RT4 - RT02 - 06 - 06 - 18 - Completo
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PRODUTO 4
CONSOLIDAÇÃO DA METODOLOGIA DE COBRANÇA JUNTO AOS
COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS, CÂMARA TÉCNICA DE ÁGUAS
SUBTERRÂNEAS E AO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS
Maio de 2018
COB-PE-RT4-01.00-REV02
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
PROJETO DE SUSTENTABILIDADE HÍDRICA DE PERNAMBUCO
ACORDO DE EMPRÉSTIMO Nº 7778 – BR
PRODUTO 4
CONSOLIDAÇÃO DA METODOLOGIA DE COBRANÇA JUNTO AOS
COMITÊS DE BACIAS HIDROGRÁFICAS, CÂMARA TÉCNICA DE
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS E AO CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS
HÍDRICOS
Rodrigo Spezialli
Especialista em Economia
Ângela Damasceno
Mobilização Social
1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................... 13
Figura 2.2 – Fac-símile convite 2º ciclo de Consultas Públicas sobre o Estudo de Cobrança pelo
uso da água em Pernambuco. ............................................................................................ 19
Figura 2.3 – Estatísticas de visitação pela equipe de mobilização durante o processo de Consultas
Públicas ........................................................................................................................... 21
Figura 2.4 – Estatísticas de visitação pela equipe de mobilização durante o processo de Consultas
Públicas ........................................................................................................................... 22
Figura 2.8 – Análise de participação nas Consultas Públicas por segmentos de representação ... 30
Figura 2.9 – Análise de participação nas Consultas Públicas por segmentos de representação
(continuação) ................................................................................................................... 31
Figura 3.1 – Mapa das zonas de explotação de aquíferos nos municípios do Recife, Jaboatão dos
Guararapes, Olinda e Camaragipe. ...................................................................................... 49
Figura 3.2 – Localização das bacias sedimentares e sistemas aquíferos do Jatobá e Araripe. ..... 50
Figura 3.4 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião da
Zona da Mata e Litoral. ...................................................................................................... 55
Figura 3.5 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Agreste Setentrional. ......................................................................................................... 55
Figura 3.6 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Agreste Central. ................................................................................................................ 56
Figura 3.8 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Sertão do Moxotó.............................................................................................................. 57
Figura 3.9 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Sertão do Pajeú. ............................................................................................................... 57
Figura 3.10 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Sertão do São Francisco. ................................................................................................... 58
Figura 3.11 – Classificação da precipitação mensal pelo método dos Quantis, na mesorregião do
Alto Sertão. ...................................................................................................................... 58
Figura 3.13 – Distribuição de probabilidades da relação entre carga de DBO e vazão captada
(kg/m3) na bacia do rio São Francisco. ................................................................................ 78
Figura 3.14 – Localização das PCHs pertencentes aos inventários dos rios Amaraji, Jacuípe e
Sirinhahém. ...................................................................................................................... 84
Figura 4.2 – Arrecadação por categoria de uso outorgado pela APAC na simulação adotando o
PPURef ............................................................................................................................ 97
Figura 4.4 – Faturamentos por UP e por grandes categorias de uso de água na simulação
adotando o PPURef. .......................................................................................................... 99
Figura 4.5 – Arrecadação potencial obtida com aumento do preço de água para empresas de
comercialização de água (carro-pipa), considerando os PPU de referência. ............................103
Figura 7.1 – Projeção dos faturamentos por grandes categorias de uso de água, adotando-se a
PPURef. ..........................................................................................................................191
Figura 7.2 - Projeção dos faturamentos totais para as PPUs simuladas. .................................192
Figura 8.2 – Evolução da implementação da cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos no Estado
de Minas Gerais. ..............................................................................................................198
Figura 8.4 – Fluxograma do processo de cobrança no Estado de Minas Gerais. Fonte: IGAM, 2017
(Material interno) .............................................................................................................211
Quadro 2.3 – Frequência absoluta de participação nas Consultas Públicas considerando as listas
de presença (Anexo II) ...................................................................................................... 25
Quadro 2.4 – Sugestões coletadas nas Consultas Públicas, referendadas pela APAC e
incorporadas no SACUAPE.................................................................................................. 33
Quadro 3.1 – Formulação matemática para Cobrança Total pela Captação. ............................. 46
Quadro 3.2 – Formulação matemática para o cálculo do valor anual a ser cobrado pela captação
....................................................................................................................................... 47
Quadro 3.5 – Caracterização dos totais precipitados em cada mesorregião climática. ............... 59
Quadro 3.7 – Valores dos Coeficientes das Unidades de Planejamento Hídrico ........................ 61
Quadro 3.10 - Modelo geral de coeficiente de eficiência para o setor de abastecimento público 64
Quadro 3.15 – Índice de reuso Ireuso e Índice de uso de águas servidas Iuas ............................. 67
Quadro 3.20 – Relação de postos fluviométricos avaliados no estudo de suprimento da Q50 .... 71
Quadro 3.21 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39084020, rio Tracunhaém ................................................................................................ 72
Quadro 3.22 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39560000, Rio Una ........................................................................................................... 72
Quadro 3.23 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39360000, rio Ipojuca ....................................................................................................... 73
Quadro 3.24 – Resultados da simulação por faixa de suprimento (k) da Q50 para o posto
39150000, Rio Capibaribe .................................................................................................. 73
Quadro 3.29 – Coeficientes técnicos para estimativa de cargas de DBO como função dos volumes
de captação ..................................................................................................................... 77
Quadro 3.30 – Coeficientes técnicos para estimativa de volumes consumidos de água como
percentagem dos volumes de captação para as categorias de outorga no estado de Pernambuco
....................................................................................................................................... 79
Quadro 3.31 - Estimativa das perdas de fósforo para o ambiente em cultivo intensivo em gaiolas,
sob diferentes taxas de conversão aparente (TCA) ............................................................... 80
Quadro 3.33 - Cálculo simplificado do volume de diluição para o caso da carga de fósforo lançada
em corpos lênticos. ........................................................................................................... 81
Quadro 3.34 – Processos com outorgas válidas, ou em análise no banco de dados da APAC ..... 85
Quadro 3.35 – Informações sobre eixos de PCHs em inventários ativos, segundo ANEEL (2017) 86
Quadro 3.36 – Geração de Energia a partir de usinas termoelétricas (geração ANEEL, 2017) .... 87
Quadro 3.38 – Coeficiente eficiência da utilização da água na geração a partir de PCHs ........... 89
Quadro 4.1 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso de água outorgados
pela APAC e pela ANA, adotando o PPURef. ......................................................................... 92
Quadro 4.2 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamente pela ANA, adotando
o PPURef.......................................................................................................................... 93
Quadro 4.4 – Arrecadação, em Reais, por categoria de uso e por tipo de água captada na
simulação adotando o PPURef. ........................................................................................... 96
Quadro 4.5 – Arrecadação, em Reais, pelo uso de águas de domínio do estado de Pernambuco
por Unidade de Planejamento Hídrico na simulação adotando o PPURef. ...............................100
Quadro 4.6 - Arrecadação pelo uso de águas de domínio da União por Unidade de Planejamento
Hídrico na simulação adotando o PPURef. ...........................................................................100
Quadro 4.7 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso de água outorgados
pela APAC e pela ANA na simulação adotando o PPURefX2. .....................................................101
Quadro 4.9 – Arrecadações totais estimadas derivadas da cobrança pelo uso de água outorgados
pela APAC e pela ANA com os PPURefX1,5..............................................................................101
Quadro 4.10 – Arrecadações derivadas das outorgas emitidas exclusivamente pela ANA com os
PPURefX1,5. ........................................................................................................................102
Quadro 4.11 – Arrecadação com meteorologia normal, sem monitoramento das condições do solo
e de manejo da lâmina na irrigação, com cultivo anual convencional sem práticas
conservacionistas, com os PPUs de referência. ....................................................................107
Quadro 4.12 – Arrecadação com meteorologias distintas, sem monitoramento das condições do
solo e de manejo da lâmina na irrigação por aspersão convencional, com cultivo anual
convencional sem práticas conservacionistas com os PPUs de referência. ..............................107
Quadro 4.13 – Arrecadação com meteorologia normal, manejos distintos da lâmina de irrigação
por aspersão convencional, com cultivo anual convencional, sem práticas conservacionistas com
os PPUs de referência. ......................................................................................................108
Quadro 4.14 – Arrecadação com meteorologia normal, com manejos distintos do solo na irrigação
por aspersão convencional, e sem manejo da lâmina de irrigação com os PPUs de referência. .108
Quadro 4.15 – Distribuição das despesas cobertas com recursos próprios (fonte 0101) em 2017,
até 21/11/2017. ...............................................................................................................110
Quadro 4.16 – Distribuição das despesas cobertas pelo FEHIDRO (fonte 0126) em 2017, até
21/11/2017 .....................................................................................................................110
Quadro 4.17 – Distribuição dos valores de custeio da APAC entre Unidades de Planejamento
Hídricos com PPUs referenciais. .........................................................................................111
Quadro 4.22 - Estimativa dos usos de água subterrânea provisionados por meio de
infraestrutura hidráulica em Pernambuco............................................................................118
Quadro 4.23 - Estimativa dos usos de água subterrânea provisionados por meio de
infraestrutura hidráulica em Pernambuco............................................................................120
Quadro 4.24 – Confronto da arrecadação com as PPUs referenciais com os custos de custeio e de
O&M da infraestrutura hidráulica. ......................................................................................122
Quadro 5.1 – Formulação matemática para o cálculo da vazão sujeita à cobrança. .................128
Quadro 5.2 – Transformação das DTS por vazão de água faturada pela concessionária em vazão
de água sujeita à cobrança pela APAC ................................................................................128
Quadro 5.3 – Transformação da TMAE por vazão de água faturada pela concessionária em vazão
de água sujeita à cobrança pela APAC ................................................................................129
Quadro 5.8 – Resumo dos valores de cobrança unitária da indústria em Pernambuco, com o
mecanismo de cobrança proposto e as distintas PPU. ..........................................................139
Quadro 5.9 - Relação de indústrias cobradas na bacia do Rio São Francisco em 2016, com
mecanismo aprovado em 2017 ..........................................................................................141
Quadro 5.10 – Maiores usuários de recursos hídricos, por vazão outorgada, do setor industrial de
Pernambuco ....................................................................................................................144
Quadro 5.11 – Estimativa da cobrança e seu impacto nos maiores usuários industriais de água
para os diversos valores de PPU. .......................................................................................148
Quadro 5.14 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de bebidas ..........159
Quadro 5.15 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de produção de alumínio ..........160
Quadro 5.16 – Coeficientes técnicos de uso da água do setor de fabricação de vidros .............162
Quadro 5.17 – Preço de exportação de vidros planos flotados no mercado mundial ................163
Quadro 5.19 – Incremento de custos da Cobrança pelo Uso da Água Bruta sobre os segmentos
industriais com maiores demandas hídricas em Pernambuco ................................................165
Quadro 5.20 – Custo incremental por unidade fabricada decorrente da cobrança pela água bruta
com cobrança pela PPURefX2 ............................................................................................166
Quadro 5.21 - Custo Operacional Total na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos
de irrigação em Pernambuco .............................................................................................170
Quadro 5.22 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo Operacional Total
na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos de irrigação em Pernambuco – PPU de
referência........................................................................................................................170
Quadro 5.23 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo Operacional Total
na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos de irrigação em Pernambuco –
PPURefx1,5 .....................................................................................................................171
Quadro 5.24 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo Operacional Total
na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos de irrigação em Pernambuco –
PPURefx2. .......................................................................................................................172
Quadro 5.25 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o
PPUref=0,0012 (R$/m3) ....................................................................................................174
Quadro 5.26 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o
PPUref=0,0018 (R$/m3) ....................................................................................................174
Quadro 5.30 – Formulação matemática para o cálculo da Produtividade média da usina .........175
Quadro 5.31 - Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$175,8/MWh................................................................................................177
Quadro 5.32 - Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$175,8/MWh. (Continuação) .........................................................................178
Quadro 5.33 – Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$248/MWh. .................................................................................................179
Quadro 5.34 – Previsão de geração receitas (em reais) para as PCHs em um horizonte de 10
anos, TAR= R$248/MWh. (Continuação) ............................................................................180
Quadro 5.35 - Previsão de arrecadação com a cobrança pelo uso da água sobre a energia gerada
a partir de PCHs (R$ TARIFA ATUALIZA DE REFERÊNCIA TAR DE 72,2/MWh, praticada em 2017).
......................................................................................................................................181
Quadro 5.36 – Impactos da inclusão da cobrança sobre o Valor Presente Líquido (VPL) do
Empreendimento .............................................................................................................186
Quadro 7.1 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso de água para 2020
adotando-se a PPURef. .......................................................................................................189
Quadro 7.2 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso de água para 2025
adotando-se a PPURef. .......................................................................................................190
Quadro 7.3 – Faturamento projetado por UP e por grande categoria de uso de água para 2030
adotando-se a PPURef. .......................................................................................................190
Para cada Consulta Pública foi elaborado material impresso e digital, na forma de
banners, cartazes e convites (Figura 2.1 e Figura 2.2) que foram distribuídos da se-
guinte forma de acordo com a mídia:
• Mecanismos propostos;
Não obstante tenha se estabelecido uma programação a ser seguida para todas
as Consultas Públicas (Quadro 2.2), houve a necessidade de se flexibilização e adapta-
ção em função de fatores específicos, por exemplo:
Para avaliação da abrangência espacial das participações nas Consultas foi reali-
zada uma análise de representatividade de participação, ilustrada na Figura 2.8 por meio
de gráficos de pizza. Os participantes foram agrupados segundo o segmento a que per-
tenciam, sendo que foram criados rótulos específicos para os indivíduos que já participa-
vam de algum comitê de bacia (COBHs) ou que faziam parte do órgão gestor de recursos
hídricos. Os representantes de órgãos municipais, cujas atividades estavam diretamente
relacionadas ao fomento da demanda hídrica - a exemplo de secretarias municipais de
irrigação - foram agrupados na categoria de Usuários de Água, por suas atividades fins
estarem mais próximas do incentivo e fomento do uso, do que da regulação em si.
Outro tratamento dos dados absolutos que merece registro foi a não considera-
ção da presença de alunos de instituições de ensino que, por suas presenças em quanti-
dades significativas nas consultas de Afogados e Palmares, provocaram distorções na
amostra resultando em um grande peso aparente da participação do segmento sociedade
civil. Também foi excluída da análise a equipe da consultoria, por não ser relevante aos
objetivos do estudo.
CP FIEPE CP - Recife
2%
7% 7%
28%
22%
26%
59% 9%
6%
6% 28%
CP Caruaru CP Goiana
9% 5%
9%
36% 18% 36%
36%
14% 14%
23%
Para atender a esta demanda o mecanismo de cobrança deverá ser formado por
equação algébrica, ficando evidenciadas e separadas as parcelas a serem pagas pelos
usos possíveis de água: captação, consumo e lançamento de poluentes em meio hídrico.
Esta demanda será atendida pelo mecanismo algébrico acima proposto. O usuário
deverá saber como cada tipo de uso de água o está onerando e, portanto, que medidas
pode tomar para ser favorecido, pela redução do ônus da cobrança.
O usuário de água deve saber de antemão quanto irá pagar; a antecedência deverá
ser estabelecida pelo Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos, com participação
dos Comitês de Bacia Hidrográfica que representam os usuários, com pelo menos um ano
de antecipação à efetivação da cobrança.
Subsídios como forma de promover a equidade vertical são inerentes a uma política
distributiva de renda e justificáveis para aliviar o impacto da cobrança sobre usuários com
menor capacidade de pagamento. No meio rural, um dos exemplos mais comuns de apli-
cação de subsídios na busca da equidade vertical, podem ser apresentadas diversas justi-
ficativas: contenção do êxodo rural, riscos envolvidos na atividade (clima, preços de mer-
cado, concorrência com produtos subsidiados em mercados internacionais, etc.), produ-
ção de alimentos a preços baixos visando beneficiar consumidores de baixa renda, etc.
Uma alternativa aos subsídios seria permitir que usuários de água sujeitos à cobran-
ça possam realizar seus pagamentos por meio de prestação de serviços ambientais, espe-
cialmente no meio rural, pela recuperação de áreas degradadas, cercamento de nascen-
tes ou recuperação de matas ciliares, por exemplo. Esta alternativa é mais eficiente do
que oferecer subsídios, pois promove melhorias ambientais na bacia hidrográfica, o que é
o objetivo maior de um sistema de cobrança pelo uso da água.
𝑪𝑻 Cobrança Total
Esta cobrança é aplicada a todos os usuários de água que derivam água para seu
uso. Aplica-se aqui a equidade horizontal, pela qual todos são tratados igualmente. O
dimensionamento da captação é realizado por meio do valor outorgado conforme a equa-
ção apresentada no Quadro 3.2.
Quadro 3.2 – Formulação matemática para o cálculo do valor anual a ser co-
brado pela captação
$𝒄𝒂𝒑 = 𝑸𝒐𝒖𝒕
𝒄𝒂𝒑 × 𝑷𝑷𝑼𝒄𝒂𝒑 × 𝑲𝒄𝒂𝒑,𝒔𝒖𝒑/𝒔𝒖𝒃 × 𝑲𝑼𝑷 × 𝑲𝒖𝒔𝒐 × 𝑲𝒎𝒆𝒕𝒆𝒐 × 𝑲𝒆𝒇 (2)
Quadro 3.3. As classes menos exigentes quanto à qualidade apresentam valores meno-
res.
Quadro 3.4. Os aquíferos que se encontram com maiores níveis de explotação e que
atendem a demandas mais estratégicas apresentam valores maiores deste coeficiente.
As zonas A até F, estão de acordo com a Resolução CRH/PE 04/2003 que corres-
pondem às zonas de explotação apresentadas na Figura 3.1, abrangendo os municípios
do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragipe.
Nas zonas G e H os aquíferos estão identificados na Figura 3.2, que são os sis-
temas aquíferos das bacias sedimentares do Jatobá e do Araripe. Estas Zonas não fazem
parte da resolução CRH/PE 04/2003, e foram incluídas nos mecanismos de cobrança após
a rodada de Consultas Públicas, especialmente a consulta Pública de Ibimirim, sob a justi-
ficativa de que esses sistemas são um importante manancial que abrange uma região de
clima subúmido seco (semiárido), especialmente nos municípios de Ibimirim, Inajá, Mana-
Figura 3.1 – Mapa das zonas de explotação de aquíferos nos municípios do Re-
cife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Camaragipe.
291,4
Mesoregião Zona Mata e Litoral
600
256,6
223,6
500
229,4
Precipitação (mm)
400 Classe
209,8
NORMAL
171,9
132,8 SECO
167,7
300 170,8 MUITO SECO
137
112,3
200 102,5 92,5
90,5
143,5
70,7 137
119,7
92,8 92,5
100 57,6
44,7
37,2 73,7 45,8 36,8 34,4
25,7 28,9 19,6 18,7 25,2
26,8
10,6 10,1 6,7
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
400
147,3
300
128,8
250
Precipitação (mm)
125,5
Classe
104,4
NORMAL
200 112,8
SECO
97,7 MUITO SECO
70,8
150
80,2
59,2 65,1
100 59,1
79,7 44,3
42,9 39,8
62,4
50 36,7 39,8 48,1 32,8
37,4
19,3 32,5 21,7 20,1 16,9
10,2 7,2 9,8
9 10,8 7
2,4 2,2 1,7
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
200 98
76
Precipitação (mm)
69,1 70,8
150 Classe
NORMAL
63,4
SECO
64,3
100 MUITO SECO
49,9
61,8 46,2
39,6
51 30,7
32,7 48,7
50
34,2 33,4 19,5
19,5 31,6 17,3 22,7
29
17,5 11,1 11,5
15,8
11,7 8,5 7,3
5,7 5,6
4,1 2,9 2,3
1,3
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
400
136,9
300
250
Precipitação (mm)
111 114
Classe
NORMAL
200
103,4 115,5 78 SECO
93,4
MUITO SECO
150
73,9 74,4
55,4
100 51 51
53,1
46,7 72,6
68
128,7
Mesoregião Sertão Moxotó
250
200 106,3
Precipitação (mm)
86,5
Classe
76 87,7 NORMAL
150 68,4
71,8 86,4 SECO
MUITO SECO
400
300
151,9
250
Precipitação (mm)
Classe
114,2
NORMAL
200
108,5 SECO
MUITO SECO
79,6 82,5
150
83,5
100 66,8
76,4 45,9
43,4 51,3
27,9 33,3
50 45,3
32 17,7
26 14 16,4 16,1
12,3 9,1 5,4 7,7
8 8,7 5,1 4,6
2,9 1,8 0,5 0,6
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
153,5
Mesoregião Sertão São Francisco
250
200
Precipitação (mm)
93,9
Classe
NORMAL
150 85,9
88,2
SECO
MUITO SECO
72,1
59,6
100
57,5
42,6
45,8
36,9
50 42,1 30,4 38,3
300
153,5
Mesoregião Alto Sertão
250
200
Precipitação (mm)
93,9
Classe
NORMAL
150 85,9
SECO
88,2
MUITO SECO
72,1
59,6
100
57,5
42,6
45,8
36,9
50 42,1 30,4 38,3
Baseando-se nos dados monitorados pela APAC, foi adotado o seguinte procedi-
mento, com vistas a quantificar numericamente um coeficiente meteorológico (Kmeteo)
para cada uma das mesorregiões, em função do grau de severidade da seca:
4) O coeficiente Kmeteo proposto, será então o produto dos dois fatores 𝐾𝑐𝑙𝑖𝑚𝑎 =
𝑓1 × 𝑓2 e seus valores se encontram no Quadro 3.6.
Este coeficiente pode assumir valores diferenciados para cada Unidade de Plane-
jamento Hídrico – UP, em função de decisões de seu COBH e aprovadas pelo CRH. Pro-
põe-se nesta análise não estabelecer diferenciação e, assim, os coeficientes 𝐾𝑈𝑃 assu-
mem os valores do Quadro 3.7, unitários e idênticos.
O coeficiente Kuso varia de acordo com o uso ao qual a captação se destina. Exis-
tem duas formas possíveis de diferenciação deste coeficiente. Uma delas, mais imediata,
e dependente unicamente do uso ao qual se aplica, é apresentada por um exemplo no
Quadro 3.8.
As categorias de uso apresentadas são aquelas com as quais são outorgados os
usos de água em Pernambuco. Adiante, para cada uma são apresentados os coeficientes
específicos a cada Classe em que são incluídos. A coluna Classe permite agrupar cada
uma das 23 classes em 5 grupos maiores. O grupo que recebe a classe 0 é aquele isento
de cobrança, seja porque é cobrado de forma diferenciada, mediante a parcela de lança-
mento de poluição em meio hídrico (Diluição de Esgotos Sanitários) ou, ainda, por não ser
identificado. O grupo da classe 1 é aquele que abrange o abastecimento à população e às
suas atividades econômicas: Abastecimento Público, Abastecimento Residencial Particular,
Empresa de Comercialização de Água, Escola, Escritório, Estabelecimento Comercial, Hos-
pital, Hotel, Lavanderia, Outros, Pesquisa, Posto de combustível, Restaurante, Sem defini-
ção e Terraplenagem.
CF Compensação Financeira
Neste caso, de acordo com a coluna Classe do Quadro 3.8, existem 5 grupos
aos quais são aplicadas abordagens distintas para estimativa do coeficiente K ef: abasteci-
mento à população e às suas atividades econômicas, indústria, irrigação, usos produtivos
no meio rural e geração de energia elétrica em PCHs. A estimativa de eficiência em cada
grupo será detalhada em sequência, adotando a formulação proposta pela Deliberação
CBHSF nº 94, de 25 de agosto de 2017, que atualiza, estabelece mecanismos e sugere
novos valores de cobrança pelo uso de recursos hídricos na bacia hidrográfica do rio São
Francisco.
Os valores do coeficiente Kupc são calculados em função do uso per capita infor-
mado no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS pela empresa pres-
tadora de serviços de abastecimento de água em cada município, como apresentado no
Quadro 3.11. Neste caso, adotou-se como referência um uso per capita igual a R = 150
l/habitante/dia.
Quadro 3.11 – Coeficiente de uso per capita – Kupc
Faixa de valores de uso per capita – upc Valores de Kupc
Se uso per capita (upc) < R Kupc = 1 1
Se R <upc< 2.R Kupc = 1+upc/(R x 100) 1,01 a 1,02
Se 2.R <upc<3.R Kupc = 1+upc/(2.R x 10) 1,10 a 1,15
Se 3.R < upc Kupc = upc/((R x 10) > 1,3
1
Acselrad, M. V. (2013). Proposta de Aperfeiçoamento da Metodologia de Cobrança do Setor de
Saneamento Básico no Estado do Rio de Janeiro à Luz do Objetivo de Racionalização do Uso dos
Recursos Hídricos. Tese de doutorado apresentada ao Programa de Engenharia Civil da COPPE da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientação do professor José Paulo Soares de Azevedo.
2013.
Quadro 3.15 – Índice de reuso Ireuso e Índice de uso de águas servidas Iuas
Índice
Faixas de reuso e de uso de
Uso de águas ser-
águas servidas Reuso – Ireuso
vidas – Iuas
min max Ireuso Iuet
0% 20% 1,00 1,00
20% 40% 0,95 0,95
40% 60% 0,90 0,90
60% 80% 0,80 0,85
80% 100% 0,80 0,80
3.2.2.3. Irrigação
KMANEJO: coeficiente de manejo da irrigação que reflete o manejo adotado em suas reper-
cussões na economia de água
O valor de Qdil pode ser calculado explicitando esta variável da equação (8) resultando:
Com base nestes valores, os coeficientes para estimar as cargas de DBO referen-
tes aos volumes captados nas categorias outorgadas no estado de Pernambuco são apre-
sentados no Quadro 3.30. Nos casos em que ocorre tratamento de esgotos as cargas
remanescentes serão menores. Para estimá-las conta-se com as informações do Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, que apresenta para cada prestadora
de serviços de água e esgotos os índices de coleta de esgotos e de tratamento de esgo-
tos.
No SACUAPE os coeficientes do Quadro 3.30 são aplicados na parcela de esgo-
tos não tratada (mesmo que coletada). Na parcela coletada e tratada são aplicados os
índices de coleta e tratamento informados no SNIS, supondo uma eficiência de remoção
de DBO a ser informada. Por omissão, esta eficiência é considerada 80%, equivalente ao
tratamento secundário.
Após as Consultas Públicas foi solicitada pela APAC a melhoria da cobrança nesta
situação de uso. O mecanismo anterior cobrava pela vazão outorgada que, porém, refe-
ria-se a uma estimativa que não representava a derivação de água do meio, mas um uso
local. Optou-se por aplicar o conceito de vazão de diluição para o caso da criação de pei-
xes em tanques-rede em reservatórios, a partir da cobrança pelo lançamento de fósforo
(P).
Quadro 3.31 - Estimativa das perdas de fósforo para o ambiente em cultivo in-
tensivo em gaiolas, sob diferentes taxas de conversão aparente (TCA)
Conteúdo de P na ração 1,3%
01 tonelada de ração contém 13,0 kg de P
TCA= 2,0:1 P na ração = 26,0 kg
O volume de diluição Qdil para o caso de piscicultura em tanques rede pode ser calculado
de forma simplificada através da equação (11) utilizando-se os coeficientes técnicos apre-
sentados nos Quadro 3.31 e Quadro 3.32.
Cortês I Rio Sirinhaém 1.400,0 595,0 17,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.
Cachoeira da Prata Rio Sirinhaém 1.050,0 395,0 21,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.
Pedra Furada Rio Sirinhaém 6.500,0 694,0 57,0 Operação Pedra Furada Energia S.A.
Ilha das Flores Rio Sirinhaém 8.000,0 637,0 81,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.
Primavera Rio Ipojuca 4.270,0 2.989,0 120,0 Eixo Inventariado Gamma Energia S.A.
Gindaí Rio Sirinhaém 4.500,0 320,0 18,7 Operação Usina Trapiche S/A
Pau Sangue Rio Sirinhaém 1.224,0 1.204,0 12,4 Operação Mercantil Energia Ltda
Cachoeira da Onça Rio Sirinhaém 3.470,0 - 58,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.
Cortês II Rio Sirinhaém 4.700,0 591,0 55,5 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.
Cachoeira Alegre Rio Sirinhaém 1.600,0 738,0 14,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.
Cortês III Rio Sirinhaém 1.900,0 576,0 23,0 Construção não iniciada Rio Sirinhaém Energia Ltda.
Manopla Rio Sirinhaém 5.751,0 1.448,0 13,6 Operação Brennand Energia Manopla S.A.
Valor anual de cobrança pela geração de energia elétrica por meio de PCH, em
𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓𝑷𝑪𝑯
R$/ano.
Total anual de energia efetivamente gerada na PCH, informado pela Concessioná-
𝑮𝑯
ria, em MWh
Valor da Tarifa Atualizada de Referência, definida anualmente pela Agência Nacio-
𝑻𝑨𝑹
nal de Energia Elétrica – ANEEL, em R$/MWh
Para subsidiar os decisores com relação a preços a serem cobrados pelo uso
de água foram realizadas três simulações, com as respectivas avaliações de potencial
de arrecadação e de impacto sobre os usuários.
Um conjunto inicial de preços públicos unitários (PPU) foi utilizado: o valor do
PPU para a captação superficial é aquele aplicado na bacia do rio Doce, que adota me-
canismo que também cobra pela captação e pelo lançamento de efluentes apenas, sem
cobrança pelo consumo de água: R$ 0,036/m3 outorgado. Diante da expectativa da
APAC e da Câmera Técnica de Águas Subterrâneas do Conselho Estadual de Recursos
Hídricos, e de posicionamentos ao longo das Consultas Públicas, relacionado à prote-
ção das águas subterrâneas, decidiu-se elevar seu PPU em relação ao da água superfi-
cial: R$ 0,050/m3 outorgado. Este valor, em conjunto com os Kcap,sub, estabelecerá si-
nalizações aos usuários sobre a necessidade de racionalização de seu uso. O PPU da
vazão de diluição foi aquele aprovado para a bacia do rio São Francisco: R$ 0,0012/m3
de vazão calculada de diluição. Eles são apresentados no Quadro 3.39.
Com base nesta referência, os valores dos PPUs foram incrementados na
mesma proporção até que se atingissem o que foi julgado ser um limite de impacto no
uso setorial de água que se mostrou mais sensível aos impactos da cobrança: a irriga-
ção. Utilizou-se com referência de impacto a irrigação pelo método de aspersão. De
acordo com o Quadro 3.17, estão na mesma classe de valores os métodos de asper-
são com pivô central, deslocamento linear, sistema de malhas, autopropelido e con-
vencional. Considerou-se também que se trate de cultivo anual, convencional e sem
práticas conservacionistas. E que o manejo da irrigação não seria auxiliado por monito-
ramento hidrometeorológico (ou que não existissem informações sobre ele). Finalmen-
te, que o ano do exercício anterior é classificado como normal, para efeito do coefici-
ente meteorológico – Kmeteo. Nestas condições de referência, que se julga ser a mais
Para esta simulação os PPUs de captação são iguais a R$ 0,05 e R$ 0,036 pa-
ra águas subterrâneas e superficiais, respectivamente, e R$ 0,0012 para uso das va-
zões de diluição, de acordo com o Quadro 3.39. Os resultados em termos de arreca-
dação potencial, sem inadimplência, estão resumidos no Quadro 4.1, sendo que as
arrecadações derivadas das águas outorgadas pela Agência Nacional de Águas estão
no Quadro 4.2. Estas correspondem a 25,9% do total arrecadado.
R$ 22.217.161 R$ 4.540.051
Cobrança captações Cobrança lançamentos R$ 26.757.213
R$ 19.774.387 R$ 6.982.826
Goiana
Capibaribe
Ipojuca
Sirinhaem
Una
Mundau
Ipanema
Moxoto
Pajeu
Terra Nova
BrIgida
Garcas
Pontal
GL1
GL2
GL3
GL4
GL5
GL6
GI1
GI2
GI3
GI4
GI5
GI6
GI7
GI8
GI9
Fernando de Noronha
Sem definição
Superficiais Subterrâneas
Quadro 4.4 – Arrecadação, em Reais, por categoria de uso e por tipo de água
captada na simulação adotando o PPURef.
Águas Custo médio
Nome da água
Superficiais Subterrâneas Total (R$/m³)
Hospital R$ 0 R$ 58.864 R$ 58.864 R$ 0,129
Abast. Res. Particular R$ 266 R$ 1.009.370 R$ 1.009.636 R$ 0,126
Escritório R$ 0 R$ 8.261 R$ 8.261 R$ 0,121
Restaurante R$ 0 R$ 4.015 R$ 4.015 R$ 0,117
Estabel. Comercial R$ 564 R$ 233.855 R$ 234.419 R$ 0,115
Escola R$ 0 R$ 63.868 R$ 63.868 R$ 0,109
Posto de Combustível R$ 0 R$ 5.492 R$ 5.492 R$ 0,098
Hotel R$ 312 R$ 82.109 R$ 82.421 R$ 0,088
Lavanderia R$ 342 R$ 13.519 R$ 13.860 R$ 0,077
Emp. Comercial. Água R$ 1.084 R$ 144.540 R$ 145.624 R$ 0,073
Outros R$ 225.156 R$ 137.595 R$ 362.751 R$ 0,068
Abastecimento Público R$ 19.689.737 R$ 1.517.368 R$ 21.207.104 R$ 0,059
Indústria R$ 921.306 R$ 1.176.869 R$ 2.098.175 R$ 0,058
Terraplenagem R$ 25.078 R$ 0 R$ 25.078 R$ 0,036
Pecuária R$ 1.215 R$ 8.955 R$ 10.171 R$ 0,028
Irrigação R$ 1.209.308 R$ 75.372 R$ 1.284.680 R$ 0,015
Irrigação de salvação R$ 142.793 R$ 0 R$ 142.793 R$ 0,005
Total R$ 22.217.161 R$ 4.540.051 R$ 26.757.213 R$ 0,043
Superficiais Subterrâneas
Figura 4.2 – Arrecadação por categoria de uso outorgado pela APAC na simu-
lação adotando o PPURef
IRRIGAÇÃO
5,3%
Os Usos Urbanos prevalecem com 85% da arrecadação, seguido dos Usos In-
dustriais (8%) e Irrigação (5,3%) como os maiores contribuintes. A arrecadação da
pecuária (usos animais) é insignificante.
A Figura 4.4 ilustra a distribuição da arrecadação por UP e pelas grandes ca-
tegorias de uso de água, mostrando um quadro bastante ilustrativo sobre onde a água
será cobrada Pernambuco e de que usuário.
R$9.000.000
R$8.000.000
R$7.000.000
R$6.000.000
GL3
Sirinhaem
GL1
GL2
GL4
GL5
GL6
GI1
GI2
GI3
GI4
GI5
GI6
GI7
GI8
GI9
BrIgida
Ipojuca
Ipanema
Capibaribe
Mundau
Moxoto
Garcas
Pontal
Fernando de Noronha
Sem definição
Pajeu
Goiana
Terra Nova
Figura 4.4 – Faturamentos por UP e por grandes categorias de uso de água na simulação adotando o PPURef.
Quadro 4.6 - Arrecadação pelo uso de águas de domínio da União por Unida-
de de Planejamento Hídrico na simulação adotando o PPURef.
UP NOME Total
UP1 Goiana R$ 75.933
UP2 Capibaribe R$ 6.065.355
UP5 Una R$ 251.796
UP6 Mundau R$ 348.254
UP17 GL4 R$ 101.344
UP18 GL5 R$ 111.041
TOTAL R$ 6.953.723
Milhões de R$
Arrecadaçãopotencial total com a R$ 40,00
R$ 35,00
R$ 30,00
cobrança
R$ 25,00
R$ 20,00
R$ 15,00
R$ 10,00
R$ 5,00
R$ 0,00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Multiplicador da PPU de captação para empresas de comercialização de água
O impacto deste ônus às empresas foi estimado tendo por referência o preço
cobrado pela água aos clientes do carro-pipa. Considerando o preço de R$ 200/5m3 e
supondo que o valor cobrado pela água bruta fosse integralmente repassado aos clien-
tes, construiu-se o gráfico da Figura 4.6 que mostra o aumento percentual do preço
cobrado pela água. Na situação de maior ônus, quando se cobra 100 vezes o valor da
PPU, o preço final da água distribuída por carro-pipa tem incremento de 12,5%. Isto
mostra haver possibilidade de oneração deste segmento usuário, sem que sejam oca-
sionados impactos relevantes nos usuários finais.
14%
Incremento do preço da água
12%
10%
8%
vendida
6%
4%
2%
0%
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Multiplicador da PPU de captação para empresas de comercialização de água
1 SNIS 2015 Sem Asp. Convenc. Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844
2 SNIS 2015 Sem Gotejamento Extensiva R$ 21.765.314 R$ 4.506.706 R$ 19.298.562 R$ 6.973.458 R$ 26.272.020
3 SNIS 2015 Sem Inundação Extensiva R$ 25.370.917 R$ 4.707.698 R$ 23.105.156 R$ 6.973.458 R$ 30.078.614
4 SNIS 2015 Sem Asp. Convenc. Confinada R$ 22.217.161 R$ 4.540.051 R$ 19.774.387 R$ 6.982.826 R$ 26.757.213
5 Máxima Sem Asp. Convenc. Extensiva R$ 18.578.741 R$ 4.183.215 R$ 15.788.498 R$ 6.973.458 R$ 22.761.956
6 SNIS 2015 Máxima Asp. Convenc. Extensiva R$ 21.981.588 R$ 4.199.685 R$ 19.207.815 R$ 6.973.458 R$ 26.181.273
Quadro 4.12 – Arrecadação com meteorologias distintas, sem monitoramento das condições do solo e de manejo da lâmina na
irrigação por aspersão convencional, com cultivo anual convencional sem práticas conservacionistas com os PPUs de referência.
Práticas de eficiência Condição Arrecadação
Pecuária
Abast. Púb. Indústria Meteorológica Superficial Subterrâneo Captação Diluição Total
1 SNIS 2015 Sem Normal Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844
7 SNIS 2015 Sem Seco Extensiva R$ 21.774.726 R$ 4.496.043 R$ 19.297.312 R$ 6.973.458 R$ 26.270.770
8 SNIS 2015 Sem Muito seco Extensiva R$ 21.537.585 R$ 4.477.373 R$ 19.041.500 R$ 6.973.458 R$ 26.014.958
1 SNIS 2015 Sem Sem Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844
9 SNIS 2015 Sem Com Extensiva R$ 21.810.384 R$ 4.509.218 R$ 19.346.145 R$ 6.973.458 R$ 26.319.603
Quadro 4.14 – Arrecadação com meteorologia normal, com manejos distintos do solo na irrigação por aspersão convencional, e
sem manejo da lâmina de irrigação com os PPUs de referência.
Práticas de eficiência Faturamento
Manejo do solo Pecuária
Abast. Púb. Indústria Superficial Subterrâneo Captação Diluição Total
Anual, conv, sem
1 SNIS 2015 Sem Extensiva R$ 22.216.014 R$ 4.531.830 R$ 19.774.387 R$ 6.973.458 R$ 26.747.844
prát. cons.
10 SNIS 2015 Sem Subsistência Extensiva R$ 21.427.289 R$ 4.487.863 R$ 18.941.694 R$ 6.973.458 R$ 25.915.152
11 SNIS 2015 Sem Permanente Extensiva R$ 21.652.639 R$ 4.500.425 R$ 19.179.606 R$ 6.973.458 R$ 26.153.064
Anual, c/ plantio
12 SNIS 2015 Sem Extensiva R$ 21.765.314 R$ 4.506.706 R$ 19.298.562 R$ 6.973.458 R$ 26.272.020
direto
Anual, conv.,
13 SNIS 2015 Sem Extensiva R$ 21.990.664 R$ 4.519.268 R$ 19.536.474 R$ 6.973.458 R$ 26.509.932
c/prát.conservac.
Quadro 4.15 – Distribuição das despesas cobertas com recursos próprios (fon-
te 0101) em 2017, até 21/11/2017.
Detalhes da despesa Valor bruto
Motoristas R$ 368.267
Apoio Administrativo R$ 293.820
Vale/Auxílio Transporte R$ 106.631
Energia Elétrica R$ 63.989
Limpeza e Conservação R$ 46.465
Cota Global R$ 45.097
Manutenção Predial R$ 28.388
Combustível/Manutenção Veículos R$ 25.347
Locação de Veículos R$ 16.403
Diárias Civil R$ 15.904
Fornecimento de Passagens R$ 15.295
Suprimento Individual R$ 3.900
TOTAL R$ 1.029.505
Quadro 4.16 – Distribuição das despesas cobertas pelo FEHIDRO (fonte 0126)
em 2017, até 21/11/2017
Detalhes da despesa Valor bruto
Apoio Administrativo R$ 168.875
Energia Elétrica R$ 97.026
Locação de Veículos R$ 91.591
Outros R$ 88.614
Energia Elétrica - RADAR R$ 64.406
Rede Digital Corporativa do Estado R$ 55.184
Cota Global R$ 49.877
Combustível/Manutenção Veículos R$ 47.276
Diárias Civil R$ 10.834
Fornecimento de Passagens R$ 6.055
TOTAL R$ 679.737
Quadro 4.21 - Estimativa dos usos de água superficial provisionados por meio de infraestrutura hidráulica em Pernambuco.
Captação de água superficial (outorgas de captação e de irrigação de salvação) (hm 3/ano) por tipo de clima
UP Nome Açude T.Q. Seco T.Q. Subúmido T. de Altitude
T.Q. Úmido Sem definição Total
(Semiárido) Seco (Brejo)
UP1 Goiana 47,9 0,0 27,7 0,2 28,0 0,0 26,3
UP2 Capibaribe 816,0 42,7 6,0 2,6 63,6 0,0 287,6
UP3 Ipojuca 91,7 5,6 0,3 0,0 45,5 0,0 27,5
UP4 Sirinhaem - 0,0 2,9 0,0 23,6 0,0 0,0
UP5 Una 355,7 1,9 21,2 0,0 16,7 0,0 182,5
6. Informações sobre reuso e uso de águas servidas no meio industrial: Estas in-
formações compõem o coeficiente de eficiência adotado para a cobrança pelo
uso de água da indústria. No momento elas não estão disponíveis, e foram des-
consideradas nos cálculos dos valores cobrados. Deverão ser providenciadas
sistemáticas para que sejam informados estes valores à APAC.
Quadro 5.2 – Transformação das DTS por vazão de água faturada pela con-
cessionária em vazão de água sujeita à cobrança pela APAC
𝑫𝑻𝑺
$𝑫𝑻𝑺 = 𝑸𝒇𝒂𝒕
=𝑸 𝑫𝑻𝑺
∴
𝒄𝒐𝒃∗{𝟏−𝑷𝒇𝒂𝒕 }∗{𝟏−𝑷𝒇𝒊𝒔 }
(14)
𝑫𝑻𝑺
= $𝑫𝑻𝑺 ∗ {𝟏 − 𝑷𝒇𝒂𝒕 } ∗ {𝟏 − 𝑷𝒇𝒊𝒔 }
𝑸𝒄𝒐𝒃
$𝑫𝑻𝑺 Valor a ser cobrado pelas Despesas Totais de Serviço - DTS
𝑫𝑻𝑺 Despesas Totais de Serviço
𝑸𝒇𝒂𝒕 Volume faturado pela concessionária
𝑸𝒄𝒐𝒃 Volume de água sujeito à cobrança
𝑷𝒇𝒂𝒕 Perdas percentuais de faturamento
𝑷𝒇𝒊𝒔 Perdas físicas percentuais
$𝑻𝑴𝑨𝑬 Valor a ser cobrado de acordo com as Tarifas Médias de Água e Esgotos - TMAE
𝑻𝑴𝑨𝑬 Tarifas Médias de Água e Esgotos
𝑸𝒇𝒂𝒕 Volume faturado pela concessionária
𝑄𝑐𝑜𝑏 Volume de água sujeito à cobrança
𝑷𝒇𝒂𝒕 Perdas percentuais de faturamento
𝑷𝒇𝒊𝒔 Perdas físicas percentuais
$𝑫𝑻𝑺 Valor a ser cobrado pelas Despesas Totais de Serviço - DTS
2
Alerta-se que neste caso a cobrança se aplica à captação de água e ao lançamento de poluen-
tes; o quociente é realizado pela divisão deste valor pelo volume de água sujeito à cobrança.
Rio Formoso COMPESA R$ 73.355 1,09 R$ 0,95 R$ 0,72 R$ 0,07 7,09% 9,39%
A preocupação com a eficiência no uso da água pela indústria vem ocupando lu-
gar de destaque nas estratégias competitivas das empresas nacionais, especialmente as
que utilizam mais intensivamente o recurso. O mercado e os consumidores também sina-
lizam às empresas que o uso racional dos recursos hídricos deve fazer parte dos proces-
sos produtivos de forma a permitir a produção de bens e serviços com menor demanda
desse recurso e com emissões hídricas menores. Como resultado, observa-se o desenvol-
vimento e a implementação de diferentes metodologias e padrões referenciais para uni-
formização das métricas e indicadores associados ao uso dos recursos hídricos, de forma
a diferenciar produtos e empresas com melhor desempenho em relação ao uso da água
(CNI, 2013). Isto tende a reduzir a exposição do setor à cobrança pelo uso de água, antes
mesmo da sua implantação, especialmente naquelas mais modernas e mais intensivas em
uso de água.
Mínimo R$ 0,024
Máximo R$ 0,120
Médio R$ 0,055
Nos últimos anos, alguns métodos indiretos para cálculo da demanda de água
pela indústria foram propostos para o Brasil, em escala nacional (ANA, 2017). Eles es-
tão associados com a aplicação de matrizes de coeficientes técnicos considerando três
variáveis principais: (i) faturamento bruto; (ii) volume produzido e (iii) número de em-
pregados. Entretanto, estes métodos apresentam importantes limitações, tais como
necessidade de conversão de unidades monetárias e flutuações cambiais; indisponibili-
dade de dados de produção industrial em larga escala para aplicação de coeficientes
técnicos; ou ainda níveis hierárquicos pouco detalhados, ou seja, com o uso de poucas
tipologias industriais para definição de coeficientes técnicos e sua aplicação em dados
de número de empregados.
O melhor caminho na busca do conhecimento e da quantificação da demanda
hídrica atrelada à cadeia produtiva é por meio das outorgas de direito de uso da água.
As outorgas contêm informações que possuem o maior grau de sistematização em es-
cala regional e nacional. Contudo, existe um conjunto de dificuldades para a consolida-
ção das estimativas da demanda hídrica para o setor. Entre elas a constatação de que
as outorgas muitas vezes se resumem aos valores de captação de água, não sendo
informados os lançamentos e sua qualidade, por exemplo, como ocorre em Pernambu-
co, neste momento. Devido a isto, é necessária a aplicação de métodos indiretos para
cálculo das vazões de lançamento nos corpos hídricos e as suas concentrações de po-
luentes.
Para este estudo, o cálculo do impacto da Cobrança pelo Uso da Água nos
usuários do setor industrial foi elaborado considerando tanto os coeficientes técnicos
estimados pela Confederação Nacional das Indústrias – CNI (CNI, 2013), quanto por
pesquisas associadas à dados de produção de empresas do segmento.
Por meio das outorgas de captação emitidas pela Agência Pernambucana de
Águas e Clima - APAC, identificou-se os maiores usuários de água do setor industrial.
Através dos seus CNPJ’s, disponíveis no cadastro, também foi possível identificar o
setor produtivo, pelo Código Nacional de Atividade Econômica - CNAE. Foi assim possí-
vel encontrar a atividade econômica principal de cada um dos usuários. Exceção se faz,
contudo, aos usuários cuja finalidade de uso é a geração de energia elétrica, que fo-
ram desconsiderados nesta análise.
A relação dos usuários selecionados com suas respectivas atividades econômi-
cas e vazões outorgadas encontra-se no Quadro 5.10. Verifica-se que, dentre os mai-
07.050.184/0001-43 11-13-5-02 Fabricação de cervejas e chopes INDUSTRIA DE BEBIDAS IGARASSU LTDA 1,4 - 1,4
10.204.485/0001-99 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto USINA UNIAO E INDÚSTRIA S/A - 1,1 1,1
11.797.222/0001-01 10.71-6-00-Fabricação de açúcar em bruto USINA CENTRAL OLHO D´ÁGUA S/A - 0,8 0,8
55.820.583/0003-50 24.51-2-00-Fundição de ferro e aço SIMISA - SIMIONI METALURGICA LTDA 0,1 - 0,1
61.584.223/0012-90 41.20-4-00-Construção de edifícios CONSTRUCAP CCPS ENG. COM. S.A. 0,1 - 0,1
16.701.716/0036-86 71.12-0-00-Serviços de engenharia FCA - Fiat Chrysler Automóveis Brasil Ltda. 0,1 - 0,1
Fonte: Acervo da Agência Pernambucana de Águas e Clima – APAC, 2017.
02.414.858
VALE VERDE - 9,2 9,2 114,8 469.797,0 0,1 704.695,0 0,1 939.594,0 0,1
/0001-28
10.71-6-00 -
Fabricação de
03.794.600 açúcar em bruto ZIHUATANE-
- 0,0 0,0 0,3 1.033,0 0,1 1.549,0 0,1 2.066,0 0,1
/0002-48 JO
USINA UNI-
10.204.485
AO E INDÚS- - 1,1 1,1 14,2 58.096,0 0,1 87.144,0 0,1 116.192,0 0,1
/0001-99
TRIA
COMPANHIA
10.319.853 AGRO IN-
0,0 - 0,0 0,2 1.185,0 0,1 1.778,0 0,1 2.370,0 0,1
/0001-44 DUSTRIAL DE
GOIANA
17.090.600
10.92-9-00 - GL 0,0 - 0,0 0,2 1.067,0 0,1 1.600,0 0,1 2.133,0 0,1
/0001-90
Fabricação de
biscoitos e bo-
35.603.679 lachas BOM GOSTO 0,0 - 0,0 1,2 7.622,0 0,2 11.433,0 0,3 15.244,0 0,4
/0001-98
04.643.758
USIVALE - 2,2 2,2 27,3 111.544,0 0,1 167.316,0 0,1 223.088,0 0,1
/0001-07
19.31-4-00 -
10.645.075 USINA PE-
Fabricação de - 0,0 0,0 0,4 1.673,0 0,1 2.510,0 0,1 3.346,0 0,1
/0001-83 TRIBU
álcool
08.470.543
CACHOOL - 0,6 0,6 - - 0,0 - 0,0 - 0,0
/0001-84
20.62-2-00 -
INDUSTRIAS
Fabricação de
11.507.415 REUNIDAS
produtos de 0,7 - 0,7 8,2 42.661,0 0,1 63.992,0 0,1 85.322,0 0,1
/0001-72 RAYMUNDO
limpeza e poli-
DA FONTE
mento
3
https://www.agrolink.com.br/cotacoes/diversos/acucar/
4
União dos Produtores de Bioenergia:
http://www.udop.com.br/index.php?item=item_alcool&op=pe_mensal.
Metalurgia dos metais não ferrosos 1,24 – 3,5 0,25 – 0,7 0,99 – 2,8
Fonte: CNI, 2013.
O setor de vidro, que pode ser definido como oligopólio homogêneo, é domina-
do por grupos que atuam internacionalmente de forma direta através de associações
comerciais. Estima-se que 80% da produção mundial de vidro seja proveniente de em-
presas multinacionais pertencentes a esses grupos, enquanto 20% estão divididos entre
pequenas e médias empresas regionais (Confederação Nacional do Ramo Químico -
CNQ, 2015).
Ainda de acordo com o estudo desenvolvido pela CNQ (2015), a cadeia produti-
va vidreira inicia-se na extração de minerais para o abastecimento das usinas de base
com as matérias-primas do vidro. As principais matérias-primas e suas respectivas pro-
porções são: sílica (areia – 70%), barrilha – 15%, calcário – 10%, dolomita – 2%, fel-
dspato – 2%, e aditivos como sulfato de sódio, ferro, cobalto, cromo, selênio, magnésio,
cálcio etc. O consumo médio de água na indústria vidreira é cerca de 1,0 m3/tonelada de
vidro plano produzido (CNQ, 2015). A produtividade do segmento vidreiro no país é um
pouco superior à da União Europeia: 214 versus 190 kg/homem/ano.
A base do polo vidreiro no município de Goiana, zona da mata de Pernambuco,
está em formação com a implantação de um conjunto de empresas, segundo a Agência
Municipal de Desenvolvimento de Goiana (AD Goiana – PE). São 12 hectares de área
para abrigar seis empresas:
5
Maxiligas: http://www.maxiligas.com.br/cotacao-lme-london-metal-exchange
China 565,6
Egito 271,3
EUA 448,8
México 565,6
Média 430,2
Fonte: Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior, Resolução Nº 55, de 11 de julho de 2014
5. O Custo Operacional Total para cada caso foi obtido por meio de diversas fon-
tes, informadas no Anexo V.
Quadro 5.22 - Cobrança pelo uso da água bruta como percentagem do Custo
Operacional Total na irrigação de diversas culturas com diferentes métodos
de irrigação em Pernambuco – PPU de referência
Agreste Central Zona da Mata Litoral
Clima Tropical Mé- COT Cobrança Cobrança/ Cobrança Cobrança/
Cultura
Quente todo (R$/m3) Total COT Total COT
(R$/m3) (%) (R$/m3) (%)
Seco (Semiárido) MA 1,10 0,0028 0,25% X X
Banana Sub-úmido Seco MA 0,88 0,0028 0,32% 0,0086 0,98%
Úmido MA 1,08 X X 0,0086 0,80%
Cana-de- Sub-úmido Seco AC 0,49 0,0042 0,85% 0,0130 2,64%
açúcar Úmido AC 0,39 X X 0,0130 3,32%
Coco da Seco (Semiárido) MA 4,05 0,0028 0,07% X X
baía Úmido MA 2,37 X X 0,0086 0,36%
Abacaxi Sub-úmido Seco AC 4,55 0,0042 0,09% 0,0130 0,28%
Milho Sub-úmido Seco AC 0,31 0,0042 1,35% 0,0130 4,21%
Cebola Seco (Semiárido) AC 2,47 0,0042 0,17% X X
Manga Seco (Semiárido) MA 2,82 0,0028 0,11% X X
MA: microaspersão; AC: aspersão convencional
Quadro 5.26 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o PPUref=0,0018 (R$/m 3)
Limite -
Prod. % P no P(kg)/ TCA %P na P (kg) na Pamb Q diluição Valor
Classe 2 Kef Valor (R$) Impacto
(kg/ha/ciclo) peso Vivo Peso vivo (x:1) Ração ração (kg) (hm3/ciclo) (R$/kg)
(mg/L)
2.000 0,34% 6,8 2 1,30% 52,0 45,2 0,03 1,5 0,1 271,2 0,14 2,7%
5.000 0,34% 17,0 2 1,30% 130,0 113,0 0,03 3,8 0,1 678,0 0,14 2,7%
10.000 0,34% 34,0 2 1,30% 260,0 226,0 0,03 7,5 0,1 1.356,0 0,14 2,7%
20.000 0,34% 68,0 2 1,30% 520,0 452,0 0,03 15,1 0,1 2.712,0 0,14 2,7%
50.000 0,34% 170,0 2 1,30% 1300,0 1130,0 0,03 37,7 0,1 6.780,0 0,14 2,7%
200.000 0,34% 680,0 2 1,30% 5200,0 4520,0 0,03 150,7 0,1 27.120,0 0,14 2,7%
Quadro 5.27 - Simulação de impacto da cobrança pelo lançamento de fósforo (P) considerando o PPUref=0,0024 (R$/m 3)
Limite -
Prod. % P no P(kg)/ TCA %P na P (kg) na Pamb Q diluição Valor
Classe 2 Kef Valor (R$) Impacto
(kg/ha/ciclo) peso Vivo Peso vivo (x:1) Ração ração (kg) (hm3/ciclo) (R$/kg)
(mg/L)
2.000 0,34% 6,8 2 1,30% 52,0 45,2 0,03 1,5 0,1 361,6 0,18 3,6%
5.000 0,34% 17,0 2 1,30% 130,0 113,0 0,03 3,8 0,1 904,0 0,18 3,6%
10.000 0,34% 34,0 2 1,30% 260,0 226,0 0,03 7,5 0,1 1.808,0 0,18 3,6%
20.000 0,34% 68,0 2 1,30% 520,0 452,0 0,03 15,1 0,1 3.616,0 0,18 3,6%
50.000 0,34% 170,0 2 1,30% 1300,0 1130,0 0,03 37,7 0,1 9.040,0 0,18 3,6%
200.000 0,34% 680,0 2 1,30% 5200,0 4520,0 0,03 150,7 0,1 36.160,0 0,18 3,6%
A quase totalidade das PCH é constituída por usinas a fio de água, sem regu-
larização a montante. Seus efeitos sobre a geração das outras usinas do sistema são
desprezíveis. Portanto, a avaliação da energia gerada resumiu-se inicialmente ao cálcu-
lo da média das vazões afluentes, censuradas pelo engolimento máximo das turbinas,
de uma série de afluências sobre um período adequado. Em seguida, essa vazão foi
multiplicada pela produtividade da usina e descontadas as indisponibilidades através de
coeficientes apropriados (TEIF e TEIP) para se obter a energia assegurada. Resulta:
(1) Cronograma de implantação das PCHs obtidos através do Relatório de Acompanhamento da Expansão da Energia Elétrica (ANEEL,2017), emitido pela Superinten-
dência de Fiscalização dos Serviços de Geração .
(2) Estimativa realizada a partir dos projetos básicos e inventários aprovados na ANEEL (Quadro 3.36);
(3) Preço da Energia adotado no valor R$ 175,8/MWh (preço médio do Leilão ANEEL 2016), não obstante todas as unidades se tratem de Produtores Independentes
(4) Para fins de estimativa foi adotada a série histórica do Posto 38480000, ajustado por proporção de área, no período de 2007 a 2017.
(5) Taxa de Indisponibilidade Forçada de 3% e Taxa de Indisponibilidade Programada de 12%
(1) Cronograma de implantação das PCHs obtidos através do Relatório de Acompanhamento da Expansão da Energia Elétrica (ANEEL,2017), emitido pela Superinten-
dência de Fiscalização dos Serviços de Geração .
(2) Estimativa realizada a partir dos projetos básicos e inventários aprovados na ANEEL (Quadro 3.36)
(3) Preço da Energia adotado no valor R$ 175,8/MWh (preço médio do Leilão ANEEL 2016), não obstante todas as unidades se tratem de Produtores Independentes
(4) Para fins de estimativa foi adotada a série histórica do Posto 38480000, ajustado por proporção de área, no período de 2007 a 2017.
(5) Taxa de Indisponibilidade Forçada de 3% e Taxa de Indisponibilidade Programada de 12%
(1) Cronograma de implantação das PCHs obtidos através do Relatório de Acompanhamento da Expansão da Energia Elétrica (ANEEL,2017), emitido pela Supe-
rintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração.
(2) Estimativa realizada a partir dos projetos básicos e inventários aprovados na ANEEL (Quadro 3.36);
(3) Preço da Energia adotado no valor R$ 248/MWh (Preço teto do Leilão ANEEL 2016), não obstante todas as unidades se tratem de Produtores Independentes
(4) Para fins de estimativa foi adotada a série histórica do Posto 38480000, ajustado por proporção de área, no período de 2007 a 2017.
(5) Taxa de Indisponibilidade Forçada de 3% e Taxa de Indisponibilidade Programada de 12%
(1) Simulações consideraram o mecanismo apresentado no Quadro 3.35 sobre os valores de geração apresentados no Quadro 4.4.
6
Seminário: Desafios Para a Expansão em PCHs e CGHs
7
informação cedida por empresa privada do ramo de energia, sob consulta, cuja fonte não pode
ser divulgada.
1. Viabilidade financeira:
a. Geração de arrecadações pretendidas pelos gestores de recursos hídricos
de Pernambuco, e para atenuar impactos sobre os usuários;
b. Redução dos montantes cobrados a usuários que sejam demasiadamente
impactados pela cobrança, e que possam ser inviabilizados financeiramen-
te de manterem suas atividades;
2. Racionalidade econômica: estimular o uso sustentável da água,
a. Sinalizando com a cobrança o valor econômico da água e sua condição de
escassez;
b. Premiando medidas de aumento de eficiência de uso;
30.000.000
Faturamento projetado (R$)
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
-
2015 2020 2025 2030
70.000.000
60.000.000
Faturamentos (R$/ano)
50.000.000
40.000.000
30.000.000
20.000.000
10.000.000
-
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030
Para que seja possível efetivar a implementação da cobrança pelo uso de re-
cursos hídricos no estado de Pernambuco é necessário pensar nos processos adminis-
trativos que ocorrem a partir do momento em que o Conselho Estadual de Recursos
Hídricos aprovar o mecanismo de cobrança. Os processos de operacionalização da co-
brança são determinantes para que os usuários de recursos hídricos recebam os res-
pectivos boletos e, por isso, este item busca abordar de forma detalhada o seu funcio-
namento.
Os processos de operacionalização e implantação da cobrança são variáveis,
conforme os recursos que o órgão gestor dispõe. Como estudo de caso, serão apresen-
tadas as formas de operacionalização da cobrança por parte da Agência Nacional de
Águas – ANA, que é responsável pela gestão das águas de domínio da União, e do
Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM, responsável pela gestão das águas no
Estado de Minas Gerais. Ambas entidades realizam a cobrança pelo uso de recursos
hídricos em vários corpos de água de seus domínios.
A escolha da ANA como modelo é devida à sua consolidada estrutura operaci-
onal. Por ser o órgão máximo da gestão de recursos hídricos, possui recursos técnicos
e financeiros que permitiram a criação de softwares que hoje operacionalizam a co-
brança não só a nível federal, como também em vários Estados. Já o IGAM foi escolhi-
do como estudo de caso por possuir alguma similaridade com as atribuições da APAC
e, portanto, os métodos e procedimentos adotados pelo primeiro servirão de referência
a segunda.
Manifestação do CBH
ETAPA PRELIMINAR
Definição do fórum
técnico para condução da
discussão
Planejamento e
4 meses
nivelamento de conceitos
Discussão e deliberação
ETAPA 2 - DELIBERAÇÃO 1 mês
pela plenária do CBH
DOS COMITÊS DE BACIA
Integração das bases de
HIDROGRÁFICA E DO 4 meses
Discussão e deliberação dados
CONSELHO DE RECURSOS
HÍDRICOS pela plenária do Conselho 1 mês
de Recursos Hídricos
Regularização (outorga)
1 mês
de usos de água
Consolidação de
ETAPA 3 -
informações, atribuição
OPERACIONALIZAÇÃO E
de classes, e 1 mês
INÍCIO DA COBRANÇA
dominialidades da água,
e cálculo de valores
8
Através dos dados de outorgas emitidas pelo IGAM até 2006 e utilizando-se da metodologia
de cobrança e valores praticados então pelo Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio
Paraíba do Sul - CEIVAP, essa simulação constatou que apenas as bacias hidrográficas do rio
Paraopeba (SF3), com potencial de arrecadação anual de R$15,6 milhões, do rio das Velhas
(SF5), de R$15 milhões, e do rio Araguari (PN2), de R$ 10,2 milhões, teriam sustentabilidade
para financiar uma agência de bacia, cujos custos anuais estariam em torno de R$ 900 mil (1º
Relatório de Gestão e Situação dos Recursos Hídricos de Minas Gerais - IGAM, 2012).
Os relatórios da 1ª e da 2ª Oficina para Implementação das Agências de Bacia Hidrográfica e
Entidades Equiparadas no Estado de Minas Gerais estão disponíveis no seguinte endereço ele-
trônico: <http://www.igam.mg.gov.br/component/content/article/16/1636-relatorio-anual-de-
gestao-e-situacao-dos-recursos-hidricos-de-minas-gerais>
Assim como no procedimento realizado pela ANA, são utilizados os dados dis-
poníveis no CNARH para a geração do arquivo contendo as informações individuais da
cobrança. Feito o cadastro e a validação dos usuários, os técnicos da GECOB iniciam o
procedimento para o cálculo da cobrança e a emissão dos boletos. O DIGICOB, sistema
integrado ao CNARH, calcula os valores de captação, consumo, lançamento e carga
orgânica e aplica para cada usuário as fórmulas, PPU’s e coeficientes das metodologias
de cobrança de acordo com a bacia hidrográfica. O procedimento é detalhado a seguir:
1. O IGAM faz um documento detalhando as fórmulas, logo após o CBH aprovar
os mecanismos, e o repassa para a ANA. Os analistas de sistema da ANA im-
plementam as fórmulas no DIGICOB e os técnicos do IGAM fazem várias si-
mulações de valor utilizando o Excel, comparando ambos os valores obtidos.
Caso haja divergências, o IGAM solicita as devidas correções do sistema. A
ANA corrige os erros e o IGAM testa novamente (esse ciclo se repete até que
as fórmulas estejam validadas, ou seja, corretas).
2. Os valores anuais são calculados a partir da função “Gerar Ficha de cobrança”,
que utiliza a última declaração validada no CNARH. As fichas contêm o de-
monstrativo de valor de cada captação e lançamento. O valor de consumo é
dado para o empreendimento.
Compete ao IGAM:
I. enviar aos usuários o DAE relativo à CRH/MG, com base nos dados fornecidos
pelo IGAM;
9
Disponível em < http://www.igam.mg.gov.br/gestao-das-aguas/cobranca-pelo-uso-de-
recursos-hidricos>.
8.2.5. Parcelamento
8.2.6. Inadimplência
A cobrança pelo uso dos recursos hídricos é uma receita patrimonial, ou seja,
daquelas provenientes da fruição de patrimônio pertencente ao ente público, tais como
as decorrentes de compensações financeiras, royalties, concessões e permissões, entre
outras. A Lei nº 10.881, de junho de 2004, que dispõe sobre os contratos de gestão
10
Em decorrência da descentralização preconizada dentre os fundamentos da Política Estadual
de Recursos Hídricos, dispôs Lei Estadual nº 13.199/1999, em seu artigo 47, § 2º, que a Agên-
cia de Bacia ou entidade a ela equiparada celebrará contrato de gestão com o Estado, que defi-
nirá as metas e indicadores que deverão ser alcançados pela entidade para o exercício da ges-
tão descentralizada dos recursos hídricos. Do mesmo modo, o Decreto nº 41.578, de 08 de
março de 2001, que regulamentou a Lei nº 13.199/99, estabeleceu, em seu artigo 21, que o
Instituto Mineiro de Gestão das Águas – IGAM poderá firmar contrato de gestão com as Agên-
cias de Bacia ou entidades a elas equiparadas, após aprovação do respectivo Comitê de Bacia
Hidrográfica, visando à descentralização, à fiscalização e ao controle das ações relacionadas
com a gestão de recursos hídricos. Os contratos de gestão, disciplinados pela DN CERH nº 23/
2008, trazem, além do plano de trabalho, metas e indicadores que deverão subsidiar a avalia-
ção do desempenho das entidades (Texto explicativo sobre a cobrança disponibilizado pela
GECOB/IGAM. Material interno, não publicado anteriormente. Autorizada sua reprodução, inse-
rido em anexo)
1. O que cobrar,
2. Para que cobrar,
3. De quem cobrar (ou mais especificamente de quem não cobrar, quais sejam, os
usuários insignificantes),
4. Ao determinar ser atribuição do Comitê de Bacia Hidrográfica a deliberação so-
bre quanto cobrar e sobre onde aplicar os recursos gerados, mediante a apro-
vação de seu Plano Diretor de Bacia Hidrográfica,
5. E ao estabelecer limitações para que a maior parte fosse destinada à bacia on-
de foram gerados,
... assegurou aos usuários de água, que por ela pagarão, o caráter condominial dessa
cobrança, qual seja, o de tornar a bacia um condomínio de usuários, voltados a prote-
ge-la e manter os seus serviços ambientais em prol do seu desenvolvimento sustentá-
vel.
Para implementação da cobrança pelos usos da água no estado de Pernambu-
co vários procedimentos ainda têm que ser cumpridos. Entre eles se destacam, como
recomendação:
Cabe, porém, comentar não ser correto, como muitas vezes é comentado, que
somente poderá ser cobrado o usuário que tenha sido outorgado. A norma legal que
dispõe sobre o instrumento de cobrança, a lei 12.984/05, declara que “Art. 22. O uso
de recursos hídricos sujeito à outorga será objeto de cobrança ”. Isso não significa que
para ser cobrado haja necessidade de ser outorgado. A lei simplesmente dispõe que os
usos sujeitos à outorga - sendo ou não outorgados, portanto - serão cobrados.
Finalmente, mas não menos importante, deve ser realizado o envolvimento da
sociedade na discussão dos mecanismos de cobrança pelos usos da água, por meio
das Consultas Públicas em todas as baciaa. A sociedade como um todo, e os usuários
de água especialmente, devem permanentemente ser expostos a programas de comu-
nicação em duas vias, por intermédio dos quais:
AGÊNCIA PEIXE VIVO (Minas Gerais). Usuários e Valores arrecadados com a Co-
brança pelo Uso de Recursos Hídricos. BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO, 2016:
Listas de Usuários cadastrados e valores pagos. Disponível em:
<http://agenciapeixevivo.org.br/valores-arrecadados-com-a-cobranca-pelo-uso-de-
recursos-hidricos/>. Acesso em: 17 out. 2017.
MINAS GERAIS. COMITÊ DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS VELHAS (CBH VE-
LHAS). DELIBERACAO NORMATIVA CBH-VELHAS Nº 03/2009: Estabelece crité-
rios e normas e define mecanismos básicos da Cobrança pelo Uso de Recursos Hídricos
na Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas. 2009. Disponível em:
<http://www.igam.mg.gov.br/images/stories/cobranca/novomenu/cobranca/metodolo
gia/deliberacao-normativa-cbh-velhas-032009-metodologia-velhas.pdf>. Acesso em:
18 out. 2017.
Roteiro da apresentação
• Objetivos e atividades • Cobrança pelo uso da água no
• Cobrança na Política Estadual de Brasil
Recursos Hídricos de Pernambuco • Proposta para Pernambuco
• Conceitos básicos • Simulação: impactos e
• Características de Pernambuco arrecadações
relevantes para a cobrança pelo uso • Conclusões OBJETIVOS
da água
3 4
1
24/11/2017
A cobrança pelo uso da água em Pernambuco A cobrança pelo uso da água em Pernambuco
• LEI Nº 12.984, DE 30 DE DEZEMBRO DE III. a outorga do direito de uso de • Art. 22. O uso de recursos hídricos IV. obter recursos financeiros para
2005: Dispõe sobre a Política Estadual recursos hídricos; sujeito à outorga será objeto de implementação de programas
de Recursos Hídricos e o Sistema e intervenções contemplados
IV. a cobrança pelo uso de recursos cobrança, que visa a: em Plano Diretor de Recursos
Integrado de Gerenciamento de I. conferir racionalidade econômica ao uso
Recursos Hídricos, e dá outras hídricos; Hídricos;
dos recursos hídricos;
providências. V. o sistema de informações de V. proporcionar incentivos à
recursos hídricos; II. disciplinar a localização dos usuários, recuperação e a preservação
• Art. 5º São instrumentos da Política buscando a conservação dos recursos
Estadual de Recursos Hídricos: VI. a fiscalização do uso de recursos de áreas legalmente
hídricos de acordo com sua classe protegidas; e
I. os planos diretores de recursos hídricos; hídricos; e preponderante de uso;
II. o enquadramento dos corpos de água VI. dispor meios para as ações dos
VII. o monitoramento dos recursos III. incentivar a melhoria do gerenciamento componentes do SIGRH/PE.
em classes, segundo os usos
preponderantes da água; hídricos. das bacias hidrográficas onde forem
arrecadados;
12
2
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• Preço 1: serviço de • Preço 3: captação e • Recuperam integral ou parcialmente os • Objetivos econômicos e financeiros:
custos de provisão de serviços públicos 1. Racionalidade econômica: promoção
abastecimento público; consumo de água bruta; e 1. de abastecimento água da eficiência de uso da água e,
(comunidades, indústrias, 2. Viabilidade financeira: geração de
• Preço 2: serviço de • Preço 4: lançamento águas agricultores, e demais usos de água); recursos para investimentos ou para
esgotamento sanitário. servidas (esgotos) no 2. ou de serviços de coleta, tratamento
e disposição final de águas servidas;
o melhor gerenciamento das águas.
meio.
13 14
Preço 1
Preço 1
Preço 1
Conclusão parcial
• Os preços 1 e 2 correspondem a serviços prestados:
– 1: abastecimento de água;
– 2: esgotamento sanitário;
– ... e são cobrados por tarifas, e dimensionados de acordo com regras próprias:
empresa de saneamento, sistemas públicos de irrigação, projeto de transposição;
• Os preços 3 e 4 correspondem ao uso da água bruta
– 3: captação de água bruta;
CARACTERÍSTICAS DE PERNAMBUCO RELEVANTES
– 4: despejo de efluentes no meio hídrico natural;
– ... e são cobrados mediante preços públicos sugeridos pelos Comitês e aprovados PARA A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA
pelo Conselho de Recursos Hídricos.
18
3
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19 20
Bacias com
cobrança pelo
uso de água no
Brasil
Onde, como e que preços são adotados?
Como se cobra do meio rural?
(ANA, 2017)
Quais os setores que mais pagam?
COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA NO BRASIL Em Pernambuco já se paga
pelo uso das águas do rio
São Francisco.
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4
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27 28
29
N. identificado 1 30
5
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– $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗
Coeficiente de Categoria de Uso de Água: K
K
Categoria de uso Kuso Categoria de uso Kuso
Abastecimento Público 1 Irrigação 1
Coeficiente climático: Kclima
Abastecimento Res. Particular 1 Lavanderia 1
Clima
Carcinicultura 1 Outros 1
Tropical Quente e Úmido 1
Diluição de Esgotos Sanitários 0 Pecuária 1
Diferenciação de Tropical Quente Sub-úmido Seco 0,75
Empresa Comercialização de Água 1 Pesquisa 1
acordo com a categoria Escola 1 Piscicultura 1
Tropical de Altitude (brejo) 0,5
Tropical Quente e Seco (Semiárido) 0,1
de uso Escritório 1 Posto de Combustível 1
Estabelecimento Comercial 1 Restaurante 1
Geração de Energia Elétrica 0 Sem definição 1 Diferenciação de
Hospital 1 Terraplenagem 1 acordo com o clima
Hotel 1 Sem identificação 1
Indústria 1 31 32
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Público: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Industrial: = ∗
Coeficiente de perda de
Coeficiente de uso per capita – Kupc distribuição – Kp
Diferenciação Usos per capita – upc Valores de Kupc Perdas de Coeficientes de Reuso - Kreuso e de Uso de Águas Servidas – Kuas
Se uso per capita (upc) < R Kupc = 1 Faixas de Reuso e de Uso de Águas Servidas (%)
de acordo com distribuição (%) Kp
Kreuso Kuas
Se R <upc< 2.R Kupc = 1+upc/(R x 100) min max Diferenciação de acordo min max
a eficiência no Se 2.R <upc<3.R Kupc = 1+upc/(2.R x 10) 0% 15% 1,00 com a eficiência no uso da 0% 15% 1,00 1,00
uso da água, no Se 3.R < upc Kupc = upc/((R x 10) 15% 20% 0,95 0,95
15% 20% 1,05 água na Indústria
Abastecimento R = 150 L/hab/dia 20% 25% 1,10 20% 25% 0,90 0,90
Público Coeficiente de perda de faturamento – Kf 25% 30% 1,20 25% 30% 0,85 0,85
Perda faturamento Pf < perda distribuição Pd 1 30% 40% 1,30 30% 40% 0,80 0,80
Perda faturamento Pf > perda distribuição Pd 1+( − )/50 40% 100% 1,40
33 34
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficientes de Método de Irrigação – Kmet
Sistema de Irrigação Kmet Sistema de Irrigação Kmet Coeficientes de Manejo do Solo – Kmsolo Coeficientes de Manejo de Irrigação – Kmsirrig
Gotejamento Aspersão autopropelido Diferenciação de Manejo do solo Kmsolo Manejo da irrigação Kmirrig
Diferenciação de 0,10 0,15
Gotejamento subterrâneo-tubo poroso Aspersão convencional acordo com a Subsistência 0,5 C/ monitoramento variáveis
acordo com a 0,7
Tubos perfurados 0,15 Sulcos abertos 0,30 eficiência no uso Permanente 0,7 meteorológicas e umidade solo
eficiência no uso Microaspersão Sulcos interligados em bacia
0,10 0,20 da água na Anual, com plantio direto 0,8 Sem monitoramento ou não
1,0
da água Aspersão pivô central com LEPA Sulcos fechados Anual, convencional; adoção Sim 1,0 declarou
Aspersão pivô central 0,15 Subirrigação
Irrigação
de práticas conservacionistas? Não 1,2
Aspersão deslocamento linear 0,10 Inundação 0,30
Aspersão sistema de malha 0,15 Não informado Coeficiente de Eficiência para as demais atividades produtivas no meio rural: Kef=0,10
Pecuária, piscicultura, carcinicultura, etc...
35 36
6
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$ ç = ∗ ç ∗ ç = ∗ ∗ ∗ ç
Cobrança Carga de DBO gerada e afluente como fração dos volumes de captação
pelo Categoria outorgada
Kger
K
(kg/m³) afl
Categoria outorgada
Kger
(kg/m³)
Kafl
Simulações
Abastecimento humano urbano
Abastecimento Res. Particular Pesquisa tria
de Poluentes Estabelecimento Comercial Pecuária 1,9478 5%
Escritório Piscicultura Aqui-
Escola
0,1725 48%
Carcinicultura
Geração Energia Elétrica
0,05 100%
cultura EXEMPLOS POR CATEGORIA DE USO
Restaurante
Alternativa: Empresa Com. Água
Hotel - -
declaração de Terraplenagem Arbi-
Hospital trado
lançamento e Posto de Combustível
Lavanderia
monitoramento Sem definição 0,1725 48%
Outros
37 38
39
Cobrança anual do Abastecimento pelo uso de 1.000 m3/ano de água Cobrança anual da Indústria pelo uso de 1.000 m3/ano de água
(coeficiente de eficiência = 1) (coeficiente de eficiência = 1)
Lançamento Cobrança (R$/ano) Lançamento Cobrança (R$/ano)
Aquífero Clima Aquífero Clima
(kgDBO/ano) Cap Lanç Total (kgDBO/ano) Cap Lanç Total
Captação de Captação de
águas S/Class T. Q. Úmido R$ 34,00 R$ 47,25 águas S/Class T. Q. Úmido R$ 34,00 R$ 74,00
subterrâneas Cabo T. Q. Úmido 82,80 R$ 68,00 R$ 13,25 R$ 81,25 subterrâneas Cabo T. Q. Úmido 250 R$ 68,00 R$ 40,00 R$ 108,00
S/Class T. Q. Seco R$ 3,40 R$ 16,65 S/Class T. Q. Seco R$ 3,40 R$ 43,40
7
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Cobrança anual da Pecuária pelo uso de 1.000 m3/ano de água Cobrança na irrigação por hectare/ano; captação superficial
Captação Cobrança
Cultura Método Irrigação Clima
(Hm3/ciclo/ano) (R$/ano)
Lançamento Cobrança (R$/ano)
Aquífero Clima T. Quente Úmido 0,0125 R$ 37,60
(kgDBO/ano) Cap Lanç Total
Captação de Banana T. Quente Subúmido Seco 0,0153 R$ 45,98
águas S/Class T. Q. Úmido R$ 3,40 R$ 18,98
Microaspersão T. Quente Seco (semiárido) 0,0122 R$ 36,73
subterrâneas Cabo T. Q. Úmido 97,39 R$ 6,80 R$ 15,58 R$ 22,38
T. Quente Úmido 0,0071 R$ 21,17
S/Class T. Q. Seco R$ 0,34 R$ 15,92 Coco
T. Quente Seco (semiárido) 0,0041 R$ 12,39
Captação subterrânea de 1.000 m3 em clima úmido Captação superficial de 1.000 m3 em Recife na classe 2
Classe do Lançamento Cobrança (R$/ano) Lançamento DBO Cobrança (R$/ano)
Usuário aquífero DBO (kg/ano) Usuário (kg/ano)
Captação Lançamento Total Captação Lançamento Total
A R$ 68,00 R$ 81,25 Abastecimento Público 82,8 R$ 30,00 R$ 13,25 R$ 43,25
Abastecimento Público 82,8 R$ 13,25
S/C ou fissural R$ 34,00 R$ 47,25 Indústria 250 R$ 30,00 R$ 40,00 R$ 70,00
A R$ 68,00 R$ 108,00 Irrigação aspersão conv - R$ 4,50 - R$ 4,50
Indústria 250 R$ 40,00
R$ 34,00 R$ 74,00 Irrigação microaspersão - R$ 3,00 - R$ 3,00
Irrigação aspersão conv - R$ 5,10 - R$ 5,10 Irrigação sem informação - R$ 30,00 - R$ 30,00
Irrigação microaspersão S/C ou fissural - R$ 3,00 - R$ 3,40 Pecuária, piscicultura, carcinicultura 97,40 R$ 3,00 R$ 15,58 R$ 18,58
Irrigação sem informação - R$ 34,00 - R$ 34,00
Pecuária, piscicultura, carcinicultura 97,40 R$ 3,40 R$ 15,58 R$ 18,98
8
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51
54
9
Águas
Resumo das cobranças - Cena Atual 2015 Nome
Abastecimento Público
Superficiais
R$ 9.223.443
Subterrâneas
R$ 658.301
Total
R$ 9.881.744
Abastecimento Res. Particular R$ 202 R$ 495.765 R$ 495.967
Cobrança total com Irrigação por Micro-aspersão Estabelecimento Comercial R$ 202 R$ 117.208 R$ 117.410
Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Lavanderia R$ 28 R$ 6.422 R$ 6.451
R$ 12.923.990 R$ 2.809.876 R$ 15.733.867 Escritório R$ 0 R$ 3.882 R$ 3.882
USOS Captações Consumos Lançamentos Escola R$ 0 R$ 31.074 R$ 31.074
INDUSTRIAIS
20,5%
USOS
ANIMAIS
8,2%
R$ 10.235.824 R$ 0 R$ 5.498.042 Cobrança anual Restaurante
Hotel
R$ 0
R$ 89
R$ 1.925
R$ 49.460
R$ 1.925
R$ 49.549
Cobrança total com Irrigação por Aspersão Convencional Hospital R$ 0 R$ 30.828 R$ 30.828
USOS Outra
OUTROS
1,6%
Águas Superficiais
R$ 13.035.795
Águas Subterrâneas
R$ 2.811.487
Total
R$ 15.847.282
por categoria Posto de Combustível
Irrigação (aspersão convencional)
R$ 0
R$ 335.413
R$ 3.233
R$ 4.832
R$ 3.233
R$ 340.245
URBANOS 3,7%
67,6% Captações
R$ 10.349.240
Consumos
R$ 0
Lançamentos
R$ 5.498.042
de usuários Pecuária
Piscicultura
Carcinicultura
R$ 758
R$ 8
R$ 1.304.276
R$ 5.181
R$ 30
R$ 58
R$ 5.939
R$ 38
R$ 1.304.334
Cobrança total com Irrigação sem identificação do método Indústria R$ 1.982.119 R$ 1.269.158 R$ 3.251.278
IRRIGAÇÃO
2,1% Águas Superficiais Águas Subterrâneas Total Empresa Comercialização Água R$ 164 R$ 72.178 R$ 72.342
Terraplenagem R$ 20.620 R$ 0 R$ 20.620
R$ 14.936.470 R$ 2.838.868 R$ 17.775.337
Outros R$ 168.471 R$ 61.952 R$ 230.423
Captações Consumos Lançamentos TOTAL R$ 13.035.795 R$ 2.811.487 R$ 15.847.282
R$ 12.277.295 R$ 0 R$ 5.498.042
55
Conclusões Conclusões
Os impactos são reduzidos naquelas categorias de uso em que foi possível
obter referências. Irrigação Criação animal
• Impactos • O impacto estimado foi baixo, considerando que o uso de
Abastecimento Público Indústria e Abastecimento Privado 1.000 m3/ano corresponderia a um rebanho bovino de
reduzidos em aproximadamente 55 cabeças (50 l/dia/cabeça de boi): entre
• Os impactos são baixos, inferiores • Impactos um pouco superiores aos do todas as culturas e R$ 0,33 e R$ 0,41 por cabeça e ano;
a 2% das Despesas Totais do Abastecimento Público, devido a estimativa • Este impacto poderia ser substancialmente reduzido se for
climas (em geral
Serviço (STS) e da Tarifa Média de de lançamentos de cargas orgânicas; reduzida a carga de lançamentos orgânicos;
Água e Esgotos; inferior a 1%).
• Se estes efluentes forem tratados, ou • Se a carga orgânica ficar desconsiderada, a cobrança será
• Os impactos máximos podem irrisória;
houver comprovação de que são menores • A carcinicultura deverá ser mais bem avaliada quanto aos
apresentar valores altos, mas
que a estimativa, os impactos se reduzem impactos, pois o grande uso de água e a carga de DBO
devido aos custos de produção estimada, geram valores de cobrança consideráveis.
baixos, ou a erros de informação.
ainda mais.
57 58
59
10
APRESENTAÇÃO METODOLOGIA CONSOLIDADA
Estudo de mecanismos de cobrança pelo uso da água no estado de Pernambuco
Roteiro da apresentação
• Objetivos e atividades • Proposta para Pernambuco
• Características de Pernambuco • Simulação: alternativas e potenciais Objetivos
relevantes para a cobrança pelo uso de arrecadação
da água • Impactos da cobrança
• Conclusões
3 4
Objetivos do Estudo
• Elaborar uma metodologia • Aportando recursos financeiros para
implementável; implementação de programas e projetos
• Observando a Política Estadual de visando a recuperação e preservação das
Recursos Hídricos de Pernambuco, Lei bacias hidrográficas;
Estadual no. 12.984/2005;
• Aprimorando o sistema de gerenciamento
• Reconhecendo o valor econômico da das águas de forma a garantir seu uso
água;
racional sustentável.
CARACTERÍSTICAS DE PERNAMBUCO RELEVANTES
Objetivos desta apresentação: Dar publicidade e colher subsídios ao PARA A COBRANÇA PELO USO DA ÁGUA
processo de construção dos Mecanismos de Cobrança pelo Uso dos
Recursos Hídricos.
5 6
7 8
Desenvolvida uma planilha de cálculo em Excel ©Microsoft denominada SACUAPE que permite
simular a proposta para Pernambuco, e facultando ao usuário alterar preços e coeficientes
de forma a mais bem adequar a cobrança aos objetivos pretendidos.
9 10
Justificativas:
1. Dificuldade de se estimar ou medir $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
o consumo, especialmente na
irrigação e abastecimento urbano; ASPECTOS LOCACIONAIS, METEOROLÓGICOS E
2. Consumo não é outorgado e se
cobra o que deve ser outorgado; • Cobrança pelo lançamento de efluentes: REFERENTES ÀS CATEGORIAS DE USO DA ÁGUA NA
3. Como consumo é a diferença entre Cobrança Vazão Preço
a captação e o lançamento, ele lançamento diluição público
lançamento
COBRANÇA PELA CAPTAÇÃO
indiretamente é cobrado ao serem
cobradas as duas parcelas $lanç = Qdil ∗ PPUlanç
11
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
– $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Categoria de Uso de Água: K
Coeficiente de Unidade de Planejamento Hídrico: KUP Categoria de uso Kuso Categoria de uso Kuso
Nome UP KUP Nome UP KUP Nome UP KUP Abastecimento Público 1 Irrigação 1
Goiana UP1 1 Brígida UP11 1 GI1 UP20 1 Abastecimento Res. Particular 1 Lavanderia 1
Capibaribe UP2 1 Garças UP12 1 GI2 UP21 1 Carcinicultura 1 Outros 1
Diferenciação de Ipojuca UP3 1 Pontal UP13 1 GI3 UP22 1 Empresa Comercialização de Água 1 Pecuária 1
acordo com a Unidade Sirinhaém UP4 1 GL1 UP14 1 GI4 UP23 1 Diferenciação de Escola 1 Pesquisa 1
Una UP5 1 GL2 UP15 1 GI5 UP24 1 Escritório 1 Piscicultura 1
de Planejamento – a Mundaú UP6 1 GL3 UP16 1 GI6 UP25 1
acordo com a categoria
Estabelecimento Comercial 1 Posto de Combustível 1
ser discutido no âmbito Ipanema UP7 1 GL4 UP17 1 GI7 UP26 1 de uso Geração de Energia Elétrica * Restaurante 1
dos CBHs. Moxotó UP8 1 GL5 UP18 1 GI8 UP27 1 Hospital 1 Sem definição 1
Pajeú UP9 1 GL6 UP19 1 GI9 UP28 1 Hotel 1 Terraplenagem 1
Terra Nova UP10 1 F. de Noronha UP29 1 Indústria 1 Sem identificação 1
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
out ∗ PPU
$cap = Qcap cap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Público: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Abastecimento Industrial: = ∗
Coeficiente de perda (física) de
Coeficiente de uso per capita – Kupc distribuição – Kp
Perdas de
Diferenciação Usos per capita – upc Valores de Kupc
distribuição (%)
Coeficientes de Reuso - Kreuso e de Uso de Águas Servidas – Kuas
Se uso per capita (upc) < R Kupc = 1 Kp Faixas de Reuso e de Uso de Águas Servidas (%)
de acordo com min max Kreuso Kuas
Se R <upc< 2.R Kupc = 1+upc/(R x 100) Diferenciação de acordo min max
a eficiência no Se 2.R <upc<3.R Kupc = 1+upc/(2.R x 10)
0% 15% 1,00
0% 15% 1,00 1,00
15% 20% 1,05 com a eficiência no uso da
uso da água, no Se 3.R < upc Kupc = upc/((R x 10) 15% 20% 0,95 0,95
R = 150 L/hab/dia
20% 25% 1,10 água na Indústria 20% 25% 0,90 0,90
Abastecimento 25% 30% 1,20
25% 30% 0,85 0,85
Público Coeficiente de perda de faturamento – Kf
30% 40% 1,30
30% 40% 0,80 0,80
40% 100% 1,40
Perda faturamento Pf < perda distribuição Pd 1
Perda faturamento Pf > perda distribuição Pd 1+( − )/50
21 22
IRRIGAÇÃO IRRIGAÇÃO
$cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K $cap = Qout
cap ∗ PPUcap ∗ Kcap,sup/sub ∗ K ∗K ∗K ∗K
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficiente de Eficiência para Irrigação: = ∗ ∗
Coeficientes de Método de Irrigação – Kmet
Sistema de Irrigação Kmet Sistema de Irrigação Kmet Coeficientes de Manejo do Solo – Kmsolo Coeficientes de Manejo de Irrigação – Kmsirrig
Diferenciação de Gotejamento
0,20
Aspersão autopropelido
0,30
Diferenciação de Manejo do solo Kmsolo Manejo da irrigação Kmirrig
Gotejamento subterrâneo-tubo poroso Aspersão convencional C/ monitoramento variáveis
acordo com a acordo com a Subsistência 0,5
meteorológicas e umidade solo 0,7
Tubos perfurados 0,20 Sulcos abertos 0,60 Permanente 0,7
eficiência hídrica Microaspersão Sulcos interligados em bacia
eficiência no uso Sem monitoramento ou não
1,0
0,20 0,40 Anual, com plantio direto 0,8 declarou
do método de Aspersão pivô central com LEPA Sulcos fechados da água na Anual, convencional; adoção Sim 1,0
Irrigação Aspersão pivô central Subirrigação Irrigação de práticas conservacionistas? Não 1,2
Aspersão deslocamento linear 0,30 Inundação 1,00
Aspersão sistema de malha Não informado
Irrigação de salvação: Kef = 0,60
23 24
Cobrança: $ ç = max , ∗ ç ∗ ,
Notação Descrição
Volume para diluição da carga de fósforo para alcance da concentração máxima da classe de
enquadramento;
POTENCIAL DE
Carga de fósforo lançada, estimada como a carga da ração não absorvida pelo peixe;
Concentração limite do corpo hídrico em ambiente lênticos, de acordo com o enquadramento ARRECADAÇÃO
Coeficiente de Eficiência do meio rural: Kef = 0,10
28
R$9
Milhões R$/ano
R$8
R$7
Categorias de uso de água
R$6
R$5
R$4 Usos Urbanos
ARRECADAÇÃO
Fernando de…
Terra Nova
GI1
GI2
GI3
GI4
GI5
GI6
GI7
GI8
GI9
GL1
GL2
GL3
GL4
GL5
GL6
Sirinhaem
Moxoto
Mundau
Pajeu
Capibaribe
Pontal
Sem definição
Ipojuca
Ipanema
Garcas
Goiana
BrIgida
ARRECADAÇÃO
UP24
UP25
GI5
GI6
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 0
Estimativa uso de água dos açudes de Pernambuco
PONTENCIAL UP26 GI7 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 0 R$ 0 Região % uso anual água/capacidade
UP27 GI8 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 0 R$ 0 Sertão 20%
1 R$ 26.757.213 UP28 GI9 0,00 0,41 0,41 R$ 149 R$ 2.243 R$ 2.094 6,64%
UP29 F. Noronha 0,00 0,09 0,09 R$ 33 R$ 311 R$ 278 10,68% Agreste 30%
Sem definição 0,00 0,00 0,00 R$ 0 R$ 20.540 R$ 20.540 0,00% Zona da Mata 55%
TOTAL 6.730,71 732,07 7.462,78 R$ 2.716.003 R$ 26.757.213 R$ 24.041.210 10,15%
Litoral 55%
UP// Nome
Açudes Águas Sup Águas Subt Total com cobrança Custo O&M Arrecadação
UP1 Goiana R$ 130.455 R$ 57.852 R$ 4.771 R$ 193.078 R$ 2.460.141 R$ 2.267.063 7,85%
UP2 Capibaribe R$ 2.850.460 R$ 585.583 R$ 39.464 R$ 3.475.508 R$ 9.036.798 R$ 5.561.290 38,46%
UP3 Ipojuca R$ 68.134 R$ 146.879 R$ 2.241 R$ 217.255 R$ 3.444.060 R$ 3.226.805 6,31%
UP4 Sirinhaem R$ 0 R$ 61.001 R$ 721 R$ 61.721 R$ 1.284.502 R$ 1.222.781 4,81% 1. Os corpos hídricos superficiais devem ser 5. Informações sobre irrigação: método,
UP5
UP6
Una
Mundau
R$ 361.722
R$ 0
R$ 157.268
R$ 25.962
R$ 1.594
R$ 2.638
R$ 520.583
R$ 28.600
R$ 2.718.737
R$ 395.593
R$ 2.198.154
R$ 366.993
19,15%
7,23%
enquadrados; manejo do solo e da irrigação:
entre UPs
UP7 Ipanema R$ 88.331 R$ 5.310 R$ 1.295 R$ 94.936 R$ 80.461 -R$ 14.475 117,99% 2. Os poços devem identificar as zonas em
UP8
UP9
Moxoto
Pajeu
R$ 0
R$ 0
R$ 0
R$ 5.045
R$ 86.364
R$ 44.578
R$ 86.364
R$ 49.623
R$ 419.606
R$ 236.404
R$ 333.241
R$ 186.781
20,58%
20,99% que se encontram; 6. Informações sobre irrigação de salvação:
UP10 Terra Nova R$ 149.897 R$ 123 R$ 72.754 R$ 222.774 R$ 58.989 -R$ 163.785 377,65%
UP11 Brígida R$ 0 R$ 25.543 R$ 9.941 R$ 35.485 R$ 216.037 R$ 180.552 16,43% 3. Informações sobre eficiência do 7. Informação sobre a pecuária: intensiva
UP12
UP13
Garças
Pontal
R$ 0
R$ 32.087
R$ 0
R$ 65
R$ 71
R$ 311
R$ 71
R$ 32.463
R$ 399
R$ 1.611
R$ 328
-R$ 30.852
17,82%
2.015,47% abastecimento público: uso per capita, ou extensiva;
UP14 GL1 R$ 30.185 R$ 100.499 R$ 71.277 R$ 201.961 R$ 4.360.752 R$ 4.158.790 4,63%
UP15 GL2 R$ 355.737 R$ 30.889 R$ 18.185 R$ 404.811 R$ 1.606.083 R$ 1.201.272 25,20%
perdas físicas e de faturamento: 8. Intensificar o cadastro e a outorga de
UP16
UP17
GL3
GL4
0
0
R$ 0
R$ 4.386
R$ 1.079
R$ 81
R$ 1.079
R$ 4.468
R$ 23.245
R$ 156.749
R$ 22.166
R$ 152.281
4,64%
2,85% 4. Informações sobre reuso e uso de águas usos de água;
UP18 GL5 0 R$ 3.082 R$ 0 R$ 3.082 R$ 111.041 R$ 107.959 2,78%
UP19 GL6 0 R$ 84 R$ 0 R$ 84 R$ 221 R$ 136 38,23% servidas no meio industrial; 9. Outorgar lançamento de efluentes;
UP20 GI1 0 R$ 505 R$ 1.030 R$ 1.535 R$ 25.895 R$ 24.360 5,93%
UP21 GI2 0 R$ 0 R$ 391 R$ 391 R$ 15.868 R$ 15.478 2,46% 10. Calcular custos O&M reais.
UP22 GI3 0 R$ 4 R$ 10.597 R$ 10.602 R$ 80.931 R$ 70.329 13,10%
UP28 GI9 0 R$ 0 R$ 379 R$ 379 R$ 2.243 R$ 1.864 16,89%
UP29 F. Noronha 0 R$ 0 R$ 14 R$ 14 R$ 311 R$ 297 4,57%
Sem definição 0 R$ 0 R$ 0 R$ 0 R$ 20.540 R$ 20.540 0,00%
TOTAL R$ 4.067.007 R$ 1.210.080 R$ 369.776 R$ 5.646.864 R$ 26.757.213 R$ 21.110.349 21,10%
ABASTECIMENTO PÚBLICO
Indústria
Irrigação
Geração de Energia
INDÚSTRIA INDÚSTRIA
Custo
$/m3 Retirada de
Incremental/un
Atividade Econômica Principal Requerente outorgado água Unidade
idade
R$/m3 m3/unida R$/unidade
Impacto em alguns segmentos industriais mais 10.13-9-01 - Fabricação de produtos de carne SAO MATEUS FRIGORIFICO INDUSTRIAL LTDA 0,22 12,00 t produzida 2,65
Impacto nas indústrias
m3
com maiores outorgas
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto USINA CENTRAL OLHO D´ÁGUA S/A 0,13
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto USINA CRUANGI S/A 0,10
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto VALE VERDE EMPREENDIMENTOS AGRICOLAS LTDA 0,10 17 t produzida 2,21
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto ZIHUATANEJO DO BRASIL ACUCAR E ALCOOL LTDA 0,10
10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto USINA UNIAO E INDÚSTRIA S/A 0,10
Incremento de Custos 10.71-6-00 - Fabricação de açúcar em bruto COMPANHIA AGRO INDUSTRIAL DE GOIANA CAIG 0,04
Setor produtivo Unidade % receita bruta 10.92-9-00 - Fabricação de biscoitos e bolachas GL INDÚSTRIA E DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS LTDA 0,13
R$/unidade 10.92-9-00-Fabricação de biscoitos e bolachas IND. DE ALIMENTOS BOM GOSTO LTDA 0,42 4,72 t produzida 1,97
10.94-5-00 - Fabricação de massas alimentícias NISSIN-AJINOMOTO ALIMENTOS -LTDA 0,04
Fabricação de Açúcar em Bruto 2,21 T de açúcar 0,18 11.13-5-02 - Fabricação de cervejas e chopes CERVEJARIA PETROPOLIS DE PERNAMBUCO 1,09
m3
11-13-5-02 - Fabricação de cervejas e chopes AMBEV - COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMERICAS 0,13 4,0 a 5,4 4,36 5,89
Fabricação de Álcool 0,20 T de cana processada 0,15 11-13-5-02 - Fabricação de cervejas e chopes INDUSTRIA DE BEBIDAS IGARASSU LTDA 0,13
produzido
17.21-4-00 - Fabricação de papel KLABIN S/A 0,29
Fabricação de cervejas e chopes 0,40 a 1,17 m3 bebida envasada Insignificante 17.21-4-00 - Fabricação de papel CELULOSE E PAPEL DE PERNAMBUCO S/A - CEPASA 0,10
10 a 46,3 t produzida 2,87 13,28
19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA SAO JOSE S/A 0,10
Produção de alumínio e suas ligas em formas 19.31-4-00 - Fabricação de álcool USIVALE INDUSTRIA E COMERCIO LTDA 0,10 t cana
0,73 T de alumínio 0,01 19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA PETRIBU S/A 0,10
2
processada
0,20
primárias 19.31-4-00 - Fabricação de álcool USINA BOM JESUS S/A 0,10
20.62-2-00 - Fabricação de produtos de limpeza e polimento INDUSTRIAS REUNIDAS RAYMUNDO DA FONTE S/A 0,13
Fabricação de vidro plano 0,2 a 3,4 T de vidro 0,02 a 0,38 20.62-2-00-Fabricação de produtos de limpeza e polimento UNILEVER BRASIL NORDESTE PRODUTOS DE LIMPEZA S.A. 0,13
1,2 a 1,7 t produzida 0,16 0,22
20.71-1-00 - Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas AKZO NOBEL LTDA 0,13 1 t produzida 0,13
Fabricação de automóveis, camionetas e utilitários 0,18 Veículo Insignificante 20.99-1-99 - Fabricação produtos químicos não especificados NORCOLA IND. LTDA 0,13 0,5 a 60 t produzida 0,06 7,79
21.10-6-00 - Fabricação de produtos farmoquímicos HEMOBRÁS – EMP. BRAS. HEMODERIVADOS E BIOTECNOLOGIA 0,13 312,5 t produzida 40,58
22.21-8-00 - Fabricação laminados planos+tubulares material plástico FORMILINE INDUSTRIA DE LAMINADOS LTDA 0,13
0,23 t produzida 0,04
22.22-6-00 - Fabricação de embalagens de material plástico FIABESA GUARARAPES S/A 0,18
23.11-7-00 - Fabricação de vidro plano e de segurança COMPANHIA BRASILEIRA DE VIDROS PLANOS - CBVP 0,02
0,3 a 10 t produzida 0,10 3,39
23.11-7-00-Fabricação de vidro plano e de segurança COMPANHIA INDUSTRIAL DE VIDROS - CIV 0,34
23.20-6-00 - Fabricação de cimento VOTORANTIM CIMENTOS N/NE SA 0,13 0,08 a 0,4 t produzida 0,01 0,05
23.49-4-01 - Fabricação de material sanitário de cerâmica DURATEX S.A 0,13 0,0471 peça 0,006
24.23-7-02 - Produção de laminados longos de aço, exceto tubos GERDAU AÇOS LONGOS S/A 0,03 33,6 t produzida 0,92
24.41-5-01 - Produção de alumínio e suas ligas em formas primárias ALCOA ALUMINIO S.A 0,13 1,24 a 3,5 t produzida 0,16 0,45
24.51-2-00 - Fundição de ferro e aço SIMISA - SIMIONI METALURGICA LTDA 0,13 5 t produzida 0,65
29.42-5-00 - Fabricação de peças e acessórios para os sistemas de
MUSASHI DO BRASIL LTDA 0,25 1,39 t produzida 0,35
marcha e transmissão de veículos automotores
PISCICULTURA
47
1) PPUs de referência,
2) PPUs multiplicados por 1,5 e
3) PPUs multiplicados por 2.
ABREU E LIMA COMPESA R$ 3.060.810 21,02 R$ 0,63 R$ 1,29 R$ 0,15 23,26% 11,33%
AFOGADOS DA INGAZEIRA COMPESA R$ 23.465 0,16 R$ 2,88 R$ 2,19 R$ 0,15 5,22% 6,87%
AFRANIO COMPESA R$ 4,13 R$ 3,97
AGRESTINA COMPESA R$ 72.901 0,57 R$ 7,78 R$ 4,45 R$ 0,13 1,65% 2,89%
AGUA PRETA SEPLAG/PROMATA R$ 1,02 R$ 1,08
AGUAS BELAS COMPESA R$ 32.881 0,23 R$ 4,59 R$ 3,28 R$ 0,14 3,11% 4,36%
ALAGOINHA COMPESA R$ 932,93 R$ 10,97
ALIANCA COMPESA R$ 91.185 0,63 R$ 0,96 R$ 1,55 R$ 0,15 15,14% 9,34%
ALTINHO COMPESA R$ 2,28 R$ 3,46
AMARAJI SERHE R$ 46.919 0,33 R$ 0,21 R$ 0,25 R$ 0,14 68,74% 58,00%
ANGELIM COMPESA R$ 2,06 R$ 3,80
ARACOIABA COMPESA R$ 3,36 R$ 2,86
ARARIPINA COMPESA R$ 17.277 0,13 R$ 5,43 R$ 4,16 R$ 0,14 2,50% 3,26%
ARCOVERDE COMPESA R$ 26.710 0,21 R$ 8,57 R$ 5,87 R$ 0,13 1,48% 2,17%
BARRA DE GUABIRABA COMPESA R$ 2,93 R$ 4,25
BARREIROS COMPESA R$ 544.529 3,83 R$ 1,22 R$ 1,21 R$ 0,14 11,62% 11,74%
BELEM DE MARIA COMPESA R$ 2,06 R$ 2,10
BELEM DE SAO FRANCISCO COMPESA R$ 1,60 R$ 3,72
BELO JARDIM COMPESA R$ 59.597 0,42 R$ 3,94 R$ 3,38 R$ 0,14 3,62% 4,23%
BETANIA COMPESA R$ 3,47 R$ 5,11
BEZERROS COMPESA R$ 99.718 0,70 R$ 2,19 R$ 2,07 R$ 0,14 6,52% 6,91%
BODOCO COMPESA R$ 5,10 R$ 4,40
BOM CONSELHO COMPESA R$ 3,43 R$ 4,29
BOM JARDIM COMPESA R$ 53.195 0,37 R$ 3,11 R$ 2,28 R$ 0,14 4,59% 6,27%
BONITO COMPESA R$ 2.664.034 19,64 R$ 1,75 R$ 3,03 R$ 0,14 7,74% 4,48%
BREJAO COMPESA R$ 3.435 0,03 R$ 6,55 R$ 5,34 R$ 0,12 1,85% 2,27%
BREJINHO COMPESA R$ 74,25 R$ 9,66
BREJO DA MADRE DE DEUS COMPESA R$ 316.544 2,22 R$ 10,37 R$ 9,76 R$ 0,14 1,38% 1,46%
BUENOS AIRES COMPESA R$ 97.575 0,68 R$ 0,63 R$ 0,89 R$ 0,14 22,66% 16,04%
BUIQUE COMPESA R$ 24.008 0,12 R$ 8,37 R$ 5,73 R$ 0,20 2,41% 3,52%
CABO DE SANTO AGOSTINHO COMPESA R$ 1.301.669 8,42 R$ 1,58 R$ 1,06 R$ 0,15 9,78% 14,60%
CABROBO COMPESA R$ 3,37 R$ 2,04
CACHOEIRINHA COMPESA R$ 1,86 R$ 7,11
CAETES COMPESA R$ 27,90 R$ 7,21
CALCADO COMPESA R$ 10,05 R$ 5,67
CALUMBI COMPESA R$ 2,89 R$ 2,07
CAMARAGIBE COMPESA R$ 0,60 R$ 0,95
CAMOCIM DE SAO FELIX COMPESA R$ 3,77 R$ 5,36
CAMUTANGA COMPESA R$ 2.774 0,02 R$ 3,59 R$ 5,13 R$ 0,15 4,23% 2,96%
CANHOTINHO COMPESA R$ 352.056 2,60 R$ 1,91 R$ 4,37 R$ 0,14 7,10% 3,10%
CAPOEIRAS COMPESA R$ 67,96 R$ 11,10
CARNAIBA COMPESA R$ 5,71 R$ 4,75
CARNAUBEIRA DA PENHA PREFEITURA R$ 71.748 0,21 R$ 0,34
CARPINA COMPESA R$ 2,00 R$ 2,70
CARUARU COMPESA R$ 477.501 3,63 R$ 2,38 R$ 2,89 R$ 0,13 5,53% 4,55%
CASINHAS COMPESA R$ 0,28 R$ 0,72
CATENDE ? R$ 1.801.673 12,61 R$ 0,57 R$ 0,52 R$ 0,14 25,11% 27,56%
CEDRO COMPESA R$ 1,92 R$ 2,88
CHA DE ALEGRIA COMPESA R$ 8.504 0,05 R$ 2,32 R$ 2,69 R$ 0,18 7,85% 6,78%
CHA GRANDE COMPESA R$ 53.464 0,39 R$ 1,91 R$ 3,04 R$ 0,14 7,10% 4,47%
CONDADO COMPESA R$ 95.714 0,67 R$ 1,58 R$ 2,05 R$ 0,14 9,04% 6,96%
CORRENTES COMPESA R$ 2,36 R$ 3,48
CORTES PREFEITURA R$ 64.111 0,50 R$ 2,32 R$ 0,42 R$ 0,13 5,50% 30,32%
CUMARU COMPESA R$ 13.653 0,08 R$ 2,43 R$ 1,27 R$ 0,18 7,48% 14,37%
CUPIRA COMPESA R$ 2,62 R$ 4,50
CUSTODIA COMPESA R$ 2,38 R$ 4,12
DORMENTES COMPESA R$ 4,38 R$ 7,80
ESCADA COMPESA R$ 1.801.673 12,61 R$ 1,49 R$ 1,81 R$ 0,14 9,60% 7,88%
JAQUEIRA SERHE
JATAUBA COMPESA
JATOBA COMPESA R$ 1,57 R$ 2,55
JOAO ALFREDO COMPESA R$ 87.581 0,61 R$ 0,87 R$ 2,50 R$ 0,14 16,38% 5,70%
JOAQUIM NABUCO COMPESA R$ 25.899 0,18 R$ 1,18 R$ 1,57 R$ 0,14 12,10% 9,10%
JUCATI COMPESA R$ 25,47 R$ 3,47
JUPI COMPESA R$ 17,49 R$ 1,78
JUREMA COMPESA R$ 5.677 0,04 R$ 5,14 R$ 5,59 R$ 0,16 3,15% 2,90%
LAGOA DO CARRO COMPESA R$ 626.532 4,39 R$ 2,01 R$ 2,84 R$ 0,14 7,10% 5,03%
LAGOA DE ITAENGA COMPESA R$ 2,63 R$ 4,12
LAGOA DO OURO COMPESA R$ 45.052 0,32 R$ 4,33 R$ 6,75 R$ 0,14 3,30% 2,12%
LAGOA DOS GATOS COMPESA R$ 3,73 R$ 3,71
LAGOA GRANDE COMPESA R$ 0,78 R$ 1,05
LAJEDO COMPESA R$ 2,87 R$ 2,47
LIMOEIRO COMPESA R$ 359.131 2,51 R$ 2,28 R$ 2,62 R$ 0,14 6,25% 5,45%
MACAPARANA COMPESA R$ 162.846 1,27 R$ 1,89 R$ 4,06 R$ 0,13 6,79% 3,17%
MACHADOS COMPESA R$ 3,62 R$ 5,44
MANARI COMPESA R$ 101.189 0,40 R$ 9,45 R$ 8,98 R$ 0,25 2,67% 2,81%
MARAIAL COMPESA R$ 535 0,00 R$ 4,51 R$ 4,27 R$ 0,14 3,01% 3,18%
MIRANDIBA COMPESA R$ 6.378 0,04 R$ 1,50 R$ 1,84 R$ 0,18 12,12% 9,87%
MOREILANDIA COMPESA R$ 3,72 R$ 2,95
MORENO COMPESA R$ 95.223 0,69 R$ 1,36 R$ 2,65 R$ 0,14 10,09% 5,18%
NAZARE DA MATA COMPESA R$ 167.348 1,20 R$ 2,78 R$ 2,73 R$ 0,14 5,02% 5,12%
OLINDA COMPESA R$ 0,99 R$ 1,41
OROBO COMPESA R$ 15.015 0,08 R$ 1,95 R$ 2,45 R$ 0,18 9,35% 7,42%
OROCO COMPESA R$ 5.740 0,03 R$ 1,66 R$ 1,29 R$ 0,18 10,96% 14,14%
OURICURI COMPESA R$ 10,37 R$ 5,60
PALMARES ? R$ 0,78 R$ 0,79
PALMEIRINA COMPESA R$ 2,16 R$ 2,68
PANELAS COMPESA R$ 2,43 R$ 4,19
(1) CONAB (2016). Milho cultura de verão, cultivado com Alta Tecnologia, safra 2015/2016, Unaí-
MG.
(2) CONAB (2016). Milho cultura de verão, cultivado com Alta Tecnologia, safra 2016/2017,
Barreiras-BA.
(3) CONAB (2016). Soja cultura de verão, cultivado com Alta Tecnologia, safra 2016/2017, Unaí-
MG.
(4) CONAB (2016). Irrigado com alta tecnologia, safra seca 2016/2016, Unaí-MG.
(5) CONAB (2016). Feijão, cultura de verão, cultivado com baixa tecnologia, safra 2016/2017, Irecê
- BA.
(6) FAEG (2016). Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás, produção de cana-de-
açúcar, Alta Produtividade, set/16.
(7) CONAB (2016). Cana-de-açúcar, Safra de Verão 2016/2017, São Miguel dos Campos-AL.
(8) CONAB (2016). Café Arábica semi-adensado, irrigado, safra 2016/2017, Manhuaçu-MG
(9) CONAB (2016). Laranja Pera, safra 2016/2017, Aparecida do Oeste - SP.
(10) ESALQ (2013). Custos de Implantação e Manutenção de Pastagens irrigadas. Atualizado em
28,97%, pela variação IGPM
(11) CONAB (2016). Quiabo, safra 2016/2017, GUIRICEMA-MG.
(12) CONAB (2016). Banana, safra 2016/2017, Bom Jesus da Lapa - BA.
(13) EMBRAPA (2010). Coeficientes Técnicos Embrapa, experimento 1 há em Curaçá. Valor
atualizado pelo IGP_M em 53%
(14) CONAB (2016). Cebola, safra 2016/2017, Piedade-SP.
(15) Lincon (2010). Pesquisador Embrapa, atualizado pelo IGPM em 61,7%
(16) Hortifruti Brasil (2011). Custo de Produção de Cenoura no Triangulo Mineiro, Safra Verão.
(17) EMBRAPA (2014). Cultivo da Mamona, baseado em indicadores CONAB (2012).
(18) CONAB (2016). Manga, safra de verão 2016/2017, Juazeiro-BA
(19) EMBRAPA (2016), Custo médio de produção de Côco, 142 pés/ha.
(20) CONAB (2016). safra 2016/2017. Coruripe-AL.
(21) HF BRASIL (2008). Custo Operacional, propriedade de 35 ha, UVA de Mesa, Vale do São
Francisco, Safra 2008.