Untitled
Untitled
Untitled
AUTORES
Airton Marambaia Santa
Alessandra Gonçalves Siqueira
Ana Maria Azevedo Dantas Marins
Fausto Luis Stefani
Filipe Antonio Marques Falcetta
Juliana Thais Oliveira de Carvalho
Lucas Stefano Rissatto
Luiz Gustavo Faccini
Nivaldo Paulon
Omar Yazbek Bitar
Priscila Ikematsu
Priscilla Moreira Argentin
Sofia Julia Alves Macedo Campos
Zeno Hellmeister Junior
Acompanhamento e Colaboração
Prefeitura Municipal de Campinas Secretaria do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SVDS
Prefeito
Coordenação
Dário Saadi
Daniel Prenda de Oliveira Aguiar
Vice-Prefeito Rafaela Bonfante Lançone
Wanderley de Almeida Equipe
Andrea Cristina de Oliveira Struchel
Secretário Municipal do Verde, Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Ângela Cruz Guirao
Rogério Menezes Geraldo Magela Martins Caldeira
Geraldo Ribeiro de Andrade Neto
Heloísa Fava Fagundes
José Carlos Borges Aguiar da Silva
Apoio
Defesa Civil de Campinas
PREFÁCIO
Rogério Menezes
Secretário Municipal do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável do Município de Campinas
LISTA DE SIGLAS
1. Introdução.............................................................................................................. 1
2. Conceitos Básicos ................................................................................................. 3
3. Base Legal............................................................................................................. 6
4. Métodos e Procedimentos ................................................................................... 11
4.1. Levantamento de materiais bibliográficos e cartográficos ................................ 12
4.2. Trabalhos de campo ........................................................................................ 13
4.2.1. Materiais e procedimentos de campo .............................................................. 15
4.3. Delimitação de planícies de inundação............................................................ 16
4.3.1. Obtenção de dados topográficos básicos e de imagens .................................. 17
4.3.2. Geração das informações................................................................................ 20
4.3.3. Edição ............................................................................................................. 25
4.3.4. Identificação dos solos da planície .................................................................. 27
4.4. Mapeamento da suscetibilidade do meio físico a inundações .......................... 44
4.5. Mapeamento das Áreas Inundáveis ................................................................ 61
4.5.1. Modelagem hidrológica ................................................................................... 64
4.5.2. Modelagem hidráulica ................................................................................... 133
5. Análise e Comparação dos Resultados ............................................................. 149
5.1. Impacto da urbanização em bacias hidrográficas .......................................... 151
5.2. Procedimentos adotados para simular a ocupação futura e prever impactos nas
vazões e volumes escoados ..................................................................................... 155
6. Mitigação do Impacto da Urbanização ............................................................... 164
7. Considerações finais – Buscando a Resiliência Climática ................................. 168
8. Referências Bibliográficas ................................................................................. 171
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
1. Introdução
O município de Campinas, juntamente com outros 19 municípios, forma
a Região Metropolitana de Campinas (RMC). A RMC possui uma área de
aproximadamente 3.800 km2, sendo a segunda maior região metropolitana do
Estado de São Paulo em população, com mais de 3,2 milhões de habitantes
(população estimada para 2022 pela Fundação Seade).
A região apresenta um amplo sistema viário, com ligações a algumas
das principais rodovias do país, além do aeroporto de Viracopos, que
apresenta expressivo fluxo de cargas.
Com relação à economia apresenta posição de destaque, tanto regional
como nacional, com uma diversificada produção industrial moderna,
principalmente em setores dinâmicos e de alto grau científico e tecnológico,
além da estrutura agrícola e agroindustrial significativa. Também possui centros
de pesquisa científica e tecnológica, bem como importantes centros
universitários.
Todas essas características incentivam a ocupação da região, que sofre
com a forte pressão e expansão imobiliárias, sendo atingida por crescentes
taxas de urbanização e de antropização, sendo, portanto, necessários estudos
de planejamento territorial visando uma delimitação mais precisa das planícies
de inundação, das áreas suscetíveis a inundação e das áreas inundáveis, tanto
na situação atual de ocupação como em uma condição futura.
Estes estudos formam o arcabouço tecnológico que permitem balizar e
auxiliar as Prefeituras no processo de avaliação e aprovação de
empreendimentos imobiliários localizados próximos aos cursos d’água, visando
a diminuição ou a mitigação de possíveis prejuízos financeiros e até de vidas
humanas, que podem ocorrer em função de inundações e alagamentos.
Nesta publicação foi adotado um trecho da bacia do rio Capivari contido
no território do município de Campinas como área piloto para indicação dos
procedimentos metodológicos necessários para a realização das referidas
análises. Este corresponde a uma área aproximada de 220 km², localizada no
terço médio do curso d’água, abrangendo a porção sudoeste do município,
uma região marcada por urbanização consolidada nas proximidades das
1
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
2
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
2. Conceitos Básicos
Neste capítulo são apresentados alguns conceitos básicos, relacionados
aos temas trabalhados neste manual.
3
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
4
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
5
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
3. Base Legal
A planície de inundação (Figura 2) possui diversas funções ambientais,
tais como: promover o equilíbrio hidrológico de um curso de água, a
regularização das vazões, o controle das cheias, a recarga do lençol freático, o
fornecimento de fontes alimentares ricas e diversificadas que sustentam uma
fauna aquática; e está comumente associada à presença de solos férteis.
6
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
7
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
8
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
9
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
10
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
4. Métodos e Procedimentos
Neste capítulo estão compilados os métodos e os procedimentos
consolidados para a elaboração dos estudos de planejamento territorial, sendo
considerados o arcabouço tecnológico necessário ao balizamento e à gestão
dos territórios urbanos localizados nas áreas de influência direta dos cursos
d’água.
Estes estudos de planejamento territorial consistem em:
1) Delimitação da planície de inundação: este estudo é considerado o
primeiro e mais importante, pois o limite das planícies de inundação
consiste na porção do território cuja modificação pode provocar, de
forma mais acentuada, o comprometimento das funções ambientais
necessárias à preservação dos rios e o desequilíbrio deste
importante ecossistema.
O limite da planície de inundação, como o próprio nome indica,
também indica a porção do meio físico mais sujeita ao fenômeno das
inundações, o qual pode vir a expor a população a situações de
perda e impacto humano, material, econômico e ambiental.
2) Mapeamento da suscetibilidade do meio físico a inundações:
construído a partir do limite da planície de inundação, tal
mapeamento apresenta a primeira aproximação das áreas que
estarão sujeitas a inundações, indicando a predisposição natural do
meio físico de sofrer tal fenômeno. Trata-se de levantamento
qualitativo, onde não é possível precisar a probabilidade de
ocorrência de inundações.
3) Mapeamento das áreas inundáveis: neste estudo são combinados
dois tipos de modelagem ambiental distintos, hidrológica e
hidráulica, nas quais a precipitação, associada a uma probabilidade
de recorrência, é transformada em uma estimativa de vazões de pico
nos trechos das linhas de drenagem e, posteriormente, na geometria
da calha dos cursos d’água capaz de escoá-las. Este é um
levantamento quantitativo que pode considerar, inclusive, cenários
de ocupação e urbanização futuros e estimar o impacto do avanço
11
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
12
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
13
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
14
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
15
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
16
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
17
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
18
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
19
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
20
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
21
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
22
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
23
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Relevo sombreado
Relevo sombreado é uma forma de destacar as feições e rugosidades
do terreno. Uma simulação da incidência solar e sombra gera um contraste que
possibilita visualizar as áreas com encostas ou planas. O padrão da técnica
utiliza um azimute, ou seja, orientação solar em relação ao norte geográfico de
315 graus e uma altitude, ou seja, inclinação em relação ao horizonte de 45
graus. Na Figura 13 temos a janela do comando sombreamento do QGIS,
que permite gerar esse produto, cujo exemplo de resultado pode ser observado
na Figura 14.
Figura 13 - Janela da função Sombreamento no QGIS.
24
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
4.3.3.Edição
Delimitação da planície
Com as camadas de dados apresentadas anteriormente inicia-se o
processo de delimitação das planícies, que devem considerar o ambiente
natural, devendo ser desconsiderados aterros para edificações e vias, cavas de
mineração, represamentos e outras feições do mesmo tipo.
O processo utiliza as ferramentas de edição vetorial disponíveis nos
programas. O técnico habilitado no uso do programa e com conhecimento
sobre as formas de relevo, pode utilizar e combinar as diversas camadas,
modificar a ordem de visualização, aplicar transparência, contraste, entre
outros.
Exemplos:
• Declividade com transparência sobreposta à imagem de satélite
(Figura 15);
• Declividade com transparência sobreposta ao relevo sombreado
(Figura 16);
• Alternância entre as diferentes declividades;
• Uso único da imagem de satélite; e
• Uso único do relevo sombreado, com ou sem maior contraste.
25
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
26
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Tabela de atributos
A tabela de atributos pode ser preenchida com informações relevantes
durante o processo de delimitação das planícies, conforme exemplo da Figura
18. Diferentes campos podem ser criados e preenchidos pelo operador.
Sugere-se uma coluna de identificação numérica, uma coluna para o cálculo da
área, uma coluna para o tipo de feição (planície, terraço, aterro...) e uma coluna
para o grau de antropização.
27
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
28
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 19 – Mapa pedológico da planície aluvial do rio Capivari, no trecho percorrido pelo
curso d’água no município de Campinas.
29
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 20 – Afluente do rio Capivari onde a planície aluvial foi urbanizada, com aterramento,
canalização, arruamento e construção de casas, dificultando a delimitação e identificação
pedológica. (Ponto CA-01, Coord. UTM: 289.032/7.462.865)
30
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 22 – Afluente do rio Capivari onde a planície aluvial foi urbanizada, com aterramento,
canalização, arruamento e construção do parque linear, dificultando a delimitação e
identificação pedológica. (Ponto Parque Linear, Coord. UTM: 286.406/7.464.092)
31
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 24 – Afluente do rio Capivari onde a planície aluvial foi urbanizada, com aterramento,
canalização, arruamento e construção de casas, dificultando a delimitação e identificação
pedológica. (Ponto CAp-03, Coord. UTM: 282.995/7.460.289)
32
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
33
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
34
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
35
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
contribuíram para uma identificação dos solos que ocorrem da planície aluvial
do rio Capivari e seus afluentes, no trecho percorrido pelo curso d’água no
município de Campinas, e que podem contribuir com o mapeamento de outras
planícies aluviais de interesse do leitor.
Figura 25 – Camada de argila cinza escura na base do perfil. Gleissolo Háplico. (Ponto CAp-
02, Coord. UTM: 284.129/7.460.032)
36
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Bi
Argila cinza/amarelada
37
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 30 – Local de ocorrência de Gleissolo Melânico, nível d´água raso. (Ponto CAp-10,
Coord. UTM: 272.767/7.460.174).
38
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 31 – Mesmo local da foto anterior. Detalhe da camada de argila cinza escura/preta.
(Ponto CAp-10, Coord. UTM: 272.767/7.460.174).
Figura 32 – Local de ocorrência de Neossolo Flúvico. Margem esquerda do rio Capivari. (Ponto
CAp-10, Coord. UTM: 272.298/7.458.809).
39
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 34 – Camada de argila cinza na base do perfil. Gleissolo Háplico. Afluente do rio
Capivari. (Ponto CAp-14, Coord. UTM: 277.536/7.461.389)
40
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 35 – Local de ocorrência de Neossolo Flúvico. Afluente do rio Capivari. (Ponto CAp-15,
Coord. UTM: 274.680/7.461.152).
Figura 36 – Local de ocorrência de Neossolo Flúvico. Afluente do rio Capivari. (Ponto CAp-16,
Coord. UTM: 274.135/7.461.192).
41
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 37 – Local de ocorrência de Neossolo Flúvico. Margem esquerda do rio Capivari. (Ponto
CAp-23A, Coord. UTM: 283.326/7.459.478).
Figura 38 – Vista da planície aluvial do rio Capivari. Local de antiga extração de argila e areia.
(Ponto CAp-23, Coord. UTM: 283.314/7.459.583).
42
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
43
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
44
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
45
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
46
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
47
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
48
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
49
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
50
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
51
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
52
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
um novo raster em tons de cinza, cuja simbologia pode ser refeita no menu
Propriedades do botão direito do mouse ou duplo clique, para mostrar
visualização compatível com os objetivos do trabalho. Sugere-se adotar os
parâmetros apresentados na Figura 49.
53
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
54
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 51 - Exemplo de expressão utilizada para transformar valores gerados pela Lógica
Fuzzy para classes passíveis de vetorização.
55
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
do terreno (RENNÓ et al., 2008), de forma que áreas com baixas alturas
relativas podem indicar regiões mais suscetíveis a inundação (SILVA et al.,
2013).
Para a elaboração do raster HAND da área de estudo deve-se utilizar o
MDE de melhor resolução espacial e precisão planialtimétrica possível.
Inicialmente o MDE deve ser pré-processado para remoção de depressões
(pixels expúrios). O pré-processamento do MDE pode ser realizado em
qualquer ambiente SIG utilizando uma função conhecida como Fill Sinks. No
QGIS é utilizada a função r.fill.dir.
Posteriormente são extraídas as direções de fluxo e as drenagens são
geradas considerando um determinado limiar de contribuição, que é a
quantidade mínima de células de fluxo acumulado necessárias para
estabelecer um canal a partir do qual as linhas de drenagem são iniciadas
(FERNÁNDEZ et al., 2012).
A extração das direções de fluxo e drenagens também pode ser
realizada em qualquer ambiente SIG utilizando uma função conhecida como
Flow Direction. No QGIS é utilizada a função r.flow.
Este limiar depende das condições morfológicas do relevo de cada área
de estudo. O resultado do HAND é uma imagem matricial onde todos os pixels
tem como valor a distância vertical (portanto, uma possível cota de inundação)
à drenagem mais próxima (CONCEIÇÃO et al., 2019).
Diversos softwares livres podem ser utilizados para gerar o modelo
HAND. O TerraView 4.2.2 e seu complemento TerraHidro 0.4.5 destaca-se pela
facilidade dos passos a serem implementados.
Inicia-se pela importação do MDE para o banco de dados do software.
Acessando-se o menu Arquivo | Importar raster, clicando-se no ícone
Hydrological tools para abrir o aplicativo TerraHidro. Escolhe-se o primeiro
passo (Flow extraction) e o MDE como entrada de dado, conforme Figura 52.
56
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
57
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
58
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
59
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 56 - Apresentação das interfaces do software QGIS para a reclassificação de vetor por
álgebra de mapas.
Figura 57 - Apresentação das interfaces do software QGIS para a reclassificação de vetor por
álgebra de mapas.
60
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
61
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
62
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
63
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
4.5.1.Modelagem hidrológica
A modelagem hidrológica é uma ferramenta que permite representar o
comportamento hidrológico de bacias hidrográficas e, entre outras finalidades,
possibilita estimar o escoamento superficial (vazão/deflúvio), com base em
informações de precipitação.
De acordo com Tucci (1998), os modelos hidrológicos podem ser
concentrados quando toda a bacia hidrográfica é representada por uma
precipitação média (geralmente um evento), e parâmetros hidrológicos
constantes para toda a bacia. São modelos utilizados para pequenas bacias,
onde não há grande distribuição espacial dos parâmetros.
Ainda segundo Tucci (1998), os modelos podem ser distribuídos em sub-
bacias quando se trabalha com uma variabilidade maior de dados e de
parâmetros físicos, de uso e ocupação do solo etc., ou módulos, quando uma
bacia é dividida em formas geométricas que não possuem relação direta com a
forma da bacia, com a vantagem de melhorar o detalhamento do resultado,
ainda que, para estes casos, exista a necessidade de detalhar melhor os dados
de entrada.
Diversos softwares foram desenvolvidos para implementar os diferentes
modelos hidrológicos existentes e mais comumente utilizados nas análises
hidrológicas, entre os quais está o HEC-HMS, utilizado neste documento.
O software HEC-HMS (Hydrologic Modeling System) foi desenvolvido
pelo Hydrologic Engineering Center do corpo de engenheiros do exército norte-
americano, e permite simular processos chuva-vazão em bacias hidrográficas
dendríticas, valendo-se de inúmeros modelos apresentados pela literatura.
O programa é aplicável em muitas situações, desde análises de cheias
em grandes bacias, até mesmo na determinação de vazões em sistemas de
microdrenagem em pequenas bacias urbanas.
Com relação ao modelo chuva-vazão adotado nesta análise, escolheu-
se o Método do Número da Curva (ou Hidrograma Unitário do SCS/NRCS), que
64
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
65
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
66
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
67
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
68
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
69
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
70
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
71
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
72
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
73
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
74
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
75
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
76
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
77
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
interceptação e infiltração que, em conjunto, fazem com que nem toda a chuva
de um evento se transforme em escoamento direto.
O SCS recomenda que seja adotado um valor de α = 0,2, mas diversos
autores como, por exemplo, Tomaz (2011), indicam que sejam utilizados
valores de α = 0,1 para bacias urbanizadas, como indicativo da redução das
perdas e, consequentemente, maior produção de escoamento superficial.
Neste sentido, recomenda-se que seja utilizada a expressão abaixo para se
determinar o valor de α.
𝜶 = 𝟎, 𝟐 − 𝑻𝒙𝑼𝒓𝒃 × 𝟎, 𝟏
Onde:
α: coeficiente utilizado para determinação da abstração inicial (adimensional);
TxUrb: percentual de ocupações urbanas na bacia ou sub-bacia hidrográfica,
sendo igual a 1 para uma ocupação totalmente urbanizada e 0 para uma
ocupação totalmente rural, assumindo valores entre 0 e 1 para condições de
ocupação intermediárias (adimensional).
78
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
79
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
80
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Fonte: Rossi (2017) e Valladares, Coelho e Chiba (2008). Adaptado pelos autores.
81
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Tabela 3 – Grupos hidrológicos dos solos presentes no trecho analisado da bacia do rio
Capivari.
Grupo
Classificação dos solos (Rossi, 2017 ou PMC) Textura
Hidrológico
CXbd2 Cambissolo Háplico Média/Argilosa C
CXbd5 Cambissolo Háplico + Latossolo Bruno Argilosa C
CXbe2 Cambissolo Háplico Argilosa C
GX2 Gleissolo Háplico ou Melânico Indiscriminada D
GX5 Gleissolo Háplico + Neossolo Flúvico Indiscriminada D
GXb1 Gleissolo Háplico e Melânico + Neossolo Flúvico Indiscriminada D
LAd1 Latossolo Vermelho Média B
LVA10 Latossolo Vermelho Amarelo + Cambissolo Háplico Média/Argilosa C
LVA3 Latossolo Vermelho Amarelo Média/Argilosa B
LVAd1 Latossolo Amarelo + Vermelho Amarelo Média/Argilosa B
LVAd10 Latossolo Vermelho Amarelo + Neossolo Quartzarênico Arenosa/Média B
LVAd3 Latossolo Vermelho Amarelo Argilosa B
LVAd4 Latossolo Vermelho Amarelo Média B
LVAd5 Latossolo Vermelho Amarelo Argilosa B
LVAd6 Latossolo Vermelho Amarelo Média/Argilosa B
LVAd7 Latossolo Vermelho Amarelo e Amarelo Média/Argilosa B
LVd4 Latossolo Vermelho + Vermelho Amarelo Argilosa B
Argilosa/Muito
LVdf1 Latossolo Vermelho B
Argilosa
Argilosa/Muito
LVdf2 Latossolo Vermelho B
Argilosa
Arenosa/Argilo
PVA11 Argissolo Vermelho Amarelo + Neossolo Litólico D
sa
PVA19 Argissolo Vermelho Amarelo Arenosa/Média C
PVA21 Argissolo Vermelho Amarelo Argilosa C
PVA3 Argissolo Vermelho Amarelo + Argissolo Vermelho Arenosa/Média C
Argissolo Vermelho Amarelo + Latossolo Vermelho Argilosa e
PVA31 C
Amarelo/Amarelo Média/Argilosa
PVA36 Argissolo Vermelho Amarelo + Cambissolo Háplico Média C
PVAd1 Argissolo Vermelho Amarelo Arenosa/Média C
PVAd3 Argissolo Vermelho Amarelo Arenosa/Média C
PVAd6 Argissolo Vermelho Amarelo Média/Argilosa C
Argissolo Vermelho Amarelo + Latossolo Vermelho
PVAd7 Arenosa/Média C
Amarelo
Média e
PVAd9 Argissolo Vermelho Amarelo + Cambissolo Háplico C
Argilosa
PVAe2 Argissolo Vermelho Amarelo Média/Argilosa C
PVe1 Argissolo Vermelho Média C
RL13 Neossolo Litólico + Argissolo Vermelho Amarelo Média D
RQ2 Neossolo Quartzarênico Indiscriminada B
Neossolo Quartzarênico + Latossolo Vermelho Amarelo /
RQ3 Média B
Amarelo
RQ4 Neossolo Quartzarênico + Argissolo Vermelho Amarelo Média C
RQo1 Neossolo Quartzarênico + Argissolo Vermelho Amarelo Arenosa/Média C
Fonte: elaborado pelos autores.
82
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 74 – Mapa dos grupos hidrológicos do solo da porção da bacia do rio Capivari.
83
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
84
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Quadro 2 - Descrição das classes de uso e ocupação do solo presentes na área de estudo.
Categoria de uso e
Descrição Exemplos
ocupação do solo
Área recoberta por vegetação secundária, resultante da
recuperação da Floresta Ombrófila Densa, em estágio
médio de regeneração e áreas com vegetação de
Cobertura Vegetal tipologia heterogênea (bosque heterogêneo), com Figuras 75 e 76
Natural diversas espécies arbóreas nativas ou exóticas, composta
por um misto de espécies paisagísticas e agrícolas, sendo
comum a presença de palmeiras, bananeiras, eucaliptos,
pinus e touças de bambu.
85
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
86
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 78 - Exemplo de Campo Antrópico/ Pastagem. Áreas sem uso definido, com predomínio
de vegetação herbácea (gramíneas), podendo conter arbustos ou árvores esparsas. Nas
pastagens é comum a presença de trilhas de pisoteio animal.
87
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
88
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 81 - Exemplo de Cultura Perene. O plantio é feito geralmente de maneira uniforme, com
largos espaçamentos entre as plantas. Em algumas áreas é difícil diferenciar se é uma área de
cultura ou um campo antrópico, por isso é importante consultar imagens de satélite de anos
anteriores ou outros trabalhos relacionados com o tema do uso e ocupação do solo para dirimir
a dúvida.
89
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
90
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
91
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
92
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
93
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
94
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
95
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
96
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
97
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
98
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
99
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Tabela 4 – CN ponderado pela área de cada sub-bacia de acordo com as classes de uso, taxa
de urbanização e coeficiente de abstração inicial.
CN CN
Sub- % de α Sub- % de α
ponderado ponderado
bacia urbanização adotado bacia urbanização adotado
pela área pela área
SB-1 70,03 46,66 % 0,153 SB-29 61,86 8,07 % 0,192
SB-2 75,45 75,82 % 0,124 SB-30 68,72 13,72 % 0,186
SB-3 55,15 4,44 % 0,196 SB-31 67,65 5,84 % 0,194
SB-4 63,28 11,78 % 0,188 SB-32 68,38 31,06 % 0,169
SB-5 69,28 46,30 % 0,154 SB-33 70,50 48,77 % 0,151
SB-6 73,02 61,75 % 0,138 SB-34 63,17 2,58 % 0,197
SB-7 65,84 19,93 % 0,180 SB-35 65,70 16,88 % 0,183
SB-8 60,43 4,18 % 0,196 SB-36 70,90 13,40 % 0,187
SB-9 62,74 23,42 % 0,177 SB-37 64,02 4,20 % 0,196
SB-10 70,38 34,55 % 0,165 SB-38 68,25 12,35 % 0,188
SB-11 71,07 42,86 % 0,157 SB-39 68,90 29,55 % 0,170
SB-12 66,77 18,67 % 0,181 SB-40 63,49 6,30 % 0,194
SB-13 64,97 15,22 % 0,185 SB-41 61,27 8,70 % 0,191
SB-14 78,76 67,37 % 0,133 SB-42 70,88 40,80 % 0,159
SB-15 63,80 15,34 % 0,185 SB-43 65,92 16,54 % 0,183
SB-16 62,09 4,87 % 0,195 SB-44 61,99 5,89 % 0,194
SB-17 75,74 66,19 % 0,134 SB-45 71,24 57,08 % 0,143
SB-18 68,66 48,36 % 0,152 SB-46 69,44 20,23 % 0,180
SB-19 61,34 5,50 % 0,194 SB-47 68,59 47,19 % 0,153
SB-20 69,84 19,59 % 0,180 SB-48 67,38 25,01 % 0,175
SB-21 74,47 65,59 % 0,134 SB-49 69,43 0,00 % 0,200
SB-22 60,62 2,23 % 0,198 SB-50 75,39 50,74 % 0,149
SB-23 62,30 10,72 % 0,189 SB-51 65,84 36,15 % 0,164
SB-24 58,79 1,07 % 0,199 SB-52 67,68 21,58 % 0,178
SB-25 71,33 32,53 % 0,167 SB-53 57,80 0,20 % 0,200
SB-26 66,54 13,62 % 0,186 SB-54 57,45 11,66 % 0,188
SB-27 58,49 8,03 % 0,192 SB-55 60,37 0,00 % 0,200
SB-28 63,51 15,07 % 0,185
Fonte: elaborado pelos autores.
100
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
101
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
102
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Onde:
tc: tempo de concentração em minutos;
L: comprimento do curso d’água principal em km;
S: declividade do talvegue em m/m;
A: área da sub-bacia em km²;
CN: Curve Number da sub-bacia (adimensional).
103
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
∆𝒔 𝑳 × 𝟏𝟎𝟎𝟎
𝒗= =
∆𝒕 (𝒕𝒄/𝟔𝟎)
Onde:
v: estimativa da velocidade de trânsito da onda de cheia (m/s)
L: comprimento do talvegue principal (km)
tc: tempo de concentração estimado pela fórmula escolhida (minutos).
104
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
105
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
106
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 104 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto D4-011).
140
100
80
60
40
20
0
1954
1956
1958
1960
1962
1964
1968
1971
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
2018
Ano Hidrológico
Figura 105 - Ajuste da série histórica do posto D4-011 à distribuição probabilística de Gumbel.
140
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
120
100
80
60
40
20 y = 1x
R² = 0,9976
0
0 20 40 60 80 100 120 140
Precipitação máxima diária medida (mm)
107
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
• D4-044:
A Figura 106 indica os valores máximos de precipitação diária medida
no posto D4-044 para cada ano hidrológico (período compreendido entre o
início da estação chuvosa de um ano e o seguinte para a região). O ano
hidrológico inicia-se em outubro, e encerra-se em setembro do ano seguinte. A
linha vermelha indica a tendência histórica para a média das precipitações
máximas diárias.
108
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 106 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto D4-044).
160
120
100
80
60
40
20
0
1941
1944
1947
1950
1953
1956
1959
1962
1965
1968
1971
1974
1977
1980
1983
1986
1989
1992
1995
1998
2001
2004
2007
2010
2013
2016
2019
Ano Hidrológico
Figura 107 - Ajuste da série histórica do posto D4-044 à distribuição probabilística de Gumbel.
160
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
140
120
100
80
60
40
20 y = 1x
R² = 0,9991
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Precipitação máxima diária medida (mm)
109
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Tabela 10 - Precipitações máximas diárias para cada Tr para os dados do posto D4-
044.
Tr – Período de Retorno (em anos)
2 5 10 25 50 100
75,4 mm 94,6 mm 107,3 mm 123,4 mm 135,3 mm 147,1 mm
Fonte: elaborado pelos autores.
• D4-083:
A Figura 108 indica os valores máximos de precipitação diária medida
no posto D4-083 para cada ano hidrológico (período compreendido entre o
início da estação chuvosa de um ano e o seguinte para a região). O ano
hidrológico inicia-se em outubro, e encerra-se em setembro do ano seguinte. A
linha vermelha indica a tendência histórica para a média das precipitações
máximas diárias.
110
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 108 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto D4-083).
140
100
80
60
40
20
0
1951
1953
1955
1957
1959
1961
1969
1971
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
2003
2005
2008
2010
2012
2014
2016
2018
2020
Ano Hidrológico
Figura 109 - Ajuste da série histórica do posto D4-083 à distribuição probabilística de Gumbel.
160
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
140
120
100
80
60
40
20 y = 1,0003x
R² = 0,9987
0
0 20 40 60 80 100 120 140
Precipitação máxima diária medida (mm)
111
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
• E3-017:
A Figura 110 indica os valores máximos de precipitação diária medida
no posto E3-017 para cada ano hidrológico (período compreendido entre o
início da estação chuvosa de um ano e o seguinte para a região). O ano
hidrológico inicia-se em outubro, e encerra-se em setembro do ano seguinte. A
linha vermelha indica a tendência histórica para a média das precipitações
máximas diárias.
112
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 110 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto E3-017).
180
140
120
100
80
60
40
20
0
1936
1938
1940
1942
1944
1946
1948
1950
1952
1954
1956
1958
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
Ano Hidrológico
Figura 111 - Ajuste da série histórica do posto E3-017 à distribuição probabilística de Gumbel.
180
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
160
140
120
100
80
60
40
20 y = 1,0001x
R² = 0,9981
0
0 50 100 150 200
Precipitação máxima diária medida (mm)
113
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
• E3-025:
A Figura 112 indica os valores máximos de precipitação diária medida
no posto E3-025 para cada ano hidrológico (período compreendido entre o
início da estação chuvosa de um ano e o seguinte para a região). O ano
hidrológico inicia-se em outubro, e encerra-se em setembro do ano seguinte. A
linha vermelha indica a tendência histórica para a média das precipitações
máximas diárias.
114
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 112 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto E3-025).
160
120
100
80
60
40
20
0
1936
1937
1938
1939
1940
1941
1942
1943
1944
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
Ano Hidrológico
Figura 113 - Ajuste da série histórica do posto E3-025 à distribuição probabilística de Gumbel.
160
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
140
120
100
80
60
40
20 y = 0,9971x
R² = 0,9916
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Precipitação máxima diária medida (mm)
115
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
• E3-084:
A Figura 114 indica os valores máximos de precipitação diária medida
no posto E3-084 para cada ano hidrológico (período compreendido entre o
início da estação chuvosa de um ano e o seguinte para a região). O ano
hidrológico inicia-se em outubro, e encerra-se em setembro do ano seguinte. A
linha vermelha indica a tendência histórica para a média das precipitações
máximas diárias.
116
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 114 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto E3-084).
140
100
80
60
40
20
0
1941
1942
1943
1944
1945
1946
1947
1948
1949
1950
1951
1952
1953
1954
1955
1956
1957
1958
1959
1960
1961
1962
1963
1964
1965
1966
1967
1968
1969
1970
1971
1972
Ano Hidrológico
Figura 115 - Ajuste da série histórica do posto E3-084 à distribuição probabilística de Gumbel.
140
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
120
100
80
60
40
20 y = 1,0009x
R² = 0,9996
0
0 20 40 60 80 100 120 140
Precipitação máxima diária medida (mm)
117
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
• E4-062:
A Figura 116 indica os valores máximos de precipitação diária medida
no posto E4-062 para cada ano hidrológico (período compreendido entre o
início da estação chuvosa de um ano e o seguinte para a região). O ano
hidrológico inicia-se em outubro, e encerra-se em setembro do ano seguinte. A
linha vermelha indica a tendência histórica para a média das precipitações
máximas diárias.
118
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 116 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto E4-062).
160
120
100
80
60
40
20
Total…
1963
1965
1967
1969
1971
1973
1975
1977
1979
1981
1983
1985
1987
1989
1991
1993
1995
1997
1999
2001
Ano Hidrológico
Figura 117 - Ajuste da série histórica do posto E4-062 à distribuição probabilística de Gumbel.
160
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
140
120
100
80
60
40
20 y = 1,0008x
R² = 0,9987
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Precipitação máxima diária medida (mm)
119
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
• E4-123:
A Figura 118 indica os valores máximos de precipitação diária medida
no posto E4-123 para cada ano hidrológico (período compreendido entre o
início da estação chuvosa de um ano e o seguinte para a região). O ano
hidrológico inicia-se em outubro, e encerra-se em setembro do ano seguinte. A
linha vermelha indica a tendência histórica para a média das precipitações
máximas diárias.
120
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 118 - Precipitações máximas diárias anuais por ano hidrológico (posto E4-123).
160
120
100
80
60
40
20
0
1970
1971
1972
1973
1974
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
1987
1988
1989
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
Ano Hidrológico
Figura 119 - Ajuste da série histórica do posto E4-123 à distribuição probabilística de Gumbel.
160
Precipitação máxima diária estimada
pela distribuição de Gumbel (mm)
140
120
100
80
60
40
20 y = 1,0002x
R² = 0,9967
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Precipitação máxima diária medida (mm)
121
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
122
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 121 – Localização espacial dos postos pluviométricos utilizados na análise e área de
estudo considerada (mapa ilustrativo – sem escala; a posição dos postos pluviométricos está
correta).
123
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
124
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
125
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
126
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Tabela 26 – Quartis de Huff – usados para discretização temporal das chuvas de projeto.
Porcentagem
Porcentagem acumulada do total precipitado
acumulada da
(em cada quartil de Huff)
duração da chuva
de projeto 1º quartil 2º quartil 3º quartil 4º quartil
5% 16 % 3% 3% 2%
10 % 33 % 8% 6% 5%
15 % 43 % 12 % 9% 8%
20 % 52 % 16 % 12 % 10 %
25 % 60 % 22 % 15 % 13 %
30 % 66 % 29 % 19 % 16 %
35 % 71 % 39 % 23 % 19 %
40 % 75 % 51 % 27 % 22 %
45 % 79 % 62 % 32 % 25 %
50 % 82 % 70 % 38 % 28 %
55 % 84 % 76 % 45 % 32 %
60 % 86 % 81 % 57 % 35 %
65 % 88 % 85 % 70 % 39 %
70 % 90 % 88 % 79 % 45 %
75 % 92 % 91 % 85 % 51 %
80 % 94 % 93 % 89 % 59 %
85 % 96 % 95 % 92 % 72 %
90 % 97 % 97 % 95 % 84 %
95 % 98 % 98 % 97 % 92 %
Fonte: adaptado de Tomaz (2011).
127
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
25
Chuva no intervalo considerado
para Tr = 2 anos na SB-1 (mm) 20
15
10
0
30 60 90 120 150 180 210 240
Tempo decorrido desde o início do evento de precipitação
(min)
Fonte: elaborado pelos autores.
128
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
129
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
criar todos os hietogramas de projeto. Nesta etapa ainda não serão inseridos
os dados de chuva.
Figura 124 – HEC-HMS – Time-Series Data Manager. Criação das séries temporais de
precipitação.
Figura 125 – HEC-HMS – Time-Series Data Manager. Criação das séries temporais de
precipitação.
130
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
131
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
132
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
4.5.2.Modelagem hidráulica
As atividades relacionadas a este produto no período consistiram na
elaboração de modelagem hidráulica unidimensional em regime permanente do
rio Capivari visando a determinação das manchas de inundação decorrentes de
eventos de precipitação atrelados a diferentes probabilidades de ocorrência.
133
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 129 – Tela programa HEC-RAS e ícone para configuração do sistema de unidades.
134
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
135
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 130 – Tela inicial do programa HEC-RAS e ícone para abrir a aba da ferramenta RAS
Mapper para criação da geometria do rio.
Figura 131 – Abas disponíveis para edição gráfica na ferramenta RAS Mapper.
136
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 132 – Função Terrains na ferramenta RAS Mapper, para inserção de modelo numérico
de terreno.
Figura 133 – Modelo Digital de Terreno utilizado no modelo hidráulico da área estudada.
A aba Map Layers permite a adição de mapas, sejam eles criados pelo
usuário ou disponíveis na internet, assim como inserção de imagem de satélite.
Para a inserção das imagens e ou mapas é necessário que, ao iniciar um
projeto no RAS Mapper, seja definida a projeção onde se está trabalhando,
para que o software utilize a referência geográfica como base. A definição da
projeção é feita a partir da função Tools e na sequência Set Projection for
Project (Figura 134). O arquivo .prj deve ser selecionado e depois de clicar no
botão OK acionar a função Map Layers com o botão direito do mouse, onde
137
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
138
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
139
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 138 – Exemplo de vetorização das margens (linhas vermelhas) e limites do caminho do
fluxo (linhas na cor ciano) do rio Capivari no RAS Mapper.
140
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 140 – Tabela de atributos das seções transversais definidas no RAS Mapper.
141
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
142
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 142 – Tela do RAS Mapper– abas para salvar a geometria digitalizada e o projeto.
Figura 143 – Tela do menu principal do HEC-RAS – aba para salvar o projeto criado.
143
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
144
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
145
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 145 – Exemplos das condições do leito em alguns trechos do rio Capivari e de seus
afluentes utilizados para adoção dos valores do coeficiente de rugosidade de Manning.
a) Rio Capivari – Rodovia Lix da Cunha sob b) Rio Capivari – Estrada Municipal Cam-268. Leito
Rodovia dos Bandeirantes. Leito com rocha e areno-argiloso e presença de lixo. Coeficiente de
presença de lixo. Coeficiente de rugosidade de rugosidade de Manning = 0,035.
Manning = 0,080.
c) Afluente do rio Capivari – Avenida Luis Antonio d) Ribeirão Piçarrão - Av. Prefeito Magalhães
Pinheiro Porto nº 86. Sub-bacia hidrográfica do Teixeira sob Av. Prestes Maia. Trecho canalizado a
Córrego Friburgo. Leito areno-argiloso. Coeficiente céu aberto, com concreto. Coeficiente de
de rugosidade de Manning = 0,035. rugosidade de Manning = 0,015.
146
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 146 – Vazões e condições de contorno adotadas no rio Capivari e seus afluentes.
147
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 148 – Visualização da mancha de inundação calculada na aba Results, RAS Mapper.
148
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
149
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
150
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
151
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
152
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
153
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
154
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
155
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
90
Coeficiente de escoamento
80
70
60
50
40
30
20
10 y = 60,977e0,2143x
R² = 0,7426
0
0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%
Porcentagem de usos do solo urbanos na sub-bacia - MapBiomas (2020)
156
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Tabela 29 – Evolução dos usos de solo urbanos em cada uma das sub-bacias da área piloto.
Sub-
1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 2020 Est. 2050
bacia
SB-1 59,30% 62,10% 63,87% 66,14% 67,22% 66,66% 66,62% 67,18% 69,63%
SB-2 94,03% 96,75% 96,92% 97,16% 97,40% 97,52% 97,61% 97,84% 100,00%
SB-3 2,72% 5,19% 5,08% 5,69% 6,50% 6,50% 6,83% 7,58% 10,94%
SB-4 5,69% 7,69% 8,80% 10,10% 10,62% 10,91% 11,32% 11,39% 12,22%
SB-5 31,20% 38,96% 45,60% 51,18% 52,30% 54,96% 57,93% 59,41% 70,36%
SB-6 69,15% 86,65% 92,36% 93,67% 93,91% 94,45% 94,79% 95,35% 100,00%
SB-7 23,08% 26,81% 28,33% 29,80% 30,45% 30,95% 31,30% 31,53% 38,06%
SB-8 1,96% 3,77% 3,31% 3,24% 2,93% 2,52% 3,35% 3,63% 3,62%
SB-9 16,71% 28,65% 34,42% 40,20% 40,93% 40,81% 41,23% 42,32% 48,72%
SB-10 19,47% 22,37% 26,01% 27,58% 29,28% 44,48% 46,65% 47,39% 75,85%
SB-11 34,34% 40,31% 45,42% 55,16% 59,20% 63,43% 64,87% 65,66% 69,98%
SB-12 19,55% 23,53% 24,62% 25,40% 29,52% 30,43% 31,95% 32,38% 44,12%
SB-13 13,99% 19,52% 22,80% 28,70% 30,30% 30,84% 30,93% 31,10% 30,91%
SB-14 46,70% 58,42% 73,55% 81,55% 83,17% 84,78% 91,32% 94,01% 100,00%
SB-15 5,03% 7,14% 11,13% 12,58% 15,08% 18,80% 21,61% 23,14% 39,78%
SB-16 4,38% 7,33% 7,63% 10,53% 11,74% 11,58% 12,15% 12,25% 18,95%
SB-17 49,58% 62,30% 81,38% 92,95% 95,03% 95,59% 95,83% 96,84% 100,00%
SB-18 22,28% 30,05% 37,67% 46,84% 50,71% 53,28% 60,45% 62,17% 96,98%
SB-19 1,67% 3,58% 3,83% 4,71% 6,67% 6,58% 6,49% 6,57% 10,86%
SB-20 40,66% 46,41% 50,41% 53,60% 55,62% 58,92% 60,53% 60,89% 65,47%
SB-21 67,04% 86,65% 90,35% 93,92% 94,99% 96,08% 96,21% 96,86% 100,00%
SB-22 0,37% 0,81% 0,46% 0,24% 0,24% 0,32% 0,25% 0,25% 0,00%
SB-23 4,77% 5,68% 6,26% 6,99% 7,16% 7,37% 7,98% 8,22% 11,04%
SB-24 0,00% 0,00% 0,00% 0,17% 0,12% 0,00% 0,00% 0,00% 0,02%
SB-25 35,18% 43,43% 45,78% 49,79% 53,30% 56,99% 60,35% 61,04% 83,42%
SB-26 18,62% 22,98% 26,35% 26,90% 27,96% 29,96% 30,52% 30,72% 40,47%
SB-27 0,87% 1,50% 8,45% 11,92% 12,28% 12,16% 12,16% 12,16% 22,63%
SB-28 6,14% 9,13% 11,77% 16,72% 20,40% 21,54% 24,34% 24,67% 41,98%
SB-29 9,23% 12,16% 12,80% 14,04% 14,43% 14,69% 15,57% 15,52% 20,41%
SB-30 26,24% 28,27% 30,33% 32,24% 34,05% 35,39% 36,89% 37,58% 42,30%
SB-31 16,86% 21,87% 25,34% 27,65% 30,92% 34,97% 35,16% 35,07% 51,52%
SB-32 23,65% 31,13% 33,67% 34,55% 35,95% 37,95% 41,17% 41,68% 55,47%
SB-33 37,37% 52,51% 57,56% 66,11% 69,82% 73,93% 74,23% 74,73% 74,61%
SB-34 1,36% 1,20% 1,09% 1,68% 1,60% 1,70% 1,68% 1,39% 2,03%
SB-35 5,03% 6,54% 6,12% 6,51% 7,21% 7,46% 9,78% 10,38% 14,05%
SB-36 0,00% 0,00% 24,24% 24,24% 27,27% 27,27% 27,27% 27,27% 52,85%
(Continua)
157
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
(Continuação)
Tabela 29 – Evolução dos usos de solo urbanos em cada uma das sub-bacias da área piloto.
SB-37 3,72% 4,62% 5,54% 5,81% 5,83% 5,81% 5,89% 5,89% 7,49%
SB-38 54,33% 59,36% 59,79% 60,32% 60,53% 60,64% 61,39% 63,96% 69,55%
SB-39 45,82% 56,01% 62,29% 65,38% 66,55% 67,59% 68,33% 68,31% 85,18%
SB-40 5,82% 10,32% 10,41% 10,71% 10,78% 10,99% 12,53% 12,65% 17,11%
SB-41 3,43% 4,83% 5,18% 6,24% 6,54% 6,61% 6,80% 7,03% 9,90%
SB-42 60,39% 75,37% 77,56% 78,55% 79,02% 82,67% 85,39% 89,35% 100,00%
SB-43 15,94% 21,16% 22,45% 25,74% 28,56% 30,76% 32,84% 32,99% 48,26%
SB-44 1,63% 3,25% 3,37% 3,68% 3,70% 3,97% 4,46% 4,67% 6,78%
SB-45 62,84% 77,06% 81,91% 84,19% 87,05% 87,24% 87,96% 88,93% 100,00%
SB-46 37,21% 44,42% 48,45% 49,97% 50,74% 52,29% 56,24% 57,50% 72,88%
SB-47 27,59% 45,13% 52,45% 59,52% 62,55% 66,48% 68,79% 70,70% 100,00%
SB-48 23,99% 27,39% 29,74% 31,40% 32,82% 33,75% 35,33% 36,75% 46,97%
SB-49 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
SB-50 60,15% 68,59% 75,13% 77,47% 78,54% 80,04% 81,50% 82,90% 91,32%
SB-51 35,09% 40,67% 42,10% 45,79% 46,91% 49,67% 50,89% 50,84% 64,30%
SB-52 23,27% 32,40% 33,40% 38,56% 41,19% 44,90% 49,86% 52,34% 76,31%
SB-53 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
SB-54 5,09% 8,45% 12,97% 14,24% 15,24% 16,15% 16,23% 16,20% 25,29%
SB-55 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Fonte: elaborado pelos autores.
90,00%
80,00%
70,00%
60,00%
50,00%
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
1985 1995 2005 2015 2025 2035 2045
158
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
para ambos os cenários e, por fim, multiplicou-se este resultado pelo valor de
CN estimado para a situação atual em cada uma das sub-bacias (Tabela 30).
159
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
(Continuação)
Tabela 30 – Valores de CN adotados no modelo hidrológico. Situação atual e futura estimada.
Sub-bacia x = 2020 (a) x = 2050 (b) (b) / (a) CN atual CN futuro
SB-39 70,622 73,346 1,039 68,902 71,560
SB-40 62,329 62,956 1,010 63,398 64,037
SB-41 61,549 61,946 1,006 61,274 61,670
SB-42 74,036 75,826 1,024 70,886 72,600
SB-43 65,240 67,515 1,035 65,924 68,223
SB-44 61,223 61,514 1,005 62,038 62,333
SB-45 73,966 75,826 1,025 71,243 73,035
SB-46 68,929 71,349 1,035 69,285 71,717
SB-47 71,001 75,826 1,068 68,777 73,451
SB-48 65,793 67,320 1,023 67,465 69,030
SB-49 69,430 69,430 1,000 69,430 69,430
SB-50 72,971 74,363 1,019 75,261 76,696
SB-51 67,906 69,989 1,031 66,169 68,198
SB-52 68,135 71,900 1,055 67,624 71,361
SB-53 60,585 60,585 1,000 57,796 57,796
SB-54 62,828 64,122 1,021 57,551 58,736
SB-55 60,585 60,585 1,000 60,371 60,371
Fonte: elaborado pelos autores.
Tabela 31 – Taxa de urbanização usada para calcular o coeficiente de abstração inicial (α).
Situação atual e futura estimada.
Sub-bacia MapBiomas 2020 (a) MapBiomas 2050 (b) (b) / (a) Tx Urb Atual Tx Urb Futura
SB-1 67,18% 69,63% 1,036 46,66% 48,36%
SB-2 97,84% 100,00% 1,022 75,82% 77,50%
SB-3 7,58% 10,94% 1,443 4,44% 6,41%
SB-4 11,39% 12,22% 1,073 11,78% 12,64%
SB-5 59,41% 70,36% 1,184 46,30% 54,83%
SB-6 95,35% 100,00% 1,049 61,75% 64,76%
SB-7 31,53% 38,06% 1,207 19,93% 24,06%
SB-8 3,63% 3,62% 0,996 4,18% 4,16%
SB-9 42,32% 48,72% 1,151 23,42% 26,96%
SB-10 47,39% 75,85% 1,601 34,55% 55,30%
SB-11 65,66% 69,98% 1,066 42,86% 45,68%
SB-12 32,38% 44,12% 1,363 18,67% 25,45%
(Continua)
160
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
(Continuação)
Tabela 31 – Taxa de urbanização usada para calcular o coeficiente de abstração inicial (α).
Situação atual e futura estimada.
Sub-bacia MapBiomas 2020 (a) MapBiomas 2050 (b) (b) / (a) Tx Urb Atual Tx Urb Futura
SB-13 31,10% 30,91% 0,994 15,22% 15,12%
SB-14 94,01% 100,00% 1,064 67,37% 71,66%
SB-15 23,14% 39,78% 1,719 15,34% 26,38%
SB-16 12,25% 18,95% 1,547 4,87% 7,54%
SB-17 96,84% 100,00% 1,033 66,19% 68,35%
SB-18 62,17% 96,98% 1,560 48,36% 75,45%
SB-19 6,57% 10,86% 1,654 5,50% 9,10%
SB-20 60,89% 65,47% 1,075 19,59% 21,06%
SB-21 96,86% 100,00% 1,032 65,59% 67,72%
SB-22 0,25% 0,00% 0,000 2,23% 2,23%
SB-23 8,22% 11,04% 1,343 10,72% 14,39%
SB-24 0,00% 0,02% 1,000 1,07% 1,07%
SB-25 61,04% 83,42% 1,367 32,53% 44,46%
SB-26 30,72% 40,47% 1,317 13,62% 17,94%
SB-27 12,16% 22,63% 1,860 8,03% 14,93%
SB-28 24,67% 41,98% 1,701 15,07% 25,65%
SB-29 15,52% 20,41% 1,315 8,07% 10,61%
SB-30 37,58% 42,30% 1,125 13,72% 15,44%
SB-31 35,07% 51,52% 1,469 5,84% 8,58%
SB-32 41,68% 55,47% 1,331 31,06% 41,34%
SB-33 74,73% 74,61% 0,998 48,77% 48,69%
SB-34 1,39% 2,03% 1,457 2,58% 3,76%
SB-35 10,38% 14,05% 1,354 16,88% 22,87%
SB-36 27,27% 52,85% 1,938 13,40% 25,97%
SB-37 5,89% 7,49% 1,271 4,20% 5,34%
SB-38 63,96% 69,55% 1,088 12,35% 13,43%
SB-39 68,31% 85,18% 1,247 29,55% 36,84%
SB-40 12,65% 17,11% 1,353 6,30% 8,52%
SB-41 7,03% 9,90% 1,407 8,70% 12,25%
SB-42 89,35% 100,00% 1,119 40,80% 45,66%
SB-43 32,99% 48,26% 1,463 16,54% 24,21%
SB-44 4,67% 6,78% 1,453 5,89% 8,55%
SB-45 88,93% 100,00% 1,124 57,08% 64,19%
SB-46 57,50% 72,88% 1,267 20,23% 25,64%
SB-47 70,70% 100,00% 1,414 47,19% 66,75%
SB-48 36,75% 46,97% 1,278 25,01% 31,97%
SB-49 0,00% 0,00% 1,000 0,00% 0,00%
SB-50 82,90% 91,32% 1,102 50,74% 55,89%
SB-51 50,84% 64,30% 1,265 36,15% 45,73%
SB-52 52,34% 76,31% 1,458 21,58% 31,46%
SB-53 0,00% 0,00% 1,000 0,20% 0,20%
SB-54 16,20% 25,29% 1,561 11,66% 18,19%
SB-55 0,00% 0,00% 1,000 0,00% 0,00%
Fonte: elaborado pelos autores.
161
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
162
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
Figura 156 – Incremento de vazões de pico. Valores estimados para a situação atual e
esperado para 2050.
Sit. Atual Simulação 2050
130,0
Vazão máxima simulada pelo modelo
120,0
110,0
hidrológico - TR 5 anos (m³/s)
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
23,4% 16,7% 12,1% 12,5% 30,3% 29,4% 29,1% 28,6% 10,5% 10,8% 10,8% 12,0% 12,0%
0,0
132018 118410 103376 92985 66698 58126 52813 46953 30962 26077 23927 5967 286
Seção de Controle no rio Capivari
5967
52813
58126
SB-10
286
23927 46953 66698
30962
92985
103376
118410
132018
163
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
164
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
165
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
166
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
167
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
168
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
169
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
170
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
8. Referências Bibliográficas
171
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
DANTAS, M. E.; SHINZATO, E.; RENK, J. F. C.; MORAES, J. M.; MACHADO, M. F.;
NOGUEIRA, A. C. O emprego da geomorfologia para avaliação de suscetibilidade a
movimentos de massa e inundação - Mimoso do Sul/ES. Revista Brasileira de
Geologia de Engenharia e Ambiental, v. 4. n. 2, p. 23-42, 2014.
DANTAS, M. E.; TEIXEIRA, S. G. Origem das paisagens. In: JOÃO, Xafi Jorge da
Silva; TEIXEIRA, Sheila Gatinho; FONSECA, Dianne Farias. (Org.). Geodiversidade
do Estado do Pará. 1. ed. Belém/PA: CPRM - Serviço Geológico do Brasil., 2013. v.
1, p. 23-52.
172
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
MARQUES, Taícia Helena Negrin; RIZZI, Daniela; FERRAZ, Victor; HERZOG, Cecilia
Polacow. Soluções baseadas na natureza: conceituação, aplicabilidade e complexidade
no contexto latino-americano, casos do Brasil e Peru. Revista LABVERDE, v. 11, n. 1,
p. 12-49, 2021. DOI: 10.11606/issn.2179-2275.labverde.2021.189419. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189419. Acesso em: dez. 2022.
NOBRE, A. D.; CUARTAS, L. A.; MOMO, M. R.; SEVERO, D. L.; PINHEIRO, A.;
NOBRE, C. A. HAND contour: A new proxy predictor of inundation extent.
Hydrological Processes, v. 30, n. 2, p. 320-333, jan. 2016.
OLIVEIRA, J. B. de et al. Classes gerais de solos do Brasil: guia auxiliar para seu
reconhecimento. Jaboticabal: FUNEP, 1992. 201 p.
173
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
PINTO, N. L. DE S. et al. Hidrologia básica. 6. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1976.
278p.
RENNÓ, C. D. et al. HAND, a new terrain descriptor using SRTM-DEM; Mapping terra-
firme rainforest environments in Amazonia. Remote Sensing of Environment, v. 112,
p. 3469-3481, 2008.
174
Manual para delimitação de planícies de inundação e de áreas inundáveis
TUCCI, C.E.M. Água no Meio Urbano. Capítulo 14 do Livro Água Doce. Porto Alegre:
IPH/UFRGS, 1997. 40 p. Disponível em: https://www.mpf.mp.br/atuacao-
tematica/ccr4/importacao/institucional/grupos-de-
trabalho/encerrados/residuos/documentos-
diversos/outros_documentos_tecnicos/curso-gestao-do-terrimorio-e-manejo-integrado-
das-aguas-urbanas/aguanomeio%20urbano.pdf. Acesso em: nov. 2022.
175