Puerperio 1687176178
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PUERPÉRIO
ÚTERO
O processo de regressão uterina se desenrola em ritmo acelerado;
Nas 12 horas após o parto a altura uterina atinge cerca de 12 cm, a
partir do 3º dia regride 1cm/ dia.
No 10º dia pós - parto o fundo uterino está em nível da sínfise
púbica.
A espessura das paredes (4-5 mm após o parto) volta ao normal
em 5-6 semanas.
Puerpério
ASPECTOS FISIOLÓGICOS
VAGINA E VULVA
LÓQUIOS
SINAIS VITAIS
Temperatura: pode haver elevação da temperatura, durante as primeiras 24h
do pós parto, de até 38 °C, que é atribuída ao esforço e à desidratação do parto
ou à invasão de germes e produtos tóxicos locais na circulação materna através
das pequenas soluções de continuidade existentes no canal de parto.
Uma elevação acima de 38 °C, por duas vezes nos primeiros 10 dias após o
parto, ( excluindo as primeiras 24h), é considerada complicação puerperal.
Pulso: pode ocorre queda da frequência cardíaca para 50-60 nos primeiros 8
dias após o parto, atribuída ao aumento brusco do retorno venoso.
Puerpério
ASPECTOS FISIOLÓGICOS
SINAIS VITAIS
Respiração: há retorno do padrão respiratório costoabdominal por causa da
descompressão do diafragma, consequente ao esvaziamento uterino.
Febre;
Lóquios purulentos e com odor fétido;
Útero amolecido e doloroso; e
Secreção purulenta quando manipulado colo uterino.
Risco aumentado na cesárea.
Puerpério
Endometrite
Febre;
Lóquios purulentos e com odor fétido;
Útero amolecido e doloroso; e
Secreção purulenta quando manipulado colo uterino.
Risco aumentado na cesárea.
Puerpério
Infecção da ferida operatória
Disúria;
Polaciúria;
Nictúria;
Estrangúria;
Dor retropúbica; e Suprapúbica ou abdominal.
Puerpério
Cefaleia pós-punção de dura-máter
Sofrimento Alterações psíquicas e emocionais que podem resultar em uma série de sinais
mental no e sintomas os quais podem ou não ter um caráter provisório, de longa duração
puerpério ou mesmo permanente.
Intercorrências puerperais
1 Hemorragia pós-parto;
2 Infecção
3 Tromboembolismo
Hemorragia pós parto/HPP
Hemorragia pós parto/HPP
HPP SECUNDÁRIA: é a hemorragia que ocorre após 24 horas, mas até seis
semanas após o parto. É mais rara e apresenta causas mais específicas, tais como:
infecção puerperal, doença trofoblástica gestacional, retenção de tecidos
placentários, distúrbios hereditários de coagulação.
Sinais e sintomas
• Perda sanguínea pela vagina;
• Hipotensão arterial;
• Palidez cutânea;
• Vertigens;
• Inquietação;
• Ansiedade;
• Pulso fraco e rápido;
• Respiração rápida e costal superior;
• Sudorese fria;
• Dispneia;
• Choque.
Causas da hemorragia pós-parto:
O mnemônico dos “4 Ts” destaca as quatro principais causas de Hemorragia pós-
parto. Em algumas situações mais de um fator pode estar causando a hemorragia.
Hora de ouro na hemorragia obstétrica:
• Quando se analisam os casos de “near miss” ou mesmo óbito materno por HPP,
frequentemente, se encontram problemas (atrasos) relacionados ao acesso das
pacientes ao sistema de saúde, ao manejo obstétrico da hemorragia e problemas
organizacionais ou de estrutura da maternidade (ambiência).
• Recentemente, o conceito de “Hora de Ouro” foi adotado em obstetrícia, com o
intuito de reduzir a morbimortalidade por HPP.
• A Hora de Ouro na hemorragia pós-parto consiste na recomendação do controle
do sítio de sangramento puerperal, sempre que possível, dentro da primeira hora
a partir do seu diagnóstico; ou pelo menos estar em fase avançada do tratamento
ao final desse período.
• Prefere-se, contudo, utilizar tal termo para se referir ao princípio da intervenção
precoce, agressiva e oportuna, sem atrasos, nos pacientes com quadro de
hemorragia importante.
Identificação de fatores de risco:
É importante que se identifique os fatores
de risco para HPP durante todo o processo
de cuidado da paciente. Tal avaliação deve
ser realizada através de uma anamnese
bem detalhada, que inclua histórico de
morbidades, uso de medicamentos e
antecedentes gineco-obstétricos. Essa
abordagem deve ser realizada durante todo
o pré-natal e pelo menos durante a
admissão da paciente e trabalho de parto.
Estratificação de risco durante a internação:
Estimativa visual:
Diagnóstico da HPP
Estimativa através de parâmetros clínicos :
• Os parâmetros clínicos (ex: frequência cardíaca, pressão arterial, dentre outros) são dados
essenciais no manejo da HPP e refletem as adaptações hemodinâmicas maternas às perdas
volêmicas.
• Eles podem ser úteis no diagnóstico (apesar de serem marcadores diagnósticos tardios), mas
são especialmente importantes na determinação da gravidade do choque hipovolêmico.
Tratamento
Tratamento não cirúrgico
Massagem uterina bimanual:
• A Manobra de Hamilton é a primeira manobra
a ser realizada nos casos de atonia uterina,
enquanto se realiza o uterotônico e aguarda-se
o seu efeito. O esvaziamento da bexiga antes
da compressão é essencial para aumentar a
eficácia da manobra.
Tratamento não cirúrgico
Balão de tamponamento intrauterino (BTI):
• O BTI pode ser utilizado no controle
temporário ou definitivo da HPP. Pode ser
muito útil para viabilizar transferências. Os
balões são capazes de reduzir a necessidade
de abordagem cirúrgica, em especial a
histerectomia e podem ser utilizados tanto
após parto vaginal quanto após cesariana.
Tratamento não cirúrgico
São contraindicações para o uso dos BTI: neoplasias invasivas ou infecções cervicais, vaginais ou
uterinas e sangramentos arteriais que requerem abordagem cirúrgica.
• O tempo de permanência recomendado para o balão é de, no máximo, 24 horas. Pode ser
utilizado em concomitância com o traje antichoque não pneumático e/ou suturas compressivas.
• Durante o uso do balão sugere-se realizar antibioticoprofilaxia (ex: cefazolina 1 grama, EV, de
8/8h) e manter os uterotônicos (ex: ocitocina).
• Recomenda-se encher o balão com líquidos mornos (ou pelo menos em temperatura ambiente),
evitando líquidos frios ou gelados pelo risco de indução de hipotermia.
• A retirada do BIT deve ser gradual (retirar 50 mL de cada vez) e em ambiente que tenha
possibilidade de tratamento definitivo pelo risco de novo sangramento.
• Deve-se monitorar continuamente o sangramento e o estado hemodinâmico da paciente durante
o seu uso e retirada.
Tratamento não cirúrgico
Traje Antichoque Não pneumático
Sinais e sintomas:
• Febre;
• Calafrios;
• Dor abdominal;
• Lóquios fétidos.
Infecção
Fatores que ↑ a vulnerabilidade:
• baixo nível socioeconômico;
• doenças crônicas;
• exames ginecológicos repetidos;
• trabalho de parto cesariano prolongado;
• retenção de placenta dentro do útero;
• hemorragias.
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia
Cefaleia acompanhada por um ou mais sintomas após até 72 horas do parto:
• Distúrbios visuais;
• Náuseas;
• Vômitos.
AS DORES DO PUERPÉRIO
Deixa eu te contar uma coisa que ninguém conta...
Sabe depois que o bebê nasce? o puerpério (pós-parto)? Ele dói.
E não, eu não tô falando da cicatriz da sua cesárea ou dos seios rachados. Eu tô falando de dor emocional.
Sabe aquela imagem que a sociedade construiu de uma mãe radiante após parir? Ela não existe.
Não me entenda mal, é claro que você estará feliz com a chegada do seu bebê. É claro que você vai ficar horas observando
aquele rostinho fascinada pela sua existência. Mas vai doer mesmo assim.
Sabe por que? Porque parto não é só nascimento, é morte também. Se ali nasceram um filho e uma mãe, ali também
morreu tudo que você era até então. Não se iluda, nada mais será como antes.
Eu não tô falando do cansaço que será seu fiel companheiro, nem das poucas e corridas refeições que você fará, ou ainda
dos banhos sempre interrompidos. Isso é o de menos. O que mudará de forma irreparável é sua alma.
De repente você se pega desistindo de voltar ao trabalho, você percebe que não cabe mais nos antigos planos, e que nem
gostava tanto assim da sua carreira. Só que, ao mesmo tempo, a rotina vai te massacrar e enlouquecer muitas vezes,
quando ao fim do dia você perceber que ainda não escovou os dentes desde que acordou...
...Seu corpo, antes tão admirado e tocado, agora apresenta formas estranhas e tocá-lo ou olhá-lo é a última coisa
que você deseja.
Seu marido voltará a trabalhar antes mesmo que você descubra onde estão guardados os pijaminhas sem pé, e
isso também vai doer. A solidão vai doer. E você vai querer colo, mas vai ser cobrada a apenas dá-lo.
A verdade é que a sociedade não tem empatia nenhuma pela puérpera. O que ouvimos é "você está saudável,
seu bebê é perfeito, porque é que você pode estar triste?! Não seja ingrata!".
Mas o puerpério é ingrato.
Você ama enquanto sofre. Você agradece ao mesmo tempo que implora. Você quer fugir enquanto deseja mais
do que tudo ficar exatamente ali.
Mas, minha amiga, não se sinta só. E saiba, isso também passa.
Não, você nunca mais será a mesma, mas acredite: você ainda agradecerá por isso e se orgulhará da fênix que
toda nova-mãe é.
TEXTO: Bruna Estrela.
OBRIGADA!!!