Estudo Redes Sociais
Estudo Redes Sociais
Estudo Redes Sociais
Metadados
Data de Publicação 2023
Tipo bookPart
http://repositorio.ulusiada.pt
17.
Scroll. Logo existo! Os comportamentos aditivos no
uso da internet e das redes sociais
Scroll. Soon I exist! Addictive behaviors in the use
of the internet and social networks
Joaquim Fialho
Doutor em Sociologia, Instituto Superior de Gestão e CLISSIS – Portugal.
joaquim.fialho@gmail.com
Inês Casquilho-Martins
Doutora em Serviço Social. Universidade Lusíada, CLISSIS e Iscte-IUL – Portugal.
inescasquilho@lis.ulusiada.pt
Lourdes Caraça
Mestre em Psicologia. CLISSIS – Portugal. lourdescaraca@hotmail.com
Andreia Oliveira
Mestre em Psicologia. CLISSIS – Portugal. oliveira.andreiia@gmail.com
https://doi.org/10.34628/2xfa-cj94
Abstract: Entertainment has always been present throughout human history, taking
on new configuration over time. Technological developments have developed new forms
of access to information and knowledge and, at the same time, “drag” young people
and adults to the screens of computers and mobile devices, in which social networks
take on a huge centrality. The younger generations (12-30 years old), digital natives,
are the drivers of a new culture of interaction mediated by screen screens. This action
research project, focused on the behavior of young people in the use of screens, aims to
study the practices of using screens; identify addictive behaviours in screen users; cha-
racterise and differentiate regional display practices; profiling the use of screens and
devise an action plan for the prevention of addictive behaviour in the use of displays.
The scope of the project is the entire national territory and is based on a qualitative
and quantitative methodology, with various data collection instruments and brings
together a multidisciplinary team.
Keywords: addictive behaviors; screens; action strategies and the internet.
O mundo tem mudado muito nos últimos anos. Mesmo muito. A tecnolo-
gia digital (aqui referida apenas como “tecnologia”) veio provocar uma revolução
nos modos de vida e nas práticas quotidianas, em particular nas relações de socia-
bilidade e na forma como as pessoas interagem.
Pensar na tecnologia como um malefício nas sociedades pós-modernas é um
erro crasso e um exame desprovido de honestidade analítica e focado na detur-
pação do valor que os avanços da tecnologia trouxeram para a nossa vida e para
O problema não está na tecnologia. Nem nunca esteve. Nós, enquanto seres
sociais, temos a capacidade de nos deixar emergir por níveis de utilização que
transpõe os limites da razoabilidade e nos tornamos dependentes. A nossa vida
está facilitada pela tecnologia. Sobretudo pela internet. No trabalho e nas nossas
rotinas quotidianas há uma imensidão de benefícios que daqui advém. Este não
é o problema. O problema está quando nos tornamos dependentes e não conse-
guimos controlar os nossos impulsos, sobretudo para fins lúdicos, de diversão,
jogo ou sexo online. Estes, são alguns dos padrões de utilização que nos devem
causar um alerta.
Há séculos que as pessoas se tornaram física e psicologicamente depen-
dentes de muitos comportamentos e substâncias. São padrões de utilização que
podem impulsionar negativamente a vida das pessoas, sobretudo nos casamentos,
relações, emprego e nas áreas jurídicas e financeiras (Greenfield,1999). Na histó-
ria da humanidade sempre houve registos de dependência. Hoje, com algum sar-
casmo analítico, podemos dizer que o consumo digital lúdico se equipara, numa
escala ainda maior, ao consumo de tabaco. Olhemos à nossa volta. Encontramos
mais pessoas a fumar ou a olhar para a tela do telemóvel? Cada um faz o seu exer-
cício e encontrará a resposta.
Hoje a tecnologia surge como um aliado muito importante na vida em
sociedade. Todavia, a utilização de qualquer bem ou serviço de forma descontro-
lada pode tornar-se um problema.
Desenho metodológico
Revisão bibliográfica;
Procedimentos técnicos Inquérito por questionário;
Entrevistas e Focus Group
Fonte: elaborado pelos autores
Nota final
Referências
Fialho, J. (2023). Redes sociais. Ilusão, obsessão e manipulação. Lisboa: Edições Sílabo.
Fialho, J., Dias, E., Macedo, V., (2022). O uso das redes sociais e as competências digitais dos
portugueses. Coleção CLISSIS. Lisboa: Universidade Lusíada. (978-989-640-249-5).