Guia Manejo Florestal Geflo
Guia Manejo Florestal Geflo
Guia Manejo Florestal Geflo
DO MANEJO FLORESTAL EM
PEQUENA ESCALA NO AMAPÁ
ROTEIRO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA
GUIA PRÁTICO
DO MANEJO FLORESTAL EM
PEQUENA ESCALA NO AMAPÁ
ROTEIRO PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA SEGUNDO O
DECRETO ESTADUAL Nº 3.325 DE 17 DE JULHO DE 2013
2016
GUIA PRÁTICO DO MANEJO FLORESTAL EM PEQUENA
ESCALA NO AMAPÁ
NOVEMBRO 2016
Elaboração
Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da
Amazônia – IDESAM
Autores
Leandro Leal Farias
Carlos Gabriel Koury
André Luiz Menezes Vianna
Revisores
Elektra Rocha - GRET
Obed Lima Corrêa – IMAP
Guido Sanick Leal – INCRA SR-21 Amapá
Euryandro Ribeiro Costa– IEF/AP
Priscila Rabassa - Idesam
Samuel Simões Neto - Idesam
Fotos
Acervo Idesam
Ficha Catalográfica
Ycaro Verçosa dos Santos - CRB-11 287
96p.
ISBN 978-85-64371-19-4
Os dados e opiniões expressos neste trabalho são de responsabilidade dos autores e não refletem
necessariamente a opinião dos financiadores deste estudo.
O caminho da madeira licenciada não é curto e nem simples, por isso damos
destaque para a necessidade do extensionista florestal, que deverá apoiar
a atividade desde o início do planejamento até sua comercialização. Com
suporte técnico e mais informado, o manejador vencerá todas as etapas
com sucesso e poderá obter resultados positivos com a venda de madeira
licenciada.
BOM MANEJO!
6 7
A produção de madeira não licenciada na Amazônia
INTRODUÇÃO A serraria, a movelaria,
1 o estaleiro, o depósito
ou o atravessador
Histórico da produção de madeira na Amazônia solicita a madeira para
o dono da floresta. Se
metrópoles europeias.
Até o século XIX, a madeira tinha pouca importância para a economia Na floresta, o serrador
da Amazônia, quando os principais produtos eram: cacau, castanha,
2 e sua equipe procuram
as árvores da espécie
borracha, sementes e raízes. No final do século XIX e início do século
solicitada, derrubam e
XX, a borracha tornou-se o principal produto da economia da Amazônia serram em pranchas ou
enquanto a madeira em toras virou um produto secundário. em peças menores para
o transporte.
Durante a primeira metade do século XX, os dormentes de madeira eram
comercializados para estradas de ferro da Alemanha, Espanha e do sul
do Brasil. Na década de 50, a exploração de dormentes teve fim e, além O serrador entrega
da exportação de toras, passou-se a comercializar madeira serrada, 3 a madeira para o
intensificando o setor industrial madeireiro na Amazônia. comprador e recebe a
outra parte do valor
Grandes serrarias, assim como fábricas de compensados e laminados, combinado.
instalaram-se na região das ilhas do estuário do Pará e em Manaus por
meio de capital estrangeiro, principalmente. Estas indústrias exploravam
duas espécies das florestas de várzea para o comércio internacional, a
virola (Virola surinamensis) e a andiroba (Carapa guianensis), sendo que Manejo Florestal Sustentável: O que é?
até o início dos anos 70 essas indústrias produziam entre 75% a 80% da
madeira da Amazônia.
de madeira na região de terra firme, principalmente no Pará, nas rodovias “Manejo Florestal Sustentável é a administração da floresta para
Belém-Brasília (PA- 010), Belém-Marabá (PA-150) e Santarém-Cuiabá (PA-163). obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando-
se os mecanismos de sustentação do ecossistema objeto do manejo
e considerando-se, cumulativa ou alternativamente, a utilização de
múltiplas espécies madeireiras, de múltiplos produtos e subprodutos não
madeireiros, bem como a utilização de outros bens e serviços florestais.”
Fonte: FAO, 1976; Palmer, 1977; Silva, 1987; Browder, 1989; Plowden e Kusuda, 1989; citado por
BARROS & UHL, 1997. Fonte: Inciso IX do Art. 2º da Resolução CONAMA nº 406 de 02 de fevereiro de 2009.
8 9
Manejo Florestal Sustentável: Quem é quem?
10 11
Manejo Florestal Sustentável: Quem é quem? O Ciclo do Manejo Florestal Licenciado
Extensionista O dono da área de floresta interessado em
produzir madeira procura o órgão de extensão do
É o engenheiro ou técnico florestal que acompanha todas as etapas do seu município ou um engenheiro florestal para a
manejo e elabora o Plano de Manejo Florestal. O extensionista pode ser elaboração de um plano de manejo.
contratado pelo dono da área de floresta ou pode ser oferecido pelo Estado.
O Instituto Estadual de Florestas do Amapá (IEF) é o órgão responsável 1
por oferecer o serviço de extensão florestal sem custo para o produtor.
12 13
Manejo Florestal Sustentável: Como funciona? ÁREA DE USO: 20%
14 15
PRODUTOR,
Assentado em Projeto
de Assentamento 18
Convencional
LICENCIADORES
PA SANTO ANTÔNIO DA
ÓRGÃOS
PA BOM JESUS PEDREIRA
PA CEDRO PA SÃO BENEDITO DO APOREMA
PA CORRE ÁGUA 2 Requerimento de APAT no IMAP.
PA SERRA DO NAVIO
PA CRUZEIRO PA VILA VELHA DO CASSIPORÉ
PA CUJUBIM PA CARNOT
PA FERREIRINHA
CAMPO
PA GOVERNADOR JANARY
3 Execução do Inventário Florestal.
PA IGARAPÉ GRANDE
PA ITAUBAL
PA LOURENÇO Estaduais Elaboração do Plano de Manejo e Plano
ESCRITÓRIO
PA DRª MÉRCIA
4 Operacional Anual.
PA MANOEL JACINTO
PA MATÃO DO PIAÇACA PE MUTUM
PA MUNGUBA PE PADRE JOSIMO
PA NOVA CANAÃ
Requerimento de anuência ao Plano de
PA NOVA COLINA 5
Manejo no INCRA.
PA NOVA VIDA
PA PANCADA DO CAMAIPÍ
Municipais
ÓRGÃOS LICENCIADORES
PA PEDRA BRANCA
PA PERIMETRAL PA CASULO/MARIA DE NAZARÉ Protocolo do Plano de Manejo e Plano
6 Operacional Anual no IMAP.
PA PIQUIA DO AMAPÁ SOUZA MINEIRO
18 19
ETAPA 1 - REQUERIMENTO DE ANUÊNCIA À APAT NO INCRA Documentos necessários para requerer anuência à APAT no INCRA:
(Análise Prévia à Análise Técnica) Para produção de madeira individual:
• Título de Domínio ou Contrato de Concessão de Uso;
O que é este documento? • Cópia do RG e CPF do titular e do cônjuge.
Para produção de madeira de forma comunitária:
É uma declaração de que o produtor está com sua documentação fundiária
regular, que possui área de floresta em seu lote e que está cumprindo com • Cópia do Estatuto Social da associação, atualizado e registrado em
seus deveres de assentado (cultivando, residindo e produzindo no Projeto cartório;
de Assentamento) . • CNPJ da associação;
• Título de Domínio ou Contrato de Concessão de Uso dos envolvidos;
Neste documento o produtor vai definir:
• Cópia do RG e CPF do Titular e do Cônjuge de todos os envolvidos;
1 Se o Manejo Florestal será Individual ou Comunitário (via Associações
• Ata da assembleia da associação ou cooperativa aprovando a
ou Cooperativas);
atividade (assinada por todos os associados/cooperados presentes,
A Área Total do lote a ser manejado (se individual) ou dos lotes a incluindo aqueles que não irão participar da atividade);
2
serem manejados (se comunitário); • Lista dos interessados, contendo nome completo, número de CPF e
assinatura.
3 A Área de Reserva Legal (no mínimo 80% da Área Total);
20 21
ETAPA 2 - REQUERIMENTO DE APAT NO IMAP Para produção de madeira de forma comunitária:
(Análise Prévia à Análise Técnica) • Cópia do Título de Domínio ou Contrato de Concessão de Uso dos
assentados envolvidos;
• Cópia do RG e CPF do Titular e do Cônjuge de cada lote;
O que é este documento?
• Cópia da Anuência à APAT emitida pelo INCRA;
É uma declaração do Órgão Licenciador de que o produtor está • Certificado de Regularidade do CTF (Pessoa Jurídica);
juridicamente apto para apresentar seu Plano de Manejo Florestal.
• Cópia do documento de averbação da ARL de todos os lotes;
Etapas a cumprir: • Certificado de Cadastramento de Imóvel Rural (CCIR) de todos os
lotes;
1 Fazer um cadastro no site do IBAMA (Cadastro Técnico Federal - CTF)
e imprimir o Certificado de Regularidade (confira o passo-a-passo na • Cópia do mapa dos lotes (fornecido pelo INCRA) e croqui das vias de
pág. 34 desse Guia); acesso ao local.
2 Requerer Averbação da Área de Reserva Legal (ARL) dos lotes no Nota: A autenticação das cópias dos documentos pode ser realizada
Cartório de Registro de Imóveis de seu Município; no ato da protocolização junto ao INCRA. Para isso, é necessário estar
com os documentos originais em mãos.
Nota: Para o Plano de Manejo Florestal Comunitário, o número do CTF
será da associação ou cooperativa, os demais documentos (Averbação
da ARL, CCIR e Mapa) serão de todos os lotes envolvidos.
22 23
ASSENTADO EM PROJETO DE ASSENTAMENTO ESPECIAL Etapas do Licenciamento
OU AMBIENTALMENTE DIFERENCIADO
Requerimento de anuência à APAT no
Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE), Projeto de 1
INCRA.
LICENCIADORES
Desenvolvimento Sustentável (PDS), Projeto de Assentamento
ÓRGÃOS
Florestal (PAF).
CAMPO
PAE BARREIRO
PAE CARAPANATUBA
PAE FOZ DO MAZAGÃO VELHO Estaduais
PAE IGARAPÉ NOVO Elaboração do Plano de Manejo e Plano
4
ESCRITÓRIO
PAE DURÁVEL DA ILHA DO
PAE IPIXUNA MIRANDA Operacional Anual.
BRIGUE
PAE NOSSA SENHORA DA
PAE DURÁVEL DA ILHA DO CURUÁ
CONCEIÇÃO
PAE SUCURIJU PAE DURÁVEL DA ILHA DO Requerimento de anuência ao Plano de
FRANCO 5
PDS IRINEU E FELIPE Manejo no INCRA.
PAE RIO MACACOARI PAE DURÁVEL DA ILHA DO
PAE CAPOEIRA DO REI MARINHEIRO
ÓRGÃOS LICENCIADORES
PAE ILHA DE ARUAS PAE ILHA DO FAUSTINO
Protocolo do Plano de Manejo e Plano
PAE TERRA GRANDE 6 Operacional Anual no IMAP.
24 25
ETAPA 1 - REQUERIMENTO DE ANUÊNCIA À APAT NO INCRA Documentos necessários para requerer anuência à APAT:
(Análise Prévia à Análise Técnica) • Cópia autenticada do Estatuto Social da Associação, atualizado e
registrado em cartório;
O que é este documento? • CNPJ;
É uma declaração de que a Associação ou Cooperativa do Assentamento • Cópia do Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) de
está com sua documentação regular, assim como os produtores todos os envolvidos;
associados ou cooperados estão com sua documentação fundiária regular • Cópia autenticada do RG e CPF do Titular e do Cônjuge de todos os
e estão cumprindo com seus deveres de assentado (cultivando, residindo e envolvidos;
produzindo no Projeto de Assentamento). • Cópia autenticada da Ata da Assembleia da Associação/Cooperativa
aprovando a atividade (assinada por todos associados/cooperados
Nota: De acordo com a legislação do INCRA, em Projetos de
presentes, incluindo aqueles que não vão participar da atividade);
Assentamento Agroextrativista, o Plano de Manejo Florestal deverá
ser Comunitário, portanto, uma Associação ou Cooperativa será a • Lista dos interessados contendo nome completo, número de CPF e
responsável legal pelo Plano de Manejo. assinatura.
Neste documento o produtor irá definir a Área de Floresta do PAE que Nota: A autenticação dos documentos pode ser realizada no ato da pro-
será manejada, respeitando o limite calculado da seguinte forma: tocolização junto ao INCRA. Para isso, é necessário estar com os docu-
mentos originais em mãos.
Exemplo de cálculo com informações do PAE Foz do Mazagão Velho:
26 27
ETAPA 2 - REQUERIMENTO DE APAT NO IMAP PROPRIETÁRIO DE UM LOTE/FAZENDA/SÍTIO
(Análise Prévia à Análise Técnica)
Etapas do Licenciamento
O que é este documento?
LICENCIADORES
está juridicamente apta para apresentar seu Plano de Manejo Florestal.
ÓRGÃOS
1 Requerimento de APAT no IMAP.
Etapas a cumprir:
CAMPO
Inventário Florestal.
2 Fazer um mapa contendo os limites do projeto de assentamento.
ESCRITÓRIO
3
Documentos necessários para requerer APAT no IMAP: Operacional Anual.
• Cópia do Contrato de Concessão de Direito Real de Uso (CCDRU) dos
assentados envolvidos;
• Cópia do RG e CPF do Titular e do Cônjuge; Protocolo do Plano de Manejo e Plano
4
ÓRGÃOS LICENCIADORES
• Cópia do Estatuto Social da Associação/Cooperativa; Operacional Anual no IMAP .
• Cópia da Ata da Assembleia que elegeu a diretoria da Associação/
Cooperativa;
Aprovação do Plano de Manejo e Plano
• Cópia de Anuência à APAT emitida pelo INCRA; Operacional Anual no IMAP e recebi-
5
• Certificado de Regularidade do CTF (Pessoa Jurídica); mento da autorização para exploração.
• Mapa do projeto de Assentamento (somente os limites).
28 29
ETAPA 1 - REQUERIMENTO DE APAT NO IMAP
(Análise Prévia à Análise Técnica) ! OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
4 Obter o Certificado de Cadastramento de Imóvel Rural (CCIR), no AGORA A PRÓXIMA ETAPA É O INVENTÁRIO FLORESTAL!
Cadastro Nacional de Imóveis Rurais (CNIR), no site do INCRA;
30 31
Assentado em Projeto
de Assentamento 18
Convencional
Assentado em Projeto
de Assentamento
Especial
24
Proprietário de um Lote,
Sítio ou Fazenda 29
Cadastro
Técnico Federal 34
32
MANEJO DO IBAMA Digital ou Token 43
33
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
2
4 Após clicar na opção ‘Atividades potencialmente poluidoras e uti-
lizadoras de recursos ambientais (CTF/APP)’, aparecerá a seguinte
3
página (Figura acima);
34 35
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
6 Após clicar na opção ‘Inscrição de Pessoa Física no CTF/APP, 10 Agora defina a ‘Descrição’ da atividade a ser desenvolvida. No
aparecerá a seguinte página (Figura acima); exemplo definismo: “67 – exploração econômica de madeira ou lenha
e subprodutos florestais – extração de madeira em florestas nativas”;
7 Preencha todos os campos. Em caso de dúvidas, posicione o cursor do
mouse na figura ao lado do campo de preenchimento e, caso continue
com dúvidas, consulte um extensionista;
36 37
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
38 39
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
40 41
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
42 43
ETAPAS TÉCNICAS DO
Planejamento da área de
Manejo Florestal (AMF)
46
MANEJO FLORESTAL
Delimitação da Unidade
de Produção Anual (UPA) 54
Inventário Florestal
58
Plano de Manejo Florestal
64
Plano Operacional Anual
66
Atividades pré-exploratórias
71
Comercialização
72
Atividades exploratórias
73
Romaneio
83
88
Transporte primário
Nas próximas páginas desta cartilha detalharemos cada uma das etapas
técnicas do manejo florestal até a conclusão da venda da madeira e reinício do
processo produtivo na próxima área a ser explorada.
46 47
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
O planejamento da Área de
Manejo Florestal pode ser feito Área de Reserva Legal de alguns
Projetos de Assentamento
considerando uma área comum Agroextrativistas do Estado:
de exploração para todos os PAE Barreiro
- Área Total: 2.113,24 ha
associados/cooperados ou áreas - Área de Reserva Legal: 1.690,59 ha
separadas por colocações ou PAE Anauerapucu
conjunto de colocações localiza- - Área Total: 37.058,44 ha
- Área de Reserva Legal: 29.646,75 ha
das em diferentes regiões do PAE
PAE Foz do Mazagão Velho
(igarapés ou comunidades, por - Área Total: 13.835,26 ha
exemplo). - Área de Reserva Legal: 11.068,20 ha
PAE Maracá
É importante considerar os - Área Total: 569.208,54 ha
- Área de Reserva Legal: 455.366,83 ha
custos e a organização das ativi-
dades a serem realizadas.
É importante que você:
UMA ÁREA EM COMUM A TODOS DEMANDA MENOS CUSTOS E
Escolha a área que deseja começar a exploração. Essa área, assim como FACILITA A ORGANIZAÇÃO DAS ATIVIDADES.
toda Área de Manejo Florestal, deve ter árvores de espécie comercial
Quanto maior o número de áreas separadas em colocações, maior
com boas condições para retirar a madeira;
o custo das atividades e mais complexa se torna a organização
Defina os limites de sua Área de Uso, que é aquela permitida para ser dos envolvidos.
desmatada, caso necessário;
PORTANTO, REALIZE REUNIÕES COM SUA COMUNIDADE ATÉ
Defina qual categoria de plano de manejo você irá obter melhores DEFINIR A MELHOR FORMA DE MANEJO LOCAL.
benefícios financeiros e qual terá condições para executar todas as
atividades;
Identifique com o extensionista a localização das Áreas de Preser-
vação Permanente.
48 49
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
ESCALA
PEQUENA ESCALA
EMPRESARIAL
INTENSIDADE
Até 5 m³/ha Até 30 m³/ha
DE CORTE
Circunferência Mínima de Corte =
Área de Manejo Florestal separada por colocação ou comunidades:
157 cm de CAP
Defina as espécies que serão exploradas e consulte os compradores de Inventário de árvores comerciais acima de 125
FORMA DE
madeira da região para saber quais espécies eles compram; cm de circunferência
EXPLORAÇÃO
Conheça o que o mercado quer para você procurar na floresta as Explora-se até 90% dos indivíduos com CAP
espécies certas para garantir sua venda; acima de 157 cm
Identifique com o extensionista a localização das Áreas de Preservação
Uma parcela permanente de 0,25ha para cada
Permanente; MONITORAMENTO
100 ha
Defina qual categoria de plano de manejo você irá obter melhores
benefícios financeiros e terá condições de executar todas as atividades. CAP = Circunferência à Altura do Peito.
CMC = Circunferência Mínima de Corte.
50 51
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
ESCALA
PEQUENA ESCALA
EMPRESARIAL
INTENSIDADE DE
Até 10 m³/ha Até 20 m³/ha
CORTE
52 53
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
DELIMITAÇÃO DA UNIDADE DE PRODUÇÃO ANUAL - UPA Projetos de Assentamento Especiais (PAE, PAF e PDS)
54 55
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
ETAPA 1
Legendas:
Linha de Base
ETAPA 2 Trilhas de Orientação
REGISTRO DAS
COORDENADAS
(PONTOS) NO GPS
56 57
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Distância Y: equivale
a distância da LINHA
DE BASE até a árvore.
Distância X:
equivale a distância
da TRILHA DE ORIEN-
TAÇÃO até a árvore,
TRIL
não ultrapassando 25
HA D
metros para direita
E OR
IENT
ou esquerda do ano- LINHA DE BASE
AÇÃ
tador, que caminha
O
no centro da trilha.
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
58 59
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Equipamentos:
Plaqueta de alumínio na árvore
• Prancheta;
• Ficha de Campo; Após a conclusão do
• Trena; Inventário Florestal, o
• GPS; Extensionista iniciará a
etapa de processamento
• Lápis e borracha;
das informações
• Terçado (facão);
coletadas em campo para
• EPIs: bota, capacete e colete a elaboração do Plano
identificador;
de Manejo Florestal e do
• Água e alimentação. Plano Operacional Anual.
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT
60 61
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Localização e registro das Áreas de Preservação Permanente - APP: CONFIGURAÇÃO DO GPS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS
Para que esta etapa do Manejo seja cumprida de forma adequada é PASSO 1 PASSO 2 PASSO 3
essencial o acompanhamento de um extensionista. Aqui explicaremos
somente sobre o registro dos cursos d’ água (rios e igarapés).
A primeira etapa é a configuração do GPS, explicada passo-a-passo a
seguir;
Como nesse momento a delimitação da primeira área a ser explorada
já está concluída, vá até onde os cursos d’ água começam a entrar na
área e inicie a caminhada na beira ou então dentro;
Deve-se repetir esta operação para todos os cursos d’água existentes
no local. Tela Inicial Entrando em Configurações
Configurações deTrajeto
Caso sejam encontradas
CONFIGURAÇÃO DO GPS PARA IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS
nascentes, deve-se
registrar uma coordenada PASSO 4 PASSO 5 PASSO 6
geográfica de preferência
em seu centro.
Não é permitida a exploração madeireira nessas áreas. Árvores passíveis de exploração, próximas a essas
áreas, não poderão ser derrubadas no sentido do curso d’ água (APP) .
62 63
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
64 65
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
66 67
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
68 69
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
70 71
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
ETAPAS DA COMERCIALIZAÇÃO:
1 Identifique seu comprador;
72 73
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Direção de queda
Verificar a direção de queda da árvore permite diminuir os danos às outras
árvores ao redor. Nesse momento é importante analisar possíveis riscos
de acidentes ocasionados por galhos pendurados na copa ou cipós que
estejam entrelaçados na árvore.
Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado) Fonte: Instituto Floresta Tropical - IFT (adaptado)
74 75
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
76 77
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Técnica Padrão de Derruba Direcionada Técnica Padrão de Derruba Direcionada em Árvores com Sapopema
5 4
1 2 3
Fazer o corte Com o sabre da O corte de abate
da boca motoserra, fazer deve ser feito de
um furo próximo forma inclinada até
ao centro do tron- encontrar o furo
co, atravessando
de um lado ao
outro. A dobradiça
deve ser mantida
78 79
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Destopo ou desponte 1
Essa operação consiste em separar, com a árvore já derrubada, o tronco da
copa, obtendo-se assim a tora. É uma atividade simples, porém perigosa, 2
pois o tronco tende a se mover quando se desprende da copa, o que pode
1º TRAÇAMENTO
prender o sabre da motosserra ou mesmo rolar o tronco ou a copa, causando
2º TRAÇAMENTO
um acidente.
Traçamento
Utilizando como base o pedido do comprador da madeira, a tora é dividida
4 3
em partes. A depender da bitola e do comprimento, aproveita-se a tora en-
tre galhos da copa. Aproveitamento de entre-nós da copa
Nessa operação é realizada a separação da galhada, que pode também ser Retirar o excesso de galhos para Bitolas (serraria e laminado).
aproveitada para uso comercial. facilitar a movimentação da tora > 3m de comprimento
para o desdobro. > 45cm de diâmetro
Fonte: Instituto Floresta
Tropical - IFT (adaptado) Aproveitamento de galho. 4 Para ocasional operação de
arraste e evitar danos no ramal
é recomendado executar o 2º
traçamento no pátio de estocagem.
80 81
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
82 83
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Madeira em tora A medição do diâmetro da tora, quando a árvore possui sapopema, pode ser
realizada de três maneiras diferentes, dependendo do tamanho e da forma
O romaneio da madeira é realizado quando as toras são transportadas
da sapopema.
para fora da floresta ainda sem processamento.
Caso a sapopema seja menor que 1/3 (um terço) do comprimento da tora:
Para isso, é necessário que, após o traçamento da árvore derrubada, as Seta indicando
toras sejam devidamente identificadas. que o ponto de medição
ocorreu na uniformidade
Suta do diâmetro
menor da tora
Diâmetro
Área de influência
da sapopema
desprezada
TRAÇAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS TORAS Comprimento total da tora
Projeção da tora
Marcador de ponto de mediação Ponto de medição dos diâmetros em Comprimento total da tora
84 85
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Caso a sapopema seja menor que 1/3 (um terço) do comprimento da tora: Madeira processada/baneficiada
Detalhe do ponto da pintura
menor da tora
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro - SFB
Diâmetro
Número da Qtd. de
Árvore. peças Largura (cm) Espessura (cm) Comprimento (m) Volume (m³)
1 42 20 2 3
Comprimento total da tora
108 96 20 2 3
Fonte: Serviço Florestal Brasileiro - SFB
193 36 20 2 3
Ponto de medição dos diâmetros em toras com sapopema
maior que 1/3 da extensão da tora 179 33 20 2 3
Anote todas as medidas em uma planilha, assim como foi feito durante o 120 4 20 2 3
Inventário Florestal, para poder realizar os cálculos de volume de madeira e
a inserção dessas informações no Sistema DOF. É possível também fazer o processo de medição de lotes/fardos de peças.
Tenha atenção com essas medidas para evitar problemas futuros durante o Caso as peças sejam da mesma dimensão, basta medir o volume de apenas
transporte da madeira! uma peça e multiplicar pelo número de peças que contém um lote/fardo.
Número da Número da Diâmetro 1 Diâmetro 2 Diâmetro 3 Diâmetro 4 Comprimento da
Árvore. Tora (cm) (cm) (cm) (cm) Tora (m) Volume (m³)
1 1A 100 95 90 87 4
1 1B 90 87 80 78 4
1 1C 80 78 70 67 4
179 179A 94 89 80 75 4
179 179B 80 75 70 64 4
V = volume em m³;
Db = Diâmentro de base da tora em metro (obtido a partir da média dos diâmetros na
seção - em cruz);
L = Comprimento da tora em metro;
Dr = Diâmetro do topo da tora em metro (obtido a partir da média dos diâmetros na seção
- em cruz) Fonte: Serviço Florestal Brasileiro - SFB
86 87
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
Transporte utilizando
EMISSÃO DO DOF E NOTA FISCAL
tração animal com carroça
acoplada (maior capacidade Após o romaneio, você terá as informações para imitir o DOF e a Nota Fiscal.
de transporte).
Fonte: Embrapa
O Sistema DOF exige os procedimentos abaixo:
• Encontre o comprador no Sistema DOF através do CTF dele;
• Oferte a madeira negociada ao comprador no sistema;
• Ligue para o comprador, informe que fez a oferta e peça que ele
confirme o aceite no sistema DOF.
Para emissão, informe:
• Data da movimentação da madeira;
• Meio de Transporte a ser utilizado e sua placa. Caso utilize mais de
Fonte: Embrapa
um veículo, deverá ser informado.
88 89
PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA PROCURE SEMPRE UM EXTENSIONISTA
A Guia DOF deve ser utilizada uma única vez para transporte e arma-
• Com a Nota Fiscal e o DOF, volte ao campo;
zenamento da madeira, não é permitida a sua reutilização.
• Apresente a madeira e aguarde conferência;
Você deve informar no Sistema o prazo de validade, considerando • Confira se os dados do meio de transporte (Placa ou Registro do
o tempo necessário para chegar ao destino e respeitando os limites Veículo) estão de acordo com a Guia DOF;
de prazo: • Entregue a Nota Fiscal e o DOF;
• 4 DIAS – Transporte terrestre dentro do estado;
• Receba seu dinheiro;
• 7 DIAS – Transporte terreste para fora do estado;
• Busque novos compradores até acabar seu crédito de madeira.
• 15 DIAS – Transporte fluvial ou marítimo;
• 4 DIAS – Transporte ferroviário;
• 1 DIA – Transporte aéreo.
Fonte: Embrapa
Impostos: Para comercializar madeira manejada você deverá pagar os
seguintes impostos em relação ao valor da Nota Fiscal: 17% ICMS.
Fique atento a esses valores, pois você deverá contabilizá-los na hora de
definir o preço de sua madeira.
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ATIVIDADES PÓS-EXPLORATÓRIAS
RELATÓRIO PÓS-EXPLORATÓRIO.
Para explorar a próxima Unidade de Produção Anual (UPA), o Engenheiro
Florestal deve fazer um novo Plano Operacional Anual. Porém, segundo
a legislação vigente, o IMAP só autoriza uma nova exploração (AUTEX)
depois da entrega do Relatório Pós-Exploratório e da vistoria dos técnicos.
Neste relatório deve conter as atividades executadas na UPA e previstas no
Plano Operacional Anual (POA).
Exemplo:
• Quais árvores estavam na AUTEX, quais foram exploradas e qual o
volume medido (no romaneio) de cada árvore;
• Quais árvores não foram exploradas e por que não foram.
ENRIQUECIMENTO DA FLORESTA
AVALIAÇÃO DE DANOS E DESPERDÍCIOS
Produtor, essa atividade é opcional e trata-se do plantio de mudas de
A atividade é importante para melhorar a cada ano o trabalho do Manejo
espécies comerciais nas áreas abertas pela derruba das árvores exploradas.
Florestal. Assim, a avaliação visa orientar a equipe de exploração a evitar
futuros desperdícios e irregularidades, além de determinar os custos com Por que plantar?
insumos (combustível, óleo), peças de reposição e maquinário. • Aumentar a quantidade de árvores de uma determinada espécie na
Portanto, verifique: área (principalmente aquela que foi muito explorada no passado);
- Condições do maquinário, peças e ferramentas utilizados durante e após • Diversificar as espécies comerciais na área para ter mais opções de
a exploração; comercialização;
- Altura do toco;
- Se a derruba direcionada foi bem executada pelo motosserrista; • Garantir a manutenção do volume de madeira comercial no futuro.
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OBSERVAÇÕES FINAIS
BOM TRABALHO!
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