Composição Química, Digestibilidade e Produção de Gases "In Vitro" de Três Espécies Forrageiras Tropicais
Composição Química, Digestibilidade e Produção de Gases "In Vitro" de Três Espécies Forrageiras Tropicais
Composição Química, Digestibilidade e Produção de Gases "In Vitro" de Três Espécies Forrageiras Tropicais
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CDU 636.085.51:636.2
Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação – Serviço
Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal.
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iii
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iv
v
A Deus,
pela vida e pela oportunidade de tornar mais um sonho realidade.
A meus pais
pelo amor,
confiança,
dedicação,
apoio e paciência
A minha irmãzinha
Que embora longe me deu força, apoio e carinho.
v
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AGRADECIMENTOS
vi
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SUMÁRIO
Página
LISTA DE TABELAS.............................................................................................. viii
RESUMO................................................................................................................ x
SUMMARY............................................................................................................. xi
1. Introdução........................................................................................................ 1
2. Objetivos Gerais............................................................................................... 3
3. Revisão de Literatura....................................................................................... 3
3.1 Gramíneas tropicais e suas características de digestibilidade......................... 3
3.2 Descrição das espécies forrageiras................................................................. 6
3.3 Composição química e digestibilidade in vitro................................................. 9
3.4 Fracionamento de proteína e carboidratos...................................................... 10
3.5 Produção de gases.......................................................................................... 13
3.6 Produção de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) e a estequiometria da
fermentação ruminal......................................................................................... 15
1. Introdução ....................................................................................................... 18
2. Material e Métodos .......................................................................................... 20
2.1 Local................................................................................................................. 20
2.2 Área e período experimental............................................................................ 21
2.3 Análises laboratoriais....................................................................................... 21
2.4 Digestibilidade in vitro...................................................................................... 22
2.5 Fracionamento de proteínas e carboidratos..................................................... 23
2.6 Produção de gases.......................................................................................... 24
2.7 Delineamento experimental.............................................................................. 29
3. Resultados e Discussão .................................................................................. 30
3.1 Composição química e fracionamento de proteínas e carboidratos................ 30
3.2 Digestibilidade in vitro das matérias seca e orgânica...................................... 35
3.3 Degradabilidade in vitro da matéria seca ........................................................ 37
3.4 Produção de gases in vitro............................................................................... 39
3.5 Ácidos graxos de cadeia curta AGCC.............................................................. 43
3.6 Correlações entre composição química, digestibilidade, degradabilidade, e
produção de gases in vitro................................................................................ 48
4. Conclusões ...................................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 52
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LISTA DE TABELAS
Pagina
Tabela 1. Dados meteorológicos mensais do primeiro semestre (período
experimental) de 2005 em Jaboticabal..................................................... 20
viii
ix
ix
x
x
xi
ABSTRACT – In the tropics, diet formulation systems for ruminants require the
forages evaluation, as they are the main source of nutrients for the animals. For this
reason, the development of practical and efficient methodologies to evaluate forages
is crucial for a better result of the production systems. The aim of the present work
was to evaluate the cutting age effect (28, 35 and 42 days) in three different forage
species which are largely used for the nutrition of cattle raised under pasture
conditions in Brazil: Tanzania grass (Panicum maximum Jacq. cv. Tanzânia),
Marandu grass (Brachiaria brizantha cv. Marandu) and Tifton 85 (Cynodon spp).
compared based on the chemical composition, protein and carbohydrate fractions,
digestibility and in vitro gas production of the forages. In the two different periods of
the year Tifton 85 had the highest cellular wall components, neutral detergent fiber
(NDF), neutral detergent fiber with corrections for mineral and protein (NDFcp), acid
detergent fiber (ADF), lignin (LIG), total carbohydrates (CHOS), fraction B2 and C of
the CHO (69,36; 62,19; 32,09; 4,09; 78,31; 54,25 e 9,82%, respectively), and the
lower in vitro dry matter digestibility (IVDMD) 49,33%, in vitro organic matter
digestibility (IVOMD) 45,35%, and the gas production 225,49mL g-1 MS. The forage
nutritive value (the potential degradability (PD), the effective degradability (ED).
Considering the two periods of the year and the three cutting ages investigated in the
present study, the nutritive value (chemical composition, digestibility and nature of
digested products) of Marandugrass was superior in comparison to Tanzaniagrass
and Tifton 85.
Key words:
cattle, fractionation, nutrients, nutritive value, tropical forages.
xi
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1. Introdução
1
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3
2. Objetivo geral
3. Revisão de literatura
3
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O sistema CNCPS “The Cornell Net Carbohydrate and Protein System” utiliza
uma abordagem dinâmica para calcular os nutrientes de uma dieta. Baseia-se no
fracionamento dos carboidratos e proteínas. Da maneira como os microrganismos
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no rúmen e alguma escapa para o intestino, isto depende das taxas de digestão e
passagem. A fração B3 é insolúvel em detergente neutro mas solúvel em detergente
ácido, é uma fração com uma taxa de degradação muito lenta, já que se encontra
associada com a parede celular da planta (extensina). A fração C, corresponde à
proteína indisponível, é a parte da proteína contida na FDA (n-FDA), está associada
com a lignina, complexos de tanino-proteína e de produtos da reação de Maillard que
são altamente resistentes à degradação microbiana e enzimática. Esta fração C não
pode ser degradada pelas bactérias ruminais e não pode fornecer aminoácidos pós-
rúmen. Os teores de nitrogênio ligados aos compostos da parede celular, tendem a
aumentar com a idade fisiológica da planta, principalmente, aquela fração ligada a
FDA (SNIFFEN et al., 1992).
Os carboidratos são classificados em não-estruturais (CNE), que
compreendem as frações A (açúcares) e B1 (amido e pectina, composto fibroso
solúvel), e podem ser fermentados por bactérias ruminais que utilizam amônia e
peptídios como fonte de nitrogênio; e carboidratos estruturais (CE), constituídos
pelas frações B2 (fração potencialmente degradável, é parte do FDN do alimento,
corrigida para o conteúdo em proteína e cinzas) que é lentamente fermentada no
rúmen por bactérias que usam a amônia como fonte de nitrogênio e C (fração
indegradável da parede celular) (VAN SOEST et al., 1991; SNIFFEN et al., 1992;
VAN SOEST, 1994).
As gramíneas tropicais apresentam teores de carboidratos solúveis e amido
(frações A e B1) raramente superiores a 20% dos CT (VIEIRA et al., 2000b), por este
motivo MALAFAIA et al. (1997) propôs a caracterização dos carboidratos não
fibrosos como o somatório das frações A e B1 visando maior praticidade analítica,
evitando desta forma a análise de amido, que tem como características indesejáveis
o custo e a baixa repetibilidade, vindo também a facilitar a formulação das dietas
para ruminantes. A fração indisponível (C) depende do teor de lignina, portanto,
plantas de idade fisiológica mais avançada apresentam maiores teores dessa fração.
O aumento da fração C promove redução da fração potencialmente degradável (B2)
(CABALLERO et al., 2001).
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especialmente quando forragens com alto conteúdo de parede celular são avaliadas
(BUENO et al., 2005).
Segundo BUENO et al. (2005), os sistemas de produção de gases in vitro
proporcionam uma estimativa da digestibilidade da matéria seca (MS) e/ou da
matéria orgânica (MO), e são um indicador direto dos produtos finais produzidos,
como a produção de gases, e indireta como ácidos graxos de cadeia curta (AGCC).
De acordo com GETACHEW et al. (2004), a quantidade de gases produzidos
de um alimento em incubação reflete a produção de AGCC, os quais são a principal
fonte de energia dos ruminantes. Os gases surgem diretamente da degradação
microbiana dos alimentos, e indiretamente da reação do tampão com os ácidos
gerados como resultado da fermentação.
A cinética da degradação ruminal e o ritmo fracional da produção de gases in
vitro têm se relacionado, entre outros fatores, com o perfil dos carboidratos e da
proteína dos alimentos, bem como o teor de extrato etéreo. Este conhecimento
permite sincronizar a degradação de nitrogênio e carboidratos no rúmen, para que se
obtenha a máxima eficiência de síntese de proteína microbiana e reduzir as perdas
energéticas e nitrogenadas decorrentes da fermentação ruminal, tentando, com isso,
predizer com maior exatidão o desempenho dos animais a partir dos ingredientes da
dieta (RUSSELL et al., 1992; SNIFFEN et al., 1992).
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16
1 mol de hexose 1,34 mol de acetato + 0,45 mol de propionato + 0,11 mol
de butirato + 0,61 mol de metano + 1 CO2 + 4,62 mol de
adenosina trifosfato (ATP) + 0,4 H2O.
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1. Introdução
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20
2. Material e métodos
2.1 Local
O trabalho foi realizado na Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias-
Unesp, Câmpus de Jaboticabal, Estado de São Paulo, Brasil, localizado a 21°15'22''
de latitude sul e 48°18'58'' de longitude a oeste de Greenwich e a uma altitude de
595 metros. O clima é classificado com Cwa- mesotérmico de inverno seco, pelo
sistema internacional de Köppen. Apresenta temperatura média anual de 22,3°C, e
precipitação pluvial média de 1400mm, com 85% do total das chuvas concentradas
nos meses de outubro a março. No período experimental compreendido do 26 de
janeiro a 26 de junho, o total de chuva foi 784,8mm, flutuando a temperatura máxima
e mínima entre 31,8 e 14,4ºC, com temperatura média de 22,8ºC (Tabela 1).
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24
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Para cada amostra de capim foram incubadas oito garrafas, para determinar a
degradabilidade aparente nos horários 0, 12, 48 e 96 horas. Em cada horário a
fermentação foi cessada colocando-se as garrafas em água à temperatura de 4ºC, e
coletou-se e congelou-se uma alíquota do líquido da garrafa para medição de AGCC
(LEVENTINI et al., 1990). Após degelo e centrifugação (14.000rpm por 10 minutos),
amostras do líquido incubado (1mL), foram tratadas com ácido fórmico (88%) para
protonar os ácidos dissociados e garantir a volatilização dos AGCC no injetor do
cromatógrafo. As análises dos AGCC foram conduzidas em cromatógrafo a gás (CG
270) com detector de ionização de chama, empregando coluna empacotada (4% CW
20M Carbopack B-DA; 2,0 m × 1/8”). As vazões de nitrogênio (gás de arraste) e dos
gases da chama H2 e ar sintético, foram mantidas em 30, 30 e 300mL min-1,
respectivamente. As temperaturas do injetor, coluna e detector foram mantidas
constantes em 180, 188 e 240oC, respectivamente.
O líquido e partículas restantes foram filtradas em cadinhos Nº 1 com
porosidade de 100 a 160 µm sob vácuo, para estimar a degradabilidade aparente. A
degradação da matéria seca é gerada por peso constante obtido por secagem a
100ºC e a degradação da matéria orgânica, pela diferença do resíduo menos as
cinzas obtidas a 500º C por 3 horas.
O modelo de FRANCE et al. (1993), adotado para estimar os padrões da
fermentação microbiana é baseado na média da produção acumulada de gases de
cada amostra e é dado por:
[−b×(t −to )−c×( )]
A = Af × 1 − e
t − to
Onde A é o volume acumulado de gases produzidos até o tempo t; Af é o
volume assintótico dos gases produzidos; b e c são parâmetros do modelo; e to
representa um tempo de colonização discreto.
A taxa de fermentação é também calculada de acordo ao modelo:
b+c
µ=
2× t
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28
28
29
29
30
3. Resultados e discussão
30
31
31
32
Tabela 10. Médias observadas, resultados da análise de variância obtida para as variáveis estudadas:
conteúdos da parede celular (FDN, FDNcp, FDA, LIG) e os valores do fracionamento de
carboidratos (CHOS totais, CNE, Fração B2, e fração C) nas duas épocas: janeiro-março, e
abril-junho.
Janeiro-Março Abril-Junho
Espécie Espécie
Variáveis IC Bb Tf Tz Média Bb Tf Tz Média
bB aA aA bA aA aA
FDN* 28 53,23 68,32 65,93 62,50 62,82 68,88 65,24 65,64
cB aA bA bA aA cB
35 51,21 69,59 65,25 62,02 64,07 68,94 59,38 64,13
bA aA bB bA aA cB
42 58,73 69,01 59,57 62,44 65,70 70,27 60,43 65,47
Média 54,39 68,98 63,58 64,20 69,36 61,48
CV (%) 1,03 1,15
bC aA aA aB aB aA
FDN cp* 28 42,35 62,06 60,16 54,86 59,28 60,60 58,96 59,61
bB aA aA aAB aB bC
35 47,19 62,54 59,35 56,36 60,98 58,85 52,10 57,31
bA aA bB aA aA bB
42 54,30 61,97 53,61 56,63 63,10 63,18 54,87 60,39
Média 47,95 62,19 57,71 61,12 60,88 55,31
CV (%) 1,83 0,92
bC aA aA bA aA aA
FDA* 28 20, 96 31,59 33,14 28,57 32,42 34,07 37,73 33,74
bB aA aA aA bC bC
35 26,44 31,59 31,89 29,97 32,88 30,34 31,23 31,49
abA bA aA aA aB aB
42 33,33 31,74 33,47 32,85 32,88 31,86 32,59 32,44
Média 26,91 31,64 32,84 32,73 32,09 32,85
CV (%) 1,35 0,98
bA aAB bA A
LIG* 28 2,06 3,54 2,15 2,59 3,03 4,86 3,45 3,78
bA aA bA B
35 2,34 3,65 2,15 2,72 2,95 3,52 2,85 3,10
aA aB aA B
42 2,43 2,73 2,45 2,54 2,84 3,90 2,79 3,18
b a b
Média 2,28 3,31 2,25 2,94 4,09 3,03
CV (%) 8,59 8,69
CHOS cB bA aA aB aA aA
28 70,55 78,18 80,03 76,26 74,45 76,47 75,17 75,36
totais*
cA bA aA aAB bA bA
35 74,05 77,92 79,39 77,12 76,88 74,11 73,27 74,75
bA aA aA aA abA bA
42 74,18 78,82 79,12 77,38 78,02 76,52 74,44 76,33
Média 72,93 78,31 79,52 76,45 75,70 74,30
CV (%) 0,36 0,82
CNE aA bA bB aA aA aB
28 28,20 16,12 19,87 21,40 15,16 15,87 16,22 15,75
(A+B1)*
aA cA bB bA bA aA
35 26,86 15,37 20,03 20,76 15,90 15,25 21,17 17,44
bB bA aA bA bA aA
42 19,88 16,85 25,51 20,75 14,92 13,33 19,57 15,94
Média 24,98 16,12 21,81 15,33 14,82 18,98
CV (%) 5,60 4,74
bB aA aA aB bB abA
Fração B2* 28 37,39 53,55 54,98 48,64 52,00 48,93 50,67 50,53
bB aA aA aAB bB Cb
35 41,56 53,78 54,19 49,85 53,91 50,41 45,27 49,86
bA aA bB aA aA bAB
42 48,45 55,41 47,72 50,53 56,28 53,83 48,17 52,76
Média 42,47 54,25 52,30 54,06 51,06 48,04
CV (%) 2,50 1,52
bA aAB bA A
Fração C* 28 4,95 8,51 5,18 6,21 7,28 11,67 8,29 9,08
bA aA bA B
35 5,63 8,76 5,17 6,52 7,07 8,44 6,83 7,45
aA aB aA B
42 5,84 6,56 5,89 6,10 6,82 9,35 6,70 7,62
b a b
Média 5,48 7,94 5,41 7,06 9,82 7,27
CV (%) 8,54 8,69
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na linha e maiúsculas na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey (p>0,05).
(*) % da matéria seca, IC - idade de corte, Bb- Brachiaria brizanta, Tf- Tifton 85, Tz-Tanzânia, FDN-fibra em detergente neutro,
FDNcp- Fibra em detergente neutra corrigida para proteína, FDA-fibra em detergente acido, LIG-Lignina, CHOS T-carboidratos
totais, CNE A+ B1-carboidratos não estruturais ou fração A+B1.
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33
a b
100% 100%
Valores como % dos CHOS totais
80% 80%
60% 60%
% fraçao C
%fraçao B2
% fraçao A+B1
40% 40%
20% 20%
0% 0%
BB28d BB35d BB42d TF28d TF35d TF42d TZ28d TZ35d TZ42d BB28d BB35d BB42d TF28d TF35d TF42d TZ28d TZ35d TZ42d
Espécies
Figura 1. Fracionamento de carboidratos nas duas épocas: janeiro-março (a) e abril-junho (b), como
porcentagem dos carboidratos totais, para as diferentes gramíneas: Bb- Brachiaria brizanta,
Tf- Tifton 85, Tz-Tanzânia,nas diferentes idades (28, 35 e 42 dias).
33
34
Janeiro-Março Abril-Junho
Espécie Espécie
Variáveis IC Bb Tf Tz Média Bb Tf Tz Média
aA bA cA aA aA aA
PB* 28 16,87 11,58 9,49 12,65 13,45 13,41 12,17 13,01
aB bA cA bB aA aA
35 14,23 11,68 10,38 12,10 11,22 15,19 13,55 13,32
aB bA bA bB aA aA
42 14,08 10,93 10,03 11,68 9,88 13,44 12,33 11,88
Média 15,06 11,40 9,97 11,52 14,01 12,68
CV (%) 2,27 3,72
aA bA cA aA aA aA
NIDN* 28 1,43 1,10 0,87 1,13 1,22 1,31 1,03 1,19
aB aA bA bA aA abA
35 1,25 1,15 0,89 1,10 0,78 1,49 1,13 1,13
aAB bA cA aA aA aA
42 1,36 1,13 0,86 1,12 0,94 1,33 1,30 1,19
Média 1,35 1,13 0,87 0,98 1,38 1,16
CV (%) 3,52 11,74
aA bA cA bA aAB bB
NIDA* 28 0,56 0,47 0,27 0,43 0,48 0,62 0,40 0,50
aB aA bA bAB aA bAB
35 0,48 0,48 0,31 0,43 0,43 0,66 0,47 0,52
aAB bA cA bB aB aA
42 0,53 0,45 0,33 0,44 0,34 0, 54 0,56 0,48
Média 0,53 0,47 0,31 0,42 0,61 0,48
CV (%) 4,07 5,38
Médias seguidas de letras iguais minúsculas na linha e maiúsculas na coluna não diferem entre si pelo
teste de Tukey (p>0,05).
(* )% da matéria seca, IC - idade de corte, Bb- Brachiaria brizanta, Tf- Tifton 85, Tz-Tanzânia.
34
35
90%
Valores como % da PB
80% 80%
70%
20% 20%
10%
0% 0%
BB 28 d BB 35 d BB 42 d TF 28 d TF 35 d TF 42 d TZ 28 d TZ 35 d TZ 42 d BB 28 d BB 35 d BB 42 d TF 28 d TF 35 d TF 42 d TZ 28 d TZ 35 d TZ 42 d
Espécies
Figura 2. Fracionamento de proteínas nas duas épocas: janeiro-março (a) e abril-junho (b), como
porcentagem da proteína bruta, para as diferentes gramíneas: Bb- Brachiaria brizanta, Tf-
Tifton 85, Tz-Tanzânia, nas diferentes idades (28, 35 e 42 dias).
35
36
36
37
37
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Tabela 14. Médias observadas e resultados da análise de variância para dados obtidos pelo modelo
de FRANCE et al. (1993), na produção de gases in vitro para a época de janeiro-março.
Variáveis
Estatística A b c L G48 G96 REL1 REL2
Médias para
Espécie
AB AB AB A
Bb 281,20 0,041 -0,136 2,68 192,56 257,06 0,91 0,75
A B A B
Tf 267,05 0,043 -0,188 4,79 168,73 246,15 0,92 0,69
B A B AB
Tz 285,22 0,025 -0,042 2,17 171,56 247,61 0,88 0,69
Médias para Idade
de corte
28 275,62 0,033 -0,096 2,17 177,87 245,46 0,89 0,72
35 281,98 0,036 -0,113 2,31 179,49 251,33 0,90 0,71
42 275,87 0,040 -0,157 3,71 175,49 254,03 0,93 0,69
Probabilidade
associado ao F
Espécie (ES) 0,4051 0,0296 0,0060 0,0016 0,0574 0,0277 0,6431 0,2540
Idade corte (IC) 0,8688 0,5143 0,2329 0,1361 0,9098 0,1003 0,7778 0,6820
Interação (ES x IC) 0,1999 0,5594 0,4068 0,5513 0,9652 0,0711 0,3916 0,9838
CV (%) 8,41 29,53 -47,99 48,29 8,98 2,47 9,37 9,33
Médias seguidas de letras iguais na coluna, dentro de cada fator, não diferem estatisticamente entre si pelo teste
de Tukey (p>0,05).
IC- idade de corte, Bb- Brachiaria brizanta, Tf- Tifton 85, Tz-Tanzânia, A - volume final, ou produção potencial de
gases, b e c - constantes matemáticas do modelo, L - tempo de colonização, G48 - produção de gases após 48 h
de incubação, G96 - produção de gases após 96 h de incubação, REL1 - relação entre as produções de gases
após 96h e A, REL 2 - relação entre as produções de gases após 48 e 96h.
39
40
Tabela 15. Médias observadas e resultados da análise de variância para dados obtidos pelo modelo
de FRANCE et al. (1993), na produção de gases in vitro para a época de abril-junho.
Variáveis
Estatística A b c L G48 G96 REL1 REL2
Médias para Espécie
A A
Bb 263,27 0,043 -0,186 4,25 173,98 242,35 0,92 0,72
AB B
Tf 250,37 0,040 -0,180 5,06 151,84 225,49 0,90 0,67
AB
Tz 259,55 0,037B -0,130 3,10 161,70 235,79 0,91 0,69
Médias para Idade de
corte
B B
28 247,32 0,038 -0,147 3,59 154,70 221,77 0,90 0,70
A A
35 272,33 0,039 -0,156 3,93 172,09 245,79 0,90 0,70
AB A
42 253,53 0,044 -0,194 4,85 160,72 236,06 0,93 0,68
Probabilidade
associado ao F
Espécie (ES) 0,2977 0,0366 0,0501 0,0934 0,0785 0,0117 0,6862 0,5769
Idade corte (IC) 0,0295 0,1544 0,1129 0,2779 0,1707 0,0013 0,2843 0,8887
Interação (ES x IC) 0,4727 0,1857 0,3777 0,7290 0,8621 0,1376 0,6122 0,9954
CV (%) 5,35 12,03 -22,13 32,98 9,04 3,22 4,29 10,36
Médias seguidas de letras iguais na coluna, dentro de cada fator, não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Tukey
(p>0,05).
IC- idade de corte, Bb- Brachiaria brizanta, Tf- Tifton 85, Tz-Tanzânia, A - volume final, ou produção potencial de gases, b e c -
constantes matemáticas do modelo, L - tempo de colonização, G48 - produção de gases após 48 h de incubação, G96 -
produção de gases após 96 h de incubação, REL1 - relação entre as produções de gases após 96h e A, REL 2 - relação entre
as produções de gases após 48 e 96h.
40
41
41
42
0,080 0,080
0,070
a 0,070
b
Taxa de fermentação (h-1)
BB 28d
0,060 0,060
BB 35d
BB 42d
0,050 0,050
0,040 0,040
0,030 0,030
0,020 0,020
0,010 0,010
0,000 0,000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Figura 3. Taxa de fermentação (ì ) (F R ANCE et al.,1993) para a Bb- Brachiaria brizanta, nas diferentes
idades (28, 35 e 42 dias), nas duas épocas: janeiro-março (a), abril-junho (b).
0,080 0,080
0,070
a 0,070 b
Taxa de fermentação (h-1)
TF 28d
0,060 0,060 TF 35d
TF 42d
0,050 0,050
0,040 0,040
0,030 0,030
0,020 0,020
0,010 0,010
0,000 0,000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Figura 4. Taxa de fermentação (ì ) (F R ANCE et al.,1993) para o Tf- Tifton 85, nas diferentes idades
(28, 35 e 42 dias), nas duas épocas: janeiro-março (a), abril-junho (b).
42
43
0,080 0,080
0,070 a 0,070 b
Taxa de fermentação (h-1)
0,060 0,060
TZ 28d
0,050 TZ 35d
0,050
TZ 42d
0,040 0,040
0,030 0,030
0,020 0,020
0,010 0,010
0,000 0,000
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Figura 5. Taxa de fermentação (ì ) (F R ANCE et al.,1993) para a Tz-Tanzânia, nas diferentes idades
(28, 35 e 42 dias), nas duas épocas: janeiro-março (a), abril-junho (b).
43
44
44
45
45
46
100 60,00
40,00
(ìmol/mL)
60 Bb
Tf Bb
30,00
Tz Tf
40 Tz
20,00
20
10,00
0 0,00
0 12 48 96 0 12 48 96
Tempo de incubação (h) Tempo de incubação (h)
25,00 12,00
10,00
20,00
8,00
(ìmol/mL)
15,00
Bb
Bb
Tf 6,00
Tf
Tz
10,00 Tz
4,00
5,00 2,00
0,00
0,00
0 12 48 96
0 12 48 96
3,00
e
Relação acético/propiônico
2,50
(ìmol/mL)
2,00
Bb
Tf
Tz
1,50
1,00
0 12 48 96
Figura 6. Médias observadas: concentração (ì mol/mL) da produção de ácidos graxos de cadeia curta
(AGCC): (a) totais, (b) acético, (c) propiônico, (d) butírico, (e) relação acético:propiônico (A:P).
Obtidos na degradabilidade in vitro pela técnica de produção de gases no sobrenadante após
0, 12, 48 e 96h de incubação de 600 mg de MS das gramíneas: Bb- Brachiaria brizanta, Tf- Tifton
85, Tz-Tanzânia, na época: janeiro-março.
46
47
100,00
50,00
(ìmol/mL)
60,00 30,00 Bb
Bb Tf
Tf Tz
40,00 Tz 20,00
20,00 10,00
0,00 0,00
0 12 48 96 0 12 48 96
c d
Concentração do Propiônico
20,00 8,00
(ìmol/mL)
15,00 6,00
Bb
Bb Tf
Tf Tz
10,00 Tz 4,00
5,00 2,00
0,00 0,00
0 12 48 96 0 12 48 96
3,00
Relação Acético/propiônico
e
2,50
(ìmol/mL)
2,00
Bb
1,50 Tf
Tz
1,00
0 12 48 96
Tempo de incubação (h)
Figura 7. Médias observadas: concentração (ì mol/mL) da produção de ácidos graxos de cadeia curta
(AGCC): (a) totais, (b) acético, (c) propiônico, (d) butírico, (e) relação acético:propiônico (A:P).
Obtidos na degradabilidade in vitro pela técnica de produção de gases no sobrenadante após
0, 12, 48 e 96h de incubação de 600 mg de MS das gramíneas: Bb- Brachiaria brizanta, Tf- Tifton
85, Tz-Tanzânia, na época: Abril-maio.
47
48
48
49
Tabela 17. Coeficientes de correlação (r) entre a composição química, a digestibilidade in vitro da
matéria seca, degradabilidade potencial, degradabilidade efetiva, produção de gases as 48 e
96hr (G48 e G96), e produção de ácidos graxos voláteis totais e a relação acético:propiônico
às 48 e 96h (T48, A:P48,T96,A:P96); época janeiro-março.
DIV A:P A:P
PB FDN FDA LIG CNE DP DE2 G48 G96 T48 T96
MS 48 96
* ** ns ns *** ns ** ** ns ns ** ns *
PB -0,72 -0,83 -0,20 0,53 0,93 0,53 0,80 0,88 0,51 0,37 -0,80 -0,50 -0,77
ns ns *** ** ** *** ns * * ns *
FDN 0,65 0,61 -0,92 -0,88 -0,85 -0,91 -0,91*** -0,55 -0,79 0,67 0,52 0,68
ns ns * ns * * ns ns * ns *
FDA 0,30 -0,65 -0,78 -0,49 -0,70 -0,77 -0,43 -0,37 0,71 0,14 0,69
* ns * * ns ns ns ns ns ns
LIG -0,70 -0,39 -0,68 -0,71 -0,50 -0,55 -0,64 0,46 -0,24 0,42
* * ** * ns * ns ns ns
CNE 0,75 0,75 0,81 0,76 0,48 0,70 -0,60 -0,27 -0,57
* *** *** ns ns ** ns **
DIV MS 0.71 0,91 0,97 0,60 0,50 -0,88 0,54 -0,81
** ** * * ns ns *
DP 0,83 0,84 0,72 0,79 -0,59 -0,39 -0,73
*** * * ** ns *
DE2 0,95 0,67 0,69 -0,84 -0,29 -0,78
* ns ** ns **
G48 0,68 0,63 -0,86 0,48 -0,86
ns * ns
G96 0,21 0,77 0,22 -0,92 ***
ns ns ns
T48 -0,23 0,27 -0,28
ns **
A:P48 0,22 0,89
ns
T96 0,35
A:P96
Tabela 18. Coeficientes de correlação (r) entre a composição química, a digestibilidade in vitro da
matéria seca, degradabilidade potencial, degradabilidade efetiva, produção de gases as 48 e
96hr (G48 e G96), e produção de ácidos graxos voláteis totais e a relação acético:propiônico
às 48 e 96h (T48, A:P48,T96,A:P96); época abril-junho.
DIV A:P A:P
PB FDN FDA LIG CNE DP DE2 G48 G96 T48 T96
MS 48 96
ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
PB 0,23 -0,53 0,40 0,05 -0,25 -0,34 -0,32 -0,34 -0,18 -0,50 0,54 -0,29 0,38
ns * ** ** * *** ns ns ** ns ns ns
FDN 0,04 0,74 -0,82 -0,83 -0,70 -0,91 -0,54 -0,50 -0,81 0,58 0,41 0,64
ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns ns
FDA 0,29 -0,12 -0,20 -0,34 -0,20 -0,38 -0,61 -0,18 0,07 -0,57 0,01
ns *** *** ** ** ** ** * ** *
LIG -0,41 -0,91 -0,97 -0,88 -0,83 -0,86 -0,88 0,77 -0,81 0,76
ns ns ns ns ns ns ns ns ns
CNE 0,48 0,36 0,31 0,25 0,30 0,59 -0,10 0,10 -0,15
*** *** * * * * * **
DIV MS 0.90 0,90 0,69 0,67 0,76 -0,75 0,68 -0,85
*** ** ** * ** ** **
DP 0,94 0,85 0,86 0,79 -0,82 0,84 -0,83
** * * *** ** -
DE2 0,82 0,73 0,73 -0,93 0,78 ***
0,96
*** ** * *** *
G48 0,93 0,83 -0,79 0,91 -0,70
** *** ns
G96 0,80 -0,63ns 0,91 -0,54
* * ns
T48 -0,68 0,72 -0,58
* ***
A:P48 -0,79 0,94
*
T96 -0,68
A:P96
ns:não significativo (P>0,05); *P<0,05;**P<0,01;***P<0,001
49
50
4. Conclusões
50
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REFERÊNCIAS
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65
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