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Grupo I
Texto 1
No final dos anos 70 foi reconhecido que as plantas, como todos os outros organismos, exibem uma
mudança dramática na expressão génica quando submetidas a temperaturas iguais ou superiores
a 10 °C, acima da sua temperatura ótima de crescimento. A resposta a este choque térmico envolve
a ativação da transcrição e tradução de um conjunto de genes que codificam as proteínas de choque
térmico (HSPs) correspondentes. Posteriormente, verificou-se que as plantas produziam muito mais
HSPs de baixo peso molecular, entre cerca de 15 e 25 kDa. Estas pequenas proteínas de choque
térmico (sHSPs) constituem uma família de proteínas omnipresentes, podendo ser encontradas em
Archaea, bactérias e eucariontes que atuam como acompanhantes moleculares, protegendo outras
proteínas de danos induzidos pelo stresse térmico. É esse stresse que regula positivamente os
genes destas proteínas. Nas plantas terrestres ocorreu uma diversificação destas proteínas, à
medida que ocorreu a adaptação aos ambientes terrestres. Nas plantas com flor, as
angiospérmicas, essa diversidade compreende 11 classes de sHSP que atuam no citosol, no
núcleo, no retículo endoplasmático, nos cloroplastos e nas mitocôndrias (Tabela. I). Os genes
sHSPs passaram por uma expansão genética específica, diversificando-se no início da evolução
das plantas terrestres, possivelmente em resposta ao stresse do ambiente terrestre, e expandindo-
se de novo nas plantas com sementes e posteriormente nas angiospérmicas (fig. 1). A compreensão
da estrutura e evolução dos sHSPs da planta progrediu, e um modelo para sua atividade de
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acompanhantes foi proposto. No entanto, a perceção do modo como o modelo de acompanhante
se aplica a diversos sHSPs e como estas protegem as outras moléculas está longe de ser
compreendido.
Tabela 1. Número de classes de genes de proteínas sHSP presentes em Figura 1. História evolutiva das sHSPs
amostras de genomas completos de diversos grupos. vegetais.
Baseado em Waters, E. R., & Vierling, E. (2020). Plant small heat shock proteins–evolutionary and
functional diversity. New Phytologist, 227(1), 24-37
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