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Movimento Negro No Brasil

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O Movimento

Negro no Brasil
2°B
Ana Beatriz Fernandes da Silva
Elyara Beatriz da Silva
Kevin Crema Dias
Maria Clara M. Mateus
Pedro Lucas Barbosa Felipe
Introdução:
O movimento negro no Brasil é um movimento social que busca
a promoção da igualdade racial e a defesa dos direitos das
comunidades negras no país. Ele surgiu no final do século XIX,
com a instituição da abolição da escravatura em 1888, mas foi
apenas na década de 1970, durante o regime militar, que o
movimento se organizou de forma mais estruturada e ganhou
expressão nacional.
Os quatro períodos do
Movimento Negro:
Em 1888 que o negro deixou de ser propriedade do senhor,
passando a ser responsabilidade do Estado.
O Movimento Negro é composto por diversos
personagens, que se utilizaram de diversas estratégias de
conquistas.
Ao decorrer do tempo o Movimento Negro pôde ser
dividido em quatro períodos principais:
Período de Escravidão e Abolição
(1500-1888)
Nesse período, os afrodescendentes no Brasil eram escravizados. A
luta por liberdade e igualdade começou a ganhar força com líderes
como Zumbi dos Palmares e ações de resistência nas comunidades
quilombolas. A abolição da escravatura em 1888 marcou o fim desse
período.
Período Pós-Abolição e República
Velha (1889-1930)
Após a abolição, muitos afrodescendentes enfrentaram dificuldades
econômicas e sociais. O movimento negro se concentrou em
questões como acesso à educação e direitos civis, com destaque
para líderes como Luiz Gama e André Rebouças.
Período de Renovação do Movimento
Negro (1930-1980)
Durante esse período, o movimento negro se revitalizou com o
surgimento de grupos e organizações, como o Teatro Experimental
do Negro e o Movimento Negro Unificado (MNU). As demandas se
expandiram para incluir igualdade racial, representatividade e
combate ao racismo institucional.
Período Contemporâneo (1980 até
hoje)
O movimento negro se tornou mais diversificado e global, com foco
na denúncia de violência policial, racismo estrutural e desigualdades
sociais. Surgiram novas lideranças, como Marielle Franco, e
movimentos como o Black Lives Matter ganharam proeminência
internacional, destacando a necessidade contínua de lutar por justiça
racial.
Esses períodos mostram a evolução e a complexidade do movimento
negro, marcado por avanços, desafios e uma busca contínua por
igualdade e reconhecimento.
Dia Nacional da
Consciência Negra
Para sabermos mais sobre o dia 20/10/1695:

● Quem foi Zumbi dos Palmares?

Zumbi dos Palmares é um dos grandes nomes da história


do Brasil. Ele foi um dos líderes do Quilombo dos
Palmares, o maior e mais longevo quilombo da história
de nosso país. Zumbi assumiu a liderança do quilombo,
em 1678, e resistiu, durante quase 20 anos, contra as
investidas dos portugueses.
Dia Nacional da
Consciência Negra
Foi morto após ter seu esconderijo denunciado, no dia 20 de
novembro de 1695. Zumbi é, atualmente, um dos grandes
símbolos da luta dos negros e dos africanos contra a
escravidão no Brasil. Sua memória também é utilizada, nos
dias de hoje, como símbolo de luta dos negros contra o
racismo presente na sociedade brasileira.
Dia Nacional da
Consciência Negra
No dia 20 de novembro comemora-se o Dia da Consciência
Negra. A data foi oficializada por uma lei de 2011 e é inclusive
feriado em alguns estados e cidades. Ela foi escolhida para
homenagear Zumbi, o líder do Quilombo de Palmares, que
morreu neste dia, em 1695. E é para falar sobre o significado do
Dia da Consciência Negra nós recebemos a deputada
Benedita da Silva (PT-RJ).
Os principais movimentos sociais
contra o racismo:
Movimento Negro Movimento Negro Marcha da Negritude
Unificado (MNU) Empoderado Unificada da Paraíba

Marcha da Consciência Arrastão da Consciência


Negra Negra Maracastelo
Movimento Negro
Unificado (MNU)
O Movimento Negro Unificado (MNU) surge em 1978 como expressão
da ebulição social que sucede uma série de episódios racistas na
cidade de São Paulo.A fim de derrubar o mito da democracia racial no
país, essa defesa parte da premissa fundamental de que em nossa
sociedade o negro era deixado à própria sorte, sofrendo
cotidianamente com a discriminação, o desemprego, a condição
sub-humana de vida nos presídios, o abandono no tratamento de
menores, a violência policial, e a permanente colonização e
esmagamento da cultura negra brasileira.
Três principais acontecimentos levaram militantes do Núcleo Negro
Socialista da Liga Operária a criar o MNU. Naquele ano, quatro jovens
negros foram impedidos de usar a piscina do Clube de Regatas Tietê,
em São Paulo.
Em Guaianases, zona leste da capital paulista, outro fato marcante foi a
prisão de Robson Silveira, acusado de ter furtado bananas de um feirante
na volta para casa. Na mesma cidade, o trabalhador negro Nilton Lourenço
foi assassinado pela polícia no bairro da Lapa.
É nesse cenário de efervescência da questão racial no país que alguns
núcleos menores do movimento negro no país se unem a outros
militantes, organizados em partidos de esquerda, para compor o MNU. A
fundação oficial ocorreu no dia 7 de julho de 1978.
Movimento Negro
Empoderado
Movimento Negro Empoderado é uma coalizão de grupos e
indivíduos que lutam por igualdade racial, justiça social e
empoderamento da comunidade negra. Essa abordagem visa não
apenas combater o racismo e a discriminação, mas também
promover a valorização da cultura, história e contribuições dos negros
na sociedade.

A "Marcha da Negritude Unificada da Paraíba" é um exemplo de


mobilização dentro desse contexto. Trata-se de um evento que reúne
pessoas afrodescendentes e aliadas para expressar suas
preocupações, reivindicações e celebrações relacionadas à identidade
negra. A marcha busca visibilidade, conscientização e ações
concretas para combater as desigualdades raciais e promover o
empoderamento da comunidade negra na Paraíba.
Marcha da Negritude
Unificada da Paraíba
A marcha acontece no contexto do Novembro Negro, mês da
consciência negra e de Zumbi dos Palmares. Segundo Marli Soares, a
ação tem o intuito de combater a discriminação e o preconceito. A
marcha, que é independente, surgiu a partir de uma necessidade dos
grupos e movimentos sociais de formar um coletivo/uma coletiva da
negritude unificada no estado.

“O terceiro ano da marcha traz o mote ‘O Povo Negro Resiste, Não


Morreremos de Fome, Nem de Bala, Nem de Covid-19, Queremos
Viver’. Estaremos na rua fazendo essa denúncia do racismo que mata,
das políticas genocidas que matam, da violência contra as pessoas
negras”, comentou Lourdes Teixeira, diretora de Gênero, Raça e Etnia
do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da
Paraíba (SintesPB).
De acordo com Lourdes Teixeira, o ato da marcha é unificado, com a
participação de vários movimentos sociais e entidades sindicais
como, AdufPB, SintefPB, além do apoio da Prefeitura de João Pessoa.
“Saíremos em marchar no sentido Lagoa, onde encerraremos o nosso
ato. Na dispersão, teremos falas dos movimentos sociais
participantes, de sindicalistas, parlamentares e também estaremos
congregando atividades artísticas e culturais, tanto na concentração,
quanto na dispersão”, detalhou.
Marcha da
Consciência Negra
Em 1971, um grupo de jovens negros se reuniu no centro de Porto
Alegre para pesquisar a luta dos seus antepassados e questionar a
legitimidade do 13 de maio, data da assinatura da Lei Áurea, como
referência de celebração do povo negro. No lugar, sugeriam o 20 de
novembro, dia da morte de Zumbi dos Palmares, para destacar o
protagonismo da luta dos ex-escravizados por liberdade e gerar
reflexão para as questões raciais. A semente plantada ali é um dos
marcos da constituição dos movimentos negros e está na raiz do Dia
da Consciência Negra.

Zumbi foi morto em 1695, a data de sua morte, descoberta por


historiadores no início da década de 1970, motivou membros do
Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, em
um congresso realizado em 1978, no contexto da Ditadura Militar
Brasileira, a elegerem a figura de Zumbi como um símbolo da luta e
resistência dos negros escravizados no Brasil, bem como da luta por
direitos que seus descendentes.
Com isso surgiu a marcha da consciência negra que acontece há
quase 20 anos no dia 20 de novembro que no ano passado teve como
tema“Por um Brasil e São Paulo com Democracia e Sem Racismo”.
Arrastão da Consciência
Negra Maracastelo
O Coletivo Maracastelo é um grupo que fomenta a cultura tradicional,
em especial o Maracatu de Baque Virado, fundado em junho de 2014
no Bairro Castelo Branco em João Pessoa/PB. O grupo surgiu a partir
de oficinas abertas de Maracatu, como necessidade de formação e
iniciação de seus integrantes e com o objetivo de difundir a cultura
popular dentro da comunidade local.

O Maracastelo pede licença e proteção para brincar o maracatu com


respeito às nações e todos que carregam a sua tradição, carregando
em seu baque a identificação com a cultura afro-brasileira. O grupo
canta toadas tradicionais, bem como composições autorais e cumpre
sua missão de brincar e fazer outros brincarem e vivenciarem a
cultura que é viva.
A mestra e gestora do Ponto de Cultura Maracastelo, Angela Gaeta,
comenta que vai colocar os tambores na rua não só para exaltar a
cultura afro-brasileira, mas para batucar contra o racismo e a
intolerância religiosa.

Ainda de acordo com Angela Gaeta, muito embora a data agregue


uma mobilização de luta, o arrastão é um evento cultural. “É um
evento tradicional dentro do trabalho do Coletivo Maracastelo e vem
com a proposta de fazer uma reflexão da contribuição do negro para
formação da sociedade brasileira, nosso papel dentro da luta
antirracista enquanto brincantes da cultura popular brasileira e para
mostrar que o maracatu não está somente ligado ao carnaval”,
comentou.
Desde 2014 o coletivo oferece atividades gratuitas e abertas ao
público em parceria e diálogo intenso com mestres, brincantes e
grupos de variadas expressões da cultura popular em rede com
entidades e instituições da sociedade civil, comunidades, agentes
comunitário-culturais e comunidade acadêmica. Tais ações vêm
impactando de forma significativa o cenário da cultura popular da
cidade de João Pessoa e do estado da Paraíba.
Black Lives Matter
O movimento Black Lives Matter (BLM), que começou nos
Estados Unidos em 2013 após o assassinato de Trayvon Martin e
ganhou destaque em 2020 após a morte de George Floyd, teve
influências no Brasil, principalmente no contexto das discussões
sobre racismo e desigualdade racial.
Como o Black Lives Matter influenciou
o Brasil?

Conscientização sobre o Protestos Amplificação de vozes


racismo negras
Manifestantes brasileiros
Inspirou discussões e se solidarizaram com o O BLM influenciou a
debates mais amplos BLM e também amplificação das vozes
sobre racismo no Brasil, protestaram contra a negras no Brasil, destacando
levando a uma maior violência policial e o figuras públicas, ativistas e
conscientização sobre as racismo no Brasil, acadêmicos que lutam contra
questões raciais no país. exigindo justiça para o racismo e promovem a
vítimas negras de abuso igualdade racial.
policial.
Como o Black Lives Matter influenciou
o Brasil?

Debates políticos Pressão por Debate sobre


mudanças representatividade
As discussões geradas pelo
BLM também tiveram um No Brasil, houve pressão O BLM também incentivou
impacto nos debates discussões sobre
para que as autoridades
políticos no Brasil. representatividade na mídia, na
abordassem questões
Questões relacionadas ao política e em outras esferas da
como a violência policial
racismo e à discriminação sociedade brasileira. Houve um
e a desigualdade racial
racial tornaram-se tópicos aumento na demanda por maior
de maneira mais eficaz representação de pessoas
mais importantes na
agenda política. negras em posições de poder e
influência.
É importante notar que o Brasil tem sua própria história de luta
contra o racismo e a desigualdade racial, que precede o movimento
BLM, mas o BLM teve um impacto global significativo que também
reverberou no país, contribuindo para fortalecer e ampliar os debates
sobre questões raciais no Brasil.
Para entendermos a razão por trás de tantos movimentos sociais
contra o racismo, é importante sabermos pelo o que os antepassados
negros sofreram, e seus descentes sofrem até os dias atuais, e o que
els buscam.
Por esses motivos vamos ver:

O Racismo no Passado
•Escravidão: A escravidão foi uma das formas mais brutais de
racismo na história, na qual milhões de africanos foram
sequestrados e forçados a trabalhar como escravos em várias
partes do mundo, incluindo as Américas e a Europa.
•Leis de Jim Crow: Nos Estados Unidos, após o fim formal da
escravidão, as chamadas "Leis de Jim Crow" foram
implementadas no sul do país. Elas legalizaram a segregação
racial em escolas, transporte público, restaurantes e outras
áreas da vida pública, institucionalizando a discriminação racial.
O Racismo no Passado

•Colonialismo: O colonialismo europeu em várias partes do


mundo frequentemente envolveu a exploração e opressão de
populações nativas com base em preconceitos raciais.
O Racismo nos Dias Atuais
•Violência Policial:Em muitos lugares, a brutalidade policial e o
tratamento desigual de minorias étnicas e raciais continuam a ser
questões sérias e altamente visíveis. Casos de mortes de pessoas
negras desarmadas nas mãos da polícia têm gerado protestos em
todo o mundo.
•Disparidades Sociais e Econômicas:As disparidades
socioeconômicas persistem, com grupos racialmente minoritários
muitas vezes enfrentando maiores taxas de pobreza, falta de
acesso a uma educação de qualidade e oportunidades de
emprego limitadas.
•Discriminação Subjetiva:Além das formas institucionais de
racismo, a discriminação individual ainda é uma realidade para
muitas pessoas. Isso pode incluir preconceito racial, estereótipos e
microagressões.
O Racismo nos Dias Atuais
•Discriminação Estrutural:Apesar dos avanços legais, o racismo
persiste em muitas sociedades. Ele muitas vezes se manifesta de
forma mais sutil, por meio de discriminação estrutural em áreas
como habitação, emprego, sistema de justiça criminal e acesso a
serviços de saúde.

–Racismo Estrutural:É quando o preconceito e a discriminação


racial estão consolidados na organização da sociedade,
privilegiando determinada raça ou etnia em detrimento de outra.
Concluí-se que nesses movimentos, os participantes geralmente
abordam questões como representatividade, acesso igualitário a
oportunidades, combate ao racismo estrutural, valorização da
história negra e fortalecimento da autoestima da população negra.
Através dessas ações coletivas, o Movimento Negro busca promover
mudanças sociais e políticas que contribuam para uma sociedade
mais inclusiva e justa.
Figuras negras de
representatividade contra o racismo

Malcolm X

Martin Luther King Rosa Parks


Figuras negras brasileiras de
representatividade contra o racismo

Marielle Franco Abdias Nascimento


Djamila Ribeiro

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