Anais Congresso 2013
Anais Congresso 2013
Anais Congresso 2013
SUMRIO
HISTRICO ................................................................................................................ 1
LEPESPE................................................................................................................ 1
COMISSO ORGANIZADORA .................................................................................. 4
BOAS VINDAS!!! ........................................................................................................ 5
PROGRAMAO OFICIAL ........................................................................................ 6
RESUMOS ................................................................................................................ 10
A CRIANA E O ESPORTE: UM ESTUDO SOBRE A IDADE COM QUE AS
CRIANAS INICIAM UMA PRTICA ESPORTIVA NOS CENTROS
DESPORTIVOS .................................................................................................... 11
A GINSTICA ARTSTICA COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO
POSITIVO DOS ESTADOS EMOCIONAIS .......................................................... 12
A INFLUNCIA DA DANA E DA ATIVIDADE LDICA NOS ESTADOS
EMOCIONAIS DE TRABALHADORES ................................................................ 13
A INICIALIZAAO DO PROCESSO DE INTERVENAO DA TORCIDA E O USO
DE REDES SOCIAIS: UM RECORTE DA TORCIDA DA SOCIEDADE
ESPORTIVA PALMEIRAS .................................................................................... 14
A PRIMEIRA EXPERINCIA DE ESCALADA INDOOR PARA UM GRUPO DE
IDOSOS ATIVOS .................................................................................................. 15
ACOMPANHAMENTO DOS PAIS NO RENDIMENTO DO FILHO: UM ESTUDO
DA PSICOLOGIA DO ESPORTE ......................................................................... 16
ALEXITIMIA E FATORES DE DECISO DE CARREIRA DE ESTUDANTES DE
EDUCAO FSICA ............................................................................................. 17
ALIENAO E EDUCAO: INTERPRETAO DAS VARIVEIS NO ESPORTE
.............................................................................................................................. 18
ALTERAES COMPORTAMENTAIS EM ADOLESCENTES ESPORTISTAS:
CONSTATAES ................................................................................................ 19
HISTRICO
LEPESPE
Histrico da constituio
A existncia do LEPESPE se deve necessidade de aplicar os conhecimentos
acadmicos adquiridos em cursos e outros laboratrios s aulas de Psicologia do Esporte,
Aspectos Psicopedaggicos da Educao Fsica Escolar, Mdia corpo e esporte e Fundamentos
da Psicologia da Motricidade Humana, e avanar em direo aos novos conhecimentos que a
interface existente entre esporte-psicologia-tecnologias possa possibilitar. O vis da Tecnologia
surge em decorrncia do Programa de Ps-graduao em Desenvolvimento Humano e
Tecnologias (PPG-DEHUTE) estar sediado no Campus de Rio Claro, e possibilitar o
entrosamento entre cada uma das faces interligadas e apontadas acima.
Busca fortalecer as discusses e trabalhos desenvolvidos pelos docentes da linha de
pesquisa "Estados emocionais e movimento", Corpo, Rendimento e Tecnologia e Corpo,
Cultura e Tecnologia, do Departamento de Educao Fsica e do PPG-DEHUTE/ Instituto de
Biocincias/UNESP e fundamenta terica e praticamente a anlise e discusso de elementos
comuns ao meio esportivo, psicologia e tecnologia.
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COMISSO ORGANIZADORA
Presidente do Seminrio
Professor Doutor Afonso Antonio
Machado
Comisso Cientfica
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BOAS VINDAS!!!
Mais um evento cientfico tem inicio e muitas expectativas esto planando entre a
comisso organizadora, convidados e congressistas. A seriedade e dedicao empregada
na preparao de cada atividade algo de muito importante e merece ser destacada, em
especial por se tratar de um dos grandes congressos nacionais da rea. Estamos, portanto,
diante do atual e bem-vindo desafio: o V Seminrio de Psicologia do Esporte e
Motricidade Humana e II Congresso Nacional de Psicologia da Motricidade Humana,
Esporte, Recreao e Dana, cujo objetivo ampliar horizontes do saber e promover os
novos nomes da novssima e atenta elite que formata a massa critica da Psicologia do
Esporte Brasileira.
Como j dito, na verso anterior, a Psicologia do Esporte Brasileira, atual, no
depende mais de cones que balizem seus saberes e fazeres: novas geraes de
pesquisadores adquiriram vida prpria, autonomia e autoridade para muito alm de seus
criadores e esto em franca atividade, exercendo seus saberes e suas provocaes. Isto
tambm nos remete situaes paradigmticas que cobram retoques, aproximaes e
intervenes diante de grupos mais resistentes e pouco afeitos a mudanas. o caminhar
da Cincia que se faz presente.
Nos mesmos moldes que em verses anteriores, porm mais experientes,
comeamos nosso evento muito entusiasmados e confiantes no seu produto final. Podemos
garantir que estamos atuando com um grupo de primeirssimo nvel, docentes universitrios
e pesquisadores jovens que daro sustentao a fase de transio que a Psicologia do
Esporte Brasileira ir enfrentar, em breve.
Como coordenador do Laboratrio de Estudo e Pesquisas em Psicologia do Esporte
e do V Seminrio de Psicologia do Esporte e Motricidade Humana e I Congresso
Nacional de Psicologia da Motricidade Humana, Esporte, Recreao e Dana cumpre-me
agradecer pela escolha do evento e pelo interesse em ter seu trabalho divulgado neste
evento cientfico-acadmico, alm de desejar uma boa imerso neste mundo que analisar
a Psicologia do Esporte, com afinco e preciso.
Afonso Antonio Machado, Prof. Dr.
Presidente do congresso
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PROGRAMAO OFICIAL
HORRIO
TIPO
17:00 - 19:00
CREDENCIAMENTO
19:20 19:30
TELEDEPOIMENTO
19:30 - 20:30
PALESTRA DE
ABERTURA
HORRIO
TIPO
12/09 - QUINTA-FEIRA
13/09 - SEXTA-FEIRA
A mdia: receptora e promotora de situaes na psicologia do esporte.
Moderador: Prof. Dr. Marcelo Callegari Zanetti
Palestrante 1: Milton Leite
Jornalista e Locutor Esportivo da Rede Globo de Televiso
08:30 - 10:00
MESA REDONDA
Palestrante 2: Prof. Dr. Flavio Rebustini
Laboratrio de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte - UNESP
Rio Claro SP
Palestrante 3: Prof. Dra. Vera Regina Camargo Toledo
Laboratrio de Jornalismo (LABJOR) - UNICAMP
APRESENTAO DE PAINEL
10:00 - 10:30
COFFEE BREAK
Violncia instrumental e as lutas / ou esportiva
Moderador: Prof. Ms. Andr Aroni
Palestrante 1: Prof. Dndo. Leonardo Pestillo de Oliveira
Centro Universitrio de Maring (CESUMAR)
10:30 - 12:00
MESA REDONDA
Palestrante 2: Prof. Raphael Moura Rolim
Laboratrio de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte - UNESP
Rio Claro SP
Palestrante 3: Prof. Dr. Afonso Antonio Machado
Laboratrio de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte - UNESP
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HORRIO
TIPO
13/09 - SEXTA-FEIRA
Rio Claro SP
12:00 - 14:00
14:00 14:10
TELEDEPOIMENTO
14:10 - 15:30
MESA REDONDA
15:30 - 15:45
PALESTRA
Prof. Dr. Varley Teoldo Costa
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
A psicologia do esporte e seus olhares sobre a Copa das Confederaes
16:45 - 17:45
PALESTRA
17:45 - 18:45
SALAS TEMTICAS
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HORRIO
TIPO
13/09 - SEXTA-FEIRA
Vergonha e medo na atividade fsica: Andr Aroni e Matheus Oliveira
Educao Fsica; Facebook e emoes: Mauro Klbis Schiavon e
Marcela Tom
Novas mdias e a psicologia do esporte: Eric Matheus Rocha Lima e
Kauan Galvo Moro
Estresse psicolgico e atividade fsica: Gustavo Lima Isler e Henrique
Michelin
HORRIO
TIPO
14/09 SBADO
Academias de musculao, o corpo transformado e as novas mdias.
08:30 - 10:00
PALESTRA
APRESENTAO DE PAINEL
10:00 - 10:30
COFFEE BREAK
Estados Emocionais e Atividades Fsicas
10:30 - 12:00
MESA REDONDA
12:00 - 14:00
Contribuio da Psicologia do Esporte na Educao Fsica Escolar
Moderador: Prof. Dr. Altair Moioli
14:00 - 15:30
MESA REDONDA
15:30 - 16:00
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APRESENTAO DE PAINEL
HORRIO
TIPO
14/09 SBADO
COFFEE BREAK
16:00 - 16:10
TELEDEPOIMENTO
16:10 - 17:30
MESA REDONDA
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RESUMOS
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Ginstica
Artstica.
Desenvolvimento
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CECARELLI, LR ; MACHADO, AA; TANGANELI, MS; ROCHA LIMA, EM; ISLER, GL; LOPES,
FJ
1- Bolsista CNPq/PIBITI
2- FCA/UNICAMP
3- LEPESPE Laboratrio de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte
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CASTILLO, R. A.,
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sabido que a mdia e a cultura industrial so uma das responsveis por padronizar
um modelo de corpo ideal para a sociedade. Corpos de mulheres excessivamente
magras so expostos e tidos como padro ideal de beleza. Para atingir tal padro
mulheres se submetem a processos quase desumanos. Isso nos leva a um
questionamento sobre, ate onde pode ir o ser humano para obter um corpo ideal e
qual a consequncia de tais atos? No objetivo de conseguir a resposta de tais
questionamentos, foi feita uma pesquisa desenvolvida por meio de uma reviso
bibliogrfica que utilizou 11 artigos cientficos no perodo de maro a junho de 2013.
A pesquisa teve como intuito, expor, analisar e discutir a influncia causada pela
mdia sobre a imagem corporal do sujeito contemporneo. De acordo com Frois et.
al. (2011) a imagem corporal do sujeito no constituda apenas e somente atravs
dos meios miditicos, porm, esses influenciam, e muito, o processo de sua
formao. importante termos em mente que o corpo no entendimento
contemporneo, no foi sempre assim. De acordo com Tucherman & Saint-Clair
(2008), as representaes do corpo alteram-se historicamente, mas o prprio
corpo, em sua materialidade, necessariamente enredado na complexa teia
histrica de que faz parte.. Pelegrini apud Barbosa (2011) nos diz sobre o fato, de
hoje a beleza esttica estar associada a determinados ideais de sade, magreza e
atitude. Temos, ento, a publicidade apoderando-se da subjetividade de cada
indivduo, que vive em um mundo onde h a necessidade de se recriar segundo o
modo e estilo de vida impostos pela mdia. Graas a um padro de esttica
praticamente inalcanvel pela maior parte da populao, temos hoje, dentro de
cada sujeito, uma grande insatisfao com o prprio corpo, implicando, ento, a
incorporao da prtica do exerccio fsico com fins estticos no cotidiano do
indivduo. Nesse momento, vale citar Silva (apud PELEGRINI, 2004), quando a
autora diz que a loja da mquina impe a obedincia dos seres humanos
organizao mecnica ignorando o individuo e sua condio de sujeito. Assim
ento, aps analise de diversos autores, podemos chegar concluso que, o
mundo contemporneo, to ligado tecnologia, pode moldar no s um sujeito belo
como tambm um sujeito doente, tendo com exemplo os sujeitos vtimas dos
distrbios alimentares, causados em funo da busca incessante por esse corpo
perfeito.
Palavras-Chave: Psicologia do esporte, Desenvolvimento Humano, Tecnologias,
Imagem Corporal, Corpo, Mdia.
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PEREIRA, E.G.B. , PONTES, V.S. , VOTRE, S.J. , RIBEIRO, C.H. de V. , MELO, S.L.P. de .
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Universidade Federal do Rio de Janeiro; Universidade Federal do Rio de Janeiro; Universidade
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Gama Filho/RJ; Universidade Gama Filho/RJ; Universidade Castelo Branco/RJ
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O Twitter tem se mantido nos ltimos anos, como uma das redes sociais mais
utilizadas pelos atores do cenrio esportivo. Desta forma, o objetivo deste estudo
compara a posio das contas relacionadas ao esporte em 2011 e 2013. Para tanto,
utilizamo-nos do site Twitaholic que faz o ranqueamento das contas por nmero de
seguidores. A coleta foi realizada no dia 29 de outubro de 2011 e no dia 12 de
agosto de 2013, adotou-se como referncia as 200 maiores contas. Os resultados
apontam uma elevao de 17 para 21 contas relacionadas ao esporte entre as 200
maiores, sendo 3 de atletas brasileiros (Kak, Neymar e Ronaldinho Gacho) ante 5
de 2011. Parece no haver uma saturao do Twitter, como forma de sustentao
podemos nos deter nos lideres do ranking, em 2011 tnhamos Lady Gaga com
aproximadamente 17 milhes de seguidores), em 2013, o lder Justin Birber, com
mais de 42 milhes de seguidores, ainda como forma de reforo podemos olhar
para os nmeros do Kak em 2011 (17, com 6.572.359 seguidores), em 2013 (23
com 16.475.931). As personalidades ligadas ao entretenimento continuam sendo as
mais seguidas. Destaca-se o fato de que das 21 contas, 8 esto ligadas equipe do
Barcelona, todas com mais de 4 milhes de seguidores, e o que surpreende que
entre elas no est a conta de Leonel Messi. Outro dado o domnio do futebol no
ranking 12 destas contas so oriundas desse esporte. Destaca-se a ausncia de
equipes e atletas atuando no Brasil no ranking. H necessidade de compreender as
razes desse baixo desempenho, principalmente se considerarmos que alguns
clubes brasileiros tm torcidas que superam a populao da maioria dos pases. O
que aponta para a necessidade de atuao mais efetiva das reas de marketing do
clube, bem como, elas estarem mais fundamentadas quanto s estratgias a serem
adotadas para a promoo das equipes e atletas.
Palavras Chaves: Redes Sociais; Desenvolvimento Humano, Tecnologias;
Psicologia do Esporte Twitter.
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A Ginstica Laboral (GL) definida como um tipo de atividade fsica que pode ser
praticada no local de trabalho, sendo de forma voluntria e coletiva realizada
durante o horrio de expediente. um programa que tem como objetivo melhorar a
qualidade de vida dos trabalhadores, adaptando assim o seu trabalho s
caractersticas anatmicas, fisiolgicas e psicolgicas. O objetivo do estudo foi
comparar a influncia de uma sesso de GL sobre o estado de humor entre homens
e mulheres servidores da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participantes do
programa Ginstica Laboral na UFLA. Participaram do estudo oito servidores,
sendo quatro homens com mdia de idade de 43 anos (8,45) e quatro mulheres
com mdia de idade de 33 anos (9,70) praticantes do programa de GL. A GL do
tipo preparatria tem durao de 15 minutos e realizada cinco vezes por semana
no perodo matutino. Os participantes podem optar por participar em uma ou mais
sesses semanais. Os voluntrios responderam a Escala de Humor de Brunel
(BRUMS) antes e depois de uma sesso de atividades. A escala possui 24 itens
subdividos em 6 subescalas: 1) tenso (Apavorado,tenso,ansioso e preocupado) , 2)
vigor (Animado, com disposio, alerta e com energia), 3) confuso (Indeciso,
confuso, inseguro e desorientado) , 4) fadiga (Esgotado, exausto, cansado,
sonolento), 5) depresso (desanimado, deprimido, triste e infeliz) e 6) raiva (Irritado,
zangado, mal-humorado, com raiva). Em cada item das subescalas o voluntrio
pode atribuir uma pontuao que varia de 0 nada a 4 extremamente, sendo a
soma mxima em cada subescala 16 pontos. Para a anlise estatstica dos dados
foi utilizado o teste t de Student pareado, considerando p<0,05. Foi observada
reduo significativa na pontuao da subescala confuso (pontuao antes =
4,52,9 e depois= 2,22,9; p=0,04) para o grupo das mulheres e no foram
observadas modificaes no estado de humor dos homens pesquisados. Uma
sesso de GL preparatria foi suficiente para influenciar um dos fatores que
compem o estado de humor somente no sexo feminino. Assim, partindo da anlise
do fator confuso em particular, a sesso da GL proporcionou s mulheres a
melhora em estados de humor que podem auxili-las na tomada de decises com
sensao de segurana e concentrao.
Palavras-Chaves: Estado de Humor; Ginstica Laboral; Gnero.
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CASTILLO, R. A.,
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Desenvolvimento
Humano;
Tecnologia;
Liderana;
Gesto
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Introduo: Uma vida fisicamente ativa melhora a sade como um todo tanto no
aspecto fsico como no aspecto mental. Atualmente, sabe-se que a procura por
academias de ginstica e musculao cada vez maior. Sabe-se tambm do
problema de alta rotatividade destes ambientes. Justificativa: Servir como estudo
para os profissionais da rea no que tange utilizao dos fatores motivacionais. Se
o profissional de Educao Fsica conhece o perfil de seus alunos, ele pode motivlos mais adequadamente aos exerccios fsicos, diminuindo, assim, a porcentagem
de abandono prtica. Objetivos: Identificar os fatores motivacionais para a prtica
de exerccio fsico em academias em Campinas/SP e compar-los com as faixas
etrias. Metodologia: Foram utilizados dois instrumentos: 1. Ficha de identificao:
para coleta de dados pessoais. 2. Inventrio de Motivao Prtica Regular de
Atividade Fsica e/ou Esporte (IMPRAFE-132): tem o pressuposto terico da Teoria
da Autodeterminao (TAD), avaliando seis dimenses motivacionais (controle de
estresse, sade, sociabilidade, competitividade, esttica e prazer), atravs de 132
itens divididos em 22 blocos de seis, em escala de 1 a 7. Cada dimenso pode
ser analisada individualmente por meio de soma. As academias assinaram uma
carta de anuncia para a participao no estudo. Todos os sujeitos assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Para anlise, os sujeitos
foram divididos em trs grupos, de acordo com as idades: G1, 18-20 anos; G2, 2140 anos; e G3, 41-65 anos, tendo como base a Teoria do desenvolvimento humano.
Resultados e discusso: Foram analisados 163 sujeitos, distribudos da seguinte
maneira: G1 = 25 sujeitos (191 ano), G2 = 126 sujeitos (264 anos), e G3 = 12
sujeitos (5010 anos). 73 (44,79%) eram do sexo masculino e 90 (55,21%) eram do
sexo feminino. A maioria (77,30%) dos frequentadores das academias encontra-se
no G2. De acordo com os dados obtidos, as dimenses sade (Escore Geral =
110,3920,32; G1 = 103,8821,45; G2 = 111,1219,92; e G3 = 111,5019,38) e
prazer (Escore Geral = 102,5822,75; G1 = 99,8828,16; G2 = 102,0021,94; e G3
= 104,3321,01) aparecem como predominantes para todos os grupos e para
ambos os sexos. Concluso: A partir deste estudo, a motivao dos sujeitos , em
primeiro lugar, sade e, depois, prazer.
Palavras-Chave: Motivao. Academias. Exerccio Fsico.
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No h como negar o uso cada vez mais frequente das tecnologias como forma de
sociabilidade humana. Tecnologias essas que atreladas imaginao produzem
segundo Sokoloski (2011) estranhos poderes, e podem transformar contornos,
maquiar, devolver musculaturas roubadas pelo tempo, bronzear a pele, apagar as
rugas, tingir cabelos, alongar traos ou recriar sorrisos em um mundo de iluses,
felicidade e sensao de imortalidade. Neste sentido, buscamos verificar quais tipos
de representao corporal (por meio de avatares) foram usadas dentro de um
ambiente virtual de sociabilidade, bem como, o que seus criadores pensam sobre o
envelhecimento destes bonecos. Realizamos uma entrevista semiestruturada com
10 avatares (5 representados por corpos femininos e 5 masculinos), escolhidos de
maneira aleatria, no ambiente virtual de sociabilidade Second Life durante o ms
de agosto de 2012. Registramos tambm a imagem de todos os avatares
investigados por meio de um recurso de fotografias disponvel no prprio jogo.
Posteriormente, foi feita a anlise de contedo das entrevistas (BARDIN, 2011) e
anlise das imagens segundo os pressupostos da sociologia visual (MARTINS,
2008). Pela anlise da entrevista constatamos que nenhum dos criadores pretende
envelhecer seus avatares, principalmente para no perder a identidade, manter a
beleza e se tornar imortal. Ao analisarmos as imagens constatamos que os corpos
dos avatares investigados projetam padres almejados por nossa atual sociedade,
com os corpos masculinos compostos por grandes volumes musculares e os
femininos bastante curvilneos. Esta busca pela imortalidade e beleza pode ser
entendida partir de Becker (2007), que sugere que o homem literalmente se
entrega a um esquecimento cego utilizando-se de jogos sociais, truques
psicolgicos, preocupaes pessoais to distantes da realidade de sua situao que
se constituem em formas de loucura loucura admitida pelo consenso, loucura
compartilhada, disfarada e digna, mas ainda sim loucura. o corpo que se torna
belo e imortal...
Palavras-chave: Imortalidade. Beleza. Desenvolvimento Humano. Tecnologias.
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Introduo: A Dana de Salo uma prtica que vem alcanando a cada dia
maiores propores e cuja complexidade pode se adaptar facilmente s habilidades
individuais, sendo acessvel a ambos os sexos e possibilitando desta forma,
situaes de experincia individual, aos pares e em grupo. Normalmente muito
procurada por jovens e adultos de diferentes idades, porm, adolescentes tambm
tem buscado essa prtica principalmente em funo dos modismos. Dentro da teoria
da motivao sabe-se que trs so os componentes psicolgicos importantes para
que uma pessoa se sinta motivada para a prtica de determinada atividade:
sentimento de competncia, autonomia e capacidade de relacionamentos. A
habilidade dos professores em favorecer tais componentes durante as aulas
importante para a permanncia do praticante nas mesmas. Desta forma, conhecer
os principais motivos que levam as pessoas a buscar a prtica da dana de salo
pode auxiliar em um melhor direcionamento das aulas, proporcionando um ambiente
motivacional adequado e aumentando assim a aderncia prtica. Objetivo: O
objetivo da pesquisa foi fazer um levantamento de estudos sobre os motivos que
levam as pessoas prtica da dana de salo. Metodologia: Trata-se de uma
reviso bibliogrfica na qual, por meio de um levantamento dos estudos feitos na
rea, foram verificados os motivos que levam as pessoas prtica da dana de
salo. Resultados: Estudos mostram que, em geral, os motivos que levam as
pessoas a buscarem tal prtica so: busca de uma atividade prazerosa, de
satisfao, de uma atividade de lazer, de relacionamento interpessoal, ampliao de
seu grupo social e ocupao do tempo livre. Discusso e Concluso: A
manuteno de um ambiente de aula onde sejam atendidas as expectativas
motivacionais de seus praticantes vai de encontro a um dos principais objetivos de
uma boa prtica pedaggica. Com base nas necessidades psicolgicas inatas e
contextos favorveis motivao, oferecer um ambiente onde o praticante possa
sentir respeito as suas necessidades, aos seus interesses e s suas habilidades
possibilita um maior bem estar social e uma prtica com maiores chances de
aderncia.
Palavras-Chave: Motivao, Dana de Salo, Aderncia.
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O esporte de alto rendimento vem, ao longo de sua evoluo, exigindo dos atletas
em todas as modalidades um aumento constante de desempenho. Durante uma
fase de competio intensa, alguns atletas podem apresentar um declnio em seu
rendimento, o que tem sido atribudo a determinados processos psicolgicos e
fisiolgicos. Quando a intensidade e o volume de competio e treinamento
ultrapassam a capacidade de recuperao e de adaptao do corpo, o organismo
pode apresentar estados de fadiga excessiva. Esse processo de cargas excessivas
de estresse na competio, combinadas com um insuficiente tempo de recuperao
denominado overtraining. O overtraining um sintoma de instabilidade
psicofisiolgico prejudicial sade fsica e mental dos atletas que ocorre devido ao
desequilbrio entre o estresse (carga de treinamento e competies) e os perodos
de recuperao (descanso das atividades esportivas folga). Nos Jogos Regionais
a equipe analisada chegou a disputar 06 jogos em dias consecutivos. O objetivo
deste estudo foi analisar os nveis de estresse e recuperao de uma equipe
masculina de handebol de alto rendimento durante os Jogos Regionais realizados
na cidade de Itatiba- SP. Foram avaliados 14 atletas (22,13 4,40 anos) atravs do
Questionrio de Estresse e Recuperao (RESTQSport- 76), durante um perodo
denominado de competio. Em relao s duas dimenses de estresse, geral
(escalas de 1 a 7) e no esporte (escalas de 13 a 15), foram encontrados altos nveis
nas duas dimenses. Das nove escalas que avaliam a recuperao geral e a
recuperao no esporte, em cinco delas (nmeros 9, 10, 11, 12 e 16) foram
encontrados baixos nveis. E em quatro escalas (nmeros 8, 13, 14 e 15) os atletas
continuavam a demonstrar uma baixa recuperao. Conclui-se, dessa forma, que
todos os indicadores de estresse se encontravam elevados no perodo de
competio, e que alguns marcadores de recuperao, como sucesso, aceitao
pessoal, auto eficcia e auto regulao apontaram baixos nveis de recuperao
nesta equipe, durante esses jogos.
Palavras-chave: estresse, alto rendimento, atletas, jogos regionais.
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O tema motivao um assunto abrangente que deve ser reconhecido por sua
fundamental importncia no processo de ensino-aprendizagem. Durante as aulas de
Educao Fsica (EF), pode-se muitas vezes observar que existe pouca participao
e baixo interesse de alguns alunos, em diversas sries, em participar das aulas de
Educao Fsica escolar de maneira efetiva e regular. A partir dessa reflexo, nos
questionamos: Por que alguns alunos se sentem motivados e outros no? O que
ns, professores de EF escolar, podemos fazer para diminuir esse nmero de
alunos sem motivao? Que estratgias motivacionais podem auxiliar o professor
em sua atuao pedaggica? Este trabalho pretende identificar os fatores que
influenciam o desinteresse desses alunos pelas aulas de Educao Fsica e prope
estratgias que auxiliem nas solues dos problemas identificados. preciso
ressaltar a importncia da motivao no processo de ensino-aprendizagem. Assim
sendo, para realizar este trabalho abordamos os estudos sobre motivao, seus
conceitos e suas correntes tericas; bem como as teorias motivacionais presentes
para a atividade fsica e o exerccio, pois as mesmas delimitam a anlise dos
comportamentos em situaes de rendimento e desempenho. Neste resgate
bibliogrfico, procuramos ressaltar as principais tendncias e aplicaes da
motivao na rea de EF escolar. importante salientar que os estudos sobre a
motivao, na maioria das vezes, esto centrados no aluno, que o principal sujeito
do processo educativo. No entanto, no podemos negar que o professor parte
integrante do processo da motivao e esta interfere nos seus planejamentos e
investimentos para a sua qualificao profissional. Associada motivao,
encontramos na autoeficcia, algumas explicaes a respeito dos mecanismos de
autopercepo e crenas pessoais, que interferem sobremaneira neste processo de
motivao para realizao da atividade fsica. Ao final do estudo apontamos
algumas alternativas e possibilidades para o estmulo da motivao na EF escolar,
sem, no entanto, termos a pretenso de solucionar todos os problemas, apenas
lanar sugestes e abrir espaos de discusso e reflexo, uma vez que
consideramos este tema relevante e atual para nossa atuao profissional e no
processo educacional. Percebe-se a importncia do papel do professor e muitas
vezes seu despreparo para identificar diversos tipos de motivao presentes no
contexto escolar e conseguir reverter quadros de desinteresse e falta de
participao nas aulas.
Palavras-chave: Educao Fsica Escolar; motivao; motivos de realizao;
autoeficcia.
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Introduo: A dieta alimentar se apresenta como uma questo central entre atletas
de modalidades esportivas que preconizam o baixo peso corporal como um
importante critrio para a obteno de bons resultados em competies. Tal cenrio
evidencia a vulnerabilidade do atleta, principalmente do sexo feminino, para o
desenvolvimento de importantes quadros psicopatolgicos, como os transtornos
alimentares e a distoro da imagem corporal. Soma-se ainda o fato do prprio
ambiente esportivo favorecer a ampliao das presses socioculturais motivadas
pelo ideal de um corpo magro. Objetivo: Identificar o perfil antropomtrico e da
composio corporal, relacionando a autoimagem corporal e risco para transtornos
alimentares de atletas do sexo feminino de diferentes modalidades esportivas.
Metodologia: participaram do estudo 69 atletas de equipes santistas das
modalidades Ginstica Rtmica (GR) (n=14); Vlei, Handebol, Basquete, Futsal
(Coletivo=COL) (n=46) e Jud e Karat (Combate=COM) (n=9). Avaliaes: massa
corporal, estatura e dobras cutneas, a partir das quais calculou-se e classificou-se
o ndice de Massa Corporal (IMC) e o percentual de gordura corporal (%G), Escala
de Silhuetas, Teste de Atitudes Alimentares (EAT26), Teste de Investigao
Bulmica de Edimburgh (BITE) e o Questionrio Sobre Imagem Corporal (BSQ). A
pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica em Pesquisa da UNIFESP (CEP
2087/11). Resultados: A mdia de idade foi de 164,6; 17,31,5 e 20,65,3, para
GR, COL e COM, respectivamente (p=0,003). IMC e %G estavam elevados para
25% da amostra, enquanto 27% apresentou IMC adequado e %G elevado. A
insatisfao (82,6%) e distoro da imagem corporal (33,3%) e o risco para
transtornos alimentares (8,7%) foram importantes clinicamente. Observou-se
correlao moderada entre a silhueta atual e IMC (COL r=0,72; COM r=0,72; GR
r=0,55). Com exceo da correlao moderada entre IMC e BITE para COM
(r=0,57), no foi observada correlao entre o IMC ou o %G e risco de transtorno
alimentar. Discusso: Verificou-se que a maioria das atletas apresenta insatisfao
quanto imagem corporal, sendo que algumas apresentam distoro da imagem
corporal e risco para transtornos alimentares. Concluso: Os achados do presente
estudo evidenciaram a importncia de se investigar as caractersticas analisadas no
esporte de alto rendimento. Adicionalmente, fica evidente a relevncia de uma
abordagem interdisciplinar do fenmeno analisado.
Palavras-chave: esportes coletivos, esportes de combate, imagem corporal,
transtorno alimentar.
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RESUMO: A preocupao atual com a esttica crescente de tal forma que chega
a ser preocupante. Modelar o corpo parece ser o fator primordial para ser aceito na
sociedade contempornea, o que leva algumas pessoas a uma busca intil por um
padro esttico que sempre ser inalcanvel enquanto forem escravas de um
espelho que mostrar uma viso distorcida de si mesmas. Uma viso que exagera
de forma demasiada pequenos defeitos fsicos e diminui a musculatura por mais
desenvolvida que esta seja, tornando os indivduos refns de uma doena
psicolgica denominada vigorexia que os leva a treinamentos de fora
pesadssimos, dietas hiperproteicas e, em alguns casos, o uso de anabolizantes. O
objetivo desse trabalho identificar o perfil dos sujeitos com vigorexia e avaliar
como e quais reas da vida mais so afetadas por essa preocupao exacerbada
com o corpo. Para isso, foram aplicados em 27 atletas de duas academias no
distrito de Baro Geraldo, Campinas, dois questionrios: a) Questionrio do
Complexo de Adnis: para reconhecer e determinar o nvel de vigorexia e b) MASS
(Muscle Appareance Satisfaction Scale): com perguntas relacionadas vida e ao
comportamento do voluntrio. Os resultados mostram que 24 sujeitos apresentam o
transtorno de imagem corporal. Apesar de o estudo ainda estar em andamento e os
questionrios estarem sendo analisados, os voluntrios demonstraram, em sua
grande maioria, no gostar do que veem no espelho chegando a usar roupas largas
ou bons para esconder determinadas partes do corpo. Todos disseram seguir uma
dieta prpria baseada em protenas e, at o momento, demonstraram alto grau de
dependncia nos treinos com pesos e propenso ao uso de substncias. Percebese at que adquirir um corpo musculoso que atenda aos padres atuais prioridade
na vida de alguns voluntrios da amostra e que ser esteticamente aceito parece
exercer forte influncia pessoal e social nos indivduos.
Palavras-chave: vigorexia, esttica e contemporaneidade.
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RESUMOS EXPANDIDOS
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Introduo
Vivemos em um mundo marcado pela hipervisibilidade, marcado pelas
interaes causadas pela atividade cultural de cada pessoa. As atividades culturais
nos mostra que cada indivduo compartilha de um modo de vida em diferentes
espaos na sociedade.
De acordo com Santos (2006), cada lugar , ao mesmo tempo, objeto de uma
razo global e de uma razo local, convivendo dialeticamente. Desta forma
podemos ressaltar que os diferentes espaos sociais formam ilhas de cultura que
juntas se perpetuam e formam novos espaos culturais, que se desenvolvem
paralelamente.
Em nossa sociedade contempornea marcada pelos conflitos
sociais, estes que se do quando um grupo cultural vem expor seu contedo
mediante outro grupo. Nas redes sociais este conflito acaba se tornando maior, pois
no existe uma fronteira que venha associada a uma questo de espao e
territorialidade.
So diversas as formas de conversao que so
impostas pelo mundo virtual, as associaes entre indivduos so expressas por um
contato direto, o que causa uma interveno no cotidiano de uma pessoa. De fato
podemos ressaltar que as pessoas que fazem de seu personagem um smbolo so
as que mais sofrem esta interveno direta marcada pelas redes sociais.
Os esportistas em geral, mais especificamente os
jogadores de futebol de campo so os personagens que tem uma maior interao
com a sociedade. A extenso do territrio brasileiro permite as diversas formas
culturais, a diversidade cultural brasileira marcada ento pela extenso do
territrio. A quebra desta barreira ento formada pelos clubes de futebol que
fazem movimentos territoriais pendulares para sua disputa esportiva, o que causa o
contato com diferentes formas culturais em diversos espaos da sociedade, assim
temos vrios dolos que so acompanhados por uma torcida que os acompanham
onde quer que estejam mediante uma rede social, formando uma das maiores
simbologias expressas no meio esportivo brasileiro, o futebol de campo quebra as
barreiras territoriais e culturais existentes em toda extenso territorial.
As intervenes so causadas quando um jogador vira
alvo de crtica ou elogios, o que vem acarretar em seus sentimentos, isto que pode
ser encarado como estimulo ou como um dfice em seu rendimento, mediante a um
esporte de alto rendimento.
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Fundamentao
As interaes causadas entre jogador e torcedor atravs da rede social nos
permite uma acelerao na expanso de notcias vinculadas a vida social e
profissional do atleta. Este fenmeno ocorre atravs do conceito de
hipervisibilidade (KEEN, 2012). As interaes sociais causadas pelo FACEBOOK
so diversas, e esse seu maior propsito, conforme discorre Mark Zuckerberg,
criador do facebook em uma de suas entrevistas: No importa para onde voc v,
queremos garantir que toda experincia que voc tenha seja social.
Relevando as interaes sociais temos os aspectos dos computadores que
hoje so vistos como espaos de conversao denominados ento a comunicao
mediada pelo computador - CMC. Isso quer dizer que os computadores foram
apropriados como ferramentas sociais e que esse sentido, em muitos aspectos,
fundamental para compreenso da sociabilidade na contemporaneidade
(RECUERO, 2012).
Temos ento os aspectos culturais que englobam o mundo virtual dos atletas
de futebol que esto sujeitos alterao de cultura em virtude das redes sociais e
suas interaes sociais. Renato Ortiz (1994) afirma que existe uma cultura
mundializada que se expressa na emerso de uma identidade cultural popular, cujos
signos estariam dispersos pelo mundo.
E no h como dizer que a tecnologia imposta pela sociedade, pois
estamos em um processo de aumento mutuo no uso de tecnologias e redes sociais
em nosso cotidiano. Isto j vem desde o passado, o que podemos dizer ressaltando
a interveno do homem no espao. Como relevado por Santos (1988) que o
homem vai impondo natureza suas prprias formas, a que podemos chamar de
formas ou objetos culturais, artificiais, histricos. Ainda Santos diz:
... a natureza conhea um processo de humanizao cada vez
maior, ganhando a cada passo elementos que so resultado
da cultura. Torna-se cada dia mais culturalizada, mais
artificializada, mais humanizada. O processo de culturalizao
da natureza torna-se, cada vez mais, o processo de sua
tecnificao. As tcnicas, mais e mais, vo incorporando-se
natureza e est fica cada vez mais socializada, pois , a cada
dia mais, o resultado do trabalho de um maior nmero de
pessoas. Partindo de trabalhos individualizados de grupos,
hoje todos os indivduos trabalham conjuntamente, ainda que
disso no se apercebam. No processo de desenvolvimento
humano, no h uma separao do homem e da natureza. A
natureza se socializa e o homem se naturaliza (SANTOS,
1988).
Como descrito por Santos acima, o contraste que a sociedade
contempornea vem passando pode ser associado a questo e ocupao do
homem mediante ao espao natural, porm, na sociedade atual muda o espao, o
espao natural vem se tornar o espao miditico. Promovendo assim uma maior
interao do homem, mas desta vez uma interao do homem com o prprio
homem, atravs sociabilizao causada pela proposta da web 3.0.
Ocorrendo de certa forma uma cobrana maior em relao ao torcedor que
tem o contato direto com o atleta, podendo ento influenciar seu rendimento,
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Referncias
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diminuindo e desorientando. Rio de Janeiro: Zahar, 2012.
MACHADO, Afonso Antonio. Psicologia do Esporte: Da Educao Fsica Escolar
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computador e redes sociais. Porto Alegre: Sulina, 2012.
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Paulo: Hucitec, 1996.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espao habitado. So Paulo: Hucitec, 1988.
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INTRODUO
A famlia extremamente importante na vida de um jovem, pois fornece o
suporte nas escolhas do mesmo em vrios contextos, sendo o esporte um tpico de
elevada importncia, pela adequao motora e tambm pelo lado social.
Alm dos torcedores habituais, vale ressaltar o efeito da presena de um
espectador diferenciado, de elevada responsabilidade, cuja presena pode
apresentar pontos positivos, ou negativos: a famlia. Machado (2006) salienta a
importncia da famlia na vida de uma criana, sendo o primeiro contato social do
sujeito no mundo, influenciando assertivamente o processo de facilitao social e de
insero em diversos contextos ambientais. Devido a essa ntida influncia, as
atitudes do filho sero naturalmente moldadas em relao ao que feito por seus
familiares mais prximos, criando tambm sua personalidade e seu modo de pensar
de acordo com o que foi visto desde o incio na sua convivncia dentro de casa.
Prosseguindo neste tpico, Ct & Hay (2002a) afirmam que a
responsabilidade pela maior parte do processo de socializao atribuda famlia.
Os autores definem socializao como um processo contnuo, que acontece ao
longo do curso de vida de um indivduo, no qual este desenvolve sua identidade,
autoconceito, comportamentos, atitudes e disposies.
Visto que a famlia a primeira referncia do filho, bons exemplos e atitudes
que sigam uma linha correta de raciocnio devem predominar por parte dos
responsveis. Segundo Kalinowski (1985) para os jovens terem destaque em suas
reas, importante que seus respectivos pais transmitam-lhes valores relacionados
disciplina, responsabilidade e valorizao do sucesso.
Silva e Fleith (2010) complementam ao afirmar que importante que os pais
cobrem empenho dos filhos e que, paralelamente, mostrem a mesma dedicao em
suas respectivas atividades, caracterizando-se como exemplos aos jovens.
comum que o pai almeje para o seu filho o sucesso esportivo que ele no
teve, depositando expectativas, com base em variados aspectos, de modo a desejar
um futuro para o mesmo, que no necessariamente aquele que a criana ou o
adolescente deseja.
Silva e Fleith (2010) tambm reforam esta linha de pensamento, ao afirmar
que as necessidades das crianas passam a ocupar uma posio central na
dinmica familiar. Destaca-se tambm o impacto das crenas e expectativas da
famlia em relao ao desempenho do indivduo talentoso.
Segundo Alencar (2001), observa-se na atualidade um interesse crescente
pelo superdotado, por aquele que se destaca por uma habilidade superior ou
inusitada para uma pessoa de sua idade, ou por um desempenho excepcional,
reflexo de suas habilidades e aptides (p. 119).
Weinberg e Gould (2001) destacam que fundamental identificar as formas
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Sempre ou Quase
Sempre
Muitas Vezes
Algumas Vezes
Nunca ou Quase
Nunca
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15
20
25
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DISCUSSO
Estes dados sugerem o que evidencia o constante envolvimento e o ntido
cenrio em que os responsveis acreditam na capacidade de seus respectivos filhos
e tratam o tema com adequada importncia.
Ct (1999) afirma que o fato dos pais reconhecerem que o filho apresenta
um desempenho diferenciado em alguma atividade influencia o posterior
envolvimento e apoio deles em relao atividade.
O talento que pode ser lapidado, pode, consequentemente, levar a famlia a
se envolver mais com a modalidade, enxergando a possibilidade que seu herdeiro
tenha sucesso e destaque na mdia, gerando maior visibilidade.
De acordo com Filho e Bhme (2001), o termo talento esportivo
empregado para caracterizar indivduos que demonstram elevadas capacidades
biolgicas e psicolgicas que, dependendo do meio social no qual vivem, podero
apresentar alto desempenho esportivo, dependendo para isso de condies
ambientais adequadas (p. 155).
Drill (2003) traz alguns fatores importantes para desenvolver o talento
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c)
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Oportunizar, favorecer e encorajar a participao de seus filhos em diferentes
modalidades esportivas. Aps estas experincias, permitir a escolha pela prpria
criana sobre qual esporte, ou quais esportes ela ir praticar. claro, que este tipo
de conduta implica em grande esforo por parte dos pais, alm de algumas
renncias da vida particular, como tempo, atividades prprias e em alguns casos
financeiros.
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REFERNCIAS
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INTRODUO
Elevado ndice de leses somticas e transtornos mentais so caractersticas
psicolgicas do esporte competitivo que carecem de um estudo pormenorizado.
Uma reviso de literatura embasou a pesquisa de campo que possibilitou
categorizar alguns comportamentos de atletas de Voleibol masculino,
posteriormente analisados na pesquisa de campo. Anlise dos estudos de GUAY
(1998), MACHADO (1995), SERPA (1998) e DURANT (1998) favoreceram os
levantamentos de dados, possibilitando a realizao de comparaes e correlaes
de dados, conforme resultados encontrados.
A PSICOLOGIA NO ESPORTE
Os hbitos de vida e a adaptao social do atleta ao meio so fatores a
considerar no seu rendimento. Uma avaliao psicolgica deve ser procedida
constantemente, visando um desenvolvimento harmonioso da personalidade do
esportista. Tendo o treinador um papel fundamental onde lhe cabe evitar ou sanar
os problemas extrnsecos os quais, muitas vezes, arrunam a performance de
elementos em perfeitas condies fsicas, tcnicas e tticas (MACHADO, 1995).
O problema bsico diz respeito competio e performance, devendo o
educador fazer um grande esforo para tornar claro ao competidor o seu verdadeiro
significado (CAILLOIS, 1993). Um fato digno de registro a quantidade de
pessoas, nas mais variadas faixas etrias, que abandonam a prtica esportiva. Este
fato pode revelar certa impotncia pessoal ao no atingir as performances exigidas
pelo treinador, pode ser o resultado das sndromes do sucesso ou do fracasso, ou
ainda pelo fato das prticas no corresponderem s necessidades, desejos e
interesses do praticante (BANDURA, 1986).
EMOES
Algumas pessoas colocam-se na posio de que a emoo um processo
inteiramente distinto da motivao, outras afirmam que as emoes so classes de
motivos, outras definem a emoo subjetivamente em termos dos sentimentos
experimentados pelo indivduo. Ainda h as que vem as emoes como
transformaes fsicas do corpo (CRATTY, 1994).
H divergncias entre autores quando se trata das causas que geram as emoes e
seus resultados. H os que destacam a reao como componente principal da emoo e os
que destacam as percepes das situaes ou os efeitos da emoo sobre o
comportamento normal.
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PROCEDIMENTOS METODOLGICOS
Baseado nos critrios da pesquisa qualitativa, do tipo participante, a
populao pesquisada foi de 126 esportistas universitrios, de futebol de campo,
basquetebol, handebol e voleibol, masculino, idades entre 17- 23 anos. Por meio de
questionrio (de perguntas semi- estruturadas) com 20 perguntas, em que se
permitiu responder mais de uma indagao; sondou-se a freqncia, tipo e
incidncia de tenses psicolgicas em cada momento da competio; indagou,
ainda, a prtica psicolgica adotada como preparao. Para anlise dos resultados
encontrados, optou- se pela categorizao, que permite aglutinar sintomatologias de
um mesmo fenmeno.
RESULTADOS
Na populao pesquisada, de 126 esportistas universitrios, indagou-se a
prtica psicolgica adotada como preparao: do universo investigado foi
constatado que 73% dos pesquisados no receberam o preparo psicolgico, por
desconhecimento de seus tcnicos; 12% dos tcnicos so adeptos de mentalizao,
relaxamento e treinamento autgeno.
Os profissionais que atuam com estes atletas, no universo profissional da
Psicologia do Esporte, compem um universo de 32% de psiclogos, 48% de
professores de educao fsica, 12% de fisioterapeutas, e 8% de leigos. Assim,
atravs de questionrios de questes semi estruturadas com atletas, foram
categorizados os sintomas de agressividade e ansiedade, alterao de apetite e
sono, dificuldade de concentrao, enjos constantes, irritabilidade, angstia, apatia
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%
56
47
31
27
06
Tipos de transtornos
Medo de derrota
Ansiedade e impossibilidade de mudar o pensamento
Raiva; rancor; dio
Insegurana
Medo de vencer
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Os atletas tem claro o tipo de profissional que pode ajud-los no preparo para
as competies, ainda que no disponham de suas ajudas ou de seu trabalho.
Ainda hoje, muito mais do que o preparo psicolgico, grandes equipes preferem
ampliar seu quadro de profissionais contratando fisiologistas, preparadores fsicos,
nutricionistas, massagistas, ao invs de se preocuparem com a viso integral do
homem em treinamento. Mantm um discurso que atende s necessidades deste
atleta completo, porm atendem-se s preocupaes fsicas e fisiolgicas, apenas.
Em conversas com dirigentes e tcnicos, pode-se perceber que a crena de
que o estado fisiolgico controla os demais absoluta. No entanto, estudos
apontam que o estado emocional completa e d suporte para uma equilibrada
atuao. E, junto com o fisiolgico, garante a adequabilidade funcional do atleta. No
entanto, para os esportistas, o profissional que pode ajud-los, nesta situao :
%
47
43
21
7
2
Profissional
Psiclogo do esporte
Tcnico esportivo
Mdico da equipe
Fisioterapeuta
Psiclogo
CONCLUSO
Preliminarmente assume-se a concluso da necessidade de maior
interferncia da Psicologia do Esporte na prtica do esporte de alto nvel, bem como
da maior divulgao de seus estudos e prticas no meio esportivo. Tais
constataes serviro como norteadoras para a comisso tcnica da modalidade,
pensando numa melhor preparao esportiva e facilitaro na percepo de que a
preparao psicolgica ainda no adequadamente empregada e que os
profissionais do esporte competitivo ainda no se planejam suficientemente para
atender a demanda causada pelos transtornos emocionais prprios ou
consequentes da competitividade, comprometendo o resultado final de seu grupo.
Isto apenas refora, preliminarmente, que a Psicologia do Esporte demanda
de tempo e melhor abordagem por parte dos seus profissionais atuantes, de modo a
desvendar sua real utilizao: o equilbrio e a possibilidade de interao constante.
A necessidade de se entender a sade em sua totalidade parece distante de
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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Introduo
A motivao pode ser considerada uma importante varivel a se estudar na
rea da Psicologia do Esporte, uma vez que esta influencia o indivduo de diversas
maneiras. Segundo Weinberg e Gould (2001), a motivao coordena e dirige
intensidade e direo que as pessoas empenham em determinadas situaes, e
vrios fatores so interferentes nessa motivao tanto os fatores internos quanto os
externos.
Existem vrias teorias que estudam a motivao como: a Teoria da
necessidade de realizao por McClelland (1961) e Atkinson (1974); a teoria
definida por Bandura (1990, 1993, 1995), das crenas e julgamentos que a pessoa
faz de si; a teoria da motivao correspondente a percepo de competncia
pessoal por Harter (1978) entre outras diversas outras ainda estudadas. Porm
neste trabalho ser enfatizada a teoria da autodeterminao de Deci e Ryan (1985)
que o indivduo pode se sentir motivado de maneira intrnseca ou extrnseca, e
amotivada a determinadas situaes (BALBINOTTI; CAPOZZOLI 2008,
BALBINOTTI et.al, 2011). Dessa forma as experincias anteriores dos indivduos
exercem grande influncia na motivao que este apresentar em novas situaes.
Importante destacar que a motivao extrnseca pode
no ser um comportamento negativo, e esses motivos podem possuir determinados
graus de autonomia, porm os fatores intrnsecos so exclusivamente
autodeterminveis (BALBINOTTI; BARBOSA, 2008).
Os atletas esto em constantes situaes de vulnerabilidade e
com isso precisam manter um preparo fsico e psicolgico em equilbrio. Quando
este no se adapta ou consegue um equilbrio perante os desafios, comeam a
surgir diversos problemas sendo um deles a leso esportiva. As leses so fatores
influentes no esporte que podem levar o atleta a abandonar a sua rotina diria,
trazendo diversos fatores desfavorveis juntos a essa leso.
As causas das leses so diversas e podem acontecer
em diferentes intensidades e variaes influenciando de forma significativa na
recuperao da leso. Assim o objetivo deste estudo foi avaliar a motivao de
atletas de voleibol que sofreram algum tipo de leso.
Procedimentos metodolgicos
Foi realizada uma pesquisa experimental/netnogrfica, pelo Google Docs,
para entrevistar indivduos atletas e ex-atletas de voleibol avaliados de ambos os
sexos. Na pesquisa constavam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) e o Inventrio de Motivao para a Prtica Regular de Atividade Fsica -
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Feminino
25
78,12
Masculino
7
21,88
Escala motivacional
Mdia total
Desvio padro
Sade
36,06
8,86
Esttica
28,62
9,61
Valores
das
motivacionais
esttica)
dos
avaliados.
Discusso
A insero do atleta no esporte apresenta elevados nveis emocionais,
despertando variaes de sentimentos. Muitas situaes de enfrentamento so
comuns no esporte e apresentam respostas diversificadas em cada indivduo.
Muitos fatores aumentam a vulnerabilidade a leses como a debilidade do
sistema imunitrio, desvio de ateno, o cansao e o esgotamento apresentado, as
atitudes agressivas e as situaes de fuga que o atleta vai apresentando (BUCETA;
BUENO, 1995).
Ao surgir a leso o atleta passa por muitas fases emocionais sendo estas: a
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negao, situao na qual ele no aceita e no acredita que aconteceu a leso com
ele, a raiva que o torna agressivo, na negociao ele busca negociar consigo
mesmo tentando recuperar o mais rpido possvel mascarando sua situao real,
depois vem a depresso por ter incerteza de seu futuro, e ao final vem a aceitao
da leso e que precisa da reorganizao para um possvel retorno s atividades
(VELOSO; PIRES, 2007).
As modalidades esportivas levam o indivduo a apresentar elevados nveis
emocionais e com isso desperta diversos tipos de sentimentos. Uma mesma
situao no esporte pode ser encara de diversas maneiras por indivduos com suas
caractersticas pessoais especficas, estes nunca reagiro da mesma forma,
fazendo parte das especificidades de cada pessoa (MACHADO; BRANDO, 2006).
Outro ponto importante a destacar a personalidade, as experincias
subjetivas e os recursos de enfrentamento que influenciam na resposta ao estresse
sofrido, vindo esses associados ou separadamente. Brando e Machado (2008)
ainda afirmam que o tipo, a intensidade e a resposta s leses dependem das
variveis psicossociais.
Quando chega a fase de tratamento, as leses precisam ser acompanhadas
por equipes interdisciplinares como mdicos, fisioterapeutas, psiclogos e
educadores fsicos, nos quais devero fazer sua interveno de maneira adequada
e no momento certo, ajudando o indivduo/atleta a retornar ou no a suas atividades
cotidianas o mais breve possvel (BUCETA; BUENO, 1995).
Concluso
Pode-se concluir analisando esses dados, que apesar dos atletas avaliados
terem sofrido leses e possveis fatores psicolgicos em desequilbrio se preocupam
em manter uma boa esttica e buscam uma boa sade. Com isso confirmamos a
importncia do trabalho de manter o equilbrio psicolgico em condies de estresse
fsico/psicolgico, pois o resultado final de recuperao do tratamento e volta as
quadras ser facilitado.
Referncias Bibliogrficas
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125
Introduo
O contexto esportivo cercado por questes psicolgicas que podem ajudar ou
prejudicar o rendimento de um atleta e, consequentemente, da equipe, quando se
trata de um esporte coletivo. Este trabalho buscou analisar a compatibilidade entre
treinadores e atletas masculinos infanto-juvenis no taekwondo.
O relacionamento entre treinadores e atletas precisa se manter instvel para
que consigam realizar os objetivos ou metas traadas. Tem-se refletido muito sobre
a fundamental importncia dos treinadores nas diversas modalidades esportivas.
Sua posio central tem ocupado bastante espao e sendo cada vez mais
responsvel em organizar e colocar em prtica os planos elaborados para os seus
atletas.
o treinador que toma as principais decises, pois, alm de
atuar diretamente com os atletas, com seus desempenhos, aes, comportamentos
e evolues, os treinadores influenciam, tambm, na maneira com que os
esportistas enxergam o esporte e todas suas nuances, dentro e fora do contexto do
esporte.
O atleta o protagonista da atuao, o personagem principal. E para alcanar o
sucesso necessita de preparao e muito treinamento, elaborado com
antecedncia, dedicao e profissionalismo, por toda a comisso tcnica, para que
o trabalho seja continuo e progressivo, tendo bem estabelecidas as metas a serem
alcanadas (SANTOS, 2000).
Justificativa
Esse estudo se faz importante pela busca de um melhor entendimento da
relao treinador e atletas no contexto esportivo, particularmente, com esportes
individuais e usando como referncia atletas masculinos infanto-juvenis de
taekwondo.
O trabalho com adolescentes precisa ser olhado em diferentes aspectos,
analisando o perodo de transio para a fase adulta e uma personalidade ainda em
formao. o momento do desenvolvimento humano caracterizado por desacertos
orgnicos, desvios de conduta e sociais, bem como desencontros psicolgicos. H,
nesta etapa evolutiva, uma elevao nas emoes sentidas pelos atletas, cuja
intensidade guarda uma estreita relao de proporcionalidade com o estresse
determinado pelas mudanas e pela magnitude das presses ambientais. E essa
emoo, se de um lado pode ser fora altamente positiva, por outro pode
transformar-se num fator destrutivo e desintegrador (CAVALCANTI, 1988).
Em virtude desse pblico alvo da pesquisa ser infanto-juvenil, observamos
como fundamental a participao do treinador na formao do cidado e do atleta,
que passa a ter referncias em vrios mbitos em que vive, estando o tcnico
inserido nesses modelos de conduta.
O entendimento da efetividade e da participao do treinador como um
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membro que tem ideias compatveis com a dos seus atletas, seja nos
comportamento e nas metas, so observados nesse estudo, tratando esses
aspectos como imprescindveis na relao treinador-atletas.
Reviso de literatura
A relao entre treinador e atleta bastante complexa. O mesmo profissional
pode lidar bem com alguns e, no mesmo contexto, ter um mal entendimento com outros.
As caractersticas, vivncias e experincias de cada membro do par educacional podem
influenciar no processo de confiana entre as partes, que pode gerar conflitos ou
aproximaes mtuas. Sendo assim, ...temos que reforar que teremos habilidades
diferentes em cada uma das situaes vividas na ao, j que cada uma delas tem
constrangimentos diferentes, em momentos diferentes. Em funo desta regra, cabe a
ideia de que a especificidade do treino somente ser eficiente se houver uma ligao
entre informao e movimento (MACHADO E ARAUJO, 2010).
O treinador representa para o atleta uma referncia determinante das suas
emoes, cognies e comportamentos. O praticante procura nele a segurana de
que carece num contexto caracterizado pela instabilidade e incerteza. Todavia, a
histria pessoal do treinador, leva-o a viver igualmente as profundas emoes
decorrentes do significado psicolgico que a situao desportiva e o discpulo tm
para ele, devendo corresponder exigncia que o atleta implicitamente lhe faz, de
controlar os afetos para poder ser elemento estabilizador da dade. Neste mesmo
sentido atua o envolvimento social e a sua prpria representao do papel a
desempenhar, associados ao esteretipo de treinador firme, seguro e
emocionalmente estvel (SERPA, 2002).
Ainda, conforme Machado e Araujo (2010) a impressionante capacidade de
estabelecer relaes entre as partes do sistema, de modo estvel ou instvel,
possibilita (ou no) um ajuste e adaptao entre as partes, num processo
denominado auto-organizao. Desta forma, somos sabedores de que este
processo o ponto mximo que cada profissional do esporte busca desenvolver em
seus comandados, e para isso, o trabalho deve sempre considerar trs questes
imprescindveis para a teoria: a tarefa, o praticante e o envolvimento que, de uma
maneira equilibrada e unssona possibilitar a adequao e o movimento em busca
do objetivo, em qualquer modalidade esportiva.
O estabelecimento de interaes adequadas com os atletas pode fazer a
diferena entre o sucesso e o fracasso desportivo. Neste sentido, torna-se
fundamental que o treinador domine as competncias de atendimento (ex: saber
ouvir e escutar, demonstrar que est com o outro, etc.), as competncias no
verbais (ex: postura corporal, expresses faciais, gestos, etc.) e as estratgias de
resoluo de conflitos, uma vez que estes trs domnios representam condies
fundamentais nos processos de influncia das outras pessoas (GOMES, 2011).
A compatibilidade entre treinador e atleta construda com o passar dos
treinos e competies, a cada momento vo criando vnculos que podem ser
afetivos ou aversivos, e esses sentimentos so flexveis na medida em que a
relao se torna oscilante, havendo momentos de aproximao contnua e em
outros por razes diversas podem ser desagradveis, afastando as partes e
prejudicando o rendimento.
As metas e prioridades que o treinador promove, as
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Resultados e discusses
Apontaram para compatibilidades prximas ao mximo determinado pelo
questionrio MCTA. Dos pesquisados, 92% esto no ensino bsico, sendo
importante o alerta para a continuidade na formao escolar, necessitando um
incentivo para os avanos nos estudos e a orientao para os que pretendem
ingressar no curso superior, sem que, com isso, precisem abandonar o taekwondo,
seguindo uma carreira paralela, seja esta amadora ou profissional no esporte.
Consideraes finais
Os adolescentes vivem um processo de transio da adolescncia para a fase
adulta, que resulta em identificaes sociais e construo da personalidade,
recebendo estmulos voltados para o rendimento e resultados, da a importncia
de um trabalho especfico do treinador voltado na interao e estabelecimentos
de vnculos empticos com seus atletas. Da a importncia da necessidade de
uma orientao bem conduzida para com os jovens atletas evitando abandonos e
transtornos psicolgicos.
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Introduo
De acordo com Singer (1977), a liderana entendida como uma relao de
interao entre a personalidade do indivduo e a situao. Para Gould & Weinberg
(2001), liderana definida como o processo comportamental de influenciar
pessoas e grupos na direo de objetivos traados. No contexto esportivo isso pode
significar tomar decises, motivar, dar feedbacks, estabelecer relaes
interpessoais e dirigir o grupo ou equipe com confiana. Um lder aquele que sabe
exatamente os objetivos de um grupo e fornece a direo e os recursos para
alcan-los.
Machado (2008) enfatiza que a liderana de extrema importncia para os
profissionais que orientam grupos sociais na busca do mximo empenho e
dedicao para conquista de metas.
Quando pensamos em uma equipe esportiva como um grupo social em busca
de um objetivo em comum, a presena da liderana fundamental, e geralmente
esta se concentra na figura do treinador. fundamental que exista uma figura que
se torne uma referncia no grupo, para facilitar e otimizar o trabalho coletivo e a boa
relao dentro do grupo. Neste quesito, a presena do treinador indispensvel.
Em particular no esporte e no exerccio fsico a liderana engloba vrias
dimenses do comportamento do treinador, como por exemplo, seu processo de
tomada de deciso, o tipo de estmulo e a frequncia com que esse fornecido aos
seus atletas, seu desempenho, as tcnicas de motivao utilizadas e a forma com
que ele se relaciona com seus subordinados. (BUCETA, 2009; HORN, 1992)
O tcnico o comandante da equipe e o lder da comisso tcnica durante
todas as etapas da temporada, distribuindo funes a cada elemento do grupo e
exigindo deles participao qualitativa e quantitativa. papel do treinador elaborar e
discutir com a comisso tcnica e jogadores o plano ttico a ser desenvolvido em
cada partida e, posteriormente, avaliar o rendimento da equipe. O treinador renese periodicamente com os outros membros da comisso tcnica para avaliar o
planejamento e traar as etapas a serem cumpridas, promovendo mudanas
quando necessrias. Ao final da temporada, o treinador deve elaborar um relatrio
com as atividades desenvolvidas e os resultados alcanados. (ROSE JR, 2006).
Segundo Gould & Weinberg (2001) tcnicos que so bons lderes, alm da
viso daquilo pelo que se luta, fornecem tambm a estrutura, a motivao e o apoio
do dia-a-dia para transformar a viso em realidade. Para os autores, lderes de
sucesso tambm tentam garantir que a boa atuao individual ajude a alcanar a
boa atuao da equipe.
Para Tubino (1984) a comisso tcnica se caracteriza pela formao de um
grupo de pessoas reunidas num processo de treinamento, trazendo especializaes
nas diferentes reas da preparao. A comisso tcnica direcionada s funes
de elaborao do planejamento e desenvolvimento dos treinamentos. Porm,
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embora exista a comisso tcnica reunindo diferentes profissionais para auxiliar nas
temporadas, evidente que a figura do treinador a mais importante, e
consequentemente a mais exposta na mdia. a sua palavra que tende a ter mais
impacto no seu grupo de atletas e sua eficincia que ser retratada, na maior
parcela das situaes, no rendimento de seu plantel. Seguindo este raciocnio, na
opinio de Buceta (2009) o treinador o responsvel mximo pelo funcionamento
dos aspectos associados equipe assim como com o rendimento de seus atletas,
razo pela qual as suas decises e aes tm uma grande influncia. Dos acertos e
erros do treinador dependem em grande medida o xito esportivo e a satisfao dos
que trabalham sobre seu mando.
Becker Jr. (2000) entende que o comportamento do tcnico pode ser
representado por vrias dimenses de liderana, tais como: conduta humanista,
(caracterizada por uma preocupao com relao interpessoal cordial entre os
membros da equipe, bem estar de cada atleta, alcanando uma atmosfera grupal
positiva), conduta tecnicista (atravs do qual o tcnico pretende aperfeioar o
rendimento, orientando o para o desenvolvimento de suas habilidades fsicas,
tcnicas, tticas e psicolgicas), conduta democrtica (onde o tcnico permite a
participao dos atletas nas decises ligadas s metas do grupo, mtodos de
treinamento, estratgias de competies, etc.) e conduta autocrtica (atravs da
qual o tcnico expressa decises sobre todos os aspectos de treinamento e na qual
no a participao dos demais elementos da equipe).
Brando & Valds (2005) sugerem alguns aspectos importantes para a
obteno de sucesso por parte do tcnico: entusiasmo (treinadores com alto grau de
entusiasmo tendem a influenciar positivamente seus esportistas), integridade (os
esportistas necessitam confiar que seu lder est comprometido com o trabalho que
desenvolve, honesto e fala sempre a verdade), sentido de propsito e direo (um
bom lder de grupo precisa ter domnio do treinamento e conhecimento da
modalidade que trabalha), disposio (para poder suportar a demanda fsica e
psquica o treinador precisa ter muita disposio e uma alta capacidade para
trabalhar com as cargas requeridas), coragem (um treinador necessita ter
determinao para tomar decises e selecionar, entre vrias possibilidades, as
aes mais adequadas para o momento).
O Modelo Multidimensional de Liderana no Esporte o modelo de liderana
especfico para as situaes atlticas, que a conceitua como um processo
interacional. Isso significa que a efetividade de um lder esportivo depende de
caractersticas circunstanciais tanto do prprio lder como dos membros do grupo.
De acordo com o modelo, a satisfao e o desempenho de um atleta dependem dos
seguintes trs tipos de comportamento do lder: o comportamento requerido do lder,
o comportamento preferido do lder e o comportamento real do lder. O
comportamento requerido do lder se d quando a situao exige que o lder se
comporte de certa maneira, sendo que o prprio sistema organizacional dita o
comportamento e esperado que as pessoas se ajustem s normas estabelecidas.
J o comportamento preferido do lder diz respeito s preferncias que os membros
do grupo possuem por comportamentos especficos do lder. Por ltimo,
comportamento real do lder so os comportamentos que o lder exibe, tais como
ser capaz de estruturar ou ser atento. Caractersticas do lder como personalidade e
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Procedimentos Metodolgicos
Este um estudo qualitativo, feito atravs de uma anlise de imagens. Para
obtermos o material para anlise filmamos uma sesso de treino comum de uma
equipe portuguesa sub-17 do incio ao fim. A filmagem foi feita tentando abranger o
maior espao do campo possvel, porm o foco principal o treinador. Foi utilizada
uma cmera de vdeo e fotos no profissional. As imagens foram posteriormente
assistidas e as aes do treinador foram analisadas e descritas. Para podermos
caracterizar o comportamento do treinador, utilizamos as definies feitas por
Samulski (2002) sobre os estilos de liderana e estilos de interao, que foram
delineados com base na Escala Revisada de Liderana no Esporte (ELRE),
originalmente chamada de "Revised Leadership Scale for Sport " (RLSS). A RLSS
foi desenvolvida e validada por Zhang, Jensen e Mann (1997) aps um processo de
reviso da "Leadership Scale for Sports" (LSS), criada por Chelladurai e Saleh
(1980). Na lngua portuguesa, a validao da ELRE foi realizada por Samulski,
Lopes e Costa (2006).
Resultados
Pela anlise do vdeo percebemos que o treinador apresenta e instrui as
atividades, demonstra como devem ser realizadas, porm no participa delas
ativamente. o treinador quem toma todas as decises referentes ao treino.
Nenhum dos alunos opina a respeito da organizao da sesso de treinamento,
apenas fazem perguntas referentes realizao dos exerccios propostos. o
treinador o responsvel pela diviso dos times antes do jogo, demonstrando mais
uma vez que as decises so centradas em sua figura. Ele passa a maior parte do
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Referncias Bibliogrficas
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Introduo
O treinamento esportivo composto pelos componentes tcnico, ttico, fsico
e psicolgico (GARGANTA; MAIA; MARQUES, 1996). Na maioria das vezes a
ateno da comisso tcnica recai muito mais sobre os trs primeiros, deixando o
fator psicolgico em segundo plano.
Esse fato pode ocasionar influncias significativas no desempenho coletivo,
da equipe como um todo e tambm individualmente em cada atleta. Podendo
acarretar em oscilaes no desempenho final.
Os estados de humor tem variao ao longo do dia, isso no seria diferente
no caso dos atletas, ressalta-se que essas variaes, por menores que possam ser,
podem causar uma grande diferena no rendimento dos atletas (BRADT et al.;
2010).
Segundo Vieira et al.(2007): O humor ou estado de nimo pode ser definido
como o tnus afetivo do indivduo, que modifica a forma de percepo das
experincias
reais,
ampliando
ou
reduzindo
o
impacto
destas.
Na figura 1 podemos observar que so vrios os fatores que influenciam o
atletas e, consequentemente pode alterar os estados de humor. Sendo que, alguns
desses fatores como famlia, staff, dentre outros so diretamente ligados ao atletas
e outros como torcida e mdia, dentre outros, tem uma ligao indireta. Vale
ressaltar que esses fatores podem flutuar dentre as duas classificaes
anteriormente descritas e que determinados fatores podem exercer maior ou menor
influncia dependendo do momento e do contexto que o atleta passa.
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Objetivo
Este trabalho tem como objetivo comparar a variao dos estados de humor
nas condies pr e ps-jogo, buscando compreender suas possveis alteraes.
Procedimentos Metodolgicos
Amostra
A amostra foi composta por 8 atletas do sexo feminino de uma equipe de
futsal participante da 56 edio dos Jogos Regionais, realizada na cidade de
Atibaia no ano de 2012. As atletas apresentaram mdia de idade de 18 anos ( 2
anos) e tempo de prtica mdio de 10 anos ( 2 anos).
Instrumento
Para esta pesquisa foram avaliados os estados de humor por meio da Escala
de Humor de Brunel (BRUMS) (ROHLFS et.al., 2008), composta por 24 itens para
resposta em escala Lickert, que vai de 0 nada a 4 extremamente. Aps serem
tabulados, os itens so agrupados em 6 fatores, cada um deles composto por
quatro itens, sendo considerados negativos tenso, depresso, raiva, fadiga e
confuso mental, o vigor o nico fator considerado como positivo.
Procedimento
Aps contato inicial com as equipe e respectivo aceite a solicitao em
participar da pesquisa, foram realizadas as coletas antes e aps os jogos, em
ambos os casos o questionrio foi aplicado no vestirio. Antes da aplicao houve
uma breve explanao sobre a finalidade da pesquisa e sobre como responder o
questionrio, ressaltando sempre a informao de que deveria ser respondido em
relao a como as atletas estavam se sentindo no momento.
Anlise
Aps a coleta os dados foram tabulados no Excel e analisados no prprio
programa de acordo com as divises das questes em cada um dos fatores.
Tambm foi realizada anlise estatstica descritiva simples no Excel, onde foram
obtidos mdia, desvio-padro e valores mximo e mnimos das respostas e dos
fatores. A partir da anlise tambm foram criados grficos a partir do mesmo
programa.
Resultados
Os grficos abaixo se referem s mdias das respostas da equipe em cada
um dos seis aspectos nas situaes pr e ps-jogo.
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Introduo
A psicologia aplicada ao esporte uma cincia recente, com origem no final
do sc. XIX e incio do sc. XX, porm encontra-se em constante desenvolvimento,
caracterizada por ser uma grande corrente de pensamentos em que convergem
diversas doutrinas da Psicologia, Filosofia, Sociologia, Educao Fsica, entre
outras, alm disso, trata-se de um assunto de competncia multidisciplinar aberto a
contribuies de diversos profissionais (ANTONELLI e SALVIVI, 1982).
Por ser uma rea em ascenso, a psicologia do esporte dever se apropriar
de novos campos de atuao com mais propriedade ao longo do tempo, e o
acompanhamento aos rbitros de futebol se enquadram nesse objetivo, buscando
auxiliar esta categoria com os mecanismos de ordem psicolgica para que os
mesmos desempenhem a funo com mais segurana e se conhecendo melhor,
identificando limites, sensaes e estratgias na tomada de deciso.
A atividade dos rbitros de futebol consiste em mediar s partidas juntamente
com auxiliares. Estes profissionais so indispensveis no desenvolvimento da
prtica do futebol amador e profissional em todo mundo.
Consideramos o estudo mais aprofundado da arbitragem no futebol e seus
aspectos emocionais como de importncia to quanto a dos atletas e treinadores.
So os rbitros que tero a responsabilidade e o discernimento imediato das
jogadas, tendo que julgar em poucos segundos o que ocorreu, precisando estar
bem colocado, concentrado e treinado para tomada de deciso, alm do preparo
para cobranas e xingamentos por parte dos jogadores, treinadores e torcida.
Justificativa
No contexto do futebol, os estudos e pesquisas que contribuem com a
arbitragem vm crescendo, apesar de ainda ser um tema que carece de produes,
a maioria destas tem o foco nos atletas e treinadores. Para Silva e Rech (2008),
durante muito tempo a comunidade cientfica considerou o rbitro de futebol como
uma figura secundria no ambiente competitivo, e com o passar dos anos observouse que esta categoria necessitava de uma preparao psicolgica, tcnica, ttica,
fsica e terica sobre os contedos da regra, mais especfica, para que a realizao
do trabalho resultasse em uma maior qualidade na conduo de uma partida.
Apesar da importncia, a atividade de rbitro de futebol no tem
regulamentao formal no Brasil, como tambm acontece em praticamente todos os
pases, mesmo onde se pratica o esporte com intensidade e alto profissionalismo.
Essa implicao pode gerar desmotivao profissional e a procura por outras
atividades que complementem a renda familiar. Por essa razo, esse trabalho
buscou analisar as evidncias de arbitragem ser tratada de forma secundria, tanto
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pelos gestores como para os prprios rbitros, que veem diante das dificuldades no
aprimoramento e na capacitao devido diviso de nas suas atividades.
Objetivo
Avaliar a relao do rbitro de futebol com a sua profisso e os aspectos que
o fazem escolher outra atividade alm da arbitragem.
Metodologia
A presente pesquisa caracteriza-se por ser de cunho exploratria, descritiva e
de natureza quanti-qualitativa, com uma amostra de 37 rbitros profissionais e
federados do futebol brasileiro. Sendo utilizado uma adaptao do questionrio de
Entrevista Sobre Stress Ocupacional e Estratgias de Confronto (ESOEC)
desenvolvido por Gomes (2006), elaborado atravs do Google Docs e divulgado
para o pblico alvo atravs da rede social Facebook.
Resultados e discusses
Analisando os dados coletados, observamos que, dos 37 rbitros
pesquisados, 92% destes exercem outra atividade profissional fora da arbitragem
(figura 1).
Figura 1: Nmero de rbitros que exercem outra atividade profissional alm da arbitragem
140
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Consideraes Iniciais
Muitas leses traumticas ocorrem nos cenrios de prticas esportivas.
Acidentes podem acontecer em diversas modalidades esportivas (individuais ou
coletivas) e tambm em atividades de recreao e lazer, culminando com a
ocorrncia de leses simples ou at mesmo de traumas graves.
Um acidente um evento de origem no intencional, que pode ser evitado,
responsvel por causar leses fsicas e emocionais, tendo seu local de ocorrncia o
domiclio ou um ambiente social como o trabalho, a escola, ou os cenrios de
prtica esportiva e de lazer. No Brasil, entre 2000 e 2009, as causas externas
ocuparam a 3 principal causa de bito sendo que 45% destes foram causados por
acidentes1. Trata-se, portanto de um problema de sade pblica2.
As leses traumatolgicas esportivas so indesejveis e se constituem
como sendo reaes adversas da prtica esportiva3. Estima-se que sejam
responsveis por 13,9% a 38,3% de todas as hospitalizaes por leses3,4. No
entanto, essa estimativa seguramente no condiz com a real prevalncia na medida
em que nem todos os indivduos que se acidentam durante a prtica esportiva
procuram o servio de sade, sobretudo quando a prtica esportiva se constitui em
atividade de recreao e lazer. Acidentes traumatolgicos de menor proporo
podem no ser relatados se no houver uma visita da vtima ao servio de sade.
Apenas um subgrupo de indivduos vtimas de trauma procurar o pronto socorro,
parte deles ser hospitalizada e alguns no sobrevivero. Assim, entende-se que
essa frequncia seja apenas a ponta de um iceberg.
Estudos epidemiolgicos cujo foco de investigao foi a prevalncia dos
acidentes esportivos em ambientes hospitalares no retratam a realidade de modo
fidedigno. Estudos de base populacional seriam mais adequados para a obteno
de dados epidemiolgicos mais prximos da realidade, no entanto so escassos. O
estudo de Mitchel e colaboradores (2010)3, em que se entrevistou 2414 indivduos
que participaram de atividades esportivas nos ltimos 12 meses, constatou que 1/3
(30,9%) dos indivduos sofreram acidentes na prtica esportiva. Destes, apenas
6,1% procuraram o servio de emergncia e 2,9% foram hospitalizados. Em outro
estudo australiano foi realizado um inqurito telefnico em 1084 indivduos com
idade maior do que 5 anos. Observou-se que dos 648 indivduos que relataram ter
praticado algum tipo de esporte ou atividade de recreao e lazer, 34 reportaram
acidentes durante a atividade sendo que 51,4% destes acidentes culminaram com
leses significativas com requisio de tratamento2.
Andrew e colaboradores (2012) encontraram uma taxa anual de acidentes
traumatolgicos esportivos de maior gravidade em torno de 5,2 e uma taxa de morte
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142
de 1,1 mortes para cada 100.000 habitantes. Nesse estudo, dos 1019 casos de
trauma, 218 morreram (58 mortes intra-hospitalar). Nesse estudo, ciclismo, rally e
hipismo foram as modalidades esportivas mais relacionadas com eventos
traumticos de maior gravidade, com destaque para o rally responsvel pelo maior
nmero de mortes por participantes5. No estudo de Finch e colaboradores, crquete,
hipismo, basquetebol e futebol foram as modalidades esportivas mais associadas a
leses traumticas, sendo o crquete e o futebol responsvel pelos casos mais
graves2.
Qualquer que seja o tipo ou gravidade da leso, o enfermeiro dever estar
preparado para reconhecer e atuar prontamente frente a elas, no s com vistas a
sua deteco imediata, mas, sobretudo em relao ao manejo adequado para a
limitao do dano sofrido, preveno de agravos e controle da cena. Para tanto, h
que se ter claro os conceitos relacionados ao trauma para sua aplicabilidade nos
cenrios de prtica esportiva.
Trauma e sua ocorrncia na prtica esportiva e de recreao e lazer.
De acordo com o Comit do PHTLS da Associao Nacional dos Tcnicos de
Emergncia Mdica em cooperao com o Comit do Trauma do Colgio
Americano de Cirurgies, o trauma definido como ... um evento nocivo que
advm da liberao de formas especficas de energia ou de barreiras fsicas ao
fluxo normal de energia...6. Diferentes formas de energia podem estar envolvidas
no trauma: a mecnica, a trmica, a qumica, a eltrica ou a irradiao.
Independente do tipo de energia associada sua ocorrncia, o trauma ocorrer toda
vez em que a quantidade de energia for suficiente para causar dano ao tecido,
ultrapassando assim os limites corpreos de tolerncia.
Para que uma doena ocorra, deve haver uma inter-relao de
fatores: um hospedeiro susceptvel, um agente causador de doena e um ambiente
apropriado para que a interao entre hospedeiro e agente causador ocorra. Essa
a cadeia epidemiolgica. Atualmente, pode-se dizer que doenas e traumas se
comportam de modo bastante semelhante. A exemplo da cadeia epidemiolgica, o
trauma tambm possui uma cadeia de evento: a cadeia do trauma. Para que um
trauma ocorra, deve haver uma inter-relao entre vtima, um agente causador de
trauma (energia) e um ambiente que promova a interao entre vtima e a energia.
Na prtica esportiva, os componentes do trauma sempre estaro presentes e a
cadeia do trauma ser formada pelo esportista (vtima), pela energia mecnica
(energia) e pelo cenrio de prtica esportiva (ambiente favorvel).
fundamental que o enfermeiro saiba quais
so os principais tipos de acidentes comumente observados durante as prticas
esportivas, com vistas preveno. Alguns esportes envolvem atividades em que a
alta velocidade est presente. Em algumas situaes, as prticas esportivas estaro
relacionadas com desacelerao brusca, colises, impactos, lanamentos e quedas,
por exemplo. Inmeros so os mecanismos de leso relacionados com as prticas
esportivas, no entanto, a biomecnica do trauma nas prticas esportivas parece ser
semelhante quela observada em acidentes automobilsticos6.
A biomecnica do trauma decorrente de prtica esportiva deve
ser considerada. Esse conhecimento nortear a avaliao primria e secundria, na
identificao de reas corpreas comumente acometidas. Para isso ser necessrio
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145
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CECARELLI, LR ; MACHADO, AA; TANGANELI, MS; ROCHA LIMA, EM; ISLER, GL; LOPES,
FJ
4- Bolsista CNPq/PIBITI
5- FCA/UNICAMP
6- LEPESPE Laboratrio de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte
Introduo
O futebol reconhecidamente o esporte mais praticado no mundo e, segundo
Dacal (2010), como produto da indstria do entretenimento, este setor movimentou
mais de dois bilhes de reais em produtos comercializados, aes de marketing,
direitos de imagem e transferncias de atletas.
Sabe-se que so muitos os fatores que podem influenciar no resultado de
uma partida de futebol, e dentre estes, a vantagem de se jogar em casa destaca-se
como um dos principais.
De acordo com Silva; Moreira (2008) no Campeonato Brasileiro da Srie A
existe uma maior vantagem ao se jogar em casa em relao s principais ligas
nacionais do mundo e, dentre os fatores que podem ocasionar este resultado, esto
elencados os transtornos ocasionados pelas distncias percorridas e diferenas
climticas regionais.
Para Cecarelli (2011) um dos momentos onde os estados emocionais, entre
eles a ansiedade, interferem no rendimento esportivo a partida de estria.
Baseado neste cenrio faz-se necessrio discutir como se d a interferncia do fator
jogar em casa na estria em competies de categorias jnior.
Para tal, elencamos a Copa So Paulo de Futebol Jnior, por ser a mais
conhecida e disputada competio da categoria, para comparar os resultados das
partidas dos clubes mandantes em seu primeiro jogo do torneio.
Objetivo
Este estudo buscou verificar se na Copa So Paulo de Futebol Jnior o fator
jogar em casa na estria demonstrou possvel vantagem para os clubes
representantes das cidades sedes.
Metodologia
Para realizao deste estudo foi selecionado em site oficial da competio
quais os clubes sede da competio realizada em 2013, que totalizaram 24. Cabe
ressaltar que so 25 cidades sedes no torneio, porm uma das cidades no tinha
nenhum clube no grupo que fosse representante daquele municpio. Em
contrapartida, na cidade de Ribeiro Preto dos quatro clubes do grupo dois so
representantes da mesma, de modo que consideramos ambos como clubes
pertencentes cidade sede.
Em seguida fizemos uma seleo das partidas de estria e de seus
resultados a fim de coletar os dados necessrios para a pesquisa.
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Resultados e Discusso
Tabela 1: Quantidade de resultados na estria da competio.
Vitria
Empate
Derrota
Total
13
5
6
24
Consideraes Finais
Desta maneira, destacamos que aparentemente ser o clube sede da Copa
So Paulo de Futebol Junior pode favorecer na conquista da vitria na primeira
partida da competio, fato este que auxilia na conquista da classificao para a
prxima fase.
Cabe destacar a importncia de mais estudos e maior aprofundamento sobre
a temtica, assim como sobre demais variveis que influem e como podem ser
trabalhadas de modo a facilitar o desempenho do clube sede e que promovam
melhor adaptao dos demais clubes cidade sede.
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Introduo
sabido que a mdia e a cultura industrial so uma das responsveis por
padronizar um modelo de corpo ideal para a sociedade. Corpos de mulheres
excessivamente magras so expostos e tidos como padro ideal de beleza. A mais
nova moda divulgada em sites e que virou febre entre as mulheres, a chamada
barriga negativa. Nesse novo modelo de beleza, as mulheres aparecem ainda
mais magras, com ossos do quadril e da costela em total exposio.
Isso nos leva a um questionamento sobre, at onde pode ir o ser
humano para obter um corpo ideal? Para chegarmos resposta de tal
questionamento, precisamos comear a analisar e discutir a influncia causada pela
mdia e tecnologias sobre a imagem corporal do sujeito contemporneo.
Lima (2003) em seu estudo escreveu sobre o fascnio e a alienao no
ciberespao. A autora relata em seu trabalho que esse fascnio pelo mundo virtual
uma forma de se refugiar das dificuldades sociais.
De acordo com Frois et. al. (2011) a imagem corporal do sujeito
contemporneo no constituda apenas e somente atravs dos meios miditicos,
porm, esses influenciam, e muito, o processo de sua formao.
No objetivo de entendermos o corpo de hoje, uma caminhada pela historia se
faz necessria. De acordo com Tucherman & Saint-Clair (2008), as
representaes do corpo alteram-se historicamente, mas o prprio corpo, em sua
materialidade, necessariamente enredado na complexa teia histrica de que faz
parte..
Comeo essa breve caminhada, falando sobre o corpo do
homem primitivo. Costa (2011), fala em seu estudo, sobre os trabalhos rupestres
que mostram a representao do corpo do homem primitivo. Segundo o autor, tais
desenhos certificam a relao do homem primitivo com o mundo que o circundava,
demonstrando medo, sensao de impotncia diante dos mistrios e da
agressividade dos eventos naturais que provavelmente colocavam a vida em risco.
O corpo era nessa poca ento, um instrumento de mediao do homem com o
mundo.
Da pr-histria para a Grcia antiga, encontramos ento, outro homem, o
qual se interessa primordialmente pela satisfao dos desejos do corpo. De acordo
com Tucherman (apud BARBOSA et. all. 2011) o corpo nessa parte da histria, era
radicalmente idealizado, treinado, produzido em funo do seu aprimoramento.
Vemos ento uma grande diferena entre a primeira e a segunda parte da histria,
aqui descrita, pois a idealizao do corpo contraria a natureza, seja ela qual for, a
partir do momento em que temos um corpo modelado e produzido por exerccios e
meditao. Nessa poca, temos ento, a busca da perfeio de corpo e mente.
Porm, aqui devemos fazer uma ressalva. A satisfao e o desejo, aqui j
mencionados, eram ento, prioridade apenas dos homens livres. Entendendo-se
homens livres como no escravos e no mulheres. De acordo com Rosrio (apud
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153
BARBOSA et. all. 2011), as mulheres nessa poca tinham apenas como funo a
obedincia e a fidelidade aos seus pais, aos seus maridos e a reproduo. O corpo
perfeito era pensando e produzido no corpo masculino.
Damos ento um longo pulo em nossa caminhada para falarmos de toda a
obscuridade da idade mdia. Nessa parte da histria temos uma nova percepo de
corpo. O mundo conhecido era ento, dominado pelo cristianismo. Segundo
Barbosa (2011) o corpo passa da expresso da beleza para fonte de pecado,
passa a ser proibido..
O corpo na era crist, foi submentido ao sacrifcio e ao
suplicio, na tentativa do alcance dos cus e da salvao do inferno. Principalmente
as mulheres, nessa poca, eram criadas para a submisso, com o corpo tapado, e
muitas vezes, ate mesmo o olhar poderia ser uma forma de pecar. Os tempos
medievais foram os do culto santidade, ao corpo imaculado, coberto, ao corpo
fetichizado como o escondido e sinnimo de pura perdio.. (SARDINHA, 2004,
p.20).
Damos agora um grande salto na linha do tempo e passamos da
idade mdia, para a segunda metade do sc.XVII, a chamada Idade Moderna. Uma
era marcada pela mudana nas aes do ser humano, que passa a enxergar a vida
com uma percepo mais cientfica. De acordo com Gaya (apud BARBOSA, 2011) o
corpo passa a ser olhado de acordo com uma percepo mais cientfica e com uso
da razo, e servido de objeto de estudos e experincias. Passa-se do teocentrismo
ao antropocentrismo.
A era moderna pode ser pensada como um tempo de redescoberta do
corpo.
Finalmente chegamos agora aos nossos dias atuais. A psmodernidade pode ser descrita como um conjunto de mudanas que atingiram o
movimento
poltico/econmico/social/cultural,
atingindo
o
homem
tanto
individualmente quanto coletivamente. Essas mudanas atingem tambm o corpo,
mudando padres estticos, novas aparncias e novos comportamentos. Entre
tantas mudanas, vemos um avano gigantesco das tecnologias que nos coloca em
um mundo mais globalizado onde tudo pode ser visto por todos. A mdia eletrnica e
a imprensa so agora, as grandes estimuladoras de um consumismo selvagem,
fazendo com que o mercado seja ao mesmo tempo sedutor e perigoso.
(SARDINHA, 2004, p. 31).
Devido a essas mudanas aqui observadas, esse
estudo vai discutir at que ponto, a mdia, como reprodutor esttico mercadolgico,
pode ter consequncia ao individuo como os distrbios alimentares, causados em
funo da busca incessante por esse corpo perfeito.
Material e Mtodos
Este estudo constituiu-se de uma reviso de literatura, realizada entre maio e
junho de 2013, no qual se realizou uma consulta por artigos cientficos. As palavraschave utilizadas na busca foram distrbio alimentar, imagem corporal, histria do
corpo e mdia.
O critrio de incluso para os estudos encontrados foram abordagem do
corpo incluindo a discusso miditica.
Resultado e Discusses
Foram encontrados 11 artigos nas bases de dado consultadas que versavam,
analisavam e discutiam a influncia causada pela mdia sobre a imagem corporal do
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sujeito contemporneo.
Pelegrini (apud BARBOSA, 2011) nos diz sobre o fato, de hoje a beleza
esttica estar associada a determinados ideais de sade, magreza e atitude.
Temos, ento, a publicidade apoderando-se da subjetividade de cada indivduo, que
vive em um mundo onde h a necessidade de se recriar segundo o modo e estilo de
vida impostos pela mdia.
Graas a um padro de esttica praticamente inalcanvel pela maior parte
da populao, temos hoje, dentro de cada sujeito, uma grande insatisfao com o
prprio corpo, implicando, ento, a incorporao da prtica do exerccio fsico com
fins estticos no cotidiano do indivduo. As academias presentes no mundo de hoje,
so consequncias das exigncias desse novo mercado. Dentro dessas academias,
temos, alem do espao destinado prtica de exerccio fsico, lojas, bares e clinicas
de esttica. (PELEGRINI, 2004, p.6).
Nesse momento, vale citar Silva (apud PELEGRINI, 2004), quando a autora
diz que a lgica da mquina impe a obedincia dos seres humanos organizao
mecnica ignorando o individuo e sua condio de sujeito.
Nesse sentido, podemos dizer a existncia desses padres estticos muitas
vezes inalcanveis, pode levar p sujeito a acarretar graves problemas como os
transtornos alimentares.
Campana (2007), em seu livro, categoriza os fatores predisponentes dos
distrbios alimentares em trs grupos, sendo que um desses trs o fator
sociocultural.
O fator predisponente sociocultural a beleza. Segundo Morgan et. all.
(2002), o ideal de beleza feminina centrado na magreza parte integrante da
psicopatologia dos transtornos alimentares.. De acordo com esse autor, em nossa
cultura, ser magra, significa ter competncia, sucesso, autocontrole e ser atraente
sexualmente.
Tavares (2007) sugere em seu livro, que o fato de vivermos em uma
sociedade na qual a gordura ganha padro de pecado e onde vemos o tempo todo
anncios de tecnologias avanadas, que nos fazem gastar menos energia (controle
remoto, carros, mquinas para tarefas domesticas...) e que, em contrapartida, nos
enchem os olhos com alimentos ricos em gordura, nos leva a um quadro
contraditrio esquizofrenizante.
Nunes et. al. (apud TAVARES, 2007), diz que, a anorexia uma distoro
cognitiva, e que, esse quadro pode ser explicado por aprendizado imposto por
presso sociocultural, onde a gordura no algo permitido.
Concluso
Aps analise de diversos autores, podemos chegar concluso que, o
mundo contemporneo, to ligado tecnologia, pode moldar no s um sujeito belo
como tambm um sujeito doente, tendo com exemplo os sujeitos vtimas dos
distrbios alimentares, causados em funo da busca incessante por esse corpo
perfeito.
Entendemos ento que, os distrbios alimentares so doenas que precisa
de mais ateno, e que carece de ouvidos atentos. O sujeito, que sofre da doena,
precisa antes de tudo, ser ouvido. E para que consigamos escutar e entender essas
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156
Introduo
Quando analisamos o contexto esportivo, principalmente no caso do futebol,
que muito frequente no cotidiano do brasileiro, diversos fatores podem interferir na
performance dos atletas, acarretando em emoes negativas. Vivemos em um
contexto onde os vencedores so valorizados e os perdedores esquecidos, fazendo
desta maneira com que a presso sobre a participao necessite de um
acompanhamento especializado.
Desta forma, temos que os goleiros
so extremamente focalizados no decorrer das competies, sejam pelas boas
atuaes ou por suas falhas, que podem ter resultados desastrosos para sua
equipe. Por isso, constantemente so criados e estudados conhecimentos
especficos para esta posio, alm de uma necessidade de avaliar todos os
aspectos, inclusive o psicolgico.
Sendo assim, a preparao deve ser de excelncia, levando-se em
considerao o grau de exigncia a que os atletas so expostos. Essa afirmao
recai sobre a questo da necessidade que existe de haver uma preparao
adequada, que valorize todos os aspectos (fsico, tcnico, ttico, psicolgico), para
que assim aproxime-se do alto rendimento. Atravs das contribuies de Bertuol
e Valentini (2006), temos que a ansiedade tem demonstrado um forte potencial na
possibilidade de alterar o rendimento e o comportamento dos atletas jovens,
principalmente quando falamos da ansiedade pr-competitiva. Desta forma, deve
haver grande ateno dos profissionais envolvidos com os mesmos.
Esta
pesquisa tem por finalidade, portanto, analisar o quanto a ansiedade por interferir na
performance de goleiros. Foram utilizados questionrios, caracterizados por
perguntas fechadas, a fim de verificar esta questo. Dentro da metodologia
qualitativa, buscou-se avaliar esta relao e possibilidades de auxilio na conduta do
atleta.
Reviso de literatura
Em uma modalidade competitiva, principalmente quando falamos de esporte
futebol, devemos ter em mente que existem diversas comparaes e avaliaes que
podem ser originadas de outros ou de si mesmo. Outras questes, como
expectativas, desafios, rivalidade, metas traadas em um perodo anterior, etc.,
aumentam essa situao, visto a necessidade de reconhecimento, de estar em
evidncia.
O contexto esportivo pode passar a aumentar estresse e, posteriormente, ser
muito desagradvel para um atleta, quando analisamos que este basicamente
competitivo, necessitando de uma boa performance e resultados. A torcida e outros
fatores podem incidir sobre a ansiedade. Segundo Machado (1997), a ansiedade
um fator psicolgico que altera desempenho esportivo. Entende-se a ansiedade
como uma resposta emocional determinada a um acontecimento que pode ser
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atleta se sentir tratado com justia, isto , todos seus esforos so levados em
considerao de forma imparcial e tambm de modo objetivo. Isto tende a
influenciar na motivao, comprometimento e tambm satisfao dos atletas.
O fato de sentir-se seguro tambm essencial, e pode ter relao com uma
boa preparao dos goleiros, o que extremamente importante para uma
competio de grande destaque como esta, visto que h uma grande presso sobre
o atleta, alm da necessidade de passar segurana para a equipe.
H a necessidade de destacar o item que diz respeito ao quanto o atleta
sentia-se ansioso naquele momento, pois este fato pode desencadear em um
desempenho desautomatizado, visto que assim no ser apresentada a mesma
performance que foi observada em outros momentos ou mesmo em outros jogos
Sendo assim, um atleta ansioso pode apresentar
menos importantes.
tenso na musculatura, dificuldades de concentrao, falta de pacincia, dentre
outros sintomas, o que provavelmente prejudicar o rendimento esperado. Isto
inclusive pode gerar distrbios do sono, sendo que deste modo tambm estar
prejudicando na recuperao do atleta e no descanso durante a competio.
Concluso
Como j foi apresentado neste artigo, a ansiedade tende a interferir no
rendimento, sendo que desta forma h a necessidade de uma ateno grande por
parte da comisso tcnica, devido as modificaes nos aspectos psicolgicos neste
perodo competitivo, podendo levar a diminuies de rendimento e prejudicando os
objetivos e metas traados previamente.
Sendo assim, encontramos resultados que envolviam a ansiedade trao e
ansiedade estado de 13 goleiros durante a competio citada anteriormente, o que
de acordo com os parmetros de Cheik (2003), ambos apresentaram um patamar
mediano de ansiedade, o que pode ser considerado como um nvel adequado e
mais prximo do ideal para uma competio.
A hiptese do U invertido pode confirmar que esse nvel mediano de
ansiedade seria adequado, visto que se estivesse baixo, o indivduo estaria
apresentando baixa ativao e diminuio do rendimento. J no caso de um nvel
mdio, o desempenho aumenta at certo ponto, pois quando passa a apresentar um
nvel alto, o desempenho novamente comea a cair para nveis no adequados em
padro competitivo.
Portanto, para que o planejamento de uma equipe seja eficiente, deve ser
muito bem estruturado e questes de ordem psicolgicas no devem ser lembradas
apenas em perodos competitivos, mas sim durante todo o processo de preparao,
criando assim uma equipe que sabe como se comportar em diversos tipos de
situaes. necessrio tambm constante aprofundamento e preparao das
comisses tcnicas, para que conduzam suas equipes da melhor maneira, tendo
sensibilidade para diagnosticar alteraes no rendimento e suas causas.
Referncias Bsicas
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Introduo
O surgimento da internet trouxe diversas mudanas em nossa sociedade,
com seu surgimento notrio o grande impacto gerado pela evoluo tecnolgica,
assim como as mudanas desencadeadas de modo expressivo pela humanidade
diante das relaes estabelecidas com as tecnologias.
De acordo com Calipo (2008) a internet definida como uma rede social e
virtual que propicia a elaborao de atividades em conjunto e tambm o contato
entre as pessoas, que sem este recurso teriam uma viabilidade mnima.
Deste modo compreendemos a grande importncia das possibilidades
advindas da sociedade de informao, que segundo Silva (2007) esta sociedade faz
uso das tecnologias de informao e comunicao (TICs) com o intuito de trocar
informaes e possibilitar a comunicao entre os indivduos.
Esta comunicao estabelecida entre as pessoas se da atravs de aparelhos
eletrnicos como telefones, celulares, rdio, televiso, computador e internet dentre
outros tantos instrumentos que possibilitam e facilitam a comunicao entre as
pessoas, graas as funcionalidades destes aparelhos.
Neste sentido de acordo com Silva (2007) nessa sociedade de informao na
qual vivemos as informaes so colocadas em nossas vidas com grande rapidez
possibilitando o recebimento de cada vez mais informaes sendo difcil ficar fora
deste mundo, isto se da tambm de acordo com Silva (2007) pelo fato de que os
meios de informao so cada vez mais abundantes em que todos difundem
informao.
Assim, compreende-se que estamos
imersos a estas novas formas de interao, recepo de informaes e meios de
comunicao; onde no nos cabe refletir sobre como isto se d, mas sim buscar
compreender suas influncias em nossas vidas.
Objetivo
Para tal, este trabalho de buscou compreender diante das novas tecnologias,
meios de comunicao e interao social, qual o modo de comunicao
pessoalmente ou via tecnologia- que adolescentes preferem utilizar e o porqu
desta preferncia.
Metodologia
Para obteno dos dados da pesquisa foi elaborado um questionrio que foi
construdo no aplicativo Google Docs, sendo este um aplicativo do Google Drive que
possibilita a elaborao de questes fechadas e que atravs de um endereo de
internet podem ser acessadas e respondidas, estas repostas foram ento enviadas
ao pesquisador que realizou a analise do contedo a partir das contribuies dadas
por Bardin (1997).
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11 e 12 anos
13 e 14 anos
Adolescentes que
preferem se
comunicar via
meios
tecnolgicos
44
56
Adolescentes que
preferem se
comunicar
pessoalmente
29
24
Total
73
80
Com a anlise dos dados obtidos pode-se observar que 60% (44) dos 73
adolescentes entre 11 e 12 anos e 70% (56) dos 80 adolescentes entre 13 e 14
anos afirmaram preferir interagir e se comunicar com amigos, colegas e demais
pessoas utilizando-se de meios tecnolgicos como computador, internet e celular.
Percebe-se ento que esta quantidade bastante expressiva na faixa etria
estudada, principalmente no segundo grupo em que a quantidade de adolescentes
que preferem utilizar os meios de comunicao so quase 1 quarto do grupo
estudado.
Ao buscar a compreenso acerca dos motivos para a preferncia, destacase:
1) Anonimato;
2) Menos vergonha;
3) Consegue ser mais sincero e
4) Fala coisas que pessoalmente no falaria.
Estes motivos fazem todo o sentido j que atravs dos aparelhos a exposio
bem menor, j que o interlocutor no visto, suas reaes e expresses ficam
ocultas e no preciso se expor fisicamente frente ao outro interlocutor.
Consideraes Finais
Em corroborncia com Areias e colaboradores (2012) destaca-se que a
realidade que temos uma tecnologia de comunicao to tremenda, voraz e veloz
que gerou um nvel de incomunicao brutal.
Desta maneira, devemos nos atentar para que no contribuamos para que
mais pessoas vivam em seu canto, mergulhadas em seu prprio mundo
cibernticos.
Neste momento, destaca-se a importncia de pais e professores no auxlio e
ensino de como fazer uso das ferramentas e tecnologias disponveis, demonstrando
suas utilidades e facilidades mas instruindo para que seus filhos e/ou alunos saibam
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Referncias Bibliogrficas
AREIAS, Ana Carolina; ASSIS, Carlos; NAPOLEO, Dalet; GONALVES, Daniel;
BRITO, Marcia; CARNEIRO, Rachel Shimba. A comunicao no ciberespao:
relacionamentos interpessoais no anonimato. Polmica, v. 11, n. 2, abr/jun,
2012.
BARDIN, Laurence. Anlise de contedo. Trad. Lus Antero Reto e Augusto
Pinheiro.1997.
CALIPO, Valria. Juventude e a era da Internet: integrao e interao.
Dissertao de Ps Graduao em Cominucao Social da UMESP, So Bernardo
do Campo, 2008.
SILVA, Ana Mafalda Falco. Sociedade da Informao. Faculdade de Economia
da Universidade de Coimbra, 2007.
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Introduo
Segundo Kocian, Kocian e Machado (2005) e Kocian (2009) a concentrao
esportiva desempenha uma importante funo no desenvolvimento do esporte.
Sendo que, por concentrao esportiva entende-se o ambiente de recluso que
antecede um evento esportivo seja para competio ou at exibio. A funo
deste momento a de favorecer o recrutamento de todos os recursos
psicofisiolgicos com o intuito de incrementar o rendimento esportivo durante a
competio.
Para Toledo (2002) buscam ajustar o estado fsico e mental dos
atletas, retirando dos mesmos os estmulos extra campo que possam prejudicar o
processo de preparao. O perodo em que os atletas permanecem concentrados
pode durar horas ou dias que antecedem as competies. Nesta espcie de retiro
os atletas esforam-se em atividades como assistir televiso, jogar baralho, sinuca
etc.
Diante deste cenrio, sem muita dificuldade encontram-se atletas que
entendem este ambiente e momento como inoportuno e at dispensvel. Casos
como estes podem ser ilustrados com falas do ex-jogador e mdico Scrates: Nada
mais banal e letrgico que este tipo de aprisionamento a que os jogadores esto
submetidos. Quais os motivos para a existncia das concentraes? (TOLEDO,
2002, 156). Ou de Romrio: a concentrao, por exemplo, intil. O objetivo
alegado de unir o grupo, mas na prtica no funciona.(KOCIAN, KOCIAN e
MACHADO, 2005).
No entanto, a concentrao tambm entendida por atletas, a exemplo de
Tosto e dos participantes do estudo realizado por Kocian et al. (2007), como um
item necessrio e que, no caso do primeiro, representa o profissionalismo do
futebol, apesar de no esconder que ainda existem, a ao que tudo indica sempre
existiro, excees:
Hoje, (o futebol) muito profissional, mas sempre tem
(o jogador que mais bomio). H mais concentrao e
o salrio muito alto, cria uma segunda natureza no
jogador, ele precisa ganhar dinheiro e a carreira curta,
pois o desgaste maior e eles sabem disso.
(TOLEDO, 2002, p.143).
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= 3,59), fadiga (Hand = 3,65 e Fut = 1,75), confuso (Hand = 2,41 e Fut = 1,17) e
depresso (Hand = 0,65 e Fut = 0,33) apresentaram nveis muito inferiores em
ambos os gneros, que foram agrupados. Tal comparao estabelece uma relao
positiva entre o momento e o ambiente, no caso a concentrao esportiva, e os
estados de humor dos atletas de ambas as modalidades. Pode-se afirmar isso uma
vez que se entende os estados de humor enquanto produto da relao entre o
indivduo e o meio em que est inserido (SANTOS, 2001).
Os resultados encontrados no presente estudo remetem ao que
Morgan et al. (citado por SAMULSKI, 2009) caracterizam por Perfil Iceberg, o qual
comumente apresentado por atletas de alto nvel e caracterizado por nveis
elevados de vigor e baixos nveis de ansiedade, fadiga e confuso. Segundo
considerado como o estado ideal para os atletas durante competio.
Segundo os dados obtidos pode-se inferir que o nvel de
estresse dos atletas encontra-se em nveis adequados, pois est diretamente
relacionado aos valores obtidos nas categorias tenso (3,88 0,74), depresso (0,49
0,24) e raiva (0,95 0,37), os quais apresentaram escores mdios reduzidos.
Apesar de perceberem nveis reduzidos de tenso e estresse importante ressaltar
que estes so componentes frequentes do ambiente esportivo e que merecem
ateno por parte dos treinadores, principalmente a respeito da percepo de suas
influncias sobre o desempenho esportivo de cada atleta (BRANDO e MACHADO,
2008).
H a necessidade de se estabelecer a relao entre estresse e
o desempenho esportivo, principalmente por que em situaes que exigem a
prontido geral do atleta, este precisa estar em um estado de alerta para reagir de
maneira adequada aos estmulos do ambiente. Fato que, segundo Weinberg e
Gould (2008), Samulski (2009) e Brando e Machado (2008), somente ser possvel
havendo nveis de ativao mnimos que mantenham seu estado de ateno e
concentrao dentro de padres adequados, segundo a percepo do atleta e as
demandas ambientais.
Outro ponto que parece ser interessante de se descrever est
na relao positiva entre as subescalas fadiga (2,7 0,6) e confuso (1,79 0,55) e o
surgimento de conflitos e presso (SAMULSKI, 2009). Devido os valores reduzidos
nestas duas subescalas, sugere-se que havia uma reduzida possibilidade da
existncia de conflitos e que os atletas ainda no se percebiam pressionados. No
entanto, cabe ressaltar que devido ao momento em que foi realizada a coleta, incio
do perodo de concentrao, a inexistncia destes fatos pode ser considerada
natural.
Consideraes Finais
A anlise dos dados sugere que a recluso pr-evento esportivo cumpriu sua
funo, ao menos no que se refere aos estados de humor dos atletas de Futebol de
Campo e Handebol, pois os participantes deste estudo demonstraram estar
emocionalmente prontos para a competio que estava para se iniciar. Afirmaes
reforadas pelo Perfil Iceberg observado nos atletas de ambos os gneros e
modalidades envolvidas.
Importante frisar que a anlise dos estados de humor um indicativo do
estado afetivo momentneo de cada atleta. Estado passvel de sofrer alteraes por
diversos motivos e em fraes de tempo muito pequenas. Portanto, sugere-se no
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Introduo
O esporte de alto rendimento vem, ao longo do tempo, exigindo dos atletas
em todas as modalidades um aumento constante de desempenho. Durante uma
fase de competio intensa, alguns atletas podem apresentar um declnio em seu
rendimento, o que tem sido atribudo a determinados processos psicolgicos e
fisiolgicos. Quando a intensidade e o volume de competio e treinamento
ultrapassam a capacidade de recuperao e de adaptao do corpo, o organismo
pode apresentar estados de fadiga excessiva. Esse processo de cargas excessivas
de estresse no treinamento e na competio, combinadas com um insuficiente
tempo de recuperao denominado overtraining.
O overtraining um sintoma de instabilidade psicofisiolgico prejudicial
sade fsica e mental dos atletas que ocorre devido ao desequilbrio entre o
estresse (carga de treinamento e competies) e os perodos de recuperao
(descanso das atividades esportivas folga).
Segundo Samulski (2009) o estresse deve ser pensado de maneira
tridimensional, onde os conceitos biolgicos, psicolgicos e sociolgicos devem ser
pensados com certa ligao, porque os processos psquicos e sociais esto
relacionados aos processos biolgicos. Os processos sociais so influenciados
pelos processos psicolgicos e associados podem exercer grande influncia na
resposta biolgica.
Na rotina diria de uma equipe de alto desempenho, na qual a frequncia de
jogos e elevada, e importante desenvolver e aplicar estratgias para o
monitoramento dos nveis de estresse e recuperao que sejam de rpida
aplicabilidade nas atletas e eficientes no diagnostico de possveis fatores de risco
de overtraining.
Tambm e importante considerar que o atleta sofre alteraes
psicofisiologicas no nvel de estresse, ao longo da temporada, dependendo da
sobrecarga e das fases de treino e competio. Essas variveis ressaltam a
importncia de um monitoramento peridico e eficiente dos nveis de estresse e
recuperao de cada atleta da equipe, visando alcanar o mximo rendimento
possvel individual e prevenir os efeitos nocivos relacionados a sobrecarga.
Uma das variveis mais utilizadas no monitoramento de programas de
treinamento esportivo, principalmente em fases de cargas elevadas, e a percepo
de estresse e recuperao, atravs do questionrio de estresse e recuperao para
atletas (RESTQ-Sport). Essa varivel tem sido utilizada principalmente em estudos
que investigam a relao entre diferentes cargas de treinamento e seus efeitos no
estado psicolgico em atletas de diferentes modalidades esportivas.
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Procedimentos metodolgicos
Durante uma competio, variveis psicolgicas foram avaliadas em uma
equipe de alto nvel do handebol brasileiro composta por 14 atletas do sexo
masculino, com media de idade de 22,13 4,40 anos, que disputaram os Jogos
Regionais de Handebol 2013 na cidade de Itatiba, SP, utilizando o questionrio de
estresse e recuperao (RESTQ-Sport-76). Nos Jogos Regionais a equipe
analisada disputou 06 jogos em dias consecutivos e o questionrio foi aplicado aps
o quinto jogo.
O questionrio (RESTQ-Sport-76), desenvolvido por Kellmann e Kallus,
validado na lngua portuguesa por Costa e Samulski, e composto por 76 itens
organizados em 19 escalas, sendo 12 escalas gerais e sete escalas especificas
para o esporte. Por sua vez, essas 19 escalas so organizadas em quatro grandes
dimenses (estresse geral, recuperao geral, estresse no esporte e recuperao
no esporte). As dimenses avaliam eventos potencialmente estressantes e de
recuperao dentro e fora do ambiente esportivo. Os itens do instrumento foram
respondidos, utilizando-se uma escala de Likert de sete pontos, que varia de 0nunca a 6-sempre. Os nveis de estresse e recuperao da equipe foram agrupados
segundo as quatro grandes dimenses do instrumento. A dimenso Estresse Geral
refere-se a percepo das atletas sob as condies estressantes fora do ambiente
esportivo, e a dimenso Estresse no Esporte envolve condies mais especificas
da vida esportiva da atleta. A dimenso Recuperao Geral diz respeito as
estratgias dirias de recuperao extra ambiente esportivo e a dimenso
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Resultados
Em relao s duas dimenses de estresse, geral (escalas de 1 a 7) e no
esporte (escalas de 13 a 15), foram encontrados altos nveis nas duas dimenses.
Das nove escalas que avaliam a recuperao geral e a recuperao no esporte, em
cinco delas (nmeros 9, 10, 11, 12 e 16) foram encontrados baixos nveis. E em
quatro escalas (nmeros 8, 13, 14 e 15) os atletas continuavam a demonstrar uma
baixa recuperao.
Discusso
A recuperao e um processo atravs do qual as consequncias psicolgicas
referentes ao estresse, causadas pelas atividades anteriores, so equilibradas e a
capacidade funcional e restaurada. E um processo fisiolgico, psicolgico e social,
sendo que alguns desses sistemas podem ser treinados ao mesmo tempo em que
outros se recuperam.
Em um esporte coletivo como o handebol, onde os jogos so realizados com
durao de 40 minutos, onde a intensidade muitas vezes alta, seria ideal que a
equipe possusse atletas reservas com o mesmo nvel tcnico, fsico e psicolgico
dos titulares, principalmente em campeonatos onde os jogos acontecem em dias
consecutivos, como no caso, os Jogos Regionais, para que ocorram trocas durante
a partida e a total recuperao por parte desses atletas.
Conclui-se, dessa forma, que todos os indicadores de estresse se
encontravam elevados no perodo de competio, e que alguns marcadores de
recuperao, como sucesso, aceitao pessoal, auto eficcia e auto regulao
apontaram baixos nveis de recuperao nesta equipe, durante esses jogos.
Referncias Bibliogrficas
ALVES RD, COSTA LOP, SAMULSKI D. Monitoramento e prevencao do
supertreinamento em atletas. Rev Bras Med Esporte 2006;12:291-6.
ANGELI A, MINETTO M, DOVIO A, PACCOTTI P. The overtraining syndrome in
athletes: a stress-related disorder. J Endocrinol Invest 2004;27:603-12.
COSTA LOP, SAMULSKI D. Overtraining em atletas de alto nivel: uma revisao
literaria. R Bras Ci e Mov 2005b;13:123-34.
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Introduo
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Materiais e Mtodos:
Para a realizao deste estudo, foi aplicado um questionrio online que
continha 10 questes de mltipla escolha sobre treinamento mental. Os
participantes deveriam responder as indagaes de acordo com a escala Likert,
sendo nmero 1 referente a sim, 2 no e 3 nunca pensei nisso. Por ser um
questionrio subjetivo, no havia resposta correta ou incorreta.
A participao dos sujeitos ocorreu de maneira voluntria, sendo que a
amostra foi composta por 20 indivduos (12 homens e 8 mulheres), praticantes da
modalidade esportiva de tnis de campo, sendo que a maior parte apresentou idade
entre 20 e 25 anos.
Resultados e discusso:
Aps a anlise dos resultados foram contatados alguns pontos importantes
que merecem destaque, sendo o primeiro deles o fato de 67% dos atletas
apontarem que nunca receberam qualquer tipo de treinamento psicolgico durante
suas carreiras esportivas como atletas.
Grande parte afirma conhecer diversas tcnicas psicolgicas, dentre elas o
treinamento mental, as julgam importante para a preparao global do sujeito,
porm acabam no utilizando essas ferramentas por falta de incentivo dos
treinadores e por no dominarem o conhecimento de como devem realizar sua
prpria preparao psicolgica, como so as sesses de treinamento, quanto tempo
deve ser dispendido para isso, deve ser realizada individualmente ou coletivamente,
dentre outros aspectos.
Uma quantidade de 92% dos participantes da pesquisa apontam um
sentimento de curiosidade e de interesse em executar a prtica do treinamento
mental, pois sabem que uma ferramenta importante no processo de melhora do
prprio desempenho e na mudana de comportamentos durante situaes que
possam ser consideradas estressoras, porm seus treinadores no so adeptos
desse tipo de preparao. Os atletas ainda afirmam que seus tcnicos so flexveis
a novas tcnicas e atividades nos treinamentos, concluindo que talvez eles
aceitassem a implantao do treinamento mental como auxlio para a preparao
global dos praticantes, s no o fazem por no dominarem tcnicas como essas.
Concluso:
Com isso, conclui-se que o treinamento mental uma importante ferramenta
psicolgica que os profissionais possuem com certa disponibilidade para ser
utilizada como forma de auxiliar na preparao geral do atleta e/ou da equipe e,
consequentemente, na melhora do seu rendimento.
Entretanto, pode-se verificar que a maioria dos treinadores no utiliza o
treinamento mental como parte da preparao nem mesmo qualquer outra tcnica
auxiliando psicologicamente a preparao de seus jogadores, mesmo que seus eles
se mostrem curiosos e interessados na aplicao destas tcnicas. Talvez esse fato
ocorra por falha na comunicao entre tcnico e atleta, o que um erro, pois uma
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PALESTRAS E MESAS
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1. INTRODUO
A progressiva influncia do dinheiro e do poder sobre o contexto esportivo
pode ser constatada tanto pela insero de grandes empresas como financiadoras
do esporte espetculo, quanto pelo florescimento das exigncias socioculturais
sobre o que o pblico realmente entende por esporte. O esporte, quando passa a
ser considerado sob a perspectiva do dinheiro, assume uma dimenso de
mercadoria ou de recurso de competitividade, levando a uma valorizao baseada
por critrios de lucratividade e eficincia e, em decorncia desfoca de uma possvel
funo de incluso social, qualidade de vida e desenvolvimento humano.
Ao se considerar as histrias que so descritas por atletas e ex-atletas a
respeito de sua carreira atltica, fica evidente que o esporte competitivo pode afetar
em termos de desenvolvimento e de crescimento pessoal cada um de seus
participantes, de formas diferenciadas. Basicamente, competio considerada por
Weinberg e Gould (2001, p. 125) como um processo social aprendido (e no inato)
que influenciado pelo ambiente social (incluindo tcnicos, pais, amigos, psiclogos
do esporte, etc.). Assim, a competio em si no inerentemente boa ou m,
apenas um processo.
O esporte apresenta uma estrutura convencionalizada, em que as normas
restritas da vida diria so colocadas de lado em favor de normas morais tpicas.
Com isso, o prprio comportamento do atleta se apresenta em favor das regras
vigentes no ambiente esportivo, o que muitas vezes considerado imprprio para a
vida em sociedade.
Se existe um comportamento vigente no ambiente esportivo que ultrapassa a
barreira do aceitvel socialmente, este o comportamento agressivo. A agresso no
esporte se tornou um fato comum, em qualquer modalidade, porm o que muda a
forma como ela usada. Husman e Silva (1984, apud WEINBERG e GOULD, 2001)
definem dois tipos de agressividade no ambiente esportivo. Primeiro a agresso
hostil que seria todo comportamento em que o objetivo principal causar danos
fsicos ou psicolgicos outra pessoa; o segundo tipo seria a agresso
instrumental, a busca por um objetivo no-agressivo.
A agresso instrumental o tipo mais presente no esporte, porm isso no
faz dela algo aceitvel. Basta analisar os esportes de luta, em que o comportamento
agressivo necessrio para se chegar ao triunfo frente ao adversrio. Como por
exemplo o Mixed Martial Arts (MMA) uma modalidade esportiva relativamente
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UFC segue as regras unificadas das artes marciais mistas e contempla 8 classes de
peso masculinas e 1 feminina. Desta forma, o UFC enquanto entidade representa o
sistema que controla o mundo das artes marciais mistas e ao mesmo tempo que
financia as competies, regula todo o caminho trilhado pelos atletas at as
competies, mantendo o controle social do esporte.
Os atletas neste sistema assumem seus papis de funcionrios, desligandose do mundo da vida e adaptando seu comportamento a mbitos de ao
formalmente organizados. Neste caso Habermas coloca que este processo o que
se denomina colonizao do mundo da vida, do que resulta a perda da liberdade do
cidado e da autonomia do trabalhador, enquanto atleta. Essa perda da autonomia
se daria no UFC por conta da necessidade dos atletas em seguirem regras postas
por uma instituio a fim de organizar todo o sistema. Por se tratar de artes marciais
mistas, os atletas so provenientes de diversas modalidades de artes marciais, que
tm seu sistema prprio de competio e organizao, sendo esse sistema diferente
do que ocorre no UFC.
Ao ingressar no mundo das artes marciais mistas, os atletas necessitam se
abster de muitos costumes e situaes que estavam acostumados quando faziam
parte do mundo da arte marcial da qual so provenientes. Disso, constata-se que
esse processo de dominao sistmica se d, de outra parte, por meio de uma
dupla abstrao: O trabalho concreto, para que se torne abstrato e possa ser
trocado por dinheiro, precisa ser abstrado do seu lugar verdadeiro, o mundo da
vida, deixando de ser entendido como forma de ao para se transformar em meio
de produo; da mesma maneira, so abstradas do mundo da vida a articulao da
opinio pblica e a formao da vontade popular, que so substitudas por um
sistema burocratizado de decises, direitos e deveres.
3. TWITTER E AS MANIFESTAES DA CONSCINCIA MORAL
O ambiente, ou cultura em que o sujeito educado, exerce influencia na sua
disposio para assumir atitudes especficas. Na tentativa de entender essas
influencias necessrio que se descreva quais as estratgias de socializao s
quais este sujeito foi exposto.
Alguns autores utilizam o termo comportamento pr-social para discutir a
questo do desenvolvimento moral. Este comportamento se caracteriza por ser
aquele que representa uma influencia positiva em outras pessoas, no significando
benefcio para si prprio. Dentro deste contexto se enquadram como
comportamentos pr-sociais o altrusmo, a partilha, a cooperao, entre outros
(BREDEMEIER e WEISS, 1990). Assim, o desenvolvimento moral pr-social de um
indivduo diz respeito ao processo de aquisio e mudana dos julgamentos e
comportamentos que ajudariam ou beneficiariam outros indivduos ou grupos
(KOLLER e BERNARDES, 1997).
No mbito esportivo, muito se discute a respeito de como a prtica esportiva
leva atitudes de crianas e adolescentes que so condizentes com a moral social,
pois a partir disso desenvolvem por exemplo a capacidade de respeitar o prximo,
respeitar as regras, e lidar melhor frente figura de autoridade. Mas os esportes de
luta acabam sendo alvo de crticas a respeito da forma como so conduzidos, pois
ao serem considerados esportes violentos, em que a agressividade sinnimo de
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Referncias:
BONIN, L. F. R. Indivduo, cultura e sociedade. In: STREY, M. N., et al. Psicologia
Social Contempornea. Petrpolis: Vozes, 1998.
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I. Introduo
Casos de agresso e violncia no mundo esportivo tem se tornado muito
frequente nos dias atuais. So identificadas agresses fsicas e psicolgicas
partindo da torcida, dos atletas, dos treinadores e dos rbitros em variados
ambientes, como em quadras, estdios, ginsios, pistas e complexos aquticos.
Este trabalho consistir em apresentar a violncia instrumental em rbitros de
futebol profissional, considerando os aspectos relevantes da prtica e as presses
sofridas por estes profissionais tanto no contexto de trabalho como fora.
Observando os motivos para a manuteno desta prtica mesmo diante de
adversidades e imprevistos.
II. Desenvolvimento
Da agressividade e violncia no esporte
Para Weinberg e Gould (2008), o termo agressividade pode ser usado de vrias
formas no esporte e no exerccio, podendo ser boa (p. ex., ir buscar uma bola
perdida no voleibol ou disputar uma bola no rebote no basquetebol) ou m (p. ex.,
chutar um adversrio no futebol ou cometer uma falta flagrante no basquetebol).
Os mesmos autores afirmam que a maioria dos comportamentos agressivos em
ambientes esportivos e de atividade fsica parece no ser inerentemente desejvel
ou indesejvel, considerando os casos, seja de natureza boa ou m, dependentes
de interpretao.
Machado (2006), aponta para o assunto da violncia no esporte como sendo de
grande evidncia nos ltimos anos:
A violncia vem sendo ultimamente um fator de muita
discusso e com frequncia manchete em noticirios
esportivos, de muitos pases, como no futebol, em que jogo
aps jogo maior o contingente policial requisitado pelos
clubes e federaes, na tentativa de evitar conflitos entre
atletas, rbitros, torcedores, dirigentes e outros. Discutir
violncia significa indagar sobre o jogo rodeado pelo
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Barros (1990) salienta que uma situao difcil conduzir uma partida de futebol
no Brasil, e que so muitos os fatores que contribuem para tal, destacando a falta
de estrutura de vrios campos de futebol, a falta de segurana, a conduta desonesta
de alguns dirigentes, a falta de conhecimento das regras por atletas, tcnicos e
treinadores e o prprio despreparo de alguns rbitros.
III. Consideraes finais
Identificar os fatores que determinam a violncia instrumental na arbitragem do
futebol no tarefa fcil. As influncias miditicas, redes sociais, famlia, educao
e o contexto social so fatores primordiais que podem gerar atitudes agressivas. O
que se deve observar so as prevalncias dos casos e as poucas atitudes de
mudana para se evitar novos acontecimentos por parte das federaes, dirigentes
e governantes.
Uma poltica de conscientizao e o cumprimento das leis so fundamentais
para que as devidas punies sejam colocadas em prtica. Em muitas situaes, os
infratores passam impune pela justia. Vo aos locais de jogos e competies com
o intuito de gerar problemas.
Sabendo disso, est na hora de acordar para uma realidade evidente para quem
administra e para quem acompanha o esporte. Mudanas estruturais e sociais so
clamadas pela populao, onde esta precisa fazer o seu papel como
disseminadores de exemplos.
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tcnico tem disponvel para levar competio outro atleta com menor potencial
tcnico, mas que no falta aos treinos e extremamente comprometido. Qual dos
dois atletas o tcnico inclui na lista dos jogadores?
A questo aqui o que mais importante: a dedicao e o comprometimento
ou o desempenho?
Para apontar possibilidades dentro dessa viso de esporte optamos por discutir as
dimenses dos contedos proposta por Zabala (1998) e Coll et al. (2000). Esta classificao,
corresponde s seguintes questes: "o que se deve saber?" (dimenso conceitual); "o que se
deve saber fazer?" (dimenso procedimental); e "como se deve ser?" (dimenso atitudinal),
com a finalidade de alcanar os objetivos educacionais.
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humano dos seus atletas favoritos ou dos proprietrios, fazendo com que eles se
sintam em uma relao prxima.
Mas como se constri a relao entre o que usa para expor sua vida e o que
consome? O consumidor pode adotar como espelho a vida daquele que idolatra, j
que o admirador est num mundo praticamente sem fronteiras e limites, eles
compartilham as glrias dos seus dolos, na realidade eles se sentem partes do
feito. Comm e Burge (2009, p. 75) contribuem com o seguinte apontamento os sites
da web tm usurios, o Facebook tem amigos, e o Twitter tem seguidores. Eles
seguem suas mensagens e, no processo, seguem sua vida
Os atletas que utilizam de forma sistemtica suas redes postam mensagens
divulgando suas aes, de seus patrocinadores, da equipe e fatos do cotidiano
(mundano). As modalidades que no apresentam grande cobertura da mdia
utilizam as redes como forma de potencializar suas modalidades e eventos. Esse
apontamento ganha corpo com os resultados apresentados na pesquisa de Reed
(2011) quando estudou a relao dos jornalistas com as redes sociais, e ficou claro
que os jornalistas acessam e utilizam as informaes postadas pelos atletas
dependendo do nvel de resultados deles.
Outra consequncia dessa nova dinmica est em que antes o atleta, o
tcnico e o dirigente transferiam a culpa da repercusso de determinada reportagem
s distores feitas pelos jornalistas; hoje, o prprio atleta ou sua assessoria
responsvel por fornecer a informao, sem intermedirios, livre das interpretaes
ou especulaes, portanto, so responsveis por avaliar as consequncias
(REBUSTINI; ZANETTI; MOIOLI; SCHIAVON; MACHADO, 2011).
Num ambiente em que os atletas de altssimo nvel so profissionais com
estruturas profissionais questiona-se a conduta dos jornalistas, ento como isso
ocorre no mundo virtual? De acordo com Lewis (2010, p. 51), as mdias sociais so
uma ameaa potencial para o profissionalismo, porque o grau e o tipo de
participao permitidos em espaos online desafiam as organizaes de notcias de
reavaliar seus limites estabelecidos.
Neste novo ambiente e cenrio como fica a figura do jornalista? Nesse
sentido Hermida (2010) conclui que os jornalistas utilizam as novas mdias apenas
para dois aspectos: compartilhar informaes e relatar notcias, o que parece muito
pouco diante do potencial da ferramenta. A possibilidade de furo jornalstico
reduzida. Alm do que as checagens das fontes e da correo da informao
parecem estar deterioradas diante da dinmica e da velocidade da informao na
sociedade contempornea.
Os efeitos sobre o desempenho dos atletas ainda carece de aprofundamento,
aes por parte dos rgos de controle j tm sido tomadas, no intuito de tentar
controlar as redes sociais, mas mesmo que se controle e/ou orientem os atletas,
que se intensifique o media training para atender e compreender essas novas
ferramentas, como controlar os que cercam os atletas? Com controlar as
mensagens postadas por familiares, por agentes e empresrios? Em que uma
multiplicidade de interesses esto envolvidos.
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Desenvolvimento Humano e Tecnologias do Instituto de Biocincias da UNESP
Rio Claro, 2012
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INTRODUO
Esta mesa redonda abordar as questes relacionadas administrao
esportiva, sendo que a minha contribuio ser apresentar um estudo de caso, o
legado de um mega evento, mais especificamente o das Olimpadas de Barcelona,
em 1992.
Mas por que esta Olimpada? Atualmente no Brasil, falar de um mega evento
tema de longas e incansveis discusses, sendo a sua maioria senso comum
sobre fatores polticos e teorias com pobres fundamentos. Assim, o objetivo
apresentar, de forma direta e no partidria, uma cidade que se organizou para um
grande evento, utilizando ao seu favor todo o prestgio do momento para crescer em
diversos setores.
Em relao aos Jogos Olmpicos, Proni (2008) sugere que uma mentalidade
comercial foi lentamente se impondo desde o ano de 1960 (mil novecentos e
sessenta), e que a era da globalizao definiu novas diretrizes de organizao e
financiamento do evento, preservando a imagem do Olimpismo na opinio pblica
mundial e reinventando os Jogos Olmpicos.
importante frisar que o legado de um mega evento se constri ao longo dos
anos, por isso a escolha de um evento de vinte e um anos atrs. Se recortarmos o
momento que antecedeu aos jogos e o analisarmos at os dias atuais, poderemos
destacar com propriedade os pontos positivos e negativos do modelo.
REVISO DE LITERATURA
French e Discher (1997) destacam quatro benefcios para a cidade sede de
um mega evento: 1) O legado da infraestrutura construda para a realizao do
evento; 2) O estmulo econmico em curto prazo para as novas construes, novos
investimentos e novos visitantes; 3) A grande visibilidade e oportunidade de
marketing catalisadora de negcios e turismo; 4) E o redesenvolvimento urbano,
ponto considerado pelo autor, como o mais difcil de ser atingido. Solberg e Preuss
(2007) afirmam que uma imagem cultural positiva, nova infraestrutura, produtos
tursticos e qualidade do servio so fatores que contribuem diretamente para o
aumento da atividade turstica em longo prazo.
No caso de Barcelona, parece que a cidade utilizou os Jogos Olmpicos de
1992 para transformar a sua infraestrutura e tornar-se uma cidade cultural. Brunet
(1995) explica que no ano de 1975 (mil novecentos de setenta e cinco) a Espanha
passou por uma crise econmica, Barcelona estava em dificuldades e, agravada
pela sada da indstria da cidade, houve uma estagnao da populao e
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TITULO
AUTORES
OBJETIVO
A CRIATIVIDADE COMO
ALAVANCA PARA UMA MELHOR
GESTO DESPORTIVA.
MOREIRA, M.; FREITAS, D. M.
(2009)
Demonstrar que a criatividade amplia
o espectro de solues possveis para
as questes presentes no dia-a-dia de
um Gestor Desportivo e das
organizaes desportivas.
METODOLOGIA
RESULTADOS
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UNDERSTANDING LEADERSHIP IN
MAJOR SPORTING EVENTS: THE
CASE OF THE 2005 WORLD
AQUATICS CHAMPIONSHIPS
PARENT, M. M.; OLIVER, D.;
SEGUINA, B. (2009)
O objetivo deste trabalho foi o de
comear a entender a liderana
dentro de um grande evento
esportivo.
Um estudo de caso do Campeonato
Mundial de Esporte Aquticos da
Federao Internacional de Natao
(FINA) em 2005. Foi desenvolvido por
meio de entrevistas e material de
arquivo, usando uma perspectiva
multissetorial.
Descobertas destacam que os
elementos fundamentais da liderana
na gesto em eventos de grande
porte foram melhor descritos pela
teoria da liderana ligao mltipla,
215
CONCLUSO
nossas pesquisas para caminhos novos que tenham o gestor esportivo como foco
central visando sua capacitao e dando embasamento terico para novas formas
de conduo de sua equipe, administrao do espao fsico aps os mega eventos
e incentivando o planejamento de projetos inovadores.
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I.
Introduo
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III.
220
IV.
221
Concluses
Referncias
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Introduo:
Para o homem, lidar com o novo e com o imprevisvel algo assustador,
quanto mais se estiver relacionado com seu desenvolvimento. As intempries
cotidianas a que o homem est exposto so intimidadoras, mas fundamentais para
seu crescimento e a construo de um conjunto de competncias e habilidades. Em
se tratando da atividade esportiva, em especial na rea de alto rendimento, estas
situaes podero interferir na performance do atleta.
Nesse sentido, nasce a Psicologia do Esporte como uma cincia que
contribui para a mediao desse sujeito com a prtica esportiva, atuando para
harmonizar as sensaes, emoes e sentimentos que poderiam prejudicar seu
desempenho.
Vieira, Vissoci, Oliveira, Vieira (2010), mostram que o avano da Psicologia
do Esporte como rea de interveno e pesquisa ocorre a partir da segunda metade
do sculo XX, juntamente com a criao das Federaes e Associaes
Internacionais e a realizao de eventos para divulgar as principais investigaes na
rea. Isso acontece, efetivamente, para consolidar essa rea como cincia e assim,
ganhar respeito e credibilidade no mundo cientfico, tanto como disciplina
acadmica quanto campo de interveno.
Assim, a evoluo e o crescimento quali e quantitativo da Psicologia do
Esporte do ponto de vista da pesquisa e das diferentes reas de interveno
permeiam as discusses desta cincia jovem e atual. Em nenhum continente se
nega a importncia de acompanhamento psicolgico para aos adeptos de atividade
fsica e esportiva em todas as dimenses da prtica. Entretanto o caminho entre o
saber e o fazer ainda se mostra longo e acidentado.
No campo da interveno, Vieira, Vissoci, Oliveira, Vieira (2010), Machado
(1997) lembram que, em funo do grande nmero de espaos para atuar e os
diferentes profissionais ligados ao esporte diretamente na preparao de atletas
mdicos, assistentes sociais, professores de educao fsica, treinadores,
empresrios e familiares - convm ressaltar a importncia da presena de
profissionais formados em psicologia. Enquanto que outros profissionais podero
conduzir outras formas de intervenes, ligadas a motivao, ativao, relaxamento,
por exemplo, desde que no se aventurem em diagnsticos clnicos ou
atendimentos individualizados.
Outra rea de atuao est reservada a rea acadmica, vinculados ao
ensino e a pesquisa em universidades que ofeream estrutura para tal funo
(WEINBERG; GOULD, 2001).
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INTRODUO
Em tempos difceis como esse em que a educao vem passando se faz
necessrio um rduo trabalho de dilogo e pesquisa junto aos professores e em
especial, aos de Educao Fsica, para que a teoria e a prtica possam caminhar o
mais prximo possvel, possibilitando uma maior interao e compreenso entre
docente e discente no mbito escolar.
Era tarde de terafeira e a professora de Educao Fsica relatou com
angstia as dificuldades encontradas em sua aula, durante o primeiro trimestre do
ano de 2013, com crianas do Ensino Fundamental I, entre 7 e 10 anos.
Por mais que tentasse, as crianas no conseguiam ouvir as explicaes
das atividades que seriam desenvolvidas. Falavam o tempo todo, pulavam uns
sobre os outros, reclamavam que a aula demorava para comear, que a atividade
do dia era chata, que queriam outras atividades. E sempre que se abria mo do
que havia sido proposto anteriormente, os alunos mantinham a mesma postura
dificultando o desenvolvimento do trabalho. Estava exausta e vinha a procura de
possveis culpados, solues ou explicaes.
Enquanto coordenadora deste seguimento de alunos na escola questionei-a
sobre quais seriam suas maiores angstias para que pudssemos, juntas, pensar
em como resolver aquela situao. Desta forma os questionamentos que se
seguiram nortearam nossos encontros, estudos e encaminhamentos futuros.
Quais os motivos de no conseguirem ouvir o professor? Por que era e
to difcil para o aluno pensar sobre o que os seus atos acarretam para o outro?
Onde se encontra a raiz da agressividade exacerbada presente nas aulas de
Educao Fsica? O que fazer quando todo o discurso disponvel no consegue
levar reflexo necessria sobre as atitudes dos alunos em relao aos
xingamentos e ofensas feitas ao outro? Como fortalecer as relaes de amizade e
solidariedade em prol de aulas mais prazerosas e menos conflitantes? Quais as
intervenes pedaggicas e educativas mais eficientes para a resoluo dessas
situaes que tanto angustiavam?
A construo conjunta de aes que pudessem permear todos os conflitos
expostos, a necessidade de um suporte terico interdisciplinar entre a Pedagogia, a
Psicologia Social e a Psicologia do Esporte, reconhecendo que a busca, no sentido
de mudana do fazer pedaggico, deveria ocorrer num mbito mais amplo que a
Pedagogia tentando uma compreenso mais profunda da realidade fez com que nos
movimentssemos em busca de possveis solues.
Para que pudssemos viabilizar um trabalho menos sofrido e aulas mais
eficientes e prazerosas, nossas pesquisas e estudos se pautaram em recortes da
literatura que se configuraram em reflexes e aes para a compreenso das
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Introduo
Quando fui convidado a falar sobre os avanos em Psicologia do Esporte que
experienciei no perodo de research fellowship na Duke University, percebi que teria
um desafio grande pela frente. Quando optei por fazer o doutorado sanduiche nos
Estados Unidos, decidi por me dedicar ao estudo de metodologia de pesquisa para
ampliar a minha capacidade de desenvolver designs de estudos e tambm para
melhorar a qualidade e complexidade das pesquisas. Dessa forma, o principal
avano que poderia discutir nessa mesa temtica seria avanos em metodologias
de pesquisa.
Por outro lado, tambm no deixei de estudar conceitos e contedos
aplicados Psicologia do Esporte. Especificamente, a teoria da autodeterminao
tm aumentado sua presena em estudos da Psicologia do Esporte. Durante o meu
prerodo aqui nos EUA pude participar do evento XXX da Teoria da
Autodetemrinao. No por coincidncia, um dos principais avanos que percebi
nos trabalhos apresentados no evento se relcionavam ao uso de mtodos de
pesquisa mais inovadores e complexos, que permitem maiores inferncias.
Principalmente o uso do mtodo que pretendo apresentar nessa mesa.
O mtodo de pesquisa a que me refiro, ou de anlise de dados que decidi me
especializar chama-se modelagem de variveis latentes. Variveis latentes so
aquelas que no so medidas diretamente, mas so constitudas pelas varincias
compartilhadas de variveis observadas. Nessa apresentao pretendo fazer uma
introduo ao conceito de variveis latentes, usos e recomendaes e demonstrar
sua utilizao em resultados utilizando a teoria da autodeterminao como
referencial terico.
O que so variveis latentes e qual o seu uso?
Como j apresentado, variveis latentes so variveis que no so medidas
diretamente, portanto no podem ser observadas. Essas variveis so construtos ou
conceitos elaborados atravs do comportamento de um grupo de variveis
observveis. Entenda variveis observveis como aquelas que so medidas
diretamente junto ao sujeito da pesquisa.
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por Vallerand (2001). Nesse modelo a motivao era entendida como uma variao
dentro de um continuum de autodetemrminao que variava de Falta de Motivao
para Motivao Intrnseca. Dessa forma, os autores desenvolveram um instrumento
(SMS, autores) que era idealizado apra avaliar a motivao esporte em 3 grandes
dimenses latentes: Falta de motivao, Motivao Extrinseca (ME) e Motivao
Intrnseca (MI). As dimenses ME e MI ainda se subdividiam em 3 sub-dimenses
cada (ver COSTA, et. al., 2001 para maiores informaes sobre o instrumento).
Seguindo esse pressuposto, em nosso estudo analisamos o efeito do suporte
parental sobre as estratgias de enfrentamento em atletas de futebol de campo,
mediadas pela autodeterminao atravs um modelo de variveis latentes atravs
Modelagem de Equaes Estruturais-SEM (Structural Equation Modeling - HOX;
BECHGER, 1998; KLINE, 2012). Esse um mtodo de anlise de dados que tem
sido amplamente utilizado para compreender diversas caractersticas psicolgicas
no esporte em pesquias internacionais (AMIOT; GAUDREAU; BLANCHARD, 2004;
FERNANDES; VASCONCELOS-RAPOSO, 2005; McDONOUGH; CROCKER, 2007;
BRUNET; SABISTON, 2008; NTOUMANIS; STANDAGE, 2009).
Esse tipo de anlise representa a interpretao de uma srie de relaes de
causa e efeito entre variveis observadas ou latentes, que considera os padres de
dependncia estatstica. Os relacionamentos dentro deste modelo, so descritos
pela magnitude do efeito (direto ou indireto) que as variveis independentes
(observadas ou latentes) tm nas variveis dependentes (observadas ou latentes)
(HERSHBERGER; MARCOULIDES; PARRAMORE, 2003). O mtodo SEM foi
utilizado para testar as hipteses, delineadas a partir da literatura da rea, de que a
percepo de criao parental (SP) interfere no estilo regulatrio motivacional (MI e
ME) dos atletas, que por sua vez determina a capacidade e estratgias do sujeito ao
lidar com o estresse (Indice de Confronto no Esporte - ICE).
Figura 1. Modelo de Equao Estrutural da influncia do SP sobre o ICE mediado pela motivao
autodeterminada. Adaptado de Vissoci et al. (no prelo).
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Figura 2. Modelo de Equao Estrutural da influncia do SP sobre o ICE mediado pela motivao
autodeterminada, modificado para motivao com controle externo e autnomo.
Concluses
Esta fala teve como objetivo apresentar o conceito de modelos de variveis latentes,
introduzidos como um dos principais avanos na Psicologia do Esporte que vivenciei
no meu perodo como bolsista junto a Duke University. O exemplo apresentado
permite evidenciar como a utilizao das variveis latentes permite compreender o
efeito de construtos tericos (como a autodeterminao), at ento analisados
isoldamente. Esse tipo de anlise permite ampliar o impacto dos estudos
desenvolvidos em Psicologia do Esporte e tambm a compreenso do fenmeno
psicolgico no contexto esportivo.
Referncias
AMIOT, C. E.; GAUDREAU, P.; BLANCHARD, C. M. Self-determination, coping and
goal attainment in sport. Journal of Sport and Exercise Psychology, v. 26, p. 396411, 2004.
BRUNET, J.; SABISTON, C. M. Social physique anxiety and physical activity: A selfdetermination theory perspective. Psychology of Sport and Exercise, p.1-7, 2008.
COSTA, V.T.; ALBUQUERQUE, M.R.; LOPES, M.C.; NOCE, F.; COSTA, I.T.,
FERREIRA, R.M.; SAMULSKI, D.M. Validao da escala de motivao no esporte
(SMS) no futebol para a lngua portuguesa brasileira. Rev. bras. Educ. Fs.
Esporte, v.25, n.3, p.537-46, 2011
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FERNANDES, H. M.; VASCONSELOS-RAPOSO, J. Continuumde autodeterminao: validade para a sua aplicao no contexto desportivo. Estudos de
Psicologia, v.10, n.3, p. 385-395, 2005.
HERSHBERGER, S. L.; MARCOULIDES G. A.; PARRAMORE, M. M. Structural
equation modeling: an introduction. In B. H. PUGESEK, A.; TOMER, A. (Eds.).
Structural equation modeling: Applications in ecological and evolutionary biology.
Cambridge, UK: Cambridge University Pres, 2003, p.3-41.
HOX, J. J.; BECHGER, T. M. An Introduction to structural equation modeling. Family
Science Review, v. 11, p. 354-373, 1998.
KLINE, R. B. Principles and Practice of Structural Equation Modeling. New York:
The Guilford Press, 2012.
McDONOUGH, M. H.; CROCKER, P. R. E. Testing self-determined motivation as a
mediator of the relationship between psychological needs and affective and
behavioral outcomes. Journal of Sport & Exercise Psychology, v.29, p.645-663,
2007.
NTOUMANIS, N.; STANDAGE, M. Motivation in physical education classes: A selfdetermination theory perspective. Theory and Research in Education, v.7, p.194202, 2009.
VALLERAND, R. J. A hierarchical model of intrinsic and extrinsic motivation in sport
and exercise. In: ROBERTS, G. C. Advances in Motivation in Sport and Exercise.
Champaign: Human Kinetics, 2001, cap. 8, p. 263-319.
VALLERAND, R. J. A hierarquical model of intrinsic and extrinsic motivation for sport
and physical activity. In: HAGGER, M. S. e CHATZISARANTIS, N. L. D. Intrinsic
motivation and self-determination in exercise and sport. Champaign: Human
Kinetics, IL, 2007. Cap 17, p. 255-279.
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Os exemplos apontam para o fato dos esportes poderem, sim, ento impelir
grupamentos para uma cultura de competio, cuja meta seja ganhar a qualquer
custo, numa busca de glria narcisista, custa dos outros. Fazem, desta maneira,
com que algumas pessoas especialmente aquelas que no esto interessadas em
esportes ou que no foram talhados para pratic-los sintam-se de lado, sem
chances como jogadores mas valorizados como torcedores, levando s ultimas
consequncias o seu empenho em levantar a equipe e encaminh-la vitria,
pagando o preo que for preciso.
notrio observar que a competio ferrenha entre os homens raramente
eleva o carter e pouco faz para aproxim-los uns dos outros. O desenvolvimento
do esprito destrutivo e da violncia so exacerbados diante de repeties
miditicas, como se aquele fosse o objetivo do esporte; nada passa a ser mais
comentado ou difundido do que um quebra-quebra ou um final de jogo tumultuado.
As performances esportivas so deixadas de lado em detrimento dos elevados
nmeros de destruio a que temos assistido.
Da maneira como temos visto, o esporte um pretexto para o confronto
blico e as novas mdias tm atuado como mediadoras ou articuladoras destes
encontros, como se orquestrassem e arregimentassem grupos para uma guerra a
ser realizada antes, durante ou depois do jogo. O confronto passa a ser o
espetculo. E o resultado deste espetculo est tomado pelos riscos prprios das
pulses desenfreadas dos gestos violentos.
Afinal, os esportes so a figura ou o fundo? E a violncia? Que papel
desempenha neste cenrio esportivo? Como estaremos atuando para disponibilizar
as novas mdias a favor de uma pratica esportiva sadia? Ou ainda entendemos que
as novas mdias no tm relao com o cenrio esportivo? No sculo XXI, estudar
Psicologia do Esporte, pesquisar na rea e pensar em intervenes demanda um
forte e profundo conhecimento desta tecnologia que nos faz pertencer a um Mundo
Conectado.
(*) Afonso Antonio Machado coordenador do LEPESPE, Laboratrio de Estudos e
Pesquisas em Psicologia do Esporte e do Programa de Ps-graduao em
Desenvolvimento Humano e Tecnologias, da UNESP-IB-Rio Claro; Guilherme Bagni
e Henrique Michelin so graduandos do Departamento de Educao Fsica- I.B.UNESP, campus de Rio Claro e membros do LEPESPE, onde desenvolvem suas
iniciaes cientficas voluntrias.
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