EBN Cursos - PCPE (Pós-Edital) - Português
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SUMÁRIO:
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1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS.
10 DICAS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
DICA 4 – Faça da leitura um hábito. Leia textos longos e com características diversas. Um
texto literário, por exemplo, é diferente de um texto informativo. Quanto mais se lê
com profundidade, mais se aprende.
DICA 5 – Leia mais poesias e ouça mais músicas. As poesias e as músicas têm uma
dificuldade maior de serem interpretadas, pois é necessário tentar entender as
intenções do autor, o que o “eu lírico” quis dizer. Músicas dos anos 70, 80 e poesias são
interessantes para afinar a capacidade de interpretação.
DICA 6 – Leia charges e tirinhas. Muitas vezes, a bancanão traz “textos secos”. Para
ilustrar e até deixar a provamais leve, algumas questõesutilizam charges e tirinhas com
personagens conhecidos.
DICA 8 – Leia textos mais complexos. Para isso, utilize um dicionário ou pesquise na
internet o significado das palavras que não são comuns no seu dia a dia. Aumente seu
vocabulário em conversas diárias. Muitas vezes, a banca usa palavras desconhecidas
para dificultar a vida
do concurseiro.
DICA 9 – Procure
outras fontes. Por
exemplo, veja vídeos
de professores com
outras formas de
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interpretação, outras técnicas e outras dicas. Não se limite a um único material.
IMPORTANTE! As bancas costumam colocar termos que extrapolam o texto, isto é, que
não estão nele. Com isso, elas perguntam se está correto ou não. Por exemplo, o texto
aborda violência URBANA, mas a banca coloca alguma alternativa relativa à violência NO
CAMPO, para confundir o candidato. Por isso, leia com atenção.
OBSERVAÇÃO: Em muitos textos você terá que analisar o contexto com a “visão do
autor”, o que ele quis dizer, qual mensagem ele quis passar. Isso requer treino e muitas
horas de leitura, pois, infelizmente, não há atalho ou fórmula mágica. Entretanto, há
alguns termos que algumas bancas costumam usar, como depreende-se, infere-se,
deduz-se que etc.
Observe as expressões CONFORME O TEXTO, ou seja, isso tem que estar dentro do
texto.
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2 RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS.
TIPOS TEXTUAIS
TEXTO NARRATIVO
Uma das características principais do texto narrativo é a presença de um
narrador. Em uma narração temos a presença de narrador, personagem, tempo,
espaço, enredo e clímax (mas não precisa ter todos de uma vez).
TEXTO DESCRITIVO
TEXTO DISSERTATIVO
Neste tipo textual é possível notar uma exposição de ideias, teorias, raciocínios
etc. através de uma estrutura formada por introdução, desenvolvimento e conclusão.
Não é necessário haver uma progressão no tempo. Há duas classificações:
TEXTO EXPOSITIVO
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O texto expositivo tem a finalidade de informar e esclarecer o leitor através da
exposição de um determinado assunto ou tema. Esse tipo de texto não tem a pretensão
de convencer o leitor, apenas de expor conhecimentos, ideias e pontos de vista. Sua
linguagem é clara e concisa.
TEXTO INJUNTIVO
GÊNEROS TEXTUAIS
TIRINHA
Tirinhas costumam ser histórias curtas, com poucos quadrinhos, e geralmente
trazem humor, apesar de também fazerem alguma crítica social. É possível encontrar
tanto linguagem verbal, com expressões típicas da fala, quanto linguagem não verbal,
isto é, signos visuais (gestos, ilustrações, músicas, posturas, placas etc.).
PROPAGANDA
CARTA
No gênero carta temos a presença de um emissor ou remetente (quem escreve)
e de um receptor ou destinatário (quem recebe). A carta pode ser, entre outros tipos:
pessoal, familiar, argumentativa, do leitor, aberta e comercial.
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3 DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL.
GRAFIA E SIGNIFICADO DE ALGUMA PALAVRAS QUE CAEM EM PROVAS
MAS/MAIS:
MAS: conjunção adversativa, equivale a porém, contudo, entretanto. Ex.: Tento não
sofrer, masa dor é muito forte.
MAIS: pronome ou advérbio de intensidade, opõe-se a menos. Ex.: É um dos garotos mais
bonitosda escola.
ONDE/AONDE:
ONDE: lugar em que se está ou que se passa algum fato. Ex.: Onde você foi hoje?
AONDE: indica movimento (refere-se a verbos de movimento). Ex.: Aonde você vai?
QUE/QUÊ
MAL/MAU
MAL: advérbio (opõe-se a bem), como substantivo indica doença, algo prejudicial:
Ex.: Ele se comportou muito mal. (advérbio) Ex: A prostituição infantil é um mal presente
em todas as partes do Brasil. (substantivo)
AO ENCONTRO DE: significa “ser favorável a”, “aproximar-se de”. Ex.: Quando avistei
minha mãe fui correndo ao encontro dela.
DE ENCONTRO A: indica oposição, colisão. Ex.: Suas ideias sempre vieram de encontro às
minhas. Somos mesmo diferentes.
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AFIM/A FIM
AFIM: adjetivo que indica igual, semelhante. Ex.: Temos objetivos afins.
A PAR/AO PAR
AO PAR: indica igualdade entre valores financeiros. Ex.: O real está ao par do dólar.
DEMAIS/DE MAIS
Demais também pode ser pronome indefinido, sentido de “os outros”. Ex.: Alguns
professores saíram da sala enquanto os demais permaneceram atentos às orientações.
DE MAIS: opõe-se a de menos. Ex.: Não vejo nada de mais em seu comportamento
SENÃO/SE NÃO
SENÃO: sentido de “caso contrário”, “a não ser”. Ex: não fazia coisa alguma senão
conversar.
SE NÃO: sentido de “caso não”. Ex: Se não houver conscientização, haverá escassez de
água.
NA MEDIDA EM QUE: equivale a porque, já que, uma vez que. Ex: Na medida em que os
projetos foram abandonados, os estagiários ficaram desmotivados.
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À MEDIDA QUE: indica proporção, equivale a à proporção que. Ex: A emoção
aumentava à medida que o momento da apresentação se aproximava.
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4 DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COESÃO TEXTUAL. 4.1 EMPREGO DE ELEMENTOS
DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E DE OUTROS
ELEMENTOS DE SEQUENCIAÇÃO TEXTUAL.
COESÃO REFERENCIAL
Nesse tipo de coesão, os elementos de coesão anunciam, ou retomam as frases, sequências e
palavras que indicam conceitos e fatos. Isso pode ocorrer através da anáfora ou catáfora.
A ANÁFORA faz referência a uma informação mencionada no texto anteriormente, ou seja, ela
retoma um componente textual. Também pode ser chamada de elemento anafórico.
A CATÁFORA, por sua vez, antecipa um componente textual, sendo chamada de elemento
catafórico.
Exemplo de coesão referencial por elipse: Vamos à praia no domingo. Você nos acompanha?
Neste tipo de coesão, um elemento do texto é retirado e evita a repetição: Vamos à praia no
domingo. Você nos acompanha (à praia)?
Neste tipo de coesão, é possível repetir o elemento lexical ou mesmo usar sinônimos.
COESÃO SEQUENCIAL
É a maneira como os fatos se organizam no tempo do texto. Para isto, são utilizadas relações
semânticas que ligam as orações e os parágrafos à medida que o texto é descrito.
Ricardo é, com certeza, a melhor escolha. Além disso, conhece os meandros da empresa.
A coesão sequencial por justaposição ocorre para dar sequência ao texto no ordenamento
temporal, espacial e de assunto.
Nesse tipo de coesão, as conjunções, como neste caso, estabelecem uma relação entre as
orações.
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4.2 EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.
Dividem-se em:
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Abstratos — referem-se a uma ação, qualidade ou estado:
Beijo (de beijar), fuga (de fugir), beleza (de belo), cegueira (de cego), frieza (de frio).
ATENÇÃO! podem se combinar com as preposições formando: AO, DO, NOS, NUM,
NUMA.
NÃO se combina com preposição o artigo que integra o nome de jornais, revistas, obras
literárias etc.:
Li essa notícia no Globo. (errado)
Li :essa notícia em O Globo. (correto)
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Ex: as misteriosas pálpebras doloridas.
Flexão: gênero, número e grau.
Quanto ao gênero, os adjetivos podem ser uniformes e biformes:
Uniformes — possuem uma única forma que se aplica tanto a substantivos masculinos
como a femininos:
NÚMERO DO ADJETIVO
Adjetivo simples
Em geral, o adjetivo simples faz o plural seguindo as mesmas regras do substantivo:
Adjetivo composto
No adjetivo composto devemos observar os seguintes procedimentos para a formação
do plural:
Somente o último elemento deve ser flexionado:
Guerras greco-romanas
Salas médicos-cirúrgicas
Crises político-econômicas
Blusas amarelo-escuras
Casacos castanho-claros
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GRAU DO ADJETIVO
LOCUÇÃO ADJETIVA
Dá-se o nome de locução adjetiva ao conjunto de preposição e substantivo empregado
com valor de adjetivo.
Às vezes, é possível substituir a locução adjetiva por um adjetivo de igual significado,
outras vezes, isso é impossível:
Doença do coração doença cardíaca
Perímetro da cidade perímetro urbano
Colega de turma (não há adjetivo equivalente)
Cabelo de milho (não há adjetivo equivalente)
Ambos é chamado numeral dual, já que sempre se refere a dois seres, podendo ser
empregado, com reservas, de maneira enfática: ambos os dois, ambos a dois, ambos
de dois, a ambos dois:
“O certo é que ambos os dois monges caminhavam juntos." (Alexandre Herculano)
"De ambos de dois a fronte coroada." (Luís de Camões)
TABELA DOS NUMERAIS
CARDINAIS Indicam uma quantidade exata de seres: um, dois, três etc.
ORDINAIS indicam a ordem numérica em que se localizam os seres numa
série: primeiro, segundo, terceiro etc.
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FRACIONÁRIOS indicam o número de vezes em que os seres são divididos: meio
ou metade, um terço, um quarto etc.
MULTIPLICATIVOS indicam o número de vezes em que os seres são multiplicados:
duplo ou dobro, triplo, quádruplo etc.
CAÍ MUITO! Os pronomes O(S), A(S) exercem a função de objeto direto, substituindo
um complemento verbal NÃO regido de preposição obrigatória:
Comprei este casaco em Londres. Comprei-o em Londres.
Os pronomes O(S), A(S) assumem as formas LO(S), LA(S) após as formas verbais
terminadas em R, S OU Z, OU depois da partícula EIS:
Devemos analisaR esse caso. Devemos analisá-LO.
ConsideramoS grave a situação do país. Consideramo-LA grave.
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Aquela região produZ ótimas frutas. Aquela região produ-LAS.
"E ei-la, a morte, e ei-lo, o fim!" (Olavo Bilac)
Após as formas verbais terminadas em som nasal, os pronomes o(s), a(s) assumem as
formas no(s), na(s):
Cassaram o mandato de alguns corruptos Cassaram-NO.
Os carneiros dão a lã Os carneiros dão-NA.
Os pronomes ME, TE, SE, NOS E VOS, dependendo da regência verbal, funcionam como
OBJETO DIRETO ou OBJETO INDIRETO:
Meus filhos sempre ME respeitaram.
L OD L VTD
Meus filhos sempre ME obedeceram.
L OI L VTI
CAÍ MUITO! Como complemento verbal, LHE(S) SEMPRE funciona como OBJETO
INDIRETO:
Seus filhos sempre lhe obedeceram.
L OI L VTI
Pronomes possessivos
b) O emprego de SEU, SUA, SEUS, SUAS pode causar duplo sentido em certas frases:
A mãe proibiu o filho de sair com seu carro. (carro de qual dos dois?)
Para evitar o duplo sentido, usamos as formas dele(a):
A mãe proibiu o filho de sair com ó carro dele. (ou dela).
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Pronomes demonstrativos
Variáveis
Pessoa Masculino Feminino Invariáveis
Singular Plural Singular Plural
1º Este Estes Esta Estas Isto
2º Esse Esses Essa Essas Isso
3º Aquele Aqueles Aquela Aquelas Aquilo
Em relação ao espaço
Exemplo
Este (s), esta (s), isto Próxima a pessoa que fala Eu guardo ESTA caneta há
anos
Exemplo
Esse (s), essa (s), isso Próxima a pessoa com ESSE livro (que está
quem se fala contigo) é raro.
Exemplo
Aquele (s), aquela (s), Ser distante a pessoa com AQUELE livro (ali) me
aquilo quem se fala pertence.
Em ralação ao tempo
Exemplo
Este (s), esta (s), isto Indicam o presente em relação Jamais esquecerei ESTE
ao emissor. momento
Exemplo
Esse (s), essa (s), isso Tempo passado ou futuro Jamais esquecerei ESSE
relativamente próximo momento.
Exemplo
Aquele (s), aquela (s), aquilo Indicam o tempo distante em Jamais esquecerei AQUELE
relação ao momento que o momento
emissor fala
Exemplo
Este (s), esta (s), isto Indica o que AINDA VAI ser Os assuntos da próxima
falado. reunião serão ESTES:
indisciplina e evasão
de alunos
Exemplo
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Esse (s), essa (s), isso Indica o que já FOI FALADO. Indisciplina e evasão de
alunos: ESSES foram os
assuntos da última reunião.
Pronomes relativos.
Variáveis Invariáveis
0 pronome relativo QUE pode ter como antecedentes os demonstrativos O(S), A(S):
É verdadeiro O QUE lhe afirmo.
AS QUE estão à direita do palco serão homenageadas.
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O relativo CUJO (e flexões) equivale a um PRONOME POSSESSIVO e sempre se posiciona
ANTES DE UM SUBSTANTIVO. Concorda em gênero e número com o substantivo a que
se refere, não admitindo a posposição de um determinante:
Ex: Esse é um escritor com cuja obra sempre me encantei.
O bairro por cujas ruas caminho à noite é pouco policiado.
Pronome ONDE equivale a EM QUE E NO(A) QUAL, sendo empregado para INDICAR
LUGAR:
EX: visitarei a cidade ONDE nasci.
COMO é pronome reativo apenas quando equivale a conforme, o qual, pelo qual, sendo
empregado para indicar modo:
EX: observem o jeito COMO ela se veste.
Muitos desconhecem o processo COMO o som se propaga.
VERBOS
Um dos tópicos mais extensos da gramática.
Indicam ação, estado ou fenômeno da natureza.
Vamos ao que mais cai em concursos.
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SUBJUNTIVO — exprimem Façam silêncio!
um fato hipotético ou Ajudem-me, por favor!
optativo.
IMPERATIVO — exprime
ordem, pedido, súplica.
PRESENTE – indica um fato A violência cresce em todo
que se processa no tempo o mundo.
atual.
Tempo Em 1958, a seleção
PRETÉRITO PERFEITO – brasileira conquistou a
indica um fato totalmente copa.
concluído no passado.
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Os particípios regulares são, geralmente, empregados na voz ativa, com os VERBOS
AUXILIARES TER E HAVER:
O veneno HAVIA MATADO as baratas.
AUXILIARES
São verbos que se combinam com um outro, chamado principal, que pode estar no
Infinitivo, particípio ou gerúndio. Os mais comumente utilizados na língua portuguesa
são: SER, ESTAR, TER E HAVER.
PRONOMINAIS
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São verbos que aparecem acompanhados de PRONOMES OBLÍQUOS da mesma pessoa
do sujeito.
“QUEIXOU-SE duma dor de cabeça que o torturava” (Eça de Queiroz)
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Já está muito tarde.
b) quando o verbo termina em sílaba nasal (-am, -em, -ão), os pronomes assumem
as formas NO, NA, NOS, NAS:
— Prendam-NA! — disse o delegado.
"... e o comendador... põe-NO a pontapés no olho da rua." (Artur Azevedo)
VOZES DO VERBO
Parte mais importante desse tema.
São quatro as vozes verbais: ativa, passiva, reflexiva e reflexiva recíproca.
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ATIVA
O sujeito é o agente, isto é, pratica a ação.
L sujeito agente
L sujeito agente
PASSIVA
Ocorre quando o sujeito é paciente, ou seja, RECEBE A AÇÃO EXPRESSA pelo verbo:
Os jogadores eram aplaudidos pela multidão.
L sujeito paciente.
Novos governantes serão eleitos pelo povo.
L sujeito paciente
L sujeito paciente
L sujeito paciente
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2. Voz passiva sintética — é formada com verbo transitivo direto ou transitivo direto e
indireto na 3º pessoa do singular ou do plural (conforme o sujeito paciente seja singular,
plural ou composto) mais o pronome apassivador SE:
Anulou-SE esta questão. Quem anula, anula algo. VTD
L sujeito paciente
Entregaram-SE as correspondências ao contribuinte. Verbo entregar é VTDI.
L sujeito paciente
VOZ REFLEXIVA
Ocorre quando o sujeito pratica e recebe a ação verbal simultaneamente. Nesse caso,
o verbo é sempre acompanhado de um pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito
a que ele se refere:
O jardineiro feriu-se com a enxada. (ou seja: feriu a si próprio)
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Ocorre quando a ação é mútua entre os elementos do sujeito. Nesse caso, o pronome
oblíquo equivale a um ao outro, uns aos outros:
Os boxeadores encaravam-se friamente. (ou seja: encaravam um ao outro)
Preposições
Interjeições
Conjunção
Advérbio
PREPOSIÇÕES -
É a palavra invariável que liga duas outras, subordinando a segunda à primeira,
estabelecendo uma certa relação de dependência entre elas.
Ele veio de Portugal
(a preposição de estabelece uma relação de lugar entre as duas palavras)
O poço secou com o calor.
(a preposição com estabelece uma relação de causa entre as duas palavras)
Preposições essenciais
São palavras que funcionam basicamente como preposição: A, ANTE, ATÉ, APÓS, DE,
DESDE, EM, ENTRE, COM, CONTRA, PARA, POR, PERANTE, SEM, SOB E SOBRE.
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em + ele(s) = nele(s)
em + ela(s) = nela(s)
de + ali = dali
de + ele(s) = dele(s)
de + ela(s) = dela(s)
a + a(s) = à(s) (com crase)
a + aquele(s) = àquele(s) (com crase)
a + aquela(s) = àquela(s) (com crase)
a + aquilo = àquilo (com crase)
CONJUNÇÃO
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou duas palavras que tenham a
mesma função na oração.
Observe os exemplos:
Nosso lema é este: ordem E progresso.
Você tem bom gênio, MAS seu irmão é um impulsivo.
Não sabemos SE ele é uma pessoa confiável.
CONECTIVOS COORDENATIVOS
CONECTIVOS SUBORDINATIVOS
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CONFORMIDADE conforme, segundo, como, consoante
CAUSA porque, uma vez que, sendo que, visto que, porquanto
CONSEQUÊNCIA de forma que, de modo que
CONDIÇÃO se, caso, contanto que, a menos que
COMPARAÇÃO como, tal qual, assim como
FINALIDADE a fim de que, para
TEMPO quando, enquanto, sempre, nunca
PROPORCIONALIDADE à medida que, à proporção que
ATENÇÃO!
PROPORCIONAL
À MEDIDA QUE
Obs: “à medida EM que” NÃO EXISTE.
CAUSAL
NA MEDIDA EM QUE
Para Memorizar: “só Jesus NA causa”
ADVERSATIVO
NÃO OBSTANTE
Quando trocado por MAS
CONCESSIVO
NÃO OBSTANTE
Quando trocado por “EMBORA”
ADVÉRBIO
Advérbio é a palavra que MODIFICA O VERBO, O ADJETIVO, OUTRO ADVÉRBIO ou até
mesmo uma frase toda:
27 | P á g i n a
esquerda, a (à) distância, de longe, de perto, ao lado,
por dentro, por fora, por aqui, por ali, para onde etc.
Modo assim, bem, debalde, depressa, devagar, mal, bem,
melhor, pior,
alerta, à toa, às claras, às ocultas, às pressas, ao léu,
lado a lado,
frente a frente etc., e quase todos os terminados pelo
sufixo -mente: (calmamente, alegremente etc.)
Negação não, de modo algum, de jeito nenhum, de forma
alguma etc.
Tempo agora, ainda, amanhã, anteontem, antes, breve, cedo,
tarde, depois, hoje, então, nunca, jamais, logo, sempre,
outrora, já, raramente, à tarde, à noite, de manhã, de
repente, de súbito, em breve, de quando em quando
etc.
Advérbios interrogativos.
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Ele fala bem até dos inimigos.
c) de designação — eis:
Eis os livros que você me pediu.
Você é que deve pagar a conta hoje. (Você deve pagar a conta hoje.)
INTERJEIÇÃO
É uma palavra ou locução com que exprimimos sentimentos de dor, alegria, admiração,
aplauso, irritação etc.
"— Ó vida futura! nós te criaremos." (Carlos Drummond de Andrade)
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"Oh! que doce harmonia traz-me a brisa." (Castro Alves)
A PALAVRA COMO
A palavra como possui as seguintes classificações morfológicas:
SUBSTANTIVO
Aparece antecedida de um determinante ou especificando outro termo:
Esse como é advérbio ou pronome interrogativo?
Agora vamos analisar a palavra como.
INTERJEIÇÃO
Quando expressa espanto, admiração. É sempre seguida de pausa forte:
Como! Você ainda não votou?!
PREPOSIÇÃO
Quando se puder subentender o gerúndio sendo depois dela, ou puder ser substituída
pela locução na qualidade de. Nesse caso, a palavra como sempre introduz um
predicativo na frase.
O aluno classificou como (sendo) pronome um advérbio.
Naquela excursão, ele serviu como guia. (na qualidade de guia)
ADVÉRBIO
Relaciona-se a um verbo ou a um adjetivo, exprimindo circunstância de intensidade ou
modo. Sintaticamente exerce a função de adjunto adverbial de intensidade ou de
modo:
Como é linda a sua casa!
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CONJUNÇÃO
Introduz oração subordinada adverbial. É classificada de acordo com as seguintes
circunstâncias adverbiais:
a) Causal — equivale a porque, já que, uma vez que:
Como não havia estudado, não quis fazer a prova.
PRONOME RELATIVO
31 | P á g i n a
5.2 RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. 5.3
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
Sintaxe é a parte da gramática que trata da ordem, da relação e da função das palavras
na frase. Normalmente segue-se esta ordem: sujeito, verbo, complemento e adjunto (S
V C A), chamada de ORDEM DIRETA.
Frase é qualquer enunciado (curto ou longo) que estabelece comunicação. Toda frase
deve ser inteligível. Tradicionalmente, ela pode ser nominal ou verbal.
Uma oração não é nada mais que uma frase verbal; seu núcleo é um verbo (ou uma
locução verbal).
Período é uma frase que possui uma ou mais orações; começa com letra maiúscula,
apresenta um verbo (ou locução verbal) e termina em ponto, ponto de interrogação,
ponto de exclamação ou reticências. Há dois tipos:
Simples: constituído de uma oração, logo todo período simples é uma oração absoluta.
– Estudo hoje com apenas uma gramática.
– Muitos professores do curso continuam escrevendo artigos para seus alunos!
– Seria esta a resposta certa?
Composto: constituído de mais de uma oração; pode ser formado por coordenação,
subordinação ou coordenação e subordinação (período misto); as conjunções, os
pronomes relativos e certas preposições normalmente aparecem para ligar as orações
deste tipo de período.
– Os resultados foram ótimos, por isso ficamos satisfeitos. (duas orações/ coordenação)
– Pedi que todos viessem preparados. (duas orações/subordinação)
– Para salvar a economia, é preciso planejamento. (duas orações/subordinação)
– A mão que balança o berço é a mão que mata. (três orações/subordinação)
32 | P á g i n a
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO
Definição
Como você já sabe, as frases verbais ou orações são formadas por termos sintáticos,
certo? Por isso iremos falar justamente sobre tais termos sintáticos que constituem a
oração. Neste capítulo, você aprenderá tudo sobre os termos essenciais da oração, a
saber: o sujeito e o predicado.
Sujeito é não só o termo que representa o ser ou o fato sobre o qual se declara alguma
coisa, mas também o termo que faz o verbo ser conjugado. É por isso que o
verbo/locução verbal concorda em número e pessoa com o sujeito. Cada sujeito está
ligado a um (1) verbo, por isso fique de olho na relação entre o verbo e o seu sujeito.
– As casas da vila estavam à venda.
– Nós ficamos casados por sete anos.
– Sua Majestade foi flagrada às escondidas com o amante.
– Ninguém deveria apoiar campanhas a favor das drogas.
– Quem nunca pecou nesta vida?
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CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
Já que sabemos o que é um sujeito e como identificá-lo, vamos ver os tipos de sujeito.
Simples
Apresenta somente um núcleo explícito.
– Alguém escondeu a minha bolsa.
– Quem foram os beneficiados pelo projeto esportivo?
– As despesas das casas de praia e de campo ficaram por minha conta.
Oculto
Apresenta um núcleo implícito, elíptico, mas facilmente identificável pelo contexto ou
pela desinência do verbo. Por isso, este tipo de sujeito é chamado de oculto, implícito,
elíptico, desinencial etc.
– Não consigo deixar as responsabilidades de lado. (Quem não consegue? Eu. Percebe-
se isso pela desinência do verbo.)
– Todo procedimento médico deve ser bem programado; só será bem-sucedido se
houver acompanhamento e manutenção. (O que será bem-sucedido? O procedimento
médico.)
– Escondeste minha bolsa onde? (Fica fácil perceber que o sujeito oculto é o tu, pois a
desinência/terminação do verbo é de 2a pessoa do singular, ou seja, “Tu escondeste a
minha bolsa onde?”.)
Composto
Apresenta mais de um núcleo explícito.
– Minha chave, minha bolsa, minha moto foram roubadas.
– Indignados ficaram os moradores da zona oeste e os da zona sul com o descaso.
– Tanto a felicidade como a tristeza são estados de espírito.
Indeterminado
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indeterminada. Indetermina-se o sujeito normalmente por três motivos: 1) por não se
saber sua identidade, 2) por querer torná-lo desconhecido ou 3) por generalização.
Existem três construções com sujeito indeterminado na língua culta.
35 | P á g i n a
ORAÇÃO SEM SUJEITO (SUJEITO INEXISTENTE)
As orações sem sujeito sempre apresentam verbos impessoais, os quais, por sua
semântica, não apresentam um sujeito promovendo a ação verbal. Tais verbos são
usados na 3ª pessoa do singular (exceto o engraçadinho do SER).
De todos os verbos impessoais, muita atenção ao VERBO HAVER. Todo ano cai uma
questão sobre ele, SEJA EM ORAÇÃO SEM SUJEITO, seja em CONCORDÂNCIA. É incrível
a tara que as bancas têm com esse verbo.
1) HAVER com sentido de existência, ocorrência ou tempo decorrido.
– Havia poucas pessoas aqui. (Existiam poucas...)
– Houve duas confusões ali. (Ocorreram duas...)
– Abandonei o cigarro há três meses. (... faz três mês...)
36 | P á g i n a
6) Tratar-se + de indicando um assunto.
– Paro de falar aqui, pois não se trata de quem tem ou não razão.
8) Certos verbos que indicam sensações, como doer, coçar, cheirar etc.
– Meu filho, onde lhe dói?
– Coça muito aqui atrás, doutor.
– Realmente cheira mal atrás de suas costas.
9) Verbos que indicam fenômenos naturais (chover, ventar, nevar, gear, trovejar,
amanhecer, escurecer).
– Ventou, trovejou, choveu e depois nevou no Sul do país.
ORACIONAL
O sujeito é oracional quando vem em forma de oração. O verbo do sujeito oracional fica
sempre na 3ª PESSOA DO SINGULAR.
– Quem semeia vento colhe tempestade.
– Não é saudável, embora seja delicioso, comer frituras todos os dias.
– Viu-se que ela tem grande potencial na música.
PREDICADO
37 | P á g i n a
O predicado é a soma de todos os termos da oração, exceto o SUJEITO E O VOCATIVO.
É tudo o que se declara na oração referindo-se ao sujeito (quando há sujeito). Sempre
apresenta um verbo.
– A língua portuguesa sofreu uma reforma ortográfica polêmica em 2009.
Lembre-se que as bancas são maliciosas, logo “pedaços” que compõem o predicado
poderão estar “espalhados” pela frase. Veja:
– Em 2009, sofreu a língua portuguesa uma reforma ortográfica polêmica.
Nas orações sem sujeito, tudo é predicado, por um motivo muito óbvio: não há sujeito.
Verbo de Ligação
Também chamado de copulativo, o verbo de ligação relaciona o sujeito ao seu
predicativo (atributo que indica estado, qualidade ou condição do sujeito). Os verbos
de ligação não indicam ação alguma por parte do sujeito, por isso são tradicionalmente
“vazios” de significado, indicando apenas estado, e por isso o núcleo do predicado,
somente neste caso, não é o verbo, mas sim o predicativo.
– João é alegre. (estado permanente)
– João está alegre. (estado transitório)
– João ficou alegre. (estado mutatório)
– João permanece alegre. (estado continuativo)
– João parece alegre. (estado aparente)
Intransitivo
O verbo intransitivo é aquele que contextualmente não exige complemento, por ter
sentido completo. Segundo a visão tradicional, consideram-se verbos intransitivos
também aqueles que, indicando deslocamento ou moradia, normalmente vêm
acompanhados de uma expressão adverbial (de lugar, principalmente).
38 | P á g i n a
– No dia 5 de outubro de 2011, morre o famoso inventor Steve Jobs.
– Encerraram-se as sessões de cinema às 22h.
– Todos chegaram ao teatro à noite.
Transitivo Direto
O verbo transitivo direto é aquele que contextualmente exige um complemento sem
preposição obrigatória (objeto direto). Uma maneira de saber se o verbo é transitivo
direto se dá por meio da passagem de voz ativa para passiva. Se isso ocorrer, o verbo é
de fato transitivo direto (99,99% das vezes).
– Por que os homens destroem assim a natureza? (Destrói-se algo/alguém)
– Sabemos que o mercado imobiliário está em ascensão. (Sabe-se algo)
– Consideramo-las pessoas realmente idôneas. (Considera-se alguém/algo)
Transitivo Indireto
O verbo transitivo indireto é aquele que contextualmente exige um complemento com
preposição obrigatória (objeto indireto).
– Concordo com você, realmente tenho de acreditar em Deus, pois aqueles que lhe
desobedecem sofrem graves consequências.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE!
39 | P á g i n a
Assim como o objeto direto, o objeto indireto também pode aparecer de forma
pleonástica:
“Ao avarento, não LHE peço nada. " (Francisco Rodrigues Lobo)
CAÍ MUITO! Como complemento verbal, LHE(S) SEMPRE funciona como OBJETO
INDIRETO:
Seus filhos sempre lhe obedeceram.
L OI L VTI
40 | P á g i n a
Voz passiva SINTÉTICA OU PRONOMINAL. Pronome apassivador SE + VTD ou VTDI
Sobre o substantivo:
Adjunto adnominal – pode ser CONCRETO ou ABSTRATO (nomeia uma ação – corrida,
pesca.)
Complemento nominal – tem que ser ABSTRATO.
Agente e paciente:
41 | P á g i n a
Adjunto adnominal preposicionado é agente. Adjunto Adnominal – Agente.
Complemento nominal é paciente. Complemento nominal – paCiente.
Adjuntos adnominais:
O amor de pai é especial. (agente: o pai ama)
A invenção do físico mudou o mundo. (agente: o físico inventou)
A aula do professor foi boa. (agente: o professor lecionou)
Complementos nominais:
O amor ao pai também é especial. (paciente: o pai é amado)
A invenção da internet mudou o mundo. (paciente: a internet foi inventada)
A leitura da bíblia é instigante. (paciente: a bíblia é lida)
ADJUNTO ADVERBIAL
42 | P á g i n a
O adjunto adverbial é o termo que denota a circunstância do fato expresso pelo verbo
ou intensifica o sentido de um VERBO, ADJETIVO OU ADVÉRBIO.
L advérbio
Ele escolhia com calma os presentes,
L locução adverbial
Tempo (quando?) — agora, depois, sempre, hoje, ontem, nunca, jamais, à noite, às
vezes etc.
Exemplo: Amanhã sairei somente à noite.
Meio:
Exemplo: Viajaremos de avião.
Fim, finalidade:
Eles não estavam preparados para o jogo.
Concessão:
Apesar de pobre, ele não é miserável.
43 | P á g i n a
APOSTO
O aposto é o termo que repete a função sintática de outro termo fundamental da
oração. Se retirarmos o termo fundamental ao qual o aposto se refere, este passará a
exercer a função do termo retirado. Observe:
"Maria, a esposa do infeliz , abriu finalmente a porta." (Fernando Sabino)
L sujeito L aposto
A esposa do infeliz abriu finalmente a porta.
L sujeito
VOCATIVO
44 | P á g i n a
Coordenação – orações sintaticamente independentes, isto é, não exercem função
sintática em relação a verbos, nomes ou pronomes de outra oração.
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” (Fernando Pessoa)
L 1ª oração L 2ª oração
L 1ª oração L 2ª oração
[que os recordem] [e se deleitem com a imaginação deles."] (Machado de Assis)
L 3ª oração L 4ª oração
A 2ª oração se subordina ao verbo bastar, que é a principal. 3ª e a 4ª são coordenadas
entre si, mas são dependentes do pronome OUTROS da 2ª oração.
Para separar as orações de um período composto, temos de prestar atenção a dois
elementos fundamentais: os verbos (ou locuções verbais) e os conectivos (conjunções
ou pronomes relativos geralmente o QUE).
45 | P á g i n a
[MAS nada mais ouvi."] (Machado de Assis)
3ª oração
Entre a primeira e a segunda – assindética, usou VÍRGULA para separar.
CONECTIVOS COORDENATIVOS
CONECTIVOS SUBORDINATIVOS
L substantivo.
46 | P á g i n a
Aguardamos que você nos visite.
IMPORTANTE!
As orações subordinadas substantivas também podem ser conectivas:
Conectivas — são introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes QUE ou SE:
Dizem que haverá novos aumentos de impostos. SUBSTITUA por ISSO. Dizem o que?
ISSO.
Não sei se poderei sair hoje à noite. SUBSTITUA por ISSO. Não sei o que? Não sei ISSO.
OBJETIVAS INDIRETAS
Funcionam como objeto indireto de um verbo transitivo indireto ou transitivo direto e
indireto da oração principal:
L OI
47 | P á g i n a
informe-se do que aconteceu. (or. subord. subst. objetiva indireta)
L OI oracional
"Não nos esqueçamos de que o bem-estar social nasceu da ilustração." (Alexandre
Herculano). LOI oracional
RESTRITIVAS
EXPLICATIVAS
48 | P á g i n a
Não imitam o termo antecedente; elas simplesmente acrescentam uma explicação
sobre alguma qualidade peculiar do antecedente. Funcionam como uma espécie de
informação acessória, podendo ser suprimidas sem prejudicar o sentido do período:
Minha mãe, que é muito católica, vai à missa todos os domingos.
Nesse período, a oração adjetiva "que é muito católica" é explicativa. Se eia for retirada,
o significado do período não sofrerá alterações.
Toda oração adjetiva explicativa aparece ISOLADA POR VÍRGULAS.
O emprego ou não da vírgula nas orações adjetivas é de fundamental importância na
escrita. Às vezes, o significado de uma frase pode mudar, de acordo com o emprego da
vírgula. Observe:
Ele visitará o irmão que mora em Recife.
(Ele tem mais de um irmão; apenas um deles mora em Recife — restritiva.)
49 | P á g i n a
• Quando pronome relativo, como vimos, introduz oração subordinada adjetiva.
Relaciona-se a um termo antecedente e corresponde a o qual, a qual, os quais, as quais:
IMPORTANTE! As conjunções integrantes (só existem duas: QUE E SE) NÃO exercem
função sintática na oração de que participam. São meros conectivos entre a oração
subordinante e a subordinada que encabeçam.
OUTRAS ABORDAGENS QUE AS BANCAS COSTUMAM COBRAR SOBRE O PRONOME
RELATIVO QUE
termo
antecedente sujeito (QUE), aqui o “QUE” retoma o sujeito: CRIANÇAS.
Vi crianças que passavam fome.
L Crianças passavam fome.
50 | P á g i n a
Sujeito
Perceba nessa oração que o pronome QUE “assumiu” a função de SUJEITO DA ORAÇÃO.
O QUE É O MAIS COBRADO PELAS BANCAS.
1. Que — o pronome relativo “que” refere-se a coisas ou pessoas e pode exercer as
seguintes funções:
a) sujeito
O homem que é honesto dorme com tranquilidade.
L sujeito (= O homem é honesto.)
b) objeto direto
Cresceram as roseiras que mamãe plantou no jardim.
L OD (= Mamãe plantou as roseiras no jardim.)
c) objeto indireto
Estas são as informações de que você necessita. Observe primeiro o VERBO.
L OI (= Você necessita das informações.)
Assumindo a função de Objeto Indireto, observe que quem necessita, necessita de algo,
de alguma coisa.
d) complemento nominal
Surpreendem-nos as loucuras de que ele é capaz.
L complemento nominal (= Ele é capaz de loucuras.)
e) predicativo do sujeito
Não confio no hipócrita que você é.
L predicativo do sujeito (= Você é hipócrita.)
f) agente da passiva
51 | P á g i n a
Aquele é o cão por que fui mordido.
L ag. da passiva (= Fui mordido pelo cão.)
g) adjunto adverbial
Aquele é o hospital em que nasci.
L adj. adv. de lugar (= Nasci no hospital.)
3. Cujo — o pronome relativo cujo tem valor possessivo. Concorda em gênero e número
com o ser a que se refere, exercendo sempre a função de adjunto adnominal:
O incêndio, cujas origens estão investigando, causou bastante prejuízo.
L adj. adn. (- Estão investigando suas origens.)
4. Onde — o pronome relativo onde tem sentido locativo, isto é, indica lugar. Exerce,
portanto, a função de adjunto adverbial de lugar:
BIZU PARA AS BANCAS: ELAS VÃO TROCAR PRONOMES POR ONDE, A MAIORIA DAS
VEZES NÃO INDICA LUGAR. DESSA FORMA, A QUESTÃO ESTARÁ ERRADA.
GRAVE ISSO: ONDE SÓ SE REFERE A LUGAR.
52 | P á g i n a
5. Quanto — o pronome relativo quanto tem por antecedentes os pronomes indefinidos
tudo, todo, todos, todas:
Isso contraria tudo quanto aprendemos.
L OD (= Aprendemos tudo.)
6. Como — é pronome relativo quando tem por antecedente uma expressão que indica
modo:
Não gosto da maneira como você me trata.
L adj. adv. de modo (= ... você me trata dessa maneira.)
L locução adverbial
A locução adverbial à noite, que exerce a função de adjunto adverbial, pode ser
expressa por uma oração com a mesma função:
Assim que anoitecer, visitaremos o museu.
L adjunto adverbial.
Deveremos viajar quando amanhecer.
53 | P á g i n a
A PALAVRA SE
Morfologicamente, a palavra se pode ser:
SUBSTANTIVO
Como substantivo, aparece antecedida de determinante ou especifica outro
substantivo:
O se exerce várias funções sintáticas.
Esse se está mal colocado na frase.
Vamos analisar a palavra se.
CONJUNÇÃO
Como conjunção, a palavra se é sempre subordinativa. Possui os seguintes valores:
a) Conjunção subordinativa integrante - introduz uma oração subordinada substantiva:
Não sei se poderemos viajar no mesmo voo.
PRONOME
Empregada como pronome pessoal oblíquo, a palavra se pode ser:
a) Pronome apassivador — liga-se a verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e
indiretos na voz passiva sintética. Uma maneira prática para reconhecer
esse caso é tentar construir a voz passiva analítica equivalente. Observe:
54 | P á g i n a
Anulou-se uma questão. (= Uma questão foi anulada.)
Anularam-se várias questões. (= Várias questões foram anuladas.)
b) Índice de indeterminação do sujeito — liga-se a verbos intransitivos, transitivos
indiretos ou de ligação, sempre conjugados na 3ª pessoa do singular. Identifica-se
facilmente esse caso porque a palavra se pode ser substituída por alguém ou ninguém:
Vive-se muito bem no interior. (= Alguém vive muito bem no interior.)
Precisa-se de carpinteiros. (= Alguém precisa de carpinteiros.)
Não se é feliz sem amor. (= Ninguém é feliz sem amor.)
L VTD L OD
Ela sempre se atribuiu muito valor.
L OI L VTDI L OD
REFLEXIVO
Como sujeito de um infinitivo, a palavra se liga-se a verbos como: deixar, sentir, fazer
etc. seguidos de um objeto direto em forma de oração reduzida de infinitivo:
oração principal or. subord. subst. objetiva direta
O rapaz deixou-se dominar peio medo.
VTD SUJ. DO INFINITIVO "DOMINAR"
55 | P á g i n a
e) Pronome reflexivo recíproco — nesse caso, o pronome se corresponde a um ao outro
e pode, também, funcionar como objeto direto ou objeto indireto:
RECÍPROCO
RECÍPROCO
56 | P á g i n a
5.4 EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO.
Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar
recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: ENTONAÇÃO, JOGO DE
SILÊNCIO, PAUSAS, etc.
1 - Ponto ( . )
c) nas abreviaturas
2 - Dois-pontos ( : )
c) antes de citação
Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama,
mas queseja infinito enquanto dure.”
3 - Reticências ( ... )
57 | P á g i n a
Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.
Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-
de-rosa...”(Cecília - José de Alencar)
Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros - Raimundo Fagner)
4- Parênteses ( ( ) )
Exemplos:
5- Ponto de Exclamação ( ! )
a) Após vocativo
b) Após imperativo
Ex.: Cale-se!
c) Após interjeição
58 | P á g i n a
Ex.: Ufa! Ai!
6- Ponto de Interrogação ( ? )
a) Em perguntas diretas
7 - Vírgula ( , )
É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os
termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não
formam uma unidade sintática.
DICAS: podemos concluir que quando há uma relação sintática entre termos da oração, não se
pode separá-los por meio de vírgula.
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo;
c) adjunto adnominal de nome;
d) complemento nominal de nome;
e) predicativo do objeto do objeto;
f) oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem
apareçana ordem inversa)
a) separar o vocativo.
59 | P á g i n a
Exemplos:
Chegando de viagem, procurarei por você.As pessoas, muitas vezes, são falsas.
Ex.: Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a
viagem.
Ex.: "Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto contigo compactua..." (Caetano
Veloso)
Ex.: Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do verbo preferir)
60 | P á g i n a
DICAS: termos coordenados ligados pelas conjunções: e, ou, nem dispensam o uso da vírgula.
EXEMPLOS:
Entretanto, se essas conjunções aparecerem repetidas, com a finalidade de dar ênfase, o uso da
vírgula passa a ser obrigatório.
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à missa de sétimo dia.
Ex.: Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, mora no Rio de Janeiro.
Exemplos:
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o trabalho. Estudou muito, mas não foi
aprovado no exame.
ATENÇÃO:
Ex.: Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, cada vez mais pobres.
61 | P á g i n a
2) quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase
(polissíndeto).
Ex.: "No momento em que o tigre se lançava, curvou-se ainda mais; e fugindo com o
corpoapresentou o gancho." (O selvagem - José de Alencar)
Ex.: "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contentamentos em estar plantando-a...”
DICAS: essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão.
8- Ponto e vírgula ( ; )
a) separar os itens de uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma sequência, etc.
62 | P á g i n a
coordenadas nas quais já tenhamutilizado a vírgula.
Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas, numa quietude apática, era
pronunciadamente vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida, quando a bronquite
crônicade que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca; os
lábios grossos,o inferior um tanto tenso (...) " (O visconde de Inhomerim - Visconde de
Taunay)
9- Travessão ( — )
DICAS: também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas.
10- ASPAS ( “ ” )
a) isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos,
palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares.
Exemplos:
Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador.A festa na casa de Lúcio estava
“chocante”.
Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido.
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas, bufando, com todo o sangue na
63 | P á g i n a
face, desfize refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós)
DICAS: se dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas
aspas, estas serão simples. (' ')
IMPORTANTE!
NÃO se usa vírgula: as bancas amam esse tema.
a) entre sujeito e predicado, mesmo que o sujeito seja extenso:
"A sua compleição robusta / ostenta-se nesta ocasião em toda a plenitude. "
sujeito predicado
(Euclides da Cunha)
OBSERVAÇÃO!
64 | P á g i n a
DICA DE OURO.
TEXTO CESPE 2020
Num tempo ainda anterior à minha infância, suponho que a resposta mais comum...
“Zygmunt Bauman. A modernidade como história do tempo. In: Modernidade líquida. Plínio Dentzien
(Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2001 (com adaptações).”
Num tempo ainda anterior à minha infância, esse trecho é de longa extensão, logo a
VÍRGULA É OBRIGATÓRIA.
65 | P á g i n a
5.5 CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.
CONCORDÂNCIA VERBAL
A regra geral da concordância verbal é que o verbo ficará de acordo com o sujeito em
pessoa enúmero.
O verbo sempre ficará de acordo com a 3° pessoa do singular, uma vez que não existe um
sujeito:havia pessoas, houve problemas, faz dois dias, já amanheceu.
• Havia três pessoas esperando na fila. (verbo haver com sentido de existir)
• Faz dez anos que não te vejo. (verbo fazer indicando tempo decorrido)
• Aqui onde trabalho, chove todos os dias. (verbos que indicam fenômenos da natureza)
O verbo cria concordância com o objeto direto, que exerce a função de sujeito paciente.
Isso ocorre com VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS ou VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E
INDIRETOS. Ele podeaparecer no singular ou no plural:
• Vende-se apartamento.
• Vendem-se apartamentos.
O verbo sempre vai concordar com a 3° pessoa do singular quando a frase for formada por
verbos
intransitivos ou por verbos transitivos indiretos:
• Precisa-se de funcionário
• Precisa-se de funcionários.
66 | P á g i n a
• A maioria dos trabalhadores vai…
• A maior parte dos trabalhadores vai…
• A maioria dos trabalhadores vão…
• A maior parte dos trabalhadores vão…
O verbo no infinitivo não é flexionado quando não existir um sujeito definido, quando
o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções verbais, com
verbos preposicionados e com verbos imperativos:
67 | P á g i n a
Concordância verbal com o verbo ser
O verbo cria uma concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar no singular
ou noplural:
CONCORDÂNCIA NOMINAL:
• Ele é brincalhão.
• Ela é brincalhona.
• Eles são brincalhões
• Elas são brincalhonas.
O adjetivo constitui concordância em gênero e número com o substantivo que está mais
próximo.Ele também pode estabelecer concordância com a forma no masculino plural:
68 | P á g i n a
Concordância nominal com adjetivos
Concordância nominal com bastante, muito, pouco, meio, caro, barato, longe
• Na mesma estrada;
• No mesmo trabalho;
69 | P á g i n a
• Nas mesmas estradas;
• Nos mesmos trabalhos;
• Na própria residência;
• No próprio escritório;
• Nas próprias residências;
• Nos próprios escritórios.
• Menos tristeza;
• Menos tristezas;
• Menos aborrecimento;
• Menos aborrecimentos;
70 | P á g i n a
5.6 REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL.
REGÊNCIA VERBAL
Regência verbal é a parte da língua que se ocupa da relação entre os verbos e os termos
que seseguem a eles e completam o seu sentido.
Os verbos são os termos regentes, enquanto os objetos (direto e indireto) e adjuntos
adverbiais são os termos regidos.
1 - ASSISTIR
2 – CHEGAR
3 – CUSTAR
71 | P á g i n a
Aquela casa custou caro.
4 – OBEDECER
Obedeça ao pai!
Na linguagem informal, entretanto, ele é usado como verbo transitivo direto: Obedeça
o pai!
5 – PROCEDER
6 – VISAR
Visamos ao sucesso.
bandido à distância.
7 - ESQUECER
O verbo esquecer é transitivo direto, logo não exige preposição: Esqueci o meu
material.
No entanto, na forma pronominal, deve ser usado com preposição: Esqueci-me do meu
material.
8 – QUERER
72 | P á g i n a
Quero ficar aqui.
9 – ASPIRAR
10 – INFORMAR
11 – IR
Vou à biblioteca.
12 – IMPLICAR
a) com o sentido de consequência, o verbo implicar é transitivo direto, logo, não exige
13 – MORAR
73 | P á g i n a
14 – NAMORAR
15 – PREFERIR
16 – SIMPATIZAR
mais velhinhos.
17 – CHAMAR
Chama o Pedro!
João de Mauricinho.
18 – PAGAR
sorvete?
REGÊNCIA NOMINAL
74 | P á g i n a
Regência Nominal é a maneira de um nome (substantivo, adjetivo e advérbio)
relacionar-se comseus complementos.
EXEMPLOS:
Amor
Ansioso
Acostumado a, com
Exemplos:
Exemplos:
75 | P á g i n a
Ele é afável com sua filha.
O professor tem sido afável para com seus alunos.
Agradável a
Alheio a, de
Exemplos:
Apto a, para
Exemplos:
Aversão a, por
Exemplos:
Benefício a
Exemplos:
76 | P á g i n a
Laura tem excepcional capacidade de comunicação. Joaquim tem capacidade para o
trabalho.
Exemplos:
Compatível com
Contrário a
Exemplos:
Descontente com
Essencial para
Fanático por
Imune a, de
Exemplos:
77 | P á g i n a
O Brasil não ficou imune à crise econômica.Estamos imunes de pagar os impostos.
Inofensivo a, para
Exemplos:
Junto a, de
Exemplos:
Livre de
Simpatia a, por
Exemplo:
Tendência a, para
78 | P á g i n a
5.7 EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE.
Essa união é indicada ortograficamente através do uso do acento grave (à), também
designadode acento indicador de crase.
EXEMPLOS:
O primeiro passo para saber quando usar a crase é identificar se houve a fusão do artigo
a com apreposição a.
Veja algumas regras e dicas para saber mais sobre o uso da crase.
EXEMPLOS:
DICA: para se certificar de que a crase deve ser aplicada, basta substituir o substantivo feminino
por um masculino. Se for necessário substituir o a pelo ao, o acento grave deve ser usado.
Se experimentarmos esse exercício com as frases acima, por exemplo, constatamos que o a passa
a ao:
Cecília levou o filho ao shopping. Os funcionários foram ao protesto contra o corte de verbas.
EXEMPLOS:
79 | P á g i n a
EXCEÇÃO: se antes das horas forem usadas as preposições para, desde ou até o acento indicadorde
crase não é usado.
EXEMPLOS:
EXEMPLOS:
Veja abaixo mais algumas locuções onde a crase é aplicada: Indicam TEMPO: às vezes,
à noite, à tarde.
Indicam LUGAR: à frente de, à beira de, à exceção de.
Indicam MODO: à proporção que, à medida que.
A palavra casa só é precedida de crase quando não significa lar, e a palavra terra só é
precedidade crase quando seu sentido não está relacionado com o solo.
EXEMPLOS:
Ele foi à casa dos irmãos. (casa de outra pessoa e não o próprio lar)
No fim do ano ela vai à sua terra natal passar as festas com a família. (local específico)
80 | P á g i n a
BIZU: Facultativo é depois de ATÉ, antes de SUA (pronome possessivo), antes de MARIA
(nome próprio feminino)
EXEMPLOS:
Quando a palavra até precede uma palavra feminina que admite o artigo a, o uso da
crase éopcional.
EXEMPLOS:
Siga até à frutaria e pegue o retorno. / Siga até a frutaria e pegue o retorno.
A crase é opcional antes de substantivos próprios femininos pois o uso do artigo antes
do nomenão é obrigatório.
EXEMPLOS:
81 | P á g i n a
Confira as explicações abaixo para saber quando a crase não deve ser aplicada.Quando
EXEMPLOS:
EXEMPLOS:
82 | P á g i n a
5.8 COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS.
83 | P á g i n a
6 REESCRITA DE FRASES E PARÁGRAFOS DO TEXTO. 6.1 SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS.
6.2 SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO. 6.3 REORGANIZAÇÃO DA
ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO. 6.4 REESCRITA DE TEXTOS DE
DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE.
1. (CESPE 2021)
As opções subsequentes apresentam PROPOSTAS DE REESCRITA para o seguinte
período do último parágrafo do texto CG2A1-I: “Os adoçantes foram ganhando má
reputação — muita gente acha que o seu gosto é ruim e que eles fazem mal à saúde.”.
Assinale a opção em que a proposta de reescrita apresentada é gramaticalmente
correta e mantém a coerência do texto original.
Alternativas
Vamos analisar a questão as alternativas devem estar gramaticalmente corretas. Para
essas questões, analisaremos primeiramente a GRAMÁTICA sobretudo a
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. Depois o SENTIDO.
A) Muitas pessoas acham o GOSTO dos adoçantes RUINS e que eles fazem mal à saúde,
por isso eles foram ganhando má reputação.
Incorreta. Ruim está concordando com o que? Com o GOSTO, isto é, deveria estar no
SINGULAR.
Veja: o gosto dos adoçantes é ruim.
O erro da alternativa é de concordância nominal.
B) O GOSTO ruim dos adoçantes e O FATO de fazerem mal à saúde FEZ com que eles
ganhassem má reputação junto às pessoas.
Incorreta. Vamos achar o sujeito, o que FEZ ou quem FEZ? O gosto e o fato. Sujeito
composto antes do verbo, verbo deve ir ao plural.
O gosto e o fato são os sujeitos da oração. Dessa forma, o verbo deve concordar com
eles. O erro está na falta de concordância verbal. Veja o correto seria: ...FIZERAM com
que eles...
C) Muita gente ACHA o seu gosto ruim e ACREDITAM que faz mal à saúde — isso fez
com que os adoçantes fossem ganhando má reputação.
Incorreta. Vamos novamente analisar a concordância do verbo. O que/quem acha?
Muita gente, concordância ok. Vamos ao segundo verbo, ACREDITAM o que ou quem
acreditam? Muita gente. Erro na concordância nesse caso, pois o verbo “acreditar” está
no plural e o seu sujeito está no singular.
84 | P á g i n a
D) Os adoçantes ganharam má reputação, porque muita gente considera o gosto deles
ruim e acredita que eles fazem mal à saúde.
Correta. Vamos analisar novamente o sujeito. Verbo ganharam, quem ou o que
ganharam? Os adoçantes. Verbo no plural, sujeito no plural. Porque junto indica
explicação, mesmo sentido de pois, visto que e porquanto. Verbo acredita, quem ou o
que acredita? Muita gente acredita nisso. Verbo “fazem” que eles fazem. Concorda com
“eles”. Crase está correta, a regência de mal pede complemento a. Quem faz mal, faz
mal a alguma coisa. Crase obrigatória, artigo + preposição.
Mal oposto de bem. Com L. Advérbio.
Mau oposto de bom. Com U. Adjetivo.
2. (CESPE 2021)
Assinale a opção que apresenta uma PROPOSTA DE REESCRITA que, além de
GRAMATICALMENTE CORRETA, mantém OS SENTIDOS do trecho “Gérson me conduzia
pela mão, quando nos alinhamos para fazer o cumprimento de praxe à assistência.”, no
terceiro parágrafo do texto CG1A1-I.
Alternativas
Novamente, vamos analisar a questão, as alternativas devem estar gramaticalmente
corretas. Para essas questões, analisaremos primeiramente a GRAMÁTICA sobretudo a
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL. Depois o SENTIDO das frases.
B) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fosse feito os
cumprimentos de praxe à assistência.
Incorreta. Vamos analisar os verbos. Verbo conduzia está correto, veja, quem ou o que
conduzia? Gérson. Ele conduzia, ele quem? Gérson. Alinhamos esse verbo está
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concordando com o sujeito oculto: NÓS. Conjugação correta. Fosse, atenção aqui. Fosse
o que? Os cumprimentos de praxe. Deveria estar no plural. Fossem feitos os
cumprimentos de praxe.
C) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fossem feitos os
comprimentos de praxe à assistência.
Incorreta.
Cumprimentos – cumprimentar alguém
Comprimento – é relativo a medida. Exemplo: metro, centímetro, quilômetros.
D) Gérson me conduzia pela mão, quando nos alinhamos para que fizéssemos os
cumprimentos de praxe à assistência.
Correta. Aqui toda a construção está correta. Observe o verbo “FIZÉSSEMOS” ele está
no plural para concordar com o sujeito oculto “NÓS”. “NÓS” fizéssemos.
Verbo fazer como verbo transitivo direto e indireto
O verbo fazer atua também como verbo transitivo direto e indireto, indicando que
alguém faz alguma coisa a ou para alguém.
Observe o uso da crase no trecho “À ASSISTÊNCIA”. Essa crase é relativa à regência do
verbo FAZER. Nesse trecho, ele está com DUPLA TRANSITIVIDADE, com o sentido de
quem faz, faz algo, a alguém. Ou também, quem faz, faz algo PARA alguém.
Vamos aprofundar mais o assunto:
Fizéssemos os cumprimentos de praxe à assistência.
Fazer algo, algo o que? Cumprimentos de praxe
Fazer algo, A ALGÚEM ou ALGUMA COISA, A assistência. A da transitividade do verbo
FAZER + A do artigo feminino assistência, crase obrigatória.
Alternativas
Certo
Errado
GABARITO ERRADO.
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Mais uma vez, uso de pronomes, algo muito recorrente em provas. Segue a tabela para
decorar.
PRONOMES FUNÇÕES
O/A (S) / LO , LA ( S ) Sempre OBJETO DIRETO
LHE- (S ) = A ELE , A sempre OBJETO INDIRETO: substituem pessoas na oração.
ELA
ME/TE/SE/NOS/VOS Podem funcionar tanto como OBJETO DIRETO QUANTO COMO
OBJETO INDIRETO (depende do verbo)
“é o de mantê-LO em um cerco informativo” veja o LO, representa objeto DIRETO. O lhe
representa objeto INDIRETO. Dessa forma, a troca estaria incorreta.
Outra observação, no contexto o verbo MANTER tem dupla transitividade. Manter
algo/alguém em algum lugar.
BIZU DE PROVA!
REESCRITA, SUBSTITUIÇÃO DE TERMOS
MUITA ATENÇÃO AO CUJO! NÃO pode trocar “cujo/cuja” por nenhum outro, nem meter “A”
antes dele.
Ideia de posse
Cujo aponta para trás, mas concorda com a frente
Trocar “que” por “cujo” ok
Trocar “cujo” por “que” NÃO
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7 CORRESPONDÊNCIA OFICIAL (CONFORME MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA
DA REPÚBLICA). 7.1 ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL. 7.2 FINALIDADE DOS
EXPEDIENTES OFICIAIS. 7.3 ADEQUAÇÃO DA LINGUAGEM AO TIPO DE DOCUMENTO.
7.4 ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO.
PRINCÍPIOS
Clareza
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial. Pode-se definir como claro
aquele texto que possibilita imediata compreensão pelo leitor.
a) utilizar palavras e expressões simples, em seu sentido comum, salvo quando o texto
versar sobre assunto técnico, hipótese em que se utilizará
nomenclatura própria da área;
b) usar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar
intercalações excessivas. Em certas ocasiões, para evitar ambiguidade, sugere-se a
adoção da ordem inversa da oração;
Precisão
O atributo da precisão complementa a clareza e caracteriza-se por:
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a) articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia
veiculada no texto;
Objetividade
Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar, sem voltas e sem
redundâncias.
Concisão
A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto oficial. Conciso é
o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.
Não se deve de forma alguma entendê-la como economia de pensamento, isto é, não
se deve eliminar passagens substanciais do texto com o único objetivo de reduzi-lo em
tamanho. Trata-se, exclusivamente, de excluir palavras inúteis, redundâncias e
passagens que nada acrescentem ao que já foi dito.
Coesão e Coerência
Impessoalidade
Das comunicações oficiais decorre:
Formalidade e Padronização
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As comunicações administrativas devem ser sempre formais, isto é, obedecer a certas
regras de forma. Isso é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico
(por exemplo: o e-mail, o documento gerado no SEI!, o documento em html etc.),
quanto para os eventuais documentos impressos.
O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua
compreensão limitada.
SOBRE O EMAIL
Nos termos da Medida Provisória n. 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, para que o e-mail
tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como documento original, é
necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, segundo os
parâmetros de integridade, autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de
Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil.
O MRPR destaca que os pronomes Vossa Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados
para se dirigir (via comunicação) diretamente com o receptor.
Nomes compostos com elementos de ligação preposicionados ficam dem.
A definição de vocativo dada pelo MRPR (p. 26) é muito clara: “o vocativo é uma
invocação ao destinatário”. É por meio do vocativo que eu me dirijo ao meu interlocutor
(ou seja, com quem desejo estabelecer comunicação).
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Fica abolida a distinção entre os tipos de expedientes (aviso, ofício e memorando).
Passa-se a utilizar o termo ofício nas três hipóteses
(ou seja, nas três finalidades, antes denominadas aviso, ofício e memorando).
Cabeçalho
Segundo o MRPR, o cabeçalho é utilizado apenas na primeira página do documento,
centralizado na área determinada pela formatação.
Endereçamento
Segundo o MRPR, o endereçamento é a parte do documento que informa quem
receberá o expediente. Nele deverão constar os seguintes elementos:
Texto do Documento
Em relação ao texto do documento oficial, o MRPR apresenta a seguinte padronização
de estrutura:
FECHOS DE COMUNICAÇÃO
Respeitosamente,
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Atenciosamente,
Para autoridades de mesma hierarquia, de hierarquia
inferior ou demais casos
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