ´ ´ ´
Nao e recomendavel criar o habito de usar manuscritos para dar
˜ ´
discursos na congregaçao. Nos congressos, porem, alguns discur-
˜
sos sao proferidos com base em manuscritos para que determinadas
105
ˆ
106 Enfase nas ideias principais
˜
informaçoes sejam apresentadas da mesma maneira em todos os
congressos. Para enfatizar as ideias principais do manuscrito, o ora-
´ ˜
dor deve primeiro analisar bem toda a materia. Quais sao os pon-
´ ˜
tos mais importantes? Ele deve conseguir identifica-los. Nao se tra-
ta simplesmente das ideias que o orador acha interessantes, mas das
`
que constituem a base do discurso. As vezes, o manuscri-
˜
PONTOS QUE SE DEVEM
to declara a ideia principal de maneira concisa e, entao,
TER EM MENTE introduz uma narrativa ou um argumento. Geralmente,
´ ´
Analise a materia para iden- porem, os manuscritos apresentam primeiro os argumen-
˜
tificar as ideias principais. tos e depois a ideia principal, expressa numa declaraçao
Marque essas ideias. vigorosa. Ao identificar esses pontos-chave, que de modo
˜
Na leitura, destaque as geral nao passam de quatro ou cinco, o orador deve mar-
ideias principais lendo-as ´
ca-los no manuscrito. Em seguida, ele precisa treinar a lei-
com mais entusiasmo ou ´ ˜
tura ate perceber que seus ouvintes conseguirao identifi-
sentimento, ou ainda dimi-
nuindo o ritmo, conforme
car facilmente esses pontos altos do discurso. Se a leitura
ˆ ´ ´
apropriado. for feita com a devida enfase, e mais provavel que a assis-
ˆ
tencia se lembre das ideias principais. Esse deve ser o ob-
jetivo do orador.
´ ´ ˆ
O orador pode usar varios metodos para dar enfase a
ˆ
fim de ajudar a assistencia a identificar os pontos principais. Pode ler
ou falar com mais entusiasmo ou sentimento, mudar o ritmo e fazer
gestos, para mencionar apenas alguns.
´
EXERCICIO:
´
Escolha cinco paragrafos de um artigo de estudo de A Sentinela e sublinhe
´
as respostas de cada um. Leia os paragrafos em voz alta de tal maneira que
se consiga identificar facilmente as respostas.
VOLUME APROPRIADO 8
ˆ
O que voce deve fazer?
Falar com suficiente intensidade de voz. Para determinar o
volume adequado, leve em conta: (1) o tamanho e as carac-
´ ˆ
terısticas da assistencia; (2) barulhos que possam desviar a
˜ ´ ˜
atençao; (3) a materia em consideraçao e (4) o seu objetivo.
˜
SE O orador falar baixo demais, alguns poderao cochilar. Se um publi-
´
cador falar de maneira muito suave no ministerio de campo, talvez
˜ ˜ ˜
nao consiga prender a atençao do morador. E, se nao usarmos o volu-
˜ ˜ ˜
me adequado ao comentar nas reunioes, os demais nao receberao o
devido encorajamento. (Heb. 10:24, 25) Por outro lado, se o orador
aumentar o volume no momento errado, os ouvintes po-
˜ ´ ´
derao sentir-se incomodados e ate aborrecidos. — Pro. POR QUE E IMPORTANTE?
27:14.
ˆ ´ A menos que os presentes
Leve em conta a assistencia. A quem esta se dirigindo? consigam ouvi-lo com facili-
´ dade, existe a possibilidade
A uma pessoa? A uma famılia? A um pequeno grupo reuni- ´ ˜
˜ ` ˜ de se distraırem e nao en-
do para o serviço de pregaçao? A congregaçao inteira? Ou
ˆ ´ tenderem a mensagem. Se
a uma grande assistencia num congresso? E evidente que ˜
˜ ´ ˜ falar alto demais, poderao
nao da para usar o mesmo volume em todas as situaçoes. ´
achar isso irritante e ate
´ ˜ desrespeitoso.
Em varias ocasioes, no passado, alguns servos de Deus
ˆ
falaram a grandes assistencias. Quando se inaugurou o
´ ˜ ˜
templo em Jerusalem, nos dias de Salomao, nao havia equipamento
´
de som. Por isso, ele ficou de pe sobre uma plataforma elevada e aben-
ˆ ´
çoou o povo com “alta voz”. (1 Reis 8:55; 2 Cro. 6:13) Seculos mais
´
tarde, depois do derramamento do espırito santo no Pentecostes de
˜
33 EC, uma multidao — alguns interessados e outros zombadores — se
˜ ´
ajuntou ao redor do pequeno grupo de cristaos em Jerusalem. Pedro
ˆ ´
sabiamente ‘pos-se de pe e levantou a sua voz’. (Atos 2:14) O testemu-
nho de Pedro teve grande impacto sobre as pessoas.
´
Como saber se esta usando o volume de voz apropriado para deter-
˜ ˜ ˆ ´
minada situaçao? A reaçao da assistencia e um dos melhores indicado-
res. Se perceber que alguns precisam fazer esforço para ouvi-lo, deve
falar mais alto.
Quer esteja falando a uma pessoa, quer a um grupo, leve em conta
´ ˆ ´ ˜
as caracterısticas da assistencia. Se alguem tiver problemas de audiçao,
107
108 Volume apropriado
´
talvez deva falar mais alto. Contudo, e preciso ter cuidado com isso,
˜
porque se uma pessoa tem reaçoes lentas simplesmente por ser ido-
ˆ ˜ ´
sa e voce falar com ela aos gritos, nao conquistara sua simpatia. Pelo
´ ´ ´
contrario, isso podera ate ser considerado grosseiro. Em algumas cul-
´ ˜ ˆ
turas, falar num volume elevado e sinal de irritaçao e falta de pacien-
cia.
˜ ´
Esteja atento a barulhos que desviam a atençao. No ministerio
ˆ
de campo, as circunstancias determinam o volume em que
˜ ˆ
SITUAÇOES QUE
deve falar. Talvez haja transito intenso, crianças barulhen-
´ ˜ ´
JUSTIFICAM AUMENTAR tas, cachorros latindo, musica alta ou televisao no ultimo
O VOLUME volume. Por outro lado, nos bairros em que as casas ficam
˜ ´
Prender a atençao de um muito proximas umas das outras, o morador pode sentir-
grupo grande de pessoas. ˆ ˜ ˜
se constrangido se voce falar tao alto que chame a atençao
˜
Compensar distraçoes. dos vizinhos.
˜ ˜ ˜
Atrair a atençao ao dizer Os irmaos que proferem discursos na congregaçao ou
algo muito importante. ´ ˆ
em congressos tambem tem de lidar com diversas situa-
` ˜ ˜ ´
Motivar a açao. çoes. Ha grande diferença entre proferir um discurso ao ar
˜ ˜ ´ ´
Cativar a atençao de uma livre e proferi-lo num salao com boa acustica. Num paıs da
pessoa ou de um grupo. ´ ´
America Latina, dois missionarios tiveram de dar um dis-
´
curso publico no quintal da casa de uma pessoa interes-
´
sada, enquanto se soltavam fogos de artifıcio numa praça
vizinha e um galo cantava sem parar.
No meio de um discurso, pode acontecer algo que exija que a pes-
soa pare de falar por um momento ou aumente o volume da voz. Por
˜
exemplo, se a reuniao estiver sendo realizada num lugar com cober-
´ ´ ´
tura metalica e começar a chover forte, sera praticamente impossıvel
escutar o orador. O choro de uma criança ou o barulho causado por
´
pessoas que chegam atrasadas tambem podem dificultar a concentra-
˜ ˜
çao. Aprenda a compensar essas distraçoes para que os ouvintes pos-
˜ ´
sam tirar pleno proveito da informaçao que esta apresentando.
´ ´ ˜
Embora o equipamento de som seja util, ainda havera ocasioes em
´ ´
que se tera de falar mais alto. Nos lugares em que ha muitas quedas de
´
energia eletrica, os oradores se veem obrigados a continuar o discur-
so sem microfone.
´ ´ ´
Leve em conta o conteudo da materia. A natureza da materia tam-
´ ´
bem determina o volume necessario. Quando o assunto exige que se
´ ˜ ˜
fale num tom energico, nao enfraqueça a apresentaçao falando de
Volume apropriado 109
´
maneira muito branda. Por exemplo, ao ler uma passagem bıblica que
˜
expressa condenaçao, deve elevar mais a voz do que ao ler conselhos
` ´
sobre como demonstrar amor. Ajuste o volume a materia, mas procu-
ˆ ˜ ˜ ˆ
re faze-lo de uma maneira que nao atraia a atençao para voce.
Analise seu objetivo. Se deseja motivar os ouvintes a agir, talvez te-
˜
nha de falar um pouco mais alto. Se quiser que mudem de ideia, nao
´
os afaste falando alto demais. Quando quiser consolar, e melhor falar
de maneira mais branda.
Aumente o volume conforme a necessidade. Se dese-
˜ ´
jar atrair a atençao de uma pessoa que esta ocupada, ge- COMO MELHORAR
´ ˜
ralmente e bom falar mais alto. Sabendo disso, os pais au- Observe a reaçao dos ou-
mentam o volume da voz para chamar as crianças quando vintes e fale de modo que
´ o ouçam confortavelmente.
esta na hora de pararem de brincar e entrar em casa. O ir-
˜ ˜ ˜ ˜ Aprenda a respirar enchen-
mao que preside uma reuniao na congregaçao ou a sessao
´ do a parte inferior dos
de uma assembleia tambem pode precisar falar mais alto ˜
´ pulmoes.
ao dar inıcio ao programa. Quando o publicador vai fa-
´
lar com um morador que esta trabalhando do lado de fora
´
da casa, pode cumprimenta-lo num tom de voz um pouco
mais alto.
˜ ´
Mesmo depois de atrair a atençao da pessoa, e importante continuar
a falar com volume apropriado. Se usar um tom de voz muito baixo,
´ ˜ ˜ ´ ˜
podera dar a impressao de que nao esta bem preparado ou de que nao
´
esta bem convicto do que diz.
Aumentar o volume da voz ao dar uma ordem motiva os ouvintes a
` ´ ´
agir. (Atos 14:9, 10) As vezes, para evitar uma tragedia, e preciso gritar
ao dar uma ordem. Em Filipos, um carcereiro estava prestes a se matar
´
por achar que os prisioneiros sob sua custodia haviam escapado. “Pau-
˜
lo clamou com voz alta, dizendo: ‘Nao te faças dano, pois estamos to-
´
dos aqui!’ ” Isso evitou um suicıdio. Em seguida, Paulo e Silas deram
` ´
testemunho ao carcereiro e a sua famılia, e todos aceitaram a verdade.
— Atos 16:27-33.
ˆ
Como melhorar o volume. Algumas pessoas tem de se esforçar bas-
tante para aprender a falar com volume adequado. Talvez por nature-
za a pessoa tenha um tom de voz baixo. Mas com esforço consegui-
´
ra aumentar o volume da voz, embora seu tom talvez continue a ser
` ˜ `
suave. Se desejar melhorar nesse aspecto, fique atento a respiraçao e a
´
postura. Mantenha-se ereto, quer esteja sentado, quer de pe. Levante
110 Volume apropriado
˜
os ombros e respire fundo, enchendo a parte inferior dos pulmoes. Se
˜ ´
conseguir regular bem o suprimento de ar nos pulmoes, conseguira
´
tambem controlar o volume da voz.
ˆ
Outras pessoas tem o problema de falar alto demais. Talvez tenham
´
adquirido esse habito trabalhando ao ar livre ou em lugares barulhen-
tos. Ou ainda pode ser que tenham sido criados num ambiente em
que todos gritavam e tinham o costume de interromper os outros.
´ ˜
Por causa disso, acham que so serao ouvidos se falarem mais alto que
` ´ ´
os outros. A medida que forem colocando em pratica o conselho bı-
˜ ˜
blico de se revestir “das ternas afeiçoes de compaixao, benignidade,
˜
humildade mental, brandura e longanimidade”, aprenderao a usar o
volume correto ao conversar. — Col. 3:12.
˜ ˆ ´ ˜
A boa preparaçao, a experiencia que se obtem da participaçao regu-
˜ ´ ˜
lar no serviço de campo e as oraçoes a Jeova o ajudarao a falar usan-
do o volume correto. Quer esteja proferindo um discurso, quer esteja
´ ´
conversando com alguem no ministerio de campo, esforce-se a pen-
´ ˜
sar nos benefıcios que os outros terao se conseguirem ouvi-lo bem.
— Pro. 18:21.
´
EXERCICIO:
ˆ
Leia em silencio Atos 19:23-41 e tente visualizar o que estava acontecendo.
˜ ´
Preste atençao em quem esta falando e em sua atitude. Em seguida, leia o
relato em voz alta usando o volume apropriado para cada trecho.
˜
MODULAÇ AO 9
ˆ
O que voce deve fazer?
Variar o som da voz. Este estudo trata das mudanças de volu-
me, ritmo e tom.
ˆ ˆ ˆ
QUANDO fala com enfase, voce ajuda a assistencia a entender a men-
´
sagem. Mas, se conseguir tambem uma boa variedade no volume,
´ ´
no ritmo e no tom da voz, seu discurso sera muito mais agradavel.
´ ´
Alem disso, revelara o que sente a respeito do assunto. Lembre-se de
˜ ` ´
que sua atitude em relaçao a materia pode influenciar os sentimen-
tos de quem o escuta, quer esteja dando um discurso, quer
´ ´
esteja pregando a alguem. POR QUE E IMPORTANTE?
´ ˜ ´
A voz humana e um instrumento maravilhoso e ex- A modulaçao correta da
´ vida ao discurso, mexe com
tremamente versatil. Quando usada de maneira correta, ˜
˜ as emoçoes dos ouvintes e os
pode dar vida a um discurso, mexer com as emoçoes e
˜ estimula a agir.
motivar a agir. Contudo, nao se consegue isso simples- ˜
A falta de modulaçao pode
mente marcando no esboço os lugares em que se deve ˜
dar a impressao de que o
ajustar o volume, mudar o ritmo ou variar o tom. Modu- ˜
orador nao tem interesse no
´ assunto.
lar a voz seguindo um metodo assim pode soar artificial e,
` ˜
em vez de dar vida a apresentaçao, pode incomodar a as-
ˆ ˜ ˜
sistencia. A boa modulaçao vem do coraçao.
˜ ˜ ´ ˜
Quando bem usada, a modulaçao nao atraira a atençao para o ora-
´ ˆ ´
dor, mas ajudara a assistencia a captar o espırito do assunto.
˜ ´
Ajuste o volume. Uma forma de variar a expressao oral e ajustar o
˜ ´
volume da voz. Mas isso nao significa simplesmente aumenta-lo ou
´ ´
abaixa-lo com uma regularidade monotona, pois distorceria o signi-
´ ˆ
ficado do que esta dizendo. Se voce aumentar o volume da voz com
ˆ ´ ˜ ´
muita frequencia, causara uma impressao desagradavel.
` ´
O volume deve ser apropriado a materia. Se estiver lendo ordens
˜ ˜
urgentes, como as registradas em Revelaçao 14:6, 7 e Revelaçao 18:4,
˜
ou palavras que expressem determinaçao, como as encontradas em
ˆ ´
Exodo 14:13, 14, e apropriado aumentar o volume da voz. Se o relato
´ ˜
bıblico incluir uma forte condenaçao, como a que se encontra em Je-
remias 25:27-38, varie o volume para destacar determinadas expres-
˜
soes.
111
˜
112 Modulaçao
´ ˆ
Outro fator a analisar e seu objetivo. Pretende motivar a assisten-
˜
cia a tomar determinada açao? Deseja destacar os pontos principais
´
da materia? Aumentar o volume da voz, com bom-senso, ajuda a al-
´
cançar esses objetivos, mas ha casos em que simplesmente fazer isso
´ `
pode ser contraproducente. Como assim? E que as vezes o assunto
exige falar com cordialidade e sentimento, em vez de apenas aumen-
tar o volume da voz. O estudo 11 trata desse assunto.
COMO CONSEGUIR Baixar o volume da voz nos momentos oportunos pode
Ajuste o volume ao expres- criar expectativa, mas isso geralmente exige que as pala-
sar ordens urgentes, forte vras seguintes sejam ditas num tom mais forte. Para trans-
˜ ˜
convicçao ou condenaçoes. mitir a ideia de ansiedade e medo, pode-se conjugar o vo-
˜ `
Preste bastante atençao as
´ lume baixo da voz com o aumento da intensidade. Baixar
partes do discurso onde e ´
´ o volume serve tambem para dar a entender que a decla-
necessario aumentar o volu-
me da voz. ˜ ˆ ´
raçao tem importancia secundaria no contexto. Contudo,
Varie o ritmo falando mais ´
´ se um orador falar baixo o tempo todo podera transmitir a
rapido para expressar pontos ˜ ˜
´ impressao de insegurança, falta de convicçao ou desinte-
secundarios, e mais devagar
para transmitir argumentos resse no assunto. Assim, fica claro que o tom de voz mui-
˜
de peso e pontos principais. to suave nao deve ser usado indiscriminadamente.
Para transmitir entusiasmo, Mude o ritmo. Nas conversas do dia a dia, as palavras
aumente o ritmo.
fluem espontaneamente. Quando estamos entusiasma-
Varie o tom, se for apropria- ´
do, para transmitir emoçoes
˜ dos, acabamos falando mais rapido, e quando queremos
e sensibilizar os ouvintes. que as pessoas se lembrem exatamente do que dissemos,
´
Nas lınguas tonais, amplie falamos num ritmo mais lento.
ou diminua o campo de en-
˜ Contudo, poucos oradores novos conseguem variar o
tonaçao. ˆ
˜ ritmo. Por que? Eles se preocupam muito com as palavras
A modulaçao começa com ` ´
˜ e as vezes ate escrevem tudo o que pretendem dizer. Mes-
a seleçao de ideias e infor- ˜
˜ mo que nao leiam o discurso, decoram praticamente to-
maçoes para elaborar o
discurso. das as palavras e acabam falando num ritmo constante.
Para corrigir esse problema, o orador precisa aprender a
falar usando um esboço.
˜
Evite aumentar o ritmo tao abruptamente que faça lembrar a cena
de um gato que de repente sai correndo por ter visto um cachorro.
˜ ´ ˜
E nunca fale tao rapido a ponto de prejudicar a dicçao.
˜
Para conseguir variar o ritmo, nao basta aumentar e diminuir a ve-
´
locidade a intervalos fixos. Em vez de realçar a materia, isso serve
apenas para tirar seu brilho. As mudanças de ritmo devem condizer
com a mensagem, os sentimentos que deseja transmitir e o objetivo
˜
Modulaçao 113
˜
Lance a base. Por onde começa a modulaçao? Ao selecionar ideias
˜ ˆ
e informaçoes para elaborar o discurso. Se voce incluir apenas argu-
˜ ´ ´
mentos ou exortaçoes, sera mais difıcil variar a voz durante o proferi-
ˆ
mento. Por isso, analise o esboço para ter certeza de que voce tem to-
´ ˜
dos os elementos necessarios para fazer uma apresentaçao instrutiva
e animada.
ˆ ˜
Suponhamos que na metade do discurso voce tenha a sensaçao de
que deve introduzir mais variedade, a fim de quebrar a monotonia da
˜ ´
apresentaçao. O que pode fazer? Mude a forma de apresentar a mate-
ˆ
ria. Por exemplo, em vez de limitar-se a falar, convide a assistencia
´ ´
a abrir a Bıblia e a acompanha-lo na leitura de um texto. Pode tam-
´ ˜ ˆ
bem transformar uma afirmaçao em pergunta e pausar para dar en-
˜ ´ ˜ ˜ ´
fase. Outra opçao e fazer uma ilustraçao simples. Essas sao as tecni-
cas usadas pelos oradores experientes, mas, independentemente de
ˆ ˆ ´ ´
sua experiencia, voce tambem pode usa-las para preparar suas apre-
˜
sentaçoes.
˜ ´
Pode-se dizer que a modulaçao e o tempero do discurso. Se for uti-
´
lizada na forma e na medida corretas, realçara plenamente o sabor da
´
materia, transformando-a num alimento muito saboroso para a assis-
ˆ
tencia.
´
EXERCICIOS:
(1) Faça uma leitura silenciosa de 1 Samuel 17:17-53 e fique atento aos lu-
gares onde pode apropriadamente variar o volume, o ritmo e o tom. Em
seguida, leia esse trecho em voz alta de maneira expressiva, mas sem exa-
´
gerar. Faça isso varias vezes. (2) Para desenvolver a flexibilidade da voz, leia
´ ´ ´
os versıculos 48-51 o mais rapido que puder, sem tropeçar. Faça isso varias
´ ´
vezes, aumentando sempre o ritmo, mas sem sacrificar a pronuncia. Daı,
leia a mesma passagem o mais devagar que puder, esticando as palavras.
´ ´
Em seguida, alterne leituras rapidas e lentas ate que sua voz adquira flexi-
bilidade.
ENTUSIASMO 10
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Falar de maneira animada, demonstrando que esta plena-
mente convencido do valor de sua mensagem.
´
O ENTUSIASMO da vida ao discurso. Apesar de ser importante ter
´ ˜ ˆ ´
materia informativa, o que ajuda a cativar a atençao da assistencia e
´ ˆ ´
a forma animada de apresenta-la. Voce pode cultivar essa caracterısti-
´ ˜ ˜
ca de oratoria, nao importa qual seja sua formaçao cultural e perso-
nalidade.
Fale com sentimento. Jesus disse a uma samaritana que
´ ˆ ´ ´
os que adoram a Jeova devem faze-lo “com espırito e ver- POR QUE E IMPORTANTE?
˜ ˜ ´
dade”. ( Joao 4:24) Sua adoraçao deve ser motivada por Seu entusiasmo ajudara a
˜ ˜
profunda gratidao e estar em harmonia com a verdade prender a atençao dos ou-
´ ´
contida na Palavra de Deus. Quando a pessoa sente esse vintes e tambem podera
´
˜ motiva-los a agir. Se de-
tipo de gratidao, ela a demonstra no modo de falar. Fica monstrar entusiasmo pelo
˜ ´ ´
ansiosa para falar sobre as provisoes amorosas de Jeova e que diz, contagiara a assis-
˜ ˆ
deixa transparecer seus sentimentos na expressao facial, tencia.
nos gestos e na voz.
˜
Entao, por que alguns oradores falam sem entusiasmo
´ ˜
apesar de amarem a Jeova e estarem convictos do que estao dizen-
˜
do? Porque nao basta simplesmente preparar o que dizer. O orador
˜ ´
deve entregar-se de coraçao, viver a materia. Digamos que ele tenha
´
sido designado para proferir um discurso sobre o sacrifıcio resgata-
˜
dor de Jesus Cristo. Ao falar, nao deve concentrar-se apenas nos deta-
´ ˜
lhes, mas tambem deve expressar profunda gratidao pelo que o sacri-
´ ˆ
fıcio de Jesus significa tanto para ele como para a assistencia. Precisa
´ ´
ter em mente quanto ele mesmo e grato a Jeova Deus e a Cristo Jesus
˜
por essa maravilhosa provisao. Deve pensar na grandiosa perspecti-
´ `
va que esse sacrifıcio oferece a humanidade — felicidade eterna com
´ ´
saude perfeita num paraıso terrestre restaurado. Por isso, ele precisa
envolver-se profundamente no assunto.
´
A Bıblia diz que o escriba Esdras, instrutor em Israel, havia “pre-
˜ ´ ´
parado seu coraçao para consultar a lei de Jeova e para pratica-la, e
´
para ensinar . . . em Israel”. (Esd. 7:10) Da mesma maneira, se alem da
115
116 Entusiasmo
´ ´ ˜
materia prepararmos tambem o coraçao, conseguiremos transmitir a
´
verdade com sentimento profundo. Isso contribuira em muito para
´
que os ouvintes desenvolvam genuıno amor pela verdade.
ˆ
Pense na assistencia. Outro fator importante para manifestar entu-
´ ˆ ˆ
siasmo e estar convicto de que a assistencia precisa ouvir o que voce
˜ ˜
tem a dizer. Isso significa que ao preparar a apresentaçao nao deve
˜ ` ´
apenas colher informaçoes relacionadas a materia, mas
´ ´ ´
COMO DESENVOLVER deve tambem pedir a Jeova que o oriente a usa-las para o
´
´ benefıcio dos ouvintes. (Sal. 32:8; Mat. 7:7, 8) Analise por
Alem de preparar as infor- ˜ ˜
˜ ´ que precisam ouvir a informaçao, que proveito tirarao e
maçoes, prepare tambem
˜ ˆ ´
o coraçao. Dessa maneira, como voce pode apresenta-la de maneira que reconheçam
´
conseguira envolver suas seu valor.
˜
emoçoes no discurso. ˜ ´
´ Trabalhe na elaboraçao do discurso ate que fique con-
Medite nos benefıcios que ˜ ˜
˜ tente com o resultado. As informaçoes nao precisam ser
seus ouvintes obterao dos ˆ ´
´ novas, mas voce pode dar-lhes novo enfoque. Se a mate-
pontos que abordara.
ria que preparou vai realmente ajudar os presentes a for-
Determine que partes de- ˜ ´ ˜
vem ser apresentadas com talecer sua relaçao com Jeova, a demonstrar gratidao pelo
ˆ ˜
maior entusiasmo. que ele nos prove, a enfrentar as pressoes da vida neste ve-
ˆ ´ ˜
De vida ao discurso e de- lho sistema ou a ter boa desenvoltura no ministerio, entao
ˆ
monstre o que sente por voce tem todos os motivos para proferir seu discurso com
˜
meio de suas expressoes entusiasmo.
faciais. Fale com vigor. ´
E se foi designado para ler em publico? Para ler com en-
˜
tusiasmo, nao basta conseguir pronunciar e agrupar as pa-
´ ´
lavras corretamente. E preciso estudar a materia. Se a leitu-
´
ra envolver um trecho da Bıblia, pesquise sobre o assunto
´ ´
e certifique-se de entender o significado basico. Pense nos benefıcios
ˆ ˜ ˜
que voce e os ouvintes obterao das informaçoes e leia procurando fa-
´
zer com que tambem entendam isso.
´ ´
Esta fazendo preparativos para ir ao ministerio de campo? Recapitu-
´
le o que pretende dizer e os textos que planeja usar. Pense tambem
˜ ´
no que preocupa as pessoas. Quais sao as notıcias mais recentes? Que
`
problemas enfrentam? Se estiver preparado para mostrar as pessoas
˜
que a Palavra de Deus tem a soluçao para os problemas que as afligem,
´
ficara ansioso e naturalmente entusiasmado para fazer isso.
Fale de maneira animada. O entusiasmo se manifesta principal-
˜
mente pela animaçao do orador, tanto no modo de proferir o discur-
˜ ˜ ´
so como nas expressoes faciais. Seja convincente, mas nao dogmatico.
Entusiasmo 117
´ ´ ˆ ˆ
E preciso ter equilıbrio. Alguns tem a tendencia de se entusiasmar
´
com muita facilidade e talvez seja preciso ajuda-los a ver que, quan-
´ ´
do o orador fala de modo bombastico ou muito euforico, os ouvin-
˜ ˜
tes acabam prestando atençao nele, e nao na mensagem. Por outro
´
lado, os tımidos precisam de incentivo para serem mais expressivos.
´
O entusiasmo e contagiante. Se tiver bom contato visual com a as-
ˆ ´ ˜
sistencia e falar com entusiasmo, seus ouvintes tambem ficarao en-
tusiasmados. Apolo falava de maneira animada e tinha a fama de ser
´
um orador eloquente. Se estiver radiante com o espırito de Deus, sua
˜ ´ ` ˜
apresentaçao animada induzira os ouvintes a açao. — Atos 18:24, 25;
Rom. 12:11.
` ´ ˜
Entusiasmo apropriado a materia. Tenha cuidado para nao pro-
ferir o discurso inteiro com tanto entusiasmo a ponto de deixar a as-
ˆ ˜
sistencia exausta. Se fizer assim, nenhuma exortaçao que der induzi-
´
ra os ouvintes a agir. Isso frisa a necessidade de preparar o discurso de
˜
uma maneira que permita variar o proferimento. Procure nao adotar
˜
um estilo que reflita indiferença. Se escolher as informaçoes cuida-
´ ´
dosamente, achara todos os pontos interessantes. Mas e claro que al-
guns pontos precisam ser apresentados com mais entusiasmo do que
outros e devem ser habilmente intercalados com outras partes do dis-
curso.
Em especial, os pontos principais devem ser apresentados com en-
tusiasmo. O discurso deve ter pontos altos e, visto que estes acabam
˜ ˆ
se destacando, geralmente sao destinados a motivar a assistencia.
ˆ ´
Uma vez que tiver convencido os ouvintes, voce precisa estimula-los
´
a agir mostrando-lhes os benefıcios de aplicarem o que foi dito. Seu
´ ˜ ˆ
entusiasmo ajudara a tocar o coraçao da assistencia. Em suma, o en-
´
tusiasmo nunca deve ser forçado e tem de ser justificado pela mate-
ria.
´
EXERCICIO:
´ ´
Analise os capıtulos 1 e 2 de Josue, e determine onde e como expressar en-
tusiasmo ao ler o relato. Depois disso, treine a leitura em voz alta com o
devido entusiasmo.
11 CORDIALIDADE E SENTIMENTO
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Falar de maneira que transmita suas emoçoes e que seja coe-
rente com o que estiver dizendo.
˜
AS EMOÇOES constituem uma parte fundamental da vida humana.
˜ ˜
Quando a pessoa expressa suas emoçoes, revela o que tem no coraçao,
´ ´ ˜
como e no ıntimo e como se sente em relaçao a determinadas situa-
˜ ˜
çoes e pessoas. Muitos escondem suas emoçoes devido a duras expe-
ˆ ˆ
riencias vividas e, em alguns casos, a influencias culturais. Contudo,
´
Jeova nos incentiva a desenvolver boas qualidades interio-
´ ´
POR QUE E IMPORTANTE? res e a exterioriza-las de maneira adequada. — Rom. 12:10;
´ 1 Tes. 2:7, 8.
E essencial para conseguir
˜
tocar o coraçao dos que nos Quando falamos, podemos usar palavras que exprimem
escutam. ˜ ˜
corretamente nossas emoçoes, mas se essas palavras nao
forem expressas com o sentimento correspondente, quem
´
nos ouve podera duvidar de nossa sinceridade. Por outro
lado, se falarmos com o devido sentimento, nossas palavras adquiri-
˜ ˜ ˜
rao uma beleza e profundidade que poderao tocar o coraçao.
´
Expresse cordialidade. A cordialidade e frequentemente associada
com o conceito que temos das pessoas. Portanto, quando falamos so-
´
bre as qualidades atraentes de Jeova e expressamos apreço por sua
ˆ
bondade, devemos faze-lo num tom afetuoso e caloroso. (Isa. 63:7-9)
` ´
Quando nos dirigimos as pessoas, nossa maneira de falar tambem
deve transmitir calor humano.
Um leproso chega-se a Jesus e implora para ser curado. Imagine o
tom da voz de Jesus ao dizer: “Eu quero. Torna-te limpo.” (Mar. 1:40,
´
41) Visualize tambem a cena de uma mulher, que padece de um flu-
´ ´
xo de sangue ha 12 anos, aproximando-se discretamente por tras de
´ ˜
Jesus e tocando na orla de sua tunica. Ao ver que nao passou desper-
ˆ ´
cebida, ela se aproxima, tremula, cai aos pes de Jesus e revela publica-
mente o motivo de ter tocado na roupa dele e como foi curada. Imagi-
´
ne o tom de voz com que Jesus lhe diz: “Filha, a tua fe te fez ficar boa;
vai em paz.” (Luc. 8:42b-48) A ternura que Jesus demonstrou nessas
˜ ´
ocasioes nos comove ate hoje.
118
Cordialidade e sentimento 119
´ ˜
A Bıblia menciona toda a gama de emoçoes humanas. Algumas ve-
´
zes ela se limita a menciona-las; em outras, relata eventos ou cita de-
˜
claraçoes que as revelam. Quando ler essas passagens em voz alta, a
´ ˆ
mensagem tera um impacto maior sobre voce e seus ouvintes se sua
˜ ´
voz expressar as emoçoes descritas. Para fazer isso, e preciso colocar-
se no lugar dos personagens e dar vida aos acontecimentos descritos
˜ ´ ˜
nos relatos. No entanto, visto que um discurso nao e uma produçao
˜
teatral, tenha cuidado para nao exagerar.
` ´
Expresse o sentimento adequado a materia. Assim como o entu-
siasmo, manifestar cordialidade e outros sentimentos depende, em
´
grande parte, do que se esta dizendo.
Por exemplo, observe atentamente o relato de Mateus 11:28-30.
Em seguida, leia as palavras de Jesus ao condenar os escribas e os fa-
´ ˜
riseus, registradas em Mateus, capıtulo 23. Nao conseguimos imagi-
˜ ´
nar Jesus expressando tamanha condenaçao num tom de voz mono-
tono e sem vida.
Ao seu ver, com que tipo de sentimento se devem ler passagens
ˆ ´ ´ ˜
como a de Genesis, capıtulo 44, onde Juda roga a favor de seu irmao
˜ ´ ˜
Benjamim? Note a emoçao descrita no versıculo 13 e a indicaçao no
´ ´
versıculo 16 sobre o que Juda pensava a respeito do motivo da cala-
´ ˜ ´ ´ ˆ
midade. Veja tambem a reaçao do proprio Jose, em Genesis 45:1.
˜ ˜
Portanto, se quisermos ler ou falar bem, temos de dar atençao nao
` ` ´
apenas as palavras e as ideias, mas tambem aos sentimentos com que
devem ser expressas.
´
EXERCICIO:
Leia em voz alta e com o sentimento apropriado os relatos de Mateus 20:29-
34 e de Lucas 15:11-32.
˜
GESTOS E EXPRESSOES FACIAIS 12
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Movimentar as maos, os ombros ou o corpo inteiro para ex-
pressar ideias, sentimentos e atitudes.
Usar os olhos, a boca e a cabeça de uma forma expressiva,
para reforçar o que diz e para transmitir sentimentos.
´ ´
Existem duas categorias basicas de gestos: descritivos e enfaticos.
˜ ˜
Os gestos descritivos expressam açao ou indicam dimensao e localiza-
˜ ˜ ˜
çao. Quando estiver dando atençao ao uso de gestos, nao se conten-
te em fazer apenas um ou dois, mas procure gesticular de maneira na-
tural ao longo de todo o discurso. Se tiver dificuldades nisso, fique
˜ ˆ
atento a palavras que indiquem direçao, distancia, tamanho, locali-
˜ ˜
zaçao ou posiçoes relativas. Contudo, na maioria dos casos, tudo o
´
que tem de fazer e envolver-se no discurso, procurando falar e agir
como faz no dia a dia, sem se preocupar com a impres-
˜ ´
PONTOS A TER EM MENTE sao que esta causando. Quando estamos relaxados, faze-
˜ mos gestos com naturalidade.
Os gestos e as expressoes fa-
˜ ´ ˜
ciais mais eficazes sao os que Os gestos enfaticos expressam sentimento e convicçao,
ˆ ˜ ˜
vem do coraçao. Observe e servem para destacar e reforçar ideias. Sao um tipo de
como os outros gesticulam,
˜ ´ gesto importante, mas tenha cuidado porque podem fa-
mas nao tente imita-los nos
´ cilmente tornar-se maneirismo. Quando se usa o mesmo
mınimos detalhes.
ˆ
Estude bem a materia de
´ gesto repetidas vezes, ele acaba distraindo a assistencia em
seus discursos, procurando vez de ajudar a dar vida ao discurso. Se o superintendente
´ ˆ
sentir e visualizar o que esta da escola mencionar que voce tem esse problema, tente li-
˜
descrito. Entao, use a voz, as mitar-se a usar apenas gestos descritivos por algum tempo
˜ ˜
maos e as expressoes faciais ´
e depois volte a usar gestos enfaticos.
para transmitir a informa- ´ ˆ
˜ Para determinar que gestos enfaticos usar e a frequen-
çao.
ˆ
cia com que deve faze-lo, leve em conta os sentimentos
ˆ ˆ
de seus ouvintes. Por exemplo, se voce apontar para a assistencia, al-
˜
guns poderao ficar incomodados. Em algumas culturas, certos ges-
˜ ˜
tos, como colocar a mao na boca para expressar surpresa, sao consi-
derados efeminados para o homem. Em algumas partes do mundo
´
considera-se falta de modestia a mulher gesticular livremente com
˜ ˜
as maos. Nesses lugares, as irmas em especial precisam usar expres-
˜ ´
soes faciais. Como ultimo exemplo, os gestos exagerados diante de
ˆ
um grupo pequeno podem ser considerados comicos em quase todo
o mundo.
` ˆ
A medida que ganhar mais experiencia e desenvoltura para falar,
˜
os gestos que fizer expressarao de modo natural seus sentimentos,
˜ ˜ ˜
transmitirao convicçao e sinceridade, e tornarao seu discurso mais
significativo.
˜ ´
Expressao facial. O rosto e a parte do corpo que mais expressa o
que sentimos. Os olhos, a boca e o movimento da cabeça desempe-
˜
Gestos e expressoes faciais 123
´
EXERCICIOS:
ˆ ´
(1) Leia Genesis 6:13-22. Explique nas proprias palavras como se deu a cons-
˜ ˜
truçao da arca e o ajuntamento dos animais. Nao se preocupe com detalhes;
simplesmente diga o que se lembra. Ao falar, faça gestos descritivos. Peça
´ ˆ ˜
que alguem o observe e de sugestoes. (2) Fale como se estivesse dando tes-
ˆ ˜
temunho sobre o Reino de Deus e suas bençaos. Certifique-se de que suas
˜ ˜ ´
expressoes faciais reflitam o que realmente sente em relaçao ao que esta
descrevendo.
13 CONTATO VISUAL
ˆ
O que voce deve fazer?
Olhar nos olhos de alguns ouvintes durante poucos segundos,
se os costumes locais o permitirem. Olhar para as pessoas in-
˜
dividualmente, e nao apenas para o grupo como um todo.
˜
OS OLHOS revelam atitudes e emoçoes. Podem indicar surpresa ou
˜ ´
medo, manifestar compaixao ou amor, deixar transparecer duvida
ou revelar pesar. Falando de seus compatriotas, muitos dos quais pas-
´
saram por horrıveis sofrimentos, um homem idoso disse: “Falamos
com os olhos.”
˜ ´
Outros podem tirar conclusoes sobre nos e sobre o que
´
POR QUE E IMPORTANTE? dizemos com base em onde fixamos o olhar. Em mui-
Em muitas culturas, o con- tas culturas, as pessoas confiam mais naqueles que man-
´ ˆ ´ ´ ´
tato visual e encarado como tem um contato visual amistoso. O contrario tambem e
˜ ˆ
indicaçao de interesse nos verdade: talvez se duvide da sinceridade ou competencia
ouvintes e como prova de ´
´ de alguem que olha para baixo ou para algum objeto em
que o orador esta conven-
cido do que fala. vez de para o ouvinte. Outras culturas encaram um conta-
to visual prolongado como atitude rude, agressiva ou de-
safiadora, em especial ao falar com pessoas do sexo opos-
to, com um chefe ou com outra pessoa de destaque. Em
alguns lugares, considera-se falta de respeito um jovem falar com al-
´
guem mais velho olhando-o diretamente nos olhos.
˜ ´
Mas, onde isso nao e ofensivo, olhar nos olhos das pessoas ao fa-
˜
zer uma declaraçao importante pode enfatizar o que se diz, ou in-
˜
dicar convicçao da parte de quem fala. Note como Jesus respondeu
´
aos discıpulos quando eles, muito surpresos, perguntaram: “Quem,
´
realmente, pode ser salvo?” A Bıblia conta: “Encarando-os, Jesus dis-
´ ´
se-lhes: ‘Aos homens isto e impossıvel, mas a Deus todas as coisas
˜ ´ ´
sao possıveis.’ ” (Mat. 19:25, 26) As Escrituras mostram que o apos-
´ ˜ ˜
tolo Paulo tambem observava com atençao as reaçoes dos ouvintes.
˜ ˆ
Em certa ocasiao, um homem coxo de nascença estava na assisten-
cia. Atos 14:9, 10 relata: “Este homem escutava Paulo falar, sendo que
´
este, olhando para ele atentamente e vendo que tinha fe para ficar bom,
´
disse com voz alta: ‘Ergue-te ereto sobre os teus pes.’ ”
124
Contato visual 125
˜ ´ ´
Sugestoes para o ministerio de campo. No ministerio de campo,
´
seja amigavel e caloroso ao falar com as pessoas. Se apropriado, use
perguntas intrigantes para iniciar uma conversa sobre um tema de
´
interesse mutuo. Ao fazer isso, procure manter contato visual ou pelo
menos olhar no rosto da pessoa de modo respeitoso e cordial. Um
sorriso caloroso, acompanhado de um olhar que transmita alegria
´ ´ ˜
ıntima, e muito atraente. Uma expressao facial como essa diz muito
ˆ ´
sobre que tipo de pessoa voce e e contribui para que o morador se
`
sinta mais a vontade durante a conversa.
˜
Onde isto for apropriado, observe a expressao nos olhos da pessoa,
que pode indicar-lhe como lidar com determinadas situa-
˜ ˆ ´ ´
çoes. Voce possivelmente notara se o morador esta bra- PONTOS A LEMBRAR
˜ ˜ ´ ´
vo, nao tem interesse ou nao o entendeu. Podera perceber Seja natural e amigavel,
´ ´ ´
tambem se ele esta ficando impaciente ou se, ao contra- e demonstre interesse ge-
´ ˜ ´
nuıno nos ouvintes.
rio, esta profundamente interessado. Pela expressao nos
´ ´ ˜
olhos dele, podera concluir que precisa falar mais rapido Ao ler, segure na mao a pu-
ˆ ˜ ´
ou mais devagar, esforçar-se para envolve-lo na conversa, blicaçao ou os papeis e
encerrar a palestra ou, quem sabe, prosseguir com uma mantenha o queixo erguido
˜ ´ para mover apenas os
demonstraçao de como estudar a Bıblia. olhos, sem precisar movi-
´ ´ ´ mentar a cabeça.
No ministerio publico ou ao dirigir um estudo bıblico
domiciliar, procure manter um contato visual respeitoso
˜
com o ouvinte. Nao o encare fixamente porque ele pode-
´
ra ficar constrangido. (2 Reis 8:11) Mas de modo natural
´ ˆ
e amigavel olhe com frequencia para o rosto da pessoa, o que, em
´
muitos paıses, denota interesse sincero. Naturalmente, se estiver len-
´ ˜ ˜
do a Bıblia ou outra publicaçao, seus olhos estarao voltados para o
´
texto. Mas, para enfatizar um ponto, podera olhar diretamente para
a pessoa, mesmo que de forma breve. Se fizer isso em intervalos re-
´ ´ ˜ ´
gulares, conseguira observar tambem suas reaçoes ao que esta sendo
lido.
´ ˜
Se acha difıcil manter contato visual por causa da timidez, nao de-
´ ´
sista. Com pratica, aprendera a utilizar esse recurso naturalmente, o
´ ˜
que tornara sua comunicaçao mais eficaz.
´
Ao proferir um discurso. A Bıblia nos diz que, antes de começar o
˜ ´
Sermao do Monte, Jesus “ergueu os olhos para os seus discıpulos”.
´
(Luc. 6:20) Siga o seu exemplo. Antes de começar a falar em publi-
ˆ
co, olhe para a assistencia por alguns segundos. Em muitos lugares,
126 Contato visual
´
e apropriado estabelecer contato visual com alguns dos presentes.
´
Essa pausa breve vai ajuda-lo a superar o nervosismo inicial e tam-
´ ´ ` ˜
bem permitira que os ouvintes se adaptem as atitudes ou emoçoes
˜ ´ ´
reveladas pela sua expressao facial. Alem disso, dara tempo para que
ˆ ˜
façam silencio e se preparem para dar-lhe atençao.
ˆ ˜
Durante o discurso, olhe para a assistencia. Nao olhe apenas para o
grupo como um todo, mas procure dirigir-se a ouvintes individuais.
´
Em quase todas as culturas, espera-se que oradores publicos mante-
nham certo grau de contato visual.
ˆ ˜
Olhar para a assistencia nao significa apenas mover os olhos de
um lado para o outro de forma ritmada. Olhe respeitosamente nos
olhos de um dos ouvintes e, se apropriado, diga-lhe uma frase com-
´
pleta. Daı, olhe para outra pessoa e diga-lhe uma ou duas sentenças.
˜ ´ ˆ
Nao olhe tanto tempo para alguem a ponto de faze-lo sentir-se cons-
trangido nem se concentre em apenas alguns dos presentes. Conti-
ˆ ´
nue passando os olhos pela assistencia, mas ao se dirigir a alguem,
˜
converse mesmo com a pessoa e note sua reaçao antes de olhar para
outra.
˜ ´
Mantenha suas notas na tribuna, na mao ou na Bıblia para que
ˆ
consiga ve-las com apenas um movimento dos olhos. Se precisar
ˆ ˆ
abaixar ou virar a cabeça para ve-las, o contato com a assistencia fica-
´ ˆ
ra prejudicado. Analise a frequencia com que consulta as notas e o
momento em que o faz. Se olhar para elas ao atingir um ponto alto
ˆ ˜ ´ ´ ˜ ˆ
do discurso, voce nao so deixara de ver a reaçao da assistencia, mas
´ ´
tambem tirara a força do proferimento. De modo similar, se consul-
ˆ ´
tar suas notas com muita frequencia, perdera o contato com os ou-
vintes.
Quando joga uma bola para outra pessoa, provavelmente fica
´ ˆ
olhando para ver se ela conseguiu pega-la. Durante o discurso, voce
vai “jogando” ideias para os ouvintes. Se eles concordarem com a
ˆ ´
cabeça, sorrirem ou olharem para voce atentamente, sabera que as
“pegaram”. Mantenha bom contato visual para certificar-se de que
ˆ ´
a assistencia esta captando suas ideias.
˜ ˆ
Ao ler para a congregaçao, deve tentar olhar para a assistencia?
´
Quando os ouvintes acompanham a leitura na Bıblia, a maioria nem
ˆ ˜ ´
nota se voce olha para eles ou nao. Mas, se o fizer, podera aumen-
´ ˜
tar o vigor da sua leitura, porque acompanhara de perto as reaçoes
Contato visual 127
´ ˜
dos presentes. E se alguns deles estiverem distraıdos e nao estiverem
´
acompanhando na Bıblia, o contato visual com o orador talvez os
´ ´ ´
leve a concentrar-se na leitura. E claro que so podera olhar por um
˜ ´
instante e com cuidado para nao tropeçar na leitura. Por isso, e me-
´ ˜
lhor ficar com a Bıblia na mao e manter a cabeça erguida.
` ˜
As vezes, designam-se anciaos para proferir discursos manuscritos
´
em congressos. Para que o proferimento seja eficaz, e preciso expe-
ˆ ˜
riencia, preparaçao cuidadosa e muito treinamento. Naturalmente, o
ˆ
uso de um manuscrito limita o contato visual com a assistencia. Mas,
´
se o orador se preparou bem, conseguira olhar para os ouvintes de
´ ˜
vez em quando sem se perder. Dessa forma, prendera a atençao deles
´ ˜
e os ajudara a tirar pleno proveito da importante instruçao espiritual
apresentada.
´
EXERCICIO:
´ ´
Nas conversas diarias com a famılia e os amigos, esforce-se para aumentar
˜
o contato visual, fazendo isso de um modo que nao ofenda os costumes
locais.
14 NATURALIDADE
ˆ
O que voce deve fazer?
ˆ ˆ
Ser voce mesmo: espontaneo, sincero e despretensioso.
˜
simplesmente pregar. (Mat. 24:14) Mesmo que as pessoas nao nos dei-
´ ´ ´ ´
xem falar, nossa presença em si ja e um testemunho. E tambem uma
´ ´
vitoria, porque permitimos que Jeova nos use para realizar Sua vonta-
de. Mas, se realmente tiver a oportunidade de falar, o que caracteriza-
´ ˜
ra sua apresentaçao? Se aprender a concentrar-se nas necessidades dos
´
outros, falara de forma atraente e natural.
Ao dar testemunho, devemos agir e falar como no dia a dia, deixan-
` ´
do nossos ouvintes a vontade. Talvez ate fiquem mais receptivos aos
´ ˆ
pensamentos bıblicos que voce deseja transmitir-lhes. Em vez de dar-
˜ ´
lhes um sermao, converse com eles. Seja amigavel, mostre
´ ´
interesse e agradeça seus comentarios. Naturalmente, se a COMO DEMONSTRA-LA
´
lıngua ou os costumes locais exigirem certas formalidades
Fale normalmente. Concen-
como maneira de mostrar respeito ao falar com desconhe- ˜
tre-se, nao em si mesmo,
cidos, procure segui-las. Mas esteja sempre pronto para dar ´
mas em Jeova e na necessi-
´ ˆ
um sorriso amigavel. dade que as pessoas tem de
aprender sobre ele.
Ao proferir um discurso. Quando fala a um grupo, em ˜
´ Na preparaçao de um dis-
geral o melhor e usar um estilo natural e conversante. ˜
´ ´ ˆ curso, preste mais atençao
E claro que sera preciso elevar a voz se a assistencia for ` `
as ideias do que as pala-
grande. Se tentar memorizar o discurso ou se suas notas vras.
´
forem muito detalhadas, provavelmente ficara preocupa- Ao proferir discursos e na
´ ´
do demais com a fraseologia exata das sentenças. E im- conversa diaria, evite falar
´ ˜
portante usar palavras apropriadas, mas quando se da ex- de forma desleixada e nao
˜ ´ ´
cessiva atençao a isso o proferimento se torna forçado e use caracterısticas de orato-
˜
ria para chamar atençao
formal. Perde-se a naturalidade. Pense com cuidado e de para si mesmo.
˜
antemao no que vai dizer, mas concentre-se mais nas
Prepare-se bem para ler
ideias do que nas palavras. ´
em publico. Leia com senti-
˜
O mesmo se aplica a entrevistas nas reunioes. Se vai ser mento e leve em
˜ ˜
entrevistado, prepare-se bem, mas nao leia nem decore as consideraçao o real sentido
˜ ˜ ´
respostas. Use modulaçao natural para que as expressoes da materia.
ˆ
sejam espontaneas e cativantes.
´ ´ ´
Mesmo caracterısticas desejaveis de oratoria podem soar desnatu-
rais se forem exageradas. Por exemplo, precisamos articular e pro-
˜
nunciar claramente as palavras, mas nossa linguagem nao deve
´
chegar ao extremo de soar afetada e artificial. Gestos enfaticos e des-
critivos bem empregados podem dar vida ao discurso, mas se forem
´ ˜ ˆ
rıgidos ou exagerados detrairao do que voce diz. Fale de modo bem
´ ˜ ´
audıvel, mas nao alto demais. Vez por outra, e bom falar com mais vi-
˜ ˜
gor, mas nao se exalte. Use modulaçao, entusiasmo e sentimentos de
130 Naturalidade
˜ ˜
um modo que nao chame atençao para si mesmo nem faça a assis-
ˆ ´
tencia sentir-se desconfortavel.
˜
Algumas pessoas por natureza falam com precisao, mesmo quando
˜ ˜ ˆ
nao estao proferindo um discurso, ao passo que outras tem um esti-
´
lo mais coloquial. O importante e falar bem todos os dias e compor-
˜ ´
tar-se com dignidade crista. Daı, quando tiver de proferir um discur-
´ ´
so, sera mais facil falar e agir com naturalidade.
´ ´ ´
Na leitura publica. E preciso esforço para ler em publico com
naturalidade. Em primeiro lugar, identifique as ideias principais da
´ ˜
materia que vai ler e observe como sao desenvolvidas. Tenha-as bem
˜ ´
em mente; senao, estara apenas enunciando palavras. Confirme a
´
pronuncia de palavras desconhecidas. Pratique a leitura em voz alta
˜
fazendo a modulaçao correta e agrupando as palavras de um modo
´ ´
que transmita as ideias com clareza. Treine varias vezes ate conseguir
ˆ ´
ler com fluencia. Familiarize-se bem com a materia para que, quan-
do a ler em voz alta, consiga empregar o mesmo tom que usa numa
´
conversa animada. Isso e naturalidade.
´ ´
E claro que a maior parte da nossa leitura publica se baseia em pu-
˜ ´ ´ ˜
blicaçoes bıblicas. Alem de designaçoes de leitura na Escola do Mi-
´ ´ ´ ´
nisterio Teocratico, lemos textos bıblicos no ministerio de campo e
˜ ´
ao proferir discursos. Designam-se irmaos para ler a materia do Estu-
˜
do de A Sentinela e do Estudo de Livro de Congregaçao. Alguns ir-
˜ ˜
maos qualificados recebem designaçoes de leitura de manuscritos
´
em congressos. Se os trechos tirados da Bıblia ou de outras publica-
˜ ˜ ` ´ ´
çoes contiverem citaçoes, procure dar vida a materia. Se houver va-
rios personagens no texto, mude um pouco a voz para cada um deles.
ˆ ` ´
Contudo, tenha cuidado! De vida a materia lendo-a com naturalida-
˜
de, mas nao use um tom teatral.
´ ˜
A leitura natural e conversante. Nao soa artificial, mas tem um tom
convincente.
´
EXERCICIOS:
ˆ ˜
(1) Leia Malaquias 1:2-14 em silencio e preste atençao em quem partici-
´
pa do dialogo. Depois, leia em voz alta com a expressividade apropriada.
ˆ ˜ ´
(2) Em tres ocasioes, antes de sair para o ministerio de campo, leia os pri-
´ ˜ ´ ´
meiros dois paragrafos desta liçao e a materia debaixo do subtıtulo “No
´ ´ ˆ ´
ministerio de campo”, na pagina 128. Esforce-se para por em pratica as su-
˜
gestoes dadas.
ˆ
BOA APARENCIA 15
ˆ
O que voce deve fazer?
Usar roupa bem-arrumada, asseada e modesta. Cabelo bem
penteado. A postura deve transmitir atitude compenetrada.
ˆ ´ ´
SUA aparencia diz muito a seu respeito. Embora Jeova veja o que ha no
˜ ˜ `
coraçao, os humanos em geral tiram conclusoes a base do que “apare-
ce aos olhos”. (1 Sam. 16:7) Se estiver vestido de modo asseado e com
˜ ˆ
esmero, outros provavelmente concluirao que voce tem autoestima e
˜ ´
estarao mais propensos a ouvi-lo. Trajar-se apropriadamente tambem
´ ˜ ˆ
reflete de modo favoravel na organizaçao que voce repre-
senta e no conceito de seus ouvintes a respeito do Deus a ´
ˆ POR QUE E IMPORTANTE?
quem voce adora. ˆ
Sua aparencia pode influir
´ ˜ ˆ
Diretrizes. A Bıblia nao fixa muitas regras sobre aparen- em como outros encaram
´ ˜
cia pessoal. Mas fornece princıpios equilibrados que po- as suas crenças cristas e o
ˆ
˜ modo de vida que voce
dem ajudar-nos a tomar decisoes abalizadas. Fundamental representa.
´ ´
nisso tudo e ‘fazer todas as coisas para a gloria de Deus’.
´ ` ˆ
(1 Cor. 10:31) Que princıpios se aplicam a nossa aparen-
cia?
´
Primeiro, a Bıblia nos incentiva a ser asseados, tanto no corpo como
´
na roupa. Em sua Lei ao Israel antigo, Jeova delineou requisitos a res-
peito de higiene. Por exemplo, os sacerdotes em serviço tinham de ba-
˜
nhar-se e lavar as vestes em determinadas ocasioes. (Lev. 16:4, 24, 26,
˜ ˜ ˜ ´
28) Os cristaos nao estao sob a Lei mosaica, mas os princıpios conti-
˜ ´ ˜
dos nela ainda sao validos. ( Joao 13:10; Rev. 19:8) Em especial quan-
˜ ´
do vamos a um local de adoraçao ou ao ministerio de campo, deve-
´
mos estar bem asseados, pois odores no corpo, na roupa e mau halito
podem causar repulsa. Os que proferem discursos ou participam em
˜ ˜
demonstraçoes perante a congregaçao devem ser bons exemplos nes-
ˆ ´
se respeito. Cuidar de nossa aparencia mostra respeito por Jeova e por
˜
sua organizaçao.
´ ´
Segundo, a Bıblia nos exorta a cultivar a modestia e o bom-senso.
´ ˜
O apostolo Paulo exortou as mulheres cristas a ‘se adornarem com
´ ´ ˜
modestia e bom juızo, nao com estilos de trançados dos cabelos, e
´
com ouro, ou perolas, ou vestimenta muito cara, mas dum modo
131
ˆ
132 Boa aparencia
´
proprio das mulheres que professam reverenciar a Deus’. (1 Tim. 2:9,
´ ´ ´
10) Tambem para os homens e importante a modestia e o bom-senso
no vestir.
˜
A pessoa modesta toma o cuidado de nao escandalizar outros desne-
˜
cessariamente nem atrair atençao indevida a si mesma. O bom-senso
˜ ´
resulta em discriçao, ou bom juızo. Quem mostra essas qualidades re-
´
vela equilıbrio, resultante do respeito por normas sagradas. Manifestar
˜
essas qualidades nao impede que a pessoa se vista de modo atraente,
ˆ
mas ajuda-nos a ser sensatos na nossa aparencia e a evi-
˜
EXAMINE A SUA tar modismos extravagantes. (1 Joao 2:16) Desejamos apli-
ˆ ´ ˜ ´
APARENCIA car esses princıpios nos locais de adoraçao, no ministerio
´ de campo ou em qualquer outra atividade. Mesmo a nossa
Esta tudo limpo?
ˆ ´
Sua aparencia reflete roupa informal deve refletir modestia e bom-senso. Na es-
´ ˜
modestia e bom-senso? cola ou no trabalho surgirao oportunidades para dar tes-
´ ˜
Esta tudo em ordem? temunho informal. Embora talvez nao nos vistamos assim
´ ˜
Seu cabelo esta bem como quando vamos a reunioes, congressos e assembleias,
penteado? a nossa roupa deve ser bem-arrumada, asseada e modesta.
Alguma coisa em sua Naturalmente, nem todos nos trajamos da mesma ma-
ˆ
aparencia poderia estar re- ˜
fletindo amor ao mundo? neira. E nao se espera que o façamos. As pessoas diferem
´
Existe bom motivo nos gostos, e isso e muito apropriado. Mas as diretrizes da
´
para pensar que sua apa- Bıblia sempre devem ser aplicadas.
ˆ ´ ´
rencia possa fazer alguem O apostolo Pedro mostrou que ainda mais importante
tropeçar? ´
do que o penteado, ou o tipo de roupa, e a “vestimenta” li-
` ˜
gada a “pessoa secreta do coraçao”. (1 Ped. 3:3, 4) Se o nos-
˜ ´
so coraçao estiver cheio de amor, alegria, paz, bondade e firme fe, es-
˜ ´
sas coisas se tornarao para nos vestimentas espirituais que realmente
honram a Deus.
´ ˆ ´
Terceiro, a Bıblia nos exorta a ver se a nossa aparencia esta ‘bem-
´
arrumada’. Em 1 Timoteo 2:9 fala-se de “vestido bem-arrumado”. Em-
` ´
bora Paulo se referisse a vestimenta feminina, o mesmo princıpio se
aplica aos homens. Bem-arrumado indica esmero e ordem. Quer te-
˜ ˆ
nhamos muitos recursos materiais quer nao, nossa aparencia pode ser
esmerada.
ˆ
Uma das primeiras coisas que os outros observam na nossa aparen-
´
cia e o cabelo. Este deve estar penteado, ou “bem-arrumado”. Tanto os
´
costumes locais como fatores hereditarios influem em como as pes-
´
soas usam o cabelo. Em 1 Corıntios 11:14, 15 encontramos conselhos
ˆ
Boa aparencia 133
´
do apostolo Paulo sobre o uso do cabelo que, evidentemente, levaram
em conta esses dois fatores. Contudo, se o cabelo da pessoa passa a im-
˜ ´
pressao de que ela esta tentando parecer uma pessoa do sexo oposto,
´ ´
isso conflita com os princıpios bıblicos. — Deut. 22:5.
ˆ
Para os homens, aparencia esmerada pode incluir estar bem barbea-
´
do. Em lugares em que o bigode e amplamente encarado como digni-
ˆ
ficante, quem o usa deve mante-lo bem aparado.
ˆ ˜
Quarto, nossa aparencia nao deve refletir amor ao mundo e a seus
´ ˜ ˜
costumes. O apostolo Joao acautelou: “Nao estejais amando nem o
˜ ´
mundo, nem as coisas no mundo.” (1 Joao 2:15-17) Este mundo e ca-
˜
racterizado por muitos desejos pecaminosos. Entre esses, Joao men-
˜
ciona os desejos da carne pecaminosa e a ostentaçao dos bens da pes-
´ ˜ ´ ˜
soa. As Escrituras chamam tambem atençao ao espırito de rebeliao,
ˆ ` ´
ou desobediencia a autoridade. (Pro. 17:11; Efe. 2:2) Muitas vezes, es-
ses desejos e atitudes se refletem na maneira de as pessoas se trajarem.
ˆ
Com isso, a sua aparencia pode ser imodesta, sensual, espalhafatosa,
´
descuidada ou desleixada. Como servos de Jeova, evitamos estilos que
˜ ˜
reflitam tais modos nao cristaos.
´
Em vez de imitar o mundo, e muito melhor deixar que o exemplo
excelente de homens e mulheres espiritualmente maduros na congre-
˜
gaçao influencie sua maneira de se vestir e arrumar. Jovens que dese-
´ ´
jam ser oradores publicos podem observar o traje dos que ja se qua-
lificam para isso. Todos podem aprender do exemplo de pessoas que
´ ´ ´
ha muitos anos participam lealmente no ministerio publico. — 1 Tim.
4:12; 1 Ped. 5:2, 3.
´ ´
Quinto, ao decidir o que e apropriado, temos de ter em mente que “ate
˜
mesmo o Cristo nao agradou a si mesmo”. (Rom. 15:3) O que mais in-
teressava a Jesus era fazer a vontade de Deus. Ajudar os outros era mais
ˆ
importante para ele do que a conveniencia pessoal. Se certo estilo de
´
roupa ou de nos apresentar ergue uma barreira entre nos e as pessoas
´
a quem servimos, o que devemos fazer? Imitar o espırito humilde de
´
Cristo pode nos ajudar a decidir sabiamente. O apostolo Paulo estabe-
´
leceu o princıpio: “De modo algum damos qualquer causa para trope-
˜ ´
ço.” (2 Cor. 6:3) Por essa razao, talvez rejeitemos penteados ou acesso-
rios que tenderiam a fechar a mente das pessoas a quem desejamos
dar testemunho.
ˆ ´
Postura. A boa aparencia inclui tambem manter uma postura cor-
˜ ˜
reta. Naturalmente, nao temos todos a mesma postura, e nao nos
ˆ
134 Boa aparencia
˜ ´
empenhamos em nos ajustar a certo padrao. Contudo, e digno de
´
nota que, segundo o uso bıblico, a postura ereta transmite um senso
de dignidade pessoal e otimismo. (Lev. 26:13; Luc. 21:28) No entan-
˜
to, por ter trabalhado anos a fio numa posiçao encurvada, ou devi-
` ˜ ˜
do a idade avançada ou doença, um ou outro irmao talvez nao consi-
ga manter-se ereto, ou talvez precise apoiar-se em alguma coisa. Mas,
para quem pode, recomenda-se ficar razoavelmente ereto ao falar com
˜
outros, para nao transparecer uma atitude de indiferença ou de inse-
´ ˜
gurança. Tambem, embora nao seja errado que o orador vez por ou-
˜ ˜
tra apoie as maos na tribuna, em geral ele passa uma impressao mais
` ˆ ˜
positiva a assistencia quando nao se apoia na tribuna.
´ ˜ ´ ˆ
Equipamento limpo e apresentavel. Nao so a aparencia deve ser
´ ´
limpa e apresentavel, mas tambem as coisas que usamos no minis-
´
terio.
´ ´
Avalie o estado de sua Bıblia. Nem todos nos podemos substi-
´ ˜
tuir logo uma Bıblia desgastada. Mas, nao importa quanto tempo de
ˆ
uso ela tenha, sua aparencia deve indicar que vem sendo usada com
cuidado.
Existem, naturalmente, muitas maneiras de arrumar a pasta ou bol-
´
sa de campo, mas isso deve ser feito com esmero. Ja viu alguma vez pa-
´
peizinhos caindo da Bıblia quando o publicador se preparava para ler
˜
um texto ao morador, ou talvez quando um irmao proferia um dis-
` ˜ ˜ ˜ ´
curso a congregaçao? Isso desviou a atençao, nao e verdade? Se papei-
´ ˜ ´
zinhos guardados na Bıblia causarem distraçao, talvez guarda-los em
˜
outro lugar seria coerente com manter seu equipamento de pregaçao
´ ´
bem-arrumado. Alem disso, tenha em mente que colocar a Bıblia ou
˜ ˜ ´
outras publicaçoes religiosas no chao e encarado como muito desres-
peitoso em certas culturas.
ˆ ` ˆ ´
Devemos dar importancia a boa aparencia. Ela tambem influencia
o conceito que outros formam a nosso respeito. Mas, acima de tudo,
ˆ
cuidamos bem da aparencia porque desejamos ‘adornar o ensino de
nosso Salvador, Deus, em todas as coisas’. — Tito 2:10.
´
EXERCICIO:
Uma vez por dia, durante uma semana, independentemente de que ativi-
ˆ `
dade voce planeje, analise a si mesmo a base da lista “Examine a sua
ˆ ´
aparencia”, na pagina 132.
´
EQUILIBRIO 16
ˆ
O que voce deve fazer?
Postar-se, movimentar-se e falar de modo calmo e dignifi-
cante, que revele tranquilidade.
˜ ´ ˜
NAO e incomum o orador ficar nervoso ao falar, em especial se nao
ˆ ´
proferir discursos com frequencia. No ministerio de campo, o publi-
cador talvez se sinta um pouco nervoso nas primeiras visitas do dia.
´
Ao ser constituıdo profeta, Jeremias reagiu assim: “Realmente nem
´
sei falar, pois sou apenas rapaz.” ( Jer. 1:5, 6) Jeova ajudou
´ ´ ˆ ´
Jeremias e tambem ajudara voce. Com o tempo, podera
´ ´
desenvolver equilıbrio. POR QUE E IMPORTANTE?
´ ˆ ´
O orador equilibrado e tranquilo. Ele adota uma postu- Se voce mostra equilıbrio,
´ ˜ ´ ´
ra natural e propria para a ocasiao, faz gestos significati- e mais provavel que os ou-
vintes se concentrem no que
vos e fala de maneira expressiva e controlada. diz, em vez de em sua
ˆ ˜
Mesmo que voce ache que seu proferimento nao se pessoa.
˜ ´
encaixa nessa descriçao, ha como melhorar. Como? Con-
sideremos por que o orador fica nervoso e carece de equi-
´ ´
lıbrio. A causa pode ser fısica.
˜
Quem se confronta com um desafio e deseja sair-se bem, mas nao
´ ´
tem certeza de que o conseguira, fica ansioso. Com isso, o cerebro en-
via sinais para o corpo produzir mais adrenalina. Essa descarga pode
˜ ˜
fazer o coraçao disparar, mudar o ritmo da respiraçao, aumentar a
˜ ´ ˜
transpiraçao e ate mesmo causar tremor nas maos, nos joelhos e na
˜
voz. O corpo procura ajudar a pessoa a lidar com a situaçao, aumen-
´ ´
tando o nıvel de energia. O desafio e canalizar essa carga de energia
para raciocinar de maneira construtiva e falar com entusiasmo.
´
Como reduzir a ansiedade. Lembre-se de que e normal sentir cer-
´ ´ ´
ta ansiedade. Para manter o equilıbrio, porem, e preciso saber reduzir
´ ˜
o nıvel de ansiedade e lidar com a situaçao de modo calmo e dignifi-
cante. Como se pode conseguir isso?
˜
Prepare-se cabalmente. Invista tempo na preparaçao do discurso.
´
Certifique-se de entender bem a materia. Se a palestra for do tipo que
ˆ
voce mesmo seleciona os pontos, leve em conta o que os ouvintes
135
´
136 Equilıbrio
´ ˆ
ja sabem a respeito do assunto e o que voce espera conseguir. Isso o
´ ´ ´
ajudara a selecionar materia mais proveitosa. Se de inıcio achar isso
´ ´
difıcil, fale sobre o problema com um orador experiente. Ele podera
´ ´ ´ ˆ
ajuda-lo a fazer uma analise construtiva da materia e da assistencia.
´ ´
Quando tiver certeza de que sua materia beneficiara os ouvintes e a
´
tiver bem clara na mente, o desejo de transmiti-la começara a supe-
´
rar a possıvel ansiedade que sente por causa do proferimento.
ˆ ˜ ` ˜
De atençao especial a introduçao. Saiba exatamente
como vai começar. No decorrer da palestra, o nervosismo
COMO´ ADQUIRIR provavelmente vai diminuir.
EQUILIBRIO ´ ` ˜
Os mesmos passos basicos se aplicam a preparaçao para
Prepare-se bem. ´ ˜ ´
˜ o ministerio de campo. Considere nao so o assunto que
Treine a apresentaçao em ´
pretende abordar, mas tambem o tipo de pessoas a quem
voz alta. ´ ˜
´ dara testemunho. Planeje bem a introduçao. Beneficie-se
‘Lance seu fardo sobre Jeova’ ˆ
˜ da experiencia de publicadores maduros.
em oraçao. — Sal. 55:22.
Seja regular no serviço de ˆ ´ `
Voce talvez ache que se sentira mais a vontade se usar
campo, comente frequente- um manuscrito para proferir um discurso. Na realidade,
˜ ´
mente nas reunioes e ´
ofereça-se para cumprir de- isso podera aumentar a ansiedade. E fato que alguns ora-
˜ dores usam muitas notas, ao passo que outros usam pou-
signaçoes extras na escola
´ ´
do ministerio. cas. Mas o que fara com que deixe de se preocupar e fi-
Identifique sintomas de ˜ ˜
´ que menos ansioso nao sao as palavras no papel, mas sim
desequilıbrio e aprenda a ˜
´ ´ a convicçao sincera de que aquilo que preparou para os
evita-los ou a controla-los. ´
ouvintes e valioso.
´ ´
Ensaie a palestra em voz alta. Essa pratica lhe dara con-
fiança em sua capacidade de expressar seus pensamentos em pala-
ˆ ˜ ´
vras. Ao ensaiar, voce cria padroes de memoria que podem facilmen-
´
te ser ativados durante o proferimento. Faça um ensaio realıstico.
ˆ ´
Visualize a assistencia. Sente-se a uma mesa ou fique de pe, exata-
´
mente como fara no proferimento.
´ ˜ ´ ´ ´
Peça a ajuda de Jeova em oraçao. Sera que ele o atendera? “Esta e a
˜
confiança que temos nele, que, nao importa o que peçamos segundo
˜ ´
a sua vontade, ele nos ouve.” (1 Joao 5:14) Se o seu desejo e honrar a
Deus e ajudar pessoas a se beneficiarem de Sua Palavra, ele certamen-
´ ` ˜ ´ ˆ
te atendera a sua oraçao. Essa garantia podera fortalece-lo muito para
˜ ´ ´
cumprir a designaçao. Alem do mais, ao cultivar os frutos do espırito
´ ˆ ´
— amor, alegria, paz, brandura e autodomınio — voce desenvolvera a
´
Equilıbrio 137
´ ˜ ´
atitude mental necessaria para enfrentar as situaçoes com equilıbrio.
´
— Gal. 5:22, 23.
ˆ
Adquira experiencia. Quanto mais participar no serviço de campo,
´ ˜
menos nervoso ficara. Quanto mais comentar nas reunioes congre-
´ ´ ` ˆ
gacionais, mais facil sera falar perante outros. A medida que voce
˜
for dando mais palestras na congregaçao, a sua ansiedade provavel-
´
mente diminuira. Gostaria de ter mais oportunidades de falar? Nes-
´ ˜
se caso, ofereça-se para substituir na escola do ministerio os que nao
˜
puderem cumprir a designaçao.
´ ´
Depois de ter dado os passos delineados acima, vera que e provei-
toso examinar os sintomas que infalivelmente revelam falta de equi-
´ ´ ´
lıbrio. Identifica-los e aprender a lidar com eles vai ajuda-lo a falar
´ ´
com equilıbrio. Os sintomas podem ser fısicos ou vocais.
´ ´
Sintomas fısicos. Seu equilıbrio, ou falta dele, transparece na sua
˜ ˜ ˜
postura e no uso das maos. Considere primeiro as maos. Maos nas
˜
costas com os dedos entrelaçados, maos rigidamente ao lado do cor-
˜
po ou agarrando a tribuna; colocar e tirar a mao do bolso repetidas
´
vezes, abotoar e desabotoar o paleto, mexer a esmo no rosto, no nariz
´ ˜ ˜
ou nos oculos; maos que estao sempre mexendo ou brincando com
´ ´
o relogio, o anel, o lapis ou as notas; gestos abruptos ou interrompi-
´
dos — tudo isso denota desequilıbrio.
´
A falta de confiança pode tambem se manifestar por mexer cons-
´ ´
tantemente os pes, balançar o corpo, adotar uma postura muito rı-
´ ´
gida, manter a cabeça ou os ombros caıdos, umedecer os labios ou
ˆ ˜ ´
engolir com frequencia, e respiraçao rapida e curta.
˜
Com esforço, essas manifestaçoes de nervosismo podem ser con-
troladas. Procure vencer uma por vez. Identifique o problema e con-
ˆ ´
sidere com antecedencia o que deve fazer para evita-lo. Com esse
´ ´
esforço, sua postura revelara equilıbrio.
Sintomas vocais. Sintomas vocais de nervosismo podem incluir
ˆ
uma voz anormalmente aguda ou tremula. A pessoa talvez limpe re-
petidas vezes a garganta ou fale muito depressa. Esses problemas e
maneirismos podem ser vencidos por meio de esforço diligente para
controlar a voz.
Se estiver nervoso, respire profundamente algumas vezes, antes de
subir ao palco. Tente relaxar o corpo inteiro. Em vez de pensar no
´
138 Equilıbrio
´
EXERCICIO:
ˆ
Toda semana, durante um mes, empenhe-se em comentar mais de uma vez
˜
no Estudo de A Sentinela e no Estudo de Livro de Congregaçao. Observe
que o nervosismo começa a se dissipar no seu segundo ou terceiro comen-
´ ˜
tario na mesma reuniao.
USO DO MICROFONE 17
ˆ
O que voce deve fazer?
Usar corretamente o microfone, caso seja utilizado nas suas
˜
reunioes congregacionais.
˜ ˜
NOSSOS irmaos cristaos despendem muito tempo e esforço para as-
` ˜ ˜ ´
sistir as reunioes cristas. Para se beneficiarem do que e dito, precisam
ouvir claramente.
˜ ˜ ´
Nos dias do Israel antigo, nao existia amplificaçao eletrica de som.
´ ` ˜ ´
Quando Moises falou a naçao de Israel nas planıcies de Moabe, antes
de ela entrar na Terra Prometida, como podia toda aque-
ˆ ˜ ´
la assistencia, talvez de milhoes de pessoas, ouvir? Moi- POR QUE E IMPORTANTE?
´
ses talvez tenha usado o sistema de retransmissores hu- ´
Aquilo que se diz so pode
manos, em que as palavras eram sucessivamente repetidas beneficiar outros se for ouvi-
ˆ
por homens postados a distancias apropriadas no acam- do com clareza.
˜
pamento. (Deut. 1:1; 31:1) Nao muito depois de terem
˜ ´
começado a conquista da terra a oeste do Jordao, Josue
reuniu os israelitas em frente do monte Gerizim e do monte Ebal,
evidentemente com os levitas posicionados no vale entre os dois
ˆ ˜
montes. Todo o povo ouviu e acolheu bem a leitura das bençaos e
˜
das invocaçoes do mal da parte de Deus. ( Jos. 8:33-35) Pode ser que
´ ˜
tambem nessa ocasiao tenham sido usados retransmissores huma-
´ ˜ ´ ´
nos, mas a excelente acustica da regiao sem duvida tambem ajudou.
˜
Uns 1.500 anos depois, quando “uma multidao muito grande” se
ajuntou perto do mar da Galileia para ouvir Jesus, ele entrou num
` ˜
barco, afastou-se da margem e sentou-se para falar a multidao. (Mar.
4:1, 2) Por que Jesus falou de dentro de um barco? Evidentemente
´
porque a voz humana se propaga com grande nitidez sobre a superfı-
´
cie lisa de um corpo de agua.
´ ´ ´
Ate o inıcio do seculo 20, o volume e a clareza da voz do orador
muitas vezes determinavam quantos numa plateia podiam ouvi-lo.
´
Mas, desde os anos 20, os servos de Jeova se beneficiam da amplifica-
˜ ´
çao eletrica da voz humana em seus congressos.
Equipamento de som. Esse equipamento pode amplificar a voz do
˜
orador muitas vezes, sem prejudicar a qualidade ou o tom. Nao se
139
140 Uso do microfone
˜
exige do orador que force as cordas vocais. Os ouvintes nao precisam
esforçar-se para ouvir o que se diz. Podem concentrar-se na mensa-
gem.
´
Muito ja se fez para que os congressos e as assembleias das Teste-
´
munhas de Jeova tenham um bom equipamento de som. E muitos
˜
Saloes do Reino usam equipamento de som para amplificar a voz dos
˜
palestrantes, dos que dirigem reunioes ou leem da tribu-
´ ˜
COMO FAZER na. Alem disso, algumas congregaçoes usam microfones
´ ` ˜
Mantenha o microfone a para os comentarios dos presentes as reunioes. Se a sua
ˆ ˜ ˜ ´
uma distancia de 10 a congregaçao dispoe desse equipamento, aprenda a usa-lo
´
15 centımetros da boca. bem.
´ ˜ ´
So fale quando o microfone Algumas orientaçoes basicas. Para o uso correto do
estiver no lugar.
equipamento, tenha em mente o seguinte: (1) Em geral,
Use um pouco mais de vo- ˆ ´
o microfone deve estar a uma distancia de 10 a 15 centı-
lume e intensidade do que
numa conversa comum. metros da boca. Se ele estiver muito perto, as palavras po-
´
dem sair distorcidas. Se estiver muito longe, a voz saira in-
Se tiver necessidade de lim- ` ˜
par a garganta, afaste a distinta. (2) O microfone deve estar a sua frente, nao de
ˆ
cabeça do microfone. lado. Se voce virar a cabeça para a direita ou para a esquer-
˜
da, fale apenas quando o rosto estiver na direçao do mi-
crofone. (3) Use um pouco mais de volume e intensidade
˜ ´
do que numa conversa comum. Mas nao e preciso gritar.
´ ´
O equipamento de som levara facilmente a sua voz ate os mais dis-
ˆ
tantes na assistencia. (4) Se precisar limpar a garganta, tossir ou espir-
˜
rar, nao deixe de afastar a cabeça do microfone.
ˆ
Ao proferir uma palestra. Quando voce sobe ao palco, em geral
˜ ˜
um irmao ajusta a posiçao do microfone. Enquanto ele faz isso, man-
˜ ˆ
tenha-se numa posiçao natural, com o rosto voltado para a assisten-
cia. Coloque o esboço na tribuna, tendo o cuidado de evitar que o
˜
microfone bloqueie a sua visao.
Ao começar a falar, escute a qualidade de sua voz nos alto-falantes.
´
O volume esta muito alto, ou certas palavras produzem sons explosi-
´
vos? Talvez tenha de se afastar alguns centımetros do microfone. Ao
olhar o esboço, lembre-se de falar e ler apenas quando o rosto esti-
˜
ver na direçao do microfone ou um pouquinho acima dele, nunca
abaixo.
´ ´ ˜
Ao ler da tribuna. E melhor segurar a Bıblia, ou outra publicaçao,
ˆ
de um modo que seu rosto fique voltado para a assistencia. Visto que
Uso do microfone 141
´ `
o microfone provavelmente estara bem a sua frente, talvez precise se-
gurar o material de leitura um pouco de lado. Isso significa que a ca-
´
beça devera estar um pouquinho para o lado oposto. Assim, ao ler, a
´
sua voz sera projetada no microfone.
˜
A maioria dos irmaos que leem no Estudo de A Sentinela ficam de
´ ˜
pe e usam um microfone com pedestal. Essa posiçao lhes permite res-
pirar melhor e ler com mais expressividade. Tenha em mente que a
´ ˜
leitura dos paragrafos constitui parte importante da reuniao. O bene-
´ ˆ ´
fıcio que a assistencia obtem depende, em boa medida, dessa leitura.
˜ ˜
Ao comentar na reuniao. Se a sua congregaçao usa microfones
˜ ˆ ´
para a participaçao da assistencia, lembre-se de que ainda assim e
preciso falar de modo claro e suficientemente alto. Ao comentar, pro-
˜ ´
cure segurar perto de si a publicaçao de estudo ou a Bıblia. Com isso
ˆ ´ ´
voce vera claramente a materia, ao falar ao microfone.
˜ ˜ ˜
Em algumas congregaçoes, irmaos sao designados para levar o mi-
˜
crofone aos que sao chamados para comentar. Se esse for o caso
˜ ˜
em sua congregaçao, quando for chamado, mantenha a mao erguida
˜ ´ ˆ ´
para que o irmao responsavel veja onde voce esta sentado e possa es-
´
tender-lhe rapidamente o microfone. Se esse for do tipo que e preci-
˜ ´ ˜
so segurar com a mao, esteja preparado para apanha-lo. Nao comece
´
a falar sem o microfone. No fim do comentario, devolva-o pronta-
mente.
˜
Ao participar numa demonstraçao. O uso de microfone numa
˜
demonstraçao exige bom planejamento. Se o microfone tiver pedes-
˜ ˜ ´ ˜
tal, suas maos estarao livres para manejar a Bıblia e as anotaçoes.
O microfone sem pedestal pode dar maior liberdade de movimento,
mas talvez seja preciso que o outro participante o segure. Assim, as
˜ ˜ ´ ˆ
suas maos estarao livres para manusear a Bıblia. Voce e o outro parti-
cipante devem treinar isso, para que ele saiba segurar corretamente o
´
microfone. Alem disso, lembre-se de que, quando estiver no palco,
˜ ˆ
nao deve dar as costas para a assistencia, em especial quando estiver
falando.
˜ ˜ ´
Certas demonstraçoes na Reuniao de Serviço podem envolver va-
rios participantes, que talvez se movimentem no palco. Nesse caso,
˜ ´ ´
sao necessarios varios microfones, que devem estar no lugar com an-
ˆ ` ˜
tecedencia, ou ser colocados a disposiçao dos participantes quando
142 Uso do microfone
´
EXERCICIO
˜ ˜
Se no seu Salao do Reino sao usados microfones, observe como os orado-
res experientes usam tanto os microfones fixos como os volantes. Determine
os procedimentos que pretende imitar ou evitar, e os motivos para suas con-
˜
clusoes.
´
USO DA BIBLIA AO RESPONDER A PERGUNTAS 18
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Fazer bom uso da Bıblia ao responder a perguntas.
˜ ´
Ele podia dizer corretamente que seu ensino nao era de sua propria
˜
autoria. Ele falava o que ouvira de seu Pai. — Joao 8:26.
˜
Desejamos seguir o exemplo de Jesus. Deus nao nos falou pessoal-
´ ´ ´
mente, como no caso de Jesus. Mas a Bıblia e a Palavra de Deus. Ao usa-
˜ ´
la como base de nossas respostas, evitamos atrair atençao a nos mes-
˜
mos. Mostramos que, em vez de expressar a opiniao de um
humano imperfeito, estamos firmemente decididos a dei-
COMO AUMENTAR ˆ ´
A EFICIENCIA xar que Deus tenha a palavra quanto ao que e verdade.
˜
´
Leia a Bıblia diariamente.
— Joao 7:18; Rom. 3:4.
˜ ´
Tenha um bom programa Naturalmente, nao desejamos apenas usar a Bıblia, mas
de estudo pessoal. ´
fazer isso do modo mais proveitoso possıvel para o ouvin-
Habitue-se a incluir textos te. Queremos que ele ouça com mente aberta. Dependen-
´ ´
bıblicos ao comentar nas do da atitude da pessoa, pode-se apresentar conceitos bıbli-
˜ ˜ ´
reunioes congregacionais. cos dizendo: “Nao concorda que o que realmente importa e
´
Diante de perguntas ou si- o que Deus diz?” Ou talvez: “Sabia que a Bıblia fala dessa
˜ ˜ ˜ ´ ˆ
tuaçoes, antes de responder mesma questao?” Se a pessoa nao respeita a Bıblia, voce tal-
˜ ˜
ou tomar uma decisao, sem- vez tenha de usar uma introduçao um pouco diferente. Po-
pre pergunte-se: ‘O que a deria dizer: “Gostaria de lhe mostrar essa antiga profecia.”
´
Bıblia diz?’ ˜ ´
˜ Ou talvez: “O livro de maior circulaçao na historia humana
Quando nao souber o que a diz . . .”
´
Bıblia diz sobre certo assun-
˜ ˆ Em certos casos, talvez queira simplesmente parafrasear
to, nao adivinhe nem de ´ ´
˜ um texto. Quando for possıvel, no entanto, e melhor abrir
opiniao pessoal. Ofereça-se
´ ´ ´
para fazer pesquisa. a Bıblia e ler o que ela diz. Mostre o texto na Bıblia da pro-
´ ˜
pria pessoa, se for conveniente. Esse uso direto da Bıblia nao
raro influencia muito a pessoa. — Heb. 4:12.
˜ ˜ ˆ ´
Os anciaos cristaos tem uma responsabilidade especial ao usar a Bı-
˜
blia para responder a perguntas. Uma das qualificaçoes para servir
˜ ´ ˜ `
como anciao e que o irmao ‘se apegue firmemente a palavra fiel com
` ˜
respeito a sua arte de ensino’. (Tito 1:9) O conselho de um anciao pode
˜ ˜ ´
levar um membro da congregaçao a tomar uma decisao seria na vida.
´
Como e importante que esse conselho se baseie solidamente nas Escri-
˜
turas! O exemplo do anciao nesse respeito pode influenciar o modo de
ensinar de muitas outras pessoas.
´
EXERCICIO:
Aliste uma ou duas perguntas que lhe foram feitas (1) no serviço de cam-
´
po, (2) a respeito de algum assunto que recentemente foi notıcia e (3) sobre
˜ ´
a participaçao em certa atividade popular. Procure pelo menos um texto bı-
blico adequado para responder a cada pergunta.
´
INCENTIVO AO USO DA BIBLIA 19
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Incentivar os ouvintes a acompanhar na Bıblia a leitura de
textos.
´ ˜ ` ´
NOSSO desejo e dirigir a atençao de todos a Palavra de Deus, a Bıblia.
´
Esse livro sagrado e a base para a mensagem que pregamos, e quere-
˜
mos que as pessoas entendam que aquilo que falamos nao procede de
´ ´
nos, mas de Deus. Elas precisam desenvolver confiança na Bıblia.
´ ˜ ´
No ministerio de campo. Na sua preparaçao para o ministerio
de campo, selecione sempre um ou mais textos para ler
˜ ´
aos que desejam ouvir. Mesmo numa apresentaçao rela- POR QUE E IMPORTANTE?
˜ ´
tivamente curta de uma publicaçao bıblica, muitas vezes ˆ
´ ´ O que a pessoa ve com
e proveitoso ler um texto bıblico apropriado. O poder da ´
´ ´ ´ os proprios olhos, especial-
Bıblia de orientar pessoas comparaveis a ovelhas e maior ´
mente se for na Bıblia dela,
˜
do que qualquer coisa que possamos dizer pessoalmente. causa uma impressao mais
˜ ´ ´ profunda.
Quando nao for possıvel ler diretamente na Bıblia, talvez
´ ˜
queira citar o que ela diz. No primeiro seculo, nao havia
´ ` ˜
muitas copias de rolos das Escrituras a disposiçao. Mas Jesus e seus
´ ´ ´
apostolos citaram extensivamente as Escrituras. Nos tambem deve-
´
mos esforçar-nos em memorizar textos e usa-los de modo apropriado
´ `
em nosso ministerio, as vezes simplesmente citando-os.
´ ´
Quando for possıvel ler diretamente na Bıblia, segure-a de modo
´
que o morador possa acompanhar a leitura. Se ele ler em seu proprio
´ ´
exemplar da Bıblia, podera reagir de maneira ainda melhor.
´ ´ ´
E preciso dar-se conta, porem, de que alguns tradutores da Bıblia
˜
tomaram liberdades com a Palavra de Deus. As suas traduçoes talvez
˜
nao se harmonizem em todos os sentidos com o que constava nas
´ ´ ˜
lınguas bıblicas originais. Muitas traduçoes modernas eliminaram o
´
nome de Deus, obscureceram o que o texto na lıngua original diz a
˜ ´
respeito da condiçao dos mortos e ocultaram o que a Bıblia diz so-
´ ˜ ` `
bre o proposito de Deus com relaçao a Terra. Para mostrar a pessoa
´
o que aconteceu, talvez seja preciso comparar textos-chave de varias
´ ˜ ´
Bıblias, ou de traduçoes mais antigas, na mesma lıngua. Em muitos
´ `
assuntos, o livro Raciocınios a Base das Escrituras faz uma compara-
˜ ´ ˜ ˜ ´
çao de como varias traduçoes vertem expressoes-chave em versıculos
145
´
146 Incentivo ao uso da Bıblia
´
frequentemente usados. Quem ama a verdade ficara grato de conhe-
cer os fatos.
˜
Nas reunioes congregacionais. Todos devem ser incentivados a
´ ˜ ´
usar a Bıblia nas reunioes congregacionais. Isso e bom em muitos sen-
˜ ´
tidos. Ajuda a manter a atençao dos ouvintes na materia. Acrescenta
´
impacto visual ao ensino que o orador esta transmitindo. E inculca na
´ ´ ´
mente dos recem-interessados que a Bıblia e, de fato, a fonte de nos-
sas crenças.
˜ ´
COMO FAZER Se os ouvintes realmente abrirao a Bıblia para acompa-
´
Mostre o texto ao morador, nhar a leitura dos textos dependera em grande parte de seu
ˆ ´ ´ ´
ao le-lo na Bıblia, ou convi- incentivo. O convite direto e um dos melhores metodos.
de-o a acompanhar a leitura Cabe ao orador decidir que textos deseja enfatizar por fa-
´ ´ ´
na Bıblia dele.
˜ zer com que os ouvintes os procurem na B ıblia. E melhor
Ao falar na congregaçao, ˆ
` voce ler textos que o ajudem a desenvolver os pontos prin-
faça um convite direto a ´
ˆ
assistencia para procurar
cipais. Daı, se o tempo permitir, acrescente mais alguns em
˜
textos-chave e conceda tem- apoio de sua argumentaçao.
po suficiente para que os ˜
Naturalmente, em geral nao basta apenas citar um texto
encontrem. ˆ ´ ˆ ˆ
ou convidar a assistencia a procura-lo. Se voce le um tex-
to e logo em seguida outro, sem dar aos ouvintes tempo
˜
para achar o primeiro, eles logo vao desanimar-se e deixar
´
de tentar acompanhar a leitura na Bıblia. Fique atento e leia o texto
quando a maioria o tiver achado.
ˆ
Antecipe-se. Mencione o texto com suficiente antecedencia. Isso re-
´ ˆ
duzira a perda de tempo resultante de esperar a assistencia achar o tex-
ˆ ´
to. Embora voce abranja menos materia, a fim de dar tempo para a as-
ˆ ´ ˜
sistencia procurar os textos, os benefıcios compensarao.
´
EXERCICIOS:
´
Nas revisitas, tente o seguinte: (1) Entregue a sua Bıblia ao morador, aber-
´ ˆ
ta num determinado versıculo, e pergunte a ele se gostaria de le-lo em voz
´ ´
alta. (2) Pergunte-lhe se gostaria de apanhar a sua propria Bıblia e ler um
texto-chave.
˜ ´
INTRODUÇ AO EFICAZ DE TEXTOS BIBLICOS 20
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Preparar a mente dos ouvintes antes de ler um texto bıblico.
˜ ˜
AS ESCRITURAS sao a base do ensino nas nossas reunioes congrega-
´ ´
cionais. Textos bıblicos tambem constituem uma parte importante
da mensagem que pregamos. O quanto enriquecem a palestra, po-
´ ˜ ´
rem, depende em parte da introduçao que lhes e dada.
˜ ´
Nao basta apenas mencionar o texto e pedir que alguem o acompa-
˜
nhe na leitura. Ao fazer a introduçao de um texto, procure
atingir dois objetivos: (1) criar expectativa e (2) focalizar ´
˜ POR QUE E IMPORTANTE?
atençao no motivo de usar o texto. Esses objetivos podem ˜
´ A introduçao eficaz de um
ser atingidos de varias maneiras. ´
texto bıblico pode ajudar os
´
Faça uma pergunta. Isso sera mais eficaz se a resposta ouvintes a entender seu
˜ ´ ˆ real significado.
nao for obvia para a assistencia. Procure formular a per-
gunta de modo que induza as pessoas a raciocinar. Jesus
fazia isso. Quando os fariseus o abordaram no templo e
testaram publicamente Seu entendimento das Escrituras,
´
Jesus perguntou-lhes: “Que pensais do Cristo? De quem e ele filho?”
´ ´
Eles responderam: “De Davi.” Daı, Jesus lhes perguntou: “Como e,
˜ ˜
entao, que Davi, por inspiraçao, lhe chama ‘Senhor’?” Em seguida,
˜
citou o Salmo 110:1. Os fariseus foram silenciados. Mas a multidao
ouviu Jesus com prazer. — Mat. 22:41-46.
´ ´ ´
No ministerio de campo podera usar perguntas introdutorias,
ˆ ´
como estas: “Voce e eu temos nome. Sera que Deus tem nome? A res-
´ ´ ´
posta esta no Salmo 83:18.” “Havera algum dia um so governo para
´
toda a humanidade? Note a resposta em Daniel 2:44.” “A Bıblia trata
˜ ´
realmente de condiçoes existentes hoje? Compare o que diz 2 Timo-
˜ ˆ ´
teo 3:1-5 com as condiçoes que voce conhece.” “Sera que o sofrimen-
˜ ´ ´
to e a morte acabarao algum dia? A resposta da Bıblia esta em Reve-
˜
laçao 21:4, 5.”
˜
Num discurso, perguntas bem elaboradas na introduçao de textos
´
podem motivar os ouvintes a encara-los com renovado interesse,
˜ ´
mesmo os mais conhecidos. Mas farao isso? Muito dependera de se
˜ ˜
as suas perguntas serao, ou nao, de real interesse para eles. Mesmo
147
˜ ´
148 Introduçao eficaz de textos bıblicos
que o assunto seja de interesse dos ouvintes, a mente deles pode va-
´
guear na leitura de textos que ja ouviram muitas vezes. Para evitar
˜ ´
isso, deve-se dar ao assunto a atençao necessaria a fim de tornar a in-
˜
troduçao atraente.
Apresente um problema. Pode-se apresentar um problema e, em
˜ ´
seguida, dirigir a atençao para um texto que ajude a soluciona-lo.
˜ ˆ ˜
Nao crie expectativas irrealistas na assistencia. Nao raro um texto
˜ ´
oferece apenas parte da soluçao. Contudo, podera pedir aos ouvintes
˜
que observem, na leitura do texto, que orientaçao se pode
˜
extrair dele para lidar com a situaçao.
COMO FAZER ´
´ De modo similar, pode-se mencionar um princıpio de
Ao escolher um metodo que ´
suscite interesse, leve em conduta piedosa e depois usar um relato bıblico que ilus-
´
conta o que os ouvintes ja tre a sabedoria de segui-lo. Se o texto contiver dois (ou
sabem e o que pensam do ´
talvez mais) pontos especıficos relacionados com o assun-
assunto. ˆ
to, alguns oradores pedem que a assistencia fique alerta
Saiba com certeza o que se ´ ´
para observa-los. Se um problema parecer difıcil demais
pretende com cada um dos ˆ ´
para determinada assistencia, pode-se estimular o raciocı-
textos, e faça com que seus ´ ´
´ ´
comentarios introdutorios nio apresentando varias alternativas e daı permitir que o
˜ ˜
reflitam isso. texto e sua aplicaçao forneçam a soluçao.
´ ˆ ´
Cite a Bıblia como autoridade. Se voce ja suscitou in-
teresse no assunto e apresentou um ou mais conceitos so-
´
bre algum aspecto dele, podera introduzir um texto di-
zendo simplesmente: “Note o que a Palavra de Deus diz sobre esse
˜ ˆ
ponto.” Isso mostra por que a informaçao que voce vai ler tem peso.
´ ˜
Jeova usou homens como Joao, Lucas, Paulo e Pedro para escrever
´ ´ ´
partes da Bıblia. Mas eles foram apenas escritores; o Autor e Jeova.
˜ ˜
Em especial ao falar com pessoas que nao sao estudantes das Escritu-
˜
ras Sagradas, fazer a introduçao de um texto dizendo “Pedro escre-
˜
veu”, ou “Paulo disse”, pode nao ter a mesma força que uma introdu-
˜
çao que identifique o texto como a palavra de Deus. Vale notar que,
´ ˜
em certos casos, Jeova instruiu Jeremias a iniciar proclamaçoes di-
´
zendo: “Ouvi a palavra de Jeova.” ( Jer. 7:2; 17:20; 19:3; 22:2) Quer
´ ˜
usemos o nome de Jeova ao introduzir textos, quer nao, antes de ter-
´ ´ ´
minar a palestra devemos frisar que aquilo que esta na Bıblia e a Sua
palavra.
Leve em conta o contexto. Deve-se levar em conta o contexto ao
´ ˆ
decidir como introduzir um texto bıblico. Em alguns casos, voce se
´
referira diretamente ao contexto; em outros, este pode influir no que
˜ ´
Introduçao eficaz de textos bıblicos 149
˜ ´
vai dizer. Por exemplo, faria a introduçao das palavras do fiel Jo da
˜
mesma maneira que introduziria a declaraçao de um dos falsos con-
soladores? O livro de Atos foi escrito por Lucas, mas ele cita, entre ou-
ˆ ˜
tros, Tiago, Pedro, Paulo, Filipe, Estevao e anjos, bem como Gamaliel
˜ ˜ ˆ
e outros judeus que nao eram cristaos. A quem voce vai atribuir o tex-
to que citar? Lembre-se, por exemplo, que nem todos os salmos fo-
´
ram compostos por Davi, e que nem todo o livro de Proverbios foi
˜ ´ ´ ´
escrito por Salomao. E tambem proveitoso saber a quem o escritor bı-
˜
blico se dirigia e qual era o assunto em questao.
˜ ´ ´
Mencione outras informaçoes historicas. Isso e especialmente
ˆ ´ ´
eficaz se puder mostrar que as circunstancias da epoca do relato bıbli-
˜ ` ˆ ´ ´
co sao similares as que voce esta considerando. Em outros casos, e ne-
´ ˜
cessario fornecer certas informaçoes para se entender determinado
ˆ
texto. Se voce usar Hebreus 9:12, 24 numa palestra sobre o resgate,
´
por exemplo, antes de ler o texto talvez seja necessario explicar algo
´
a respeito do compartimento mais interno do tabernaculo, que, se-
gundo as Escrituras, prefigura o lugar em que Jesus entrou ao ascen-
´ ˜ ˜
der ao ceu. Mas nao inclua tantas informaçoes a ponto de obscurecer
o texto que estiver introduzindo.
˜
Para melhorar a maneira de fazer introduçao de textos, analise o
´
que oradores experientes fazem. Note os diferentes metodos que eles
ˆ ´
usam. Analise a eficiencia desses metodos. Ao preparar suas palestras,
identifique os textos-chave e analise especialmente o que se preten-
˜
de com cada um deles. Planeje bem a introduçao individual deles,
´
para que surtam o melhor efeito possıvel. Depois, faça o mesmo com
´
os demais textos que usara. Ao passo que esse aspecto de sua apresen-
˜ ˆ ´ ˜
taçao melhorar, voce estara focalizando maior atençao na Palavra de
Deus.
´
EXERCICIO:
ˆ ´
Escolha um texto que voce ache que podera ser usado com proveito no seu
´ ´
territorio. Planeje (1) que pergunta ou problema apresentara para criar ex-
´ ˜ ˆ
pectativa no morador e (2) como focalizara a atençao no motivo de voce
ler o texto.
LEITURA
ˆ DE TEXTOS
21 COM ENFASE ADEQUADA
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Enfatizar as palavras e as expressoes que destaquem sua linha
´
de raciocınio. Ler com sentimento apropriado.
´
AO FALAR a outros sobre os propositos de Deus, em particular ou da
tribuna, a palestra deve centralizar-se na Palavra de Deus. Em geral,
´
isso envolve ler textos na Bıblia, algo que deve ser bem-feito.
ˆ
A enfase adequada envolve sentimento. Os textos devem ser li-
dos com sentimento. Veja alguns exemplos. Ao ler o Salmo 37:11, a
sua voz deve exprimir a expectativa feliz da paz prome-
´ ˜
tida ali. Ao ler Revelaçao 21:4, sobre o fim do sofrimen-
POR QUE E IMPORTANTE? ´
ˆ to e da morte, a voz deve refletir terno apreço pelo alı-
A enfase adequada realça a ˜
´
plena força dos textos bıbli- vio maravilhoso predito ali. Revelaçao 18:2, 4, 5, com seu
˜ ˆ
cos que sao lidos. apelo para sair da pecadora “Babilonia, a Grande”, deve
ˆ
ser lido com tom de urgencia. Naturalmente, o sentimen-
˜
to expresso deve ser de coraçao, mas sem exagero. A carga
˜ ´ ´
adequada de emoçao e determinada pelo proprio texto e
´
pelo modo como e usado.
´
Enfatize as palavras certas. Se os seus comentarios a respeito de
´ ˆ
certo versıculo girarem em torno de apenas parte dele, voce deve des-
ˆ ˆ ˜
tacar essa parte ao le-lo. Por exemplo, ao ler Mateus 6:33 voce nao da-
ˆ ´
ria enfase primaria a “Sua justiça” ou a “todas estas outras coisas”,
˜
se a sua intençao fosse analisar o que significa “buscar primeiro o
reino”.
˜ ˆ
Num discurso na Reuniao de Serviço, voce talvez pretenda ler Ma-
˜
teus 28:19. Que palavras deveria enfatizar? Se sua intençao for in-
ˆ ´
centivar diligencia em iniciar estudos bıblicos domiciliares, enfatize
´ ˜
“fazei discıpulos”. Mas se pretende considerar o dever cristao de en-
´ ˜
sinar a verdade bıblica a uma populaçao imigrante, por exemplo, ou
´
incentivar certos publicadores a servir onde a necessidade e maior,
´ ˜
podera enfatizar “pessoas de todas as naçoes”.
´
Muitas vezes, um texto e usado para responder a uma pergunta ou
ˆ
apoiar um argumento que outros consideram polemico. Se todas as
ˆ ˜
ideias no texto receberem a mesma enfase, os ouvintes talvez nao
150
ˆ
Leitura de textos com enfase adequada 151
˜ ´ ˆ ˜
percebam a relaçao. O ponto talvez seja obvio para voce, mas nao
para eles.
´ ´
Por exemplo, se ao ler o Salmo 83:18 numa Bıblia que contem o
ˆ ˆ ´
nome divino, voce colocar toda a enfase na palavra “Altıssimo”, o
˜ ´
morador talvez nao capte o fato, aparentemente obvio, de que Deus
´
tem nome. Deve-se frisar o nome “Jeova”. Mas, se o mesmo texto
´ ˆ ´
for usado numa palestra sobre a soberania de Jeova, a enfase prima-
´ ´
ria devera ser em “Altıssimo”. Similarmente, ao usar Tia-
ˆ ´
go 2:24 para mostrar a importancia de conjugar a fe com
˜ ˆ ´ COMO DESENVOLVER
a açao, dar enfase primaria a “declarado justo”, em vez ˆ
O USO DE ENFASE
de a “obras”, pode levar o ouvinte a desperceber o ponto. ˜
Com relaçao a qualquer
Outro bom exemplo se encontra em Romanos 15:7-13. texto que pretenda ler, per-
´ ´
E parte duma carta do apostolo Paulo a uma congrega- gunte-se: ‘Que sentimento
˜ ´ ˜
çao composta de gentios e de judeus naturais. O aposto- ou emoçao expressam essas
´ ˜ ´ palavras? Como devo trans-
lo argumenta que o ministerio de Cristo nao beneficia so miti-los?’
´
os judeus circuncisos, mas tambem pessoas de outras na- Analise os textos que pre-
˜ ˜
çoes, para que “as naçoes glorificassem a Deus pela sua tende usar. A respeito de
´ cada um deles, pergunte-se:
misericordia”. Depois, Paulo cita quatro textos, chaman- ´
˜ ˜ ‘A que objetivo servira esse
do a atençao a essa oportunidade para as naçoes. Como
ˆ ˜ texto? Que palavras devem
voce deveria ler essas citaçoes, de modo a frisar o que Pau- ser enfatizadas para atingir
lo tinha em mente? Se desejar assinalar palavras ou ex- esse objetivo?’
˜ ´
pressoes para serem enfatizadas, podera fazer isso em “as
˜ ´ ´ ˜ ´ ´
naçoes” no versıculo 9, “o naçoes” no versıculo 10, “o to-
˜ ´ ˜
das as naçoes” e “todos os povos” no versıculo 11, e “naçoes” no
´ ˆ
versıculo 12. Tente ler Romanos 15:7-13 com essa enfase. Ao fazer
´ ´
isso, a linha de argumento de Paulo ficara mais clara e mais facil de
entender.
´ ˆ
Metodos de enfase. As palavras que transmitem a ideia que se de-
´
seja destacar podem ser enfatizadas de muitas maneiras. Os meto-
´ ´
dos devem ser coerentes com o texto bıblico e com o carater geral
˜
da palestra. A seguir, algumas sugestoes.
ˆ
Enfase vocal. Isso envolve qualquer mudança na voz que destaque
˜
na sentença a palavra ou as expressoes que transmitem a ideia dese-
ˆ
jada. Pode-se dar enfase por aumentar — ou diminuir — o volume
´
da voz. Em muitas lınguas, uma mudança no tom da voz acrescenta
ˆ
152 Leitura de textos com enfase adequada
ˆ ´
enfase. Em outras, porem, isso pode mudar totalmente o sentido.
˜ ˜
A diminuiçao de ritmo em expressoes-chave acrescenta-lhes peso.
˜ ˜
Nos idiomas que nao permitem a entonaçao como meio de ressal-
tar certas palavras, deve-se fazer o que for costumeiro nesse idioma
a fim de obter os resultados desejados.
Pausas. Isso pode ser feito antes ou depois de ler a parte principal
do texto, ou em ambos os momentos. Pausar antes de ler uma ideia
˜
principal cria expectativa; pausar depois aprofunda a impressao cau-
´
sada. No entanto, se houver muitas pausas, nada se destacara.
˜ ´
Repetiçao. Pode-se enfatizar um ponto especıfico por parar e ler
˜ ´ ´
de novo a palavra ou a frase em questao. Um metodo preferıvel, em
´ ˜
muitos casos, e ler o texto inteiro e, em seguida, repetir a expressao-
chave.
˜
Gestos. Movimentos do corpo, bem como expressoes faciais, po-
˜
dem muitas vezes acrescentar emoçao a uma palavra ou frase.
Tom da voz. Em alguns idiomas, certas palavras podem ser lidas
´
num tom que influi no significado e as destaca. Tambem aqui se
˜
deve ter discriçao, em especial no uso de sarcasmo.
Quando outros leem textos. Ao ler um texto, o morador talvez
acentue as palavras erradas, ou nenhuma. O que se pode fazer? Via
´ ˜
de regra, e melhor esclarecer o sentido por meio de uma aplicaçao
˜ ˜
do texto. Depois da aplicaçao, pode-se dirigir atençao especial dire-
` ´
tamente as palavras na Bıblia que transmitem o ponto.
´
EXERCICIOS:
ˆ
(1) Analise um texto que voce pretende usar no serviço de campo. Treine a
´
leitura com sentimento apropriado. Tendo em mente como pretende usa-
ˆ
lo, leia o texto em voz alta com enfase na(s) palavra(s) certa(s). (2) Numa
˜ ´
publicaçao de estudo corrente, escolha um paragrafo que contenha textos
˜
transcritos. Analise como sao usados. Assinale as palavras que transmitem
´
a ideia do argumento. Leia o paragrafo inteiro em voz alta, acentuando ade-
quadamente os textos.
˜
APLICAÇ AO CORRETA DOS TEXTOS 22
ˆ
O que voce deve fazer?
˜ ´
Certificar-se de que todas as aplicaçoes de textos bıblicos se
´
harmonizem com o contexto e com a Bıblia como um todo.
˜ ´
As aplica ç oes devem harmonizar-se tamb em com o que o
“escravo fiel e discreto” tem publicado.
´ ´ ´
ENSINAR requer mais do que apenas ler versıculos da Bıblia. O apos-
´ ´
tolo Paulo escreveu ao seu associado Timoteo: “Faze o maximo
˜
para te apresentar a Deus aprovado, obreiro que nao tem nada de
que se envergonhar, manejando corretamente a palavra da verdade.”
— 2 Tim. 2:15.
˜ ´
Isso significa que a nossa explanaçao dos versıculos tem
´ ´ ´
de ser coerente com o que a propria Bıblia ensina. Exige POR QUE E IMPORTANTE?
levar em conta o contexto, em vez de simplesmente sele- ´ ´
˜ E algo serio ensinar a Palavra
cionar expressoes que nos agradem e acrescentar nossas de Deus. A vontade de Deus
´ ´ ´
proprias ideias. Por meio do profeta Jeremias, Jeova aler- e que as pessoas venham a
tou contra os profetas que diziam falar “da boca de ter “um conhecimento exato
´ ˜ da verdade”. (1 Tim. 2:3, 4)
Jeova”, mas que, na realidade, apresentavam “a visao do ˜
´ ˜ ´ Isso nos impoe o dever de
seu proprio coraçao”. ( Jer. 23:16) O apostolo Paulo aler- ensinar corretamente a Pala-
˜ ˜ vra de Deus.
tou os cristaos contra a contaminaçao da Palavra de Deus
com filosofias humanas, ao escrever: “Temos renunciado
` ˜ ˜
as coisas dissimuladas, que sao vergonhosas, nao andan-
´
do com astucia, nem adulterando a palavra de Deus.” Naqueles dias,
´
vendedores de vinho desonestos adicionavam agua ao vinho para
´ ˜
que rendesse mais e os lucros aumentassem. Nos nao adulteramos a
´ ˜
Palavra de Deus por mistura-la com filosofias humanas. “Nao somos
vendedores ambulantes da palavra de Deus, assim como muitos ho-
˜
mens sao”, declarou Paulo, “mas falamos em sinceridade, sim, como
enviados por Deus, sob a vista de Deus, em companhia de Cristo”.
— 2 Cor. 2:17; 4:2.
ˆ ´
Ocasionalmente, voce talvez cite um texto para realçar um princı-
´ ´ ´ ´
pio. A Bıblia esta repleta de solidos princıpios orientadores para lidar
˜ ´
com uma ampla variedade de situaçoes. (2 Tim. 3:16, 17) Mas e pre-
˜ ´
ciso certificar-se de explicar corretamente o texto e de nao usa-lo de
˜ ˆ
maneira errada, dando a impressao de que ele diz o que voce quer que
153
˜
154 Aplicaçao correta dos textos
˜
diga. (Sal. 91:11, 12; Mat. 4:5, 6) A aplicaçao tem de estar em harmo-
´ ´
nia com o proposito de Jeova e ser coerente com a inteira Palavra de
Deus.
´
‘Manejar corretamente a palavra da verdade’ inclui tambem captar
´ ´ ˜ ´
o espırito do que a Bıblia diz. Ela nao e um “cassetete” para golpear os
outros. Os instrutores religiosos que se opunham a Jesus Cristo cita-
vam as Escrituras, mas fechavam os olhos a assuntos mais relevantes,
´
que envolviam a justiça, a misericordia e a fidelidade — qualidades
exigidas por Deus. (Mat. 22:23, 24; 23:23, 24) Ao ensinar a
COMO DESENVOLVER Palavra de Deus, Jesus refletia a personalidade de seu Pai.
ESSA HABILIDADE O zelo de Jesus pela verdade era conjugado com profundo
´ amor pelas pessoas a quem ensinava. Devemos procurar
Leia a Bıblia com regularida-
de. Estude cuidadosamente seguir seu exemplo. — Mat. 11:28.
A Sentinela e prepare-se Como podemos ter certeza de que estamos aplicando
˜
bem para as reunioes con- ´
gregacionais. corretamente um texto? Ler regularmente a Bıblia ajuda.
´ ˜
Temos tambem de valorizar a provisao divina do “escra-
Certifique-se de saber o sig- ˜ ´
nificado de todas as vo fiel e discreto”, o corpo de cristaos ungidos pelo espı-
´
palavras nos textos que rito, por meio do qual Jeova supre de alimento espiritual
´ ´
pretende usar. Leia com cui- a famılia da fe. (Mat. 24:45) O estudo pessoal, bem como
dado o texto, para entender ˆ ` ˜ ˜
a frequencia as reunioes congregacionais, nos ajudarao a
corretamente o que diz.
nos beneficiar do ensino fornecido por meio da classe do
Acostume-se a fazer pesqui- escravo fiel e discreto.
˜ ˜
sas nas publicaçoes cristas. ´ `
Se o livro Raciocınios a Base das Escrituras estiver dispo-
´ ˆ ´ ´
nıvel no seu idioma e voce aprender a usa-lo com perıcia,
´ ` ˜ ˜ ´
tera a sua disposiçao a orientaçao necessaria para a apli-
˜ ˜
caçao correta de centenas de textos que sao frequentemente usados
´
no nosso ministerio. Se planejar usar um texto pouco conhecido, a
´ ´ ´
modestia o induzira a fazer a pesquisa necessaria para que, ao falar,
possa manejar corretamente a palavra da verdade. — Pro. 11:2.
˜
Faça aplicaçao clara. Ao ensinar outros, certifique-se de que ve-
˜
jam claramente a relaçao entre o assunto em pauta e os textos usa-
ˆ
dos. Se voce introduzir o texto com uma pergunta, os ouvintes de-
vem poder ver como ele responde a essa pergunta. Se usar o texto
˜
para apoiar uma declaraçao, certifique-se de que o estudante veja cla-
˜
ramente como o texto prova o ponto em questao.
ˆ ˜
Apenas ler o texto — mesmo com enfase — em geral nao basta.
˜ ´
Lembre-se, a pessoa mediana nao conhece bem a Bıblia, e provavel-
˜
Aplicaçao correta dos textos 155
˜ ´ ´
mente nao entendera o ponto com uma unica leitura. Dirija a aten-
˜ ` ˆ ´
çao a parte do texto que se aplica diretamente ao que voce esta con-
siderando.
Isso em geral exige que se isolem palavras-chave, aquelas que se
˜ ´
aplicam diretamente ao ponto em consideraçao. O metodo mais sim-
´
ples e repetir essas palavras que transmitem o sentido. Se estiver fa-
´
lando com apenas uma pessoa, podera fazer perguntas que a ajudem
a identificar as palavras-chave. Ao falar a um grupo, alguns orado-
ˆ
res preferem alcançar seu objetivo usando sinonimos ou repetindo a
ˆ ´
ideia. Mas, se voce escolher esse metodo, cuide de que os ouvintes
˜ ˜ ˜
nao percam de vista a relaçao entre o ponto em questao e as palavras
do texto.
ˆ
Tendo isolado as palavras-chave, voce lançou um bom fundamen-
ˆ
to. Prossiga, complementando o assunto. Voce deixou claro na in-
˜ ´
troduçao do texto por que o esta usando? Nesse caso, saliente como
as palavras que foram destacadas se relacionam com a expectativa
ˆ ´ ˜
que voce criou nos ouvintes. Explique claramente qual e essa relaçao.
˜ ˜ ˜
Mesmo que nao tenha feito a introduçao do texto de maneira tao cla-
˜
ra, deve haver alguma complementaçao.
´
Os fariseus fizeram a Jesus uma pergunta que achavam ser difıcil, a
´ ´
saber: “E lıcito que um homem se divorcie de sua esposa por qual-
ˆ
quer motivo?” Jesus baseou a resposta em Genesis 2:24. Note que ele
˜
focalizou a atençao em apenas uma parte do texto e, em seguida, deu
˜ ´
a explicaçao necessaria. Tendo destacado que o homem e sua esposa
´ ˆ
se tornam “uma so carne”, Jesus concluiu: “Portanto, o que Deus pos
˜
sob o mesmo jugo, nao o separe o homem.” — Mat. 19:3-6.
˜ ˜
Quanta explicaçao se deve dar para tornar clara a aplicaçao de um
´ ˆ
texto? O que deve determinar isso e o tipo de assistencia e a impor-
ˆ ˜
tancia do ponto em questao. Procure sempre falar com simplicidade
e sem rodeios.
` ´ ´
Raciocine a base das Escrituras. A respeito do ministerio do apos-
ˆ `
tolo Paulo em Tessalonica, Atos 17:2, 3 nos diz que ele ‘raciocinava a
´ ´
base das Escrituras’. Esta e uma habilidade que todo servo de Jeova
deve procurar desenvolver. Por exemplo, Paulo relacionou fatos da
´
vida e do ministerio de Jesus, mostrou que esses haviam sido predi-
tos nas Escrituras Hebraicas e, em seguida, concluiu enfaticamente:
´
“Este e o Cristo, este Jesus, que eu vos publico.”
˜
156 Aplicaçao correta dos textos
´
EXERCICIO
´
Raciocine a respeito do significado de 2 Pedro 3:7. Sera que esse texto prova
´ ´ ´
que a Terra sera destruıda por fogo? (Ao definir “terra”, considere tambem
´
o que significa “ceus”. Que textos mostram que “terra” pode ser usado em
´ ´
sentido figurado? Quem, ou o que, sera realmente destruıdo, conforme de-
´
clara o versıculo 7? Como isso se harmoniza com o que ocorreu nos dias de
´ ´
Noe, conforme mencionado nos versıculos 5 e 6?)
´ ´
ESCLARECER O VALOR PR ATICO DA MATERIA 23
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Ajudar os ouvintes a ver como a materia afeta a vida deles,
´
ou como podem usa-la beneficamente.
´ ˆ ˜
QUER fale a uma so pessoa, quer a uma grande assistencia, nao con-
´ ´ ´
vem presumir que seu assunto interessara aos ouvintes so porque
ˆ ´ ´
voce esta interessado nele. A sua mensagem e importante, mas se
ˆ ˜ ´ ´ ´ ˜
voce nao esclarecer o valor pratico e provavel que nao consiga reter
ˆ
por muito tempo o interesse da assistencia.
´ ˜
Isso se aplica ate mesmo aos ouvintes num Salao do Rei-
˜ ˆ ´
no. Talvez prestem atençao quando voce usa uma ilustra- POR QUE E IMPORTANTE?
˜ ˆ ˜ ˜
çao ou conta uma experiencia que ainda nao conhecem. Se nao puderem ver o va-
ˆ ´ ˆ
Mas talvez deixem a mente vaguear quando voce fala so- lor pratico do que voce diz,
´ ˜ as pessoas talvez lhe digam
bre coisas que ja sabem, em especial se nao forem usadas ˜ ˜
´ que nao estao interessadas,
como base para esclarecimentos adicionais. E preciso aju- ˜ ˜
´ ˜ ou nao prestem atençao,
da-los a ver por que e como as suas palavras sao de real be- permitindo que a mente
´
nefıcio para eles. vagueie.
´ ´
A Bıblia nos incentiva a pensar em termos praticos.
´ ˜ `
(Pro. 3:21) Jeova usou Joao Batista para conduzir o povo a
´
“sabedoria pratica dos justos”. (Luc. 1:17) Trata-se de sabedoria fun-
´
dada no temor salutar de Jeova. (Sal. 111:10) Os que valorizam essa
˜ ˆ
sabedoria sao ajudados a viver com exito agora e a alcançar a verda-
deira vida, a futura vida eterna. — 1 Tim. 4:8; 6:19.
´ ´
Como tornar pratico um discurso. Para que seu discurso seja pra-
ˆ ˜ ´ ´ ´
tico, voce precisa pensar bem nao so na materia, mas tambem nos
˜ ´
ouvintes. Nao os encare apenas como grupo. Esse grupo e composto
´ ´
de indivıduos e de famılias. Pode haver alguns bem jovens, adoles-
´
centes, adultos e idosos. Pode haver recem-interessados, bem como
´ ˆ
alguns que começaram a servir a Jeova antes de voce nascer. Al-
guns talvez sejam espiritualmente maduros; outros talvez ainda se-
´
jam muito influenciados por certas atitudes e praticas do mundo.
´
Pergunte-se: ‘De que modo a minha materia vai beneficiar os presen-
´
tes? Como posso ajuda-los a captar o ponto?’ Talvez decida dar aten-
˜
çao principal a apenas um ou dois dos grupos mencionados acima.
˜
Mas nao se esqueça totalmente dos outros.
157
´ ´
158 Esclarecer o valor pratico da materia
ˆ ´ ´
E se voce for designado para falar sobre um ensino bıblico basico?
´
Como pode tornar tal palestra proveitosa para ouvintes que ja creem
˜
nesse ensino? Procure fortalecer a convicçao deles. Como? Por ra-
ˆ ´ ´ ´
ciocinar sobre as evidencias bıblicas que o apoiam. Podera tambem
´
aprofundar o apreço deles por esse ensino bıblico. Pode-se fazer isso
ˆ ´
mostrando sua coerencia com outras verdades bıblicas e com a per-
´
sonalidade de Jeova. Use exemplos — da vida real se pos-
´ ˜
sıvel — que mostrem como a compreensao desse ensino
COMO FAZER ´
especıfico tem beneficiado as pessoas e influenciado sua
Ao preparar uma palestra, atitude para com o futuro.
˜
leve em conta nao apenas a ˜ ´ ˜
´ ´
materia, mas tambem os
Nao se limite a indicar o valor pratico da informaçao
˜
ouvintes. Apresente-a de com algumas breves observaçoes finais no discurso. Logo
´ ˆ
um modo que realmente os de inıcio, toda pessoa na assistencia deve pensar: “Isso
beneficie. ´
e para mim.” Depois de lançar a base, prossiga mostran-
˜ ´ ˜
Nao se limite a mostrar do o valor pratico da informaçao ao desenvolver cada um
´
o valor pratico apenas na dos pontos principais tanto no corpo do discurso como
˜
conclusao. Deixe-o evidente ˜
durante toda a palestra. na conclusao.
´
Ao preparar-se para dar tes- Ao mostrar o valor pratico, certifique-se de seguir os
´ ´
temunho, tenha em mente princıpios bıblicos. O que significa isso? Significa mostrar
o que preocupa as pessoas ´
´ o valor pratico de maneira amorosa e com empatia. (1 Ped.
no territorio. ˜ ´
3:8; 1 Joao 4:8) Mesmo lidando com problemas difıceis em
Ao dar testemunho, escute ˆ ´ ˜
Tessalonica, o apostolo Paulo fez questao de destacar os as-
o que a pessoa diz, e adap- ˜
˜
te sua apresentaçao ao que
pectos positivos do progresso espiritual de seus irmaos cris-
˜
ela disser. taos ali. E expressou confiança de que, no assunto que es-
˜
tava em discussao, eles desejariam agir de maneira correta.
˜
(1 Tes. 4:1-12) Que excelente padrao para imitar!
˜ ˜
A sua palestra visa estimular a participaçao na pregaçao e no ensino
´
das boas novas? Crie entusiasmo e apreço por esse privilegio. Mas te-
˜ ´
nha em mente que o grau de participaçao das pessoas varia, e a Bı-
˜ ˜
blia leva isso em conta. (Mat. 13:23) Nao sobrecarregue seus irmaos
com sentimentos de culpa. Hebreus 10:24 nos exorta a ‘estimular ao
`
amor e as boas obras’. Se estimularmos ao amor, as obras bem moti-
˜ ˆ
vadas virao como consequencia. Em vez de tentar obrigar as pessoas
˜ ´ ´
a seguir determinado padrao, reconheça que o que Jeova deseja e que
ˆ ´
promovamos a ‘obediencia por fe’. (Rom. 16:26) Com isso em men-
´
te, procuramos fortalecer a fe — tanto a nossa como a de nossos ir-
˜
maos.
´ ´
Esclarecer o valor pratico da materia 159
´ ´
Como ajudar outros a ver o valor pratico da materia. Ao dar tes-
˜ ´
temunho, nao deixe de destacar o valor pratico das boas novas. Para
´
tanto, e preciso ter em mente o que preocupa as pessoas no seu terri-
´ ´ ´
torio. Como se pode descobrir isso? Escute as notıcias, no radio ou
˜ ´
na televisao. Veja as manchetes no jornal. Tambem, procure envolver
as pessoas na palestra, e escute quando falam. Talvez descubra que lu-
tam com dificuldades prementes — perda de emprego, pagamento do
´
aluguel, doença, morte na famılia, perigo do crime, injustiça por par-
´
te de alguem em autoridade, ruptura do casamento, cuidar de filhos,
´ ´
e assim por diante. Pode a Bıblia ajuda-las? Com certeza.
´ ´ ´
Ao iniciar uma palestra, e provavel que ja tenha um assunto em
˜
mente. No entanto, se a pessoa manifestar mais preocupaçao com
˜
outra coisa, nao hesite em abordar isso, se puder, ou ofereça-se para
˜ ´ ˜
voltar com informaçoes uteis. Naturalmente, nao ‘nos intrometemos
˜
no que nao nos diz respeito’, mas temos prazer em indicar a outros os
´ ´ ´
conselhos praticos da Bıblia. (2 Tes. 3:11) O que mais impressionara
´ ´ ˜ ´ `
as pessoas, e obvio, sao os conselhos bıblicos que dizem respeito a
´
propria vida delas.
˜
Se a pessoa nao perceber como a nossa mensagem a afeta, talvez
encerre logo a palestra. Mesmo que nos permita falar, deixarmos de
´
mostrar o valor pratico do assunto pode significar que a mensagem
´
causara pouco efeito na vida dela. Por outro lado, se tornarmos claro
´ ´ ´
o valor pratico da materia, a palestra podera ser decisiva na vida da
pessoa.
´ ˜ ´
Ao dirigir estudos bıblicos, continue a ressaltar a aplicaçao pratica.
´
(Pro. 4:7) Ajude os estudantes a entender os conselhos, os princıpios
´
e os exemplos bıblicos que lhes indicam como andar nos caminhos
´ ´
de Jeova. Acentue os benefıcios de fazer isso. (Isa. 48:17, 18) Assim in-
´ ´
duzira os estudantes a fazer as necessarias mudanças na vida. Edifi-
´ ´
que neles amor a Jeova e desejo de agrada-lo, e permita que a motiva-
˜ ´
çao para aplicar os conselhos da Palavra de Deus venha do ıntimo.
´
EXERCICIO:
´ ´
Repasse exemplares de Nosso Ministerio do Reino disponıveis e escolha uma
˜ ´
ou duas apresentaçoes que, no seu entender, sejam especialmente praticas
´ ´
no seu territorio. Procure usa-las no serviço de campo.
24 ESCOLHA DE PALAVRAS
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Usar palavras que exprimam respeito e bondade, que sejam fa-
`
ceis de entender, que acrescentem variedade a sua palestra e
que transmitam vigor e sentimento apropriados. Usar palavras
˜
ou expressoes de acordo com as regras gramaticais.
˜ ˜
PALAVRAS sao importantes instrumentos de comunicaçao. Mas,
´
para que as nossas palavras cumpram um objetivo especıfico, temos
´
de seleciona-las com cuidado. Uma palavra que talvez seja apropria-
˜ ˆ
da numa ocasiao pode ter um efeito negativo em outras circunstan-
˜
cias. Se for mal usada, uma expressao espirituosa pode tornar-se uma
˜
“palavra que causa dor”. O uso de tais expressoes pode
´ simplesmente ser impensado, refletindo falta de consi-
POR QUE E IMPORTANTE? ˜ ˆ
Mostra respeito pela mensa-
deraçao. Certos termos tem duplo sentido, podendo um
ˆ deles ser ofensivo ou depreciativo. (Pro. 12:18; 15:1) Mas
gem que voce apresenta e
revela muita coisa sobre sua “a boa palavra” — uma palavra encorajadora — alegra o
atitude para com os ouvin- ˜
˜ coraçao daquele a quem se dirige. (Pro. 12:25) Encontrar
tes. Influencia a reaçao de
ˆ as palavras certas exige esforço, mesmo para o experiente.
outros ao que voce diz. ˜ ´
Salomao, diz a Bıblia, via a necessidade de procurar “pa-
lavras deleitosas” e “palavras corretas de verdade”. — Ecl.
12:10.
˜ ˜
Em alguns idiomas, certas expressoes sao usadas para se dirigir a
pessoas de mais idade ou que ocupam cargos de autoridade, ao pas-
˜ ˜
so que outras expressoes sao usadas para se dirigir a colegas ou aos
˜ ´
mais jovens. Desconsiderar tais convençoes e considerado indelica-
´ ´
do ou desrespeitoso. E tambem de mau gosto aplicar a si mesmo
˜
expressoes de respeito que o costume local reserva para outros. Na
˜ ´
questao de honrar, ou mostrar respeito, a norma da Bıblia talvez seja
mais elevada do que aquilo que a lei ou os costumes locais exijam.
˜
Ela exorta os cristaos a ‘honrar a homens de toda sorte’. (1 Ped. 2:17)
˜
Quem faz isso de coraçao fala de modo respeitoso a pessoas de qual-
quer idade.
˜ ˜ ˜
Naturalmente, muitos que nao sao cristaos verdadeiros usam lin-
guagem grosseira e vulgar. Talvez achem que esse tipo de linguagem
´
da mais força ao que dizem. Ou pode simplesmente refletir uma la-
160
Escolha de palavras 161
´ ´
mentavel pobreza de vocabulario. Para quem estava acostumado a
´
usar essa linguagem antes de aprender os caminhos de Jeova pode
´ ´ ´ ´ ´
ser difıcil largar o habito. Mas e possıvel. O espırito de Deus pode
˜ ´
ajudar a pessoa a mudar o seu padrao de linguagem. No entanto, e
´ ´
preciso tambem estar disposto a desenvolver um vocabulario repleto
´
de palavras boas — que transmitam o que e bom, que edifiquem — e
´ ´
daı usar essas palavras regularmente. — Rom. 12:2; Efe. 4:29; Col. 3:8.
´
Linguagem facil de entender. Um requisito fundamental da boa
´ ´
linguagem e que seja facil de entender. (1 Cor. 14:9)
Quem usa muitas palavras desconhecidas pode parecer COMO MELHORAR
´ ´ `
que esta falando numa lıngua estrangeira. ˜
A base das sugestoes des-
ˆ ´ ˜
Certas palavras tem um sentido especıfico entre pes- ta liçao, selecione apenas
˜ ˆ
soas de determinada profissao. Talvez usem tais termos um ponto que voce dese-
´ ´ ´ ja melhorar. Concentre-se
diariamente. Usa-los fora desse cırculo, porem, pode pre- ˆ
˜ ´ nele por um mes ou mais.
judicar a capacidade de comunicaçao. Alem disso, mes-
´ Tenha esse alvo em men-
mo que se use o vocabulario do cotidiano, prender-se a
te ao ler e ao ouvir
muitos detalhes pode levar os ouvintes a desviar a mente oradores capazes. Anote
para outros assuntos. ˜
expressoes que deseja
´ `
O orador consciencioso escolhe palavras que ate mes- incorporar a sua lingua-
˜
˜ ´ gem. Nao demore mais
mo os de pouca instruçao entendem. Imitando a Jeova, de um ou dois dias para
˜ ˜ ´ ´
ele mostra consideraçao ao “de condiçao humilde”. ( Jo usa-las.
´
34:19) Se achar mesmo necessario usar uma palavra pou-
´
co conhecida, deve usa-la em frases simples que deixem
claro seu sentido.
Palavras simples e bem escolhidas transmitem ideias com grande
˜
vigor. Frases curtas e simples facilitam a compreensao. Elas podem
ser intercaladas com algumas sentenças mais longas, para evitar o es-
´ ˆ ˜
tilo telegrafico. Mas, para passar ideias que voce faz questao que a as-
ˆ
sistencia grave, prefira palavras simples e sentenças concisas.
˜ ˜ ˜
Variedade e exatidao de declaraçoes. Boas palavras nao faltam.
˜ ˜
Em vez de usar sempre as mesmas expressoes para todas as situaçoes,
´
procure variar. Assim a sua linguagem sera tanto expressiva como
´
significativa. Como pode ampliar seu vocabulario?
˜
Ao ler, marque as palavras que nao conhece bem e procure-as num
´
dicionario. Selecione algumas delas e faça um empenho especial de
´ ´
usa-las, quando for apropriado. Certifique-se da pronuncia certa e de
´ ˜
usa-las num contexto em que sejam prontamente entendidas, e nao
162 Escolha de palavras
˜ ´ ´
apenas chamem atençao. Ampliar o vocabulario acrescentara varie-
` ´
dade a sua linguagem. Mas e preciso cautela — se a pessoa pronuncia
ou emprega mal uma palavra, outros talvez concluam que ela real-
˜ ´
mente nao sabe do que esta falando.
´ ´ ˜
Nosso objetivo ao ampliar o vocabulario e informar, nao impres-
sionar os ouvintes. Linguagem complexa e palavras compridas ten-
˜
dem a atrair atençao para quem fala. Nosso desejo deve ser passar
˜ ´
informaçoes valiosas e torna-las interessantes para quem as ouve.
´ ´ ´ ´
Lembre-se do proverbio bıblico: “A lıngua dos sabios faz bem com o
conhecimento.” (Pro. 15:2) O uso de palavras bem escolhidas, ade-
´
quadas e faceis de entender ajuda a tornar o nosso falar reanimador
´
e estimulante, em vez de monotono e desinteressante.
` ´
A medida que ampliar seu vocabulario, procure usar sempre a pa-
lavra certa. Duas ou mais palavras podem ter significados simila-
´ ˆ
res, porem ligeiramente diferentes, em diferentes circunstancias. Se
ˆ ´ ´
voce reconhecer isso, falara de maneira mais clara e evitara melin-
drar os ouvintes. Ouça atentamente as pessoas que falam bem. Al-
´ ˆ
guns dicionarios alistam sob cada palavra tanto seus sinonimos (pa-
ˆ
lavras que tem o mesmo ou quase o mesmo significado) como seus
ˆ ˆ ´
antonimos (palavras de significado oposto). Assim voce encontrara
˜ ˜ ´
nao apenas expressoes variadas para a mesma ideia, mas tambem di-
´ ´
ferentes nuanças de sentido. Isso e muito util quando estiver pro-
ˆ ´
curando a palavra certa para uma circunstancia especıfica. Antes de
´
acrescentar uma palavra ao seu vocabulario, certifique-se de que sai-
´ ´
ba o que ela significa, sua pronuncia e quando usa-la.
˜ ´
Expressoes especıficas transmitem um quadro mais claro do que
´
as genericas. O orador talvez diga: “Naquele tempo, muitas pessoas
adoeceram.” Ou poderia dizer: “Depois da Primeira Guerra Mundial,
˜
em poucos meses, cerca de 21 milhoes de pessoas morreram por cau-
sa da gripe espanhola.” Faz muita diferença quando o orador dei-
xa claro o que quer dizer com “naquele tempo”, “muitas pessoas” e
“adoeceram”! Expressar-se assim exige conhecer os fatos ligados ao
assunto e uma cuidadosa escolha de palavras.
´ ´
O uso da palavra certa pode tambem ajuda-lo a ir direto ao pon-
to sem ser verboso. A verbosidade tende a ofuscar ideias. A simplici-
dade facilita aos outros assimilar e reter fatos importantes. Ajuda a
transmitir conhecimento exato. O ensino de Jesus Cristo se destaca-
Escolha de palavras 163
´
EXERCICIO:
Ao se preparar para o estudo de A Sentinela ou para o Estudo de Livro
˜ ˜
de Congregaçao desta semana, escolha algumas palavras que nao conhe-
´ ´
ce bem. Procure-as num dicionario, se estiver disponıvel, ou fale a respeito
´ ´
de seu significado com alguem que tenha um bom vocabulario.
´
Palavras que desejo acrescentar ao meu vocabulario
˜
Para fins de variedade e exatidao Para transmitir vigor, sentimento ou expressividade
25 USO DE ESBOÇO
ˆ
O que voce deve fazer?
Falar com base num esboço, mental ou escrito, em vez de
usar um manuscrito, lendo palavra por palavra.
´
Organize as ideias. Para falar com base num esboço, e preciso or-
˜
ganizar as ideias. Isso nao significa selecionar as palavras que se pre-
tende usar. Significa simplesmente meditar no que se vai dizer.
No cotidiano, a pessoa impetuosa talvez diga certas coisas de que
depois se arrepende. Outra talvez fale um tanto sem objetivo, pas-
sando de uma ideia para outra. Pode-se combater essas duas ten-
ˆ
dencias por pausar e formular um esboço mental sim-
ples, antes de começar a falar. Primeiro, fixe seu objetivo COMO FAZER
´
na mente; a seguir, selecione os passos necessarios para Conscientize-se dos bene-
˜ ´
conseguir isso e, entao, comece a falar. fıcios de falar com base num
´ esboço.
Esta se preparando para o serviço de campo? Tire tem-
˜ ´
po nao apenas para arrumar a pasta ou a bolsa, mas tam- Na conversa diaria, organize
´ as ideias antes de falar.
bem para organizar as ideias. Se decidir usar uma apre-
˜ ´ A fim de ganhar a neces-
sentaçao sugerida em Nosso Ministerio do Reino, leia-a ´
´ saria confiança para falar
varias vezes para que as ideias principais fiquem bem cla-
ˆ usando um esboço, ore a
ras na mente. Enuncie a essencia disso em uma ou duas ´
` Jeova e habitue-se a partici-
frases curtas. Adapte a fraseologia ao seu estilo e as condi- ˜
par ativamente nas reunioes
˜ ´ ´ ´ ´ congregacionais.
çoes no territorio. Vera que e util ter um esboço mental.
´ ˜ ´ ´
O que podera incluir? (1) Como introduçao, podera men- Faça um esboço simples, fa-
cionar algo que preocupa a muitos na comunidade. Con- cil de ler num relance.
´
vide a outra pessoa a se expressar. (2) Tenha algo especıfi- Prepare-se para o proferi-
co a dizer sobre o assunto, incluindo um ou dois textos mento recapitulando ideias,
˜
nao decorando palavras.
que mostrem o que Deus prometeu fazer para solucionar
´ ´
o assunto. Se tiver oportunidade, frise que Jeova fara isso
por meio de seu Reino, um governo celestial. (3) Incenti-
˜
ve a pessoa a fazer algo com relaçao ao que foi considera-
´ ˜ ´ ´
do. Podera oferecer alguma publicaçao bıblica ou um estudo bıblico,
˜
e marcar uma nova ocasiao para continuar a conversa.
´ ´ ´ ´
E provavel que o unico esboço de que precisara para essa apresen-
˜
taçao seja um esboço mental. Se desejar consultar um esboço escrito
´
antes da primeira visita, esse provavelmente se resumira a algumas
˜
palavras de introduçao, um ou dois textos e uma breve nota sobre o
˜
que pretende dizer na conclusao. Preparar e usar um esboço assim
˜
evita a divagaçao, ajudando-nos a apresentar uma mensagem clara,
´
facil de ser lembrada.
˜ ´
Se alguma pergunta ou objeçao for comum no seu territorio, po-
´ ´
dera ser util fazer uma pesquisa sobre o assunto. Em geral, bastam
168 Uso de esboço
ˆ ´
dois ou tres pontos basicos, junto com textos que os apoiem. Em
´ ´ ´
“Topicos Bıblicos Para Palestrar”, ou nos subtıtulos em negrito no li-
´ ` ˆ
vro Raciocınios a Base das Escrituras, voce pode encontrar exatamen-
˜
te o esboço de que precisa. Talvez encontre uma boa citaçao de outra
fonte que queira incluir. Faça um breve esboço escrito, anexe uma
´ ˜
copia da citaçao e junte isso ao seu equipamento para o serviço de
˜
campo. Quando um morador apresentar a pergunta ou a objeçao,
ˆ ˜
diga-lhe que voce aprecia a oportunidade de explicar a razao de sua
crença. (1 Ped. 3:15) Use o esboço como base para a resposta.
´
Ao orar em nome da famılia, de um grupo de estudo de livro ou da
˜ ´ ´ ´
congregaçao, tambem e benefico organizar as ideias. Segundo Lucas
´
11:2-4, Jesus forneceu aos seus discıpulos um esboço simples de ora-
˜ ˜ ´ ˜
çao significativa. Na dedicaçao do templo em Jerusalem, Salomao
˜
fez uma longa oraçao. Obviamente, ele meditou antes no assunto.
˜ ´
Primeiro focalizou a atençao em Jeova e em Sua promessa feita a
˜ ´
Davi. Em seguida no templo e, depois, em situaçoes especıficas e em
grupos de pessoas. (1 Reis 8:22-53) Podemos aprender desses exem-
plos.
´
Mantenha o esboço simples. Seu esboço sera usado num discur-
so? Quanta coisa deve incluir?
´ ´
Lembre-se de que o objetivo de um esboço e ajuda-lo a lembrar de
ideias. Talvez ache proveitoso escrever algumas sentenças como in-
˜ ˜
troduçao. Mas depois disso focalize ideias, nao palavras. Se colocar
essas ideias em forma de sentenças, prefira sentenças curtas. Os pou-
cos pontos principais que planeja elaborar devem destacar-se nitida-
mente no esboço. Pode-se conseguir isso por escrever esses pontos
´ ´ ´
com letras maiusculas, sublinha-los ou ressalta-los com um marca-
dor de texto. Sob cada ponto principal, aliste as ideias que deseja
ˆ
usar ao desenvolve-lo. Anote os textos que pretende ler. Via de regra,
´ ˆ ´ ´ ˜
e melhor le-los diretamente na Bıblia. Anote tambem as ilustraçoes
´ ˜
que deseja usar. Talvez queira incluir tambem uma citaçao secular
significativa e apropriada. Use notas suficientemente extensas para
´ ´
poder apresentar fatos especıficos. O esboço sera mais funcional se
´
for nıtido e ordeiro.
´
Alguns usam esboços bem basicos. Talvez consistam em poucas
˜ ´ ´
palavras-chave, anotaçoes de textos que o orador citara de memoria
e desenhos ou figuras que o ajudem a lembrar ideias. Com essas no-
Uso de esboço 169
´ ´
tas simples, o orador pode apresentar a materia em ordem logica e
´ ˜
num tom conversante. Esse e o objetivo desta liçao.
´ ˆ ´
Nas paginas 39 a 42 deste livro, voce encontrara o estudo “Como
´ ´ ´
elaborar um esboço”. Sera muito util ler essa materia quando for
designado para observar “Uso de esboço”.
´ ˜ ´
Como usar o esboço. Seu alvo neste ponto, porem, nao e simples-
´
mente preparar seu discurso em forma de esboço. E usar bem o es-
boço.
´ ˜
O primeiro passo no uso do esboço e a preparaçao para o proferi-
mento. Verifique o tema, leia cada um dos pontos principais e diga
˜
para si mesmo que ligaçao cada um deles tem com o tema. Anote
quanto tempo pode ser concedido a cada ponto principal. Em se-
guida, volte ao começo e estude o primeiro ponto principal. Reveja
˜
os argumentos, os textos, as ilustraçoes e os exemplos que pretende
´ ´ ´
usar para elaborar esse ponto. Repasse a materia varias vezes, ate que
˜ ˆ
essa seçao do discurso esteja bem clara para voce. Faça o mesmo com
todos os outros pontos principais. Considere o que se poderia omi-
´ ˜ ´
tir, se necessario, para nao passar do tempo. Daı, repasse o discurso
˜ ˜
inteiro. Concentre-se nas ideias, nao nas palavras. Nao decore o dis-
curso.
Ao proferir a palestra, deve-se manter um bom contato visual com
ˆ ˆ
a assistencia. Depois de ler um texto, em geral voce deve poder expli-
´ ´ ´
ca-lo usando so a Bıblia, sem voltar para conferir com o esboço. Si-
˜
milarmente, se usar uma ilustraçao, apresente-a como se estivesse
ˆ ˜
falando a amigos, em vez de le-la no esboço. Ao falar, nao olhe para
˜ ˆ
o esboço para ler sentença por sentença. Fale de coraçao, e voce to-
´ ˜
cara o coraçao dos ouvintes.
ˆ
Quando tiver dominado a arte de falar com base num esboço, voce
´
tera dado um passo muito importante para tornar-se um bom orador
´
publico.
´
EXERCICIO:
Antes de ir ao serviço de campo nesta semana, prepare um esboço mental
´ ´ ´
de algo especıfico que deseja dizer. (Veja a pagina 167, paragrafo 3.) No
ˆ
serviço de campo, anote quantas vezes voce conseguiu falar o que planeja-
ˆ
va ou, pelo menos, declarar a essencia da mensagem.
˜ ´ ´
26 APRESENTAÇ AO LOGICA DA MATERIA
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Organizar a materia de modo que fique claro como as ideias
˜ ˆ
se relacionam entre si e com as conclusoes a que voce che-
gar, ou com o objetivo que pretende alcançar.
´ ´ ˆ
ANTES de poder organizar a materia de maneira logica, voce preci-
´
sa ter em mente um objetivo. E esse objetivo apenas informar ou-
tros a respeito de determinado assunto — uma crença, uma atitude,
uma qualidade, um tipo de conduta ou um modo de vida? Espera
´
provar ou refutar certo conceito? Seu alvo e edificar apreço por algo
` ˜ ´
ou motivar a açao? Quer apresente a materia a uma pes-
´ ˆ ˆ
POR QUE E IMPORTANTE? soa, quer a muitos ouvintes, faze-lo com eficiencia exige
˜ ´
As informaçoes apresenta- levar em conta o que eles ja sabem a respeito do assunto
´ ˜ ´
das de maneira logica sao e como o encaram. Feito isso, esboce a materia de modo
´ ˆ
mais faceis para a assisten- que o ajude a atingir seu objetivo.
cia entender, aceitar ´
e gravar. A respeito do ministerio de Saulo (Paulo) em Damas-
co, Atos 9:22 relata que ele deixava perplexos “os judeus
que moravam em Damasco, ao provar logicamente que
´ ´
[Jesus era] o Cristo”. O que incluıa essa prova logica? Como indica
´
o registro do ministerio posterior de Paulo em Antioquia e em Tes-
ˆ
salonica, ele se baseava no fato de que os judeus aceitavam as Es-
crituras Hebraicas e professavam crer no que elas diziam a respeito
do Messias. Em seguida, Paulo selecionava trechos dessas Escrituras
´
que tratavam da vida e do ministerio do Messias. Ele os citava e os
comparava com o que realmente havia ocorrido com Jesus. Por fim,
` ˜ ´ ´
chegava a conclusao obvia, a saber, que Jesus e o Cristo, ou Messias.
ˆ ´ ´
(Atos 13:16-41; 17:2, 3) Se voce tambem apresentar verdades bıbli-
´ ˜
cas de maneira logica, estas poderao persuadir outros.
˜ ´
Como organizar a apresentaçao. A materia pode ser colocada em
´ ´ ´
ordem de varias maneiras logicas. Se achar vantajoso, podera usar
˜ ´
uma combinaçao de metodos. Considere algumas possibilidades.
´ ´ ˜
Arranjo por topicos. Isso significa organizar a materia em seçoes,
˜
cada qual contribuindo para seu objetivo. As seçoes podem ser pon-
170
˜ ´ ´
Apresentaçao logica da materia 171
˜ ´
Problema e soluçao. No ministerio de campo, abordar um proble-
˜ ˜
ma de preocupaçao geral e mostrar que existe uma soluçao satisfa-
´
toria pode incentivar a pessoa a escutar. Pode ser um problema sus-
ˆ
citado por voce, ou algo que a pessoa apresente.
Como exemplos de tais problemas pode-se usar a realidade do en-
ˆ ˆ
velhecimento e da morte, a prevalencia do crime ou a existencia
˜ ´ ˜
de ampla injustiça. Nao e preciso uma longa exposiçao para provar
ˆ ´ ´
a existencia desses problemas, pois e obvia. Comece simplesmente
˜
mencionando o problema e, em seguida, apresente a soluçao que a
´
Bıblia oferece.
Por outro lado, o problema pode ser bem pessoal, como os desa-
´ ˆ
fios de alguem que cria sozinho os filhos, o desanimo causado por
˜ ´ ˜ ´
uma doença grave ou a afliçao de alguem que nao e tratado com
´
amor. Para obter o melhor resultado, e preciso primeiro ser bom ou-
´ ˜
vinte. A Bıblia fornece informaçoes valiosas a respeito de todos es-
ses problemas. Mas ela deve ser usada com discernimento. Para que
´
suas palavras realmente edifiquem a outra pessoa, e preciso ser rea-
´ ˜
lista. Deixe claro se esta considerando uma soluçao definitiva, um
´ ´ ˜
alıvio temporario ou simplesmente como suportar uma situaçao
˜
que nao vai mudar neste sistema. Ou seja, certifique-se de que sua
˜ ´ ˜ ˆ
argumentaçao bıblica forneça base para a conclusao que voce tira
˜ ˜ ˆ ´
dela. Senao, a soluçao que voce aponta pode parecer totalmente ilo-
gica para a pessoa.
´ ´
Ordem cronologica. Certas materias prestam-se a uma apresenta-
˜ ˆ ˜
çao sequencial. Por exemplo, no livro de Exodo, as dez pragas sao
´
apresentadas na ordem em que ocorreram. A lista que o apostolo
´
Paulo fez de homens e mulheres cuja fe foi exemplar, em Hebreus,
´ ˜ ´
capıtulo 11, segue um padrao cronologico.
˜ ´
A relaçao de eventos do passado em ordem cronologica pode aju-
ˆ ˆ
dar a assistencia a entender como certas circunstancias surgiram.
` ´
Isso se aplica tanto a historia moderna como a eventos dos tempos
´ ˆ ´
bıblicos. Assim, pode-se combinar sequencia cronologica com argu-
ˆ
mentos de causa e efeito. Se voce planeja delinear os eventos futu-
´ ˜ ´ ´
ros preditos na Bıblia, a apresentaçao cronologica certamente sera a
´ ˆ
mais facil para a assistencia acompanhar e gravar.
´ ´ ˜ ´
O metodo cronologico nao significa começar sempre do inıcio.
Em certos casos, pode ser mais eficaz iniciar a narrativa apresentan-
˜ ´ ´
Apresentaçao logica da materia 173
ˆ
do um ponto alto do acontecimento. Ao relatar uma experiencia,
˜
por exemplo, talvez queira falar sobre certa ocasiao em que a inte-
´ `
gridade de alguem a Deus foi posta a prova. Tendo suscitado o inte-
´
resse por essa parte da narrativa, podera declarar em ordem crono-
´
logica os detalhes que levaram a isso.
´
Usar apenas materia relevante. Independentemente de como
ˆ ´ ´
voce organiza a materia, use apenas o que e relevante. O tema da
´ ´
palestra deve influir na escolha. E preciso levar em conta tambem
ˆ ˆ
o tipo de assistencia. Para determinada assistencia um certo ponto
´ ´
pode ser vital, ao passo que para outra pode ser superfluo. E preciso
´ ´
tambem certificar-se de que toda a materia contribua para alcançar
´ ˜
o objetivo. Do contrario, mesmo que a apresentaçao seja interessan-
´
te, podera deixar de ser eficaz.
´
Ao pesquisar, talvez encontre muita materia interessante liga-
da ao assunto. Quantos pontos deve usar? Se inundar os ouvin-
˜ ´
tes com muita informaçao podera perder o objetivo. Poucas ideias
˜
principais, bem elaboradas, serao mais bem lembradas do que uma
˜ ˜
profusao de ideias apresentadas rapidamente. Isso nao significa que
˜
nunca se deva incluir detalhes interessantes. Mas nao permita que
obscureçam seu objetivo. Note quantos detalhes foram criteriosa-
´ ´ ˜
mente incluıdos na Bıblia em Marcos 7:3, 4 e Joao 4:1-3, 7-9.
˜ ˜
Ao passar de um ponto para outro, nao o faça tao abruptamente
ˆ
que a assistencia perca o fio da meada. Para que as ideias se com-
plementem, pode ser preciso estabelecer uma ponte entre elas. Essa
˜
ponte pode ser uma expressao ou uma sentença completa que mos-
˜ ´
tre a relaçao entre as ideias. Em muitas lınguas, podem ser usadas
˜
palavras ou frases conectivas, simples, para mostrar a ligaçao duma
nova ideia com a anterior.
´ ´ ´
Usar apenas materia relevante e coloca-la em ordem logica o aju-
´
dara a atingir o seu objetivo.
´
EXERCICIO:
˜
Depois de ler esta liçao, recapitule-a num ritmo moderado e extraia a es-
ˆ ´ ´
sencia de cada paragrafo. Note como cada paragrafo contribui para alcançar
˜
o objetivo da liçao inteira.
ˆ
27 PROFERIMENTO ESPONTANEO
ˆ
O que voce deve fazer?
Preparar bem as ideias do discurso, mas escolher as palavras
de forma natural no decorrer do proferimento.
ˆ ´ ´
VOCE se esforçou muito para preparar o discurso. A materia e ins-
ˆ ´ ´ ´
trutiva, voce usa uma logica irrefutavel e seu proferimento e fluen-
˜
te. Mas se os ouvintes nao se concentrarem no discurso, escutando
˜
apenas trechos dele porque estao pensando em outros assuntos, sua
˜ ˜ ´
apresentaçao nao sera eficaz. Caso tenham dificuldades para se con-
´ ´
centrar no discurso, acha provavel que a materia toque o
´ ˜
POR QUE E IMPORTANTE?
seu coraçao?
ˆ ´ ´
O proferimento espontaneo Qual e a causa desse problema? Varios fatores podem es-
´ ´ ´ ˜
e o metodo mais eficaz de tar envolvidos. Um dos mais comuns e o orador nao dei-
prender o interesse da assis- ˆ
ˆ ´
xar que as palavras fluam de modo espontaneo, ou seja,
tencia e motiva-la. ˆ
ele consulta as notas com muita frequencia ou seu estilo
´ ˜
de proferimento e formal demais. Esses problemas estao
`
diretamente ligados a maneira de preparar o discurso.
ˆ
Se voce primeiro escrever um manuscrito do discurso e depois ten-
´ ´ ´
tar transforma-lo num esboço, provavelmente achara difıcil falar de
ˆ ˆ ´
modo espontaneo. Por que? Porque tera escolhido exatamente que
palavras pretende usar. Mesmo que use o esboço durante o proferi-
´
mento, tentara se lembrar das palavras que usou no manuscrito. Na
ˆ
linguagem escrita, usa-se um estilo mais formal e as sentenças tem
uma estrutura mais complexa do que na linguagem do dia a dia. Isso
vai se refletir no seu proferimento.
Em vez de escrever todos os detalhes do discurso, experimente o se-
guinte: (1) Escolha um tema e seus aspectos principais. Em um dis-
curso curto, talvez bastem dois pontos principais; num mais longo,
pode-se usar quatro ou cinco. (2) Abaixo de cada ponto, escreva os
´ ´
principais textos bıblicos que pretende usar; anote tambem as ilustra-
˜ ˜ ´ ´
çoes e os argumentos-chave. (3) Pense numa introduçao. Podera ate
mesmo escrever uma ou duas sentenças que pretende usar. Prepare
´ ˜
tambem a conclusao.
´ ´
E claro que e muito importante preparar-se para o proferimento.
˜ ´
Mas nao repita o discurso palavra por palavra tentando memoriza-
174
ˆ
Proferimento espontaneo 175
ˆ
tempo. Se voce inserir muitas ideias adicionais durante o discurso,
´ ´
sera difıcil terminar no tempo certo. Para evitar isso, anote no esbo-
˜
ço o tempo programado para cada seçao do discurso e apegue-se ao
tempo estipulado.
´
Outro perigo, em especial no caso de oradores experientes, e o ex-
´ ˆ
cesso de autoconfiança. Acostumados a falar em publico, alguns tem
facilidade em juntar algumas ideias e preencher o tempo designado.
Mas, se formos humildes e reconhecermos que participamos em um
´ ´ ´
programa educativo no qual o proprio Jeova e o Grandioso Instrutor,
´ ˜
nos nos sentiremos motivados a preparar bem todas as designaçoes,
˜
recorrendo a Ele em oraçao. — Isa. 30:20; Rom. 12:6-8.
Uma das coisas que mais preocupam os oradores inexperientes
´
nesse tipo de proferimento e esquecerem-se do que planejavam di-
˜
zer. Nao permita que tal medo o impeça de desenvolver essa caracte-
´ ´ ´
rıstica de oratoria que o ajudara a se tornar um bom orador. Prepare-
´ ´ ˜
se bem e peça a Jeova que o ajude por meio do Seu espırito. — Joao
14:26.
ˆ
Outros oradores evitam o proferimento espontaneo porque se
´
preocupam demais com a escolha das palavras. E verdade que um
ˆ ˜ ´ ´
discurso espontaneo nao tera o vocabulario cuidadosamente escolhi-
˜
do nem a exatidao gramatical de um discurso manuscrito. Contu-
´ ´
do, um agradavel estilo conversante mais do que compensara isso. As
˜ ˜
pessoas sao mais receptivas quando as ideias sao apresentadas com
´ ˆ
palavras faceis de entender e em sentenças simples. Se voce se pre-
˜ ˜
parar bem, as frases surgirao naturalmente, nao porque as memori-
zou, mas porque repassou bastante as ideias. E se usar boa linguagem
´
nas conversas do dia a dia, fara isso naturalmente quando estiver no
palco.
´
Que tipo de notas usar. Com o tempo e a pratica, possivelmen-
´
te conseguira reduzir o esboço, anotando poucas palavras para cada
´
ponto do discurso. Anote os pontos, bem como os textos bıblicos que
˜
pretende usar, num cartao ou numa folha de papel que possa ser con-
´ ´
sultada facilmente. No ministerio de campo, em geral e mais conve-
niente memorizar um esboço simples. Se pesquisou um assunto para
˜
uma revisita, faça algumas anotaçoes breves num pedaço de papel
´ ´
e guarde-o entre as paginas da Bıblia. Ou pode simplesmente ba-
˜ ´ ´
sear sua explicaçao nos “Topicos Bıblicos para Palestrar” ou no livro
´ `
Raciocınios a Base das Escrituras.
ˆ
Proferimento espontaneo 177
´ ˆ ´
Mas, se num perıodo de poucas semanas voce tiver varias designa-
˜ ˜ ´
çoes nas reunioes e possivelmente alguns discursos publicos, talvez
seja melhor preparar notas mais extensas. Com que objetivo? Para
´ ˜
refrescar a memoria antes de cumprir cada uma dessas designaçoes.
ˆ `
Mesmo assim, se voce se apegar demais as notas durante o profe-
´
rimento — olhando-as em quase toda sentença —, os benefıcios do
ˆ ˜
proferimento espontaneo se perderao. Se usar notas mais extensas,
marque-as para que possa consultar com facilidade apenas algumas
palavras e textos destacados que constituem o esboço.
ˆ
Embora oradores experientes falem de modo espontaneo durante
a maior parte do discurso, pode haver vantagens em usar outras for-
mas de proferimento. Por exemplo, pode ser proveitoso decorar algu-
˜ ˜ ´
mas sentenças para usar na introduçao e na conclusao, onde e preci-
ˆ ˜
so combinar o bom contato com a assistencia com declaraçoes fortes
˜
e cuidadosamente fraseadas. Ao mencionar fatos, cifras, citaçoes ou
´ ´ ˆ
textos bıblicos, e apropriado le-los, para causar mais impacto.
˜ `
Quando nos pedem uma explicaçao. As vezes, precisamos expli-
car nossas crenças totalmente de improviso, como, por exemplo,
´ ˜
quando alguem no serviço de campo levanta uma objeçao, ou ao
darmos testemunho a parentes, colegas de trabalho e de escola. Tam-
´ ˜
bem as autoridades podem pedir explicaçoes sobre nossas crenças e
nosso modo de vida. As Escrituras nos aconselham a estar ‘sempre
prontos para fazer uma defesa perante todo aquele que reclamar de
´ ˜ ´
nos uma razao para a nossa esperança, fazendo-o, porem, com tem-
peramento brando e profundo respeito’. — 1 Ped. 3:15.
˜ ´
Note como Pedro e Joao responderam ao Sinedrio judaico, con-
forme Atos 4:19, 20. Em apenas duas sentenças, eles explicaram cla-
˜
ramente sua posiçao. Fizeram isso de um modo apropriado para
ˆ ´
a assistencia: mostraram que tanto os apostolos como o tribunal se
˜ ˆ ˜
confrontavam com a mesma questao. Mais tarde, Estevao foi alvo de
˜
acusaçoes falsas e compareceu perante o mesmo tribunal. Leia em
Atos 7:2-53 sua convincente resposta proferida de improviso. Como
´ ´
ele organizou a materia? Apresentou os eventos em ordem cronolo-
´
gica. No momento apropriado, passou a destacar o espırito rebelde
˜ ˜ ´
mostrado pela naçao de Israel. Em conclusao, indicou que o Sine-
´
drio havia demonstrado o mesmo espırito ao mandar matar o Filho
de Deus.
ˆ
178 Proferimento espontaneo
´
EXERCICIOS:
´
(1) Ao preparar-se para o estudo de A Sentinela, crie o habito de sublinhar
˜
apenas expressoes-chave, em vez de sentenças inteiras. Responda em suas
´ ´ ˜
proprias palavras. (2) Quando preparar sua proxima designaçao para a es-
´ ˆ
cola, comece repetindo de memoria o tema e os dois ou tres pontos
principais.
ESTILO CONVERSANTE 28
ˆ
O que voce deve fazer?
´ ´
Falar como na conversa diaria, porem adaptado aos ouvintes.
´
DE MODO geral, as pessoas se sentem descontraıdas ao conversar
ˆ ˜
com amigos e falam de maneira espontanea. Algumas sao animadas;
´
outras, mais reservadas. Apesar disso, falar com naturalidade e algo
que sempre cativa.
´ ˜ ´ ´
Ao falar com um desconhecido, porem, nao e proprio mostrar mui-
ta intimidade ou ser informal demais. De fato, em algu-
mas culturas, toda conversa com desconhecidos começa ´
POR QUE E IMPORTANTE?
de modo bem formal. Depois de ter sido demonstrado
´ O estilo conversante apro-
o devido respeito, pode ser aceitavel usar, com discerni- `
priado deixa os ouvintes a
mento, uma linguagem menos formal e mais conver- vontade e ajuda-os a serem
sante. receptivos ao que se diz.
´ ´
Ao falar da tribuna, tambem e preciso ter cuidado. Um
estilo excessivamente informal detrai da dignidade da
˜ ˜
reuniao crista e da seriedade do que se diz. Em alguns
´
idiomas, exigem-se formas de tratamento especıficas ao se dirigir
` `
as pessoas mais velhas, aos professores, as autoridades ou aos pais.
(Note os termos usados em Atos 7:2 e 13:16.) Nas conversas entre ma-
´ ˜
rido e mulher ou entre amigos ıntimos sao usadas outras formas de
˜
tratamento. Embora nao precisemos falar de maneira muito formal
na tribuna, devemos ser respeitosos.
´
Mas ha fatores que podem fazer com que o proferimento soe des-
´ ´
necessariamente rıgido ou formal. Um desses e a estrutura das sen-
tenças, ou a fraseologia. Esse problema surge quando o orador ten-
˜
ta repetir expressoes exatamente como aparecem no texto impresso.
´ ´
A palavra escrita em geral e muito diferente da palavra falada. E ver-
´
dade que, via de regra, a pesquisa para um discurso e feita em ma-
´ ´
teria publicada e, em muitos casos, a base do discurso e um esboço
ˆ ˜
impresso. Mas se voce expressar as ideias exatamente como estao im-
´ ´
pressas, ou se as ler diretamente do esboço, e pouco provavel que soe
natural. Para que seu estilo seja conversante, expresse as ideias com
´
suas proprias palavras e evite sentenças complicadas.
179
180 Estilo conversante
´ ˜ ´
Outro fator e a variaçao de ritmo. A linguagem rıgida e formal mui-
tas vezes faz com que as palavras sejam ditas em intervalos muito
´
uniformes e num ritmo constante demais. Na conversa normal, ha
˜
mudanças de ritmo e frequentes pausas de duraçoes variadas.
ˆ ´
Ao se dirigir a uma assistencia numerosa, alem de falar em estilo
´
conversante e preciso aumentar o volume, a intensidade e
˜
COMO DESENVOLVER
o entusiasmo, para prender a atençao.
ESSA QUALIDADE Para usar um estilo conversante e apropriado para o mi-
´ ´ ˆ
O primeiro passo e ter a nisterio, voce deve habituar-se a falar bem todos os dias.
atitude correta para com ˜ ´ ´
Isso nao significa que seja necessario ter um alto nıvel de
os ouvintes. Encare-os como ˜ ´ ´
˜ instruçao. Mas e bom cultivar habitos de linguagem que
amigos, mas nao seja in- ˆ
formal demais. Trate-os com motivem outros a ouvir com respeito quando voce fala.
respeito. Com isso em mente, veja se precisa melhorar em alguns
˜ ´
Fale espontaneamente. Nao dos seguintes pontos na sua conversa diaria:
tente usar exatamente a ˜ ´
´ (1) Evite expressoes que violem a gramatica ou que
mesma fraseologia da mate- ´ ˜
tendam a associa-lo com pessoas cujo modo de vida nao
ria impressa, mas exponha ˜
as ideias nas suas proprias
´ condiz com os padroes divinos. Em harmonia com o con-
palavras. Use sentenças cur- selho em Colossenses 3:8, evite linguagem grosseira ou
˜ ´
tas e varie o ritmo. vulgar. Por outro lado, a linguagem coloquial nao e obje-
´ ˜ ˜
Concentre-se no desejo de tavel. Os coloquialismos, ou expressoes do dia a dia, sao
se comunicar. Fale de cora- ˜
˜ ´ informais, mas se ajustam a padroes de linguagem acei-
çao. O importante e a tos.
˜ ˜
mensagem, nao a impressao ˜
ˆ (2) Evite usar sempre as mesmas expressoes e frases
que voce causa nos outros.
Melhore a sua linguagem para transmitir suas ideias. Procure aprender a usar pala-
´ ´ ˆ
diaria. Ponha em pratica, vras que expressem claramente o que voce quer dizer.
˜
uma por vez, as sugestoes (3) Antes de começar a falar, tenha bem em mente o
´
dadas nesta pagina. ´ ˜ ´
que deseja dizer; isso evitara regressoes desnecessarias.
(4) Evite ofuscar boas ideias com palavras demais. Ha-
bitue-se a expor claramente numa sentença simples o ponto a ser
lembrado.
(5) Fale de modo respeitoso.
´
EXERCICIO:
´
Verifique seus habitos de linguagem. Procure aplicar os cinco pontos acima,
concentrando-se em apenas um por vez, durante um dia inteiro. Sempre
´
que cometer um erro, expresse de novo a ideia, pelo menos na propria men-
te, usando a linguagem correta.
QUALIDADE DA VOZ 29
ˆ
O que voce deve fazer?
˜ ´
Melhorar a voz, nao por imitar alguem, mas por respirar cor-
´
retamente e relaxar os musculos.
˜ ˜
AS PESSOAS sao muito influenciadas nao apenas pelo que se diz, mas
´ ˜ ´ ˆ
tambem por como se diz. Nao e verdade que voce se sente mais pro-
´ ´
penso a escutar uma voz agradavel, calorosa, amigavel e bondosa do
´
que uma voz fria ou rıspida?
˜ ´ ˜ ˆ
Desenvolver boa qualidade de voz nao e mera questao de meca-
´
nica vocal, mas tambem tem a ver com a personalidade.
` ´
A medida que adquire conhecimento e aplica as verda- POR QUE E IMPORTANTE?
´
des bıblicas, a pessoa muda o modo de falar. Qualidades A boa qualidade da voz aju-
divinas tais como amor, alegria e bondade se refletem na da os ouvintes a relaxar e
´ ´
voz. (Gal. 5:22, 23) Quando a pessoa se preocupa genui- a escutar com prazer. A ma
namente com outros, a sua voz revela isso. Quando a gra- qualidade da voz prejudica
˜
˜ ˆ ´ a comunicaçao e pode frus-
tidao substitui um cronico espırito de queixa, tanto as pa- ˆ
trar o orador e a assistencia.
lavras como o tom da voz evidenciam isso. (Lam. 3:39-42;
˜ ´ ´
1 Tim. 1:12; Judas 16) Nao e difıcil ver a diferença entre um tom de
´ ´
voz arrogante, intolerante, crıtico e rıspido e outro humilde, pacien-
˜
te, bondoso e amoroso, mesmo que nao entendamos o idioma.
´ ´
Ha casos em que a ma qualidade da voz se deve a uma doença que
ˆ ´ ˆ
danificou a laringe, ou a alguma deficiencia fısica congenita. Tais de-
˜ ˜ ˜ ˜
formaçoes podem ser tao graves que nao serao totalmente corrigidas
´
neste sistema de coisas. Em geral, porem, aprender a usar de modo
´ ˜
correto os orgaos da fala pode produzir uma melhora.
´ ´ ´
De inıcio, e importante ter em mente que as caracterısticas vocais
˜
variam de uma pessoa para outra. Seu objetivo nao deve ser imitar a
´ ´
voz de alguem, mas cultivar o potencial de sua propria voz, com suas
´ ´
qualidades distintivas. O que pode ajuda-lo a fazer isso? Ha duas coi-
´
sas basicas.
˜
Controle correto da respiraçao. Para obter os melhores resultados
´
no uso da voz, e preciso ar em quantidade suficiente e controle cor-
˜
reto da respiraçao. Sem isso, a voz pode sair fraca, e o proferimento,
entrecortado.
181
182 Qualidade da voz
˜ ˜ ´ ´
A parte maior dos pulmoes nao fica no alto do torax; essa area ape-
nas parece mais larga por causa dos ossos dos ombros. Na verdade, os
˜ ˜ `
pulmoes sao mais largos logo acima do diafragma. Ligado as costelas
´
inferiores, o diafragma separa o torax da cavidade abdominal.
ˆ ˜
Se voce inspirar enchendo apenas a parte superior dos pulmoes,
´ ˆ ˜ ´ ˆ ´
logo ficara sem folego. Sua voz nao tera vigor e voce se cansara de-
´ ´
pressa. Para respirar corretamente e preciso estar sentado ou em pe
˜ ´
em posiçao ereta, com os ombros para tras. Faça um esforço cons-
˜ ´
ciente de nao expandir apenas a parte superior do torax, ao respirar
˜
para falar. Encha primeiro a parte inferior dos pulmoes. Quando essa
´
fica cheia, a parte inferior da caixa toracica se expande para os lados.
Ao mesmo tempo, o diafragma se movimenta para baixo, deslocan-
ˆ ˆ
do suavemente o estomago e os intestinos, de modo que voce sen-
˜
te no abdome a pressao do cinto ou de outra peça de roupa. Mas os
˜ ˜ ´ ˜ ´
pulmoes nao ficam la embaixo; eles estao dentro da caixa toracica.
˜
Como teste, coloque uma das maos em cada lado da parte inferior da
´ ˜
caixa toracica. Respire fundo. Se respirar corretamente, nao contrai-
´ ´
ra a barriga nem erguera os ombros. Vai sentir as costelas se moverem
um pouquinho para cima e para fora.
´ ˜ ˜
A seguir faça exercıcios de expiraçao. Nao desperdice o ar deixan-
˜
do-o escapar muito depressa. Solte-o aos poucos. Nao tente controlar
˜ ´
a expiraçao contraindo os musculos da garganta. Se fizer isso, sua voz
´ ˜ ´
logo soara forçada e anormalmente aguda. A pressao dos musculos
abdominais e dos intercostais (entre as costelas) expele o ar, ao pas-
´
so que o diafragma controla a velocidade com que e expelido.
Fluxo do ar no corpo
Diafragma
Como um atleta que treina para uma corrida, o orador pode aper-
˜ ´ ´
feiçoar o controle da respiraçao por meio de exercıcios. Fique em pe
´
ereto, com os ombros para tras, e inspire para encher a parte inferior
˜
dos pulmoes; soltando o ar aos poucos, comece a contar lentamen-
´ ´ ˆ ´
te, e veja ate onde consegue chegar num so folego. Daı, treine a leitu-
ra em voz alta, respirando dessa maneira.
´ ´
Relaxe os musculos. Esse e outro ponto importante para a boa qua-
´
lidade da voz. E realmente espantoso quanto se consegue melhorar a
voz por aprender a relaxar enquanto se fala. Tanto a mente como o
´ ˜
corpo devem estar descontraıdos, pois a tensao mental produz ten-
˜
sao muscular.
˜
Alivie a tensao mental por adotar o conceito correto sobre seus ou-
´
vintes. Se estiver no ministerio de campo, lembre-se: mesmo que es-
´
COMO SUPERAR PROBLEMAS ESPECIFICOS
˜ ´
Voz fraca. Uma voz suave nao e neces- maneira consciente, exercitando-o na conver-
ˆ ´ ´
sariamente fraca. Se for rica em sons harmo- sa diaria. Respirar profundamente tambem
´
nicos, sera ouvida com prazer. Mas, para ser ajuda.
´ ´
eficaz, e preciso ter volume suficiente. Voz nasal. Ha casos em que esse problema
˜ ´ ˜
Para melhorar a projeçao da voz e preci- se deve a uma obstruçao nasal, mas em ge-
ˆ ˜ ´ `
so melhorar a ressonancia. Relaxar de maneira ral nao e por causa disso. As vezes, por en-
´
consciente o corpo inteiro, conforme ensi- tesar os musculos da garganta e da boca, a
˜ ´
nado nesta liçao, e fazer exercıcios de canta- pessoa fecha as vias nasais, impedindo a pas-
´ ´
rolar “hum, hum”, com os labios tocando-se sagem normal do ar. O resultado e uma voz
´
apenas levemente, pode ser de ajuda. Ao fazer fanhosa. Para evitar isso, e preciso relaxar.
˜ ´ ´ ˜
isso, sinta as vibraçoes na cabeça e no torax. Voz aspera. Esse tipo de voz nao convida a
` ´
As vezes, a voz parece fraca ou tensa por- uma troca amigavel de ideias e pode colocar
˜ ´ ˜
que a pessoa nao esta bem, ou nao dormiu o outros na defensiva.
˜ ´
suficiente. Obviamente, se essa situaçao me- Em alguns casos, ha necessidade de esfor-
´ ´
lhorar, a voz tambem vai melhorar. ço contınuo para melhorar a personalidade.
˜
Voz muito aguda. O entesamento das cor- (Col. 3:8, 12) Feito isso, a aplicaçao de prin-
´ ˆ
das vocais faz com que a voz fique mais cıpios da mecanica vocal pode ser de ajuda.
aguda. Uma voz tensa faz os ouvintes se sen- Relaxe tanto a garganta como o maxilar infe-
´ ´ ´
tirem tensos. Ao relaxar os musculos da gar- rior. Isso tornara a voz mais agradavel e evita-
˜ ´ ˜
ganta para diminuir a tensao nas cordas ra a distorçao que resulta de falar por entre
vocais, a voz fica mais grave. Faça isso de os dentes.
Qualidade da voz 185
´ ´ ˆ ´
tude a Bıblia ha apenas alguns meses, voce ja conhece coisas valio-
´ ´ `
sas a respeito dos propositos de Jeova que pode transmitir as pessoas.
ˆ
E voce as visita porque precisam de ajuda, quer se apercebam disso
˜ ˜
quer nao. Por outro lado, se sua palestra for num Salao do Reino, a
´ ´ ˜
maioria dos presentes e do povo de Jeova. Sao seus amigos e querem
ˆ ´ ˆ ˜
que tenha exito. Ninguem na face da Terra fala a uma assistencia tao
´ `
amigavel e amorosa quanto essa a qual costumamos falar.
´
Faça um esforço consciente para manter os musculos da gargan-
ta relaxados. Lembre-se de que as cordas vocais vibram com a passa-
gem do ar. O tom da voz muda de acordo com a rigidez ou
´
o relaxamento dos musculos da garganta, assim como o COMO MELHORAR
˜
tom da corda de um violao ou de um violino muda quan- ´
Cultive as caracterısticas
´ ´
do ela e esticada ou afrouxada. Ao relaxar as cordas vocais, proprias da personalidade
´ ˜
o tom se torna mais grave. Relaxar os musculos da gargan- crista.
´ ´
ta ajuda tambem a manter abertas as cavidades nasais, o Faça exercıcios de respi-
˜
que influi muito na qualidade da voz. raçao, enchendo a parte
˜ ˜
Relaxe o corpo inteiro — os joelhos, as maos, os om- inferior dos pulmoes.
´ ˆ ´
bros, o pescoço. Isso fara com que se consiga a ressonan- Ao falar, relaxe os musculos
´ ˆ ´ da garganta, o pescoço, os
cia necessaria para projetar a voz. A ressonancia e produzi-
ˆ ombros e o restante do
da quando o corpo inteiro age como caixa de ressonancia, corpo.
˜ ´
mas a tensao impede isso. O tom da voz, que e produzido
˜
na laringe, reverbera nao apenas nas cavidades nasais, mas
´ ´ ´ ´
tambem na estrutura ossea do torax, nos dentes, no ceu da boca e nos
seios nasais. Todos estes podem contribuir para a qualidade da resso-
ˆ ˆ ˜
nancia. Se voce colocar um peso no tampo de um violao, o som fica-
´
ra amortecido; o tampo precisa estar livre para vibrar e produzir a de-
ˆ ´ ´ ´
vida ressonancia. E assim tambem com as estruturas osseas do corpo,
´ ˆ ´
sustentadas pelos musculos. A boa ressonancia lhe permitira modular
˜ ´
corretamente a voz e expressar variaçoes de sentimento. Podera falar a
ˆ
uma grande assistencia sem forçar a voz.
´
EXERCICIOS:
(1) Por alguns minutos todos os dias, durante uma semana, respire de modo
˜
a encher a parte inferior dos pulmoes. (2) Pelo menos uma vez por dia,
´
durante uma semana, relaxe conscientemente os musculos da garganta ao
falar.
30 MOSTRAR INTERESSE NOS OUTROS
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Dar provas de que se importa com a opiniao e o bem-estar
dos outros.
´ ´
AO APRESENTARMOS verdades bıblicas, devemos ir alem de trans-
˜ ` ˜
mitir informaçoes a mente; temos de apelar ao coraçao. Um modo
´
de fazer isso e mostrar interesse sincero nos ouvintes, o que pode
´
ser feito de varias maneiras.
´
Leve em conta o ponto de vista dos ouvintes. O apostolo Pau-
˜
lo levava em conta a formaçao e o modo de pensar
´ de seus ouvintes. Ele explicou: “Para os judeus tornei-
POR QUE E IMPORTANTE?
´ me como judeu, para ganhar judeus; para os debaixo de
E uma maneira de imitar
´ lei tornei-me como debaixo de lei, embora eu mesmo
o amor de Jeova, e pode ˜
˜ nao estivesse debaixo de lei, para ganhar os debaixo de
dar-nos condiçoes de tocar
˜
o coraçao da pessoa. lei. Para os sem lei tornei-me como sem lei, embora eu
˜
nao estivesse sem lei para com Deus, mas estivesse de-
baixo de lei para com Cristo, para ganhar os sem lei. Para
os fracos tornei-me fraco, para ganhar os fracos. Tornei-me todas
as coisas para pessoas de toda sorte, para de todos os modos sal-
var alguns. Mas, faço todas as coisas pela causa das boas novas,
para tornar-me compartilhador delas com outros.” (1 Cor. 9:20-23)
Como podemos ‘tornar-nos todas as coisas para pessoas de toda
sorte’?
Se tiver a oportunidade de observar as pessoas, mesmo breve-
´
mente, antes de falar com elas, podera ter uma ideia de seus
ˆ ´
interesses e suas circunstancias. Consegue perceber qual e a ocupa-
˜ ˆ ˆ
çao delas? Ve evidencias de suas crenças religiosas? Existe alguma
˜ ´
indicaçao de como e sua vida familiar? Com base no que observa,
˜ ´
pode adaptar a apresentaçao a fim de torna-la mais atraente?
˜ ´
Para que a apresentaçao se torne mais atraente, e preciso meditar
ˆ ` ´
com antecedencia sobre como se dirigir as pessoas no territorio. Em
˜
algumas regioes, encontram-se moradores procedentes de outros
´ ´ ´ ´
paıses. Se esse e o caso de seu territorio, ja descobriu uma maneira
eficaz de lhes dar testemunho? Visto que Deus deseja “que toda sor-
te de homens sejam salvos e venham a ter um conhecimento exato
186
Mostrar interesse nos outros 187
´
para transmitir-lhes as verdades bıblicas de que mais precisam. Ao
´ ´
pensar na proxima visita, leve em conta o que ja sabe a respeito da pes-
˜
soa. Prepare informaçoes sobre um assunto que interesse a ela e des-
´ ´
taque o valor pratico da materia, ajudando-a a ver como pode benefi-
ciar-se do que aprende. — Isa. 48:17.
˜
Se a pessoa expuser uma situaçao ou um problema que a perturba,
encare isso como oportunidade especial de falar-lhe sobre as boas no-
vas. Siga o exemplo de Jesus, que estava sempre pronto para consolar
` ˜ ˜
os aflitos. (Mar. 6:31-34) Resista a tentaçao de oferecer uma soluçao
´
rapida, ou de dar conselhos superficiais. Tal atitude pode levar a pes-
˜ ´ ´
soa a achar que seu interesse nela nao e genuıno. Em vez disso, mos-
˜ ´
tre empatia. (1 Ped. 3:8) Pesquise as publicaçoes bıblicas e apresente
˜ ˜
informaçoes edificantes para ajudar a pessoa a lidar com a situaçao.
´ ´ ˆ
Naturalmente, seu interesse altruısta o impedira de revelar confiden-
˜
cias que lhe forem feitas, a menos que tenha boa razao para fazer isso.
— Pro. 25:9.
Devemos mostrar interesse em especial naqueles para quem dirigi-
´ ˜
mos estudos bıblicos. Inclua em suas oraçoes as necessidades de cada
estudante e leve-as em conta ao preparar-se para os estudos. Pergunte-
´ ´
se: ‘Qual e o proximo passo que meu estudante precisa dar para con-
tinuar progredindo espiritualmente?’ Com amor, ajude-o a valorizar
´ ˜
o que a Bıblia e as publicaçoes do “escravo fiel e discreto” dizem a res-
´
peito do assunto. (Mat. 24:45) Ha casos em que apenas dar uma expli-
˜ ˜
caçao nao basta. Talvez seja preciso fazer algo junto com o estudante
´ ´ ˜
para mostrar-lhe como aplicar determinado princıpio bıblico. — Joao
13:1-15.
´ ´
E preciso equilıbrio e bom-senso ao ajudar outros a harmonizar a
´ ˜ ˆ
vida com as normas de Jeova. As pessoas nao tem a mesma forma-
˜ ´
çao e habilidades, e seu ritmo de progresso varia. Por isso, seja razoa-
˜
vel no que espera delas. (Fil. 4:5) Nao as pressione a fazer mudanças
´
na vida, mas permita que a Palavra de Deus e Seu espırito as motive.
´ ˜ ˜ ˜
Jeova deseja que as pessoas o sirvam de coraçao, nao sob compulsao.
` ˜
(Sal. 110:3) Evite opinar sobre assuntos que cabe a pessoa decidir e nao
˜ ´
tome decisoes por ela, mesmo que lhe peça para fazer isso. — Gal. 6:5.
ˆ ´
De ajuda pratica. Embora Jesus centralizasse seu interesse no bem-
´ ´
estar espiritual dos ouvintes, era tambem sensıvel a outras necessi-
´
dades deles. (Mat. 15:32) Mesmo que tenhamos poucos recursos, ha
´
muitas maneiras praticas de ajudar.
Mostrar interesse nos outros 189
´ ˜
O interesse nos outros nos induzira a mostrar consideraçao. Por
˜ ´ ´
exemplo, sob condiçoes climaticas desconfortaveis, sugira continuar
˜
a conversa num lugar mais protegido ou em outra ocasiao. Se perce-
ber que chegou numa hora inconveniente, ofereça-se para voltar mais
´
tarde. Caso um vizinho ou alguem que se interessou pela verdade este-
˜
ja doente ou hospitalizado, mostre interesse enviando-lhe um cartao
´
ou uma breve carta, ou visitando-o. Se for apropriado, podera tam-
´ ˜
bem preparar-lhe uma refeiçao ou prestar-lhe algum outro favor.
` ´
A medida que os estudantes da Bıblia progridem, talvez sintam um
˜
vazio emocional por nao passarem mais tanto tempo com ex-amigos.
Faça amizade com eles. Tire tempo para conversarem depois do estu-
´ ˜
do bıblico e em outras ocasioes. Incentive-os a cultivar boas compa-
´ ` ˜ ˜
nhias. (Pro. 13:20) Procure ajuda-los a assistir as reunioes cristas; sen-
te-se ao lado deles e ajude-os a cuidar de seus filhos para que todos
aproveitem melhor o programa.
˜ ˜ ´
Mostre interesse de coraçao. Interessar-se pelas pessoas nao e uma
´ ˜
tecnica a ser dominada, mas uma qualidade do coraçao. O grau de
nosso interesse por outros fica evidente de muitas maneiras. Revela-se
em como os escutamos e no que lhes dizemos. Manifesta-se pela bon-
˜ ˜
dade e consideraçao que lhes demonstramos. Mesmo que nao diga-
˜
mos ou façamos algo, as pessoas notarao pela nossa atitude e expres-
˜
sao facial que realmente nos importamos com elas.
˜
A razao mais importante para mostrarmos interesse sincero nos
´ ´
outros e que, por agirmos assim, imitamos o amor e a misericordia de
´ `
nosso Pai celestial. Isso ajuda a atrair nossos ouvintes a Jeova e a men-
sagem que ele nos deu para divulgar. Assim, ao transmitir as boas no-
˜ ´
vas, esforce-se a ‘nao visar, em interesse pessoal, apenas os seus pro-
´
prios assuntos, mas tambem, em interesse pessoal, os dos outros’.
— Fil. 2:4.
´
EXERCICIOS:
˜
(1) Antes de uma reuniao congregacional, mostre interesse pessoal num
˜
dos presentes. Nao se limite a simplesmente cumprimentar a pessoa. Pro-
ˆ
cure conhece-la melhor e mostre que se importa com ela. Faça disso um
´ ˜
habito. (2) No serviço de campo, mostre interesse no morador. Nao se li-
ˆ
mite a dar-lhe testemunho, mas procure conhece-lo. Adapte suas palavras
˜
e açoes ao que descobre a respeito dele. Continue procurando oportunida-
des para fazer isso.
31 RESPEITO PELOS OUTROS
ˆ
O que voce deve fazer?
˜ ´
Mostrar consideraçao para com os outros e honra-los.
˜
AS ESCRITURAS nos ordenam ‘honrar a homens de toda sorte’ e ‘nao
´
ultrajar a ninguem’. (1 Ped. 2:17; Tito 3:2) De fato, todo ser humano
‘veio a existir na semelhança de Deus’. (Tia. 3:9) Cristo morreu por to-
˜
das as pessoas. ( Joao 3:16) E todas merecem ouvir as boas novas, para
´ ˆ
aceita-las e ser salvas. (2 Ped. 3:9) Algumas pessoas merecem deferencia
ˆ
especial pelas qualidades ou pela autoridade que tem.
Por que alguns se esquivam de mostrar o tipo de res-
´ ´
POR QUE E IMPORTANTE? peito que a Bıblia incentiva? Pode ser que a cultura local
´ dite quem merece honra, levando em conta fatores como
O respeito e um requisito ´ ˜
˜ casta, cor, sexo, saude, idade, riqueza ou condiçao social.
cristao que cria um clima
´ ˜ ´ ´
propıcio para que outros
ˆ
A ampla corrupçao entre autoridades publicas corroi o res-
aceitem o que voce lhes diz ´ ˜
` ´ peito pela autoridade. Em alguns paıses, as pessoas estao
a base da Bıblia.
muito descontentes com sua sorte na vida, talvez traba-
lhem longas horas apenas para conseguir suprir as necessi-
´
dades basicas e vivem cercadas de pessoas desrespeitosas.
˜
Jovens sofrem pressao de colegas para rebelar-se contra
˜
professores impopulares ou outras autoridades. Muitos sao influen-
ciados por programas de TV que apresentam filhos que enganam e
dominam os pais. Precisamos impedir que tais conceitos totalmente
˜
desprovidos de espiritualidade nos façam perder a consideraçao pelos
`
outros. Por outro lado, conceder dignidade as pessoas cria um clima
´ `
favoravel a troca de ideias.
Atitude respeitosa. Espera-se que a pessoa que se dedica a uma obra
´
religiosa mostre respeito por vestir-se e agir adequadamente. O que e
˜
considerado apropriado nessas questoes varia de um lugar para outro.
´ ´ ´
Ha lugares em que e desrespeitoso dirigir-se a alguem sem tirar o cha-
´ ˜ ˜
peu, ou com uma das maos no bolso. Em outros, as pessoas nao se im-
˜
portam com isso. Leve em conta os costumes locais, para nao ofender
´ ` ˜
ninguem. Isso ajuda a evitar empecilhos a divulgaçao das boas novas.
`
O mesmo se aplica a maneira de falar a outros, em especial aos de
´ ´ ´
mais idade. Em muitos paıses, e considerado improprio que os jovens
˜
chamem os adultos pelo primeiro nome, a nao ser que tenham per-
190
Respeito pelos outros 191
˜ ´ ´
missao para isso. Ha lugares em que os adultos tambem devem evitar
chamar desconhecidos pelo primeiro nome. Em muitos idiomas, em
ˆ
vez de “voce”, empregam-se outros pronomes ou formas de tratamen-
˜
to como demonstraçao de respeito ao dirigir-se a pessoas de mais idade
ou a autoridades.
Cumprimento respeitoso. Em comunidades menores, espera-se uma
˜
breve saudaçao ao encontrar uma pessoa na rua ou ao entrar num lo-
´
cal. Isso e feito por meio de um cumprimento simples, um sorriso, um
´
aceno com a cabeça ou ate mesmo por erguer as sobrancelhas. Ignorar
´
a presença de outra pessoa e tido como desrespeitoso.
´ ´
Ha, porem, os que talvez se sintam desprezados mesmo COMO DEMONSTRAR
ˆ ´
que voce os cumprimente. Como assim? Talvez por acha- Aceite a maneira de Jeova
ˆ ˜ encarar as pessoas.
rem que voce nao os encara como pessoas no pleno senti-
˜ ´ ´
do da palavra. Nao e incomum as pessoas serem classifica- Reconheça o princıpio da
´ ´ ˆ chefia, a idade e a autori-
das com base em alguma caracterıstica fısica. Os que tem
ˆ ´ ´ ˜ dade.
deficiencia fısica, ou problemas de saude, muitas vezes sao `
Conceda as pessoas o direito
evitados. No entanto, a Palavra de Deus mostra que deve- ˜
´ ´ de opiniao.
mos trata-los com amor e respeito. (Mat. 8:2, 3) Todos nos Seja compreensivo com os
somos, de alguma forma, afetados pela herança do pecado ouvintes.
ˆ ˆ
adamico. Voce se sentiria respeitado se os outros sempre o
˜
identificassem pelas suas falhas? Nao gostaria de ser reconhecido por
suas muitas qualidades positivas?
´ ´ ´
O respeito inclui tambem reconhecer o princıpio da chefia. Ha luga-
´ ´
res em que e preciso falar com o cabeça da famılia antes de dar testemu-
˜
nho a outros da casa. Embora a nossa missao de pregar e ensinar venha
´
de Jeova, reconhecemos que ele encarregou os pais de treinar, discipli-
´
nar e orientar os filhos. (Efe. 6:1-4) Assim, ao visitar uma casa, em geral
´
e melhor falar primeiro com os pais antes de envolver os filhos numa
conversa longa.
ˆ
Com a idade, as pessoas adquirem uma experiencia de vida que deve
´
ser respeitada. ( Jo 32:6, 7) Reconhecer isso ajudou uma pioneira jo-
´
vem no Sri Lanka, que visitou um homem idoso. De inıcio, ele obje-
´ ˆ ´
tou: “Como e que uma jovem como voce pode me ensinar a Bıblia?”
˜
Mas ela respondeu: “Eu realmente nao vim aqui para ensinar, mas para
˜
transmitir ao senhor uma coisa que eu aprendi e que me deixou tao fe-
˜
liz que nao consigo deixar de falar dela aos outros.” Essa resposta res-
˜ ´
peitosa despertou o interesse do homem. “Diga-me, entao, o que e que
ˆ
voce aprendeu?”, perguntou. “Aprendi como viver para sempre”, ela
192 Respeito pelos outros
´
respondeu. Esse senhor idoso começou a estudar a Bıblia com as Teste-
´ ˜
munhas de Jeova. Nem todos os idosos expressarao o desejo de ser tra-
´
tados com tal respeito, mas a maioria apreciara isso.
´ ˜
Existe, porem, a possibilidade de exagero nas demonstraçoes de defe-
ˆ ´
rencia. Nas ilhas do Pacıfico e em outras partes, o uso respeitoso das
costumeiras formas de tratamento, ao contatar chefes de aldeia ou de
tribo, pode ajudar as Testemunhas a ganhar um ouvido atento e a opor-
tunidade de falar tanto aos chefes como aos subordinados. No entanto,
˜ ˜ ´ ´
a bajulaçao nao e necessaria nem apropriada. (Pro. 29:5) Similarmen-
˜ ´ ´
te, embora determinadas expressoes honorıficas façam parte da grama-
˜ ˜
tica de certos idiomas, o respeito cristao nao exige que sejam usadas
em demasia.
˜ ´ ˜
Apresentaçao respeitosa. A Bıblia nos exorta a explicar a razao de
nossa esperança “com temperamento brando e profundo respeito”.
(1 Ped. 3:15) Assim, embora talvez sejamos capazes de expor imediata-
´ ´
mente as falhas no ponto de vista de uma pessoa, e sabio fazer isso de
˜
modo que talvez fira sua dignidade? Nao seria melhor ouvir paciente-
˜
mente, talvez perguntar por que pensa assim e entao levar em conta
`
seus sentimentos ao raciocinar com ela a base das Escrituras?
´
O respeito que se mostra numa conversa individual deve tambem ser
evidente num discurso da tribuna. O orador que respeita os ouvintes
˜
nao os critica duramente nem adota uma postura que equivaleria a di-
ˆ
zer: “Voces poderiam fazer isso, se realmente quisessem.” Falar assim
´ ˆ
apenas desanima os outros. E muito melhor encarar a assistencia como
´
um grupo de pessoas que amam a Jeova e querem servi-lo. Imitando Je-
sus, devemos ser compreensivos com os espiritualmente fracos, os me-
´
nos experientes ou os mais lentos em aplicar os conselhos bıblicos.
˜
Os ouvintes notarao que o orador os respeita se ele se incluir entre os
que precisam aplicar a Palavra de Deus de maneira ainda melhor. As-
´ ˆ ˆ
sim, e sensato evitar o uso constante dos pronomes “voce” ou “voces”
˜ ´
ao destacar a aplicaçao dos textos bıblicos. Note, por exemplo, a dife-
ˆ ´
rença entre a pergunta “voce esta fazendo tudo o que pode?” e a decla-
˜ ´ ´
raçao “cada um de nos fara bem em se perguntar: ‘Estou fazendo tudo
˜ ´ ´
o que posso?’ ” A questao e a mesma, mas a primeira pergunta da a en-
˜ ´ ˆ ´
tender que o orador nao se coloca no mesmo nıvel da assistencia. Ja a
´
segunda incentiva todos, incluindo o orador, a analisar sua propria si-
˜ ˜
tuaçao e motivaçao.
Respeito pelos outros 193
` ˜ ´ ˆ
Resista a tentaçao de dizer coisas engraçadas so para fazer a assisten-
´ ´
cia rir. Isso compromete a dignidade da mensagem bıblica. E verdade
´
que nosso serviço a Deus nos deve dar alegria, e pode ser que a materia
´
que nos foi designada tenha alguns aspectos que sejam ate engraçados.
´
No entanto, transformar assuntos serios em objeto de riso revela falta
ˆ
de respeito tanto pela assistencia como por Deus.
`
Que a maneira de nos dirigirmos as pessoas, a nossa conduta e a
linguagem que usamos demonstrem sempre que encaramos os outros
´ ´
como Jeova nos ensinou a encara-los.
´
EXERCICIO:
´ ˆ
Pense em alguem bem mais velho ou bem mais novo do que voce. Consi-
dere como poderia se dirigir a essa pessoa, o que poderia dizer para iniciar
´
uma conversa e o que faria para mostrar respeito genuıno por ela e pelo
´
que diz. Ponha em pratica o que planejou.
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Falar de um modo que revele plena convicçao de que aquilo
ˆ ´
que voce diz e verdadeiro e importante.
˜ ˜
A PESSOA que fala com convicçao passa a impressao de que acredi-
˜ ´
ta firmemente no que diz. Tal convicçao era evidente no ministerio
´
do apostolo Paulo. Ele escreveu aos que aceitaram a verdade em Tessa-
ˆ ˜ ´
lonica: “As boas novas que pregamos nao se apresentaram entre vos
´ ˜
apenas em palavra, mas tambem com . . . forte certeza [convicçao].”
´ ˜
(1 Tes. 1:5) O apostolo demonstrava essa forte convicçao
´ ´
POR QUE E IMPORTANTE?
tanto no modo de falar como no modo de viver, e nos tam-
´ ´
˜ ´ bem devemos manifesta-la ao apresentarmos as verdades
A sua convicçao incentivara ´
outros a considerar seria- bıblicas.
mente o que diz e a aplicar ˜ ˜ ´
Expressar convicçao nao e o mesmo que ser obstina-
o que ouvem. ´
do, dogmatico ou arrogante. Em vez disso, quem fala com
˜ ´
convicçao a respeito da Palavra de Deus revela forte fe.
— Heb. 11:1.
˜ ˜ ´
Ocasioes para expressar convicçao. E importante falar com convic-
˜ ´
çao no ministerio de campo. Muitas vezes, as pessoas observam tanto
ˆ
o seu modo de falar como a sua mensagem. Elas percebem o que voce
˜
realmente pensa a respeito do que diz. A sua convicçao pode indicar,
ˆ
com mais vigor que as palavras, que voce tem algo de grande valor a
dizer.
´ ´ ˜ ˆ
E preciso tambem convicçao ao falar a uma assistencia composta de
˜ ´ ´
irmaos na fe. O apostolo Pedro escreveu a sua primeira carta inspirada
´ ´
para “dar encorajamento e um serio testemunho de que esta e a ver-
˜
dadeira benignidade imerecida de Deus”. Nela, ele exortou os irmaos:
˜
“Ficai firmes.” (1 Ped. 5:12) Ao escrever aos membros da congregaçao
´ ˜
em Roma, o apostolo Paulo expressou uma convicçao que os bene-
ficiou. Ele escreveu: “Estou convencido de que nem a morte, nem a
vida, nem anjos, nem governos, nem coisas presentes, nem coisas por
vir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra
˜ ´ ´
criaçao sera capaz de nos separar do amor de Deus, que esta em Cris-
´
to Jesus, nosso Senhor.” (Rom. 8:38, 39) Paulo escreveu tambem com
˜ ´
persuasao a respeito da necessidade de pregar, e seu proprio zelo nes-
194
˜
Falar com convicçao 195
˜ ´
Pode-se demonstrar convicçao tambem pela seriedade e intensida-
˜
de com que se fala. Suas expressoes faciais, gestos e linguagem cor-
poral contribuem para isso, embora variem um pouco de uma pessoa
´ ˜
para outra. Mesmo que seja tımido e sua voz nao seja muito forte, se
´
estiver plenamente convencido de que aquilo que diz e verdade e que
˜ ´
outros precisam ouvi-la, sua convicçao sera evidente.
˜ ´
Naturalmente, a convicçao que demonstramos precisa ser genuına.
˜ ˆ
Se as pessoas perceberem que nao estamos sendo autenticos, que o
˜ ˜ ´ ´ ˜
que falamos nao vem do coraçao, e provavel que concluam que nao
´ ˆ `
ha motivo para darem importancia a nossa mensagem. Portanto, aci-
ˆ ˆ
ma de tudo, seja autentico. Dependendo do tamanho da assistencia,
talvez tenha de falar com maior volume e intensidade que de cos-
tume. Apesar disso, procure expressar-se com sinceridade e naturali-
dade.
˜ ˜
Ajudas para expressar convicçao. Visto que falar com convicçao
´ ´
envolve expressar seus sentimentos a respeito da materia, o segredo e
˜ ˜ ´
a boa preparaçao. Nao basta simplesmente copiar materia de uma pu-
˜ ´ ´ ´
blicaçao e recita-la. E preciso entender bem a materia e conseguir ex-
´ ´ ˆ
pressa-la em suas proprias palavras. Voce deve estar plenamente con-
´
vencido da veracidade da materia e do seu valor para os ouvintes. Isso
˜ ´
significa que, ao preparar a apresentaçao, tera de levar em conta as cir-
ˆ ´
cunstancias deles e o que talvez ja saibam ou pensem a respeito do as-
sunto.
´ ´ ˜
E mais facil os outros perceberem nossa convicçao se falarmos com
ˆ ´ ´
fluencia. Portanto, alem de preparar materia adequada, ensaie bastan-
ˆ ˜ ` ´
te o proferimento. De atençao especial as partes da materia que pe-
˜ ´
dem mais fervor e convicçao, para poder apresenta-las sem estar pre-
´ ´
so a notas. Lembre-se, tambem, de orar a Jeova para que abençoe seus
´
esforços. Desse modo, ‘tera denodo, por meio de nosso Deus’, para fa-
˜
lar de maneira que reflita sua convicçao a respeito da veracidade e im-
ˆ
portancia de sua mensagem. — 1 Tes. 2:2.
´
EXERCICIO:
´ ˆ
Estude os seguintes relatos bıblicos: Exodo 14:10-14; 2 Reis 5:1-3; Daniel
˜
3:13-18; Atos 2:22-36. Nas ocasioes descritas ali, como os servos de Deus
˜ ˜ ˆ
expressaram convicçao? Qual era a base dessa convicçao? Como voce pode
˜
manifestar convicçao similar hoje?
FALAR COM TATO, MAS DE MODO FIRME 33
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Mostrar discriçao no que diz, em como o diz e em quando o
˜
diz, a fim de nao dar motivos para outros se ofenderem.
´
TATO e a habilidade de lidar com as pessoas sem dar motivos para se
´ ˜
ofenderem. E saber como e quando dizer as coisas. Isso nao significa
´ ˜
transigir no que e direito nem distorcer os fatos. Nao se deve confun-
dir tato com medo do homem. — Pro. 29:25.
´
Os frutos do espırito fornecem a melhor base para o uso de tato.
˜
Assim, a pessoa motivada pelo amor nao deseja irritar, mas aju-
dar os outros. A pessoa bondosa age com brandura e cor-
´ ´
tesia. Quem e pacıfico procura meios de promover boas ´
˜ ´ ˆ POR QUE E IMPORTANTE?
relaçoes com outros. Quem e longanime permanece cal- ˆ
´ Se voce falar com tato,
mo mesmo quando outros o tratam de modo rude. — Gal. as pessoas talvez se
5:22, 23. disponham a ouvir as boas
˜ novas com mente aberta.
Contudo, nao importa como apresentemos a mensa- ´
´ ˜ ´ Essa qualidade tambem o
gem bıblica, alguns se ofenderao. Por causa da ma condi- ´
˜ ˜ ´ ajudara a manter boas
çao de coraçao da maioria dos judeus do primeiro secu- ˜ ˜
relaçoes com outros cristaos.
´
lo, ate mesmo Jesus Cristo se tornou ‘pedra de tropeço e
˜ `
rocha de ofensa’ para eles. (1 Ped. 2:7, 8) Com relaçao a
˜
sua obra de proclamaçao do Reino, Jesus disse: “Eu vim
´
dar inıcio a um fogo na terra.” (Luc. 12:49) E a mensagem do Reino
´
de Jeova, que implica no reconhecimento da soberania do Criador
˜
por parte dos humanos, continua a ser a questao decisiva para a hu-
manidade. Muitos se ofendem com a mensagem de que o Reino de
´
Deus em breve eliminara o atual sistema perverso. Apesar disso, obe-
decemos a Deus e continuamos a pregar. No entanto, ao fazer isso te-
´ ´
mos em mente o conselho da Bıblia: “Se possıvel, no que depender
´ ´
de vos, sede pacıficos para com todos os homens.” — Rom. 12:18.
˜ ˆ
Dar testemunho com tato. Sao muitas as circunstancias em que
´
falamos a respeito de nossa fe. Naturalmente, fazemos isso no mi-
´ ´
nisterio de campo, mas tambem procuramos oportunidades para dar
testemunho a parentes, colegas de trabalho e de escola. Em todos es-
´
ses casos, e preciso usar de tato.
197
198 Falar com tato, mas de modo firme
´ ´
mencionar a Bıblia, podera perguntar o que a pessoa acha desse livro
˜ ´
e, entao, levar em conta seus comentarios durante o restante da con-
versa.
Usar de tato muitas vezes envolve determinar o momento certo de
˜
dizer as coisas. (Pro. 25:11) Talvez nao concorde com tudo o que a
˜ ´ ´ ˜
pessoa diz, mas nao e preciso contestar todo comentario que nao es-
´ ˜ ´
teja de acordo com a Bıblia. Nao tente dizer tudo de uma so vez. Je-
´
sus disse aos seus discıpulos: “Ainda tenho muitas coisas para vos di-
˜ ´ ˜
zer, mas nao sois atualmente capazes de suporta-las.” — Joao 16:12.
´
Quando for possıvel, elogie sinceramente a pessoa. Mesmo que o
´ ´
morador seja um tanto dogmatico, talvez possa elogia-lo por defen-
´
der certo ponto de vista. O apostolo Paulo fez isso ao falar com os fi-
´ ´ ´
losofos no Areopago em Atenas. Os filosofos ‘conversavam com ele
polemicamente’. Como Paulo poderia apresentar seus argumentos
ˆ ´
sem ofende-los? Ele ja havia observado os muitos altares que eles ha-
´
viam construıdo para seus deuses. Em vez de condenar os atenienses
por sua idolatria, Paulo usou de tato e os elogiou por sua religiosida-
de, dizendo: “Observei que em todas as coisas pareceis mais dados ao
temor das deidades do que os outros.” Essa abordagem abriu-lhe o
caminho para apresentar a mensagem a respeito do Deus verdadeiro.
Em resultado disso, alguns aceitaram a verdade. — Atos 17:18, 22, 34.
˜ ˜
Quando surgirem objeçoes, nao se irrite. Mantenha a calma. En-
care-as como oportunidade de conhecer melhor o modo de pensar
´ ˜
da pessoa. Podera agradecer-lhe por expressar sua opiniao. Mas e se
´ ˜ ´
ela disser bruscamente: “Ja tenho minha religiao”? Podera pergun-
tar, com tato: “Sempre foi uma pessoa religiosa?” Depois da resposta,
´ ´
acrescente: “Acha que a humanidade algum dia sera unida numa so
˜ ´ ˆ
religiao?” Isso podera abrir caminho para voce estender a conversa.
´
Ter um conceito correto sobre nos mesmos pode ajudar-nos a usar
˜
de tato. Estamos firmemente convencidos da retidao dos caminhos
´ ˜
de Jeova e da veracidade de sua Palavra, e falamos com convicçao a
˜ ´ ˜ ˆ
respeito disso. Mas nao ha razao para agirmos como se fossemos os
donos da verdade. (Ecl. 7:15, 16) Somos gratos de conhecer a verda-
ˆ ˜ ´
de e ter as bençaos de Jeova, mas sabemos muito bem que termos a
˜ ´
aprovaçao dele e resultado de Sua benignidade imerecida e de nossa
´ ˜ ´ ´
fe em Cristo, nao de nossa propria justiça. (Efe. 2:8, 9) Reconhecemos
´
a necessidade de ‘persistir em examinar se estamos na fe e de persis-
´
tir em provar o que nos mesmos somos’. (2 Cor. 13:5) Assim, quando
200 Falar com tato, mas de modo firme
` `
falamos as pessoas sobre a necessidade de viver a altura dos requisi-
´
tos de Deus, humildemente aplicamos os conselhos da Bıblia tam-
´ ´ ˜ ´
bem a nos mesmos. Nao nos compete julgar nosso semelhante. Jeova
´
“tem confiado todo o julgamento ao Filho”, e e perante a sua “cadei-
˜ ˜
ra de juiz” que temos de prestar contas por nossas açoes. — Joao 5:22;
2 Cor. 5:10.
´ ˜ ´ ˜
Com a famılia e com irmaos na fe. O uso de tato nao deve se res-
´ ´ ˜
tringir ao ministerio de campo. Visto que o tato e uma expressao dos
´ ´ ´
frutos do espırito de Deus, devemos usa-lo tambem ao lidarmos com
´ ˜
os nossos familiares. O amor nos induzira a mostrar consideraçao pe-
˜
los sentimentos dos outros. O marido da Rainha Ester nao era ado-
´
rador de Jeova, mas ela mostrou respeito por ele e grande discerni-
´
mento ao apresentar-lhe assuntos que envolviam os servos de Jeova.
˜
(Ester, caps. 3-8) Em alguns casos, o tato nas relaçoes com familia-
˜ ˜ ´
res que nao sao Testemunhas de Jeova pode exigir que deixemos que
˜
a nossa conduta, em vez de uma explicaçao de nossas crenças, reco-
mende o caminho da verdade a eles. — 1 Ped. 3:1, 2.
Similarmente, o fato de conhecermos bem os membros da congre-
˜ ˜
gaçao nao significa que podemos ser rudes ou indelicados com eles.
˜
Nao devemos pensar que, por serem maduros, eles devem suportar
isso. Tampouco devemos nos desculpar, dizendo: “Eu sou assim mes-
mo.” Se descobrimos que o modo de nos expressar ofende os outros,
devemos estar decididos a mudar. O nosso “intenso amor uns pelos
´
outros” deve nos induzir a ‘fazer o que e bom para com os aparenta-
´ ´
dos conosco na fe’. — 1 Ped. 4:8, 15; Gal. 6:10.
ˆ ´
Ao falar a uma assistencia. Os que falam da tribuna tambem
ˆ ˜ ´
precisam usar de tato. Uma assistencia se compoe de pessoas de va-
˜ ˆ ˜
rias formaçoes, que vivem em circunstancias variadas e que estao
´
em diferentes estagios de desenvolvimento espiritual. Algumas tal-
˜
vez estejam no Salao do Reino pela primeira vez. Outras podem es-
´
tar passando por um perıodo especialmente estressante, que o orador
´ ˜ ˆ
desconhece. O que pode ajuda-lo a nao ofender a assistencia?
´
Em harmonia com o conselho do apostolo Paulo a Tito, estabeleça
˜ ´ ´
o alvo de ‘nao ultrajar a ninguem, ser razoavel, exibindo toda a bran-
dura para com todos os homens’. (Tito 3:2) Evite o costume do mun-
do de usar termos que rebaixam pessoas de outra raça, grupo lin-
´
guıstico ou nacionalidade. (Rev. 7:9, 10) Fale com franqueza sobre os
´ ´ ´ ´
requisitos de Jeova e mostre como e sabio aplica-los; mas evite co-
Falar com tato, mas de modo firme 201
´ ˜
mentarios depreciativos sobre os que ainda nao andam plenamente
´
nos caminhos de Jeova. Em vez disso, incentive todos a discernir qual
´
e a vontade de Deus e a fazer o que Lhe agrada. Amenize os conselhos
com elogios calorosos e sinceros. Seu modo de falar e o tom de voz
˜
devem transmitir a afeiçao fraternal que todos devemos ter uns pelos
outros. — 1 Tes. 4:1-12; 1 Ped. 3:8.
´
EXERCICIO:
´
Leia atentamente os seguintes relatos bıblicos: 2 Samuel 12:1-9; Atos 4:18-
ˆ ˜
20. Em cada um deles, note (1) evidencias do uso de tato e (2) declaraçoes
´
que indicam firmeza em favor dos caminhos justos de Jeova.
34 SER EDIFICANTE E POSITIVO
ˆ
O que voce deve fazer?
Falar sobre pontos positivos, transmitindo confiança, em vez
de se delongar em assuntos negativos.
˜
A MENSAGEM que fomos incumbidos de pregar sao boas novas. Je-
˜ ˆ
sus disse: “Em todas as naçoes tem de ser pregadas primeiro as boas
´
novas.” (Mar. 13:10) O proprio Jesus deu o exemplo por destacar “as
´
boas novas do reino de Deus”. (Luc. 4:43) O que os apostolos prega-
´ ´
ram tambem e chamado de “boas novas de Deus” e “as boas novas a
respeito do Cristo”. (1 Tes. 2:2; 2 Cor. 2:12) Essa mensagem
´ ´
POR QUE E IMPORTANTE? e edificante e positiva.
˜
As pessoas se sentem abati- Em harmonia com a declaraçao de “boas novas eternas”,
das pela falta de amor no ´ `
ˆ ´
feita pelo “anjo voando pelo meio do ceu”, exortamos as
mundo. Muitas tem serios ´
pessoas: “Temei a Deus e dai-lhe gloria.” (Rev. 14:6, 7) Fa-
problemas pessoais. A men- `
´
sagem bıblica, quando
lamos as pessoas em toda parte a respeito do Deus verda-
corretamente apresentada, deiro, de seu nome, suas qualidades e obras maravilhosas,
´ ´
da aos sinceros uma pers- seu amoroso proposito, nossa responsabilidade para com
pectiva mais promissora. ´
ele e o que ele requer de nos. As boas novas incluem o fato
´ ´
de que Jeova Deus destruira os perversos que o desonram
´ ˜
e arruınam a vida de seu semelhante. Mas nao nos cabe julgar aqueles
´ ´ ´
a quem pregamos. Nosso desejo sincero e que o maior numero possı-
´
vel de pessoas acate a mensagem da Bıblia, de modo que sejam real-
˜
mente boas novas para elas. — Pro. 2:20-22; Joao 5:22.
´
Limite o uso de materia negativa. Naturalmente, a vida tem seus
˜
aspectos negativos. Nao fechamos os olhos a essa realidade. Para ini-
ciar uma conversa, pode-se expor um problema comum na localidade
´ ˜ ´
e comenta-lo brevemente. Mas, em geral, nao e produtivo delongar-se
˜ ´
nele. As pessoas estao sempre ouvindo notıcias deprimentes, de modo
´ ´
que falar sobre coisas desagradaveis pode leva-las a fechar a porta ou a
˜ ´
nao querer nos ouvir. Por isso, logo no inıcio da conversa, tente di-
˜
recionar a atençao para as verdades revigorantes da Palavra de Deus.
´ ˜
(Rev. 22:17) Daı, mesmo que a pessoa nao queira continuar a conver-
ˆ ´
sa, voce lhe tera deixado algo edificante em que pensar. Isso talvez a
˜
deixe mais disposta a ouvir noutra ocasiao.
202
Ser edificante e positivo 203
˜
De modo similar, se for convidado para proferir um discurso, nao
´
inunde os ouvintes com dados negativos so porque existem muitas
˜
dessas informaçoes. Se o orador se delongar falando sobre o fracasso
ˆ
dos governos humanos, sobre crimes e violencia ou sobre a chocante
ˆ ´
prevalencia da imoralidade, o efeito podera ser deprimente. Apresente
aspectos negativos de um assunto apenas se eles servirem a um objeti-
`
vo. As vezes, mencionar alguns desses aspectos ajuda a destacar que o
´ ´
discurso e oportuno. Podem tambem ajudar a identificar os principais
˜
fatores que contribuem para certa situaçao e, assim, ser usados para
˜ ´ ´ ´
mostrar por que a soluçao apresentada na Bıblia e pratica. Procure ser
´
especıfico sem se delongar nos problemas.
˜ ´ ´
Em geral, nao e possıvel nem conveniente omitir toda COMO CONSEGUIR
´ ´
materia negativa de um discurso. O desafio e saber dosar a Tenha em mente que a nossa
˜ ´
quantidade de aspectos bons e maus a apresentar de modo designaçao e pregar as boas
´ novas.
que o efeito geral seja positivo. Para isso, e preciso determi-
ˆ Seja construtivo, em vez de
nar o que incluir, o que deixar fora e onde dar enfase. No ´
˜ crıtico.
Sermao do Monte, Jesus aconselhou seus ouvintes a evitar
Procure ter uma atitude
o modo interesseiro de agir dos escribas e dos fariseus, e ci- positiva para com os
tou alguns exemplos para ilustrar o ponto. (Mat. 6:1, 2, 5, ouvintes.
16) No entanto, em vez de se delongar nos exemplos nega- Ao falar com outros, pense
´ ˆ ´
tivos daqueles lıderes religiosos, Jesus frisou a importancia em como seus comentarios
´
de entender os verdadeiros caminhos de Deus e de viver de podem afeta-los.
acordo com eles. (Mat. 6:3, 4, 6-15, 17-34) O efeito foi ex-
tremamente positivo.
Mantenha o tom positivo. Se for designado para proferir um dis-
˜ ˜
curso na congregaçao sobre algum aspecto da atividade crista, procu-
´
re ser construtivo, em vez de crıtico. Quando incentivar outros a fazer
ˆ
algo, certifique-se de que voce esteja dando o exemplo. (Rom. 2:21,
˜ ˜
22; Heb. 13:7) Cuide para que o amor, nao a irritaçao, motive o que
ˆ ˜
voce diz. (2 Cor. 2:4) Se estiver confiante de que seus irmaos desejam
´ ˜ ´
agradar a Jeova, suas palavras vao refletir essa confiança, e isso tera
´ ´
um efeito benefico. Note como o apostolo Paulo expressou tal con-
fiança, conforme registrado em 1 Tessalonicenses 4:1-12; 2 Tessaloni-
ˆ
censes 3:4, 5 e Filemon 4, 8-14, 21.
` ´ ˜
As vezes, e preciso que os anciaos alertem contra a conduta impru-
´ ˜
dente. Mas a humildade os ajudara a tratar seus irmaos com brandura.
´
(Gal. 6:1) A maneira de dizer as coisas deve indicar que os membros
204 Ser edificante e positivo
˜ ˜ ´
da congregaçao sao encarados com respeito. (1 Ped. 5:2, 3) A Bıblia
aconselha em especial os homens mais jovens a se lembrarem disso.
´
(1 Tim. 4:12; 5:1, 2; 1 Ped. 5:5) Quando e preciso repreender, discipli-
` ´ ´
nar ou corrigir as coisas, deve-se fazer isso a base do que a propria Bı-
blia diz. (2 Tim. 3:16) O orador jamais deve forçar ou distorcer a apli-
˜ ´
caçao de um texto para apoiar suas proprias ideias. Mesmo quando for
´ ´
necessario dar conselho corretivo, o tom do discurso podera ser posi-
˜
tivo se o orador enfatizar primariamente como evitar transgressoes,
resolver problemas, vencer dificuldades, corrigir um mau proceder e
´ ´
enfatizar tambem como os requisitos de Jeova nos protegem. — Sal.
119:1, 9-16.
Ao preparar o discurso, pense especialmente na maneira de concluir
ˆ
cada ponto principal e o discurso como um todo. O que voce disser
´ ´ ´
por ultimo em geral sera lembrado por mais tempo. Sera positivo?
˜ ´
Ao conversar com irmaos. Os servos de Jeova prezam as oportuni-
˜ ˜ ˜ ˜
dades de companheirismo nas reunioes cristas. Sao ocasioes de revi-
´
goramento espiritual. A Bıblia nos exorta a ‘nos encorajar uns aos ou-
˜ ´ ˜ ´
tros’ nos nossos locais de adoraçao. (Heb.10:25) Isso e feito nao so por
´ ˜ ´
meio de discursos e comentarios durante as reunioes, mas tambem
por conversar antes e depois delas.
´
Embora seja normal conversar sobre as coisas do dia a dia, e bem
mais encorajador falar sobre assuntos espirituais, como, por exemplo,
ˆ
as experiencias que temos no serviço sagrado. Mostrar interesse sadio
´ ´
uns nos outros tambem e edificante.
ˆ ´
Por causa da influencia do mundo, e preciso ter cuidado. Ao escre-
˜ ´
ver aos cristaos em Efeso, Paulo disse: “Sendo que agora pusestes de
´ ´
lado a falsidade, falai a verdade, cada um de vos com o seu proximo.”
´ ˜
(Efe. 4:25) Falar a verdade em vez de a falsidade inclui nao glorificar
as coisas e as pessoas que o mundo idolatra. Da mesma forma, Jesus
alertou contra “o poder enganoso das riquezas”. (Mat. 13:22) Assim,
˜
precisamos ter cuidado para nao promover esse engano exaltando a
posse de bens materiais. — 1 Tim. 6:9, 10.
´
Ao aconselhar a respeito da necessidade de ser edificante, o aposto-
˜ ˜
lo Paulo nos exorta a nao julgar ou menosprezar um irmao que tal-
´ ´ ˜
vez evite certas coisas por causa de ‘fraqueza na fe’, isto e, por nao en-
˜
tender o pleno alcance da liberdade crista. De fato, para que a nossa
Ser edificante e positivo 205
˜
conversa edifique outros, temos de levar em conta a sua formaçao e o
´
grau de seu crescimento espiritual. Seria muito triste se ‘pusessemos
˜ ˜
diante de um irmao (ou de uma irma) uma pedra de tropeço ou uma
causa para cair’! — Rom.14:1-4, 13, 19.
ˆ
Quem enfrenta um grave problema pessoal — uma doença croni-
ca, por exemplo — aprecia uma conversa edificante. Essa pessoa talvez
` ˜
se esforce muito para assistir as reunioes. Os que conhecem a situa-
˜ ´
çao, podem perguntar: “Como se sente?” Ela sem duvida vai apreciar
´ ˜
o interesse. Contudo, falar a respeito de seu estado de saude talvez nao
seja o que ela considera ser o mais encorajador. Palavras de apreço e de
´ ˆ ˆ
elogio podem fazer muito para anima-la. Ve evidencias de que a pes-
´ ˜ ´
soa continua amando a Jeova e perseverando numa situaçao difıcil?
˜
Sente-se encorajado quando ela comenta nas reunioes? Em vez de fa-
˜ ˜
lar de suas limitaçoes, nao seria mais edificante destacar suas qualida-
˜
des e o que ela faz em favor da congregaçao? — 1 Tes. 5:11.
´
Para que a nossa conversa seja edificante, e especialmente impor-
´
tante levar em conta o conceito de Jeova a respeito dos assuntos. No
´
Israel antigo, aqueles que falaram contra os representantes de Jeova e
´ ´ ´
se queixaram a respeito do mana caıram no serio desagrado da parte
´ ˜
de Deus. (Num. 12:1-16; 21:5, 6) Se mostrarmos respeito pelos anciaos
e apreço pelo alimento espiritual fornecido pela classe do escravo fiel
e discreto, evidenciaremos que nos beneficiamos desses exemplos.
— 1 Tim. 5:17.
Encontrar coisas proveitosas para falar quando estamos com nossos
˜ ˜
irmaos cristaos raramente constitui problema. Contudo, se as obser-
˜ ´ ´
vaçoes de alguem forem muito crıticas, tome a iniciativa de mudar o
rumo da conversa para algo mais edificante.
Ao darmos testemunho a outros, ao falarmos da tribuna ou ao con-
˜
versarmos com nossos irmaos, usemos de discernimento para tirar do
˜ ˜
tesouro de nossos coraçoes palavras ‘boas para a edificaçao, conforme
´ ´
a necessidade, para que confiram aos ouvintes aquilo que e favoravel’.
´
— Efe. 4:29.
´
EXERCICIO:
´ ˜
Visite alguem fisicamente incapacitado ou que nao possa sair de casa e fale
´
sobre algo edificante. Mostre empatia, mas faça comentarios positivos. Pen-
ˆ ´
se com antecedencia no que lhe dira para alcançar seu objetivo.
˜ ˆ
35 REPETIÇ AO PARA DAR ENFASE
ˆ
O que voce deve fazer?
ˆ
Repetir os pontos que, em especial, voce deseja que os ou-
vintes gravem.
˜
O ENSINO eficaz inclui o uso de repetiçao. Se um ponto importan-
´ ´
te for declarado mais de uma vez, sera mais provavel que os ouvin-
tes o gravem. E, se a ideia for reapresentada de um modo ligeira-
˜ ´ ˆ
mente diferente, poderao ate compreende-la melhor.
˜ ˆ ˜
Se os ouvintes nao gravarem o que voce diz, suas palavras nao in-
˜ ´
fluenciarao as crenças ou o modo de vida deles. Por outro lado, e
´ ˜
provavel que continuarao a refletir nos pontos aos quais
´ ˆ ˆ
voce deu enfase especial.
POR QUE E IMPORTANTE? ´
´ Jeova, nosso Grandioso Instrutor, nos serve de mode-
Alem de ser uma ajuda ˜
` ˜ lo no uso de repetiçao. Quando deu os Dez Mandamen-
a memorizaçao, a repeti- ` ˜ ´
˜ tos a naçao de Israel, ele usou um porta-voz angelico
çao pode ser eficaz para
destacar ideias principais e ˜
para que a naçao ouvisse esses mandamentos no monte
contribuir para que os ou- ´ ˆ
Sinai. Mais tarde, ele os deu a Moises por escrito. (Exo.
vintes as entendam ˜
20:1-17; 31:18; Deut. 5:22) Antes de a naçao entrar na
claramente. ´ ´
Terra Prometida, Jeova ordenou a Moises que repetisse
´
esses mandamentos. E, por meio do espırito santo, Moi-
´ ˆ ˆ
ses registrou isso, como se ve em Deuteronomio 5:6-21. Entre os
mandamentos dados a Israel havia o requisito de amar e servir a
´ ˜ ´
Jeova de todo o coraçao, alma e força vital. Isso tambem foi de-
´ ˆ
clarado vez apos vez. (Deut. 6:5; 10:12; 11:13; 30:6) Por que? Por-
´
que, como Jesus disse, esse “e o maior e primeiro mandamento”.
´
(Mat. 22:34-38) Por meio do profeta Jeremias, Jeova lembrou mais
´ ˆ
de 20 vezes ao povo de Juda a seriedade de obedece-Lo em tudo o
que lhes ordenara. ( Jer. 7:23; 11:4; 12:17; 19:15) E, por meio de Eze-
˜
quiel, Deus declarou mais de 60 vezes que as naçoes ‘teriam de sa-
´ ´
ber que ele e Jeova’. — Eze. 6:10; 38:23.
´ ´
No registro do ministerio de Jesus, observamos tambem o uso
˜
eficaz de repetiçoes. Por exemplo, cada um dos quatro Evangelhos
´ ˜
narra eventos importantes que tambem sao relatados em um ou
ˆ
mais dos outros Evangelhos, mas de angulos ligeiramente diferen-
´ ´
tes. O proprio Jesus ensinou a mesma ideia basica em mais de uma
206
˜ ˆ
Repetiçao para dar enfase 207
˜ ˜
ocasiao, mas de maneiras diferentes. (Mar. 9:34-37; 10:35-45; Joao
13:2-17) E, no monte das Oliveiras, alguns dias antes de sua mor-
˜
te, Jesus usou de repetiçao para enfatizar este conselho vital: “Man-
˜ ´
tende-vos vigilantes, porque nao sabeis em que dia vira o vosso Se-
nhor.” — Mat. 24:42; 25:13.
´
No ministerio de campo. Ao darmos testemunho, esperamos
˜
que as pessoas gravem o que dizemos. O uso eficaz de repetiçao
pode ajudar a atingir esse objetivo.
´
Em muitos casos, repetir a materia no momento em
´ ´
que e apresentada ajuda a grava-la na mente do ouvin- QUANDO REPETIR
´ ´ ´
te. Assim, depois de ler um texto, podera enfatiza-lo por Logo apos mencionar um
indicar um ponto-chave nele e perguntar: “Notou a ex- ponto importante ou depois
˜ de explanar cabalmente
pressao usada no texto?”
´ ´ uma ideia principal.
As ultimas frases de uma conversa tambem podem ˜
ˆ ´ Na conclusao de sua conver-
ser usadas com eficiencia. Por exemplo, podera dizer: sa ou de seu discurso.
“O ponto principal de nossa conversa, que eu gostaria
´ ´ Ao discernir que os ouvintes
que gravasse e . . . ” Em seguida, volte a menciona-lo em ˜ ´
´ estao achando difıcil enten-
termos simples. Poderia ser algo assim: “O proposito de der certo ponto-chave.
´ ´
Deus e que a Terra seja transformada num paraıso. Esse No caso de revisitas e es-
´ ´ ´ ´
proposito se realizara com certeza.” Ou talvez: “A Bıblia tudos bıblicos, repetir em
´ ´ ˜
mostra claramente que estamos vivendo nos ultimos varias ocasioes, talvez
dias deste sistema mundial. Para sobrevivermos ao fim com intervalos de dias ou
´ semanas.
dele, temos de aprender o que Deus requer de nos.” Ou
˜ ´ ´
entao: “Como vimos, a Bıblia apresenta conselhos pra-
ticos sobre como lidar com os problemas da vida fami-
´ ˜
liar.” Em alguns casos, podera simplesmente repetir uma citaçao
´ ´ ´
da Bıblia como ponto a ser lembrado. E obvio que fazer isso com
ˆ ˜
eficiencia exige reflexao antecipada.
´ ˜
Nas revisitas e nos estudos bıblicos, a repetiçao pode ser feita por
˜
meio de perguntas de recapitulaçao.
´ ´
Se a pessoa acha difıcil entender ou aplicar certo conselho bıbli-
˜
co, talvez seja preciso abordar o assunto em mais de uma ocasiao.
´ ´ ˆ ˜ ˜
Tente apresenta-lo de varios angulos. As explicaçoes nao precisam
ser extensas, mas devem incentivar o estudante a continuar a pen-
˜
sar no assunto. Lembre-se, Jesus usou esse tipo de repetiçao ao aju-
´
dar seus discıpulos a superar o desejo de ocupar o primeiro lugar.
— Mat. 18:1-6; 20:20-28; Luc. 22:24-27.
˜ ˆ
208 Repetiçao para dar enfase
˜ ´ ´
Ao proferir discursos. Ao falar da tribuna, seu objetivo nao e so
˜ ´
transmitir informaçoes. Seu desejo e que os ouvintes entendam,
´ ˜
gravem e apliquem a materia. Para conseguir isso, use a repetiçao
de maneira eficaz.
ˆ
Contudo, se voce repetir muitas vezes os pontos principais, po-
´ ˜
dera perder a atençao dos ouvintes. Selecione bem os pontos que
ˆ ˜
merecem enfase especial. Esses em geral sao os pontos principais
´ ˜
do discurso, mas podem tambem incluir outras ideias que serao de
valor especial para os ouvintes.
˜ ˆ ´
Para usar a repetiçao, voce podera primeiro mencionar os pon-
˜ ˜
tos principais na introduçao. Faça isso com declaraçoes breves que
˜
forneçam uma visao geral do que vai falar, com perguntas ou com
breves exemplos que apresentem problemas a ser resolvidos. Pode-
´ ˜ ´ ´
ra dizer quantos sao os pontos principais e enumera-los. Daı, ex-
ˆ
plique cada ponto em detalhes durante o discurso. A enfase pode
ser reforçada no corpo do discurso por repetir cada ponto princi-
´
pal antes de passar para o seguinte. Ou podera fazer isso usando
˜ ´
um exemplo que mostre sua aplicaçao. Por ultimo, reforce os pon-
˜
tos principais usando uma conclusao que os repita, que os desta-
`
que pelo uso de contrastes, que responda as perguntas levantadas
˜
ou apresente brevemente soluçoes para os problemas levantados.
´
Alem disso, o orador experiente observa os ouvintes com aten-
˜ ˆ
çao. Percebe quando alguns tem dificuldade de entender certa
ideia e, se ela for importante, ele a explica de novo. No entanto,
˜
talvez nao baste repetir as mesmas palavras. Ensinar envolve mais
´
do que isso. O orador precisa ser flexıvel e talvez precise impro-
ˆ ´
visar durante o discurso. Sua eficiencia como instrutor dependera
`
em grande medida de aprender a adaptar-se dessa maneira as ne-
ˆ
cessidades da assistencia.
´
EXERCICIOS:
´
(1) Ao terminar uma conversa com alguem que encontra pela primeira vez
´
no ministerio de campo, repita apenas um ponto importante abordado e
ˆ
que voce deseja que a pessoa grave. (2) Ao concluir uma revisita, repita um
ˆ
ou dois pontos-chave que voce deseja que a pessoa interessada retenha na
´
memoria.
DESENVOLVIMENTO DO TEMA 36
ˆ
O que voce deve fazer?
ˆ ´ ´
Fazer referencia ao tema e explana-lo de varias maneiras no
decorrer do discurso.
˜ ˜
ses recursos farao do tema a ideia principal que os ouvintes vao assi-
milar.
´
Esses princıpios se aplicam tanto a discursos da tribuna como a
´ ´ ´
conversas no ministerio de campo. Sera mais facil lembrar-se de uma
conversa relativamente breve se for destacado um tema, e o mes-
´
mo acontece com o que ensinamos num estudo bıblico. Seu esforço
´
de selecionar e desenvolver temas adequados contribuira muito para
ˆ
realçar sua eficiencia como orador e instrutor da Palavra de Deus.
´
EXERCICIO:
Para o serviço de campo, selecione um tema em harmonia com um artigo
´ ´
especıfico em determinado numero de A Sentinela ou Despertai! recentes.
˜
Procure fazer com que o morador se interesse no tema logo na introduçao.
Em seguida, desenvolva-o analisando um ou dois pontos durante a pales-
˜
tra e destaque seu valor na conclusao.
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Organizar e apresentar a materia de um modo que os pon-
˜
tos principais recebam atençao especial.
˜ ˜ ˜
QUAIS sao os pontos principais de um discurso? Nao sao meros as-
˜
pectos interessantes, mencionados de passagem. Sao ideias impor-
tantes, explicadas extensivamente, e essenciais para alcançar o seu
objetivo.
´
Um dos segredos para destacar os pontos principais e selecionar e
´
organizar criteriosamente a materia. Muitas vezes, a pes-
´ ˜
POR QUE E IMPORTANTE? quisa para um discurso gera mais informaçoes do que po-
Serve de ajuda a
` dem ser usadas. Como determinar o que usar?
˜ ˜
memorizaçao, contribuindo Primeiro, leve em consideraçao os ouvintes. Sabem pou-
assim para que os ouvintes ´
´ co do assunto a ser apresentado, ou ja o conhecem bem?
meditem na materia e a ´
A maioria deles concorda com o que a Bıblia diz a respei-
apliquem.
to, ou alguns tendem a duvidar? Que tipo de desafios en-
´
frentam no dia a dia quando procuram aplicar o que a Bı-
blia diz sobre o assunto? Segundo, certifique-se de ter claro na mente
ˆ
o objetivo de falar a essa assistencia sobre o assunto planejado. Apli-
´
cando essas duas diretrizes, avalie a materia e retenha apenas o que
realmente sirva ao objetivo.
´
Se tiver recebido um esboço basico com um tema e pontos princi-
´ ˜
pais, e preciso aderir a ele. No entanto, o valor de sua apresentaçao
´
sera bem realçado se tiver em mente os fatores acima ao explicar cada
˜ ´ ´
ponto principal. Se nao receber um esboço, ficara a seu criterio esco-
lher os pontos principais.
Com os pontos principais bem definidos na mente e os respectivos
´ ´ ´
detalhes bem organizados, fica mais facil proferir o discurso. E prova-
´
vel que seus ouvintes tambem tirem mais proveito.
´ ´ ´
Maneiras de organizar a materia. Ha diversos metodos para orga-
ˆ ´ ´
nizar o corpo de um discurso. Ao conhece-los, vera que varios deles
podem ser eficazes, dependendo de seu objetivo.
´ ´ ´ ˜ ´
Um dos metodos versateis e a subdivisao por topicos. (Cada ponto
´ ´ ˜
principal e necessario, pois aumenta a compreensao dos ouvintes ou
212
Destacar os pontos principais 213
´ ´ ´
ajuda a atingir o objetivo do discurso.) Outro metodo e o cronologico.
´
(Eventos anteriores ao Diluvio, por exemplo, podem ser seguidos por
` ˜ ´
eventos anteriores a destruiçao de Jerusalem em 70 EC, que, por sua
´
vez, podem ser seguidos por eventos de nossos dias.) Um terceiro me-
´ ´
todo e o de causa e efeito. (Podera ser desenvolvido mencionando pri-
meiro o efeito e depois a causa, ou vice-versa. Por exemplo, poderia
˜ ´
expor uma situaçao atual, o efeito, e daı mostrar a causa.) Um quarto
´ ´
metodo envolve elementos opostos. (Podera contrastar o
`
bem com o mal ou o positivo com o negativo.) As vezes, COMO DESTACAR OS
´
pode-se usar mais de um metodo no mesmo discurso. PONTOS PRINCIPAIS
´
Quando foi acusado falsamente perante o Sinedrio ju- Antes de escolher os pontos
ˆ ˜ ´
daico, Estevao proferiu um discurso energico que seguiu principais, pense no que os
´ ´ ˆ ´
o metodo cronologico. Ao le-lo em Atos 7:2-53, note que ouvintes ja sabem a respeito
˜ do assunto e decida qual
a seleçao de pontos revela que ele tinha um objetivo. Pri- ´
ˆ ˜ sera seu objetivo. Organize
meiro, Estevao deixou claro que ele se referia a eventos ´
´ ˜ ´ a materia levando em conta
historicos que seus ouvintes nao podiam negar. Daı, des- esses fatores.
´ ˜
tacou que, embora Jose tivesse sido rejeitado pelos seus Mostre claramente a relaçao
˜ ˜
irmaos, Deus o havia usado para realizar uma libertaçao. dos argumentos, dos textos
˜
A seguir, mostrou que os judeus haviam sido desobedien- e das demais informaçoes
´ com a ideia principal que
tes a Moises, a quem Deus usava. E concluiu enfatizando
que aqueles que haviam provocado a morte de Jesus Cris- esses comprovam.
´ ˜
to manifestaram um espırito semelhante ao de judeus de Chame atençao a cada
˜ ´
geraçoes passadas. ponto principal. Podera
´
˜ ˜ ´ enumera-los, mencionar
Nao use pontos principais em demasia. Sao necessa- cada ponto antes de
rios apenas poucos aspectos essenciais para desenvolver apresentar as ideias que o
qualquer tema. Na maioria dos casos, podem ser contados apoiam, ou repeti-lo depois
´ ˜ ˆ de ter sido explanado.
nos dedos de uma so mao, quer voce fale por 5, 10, 30 mi-
˜
nutos, quer por mais tempo. Nao tente destacar pontos
demais, pois normalmente os ouvintes conseguem captar apenas
poucas ideias de um discurso. E, quanto mais longa for a palestra,
mais acentuados e bem definidos devem ser os pontos-chave.
Independentemente de quantos pontos principais usar, certifique-
ˆ
se de desenvolve-los bem. Conceda aos ouvintes tempo suficiente
para examinar cada um dos pontos principais, de modo que fiquem
´
bem gravados na memoria deles.
O discurso deve ter um toque de simplicidade. Isso nem sem-
´
pre depende da quantidade de materia apresentada. Se os argu-
´
mentos forem claramente agrupados sob poucos topicos principais
214 Destacar os pontos principais
´ ´
e desenvolvidos um por vez, o discurso sera facil de acompanhar e
´
difıcil de esquecer.
´
Destaque os pontos principais. Se a materia estiver adequadamen-
˜ ´ ´
te organizada, nao sera difıcil reforçar o significado dos pontos prin-
cipais no proferimento.
´
A maneira fundamental de destacar um ponto principal e apresen-
´
tar argumentos, textos e outra materia de tal modo que focalizem a
˜ ´
atençao na ideia principal e a ampliem. Todos os pontos secundarios
˜
devem esclarecer, provar e ampliar o ponto principal. Nao acrescente
ˆ ´ ˜
ideias sem importancia so porque sao interessantes. Ao desenvolver
´ ˜
os pontos secundarios, mostre claramente sua ligaçao com o ponto
˜ ˜
principal que apoiam. Nao deixe isso a cargo dos ouvintes. A ligaçao
pode ser mostrada repetindo palavras-chave que expressam a ideia
ˆ
principal ou mencionando, vez por outra, a essencia do ponto prin-
cipal.
Alguns oradores destacam os pontos principais enumerando-os.
´ ´ ˜
Embora esse metodo seja valido, nao deve substituir a escolha cuida-
˜ ´ ´ ´
dosa e a apresentaçao logica da propria materia.
Pode-se optar por simplesmente mencionar o ponto principal an-
´
tes de apresentar os argumentos. Isso ajudara os ouvintes a dar valor
´ ´ ´
ao que se seguira e tambem acentuara esse ponto principal. Depois,
´
pode-se realçar o ponto resumindo-o apos ter sido cabalmente expla-
nado.
´ ´ ˜
No ministerio de campo. Os princıpios considerados acima nao
´ `
se aplicam apenas aos discursos formais, mas tambem as palestras
´ ´ ˜
no ministerio de campo. Ao prepara-las, pense em alguma situaçao
˜
importante que seja do interesse das pessoas na regiao. Escolha um
´
tema que permita mostrar como a esperança que a Bıblia apresen-
´ ˜
ta resolvera a situaçao. Selecione talvez dois pontos principais para
´ ´ ´
desenvolver esse tema e os textos que usara para apoia-los. Daı, pen-
˜ ´ ˜
se em como iniciar a palestra. Essa preparaçao lhe dara condiçoes de
´ ´ ´
ter a flexibilidade necessaria para um dialogo e o ajudara a dizer algo
´
que os moradores gravem na memoria.
´
EXERCICIO:
´
Recapitule o artigo de estudo de A Sentinela da semana. Usando os subtıtu-
˜
los e as perguntas do quadro de recapitulaçao, procure identificar os pontos
principais. Pode ser proveitoso fazer isso todas as semanas.
˜
INTRODUÇ AO QUE DESPERTA INTERESSE 38
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Nas primeiras frases, dizer algo que capte a atençao da assis-
ˆ
tencia e contribua diretamente para alcançar o seu objetivo.
˜ ´
A INTRODUÇAO e uma parte fundamental de qualquer discurso. Se
ˆ ˜
voce realmente despertar o interesse dos ouvintes, eles estarao mais
˜ ´ ´
propensos a ouvir com atençao o que se seguira. No ministerio de
˜ ˜ ˜
campo, se a sua introduçao nao despertar o interesse, talvez nao con-
˜ ˜
siga prosseguir com a apresentaçao. Num discurso no Salao do Rei-
˜ ˜
no, as pessoas nao vao deixar o local, mas talvez comecem
ˆ ˜ ´
a pensar em outras coisas, se voce nao tiver cativado seu POR QUE E IMPORTANTE?
interesse. ˜
A introduçao pode determi-
˜ ˜
Ao preparar a introduçao, tenha em mente os seguintes nar se certas pessoas vao
˜ ˆ escutar o que se diz e com
objetivos: (1) captar a atençao da assistencia, (2) identifi- ˜ ˜
car com clareza o assunto e (3) mostrar por que o assunto quanta atençao o farao.
´ ´ ˆ
e importante para os ouvintes. Ha casos em que esses tres
objetivos podem ser alcançados quase simultaneamente.
` ´ ˜
As vezes, porem, podem receber atençao separada, e a ordem em que
´
isso e feito pode variar.
˜ ˆ
Como captar a atençao da assistencia. O simples fato de as pes-
˜
soas terem se reunido para ouvir um discurso nao significa neces-
˜
sariamente que estejam preparadas para dar indivisa atençao ao as-
˜ ´
sunto. Por que nao? A vida delas esta repleta de coisas que requerem
˜
atençao. Talvez estejam preocupadas com algum problema em casa
´
ou com outra ansiedade da vida. O desafio do orador e captar e pren-
˜ ˆ
der a atençao da assistencia. Existe mais de uma maneira de fazer
isso.
´ ˜
Um dos discursos mais famosos ja proferidos foi o Sermao do Mon-
te. Quais foram suas palavras iniciais? Segundo o relato de Lucas, Je-
´ ´
sus disse: “Felizes sois vos, pobres, . . . felizes sois vos os que ago-
´
ra tendes fome, . . . felizes sois vos os que agora chorais, . . . felizes
sois sempre que os homens vos odiarem.” (Luc. 6:20-22) Por que isso
despertou interesse? Usando poucas palavras, Jesus reconheceu al-
´
guns dos graves problemas que seus ouvintes enfrentavam. Daı, em
215
˜
216 Introduçao que desperta interesse
ˆ
lembrar a assistencia do que vai falar. Uma das maneiras de fazer isso
´
e repetir textualmente o tema do discurso. Seja como for, na introdu-
˜ ˜ ´ ˜
çao, deve-se focalizar a atençao no assunto que sera tratado e entao
desenvolver o tema aos poucos durante o discurso.
´
Quando enviou seus discıpulos para pregar, Jesus identificou clara-
mente a mensagem que deviam transmitir. “Ao irdes, pregai, dizen-
´
do: ‘O reino dos ceus se tem aproximado.’ ” (Mat. 10:7) A respeito de
˜
nossos dias, Jesus disse: “Estas boas novas do reino serao pregadas.”
´
(Mat. 24:14) Somos exortados a ‘pregar a palavra’, isto e, apegar-nos
` ´ ´
a Bıblia ao dar testemunho. (2 Tim. 4:2) Antes de abrir a Bıblia, ou de
˜ ´ ´
dirigir a atençao para o Reino, porem, muitas vezes e preciso iden-
˜ ´
tificar algo que seja de preocupaçao atual. Podera falar sobre crime,
desemprego, injustiças, guerras, como ajudar os jovens, doenças ou
˜
morte. Mas nao fale demais sobre assuntos negativos; sua mensagem
´
e positiva. Procure direcionar a conversa para a Palavra de Deus e a
esperança do Reino.
´ ˆ
Mostre por que o assunto e importante para os ouvintes. Se voce
˜ ´ ´
vai falar diante da congregaçao, podera ter razoavel certeza de que
˜
os ouvintes estarao de certo modo interessados no que tem a dizer.
´ ˜
Mas sera que ouvirao com o mesmo interesse de quem aprende algo
˜ ˜
que definitivamente lhe diz respeito? Prestarao atençao porque per-
˜
cebem que aquilo que ouvem se enquadra na situaçao deles e porque
ˆ ´
voce estimula neles o desejo de agir? Isso acontecera apenas se, ao
ˆ
preparar o discurso, voce levar em conta os ouvintes — suas circuns-
ˆ ˜ ˜
tancias, preocupaçoes e atitudes. Se fez assim, inclua na introduçao
algo que indique isso.
ˆ
Quer fale da tribuna, quer de testemunho a uma pessoa, um dos
´
melhores meios de despertar interesse num assunto e envolver os ou-
vintes. Mostre como os problemas e as necessidades deles, ou as per-
ˆ
guntas que talvez tenham, se relacionam com o assunto que voce
´ ´
apresenta. Se deixar claro que ira alem de generalidades e que abor-
´ ´ ´ ˜
dara aspectos especıficos da materia, eles ouvirao ainda mais atenta-
´
mente. Para isso, e preciso preparar-se bem.
˜ ˆ ˜ ´
Como fazer a introduçao. O que voce diz na introduçao e funda-
´
mental, mas como o diz pode tambem despertar o interesse. Por isso,
˜ ˜
a sua preparaçao deve envolver nao apenas o que vai dizer, mas tam-
´ ˆ
bem como vai dize-lo.
˜
Introduçao que desperta interesse 219
´
A escolha de palavras e importante para alcançar seu objetivo, de
ˆ
modo que talvez ache vantajoso preparar bem as duas ou tres frases
˜
iniciais. Frases curtas e simples em geral sao as melhores. Para um
˜ ˆ
discurso na congregaçao, talvez queira escreve-las no esboço, ou tal-
´
vez prefira decora-las a fim de que suas palavras iniciais tenham todo
˜
o impacto que merecem. Apresentar sem pressa uma introduçao efi-
´ ´
caz pode ajuda-lo a ganhar a tranquilidade necessaria para continuar
o discurso.
˜ ˜
Quando preparar a introduçao. As opinioes variam nesse aspecto.
˜
Alguns oradores experientes acreditam que a preparaçao de um dis-
˜ ´
curso deve começar com a introduçao. Outros que estudaram orato-
˜
ria opinam que a introduçao deve ser preparada depois de termina-
do o corpo do discurso.
ˆ
Voce certamente precisa saber sobre que assunto vai falar, e que
pontos principais pretende desenvolver, antes de poder elaborar os
˜
detalhes de uma introduçao adequada. Mas como fazer, caso seu dis-
curso se baseie num esboço impresso? Depois de ler o esboço, se lhe
˜ ˜ ´
ocorrer uma ideia para a introduçao, com certeza nao ha nada de mal
´ ´ ˜
em anota-la. Lembre-se tambem de que, para a introduçao ser eficaz,
´ ˆ ´
e preciso levar em conta tanto a assistencia como a materia do es-
boço.
´
EXERCICIOS:
˜ ˜
(1) Antes de sair na pregaçao de casa em casa, prepare uma introduçao que
` ´
se adapte tanto a mensagem como a um acontecimento recente no territo-
´
rio. (2) Analise o primeiro paragrafo de cinco ou seis artigos de A Sentinela
˜
e Despertai!. Procure descobrir o que torna eficaz cada uma das introduçoes.
˜
39 CONCLUSAO EFICAZ
ˆ
O que voce deve fazer?
Nas frases finais, dizer algo para motivar os ouvintes a agir
de acordo com o que ouviram.
ˆ ´
VOCE talvez tenha pesquisado cabalmente e organizado a materia
´
para formar o corpo de seu discurso. Talvez tenha preparado tambem
˜
uma introduçao que desperta o interesse. Mesmo assim, ainda falta
˜ ˜ ˆ
algo — uma conclusao eficaz. Nao minimize a sua importancia, pois
´ ´
o que se diz por ultimo em geral e lembrado por mais tempo. Se a con-
˜ ´
clusao for fraca, mesmo a materia que a precedeu pode perder muito
´
de sua eficacia.
´ ´
POR QUE E IMPORTANTE? Considere o seguinte: perto do fim de sua vida, Josue
´ ˜ ˜
˜ proferiu um discurso memoravel aos anciaos da naçao de
O que se diz na conclusao ´
´ Israel. Depois de relembrar os tratos de Jeova com Israel
em geral e lembrado por ˜ ´ ´
´ desde os dias de Abraao, sera que Josue apenas repetiu os
mais tempo e influi na efica-
´
cia do proprio discurso. ´ ˜
pontos altos em forma de sumario? Nao. Em vez disso,
com profundo sentimento, ele exortou o povo: “Temei a
´ ˜
Jeova e servi-o sem defeito e em verdade.” Leia a conclusao
´ ´
de Josue, registrada em Josue 24:14, 15.
´
Outro discurso notavel, registrado em Atos 2:14-36, foi proferi-
´ ˜ ´
do pelo apostolo Pedro a uma multidao em Jerusalem, na festivi-
dade de Pentecostes, em 33 EC. Primeiro, ele explicou que estavam
testemunhando o cumprimento da profecia de Joel a respeito do der-
´
ramamento do espırito de Deus. A seguir, mostrou como isso se rela-
ˆ
cionava com as profecias messianicas dos Salmos que prediziam a res-
˜ ˜ ` ´
surreiçao de Jesus Cristo e sua exaltaçao a direita de Deus. Daı, em sua
˜ ˜
conclusao, Pedro apresentou claramente a questao que todos os seus
ouvintes tinham de encarar, dizendo: “Portanto, que toda a casa de
Israel saiba com certeza que Deus o fez tanto Senhor como Cristo, a
este Jesus, a quem pregastes numa estaca.” Os presentes perguntaram:
˜
“Homens, irmaos, o que havemos de fazer?” Pedro respondeu: “Arre-
´
pendei-vos, e cada um de vos seja batizado no nome de Jesus Cristo.”
(Atos 2:37, 38) Naquele dia, cerca de 3 mil ouvintes, profundamente
comovidos pelo que ouviram, aceitaram a verdade a respeito de Jesus
Cristo.
220
˜
Conclusao eficaz 221
ˆ ˜ ˜
Pontos a lembrar. O que voce disser na conclusao deve ter relaçao
˜ ´
direta com o tema do discurso. Deve expressar a conclusao logica dos
pontos principais apresentados. Embora talvez queira incluir algumas
´ ´ ´
palavras-chave do tıtulo, repeti-lo na ıntegra e opcional.
´ `
Normalmente, seu objetivo ao falar e incentivar outros a agir a base
˜
das informaçoes apresentadas. Um dos principais objetivos da conclu-
˜ ´
sao e mostrar-lhes o que fazer. Ao escolher o tema e os pon-
tos principais, considerou cuidadosamente por que a ma- COMO FAZER
´ ´
teria e importante para os ouvintes e com que objetivo vai Certifique-se de que a
´ ˆ ˜ ˜
apresenta-la? Se fez isso, voce sabe que açao gostaria que conclusao se relacione dire-
´ ˜ ´ ´
eles tomassem. Agora, e preciso explicar que açao e essa e, tamente com as ideias ja
´ apresentadas.
talvez, como executa-la.
´ ` ˆ ˜ Mostre aos ouvintes como
Alem de mostrar a assistencia o que fazer, a conclusao `
˜ ´ ˜ agir a base do que ouviram.
deve criar motivaçao. Deve incluir solidas razoes para agir
´ ´ ˆ
e os possıveis benefıcios de fazer isso. Uma sentença final Motive a assistencia tanto
´ ˆ
bem pensada e bem fraseada aumentara o impacto do dis- por meio do que voce diz
ˆ
como pelo modo de dize-lo.
curso.
´
Tenha em mente que o discurso esta na fase final, e suas
´ ´
palavras devem indicar isso. Seu ritmo tambem devera ser
˜ ´
apropriado. Nao fale depressa ate o fim, parando abruptamente. Por
˜ ´
outro lado, nao termine o discurso baixando o volume da voz ate ela
´ ˜
quase desaparecer. O volume devera ser suficiente, mas nao excessivo.
´ ˜ ˜
Suas ultimas frases deverao ter um tom de finalizaçao e transmitir serie-
˜ ˜
dade e convicçao. Ao preparar o proferimento, nao deixe de treinar a
˜
conclusao.
˜ ˜ ˜ ´
Qual deve ser a duraçao da conclusao? Isso nao e algo a ser determi-
´ ˜ ˜
nado apenas pelo relogio. A conclusao nao deve se arrastar. A dura-
˜ ˆ
çao apropriada pode ser determinada pelo seu efeito sobre a assistencia.
˜ ´
Uma conclusao simples, direta e positiva e sempre apreciada. Contu-
˜
do, se for bem planejada, uma conclusao um pouco mais longa, que
˜ ´
inclua uma breve ilustraçao, tambem pode ser eficaz. Compare a con-
˜
clusao breve do inteiro livro de Eclesiastes, encontrada em Eclesiastes
˜ ˜ ´
12:13, 14, com a conclusao do Sermao do Monte, que e muito mais
curto, registrada em Mateus 7:24-27.
´ ´ ´ ˆ
No ministerio de campo. E no ministerio de campo que voce se
´ ˜
vera mais vezes diante da necessidade de fazer conclusoes. Com boa
˜ ´
preparaçao e amoroso interesse nas pessoas, podera obter resultados
˜
muitos bons. As sugestoes dadas neste estudo podem ser aplicadas
˜
222 Conclusao eficaz
` ´
com sucesso mesmo quando forem adaptadas a conversa com uma so
pessoa.
A conversa talvez seja bem breve. A pessoa pode estar ocupada e a
´
visita talvez dure apenas um minuto. Se for apropriado, podera dizer
algo assim: “Eu entendo. Mas, se me permitir, gostaria apenas de lhe
´
transmitir uma ideia animadora. A Bıblia mostra que o Criador tem
´
um proposito maravilhoso — fazer da Terra um lugar em que as pes-
´
soas possam viver para sempre. Poderemos estar nesse Paraıso, mas
´
para isso temos de aprender os requisitos de Deus.” Ou podera sim-
plesmente se prontificar a voltar numa hora mais conveniente.
´
Se o morador interromper a visita de maneira abrupta — ou ate mes-
´ ´
mo rude — ainda assim e possıvel obter um resultado positivo. Lem-
bre-se dos conselhos em Mateus 10:12, 13 e Romanos 12:17, 18. Sua
resposta branda talvez mude o conceito dele a respeito das Testemu-
´
nhas de Jeova. Seria um feito excelente.
Por outro lado, talvez tenha tido uma boa conversa com o morador.
˜
Por que nao repetir o ponto principal que deseja que ele grave? Inclua
algo que o motive a agir de acordo com o que foi dito.
˜
Se houver a possibilidade de continuar a conversa em outra ocasiao,
ˆ ` ´
de a pessoa algum motivo para aguarda-la com interesse. Faça uma
´ ´ `
pergunta — talvez extraıda do livro Raciocınios a Base das Escrituras
˜ ´
ou de uma publicaçao elaborada para dirigir estudos bıblicos domici-
liares. Tenha em mente o objetivo fixado por Jesus, conforme registra-
do em Mateus 28:19, 20.
´ ´
Esta terminando de dirigir um estudo bıblico domiciliar? Repetir
´
o tema ajudara o estudante a gravar o que foi estudado. Perguntas
˜ ˜
de recapitulaçao ajudarao a fixar na mente dele os pontos-chave, em
´
especial se isso for feito sem pressa. Perguntas sobre como a materia
´ ´ ´
estudada podera beneficia-lo, ou como ele podera transmiti-la a ou-
˜ ´ ´
tros, poderao ajuda-lo a pensar em maneiras praticas de aplicar o que
aprende. — Pro. 4:7.
˜ ´
Lembre-se: a conclusao influi na eficacia de toda a palestra.
´
EXERCICIO:
˜ ´ ´
Prepare duas conclusoes para o ministerio de campo: (1) o que podera di-
ˆ ˜
zer se o morador o interromper e voce tiver de resumir sua apresentaçao e
´
(2) uma pergunta especıfica para considerar na visita seguinte.
˜ ˜
EXATIDAO DAS DECLARAÇOES 40
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Transmitir informaçoes que estejam em plena harmonia com
os fatos.
˜ ˜ ´
O QUE poderia levar um cristao a fazer uma declaraçao inverıdica?
Talvez ele simplesmente repita algo que tenha ouvido, sem averiguar
˜
os fatos. Ou poderia exagerar em certa afirmaçao por ter interpreta-
´ ` ˜
do a materia de maneira errada. Se atentarmos a exatidao, mesmo em
˜
pormenores, os ouvintes verao que podem confiar na veracidade dos
aspectos mais importantes da nossa mensagem.
´ ´
No ministerio de campo. Dando-se conta de que ain- POR QUE E IMPORTANTE?
ˆ ˜ ˜
da tem muito que aprender, alguns hesitam em começar A exatidao das declaraçoes
´ ˜
a participar no ministerio de campo. Mas logo descobrem transmite uma impressao
´
que podem dar testemunho eficaz, mesmo tendo apenas favoravel sobre o orador,
´ ´ ˜
um conhecimento basico da verdade. Como? O segredo e a organizaçao com a qual
˜ ele serve e o Deus a quem
a preparaçao.
adora.
Antes de sair para o serviço de campo, prepare bem o as-
´
sunto que deseja abordar. Tente prever possıveis perguntas
´ ´
dos moradores e encontre respostas bıblicas satisfatorias. Isso o prepa-
´ ´
rara para dar respostas exatas de modo descontraıdo. Vai dirigir um
´ ´
estudo bıblico? Recapitule bem a materia e tenha certeza de que en-
´ ` ˜
tende a base bıblica para as respostas as perguntas na publicaçao.
E se um morador ou um colega de trabalho fizer uma pergunta que
ˆ ˜ ˜ `
voce nao saiba responder? Se nao tiver certeza dos fatos, resista a ten-
˜ ˜
taçao de adivinhar a resposta. “O coraçao do justo medita a fim de res-
´
ponder.” (Pro. 15:28) Talvez encontre a ajuda necessaria no livro Ra-
´ ` ´ ´
ciocınios a Base das Escrituras ou em “Topicos Bıblicos Para Palestrar”.
˜ ` ˜
Se nao tiver nenhum deles a mao, prontifique-se a pesquisar o assun-
˜
to e voltar em outra ocasiao. Se a pessoa que fez a pergunta for since-
˜ ´
ra, nao se importara em esperar pela resposta correta. Na verdade, ela
´
podera ficar bem impressionada com a sua humildade.
´
Trabalhar no ministerio de campo com publicadores experientes
´ ´
podera ajuda-lo a desenvolver habilidade no manejo correto da Pala-
vra de Deus. Observe que textos eles usam e como raciocinam a res-
˜ ˜
peito deles. Aceite humildemente qualquer sugestao ou correçao que
223
˜ ˜
224 Exatidao das declaraçoes
´
lhe ofereçam. O zeloso discıpulo Apolo beneficiou-se da ajuda recebi-
da de outros. Lucas o descreveu como “eloquente”, “bem versado” e
´
“fervoroso no espırito”, um homem que “falava e ensinava com pre-
˜
cisao as coisas a respeito de Jesus”. Mas havia uma falha no seu en-
´
tendimento. Ao notarem isso, Priscila e Aquila “acolheram-no na sua
companhia e expuseram-lhe mais corretamente o caminho de Deus”.
— Atos 18:24-28.
` ˜ ˜
‘Apego firme a palavra fiel.’ As nossas apresentaçoes nas reunioes
devem refletir profundo respeito pelo papel que a congre-
˜
COMO CONSEGUIR
gaçao desempenha como “coluna e amparo da verdade”.
´
` ˜ (1 Tim. 3:15) Para defender a verdade, e importante captar o
Resista a pressao de dar
uma resposta sem ter cer- sentido dos textos que pretendemos usar nas palestras. Leve
˜
teza. em conta o contexto e a intençao com que foram escritos.
´ ˜
Baseie seus comentarios no O que se diz numa reuniao congregacional pode ter
“modelo de palavras saluta- ˜ ´
´ muita repercussao. Naturalmente, “todos nos tropeçamos
res” encontrado na Bıblia. ˆ ´
muitas vezes”. (Tia. 3:2) Mas voce se beneficiara por desen-
Pesquise o assunto. ´ ˜
volver habitos que contribuam para a exatidao das decla-
˜ ˜ ˜ ´
Verifique a exatidao de es- raçoes. Muitos irmaos matriculados na Escola do Ministe-
´ ˜ ´ ˜ ˜
tatısticas, citaçoes e casos rio Teocratico com o tempo se tornarao anciaos, de quem
reais, e use-os sem exagero. ˜
se espera “mais do que o usual”. (Luc. 12:48) Se um anciao
Evite adivinhar detalhes de
ˆ ˜ por descuido der um conselho equivocado que resulte em
que voce nao se recorda cla- ´ ˜ ´
ramente. problemas serios para membros da congregaçao, podera in-
correr no desagrado de Deus. (Mat. 12:36, 37) Assim, o ir-
˜ ˜
mao que se qualifica como anciao tem de ser conhecido por
` `
‘apegar-se firmemente a palavra fiel com respeito a sua arte
de ensino’. — Tito 1:9.
˜
Cuide-se para que as suas explicaçoes se harmonizem com o “mode-
´
lo de palavras salutares” evidente no inteiro conjunto da verdade bı-
˜ ´ ˜
blica. (2 Tim. 1:13) Isso nao devia intimida-lo. Caso ainda nao tenha
´ ˆ
lido a Bıblia inteira, procure faze-lo. Nesse meio-tempo, siga as suges-
˜ ´
toes abaixo para analisar a materia que pretende usar no seu ensino.
´ ´ ´
Primeiro, pergunte-se: ‘Esta materia esta em harmonia com o que ja
´ ´ ´ ´
aprendi na Bıblia? Atraira meus ouvintes a Jeova, ou exaltara a sabedo-
ria do mundo, incentivando as pessoas a serem guiadas por ela?’ Jesus
´ ˜
disse: “A tua palavra e a verdade.” ( Joao 17:17; Deut. 13:1-5; 1 Cor. 1:19-
21) A seguir, use bem as ferramentas de estudo fornecidas pelo escravo
˜ ´ ˜
fiel e discreto. Elas nao so o ajudarao a entender corretamente os textos
´ ´ ´ ´
bıblicos, mas tambem a explicar como aplica-los com equilıbrio e ra-
˜ ˜
Exatidao das declaraçoes 225
ˆ
zoabilidade. Se voce basear suas palestras no “modelo de palavras salu-
˜ ´
tares”, e confiar no canal de comunicaçao de Jeova ao explicar e mos-
˜ ´ ˜ ˜
trar a aplicaçao dos textos bıblicos, suas declaraçoes serao exatas.
˜ ˜
Como verificar a exatidao das informaçoes. Eventos atuais, cita-
˜ ´ ´
çoes e historias da vida real podem ser uteis ao ilustrar e esclarecer a
˜ ˜
aplicaçao de certos pontos. Como pode ter certeza de que sao exatos?
´ ˜ ´ ˜
Uma maneira e por extrair essas informaçoes de fontes confiaveis. Nao
˜ ´ ´
se esqueça de verificar se a informaçao e atualizada, pois as estatısti-
´ ˜
cas se tornam obsoletas; as descobertas cientıficas sao rapidamente ul-
`
trapassadas e, a medida que o homem aumenta seu entendimento da
´ ´ ˜
Historia e de lınguas antigas, certas conclusoes precisam ser revistas.
˜ ˜ ´
Se estiver pensando em usar informaçoes de jornais, televisao, radio,
ˆ ´
correio eletronico ou Internet, tenha muito cuidado! Proverbios 14:15
˜ ´
alerta: “Qualquer inexperiente poe fe em cada palavra, mas o argucioso
´
considera os seus passos.” Pergunte-se: ‘Essa fonte e reconhecida como
´ ˜
confiavel? A informaçao pode ser confirmada por outros meios?’ Se
˜
duvidar da autenticidade de uma informaçao, descarte-a.
´
Alem de verificar a confiabilidade das fontes, estude cuidadosamente
˜ ˜ ´
como usar a informaçao. Certifique-se de usar citaçoes e estatısticas em
´
harmonia com o contexto do qual foram extraıdas. Por exemplo, no
ˆ
esforço de expressar-se com veemencia, cuide para que “algumas pes-
˜
soas” nao se transforme em “a maioria das pessoas”, nem “muitas pes-
˜
soas” em “todas as pessoas”, e que “em certos casos” nao se transfor-
˜
me em “sempre”. Superdimensionar assuntos ou exagerar informaçoes
˜ ˜
envolvendo cifras, extensao ou gravidade de determinado fato poe em
´
duvida a credibilidade de quem as divulga.
ˆ ˜ ´ ˜
Se voce for sempre exato nas declaraçoes, ganhara a reputaçao de ser
´ ´ ˜ ´
alguem que respeita a verdade. Isso transmitira uma impressao favora-
´ ´
vel das Testemunhas de Jeova como grupo e, o que e mais importante,
´ ´
honrara a ‘Jeova, o Deus da verdade’. — Sal. 31:5.
´
EXERCICIO:
˜
Peça a uma Testemunha madura que ouça e verifique a exatidao do que
ˆ ´
voce disser ao explicar o seguinte, nas suas proprias palavras: (1) Que tipo
´ ´ ˆ
de pessoa e Jeova, e como voce sabe disso? (2) Por que Jesus entregou a
´
vida em sacrifıcio, e como podemos nos beneficiar disso? (3) O que Jesus
Cristo tem feito, desde que foi entronizado como Rei?
41 CLAREZA
ˆ
O que voce deve fazer?
ˆ
Falar de um modo que a assistencia possa entender pronta-
mente o significado do que diz.
˜ ˜
AO FALAR, nao apresente apenas informaçoes. Esforce-se em tornar
´ ´
compreensıvel o que diz. Isso pode ajuda-lo a se comunicar eficaz-
` ˜ ˜ ˜
mente, tanto ao falar a congregaçao como a pessoas que nao sao Tes-
´
temunhas de Jeova.
˜
A clareza de linguagem tem muitas facetas. Algumas sao analisa-
˜ ´ ´
das no estudo 26, “Apresentaçao logica da materia”. Ou-
´ ˜
tras sao consideradas no estudo 30, “Mostrar interesse
POR QUE E IMPORTANTE?
´ nos outros”. Neste estudo, vamos analisar alguns pontos
Quanto mais compreensıvel
´
for a materia, mais os ouvin-
adicionais.
˜ Palavras e estilo simples. Palavras simples e frases cur-
tes se beneficiarao dela.
˜ ˜
tas sao poderosas ferramentas de comunicaçao. O Ser-
˜ ´
mao do Monte, proferido por Jesus, e um exemplo es-
ˆ
plendido de discurso que pode ser entendido por todas as
pessoas, independentemente de quem sejam ou de onde vivam. Os
conceitos talvez sejam novos para elas. Contudo, entendem o que Je-
sus disse porque ele abordou assuntos que interessam a todos: como
˜
ser feliz, como melhorar as relaçoes com os outros, como lidar com
´
a ansiedade e como encontrar sentido na vida. Alem disso, ele ex-
pressou seus pensamentos em termos realistas. (Mat., caps. 5-7) Na-
´ ´ ˜
turalmente, na Bıblia ha muitos exemplos de variedade na extensao
e na estrutura das sentenças. O objetivo principal do orador deve ser
´
expressar ideias de maneira clara e compreensıvel.
˜ ´
O estilo simples facilita a compreensao da materia, mesmo que
˜
ela seja profunda. Como conseguir a simplicidade? Nao sobrecar-
´ ´
regue os ouvintes com detalhes desnecessarios. Organize a materia
de modo que ela complemente os pontos principais. Selecione com
cuidado os textos-chave e, em vez de passar rapidamente de um tex-
˜
to para outro, leia-os e explique-os. Nao obscureça um bom pensa-
mento com muitas palavras.
´
Ao dirigir um estudo bıblico domiciliar, aplique esses mesmos
´
princıpios. Ajude o estudante a entender claramente as ideias princi-
226
Clareza 227
˜ ´ ˆ
pais, mas nao tente explicar todos os detalhes. Ele podera aprende-
˜
los mais tarde, no estudo pessoal e nas reunioes congregacionais.
´ ´
Para apresentar a materia de modo simples, e preciso estar bem
´
preparado. Para que consiga tornar o assunto compreensıvel a ou-
´ ˆ
tros, e fundamental que voce mesmo o entenda claramente. Nesse
´ ´
caso, conseguira apresentar, em suas proprias palavras, argumentos
˜
que apoiem suas explicaçoes.
` ´
Explicar termos desconhecidos. As vezes, e preciso ex- COMO CONSEGUIR
˜
plicar o significado de termos ou expressoes que os ou- Use linguagem clara; prefira
˜ ˜
vintes nao conhecem. Nao superestime o conhecimento frases curtas para as ideias
´ ˜ ˆ principais.
dos ouvintes, mas tambem nao subestime a inteligencia
´ ˆ
deles. Por ter estudado a Bıblia, voce talvez use certos ter- Enfatize apenas alguns pon-
˜ tos principais.
mos que outras pessoas nao conhecem. Sem alguma ex-
˜ ˜ Explique os termos desco-
plicaçao, os que nao se associam com as Testemunhas de
´ ˜ ˜ ˜ nhecidos para os ouvintes.
Jeova nao entenderao que expressoes como “restante”,
“escravo fiel e discreto”, “outras ovelhas” e “grande mul- Tome tempo para explicar e
˜ ´ ˜
tidao” identificam grupos especıficos de pessoas. (Rom. esclarecer a aplicaçao dos
˜ textos.
11:5; Mat. 24:45; Joao 10:16; Rev. 7:9) Similarmente, a
˜ Pense no efeito que seu
menos que a pessoa conheça bem a organizaçao das Tes-
´ ˜ ´ exemplo pode ter sobre os
temunhas de Jeova, provavelmente nao entendera o sig- ouvintes.
nificado de termos como “publicador”, “pioneiro”, “su-
˜
perintendente de circuito” e “Comemoraçao”.
´ ´
Certos termos bıblicos muito usados, ate mesmo por pessoas que
˜ ˜ ´
nao sao Testemunhas de Jeova, talvez precisem de alguma explica-
˜
çao. Para muitos, “Armagedom” significa holocausto nuclear. Talvez
˜ ´
associem “Reino de Deus” com uma condiçao no ıntimo da pessoa
´ ˜ ˜
ou com o ceu, mas nao com governo. A mençao de “alma” pode
levar alguns a imaginar uma suposta parte espiritual dos humanos
` ˜ ´
que sobrevive a morte do corpo. Milhoes aprenderam que o “espıri-
´
to santo” e uma pessoa, parte de uma Trindade. Visto que tantas pes-
˜ ´
soas abandonaram o padrao de moral da Bıblia, talvez precisem de
´ ´
ajuda ate mesmo para entender o que a Bıblia quer dizer com as pa-
˜
lavras: “Fugi da fornicaçao.” — 1 Cor. 6:18.
´ ´ ˜
A menos que tenha o habito de ler a Bıblia, a pessoa pode nao en-
ˆ
tender direito se voce disser simplesmente: “Paulo escreveu . . . ” ou
“Lucas disse . . . ”. Ela talvez tenha amigos ou conhecidos com esses
˜
nomes. Assim, pode ser preciso usar uma expressao complementar
228 Clareza
ˆ ´ ´ ˜
para deixar claro que voce esta falando de um apostolo cristao ou de
´
um escritor bıblico.
´ ´
Muitas vezes e necessario ajudar os ouvintes a entender textos rela-
cionados com medidas ou costumes dos tempos antigos. Por exem-
´ ˆ
plo, dizer que a arca de Noe media 300 covados de comprimento,
ˆ ˆ ˜ ˆ
50 covados de largura e 30 covados de altura talvez nao lhes de ne-
ˆ ˆ
nhuma ideia do que isso representa. (Gen. 6:15) Mas, se voce com-
˜ ˆ
parar essas dimensoes com pontos de referencia locais, os ouvintes
˜
logo visualizarao o tamanho da arca.
˜ ´ ˆ
Forneça a explicaçao necessaria. Para que a assistencia entenda
˜
com clareza, talvez se exija mais do que apenas a definiçao exata de
´
determinado termo. Na Jerusalem dos dias de Esdras, a leitura da Lei
˜
era acompanhada de explicaçoes. Para ajudar o povo a captar o senti-
´
do da Lei, os levitas a interpretavam e mostravam como aplica-la nas
ˆ ´
circunstancias da epoca. (Nee. 8:8, 12) De modo similar, tome tem-
ˆ ´ ˆ ˆ
po para explicar e mostrar como por em pratica os textos que voce le.
˜ ´
Logo depois de sua morte e ressurreiçao, Jesus explicou aos discı-
pulos que aquilo havia acontecido em cumprimento das Escrituras.
´
Enfatizou tambem a responsabilidade deles como testemunhas da-
˜
queles acontecimentos. (Luc. 24:44-48) As pessoas entenderao com
mais rapidez o verdadeiro significado do que lhes ensinamos se as
ˆ
ajudarmos a ver a influencia que esse ensino deve ter em sua vida.
˜ ˜
O papel do coraçao. Naturalmente, mesmo que suas explicaçoes
sejam claras, outros fatores podem determinar se o ouvinte vai en-
˜ ˜ ˜
tender ou nao. Por exemplo, se o coraçao da pessoa nao for recepti-
´
vo, isso a impedira de captar o sentido do que se diz. (Mat. 13:13-15)
Para quem insiste em encarar as coisas de um ponto de vista estrita-
´ ˜
mente fısico, os assuntos espirituais sao tolice. (1 Cor. 2:14) Quando
´
alguem demonstra tal atitude, pode ser sensato simplesmente encer-
rar a palestra — pelo menos naquele momento.
´ ´ ˜ ˜ ´
Ha casos, porem, em que o coraçao da pessoa nao e receptivo por
´
causa das dificuldades que ela ja enfrentou na vida. Se tiver a opor-
´ ˜
tunidade de ouvir verdades bıblicas durante algum tempo, o coraçao
´ ´
dela podera tornar-se receptivo. Quando Jesus disse aos apostolos
˜ ˜
que ele seria açoitado e morto, eles nao entenderam. Por que nao?
˜ ˜
Porque nao era isso o que esperavam e, com certeza, nao era o que
´
queriam! (Luc. 18:31-34) Contudo, com o tempo, 11 desses aposto-
Clareza 229
´
EXERCICIO:
Procure falar a um parente, vizinho, colega de trabalho ou de escola, que
˜ ´ ´
nao e Testemunha de Jeova, a respeito de algum ponto interessante apresen-
˜
tado esta semana numa reuniao congregacional. Certifique-se de explicar
˜
os termos que a pessoa talvez nao entenda.
˜
42 APRESENTAÇ AO INSTRUTIVA
ˆ
O que voce deve fazer?
Transmitir conhecimento de um modo que estimule o racio-
´ ˜
cınio, para que os ouvintes fiquem com a sensaçao de terem
aprendido algo de valor.
˜ ˜
A FIM de que sua apresentaçao seja instrutiva, nao basta falar sobre
um assunto importante para os ouvintes. Pergunte-se: “Por que esta
ˆ
assistencia precisa ouvir este assunto? O que devo dizer para que os
´
ouvintes sintam que realmente tiraram proveito da materia?”
ˆ
Na escola, se voce for designado para demonstrar como dar tes-
´ ´ ˆ
temunho a alguem, o morador sera sua assistencia. Em
´ ˆ ´ ˜
POR QUE E IMPORTANTE? outros casos, voce tera de falar a toda a congregaçao.
ˆ ˆ ´
Se voce disser aos ouvintes O que a assistencia ja sabe. Pergunte-se: “O que a as-
´ ˆ ´ ´
apenas coisas que ja sabem, sistencia ja sabe sobre este assunto?” Assim, podera de-
´
dificilmente conseguira terminar seu ponto de partida. Se tiver de falar a uma
˜ ˜ ´ ˜ ˜
prender a atençao deles congregaçao em que ha muitos cristaos maduros, nao se
por muito tempo. ´
limite a repetir verdades basicas, que quase todos conhe-
ˆ
cem; procure enriquece-las com mais detalhes. Natural-
´ ´ ˆ
mente, se houver tambem muitos recem-interessados na assisten-
cia, leve em conta as necessidades de ambos os grupos.
˜
Ajuste o ritmo de sua apresentaçao de acordo com os conheci-
ˆ
mentos da assistencia. Seja breve ao abranger pontos conhecidos
pela maioria; delongue-se um pouco mais ao expor ideias que sejam
ˆ
novas para muitos dos ouvintes, a fim de que possam entende-las
claramente.
˜ ˜
Informaçoes instrutivas. Uma apresentaçao instrutiva nem sem-
˜
pre precisa conter algo novo. Alguns oradores expoem certas verda-
´ ˜
des conhecidas com tanta simplicidade que so entao muitos na as-
ˆ ˆ
sistencia passam a entende-las plenamente.
´ ˜ ´
No ministerio de campo, nao basta citar uma notıcia para ilus-
´ ´ ´
trar que vivemos nos ultimos dias. Sua mensagem so sera instrutiva
ˆ ´
se voce usar a Bıblia para mostrar ao morador o significado desses
eventos. De modo similar, ao mencionar um detalhe sobre as leis
˜
naturais ou sobre a vida animal ou vegetal, seu objetivo nao deve
´
ser apenas apresentar uma curiosidade cientıfica da qual o morador
230
˜
Apresentaçao instrutiva 231
nunca tenha ouvido falar. Sua meta deve ser mostrar como a natu-
˜ ´
reza confirma a declaraçao bıblica de que existe um Criador que nos
´ ˆ
ama. Isso ajudara o morador a ver o assunto por um novo angulo.
´ ˆ ´
E desafiador falar de um assunto que a assistencia ja ouviu muitas
ˆ
vezes. Mas para ser um bom instrutor voce precisa apren-
der a fazer isso. Como? COMO FAZER
´ ˆ ´
Um fator importante e pesquisar. Em vez de incluir no Pense no que a assistencia ja
ˆ ` sabe sobre o assunto.
discurso apenas fatos que lhe vem logo a mente, use as fer-
´
ramentas de pesquisa mencionadas nas paginas 33 a 38. Ajuste o ritmo ao apresentar
˜ ˜
Tenha em mente as sugestoes dadas ali sobre quais devem as informaçoes: seja breve
ser seus objetivos. Na sua pesquisa, pode ser que encontre ao tratar de pontos conheci-
´ dos; delongue-se um pouco
um fato historico menos conhecido que esteja diretamen- mais ao tratar de pontos no-
˜
te relacionado com o assunto em discussao. Ou talvez se vos.
˜ ˜
depare com declaraçoes recentes nos meios de comunica- Nao se limite a expor fatos;
˜
çao que ilustrem o ponto que pretende explicar. analise o significado e o va-
´ ´ ´ lor deles.
Ao analisar a materia, estimule o proprio raciocınio fa-
ˆ ˆ ´
Estimule seu proprio racio-
zendo perguntas, como o que? por que? quando? onde? ´
´ cınio com as perguntas:
quem? e como? Por exemplo: Por que isso e verdade? Como ˆ ˆ
´ O que? Por que? Quando?
posso provar? Que crenças populares tornam difıcil para Onde? Quem? Como?
´ ´
alguns entender essa verdade bıblica? Por que e importan-
Tome tempo para raciocinar
te? Como deveria afetar a vida da pessoa? Que exemplo sobre as Escrituras; explique
´ ´
deixa claro os benefıcios de aplica-la? O que essa verdade determinados trechos.
´ ´ ˜
bıblica revela sobre a personalidade de Jeova? Depen- Use comparaçoes e contras-
´ ˜ ´
dendo da materia em consideraçao, podera se perguntar: tes.
˜ ´ ˜
Quando isso ocorreu? Que liçao pratica nos ensina? Para Apresente uma visao geral
˜ ´ ´
tornar sua apresentaçao mais animada, podera fazer al- da materia.
ˆ ´
gumas dessas perguntas e responde-las durante o proprio Mostre como usar as infor-
˜
discurso. maçoes para resolver pro-
` ´ ´ ˜
blemas e tomar decisoes.
As vezes, e preciso usar no discurso textos bıblicos co-
nhecidos pelos ouvintes. O que fazer para que esses tex-
ˆ
tos sejam instrutivos? Em vez de simplesmente le-los, explique-os.
˜ ´ ˆ
A explicaçao de um texto conhecido sera mais instrutiva se voce
isolar os trechos que se relacionam com o tema do discurso e expli-
´
ca-los. Veja algumas possibilidades que oferece um texto como Mi-
´ `
queias 6:8. O que e “justiça”? O texto se refere as normas de
justiça de quem? Como ilustraria o que significa ‘exercer a justi-
´ ´
ça’? Ou ‘amar a benignidade’? O que e modestia? Como mostraria
˜
a aplicaçao desse texto para uma pessoa idosa? Naturalmente, suas
˜
232 Apresentaçao instrutiva
˜ ˜
explicaçoes estarao condicionadas a fatores como o tema, o objeti-
ˆ ´
vo, a assistencia e o tempo disponıvel.
´ ´ ˜
Muitas vezes, e util dar uma definiçao simples de certos termos.
´
Para algumas pessoas, e esclarecedor aprender o que significa o “rei-
´ ˜
no” mencionado em Mateus 6:10. Ate mesmo um cristao veterano en-
´ ˜ ´
tendera melhor um texto se relembrar a definiçao de termos especı-
´ ´
ficos. Um bom exemplo disso e 2 Pedro 1:5-8, que menciona varios
´ ´
termos que podemos definir: fe, virtude, conhecimento, autodomı-
˜ ˜
nio, perseverança, devoçao piedosa, afeiçao fraternal e amor. Quan-
do se usam em um mesmo contexto palavras cujos significados coin-
´ ˜
cidem em parte, e bom dar uma definiçao para ajudar a diferenciar
˜
umas das outras. Um exemplo disso sao os termos sabedoria, conhe-
˜ ´
cimento, discernimento e compreensao, usados em Proverbios 2:1-6.
`
Simplesmente raciocinar a base de um texto pode ser instrutivo
ˆ ˜
para a assistencia. Muitas pessoas se surpreendem quando se dao
˜ ´ ˆ
conta de que, em algumas traduçoes da Bıblia, Genesis 2:7 diz que
˜
Adao era uma alma vivente e que, segundo Ezequiel 18:4, as almas
˜
morrem. Em certa ocasiao, Jesus surpreendeu os saduceus quando
ˆ `
citou Exodo 3:6, no qual eles professavam crer, e o aplicou a ressur-
˜
reiçao dos mortos. — Luc. 20:37, 38.
` ´ ˆ
As vezes, e esclarecedor mencionar o contexto e as circunstan-
´
cias em que determinado versıculo foi escrito, bem como a identi-
dade de quem falava ou de quem escutava. Os fariseus conheciam
˜
muito bem o Salmo 110. Mesmo assim, Jesus chamou a atençao de-
´
les para um detalhe importante encontrado no primeiro versıculo.
´
Ele perguntou: “ ‘Que pensais do Cristo? De quem e ele filho?’ Dis-
´ ˜
seram-lhe: ‘De Davi.’ Ele lhes disse: ‘Como e, entao, que Davi, por
˜ ´
inspiraçao, lhe chama “Senhor”, dizendo: “Jeova disse ao meu Se-
` ´
nhor: ‘Senta-te a minha direita, ate que eu ponha os teus inimigos
´
debaixo dos teus pes’ ”? Se, portanto, Davi o chama de “Senhor”,
´
como e ele seu filho?’ ” (Mat. 22:41-45) Quando raciocinamos so-
bre as Escrituras como Jesus fazia, ajudamos as pessoas a ler a Pala-
˜
vra de Deus com mais atençao.
´
Se o orador mencionar quando se escreveu um livro bıblico ou
´ ˜
ocorreu determinado evento, deve tambem descrever as condiçoes
´ ˆ
existentes naquela epoca. Dessa forma, a assistencia vai captar mais
ˆ
claramente a importancia do livro ou do evento.
˜
Apresentaçao instrutiva 233
˜ ´
As comparaçoes tambem contribuem para que sua mensagem seja
mais instrutiva. Pode-se contrastar um conceito popular com o que a
´ ´
Bıblia diz, ou comparar dois relatos bıblicos paralelos. Existem dife-
´
renças? Se existem, por que se da isso? O que aprendemos delas? Com
isso, talvez os ouvintes vejam o assunto por um novo prisma.
´ ˜
Se for designado para falar sobre uma faceta do ministerio cristao,
˜ ´ ˆ ˜
sua apresentaçao sera mais instrutiva se voce iniciar com uma visao
geral do assunto. Mencione o que se deve fazer e por que, e como
´
isso se relaciona com nossos objetivos como Testemunhas de Jeova.
´
Daı, explique onde, quando e como aplicar o que destacou.
´
E se for necessario falar de algumas das “coisas profundas de
Deus” em um discurso? (1 Cor. 2:10) Em primeiro lugar, identifique
´ ´
alguns pontos-chave do assunto e explique-os; depois sera mais fa-
ˆ
cil entender os detalhes. Se voce concluir com um resumo conciso
´ ˆ ´ ´
da materia, a assistencia provavelmente ficara com a agradavel sen-
˜
saçao de ter realmente aprendido algo.
˜
Conselhos para a vida crista. Para que os ouvintes tirem mais
´
proveito, mostre como podem aplicar na propria vida as informa-
˜ ´
çoes do discurso. Ao analisar os textos bıblicos citados na fonte
´ ´ ˜
de materia em que baseara a apresentaçao, pergunte-se: “Por que
˜ ´
se preservou essa informaçao nas Escrituras ate hoje?” (Rom. 15:4;
ˆ
1 Cor. 10:11) Pense nos problemas que a assistencia provavelmen-
´
te enfrenta e analise-os, levando em conta os conselhos e os princı-
´
pios bıblicos. Durante o discurso, raciocine usando as Escrituras e
mostre como estas podem ajudar a pessoa a lidar sabiamente com
˜ ˜ ´
seus problemas. Nao generalize. Mencione atitudes e açoes especı-
ficas.
´ ´
De inıcio, aplique no seu proximo discurso uma ou duas das suges-
˜ ` ˆ
toes dadas acima. A medida que ganhar mais experiencia, aplique ou-
´ ˆ ´
tras. Com o tempo, notara que a assistencia ficara na expectativa dos
´ ˜
seus discursos, porque tera certeza de que serao proveitosos.
´
EXERCICIOS:
(1) Faça uma pesquisa e tente descobrir um aspecto instrutivo de um tex-
˜ ´
to conhecido, como Mateus 24:14 ou Joao 17:3. (2) Leia Proverbios 8:30, 31
˜ ´
e Joao 5:20. Medite no relacionamento que existe entre Jeova Deus e Cristo
´
Jesus, conforme descrito nesses versıculos. Como poderia usar esses textos
´
para ajudar uma famılia?
´
43 USAR A MATERIA DESIGNADA
ˆ
O que voce deve fazer?
Concentrar-se no assunto designado e, se for especificada uma fon-
´ ´
te de materia, tirar dela os textos bıblicos e os pontos principais.
´ ˜ ˜
A BIBLIA compara a congregaçao crista ao corpo humano. Cada
´ ´ ˆ ˜
membro e necessario, mas ‘nem todos tem a mesma funçao’. As-
´
sim, devemos esforçar-nos para nos desincumbir de todo privilegio
˜
que recebemos. Precisamos valorizar todas as designaçoes de ensi-
´ ˜
no publico, cumprindo-as bem. Nao devemos subestimar a impor-
ˆ ´
tancia de alguns assuntos so porque achamos que outros
´ ˜
POR QUE E IMPORTANTE?
sao mais interessantes. (Rom. 12:4-8) O escravo fiel e dis-
creto tem a responsabilidade de fornecer o alimento espi-
Quando preparamos o dis-
´ ritual “no tempo apropriado”. (Mat. 24:45) Quando usa-
curso usando a materia
designada, mostramos res- mos nossas habilidades para elaborar discursos de acordo
peito pelo programa de ˜
˜ com as instruçoes recebidas, mostramos apreço por esse
alimentaçao preparado trabalho, o que contribui para o funcionamento suave de
pelo escravo fiel e discreto. ˜
toda a congregaçao.
˜
O que incluir. Quando receber uma designaçao na es-
cola, concentre-se apenas no assunto indicado. Na maio-
˜ ´ ´
ria das vezes, a designaçao indicara a materia impressa em que deve
˜ `
basear-se ao preparar o discurso. Caso isso nao seja feito, recorra as
fontes que preferir. Mas, seja como for, assegure-se de que o discur-
so gire em torno do assunto designado. Para decidir o que vai incluir
´ ˆ
nele, leve em conta tambem a assistencia.
´ ´
Analise cuidadosamente a fonte de materia e os textos bıblicos
´ ´
contidos nela. Pense em como usa-la para o maximo proveito da as-
ˆ ˆ
sistencia. Escolha dois ou tres pontos e use-os como ideias principais
´ ´
do discurso. Escolha tambem os textos bıblicos que planeja ler e ex-
plicar.
´
Quanta materia deve abranger? Somente o que conseguir analisar
˜ ´
de forma adequada. Nao sacrifique a qualidade do ensino so para in-
˜ ´ ˜
cluir muitas informaçoes. Se parte da materia nao se ajusta ao obje-
˜
tivo do discurso, concentre-se nos trechos que o ajudarao a atingir
esse objetivo. Use os pontos mais informativos e proveitosos para a
234
´
Usar a materia designada 235
ˆ ´ ´ ˜ ´
assistencia. O objetivo desta caracterıstica de oratoria nao e ver quan-
´ ˆ ´
ta materia consegue abranger, mas se voce usa a materia designada
como base para o discurso.
˜ ´
O discurso nao deve ser apenas um resumo da materia designada.
Prepare-se para explicar certos pontos, dar detalhes adicionais sobre
´ ´
eles, ilustra-los e possivelmente dar um exemplo de como aplica-los.
Se incluir ideias adicionais, use-as para desenvolver pon-
´ ˜
tos importantes da materia designada, e nao para substi- COMO FAZER
´
tuı-los. ´
Use apenas materia que
˜ ˜
Os irmaos qualificados que sao convidados para dar se relaciona diretamente
˜ ˜ ˜ com o assunto designado.
instruçao na Reuniao de Serviço estao bem cientes de
´ ´ ´ ˜ ˜
que e necessario usar a materia designada e nao substi- Se uma publicaçao im-
´ pressa for indicada como
tuı-la por outra. De modo similar, os que proferem dis-
´ base para o discurso, tire
cursos publicos recebem os esboços em que devem ba- os pontos principais e os
sear-se. Esses permitem certa flexibilidade, mas indicam textos-chave apenas dela,
˜
claramente os pontos principais, os argumentos de apoio e nao de outras fontes.
´
e os textos bıblicos que servem de base para o discurso.
´
O orador que aprende a se basear na materia designada
´ ´
podera vir a receber mais privilegios relacionados ao en-
´
sino publico.
´ ´ ´ ´
Esta caracterıstica de oratoria tambem pode ajuda-lo a dirigir estu-
´ ˆ ´ ˜
dos bıblicos progressivos. Voce aprendera a concentrar a atençao na
´
materia estudada em vez de destacar outras coisas que, embora se-
˜ ˜ ´
jam interessantes, se desviam do assunto e nao sao necessarias para
ˆ ˜ ˜
o seu entendimento. Mas, se voce captou o sentido desta liçao, nao
˜ ´ ˜
vai se tornar tao inflexıvel a ponto de deixar de dar as explicaçoes
adicionais de que o estudante precise.
´
EXERCICIO:
ˆ ´ ´
Durante tres dias, ao ler o texto diario, faça um cırculo na palavra ou frase
˜ ´
que identifica o assunto em consideraçao. Sublinhe um ou dois comenta-
´ ´
rios breves diretamente ligados ao assunto. Daı, em suas proprias palavras,
´ ´
faça um comentario usando o texto bıblico e os pontos que marcou.
44 USO EFICAZ DE PERGUNTAS
ˆ
O que voce deve fazer?
Usar perguntas para alcançar o resultado desejado. Seu objeti-
vo pode ser obter uma resposta oral ou estimular os ouvintes a
´
dar uma resposta mental. A eficacia no uso de perguntas depen-
´ ˜
de de seu conteudo e de como sao formuladas.
VISTO que exigem uma resposta — quer oral, quer mental —, as pergun-
˜ ˆ ´
tas ajudam a prender a atençao dos ouvintes. Voce pode usa-las para ini-
ˆ
ciar conversas e participar em um estimulante intercambio de ideias.
Como orador e instrutor, recorra a perguntas para despertar o interesse,
ajudar a pessoa a raciocinar sobre um assunto ou enfatizar certos pon-
tos. Quando bem usadas, estimulam as pessoas a pensar em
´ vez de se limitarem apenas a ouvir. Tenha um objetivo em
POR QUE E IMPORTANTE? ´
mente e formule as perguntas de modo a alcança-lo.
Perguntas eficazes prendem ´
˜ Para iniciar conversas. Ao participar no ministerio de
a atençao de quem nos
ouve. A resposta da pessoa ˜
campo, nao deixe de convidar as pessoas a se expressar, se
a uma pergunta bem esco- quiserem.
´
lhida tambem pode dar ao ´
˜ Muitas Testemunhas de Jeova iniciam conversas interes-
instrutor informaçoes valio-
´
sas sobre como ela encara santes dizendo simplesmente: “Ja se perguntou . . . ?” Se
o assunto. a pergunta abordar um assunto que preocupa muitas pes-
˜ ´ ´
soas, provavelmente terao otimos resultados no ministerio
de campo. Mesmo que a pessoa nunca tenha pensado naquele assunto,
´ ´
a pergunta pode despertar sua curiosidade. E possıvel introduzir muitos
˜ ´ ˜
assuntos usando expressoes como: “Qual e a sua opiniao sobre . . . ?”,
“O que acha de . . . ?” e “Acredita que . . . ?”.
´ ´
Quando se aproximou de um funcionario da corte etıope que lia
´
em voz alta a profecia de Isaıas, o evangelizador Filipe simplesmente
´
perguntou: “Sabes [ou: entendes] realmente o que estas lendo?” (Atos
8:30) Essa pergunta abriu caminho para que Filipe explicasse verdades
sobre Jesus Cristo. Usando perguntas similares, algumas Testemunhas
´
de Jeova encontraram pessoas ansiosas por entender claramente a ver-
´
dade bıblica.
ˆ
Muitas pessoas se sentem mais dispostas a escutar se antes tem a
´
oportunidade de expressar os proprios conceitos. Por isso, faça uma
˜ ˜
pergunta e depois escute com atençao. Seja bondoso e nao critique a
236
Uso eficaz de perguntas 237
´ ´
Quando dirigimos estudos bıblicos, usamos um metodo que exige
˜ ´ ˜ ´
a participaçao do estudante. E claro que ele nao tirara pleno proveito
se simplesmente ler as respostas impressas. Assim, com um tom de voz
´
bondoso, use perguntas adicionais para ajuda-lo a raciocinar. Nas ideias
´
principais, incentive-o a basear sua resposta na Bıblia. Pergunte tam-
´ ˜ ´
bem: “Que relaçao ha entre o ponto que estamos analisando e este ou-
´ ´
tro que ja estudamos? Por que isso e importante? Que efeito deveria ter
´
na nossa vida?” Esse metodo produz resultados melhores do que ape-
´ ˜ ˜
nas expressar suas proprias convicçoes ou dar uma explicaçao detalha-
ˆ ´
da, porque voce ajuda o estudante a usar a “faculdade de raciocınio”
para adorar a Deus. — Rom. 12:1.
˜
Se o estudante nao entender uma ideia, seja paciente. Talvez ele este-
ˆ
ja comparando o que voce disse com o que acreditou durante muitos
` ˆ
anos. As vezes, enfocar o assunto por um angulo diferente pode ajudar.
˜ ´ ´ ´ ´
Em outras ocasioes, porem, e preciso recorrer a raciocınios bem basi-
` ˜
cos. Recorra bastante as Escrituras. Use ilustraçoes e perguntas simples
que levem a pessoa a raciocinar com base nas provas apresentadas.
Para ajudar a pessoa a expressar o que realmente pensa. As respos-
˜ `
tas das pessoas nem sempre revelam sua verdadeira opiniao. As vezes,
˜
elas simplesmente dao as respostas que acham que queremos ouvir. Por
´
isso, e preciso usar de discernimento. (Pro. 20:5) Faça como Jesus e per-
ˆ ˜
gunte: ‘Voce acredita nisso?’ — Joao 11:26.
´
Quando muitos dos discıpulos de Jesus se ofenderam com o que ele
´
disse e o abandonaram, ele pediu que os apostolos expressassem sua
˜ ´ ´ ´
opiniao. Perguntou: “Sera que vos tambem quereis ir?” Pedro expres-
sou os sentimentos de todos, dizendo: “Senhor, para quem havemos
˜ ´
de ir? Tu tens declaraçoes de vida eterna; e nos cremos e viemos a sa-
´ ˜ ˜
ber que tu es o Santo de Deus.” ( Joao 6:67-69) Em outra ocasiao, Jesus
´
perguntou aos discıpulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do ho-
mem?” Depois disso, fez uma pergunta que os incentivou a expressa-
˜ ´ ´
rem o que tinham no coraçao. “Vos, porem, quem dizeis que eu sou?”
´
Pedro respondeu: “Tu es o Cristo, o Filho do Deus vivente.” — Mat.
16:13-16.
´ ´
Nos estudos bıblicos, possivelmente tera bons resultados se usar um
´
procedimento similar ao considerar certos assuntos. Podera perguntar:
´ ˜
“Qual e a opiniao dos seus colegas de escola (ou de trabalho) sobre
´ ´ ˆ
esse assunto?” Daı, podera perguntar: “O que voce acha disso?” Quan-
Uso eficaz de perguntas 239
˜
do sabe o que a pessoa realmente pensa, o instrutor tem condiçoes de
prestar mais ajuda.
ˆ ´ ˆ
Para dar enfase. Tambem se pode usar perguntas para dar enfase
` ´
as ideias. O apostolo Paulo fez isso, conforme registrado em Romanos
´ ´ ´ ´
8:31, 32: “Se Deus e por nos, quem sera contra nos? Aquele que nem
´ ´
mesmo poupou o seu proprio Filho, mas o entregou por todos nos, por
˜ ´ ´
que nao nos dara tambem com ele bondosamente todas as outras coi-
sas?” Note que cada uma dessas perguntas amplia a ideia apresentada
na frase anterior.
´ ˆ
Depois de registrar o julgamento de Jeova contra o rei de Babilonia,
´ ˜ ´
o profeta Isaıas expressou forte convicçao, acrescentando: “O proprio
´ ´
Jeova dos exercitos tem aconselhado, e quem o pode desfazer? E sua
˜ ´ ´
mao e a que esta estendida, e quem a pode fazer recuar?” (Isa. 14:27)
´ ´ ˜
O proprio conteudo dessas perguntas indica que a ideia expressa nao
˜ ´
pode ser negada. Nao ha necessidade de resposta.
´ ˜
Para expor ideias erradas. Perguntas bem pensadas tambem sao ar-
mas poderosas para expor ideias incorretas. Antes de curar um homem,
´ ´ ˜
Jesus perguntou aos fariseus e a alguns peritos na Lei: “E lıcito ou nao
´ ´
curar no sabado?” Depois de cura-lo, ele fez outra pergunta: “Quem de
´ ˜
vos, quando o seu filho ou touro cai num poço, nao o puxa imediata-
´ ˜
mente para fora, no dia de sabado?” (Luc. 14:1-6) Eles nao responderam
e Jesus nem esperava que o fizessem. As perguntas expuseram os con-
ceitos errados daqueles homens.
` ´ ˜ ˆ
As vezes, ate cristaos verdadeiros tem ideias equivocadas. No primeiro
´ ´ ˜
seculo, alguns corıntios levavam seus irmaos aos tribunais para resolver
´
problemas que deveriam ter sido resolvidos entre si. Como o aposto-
´
lo Paulo tratou do assunto? Ele fez uma serie de perguntas pertinentes
para corrigir sua maneira de pensar. — 1 Cor. 6:1-8.
´ ˆ ´
Com pratica, voce aprendera a usar perguntas de forma eficaz. Mas
lembre-se de mostrar respeito, em especial ao falar com os mais velhos,
ˆ ˜
com pessoas que voce nao conhece bem e com autoridades. Use per-
´
guntas para apresentar as verdades da Bıblia de forma atraente.
´
EXERCICIOS:
˜ ´ ´
(1) Tendo em mente a regiao onde da testemunho, prepare varias pergun-
tas que poderia usar para iniciar conversas significativas. (2) Leia Romanos,
´ ˜ `
capıtulo 3, e preste atençao especial as perguntas que Paulo usou para ra-
˜
ciocinar sobre a posiçao de judeus e gentios perante Deus.
˜
45 ILUSTRAÇOES INSTRUTIVAS
ˆ
O que voce deve fazer?
´ ´ ´
Usar figuras de linguagem, historias fictıcias ou episodios da
vida real, para atingir seus objetivos como instrutor.
˜ ˜ ´
ILUSTRAÇOES sao poderosos recursos didaticos que estimulam o ra-
´ ˜ ˜ ´
ciocınio e sao eficazes para atrair e prender a atençao. Tambem, des-
ˆ ˜ `
pertam sentimentos e sensibilizam a consciencia e o coraçao. As ve-
˜ ´
zes, ajudam a vencer preconceitos e sao otimas para gravar ideias na
´
memoria. Faz uso delas no seu ensino?
˜
Um tipo de ilustraçao que em geral requer poucas pa-
´ ´ ˜
POR QUE E IMPORTANTE? lavras, mas ajuda a criar vıvidas imagens mentais, sao as
Quando corretamente usa- figuras de linguagem. Quando bem escolhidas, seu sig-
˜ ´ ´
das, as ilustraçoes enrique- nificado, na maior parte, e obvio. Mas o instrutor pode
cem o discurso, exercem ˜
ˆ
influencia na vida dos ouvin-
acrescentar uma breve explicaçao ressaltando o valor de-
´ ´
tes e os ajudam a gravar as las. A Bıblia esta cheia de exemplos dos quais se pode
˜ ´
informaçoes na memoria. aprender.
Se mal-empregadas, des- ´ ´ ´ ´
˜
viam a atençao de instruçoes
˜ Comece com sımiles e metaforas. O sımile e a figura de
valiosas. linguagem mais simples que existe. Se quiser aprender a
˜
usar ilustraçoes, talvez ache melhor começar por este re-
´
curso. Em geral, um sımile inicia-se com as palavras “como” ou
´
“qual”. Os sımiles destacam uma semelhança entre duas coisas bem
´ ´
diferentes. Na Bıblia, encontram-se muitos sımiles baseados na cria-
˜ ˆ
çao — plantas, animais e corpos celestes — e na experiencia humana.
ˆ
O Salmo 1:3 nos diz que a pessoa que le regularmente a Palavra de
´ ´ ´
Deus se tornara “qual arvore plantada junto a correntes de agua”, que
´ ´ ˜
produz frutos e nunca murcha. Diz-se que o inıquo e “como o leao”
` ´ ˜
que fica a espreita da presa. (Sal. 10:9) Jeova prometeu a Abraao que
´
o seu descendente se tornaria numeroso “como as estrelas dos ceus e
˜ ´ ` ˆ
como os graos de areia que ha a beira do mar”. (Gen. 22:17) Falando
´ ˜
do relacionamento ıntimo que desenvolveu com a naçao de Israel,
´
Jeova disse: “Assim como o cinto se apega aos quadris do homem, as-
´
sim fiz . . . Israel e . . . Juda apegar-se a mim.” — Jer. 13:11.
´ ´
A metafora tambem destaca uma similaridade entre duas coisas
´
bem diferentes, mas com mais força que o sımile. Por meio dela, fala-
se de uma coisa como se fosse outra, atribuindo a uma delas algu-
240
˜
Ilustraçoes instrutivas 241
´ ´
ma qualidade que a outra tem. Jesus disse aos discıpulos: “Vos sois a
luz do mundo.” (Mat. 5:14) Descrevendo o dano que a fala irrefletida
´ ´ ´
pode causar, o discıpulo Tiago escreveu: “A lıngua e um fogo.” (Tia.
´ ´
3:6) E Davi cantou a Jeova: “Tu es meu rochedo e minha fortaleza.”
´ ˜
(Sal. 31:3) Uma metafora bem escolhida em geral nao precisa de mui-
˜ ` ˜
ta explicaçao e as vezes nao precisa de nenhuma. Sua brevidade torna
ˆ
o impacto ainda mais forte. A assistencia possivelmente se
´ ˆ ´
lembrara melhor de um ponto se voce usar uma metafora COMO ENCONTRAR
em vez de apenas expor os fatos. ˜
ILUSTRAÇOES
´ ´ APROPRIADAS
A hiperbole e um exagero e deve ser usada com cuida-
´
do ou pode acabar sendo mal interpretada. Jesus recorreu Leia a Bıblia regularmente;
˜ ` ˜
a essa figura de linguagem para criar um quadro mental preste atençao as ilustraçoes
´ encontradas nela; medite no
inesquecıvel quando disse: “Por que olhas para o argueiro valor dos seus exemplos.
˜ ˜ ˜
no olho do teu irmao, mas nao tomas em consideraçao a `
´ Observe o que acontece a
trave no teu proprio olho?” (Mat. 7:3) Mas, antes de tentar sua volta e associe mental-
utilizar essa ou outras figuras de linguagem, aprenda a usar mente as atitudes e o
´ ´ comportamento das pessoas
bem o sımile e a metafora.
Use exemplos. Em vez de usar uma figura de linguagem, com assuntos sobre os quais
ˆ ´ ´ costuma falar.
voce talvez prefira utilizar exemplos (historias fictıcias ou
´ ´ ´ Prepare um arquivo de ilus-
episodios da vida real) como recursos didaticos. E preciso ˜ ´
ˆ ´ traçoes eficazes. Pode tira-las
cautela porque existe a tendencia de usa-los em excesso ou ´ ˆ
de materias que le, de dis-
´ ˜
de forma exagerada. So os utilize para apoiar pontos real- cursos ou de observaçoes
ˆ pessoais. Use-as quando for
mente importantes e apresente-os de modo que a assisten-
˜ ˜ oportuno.
cia lembre do ponto em questao, nao apenas do relato.
Embora nem todos os exemplos tenham de ser casos ve-
´ ˜
rıdicos, devem refletir atitudes ou situaçoes da vida real.
Assim, para ilustrar como se deve encarar pecadores arrependidos,
Jesus falou da alegria que um homem sente ao encontrar sua ove-
˜
lha perdida. (Luc. 15:1-7) Em resposta a um homem que nao enten-
´
dia o pleno alcance do mandamento de amar o proximo, encontrado
´
na Lei, Jesus contou a historia de um samaritano que ajudou um ho-
mem ferido depois que um sacerdote e um levita se negaram a fazer
˜
isso. (Luc. 10:30-37) Se aprender a observar com atençao as atitudes e
´
o comportamento das pessoas, podera usar eficazmente esse recurso
´
didatico.
˜ ´
Para censurar o Rei Davi, o profeta Nata contou-lhe uma historia
´
imaginaria. Ela foi eficaz porque evitou que Davi tentasse se justifi-
car. O relato era sobre um homem rico que tinha muitas ovelhas e um
˜
242 Ilustraçoes instrutivas
´
homem pobre que so tinha uma cordeira que ele criava com muito ca-
rinho. Por ter sido pastor, Davi entendia os sentimentos do dono da
˜
cordeira, de modo que reagiu com justa indignaçao contra o homem
´
rico que tomou a cordeira que o homem pobre estimava tanto. Daı,
˜ ´
Nata disse a Davi, de forma bem direta: “Tu mesmo es o homem!” Isso
˜
tocou o coraçao de Davi e ele se arrependeu sinceramente. (2 Sam.
´ ˆ ´ ´ ˜
12:1-14) Com pratica, voce tambem aprendera a lidar com questoes
˜
delicadas de uma maneira que os ouvintes nao se ofendam.
Podem-se tirar muitos exemplos instrutivos de eventos registrados
nas Escrituras. Foi o que Jesus fez em poucas palavras quando disse:
´
“Lembrai-vos da mulher de Lo.” (Luc. 17:32) Ao descrever o sinal de
´
sua presença, ele falou dos “dias de Noe”. (Mat. 24:37-39) E em He-
´ ´
breus, capıtulo 11, o apostolo Paulo mencionou o nome de 16 ho-
´ `
mens e mulheres, citando-os como exemplos de fe. A medida que se
´ ´
familiarizar melhor com a Bıblia, aumentara sua capacidade de en-
´
contrar otimos exemplos entre as pessoas e os eventos descritos em
´
suas paginas. — Rom. 15:4; 1 Cor. 10:11.
Vez por outra, talvez ache conveniente reforçar um ponto contan-
ˆ ´
do uma experiencia atual. Quando fizer isso, porem, tenha o cuida-
do de usar apenas relatos comprovados e de evitar os que poderiam
´ ˆ
constranger desnecessariamente alguem na assistencia ou desviar a
˜ ˆ ˜
atençao para um assunto polemico que nao vem ao caso. Lembre-se
´ ´ ˜
tambem de que o relato deve servir a um proposito. Nao conte deta-
˜
lhes irrelevantes que desviam a atençao do objetivo de sua apresen-
˜
taçao.
´ ˜ ˜ ˆ
Sera entendida? Nao importa que ilustraçao voce use, ela deve atin-
´ ˜ ˆ
gir um objetivo especıfico. Mas isso talvez nao aconteça se voce deixar
˜
de mostrar como ela se aplica ao assunto em consideraçao.
´
Depois de chamar os discıpulos de “a luz do mundo”, Jesus acres-
´ ˆ
centou alguns comentarios sobre como se usa uma lampada e qual era
´
a responsabilidade deles nesse caso. (Mat. 5:15, 16) Apos contar a ilus-
˜ ´ ´
traçao da ovelha perdida, ele falou da alegria que ha no ceu quando
um pecador se arrepende. (Luc. 15:7) E depois de contar a um homem
´
a historia do bom samaritano, Jesus fez uma pergunta pertinente se-
guida de um conselho direto. (Luc. 10:36, 37) Em contraste com isso,
´ ˜ ´
Jesus so explicou as ilustraçoes sobre os varios tipos de solo e sobre o
`
joio no campo aqueles suficientemente humildes para lhe pergunta-
˜
Ilustraçoes instrutivas 243
˜ ` ˜ ˆ
rem o significado, nao as multidoes. (Mat. 13:1-30, 36-43) Tres dias
˜
antes de sua morte, Jesus contou a ilustraçao sobre os vinhateiros as-
˜ ˜ ˜ ´
sassinos e nao deu nenhuma explicaçao, porque isso nao era necessa-
rio. “Os principais sacerdotes e os fariseus . . . repararam que falava de-
ˆ
les.” (Mat. 21:33-45) De modo que a atitude da assistencia, a natureza
˜ ´ ´
da ilustraçao e os seus objetivos determinam se sera necessario expli-
´ ´
ca-la e, se este for o caso, ate que ponto.
˜
Leva algum tempo para desenvolver a habilidade de usar ilustraçoes
˜
de forma eficaz, mas o esforço vale a pena. Ilustraçoes bem escolhidas
combinam o atrativo intelectual com o impacto emocional. Em resul-
´ ˜
tado, a mensagem e transmitida com uma força que muitas vezes nao
´ ˜
se obtem pela simples explanaçao dos fatos.
´
EXERCICIO:
˜ ´
Analise as ilustraçoes encontradas nos seguintes textos: Isaıas 44:9-20;
˜
Mateus 13:44; 18:21-35. O que aprende de cada uma delas? Por que sao efi-
cazes?
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Usar ilustraçoes baseadas nas atividades em que os ouvintes
participam ou com as quais estejam familiarizados.
´ ˜ ` ´
SEM duvida, as ilustraçoes usadas devem adaptar-se a materia em
˜ ´
consideraçao. Mas, para serem bem eficazes, e igualmente impor-
` ˆ
tante que sejam apropriadas a assistencia.
ˆ
Como o tipo de assistencia influencia a escolha de ilustra-
˜ ` ˜
çoes? O que Jesus Cristo fez? Ao falar tanto as multidoes como
´ ˜
aos discıpulos, Jesus usou ilustraçoes baseadas na cultu-
´ ˜ ˜
ra israelita, e nao em culturas que eles nao conheciam.
POR QUE E IMPORTANTE? ˜
˜ Por exemplo, nao mencionou a vida na corte do Egito
As ilustraçoes baseadas ´ ´
˜ ou as praticas religiosas da India. Ele se baseava em ati-
em situaçoes conhecidas ´
˜ ˜ vidades conhecidas por pessoas em muitos paıses, como
tocarao o coraçao dos
ouvintes. ´
consertar roupas, fazer negocios, perder objetos valiosos
e assistir a festas de casamento. Ele entendia como as
´ ˆ
pessoas reagem em varias circunstancias e valeu-se des-
se conhecimento. (Mar. 2:21; Luc. 14:7-11; 15:8, 9; 19:15-23) Visto
´ ´
que seu ministerio publico se dirigia em especial ao povo de Israel,
˜ ˆ ˆ
as ilustraçoes de Jesus com frequencia faziam referencia a objetos
e atividades do cotidiano deles. Assim, ele falou de coisas como o
´ ˜ `
trabalho agrıcola, a reaçao das ovelhas a voz do pastor e o uso de
˜
odres para guardar vinho. (Mar. 2:22; 4:2-9; Joao 10:1-5) Ele tam-
´ ´ ˜
bem usou relatos historicos conhecidos, como a criaçao do primei-
´ ´ ˜
ro casal humano, o Diluvio dos dias de Noe, a destruiçao de Sodo-
´
ma e Gomorra, a morte da mulher de Lo, entre outros. (Mat. 10:15;
˜
19:4-6; 24:37-39; Luc. 17:32) Ao escolher ilustraçoes, faz o mesmo,
levando em conta as atividades conhecidas pelos ouvintes e sua
˜
formaçao cultural?
ˆ ˜
E se voce estiver falando, nao a um grande grupo, mas com algu-
mas pessoas ou talvez com apenas uma? Procure escolher uma ilus-
˜ ˆ
traçao especialmente apropriada para essa assistencia. Quando deu
testemunho a uma samaritana junto ao poço perto de Sicar, Jesus
244
˜ ˜
Ilustraçoes baseadas em situaçoes conhecidas 245
´
falou de “agua viva”, de ‘nunca mais ficar com sede’ e de “uma fon-
´
te de agua que borbulha para dar vida eterna” — figuras de lingua-
˜
gem diretamente ligadas ao dia a dia daquela mulher. ( Joao 4:7-15)
E quando falou com pescadores que lavavam as redes, ele escolheu
` ˜
uma figura de linguagem ligada a profissao deles. (Luc. 5:2-11) Em
ˆ `
ambos os casos, ele poderia ter feito referencia a agricultura, vis-
˜ ´
to que viviam numa regiao agrıcola; mas, ao mencionar
atividades em que seus ouvintes se empenhavam, ele
COMO DESENVOLVER
os ajudou a criar imagens mentais de maior impacto. E ESSA HABILIDADE
ˆ
voce, procura fazer o mesmo? Acostume-se a pensar nao
˜
Ao passo que Jesus se concentrou nas “ovelhas perdi- ´
so no que pretende dizer,
´ ˜ ´
das da casa de Israel”, o apostolo Paulo foi enviado nao mas tambem nos ouvintes.
´ ´ ` ˜
so a Israel, mas tambem as naçoes gentias. (Mat. 15:24; Observe detalhes do
Atos 9:15) Como isso influiu em sua maneira de falar? mundo ao seu redor.
˜ Estabeleça a meta de usar
Ao escrever aos cristaos em Corinto, ele mencionou as
´ toda semana pelo menos
corridas, o costume de comer em templos de ıdolos e ˜
˜ uma boa ilustraçao que
as procissoes triunfais, coisas que aqueles gentios conhe- nunca usou antes.
ciam bem. — 1 Cor. 8:1-10; 9:24, 25; 2 Cor. 2:14-16.
ˆ ´
Como Jesus e Paulo, voce tambem escolhe com cuida-
˜ ˜
do as ilustraçoes que usa? Leva em conta a formaçao e as atividades
´
diarias dos ouvintes? Naturalmente, o mundo mudou desde o pri-
´ ´
meiro seculo. Muitas pessoas ficam sabendo das notıcias mundiais
˜ ˆ ˜ ´
por meio da televisao e, com frequencia, estao cientes do que esta
´
acontecendo em paıses estrangeiros. Se esse for o caso na sua locali-
˜ ´ ˜
dade, nao ha nenhum inconveniente em basear as ilustraçoes em
´
algumas dessas notıcias. Contudo, o que mais toca as pessoas em
˜ `
geral sao coisas diretamente relacionadas a sua vida, como a casa, a
´ ˜
famılia, o trabalho, a comida e o clima da regiao.
˜ ˜
Se a sua ilustraçao precisa de muitas explicaçoes, talvez esteja fa-
ˆ
lando de algo desconhecido para a assistencia, o que pode facil-
mente obscurecer o ponto que deseja ensinar. Em resultado disso, a
ˆ ˜ ˜ ´
assistencia talvez se lembre da ilustraçao, mas nao da verdade bıbli-
ˆ
ca que voce queria transmitir.
˜
Em vez de fazer comparaçoes complexas, Jesus falou de assuntos
comuns, do cotidiano. Ele usou coisas pequenas ou simples para
explicar coisas grandes ou complexas. Comparando eventos coti-
dianos com verdades espirituais, Jesus ajudou os ouvintes a
˜ ˜
246 Ilustraçoes baseadas em situaçoes conhecidas
ˆ
entende-las mais facilmente e a lembrar-se delas. Que excelente
´
exemplo para nos!
´
EXERCICIO:
˜
Analise a ilustraçao usada em Mateus 12:10-12. Por que foi eficaz?
˜ ˜
Ilustraçoes que posso usar ao Ilustraçoes que posso usar ao
raciocinar com um adolescente raciocinar com um adulto sobre
´
sobre normas de moral uma verdade bıblica fundamental
USO EFICAZ DE RECURSOS VISUAIS 47
ˆ
O que voce deve fazer?
Usar gravuras, fotos, mapas, tabelas ou outros objetos para
´
tornar mais vıvidos os pontos importantes.
POR QUE usar recursos visuais? Porque tornam o ensino mais eficaz.
´
Jeova Deus e Jesus Cristo usaram esses recursos e podemos aprender
˜
do exemplo deles. Quando os recursos visuais sao acompanhados de
˜ ˜ ˜
uma explicaçao oral, as informaçoes sao captadas por dois dos nos-
˜ ˆ
sos sentidos, o que ajuda a prender a atençao da assistencia e reforça
˜
a impressao causada. Como usar recursos visuais ao apre-
sentar as boas novas? Como saber se os usamos bem? ´
POR QUE E IMPORTANTE?
˜
O exemplo dos maiores Instrutores. Para ensinar liçoes Os recursos visuais muitas
´ ´ ˜
valiosas, Jeova usou recursos visuais inesquecıveis. Cer- vezes criam uma impressao
˜
ta noite, ele levou Abraao a um lugar ao ar livre e dis- mental mais clara e
´ duradoura do que a palavra
se: “Olha para os ceus, por favor, e conta as estrelas, se
´ falada.
as puderes contar. . . . Assim se tornara o teu descenden-
ˆ
te.” (Gen. 15:5) Mesmo que aquela promessa parecesse
´ ˜
impossıvel do ponto de vista humano, Abraao ficou profundamente
´ ´ ˜ ´
comovido e depositou fe em Jeova. Em outra ocasiao, Jeova enviou
`
Jeremias a casa de um oleiro para que o observasse moldando argi-
´
la. Que maneira notavel de ilustrar a autoridade que o Criador exer-
ce sobre os humanos! ( Jer. 18:1-6) E como Jonas poderia esquecer-se
˜ ´ ´
da liçao de misericordia que Jeova lhe ensinou por meio do cabacei-
´ ´
ro? ( Jonas 4:6-11) Jeova ate mandou que seus profetas encenassem
´
mensagens profeticas utilizando certos objetos. (1 Reis 11:29-32; Jer.
´ ˜
27:1-8; Eze. 4:1-17) Aspectos do tabernaculo e do templo sao repre-
˜
sentaçoes que nos ajudam a entender realidades celestiais. (Heb. 9:9,
´ ˜
23, 24) Deus tambem usou muitas visoes para transmitir informa-
˜
çoes importantes. — Eze. 1:4-28; 8:2-18; Atos 10:9-16; 16:9, 10; Rev.
1:1.
Como Jesus usou recursos visuais? Quando os fariseus e os par-
´
tidarios de Herodes tentaram induzi-lo a dizer algo que o compro-
´ ˜ ´
metesse, ele pediu um denario e chamou a atençao para a efıgie de
´ ´ ´
Cesar estampada na moeda. Daı, explicou que se deveria pagar a Ce-
´
sar as coisas de Cesar, mas a Deus as coisas de Deus. (Mat. 22:19-21)
247
248 Uso eficaz de recursos visuais
Para ensinar que devemos honrar a Deus com tudo o que temos, Je-
˜ ´
sus chamou a atençao para uma viuva pobre no templo, cuja con-
˜
tribuiçao — duas moedinhas — era todo o seu meio de vida. (Luc.
˜
21:1-4) Em outra ocasiao, ele usou uma criancinha como exemplo
ˆ ˜ ´
de humildade e ausencia de ambiçao. (Mat. 18:2-6) Jesus tambem
demonstrou pessoalmente o que significa ser humilde ao lavar os
´ ´ ˜
pes dos discıpulos. — Joao 13:14.
´ ´
Como usar recursos visuais. Ao contrario de Jeova,
´ ˜ ˜
RECURSOS VISUAIS nos nao podemos nos comunicar por meio de visoes.
˜ ´
EFICAZES . . . Mas nas publicaçoes das Testemunhas de Jeova apare-
´
Devem destacar ou cem muitas gravuras ou fotos que estimulam o raciocı-
´
esclarecer pontos que nio. Use-as para ajudar os interessados a visualizar o Paraı-
ˆ
merecem enfase especial. so terrestre, prometido na Palavra de Deus. Durante um
´ ˜
Devem ter o objetivo estudo bıblico domiciliar, chame a atençao do estudante
principal de ensinar. ˜
para uma gravura relacionada com o que estao estudan-
´
Devem ser claramente do e pergunte-lhe o que ele observa ali. E interessante que
´ ´ ˜ ´
visıveis para toda a Jeov a, quando deu certas visoes ao profeta Amos, pergun-
ˆ ´ ´ ´
assistencia, se usados tou: “Que estas vendo, Amos?” (Amos 7:7, 8; 8:1, 2) Pode-
no palco. ´ ˜
ra fazer perguntas similares ao dirigir a atençao das pes-
´
soas a gravuras preparadas com fins didaticos.
´ ´
Colocar calculos matematicos por escrito ou traçar uma linha do
ˆ ´
tempo mostrando uma sequencia de eventos importantes ajudara
˜
na compreensao de algumas profecias, como a de Daniel 4:16 sobre
os “sete tempos” ou de Daniel 9:24 sobre as “setenta semanas”. Es-
´ ˜
ses recursos visuais aparecem em varias de nossas publicaçoes de es-
tudo.
´ ´ ´ ´
No seu estudo bıblico em famılia, ficara mais facil entender aspec-
´ ´ ˜
tos do tabernaculo, do templo de Jerusalem ou do templo da visao
ˆ ´ ´
de Ezequiel se voce usar gravuras ou diagramas. Podera encontra-los
ˆ ˜
em Estudo Perspicaz das Escrituras, no apendice da Traduçao do Novo
ˆ ´ ´
Mundo das Escrituras Sagradas com Referencias e em varios numeros
de A Sentinela.
´ ´
Ao ler a Bıblia com a famılia, use mapas. Acompanhe o percurso
˜ ˜ ´
da viagem de Abraao desde Ur a Hara e depois ate Betel. Examine a
˜ ˜ `
rota que a naçao de Israel tomou ao partir do Egito em direçao a Ter-
´
ra Prometida. Localize a area que cada tribo de Israel recebeu como
˜ ´ ˜
herança. Observe a extensao do domınio de Salomao. Siga o cami-
´ ´
nho que Elias percorreu ao fugir de Jezreel ate o deserto, para alem
Uso eficaz de recursos visuais 249
ˆ ´ ´
ideias que merecem enfase especial. Servem tambem a um proposi-
´
to util: ajudam a esclarecer a palavra falada, facilitam o seu entendi-
mento ou fornecem provas convincentes de sua legitimidade. Se fo-
˜
rem apropriados e bem empregados, podem causar uma impressao
˜ ˆ ´
tao profunda que a assistencia se lembrara deles e dos pontos desta-
cados por muitos anos.
˜ ˜
Tanto o sentido da audiçao quanto o da visao desempenham pa-
´
peis importantes no aprendizado. Lembre-se de como os maiores
Instrutores estimularam esses sentidos e procure imitar o exemplo
deles ao tentar ajudar outros.
´
EXERCICIO:
´
Faça uma lista de recursos visuais que podera usar . . .
´
Para ajudar alguem a ter Para ensinar determinadas
˜ ´ ´
apreço pela organizaçao de Jeova verdades bıblicas a uma criança
˜
ARGUMENTAÇ AO ´QUE
ESTIMULA O RACIOCINIO 48
ˆ
O que voce deve fazer?
´ ˜ ´
Usar textos bıblicos, ilustraçoes e perguntas de modo logico
para incentivar os ouvintes a escutar e a pensar.
´ ´
TODOS nos somos gratos a Jeova pelas mudanças que sua Palavra pro-
´
duziu na nossa vida e queremos que outros tambem tirem proveito
´ ˜ `
dela. Alem disso, sabemos que a reaçao das pessoas as boas novas afe-
´ ˜
tara suas perspectivas para o futuro. (Mat. 7:13, 14; Joao 12:48) Que-
´
remos sinceramente que elas aceitem a verdade. Mas, alem de forte
˜
convicçao e zelo, precisamos demonstrar discernimento a fim de con-
seguirmos os melhores resultados.
˜ ´
Muitas pessoas nao reagem bem quando mostramos de POR QUE E IMPORTANTE?
´ ´
forma direta que uma crença que elas prezam e, de fato, Atitudes rudes e dogma-
uma falsidade — mesmo que apresentemos uma longa lis- ticas tendem a fechar a
´ ˜ ˜
ta de textos bıblicos para comprovar nossa declaraçao. Por mente e o coraçao dos ou-
˜
vintes. A argumentaçao que
exemplo, se simplesmente condenarmos as festas popula- ´
˜ ˜ induz a raciocinar, alem de
res por serem de origem paga, isso talvez nao mude os sen- ser muito persuasiva, esti-
˜ ´ ´
timentos dos ouvintes em relaçao a elas. Em geral, e mais mula uma analise imparcial,
ˆ apresenta pontos para refle-
˜
proveitoso raciocinar com a assistencia. Como a razoabili- xao posterior e deixa as por-
´
dade esta envolvida nisso? tas abertas para futuras
´ conversas.
As Escrituras nos dizem que “a sabedoria de cima e . . .
´ ´
pacıfica, razoavel”. (Tia. 3:17) A palavra grega traduzi-
´ ´
da aqui como “razoavel” literalmente significa “docil”. Algumas tra-
˜
duçoes a vertem como “moderada”, “bondosa” e “condescendente”.
´ ´ ´
Note que a razoabilidade esta associada a um carater pacıfico. Em Tito
´ ´
3:2, ela e mencionada junto com a brandura e e contrastada com a
ˆ
beligerancia. Filipenses 4:5 nos incentiva a sermos conhecidos pela
´ ˜
“razoabilidade”. A pessoa razoavel leva em conta a formaçao, as cir-
ˆ ´
cunstancias e os sentimentos daqueles com quem fala. Esta dispos-
ta a ceder quando apropriado. Tratar os outros dessa maneira ajuda a
˜
abrir-lhes a mente e o coraçao, tornando-os mais receptivos aos nos-
sos argumentos baseados nas Escrituras.
´
Por onde começar. O historiador Lucas nos conta que o apostolo
ˆ
Paulo usou as Escrituras, quando estava em Tessalonica, “explicando
ˆ ´
e provando com referencias que era necessario que o Cristo sofresse e
251
˜ ´
252 Argumentaçao que estimula o raciocınio
´
fosse levantado dentre os mortos”. (Atos 17:2, 3) O interessante e que
Paulo fez isso em uma sinagoga judaica. Os ouvintes aceitavam a au-
toridade das Escrituras Hebraicas. Foi apropriado começar com algo
que todos aceitavam.
´ ˜
Mas, quando falou a gregos no Areopago em Atenas, Paulo nao co-
˜
meçou com citaçoes das Escrituras. Ele mencionou pri-
COMO FAZER meiro coisas que eles conheciam e aceitavam, usando-as
´
Ao decidir como iniciar a para conduzi-los a analisar o Criador e Seus propositos.
˜ — Atos 17:22-31.
apresentaçao, leve em con-
˜ ˜ ˜
ta a formaçao e a atitude Atualmente, bilhoes de pessoas nao aceitam a autorida-
dos ouvintes. ´ ´
˜ de da Bıblia. Mas a vida da maioria e afetada pelas condi-
Nao conteste cada declara- ˜ ´
˜ çoes difıceis do mundo. As pessoas anseiam algo melhor.
çao equivocada. ˆ ´
˜ Se voce for razoavel, mostrando primeiro interesse no que
Fale com convicçao, mas ´ ˜ ´
lembre-se de que os outros
as preocupa e daı dirigindo a atençao para a Bıblia, isso po-
ˆ ´
tem a mesma liberdade que dera induzi-las a escutar o que as Escrituras dizem sobre o
ˆ
voce de escolher no que ´
˜
proposito de Deus para a humanidade.
vao acreditar. ´
Pode ser que um estudante da Bıblia tenha herdado dos
Em vez de apressar-se pais certas crenças e costumes religiosos. Quando aprende
`
para responder as pergun- ˜
˜ que essas crenças e costumes nao agradam a Deus, ele as
tas, use ilustraçoes ou ou- ´
tras perguntas para ajudar rejeita e aceita os ensinos bıblicos. Mas como explicar sua
a pessoa a raciocinar sobre ˜
decisao aos pais? Eles talvez sintam que, ao rejeitar a he-
o assunto. ´
rança religiosa que lhe transmitiram, ele os esta rejeitando.
´ ˆ
Crie o habito de ajudar Assim, antes de tentar explicar biblicamente o porque de
os ouvintes a raciocinar so- ˜ ´
´
bre os textos bıblicos, expli-
sua decisao, o estudante talvez ache necessario assegurar
cando os termos principais, aos pais que ainda os ama e respeita.
mostrando como o contex- ´ ´
Quando ceder. O proprio Jeova, embora tenha toda a
to e outros textos esclare- ´
autoridade para dar qualquer ordem, mostra notavel ra-
cem o sentido, ou usando ´
um exemplo que demons- zoabilidade. Seus anjos, enviados para retirar Lo e sua fa-
´ ´ ˜
tre como aplica-los. mılia de Sodoma, disseram: “Escapa para a regiao mon-
˜ ´
tanhosa, para que nao sejas arrasado!” Mas Lo implorou:
˜ ´
“Nao isso, por favor, Jeova!” Ele solicitou que Deus o dei-
´ ˜ ´
xasse fugir para Zoar. Jeova mostrou consideraçao por Lo conceden-
˜
do-lhe o pedido e destruiu outras cidades, mas nao Zoar. Mais tarde,
´ ´ ˜
porem, Lo seguiu aquela primeira orientaçao divina e se mudou para
˜ ˆ ´ ˜
a regiao montanhosa. (Gen. 19:17-30) Jeova sabia que suas instruçoes
ˆ ˜ ´
eram as melhores, mas esperou com paciencia e consideraçao ate que
´
Lo entendesse isso.
˜ ´
Argumentaçao que estimula o raciocınio 253
´ ´ ´
Para ter bons relacionamentos, nos tambem precisamos ser razoa-
´
veis. Talvez estejamos convencidos de que a outra pessoa esta errada e
`
tenhamos em mente argumentos fortes para provar isso. Mas as vezes
´ ˜ ´ ˜
e melhor nao insistir. Ser razoavel nao quer dizer transigir nas normas
´ ` ´ `
de Jeova. As vezes, o melhor e simplesmente agradecer a pessoa por
˜
se expressar ou evitar contestar certas afirmaçoes equivocadas. Assim,
´
podera concentrar-se em aspectos mais proveitosos. Mesmo que a pes-
ˆ ˜
soa repudie as crenças que voce tem, nao perca a calma. Pergunte-lhe
˜
por que tem aquela opiniao e escute atentamente a resposta. Isso o
´ ´
ajudara a entender o que ela realmente pensa e podera lançar a base
para uma conversa construtiva no futuro. — Pro. 16:23; 19:11.
´
Jeova concedeu aos humanos a habilidade de fazer escolhas e ele
´ ˜
lhes permite usa-la mesmo que nem sempre tomem as decisoes mais
´ ´
sensatas. Josue, que serviu como porta-voz de Jeova, recapitulou a ma-
´
neira como Deus havia tratado Israel. Mas daı disse: “Agora, se for
´ ´
mau aos vossos olhos servir a Jeova, escolhei hoje para vos a quem ser-
vireis, se aos deuses a quem serviram os vossos antepassados que esta-
vam do outro lado do Rio ou aos deuses dos amorreus em cuja terra
´
morais. Mas, quanto a mim e aos da minha casa, serviremos a Jeova.”
˜ ´
( Jos. 24:15) Hoje, nossa designaçao e dar “testemunho” e, embora fa-
˜ ˜
lemos com convicçao, nao tentamos forçar os outros a aceitar nossa
ˆ ´ ´
mensagem. (Mat. 24:14) Eles tem de fazer suas proprias escolhas e nos
˜
nao lhes negamos esse direito.
Faça perguntas. O modo de Jesus raciocinar com as pessoas nos
˜
deixou um excelente exemplo. Ele levava em conta a formaçao delas
˜ ´
e usava ilustraçoes que entenderiam facilmente. Tambem usava per-
guntas de modo eficaz, dando aos ouvintes oportunidades de se ex-
˜ ´
pressar e revelar o que tinham no coraçao. Alem disso, incentivava-os
˜
a raciocinar sobre o assunto em consideraçao.
Certa vez, um homem versado na Lei perguntou: “Instrutor, por fa-
zer o que hei de herdar a vida eterna?” Jesus poderia muito bem ter-
lhe dado a resposta, mas convidou o homem a expressar-se. “O que
´ ´ ˆ
esta escrito na Lei? Como e que les?” O homem respondeu correta-
´
mente. Sera que isso encerrou a conversa? De forma alguma. Jesus
deixou o homem continuar falando, e este revelou que tentava mos-
´ ´
trar-se justo ao perguntar: “Quem e realmente o meu proximo?” Em
˜
vez de dar uma definiçao, que o homem poderia ter contestado devi-
` ˜
do a atitude comum dos judeus em relaçao aos gentios e samaritanos,
˜ ´
254 Argumentaçao que estimula o raciocınio
˜ ´
Jesus convidou-o a raciocinar sobre uma ilustraçao. Era a historia de
´
certo samaritano bondoso que, ao contrario de um sacerdote e de
um levita, ajudou um viajante que havia sido roubado e espancado.
Com uma pergunta simples, Jesus ajudou o homem a entender a li-
˜ ˜ ´
çao. Sua argumentaçao estimulou o raciocınio e fez com que a pala-
´
vra “proximo” assumisse um significado totalmente novo, que aque-
´
le homem nunca antes havia entendido. (Luc. 10:25-37) Que otimo
´ ˆ
exemplo para imitarmos! Em vez de so voce falar, na verdade pensan-
˜
do pelo morador, aprenda a usar com tato perguntas e ilustraçoes para
´
incentiva-lo a raciocinar.
˜ ˆ ´
Mostre as razoes. Quando falou na sinagoga de Tessalonica, o apos-
˜ ˜
tolo Paulo nao se limitou a ler informaçoes tiradas de uma fonte que
ˆ
sua assistencia aceitava como autoridade. Lucas relata que Paulo ex-
˜
plicou, provou e mostrou a aplicaçao do que leu. “Em resultado, al-
guns deles tornaram-se crentes e associaram-se com Paulo e Silas.”
— Atos 17:1-4.
˜
Raciocinar dessa maneira sempre produz bons resultados, nao im-
ˆ
porta a quem voce se dirija — a parentes, colegas de trabalho ou de es-
´ ´ ´ `
cola, desconhecidos no ministerio publico, estudantes da Bıblia ou a
˜ ˆ
congregaçao, ao proferir um discurso. Para voce, o significado de um
´ ´ ˜
texto bıblico pode ser obvio, mas talvez nao o seja para outros. Nes-
˜ ˜ ´
se caso, sua explicaçao ou a aplicaçao indicada podem soar dogmati-
˜ ˜ ´
cas. Nao seria bom escolher certas expressoes-chave no texto bıblico e
´ ˜
explica-las? Por que nao apresenta mais provas, quem sabe tiradas do
´
contexto ou de outro texto bıblico que trata do mesmo assunto? Uma
˜ ˆ ´ ´
ilustraçao talvez demonstre que o que voce disse e razoavel. Poderia
ˆ ´
usar perguntas para ajudar a assistencia a raciocinar sobre a materia?
˜ ´
Uma apresentaçao desse tipo, que estimula o raciocınio, causa uma
˜ ´
impressao positiva e da aos ouvintes muita coisa em que pensar.
´
EXERCICIOS:
´ ˜
(1) Depois de ter dado testemunho a alguem com fortes convicçoes, anali-
ˆ
se o modo como voce conduziu a conversa. Que provas apresentou? Que
˜ ˜
ilustraçao incluiu? Que perguntas usou? Como mostrou consideraçao pela
˜ ˜
formaçao e pelos sentimentos do morador? Se nao conseguir fazer isso no
serviço de campo, treine com outro publicador. (2) Ensaie como poderia
´
raciocinar com alguem (um colega ou uma criança) que pensa em fazer
algo errado.
ARGUMENTOS CONVINCENTES 49
ˆ
O que voce deve fazer?
` ˜
Dar provas convincentes em apoio as suas afirmaçoes.
ˆ ˜ ˆ
QUANDO voce faz uma afirmaçao, os ouvintes tem todo o direito de
´
se perguntar: “Por que isso e verdade? Que provas apoiam as declara-
˜ ´ ˜
çoes do orador?” Como instrutor, e sua obrigaçao responder a essas
perguntas ou ajudar os ouvintes a encontrar as respostas. Se um pon-
´ ˜ ˜
to e fundamental na sua argumentaçao, apresente aos ouvintes razoes
´ ´ ˜ ´
solidas para aceita-lo, pois assim sua apresentaçao sera per-
suasiva. ´
POR QUE E IMPORTANTE?
´ ˜ ˜ ˜
O apostolo Paulo usou de persuasao. Com argumentos Os ouvintes nao vao acredi-
´ ´ ´ ˆ
convincentes, raciocınio logico e suplicas sinceras, ele pro- tar no que voce diz nem agir
˜ em harmonia com isso a me-
curou ajudar seus ouvintes a mudar de opiniao e nos dei- nos que estejam convencidos
xou um exemplo digno de ser imitado. (Atos 18:4; 19:8) ˜ ˜
de que suas declaraçoes sao
` ˜ corretas.
Naturalmente, alguns oradores recorrem a persuasao para
enganar as pessoas. (Mat. 27:20; Atos 14:19; Col. 2:4) Tal-
vez se baseiem em premissas falsas, confiem em fontes tendencio-
sas, usem argumentos superficiais, ignorem fatos que refutam os seus
` ˜ ` ˜
conceitos ou recorram mais a emoçao do que a razao. Devemos ter o
´
cuidado de evitar esses metodos.
˜
Baseie-se firmemente na Palavra de Deus. Nao devemos ensinar
ideias pessoais, visto que procuramos transmitir o que aprendemos na
´ ˜
Bıblia. Nesse sentido, temos tido a valiosa ajuda das publicaçoes da
classe do escravo fiel e discreto, que nos incentivam a examinar as Es-
˜
crituras cuidadosamente. De nossa parte, dirigimos a atençao das pes-
` ´ ˜
soas a Bıblia, nao com o objetivo de provar que estamos certos, mas
´
com o desejo humilde de deixar que vejam com os proprios olhos o
˜
que ela diz. Concordamos com o que Jesus Cristo disse em oraçao ao
´ ˜ ˜
seu Pai: “A tua palavra e a verdade.” ( Joao 17:17) Visto que nao existe
´ ´
autoridade maior do que Jeova Deus, o Criador do ceu e da Terra, nos-
´ ˜
sos argumentos so serao convincentes se forem baseados na Sua Pala-
vra.
` ´ ˜ ´ ˜
As vezes, encontrara pessoas que nao conhecem a Bıblia ou nao a
´
aceitam como a Palavra de Deus. Tera de usar de discernimento para
255
256 Argumentos convincentes
´
determinar quando e como apresentar textos bıblicos. Mas procure
˜ ´
dirigir o quanto antes a atençao delas para essa fonte confiavel de in-
˜
formaçoes.
˜ ´
Devemos concluir, entao, que basta citarmos um texto bıblico apro-
´ ˜
priado e teremos um argumento irrefutavel? Nao necessariamente.
` ´ ˜
As vezes e preciso chamar a atençao para o contexto, mostrando que
˜
o texto realmente apoia sua declaraçao. Suponhamos que
ˆ ´ ´
COMO APRESENTAR voce apresente um princıpio encontrado num texto bıbli-
˜
Em vez de limitar-se a co cujo contexto nao trata daquele assunto. Talvez se-
˜ ˆ ´
fazer afirmaçoes, de provas jam necessarias mais provas, como textos relacionados que
convincentes em apoio de ˆ ˜
convençam a assistencia de que suas declaraçoes se ba-
pontos importantes.
seiam solidamente nas Escrituras.
Baseie seus argumentos fir- ˜ ˜
memente nas Escrituras. Nao procure extrair de um texto provas que ele nao con-
´ ´
tem. Leia-o com cuidado. O texto pode ate tratar do tema
Use provas adicionais que ˆ ´
se adaptem aos seus objeti- geral que voce esta explicando. Mas, para que o argumen-
` ˆ
vos e as necessidades da to seja convincente, os ouvintes tem de perceber que ele de
ˆ ˆ
assistencia. fato comprova o que voce diz.
´ ´
Provas adicionais. Em alguns casos, e aconselhavel
˜ ´ ´
apresentar provas tiradas de fontes nao bıblicas confiaveis,
mostrando a razoabilidade revelada nas Escrituras.
´
Por exemplo, pode-se usar o Universo visıvel como prova de que
existe um Criador. Pode-se mencionar as leis da natureza, como a gra-
ˆ ˜ ˆ
vidade, e raciocinar que a existencia delas pressupoe a existencia de
´ ´
um Legislador. Sua logica sera correta se estiver em harmonia com
´
a Palavra de Deus. ( Jo 38:31-33; Sal. 19:1; 104:24; Rom. 1:20) Essas
˜ ˜ ´
provas sao eficazes porque demonstram que as declaraçoes bıblicas se
´
harmonizam com os fatos observaveis.
´ ´ ´ ´
Esta tentando ajudar alguem a entender que a Bıblia e realmente
´
a Palavra de Deus? Poderia citar eruditos que afirmam isso, mas sera
˜ ˜ ´
que as declaraçoes deles comprovam o ponto? Essas citaçoes so aju-
˜ ˆ
darao pessoas que respeitam os eruditos citados. Poderia usar a cien-
´ ˆ ˜
cia para provar a veracidade da Bıblia? Se voce se basear na opiniao
´ ´
de cientistas imperfeitos, estara utilizando um alicerce fragil. Por ou-
´
tro lado, se começar pela Palavra de Deus e daı apresentar descobertas
´ ˜ ´ ˜
cientıficas que destacam a exatidao da Bıblia, seus argumentos terao
´
uma base solida.
Argumentos convincentes 257
˜ ˆ ˆ
Nao importa o que voce esteja tentando provar, apresente eviden-
´ ˆ
cias suficientes. A quantidade delas dependera da assistencia. Por
˜ ´
exemplo, se estiver analisando a descriçao dos ultimos dias, encontra-
´ ´ ´
da em 2 Timoteo 3:1-5, podera mencionar uma notıcia bem divulga-
˜
da pela imprensa que ilustre a falta de “afeiçao natural” das pessoas.
´
Esse unico exemplo pode ser suficiente para comprovar que esse as-
´ ´
pecto do sinal dos ultimos dias esta se cumprindo.
` ´ ´ ´ ˜
As vezes e util usar uma analogia, isto e, uma comparaçao de duas
ˆ ˜
coisas que tem pontos importantes em comum. A analogia em si nao
´ ´
comprova o assunto; para mostrar sua validade e preciso compara-la
´
com o que a Bıblia diz. Mas a analogia pode ajudar a pessoa a entender
´ ´
que uma ideia e razoavel. Podem-se usar analogias, por exemplo, ao
´
explicar que o Reino de Deus e um governo. Mostre que, da mesma
forma que os governos humanos, o Reino de Deus tem governantes,
´ ´
suditos, leis, um sistema judiciario e um sistema educacional.
Muitas vezes, podem-se usar relatos da vida real para demonstrar
´ ´
a sabedoria de aplicar o conselho bıblico. Pode-se tambem recorrer
` ˆ ˜
a vivencia pessoal para comprovar as declaraçoes. Por exemplo, para
´ ˆ ´ ˆ ´
mostrar a alguem a importancia de ler e estudar a Bıblia, voce podera
´
mencionar os benefıcios que isso trouxe para a sua vida. Para animar
˜ ´ ˜
os irmaos, o apostolo Pedro falou da transfiguraçao, da qual ele ha-
´
via sido testemunha ocular. (2 Ped. 1:16-18) Paulo tambem citou epi-
´
sodios da sua vida. (2 Cor. 1:8-10; 12:7-9) Naturalmente, deve limitar
´ ˆ ˜ ˜
o uso de suas proprias experiencias a fim de nao chamar atençao de-
mais para si mesmo.
˜
Devido a formaçoes e ideias diferentes, as provas que convencem
˜ ˜
uma pessoa talvez nao satisfaçam outra. Assim, leve em consideraçao
´
os conceitos dos ouvintes ao decidir que argumentos usara e como os
´ ´ ˜ ´
apresentara. Proverbios 16:23 declara: “O coraçao do sabio faz que a
´ ˜ ´
sua boca mostre perspicacia e acrescenta persuasao aos seus labios.”
´
EXERCICIOS:
´ ` ´
(1) Abra o livro Raciocınios a Base das Escrituras no topico “Jesus Cristo”.
˜ ´
Note como as perguntas sao respondidas principalmente com a Bıblia.
´ ´
(2) Analise a serie de capa de um numero de A Sentinela ou Despertai!. De-
pois de escolher alguns dos pontos principais, sublinhe os textos-chave e
marque as provas adicionais apresentadas.
˜
50 TOCAR O CORAÇ AO
ˆ
O que voce deve fazer?
˜
Levar em consideraçao como os ouvintes se sentem em rela-
˜
çao aos assuntos tratados. Desperte neles os sentimentos e
˜ ˜
as motivaçoes que farao com que se acheguem a Deus e se
tornem Seus amigos.
´ ˆ ˜
ALEM de dar testemunho, voce precisa esforçar-se para tocar o coraçao
´
das pessoas. Na Bıblia, muitas vezes se estabelece um contraste entre
˜ ˜
o coraçao e o que a pessoa aparenta ser. O coraçao figurativo repre-
´ ´
senta o que a pessoa e no ıntimo: como se sente, tudo em que pen-
sa, por que pensa nisso e como esses pensamentos influenciam suas
˜ ´ ˜
açoes. A semente da verdade e semeada no coraçao figura-
´ ˆ
POR QUE E IMPORTANTE? tivo. (Mat. 13:19) E a obediencia a Deus deve originar-se do
´ ˜
Para agradar a Jeova, as coraçao. — Pro. 3:1; Rom. 6:17.
pessoas precisam ter a Pala- Para que seu ensino possa sensibilizar os ouvintes, con-
vra de Deus bem arraigada centre-se nos seguintes objetivos: (1) discernir que in-
˜ ˆ ´ ˜
no coraçao. fluencias ja moldaram o coraçao deles; (2) inculcar quali-
dades positivas, como o amor e o temor de Deus;
´ ˜ ´
(3) incentiva-los a analisar as motivaçoes ıntimas, para que
´
possam agradar plenamente a Jeova.
Use de discernimento. As pessoas se refreiam de aceitar a verda-
˜ ´
de pelas mais diversas razoes. Ao dirigir um estudo bıblico domi-
´ ˆ
ciliar com alguem, voce talvez tenha de eliminar os preconceitos e
apresentar fatos que combatam ideias erradas; em outros casos, tal-
´
vez seja suficiente apenas apresentar provas. Pergunte-se: “Sera que
´
essa pessoa se da conta de que, como ser humano, tem necessida-
´ ˜
des espirituais? Em que ela ja acredita? No que nao acredita? Por que
˜
chegou a essas conclusoes? Precisa de ajuda para vencer desejos que
poderiam impedi-la de aceitar as responsabilidades inerentes a co-
nhecer a verdade?”
´ ´ ˜
Nem sempre e facil descobrir a razao de certas crenças das pessoas.
˜ ´ ´
“O conselho no coraçao dum homem e como aguas profundas”, diz
´ ´ ´
Proverbios 20:5, “mas o homem de discernimento e quem o puxara
´ ˜ ´ ´
para fora”. O discernimento e a habilidade de perceber o que nao e ob-
˜ ˜
vio. Isso exige observaçao cuidadosa e consideraçao.
258
˜
Tocar o coraçao 259
˜ ´ ˜
Nem toda a comunicaçao e verbal. Durante a consideraçao de certo
´ ˜
topico, a expressao facial ou o tom da voz do estudante podem mu-
ˆ ´ ˜ ´ ´
dar. Se voce e pai ou mae, sem duvida ja percebeu que mudanças no
˜
comportamento dos filhos podem indicar que eles estao reagindo a
ˆ ˜ ´
novas influencias na vida. Nao desconsidere esses indıcios que reve-
´
lam o que a pessoa tem no ıntimo.
´ ´
Com perguntas bem escolhidas, e possıvel descobrir o
˜ ˆ
que o ouvinte tem no coraçao. Pergunte: “O que voce acha COMO FAZER
de . . . ?” “O que o convenceu de que . . . ?” “Como reagi- ´
´ ˜ Mostre amor genuıno.
ria se . . . ?” Cuidado, porem, para nao lançar sobre a pes- ˆ
Discirna que influencias
soa uma enxurrada de perguntas. Use de tato e comece di- ˜
moldaram o coraçao do
zendo: “Posso lhe fazer uma pergunta?” Descobrir o que a ouvinte.
˜ ´ ´ ˜
pessoa tem no coraçao e uma tarefa difıcil que nao pode Destaque as qualidades
´ ´
ser realizada da noite para o dia. Quase sempre e preciso maravilhosas de Jeova.
`
ganhar a confiança da pessoa antes que ela se sinta a von- Ensine os estudantes a ana-
´ ˜
tade para revelar seus sentimentos mais ıntimos — e isso lisar suas motivaçoes e a
´
refina-las.
leva tempo. Mesmo depois disso, deve-se ter cuidado para
˜ ˜ ˆ ´
que a pessoa nao fique com a impressao de que voce esta se
˜
intrometendo em assuntos que nao lhe dizem respeito. — 1 Ped. 4:15.
´ ´ ˜
Tambem e preciso discernimento para controlar suas reaçoes ao que
´
ouve. Lembre-se de que seu objetivo e entender a pessoa para poder
˜ ´ ´
determinar que informaçao bıblica possivelmente a motivara. Repri-
ma de imediato o impulso de refutar os conceitos errados dela. Em vez
´
disso, esteja atento aos sentimentos que se escondem por tras das pa-
˜ ´
lavras. Entao sabera como responder, e o estudante, sentindo-se com-
´ ˆ
preendido, estara mais inclinado a pensar seriamente no que voce lhe
disser. — Pro. 16:23.
ˆ ´ ´ ´
Mesmo quando fala a uma grande assistencia e possıvel, ate cer-
to ponto, motivar os ouvintes individualmente. Se tiver bom contato
` ˜
com eles, estiver atento as suas expressoes faciais e fizer perguntas re-
´ ´ ´
toricas que estimulem o raciocınio, provavelmente tera uma ideia de
˜ ˆ
como estao encarando suas palavras. Se conhecer bem a assistencia,
˜ ˆ
leve em consideraçao as circunstancias dela. Tenha em mente a atitu-
˜
de geral da congregaçao quando raciocinar com ela sobre a Palavra de
´
Deus. — Gal. 6:18.
Inculque qualidades positivas. Depois de entender em que a pes-
˜ ˆ ´
soa acredita, em que nao acredita e por que, voce podera usar isso
˜
260 Tocar o coraçao
´ ´ ˜ ˜
como base para ajuda-la. Apos sua ressurreiçao, Jesus tocou o coraçao
´ `
dos discıpulos abrindo-lhes “plenamente as Escrituras” a luz do que
´
havia acontecido pouco antes. (Luc. 24:32) Esforce-se tambem para
˜ ˆ ˆ
mostrar que ligaçao tem as experiencias de vida e os anseios da pes-
´ ˆ ´
soa com o que ela esta aprendendo da Palavra de Deus. Voce tera to-
˜
cado o coraçao do estudante quando ele, totalmente convencido, dis-
´
ser: “Esta e A VERDADE!”
Ao destacar a bondade, o amor, a benignidade imerecida e a justeza
´ ´
no modo de Jeova agir, estara ajudando os ouvintes a fortalecer seu
amor por Deus. Se tomar tempo para mostrar-lhes as qualidades exce-
ˆ ˆ ´ ˜ ´ ´
lentes que Deus ve neles, voce lhes dara razoes para crer que e possıvel
´
ter um relacionamento pessoal com ele. Um modo de fazer isso e con-
´ ˜
vida-los a refletir em textos como Salmo 139:1-3, Lucas 21:1-4 e Joao
´ ´
6:44, e ajuda-los a perceber o profundo carinho que Jeova sente por
´ ´ ˜
seus servos fieis. (Rom. 8:38, 39) Explique-lhes que Jeova nao se con-
ˆ
centra nos erros que cometemos, mas ve a nossa vida como um todo,
˜
nosso zelo pela adoraçao pura e o amor que sentimos pelo Seu nome.
ˆ ´ ´
(2 Cro. 19:2, 3; Heb. 6:10) Ele se lembra ate dos mınimos detalhes de
˜ ´ `
nossa constituiçao e vai, de modo notavel, trazer de volta a vida “to-
˜ ´ ˜
dos os que estao nos tumulos memoriais”. ( Joao 5:28, 29; Luc. 12:6, 7)
`
Visto que Deus criou os humanos a Sua imagem e semelhança, uma
˜
consideraçao das qualidades divinas muitas vezes toca de forma posi-
˜ ˆ
tiva o coraçao dos ouvintes. — Gen. 1:27.
´
Quando a pessoa aprende a encarar os outros como Jeova os enca-
´ ˜ ´ ´
ra, isso tambem pode tocar-lhe o coraçao. E logico que, se Deus mostra
˜ ˜
amorosa consideraçao conosco, ele faz o mesmo para com outros, nao
˜
importa qual seja sua formaçao, nacionalidade ou raça. (Atos 10:34,
´ ´ ´
35) Depois que o estudante entender isso, tera uma solida base bıbli-
˜ ´ ´
ca para desarraigar do coraçao o odio e o preconceito. Isso o ajudara a
´
ter relacionamentos pacıficos com outros, ao passo que aprende a agir
em harmonia com a vontade divina.
´
Outro sentimento que devemos ajudar os estudantes a cultivar e o
ˆ
temor de Deus. (Sal. 111:10; Rev. 14:6, 7) Essa profunda reverencia a
´
Deus os motiva a fazer o que seria impossıvel se tivessem de contar
´
apenas com suas proprias forças. Relate a eles os atos espantosos de
´ ´ ˆ
Jeova e sua extraordinaria benevolencia, ajudando-os a cultivar um te-
´
mor salutar de desagrada-lo. — Sal. 66:5; Jer. 32:40.
˜
Tocar o coraçao 261
´
Certifique-se de que os ouvintes entendam que Jeova se importa
˜ `
com sua conduta. Ele tem sentimentos e a nossa reaçao as Suas orien-
˜ ˆ
taçoes pode faze-lo sentir-se triste ou alegre. (Sal. 78:40-42) Mostre
que nossa conduta tem um papel importante na resposta ao desafio
´
que Satanas faz a Deus. — Pro. 27:11.
´
Ajude os ouvintes a ver que cumprir os requisitos de Deus e bom
´ ˆ
para eles. (Isa. 48:17) Um modo de fazer isso e citar as consequencias
´
fısicas e emocionais de rejeitar, mesmo que momentaneamente, a sa-
bedoria de Deus. Explique que o pecado nos afasta de Deus, priva ou-
´
tros da oportunidade de aprender a verdade por nosso intermedio e
ˆ ˜
usurpa os direitos alheios. (1 Tes. 4:6) Ajude-os a prezar as bençaos que
´ ˆ `
ja tem por obedecer as leis de Deus. Fortaleça o seu apreço pelo fato de
´
que andar nos caminhos justos de Jeova nos poupa de muitas adver-
´ ´
sidades. Depois de desenvolver fe nos modos sabios de Deus, a pes-
´ ˆ ´
soa passara a sentir repugnancia de qualquer proceder contrario a eles.
ˆ
(Sal. 119:104) Em vez de encarar a obediencia como um fardo, ela a
´ ˜ ´
considerara um modo de expressar seu amor e sua devoçao a Jeova.
˜
Ajude os ouvintes a analisar suas motivaçoes. Para continuar a
ˆ
crescer em sentido espiritual, as pessoas precisam reagir ao que tem no
˜ ´ ´
coraçao. Explique como a Bıblia pode ajuda-las a fazer isso.
´ ˜ ´
Ajude os ouvintes a entender que a Bıblia nao e apenas um registro
´
de mandamentos, conselhos, eventos historicos e profecias, mas reve-
´
la os pensamentos do Criador. Em Tiago 1:22-25, a Palavra de Deus e
˜
comparada a um espelho. Pela nossa reaçao ao que ela diz e ao modo
´ ´ ´
como Jeova executa seu proposito, a mensagem da Bıblia revela o que
˜ ´
temos no coraçao e indica tambem como Deus, “o examinador dos
˜
coraçoes”, nos encara. (Pro. 17:3) Aconselhe seus ouvintes a ter isso
sempre em mente. Incentive-os a refletir no que Deus preservou para
´ ´
nos nas Escrituras e tambem nas mudanças que talvez tenham de fa-
´
zer na vida a fim de agrada-lo de forma mais plena. Ajude-os a enten-
´ ´ ´ ˆ
der que a leitura da Bıblia e um modo de saber como Jeova ve “os pen-
˜ ˜ ˜
samentos e as intençoes do coraçao”. Assim, poderao colaborar com
´
Ele, fazendo os ajustes necessarios. — Heb. 4:12; Rom. 15:4.
´ ˆ ´
Alguns estudantes da Bıblia desejam por em pratica o que apren-
ˆ ˜
dem, mas tem medo do que os outros vao pensar. Talvez estejam lu-
tando contra fortes desejos carnais ou tentando achar um jeito de
´
servir a Deus sem abandonar algumas praticas do mundo. Mostre os
˜
perigos dessa indecisao. (1 Reis 18:21) Incentive-os a orar a Deus para
˜
que ele examine e refine seu coraçao. — Sal. 26:2; 139:23, 24.
˜
262 Tocar o coraçao
´ ´
Mostre-lhes que Jeova entende sua luta e que a Bıblia explica o que
´ ˜
esta acontecendo. (Rom. 7:22, 23) Ajude-os a nao deixar que as incli-
˜ ˜
naçoes do coraçao imperfeito os dominem. — Pro. 3:5, 6; 28:26; Jer.
17:9, 10.
˜
Incentive cada um deles a analisar suas motivaçoes. Ensine-os a se
´ ´ ´
perguntar: “Por que quero fazer isso? Sera que isso mostrara a Jeova
que realmente aprecio tudo que ele fez por mim?” Esforce-se para for-
˜ ˜ ´ ´
talecer a convicçao de que uma boa relaçao com Jeova e a coisa mais
´
valiosa que alguem pode ter.
Ajude os ouvintes a compreender plenamente o que significa ser-
´ ˜
vir a Jeova de ‘todo o coraçao’. (Luc. 10:27) Isso envolve harmonizar
˜ ´
todos os sentimentos, desejos e motivaçoes com os modos de Jeova.
˜ ´ ´
Portanto, nao so os ensine a analisar o que fazem, mas tambem como
˜
encaram os requisitos de Deus e com que motivaçao o servem. (Sal.
`
37:4) A medida que os estudantes descobrirem campos em que preci-
´
sam melhorar, incentive-os a orar a Jeova, pedindo: “Unifica meu co-
˜
raçao para temer o teu nome.” — Sal. 86:11.
˜
A partir do momento em que o estudante desenvolver uma relaçao
´ ´ ˆ ` ´ ˜
pessoal com Jeova, ele passara a obedece-Lo devido a fe, e nao porque
ˆ ˜ ´
voce o incentiva a fazer isso. Entao, por conta propria, ele vai ‘persistir
´ ´ ´
em certificar-se do que e aceitavel para o Senhor’. (Efe. 5:10; Fil. 2:12)
ˆ ˜ ´
Essa obediencia de coraçao e que agrada a Deus. — Pro. 23:15.
´ ´ ˜
Tenha em mente que e Jeova quem avalia os coraçoes e atrai as pes-
˜
soas para que tenham um relacionamento com ele. (Pro. 21:2; Joao
´ ´
6:44) O nosso papel e o de colaboradores. (1 Cor. 3:9) E “como se
´ ´ ˜
Deus instasse por nosso intermedio”. (2 Cor. 5:20; Atos 16:14) Jeova nao
´
obriga ninguem a aceitar a verdade, mas ao passo que usamos as Es-
crituras ele pode fazer os ouvintes compreender que nossas palavras
˜ ` ´ ` ˜
sao a resposta as suas perguntas, ou ate as suas oraçoes. Tenha isso em
mente sempre que tiver a oportunidade de ensinar e peça com since-
˜ ´ ˆ ´
ridade a orientaçao e a ajuda de Jeova. — 1 Cro. 29:18, 19; Efe. 1:16-18.
´
EXERCICIOS:
(1) Leia Mateus 6:21 e pense em como aplicar esse texto na sua vida. Leia
´ ´ ˜
tambem os versıculos 19 e 20 e pense em que ajustes seu coraçao o impe-
´ ´
le a fazer. (2) Faça uma analise do que o motivou a começar a servir a Jeova.
˜ ´ ˆ
O que o motiva agora? Que motivaçoes que agradam a Jeova voce preten-
de reforçar?
˜ CONTROLE E
BOA DISTRIBUIÇ AO DO TEMPO 51
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Limitar-se ao tempo concedido e distribuı-lo de forma ade-
˜
quada em cada seçao do discurso.
˜
EMBORA sua preocupaçao principal deva ser a qualidade do ensino,
ˆ ´ ` ˜
voce deve tambem estar atento a duraçao dos seus discursos. Nossas
˜ ˜
reunioes sao programadas para começar e acabar em determinados ho-
´ ˆ
rarios. Para conseguir isso, todos os participantes tem de colaborar.
´ ˜
Nos tempos bıblicos, o conceito das pessoas em relaçao ao tem-
´
po era diferente do que e comum em muitos lugares hoje.
˜ ´
Ao dizer as horas, as pessoas usavam expressoes aproxima-
´ POR QUE E IMPORTANTE?
das como “por volta da terceira hora” ou “cerca da decima ´
˜ ˜ E preciso reservar tempo
hora”. (Mat. 20:3-6; Joao 1:39) Nao havia muita necessida- suficiente para cada ponto
´ ´
de de especificar a hora exata das atividades diarias. Em al- principal. E importante que
ˆ ˜ ´
gumas partes do mundo, as pessoas tem um conceito seme- a reuniao termine no hora-
´ rio.
lhante ate hoje.
ˆ
Mas, mesmo que costumes locais ou preferencias pes-
˜ ˜ `
soais levem alguns a nao dar muita atençao a pontualida-
´ ˜ ´ ´
de, e bom aprendermos a dar atençao a esse assunto. Quando ha varios
˜
participantes em uma reuniao, cada um deles deve limitar-se ao tem-
´
po concedido. Nesse respeito, pode-se muito bem aplicar o princıpio
de que “todas as coisas ocorram decentemente e por arranjo”. — 1 Cor.
14:40.
´
Como evitar passar do tempo designado. A chave de tudo e a prepa-
˜ ˜ ˜
raçao. Em geral, quem passa do tempo sao os oradores que nao se pre-
param o suficiente. Talvez tenham excesso de autoconfiança ou sim-
´ ˜
plesmente deixem para se preparar de ultima hora. Para nao passar do
´ ´
tempo, em primeiro lugar e necessario que a pessoa tenha apreço pela
˜
designaçao e faça empenho para preparar-se bem.
Foi designado para fazer uma leitura? Primeiro, recapitule os estu-
ˆ ˆ
dos 4 a 7, que falam de fluencia, pausas, enfase segundo o sentido e
´ ´
nas ideias principais. Daı, leia a materia designada em voz alta e apli-
˜ ´
que as sugestoes. Cronometre o seu tempo. Precisa ler mais rapido para
terminar no tempo concedido? Aumente o ritmo em trechos menos
263
˜
264 Controle e boa distribuiçao do tempo
´
EXERCICIO:
` ˜
Faça planos para chegar as reunioes congregacionais 15 a 20 minutos an-
´ ˆ ´
tes do inıcio, levando em conta o tempo que voce e sua famılia gastam para
˜
se aprontar e chegar ao local de reuniao. Pense em como lidar com pro-
´
blemas comuns que poderiam resultar em atrasos. Ponha em pratica o seu
´ ˜ ´
plano em varias ocasioes, fazendo os ajustes necessarios. Ao proferir discur-
´
sos, aplicam-se princıpios similares.
˜
EXORTAÇ AO EFICAZ 52
ˆ
O que voce deve fazer?
` ˜
Estimular outros a açao com argumentos ou conselhos con-
` ´
vincentes a base duma fonte confiavel. Isso exige falar com
fervor.
˜ ˜ ´
OS ANCIAOS cristaos devem saber “exortar pelo ensino que e salu-
` ˜ ´
tar”. (Tito 1:9) As vezes isso tem de ser feito em situaçoes bem difı-
´ ˜
ceis. E importante dar conselhos em harmonia com as orientaçoes
˜
das Escrituras. Assim, os anciaos precisam acatar o conselho: ‘Conti-
` ˜
nuai a aplicar-vos a exortaçao.’ (1 Tim. 4:13) Embora este
˜
estudo se dirija primariamente aos anciaos ou aos que ´
´ ` POR QUE E IMPORTANTE?
buscam esse privilegio, os pais as vezes precisam exor-
´ ˜
tar os filhos, ou os que dirigem estudos bıblicos precisam A exortaçao eficaz incute
ˆ
´ em outros a urgencia de
exortar seus estudantes da Bıblia. Nesses casos, se aplica- ´
˜ ˜ seguir o proceder que Jeova
rao orientaçoes similares. abençoa.
˜ ˜
Situaçoes que exigem exortaçao. Para determinar
´ ´ ´
quando e preciso exortar, e util examinar casos registra-
´ ˜ ´
dos na Bıblia em que se deu exortaçao. O apostolo Pedro
˜ ˜
exortou os anciaos a prestar atençao aos seus deveres como pastores
do rebanho de Deus. (1 Ped. 5:1, 2) Paulo aconselhou Tito a exor-
tar os homens mais jovens a “serem ajuizados”. (Tito 2:6) E instou
˜
os concristaos a ‘falarem de acordo’ e a evitar os que buscavam cau-
˜ ˜
sar divisoes entre os irmaos. (1 Cor. 1:10; Rom. 16:17; Fil. 4:2) Embo-
˜ ˆ
ra elogiasse os membros da congregaçao em Tessalonica pelas coisas
boas que faziam, Paulo os exortou a aplicarem ainda mais as instru-
˜ ˜
çoes que haviam recebido. (1 Tes. 4:1, 10) Pedro instou concristaos a
‘se absterem de desejos carnais’. (1 Ped. 2:11) Judas exortou seus ir-
˜ ´ ´ ˆ
maos a ‘travarem uma luta ardua pela fe’ por causa da influencia de
´
pessoas ımpias, que tinham um comportamento desenfreado. ( Ju-
˜
das 3, 4) Os cristaos em geral deviam exortar uns aos outros para que
´
ninguem ficasse endurecido pelo poder enganoso do pecado. (Heb.
˜
3:13) Pedro exortou os judeus que ainda nao criam em Cristo: “Sede
˜
salvos desta geraçao pervertida.” — Atos 2:40.
265
˜
266 Exortaçao eficaz
˜ ´
Que qualidades sao necessarias para exortar com vigor nessas situa-
˜ ˆ
çoes? Como pode aquele que exorta mostrar a urgencia de seu apelo
sem ser opressivo ou duro?
` ˜ ˜ `
“A base do amor”. Se a exortaçao nao for dada “a base do amor”,
´ ˆ ´
podera parecer dura. (Filem. 9) E certo que, quando se exige uma
˜ ˜
açao imediata, as palavras de exortaçao devem transmitir
ˆ ˜
a urgencia da situaçao. Se o orador falar de maneira mui-
˜ ´
COMO EXORTAR to suave, pode dar a impressao de que esta pedindo des-
˜
Mostre amor e culpas. Ao mesmo tempo, a exortaçao deve ser dada com
˜ ´
longanimidade, e fale seriedade e empatia. Uma exortaçao dada com amor tera
com fervor. ˆ
maior probabilidade de motivar a assistencia. Ao falar de
˜
Baseie sua exortaçao si mesmo e de seus companheiros, Paulo disse aos tessa-
firmemente na Palavra lonicenses: “Sabeis muito bem que, assim como o pai faz
de Deus. ´ ´ ´
˜ com os seus filhos, nos exortavamos a cada um de vos.”
Reforce sua exortaçao ˜
por ser bom exemplo.
(1 Tes. 2:11) Esses superintendentes cristaos exortavam os
˜ ˜
irmaos com amor. Permita que suas expressoes brotem de
´
um genuıno interesse em seus ouvintes.
˜ ˆ `
Use de tato. Nao antagonize os a quem voce se esforça em mover a
˜ ´ ˜
açao. Mas tambem nao se refreie de falar aos ouvintes “todo o con-
˜ ˜
selho de Deus”. (Atos 20:27) Pessoas apreciativas nao se ofenderao
˜ ´ ˆ
nem o amarao menos so porque voce as instou bondosamente a fa-
´
zer o que e direito. — Sal. 141:5.
´ ˜
Em muitos casos e proveitoso prefaciar uma exortaçao com um
´ ˜
elogio especıfico e sincero. Pense nas coisas boas que seus irmaos fa-
´ ´
zem — coisas que devem estar agradando muito a Jeova: a fe manifes-
tada em seu trabalho, o amor que os move a se esforçarem e a per-
˜ ´
severança em provaçoes. (1 Tes. 1:2-8; 2 Tes. 1:3-5) Isso ajudara seus
˜ ˆ ´
irmaos a ver que voce os aprecia e os compreende, o que os tornara
` ˜
receptivos as exortaçoes.
“Com toda a longanimidade”. Deve-se exortar “com toda a lon-
ganimidade”. (2 Tim. 4:2) O que significa isso? Longanimidade in-
˜ ˆ
clui suportar pacientemente o mal ou a provocaçao. A pessoa longa-
´ ˜
nime mantem a esperança de que seus ouvintes aplicarao o que ela
´ ´ ˆ
diz. Exortar nesse espırito evitara que os ouvintes pensem que voce
˜
os prejulga mal. A sua confiança de que seus irmaos querem servir a
´ ´
Jeova da melhor maneira que puderem ira ao encontro do desejo de-
´
les de fazer o que e direito. — Heb. 6:9.
˜
Exortaçao eficaz 267
´ ˜
“Pelo ensino que e salutar”. Como pode o anciao “exortar pelo
´ ` `
ensino que e salutar”? Pelo ‘apego firme a palavra fiel com respeito a
´
sua arte de ensino’. (Tito 1:9) Em vez de expressar sua propria opi-
˜ ˜
niao, faça da Palavra de Deus a força de sua exortaçao. Permita que
´ ´ ´
a Bıblia molde seu conceito do que e preciso dizer. Aliste os benefı-
cios de aplicar o que ela diz sobre o assunto em pauta. Tenha bem em
ˆ ˜ `
mente as consequencias — presentes e futuras — de nao se amoldar a
Palavra de Deus e use-as para convencer os ouvintes da necessidade
˜
de tomar açao apropriada.
Certifique-se de explicar claramente aos ouvintes o que devem fa-
ˆ ˜
zer e como faze-lo. Torne claro que seus argumentos sao baseados
firmemente nas Escrituras. Se as Escrituras permitirem certa latitude
˜ ˜ ´
numa decisao a ser tomada, explique a extensao dessa latitude. Daı,
˜ ˜ ˜
na conclusao, faça uma exortaçao que fortaleça a determinaçao de
agir dos ouvintes.
´
Com “franqueza no falar”. Para exortar outros eficazmente e pre-
´
ciso “franqueza no falar na fe”. (1 Tim. 3:13) O que habilita a pessoa
a ser franca? O seu “exemplo de obras excelentes” que se harmoniza
˜
com o que ela insta seus irmaos a fazer. (Tito 2:6, 7; 1 Ped. 5:3) Nes-
` ˜ ˜
se caso, os que forem instados a açao verao que a pessoa que os exor-
˜ ˜ ˜
ta nao espera que eles façam algo que ela mesma nao faz. Verao que
´
podem imitar a sua fe assim como ela se esforça em imitar a Cristo.
— 1 Cor. 11:1; Fil. 3:17.
˜ ` ´
A exortaçao a base da Palavra de Deus, dada num espırito de amor,
´ ˆ
pode resultar em muitos benefıcios. Os que tem a responsabilidade
˜
de dar tal exortaçao devem se esforçar em fazer isso de maneira efi-
caz. — Rom. 12:8.
´
EXERCICIO:
´ ˆ
Leia a carta do apostolo Paulo a Filemon. Procure estes elementos: (1) elogio
´
caloroso, (2) a base do apelo de Paulo em favor de Onesimo, (3) o argu-
ˆ
mento usado para convencer Filemon de que devia receber bem seu escravo
ˆ
que regressava e (4) a confiança de Paulo de que Filemon faria a coisa cer-
ˆ ˜ ˜
ta. Considere como voce pode imitar esse padrao ao dar exortaçoes.
53 ENCORAJAR E FORTALECER OS OUVINTES
ˆ
O que voce deve fazer?
´
Dar esperança ou coragem para seus ouvintes. Revigora-los
ˆ
e fortalece-los.
˜
NAO importa que problemas tenham, os servos de Deus devem po-
˜ ˜
der encontrar encorajamento na congregaçao crista. Para isso, em
˜
especial os anciaos devem certificar-se de que seus discursos e con-
˜
selhos sejam encorajadores. Os anciaos devem ser “como abrigo
contra o vento e como esconderijo contra o temporal, como corren-
´ ´
tes de agua numa terra arida, como a sombra dum pesa-
´ do rochedo numa terra esgotada”. — Isa. 32:2.
POR QUE E IMPORTANTE?
ˆ ´ ˜ ˜
As pessoas sofrem muitas Se voce e anciao, sao seus discursos revigorantes e con-
˜
pressoes do mundo. Muitas soladores? Revigoram os que se empenham em servir fiel-
se desanimam. O que o ´
mente a Jeova? Conferem força para perseverar em fazer a
orador diz, e como o diz, ˜ ´
pode afetar profundamente vontade de Deus apesar da apatia ou da oposiçao do pu-
˜
os ouvintes. blico? Que dizer se alguns dos presentes estao deprimidos,
˜ ˆ
sob severas pressoes economicas ou lutando contra uma
˜ ˆ
doença grave para a qual nao existe cura conhecida? Voce
˜ ´
pode ‘fortificar seus irmaos com as palavras de sua boca’. — Jo 16:5.
˜
Use suas oportunidades como orador para ajudar os irmaos a de-
´ ˜
rivar esperança e forças de Jeova e de Suas provisoes. — Rom. 15:13;
´
Efe. 6:10.
` ˜ ´
Traga a atençao o que Jeova tem feito. Uma maneira importante
´ ´
de inspirar coragem e mostrar como Jeova ajudou seu povo em difi-
culdades no passado. — Rom. 15:4.
´ ´ ´
Jeova ordenou que Moises ‘encorajasse’ e ‘fortalecesse’ Josue an-
´
tes de Israel entrar na Terra Prometida, ocupada na epoca por na-
˜ ´ ´ ´
çoes inimigas. Como Moises fez isso? Na presença de Josue, Moises
` ˜ ´
lembrou a inteira naçao as coisas que Jeova fizera por eles quan-
´ ´ ´
do saıram do Egito. (Deut. 3:28; 7:18) Moises tambem relembrou
´ ´
as vitorias que Jeova lhes havia dado sobre os amorreus. Em segui-
´ ´ ˆ
da, Moises instou a Josue: “Se corajoso e forte.” (Deut. 31:1-8) Ao
˜ ˆ
procurar encorajar seus irmaos, voce os ajuda a derivar forças por se
´ ´
lembrarem do que Jeova ja fez por eles?
268
Encorajar e fortalecer os ouvintes 269
˜
Alguns talvez fiquem tao sobrecarregados com seus problemas
˜ ˆ ˜
que se perguntam se vao mesmo algum dia receber as bençaos do
´ ˜ ´
Reino. Lembre-lhes que as promessas de Jeova sao confiaveis. — Jos.
23:14.
´ ˜
Em alguns paıses, nossos irmaos se confrontam com decretos que
´ ˜ ˜
proıbem a pregaçao das boas novas. Nesses casos, anciaos amoro-
´ ˆ ´
sos podem ajuda-los a derivar força das experiencias dos apostolos
de Jesus Cristo. (Atos 4:1–5:42) Destacar como Deus manobrou os
´
eventos, conforme registrado no livro de Ester, certamente tambem
´ ˜
inspirara os irmaos a ter coragem.
` ˜ ˜
Algumas pessoas assistem as reunioes congregacionais, mas nao
fazem progresso. Talvez achem que Deus jamais as poderia per-
´
doar pelo seu pessimo modo de vida anterior. Talvez possa rela-
´ ´ ˆ
tar como Jeova lidou com o Rei Manasses. (2 Cro. 33:1-16) Ou po-
´
dera falar a respeito das pessoas na antiga Corinto que mudaram
˜
o modo de vida, tornaram-se cristas e foram declaradas justas por
Deus. — 1 Cor. 6:9-11.
Acham alguns que os problemas que enfrentam indicam que per-
´ ´
deram o favor de Deus? Podera lembra-los do que aconteceu com
´ ´
Jo e como ele foi grandemente abençoado por manter-se ıntegro a
´ ´
Jeova. ( Jo 1:1-22; 10:1; 42:12, 13; Sal. 34:19) Os falsos consoladores
´
de Jo haviam afirmado erroneamente que ele teria cometido algum
´ ´
pecado. ( Jo 4:7, 8; 8:5, 6) Em contraste, ao fortalecer os discıpulos
´ ´ ´
e ‘encoraja-los a permanecerem na fe’, Paulo e Barnabe disseram:
´ ˜
“Temos de entrar no reino de Deus atraves de muitas tribulaçoes.”
ˆ
(Atos 14:21, 22) Igualmente hoje, voce pode fortalecer os que so-
˜ ˜ ´
frem provaçoes destacando que perseverar sob tribulaçao e um re-
˜ ´
quisito para todos os cristaos e e de grande valor aos olhos de Deus.
— Pro. 27:11; Mat. 24:13; Rom. 5:3, 4; 2 Tim. 3:12.
´
Incentive os ouvintes a pensar em como, nas suas proprias vidas,
´
Jeova tem cumprido as suas promessas. Com alguns lembretes, eles
´ ´
podem ser levados a ver como Jeova ja agiu em favor deles pessoal-
mente, assim como prometeu. No Salmo 32:8, lemos: “Eu te farei
´
ter perspicacia e te instruirei no caminho em que deves andar. Vou
dar conselho com o meu olho fixo em ti.” Ajudando seus ouvintes
´ ˆ ´
a terem em mente como Jeova os guiou ou fortaleceu, voce podera
270 Encorajar e fortalecer os ouvintes
ˆ ´
faze-los ver, de maneira muito pessoal, que Jeova zela por eles e real-
´ ˜
mente os ajudara a lidar com qualquer provaçao que porventura en-
frentem. — Isa. 41:10, 13; 1 Ped. 5:7.
´
Alegre-se com o que Deus esta fazendo. Ao procurar encorajar os
˜ ˜ ´ ´
irmaos, chame atençao para o que Jeova esta fazendo agora. Falar
ˆ
sobre essas coisas de um modo que mostre que voce as aprecia pro-
´ ˜
fundamente despertara sentimentos similares no coraçao dos ou-
vintes.
´
Considere como Jeova nos ajuda a lidar com as pres-
˜ ´
COMO FAZER soes da vida. Ele nos mostra qual e a melhor maneira de
Ao preparar um discurso, viver. (Isa. 30:21) Explica por que existe o crime, as in-
tenha em mente os pro- justiças, a pobreza, as doenças e a morte, e nos diz como
´
blemas que os ouvintes acabara com tudo isso. Ele nos acolhe numa amorosa
enfrentam. Considere cui- ´
fraternidade. Concede-nos o privilegio precioso da ora-
dadosamente como ˜ ´
´ ˆ çao e nos da a honra de ser suas Testemunhas. Abre os
encoraja-los e fortalece-los. ´ ´
nossos olhos para vermos que Cristo ja esta entronizado
Faça bom uso da Palavra de ´ ´
no ceu e que os ultimos dias do velho sistema se aproxi-
Deus. Mostre como o que
ela diz se relaciona com as mam rapidamente do fim. — Rev. 12:1-12.
˜ ˆ ˜ ˜
situaçoes que enfrentamos. Acrescente a essas bençaos as reunioes congregacio-
Fale com sinceridade. nais, assembleias e congressos. Por falar sobre tais pro-
˜ ´
visoes de um modo que revele apreço genuıno por elas,
´ ˜ ˜
fortalecera a determinaçao de outros de nao negligencia-
˜ ˜
rem essas reunioes com os irmaos. — Heb. 10:23-25.
´ ˆ ˜ ´
Relatorios que provam as bençaos de Jeova sobre nossos esforços
´ ´ ˜
no ministerio de campo tambem sao uma fonte de força. No pri-
´ ´
meiro seculo, quando Paulo e Barnabe estavam a caminho de Jeru-
´ ˜
salem, causaram “grande alegria a todos os irmaos” por relatar em
˜ ˜ ˆ
pormenores a conversao de pessoas das naçoes. (Atos 15:3) Voce
´ ´ ˜ ˆ
tambem podera alegrar os irmaos contando-lhes experiencias edifi-
cantes.
As pessoas se sentem ainda mais encorajadas quando conseguem
˜ ´
ver o valor do que fazem. Elogie-as pela participaçao no ministerio
˜ ´ `
cristao. Elogie aqueles cuja atividade e bem limitada devido a ida-
de avançada ou doença, mas que mostram perseverança fiel. Lem-
´ ˜ ˆ
bre a eles que Jeova nao se esquece do amor que tem mostrado pelo
´ ´ ´
Seu nome. (Heb. 6:10) A fe provada sob teste e um bem inestimavel.
˜
(1 Ped. 1:6, 7) Nossos irmaos precisam ser lembrados disso.
Encorajar e fortalecer os ouvintes 271
´
EXERCICIO:
´
Ao fazer a leitura da Bıblia ou o estudo pessoal desta semana, selecione um
´
trecho que poderia usar para encorajar outros. Fale dele com alguem na
˜
congregaçao.
Continue a progredir
ESFORÇOU-SE em aplicar cada um dos pontos deste programa
´ ´ ´
da escola? Fez tambem os exercıcios sugeridos? Esta aplicando
´
cada um dos pontos ao dar discursos na escola do ministerio
´ ˜
teocratico, em outras reunioes e no serviço de campo?
´ ´
Continue a beneficiar-se da Escola do Ministerio Teocratico.
˜ ´ ˆ
Nao importa ha quanto tempo voce profere discursos, sempre
´ ´
ha areas em que pode progredir.
A MENSAGEM QUE DEVEMOS DIVULGAR
´
Jeova nos confiou uma responsabilidade e um grande
´ ´
privilegio, dizendo: “Vos sois as minhas testemunhas, . . . e eu
˜
sou Deus.” (Isa. 43:12) Por isso, nao nos limitamos a
simplesmente crer nele, mas somos testemunhas que divulgam
as verdades fundamentais da Palavra inspirada de Deus.
´
Qual e o teor da mensagem que ele nos encarregou de
´
transmitir? Ela gira em torno de Jeova Deus,
ˆ
de Jesus Cristo e do Reino messianico.
˜ ´
MUITO antes da era crista, Jeova revelou ao hora do julgamento por ele, e assim, ado-
˜ ´
fiel Abraao o meio que usaria para aben- rai Aquele que fez o ceu, e a terra, e o mar,
˜ ˆ ´
çoar “todas as naçoes da terra”. (Gen. 22:18) e as fontes das aguas.” Deus deseja que essa
´ ˜ ´
Tambem inspirou Salomao a assentar por es- mensagem seja divulgada, e nos temos o pri-
˜ ´
crito uma obrigaçao fundamental do ser hu- vilegio de participar nessa obra.
mano: “Teme o verdadeiro Deus e guarda os ˜
“O verdadeiro Deus”. A declaraçao de
´ ´ ´
seus mandamentos. Pois esta e toda a obri- Jeova, “vos sois as minhas testemunhas”, foi
˜
gaçao do homem.” (Ecl. 12:13) Mas como as feita num contexto em que se debatia a ques-
˜ ˜
pessoas de todas as naçoes ficariam sabendo tao da divindade. (Isa. 43:10) O teor da men-
dessas coisas? ˜
sagem que devemos divulgar nao se resume
˜
Embora sempre houvesse quem acreditas- a incentivar as pessoas a ter uma religiao ou
˜ ´
se nas declaraçoes divinas, a Bıblia indica acreditar num deus. Elas precisam ter a opor-
˜ ´
que a pregaçao intensiva das boas novas em tunidade de aprender que o Criador do ceu
˜ ´ ´
todas as naçoes estava reservada para o “dia e da Terra e o unico Deus verdadeiro. (Isa.
˜
do Senhor”, que começou em 1914. (Rev. 45:5, 18, 21, 22; Joao 17:3) Somente Ele pode
ˆ ´ ´
1:10) Com referencia a esse perıodo, Revela- predizer o futuro de modo confiavel. Temos o
˜ ˜ ´ `
çao 14:6, 7 predisse que sob a direçao dos privilegio de mostrar as pessoas que o cum-
˜ ´
anjos se faria uma proclamaçao vital “a toda primento da palavra de Jeova no passado nos
˜ ´ ´ ´
naçao, e tribo, e lıngua, e povo”. As pessoas da base solida para confiar que todas as suas
˜ ´
receberiam a seguinte exortaçao: “Temei a promessas para o futuro tambem se cumpri-
´ ´ ˜
Deus e dai-lhe gloria, porque ja chegou a rao. — Jos. 23:14; Isa. 55:10, 11.
272
A mensagem que devemos divulgar 273
Sabemos que muitas pessoas a quem pre- Como podemos ensinar o nome de Deus
´ ´ ´ ´
gamos adoram outros deuses ou afirmam a alguem? O melhor metodo e mostra-lo na
˜ ´ ˆ ´
nao adorar nenhum deus. Para que nos ou- Bıblia, de preferencia no exemplar da pro-
˜
çam, talvez tenhamos de começar levantan- pria pessoa. Em algumas versoes, ele apa-
´ ´
do um assunto de interesse mutuo. Pode- rece milhares de vezes. Em outras, so apa-
ˆ
mos aprender algo do exemplo registrado rece no Salmo 83:18 ou em Exodo 6:3-6, ou
´ ˆ
em Atos 17:22-31. Observe que, apesar de de- ainda nas notas de rodape em Exodo 3:14,
´ ´
monstrar tato, o apostolo Paulo deixou cla- 15 ou 6:3. Muitas Bıblias substituem as ocor-
ˆ ˆ
ro que todas as pessoas tem rencias do nome pessoal
de prestar contas ao Deus de Deus no texto original
´ ´ TODOS PRECISAM
que e o Criador do ceu e da por termos como “Senhor”
SABER QUE . . .
Terra. ´ ´ ´ e “Deus”, grafados com le-
Jeova e o Criador do ceu tras especiais. Nos casos
Divulgue o nome de
e da Terra.
Deus. Jamais deixe de ´ ´ ´ em que os tradutores mo-
Jeova e o unico Deus dernos o omitiram comple-
identificar o Deus verda-
verdadeiro. ˆ
deiro pelo nome que ele ´ ´ tamente, talvez voce tenha
´ ˆ Jeova e um Deus de ˜
tanto ama, Jeova. (Exo. ´ de usar uma versao mais
notavel amor, superlativa ´
3:15; Isa. 42:8) Ele dese- sabedoria, perfeita justiça antiga da Bıblia para com-
˜
ja que as pessoas conhe- e pleno poder. provar a omissao. Em al-
´ ´ ´
çam seu glorioso nome. Temos de prestar contas a guns paıses, e possıvel en-
´ contrar o nome divino na
Por isso, encarregou-se de Jeova pelo que fazemos.
que esse nome aparecesse letra de hinos religiosos ou
´ ˜ ´
mais de 7 mil vezes na Bı- em inscriçoes em edifıcios
´ ´
blia. Nos temos a respon- publicos.
´ ` ´
sabilidade de ensina-lo as pessoas. — Deut. Para aqueles que adoram outros deuses, e
4:35. bom mostrar a passagem de Jeremias 10:10-
˜ ´
O futuro de todos os seres humanos 13 na Traduçao do Novo Mundo, pois, alem
´ ´
depende de conhecerem a Jeova e o in- de mencionar o nome de Deus, tambem ex-
´ ´
vocarem com fe. (Joel 2:32; Mal. 3:16; 2 Tes. plica quem ele e.
˜ ˜ ´ ´ ´
1:8) Contudo, a maioria nao o conhece, Nao esconda o nome de Jeova atras dos tı-
incluindo muitos dos que dizem adorar o tulos “Deus” e “Senhor”, como faz a cristan-
´ ´ ˜
Deus da Bıblia. Mesmo que tenham a Bıblia dade. Contudo, isso nao significa que deva
´ ´
e a leiam, talvez ignorem o nome pessoal usa-lo no inıcio de cada conversa. Se fizer
de Deus, porque ele foi retirado de muitas assim, algumas pessoas podem encerrar o
˜ ´ ´
versoes modernas. A unica coisa que as dialogo por terem preconceito. Mas, depois
˜
pessoas sabem a respeito do nome de Deus que a conversa estiver estabelecida, nao he-
´ ´ ´ ´
e que os lıderes religiosos proıbem seu uso. site em usa-lo.
274 A mensagem que devemos divulgar
´ ´ ´
Vale destacar que a Bıblia usa o nome di- Destaque o equilıbrio na maneira de Jeova
´
vino muito mais vezes do que os tıtulos manifestar suas qualidades. Fale o que sen-
´
“Deus” e “Senhor” juntos. Mesmo assim, os te a respeito de Jeova, pois seu amor por ele
´ ˜ ´ ´ ´
escritores bıblicos nao o incluıram em cada pode motivar outros a ama-lo tambem.
frase, mas o usaram com naturalidade, es- A mensagem urgente que pregamos exor-
pontaneidade e respeito — um exemplo dig- ta todos a temer a Deus. O que dizemos
no de ser imitado. deve ter o objetivo de infundir nas pessoas
´ ´
A pessoa por tras do Nome. O fato de esse temor piedoso e saudavel, que revela
ˆ
Deus ter um nome pessoal profunda reverencia por
´ ´ ´
ja constitui, por si so, uma Jeova. (Sal. 89:7) Tal temor
DEVEMOS ´ ADORAR ˆ
verdade profunda, mas isso nos faz ter consciencia de
´ A JEOVA . . . ´ ´
e apenas o começo. que Jeova e o Juiz Supremo
´ Motivados por amor.
Para amar a Jeova e in- ˜ e que nosso futuro depen-
´ ´ De pleno coraçao, de de termos sua aprova-
voca-lo com fe, as pessoas
sem estarmos ˜
precisam saber que tipo de divididos pelo amor çao. (Luc. 12:5; Rom. 14:12)
´ ` ´
Deus ele e. Quando reve- as coisas do mundo. Assim, esse temor esta rela-
´
lou seu nome a Moises, no Demonstrando que cionado ao nosso profundo
˜ ´
monte Sinai, ele nao se limi- prezamos muito sua amor a Jeova e, consequen-
˜
tou a simplesmente repetir aprovaçao. temente, ao desejo intenso
´ ´
a palavra “Jeova”, mas cha- de agrada-lo. (Deut. 10:12,
˜
mou atençao para algumas 13) O temor piedoso tam-
´ ´
de suas qualidades princi- bem nos faz odiar o que e
ˆ
pais. (Exo. 34:6, 7) Isso serve de exemplo mau, obedecer aos mandamentos de Deus
´ ´ ˜
para nos. e adora-lo de pleno coraçao. (Deut. 5:29;
ˆ
Quer esteja dando testemunho a pessoas 1 Cro. 28:9; Pro. 8:13) Esse sentimento nos
´
recem-interessadas, quer proferindo um dis- protege contra tentar servir a Deus e ao
˜
curso diante da congregaçao, quando falar mesmo tempo amar as coisas do mundo.
ˆ ˜ ˜
das bençaos do Reino, mostre o que elas nos — 1 Joao 2:15-17.
´
revelam sobre o Deus que as promete. Ao O nome de Deus e “uma torre forte”.
´
mencionar os mandamentos divinos, enfati- Quem realmente conhece a Jeova desfruta
˜ ˜
ze a sabedoria e o amor que refletem. Deixe de grande proteçao. Isso nao acontece sim-
˜
claro que os requisitos divinos nao dificultam plesmente porque a pessoa usa o nome
a nossa vida, mas visam o nosso bem. (Isa. pessoal de Deus ou consegue enumerar al-
48:17, 18; Miq. 6:8) Explique o que cada ma- gumas de suas qualidades, mas porque real-
˜ ´ ´ ˜
nifestaçao do poder de Jeova revela sobre sua mente confia em Jeova. Fazendo alusao a
´ ´
personalidade, suas normas e seu proposito. pessoas assim, Proverbios 18:10 declara:
A mensagem que devemos divulgar 275
´ ´ ´
“O nome de Jeova e uma torre forte. O justo Exorte-os a aprender a vontade de Jeova, a
˜ ˆ ´
corre para dentro dela e recebe proteçao.” confiar nele e a por em pratica o que apren-
Aproveite bem toda oportunidade que ti- dem. (Sal. 25:5) Incentive-os a orar fervoro-
ver para exortar as pessoas a confiar em samente pela ajuda de Deus e a agradecer-
´ ˆ ˜
Jeova. (Sal. 37:3; Pro. 3:5, 6) Essa confian- lhe pelas bençaos que recebem. (Fil. 4:6, 7)
´ ´ ˜
ça mostra que temos fe nele e em suas pro- Quando realmente conhecerem a Jeova, nao
messas. (Heb. 11:6) A Palavra de Deus garan- pelo simples fato de lerem algumas passa-
´ ´
te que quem “invocar o nome de Jeova” por gens bıblicas, mas por constatarem o cum-
´ ´
saber que ele e o Soberano do Universo, por primento das promessas divinas em sua pro-
˜
amar seu modo de agir e por acreditar ple- pria vida, passarao a desfrutar da segurança
´ ´ ˜ obtida por quem compreende bem o que o
namente que ele e a unica fonte de salvaçao,
´ ´
sera salvo. (Rom. 10:13, 14) Ao ensinar outras nome de Jeova representa. — Sal. 34:8; Jer.
pessoas, ajude-as tanto a desenvolver como a 17:7, 8.
´
demonstrar esse tipo de fe em cada faceta da Aproveite cada oportunidade para ajudar
vida. as pessoas a reconhecer a sabedoria de temer
´ ´
Muitos enfrentam problemas bastante difı- ao Deus verdadeiro, Jeova, e guardar seus
` ˜ ´
ceis e, as vezes, nao conseguem ver a saıda. mandamentos.
´
DEPOIS de ser ressuscitado e antes de voltar vino. Ignoram o que Jesus esta fazendo atual-
´ ˜ ˜
ao ceu, Jesus Cristo deu as seguintes instru- mente e nao se dao conta de como suas
˜ ´ ˜ ´
çoes aos seus discıpulos: “Sereis testemunhas vidas serao afetadas pelo que ele fara no fu-
´ ` ´
de mim . . . ate a parte mais distante da ter- turo. Talvez ate pensem que as Testemunhas
´ ´ ˜ ´
ra.” (Atos 1:8) A Bıblia diz que atualmente os de Jeova nao acreditam em Jesus. Nos temos
ˆ ´
servos leais de Deus “tem a obra de dar tes- o privilegio de divulgar a verdade sobre esses
temunho de Jesus”. (Rev. 12:17) Com quanta assuntos.
ˆ ˆ ´ ˜
diligencia voce participa dessa obra? Por outro lado, ha os que nao acreditam
´
Muitos que afirmam sinceramente acredi- que tenha existido alguem como o Jesus des-
˜ ˆ ´ ´
tar em Jesus nao sabem de sua existencia pre- crito na Bıblia. Alguns o consideram simples-
humana e que quando esteve na Terra ele era mente um grande homem e muitos descar-
˜
realmente humano. Nao entendem as impli- tam a ideia de que seja o Filho de Deus. “Dar
˜ ´
caçoes de ele ser o Filho de Deus e sabem testemunho de Jesus” a essas pessoas e algo
ˆ
muito pouco a respeito do papel que ele de- que exige grande medida de esforço, pacien-
´
sempenha no cumprimento do proposito di- cia e tato.
276 A mensagem que devemos divulgar
˜ ´
Nao importa quais sejam os conceitos de damental que Jeova deu ao seu Filho primo-
ˆ ´ ´ ´
nossos ouvintes, eles precisam obter conheci- genito, sera impossıvel entender a Bıblia. Por
ˆ ´
mento a respeito de Jesus Cristo para que que? Jeova transformou seu Filho na figura-
´ ˜
possam beneficiar-se da d adiva divina chave para a realizaçao de todos os seus pro-
˜ ´ ´
da vida eterna. (Joao 17:3) A vontade ex- positos. (Col. 1:17-20) As profecias bıblicas gi-
´
pressa de Deus e que todos os que vivem ram em torno desse fato. (Rev. 19:10) Jesus
´
‘reconheçam abertamente Cristo e o meio para solucio-
´
que Jesus Cristo e Senhor’ e nar todos os problemas ge-
` AJUDE AS PESSOAS A ˜
se submetam a sua autori- ENTENDER QUE . . . rados pela rebeliao de Sata-
´ ´ ´ ´ ˜
dade. (Fil. 2:9-11) Assim, So e possıvel ter uma nas e pelo pecado de Adao.
˜ ˜
nao podemos simplesmen- boa relaçao com Deus por — Heb. 2:5-9, 14, 15.
te evitar falar desse assunto meio de Jesus Cristo. Para compreender o papel
˜
com pessoas que se aferram A libertaçao do pecado e de Cristo, a pessoa precisa
´ ´ ´
a conceitos equivocados ou da morte s o e poss ıvel reconhecer que o ser huma-
´
˜ pela fe em Jesus Cristo.
que sao preconceituosas. Ao ´ no se encontra numa condi-
A vontade de Deus e que ˜ ´ ˜
passo que em alguns ca- todos reconheçam a Jesus çao lamentavel, da qual nao
sos podemos falar livremen- ˜ consegue se livrar sozinho.
como Senhor, nao apenas
te a respeito de Jesus Cris- chamando-o de Senhor, Todos nascemos em peca-
´ mas obedecendo seus ˜
to, ate mesmo na primeira do. Essa condiçao nos afeta
mandamentos.
visita, em outros teremos ´ de diversas maneiras ao lon-
˜ A Bıblia ensina a verdade
de fazer observaçoes discre- go da vida e, mais cedo ou
a respeito de Jesus Cristo,
tas que ajudem os ouvintes mas grande parte do que mais tarde, resulta em mor-
a ter um conceito correto a a cristandade ensina sobre te. (Rom. 3:23; 5:12) Ao dar
respeito dele. Talvez tenha- ele distorce os fatos. testemunho, raciocine com
´
mos tambem de imaginar as pessoas sobre esse fato e
´
maneiras de incluir outros aspectos do assun- mostre-lhes que Jeova oferece amorosamen-
˜
to em visitas posteriores. Contudo, pode ser te a libertaçao do pecado e da morte aos que
˜ ´ ´
que nao consigamos abordar todos os deta- demonstram fe no sacrifıcio resgatador de Je-
˜
lhes envolvidos enquanto nao iniciarmos um sus. (Mar. 10:45; Heb. 2:9) Isso abre o ca-
´
estudo bıblico com a pessoa. — 1 Tim. 2:3-7. minho para que desfrutem a vida eterna em
˜ ˜ ˜ ´
O papel fundamental de Jesus no pro- perfeiçao. (Joao 3:16, 36) Nao ha outra ma-
´
posito de Deus. Precisamos ajudar as pes- neira de obter a vida eterna. (Atos 4:12) Ao
´ ´
soas a ver que e impossıvel ter uma boa re- ensinar, tanto em particular quanto na con-
˜ ´ ˜ ˜
laçao com Deus sem ter fe em Jesus Cristo, gregaçao, nao se limite a simplesmente de-
´ ´ ˆ
pois Jesus e “o caminho” e “ninguem vem clarar esses fatos, mas, com paciencia e bon-
˜ ˜
ao Pai senao por [ele]”. (Joao 14:6) A me- dade, inculque em seus ouvintes um senso
˜
nos que a pessoa compreenda o papel fun- de gratidao pelo papel de Cristo como nosso
A mensagem que devemos divulgar 277
˜ ´
Redentor. A gratidao por essa dadiva divina com uma pessoa interessada, convide-a a as-
` ˜ ´
pode influenciar profundamente a atitude, a sistir as reunioes, onde estudamos a Bıblia
˜
conduta e os objetivos da pessoa. — 2 Cor. com a ajuda de publicaçoes fornecidas por
5:14, 15. meio do “escravo fiel e discreto”. Explique-
´ ´
Obviamente, Jesus entregou sua vida em lhe quem e este “escravo” e quem e o Amo,
´ para que a pessoa fique ciente da liderança
sacrifıcio apenas uma vez. (Heb. 9:28) Contu-
˜ de Jesus Cristo. (Mat. 24:45-47) Apresente-a
do, ele desempenha ativamente a funçao de
˜ ´
sumo sacerdote. Ajude outros a entender o aos anciaos e diga-lhe que requisitos bıblicos
˜ esses homens devem satisfazer. (1 Tim. 3:1-7;
que isso significa. Estao enfrentando estres-
˜ ´
se, decepçoes, sofrimentos ou problemas ge- Tito 1:5-9) Explique tambem que a congrega-
˜ ˜ ˜
rados pela falta de bondade das pessoas com çao nao pertence aos anciaos, mas que eles
ˆ nos ajudam a seguir os passos de Jesus Cristo.
quem tem de conviver? Jesus passou por to-
˜ ´
das essas situaçoes enquanto estava na Ter- (Atos 20:28; Efe. 4:16; 1 Ped. 5:2, 3) Ajude-a a
˜
ra e sabe como nos sentimos. Visto que so- ver que existe uma organizaçao mundial fun-
mos imperfeitos, sentimos a necessidade da cionando sob a liderança de Cristo.
´
misericordia de Deus? Quando pedimos per- Os Evangelhos nos dizem que, ao en-
˜ ´ ´
dao a Deus, com base no sacrifıcio de seu trar em Jerusalem pouco antes de sua mor-
´
Filho, Jesus atua como “ajudador junto ao te, Jesus foi aclamado pelos discıpulos como
´
Pai” e compassivamente “intercede por nos”. “Aquele que vem como Rei em nome de
˜ ´
(1 Joao 2:1, 2; Rom. 8:34) Com base no sa- Jeova!”. (Luc. 19:38) Quando a pessoa se
´ ´
crifıcio dele e por meio de seus serviços qual aprofunda no estudo da Bıblia, aprende que
´
sumo sacerdote, podemos nos aproximar do Jesus recebeu autoridade regia sobre pessoas
´ ˜
“trono de benignidade imerecida” de Jeova de todas as naçoes. (Dan. 7:13, 14) Ao profe-
˜
para receber ajuda no tempo certo. (Heb. rir discursos na congregaçao, ou dirigir estu-
´
4:15, 16) Embora sejamos imperfeitos, a aju- dos bıblicos, ajude outros a entender o que o
´ ´
da do Sumo Sacerdote Jesus nos da condi- governo de Jesus deve significar para nos.
˜ ˆ
çoes de servir a Deus com a consciencia Enfatize que nosso modo de viver demons-
limpa. — Heb. 9:13, 14. tra se realmente acreditamos que Jesus Cristo
´ ´ `
Alem disso, Jesus exerce grande autorida- e Rei e se nos submetemos de bom grado a
de, porque Deus o nomeou Cabeça da con- sua liderança. Fale a respeito da obra que Je-
˜ ˜ ´
gregaçao crista. (Mat. 28:18; Efe. 1:22, 23) sus, depois de ter sido ungido Rei, comissio-
˜ ˜
Nessa funçao, ele fornece orientaçao neces- nou seus seguidores a realizar. (Mat. 24:14;
´
saria em harmonia com a vontade de Deus. 28:18-20) Explique o que esse Maravilhoso
Quando estiver ensinando uma pessoa, aju- Conselheiro disse a respeito das prioridades
de-a a compreender que o Cabeça da con- na vida. (Isa. 9:6, 7; Mat. 6:19-34) Fale tam-
˜ ´ ˜ ´ ´
gregaçao e Jesus Cristo, nao um ser huma- bem sobre o espırito que os seguidores do
´
no. (Mat. 23:10) Desde o primeiro contato Prıncipe da Paz manifestariam, conforme ele
278 A mensagem que devemos divulgar
˜ ˜
mesmo disse. (Mat. 20:25-27; Joao 13:35) Te- quando tiverem de tomar decisoes e enfren-
˜ ˜ ˜
nha cuidado para nao se colocar na posiçao tar provas, os estudantes se perguntarao: ‘O
˜ ˜ ´
de julgar se os outros estao fazendo tudo o que Jesus faria numa situaçao dessas? Sera
´
que deveriam, mas incentive-os a avaliar se que minha atitude demonstrara que sou
˜ ˜
suas açoes demonstram submissao ao reina- grato pelo que ele fez por mim?’
` ˜ ˜
do de Cristo. Ao fazer isso, deixe claro que Ao falar a congregaçao, nao conclua que,
ˆ ´ ˜ ´ ˆ ´
voce tambem tem de fazer o mesmo. como seus irmaos ja tem fe em Jesus,
˜ ´
Use Cristo como “alicer- nao e preciso chamar aten-
´ ˜
ce”. A Bıblia assemelha çao especial para ele. Suas
´ PERGUNTE-SE: ˜
a obra de fazer discıpu- palavras ser ao mais sig-
` ˜ Demonstro que com- ˆ
los a construçao de um edi- nificativas se voce procurar
´ ´ preendo claramente o ´
fıcio cujo alicerce e Jesus. papel de Jesus Cristo
fortalecer a fe que os ou-
´ ´ ˆ
(1 Cor. 3:10-15) Para con- como o legıtimo Cabeça vintes ja tem. Quando falar
˜ ˜
seguir isso, ajude as pes- da congregaçao? sobre as reunioes, relacio-
soas a conhecer a Jesus ˜ ´ ne-as com o papel de Jesus
A gratidao pelo sacrifıcio
´
conforme a Bıblia o des- de Cristo me motiva tanto como Cabeça da congrega-
quanto deveria? ˜
creve. Tenha cuidado para çao. Ao falar sobre a prega-
˜ ˜ ˜
que nao se considerem se- Como posso harmonizar çao, chame atençao para o
guidores seus. (1 Cor. ainda mais minha conduta ´
espırito que Jesus demons-
˜ e atitude com o exemplo ´
3:4-7) Dirija a atençao a Je- trava ao realiza-la, e apre-
dado pelo Filho de Deus?
sus Cristo. sente-a tendo em mente o
´
Se o alicerce for bem-fei- que Cristo esta fazendo, no
˜
to, os estudantes entenderao que Cristo dei- papel de Rei, a fim de ajuntar pessoas para
´
xou um modelo ‘para seguirmos de perto os preserva-las e conduzi-las ao novo mundo.
´ ´ ˜
seus passos’. (1 Ped. 2:21) Para continuar a E obvio que nao basta simplesmente
construir sobre a base lançada, incentive-os aprender coisas basicas ´
a respeito de Jesus.
˜ ˜ ´
a ler os Evangelhos, encarando-os nao ape- Para tornar-se um verdadeiro cristao, e preci-
´ ´
nas como historia verıdica, mas como um so exercer fe´ nele e ama-lo ´
de coraçao. Esse
˜
˜ ´ ˆ
padrao a ser seguido. Ajude-os a levar a se- amor nos motiva a obedece-lo lealmente.
˜
rio e a imitar a atitude e as qualidades de (Joao 14:15, 21) Alem disso, motiva as pes- ´
´
Jesus. Incentive-os tambem a analisar o que soas a se manter firmes na fe´ apesar das
˜
ele sentia em relaçao ao Pai, a maneira adversidades, a continuar sempre seguindo
˜
como lidava com as tentaçoes e provas, sua os passos de Cristo e a demonstrar madure-
˜
submissao a Deus e seu modo de lidar com za crista˜ — caracterıstica ´
dos que estao firme-
˜
ˆ
as pessoas em diversas circunstancias. Mos- mente “arraigados e estabelecidos sobre o
´ ´ ´
tre-lhes claramente qual foi a atividade pre- alicerce”. (Efe. 3:17) Isso traz gloria a Jeova, o
dominante na vida de Jesus. Dessa maneira, Deus e Pai de Jesus Cristo.
A mensagem que devemos divulgar 279
´ ´
ENTRE os varios detalhes que forneceu a res- “domınio, e dignidade, e um reino, para
´
peito do sinal de sua presença e do fim do que todos os povos, grupos nacionais e lın-
sistema de coisas, Jesus predisse: “Estas boas guas o servissem”. (Dan. 7:13, 14) Esse
˜ ˆ
novas do reino serao pregadas em toda a evento de importancia universal ocorreu no
´ ˆ
terra habitada, em testemunho a todas as ceu em 1914. Depois, o Diabo e seus demo-
˜ ˜ ´
naçoes; e entao vira o fim.” nios foram lançados para a
— Mat. 24:14. Terra. (Rev. 12:7-10) O ve-
A que exatamente se refe- AS PESSOAS PRECISAM lho sistema de coisas entrou
SABER QUE . . . ´
re essa mensagem que deve ´ ´ em seus ultimos dias. Mas,
receber tanta publicidade? O Reino de Deus ja esta antes que seja completa-
´
governando desde os ceus ´
Ao Reino que Jesus nos en- ´ mente eliminado, esta sen-
e logo substituira todos os
sinou a pedir a Deus, di- governos humanos. do realizada uma proclama-
˜
zendo: “Venha o teu reino.” O Reino de Deus trans- çao mundial de que o Rei
˜ ´ ˆ ´ ´
(Mat. 6:10) Revelaçao 11:15 formara a Terra num messianico de Jeova ja go-
´
o chama de “o reino de nos- paraıso repleto de pessoas verna do seu trono celes-
´ que amam a Deus e ao
so Senhor [Jeova] e do seu ´ tial. As pessoas de modo
proximo. ˜
Cristo”, porque a autorida- ´ geral estao sendo avisadas
´ O Reino de Deus e o ˜
de regia concedida a Cris- ´ disso, e a reaçao delas re-
´ unico meio para satisfazer
to procede de Jeova. Obser- ´ vela sua atitude para com o
os desejos legıtimos do ser
humano. ´
ve que, segundo as palavras Altıssimo como Governante
˜ “no reino da humanidade”.
de Jesus, a mensagem a ser Nossas açoes revelam se
˜ ´
proclamada em nossos dias queremos ou n ao ser sudi- — Dan. 4:32.
tos do Reino de Deus.
seria mais abrangente do Certamente, outras coisas
´ ˜
que a dos discıpulos do pri- acontecerao — muitas ou-
´
meiro seculo, que anuncia- tras! Ainda oramos “venha
˜
vam: “O reino de Deus se tem chegado o teu reino”, mas nao por acharmos que o
´
a vos.” (Luc. 10:9) O Rei ungido, Jesus, ain- estabelecimento do Reino celestial de Deus
´ ˜ ´
da estava entre eles, mas como indica Ma- acontecera no futuro. Nossa intençao e que
˜
teus 24:14 ele predisse a divulgaçao mundial o Reino celestial aja de maneira decisiva
de outro evento importante no cumprimen- para cumprir profecias como as registradas
´ ˜
to do proposito divino. em Daniel 2:44 e Revelaçao 21:2-4. O Rei-
˜ ´ ´
O profeta Daniel recebeu uma visao a res- no transformara a Terra num paraıso re-
´
peito disso. Ele observou “alguem semelhan- pleto de pessoas que amam a Deus e ao
´
te a um filho de homem”, Jesus Cristo, re- proximo. Quando pregamos “estas boas no-
´ ˜
cebendo do “Antigo de Dias”, Jeova Deus, vas do reino”, chamamos atençao para esses
280 A mensagem que devemos divulgar
´
acontecimentos futuros, mas tambem mos- la, publicada em mais idiomas do que qual-
´ ´ ´
tramos de maneira confiante que Jeova ja quer outro periodico, indica na capa seu ob-
´
concedeu plena autoridade regia ao seu Fi- jetivo principal, com os dizeres: “Anunciando
´
lho. Costuma destacar essas boas novas o Reino de Jeova”.
´ ´
quando da testemunho a respeito do Reino? Para ajudar as pessoas a entender o que e
´
Explique o que e o Reino. Como podemos o Reino, pode-se mencionar algumas coisas
˜
cumprir nossa comissao de anunciar o Rei- que elas desejam que os governos providen-
ˆ
no de Deus? Embora possamos iniciar a con- ciem, como: segurança economica, paz, eli-
˜
versa usando os mais variados assuntos para minaçao do crime, tratamento imparcial
´ ˜
despertar o interesse das pessoas, logo deve para todos os grupos etnicos, educaçao e as-
´ ˆ ´
ser possıvel perceber que nossa mensagem sistencia medica. Mostre-lhes que o Reino de
´ ´
gira em torno do Reino. Deus e o unico governo que pode satisfazer
´ ´
Um aspecto importante dessa obra e ler plenamente esses e outros desejos legıtimos
´ da humanidade. — Sal. 145:16.
ou citar passagens bıblicas que se refiram ao
Reino. Ao falar do Reino, certifique-se de que Procure incentivar seus ouvintes a desen-
´
seus ouvintes entendam do que se trata. Em volver o desejo de tornar-se suditos do Rei-
´
vez de simplesmente dizer que o Reino de no cujo Rei e Jesus Cristo. Deixe claro que os
´ milagres que ele realizou foram amostras do
Deus e um governo, talvez tenha de ir mais a
´ ´ ´
fundo, pois e possıvel que algumas pessoas que fara como Rei celestial. Mencione com
˜ ˆ
nao consigam conceber a ideia de um gover- frequencia as qualidades atraentes que Je-
´ sus demonstrou. (Mat. 8:2, 3; 11:28-30) Ex-
no invisıvel. Neste sentido, pode-se adotar
´ ´
diversas linhas de raciocınio. Por exemplo, a plique tambem que ele entregou a vida por
´ ´ ´
gravidade e invisıvel, mas tem uma podero- nos e que Deus o ressuscitou para a vida
ˆ ˜ ´
sa influencia em nossa vida. Nao consegui- imortal nos ceus, de onde ele reina. — Atos
´ 2:29-35.
mos ver o Criador da lei da gravidade, mas e
´ ´ ´
obvio que ele tem grande poder. A Bıblia o E importante enfatizar que o Reino de
´ ´ ´
chama de “Rei da eternidade”. (1 Tim. 1:17) Deus ja esta governando dos ceus. Contudo,
´ ´
Pode-se tambem argumentar que, num paıs lembre-se de que, na sua maioria, as pessoas
˜ ˜ ˜
grande, muitos cidadaos nunca visitaram a nao veem as condiçoes que considerariam
´ `
capital nem viram pessoalmente o presiden- indıcios de um governo divino. Diga a pes-
ˆ ˜
te. Elas tomam conhecimento do que acon- soa que voce compreende a posiçao dela, e
˜
tece ali e das decisoes do presidente por pergunte-lhe se sabe o que Jesus Cristo dis-
´ ´
meio da mıdia. Da mesma maneira, a Bıblia, se para provar que o Reino estaria operando.
publicada em mais de 2.200 idiomas, nos Destaque alguns aspectos do sinal compos-
´
fala do Reino de Deus. Ela nos indica quem to, descrito em Mateus, capıtulo 24; Marcos,
´ ´
foi investido de autoridade e o que o Reino capıtulo 13; ou Lucas, capıtulo 21. Em segui-
´ ˜
esta fazendo atualmente. A revista A Sentine- da, pergunte-lhe por que a entronizaçao de
A mensagem que devemos divulgar 281
´ ˜
Cristo no ceu geraria tais condiçoes na Terra, Ajude outros a dar prioridade ao Reino.
e explique o motivo disso, recorrendo a Re- Mesmo depois de aceitar a mensagem do
˜
velaçao 12:7-10, 12. Reino, a pessoa precisa tomar algumas deci-
ˆ ´ ˜ ˜ ´
Como evidencia tangıvel da atuaçao do soes. Por exemplo, que lugar dara ao Reino
Reino de Deus hoje, leia Mateus 24:14, e de Deus na sua vida? Jesus exortou seus dis-
´
descreva o programa internacional de edu- cıpulos a ‘persistir em buscar primeiro o rei-
˜ ´
caçao bıblica em andamento. (Isa. 54:13) no’. (Mat. 6:33) Como podemos ajudar um
˜
Mencione as diversas esco- irmao a fazer isso? Dando
las das quais as Testemu- um bom exemplo e falando
´
nhas de Jeova se benefi- PERGUNTE-SE: sobre as oportunidades que
`
ciam, indicando que todas Minha maneira de viver existem para obedecer a
˜ ´ ˜ `
sao baseadas na Bıblia e demonstra que dou priori- exortaçao de Jesus. As ve-
gratuitas. Explique que, dade ao Reino? zes, podemos perguntar se
´ ˜ Preciso fazer ajustes para ´
alem da pregaçao de casa ˜ ele ja analisou determina-
em casa, oferecemos instru- melhorar nessa questao? das possibilidades e contar
˜ ´ O que posso fazer para ˆ
çao bıblica gratuita, em do- experiencias que mostram o
´ ajudar outros a desenvol- ˜ ˜
micılio, tanto para pessoas ˆ que outros irm aos est ao
´ ver o desejo de por o
individuais como para famı- Reino em primeiro lugar? fazendo a respeito. Pode-
´ ´
lias em mais de 230 paıses. mos tambem falar de rela-
´
Que governo humano tem tos bıblicos de uma manei-
˜
condiçoes de oferecer um ra que estimule seu amor
˜ ˜ ´ ´
programa educativo tao extensivo, nao ape- por Jeova. Outra alternativa e destacar que o
˜ ´ ´ ˜
nas para seus cidadaos, mas para pessoas Reino ja e uma realidade e, entao, enfatizar
ˆ ´
de toda a Terra? Convide seus ouvintes a ir a importancia de proclama-lo. De modo ge-
˜ ` ˜
ao Salao do Reino e a assistir as assembleias ral, obtemos os melhores resultados nao
´ `
e aos congressos das Testemunhas de Jeova, quando dizemos a pessoa o que fazer, mas
a fim de constatarem por si mesmos o efei- quando a estimulamos a desenvolver o dese-
˜ ˆ
to de tal instruçao sobre a vida das pessoas. jo de faze-lo.
˜ ´
— Isa. 2:2-4; 32:1, 17; Joao 13:35. Sem duvida, a mensagem vital que todos
´ ´
Sera que o morador compreendera como devemos divulgar gira principalmente em
´ ´
o Reino pode mudar sua vida? Podera dizer- torno de Jeova Deus, Jesus Cristo e do Rei-
´
lhe, com tato, que o objetivo de sua visita e no. As verdades fundamentais a respeito do
ˆ
mostrar-lhe que todos os seres humanos tem Criador, de seu Filho e do governo divino de-
´ ˜ ´
a oportunidade de tornar-se suditos do Rei- vem ser destacadas na pregaçao publica, na
˜ ´
no de Deus. O que precisam fazer para con- congregaçao e na nossa propria vida. Quan-
seguir isso? Aprender o que Deus requer de do fazemos isso, demonstramos que real-
´
nos e viver em harmonia com isso agora. mente estamos nos beneficiando da Escola
´ ´
— Deut. 30:19, 20; Rev. 22:17. do Ministerio Teocratico.
˜
ORIENTAÇOES PARA O SUPERINTENDENTE DA ESCOLA
˜ ˜ ´ ´
EM TODA congregaçao, um anciao e desig- o estudante deve terminar a frase que esta fa-
˜
nado para desempenhar a funçao de superin- lando e deixar a tribuna. Se outro participante
´ ´ ´
tendente da Escola do Ministerio Teocratico. passar do tempo estipulado, reduza suas pro-
ˆ ˜ ˜
Se voce recebeu essa responsabilidade, o en- prias observaçoes e fale com o irmao sobre
˜
tusiasmo que demonstra pela escola e seu in- isso depois da reuniao.
teresse pelo progresso de cada estudante po- ´ ˆ
Quando estiver presente, e voce quem deve
dem influir significativamente nos resultados ˆ ˜
dirigir a escola. Na sua ausencia, outro anciao
˜ ˜
obtidos pela congregaçao. previamente designado pelo corpo de anciaos
˜ ´ ´
Um aspecto importante de sua designaçao deve substituı-lo. Caso seja necessario, um
´
e presidir semanalmente a Escola do Minis- servo ministerial designado pelo corpo de an-
´ ´ ´ ˜ ´ ˜
terio Teocratico. Lembre-se de que, alem dos ciaos pode ajuda-lo a elaborar a programaçao
´
estudantes designados para se apresentar, ha dos participantes, preencher e distribuir as de-
ˆ ˜
outras pessoas na assistencia. Conduza a reu- signaçoes, ou providenciar substitutos para as
˜ ˜ ˜
niao de tal modo que a congregaçao inteira apresentaçoes.
´ ´
receba lembretes motivadores e praticos rela- Matrıcula de estudantes. Incentive todos os
cionados com pelo menos um dos objetivos publicadores a matricular-se na escola. Outras
´ ` ˜
da escola, mencionados nas paginas 5 a 8 des- pessoas que estiverem assistindo as reunioes
te livro. ´
com regularidade tambem podem matricular-
´
Demonstre interesse por todos os estudan- se, caso concordem com os ensinos da Bıblia
˜ ´
tes, independentemente de sua participaçao e vivam em harmonia com os princıpios cris-
˜ ˜ ´
consistir em leitura, demonstraçao ou discur- taos. Quando alguem expressar o desejo de
˜
so. Ajude-os a encarar tais designaçoes como matricular-se, elogie-o de maneira calorosa.
˜ ˆ
oportunidades para progredirem no serviço a Se ele ainda nao for publicador, voce, como
´ ˜ ˆ
Jeova, nao como simples tarefas que tem de superintendente da escola, deve analisar com
´
cumprir. Obviamente, o esforço individual e ele os requisitos que precisa satisfazer para
´
um fator-chave para progredirem, mas e im- poder ser matriculado, fazendo isso de prefe-
ˆ ´ ˆ
portante que voce tambem demonstre inte- rencia na presença de quem dirige seu estu-
´ ˜
resse neles, ajude-os a entender o valor dos do bıblico (ou do pai ou da mae, caso sejam
˜ ˜
conselhos que recebem e explique como po- cristaos). Esses requisitos sao os mesmos para
´ ´ ˜
dem coloca-los em pratica. Para que possa fa- quem deseja tornar-se publicador nao batiza-
˜ ˆ ´
zer observaçoes de peso, voce precisa escutar do, e se encontram nas paginas 96 a 98 do li-
˜
todos os discursos com atençao. vro Organizados Para Efetuar o Nosso Minis-
´
Lembre-se de que a escola deve começar e terio. Mantenha uma lista atualizada de todos
ˆ os matriculados na escola.
terminar pontualmente. De o exemplo, limi-
˜ ´
tando suas observaçoes ao tempo concedido. Como usar a tabela de caracterısticas de
ˆ ´ ´
Se algum estudante passar do tempo, voce ou oratoria. Nas paginas 79 a 81 deste livro en-
´
seu ajudante devem dar um sinal. Nesse caso, contram-se alistadas as caracterısticas de ora-
282
˜
Orientaçoes para o superintendente da escola 283
´ ˆ
toria sobre as quais cada estudante recebe- ge-las na ordem em que aparecem na ta-
´ ´
ra conselhos. Como indica o codigo de cores, bela. Contudo, se alguns estudantes tiverem
˜ ´ ˆ
as designaçoes de leitura podem ser avaliadas uma desenvoltura acima da media, voce po-
´ ´ ´ ´
com base nas caracterısticas 1 a 17. Para as de- dera incentiva-los a estudar e colocar em prati-
˜ ´ ˜ ´ ˜
monstraçoes, todas as caracterısticas sao apli- ca por conta propria determinadas liçoes. De-
´ ´
caveis, exceto as de numero 7, 52 e 53. No caso pois disso, ajude-os naqueles pontos que, ao
dos discursos, o estudante pode ser aconse- ˜
seu ver, contribuirao mais para que desenvol-
´ ´
lhado com base em todas as caracterısticas da vam a oratoria e a arte de ensino.
´ ´
tabela, exceto as de numero 7, 18 e 30. Mesmo que um estudante ja esteja matricu-
Quando o estudante for designado a obser- ´
lado na escola ha anos, pode aprender muito
´ ´ ˆ ´ ˜
var determinada caracterıstica de oratoria, o por estudar e por em pratica todas as liçoes.
´ ˆ ´
superintendente da escola se encarregara de Para ajudar os que tem necessidades especıfi-
que se preencha o campo “Data da designa- ˆ ´
˜ ` ´ cas, voce pode escolher caracterısticas de ora-
çao” correspondente a respectiva caracterısti- ´
˜ ´ toria adequadas para eles, em vez de simples-
ca. Deve-se fazer essa anotaçao a lapis no li- mente seguir a ordem da tabela.
˜
vro do estudante. Depois da apresentaçao,
Conselhos. Ao dar conselhos, use bem os
pergunte ao estudante em particular se ele fez ´ ´
´ exemplos e os princıpios bıblicos. Os estudan-
os exercıcios recomendados no final do estudo
´ ´ tes devem sentir que tanto os conselhos como
que trata daquela caracterıstica de oratoria. ´ ˜
´ o espırito em que sao oferecidos se baseiam
Em caso afirmativo, tique o quadrıculo corres- ´
ˆ nos elevados princıpios da Palavra de Deus.
pondente na tabela. Se voce recomendar que ˆ ´
o estudante continue a aprimorar a mesma ca- Lembre-se de que voce e ‘colaborador’ de
´ ˜ ´ ˜
racterıstica, nao ha necessidade de fazer uma seus irmaos. (2 Cor. 1:24) Assim como eles,
˜ precisa aplicar-se continuamente para melho-
observaçao na tabela; basta deixar em bran-
` rar suas qualidades como orador e instru-
co o campo correspondente a “Data de con-
˜ ´ ´ tor. Estude este livro pessoalmente, aplique os
clusao”. Esse campo so sera preenchido quan- ˆ
do o estudante estiver preparado para passar conselhos e de um bom exemplo para que ou-
´ ´
para outra caracterıstica. Depois da apresen- tros possam imita-lo.
˜ ´ Ao fazer isso, estabeleça para si mesmo o
taçao, tambem se deve anotar, no espaço re-
´ alvo de ajudar os estudantes a tornar-se bons
servado na pagina 82, a data em que a pessoa
usou determinada cena. Os espaços reserva- leitores, oradores capazes e instrutores efica-
˜ zes. Para isso, esforce-se a dar toda ajuda ne-
dos para anotaçao das datas, tanto na tabe-
´ ´ ´
la de caracterısticas de oratoria quanto na lis- cessaria para que entendam em que consiste
´ ´ ´
ta de cenas, permitem que o estudante se cada caracterıstica de oratoria, por que e im-
´ ˆ
concentre na mesma caracterıstica ou use a portante e como podem desenvolve-la. Este
mesma cena duas vezes. Os estudantes devem manual foi preparado de uma maneira que o
` ˜ ´ ˜ ˆ
levar seus livros a reuniao da Escola do Minis- ajudara a fazer isso. Contudo, nao basta voce
´ ´ ˜ ´
terio Teocratico. simplesmente ler as informaçoes; e preciso ex-
´ ´
Designe apenas uma caracterıstica de orato- plicar tanto a ideia que transmitem como a
´ ´
ria por vez. De modo geral, e melhor abran- maneira de aplica-la.
˜
284 Orientaçoes para o superintendente da escola
´
Quando um estudante se sair bem em de- Nosso desejo e usar o dom da fala para louvar
´ ˜ ´ ´ ˆ ´
terminada caracterıstica, nao deixe de elogia- a Jeova e ajudar outros a conhece-lo e ama-
lo. Mencione brevemente o que contribuiu lo. O treinamento que recebemos na escola
ˆ ´
para seu exito ou por que e importante o que visa capacitar-nos para realizar eficazmente a
ele fez. Se notar que pode aprimorar mais em obra descrita em Mateus 24:14 e 28:19, 20.
˜
determinado ponto, certifique-se de que ele Com o tempo, os irmaos batizados que preen-
entenda o motivo disso e diga-lhe como pode chem determinados requisitos podem ser con-
ˆ ´ vidados para ajudar a cuidar do “rebanho de
faze-lo. Seja especıfico e, ao mesmo tempo,
´
bondoso. Deus” como oradores e instrutores publicos.
ˆ — 1 Ped. 5:2, 3.
Compreenda que muitos tem bastante difi-
´ Sugira aos estudantes que, quando recebe-
culdade para falar em publico. Se o estudan-
˜ ˜
te achar que nao se saiu bem, pode questio- rem uma designaçao, leiam no prazo de pou-
nar se vale a pena continuar tentando. Nesse cos dias o estudo deste manual que trata da
˜ ´ ´ ˜
caso, imite Jesus, que nao esmagou uma caracterıstica de oratoria que deverao obser-
ˆ ´
“cana machucada”, nem apagou uma “me- var. Incentive-os a por em pratica o que apren-
˜
cha fumegante”. (Mat. 12:20) Ao aconselhar, derem ao preparar suas apresentaçoes para a
leve em conta o estado emocional do estudan- escola, nas conversas do dia a dia, ao comen-
ˆ ˜
te e quanta experiencia tem como publicador. tar nas reunioes e ao participar no serviço de
´ campo.
Um elogio sincero e caloroso pode incentiva-
´ ˜ ˜
lo a continuar se esforçando ao maximo. Designaçoes. Todas as designaçoes devem
ˆ
Trate todos os estudantes com dignidade. ser feitas com pelo menos tres semanas de an-
´ ˆ ´
O conselho de Romanos 12:10 e muito apro- tecedencia e, se possıvel, por escrito.
˜
priado para os que dirigem a Escola do Mi- As designaçoes que se destinam a instruir a
´ ´ ˜
nisterio Teocratico: “Tomai a dianteira em dar congregaçao devem ser apresentadas por an-
ˆ ˜ ˆ ˜
honra uns aos outros.” Caso voce seja mais ciaos, de preferencia os que sao eficazes nesse
´ ´
jovem que o estudante, coloque em pratica sentido. Podem-se tambem usar servos minis-
˜ ´ teriais que sejam bons instrutores.
a orientaçao registrada em 1 Timoteo 5:1, 2.
No entanto, qualquer que seja a idade do Para saber que discursos de estudante de-
estudante, conselhos que envolvem mudan- ˜ ˜ ˜
signar a irmaos ou a irmas, siga as instruçoes
ças na maneira de fazer as coisas geralmente fornecidas no programa da escola. Se houver
˜ ˜ ˜
sao mais bem-aceitos quando oferecidos com muitas irmas e poucos irmaos, tome o cuidado
bondade. — Pro. 25:11. ˜ ˜
de nao designar os irmaos apenas para fazer
ˆ ´
Ao aconselhar o estudante, enfatize o obje- leituras, mas de-lhes tambem oportunidades
´ para proferir discursos.
tivo do treinamento que ele esta recebendo.
˜ ˜
Nao se espera apenas que ele faça uma apre- Ao elaborar as designaçoes, leve em con-
˜ ˆ
sentaçao boa o suficiente para receber elogios ta as circunstancias individuais dos partici-
´ ´ ´ ´
e poder passar para a caracterıstica de oratoria pantes. Por exemplo, e necessario que deter-
˜
seguinte, nem que seja admirado pelos outros minado anciao ou servo ministerial participe
´ ´
por sua oratoria e arte de ensino. (Pro. 25:27) na escola na mesma noite que participara
˜
Orientaçoes para o superintendente da escola 285
˜
na Reuniao de Serviço ou na mesma semana Aulas especiais de leitura. Se o corpo de an-
´ ˜ ` ˜ ´
em que tem um discurso publico na congre- ciaos chegar a conclusao de que varios mem-
˜ ´ ˜ ˜
gaçao? Ha necessidade de designar uma irma bros da congregaçao precisam receber aulas
´
para participar na mesma noite que um de basicas de leitura no idioma falado na congre-
˜
seus filhos pequenos, a quem ela talvez tenha gaçao, pode-se programar que isso seja fei-
´ ´ ˜ ` ´
de ajudar? Avalie tambem se o assunto e apro- to em complementaçao a Escola do Ministerio
´ ˜
priado para o participante, especialmente no Teocratico. Tal instruçao pode consistir em au-
˜
caso de um jovem ou de um estudante que las de alfabetizaçao ou de aprimoramento da
˜ ´
ainda nao e batizado. Certifique-se de que a leitura.
˜ ` ´ ˜
designaçao seja adequada a caracterıstica de Essas aulas nao precisam ser realizadas ao
´ ´
oratoria a que o estudante tera de dar aten- mesmo tempo em que os discursos de estu-
˜ ˜
çao. dante sao apresentados na Escola do Minis-
˜ ´ ´ ´ ´ ˜
No caso das irmas, normalmente a propria terio Teocratico, pois esse perıodo talvez nao
´ ´
estudante escolhera uma cena seguindo as seja suficiente para dar a ajuda necessaria aos
˜ ´ ˜ ˜
instruçoes que se encontram nas paginas 78 e alunos. Os anciaos determinam quais sao as
´ ˜
82. Embora o superintendente da escola ja de- necessidades e quando tais aulas serao reali-
˜
signe uma ajudante, pode-se incluir uma ter- zadas. Conforme a situaçao, podem-se pro-
ceira pessoa na cena. Se a estudante pedir gramar aulas em grupo ou individuais.
´
para usar certa ajudante porque esta se encai- E preciso escolher um instrutor bem capaci-
xa perfeitamente em determinada cena, deve- ˆ ˜
tado, de preferencia um irmao que seja bom
se levar em conta o pedido dela. ˜
leitor e conheça bem o idioma. Se nao houver
˜ ´ ˜
Salas adicionais. Se houver mais de 50 es- um irmao disponıvel, os anciaos podem soli-
˜ ˜
tudantes matriculados na escola, talvez quei- citar a colaboraçao de uma irma capacitada e
´
ra avaliar a possibilidade de se usarem salas exemplar. Ela devera cobrir a cabeça para dar
˜ essas aulas. — 1 Cor. 11:3-10; 1 Tim. 2:11, 12.
adicionais para a apresentaçao dos discursos
de estudantes. Nesse caso, e dependendo das ` `
A cartilha Aplique-se a Leitura e a Escrita,
necessidades locais, podem-se usar essas sa- ´
disponıvel em muitos idiomas, foi elaborada
˜ ˜
las para apresentaçoes de todos os discursos para aulas de alfabetizaçao. Dependendo do
´ ´
de estudante ou apenas para os dois ultimos. nıvel dos alunos, podem-se usar outros mate-
´
Cada sala adicional deve ter um dirigente riais didaticos. Quando os alunos tiverem pro-
ˆ ˜ ˜
capacitado, de preferencia anciao. Onde hou- gredido o suficiente, serao incentivados a par-
ver necessidade, um servo ministerial habili- ticipar do programa normal da Escola do
˜ ˜ ´ ´
tado pode assumir essa funçao. Esses irmaos Ministerio Teocratico.
˜ ˜ ˆ
serao designados pelo corpo de anciaos. O su- Como superintendente da escola, voce po-
´ ` ˜
perintendente da escola deve trabalhar em es- de ser muito util a congregaçao. Prepare-se
˜
treita cooperaçao com eles, a fim de que cada bem e, em harmonia com o conselho de Ro-
˜
estudante receba um bom acompanhamento, manos 12:6-8, encare sua designaçao como
´ ˜
qualquer que seja a sala em que fizer sua pro- algo precioso — uma designaçao dada pelo
˜ ´ ´
xima apresentaçao. proprio Jeova.
´
INDICE REMISSIVO
˜ ´
Alvos 56, 77 contato visual 124 aplicaçao pratica 53-54, 60,
ˆ 157-159, 220, 233
Analogia 257 enfase segundo o sentido 103
˜ ´
Anciaos gestos 122 base bıblica 143-144, 148, 225,
˜ 255-256, 267
dar conselhos 203-204 na conclusao 221 ´
dar encorajamento 268 uso de perguntas 239 desenvolvimento logico 41,
˜ 170-173, 214
dar exortaçoes 265 volume 109 ˜ ˜
˜ ˜ especulaçao e opiniao pessoal
exatidao no ensino 225 Coraçao
˜ 54, 153-154, 188
instruir a congregaçao esforço para tocar 33-34, 48-49, ˜
47-49, 284 59-60, 166, 238-239, 258-262 exortaçao 265-267
˜ humor 193
responder a perguntas 144 preparar nosso coraçao 13-14, ˜
ˆ 27-28, 115-116 ilustraçoes 53, 57, 240-246,
Aparencia pessoal 131-134, 190
˜ ´ Cordialidade 118-120, 122-123, 253-254, 257
Aplicaçao pratica 53-54, 60, ´
157-159, 220, 233 125, 266 materia em demasia 41,
˜ ´ ´ 98, 173, 214, 226-227,
Apresentaçao logica da materia ˜
Demonstraçoes 44-45, 50, 78, 82, 234-235, 264
41, 170-173, 214
141-142, 166 perguntas — Veja Perguntas
Argumentos convincentes ´ ˜ ˜
255-257 Desenvolvimento logico — tocar o coraçao — Veja Coraçao
˜ ´ uso de contrastes 57-58, 233
Argumentos que estimulam o Veja Apresentaçao logica da
´ ´
raciocınio 66-70, 192, 198-200, materia uso de textos 52-54, 155-156,
´ 231-233, 254
237-238, 251-254 Destaques da leitura da Bıblia
˜ 47-48 Entrevistas 50, 129
Articulaçao 86-88 ´
Assembleias e congressos 16, 50 Diacrıticos 90 Entusiasmo 115-117, 270-271
˜ ´
Discurso de instruçao 48-49 Equilıbrio 43, 125-126, 128,
´ ´ Discurso manuscrito 50 135-138
Bıblia — Veja Textos bıblicos
˜ contato visual 127 Esboço
Biblioteca do Salao do Reino
ˆ como usar 52, 126, 166-169,
34, 37 enfase segundo o sentido
102-103 176-177, 264
´ ´ ˜
Caracterısticas de oratoria 43-45, enfatizar ideias principais elaboraçao 39-42, 168-169, 174
78-81, 282-284 105-106 impresso 50, 52-55, 179
Cartas 71-73 naturalidade 130 mental 167, 178
Cenas 44-45, 78, 82, 283, 285 ´ ´
uso do microfone 141 Escola do Ministerio Teocratico
˜ ´
Comentar nas reunioes 70, 141 Discurso publico 52-55, 249 ajudante 285
´
Compreensıvel 161, 226-229, aulas especiais de leitura
232-233, 242-246 Edificante e positivo 158, 192, 21-23, 285
˜ 202-205, 266 ´ ´
Concentraçao 14, 25 caracterısticas de oratoria
˜ Encorajamento 266, 268-271 43-45, 78-81, 283-284
Conclusao 177, 208, 220-222 ˆ
ˆ Enfase segundo o sentido cenas 44-45, 78, 82, 283, 285
Contato com a assistencia — Veja
101-104, 150-152 ˜
Contato visual designaçoes 7, 43-49, 78,
Contato visual 124-127, 169, 175 Ensaiar 284-285
˜ ´
Contrastes 57-58, 233 demonstraçoes 50, 141-142 leitura da Bıblia 11, 47-48
˜ ˜ manual, uso do 6-7, 282-283
Controle da respiraçao 109-110, designaçoes de leitura 94-95,
130, 263-264 ´
181-185 matrıcula 282
Controle do tempo 34, 45, discursos 54-55, 136, 264 objetivo 5-8
175-176, 263-264, 282 Ensino 56-61 salas adicionais 285
˜ ˜ ˜ ˜
Convicçao 194-196 anciaos — Veja Anciaos substituiçoes 7, 137
286
´
Indice remissivo 287
˜
superintendente 45, 78, escutar 159, 187 recapitulaçao 31
282-285 pausas 99-100 recursos visuais 249-250
´ ˜
Escolha de materia apropriada perguntas 236-237 repetiçao 206
54, 146, 234-235 ´ ´
Hiperbole 241 Metafora 240-241
Escolha de palavras 160-165, 176, Humor 193 Microfone 139-142
198-199, 220 ´
˜ Ministerio de campo — Veja
para demonstrar convicçao Idioma estrangeiro Testemunho
195-196 dar testemunho em 64, 186 ˜
Modulaçao 111-114
´ ´ ´
sımiles e metaforas 240-241 interprete 55
´ ˜ Naturalidade 121, 128-130, 166,
uso de termos compreensıveis Ilustraçoes 53, 57, 240-246,
227-228 253-254, 257 175-176, 179-180, 196
Escutar 13-16, 64, 187 ˜ Nervosismo 43, 125-126, 128,
Informaçao instrutiva 33-34, 46,
´ 135-138
Espırito santo 19-20, 178 116, 157-158, 218, 230-233
Estilo conversante 129-130, 166, Interesse nos outros 62-65, 119, ˜
Oraçao 14, 28, 56, 178
175-176, 179-180 125, 159, 186-189, 198, 218 ´
´ Jeova atende 136-137
Estudo 27-32 Interprete 55 ´
´ ˜ publica 168
Estudos bıblicos — Veja Introduçao 215-219
Testemunho discursos 208, 215-219 Palavras
˜ ´ ˜
Exatidao ministerio de campo 62-64, 167, articulaçao clara 86-88
˜
declaraçoes 38, 223-225, 242 186, 202, 217-219, 236-237 escolher apropriadas 160-165,
leitura 83-85 textos 144, 147-149 195, 199, 219, 228, 240-241
Exemplo, dar 61, 195, 229, 267 Pausas 97-100, 125-126, 152
´
Exemplos, usar 34, 57, 158, 216, Jeova Deus 272-275 Perguntas
240-246, 257 Jesus Cristo 275-278 fazer 58-59, 64, 147-148, 187,
˜
Exortaçao 221, 265-267 216, 222, 231, 236-239,
ˆ Leitura 21-26
Experiencia 76-77, 137 253-254, 259
˜ aulas especiais de leitura
Expressoes faciais 116-117, 119, responder 64, 66-70, 143-144,
121-125, 196 21-23, 285 177-178, 188, 223
˜
compreensao 18, 24-26, 85 Pesquisa 12, 29, 33-38, 40, 226,
Falar de improviso 177-178, 208 de improviso 95 231-232
´ ˆ
Famılia enfase ao ler textos 104, Pontos principais 29, 39-42,
ensinar filhos 16, 60 150-152 105-106, 146, 168, 212-214
´ enfatizar ideias principais ˜
estudo da Bıblia 31-32, 195, 248 Pontuaçao 84, 97-98
´ 105-106
leitura da Bıblia 11, 60, 248-249 Postura 109, 133-134, 137
Fitas cassete 44, 91 exata 83-85 ˜
˜ Preparaçao de discursos 39-55
ˆ preparaçao 43-44, 94-95, 97-98,
Fluencia 93-96, 196 cenas 44-45, 78, 82, 283, 285
gagueira 95 105-106, 116, 130, 263-264 ˜
´ demonstraçoes 44-45, 50, 78,
publica 43-44, 85, 97-98, 105, 82, 141-142, 166
Gagueira 95 116, 126-127, 130, 140-141 ˜
´ designaçoes de estudante
Gestos 121-123, 196 Leitura da Bıblia 9-12, 60, 43-46
´ 248-249 ˜
Gramatica 164-165 designaçoes de leitura 43-44,
˜
Gravaçoes 94-95, 98, 105-106, 116, 130,
fitas cassete 44, 91 Mapas 12, 248-249 263-264
´ ´ ´
propria voz 88 Materia negativa 202-203 destaques da leitura da Bıblia
˜
Meditaçao 18-19, 24-25, 31, 261 47-48
´ ˜
Habilidade de conversar 62-65 Memoria 17-20 discurso de instruçao 48-49
como iniciar conversas 198, 217 ensaiar 136 discurso manuscrito 50,
´
contato visual 124-125 espırito santo ajuda 19-20, 178 105-106, 127, 130
˜ ´
conversa edificante 204-205 ilustraçoes 240 discurso publico 52-55, 249-250
´
288 Indice remissivo
˜ ˜
elaboraçao de um esboço Reuniao de Serviço 49-50, iniciar conversas 62-64, 100,
39-42, 168-169, 174 141-142, 216, 235 125, 159, 167, 186, 198, 202,
˜ ˜
participaçao em assembleias e Reunioes 217, 236-237
congressos 50 ˜
˜ participaçao 70, 141 mensagem 272-281
Reuniao de Serviço 49-50, ˜ ˜
preparaçao 28-31 objeçoes 168, 177-178, 195,
141-142, 216, 235 Revisitas — Veja Testemunho 199, 253
treinar 46, 54-55, 136, 264 Roupa e modo de se arrumar
Problema na fala 88 revisitas 222
ˆ 131-134, 190 ´
Proferimento espontaneo 50, 114, Textos bıblicos
˜
129-130, 166, 174-178 Sentimento 115-116, 118-120, 122, aplicaçao correta 153-156,
Progresso 6-8, 21, 74-77, 271 150, 266, 271 203-204, 256
´ ´
Pronuncia 89-92 Sımile 240 base para ensino 52-53,
clara 86-88 143-144, 148, 224-225,
correta 161-162 Tato 69, 192-193, 197-201, 255-256, 267
´
diacrıticos 90 236-237, 242, 251-254 base para raciocinar 155-156,
´
nomes bıblicos 91 Tema 39-40, 209-211, 231-233, 254
problema na fala 88 218-221, 234 como introduzir 144, 147-149
Tempo — Veja Controle do contexto 34-35, 148-149,
Qualidade da voz 119, 137-138, tempo
181-185 232, 256
Testemunho
˜ ´ incentivar o uso 145-146
Recursos visuais 247-250 aos que nao aceitam a Bıblia ˆ
como autoridade 68-69, 144, ler com enfase 104, 150-152
Reino 58, 209-211, 257, 279-281 ´
˜ 198-199, 252 Tradutor — Veja Interprete
Relaxar tensao muscular 87,
184-185 cartas 71-73 ´
˜ ˜ Vıdeos 249
Repetiçao 152, 206-208, conclusoes 222 ´
´ Vocabulario 26, 94-95, 160-165
210-211, 214 estudos bıblicos 60, 69-70,
Respeito 67-68, 124, 187, 190-193, 188-189, 221-222, 227-228, Volume 102, 107-112
200-201, 203-204, 252 235, 238, 248-249, 258-262 uso do microfone 139-142
˜
Gostaria de obter mais informaçoes?
´
Contate as Testemunhas de Jeova pelo site www.jw.org
Compassivo
Imparcial
“Nunca homem
Humilde
Orava regularmente
be-T