Operacoes Com Mercadorias Tributos
Operacoes Com Mercadorias Tributos
Operacoes Com Mercadorias Tributos
1. Introdução
Toda empresa necessita apurar seus resultados.
2. Ramos de Atividade Empresarial
(1) Industrial, cujo objetivo é a fabricação de bens para a venda;
(2) Comercial, cujo objetivo é a venda de bens;
(3) O ramo de serviços, cujo objetivo é a prestação e serviços.
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Texto baseado na Resolução CFC Nº. 1.170 de 29 de maio de 2009.
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(+) Seguros
(+) carga e descarga de mercadorias compradas
(+) outros gastos
(-) Deduções:
(-) Devoluções de compras
(-) Abatimentos sobre compras
(-) Descontos incondicionais (comerciais) Obtidos
Ou ainda:
Compras líquidas = compras brutas (valor da mercadoria + tributos calculados por fora).
(+) frete sobre compras
(+) seguro sobre compras
(+) carga e descarga de mercadorias compradas
(+) outros gastos
(-) Deduções:
(-) abatimentos obtidos na compra
(-) desconto comercial obtido
(-) devolução de compras
(-) impostos recuperáveis
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(b) gastos com armazenamento, a menos que sejam necessários ao processo produtivo entre uma e outra fase
de produção;
(c) despesas administrativas que não contribuem para trazer o estoque ao seu local e condição atuais;
(d) e despesas de comercialização, incluindo a venda e a entrega dos bens e serviços aos clientes.
(4) Custos de estoque de prestador de serviços
Na medida em que os prestadores de serviços tenham estoques de serviços em andamento, devem mensurá-los pelos
custos da sua produção. Esses custos consistem principalmente em mão-de-obra e outros custos com o pessoal
diretamente envolvido na prestação dos serviços, incluindo o pessoal de supervisão, o material utilizado e os custos
indiretos atribuíveis. Os salários e os outros gastos relacionados com as vendas e com o pessoal geral administrativo
não devem ser incluídos no custo, mas reconhecidos como despesa do período em que são incorridos. O custo dos
estoques de prestador de serviços não inclui as margens de lucro nem os gastos gerais não-atribuíveis que são
frequentemente incluídos nos preços cobrados pelos prestadores de serviços.
(5) Custo do produto agrícola colhido proveniente de ativo biológico
Segundo a NBC TG 29 – Ativo Biológico e Produto Agrícola, os estoques que compreendam o produto agrícola que a
entidade tenha colhido, proveniente dos seus ativos biológicos, devem ser mensurados no reconhecimento inicial pelo
seu valor justo deduzido dos gastos estimados no ponto de venda no momento da colheita. Esse é o custo dos estoques
naquela data para aplicação desta Norma.
4. Tributos
Chama-se não-cumulativo o tributo que, na etapa subsequente dos processos produtivos e ou de comercialização,
não incide sobre a mesma base e tributo pago/recolhido na etapa anterior. O pagamento/recolhimento somente do
valor da operação fundamenta-se na utilização do crédito tributário Exemplos: IPI e ICMS. Ou seja, não se acumula de
uma operação para outra. E como funcionaria então?
Voltando ao exemplo, quando esse produto for vendido pela indústria a uma loja seu preço será 200, sendo 180,00
irá para a indústria e 20,00 será devido ao governo.
Esse produto para a loja agora é uma mercadoria, e, quando a loja for revendê-la ao consumidor final ela
certamente desejará obter uma lucratividade mínima (90,00) e estipulará o preço dessa mercadoria em 300. Ora o
imposto sobre a venda é não-cumulativo e assim ele incidirá somente sobre a diferença entre o valor pago e o valor
vendido, ou seja, 100. Como a alíquota é também de 10% o imposto pago será 10,00. A soma dos impostos nessa
situação será de 30,00 (20 +10).
Desconsiderando outros fatores, veja que o lucro da empresa comercial foi de 90,00 (300-200-10)
E se a loja não conseguir vede-lo por 300 e por necessidade resolver vende-lo por 200, ou seja, sem lucro algum?
Por ser não-cumulativo, não haverá imposto a ser pago.
Quando esse produto for vendido pela indústria a uma loja seu preço será 200,00, onde 180,00 irá para a indústria
e 20,00 será devido ao governo.
Esse produto para a loja agora é uma mercadoria, e quando a loja for revendê-lo ao consumidor final ela
certamente desejará obter uma lucratividade mínima (90,00).
Se ela estipular o preço dessa mercadoria em 300, ela vai obter essa lucratividade?
Ora o imposto é sobre a venda é cumulativo e assim incidirá novamente sobre o preço total dessa venda, 300,00.
Com a alíquota é novamente de 10%, o valor do imposto nessa operação será 30,00. A soma dos impostos nessa
situação terá então o valor de 50.
Veja que a lucratividade do comerciante foi de 70,00 (300-200-30), reduzida em relação ao tributo não cumulativo
pela parcela maior de tributos que são devidos ao governo.
Se o comerciante desejar ter uma lucratividade de 90,00 aproximadamente (como no sistema não cumulativo), por
ser a lucratividade mínima esperada para que a empresa “sobreviva”, ele precisará elevar o valor de venda para o
consumidor para 322,23, onde 32,22 irá para os cofres públicos a título de imposto e, aproximadamente, 90,00 será a
título de lucro.
Veja que, para atingir a lucratividade mínima o comercio teve que elevar o valor da mercadoria, o que prejudica a
o comercio em geral
E se a loja não conseguir vede-lo por 300 e por necessidade resolver vende-lo por 200, ou seja, sem lucro algum,
ou ainda com prejuízo?
A incidência do imposto cumulativo ocorreria da mesma forma e a empresa teria que pagar os 10% de imposto
sobre o preço da operação.
Isso quer dizer que independente do preço de venda, independente se a loja terá lucro ou prejuízo na operação, a
cada nova operação o imposto incidirá novamente.
4.1. Classificação do tributo conforme sua a integração ou não em sua própria base de calculo
Exemplo:
Um produto cujo o valor mínimo a ser recebido pela empresa, para que a mesma obtenha uma
lucratividade mínima, é 180,00;
Imposto sobre vendas com alíquota de 10%;
Qual o valor final do produto?
Diz-se de um tributo calculado por fora, aquele que não integra a sua própria base de cálculo. Nesse caso a alíquota
real coincide com sua alíquota nominal.
Voltemos ao exemplo:
Se a empresa precisa receber 180,00 pelo produto, basta aplicar o percentual referente ao sobre o valor de venda.
Na venda, esse produto sai para o cliente por 198, sendo 180 como Receita Líquida da empresa e 18 como o imposto.
Assim a alíquota real do imposto é igual que a alíquota nominal, 10%.
O IPI, por exemplo, é um imposto calculado por fora, ou seja, no preço de compra ou de venda do bem não está
embutido o valor do IPI destacado e ele será adicionado ao valor a ser pago.
Diz-se de um tributo calculado por dentro, aquele que integra a sua própria base de cálculo.
Voltemos ao exemplo:
Se a empresa precisa receber 180,00 pelo produto, ela deve levar em consideração o valor já embutido do tributo
para, depois, aplicar a alíquota de 10%.
Dessa forma, se a empresa precisa receber 180,00 pelo produto, o valor final de venda será no valor de 200,00,
sendo 20 de imposto e 180 pelo valor da mercadoria se o tributo não existisse.
Ora, se o preço estipulado pela empresa é 180,00 e o imposto é 10%, então o valor a ser cobrado a título de imposto
deveria se 18,00 e não 20,00.
Isso ocorre porque o tributo incide sobre seu próprio valor, ou seja, paga-se 18,00 sobre o valor do produto (10%
de 180,00) e mais 2,00 em relação ao próprio tributo inserido (10% de 20), o que torna a alíquota real do imposto
maior que a alíquota nominal, pois está é de 10% quando na realidade a cobrada é de 11,11%, levando em
consideração o valor que o produto seria vendido se não houvesse tributo (180,00).
Essa diferença está no fato do imposto incidir sobre ele mesmo, elevando o valor a ser pago.
O ICMS, por exemplo, é um imposto calculado por dentro, ou seja, no preço de compra ou de venda do bem ou do
serviço já está embutido o valor do ICMS destacado.
4.2.2. IPI
4.2.3. ISS
4.2.4. PIS
4.2.5. COFINS
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4.3. Exemplo prático na aplicação do IPI, ICMS na aquisição de bens para três destinações distintas, referentes
aos três ramos de atividade.
Exemplo: três compras feitas em uma indústria por outra indústria do mesmo tipo de bem para os fins que se
seguem no valor de 20.000 cada, com incidência de 20% de ICMS e 10 % de IPI:
20.000: como matéria prima.
20.000: como mercadoria.
20.000: para prestação de serviços.
Antes dos lançamentos é necessária montagem da nota fiscal.
1) Matéria prima:
Diversos
Estoque de matéria prima 16.000
IPI a Recuperar.............................2.000
ICMS a Recuperar.........................4.000
a Caixa/Duplicatas a Pagar....................22.000
2) Revenda
Diversos
Estoque 18.000 (16.000 + 2000 do IPI)
ICMS a recuperar.........................4.000
a Caixa/Duplicatas a pagar.............................22.000
3) Prestação de serviço
Estoque
a Caixa/Duplicatas a pagar.......................22.000
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O PIS e a COFINS recuperáveis incidirão sobre o IPI quando a empresa compradora não for contribuinte do IPI, isso
porque o IPI passa a integrar o custo do bem.
Seguem as bases de cálculo sobre as quais incidirão as alíquotas dos tributos.
VLB =Valor líquido do bem, ou seja, o valor do bem sem qualquer tributo.
* Integram sua própria base de cálculo, são classificados como impostos calculados por dentro.
5. Compras
O valor do custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e outros
tributos (exceto os recuperáveis perante o fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros
diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e
outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição.
II - quanto aos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a saída do
estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. (Redação dada pela Lei nº 7.798,
de 1989)
A questão a ser discutida é a Lei nº 4.502/64, não tem competência para alterar a base de cálculo do IPI estabelecida
no Código Tributário Nacional, haja vista a previsão constitucional de que Cabe à Lei Complementar estabelecer
normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre a definição de tributos e suas espécies, bem
com, em relação aos impostos discriminados na Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e
contribuintes.
Sendo matéria de competência reservada, essa matéria somente poderia ser regulamentada por lei complementar,
que não é o caso da lei 7.789/89 que deu a redação atual para o art. 14 da lei 4.502/64. Assim, o Código Tributário
Nacional, que foi recepcionado em nosso ordenamento jurídico como lei complementar, somente poderia ser alterado
por uma lei que também fosse complementar.
Exemplos
Caso 1
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Uma indústria adquire matéria prima de outra indústria no valor de 10.000, com frete no valor de 1000, pago pelo
comprador e realizado pelo vendedor. Sobre a operação houve a incidência de ICMS (20%) e IPI (10%).
Matéria Prima 10.000
Frete 1.000
IPI – 10% 1.000
ICMS já incluído no preço da operação 20% (2.200)
Total de Nota Fiscal 12.000
Lançamento feito pelo comprador:
Estoque de Matéria Prima...........................8.800
IPI a Recuperar.............................................1.000
ICMS a Recuperar........................................2.200
a Caixa/Fornecedores..............................................12.000
CASO 2
Se o comprador fosse uma empresa comercial comprando mercadoria da indústria o lançamento seria dessa forma:
Lançamento feito pelo comprador:
Estoque de Mercadorias..............................9.800
ICMS a Recuperar..........................................2.200
a Caixa/Fornecedores..............................................12.000
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Frete 1.000
ISS já incluído no preço da operação 20% (200)
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ICMS a Recuperar..................................3.000
A Caixa/Duplicatas a Pagar..............................22.000
Caso 2:
Mesmo fato contábil, só que agora é uma empresa comercial optante do Lucro Real adquirindo, para a revenda,
de uma indústria:
Lançamento da compradora:
Diversos
Estoque de Mercadorias......................16.965,00
ICMS a Recuperar...................................3.000
PIS a Recuperar.........................................363
COFINS a Recuperar................................1.672
a Caixa/Duplicatas a Pagar...................................22.000
O IPI não é recuperável, sendo assim, o PIS e a COFINS incidirão sobre o “valor da mercadoria” que para esse tipo
de empresa, é valor da mercadoria destacada na nota somado ao IPI. Assim tais tributos incidirão sobre o valor do
IPI.
Se a compradora não fosse optante do lucro real, não poderia recuperar e PIS e a COFINS e o lançamento ficaria assim:
Estoque de Mercadorias......................19.000,00
ICMS a Recuperar..................................3.000,00
a Caixa/Duplicatas a Pagar...................................22.000
Exemplo 3
Mesmo fato contábil, porém sendo um comércio optante do Lucro Real adquirindo, para a revenda, mercadoria de
outro comércio:
Móveis e utensílios 20.000
ICMS já incluído no preço da operação 20% (3000)
PIS (330)
COFINS (1.520)
Total de Nota Fiscal 20.000
Lançamento da compradora:
Diversos
Estoque de Mercadorias.........................15.150
ICMS a Recuperar......................................3.000
PIS a Recuperar............................................330
COFINS a Recuperar..................................1.520
A Caixa/Duplicatas a Pagar..............................20.000
Se a compradora não fosse optante do lucro real, não poderia recuperar e PIS e a COFINS e o lançamento ficaria assim:
Diversos
Estoque de Mercadorias......................17.000
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ICMS a Recuperar...................................3.000
A Caixa/Duplicatas a Pagar..............................20.000
Exemplo: Uma empresa industrial contribuinte do Imposto de Renda pelo Lucro Real adquire matéria prima de um
comércio pelo valor de 20.000, com 15% de ICMS.
Após perceber uma inadequação da matéria prima adquirida a empresa devolveu 50% do lote comprado.
1) Inventário permanente
Caixa/Duplicatas a Pagar.......................10.000
a Diversos
a Estoque de Mercadoria.................................8.500
a ICMS a Recolher............................................1.500
2) Inventário periódico conta mista
Caixa/Duplicatas a Pagar.......................10.000
a Diversos
a Mercadorias (função mista).........................8.500
a ICMS a Recolher...........................................1.500
3) Inventário periódico conta desdobrada
Caixa/Duplicatas a Pagar.......................10.000
a Diversos
a Devolução de Compras.......................8.500
a ICMS a Recolher...................................1.500
Se o frete dessa compra foi suportado pela empresa e não há possibilidade de restituição na devolução, o
montante proporcional ao valor devolvido deverá ser excluído do estoque e lançado como despesa operacional
com o seguinte lançamento:
D - Despesa de Frete (Resultado)
C - Estoque de Mercadorias (Ativo Circulante)
Exemplo: Uma empresa comercial contribuinte do Imposto de Renda pelo Lucro Real compra bens mercadorias de
uma indústria para revenda no valor de 20.000 com desconto de 20%. Sobre a operação incidiram 10% IPI e 15% de
ICMS, PIS e COFINS
Valor da Mercadoria:........20.000
Desconto incondicional:..(4.000)
IPI ......................................2.000
ICMS...................................2.400
PIS (1,65% de 18.000)............297
COFINS (7,6% de 18.000)......1.368
Valor da nota fiscal............18.000
CL........................................13.935
Vejamos agora o lançamento:
Diversos
Estoque de Mercadorias...................... 13.935
ICMS a Recuperar..................................2.400
PIS a Recuperar.........................................297
COFINS a Recuperar..............................1.368
a Caixa/Duplicatas a Pagar.............................. 18.000
Porém, para que fique destacado o desconto, é mais apropriado que o lançamento seja assim feito:
Diversos
Estoque de Mercadorias....................15.935
ICMS a Recuperar..................................2.400
PIS a Recuperar.........................................297
COFINS a Recuperar...............................1.368
a Desconto incondicional...................2.000
a Caixa/Duplicatas a Pagar.............................. 18.000
7. Vendas
Pelo fato de integrarem o valor da mercadoria, produto ou serviço vendido, eles integrarão o que contabilmente
se chama de Receita Bruta, que nada mais é do que a soma do valor das mercadorias, produtos ou serviços vendidos,
já que tais tributos estão inseridos nesse valor.
Como é calculado por fora, o IPI não integra o valor da mercadoria e, consequentemente, também não integra a
Receita Bruta, não sendo por isso considerado uma dedução da receita. Quando esse tributo é recebido pela empresa
vendedora junto com o valor do produto, a soma desses recursos formará o Faturamento Bruto (Receita Bruta + IPI).
O tratamento contábil dado a estes tributos no momento do lançamento de cada venda é o de despesa.
PIS: 130
COFINS: 600
Valor da nota: 20.000
CMV: 10.000
Lançamento:
Caixa/Clientes
a Receita de Vendas.........20.000
ICMS sobre Vendas
a ICMS a Recolher................4.000
PIS sobre Vendas
a PIS a Recolher........................130
COFINS sobre Vendas
a COFINS a Recolher.................600
CMV
a Estoque de Mercadorias.....10.000
Poder-se-ia listar ainda todas as contas devedoras e depois todas as contas credoras:
Diversos
a Diversos
Caixa/Clientes.............20.000
ICMS sobre Vendas......4.000
PIS sobre Vendas............130
COFINS sobre Vendas....700
CMV.............................10.000
a Receita de Vendas...............20.000
a ICMS a Recolher....................4.000
a PIS a Recolher..........................130
a COFINS a Recolher...................600
a Estoque de Mercadorias.......10.000
O lançamento ainda poderia ser feito da seguinte forma, sendo as anteriores tecnicamente mais aconselháveis:
Caixa/Clientes
a Receita de Vendas..........20.000
Tributos sobre Vendas........2.365
a Diversos
a ICMS a Recolher................2.000
a PIS a Recolher.......................130
a COFINS a Recolher...............600
CMV
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a Estoque de Mercadorias.....10.000
O lançamento ainda poderia ser feito segregando todos os lançamentos devedores e após todos os credores.
Exemplo 2:
Uma indústria vende matéria prima para outra indústria no valor de 20.000, com uma saída de estoque no valor
de 12.000. Sobre tal operação incidiram os seguintes tributos: IPI 10%, ICMS 20%, PIS 0,65% e COFINS 3%.
Dados:
Mercadoria: 20.000
IPI: 2.000
ICMS: 4.000
PIS: 130
COFINS: 600
Valor da nota: 22.000
CMV: 12.000
Lançamento:
Caixa/Clientes
a Faturamento Bruto...........................22.000
IPI sobre vendas
a IPI a Recolher..................................2.000
ICMS sobre Vendas
a ICMS a Recolher....................4.000
PIS sobre Vendas
a PIS a Recolher...........................130
COFINS sobre Vendas
a COFINS a Recolher....................600
CMV
a Estoque de Matéria Prima.....12.000
Ou ainda dessa forma:
Caixa ou Clientes.......................22.000
a Diversos
a Receita de Vendas...................20.000
a IPI a Recolher............................2.000
ICMS sobre Vendas
a ICMS a Recolher................4.000
PIS sobre Vendas
a PIS a Recolher........................130
COFINS sobre Vendas
a COFINS a Recolher.................600
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a Estoque de Matéria Prima.....12.000
Exemplo 3:
Operações com incidência ISS
Exemplo: prestação de serviços no valor de 1000 com a incidência de ISS de 5% de ISS
Lançamento feito pelo Prestador de serviços:
Caixa ou clientes
a Receita de vendas........................................................1000
ISS sobre Serviços
a ISS a Pagar......................................................................50
Exemplo:
Uma empresa comercial vende a vista mercadorias pelo valor de 20.000 obtendo lucro de 100%, com ICMS 20%.
Após houve a devolução de 30% por parte do comprador.
Lançamento no momento da venda:
Caixa
a Receita de vendas..................................20.000
CMV
a Estoque ........................................................10.000
Após, em função devolução o lançamento assim ficará feito:
Devolução de Vendas
a Caixa/Clientes....................6.000
ICMS a Recuperar
a ICMS sobre Vendas................1.200
Estoque
a CMV.......................................3.000
Usando ainda o exemplo acima, imagine ao invés de devolver os 30% da mercadoria o cliente resolveu ficar com
ela desde que recebesse um abatimento de 10% sobre o valor da mercadoria, o lançamento seria como se segue:
Abatimento sobre vendas
a Caixa/Clientes....................2.000
Exemplo:
Uma empresa comercial vende mercadoria para empresa comercia no valor de 20.000 com saída de estoque no
valor de 12.000. Para concretizar tal operação a vendedora concedeu um desconto comercial de 10% sobre o valor do
produto. Sobre tal operação incidiram os seguintes tributos: ICMS 20%,
Dados:
Mercadoria: 20.000
Desconto: 2.000
ICMS: 3.600
Valor da nota: 18.000
CMV: 12.000
Lançamento:
Caixa/Clientes...............................................18.000
Descontos Incondicionais Concedidos...2.000
a Receita de Vendas..............................................20.000
ICMS sobre Vendas
a ICMS a Recolher....................................................3.600
CMV
a Estoque de Mercadorias.....................................12.000
= Receita Líquida........................13.743
(-) CMV........................................(12.000) .
Lucro Bruto = RCM.........................1.743
9. Apuração dos tributos recuperáveis
Os tributos não cumulativos são, em regra, recuperados na compra e devidos na venda. Para os registro do tributos
pode-se utilizar duas formas:
1) Conta única (conta corrente tributo)
Seu processo de apuração é pela compensação, ou seja, compensa-se a obrigação gerada na venda com o direito
gerado na compra e o saldo:
1) Se tiver natureza credora será pago no vencimento.
Isso ocorre principalmente quando as vendas são realizadas em valor maior que as compras. É o mais recorrente, afinal
em regra o preço de compra é maior que o preço da venda.
1) Se tiver natureza devedora será compensado no período de apuração seguinte
Isso ocorre principalmente quando as compras são realizadas em valor maior que as vendas. Não é comum, já que,
em regra, o preço de compra é maior que o preço da venda.
Exemplo prático
Compra de 100 unidade a 50 cada uma com incidência de ICMS a 20%
Venda das 100 unidades por 100 cada, 50% a vista, com incidência de ICMS a 20%.
COMPRA:
D – Estoque de Mercadorias 4.000
D – ICMS a recuperar.......................1.000
C – Caixa/BCM/Fornecedores.....................5.000
VENDA
D - Caixa...........................................5.000
D - Clientes.......................................5.000
C - Receita de Vendas 10.000
D - ICMS sobre vendas
C - ICMS a recolher...............................2.000
D – CMV
C – Estoques de Mercadoria....................5.000
Apuração do ICMS devido
Na apuração deve-se transportar o saldo da conta com valor menor para a conta com valor maior para a devida
apuração.
Nesse exemplo, o saldo de ICMS a recolher (obrigação) é maior que do ICMS a recuperar (direito). Assim, por
intermédio do método das partidas dobradas, credita-se a conta ICMS a Recuperar e debita-se a conta ICMS a
Recolher.
D – ICMS a Recolher
C – ICMS a Recuperar............................1.000
Assim, a conta ICMS a Recuperar fica com seu saldo zerado e a conta ICMS a Recolher fica com saldo de 1.000, valor
que deverá ser recolhido (pago) ao fisco em momento oportuno.
Atenção para as seguinte observações sobre a conta ICMS a Recuperar:
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Essa conta não conterá o lançamento do ICMS incidente sobre aquisição de mercadorias ou serviços
alheios à atividade do estabelecimento
Essa conta não conterá o lançamento relativo à utilização de serviços resultantes de operações ou
prestações isentas ou não tributadas
Essa conta relativamente aos créditos decorrentes de entrada de mercadorias destinadas ao ativo
permanente da empresa, a apropriação será feita, como regra, à razão de um quarenta e oito avos
por mês, devendo a primeira fração ser apropriada no mês em que ocorrer a entrada no
estabelecimento.
O direito à utilização do saldo positivo da referida conta, para efeito de compensação com débito do
imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham
sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o caso, à
escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação.
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