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Aula 10 Agregados - 2017

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Civil

ENG 01176
Técnicas de Edificação B

Profª. Ana Luiza Raabe Abitante


AGREGADOS
PARA
CONCRETO
Classificação dos agregados
quanto a forma de obtenção:

AGREGADOS
NATURAIS

AGREGADOS
ARTIFICIAIS
Areia rio ou não
AGREGADOS
Jazidas
NATURAIS
Cascalho rio ou não

Jazida – depósito natural com potencial de


exploração econômica.

Observar, para a concessão, o


Código de Mineração do DNPM.
Para consumo em POA, a areia é
extraída dos rios Jacuí* e Caí.

*Areia
proveniente
do rio Jacuí
em muito
maior
quantidade.
Descarga e venda
de areia nos
depósitos
próximos ao rio.

Depósito de areia
A areia extraída de Osório
também é comercializada
em POA, mas é
excessivamente fina para
uso em concretos.

Deposição
Eólica.
Cascalho
Aproveitamento da
rocha que sofreu
resfriamento rápido
(cascalheira).
Cascalho
Aproveitamento da pedra de
rio, denominada seixo rolado.

O uso de seixo
rolado em
concretos não é
permitido há
décadas no RS.
Usinas de
Pedra Britada
AGREGADOS Britagem
ARTIFICIAIS

Areia
Obtida por britagem
ou outros processos
industriais
Usina de Britagem
Pedreira

Britador Primário
 Basalto Agregado graúdo (brita)
 Gabro comercializado em POA:
 Diabásio  Granito

Pedreiras em
Estância Velha,
Montenegro,
Gravataí, etc..
Pedreira em POA
Com relação às reservas, como a areia natural advém de
processos intempéricos, seguidos ou não de outros
processos, como erosão, transporte e deposição, que se
estabelecem de maneira constante, em todo o planeta,
é recurso abundante. Sua escassez só ocorre local ou
regionalmente, quando a demanda por esse material é
muito alta, o que acontece tipicamente em grandes
aglomerados urbanos, como regiões metropolitanas,
cada vez mais comuns.

As chamadas areia artificial ou areia de brita, que são


subprodutos do processamento de rochas britadas
correspondem a uma parcela de aproximadamente
10% do consumo em mercados como o da Região
Metropolitana de São Paulo.
(http://www.dnpm.gov.br/dnpm/s
umarios/sumario-mineral-2014)
Classificação quanto ao TAMANHO
O tamanho do agregado é descrito através
a) da composição granulométrica e
b) do diâmetro máximo.
A composição granulométrica consiste na
distribuição das várias frações dimensionais
que compõem um agregado de modo
percentual e em massa.
Peneira com abertura de malha (#), em mm
76
64
50
38
32
25
19
Peneiras
12,5
9,5
Série normal (mm): 6,3
76 – 38 – 19 – 9,5 – 4,8
4,8 – 2,4 – 1,2 – 0,6 2,4
– 0,3 – 0,15 1,2
Série intermediária 0,6
(mm): 64 – 50 – 32 0,3
– 25 – 12,5 – 6,3 0,15
Peneiramento manual
Peneiramento
mecânico
Agregados Graúdos

NBR 7211/83
5 faixas granulométricas: B0, B1, B2, B3 e B4

Observar que a versão atualizada desta norma


consta em slide posterior.
Limites granulométricos de agregados graúdos, conforme
NBR 7211/83
Peneira % Retido Acumulado
de malha
(mm) 0 1 2 3 4 5
152 -- -- -- -- -- --
76 -- -- -- -- 0 --
64 -- -- -- -- 0-30 --
50 -- -- -- 0 75-100 --
38 -- -- -- 0-30 90-100 --
32 -- -- 0 75-100 95-100 --
25 -- 0 0-25 87-100 -- --
19 -- 0-10 75-100 95-100 -- --
12,5 -- -- 90-100 -- -- --
9,5 0-10 80-100 95-100 -- -- --
6,3 -- 92-100 -- -- -- --
4,8 80-100 95-100 -- -- -- --
2,4 95-100 --- -- -- -- --
Exemplo:
Represente a composição granulométrica de
um agregado cujas frações obtidas no
peneiramento são as indicadas abaixo.
Considere a massa total peneirada de 1000g.
 Massa
(mm) retida
(g)
25 0
19 81
9,5 782
Determine o nome
desta brita.
6,3 88
4,8 41
pó 8
Exemplo:
 Massa Percentual
(mm) retida retido
(g) (%)

25 0 0
19 81 8,1
9,5 782 78,2
6,3 88 8,8
4,8 41 4,1
pó 8 0,8

Σ = 1000g 100%
Exemplo:
 Massa Percentual Percentual
(mm) retida retido retido
(g) (%) acumulado
(%)
25 0 0 0
19 81 8,1 8,1
9,5 782 78,2 86,3
6,3 88 8,8 95,1
4,8 41 4,1 99,2
pó 8 0,8 100

Σ = 1000g 100%
Exemplo:
 Massa Percentual Percentual
(mm) retida retido retido
(g) (%) acumulado
(%)
25 0 0 0
19 81 8,1 8,1
9,5 782 78,2 86,3
6,3 88 8,8 95,1
4,8 41 4,1 99,2
pó 8 0,8 100

Σ = 1000g 100% Brita 1


Observações:
 As britas, muitas vezes, não se encaixam
em uma faixa granulométrica padronizada
(B1, B2, etc.) uma vez que o público-alvo
das pedreiras costuma ser a pavimentação;

 As britas comerciais de mesma denominação,


muitas vezes, não se encaixam
em uma mesma faixa granulométrica;
Brita 1 comercial Brita 1 comercial
Pela NBR 7211: entre B1 e B2 Pela NBR 7211: B1
máx 25mm máx 19mm
 Quanto mais cúbica a forma, melhor;

 Quanto maior a dimensão do agregado melhor;


porém limitada ao espaçamento entre as barras;
menor o consumo de água para a
mesma trabalhabilidade
Dimensão Máxima Característica
do Agregado

Limitada em função do
espaçamento entre
barras da armadura.
A norma NBR 6118 estabelece
os seguintes limites para o
diâmetro máximo do agregado:

• máx ≤ 0,83 do espaçamento entre


as barras da armadura longitudinal
nas camadas horizontais (e);
vigas, lajes
• máx ≤ 0,5 do espaçamento entre
as barras da armadura longitudinal
no plano vertical (e).

pilar
Exemplo:
Calcule a dimensão máxima para o agregado
graúdo considerando a seguinte viga:

Armadura longitudinal superior: 4  8


Armadura longitudinal inferior: 4  12,5
Estribo:  6,3
Cobrimento: 30mm
Base da viga: 20cm
e = 200 – ( 2x30 + 2x6,3 + 4x12,5)
3

e = 200 – 122,6
3
e
e = 25,8mm
e = 25,8mm

máx ≤ 0,83.e
máx ≤ 0,83. 25,8
máx ≤ 21,4mm
máx ≤ 21,4mm

Não se deseja qualquer diâmetro


menor de 21,4mm, mas sim, o
maior possível abaixo deste!

Ou seja, máx = 19mm

Não adianta buscar diâmetro igual a


21,4mm, pois este não existe!
Observar a composição granulométrica!
Peneira com abertura de malha (#), em mm
76
64
50
38
32
25
19
12,5
Para o exemplo, não 9,5
se deseja qualquer 6,3
4,8
diâmetro menor de
2,4
21,4, mas sim, o 1,2
maior possível 0,6
abaixo deste! 0,3
0,15
Definição de Norma para
Dimensão Máxima Característica

máx = abertura da
peneira em que o %RA
é igual ou
imediatamente inferior
a 5%, em massa.
Conceito de Dimensão Máxima Característica

%RA = 5%

Tabela extraída da Internet a


título de exemplo.
máx = 19mm
Conceito de Dimensão Máxima Característica

Este é
Não há
imediatamente
%RA = 5%
inferior a 5%

Tabela extraída da Internet a


título de exemplo.
máx = 2,36mm
%RA = 5%

máx = 19mm

Não há
%RA = 5%
Imediatamente
inferior a 5%

máx = 19mm

tabela extraída da Internet a título de exemplo


Dimensão Máxima Característica
Exemplo
BRITA A BRITA B BRITA C
# %R %RA %R %RA %R %RA
(mm)
25 0 0 2 2 3 3

19 3 3 3 5 4 7

12,5 10 13 10 15 10 17

Imediatamente Imediatamente
inferior a 5% %RA = 5% inferior a 5%
máx = 19mm máx = 19mm máx = 25mm
Conforme NBR 7211 / 2009
Os limites granulométricos dos agregados
graúdos passaram a ser caracterizados como

Zonas granulométricas

Intervalo entre o
menor diâmetro e o
maior diâmetro
Limites granulométricos de agregados graúdos, conforme NBR 7211/2009
%, em massa, Retido Acumulado
Peneira
de malha Zona granulométrica (menor diâmetro/maior diâmetro)
(mm) 4,75/12,5 9,5/25 19/31,5 25/30 37,5/75
76 -- -- -- -- 0-5 --
64 -- -- -- -- 5 -30 --
50 -- -- -- 0-5 75 -100 --
38 -- -- -- 5 - 30 90 -100 --
32 -- -- 0-5 75 -100 95 -100 --
25 -- 0–5 0 -25 87-100 -- --
19 -- 2 – 15 65 - 95 95 -100 -- --
12,5 0-5 40 – 65 92-100 -- -- --
9,5 2 - 15 80-100 95-100 -- -- --
6,3 40 - 65 92-100 -- -- -- --
4,8 80-100 95-100 -- -- -- --
2,4 95-100 --- -- -- -- --
Agregados Miúdos

NBR 7211 / 83

4 faixas granulométricas:
• Areia muito fina
• Areia fina,
• Areia média e
• Areia grossa
Observar que a versão atualizada desta
norma consta em slide posterior.
Limites granulométricos de agregados miúdos
conforme a NBR 7211/83
Peneira com %, em massa, retido acumulado
abertura Zona 1 Zona 2 Zona 3 Zona 4
de malha (muito (fina) (média) (grossa)
ABNT fina)
(mm)
9,5 0 0 0 0
6,3 0a3 0a7 0a7 0a7
4,8 0a5 0 a 10 0 a 11 0 a 12
2,4 0a5 0 a 15 0 a 25 5 a 40
1,2 0 a 10 0 a 25 10 a 45 30 a 70
0,6 0 a 20 21 a 40 41 a 65 65 a 85
0,3 50 a 85 60 a 88 70 a 92 80 a 95
0,15 85 a 100 90 a 100 90 a 100 90 a 100
Peneira com abertura de malha (#), em mm
76
64
50
38
32
25
19
12,5
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
As areias comercializadas em POA (naturais) são
denominadas areia grossa, regular, média e fina e
não correspondem à faixas normalizadas.

FAIXA FAIXA FAIXA FAIXA


NBR GROSSA MÉDIA FINA MUITO FINA

POA

Denominações utilizadas em POA e correspondente


posição perante as areais normalizadas.
As areias comercializadas em POA (naturais) são
denominadas areia grossa, regular, média e fina e
não correspondem à faixas normalizadas.

FAIXA FAIXA FAIXA FAIXA


NBR GROSSA MÉDIA FINA MUITO FINA

GROSSA REGULAR
MÉDIA FINA
P/ CONCRETOS
P/ ARGAMASSAS
Conforme NBR 7211/2009

Os limites granulométricos dos agregados


miúdos passaram a ser caracterizados a
partir de uma Zona Ótima e Zona Utilizável.
Limites granulométricos de agregados miúdos
conforme NBR 7211/2009
Peneira %, em massa, retido acumulado
com Limites Inferiores Limites Superiores
abertura de
malha Zona Zona Zona Zona
ABNT (mm) utilizável ótima utilizável ótima

9,5 0 0 0 0
6,3 0 0 0 7
4,8 0 0 5 10
2,4 0 10 20 25
1,2 5 20 30 50
0,6 15 35 55 70
0,3 50 65 85 95
0,15 85 90 95 100
Limites de distribuição granulométrica do
agregado miúdo

100
zona utilizável
80
inferior
60 zona ótima
%RA

inferior
40 zona utilizável
20 superior
zona ótima
0 superior
5

3
15
9,

6,

4,

2,

1,

0,

0,
0,

peneira (mm)
Torrões de Argila e Materiais Friáveis
NBR 7211/09

Desagregáveis
Absorvem água

Agregado Tipo de concreto Limite (NBR 7218)


miúdo qualquer  3%
aparente  1%
graúdo sujeito a abrasão  2%
outros  3%

% superior ao limite compromete a resistência


Material Pulverulento

Constitui-se de partículas de
silte, argila e pó de pedra.

Agregado Tipo de concreto Limite (NBR 7219)


sujeito a abrasão  3%
miúdo
outros  5%
graúdo qualquer  1%

% superior ao limite compromete a resistência, pois


forma um filme sobre as partículas.
Massa Unitária
(NBR 7251)
Massa Unitária

Massa de agregado contida em


determinada unidade de volume.

Objetivo: conversão de medidas


massa para volume e vice-e-versa.

δ = massa agregado/volume da caixa

(kg/dm3)
Caixa padrão para massa unitária
Enchimento segundo condições padronizadas
Valores para
POA:

δareia = 1,50kg/dm3

δbrita granito =
1,29kg/dm3

δbrita basalto =
1,30 a 1,40kg/dm3
Massa Específica
Massa de agregado contida em
determinada unidade de volume,
excluídos os vazios permeáveis.

Objetivo: cálculo do consumo


de cimento por m3 de concreto.

γ = massa agregado
V (líq.+agr.) – V líq.
(kg/dm3)
Frasco de Chapman
Valores para POA:

γareia = 2,63kg/dm3

γbrita granito = 2,64kg/dm3

γbrita basalto =2,57a 2,95kg/dm3


Armazenagem

Baias de armazenagem

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