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wa 50 ANOS DpeKOOR TL TER o's ofattics Oh acenta: Eris Ft tr pias Men po a . re. nitedrnsps ferer pmenr& Arua tm sett teas ay - wn tee EE pacer en PR w tagerr, Gasemira Hose—Munacshi taseanere Lt = PORTO ALEGRE RS.mes ABMS - 50 ANOS (1950-2000) Meia dca de fotografias em pretoe branco, um envelope a peli de objeto pssoais do engenheiro Samuel Chamecki, hoje nome de um Farol do Saber em Curia O que isso tem a ver com esta publicagio? Justamente ali, entre os objetos dda saucade da familia Chamecki, permaneceu um pedaco da historia da geoteenia brasileira, O recado, manuserito no verso do cartdo-de-visita do engenheiro civil ‘Casemiro José Munarski, vinha de Porto Alegre. O carimbo do Correio Aéreo, ainda nitido, forneceu a data: 21 X1-47. E quem eram aqueles senhores de temo, gravata, cchapéu e capas de chuva, observando © solo da mata, a estago, 0 trilho do trem? Exatamente pioneiros da ABMS, nossa Associagdo Brasileira de Mecénica dos So- los e Engenharia Geotéenica. ‘Um grupo identiicado, cinenta anos depois, com a clareza daguelemi- bao din de 1947 nas eSpias das fotos que visjaram a Sto Paulo e que mereceam, do ius professor Milton Vargas, a mindcia de conferr a data © a importéncia histrin da visa tenia tanto a rodovia quanto a ferrovia Curtiba-Paranagud Mitton Vargas identificou, meio século depois, a circunstincia ¢ os parti- cipantes da visita, Os objetos de Samuel Chamecki sobreviveram a ele proprio. Casemiro José Munarski iniciou este encadeamento de fatos, com o bilhete que Viou em 1947. E entre 0s retratados estdo Othelo Machado, grande nome da geotecnia nacionsl ¢ 0 cientista, engenheiro e consultor Karl Terzaghi, justamente considerado ‘0 “Pai da Mecdnica dos Solos”. Tanto que documentos ¢ informagies sobre sua vida esto reunidos no Halll da Fama da Geotecnia. O Niicleo Regional do Parand ¢ Santa Catarina da ABMS também tem sua contribui¢Zo, garimpada do passado, para o Hall da Fama. Para dividir com todos os sécios da ABMS a alegria ¢ a emogio da descoberta desses documentos, imagina- mos este Boletim Especial. E a largada para as comemorag6es do cingiientenrio da ABMS. E, fundamentalmente, a certeza de que valeu 0 empenho até aqui. Um es- forgo que sempre nos leva ao mesmo prinefpio: seremos tanto melhores quanto mais nos aproximarmos da natureza, respeitando seus ciclos e fazendo, de sua observa- glo, a origem da cine ccolocada a servigo do homem, principal medi da das agbes coletivas Diretoria do Nicleo Regional do Parand e Santa Catarina, da ABMS esto novembra 9% = novembro8Curtba, 20 de maio de 1997 Prezado Prof. Milton Vargas, E.com grande sega que estou fe enviando esac ae Suna Catarina da ABMS, do some do Neo Region doP so atualenteo president Mea pi, Sarmel Chameck,jfaleido,em diversas oportundades manifesto admiragio e repeito profissional e pessoa, pelo seu amigo Milton Vargas. “Preste angio ras publicagdes¢ palestras deste menino, porque ele € muito bom.” Lembro-meclaramente desta fase, porque achel engragado moxlo como. ri ao professor que, par mim « para a minha geragdo de geotéenicos, representa um dos nomes mais importantes & um dos pioneiros de nossa especialdade no Brasil. Atento recomend Sempre prestei muita atengo nos trabalhios do “menino”, ea cada oportunidade que tenho de ere ouvir seus trbalhos, professor Milton Vargas, a acmirago e 0 espeto s6 aumentam. Recentemente, vasculhando papéis antigos nos arquivos da familia, ocalizamos tum pacote contendo manuscrits de meu pa. So os textos que constitufam o curso de Meciinica de Solos, por ele ministrado na Universidade Fede aleatoriamente 0 grande conjunto de papeis ¢ eartazes, encontrei do Parans. Ao folhear n antigo envelope, com emiro 1. Munarsk, do Rio Grande do Sul, Contém um amistoso eartdo do Munarski destinado ao meu pa, © ‘earimbo do correo datado de novembro de 1947, Foi enviado pelo Ca fotografias tomadas durante a viagem que fizeram a Paranagus. Ao ver as fot, lembre ime de ter visto apenas uma delas em outra oportunidad, ¢ de meu pai ter apontado, entre auelas pessoas, Terzaghi durant inspeo de constr na estrada de ero Cri Paranagu, Exenconto ocr antes dria da ABMS} Tatas de documento his6- too para a anges, Munaski, Chanock (este com 30 anos de 150 anos. ‘A primeira iia que me ocoe fo consul, professor, para serum poco hari e, particularmente, para a geotecnia brasileira: a reunio des jovens lade) e outros, com o mestre Terzaghi 0 com o Terzaghi¢ para identificaras duas outs pessous fotografadas, NiO resist & tent 4 ce mostrar as fotos ao nosso amigo e colaborador prof. Urbano Alonso, cemencontro que tivemos na obra da indistria Renault Automoveis na Regie Metropoita-Mittox Varcas, Kat TeRzacnt, O70 Mactano & Saws. CHAMECKL nade Crib. Poucos dis depois ecb um elefonema do Alonso, com sev entusasmo © nergiacontagiants dizndo ue hava feito contato com osenh, edo seuntresse em receher pis das fotos, Mas satisfito ainda fig ao sabor que o senor tera concord em escrever um text pra acompanhar a publica das fotos no boletim do Nicleo Reei- coal do Parana e Santa Catarina ds ABMS. Que grande nici! Mina inten € buscar iaires subs para tomar pblico esse material dacumental i importante para his ria da geoecnia brasileira, finalmente publicé-o em nosso boetim Poraquant, esto The enviando em anexo, através do amigo Urbano Alonso, fotocspis ds cits fotografi. Visam apenas poi a elaboraso de su texto e, se possvel a identitiagao de tots as pessoas nelasretatadas.Postrionmenteenviaernos «spi ftogrificas de boa qualidade para seu arquivo, Pretenemos também dar uma de «quad dvulgagio o eferdo boletim,enviando-o a todos os niles regions para dist tiga ene seus sii, bem como aos x-presidente ¢conselhros da ABMS. FFinalizando, quero dizer que sed para nds motivo de grande hon conta com a olaborao de nosso neste, 0 “menine” Milton Vargas epoderos junio pest ua tela e mercid homenagem aos nos pions. Em nome de nosso niclo regional ugradego desde fasten, coloco-me & sua itera disposi Cor Paulo Roberto Chamecki |‘Sao Paulo, 03 de julho de 1997 Hino. Sr Eng. Paulo Roberto Chamecki LAME - LABORATORIO DE MATERIAIS E ESTRUTURAS Centro Politéenico - Jardim das Américas 81531-590- Curitiba - PR Prezado Paulo Roberto ‘Acciteminhas desculps por ter demorad tanto cm responder sta amivel carga de 20 de maio passado, contendo xerox de fotogrfias da visita feta, com ‘Terzaghi, 3 estrada de rodagem e a estrada de ferro Curtiba-Paranagud, A primeira noticia que me intrigou foi a da data de novembro de 1947, no ccarimbo do correio no envelope de um cartio enviado por Munarskia seu pal, contendo as fotos da Visita. Estava convicto que a primeira vista do Terzaghi ao Brasil fora em 1948. De fato, vrificando nos Anais da Escola que as aulas que ele deu na Politéenica de Sao Paulo, inaugurando a Geologia da Engenharia no Brasil foram em 1947. Sua Visita de 1948 jé foi a segunda em que ele veio para acudir 0 caso do escorregamento de tera, por detris da Casa de Forga de Cubati. Em anexo estou the enviando a noticia sobre a viay sm que voc’ me pede, para publi ‘ao no boletim do seu Nucleo Kegional. Devolvo-Ihe tambem em at as c6pias das fotograt 9s assnafando o nome das pessoas que nelasaparecem. Espero receber de vola essa epi xerox ou c6piasftogréfieas,conforme prometeu (Com um abrago do hale. Mion Vargas Mivros Vanes, escesiiko civis eeLetweisia na Escota Pouieientea bx USP, # moreso MERsTO DA MESA ESCOLA, RECEAKL FM 1995 4 Oxnen NAcNAL bo MERITO CiENTICO FM ENGENHARIA; E socio FUNDADOR 1 THEMAG ENGENHARIA 601 FUNDADOR 1 FRIMEIRO PRESIDENTE (1950/52) 04 ABMS.VISITA DE KARL TERZAGHI A CURITIBA-PARANAGUA 10 Brasil, por solicitagio da “Light ‘a de um escorre. No final de 1947 Karl Terzaghi vei de Sao Paulo, para prestar consultoria sobre catastr6 le Cubatio, Esta ocorrén sgamento de terra por detris da Usina Hidroe! \do a integridade da usina e, portanto, pondo em riseo a propria conti dade de fornecimento de energia elétrica& indiistria paulistaKa. Tuxzaci, Mixzoy VaRcas & OnieLo Macnavo O iimeresse de Terzaghi nfo se resting a dar solugo particular ao aso em questio, Como em toda sua vida profissional, ele procurou aprovetar a oeasido para alargar os poucos conhecimentos que havia entio, sobre a mecnica dos escor- enfronarse de tudo que Ie poi ser dl ness sentido. (Como eu tnha sido seu aun em Harvard, em 1946, ele me procurou para ajud-lo nesse sentido, Note-se que foi ele proprio que me mostrou a fotografi lente, numa das itimas pi lino de Olive ‘ologia do Brasil”, de Othon Leonardo ¢ Ave- do espetacular escorregamento de terra ovorride no Monte Serrat, intos, em 1928. E logo classificou os movimentos de terra da Serra do Mar em dois tipos: os das encostas ainda virgens - cujo exemplo era o de Monte Serrat - © 0s de detrtos de antigos escorregamentos, acumulados no pé das encostas: os “talus” - ujo exemplo era o caso da Usina de Cubatio, Este foi o inicio das investigagbes que se fizeram, a partir de entao, sobre 0s escorLembr de convidé-lo para uma visi ta As duas estradas Curitiba Paranagus a estrada de rods. gem que tinha sido constr «da no ano anterior, e quase ‘completamente destruida pe las violentas chuvas do final de 1947;¢ a estrada de ferro Curitiba-Paranagud, constru {da no final do século passa- «do, e quenunca sofrera danos causados pela chuya. Sua cconclusio dessa visita © das observagéesfeitas na Serra do Cubatio foi a de que tais es ‘corregamentos eram provocs dos por ciuvas violentas, du ante ou logo apés um perio do chuyoso que saturasse 0 solo das encostas, Fez notar que 0 insueesso da rodovia Curitiba-Paranagué devia-se 0 fato de ela ter sido cons. truida em sucessivos cortes © aterros que agrediam violer tamente cequilibrioda encos- COnwexo Macuaoo, Kat. Tzsci & Caso MUNARSKI ‘ta; em contraste com a estra da de ferro, construida numa diode tineis viadutos que perturbaram ao minimo a topografia da serra Para aproveitr a0 0 as observagies de Tere: volvimento da geotecnia nacional, lembrei-me de convidar para acompanhi-lo nesta ca, entre nds visita, és dos engenheiros de solos que estavam se distinguindo na Othelo Machado, Casemiro Munarski e Samuel Chamecki, Creio que se pode regis-trar essa visita de Terzaghi como um marco inicial na hist6ria do desenvolvimento da cengenharia brasileira de solos, fundagiies ¢ obras de terra ‘Naguele mesmo ano Terzaghi ministrou na Escola Politécnica de Sao Pau- iThosas aulas sobre Geologia da Engenharia, as quais puderam ser ilus- dos no caso de Cubatdo e nessa visita as tradas com os conhecimentos por ele aut estradas Curitiba-Paranagud. Foi esse o inicio da Geologia da Engenharia no Brasil Milton VargasZ \B ASSOCIAGHO BRASILEIA DE MECANICA 008 SOLOS E ENGENHARIA GEOTECNICA Parsee Pato R. Cnssecht Vice-Parsae PR Luz Rosso Nero Vicr-Parsipeste SC Gucemo Tacs 1 Secartino Atessanoex M. Kornsoo 2" SecerTAnv Luz Astor Nevo I" Tesoxneino Sane. Lots 2 ‘Trscunrteo Eouatoo Daut’Avavz Coe. Pomc. Axons S, Drains Cooxo. Evestos Ney A. Nascar
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