(Jararaca) Edição Agosto 2020
(Jararaca) Edição Agosto 2020
(Jararaca) Edição Agosto 2020
De fato, a visão do mundo judaico-cristã, com seu Deus situado fora do Tempo & Espaço imobilizado na
Eternidade, representa a concepção mais antiecológica de que temos notícia. "Meu reino não é deste
mundo" significa que o mundo poderá estar entregue a todo tipo de devastação, quer por bombas,
agrotóxicos, industrialização etc., pois para este ponto de vista o planeta Terra é um lugar de passagem,
um "vale de lágrimas", um lugar de expiação.
Não é sem motivo que os romanos perseguiam os cristãos sob a acusação de que eram ateus, pois não
adoravam os deuses do panteão romano cada um deles representando uma paixão humana ou deusas
agrárias representando a fertilidade & generosidade da Terra, como Ceres & Cibele, sem falar de Baco
(Dionísios para os gregos), deus da uva, do vinho & das bacanais que na Grécia & Roma tinham um
sentido religioso. Com o advento do Cristianismo, ocorreu a dessacralização do mundo, que para os
pagãos era povoado de deuses. "O que for feito à Terra, recairá sobre os filhos da Terra" diz o ditado dos
índios peles-vermelhas, adoradores do peiote, do Sol, da Lua, do coiote & do falcão.
Amnésico & anestesiado pela civilização urbana industrial, robotizado em seus sentimentos, limitado em
sua visão pelos edifícios & muros das cidades, o homem moderno não sente mais alegria cósmica &
pagã de participar de um nascer do sol, de um crepúsculo, do silêncio das ilhas perfumadas, do instinto,
da imensidão dos mares silenciosos, das estrelas. Reprimindo a criança que existe nele, o homem
moderno aniquila os deuses do júbilo em seu coração. Deixa de improvisar sua vida, enquadrando-se na
marcha uniforme da sociedade organizada & vestida.
texto | Victor Cruzeiro
a bordo do eveline
Com a notícia de que uma editora nacional Martins Taíde está sendo comparado (sempre há
finalmente vai publicar A bordo do Eveline, livro uma comparação!) ao misterioso M. Agueev,
único de Martins Taíde, em pleno mês nacional do russo que publicou, em Paris, um único romance
escritor, um grito entalado na literatura brasileira é em 1934. Contudo, Agueev sempre foi russo, e
finalmente solto. A obra narra as desventuras de acreditou-se até ser um pseudônimo de Nabokov.
um certo Felisberto que, não se sabe por qual Ora, nunca houve quem sugerisse que Martins
motivo, encontra-se em Cork, Irlanda, no início do Taíde é um pseudônimo de José de Alencar ou
século XIX, e regressa para o Brasil a bordo de um Raul Pompeia – de quem se aproxima bastante.
barco chamado Eveline, onde trabalha na Não. O livro sequer era conhecido, nem mesmo
cozinha. A maioria da narrativa se passa durante a por estudiosos de literatura brasileira na Irlanda.
viagem, onde acompanhamos um magistral
trabalho de escultura dos tipos psicológicos e É sintomático que para cada louvor a Grande
uma certa análise moral de um tempo que faria os Sertão ou Memórias Póstumas tenhamos que
russos chorarem. enterrar cinco outras obras anônimas, como se
nossa biblioteca fosse pequena demais, com
Fora isso, o livro é parco em descrições, de modo lugares contados, sem espaço para o novo. Como
que é incerto mesmo se Felisberto é negro, se nossa literatura fosse um quadro bonito com
embora seja muito provavelmente mestiço, pelo uma moldura grande demais, que chama mais a
enfrentamento que tem com um tal marinheiro atenção que a própria pintura! Como se fosse só
Purcell, que leva os dois a trocarem socos no uma decoração, um capricho, uma vaidade.
convés. Tampouco se sabe muito sobre Martins Lemos pouco demais... e esquecemos mais
Taíde, ou mesmo porque o livro se passa na ainda. Esquecemos de buscar, lá longe, a nossa
Irlanda. A hipótese que trata-se de um própria imaginação que voa alto. Afinal, se
pseudônimo dificulta muito precisar mesmo se é imaginamos e criamos Ariano, Clarice, Hilda,
um autor ou autora e, ainda que uma corrente Érico, Oswald e Orides, por que diabos não
afirme ser o autor um Vicente Trindade, nascido conseguimos imaginar e criar um mundo inteiro?
em Porto Alegre, em 1800, e que realmente viveu
na Irlanda, não há certeza. Não deixem nossa literatura morrer. É a nossa
única chance de sair daqui.
Mais ainda, o fato do livro se passar na Irlanda fez
com que o livro fosse publicado lá desde 1902, e
somente agora, mais de um século depois, esteja
chegando ao Brasil. Isso é extremamente
sintomático. E triste.
Os olhos trêmulos
adiantam o futuro próximo:
são eles incapazes de interromper a força de nossa pulsão.
Antes do futuro,
o último sacrifício:
Uma legião de homens e mulheres, denominados Salvadores, tentaram invadir um hospital na tarde deste
domingo, segundo eles, para evitar um grande mal, uma barbárie, um ataque contra a vida. Eles e elas
querem impedir o assassinato deliberado de outro ser vivo, um incapaz que ainda não existe. A homicida
em questão [palavras dos Salvadores], uma criança de dez anos está grávida do próprio tio, que a
estuprava desde que ela tinha seis. Os Salvadores querem impedir a criança de abortar o feto. O feto é
muito importante, veja bem. Se preciso for, eles disseram, eles invadem o hospital, matam os médicos,
raptam a criança e a escondem. Já está tudo planejado, disse uma mulher loira de saia longa que não quis
ser identificada.
Vão prender a criança numa casa suficientemente confortável e garantir que a gestação ocorra até o final.
Vão até realizar o parto sozinhos. Alguns médicos de longa carreira aceitaram a nobre missão. Outros vão
se fantasiar, colocar roupas brancas e máscaras, meio imitando anjos, meio imitando doutores sem
doutorado e por fim todos cantarão seu louvor quando a criança sair do corpo da outra criança. Eles me
disseram que essa vai ser uma história gloriosa para contar aos netos. Muitos ali acreditam na família,
querem muitos netos brancos.
Depois do parto, um pastor, líder do movimento me confessou: vão embrulhar o bebê em um pano rosa
ou azul, a depender do sexo, vestir a outra criança, a menina, com um belo vestidinho rosa claro, um laço
na cabeça, e deixá-los na porta de alguma casa, ou na rua mesmo, afinal, ele me disse, eles não são
responsáveis por nenhuma dessas vidas. “A menina que se vire, quem mandou ser estuprada? Muito
provavelmente seduziu o tio, as mulheres tem essa malícia, sabe, desde Eva desvirtuando pobres homens
a serviço do senhor…”.
Dia 3 de agosto foi dia do capoeirista (e da capoeirista Ao longo do século XX a capoeira se organizou em grupos,
também). A capoeira é uma energia viva que se manifesta geralmente com uma liderança centralizada (o mestre). No
nos praticantes. Ela vibra na roda e merece todas as final da década de 1960 alguns aventureiros se jogaram na
homenagens possíveis. Dito isso, e apesar de ter volta do mundo e criaram as primeiras turmas fora do Brasil,
pesquisado, não encontrei o motivo dessa data específica: inicialmente na Europa, principalmente Portugal, Inglaterra
3 de agosto. Não há na tradição oral nenhuma referência a e França, e na sequência, nos Estados Unidos. O caminho
essa data. mostrou-se sem volta.
Coisas da capoeira, arte misteriosa, cheia de mandingas e Regressando ao Brasil de 2020. Pandemia do coronavírus.
segredos. Encantadora. É a libertação do corpo e da mente. Atividades coletivas suspensas devido ao risco de contágio.
A libertação da pessoa dela mesma. Depois de Grupos de capoeira migram para os ambientes virtuais em
absolutamente perseguida enquanto uma manifestação aplicativos que possibilitam reuniões digitais e tentam se
escrava por pelo menos 200 anos, e criminalizada após a manter em atividade. Em atividade. Mas, sem roda, há
abolição, se tornou patrimônio cultural da humanidade. capoeira? O que sairá dessa fase atual de encontros digitais
Hoje, é a maior difusora da língua portuguesa, e da cultura de capoeira? Impossível responder a essa pergunta, mas eu
brasileira pelo mundo afora. Centros de capoeira ponderaria sobre o que não existe no ambiente virtual.
espalhados pelo mundo são consulados do Brasil Releia o terceiro parágrafo desse texto modesto e rude. A
verdadeiro. Com suas contradições, defeitos e virtudes. falta de elementos fundamentais rompe com a continuidade
da corrente ancestral sobre a qual citei há pouco. Os grupos
Tradição oral, transmitida de geração em geração. Já foi provavelmente sobreviverão após a pandemia, afinal,
dito que a capoeira é passada pelo hálito do Mestre, onde observo esforços absolutos no sentido de manter a
os princípios são revelados aos poucos, os fundamentos articulação entre membros. Há alguns grupos que já estão
são firmados ao longo do tempo de convívio com o mais se arriscando a voltar a treinar de forma presencial em meio
velho. O Mestre de capoeira ensina pegando pela mão. A ao pior momento da pandemia no DF. Compreendo as
presença do afeto e da empatia são características do motivações, uma vez que as limitações dos ambientes
processo de ensino-aprendizagem. A capoeira é uma arte virtuais não permitem que a capoeira seja, de fato,
artesanal. Há grandes grupos que congregam milhares de vivenciada. Mas vale o risco? Acho que não.
praticantes, e há grupos que não somam duas dezenas de
afiliados. A capoeira encontra-se na roda. A rua é seu palco Sei que o mundo dá volta. E é na volta do mundo que eu
principal. Seu berço e sua maternidade. É na roda de rua vou. A pandemia vai abrandar. A capoeira vai sobreviver.
que encantam-se aqueles que serão os continuadores Devagar também é pressa.
dessa corrente ancestral a partir da observação da
vadiação e da vibração.
b: Porque você acha que aqui é mais difícil emplacar isso? m: Porra, foda total. Eu acho que tem vários lugares assim,
tipo o Setor. É uma iniciativa muito bonita. O Setor, a própria
m: Porque a cidade é nova né, vei… O rap aqui na Nova Íris - um lugar que eu morei na asa norte - são pólos de
Ceilândia inclusive é uma história foda… O japão do viela, resistência emocional. O jeito que as pessoas se relacionam
o DJ Jamaica e tal… Tem uma história muito foda. Mas emocionalmente nesse lugar é mais orgânico, mais sincero.
ainda assim, em São Paulo o rap era feito há muito mais Por estarem lidando com arte, por estarem lidando com
tempo em vários outros lugares. Eu sinto que Brasília ainda sensibilidade. Acho que sempre resistem esses navios
é uma página em branco, a gente é a terceira ou quarta piratas assim… O setor, Nova Íris, o Mercado Sul que tem em
geração de Brasilia, então tá ai pra ser escrita. É uma tela Taguatinga, o Galpão Complexo Criativo lá em Goiânia...
em branco, a gente tá começando a escrever a história. Eu Essas iniciativas são reflexos de resistência, dialoga pra
vejo como uma dificuldade mas ao mesmo tempo como caramba e tem que existir. Ocupar locais -
uma oportunidade de escrever a história nova, que ainda principalmente abandonados - e fazer de forma diferente já é
nao rolou. Tem muito espaço pra fazer o novo. O espaço é uma resistência, ainda mais promovendo arte, ainda mais
amplo. Né não? promovendo jornal, entrevista, palavra, foto, encontro...
b: Eu tava morando no Rio, voltei pra cá por causa da b: Eu acho que O Setor é uma possibilidade de florescer uma
pandemia e acho que vou ficar. Lá tem um hype que existe, parada orgânica de dentro pra fora. Brasília não tem tantos
coisas que eu não teria feito se não fosse por ser lá… Mas espaços em que isso é possível. Tanto com a lei do silêncio,
então por que não fazer as paradas aqui? Trazer pra cá? tanto com precisar de alvará, autorizações…
Valorizar a cena local para que a cena local seja valorizada Burocracias que acabam impedindo a cultura popular, o
por outras cenas… feirante, camelô, enfim. O setor permite que aconteça,
permite trocas orgânicas, permite que a cidade seja vivida de
m: A melhor forma de valorizar a cena local é fazendo o seu uma outra forma. Tem um pensamento um pouco mais…
melhor na sua cena local. É o mais efetivo. Por que nao
tem arte de qualidade em Brasília? Porque ninguém faz. Se m: … Efetivo, né? De ocupar de verdade, né?
você fizer arte de qualidade em Brasília, Brasília começa a
se tornar um lugar de arte de qualidade… Então eu acho b: Sim… Tem um quê de cuidar do espaço como se o
que o melhor remédio é fazer bem feito, né? público fosse de todos, e não de ninguém.
m: Signo?
agradecimentos MK @beatdomk
Gustavo Peres @prsoperes
falta de oportunidades
por ser ex-detento (12)
vulnerabilidade (14)
principais
motivos para
a situação de rua
do SCS
FONTE: Sistema de Informações dos Moradores (SIM) do No Setor
maio a agosto / 2020 perdeu a casa (1)
* alguns moradores relataram mais de um motivo
Era um escritor desconhecido no tempo da caça aos pensadores e aos pensantes. Período que, embora
aos racionais parecesse lógico que logo seria superado e tido socialmente como retrógrado e
provinciano, delineava as linhas do futuro. Quando a censura bateu em sua porta, de forma repentina,
ainda que já a esperasse há alguns dias, surpreso e decepcionado, escondeu o pen drive em que
armazenava os seus livros atualizados no lugar onde combinara com os seus amigos: dentro de um
souvenir vintage em formato de máquina de escrever, que possuía uma abertura para guardar joias e
minúsculas bugigangas. Naquele período, não havia mais papel. Não por proibição, mas porque as obras
estavam agora guardadas e protegidas em e-mails, dispositivos portáteis e nuvens que o escritor não se
sentia à vontade para utilizar.
No momento em que teve a sua porta arrombada, lhe veio à cabeça a certeza de que morreria
invariavelmente; que a sua dor era um reflexo da violência praticada ao seu corpo, e lhe acometeu a ideia
de que a sua mente seria capaz de qualquer coisa diante tamanha aflição. “Isso não significa que
sucumbirei ao desespero”, aduziu.
Certo de que, diante tais circunstâncias, seria capaz de qualquer loucura, se convenceu a encarar a dor
que sofreria com o desdém selvagem do cão que morre rosnando e cuspindo. Assim, durante os fatos
que se sucederam, em momento algum cogitou confessar onde estavam guardadas as suas obras. Sentiu
os choques afetando o seu juízo, a banheira de gelo lhe congelara até os ossos, encarou o alicate que lhe
arrancava os dentes, os metais que lhe tirava as unhas, e a faca que lhe cortava o saco; desmaiou.
Desmaiou diversas vezes. Era difícil ficar acordado naquelas circunstâncias. Entretanto, durante os
poucos minutos em que esteve desperto e sóbrio, gargalhou.
“O medo é uma prisão! Podem me torturar, façam o que quiserem comigo, seus imbecis! Eu vou perecer
gargalhando da tolice e da pequenez de vocês. Vocês são vermes! Cortem a minha língua, arranquem o
meu pau, tentem o que quiserem, mas o façam sabendo que morrerei mandando-os, todos, à merda,
seus filhos da puta ridículos!”
Os soldados sabiam que ele não sairia dali vivo. Ele também sabia. No entanto, em seu estado de delírio
selvagem e consciente, o escritor mantinha a alma tranquilizada pela convicção de que, assim que
soubessem da sua morte, pessoas de sua confiança compartilhariam seus escritos em meios digitais, e
exporiam o seu trabalho, permitindo, mesmo depois de ter o corpo devorado por bactérias, que
desdenhasse de todo o governo, e de todas as convenções e demais imbecilidades alheias que o regime
militar do seu país pregava e promovia a ascensão.
Tolos, porém, experientes, os militares sabiam que sua obra não estava exclusivamente em sua posse.
Por isso, a seguir, pretendiam ir atrás da sua família, e dos nomes que ele delataria durante a tortura.
Contudo, também sabiam que, caso ele não abrisse o bico e dedurasse os seus amigos e familiares para
os quais havia pedido o favor de compartilhar o seu trabalho em caso de eventuais infortúnios, seria tarde
demais. Em uma semana de desaparecimento já dariam sua morte como certa e começariam as
divulgações.
Ao ter metade do antebraço torrado no fogão e não conseguir impedir que gritos fossem expelidos,
decidiu se distrair e optou por dar um pouco de humor à situação:
“Tudo bem, eu vou falar, eu vou falar!”, declarou.
Um sargento tirou o seu braço do forno e o colocou em um barril de gelo.
“A lista de quem possui o livro está em um pen drive guardado dentro do lixo do banheiro. Escondi
quando chegaram”, confessou, forjando uma expressão de piedade digna de um grande um artista
enganador.
Os generais foram ao lixo, retiraram fragmentos de papéis higiênicos sujos de fezes, embalagens de
pasta de dente, cotonetes e pentelhos, entretanto, não encontraram pen drive algum.
“Não tem pen drive nenhum aqui”, bradou o general. “Veja bem, se cooperar conosco, prometo que terá
uma morte rápida. Vou perguntar só mais uma vez: onde está a porra do pen drive?”
Mesmo padecendo de uma insuportável agonia, o escritor se concentrou na lucidez da insanidade,
pensou em Charles Manson a conceder entrevistas e, com muito esforço para não desmaiar, sorriu.
“Talvez esteja no rabo da sua mãe, aquela galinha dos ovos podres!”
O último choque não permitiu que acordasse novamente. Os soldados vasculharam a sua casa inteira,
mas a mini máquina de escrever permaneceu intacta. Assim como os seus textos, era indestrutível.
Após a morte do desconhecido e censurado autor, um burburinho foi responsável pela divulgação do seu
trabalho. Depois de publicado, com uma bela nota de apresentação evidenciando o contexto histórico em
que fora escrito, o livro se tornou um sucesso. A partir da repercussão, os torturadores e os seus colegas
foram humilhados pelo povo, sobretudo graças ao positivo alcance da obra no cenário exterior.
Durante os seus julgamentos, no Tribunal de Exceção de suas consciências, foram condenados a,
enquanto dormissem, escutar a última gargalhada do assassinado que os tornou vítimas.
reportagem
| Repórter anônima para o @jornaljararaca
o primeiro discoporto do mundo é brasileiro e barragarcense
Nesta edição do Jararaca, enviamos uma correspondente para a cidade de Barra do
Garças, para desvendar os mistérios ufológicos da cidade.
Projeto aprovado em setembro de 1995 e construído em Ufólogos e parapsicólogos afirmam que Barra do
1997, sem a utilização do dinheiro público, o primeiro Garças é um dos maiores pontos de aparições de
discoporto do mundo foi idealizado pelo então vereador ovni’s do Brasil. A cidade é o berço da serra do
na época, Valdon Varjão. O aeroporto para disco Roncador, assim chamada por produzir uivos quando
voadores foi levantado com doações do próprio Valdon o vento lhe atravessa. A serra em questão por si só
e está localizado no Parque Serra Azul, na cidade de tem tantas histórias e lendas que dariam infinitos
Barra do Garças. textos, mas se tratando de visitas extraterrestres, é lá
o point preferido.
É claro que a ideia, bem como a construção, gerou muita
notoriedade para a cidade, tendo trazido para Barra do Além disso, em Barra do Garças também se atravessa
Garças inúmeros veículos de comunicação importantes, o Paralelo 15, o mesmo da Chapada dos Veadeiros.
bem como é fonte para muitos vídeos e documentários Mas como a cidade não brinca em serviço, é possível
facilmente encontrados na internet. A questão é que ver um enorme número 15 incrustado nas paredes
grande parte desses materiais tratam o Discoporto com rochosas da serra. Não é por acaso no fim das contas
sarcasmo e chacota, mas para os moradores desta que Varjão tenha decidido instalar um aeroporto para
cidade rodeada por uma serra que literalmente fica azul, disco voadores na cidade. Visionário, o homem queria
não só o discoporto, mas toda essa história de ovni é mesmo era dar boas-vindas
levada muito a sério por aqui.
molhada
vi o mar
e o tempo do mar
vi o homem
e o tempo do homem
sagitário (22/11 a 21/12) virgem (23/08 a 22/09) gêmeos (21/05 a 20/06) escorpião (23/10 a 21/11)
Já foi mais fácil atirar a flecha e ver A mente movimenta o silêncio e Entre lá e cá houve muito o que Volte três casas, jogue os dados e
o fogo queimar sem se preocupar. agora aprende que palavra serve refletir, agora pega a onda da fique uma rodada no canto da sala
Ainda assim o alvo está ali pra ser escutada. Não adianta realidade e segura firme nas suas repensando o movimento. Tem
pedindo atenção e te olhando com viajar sem coragem de sair do ferramentas que a deusa ajuda coisas que não são simples, mas
força. Pisa firme no seu chão, hotel. As aventuras se constroem quem cedo madruga e ainda que toda praticidade será louvada
centre-se no seu foco e não se com o desconhecido e ainda que haja motivo pra preguiça o corre tá frente a tempestade em copo
perde no labirinto que uma hora não haja certeza, o barato é justo ali do ladinho seduzindo seu d’água. E de qualquer forma, você
ele acaba, o segredo é sair vivo. esse - Renovar, Refazer, ouvido. Agora é sua vez de nem vai ter tempo pra isso. Olhe
Faz de si o Minotauro! Re(e)xistir e construir um futuro do aprender a seduzir o corre. Fala pra essência da sua alma e
que te abre os olhos. Abreu seu baixinho e com carinho que ele te lembre-se de quem luta do seu
ano, abra seu jogo! escuta e ainda te dá uns pega! lado.
leitura
arte
campanhas sociais
Revista À Toa
@revistaatoa Ajude os Mestres e
Mestras de Capoeira
Revista Caminhos Angola durante a
@revivendoexodos pandemia
https://bit.ly/3kaFtGA
Revista Traços @cultivandoaraiz
linktr.ee/revistatracos
@revistatracos Projeto Nós
Rede de apoio e
Report capacitação de mulheres em
Breu (@breubss) grafitando a parede do banheiro público do SCS
@centrodeinvencao
centrodeinvencao.com
editais e oportunidades
estabelecimentos
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Inscrições abertas para a
edição 2020
O Barco
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