CPC Estoq
CPC Estoq
CPC Estoq
§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei nº 11.941,
de 2009)
a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam ser repostos,
mediante compra no mercado;
b) dos bens ou direitos destinados à venda, o preço líquido de realização mediante venda no
mercado, deduzidos os impostos e demais despesas necessárias para a venda, e a margem de lucro;
Objetivo
1. O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer o tratamento contábil para os estoques. A questão
fundamental na contabilização dos estoques é quanto ao valor do custo a ser reconhecido como ativo e
mantido nos registros até que as respectivas receitas sejam reconhecidas. Este Pronunciamento
proporciona orientação sobre a determinação do valor de custo dos estoques e sobre o seu
subsequente reconhecimento como despesa em resultado, incluindo qualquer redução ao valor
realizável líquido. Também proporciona orientação sobre o método e os critérios usados para atribuir
custos aos estoques.
Definições
Os seguintes termos são usados neste Pronunciamento, com os significados especificados:
Estoques são ativos:
(a) mantidos para venda no curso normal dos negócios;
(b) em processo de produção para venda; ou
(c) na forma de materiais ou suprimentos a serem consumidos ou transformados no processo de
produção ou na prestação de serviços.
Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência
de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.
(Alterada pela Revisão CPC 03)
O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda
do estoque no curso normal dos negócios. O valor justo reflete o preço pelo qual uma transação
ordenada para a venda do mesmo estoque no mercado principal (ou mais vantajoso) para esse
estoque ocorreria entre participantes do mercado na data de mensuração. O primeiro é um
valor específico para a entidade, ao passo que o segundo já não é. Por isso, o valor realizável
líquido dos estoques pode não ser equivalente ao valor justo deduzido dos gastos
necessários para a respectiva venda. (Alterado pela Revisão CPC 03)
Os estoques compreendem bens adquiridos e destinados à venda, incluindo, por exemplo, mercadorias
compradas por um varejista para revenda ou terrenos e outros imóveis para revenda. Os estoques
também compreendem produtos acabados e produtos em processo de produção pela entidade e
incluem matérias-primas e materiais aguardando utilização no processo de produção, tais como:
componentes, embalagens e material de consumo.
Mensuração de estoque
Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor
realizável líquido, dos dois o menor.
Custos do estoque
O valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem
como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
Custo de aquisição
O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e
outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro,
manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços.
Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinação
do custo de aquisição.
Capacidade normal
A capacidade normal é a produção média que se espera atingir ao longo de vários períodos em
circunstâncias normais; com isso, leva-se em consideração, para a determinação dessa capacidade
normal, a parcela da capacidade total não utilizada por causa de manutenção preventiva, de férias
coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade.
Outros custos
Outros custos que não de aquisição nem de transformação devem ser incluídos nos custos dos
estoques somente na medida em que sejam incorridos para colocar os estoques no seu local e na sua
condição atuais. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no custo dos estoques gastos gerais que não
sejam de produção ou os custos de desenho de produtos para clientes específicos.
Exemplos de itens não-incluídos no custo dos estoques e reconhecidos como despesa do período em
que são incorridos:
ENCARGOS FINANCEIROS
A entidade geralmente compra estoques com condição para pagamento a prazo. A negociação pode
efetivamente conter um elemento de financiamento, como, por exemplo, uma diferença entre o preço
de aquisição em condição normal de pagamento e o valor pago; essa diferença deve ser reconhecida
como despesa de juros durante o período do financiamento.
O custo dos estoques, que não sejam da forma anterior, deve ser atribuído pelo uso do critério
Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair (PEPS) ou pelo critério do custo médio ponderado. A
entidade deve usar o mesmo critério de custeio para todos os estoques que tenham natureza e uso
semelhantes para a entidade. Para os estoques que tenham outra natureza ou uso, podem justificar-se
diferentes critérios de valoração.
O critério PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) pressupõe que os itens de estoque que foram
comprados ou produzidos primeiro sejam vendidos em primeiro lugar e, consequentemente, os itens
que permanecerem em estoque no fim do período sejam os mais recentemente comprados ou
produzidos. Pelo critério do custo médio ponderado, o custo de cada item é determinado a partir da
média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um período e do custo dos mesmos
itens comprados ou produzidos durante o período. A média pode ser determinada em base periódica
ou à medida que cada lote seja recebido, dependendo das circunstâncias da entidade.
a) O preço de venda; Imposto de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco);
Custos de transporte; Seguro; Manuseio; e, outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços.
b) O preço de compra; Impostos de importação e outros tributos recuperáveis junto ao fisco; Custos
de transporte; Seguro; Manuseio; e, outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados,
materiais e serviços.
c) O preço de compra; Impostos de importação e outros tributos recuperáveis junto ao fisco; Custos de
transporte; Seguro; Manuseio; e, outras despesas realizadas pelo comprador, materiais e serviços.
d) O preço de compra; Tributo de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco);
Custos de transporte; Seguro; Manuseio; e, outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos
acabados, materiais e serviços.
03. Todos os gastos a seguir compõem os custos de produção e devem compor os estoques de
produtos acabados, exceto:
a) aluguel da fábrica;
b) ajuste dos estoques ao valor realizável líquido;
c) frete sobre compra de matéria-‐prima;
d) custos fixos alocados com base na capacidade normal;
e) salários do pessoal da administração.
a) Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos
custos estimados para sua conclusão e dos gastos estimados necessários para se concretizar a venda.
b) Valor justo é aquele pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo liquidado entre partes
interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com ausência de fatores que
pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.
c) O valor realizável líquido refere-se à quantia líquida que a entidade espera realizar com a venda do
estoque no curso normal dos negócios.
d) O valor justo reflete a quantia pela qual o mesmo estoque pode ser trocado entre compradores e
vendedores conhecedores e dispostos a isso.
e) O valor justo é um valor específico para a entidade, ao passo que o valor realizável líquido não é.
Por nisso, o valor realizável líquido dos estoques podem não ser equivalente ao valor justo deduzido
dos gastos necessários para a respectiva venda.
O Conselho Federal de Contabilidade - CFC aprovou a Resolução NBC T 19.20, relativa a Estoques,
para entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010. Referida resolução leciona que:
a) o valor de custo do estoque deve incluir todos os custos de aquisição e de transformação, bem
como outros custos incorridos para trazer os estoques à sua condição e localização atuais.
b) os estoques, objeto desta Norma, devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor
realizável líquido, dos dois o menor.
c) o custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os impostos de importação e
outros tributos, os custos de transporte, seguro, manuseio e outros, deduzido de descontos comerciais,
abatimentos e outros itens semelhantes.
d) o custo dos estoques que não possa ser avaliado pelo valor específico, deve ser atribuído pelo uso
do critério primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS), último a entrar, primeiro a sair (UEPS) ou pelo
critério do custo médio ponderado.
e) Os custos de transformação de estoques incluem os custos diretamente relacionados com as
unidades produzidas e a alocação sistemática de custos indiretos de produção, que sejam incorridos
para transformar os materiais em produtos acabados.
(A) capacidade total instalada da entidade para produzir, sem considerar as necessidades de
manutenção preventiva e de férias coletivas que podem ser aplicadas ou não.
(B) média que se espera atingir ao longo de vários períodos em condições normais, considerando as
necessidades de manutenção preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes
considerados normais para a entidade.
(C) menor produção obtida no último ano de produção, estabelecendo-se assim um padrão de
referência para a entidade.
(D) maior produção obtida nos últimos doze meses desconsiderando, caso haja, os meses que a
entidade atinja a capacidade instalada total, considerando as necessidades de manutenção preventiva,
de férias coletivas e de outros eventos semelhantes.
(E) capacidade total instalada da entidade para produzir considerando as necessidades de manutenção
preventiva, de férias coletivas e de outros eventos semelhantes considerados normais para a entidade.
10. Uma sociedade empresária mantém no seu estoque de mercadorias para revenda três tipos de
mercadorias: I, II e III. O valor total do custo de aquisição, preço de vendas e gastos com vendas, em
31.12.2010, estão detalhados a seguir:
a) R$1.693,00.
b) R$1.753,00.
c) R$1.845,00.
d) R$1.936,00.
11. (ESAF/2010) Ao fim do exercício social, a empresa Mel & Doces Ltda., ao inventariar três dos
seus produtos para venda, apurou a seguinte situação em quantidades e custos de aquisição:
Item ALFA = 500 unidades ao custo unitário de R$ 3,00;
Item BETA = 100 unidades ao custo unitário de R$ 12,00;
Item ZETA = 300 unidades ao custo unitário de R$ 20,00.
As despesas estimadas com a venda equivalem a 10% do preço de custo. O preço de venda em vigor
no dia do balanço era o seguinte: R$ 3,50 para o item ALFA; R$ 10,00 para o item BETA e R$ 20,00
Em face da situação descrita, após registrar os ajustes e provisões necessárias ao cumprimento das
normas, a empresa levará a balanço, como saldo representativo desses três estoques, o valor de
a) R$ 7.780,00
b) R$ 7.880,00
c) R$ 8.500,00
d) R$ 8.750,00
e) R$ 8.700,00