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Didactica de Geografia I ORLANDO 2 TRABLHO

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação a distância

A REFORMA DA EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE E O SEU IMPACTO

Orlando Cantifula Muiaia-Codigo: 708210282

Curso: Licenciatura em Ensino de Geografia.


Disciplina: Didactica De geografia
Ano de Frequência: 2o Ano
Turma:H

Trabalho dirigido a dr :

Milange, Setembro de 2022

2
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5

 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)

 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos

 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho

 Articulação e
Conteúdo domínio do discurso
académico (expressão
2.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos 1.0
Formatação paragrafo,
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO...........................................................................................1

1.Introdução.........................................................................................................................1

1.1.Estrutura do trabalho.....................................................................................................1

1.2.Objectivos......................................................................................................................1

1.3.Metodologia de pesquisa...............................................................................................1

CAPITULO II: MARCO TEÓRICO...................................................................................2

2. Contexto do Sistema Nacional de Educação na reforma.................................................2

2.1.Periodização da Educação em Moçambique.................................................................3

2.2.O Sistema Nacional de Educação (SNE): introdução e reforma...................................4

2.3. O Sistema Nacional de Educação em tempos de reforma............................................6

2.4.Progressos ,Acesso e Desafios do Sector da edução pôs reforma.................................7

CAPITULO III: CONCLUSÃO..........................................................................................9

3.Conclusão.........................................................................................................................9

4.Fontes Bibliográficas......................................................................................................10

3
CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.Introdução

O presente trabalho tem como tema: A reforma da Educação em Moçambique e o seu


Impacto. No âmbito da reforma do currículo educacional, o sistema educativo moçambicano
tem evoluído no campo da acessibilidade e apresenta hoje em dia elevadas taxas de frequência
no ensino básico. Está em curso a reforma do ensino técnico profissional. Verificam-se no
entanto evidências de alguma falta de qualidade uma vez que os alunos não obtêm as
competências previstas. As organizações da sociedade civil, podem intervir colaborando na
implementação de uma educação inclusiva. As dependências e a desvalorização das
identidades são constrangimentos que dificultam essa colaboração. progressão tem como
pressuposto a avaliação formativa e do processo com a finalidade de efectivação da
aprendizagem. Porém, há um comprometimento desse resultado pela forma que foi
implantado

1.1.Estrutura do trabalho

Quanto a estrutura do trabalho este composto da seguinte forma: 1-indice,2-introducao,3-


desenvolvito do trabalho, 4-conclusão e Fontes Bibliográficas

1.2.Objectivos

Geral
 Analisar os desafios da reforma da educação em Moçambique e o seu impacto

Específicos
 Identificar a fundamentação política na reforma da educação em Moçambique
 descrever o impacto da reforma da educação em Moçambique
 Explicar o processo das progressões por ciclos de aprendizagem

1.3.Metodologia de pesquisa
A metodologia utilizada neste estudo, consistiu mormente na análise de elementos
quantitativos de base, consubstanciados em base de dados e relatórios e fontes bibliográficas

1
CAPITULO II: MARCO TEÓRICO

2. Contexto do Sistema Nacional de Educação na reforma

Segundo a Lei 4/83.O sistema educativo moçambicano, o denominado Sistema Nacional de


Educação (SNE), foi implantado em Moçambique na década de 80, um período em que o país
atravessa um dos momentos críticos da sua história (p.04)
E o mundo é marcado por mudanças políticas, económicas e culturais. As consequências
destas duas “forças internas e externas” foram bem visíveis no campo das políticas públicas e
particularmente na estrutura, nos objectivos, nos princípios e nos modelos de administração
da educação do País.
Numa análise diacrónica, o actual SNE é marcado por dois períodos: de 1983 a 1992, fase da
vigência da Lei 4/83, que introduz o Sistema Nacional de Educação (SNE) e de 1993 até a
actualidade, fase da vigência da Lei 6/92, que revoga a lei anterior e introduz reformas ao
sistema devido à nova conjuntura sociopolítica e económica do país.(p.04)

De acordo a Lei 4/83:

Para além disso, no primeiro período o País vive num regime de Estado mono
partidário, regime autoritário e modelo centralizado com uma forte dimensão
político-ideológica da FRELIMO; já no segundo período, embora ainda sob o
governo maioritário da FRELIMO, o Estado inaugura a fase de multipartidarismo
(número 1 e 2 do artigo 77.º da Constituição de 1990) e começa a vingar, mesmo
que de forma mitigada, uma nova agenda política, social e económica de ideologia
neoliberal (número 1 do artigo 86.º e número 1 e 2 do artigo 41.º da Constituição
de 1990). (p.05)

Neste contexto, a Educação deixa de ser apenas uma propriedade estatal e passa a ser também
da responsabilidade das entidades privadas, comunitárias ou religiosas (Lei 1/93 de 24 de
Junho e Lei 5/2003 de 21 de Janeiro; número 4 do artigo 113.º e número 3 do artigo 114.º da
Constituição de 2004).
Segundo Afonso, (1998). Moçambique alcançou a Independência a 25 de Junho de 1975,
tendo herdado uma taxa de analfabetismo de 93% (Comissão Nacional do Plano 1985), para
além de acentuadas desigualdades socioeconómicas.(p.07)
As primeiras décadas de desenvolvimento foram caracterizadas por uma política de
orientação socialista, mono partidária que levou às nacionalizações de quase toda a actividade
económica.

2
A guerra civil que se seguiu aos primeiros anos de independência, para além de destruir
consideravelmente a infra-estrutura social e educacional, teve um efeito devastador sobre a
população e, consequentemente, sobre a economia. Afonso, (1998,p.07).
Segundo World Bank (2018) A paz, estabelecida em 1992, abriu caminho para as primeiras
eleições livres e multipartidárias que se realizaram em 1994, permitindo a estabilização, a
consolidação da paz, e a abertura da economia. (p.11)
Estes desenvolvimentos tiveram um profundo impacto no crescimento económico que, nas
últimas décadas, se tem mantido em cerca de 7% ao ano (World Bank 2018.).
Contudo, a partir de 2015, o País tem registado um abrandamento do crescimento
económico como resultado do peso da dívida económica, da redução drástica da
ajuda externa, da deterioração dos preços das matérias-primas e ainda dos efeitos
dos desastres naturais (ciclones, secas e cheias) que, regularmente, afectam o País.

Todos os sistemas educativos têm uma história de administração, de centralização ou de


descentralização, durante a qual são criadas estruturas que podem prevalecer ou ser alteradas
de acordo com as reformas levadas a cabo para adequar o sistema.
Às condições socioeconómicas e/ou políticas e às exigências que essas transformações
sempre apresentam. Tais mudanças podem ter origem nos factores internos (sistemas
económico, social e político) ou nos factores externos (pressão dos organismos internacionais,
agências de ajuda externa, governos dos chamados países centrais), ou ainda na conjugação de
ambos.

2.1.Periodização da Educação em Moçambique

Segundo Kickert, (2008,p.21). A evolução da história da educação em Moçambique,


considerando a Independência Nacional (1975) como marco referencial, pode ser dividida em
dois grandes períodos não homogéneos o período antes da Independência e o período pós-
Independência (p.21)
Cada um destes períodos é dividido em momentos marcados por transformações sociais,
políticas, económicas e ideológicas significativas que se caracterizam, por um lado, pela
imposição de uma ordem social e cultural hegemónica e negação das estruturas
tradicionalmente existentes e, por outro, pela luta, ruptura, superação e implantação de uma
“nova sociedade”, não sem contradições e conflitos róprios de processos deste tipo.

3
Quadro 1: Periodização da Educação em Moçambique

Períodos
Antes daIndependência Pós-Independência
Educação Educação no Antes do SNE Lei 4/83 Lei 6/92
colonial Gov.Transição
1845 a 1974 1974 a 1975 1975 a 1982 1983 a 1991 1992 até a
actualidade

Fonte: Kickert, (2008)

Vista nesta perspectiva, a evolução da história da educação em Moçambique subdivide-se em


quatro momentos: educação colonial (1845-1974), educação pós-independência anterior à
introdução do SNE (1974-1982), da introdução do SNE até 1991 e da reforma do sistema em
1992 até a actualidade.

2.2.O Sistema Nacional de Educação (SNE): introdução e reforma

De acordo Lei 4/83. Tomando em consideração as leis fundamentais para regulação do


funcionamento do Sistema Educativo moçambicano, a “vida” do SNE divide-se em dois
períodos distintos: (p.50).
o primeiro, marcado pela Lei 4/83 (1983-1991) e o segundo, da vigência da Lei 9/92 (1992
até à actualidade)
Como resposta às metas do Plano Prospectivo Indicativo (PPI)9, entendido como
“plano de ajuste a situação económica e de modernização da sociedade” e em
cumprimento de algumas das orientações do III Congresso da FRELIMO (1977) o
Ministério da Educação e Cultura num documento conhecido por Linhas Gerais do
Sistema Nacional de Educação, aprovado em 23 de Março de 1983 como Lei 4/83,
apresenta os fundamentos político-ideológicos, princípios, finalidades, objectivos
gerais e pedagógicos da educação em Moçambique Lei 4/83(p50).

O condicionamento do SNE pelos objectivos e metas estabelecidas no PPI teve, de acordo


com Gómez (1999), efeitos negativos para a educação, nomeadamente, na capacidade da
resposta aos desafios de formação de mão-de-obra necessária para os interesses do país(p.56)

4
Na imposição de uma visão estranha à maioria da população por meio dos programas de
ensino, na reprodução de um modelo educacional inadequado para a realidade do país e na
Aplicação excessiva de uma visão tecno burocrática da administração(Gómez, 1999,p.57)
Registou-se o super dimensionamento das capacidades do sistema educacional, que
deveria formar, em quantidade e qualidade, uma grande contingente de mão-de-
obra em função das estimativas - também superdimensionadas - do PPI; [houve
uma] tendência para se impor uma visão urbanoindustrial nos programas de ensino,
num país com uma população maioritariamente camponesa cuja actividade
produtiva principal é agrícola; transferência de modelos de sistemas educacionais
cuja base material tinha pouco a ver com a moçambicana; (Gómez, 1999,p.57).

O corolário imediato do cumprimento das orientações do III Congresso por parte do SNE
é, por um lado, a instrumentalização da educação como via preferencial para a formação
Refira que nos anos 80 o Governo de Moçambique enceta uma política de Programas
materializados em Planos, com destaque para o Plano Prospectivo Indicativo.

Segundo o PPI (1980,p.9),O objectivo central atribuído ao SNE era o de formar o “Homem
Novo Revolucionário”, um homem livre do obscurantismo, da superstição e da mentalidade
burguesa e colonial, um homem que assume os valores da sociedade socialista” (Artigo 4º da
Lei 4/83).
Os fundamentos da nova educação são, para além da experiência educacional durante a luta
armada e nas Zonas Libertadas, a Constituição da República (de 1978), o Programa e as
Directivas do Partido FRELIMO, os princípios do marxismo-leninismo e os modelos de
sistemas educacionais dos outros países, principalmente os do bloco socialista.
Conforme PPI (1980),Aplicado num período em que Moçambique vivia os momentos mais
difíceis da sua história (guerra, seca e crise económica), o SNE mostrou-se inadequado para
as novas condições sociais, económicas e políticas que se registaram principalmente a partir
dos anos 90.(p.59)
Entretanto a nova Constituição da República (1990) com impacto na vida social, política e
económica, as negociações (ainda que secretas) entre o Governo da FRELIMO e a RENAMO,
a pressão dos organismos internacionais e dos parceiros internacionais ditaram a necessidade
de um reajustamento do quadro geral do sistema educativo. Isto veio a acontecer através da
Lei 6/92.

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2.3. O Sistema Nacional de Educação em tempos de reforma

Conforme Lei n.º 18/2018.Em 2018, foi aprovada a Lei n.º 18/2018, de 28 de Dezembro, Lei
do SNE, resultante da revisão da Lei n.º 6/92 (promulgada em 1992, em substituição da Lei
4/83 de 23 de Março do SNE).(p.109)
Esta Lei determina uma escolaridade obrigatória de 9 classes (1ª a 9ª classe). O Sistema
Nacional de Educação passa a integrar seis subsistemas, nomeadamente: Pré-Escolar;
Educação Geral; Educação de Adultos; Educação Profissional; Educação e Formação de
Professores e Ensino Superior.
 Educação Pré-Escolar
A gestão deste subsistema é feita pelos seguintes Ministérios que superintendem as áreas de:
Género, Criança e Acção Social, Educação e Desenvolvimento Humano e Saúde. Este
subsistema tem como grupo-alvo, crianças com idade inferior a 6 anos. Lei n.º 18/2018
 Educação Geral
Este subsistema está organizado em dois níveis, Ensino Primário e Ensino Secundário. O
Ensino Primário – neste nível de ensino a idade oficial de ingresso, na 1ª classe, é de seis anos
(completados até 30 de Junho, do ano de ingresso). Lei n.º 18/2018
O Ensino Primário compreende dois ciclos:
No âmbito da Lei do SNE (artigos 7 e 8), a escolaridade obrigatória é da 1ª à 9ª classe. Todas
as crianças devem, obrigatoriamente, ser matriculadas na 1ª classe, desde que completem 6
anos de idade até 30 de Junho do ano em referência.
A frequência do ensino primário é gratuita nas escolas públicas, estando isenta do pagamento
de propinas. A educação básica de 9 classes vai aumentar a demanda no 1º ciclo do Ensino
Secundário e implicar a necessidade de se expandir o Ensino à Distância.
 Educação de Adultos
A Educação de Adultos é um subsistema orientado para jovens e adultos que não tiveram a
oportunidade de frequentar e concluir, até aos 14 anos, o EP e 18 anos o Ensino Secundário.
O Ensino Primário de Jovens e Adultos é organizado em dois ciclos:
1º ciclo – Alfabetização e 1º ano de Pós-Alfabetização; 2˚ ciclo – 2º, 3º e 4º anos de Pós-
Alfabetização.

Educação e Formação de Professores - este subsistema regula a formação de professores para


os diferentes subsistemas.

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 Subsistema de Educação Profissional
O subsistema de Educação Profissional abrange o Ensino Técnico-Profissional, a formação
profissional, a formação profissional extra-institucional e o Ensino Superior Profissional.
 Subsistema de Ensino Superior
O Ensino Superior destina-se aos graduados da 12 ª classe do ensino geral ou equivalente e é
regido por uma legislação específica.

Segundo Bassi,& Nhampossa, (2019) :

Os Programas da presente Estratégia foram definidos em função da estrutura da Lei


do SNE, nomeadamente: o Pré-Escolar, a Educação Geral (Ensino Primário e
Ensino Secundário), a Educação de Adultos, a Educação e Formação de
Professores (p.38)

Para além dos Programas acima referidos, a Estratégia inclui o Programa de


Desenvolvimento Administrativo e Institucional. Importa referir que os subsistemas de
Educação Profissional e de Ensino Superior não estão incluídos como programas sectoriais
nesta Estratégia, pois para cada um existe uma estratégia específica (p.38).

A Lei n.º 18/2018, de 28 de Dezembro prevê que, na operacionalização do SNE, isto é, de


todos os subsistemas de educação, se tome em atenção:
 A Educação Especial, que serve os estudantes com necessidades educativas especiais
de natureza física, sensorial, mental e outras em escolas regulares e nas especiais, com
base nas suas características individuais, com vista a maximizar as suas
potencialidades;
 A Educação Vocacional, focada nos jovens e adultos que demonstrem talento e
aptidão especiais nos domínios da ciência, da arte, do desporto, entre

2.4.Progressos ,Acesso e Desafios do Sector da edução pôs reforma

Conforme a Lei 6/92 Nos últimos anos registaram-se avanços importantes na promoção da
equidade no acesso e participação na educação, com enfoque para a rapariga. Os progressos
neste pilar são descritos a seguir:
 A actual Lei do SNE, Lei N.º 18/2018, estabelece a Educação Pré-Escolar como um
subsistema de educação. O financiamento à Educação Pré-Escolar no orçamento da

7
educação está a aumentar, passando de 0,003%, em 2013, a 0,04%, em 2018.
(MINEDH 2019).
 No Ensino Primário, os efectivos do subsistema duplicaram entre 2004 e 2018, com
mais de 6,5 milhões de estudantes em 2018. Contudo, é necessário ter em conta a alta
taxa de crescimento demográfico e a estrutura etária da população, com mais de
metade em idade escolar. Segundo o MINEDH (2019a), as causas do aumento de
alunos no Ensino Primário são:
 Tomada de medidas para tornar o acesso menos dispendioso para as famílias (abolição
de taxas de matrículas e livros gratuitos).
 O alocação de mais recursos às escolas para enfrentarem situações pontuais.
 O construção de novas escolas e salas de aulas.
 O Aumento do efectivo de professores.

Segundo Antunes,(2004):
A melhoria do equilíbrio de género. Por exemplo, no EP1 48% dos estudantes eram
raparigas, sendo a proporção ligeiramente mais baixa (46,8%) no EP2. O mesmo
aconteceu em relação ao recrutamento e formação de professores, onde as mulheres
constituíam, em 2018 e no conjunto do País, 51% dos professores do EP1 (p.125).

Aumento, nos últimos anos, do número de alunos no Ensino Secundário é um progresso.


Mesmo assim, em 2015, dos alunos que concluíram o Ensino Primário, apenas 64% entraram
para o secundário, uma das mais baixas percentagens da região da SADC.
Segundo o MINEDH (2019), o aumento no Ensino Secundário é fruto de mais alunos
concluírem o Ensino Primário e de um esforço para abrir mais escolas secundárias em todos
os distritos. (p.125)
De acordo a MINEDH (2019), Entre 2008 e 2017, o número de escolas secundárias
aumentou para o ES1 (de 285 para 539) e para o ES2 (de 76 para 262). (p.125)
Esta expansão foi devida à pressão da demanda, mas ocorreu em prejuízo das salas e
professores para o Ensino Primário. Aumentou do número de professores no Ensino
Secundário, nos últimos sete anos.
 Desafios
É necessário expandir o sistema educativo em todos os níveis, com particular realce para o
nível Pós-Primário, onde a pressão da demanda está a crescer rapidamente (MINEDH
2019.p125.).
A ineficiência interna da escola afecta negativamente a qualidade da educação. Por exemplo,
o número médio de anos que uma criança demora a concluir o Ensino Primário .
8
CAPITULO III: CONCLUSÃO

3.Conclusão

Um dos principais contributos das opções teóricas na análise do Estado foi a conclusão de que
em Moçambique vive-se numa situação de transição de um Estado neopatrimonial fortemente
autoritário, centralista e burocrático, dos primeiros anos da Independência Nacional, para um
Estado periférico de neoliberalismo mitigado, que caracteriza os ano 80 e 90 até à actualidade.
Este processo resulta, primeiro, do tipo de processo des (colonização) que o país atravessou e,
segundo, das dinâmicas do processo político, social e económico dos últimos anos que
tiveram lugar no mundo como um todo e no país em particular.

No campo educacional, esta transição é marcada, no primeiro período, pela nacionalização e


estruturação de um único sistema educacional e pelo papel central do Estado na definição,
planificação e execução das políticas educativas; o segundo período é marcado pela reabertura
do ensino não universitário privado (1990), a publicação de um quadro legal que permite a
intervenção do sector privado no Ensino Superior (1993me 2003) e a elaboração de planos
estratégicos da educação (1999-2005 e 2006-20119) como resposta às exigências das
instituições internacionais.

A partir da altura em foi identificado o agente principal na definição dos sistemas educativos,
e a sua caracterização no contexto moçambicano, foi preciso utilizar determinados conceitos
operatórios para a análise das formas de organização política e de administração da coisa
pública e do seu valor para a compreensão das tendências políticas e de organização que
ocorrem nos diferentes contextos. Assim, com a aplicação dos conceitos de centralização,
descentralização e desconcentração foi possível aferir das vantagens inegáveis da
descentralização educativa relativamente aos restantes processos e do papel do Estado no
estabelecimento de um certo equilíbrio entre medidas descentralizadoras e medidas
reguladoras e compensatórias.

9
4.Fontes Bibliográficas

Afonso, A. (1998). Políticas Educativas e Avaliação Educacional: para uma análise


Sociológica da Reforma Educativa em Portugal (1985-1995). Braga:

Antunes, F. (2004). Políticas Educativas nacionais e globalização. Novas instituições e


processos educativos: o subsistema de Escolas Profissionais em Mocambique (1987-
1998).

Bassi, M & Nhampossa, L. (2019) Education Service Delivery in Mozambique: A Second


Round of the Service Delivery Indicators Survey. World Bank: Washington

Gómez, M. (1999). Educação Moçambicana: história de um Processo. Maputo: Livraria


Universitária.

Kickert, W. (2008). Características distintivas da reforma educacional estatal em


Mocambique

MINEDH (2019), Linhas gerais do Sistema nacional de educação, Mec/Inde, Maputo

PPI (1980) Plano Prospectivo Indicativo o de Reabilitação Económica

_________________Lei 4/83, de 23 de Março (Aprova a Lei do Sistema Nacional de


educação e define os princípios fundamentais na sua aplicação.)

_________________Lei 6/92 de 6 de Maio (Reajusta o quadro geral do sistema educativo e


adequa as disposições contidas na Lei 4/83, às actuais condições sociais e económicas do
país, tanto do ponto de vista pedagógico como organizativo)

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