Trabalho
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DISFAGIA:
Disfagia é um sintoma caracterizado pela dificuldade em deglutir ou engolir, muitas
vezes descrito pelos pacientes como “sensação de obstrução de passagem de alimentos
pela garganta e/ou peito”. É originada por diversas patologias, desde distúrbios
inflamatórios, obstrutivos, contrácteis, entre outros.
Classificação
A disfagia pode ocorrer por problemas na orofaringe ou no esófago.
A disfagia Orofaríngea ou alta caracteriza-se por uma dificuldade de iniciar a
deglutição e pode cursar com regurgitação nasal e aspiração traqueal.
Nível
Hidroaé
Dilataçao do
esófago
com
Regurgitação
A longo prazo:
Esófago de Barret que é definido como a substituição do epitélio
estratificado e escamoso do esófago pelo epitélio colunar, devido a
exposição repetitiva da mucosa ao conteúdo gástrico. Um aspecto
importante a ser considerado em pacientes com esófago de Barrett é o risco
potencial de desenvolvimento de adenocarcinoma de esófago.
Cancro do esófago.
4.1.4 Conduta
Tratamento medicamentoso
Hidróxido de alumínio 1- 3 comprimidos de 500 mg entre as refeições, ao
deitar ou ao aparecer a dor ou pirose. Deve-se mastigar ou chupar os
comprimidos.
A maior parte dos pacientes respondem bem à medicação, embora o relapso depois
de interromper a medicação seja comum. Isso pode ser sinal de que será necessária
uma terapia a longo prazo e adopção permanente das medidas comportamentais.
4.1. Hérnia do hiato
A hérnia de hiato é uma patologia que durante muito tempo foi ignorada por ser
considerada assintomática e que não perigava a vida, porém, ganhou a sua devida
importância quando foi associada a DRGE.
A hérnia de hiato caracteriza-se por uma fraqueza do músculo diafragma. Este
músculo divide o abdómen do tórax, e é por um espaço neste músculo, conhecido por
hiato esofágico, que o esófago penetra na cavidade abdominal. Devido ao alargamento
deste espaço, uma parte do estômago desliza em direcção ao tórax, e forma a hérnia de
hiato.
Distinguem-se 3 tipos de hérnias de hiato, a saber:
A) Por deslizamento: representam 90% das hérnias. A parte da cárdia do estômago
passa pelo hiato. Estão frequentemente associadas a uma incompetência do esfíncter
esofágico inferior.
Fonte: Learningradiology.com
http://www.learningradiology.com/archives06/
COW%20208-HH%20with%20Schatzkis%20Ring/hhcorrect.htm
Estômago
Fazer gargarejo com água morna ou soro fisiológico 3x por dia e depois das
refeições;
5.3 Prognóstico
BLOCO 6: PONTOS-CHAVE
6.1 Perante uma queixa de disfagia, o TMG deve primeiro confirmar o sintoma,
identificar o local da disfagia e sua relação com alimentos e depois fazer o
diagnóstico sindrómico, pois este passo será definidor da conduta a seguir.
6.2 A disfagia pode ser causada por distúrbios na orofaringe e/ou no esófago. Estes
podem ser de origem motora, cáustica, compressiva ou infecciosa. Com excepção
das de causa infecciosa, e da esofagite péptica não complicada, todos os casos
devem ser transferidas após estabilização do paciente.
6.3 O RGE é uma condição fisiológica que todos temos. Passa a ser patológico quando a
quantidade e número de refluxos excede o normal e começa a criar sintomas ou
danos na mucosa do esófago. Fazer um diagnóstico precoce é importante, e previne
o surgimento das complicações.
6.4 Se a DRGE não responde aos tratamentos conservadores ou médicos, refira para o
especialista, pois pode haver uma doença grave escondida.
Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
1. Descrever as características da dor e os sintomas e sinais acompanhantes às
diferentes condições que provocam sintomas gastro-duodenais.
2. Enumerar os meios auxiliares disponíveis, listando as indicações para estudos
laboratoriais, de contraste radiológico, endoscópicos e ecográficos.
3. Descrever a estratégia, no diagnóstico diferencial etiológico, das condições
gastro-duodenais.
4. Listar as indicações de transferência, classificando-as pela sua urgência.
5. Descrever a estratégia terapêutica geral.
6. Descrever o tratamento, a longo prazo, as medidas higiénico-dietéticas
recomendadas e o prognóstico de cada condição etiológica.
Estrutura da Aula
Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração
1 Introdução à Aula
3 Dispepsia Funcional
5 Conduta Terapêutica
6 Pontos-chave
Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser
entregue:
Bibliografia (referências usadas para o desenvolvimento do conteúdo):
Chilvers, Colledge, Hunter, Haslett, Boon. Davidson: Princípios e prática da
medicina (Davidson’s principles and practice of medicine). 19ª edição. Churchill
Livingstone; 2002.
Ausiello DA, Goldman. Cecil medicina. 23ª edição. Brasil: Elsevier; 2009.
Porto CC, Porto AL. Semiologia Médica. 6 ed. Brasil: Guanabara Koogan;
2009.
BLOCO 1. INTRODUÇÃO À AULA
1.1. Apresentação do tópico, conteúdos e objectivos de aprendizagem.
Úlcera gastroduodenal
Neoplasia gástrica
Parasitoses intestinais
Doenças pancreáticas
Neoplasia do cólon
Doenças sistémicas (falência renal)
Álcool
Dispepsia funcional: sem dano estrutural evidente (ver descrição no bloco abaixo)
2.2. Diagnóstico da Dispepsia
O diagnóstico individual das várias causas de dispepsia não pode ser feito simplesmente
através das constatações semiológicas. Geralmente é necessário o uso de meios
auxiliares de diagnóstico , sendo que, os mais importantes incluem a endoscopia, a
pesquisa de Helicobacter pylori, a biópsia, e a radiologia com meio de contraste, porém
estes meios de diagnóstico não estão usualmente ao alcance do técnico de medicina
geral.
Perante um quadro de dispepsia, o papel do TMG inclui os seguintes pontos:
Diferenciar a dispepsia de outras condições clínicas com sintomatologia
semelhante (DRGE, aerofagia e síndrome do cólon irritável)
Existem alguns doentes com dispepsia que não apresentam qualquer doença orgânica,
ou pelo menos não apresentam nenhuma doença detectável. Estes são os pacientes que
apresentam um quadro crónico designado dispepsia funcional.
Dispepsia funcional é qualquer dispepsia persistente ou recorrente, que dura no total 12
semanas no mínimo durante 1 ano, sem alívio pela defecação, não associada a
modificação da frequência das evacuações ou a forma das fezes, e sem qualquer
evidência de dano estrutural que explique convenientemente os sintomas.
Assim, dispepsia funcional é um diagnóstico de exclusão.
Nota: o diagnóstico de dispepsia funcional pode ser feito somente depois da exclusão de
todas as causas acima listadas, incluindo essas cujo diagnóstico exige meios
diagnósticos não disponíveis ao nível do TMG (p.ex. endoscopia/biópsia etc). Isto
implica transferência do paciente para níveis de atenção superiores.
De acordo com a natureza dos sintomas predominantes, a dispepsia funcional pode ser
dividida em:
Dispepsia funcional tipo dismotilidade, caracterizada por dor epigástrica,
associada a saciedade precoce, sensação de peso, plenitude epigástrica pós-
prandial, náuseas e, às vezes vómitos e distensão abdominal.
Para além do que foi acima referido, a inacessibilidade de meios de diagnóstico para a
pesquisa de Helicobacter pylori, a endoscópia gastroduodenal e biópsia na grande
maioria das unidades sanitárias onde o TMG trabalha exige uma estratégia de
tratamento sintomática e empírica antes de transferir pacientes para níveis de atenção
superior.
Diagnóstico: Anamnese
Diagnóstico: Anamnese
4.4.1. Medicamentoso
Erradicação de H. pylori:
Metronidazole 500mg 2x/dia, amoxicilina 1000mg 2x/dia e omeprazole 20
mg 2x/dia durante 7 dias
DRGE (AZIA)
Dispepsia Aerofagia
Exclusão de condições
SII
parecidas
Sinais de perigo?
Identificação da causa
Não Sim
Melhorou?
Não Sim
Não Sim
Tratamento empírico de
H. pylori
Melhorou?
Não Sim
Transferir
BLOCO 5: CONDUTA TERAPÊUTICA
5.1. Conduta terapêutica geral
Abolir o fumo
6.2. Maior parte das causas não podem ser diagnosticadas sem o auxílio de meios
diagnósticos auxiliares, maioritariamente fora do alcance do TMG
Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
1. Definir e explicar as relações entre doença por H. pylori, gastrite aguda, gastrite
crónica e úlcera gastroduodenal.
2. Definir os conceitos de gastrite atrófica, infecciosa, metaplásica, granulomatosa,
hipertrófica, tóxica/medicamentosa e hemorrágica/erosiva.
3. Explicar a Fisiopatologia da úlcera gastroduodenal e o papel do H. pylori na
doença benigna gastroduodenal.
4. Listar os sintomas e sinais gerais da gastrite aguda e os específicos da gastrite
hemorrágica/erosiva.
5. Listar os sintomas e sinais gerais da gastrite crónica e da úlcera gastroduodenal.
6. Descrever a estratégia terapêutica geral da gastrite aguda, incluindo a evolução
esperada.
7. Explicar o tratamento específico da gastrite crónica e da úlcera gastroduodenal,
incluindo a sua monitoria e o prognóstico.
8. Explicar as complicações comuns das condições gastroduodenais: sangramento,
perfuração, penetração em pâncreas e obstrução.
Estrutura da Aula
Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração
1 Introdução à Aula
2 Gastrite
3 Gastrite Aguda
4 Gastrite Crónica
Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser
entregue:
BLOCO 2: GASTRITE
2.1. Definição
Gastrite é um termo que abrange um amplo espectro de entidades que cursam com
alterações inflamatórias na mucosa gástrica.
A inflamação pode envolver o estômago inteiro (pangastrite) ou uma região do
estômago (por exemplo, gastrite antral, gastrite do corpo).
Segundo o tempo de evolução e características clínicas, pode-se distinguir:
Gastrite aguda
Gastrite crónica
2.2. Etiofisiopatologia
Uma vez na mucosa gástrica, a bactéria liberta uma série de toxinas e activa o
sistema imunológico, que responde com o desenvolvimento de um processo
inflamatório local (gastrite). A gastrite começa geralmente no antro, causando a
inflamação intensa, e ao longo do tempo pode se estender e envolver toda a
mucosa gástrica, resultando em pangastrite.
A gastrite, para além de ser classificada como aguda e crónica, pode ter outras
designações de acordo com a evolução fisiopatológica e o seu aspecto microscópico,
onde pode-se observar atrofia das células gástricas, inflamação excessiva ou outras
alterações, designadamente:
Gastrite Atrófica: a inflamação intensa pode resultar na perda das glândulas
gástricas responsáveis pela produção do ácido gástrico, permitindo que se
estabeleça um ambiente óptimo para o crescimento do H. pylori.
Anemia aguda
3.3.1. Laboratório
Testes de função hepática, para excluir doenças hepáticas que por vezes
cursam com epigastralgia.
Náuseas
Vómitos
Anorexia
Halitose
O exame físico é de pouco valor contributivo. Podem estar presentes os achados físicos,
resultantes do desenvolvimento de complicações como anemia, sangramento,
perfuração gástrica e outras complicações.
4.2. Complicações da Gastrite Crónica
Úlcera duodenal (UD) – dor epigástrica em queimação 90 a 180 min após as refeições
(daí ser referida como agravada pela falta de refeição), frequentemente nocturna e
aliviada pelo alimento.
Úlcera gástrica (UG) – dor epigástrica em queimação agravada pela ingestão de
alimentos ou que não tem relação alguma com os alimentos; anorexia, aversão aos
alimentos, perda de peso.
5.3. Complicações:
Refratariedade ao tratamento
Carcinoma gástrico.
O tratamento médico das úlceras pépticas visa restabelecer o equilíbrio entre os factores
agressivos e factores protectores da mucosa garantindo o alívio da dor, resolução,
prevenção de complicações e recidivas. Inclui as medidas higiénico-dietéticas e o
tratamento medicamentoso com tripla terapia (metronidazol+amoxicilina+ranitidina)
para a erradicação do H. pylori e redução da acidez gástrica.
De igual forma que na gastrite crónica, o tratamento de manutenção com doses baixas
está indicado nos pacientes com persistência dos sintomas (veja acima).
Os antiácidos (hidróxido de alumínio+hidróxido de magnésio) podem ser tomados
durante as crises.
5.6. Prognóstico da úlcera péptica
BLOCO 6: PONTOS-CHAVE
6.1. As gastrites (crónicas ou agudas) e as úlceras pépticas são patologias comuns,
embora muitas vezes não sejam diagnosticadas atempadamente porque apresentam-
se assintomáticas.
6.2. Se o paciente vier com queixa de dor epigástrica, investigue a relação que isso tem
com os alimentos e com a toma de ibuprofeno, aspirina, bebidas gasosas e
alcoólicas, porque podem ser sintomas de uma gastrite.
6.3. Em qualquer doente com suspeita clínica de gastrite crónica ou úlcera péptica, é
necessária a terapia tríplice (metronidazol+amoxicilina+ranitidina ou cimetidina) e
na falha da resposta terapêutica deve se referir o paciente para estudos adicionais.
Estrutura da Aula
Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração
1 Introdução à Aula
3 Pontos-chave
Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser
entregue:
Bibliografia (referências usadas para o desenvolvimento do conteúdo):
Ausiello DA, Goldman. Cecil medicina. 23ª edição. Brasil: Elsevier; 2009.
Chilvers, Colledge, Hunter, Haslett, Boon. Davidson: Princípios e prática da
medicina (Davidson’s principles and practice of medicine). 19ª edição. Churchill
Livingstone; 2002.
Townsend. Sabiston: Tratado de cirurgia. 18ª edição. Brasil: Elsevier; 2009.
Crónica: perdas ocultas de sangue que não levam a choque hipovolémico mas
frequentemente levam a anemia crónica.
Ves.
biliar
Artéria mesentérica
superior
Ligamento de Treitz
Duodeno
2.1. Definição
Da rapidez do sangramento
Da duração do sangramento
O aspecto do sangue (com coágulos? com alimentos? com muco tipo ranho?)
Sempre que possível, examine pessoalmente o material vomitado, ou com ajuda de uma
SNG aspire o conteúdo gástrico e analise.
No exame físico:
O exame físico do paciente com HDA deve ser completo, da cabeça aos pés, seguindo
todas as regras de semiologia aprendidas. Mas como se trata de uma condição que
periga a vida, estabilize o doente e depois acabe o exame físico. Avalie primeiro:
Os sinais vitais (isso vai ajudá-lo a decidir sobre a conduta). O pulso, a FR, a TA
podem ajudá-lo a prever um choque hipovolémico. Se o doente tiver a
temperatura elevada, considere a possibilidade de haver uma infecção.
3.2. Existem várias causas de HDA, porém, o TMG não deve se preocupar em
investigá-las antes de estabilizar o doente e garantir que a hemorragia já não
condiciona a sua vida.
3.3. As causas mais comuns de HDA no nosso meio são úlceras pépticas e gastropatias,
ruptura de varizes GE, a síndrome de Mallory-Weiss, esofagite erosiva, cancros
esofágicos e gástricos.
3.5. Admita a limitação dos seus recursos e transfira sempre que possível o doente com
HDA para uma endoscopia para confirmação do sangramento, mas antes
ESTABILIZE-O.
Disciplina Aparelho Gastrointestinal Aula 13
Tópico Clínica Médica: Gastroenterologia Tipo Teórica
Conteúdos Hemorragia Digestiva Baixa (HDB) Duração 1h
Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
1. Definir a hemorragia digestiva baixa (HDB), descrevendo as condições etiológicas
habitualmente associadas à mesma: divertículos intestinais, malformações
vasculares, carcinoma colo-rectal, hemorróides, disenteria e infecções (tifoidea).
2. Listar os sintomas e sinais gerais duma HDB.
3. Enumerar os sintomas e sinais acompanhantes que podem ajudar no apuramento da
etiologia da HDB.
4. Classificar a HDB por graus de severidade e prognóstico, mediante os critérios de
gravidade do sangramento (por etiologia, intensidade, persistência, recidiva e
condições associadas).
5. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da HDB.
6. Definir as “perdas ocultas de sangue pelo tubo digestivo”, descrevendo o seu papel
no estudo geral das anemias.
7. Descrever a estratégia terapêutica geral da HDB, dentro da sua competência.
8. Enumerar as indicações de transferência urgente e diferida, para o diagnóstico
(endoscopia ou ecografia) e para tratamento, explicando a conduta terapêutica de
manutenção e as medidas preparatórias para a transferência.
9. Descrever o tratamento específico das condições que não precisam de ser
transferidas, indicando a evolução esperável e o prognóstico das mesmas.
10. Descrever o tratamento, a longo prazo, as medidas higiénico-dietéticas
recomendadas e o prognóstico de cada condição etiológica.
Estrutura da Aula
Bloco Título do Bloco Método de Ensino Duração
1 Introdução à Aula
3 Pontos-chave
Equipamentos e meios audiovisuais necessários:
Trabalhos para casa (TPC), exercícios e textos para leitura – incluir data a ser
entregue:
Traumatismo rectal
Doença diverticular: divertículo é uma bolsa que se forma na parede dum órgão
oco. É uma espécie de “saquinho”. Os divertículos são frequentes no cólon, mas
também se encontram no esófago, no duodeno, no intestino delgado e no
estômago. Eles causam HDB quando há uma erosão na sua parede
vascularizada.
Fonte: NIH
http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/magazine/issues/winter10/articles/winter10pg20-21.html
Da rapidez do sangramento
Da duração do sangramento
Hipotensão
Sede
Alteração de consciência
Abordagem inicial para o diagnóstico começa com uma boa anamnese, que orienta
acerca dos seguintes aspectos:
Localização do sangramento
Sangue escuro, misturado ou não às fezes, se associa com o cólon direito.
Sangue vermelho cintilante normalmente se associa ao cólon esquerdo, excepção a
esta regra ocorre quando o trânsito do cólon direito está acelerado ou se houver
HDA massiva.
Excluir outras causas menos comuns de sangramento.
Verificar se ocorreram mudanças recentes nos hábitos intestinais.
Investigar a presença de dor associada, por exemplo, sangramento sem dor é
comummente associada a diverticulose, angiodisplasia ou câncer.
Características das fezes são um detalhe importante na história.
Sangue no papel higiénico ou gotejamento no vaso sanitário sugere
sangramento orificial.
Fezes normais cobertas por sangue sugerem uma lesão no canal anal.
Uso de anticoagulantes.
Maciça Menor que 90 mmHg Cerca de 120 bpm Maior que 2.000 mL
Exame rectal: buscar hemorróidas, fissura anal, fístula ou outra lesão que
poderia justificar o sangramento baixo.
2.6. Diagnóstico diferencial da HDB
Para facilitar o diagnóstico diferencial da HDB podemos nos apoiar numa abordagem
sintomática, dividindo as queixas consoante o local.
2.6.1 Patologias anais:
Objectivos de Aprendizagem
Até ao fim da aula os alunos devem ser capazes de:
1. Definir diarreia e gastroenterite aguda
2. Definir os diferentes tipos de diarreia pelo seu mecanismo de produção
(osmótica, secretora, exsudativa e motora), descrevendo as suas características
clínicas básicas e, relacionando-os com agentes etiológicos concretos.
3. Definir os diferentes tipos de diarreia pela sua apresentação clínica (aguda ou
crónica, com sangue, e com pus), descrevendo as suas características clínicas
básicas e, relacionando-os com agentes etiológicos concretos.
4. Listar por grupos (infecciosas, tóxicas, medicamentosa e outras) as causas
principais de gastroenterite aguda.
5. Descrever as possíveis características da diarreia/gastroenterite (apresentação,
características das fezes, relação com alimentos e medicamentos, dor
acompanhante, perda de peso, febre, distensão), relacionando-as com agentes
etiológicos específicos.
6. Enumerar os sinais físicos esperáveis numa diarreia aguda, indicando aqueles
que se relacionam com agentes etiológicos específicos
7. Listar os exames a serem realizados em um doente com diarreia/gastroenterite
aguda.
8. Enumerar os resultados laboratoriais esperados numa diarreia/gastroenterite
aguda, indicando aqueles que se relacionam com agentes etiológicos
específicos.
9. Descrever a estratégia de diagnóstico diferencial etiológico da
diarreia/gastroenterite aguda, com base em sintomas, sinais e laboratório.
10. Indicar as etiologias mais comuns relacionadas com condições predefinidas
(crianças, HIV/SIDA).
11. Classificar a gravidade da diarreia/gastroenterite aguda com base em critérios
clínicos e laboratoriais.
12. Descrever a estratégia terapêutica da diarreia/gastroenterite aguda, incluindo a
evolução esperada, enumerando as indicações de transferência.
13. Explicar o tratamento (oral e parenteral) da desidratação, incluindo a sua
monitoria clínica e laboratorial.
14. Enumerar as indicações para realizar o tratamento antibiótico específico e as
dosagens destes.
15. Listar as condições de notificação obrigatória, definindo as medidas higiénicas e
de isolamento que deverão ser tomadas em cada caso.