Amniorrexis Prematura
Amniorrexis Prematura
Amniorrexis Prematura
AMNIORREXIS PREMATURA
Conceitos:
• Rotura das membranas ovulares antes do início do trabalho de parto em gestações após 20 – 22 semanas.
o Ocorre em 10% das gestações, sendo 80% delas no termo.
• Rotura prematura de membranas pré-termo (RPMPT) em gestações entre 20 – 22 semanas até 37 semanas.
• Pré-termo: Inversamente proporcional à idade gestacional da rotura, ou seja, quanto mais prematuro maior o tempo para entrar em trabalho de parto.
Líquido amnióVco:
• Barreira protetora
• Ambiente estéril
• Ajuda na formação pulmonar, mantendo tensão no tórax fetal
• Livre flutuação do cordão umbilical
• Facilita a movimentação fetal
• Favorece desenvolvimento dos sistemas urinário e gastrointesYnal
• Produção: Urina fetal é a principal
Incidência: É responsável por mais de 1/3 dos partos prematuros e 20% das mortes perinatais.
EVologia:
• Aumento da pressão intrauterina: Polidrâmnio ou gemelaridade
• Procedimentos intrauterinos: Fetoscopia, amniocentese, cerclagem uterina, biópsia de vilo corial
• Fraqueza estrutural do colo uterino: Insuficiência istmocervical e cervicodilatação precoce
• Processo inflamatório ou infeccioso local
• Infecções clínicas
• ITU
• Infecções respiratórias
• Inserção baixa de placenta
• Tabagismo
• Excesso de movimentação fetal
• Fatores nutricionais e baixo nível socioeconômico
Espontânea:
• MulVfatorial: Envolvem fatores que alteram a estrutura do colágeno e elasYna.
• Valsalva
• Palpação uterina
• Teste de fita de pH: pH maior que 6 significa que há presença de líquido amnióVco. Alta sensibilidade.
o pH da secreção vaginal varia de 4 a 4,5
o pH do líquido amnióVco varia entre 7,1 e 7,3
o Pode usar também fenol vermelho, papel de nitrazina (coloração azul).
Conduta: Levar em consideração idade gestacional, vitalidade fetal, sinais de infecção, condições assistenciais do local de atendimento e internação.
1. Idade gestacional entre 22 e 24 semanas: PrognósVco muito ruim, quanVdade de líquido tem relação com o prognósVco.
• Internação e avaliar sinais de infecção materna.
• Avaliar vitalidade fetal por movimentação fetal, BCF e realizar biometria a cada 14 dias.
Decisão comparVlhada: Deve-se prestar informações detalhadas ao casal sobre o prognósVco perinatal e os riscos maternos, abrindo questão para discussão e
dúvidas advindas dessas informações.
• Se a opção do casal for a manutenção da gravidez: Procede-se aos cuidados maternos e fetais e pede-se para assinarem um documento, ou mesmo o
prontuário, confirmando recebimento das orientações sobre as condutas que serão seguidas.
• Repouso relaVvo, controle de frequência cardíaca, pressão arterial e temperatura. Verificação do aspecto, odor e cor dos pensos de contenção vaginal.
Exames complementares:
• Cardiotocografia diária.
• USG obstétrica com doppler e perfil biodsico fetal duas vezes por semana.
Profilaxias:
• CorYcoterapia antenatal: 1 ciclo
o Betametasona 12 mg IM a cada 24 horas por 2 dias
o Dexametasona 6 mg IM a cada 12 horas por 2 dias
• AnYbioYcoterapia profiláYca: Ministério da saúde recomenda para prevenir a doença neonatal pelo estreptococo do grupo B.
o Ampicilina 2g EV a cada 6 horas durante 48 horas após a coleta vaginal e perianal.
o Após esse período, para aumentar o período de latência:
o Amoxicilina 500 mg VO a cada 8 horas por 5 dias, associada à Azitromicina 1 g VO dose única.
Complicações maternas:
• Infecção materna
• Causa e consequência:
o Corioamnionite
o Aumento de cesáreas
o Aumento de distocias
Perfil Biodsico Fetal: O primeiro parâmetro que se altera é o movimento respiratório (infecção)
GABRIELLA PACHECO – MED102 OBSTETRÍCIA MEDCEL 2024
MoVvos para interrupção da conduta expectante:
• Sinais de infecção materna ou fetal
• CompromeYmento da vitalidade fetal
• Maturidade fetal confirmada
• Desencadeamento espontâneo do trabalho de parto
• AYngidas as 34 semanas de gestação, a depender de cada caso
4. Idade gestacional entre 34 a 36 semanas: AlternaVva parVcularizada de conduta expectante em serviços com menor infraestrutura neonatal.
• Critérios maiores:
o Taquicardia materna > 100 bpm
o Taquicardia fetal basal > 160 bpm
o Útero irritável: Contrações irregulares
o Saída de secreção purulenta: Fisiometria
o Leucocitose > 20.000 com desvio à esquerda ou com aumento de 20% em 48 horas, se sem desvio ou após corYcoide.
o Ausência de movimentos respiratórios fetais no perfil biodsico fetal
Conduta: AnVbioVcoterapia – flora Polimicrobiana (bactérias gram posiVvas e negaVvas, além de anaeróbios)
• Tríade clássica: Ampicilina ou penicilina cristalina + Gentamicina + Metronidazol
• Clindamicina + Gentamicina
• Após parto: Manter anYbióYco EV por mais 48 horas