06 - Empreendedorismo Governamental
06 - Empreendedorismo Governamental
06 - Empreendedorismo Governamental
PDF
Câmara dos Deputados (Analista
Legislativo - Técnica Legislativa)
Administração Pública - 2023 (Pós-Edital)
Autor:
Stefan Fantini
03 de Setembro de 2023
Índice
1) Empreendedorismo Governamental
..............................................................................................................................................................................................3
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 2
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Para tirar dúvidas e ter acesso a dicas e conteúdos gratuitos, siga meu Instagram, se inscreva no
meu Canal no YouTube e participe do meu canal no TELEGRAM:
@prof.stefan.fantini
https://www.instagram.com/prof.stefan.fantini
Stefan Fantini
https://www.youtube.com/channel/UCptbQWFe4xIyYBcMG-PNNrQ
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 3
www.estrategiaconcursos.com.br 91
t.me/admconcursos
Os canais foram feitos especialmente para você! Então, será um enorme prazer contar com a sua
presença nos nossos canais! ☺
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 4
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Sumário
Empreendedorismo.................................................................................................................... 5
1 – O que é Empreendedorismo?...................................................................................................... 5
2 – O Empreendedor ......................................................................................................................... 7
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 5
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 6
www.estrategiaconcursos.com.br 91
EMPREENDEDORISMO
1 – O que é Empreendedorismo?
“O empreendedorismo pode ser compreendido como a arte de fazer acontecer com criatividade
e motivação. Consiste no prazer de realizar com sinergismo e inovação qualquer projeto pessoal
ou organizacional, em desafio permanente às oportunidades e riscos. É assumir um
comportamento proativo diante de questões que precisam ser resolvidas. O empreendedorismo é
o despertar do indivíduo para o aproveitamento integral de suas potencialidades racionais e
intuitivas. É a busca do auto-conhecimento em processo de aprendizado permanente, em atitude
de abertura para novas experiências e novos paradigmas.” 4
Para Hisrich et al, o empreendedorismo “exige ação, uma ação empreendedora por meio da
criação de novos produtos/processos e/ou da entrada em novos mercados, que pode ocorrer por
meio de uma organização recém-criada ou dentro de uma organização estabelecida.” 5
1
CANDIDO, Claudio Roberto. Organização Claudio Roberto Candido, Patrícia Patrício. Empreendedorismo – uma perspectiva
multidisciplinar. / 1ª edição. Rio de Janeiro, LTC: 2016.
2
FILION, Louis Jacques. Um roteiro para desenvolver o empreendedorismo em um país. / Montréal.
3
FIRMINO, Denilson Santos, DANTAS, Severino Ranielson Cunha, SANTOS, Rafael Olegário, GOMES, Edna Fagna Trindade. X
Congresso Nacional de Excelência em Gestão. Universidade Federal da Paraíba: 2014. p. 3.
4
BAGGIO, Adelar Francisco. BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo: conceitos e definições. / v.1, n.1. Rev. de
Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia: 2014. p.26
5
HISRICH, Robert D., PETERS, Michael P., SHEPHERD, Dean A. Empreendedorismo. Tradução: Francisco Araújo da Costa / 9ª
edição. Porto Alegre, Bookman: 2014. p.6
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 7
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Dornelas7 ainda destaca que o empreendedorismo pode ser visualizado sobre 02 ângulos:
6
GEM 2003 – Global Entrepreneurship Monitor 2003. Relatório Executivo - Empreendedorismo no Brasil 2003. Curitiba: IBPQ,
2003. p.5
7
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. / 3ª edição. Rio de Janeiro, Elsevier:
2008. pp.18-19
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 8
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Com relação ao conceito de empreendedorismo, trata-se do processo de criar algo novo com valor,
dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos correspondentes, e recebendo as
consequentes recompensas.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
2 – O Empreendedor
Antes de tudo, você precisa saber que “empreendedor” não é a mesma coisa que “empresário”.
O empresário é aquele indivíduo que, por alguma razão, alcançou a posição de “dono da empresa”.
O empreendedor, por sua vez, é aquele indivíduo que busca novos horizontes, novas ideias e
novas oportunidades. O empreendedor é aquele que “faz acontecer”.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 9
www.estrategiaconcursos.com.br 91
ou uma empresa, seja ela formalizada ou não, bem como a expansão de um negócio já
existente.”8
Para Filion, “o empreendedor é uma pessoa criativa, marcada pela capacidade de estabelecer e
atingir objetivos e que mantém alto nível de consciência do ambiente em que vive, usando-a para
detectar oportunidades de negócios. Um empreendedor que continua a aprender a respeito de
possíveis oportunidades de negócios e a tomar decisões moderadamente arriscadas que
objetivam a inovação, continuará a desempenhar um papel empreendedor. Um empreendedor é
uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões.” 9
Chiavenato, ao seu turno, explica que o “empreendedor é a pessoa que inicia e/ou dinamiza um
negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e
inovando continuamente.” De acordo com o autor, o empreendedor consegue fazer as coisas
acontecerem por possuir a “sensibilidade” para os negócios, tino financeiro e capacidade de
identificar e aproveitar oportunidades (oportunidades essas que, nem sempre, estão claras e
definidas).10
O empreendedor é aquele indivíduo que sonha e que buscar transformar o seu sonho em
realidade. São os empreendedores que dão vida ao empreendedorismo.
Vale dizer que o indivíduo empreendedor não nasce “pronto”. Ou seja, através de diversas
inciativas de “educação empreendedora”, pode-se estimular e aprimorar as habilidades das
pessoas para que elas se tornem aptas ao “processo empreendedor” e transformem-se em
empreendedores.
Contudo, cabe ressaltar que alguns autores destacam, também, a existência da figura do
“empreendedor nato” (empreendedor inato), ou seja, um indivíduo que já “nasceu” com as
características de um empreendedor. Isto é, um indivíduo que detém, de forma “natural” (de
nascença), intuição, sensibilidade e ideias inovadoras.
8 GEM 2017 – Global Entrepreneurship Monitor 2017. Relatório Executivo - Empreendedorismo no Brasil 2017. Curitiba: IBPQ, 2017. p.6
9 FILION, Louis Jacques. Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Tradução: Maria Letícia Galizi
e Paulo Luz Moreira. / v.34, n.2. São Paulo, Revista de Administração: 1999. p.19
10 CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. / 4ª edição. Barueri, Manole: 2012. p.3 e p.8
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 10
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Isso mesmo! De fato, existem aqueles indivíduos que são “empreendedores natos”. Contudo, o
indivíduo também pode “aprender” a ser empreendedor.
Gabarito: correta.
-Sua abordagem geral para realizar a visão é clara, embora os detalhes sejam incompletos,
flexíveis e que emergem com a prática
-Os empreendedores assumem a responsabilidade inicial, a qual permite que sua visão
venha a ser um sucesso
11 CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. / 4ª edição. Barueri, Manole: 2012. p.10
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 11
www.estrategiaconcursos.com.br 91
-Responsabilidade individual
-Aptidões de organização
Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume diversos riscos para iniciar ou
manter seu próprio negócio (por exemplo: riscos financeiros, riscos psicológicos, riscos
familiares, etc.). Os empreendedores preferem situações arriscadas até o ponto em que
eles podem exercer determinado tipo de “controle pessoal” sobre o resultado (ou seja, não
gostam de depender da “sorte” ou do “acaso”.)
Autoconfiança: um indivíduo que possui auto confiança sente que pode enfrentar os
desafios e que tem domínio sobre os problemas que enfrenta. Os empreendedores de
sucesso são pessoas independentes, que percebem os problemas inerentes a um novo
negócio, mas acreditam em suas habilidades pessoais para superar tais desafios.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 12
www.estrategiaconcursos.com.br 91
I. Necessidade de realização.
III. Autoconfiança.
V. Experiência.
Comentários:
Necessidade de realização
Disposição para assumir riscos
Autoconfiança
O gabarito é a letra A.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 13
www.estrategiaconcursos.com.br 91
3 – Processo Empreendedor
Determinar e
Identificar e avaliar Desenvolver o Administrar a
captar os recursos
a oportunidade plano de negócios empresa criada
necessários
Comentários:
13
DORNELAS, José. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. / 7ª edição. São Paulo, Empreende: 2018. p.33
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 14
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Nada disso!
Gabarito: errada.
O empreendedor deve ser capaz de dar forma a projetos a partir de ideias, que são aprimoradas
em um processo que implica o desenvolvimento do modelo de negócio, além de estimar e captar
recursos.
Comentários:
Isso mesmo! A assertiva mencionou, corretamente, duas das fases do processo empreendedor
(“desenvolvimento do modelo/plano de negócio” e “estimar e captar recursos”).
Gabarito: correta.
EMPREENDEDORISMO CORPORATIVO
(INTRAEMPREENDEDORISMO)
O empreendedorismo é importante tanto para a criação de novas organizações quanto para a
manutenção das organizações que já existem. Isso, pois, as organizações já existentes precisam
sempre buscar melhorar seus produtos e serviços, por meio de alternativas inovadoras, com o
objetivo de “sobreviver” a longo prazo no mercado.
O intraempreendedor é aquele indivíduo que atua em sua organização (atua em uma organização
já existente), buscando novas maneiras de fazer as coisas, com o objetivo de melhorar a
qualidade, aumentar a produtividade e reduzir os custos e esforços.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 15
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Gabarito: correta.
14 HISRICH, Robert D., PETERS, Michael P., SHEPHERD, Dean A. Empreendedorismo. Tradução: Francisco Araújo da Costa. / 9ª edição. Porto
Alegre, AMGH: 2014. p.29
15 AFFONSO, Ligia Maria Fonseca, RUWER, Léia Maria Erlich, GIACOMELLI, Giancarlo. Empreendedorismo. / Porto Alegre, SAGAH: 2018. p.99
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 16
www.estrategiaconcursos.com.br 91
a) a propensão que os funcionários de uma empresa têm para agir de forma empreendedora.
Comentários:
O gabarito é a letra A.
EMPREENDEDORISMO SOCIAL
O empreendedorismo social também acontece dentro das organizações e é aplicado tanto em
organizações sem fins lucrativos (como as ONGs) quanto em organizações privadas com fins
lucrativo e também em organizações públicas.
De acordo com Oliveira, “o empreendedorismo social tem como função suprimir alguns dos
problemas sociais específicos encontrados na comunidade, sendo assim, ações assistencialistas e
caritativas não se enquadrariam nesse termo, pois elas servem como subsídios momentâneos em
situações de tragédias, crises sociais e ambientais, mas raramente eliminam problemas sociais
pertinentes, ou seja, não fortalecem as pessoas para mudarem seus cenários.”16
O empreendedorismo social tem como objetivo produzir bens e serviços para a comunidade,
buscar soluções para problemas sociais e recuperar pessoas em situação de risco social,
resultando em impacto social na sociedade.
16 OLIVEIRA, Inara Rezende, CAMARGO, Mário Lázaro, FEIJÓ, Marianne Ramos, CAMPOS, Dinael Corrêa de, JÚNIOR, Edward Goulart.
Empreendedorismo social, pós-modernidade e psicologia: compreendendo conceitos, atuações e contextos. / v.9, n.2. Bauru, Revista
Interinstitucional de Psicologia: 2016. p.301
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 17
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Para Oliveira17, o empreendedorismo social é “uma ação inovadora voltada para o campo social
cujo processo se inicia com a observação de determinada situação-problema local, para a qual se
procura, em seguida, elaborar uma alternativa de enfrentamento.”
1 - Negócio Social
Segundo Kotler19, o “negócio social é uma expressão criada por Muhammad Yunus para descrever
um empreendimento que gera lucros e, ao mesmo tempo, causa impacto na sociedade em que
atua. Não é uma ONG nem uma fundação filantrópica. Um negócio social é desenvolvido com um
propósito social em mente desde seu nascimento. Mas também é possível transformar uma
empresa estabelecida em um negócio social. O fator básico que determina se uma empresa é um
negócio social será o fato de o objetivo social ser maior do que o objetivo de negócio e se refletir
claramente em suas decisões.”
Ou seja, o negócio social é um empreendimento (uma organização) que gera lucro e, ao mesmo
tempo, busca causar impactos positivos na sociedade. Ou seja, são organizações que, além do
lucro, também geram impactos sociais. O objetivo maior do negócio social é gerar soluções para
reduzir as demandas sociais. Portanto, a característica principal que irá determinar se uma
organização é ou não um negócio social, é o fato de o objetivo social ser maior do que o objetivo
de negócio (e isso deve refletir claramente nas decisões da organização).
Conforme Kotler20 explica, “em primeiro lugar, um negócio social estende a renda disponível
oferecendo bens e serviços a preços mais baixos. Em segundo, expande a renda disponível ao
fornecer bens e serviços antes não disponíveis para a base da pirâmide. E em terceiro, aumenta a
renda disponível aumentando o nível de atividade econômica da sociedade subatendida.”
17OLIVEIRA, Edson Marques. Empreendedorismo social no Brasil: atual configuração, perspectivas e desafios – notas introdutórias. / v.7, n.2.
Curitiba, Rev. FAE: 2004. p.15
18 SILVA, Maria de Fátima, MOURA, Laysce Rocha de, JUNQUEIRA, Luciano Antonio Prates. As interfaces entre empreendedorismo social, negócios sociais e
redes sociais no campo social. / v.17, n.42. Revista de Ciências da Administração: 2015. p.125
19 KOTLER, Philip, KARTAJAYA, Hermawan, SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 18
www.estrategiaconcursos.com.br 91
ESQUEMATIZANDO!
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso! O empreendedorismo social é aplicado tanto em organizações sem fins lucrativos
(como as ONGs) quanto em organizações privadas com fins lucrativo e também em organizações
públicas.
Gabarito: errada.
21
SILVA, Paulo Cezar Ribeiro da. Práticas Sustentáveis de Empreendedorismo Social. / Espírito Santo, Conselho Regional de Administração do Espírito Santo:
2018.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 19
www.estrategiaconcursos.com.br 91
EMPREENDEDORISMO GOVERNAMENTAL
O empreendedorismo existe tanto nas organizações privadas, quanto nas organizações públicas.
A principal referência que temos ao estudar esse assunto é a obra “Reinventando o Governo”, de
David Osborne e Ted Gaebler. A ideia de “reinventar o governo” surgiu nos Estados Unidos,
baseado na busca de tornar os governos mais transparentes e eficientes na utilização de recursos
públicos, bem como mais eficazes no resultado de suas ações.
22
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública. / 5ª edição. São Paulo, MÉTODO: 2016. p.287
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 20
www.estrategiaconcursos.com.br 91
O governo empreendedor não pretende controlar a economia, não pretende possuir empresas e
não pretende concentrar-se no “fazer” em ampla escala. O que o governo empreendedor
pretende é estimular a ação e a parceria da sociedade.23
Ou seja, governo empreendedor não significa “criar empresas públicas” (Estatais) para vender
produtos ou serviços, nem “controlar a economia” e nem tem foco exclusivo na “geração de
lucro”. Governo empreendedor significa aproveitar os recursos disponíveis da melhor maneira
possível, através de formas inovadoras, em busca de satisfazer as necessidades dos cidadãos.
PEGADINHA!
Em outras palavras, o governo empreendedor envida esforços para que a sociedade (iniciativa
privada), forneça os serviços e produtos demandados por ela mesma (demandados pela própria
sociedade).
23
OSBORNE e GAEBLER (1995) apud MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. 5ª edição. São Paulo,
Atlas: 2016.
24
OSBORNE e GAEBLER (1994) apud MACHADO, Geraldo, PINHO, Antonio, SOUZA, Celina, PASSOS, Elizete, VALENTE, Arnoldo.
Gestão pública: desafios e perspectivas. / , Fundação Luís Eduardo Magalhães. Salvador, FLEM: 2001.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 21
www.estrategiaconcursos.com.br 91
De acordo com Paludo26, “os governos empreendedores devem ser continuamente avaliados,
principalmente pela sociedade, a fim de readequar seus planos, suas estratégias, e seus objetivos
e metas - de acordo com a aprovação/reprovação da sociedade -, para que persigam sempre o
melhor resultado possível, orientado pelas necessidades dos cidadãos.”
Ou seja, para que haja excelência nos serviços oferecidos, a gestão pública empreendedora deve
ser avaliada continuamente pela sociedade em relação às suas estratégias, metas, planos e
objetivos.
Conforme explica José Pereira27, “o esforço para criar uma cultura empreendedora na
Administração Pública é um fator-chave para a elevação da gestão pública no Brasil, em termos de
resultados e qualidade dos serviços públicos ofertados”. A ideia é que o setor público deve ter
excelência, sem deixar de ser público.
Conforme explicam Osborne e Gaebler, o governo empreendedor não significa “mais governo”
(Estado Máximo) e nem “menos governo” (Estado Mínimo). O que se busca, é um “melhor
governo”. 28
25 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. / 32ª edição. Rio de Janeiro, Forense: 2019
26 PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública. / 5ª edição. São Paulo, MÉTODO: 2016. p.291
27 JOSÉ PEREIRA (2008) apud PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.328
28 OSBORNE e GAEBLER (1994) apud ABRUCIO. Fernando Luiz. O impacto do modelo gerencial na Administração Pública: um breve estudo
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 22
www.estrategiaconcursos.com.br 91
problemas sociais, mesmo que para isso tenham que assumir alguns riscos
calculados”.29
LEITURA
OBRIGATÓRIA!
Matias-Pereira reúne alguns trechos da obra de Osborne e Gaebler, os quais são bastante
importantes e costumam aparecer nas provas. Vejamos30:
Ao visar a resultados que melhor respondam às demandas dos cidadãos como clientes, a
gestão pública empreendedora é baseada em avaliações contínuas da sociedade para
ajustar suas estratégias, planos e metas, bem como sua ação implementadora.
29
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.330
30
OSBORNE e GAEBLER (1995) apud MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. 5ª edição. São Paulo,
Atlas: 2016.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 23
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Além disso, o governo empreendedor não pretende controlar a economia, nem possuir empresas e
nem concentrar-se no “fazer” em ampla escala, mas sim estimular a ação e a parceria da
sociedade. No governo empreendedor, a maior parte da “execução” é realizada pela iniciativa
privada.
Gabarito: errada.
Osborne e Gaebler elencam algumas características que distinguem o setor público do setor
privado. Vejamos31:
31
OSBORNE e GAEBLER (1994) apud ABRUCIO. Fernando Luiz. O impacto do modelo gerencial na Administração Pública: um breve estudo sobre a experiência
internacional recente. ENAP, 1997.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 24
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Portanto, a atividade governamental é entendida como algo que possui uma natureza específica,
que não pode ser reduzida ao padrão de atuação do setor privado. Estas diferenças implicam,
necessariamente, em procurar “novos caminhos” para o setor público, tornando-o sim mais
empreendedor, mas não transformando-o em uma empresa.32
Osborne e Gaebler propõem 10 princípios básicos para “reinventar o governo”. Ou seja, os autores
destacam 10 princípios básicos de um governo empreendedor33:
Busca a promoção de uma atuação conjunta entre os setores público, privado e voluntário.
Nesse sentido, o papel do governo é de coordenar, regular e fomentar, deixando a maior
parte da “execução” para os demais atores (setor privado e voluntário).
Em outras palavras, o governo deixa de “remar o barco” (executar) para “navegar no barco”.
Dessa forma, o governo consegue ter uma maior flexibilidade e consegue oferecer serviços
com melhor qualidade e maior eficiência, identificando e aproveitando oportunidades.
32
ABRUCIO. Fernando Luiz. O impacto do modelo gerencial na Administração Pública: um breve estudo sobre a experiência
internacional recente. ENAP, 1997.
33
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. pp.329-330
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 25
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Os cidadãos são chamados a participarem das decisões que afetam sua comunidade, bem
como a colaborarem com a fiscalização/controle dos serviços públicos.
competitividade.
Ou seja, ao invés de trabalhar para cumprir as normas, o indivíduo deve trabalhar para
buscar a missão e os objetivos organizacionais, relacionados à eficiente prestação dos
serviços públicos e ao fortalecimento da Entidade perante a sociedade.
Não se deve financiar a “estrutura administrativa”, mas sim a eficiente prestação dos
serviços públicos de qualidade. Ou seja, os indicadores devem ser utilizados para avaliar os
resultados.
O Governo não deve se preocupar apenas com a eficiência (melhor utilização dos recursos /
controle de gastos) e com a eficácia (atingimento dos resultados) mas, especialmente, com
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 26
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Na gestão pública poucas pessoas utilizam o termo cliente, e grande parte das organizações
públicas não sabe quem, de fato, são seus “clientes”. Isso acontece, pois, os órgãos públicos,
via de regra, não obtêm seus recursos diretamente dos clientes (os órgãos públicos recebem
a maior parte de seus recursos do Legislativo e do Executivo). À vista disso, passam a
“ignorar” os seus verdadeiros clientes (os cidadãos).
A prestação do serviço público não deve atender às necessidades da “burocracia”, mas sim
dos clientes do serviço público (dos cidadãos). O foco está no cliente-cidadão (e não na
própria estrutura da máquina pública).
Portanto, a busca de geração de novas receitas deve ser incentivada, pois, assim, o governo
consegue investir e, futuramente, gerar ainda mais receitas.
Além disso, os autores destacam que os serviços públicos que geram benefícios aos
cidadãos podem ser custeados (total ou parcialmente) com a cobrança de “taxas”.
Solucionar problemas (agir reativamente, depois que o problema já ocorreu) tende a ser
mais custoso e tende a apresentar uma baixa efetividade. Portanto, o foco de um governo
empreendedor deve ser o de “prevenir” problemas (agir preventivamente). Ou seja, o
governo deve evitar que os problemas ocorram (intervindo diretamente em suas “origens”).
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 27
www.estrategiaconcursos.com.br 91
O governo transfere a maior parte da “execução” para a iniciativa privada e, sempre que
necessário, fornece incentivos para que o mercado siga na direção que o governo deseja.
A busca por uma atuação governamental orientada a coordenar e harmonizar ações dos agentes
sociais na solução dos problemas coletivos, isentando-se do papel de executor, é uma visão
associada ao seguinte princípio do empreendedorismo governamental:
a) Governo competitivo.
b) Governo preventivo.
e) Governo catalisador.
Comentários:
Trata-se do princípio do governo catalisador, que busca a promoção de uma atuação conjunta
entre os setores público, privado e voluntário. Nesse sentido, o papel do governo é de coordenar,
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 28
www.estrategiaconcursos.com.br 91
regular e fomentar, deixando a maior parte da “execução” para os demais atores (setor privado e
voluntário).
O gabarito é a letra E.
I. Ação catalizadora, promovendo a atuação conjunta dos setores público, privado e voluntário.
a) I e II, apenas.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) I, II e III.
e) II e III, apenas.
Comentários:
A primeira assertiva está correta. De Fato, o “governo catalizador” busca a promoção de uma
atuação conjunta entre os setores público, privado e voluntário. Nesse sentido, o papel do governo
é de coordenar, regular e fomentar, deixando a maior parte da “execução” para os demais atores
(setor privado e voluntário).
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 29
www.estrategiaconcursos.com.br 91
O gabarito é a letra D.
-foco no resultado
-autonomia e responsabilização
-trabalho em rede
-gestão da informação
-transparência
-diálogo público
-avaliação
Comentários:
Isso mesmo!
34
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. (2000). Gestão Pública Empreendedora. Brasília: Secretaria de Gestão:
2000.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 30
www.estrategiaconcursos.com.br 91
-foco no resultado
-autonomia e responsabilização
-construção de boas parcerias
-trabalho em rede
-gestão da informação
-transparência
-diálogo público
-avaliação
Gabarito: correta.
Conforme vimos, a empreendedorismo existe tanto no setor privado quanto no setor público.
Contudo, o setor público apresenta algumas características “próprias”, que a diferem do setor
privado.
Diante disso, existem alguns fatores no setor público que funcionam como verdadeiro obstáculos
às inovações e, portanto, se opõem ao empreendedorismo. Nesse sentido, alguns dos fatores que
devem ser combatidos para que o empreendedorismo possa se desenvolver no setor público são:
-Hierarquia excessiva
-Descontinuidade
-Rotinas
-Burocracia
-Paternalismo
-Práticas patrimonialistas
-Inflexibilidade
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 31
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Alguns dos fatores que devem ser combatidos para que o empreendedorismo possa se
desenvolver no setor público são:
-Hierarquia excessiva
-Descontinuidade
-Rotinas
-Burocracia
-Paternalismo
-Práticas patrimonialistas
-Clientelismo
-Inflexibilidade
O gabarito é a letra A.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 32
www.estrategiaconcursos.com.br 91
“Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas são canais institucionais, plurais, autônomos,
formados por representantes da sociedade civil e do poder público, cuja atribuição é a de propor
diretrizes para as políticas públicas, fiscalizá-las, controlá-las e deliberar sobre elas, sendo órgãos
de gestão pública vinculados à estrutura do Poder Executivo, ao qual cabe garantir a sua
permanência.”35
Por serem constituídos por representantes da sociedade civil e do Estado, os Conselhos não
pertencem a nenhum desses segmentos. Portanto, tanto os representantes da sociedade civil
quanto os representantes do Estado são “corresponsáveis” pelas decisões tomadas.
Os conselhos gestores de políticas públicas são espaços de participação instituídos com o objetivo
de aproximar a sociedade do Estado e influenciá-lo numa atuação segundo demandas sociais.
Assim, devem funcionar como espaço de participação, troca de experiências e fiscalização, onde a
sociedade pode cobrar e colaborar com programas, projetos e ações voltadas à implantação e
efetivação de políticas públicas.37
35
Portal da Transparência do Mato Grosso. Disponível em: http://www.transparencia.mt.gov.br/conselhos-
estaduais-de-politicas-publicas2
36
GOHN, Maria da Glória. Conselhos gestores na política social urbana e participação popular. n. 7. Cadernos Metrópole: 2002.
p.22
37
https://apremavi.org.br/entenda-os-conselhos-gestores-de-politicas-publicas/
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 33
www.estrategiaconcursos.com.br 91
A Accountability societal (ou social) está relacionada ao controle exercido pelas diversas
entidades sociais como associações, sindicados, ONG´s, mídia, as quais investigam e denunciam os
abusos cometidos e cobram responsabilização39.
Esse tipo de controle também tem por objetivo alcançar (e responsabilizar) os gestores públicos
(administradores “burocratas”) e não apenas os governantes/políticos.
Tatagiba explica que “os conselhos gestores de políticas públicas constituem uma das principais
experiências de democracia participativa no Brasil contemporâneo. Presentes na maioria dos
municípios brasileiros, articulados desde o nível federal, cobrindo uma ampla gama de temas como
38
CARNEIRO, Carla B. L. Políticas públicas; coletânea / Organizadores: Enrique Saravia e Elisabete Ferrarezi. – Brasília: ENAP,
2006. pp.154-155
39
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.198
40
Smulovitz e Peruzzotti (2000) apud CARNEIRO, Carla Bronzo Ladeira. Governança e Accountability: Algumas Notas
Introdutórias. Escola de Governo da Fundação João Pinheiro. Belo Horizonte: 2004.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 34
www.estrategiaconcursos.com.br 91
saúde, educação, moradia, meio ambiente, transporte, cultura, dentre outros, representam uma
conquista inegável do ponto de vista da construção de uma institucionalidade democrática entre
nós. Sua novidade histórica consiste em apostar na intensificação e na institucionalização do
diálogo entre governo e sociedade – em canais públicos e plurais – como condição para uma
alocação mais justa e eficiente dos recursos públicos.”41
Portanto, os Conselhos de Gestão estão presentes nas três esferas de governo (Federal, Estadual e
Municipal) e podem atuar em diferentes áreas: meio ambiente, assistência social, saúde,
transporte, cultura, moradia, trabalho, educação, etc.
A participação dos cidadãos na gestão pública, através dos Conselho de Gestão, pode ocorrer de
diversos modos, dependendo da natureza do Conselho:42
Cabe destacar que as naturezas dos Conselhos podem ser “cumulativas”. Ou seja, os Conselhos
podem, ao mesmo tempo, ser deliberativo, normativo e fiscalizador, por exemplo.
Vale dizer que, conforme explica Moraes, a “composição dos Conselhos pode variar de caso a
caso podendo, inclusive, receber características próprias em determinados municípios”.43
Os Conselhos são criados por meio de Lei e lei e regulamentados pelos regimentos internos ou
estatutos. Diferem na forma como atuam, como se constituem e como incidem na elaboração das
políticas públicas, em função da legislação e da correlação de forças que se estabelece no seu
interior.44
41
TATAGIBA, Luciana. Conselhos Gestores de Políticas Públicas e Democracia Participativa: Aprofundando o Debate. Revista de
Sociologia e Política Nº 25: 247-250 Jun. 2006.
42
OLIVEIRA, Adriel Rodrigues, MARTINS, Simone, MELO, Emanuelle Cristina, MAIA, Letícia Luanda, PINTO, Tainá Rodrigues
Gomide Souza. Participação e funcionamento dos conselhos gestores de políticas públicas. / v.13, n.2. Rio de Janeiro,
Sociedade, Contabilidade e Gestão: 2018. p.48
43
MORAES, C. V. Conselhos de gestão de políticas públicas: instituições e/ou espaços políticos. Revista de Ciências Humanas.
Florianópolis. 1999.
44
NAHRA. C. M. L. Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas e os Conselhos Tutelares. MPPR.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 35
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Nada disso! Os Conselhos Gestores são canais institucionais, plurais, autônomos, formados por
representantes da sociedade civil e do poder público.
Gabarito: errada.
Para Dagnino, “os orçamentos participativos são espaços públicos para deliberação sobre o
orçamento das administrações municipais, onde a população decide sobre onde e como os
investimentos devem realizados.”46
Pires, ao seu turno, define orçamento participativo de forma que “não somente os parlamentares
devem participar das decisões sobre finanças e políticas públicas: a população organizada, a
sociedade civil assume papel ativo, passa a ser agente e não mero paciente. (...) os cidadãos
45
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.269
46
DAGNINO, Evelina. Sociedade civil, participação e cidadania: de que estamos falando? In: Daniel Mato (coord.), Políticas de
ciudadanía y sociedad civil em tiempos de globalización. / Universidad Central de Venezuela. Caracas, FACES: 2004. p.96
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 36
www.estrategiaconcursos.com.br 91
exercem o seu direito e o seu dever de participação na definição dos rumos da ação
governamental.”47
Conforme explica Paludo, “somente são colocados para decisão da população uma parte dos
recursos disponíveis para investimento, e a participação do cidadão ocorre no momento de
elaboração e muito timidamente na fiscalização de sua execução.” 48
Paludo explica que, no nível federal, entretanto, não se pode falar em orçamento participativo.
De acordo com o autor, a partir do PPA 2004-2007, o Governo Federal tentou ampliar os meios de
participação da sociedade na elaboração, implementação e controle dos orçamentos. No mesmo
sentido, a Câmara dos Deputados pretende estimular a participação direta da sociedade na
elaboração do orçamento público, através de audiências regionais para debate sobre o orçamento.
Contudo, tais ações ainda não configuram um orçamento participativo. 49
47
PIRES, Valdemir. Orçamento participativo: o que é, para que serve, como se faz. / Barueri, Manole: 2001. p.35
48
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.270
49
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.270
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 37
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Alguns autores entendem que a Constituição Federal assegura a participação popular, no âmbito
municipal, através do art. 29, inciso XIII, que prevê a obrigação de os Municípios adotarem como
princípio básico na elaboração de suas Leis Orgânicas a “cooperação das associações
representativas no planejamento municipal”.
Além disso, o Estatuto das Cidades (Lei n.° 10.257/2001), prevê que, no âmbito municipal, a gestão
orçamentária participativa (a qual deverá incluir a realização de debates, audiências e consultas
públicas sobre as propostas do plano plurianual - PPA, da lei de diretrizes orçamentárias - LDO e
do orçamento anual - LOA), é condição obrigatória para a aprovação do PPA, LDO e LOA pela
Câmara Municipal.
Cabe destacar que uma das vantagens do orçamento participativo é sua maior legitimidade (afinal,
é a própria população que prioriza aquilo que julga ser mais importante).
Além disso, há uma maior “rigidez” na programação dos investimentos que foram definidos pela
população. Ou seja, ocorre uma maior fidelidade em relação à programação dos investimentos
definidos pelo orçamento participativo. Em outras palavras, como a população “direciona” a
programação dos investimentos, essa programação se torna menos flexível.
O sucesso do orçamento participativo depende de os recursos públicos serem aplicados no que for
considerado prioridade pelas entidades representativas dos segmentos sociais,
independentemente da capacidade de organização da sociedade.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 38
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
Os líderes empreendedores são criativos, estão sempre bem informados, possuem habilidades
variadas, são persistentes, flexíveis e pensam no “futuro”.
50
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. pp.332-333
51
JULIANA SILVEIRA (2007) apud PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora
Método: 2019. p.333
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 39
www.estrategiaconcursos.com.br 91
É importante que você saiba, ainda, que Líder e Chefe/Gerente não são a mesma coisa! Em outras
palavras, liderança e chefia são coisas diferentes!
O líder é aquela pessoa que possui a capacidade de influenciar outras pessoas a alcançarem os
objetivos. Ou seja, por meio de suas relações interpessoais, o líder, através de uma comunicação
efetiva, consegue liderar, motivar e orientar as pessoas a atingirem objetivos que estão além de
seus próprios interesses e objetivos pessoais. Ele inspira as pessoas a atingir as metas e superar os
obstáculos. Nem sempre o líder possui uma posição hierárquica superior (isto é, nem sempre o
líder é o chefe).
O chefe (gerente ou administrador), por sua vez, é aquela pessoa que utiliza a sua posição
hierárquica na empresa para, através da autoridade, obter o comprometimento das outras
pessoas.
Portanto, enquanto o líder utiliza as suas próprias qualidades pessoais; o chefe (gerente ou
administrador) utiliza de sua posição hierárquica.
É muito importante que você tenha em mente que o chefe (superior hierárquico) não é,
necessariamente, o líder de uma equipe. O inverso também é verdadeiro: ou seja, o líder não é,
necessariamente, o chefe (superior hierárquico) de uma equipe.
Na verdade, é muito comum que os chefes atinjam essa posição hierárquica superior sem ter as
condições e capacidades necessárias para liderar as pessoas. O ideal é que o chefe também seja
um bom líder, ou seja, que ele possua as características necessárias para influenciar as pessoas;
contudo, nem sempre isso acontece.
Muitas vezes o papel de líder acaba recaindo sobre alguma pessoa que não possui um cargo de
chefia. Isto é, a pessoa (mesmo não tendo qualquer autoridade formal), consegue influenciar as
pessoas que estão ao seu redor. Trata-se daquele “colega de trabalho” que, informalmente,
através de seu bom relacionamento interpessoal com os demais colegas, consegue “envolver” e
motivar as pessoas, orientando-as em direção aos objetivos propostos.
Baseado especialmente nas ideias de Chiavenato (2014), trago, na tabela a seguir, as principais
diferenças entre os chefes (gerentes) e os líderes (conceito “moderno”):
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 40
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Por sua vez, a liderança está ligada a um processo informal. Está relacionada à capacidade do líder
de influenciar outras pessoas (por meio da comunicação e motivação). Aqui, as pessoas não
realizam determinada ação por “obrigação”; pelo contrário, as pessoas sentem “vontade” de fazer
aquilo que o líder acha ser o correto.
Comentários:
Isso mesmo. O chefe (ou gerente) não é, necessariamente, o líder de uma equipe. O inverso
também é verdadeiro: ou seja, o líder não é, necessariamente, o chefe (gerente) de uma equipe.
Gabarito: correta.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 41
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Aquele que é apenas chefe impõe suas ideias movido pela autoridade.
Comentários:
De fato, a chefia é baseada na autoridade formal. O poder está no “cargo” e o Chefe utiliza a força
do cargo (isto é, a autoridade) para impor obediência.
Gabarito: correta.
(CESPE – MS – Administrador)
Nem todo chefe pode ser considerado um líder, assim como nem todo líder pode ser visto como
um chefe.
Comentários:
Isso mesmo. O chefe não é, necessariamente, o líder de uma equipe; por sua vez, e o líder não é,
necessariamente, o chefe de uma equipe.
Gabarito: correta.
52
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. pp.333-334
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 42
www.estrategiaconcursos.com.br 91
-Minimiza esforço
-Reduz custos
-Monitora resultados
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 43
www.estrategiaconcursos.com.br 91
RESUMO ESTRATÉGICO
Empreendedorismo
Empreendedorismo de oportunidade
O empreendedor visionário sabe aonde quer
chegar. O empreendedor cria uma empresa
com planejamento prévio, tem em mente o Empreendedorismo de necessidade
crescimento que deseja buscar para a Nesse tipo de empreendedorismo o “candidato a
empresa, e visa à geração de lucros, empregos empreendedor” empreende por falta de opção
e riqueza. Esse tipo de empreendedorismo tem (por exemplo: por estar desempregado e não ter
uma maior chance de sucesso alternativas de trabalho). Os negócios costumam
ser criados “informalmente” e sem um planejado
adequado. Esse tipo de empreendedorismo
tende a fracassar bastante rápido
Empreendedor
Chiavenato, explica que o “empreendedor é a pessoa que inicia e/ou dinamiza um negócio para
realizar uma ideia ou projeto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando
continuamente.” De acordo com o autor, o empreendedor consegue fazer as coisas acontecerem
por possuir a “sensibilidade” para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar e
aproveitar oportunidades (oportunidades essas que, nem sempre, estão claras e definidas).53
O empreendedor é aquele indivíduo que sonha e que buscar transformar o seu sonho em
realidade. São os empreendedores que dão vida ao empreendedorismo.
53 CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. / 4ª edição. Barueri, Manole: 2012. p.3 e p.8
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 44
www.estrategiaconcursos.com.br 91
o empreendedor assume diversos riscos para iniciar ou manter seu próprio negócio
Características (por exemplo: riscos financeiros, riscos psicológicos, riscos familiares, etc.). Os
Básicas do Disposição para
Espírito
empreendedores preferem situações arriscadas até o ponto em que eles podem
assumir riscos
Empreendedor exercer determinado tipo de “controle pessoal” sobre o resultado (ou seja, não
gostam de depender da “sorte” ou do “acaso”.)
um indivíduo que possui auto confiança sente que pode enfrentar os desafios e que
tem domínio sobre os problemas que enfrenta. Os empreendedores de sucesso são
Autoconfiança
pessoas independentes, que percebem os problemas inerentes a um novo negócio,
mas acreditam em suas habilidades pessoais para superar tais desafios
Processo Empreendedor
É nessa etapa que o plano de negócios é elaborado. Elabora‐se o sumário executivo do negócio, o conceito
do negócio, a estrutura de operações, o plano financeiro, etc.
Trata‐se da fase em que os recursos são determinados (estimados) e captados. Os recursos podem ser
próprios do empreendedor, ou então podem ser captados com amigos, bancos, governo, incubadoras, etc.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 45
www.estrategiaconcursos.com.br 91
O intraempreendedor é aquele indivíduo que atua em sua organização (atua em uma organização
já existente), buscando novas maneiras de fazer as coisas, com o objetivo de melhorar a
qualidade, aumentar a produtividade e reduzir os custos e esforços.
Empreendedorismo Social
O empreendedorismo social tem como função suprimir alguns dos problemas sociais específicos
encontrados na comunidade. O empreendedorismo social tem como objetivo produzir bens e
serviços para a comunidade, buscar soluções para problemas sociais e recuperar pessoas em
situação de risco social, resultando em impacto social na sociedade.
Negócio Social
54AFFONSO, Ligia Maria Fonseca, RUWER, Léia Maria Erlich, GIACOMELLI, Giancarlo. Empreendedorismo. / Porto Alegre, SAGAH: 2018. p.99
55SILVA, Maria de Fátima, MOURA, Laysce Rocha de, JUNQUEIRA, Luciano Antonio Prates. As interfaces entre empreendedorismo social,
negócios sociais e redes sociais no campo social. / v.17, n.42. Revista de Ciências da Administração: 2015. p.125
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 46
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Ou seja, o negócio social é um empreendimento (uma organização) que gera lucro e, ao mesmo
tempo, busca causar impactos positivos na sociedade. Ou seja, são organizações que, além do
lucro, também geram impactos sociais. O objetivo maior do negócio social é gerar soluções para
reduzir as demandas sociais. Portanto, a característica principal que irá determinar se uma
organização é ou não um negócio social, é o fato de o objetivo social ser maior do que o objetivo
de negócio (e isso deve refletir claramente nas decisões da organização).
Conforme Kotler56 explica, “em primeiro lugar, um negócio social estende a renda disponível
oferecendo bens e serviços a preços mais baixos. Em segundo, expande a renda disponível ao
fornecer bens e serviços antes não disponíveis para a base da pirâmide. E em terceiro, aumenta a
renda disponível aumentando o nível de atividade econômica da sociedade subatendida.”
Empreendedorismo Governamental
O governo empreendedor não pretende controlar a economia, não pretende possuir empresas e
não pretende concentrar-se no “fazer” em ampla escala. O que o governo empreendedor
pretende é estimular a ação e a parceria da sociedade.58
56KOTLER, Philip, KARTAJAYA, Hermawan, SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser
humano. Tradução: Ana Beatriz Rodrigues. / Rio de Janeiro, Elsevier: 2012. p.163
57
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. p.330
58
OSBORNE e GAEBLER (1995) apud MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. 5ª edição. São Paulo,
Atlas: 2016.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 47
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Ou seja, governo empreendedor não significa “criar empresas públicas” (Estatais) para vender
produtos ou serviços, nem “controlar a economia” e nem tem foco exclusivo na “geração de
lucro”. Governo empreendedor significa aproveitar os recursos disponíveis da melhor maneira
possível, através de formas inovadoras, em busca de satisfazer as necessidades dos cidadãos.
De acordo com Paludo59, “os governos empreendedores devem ser continuamente avaliados,
principalmente pela sociedade, a fim de readequar seus planos, suas estratégias, e seus objetivos
e metas - de acordo com a aprovação/reprovação da sociedade -, para que persigam sempre o
melhor resultado possível, orientado pelas necessidades dos cidadãos.”
59 PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública. / 5ª edição. São Paulo, MÉTODO: 2016. p.291
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 48
www.estrategiaconcursos.com.br 91
O Governo pertence à comunidade Os cidadãos são chamados a participarem das decisões que afetam sua
(“dando responsabilidade ao comunidade, bem como a colaborarem com a fiscalização/controle dos
cidadão, em vez de servi‐lo” / serviços públicos. Ou seja, ao invés de apenas “servir” ao cidadão, deve‐se
“transferência de poder ao cidadão”) dar responsabilidade a ele.
Governo orientado por missões As antigas regras “burocráticas” devem ceder lugar à missão e aos
(“transformando órgãos burocratizados” objetivos organizacionais. Ou seja, ao invés de trabalhar para cumprir as
/ “transformando organizações movidas normas, o indivíduo deve trabalhar para buscar a missão e os objetivos
por regras” / “orientação para objetivos, organizacionais, relacionados à eficiente prestação dos serviços públicos e
não para normas”) ao fortalecimento da Entidade perante a sociedade.
Governo de resultados Não se deve financiar a “estrutura administrativa”, mas sim a eficiente
(“financiando resultados e não recursos” prestação dos serviços públicos de qualidade. Ou seja, os indicadores
/ “melhor financiar resultados, do que devem ser utilizados para avaliar os resultados. A preocupação deve ser
recursos” / “acompanhamento de com os resultados (controle dos resultados), e não com os recursos
Princípios do resultados”) (controle dos custos).
Governo
Empreendeor a administração pública deve identificar e ouvir os clientes-cidadãos e
Governo e seus clientes direcionar os serviços prestados para o atendimento de suas necessidades.
(“atendendo às necessidades do cliente e
A prestação do serviço público não deve atender às necessidades da
não da burocracia” / “transformando o
usuário do serviço público em cliente”) “burocracia”, mas sim dos clientes do serviço público (dos cidadãos). O foco
está no cliente‐cidadão (e não na própria estrutura da máquina pública).
Os governos empreendedores criam novas fontes de recursos e, ao mesmo
Governo empreendedor
tempo, economizam recursos orçamentários (os quais podem ser
(“gerando receitas ao invés de
utilizados de maneira mais eficiente no ano seguinte). Portanto, a busca de
despesas” / prioridade na geração de
geração de novas receitas deve ser incentivada, pois, assim, o governo
receitas, e não de despesas”)
consegue investir e, futuramente, gerar ainda mais receitas.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 49
www.estrategiaconcursos.com.br 91
foco no resultado
autonomia e responsabilização
trabalho em rede
Princípios da Gestão Pública
Empreendedora
gestão da informação
transparência
diálogo público
avaliação
Hierarquia excessiva
Descontinuidade
Rotinas
Burocracia
Fatores que Devem Ser
Combatidos
Paternalismo
Práticas patrimonialistas
Inflexibilidade
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 50
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Conselhos de Gestão
“Os Conselhos Gestores de Políticas Públicas são canais institucionais, plurais, autônomos,
formados por representantes da sociedade civil e do poder público, cuja atribuição é a de propor
diretrizes para as políticas públicas, fiscalizá-las, controlá-las e deliberar sobre elas, sendo órgãos
de gestão pública vinculados à estrutura do Poder Executivo, ao qual cabe garantir a sua
permanência.”60
Conselho
o cidadão é consultado a respeito da execução de políticas públicas
consultivo
Orçamento Participativo
60
Portal da Transparência do Mato Grosso. Disponível em: http://www.transparencia.mt.gov.br/conselhos-
estaduais-de-politicas-publicas2
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 51
www.estrategiaconcursos.com.br 91
permite que a sociedade exerça a cidadania, conheça os problemas enfrentados pela cidade e
saiba os limites existentes no orçamento.
Orçamento Participativo
não substitui a função do Poder Executivo e nem do Poder Legislativo. Ou seja, o Poder
Executivo continua tendo a função de elaborar o orçamento e o Poder Legislativo continua tendo
a função de aprovar o orçamento.
maior legitimidade (afinal, é a própria população que prioriza aquilo que julga ser mais
importante).
maior “rigidez” na programação dos investimentos que foram definidos pela população. Ou seja,
ocorre uma maior fidelidade em relação à programação dos investimentos definidos pelo
orçamento participativo. Em outras palavras, como a população “direciona” a programação dos
investimentos, essa programação se torna menos flexível
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 52
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Os líderes empreendedores são criativos, estão sempre bem informados, possuem habilidades
variadas, são persistentes, flexíveis e pensam no “futuro”. É necessário que as Entidades Públicas
propiciem um ambiente favorável ao desenvolvimento dessas lideranças empreendedoras. Isso,
pois, “a liderança está no coração da reforma e da excelência do serviço público”.62
61
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. pp.332-333
62
JULIANA SILVEIRA (2007) apud PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora
Método: 2019. p.333
63 PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019. pp.333-334
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 53
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Reduz custos
Monitora resultados
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 54
www.estrategiaconcursos.com.br 91
QUESTÕES COMENTADAS
1. (FGV – Câmara de Taubaté - SP - Técnico Legislativo de Administração – 2021)
A busca por uma atuação governamental orientada a coordenar e harmonizar ações dos agentes
sociais na solução dos problemas coletivos, isentando-se do papel de executor, é uma visão
associada ao seguinte princípio do empreendedorismo governamental:
a) Governo competitivo.
b) Governo preventivo.
e) Governo catalisador.
Comentários:
Trata-se do princípio do governo catalisador, que busca a promoção de uma atuação conjunta entre
os setores público, privado e voluntário. Nesse sentido, o papel do governo é de coordenar, regular
e fomentar, deixando a maior parte da “execução” para os demais atores (setor privado e
voluntário).
O gabarito é a letra E.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 55
www.estrategiaconcursos.com.br 91
b) O governo deveria transferir responsabilidades às comunidades locais, mais aptas para lidar
com os problemas regionais.
c) O governo deveria buscar novas formas de geração de receitas para aumentar a capacidade de
investimento.
d) O governo deveria priorizar ações preventivas, visando tratar a causa dos problemas.
Comentários:
O gabarito é a letra A.
b) Descentralização política
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 56
www.estrategiaconcursos.com.br 91
d) Concentração de autoridade
e) Controle social
Comentários:
A única assertiva que não traz uma característica do empreendedorismo governamental é a letra D.
Isso, pois, um dos princípios do governo empreendedor é o “Governo descentralizado”. O governo
empreendedor dá mais autonomia/autoridade (descentralização de autoridade) aos servidores e às
equipes, como forma de democratizar a gestão e agilizar a prestação de serviços.
O gabarito é a letra D.
Acerca dos princípios que norteiam o governo e os gestores a agirem como empreendedores,
assinale a afirmativa correta.
d) Governo preventivo: planeja suas ações a fim de minimizar problemas, o que acarreta melhores
resultados e economia de recursos.
Comentários:
Letra B: errada. Um dos princípios do governo empreendedor é o “governo catalizador”, que busca
a promoção de uma atuação conjunta entre os setores público, privado e voluntário. Nesse sentido,
o papel do governo é de coordenar, regular e fomentar, deixando a maior parte da “execução” para
os demais atores (setor privado e voluntário).
Portanto, a assertiva peca ao dizer que o governo “é coordenado”. É o governo que coordena os
demais atores.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 57
www.estrategiaconcursos.com.br 91
O gabarito é a letra D.
( ) É o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários,
assumindo os riscos correspondentes, e recebendo as consequentes recompensas.
( ) Consiste na boa gestão de pequenas empresas pelos seus administradores, gerando grandes
lucros.
a) F, F e V.
b) V, F e F.
c) F, V e V.
d) F, V e F.
e) V, F e V.
Comentários:
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 58
www.estrategiaconcursos.com.br 91
A segunda assertiva está errada. Nada disso! A assertiva trouxe conceitos que não estão
relacionados com o empreendedorismo.
A terceira assertiva está correta. De fato, quanto o empreendedor implementa a sua “visão” e as
suas ideias sobre um novo negócio, estamos diante do empreendedorismo.
O gabarito é a letra E.
Com relação ao perfil de empreendedores, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Tudo que os empreendedores precisam para serem bem sucedidos é dinheiro e sorte.
a) F, F e V.
b) V, F e F.
c) F, V e V.
d) F, V e F.
e) V, V e F.
Comentários:
A primeira assertiva está errada. Nada disso. O indivíduo empreendedor não nasce “pronto”. Ou
seja, através de diversas inciativas de “educação empreendedora”, pode-se estimular e aprimorar
as habilidades das pessoas para que elas se tornem aptas ao “processo empreendedor” e
transformem-se em empreendedores.
Contudo, cabe ressaltar que alguns autores destacam, também, a existência da figura do
“empreendedor nato” (empreendedor inato), ou seja, um indivíduo que já “nasceu” com as
características de um empreendedor. Isto é, um indivíduo que detém, de forma “natural” (de
nascença), intuição, sensibilidade e ideias inovadoras.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 59
www.estrategiaconcursos.com.br 91
A segunda assertiva está errada. Nada disso! O sucesso do empreendedorismo não depende de
dinheiro e sorte.
A terceira assertiva está correta. Isso mesmo! Os empreendedores assumem riscos com prudência
(riscos calculados), avaliam custos, necessidades de mercado/clientes e persuadem os outros a
juntar-se a eles e a ajudar no empreendimento.
O gabarito é a letra A.
Comentários:
O intraempreendedor é aquele indivíduo que atua em sua organização (atua em uma organização
já existente), buscando novas maneiras de fazer as coisas, com o objetivo de melhorar a qualidade,
aumentar a produtividade e reduzir os custos e esforços.
O gabarito é a letra A.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 60
www.estrategiaconcursos.com.br 91
a) Parcerias com o setor privado, flexibilização das regras que regem o modelo patriarcal, ênfase
e orientação da ação do Estado para o cidadão-cliente.
b) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais – ONGs, rigidez das
regras que regem a burocracia pública, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
fornecedor.
c) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais - ONGs, flexibilização
das regras que regem a burocracia pública, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
cliente.
d) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais - ONGs, rigidez das
regras que regem a burocracia tradicional, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
fornecedor
e) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais - ONGs, rigidez das
regras que regem a burocracia patriarcal, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
cliente.
Comentários:
O gabarito é a letra C.
a) governo preventivo.
b) gestão patrimonialista.
c) cultura empreendedora.
d) reinventar o governo.
e) governo catalisador.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 61
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
O gabarito é a letra D.
c) Não se limita a decidir e a dirigir as ações do estado, mas executa também todas suas ações.
d) Avalia continuamente suas ações mesmo sem a participação da sociedade a fim de atender aos
cidadãos como clientes.
Comentários:
Letra B: correta. O governo empreendedor não pretende controlar a economia, mas sim estimular a
ação e a parceria da sociedade.
Letra C: errada. Nada disso! O empreendedorismo governamental não tem por objetivo “executar”
em ampla escala. O que o governo empreendedor pretende é estimular a ação e a parceria da
sociedade. No governo empreendedor, a maior parte da “execução” é realizada pela iniciativa
privada.
Letra D: errada. Nada disso! Para que haja excelência nos serviços oferecidos, a gestão pública
empreendedora deve ser avaliada continuamente pela sociedade em relação às suas estratégias,
metas, planos e objetivos.
O gabarito é a letra B.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 62
www.estrategiaconcursos.com.br 91
a) V, F e V.
b) F, F e V.
c) F, F e F.
d) V, V e V.
e) F, V e F.
Comentários:
O gabarito é a letra D.
a) burocrática.
b) gerencial
c) empreendedora
d) tradicional.
e) patrimonialista.
Comentários:
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 63
www.estrategiaconcursos.com.br 91
O gabarito é a letra C.
Comentários:
Nada disso!
Contudo, isso não quer dizer que o governo empreendedor possui “foco na ação empresarial com o
propósito de geração de lucros”. O governo empreendedor não pretende controlar a economia, não
pretende possuir empresas e não pretende concentrar-se no “fazer” em ampla escala. O que o
governo empreendedor pretende é estimular a ação e a parceria da sociedade.1
Gabarito: errada.
Comentários:
Isso mesmo!
1
OSBORNE e GAEBLER (1995) apud MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. 5ª edição. São Paulo,
Atlas: 2016.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 64
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Contudo, isso não quer dizer que o governo empreendedor possui “foco no rendimento das
empresas públicas (Estatais)”. O governo empreendedor não pretende controlar a economia, não
pretende possuir empresas e não pretende concentrar-se no “fazer” em ampla escala. O que o
governo empreendedor pretende é estimular a ação e a parceria da sociedade.2
Gabarito: errada.
2
OSBORNE e GAEBLER (1995) apud MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. 5ª edição. São Paulo,
Atlas: 2016.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 65
www.estrategiaconcursos.com.br 91
a) previdente.
c) catalisador.
d) competitivo.
Comentários:
O gabarito é a Letra C.
d) restaurar a ordem.
Comentários:
O gabarito é a Letra B.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 66
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Além disso, o governo empreendedor não pretende controlar a economia, não pretende possuir
empresas e não pretende concentrar-se no “fazer” em ampla escala. O que o governo
empreendedor pretende é estimular a ação e a parceria da sociedade.
Gabarito: errada.
Com o objetivo de alcançar a excelência em seus serviços, a gestão pública empreendedora deve
ter como base a avaliação contínua de suas estratégias, seus planos e suas metas pela sociedade.
Comentários:
Isso mesmo!
De acordo com Paludo, “os governos empreendedores devem ser continuamente avaliados,
principalmente pela sociedade, a fim de readequar seus planos, suas estratégias, e seus objetivos
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 67
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Ou seja, para que haja excelência nos serviços oferecidos, a gestão pública empreendedora deve ser
avaliada continuamente pela sociedade em relação às suas estratégias, metas, planos e objetivos.
Gabarito: correta.
O governo empreendedor visa atender ao cidadão como cliente e, nesse atendimento, em vez
de servi-lo, dá-lhe responsabilidades.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
O governo empreendedor não pretende controlar a economia, não pretende possuir empresas e
não pretende concentrar-se no “fazer” em ampla escala. O que o governo empreendedor pretende
é estimular a ação e a parceria da sociedade.
Gabarito: errada.
3
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública. / 5ª edição. São Paulo, MÉTODO: 2016. p.291
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 68
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Os conselhos de gestão podem sugerir e deliberar acerca das políticas públicas do Estado, porém
não possuem poder de fiscalização.
Comentários:
Nada disso!
O governo empreendedor transfere aos cidadãos a responsabilidade pela fiscalização dos serviços
públicos. Nesse sentido, os conselhos de gestão são um dos instrumentos utilizados para essa
finalidade
Através do Conselho de Gestão o cidadão fiscaliza a implementação das políticas públicas e seus
==2513f7==
resultados.
Gabarito: errada.
Comentários:
Os cidadãos são chamados a participarem das decisões que afetam sua comunidade, bem
como a colaborarem com a fiscalização/controle dos serviços públicos.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 69
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
Comentários:
Nada disso!
Contudo, o governo empreendedor visa atender aos interesses da sociedade, e não da burocracia.
Gabarito: errada.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 70
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
A gestão público empreendedora tem foco nos resultados (e não nos processos), com o objetivo de
atender as necessidades dos cidadãos (e não da burocracia). O governo empreendedor pretende
estimular a ação e a parceria da sociedade.
Gabarito: correta.
Comentários:
Nada disso!
Gabarito: errada.
Os chamados negócios sociais estendem a renda por meio do oferecimento de bens e serviços a
preços mais baixos.
Comentários:
Isso mesmo!
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 71
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Conforme explica Kotler4, “em primeiro lugar, um negócio social estende a renda disponível
oferecendo bens e serviços a preços mais baixos. Em segundo, expande a renda disponível ao
fornecer bens e serviços antes não disponíveis para a base da pirâmide. E em terceiro, aumenta a
renda disponível aumentando o nível de atividade econômica da sociedade subatendida.”
Gabarito: correta.
A construção de uma área de lazer destinada à promoção de atividades turísticas e culturais por
meio de parcerias com empresas privadas é um exemplo de empreendedorismo governamental,
pois promove a integração entre o governo e determinado grupo social.
Comentários:
Isso mesmo!
Gabarito: correta.
I. catalizador: que coordena, regula e fomenta, deixando a maior parte da execução aos demais
atores.
III. centralizado: criando núcleos estratégicos para execução de serviços de alta complexidade
técnica.
a) I e II.
4KOTLER, Philip, KARTAJAYA, Hermawan, SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser
humano. Tradução: Ana Beatriz Rodrigues. / Rio de Janeiro, Elsevier: 2012. p.163
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 72
www.estrategiaconcursos.com.br 91
b) I.
c) I e III.
d) II.
e) II e III.
Comentários:
A primeira assertiva está correta. De fato, o “governo catalizador” busca a promoção de uma
atuação conjunta entre os setores público, privado e voluntário. Nesse sentido, o papel do governo
é de coordenar, regular e fomentar, deixando a maior parte da “execução” para os demais atores
(setor privado e voluntário).
A segunda assertiva está correta. De fato, o “governo competitivo” busca-se introduzir a competição
na prestação de serviços com o objetivo de aumentar a eficiência (melhorar a qualidade dos serviços,
reduzir gastos e minimizar esforços) e incentivar a criatividade e a inovação.
O gabarito é a letra A.
Uma das formas consagradas de parceria entre governo e sociedade corresponde à atuação das
denominadas Organizações Sociais, que podem ser definidas como
a) entidades da sociedade civil, organizadas sob a forma de associação, que celebram Termo de
Parceria com o setor público para execução de ações de interesse público.
e) entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem qualificação específica e delegação do
Poder público para desempenhar serviço público não exclusivo.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 73
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Comentários:
Organizações Sociais são entidades privadas do terceiro setor, sem fins lucrativos, instituídas por
iniciativa de particulares, e que recebem qualificação específica e delegação do Poder Público,
mediante contrato de gestão, para desempenharem serviços públicos de natureza social (serviços
não exclusivos de Estado).
O gabarito é a letra E.
I. mitiga o foco em uma gestão voltada para os processos, privilegiando a obtenção de resultados.
III. busca uma mudança da qualidade gerencial, trazendo destaque à transparência e ao controle
social.
IV. visa uma maior rapidez na circulação de informações, bem como uma maior qualidade destas,
fomentando o diálogo público sobre a atuação do Estado.
a) I e II, apenas.
Comentários:
A primeira assertiva está correta. De fato, a gestão pública empreendedora está orientada aos
resultados. Ou seja, ocorre a mitigação/redução do foco em uma gestão voltada para os processos
(característica típica da burocracia tradicional).
A segunda assertiva está errada. Nada disso! O governo empreendedor busca a promoção de uma
atuação conjunta entre os setores público, privado e voluntário. Além disso, o governo
empreendedor pretende estimular a ação e a parceria da sociedade.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 74
www.estrategiaconcursos.com.br 91
A terceira assertiva está correta. Isso mesmo! Transparência e controle social são características do
governo empreendedor.
A quarte assertiva está correta. Isso mesmo! A inflexibilidade e os “entraves burocráticos” retardam
a circulação das informações e reduzem a sua qualidade. Portanto, o empreendedorismo
governamental visa uma maior flexibilidade, descentralização e rapidez na circulação das
informações, bem como uma maior qualidade dessas informações.
O gabarito é a letra D.
a) novas lideranças
c) competências Essenciais.
d) empreendedorismo governamental.
e) gestão patrimonialista.
Comentários:
O governo empreendedor busca a promoção de uma atuação conjunta entre os setores público,
privado e voluntário. O governo empreendedor pretende estimular a ação e a parceria da sociedade.
O gabarito é a letra D.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 75
www.estrategiaconcursos.com.br 91
a) empreendedorismo governamental.
c) novas lideranças.
d) competências essenciais.
e) gestão de conflitos.
Comentários:
O governo empreendedor busca a promoção de uma atuação conjunta entre os setores público,
privado e voluntário. O governo empreendedor pretende estimular a ação e a parceria da sociedade.
O gabarito é a letra A.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 76
www.estrategiaconcursos.com.br 91
LISTA DE QUESTÕES
1. (FGV – Câmara de Taubaté - SP - Técnico Legislativo de Administração – 2021)
A busca por uma atuação governamental orientada a coordenar e harmonizar ações dos agentes
sociais na solução dos problemas coletivos, isentando-se do papel de executor, é uma visão
associada ao seguinte princípio do empreendedorismo governamental:
a) Governo competitivo.
b) Governo preventivo.
e) Governo catalisador.
b) O governo deveria transferir responsabilidades às comunidades locais, mais aptas para lidar
com os problemas regionais.
c) O governo deveria buscar novas formas de geração de receitas para aumentar a capacidade de
investimento.
d) O governo deveria priorizar ações preventivas, visando tratar a causa dos problemas.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 77
www.estrategiaconcursos.com.br 91
b) Descentralização política
d) Concentração de autoridade
e) Controle social
Acerca dos princípios que norteiam o governo e os gestores a agirem como empreendedores,
assinale a afirmativa correta.
d) Governo preventivo: planeja suas ações a fim de minimizar problemas, o que acarreta melhores
resultados e economia de recursos.
( ) É o processo de criar algo novo com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários,
assumindo os riscos correspondentes, e recebendo as consequentes recompensas.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 78
www.estrategiaconcursos.com.br 91
( ) Consiste na boa gestão de pequenas empresas pelos seus administradores, gerando grandes
lucros.
a) F, F e V.
b) V, F e F.
c) F, V e V.
d) F, V e F.
e) V, F e V.
Com relação ao perfil de empreendedores, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Tudo que os empreendedores precisam para serem bem sucedidos é dinheiro e sorte.
a) F, F e V.
b) V, F e F.
c) F, V e V.
d) F, V e F.
e) V, V e F.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 79
www.estrategiaconcursos.com.br 91
a) Parcerias com o setor privado, flexibilização das regras que regem o modelo patriarcal, ênfase
e orientação da ação do Estado para o cidadão-cliente.
b) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais – ONGs, rigidez das
regras que regem a burocracia pública, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
fornecedor.
c) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais - ONGs, flexibilização
das regras que regem a burocracia pública, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
cliente.
d) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais - ONGs, rigidez das
regras que regem a burocracia tradicional, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
fornecedor
e) Parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais - ONGs, rigidez das
regras que regem a burocracia patriarcal, ênfase e orientação da ação do Estado para o cidadão-
cliente.
a) governo preventivo.
b) gestão patrimonialista.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 80
www.estrategiaconcursos.com.br 91
c) cultura empreendedora.
d) reinventar o governo.
e) governo catalisador.
c) Não se limita a decidir e a dirigir as ações do estado, mas executa também todas suas ações.
d) Avalia continuamente suas ações mesmo sem a participação da sociedade a fim de atender aos
cidadãos como clientes.
a) V, F e V.
b) F, F e V.
c) F, F e F.
d) V, V e V.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 81
www.estrategiaconcursos.com.br 91
e) F, V e F.
a) burocrática.
b) gerencial
c) empreendedora
d) tradicional.
e) patrimonialista.
a) previdente.
c) catalisador.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 82
www.estrategiaconcursos.com.br 91
d) competitivo.
d) restaurar a ordem.
Com o objetivo de alcançar a excelência em seus serviços, a gestão pública empreendedora deve
ter como base a avaliação contínua de suas estratégias, seus planos e suas metas pela sociedade.
O governo empreendedor visa atender ao cidadão como cliente e, nesse atendimento, em vez
de servi-lo, dá-lhe responsabilidades.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 83
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Os conselhos de gestão podem sugerir e deliberar acerca das políticas públicas do Estado, porém
não possuem poder de fiscalização.
Os chamados negócios sociais estendem a renda por meio do oferecimento de bens e serviços a
preços mais baixos.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 84
www.estrategiaconcursos.com.br 91
A construção de uma área de lazer destinada à promoção de atividades turísticas e culturais por
meio de parcerias com empresas privadas é um exemplo de empreendedorismo governamental,
pois promove a integração entre o governo e determinado grupo social.
I. catalizador: que coordena, regula e fomenta, deixando a maior parte da execução aos demais
atores.
III. centralizado: criando núcleos estratégicos para execução de serviços de alta complexidade
técnica.
a) I e II.
b) I.
c) I e III.
d) II.
e) II e III.
Uma das formas consagradas de parceria entre governo e sociedade corresponde à atuação das
denominadas Organizações Sociais, que podem ser definidas como
a) entidades da sociedade civil, organizadas sob a forma de associação, que celebram Termo de
Parceria com o setor público para execução de ações de interesse público.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 85
www.estrategiaconcursos.com.br 91
e) entidades privadas, sem fins lucrativos, que recebem qualificação específica e delegação do
Poder público para desempenhar serviço público não exclusivo.
I. mitiga o foco em uma gestão voltada para os processos, privilegiando a obtenção de resultados.
III. busca uma mudança da qualidade gerencial, trazendo destaque à transparência e ao controle
social.
IV. visa uma maior rapidez na circulação de informações, bem como uma maior qualidade destas,
fomentando o diálogo público sobre a atuação do Estado.
a) I e II, apenas.
a) novas lideranças
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 86
www.estrategiaconcursos.com.br 91
c) competências Essenciais.
d) empreendedorismo governamental.
e) gestão patrimonialista.
a) empreendedorismo governamental.
c) novas lideranças.
d) competências essenciais.
e) gestão de conflitos.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 87
www.estrategiaconcursos.com.br 91
GABARITO
1. Letra E 13. ERRADA 25. ERRADA
2. Letra A 14. CORRETA 26. ERRADA
3. Letra D 15. ERRADA 27. CORRETA
4. Letra D 16. Letra C 28. ERRADA
5. Letra E 17. Letra B 29. CORRETA
6. Letra A 18. CORRETA 30. CORRETA
7. Letra A 19. ERRADA 31. Letra A
8. Letra C 20. CORRETA 32. Letra E
9. Letra D 21. CORRETA 33. Letra D
10. Letra B 22. ERRADA 34. Letra D
11. Letra D 23. ERRADA 35. Letra A
12. Letra C 24. CORRETA
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 88
www.estrategiaconcursos.com.br 91
Referências Bibliográficas
ABRUCIO. Fernando Luiz. O impacto do modelo gerencial na Administração Pública: um breve estudo sobre
a experiência internacional recente. ENAP, 1997.
AFFONSO, Ligia Maria Fonseca, RUWER, Léia Maria Erlich, GIACOMELLI, Giancarlo. Empreendedorismo. /
Porto Alegre, SAGAH: 2018.
BAGGIO, Adelar Francisco. BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo: conceitos e definições. / v.1, n.1.
Rev. de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia: 2014.
CANDIDO, Claudio Roberto. Organização Claudio Roberto Candido, Patrícia Patrício. Empreendedorismo –
uma perspectiva multidisciplinar. / 1ª edição. Rio de Janeiro, LTC: 2016.
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática, 5ª edição. Barueri, Manole: 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações, 4ª
edição. Barueri, Manole: 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. / 9ª edição. Barueri, Manole: 2014.
DAGNINO, Evelina. Sociedade civil, participação e cidadania: de que estamos falando? In: Daniel Mato
(coord.), Políticas de ciudadanía y sociedad civil em tiempos de globalización. / Universidad Central de
Venezuela. Caracas, FACES: 2004.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. / 32ª edição. Rio de Janeiro, Forense: 2019.
DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. / 3ª edição. Rio de
Janeiro, Elsevier: 2008.
FIRMINO, Denilson Santos, DANTAS, Severino Ranielson Cunha, SANTOS, Rafael Olegário, GOMES, Edna
Fagna Trindade. X Congresso Nacional de Excelência em Gestão. Universidade Federal da Paraíba: 2014.
GEM 2003 – Global Entrepreneurship Monitor 2003. Relatório Executivo - Empreendedorismo no Brasil 2003.
Curitiba: IBPQ, 2003.
GOHN, Maria da Glória. Conselhos gestores na política social urbana e participação popular. n. 7. Cadernos
Metrópole: 2002.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 89
www.estrategiaconcursos.com.br 91
HISRICH, Robert D., PETERS, Michael P., SHEPHERD, Dean A. Empreendedorismo. Tradução: Francisco Araújo
da Costa / 9ª edição. Porto Alegre, Bookman: 2014.
KOTLER, Philip, KARTAJAYA, Hermawan, SETIAWAN, Iwan. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o
novo marketing centrado no ser humano. Tradução: Ana Beatriz Rodrigues. / Rio de Janeiro, Elsevier: 2012.
MACHADO, Geraldo, PINHO, Antonio, SOUZA, Celina, PASSOS, Elizete, VALENTE, Arnoldo. Gestão pública:
desafios e perspectivas. / , Fundação Luís Eduardo Magalhães. Salvador, FLEM: 2001.
MATIAS-PEREIRA, José. Manual de gestão pública contemporânea. 5ª edição. São Paulo, Atlas: 2016.
OLIVEIRA, Edson Marques. Empreendedorismo social no Brasil: atual configuração, perspectivas e desafios
– notas introdutórias. / v.7, n.2. Curitiba, Rev. FAE: 2004.
OLIVEIRA, Inara Rezende, CAMARGO, Mário Lázaro, FEIJÓ, Marianne Ramos, CAMPOS, Dinael Corrêa de,
JÚNIOR, Edward Goulart. Empreendedorismo social, pós-modernidade e psicologia: compreendendo
conceitos, atuações e contextos. / v.9, n.2. Bauru, Revista Interinstitucional de Psicologia: 2016.
OLIVEIRA, Adriel Rodrigues, MARTINS, Simone, MELO, Emanuelle Cristina, MAIA, Letícia Luanda, PINTO,
Tainá Rodrigues Gomide Souza. Participação e funcionamento dos conselhos gestores de políticas públicas.
/ v.13, n.2. Rio de Janeiro, Sociedade, Contabilidade e Gestão: 2018.
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública. / 5ª edição. São Paulo, MÉTODO: 2016.
PALUDO, Augustinho Vicente. Administração Pública, 8ª edição. Rio de Janeiro, Editora Método: 2019.
PIRES, Valdemir. Orçamento participativo: o que é, para que serve, como se faz. / Barueri, Manole: 2001.
SILVA, Maria de Fátima, MOURA, Laysce Rocha de, JUNQUEIRA, Luciano Antonio Prates. As interfaces entre
empreendedorismo social, negócios sociais e redes sociais no campo social. / v.17, n.42. Revista de Ciências
da Administração: 2015.
SILVA, Paulo Cezar Ribeiro da. Práticas Sustentáveis de Empreendedorismo Social. / Espírito Santo, Conselho
Regional de Administração do Espírito Santo: 2018.
Câmara dos Deputados (Analista Legislativo - Técnica Legislativa) Administração Pública - 2023 (Pós-Edital) 90
www.estrategiaconcursos.com.br 91