WEB Evangelho Redivivo Livro V
WEB Evangelho Redivivo Livro V
WEB Evangelho Redivivo Livro V
REDIVIVO
LIV R O V
EST U DO IN TE R P RE T R AT I VO D O
EVA NGE LHO S E G U N D O J O Ã O
Organização‑Coordenação
Marta Antunes Moura
O EVANGELHO
REDIVIVO
LIV R O V
EST U DO INTE R P R E TAT I VO D E O
EVA N GE LHO S E G U N D O J O Ã O
Copyright © 2023 by
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA – FEB
1ª edição – 1ª impressão – 1 mil exemplares – 5/2023
ISBN 978-65-5570-568-3
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida,
armazenada ou transmitida, total ou parcialmente, por quaisquer métodos ou proces-
sos, sem autorização do detentor do copyright.
Agradecimentos............................................................................. 9
Dia sombra de João Evangelista.................................................. 10
LIVRO V
Estudo Interpretativo do Evangelho segundo João.................................. 15
TEMA 1 – O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO..........................................................16
TEMA 2 – PRÓLOGO (JO 1:1 A 18)..........................................................................23
PARTE I
O Ministério de Jesus e o anúncio da nova economia............................. 35
TEMA 3 – O TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA]. OS PRIMEIROS
DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)...................................................................36
TEMA 4 – AS NÚPCIAS DE CANÁ. A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO. ESTADA
EM JERUSALÉM (JO 2:1 A 25)..............................................................49
TEMA 5 – O ENCONTRO DE JESUS COM NICODEMOS (JO 3:1 A 21)..............60
TEMA 6 – O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA. ÚLTIMO TESTEMUNHO DE
JOÃO [BATISTA] (JO 3:22 A 36).............................................................69
TEMA 7 – JESUS ENTRE OS SAMARITANOS (JO 4:1 A 42).................................75
TEMA 8 – JESUS NA GALILEIA. SEGUNDO SINAL EM CANÁ: CURA DO
FILHO DE FUNCIONÁRIO REAL (JO 4:43 A 54)...................................85
PARTE II
Segunda Festa em Jerusalém: primeira oposição à Revelação.............. 93
TEMA 9 – CURA DE ENFERMO NA PISCINA DE BETESDA (JO 5:1 A 18)..........94
TEMA 10 – DISCURSO SOBRE A OBRA DO FILHO (JO 5:19 A 47).................... 103
PARTE III
A Páscoa do Pão da Vida: nova oposição à Revelação......................... 111
TEMA 11 – A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES. JESUS VEM AO ENCONTRO DE
SEUS DISCÍPULOS CAMINHANDO SOBRE O MAR (JO 6:1 A 21)...112
TEMA 12 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 1ª PARTE
(JO 6:22 A 40)..................................................................................... 120
TEMA 13 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 2ª PARTE –
A CONFISSÃO DE PEDRO (JO 6:41 A 71)....................................... 126
PARTE IV
A Festa das Tendas – A Grande Revelação Messiânica: a grande
rejeição................................................................................................... 135
TEMA 14 – JESUS SOBE A JERUSALÉM PARA A FESTA E ENSINA.
DISCUSSÕES DO POVO SOBRE A ORIGEM DE CRISTO. JESUS
ANUNCIA SUA PRÓXIMA PARTIDA. PROMESSA DA ÁGUA VIVA
(JO 7:1 A 52)....................................................................................... 136
TEMA 15 – A MULHER ADÚLTERA. JESUS, LUZ DO MUNDO. DISCUSSÃO
SOBRE O TESTEMUNHO QUE JESUS DÁ DE SI MESMO
(JO 8:1 A 30)....................................................................................... 147
TEMA 16 – JESUS E ABRAÃO. CURA DE CEGO DE NASCENÇA (JO 8:31 A
59; 9:1 A 41)....................................................................................... 157
TEMA 17 – O BOM PASTOR (JO 10:1 A 21)........................................................ 169
PARTE V
A Festa da Dedicação. A decisão de matar Jesus................................. 179
TEMA 18 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JESUS. JESUS RETIRA-SE DE
NOVO PARA O OUTRO LADO DO JORDÃO (JO 10:22 A 42)........ 180
TEMA 19 – A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (JO 11:1 A 44).............................. 188
PARTE VI
Fim do Ministério Público e preliminares da última Páscoa.................. 197
TEMA 20 – OS CHEFES JUDEUS DECIDEM A MORTE DE JESUS. A
APROXIMAÇÃO DA PÁSCOA (JO 11:45 A 57)................................ 198
TEMA 21 – A UNÇÃO DE BETÂNIA. ENTRADA MESSIÂNICA DE JESUS EM
JERUSALÉM (JO 12:1 A 19).............................................................. 204
TEMA 22 – JESUS ANUNCIA SUA GLORIFICAÇÃO ATRAVÉS DA MORTE.
CONCLUSÃO: A INCREDULIDADE DOS JUDEUS (JO 12:20 A 50)....214
PARTE VII
A hora de Jesus: a Páscoa do Cordeiro de Deus................................... 223
TEMA 23 – O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS.
A DESPEDIDA DE JESUS – 1ª PARTE (JO 13:1 A 38)..................... 224
TEMA 24 – A DESPEDIDA DE JESUS – 2ª PARTE (JO 14:1 A 31)..................... 237
TEMA 25 – A DESPEDIDA DE JESUS – 3ª PARTE – A VERDADEIRA
VIDEIRA. OS DISCÍPULOS E O MUNDO (JO 15:1 A 27)................. 249
TEMA 26 – A DESPEDIDA DE JESUS – 4ª PARTE – A VINDA DO
PARÁCLITO (JO 16:1 A 15)................................................................ 257
TEMA 27 – A DESPEDIDA DE JESUS – 5ª PARTE – ANÚNCIO DE
PRONTO RETORNO (JO 16:16 A 33)................................................ 263
TEMA 28 – A DESPEDIDA DE JESUS – 6ª PARTE – ORAÇÃO DE JESUS
(JO 17:1 A 26)..................................................................................... 273
TEMA 29 – A PRISÃO DE JESUS. JESUS DIANTE DE ANÁS E CAIFÁS.
NEGAÇÕES DE PEDRO (JO 18:1 A 27)............................................ 280
TEMA 30 – JESUS DIANTE DE PILATOS – 1ª E 2ª PARTES –
(JO 18:28 A 40; 19:1 A 11)................................................................ 290
TEMA 31 – A CONDENAÇÃO À MORTE. A CRUCIFICAÇÃO (JO 19:12 A 22).... 301
TEMA 32 – A PARTILHA DAS VESTES. JESUS E SUA MÃE.
A MORTE DE JESUS (JO 19:23 A 30).............................................. 311
TEMA 33 – O GOLPE DE LANÇA. O SEPULTAMENTO (JO 19:31 A 42)........... 323
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. APARIÇÃO A MARIA
MADALENA. APARIÇÕES AOS DISCÍPULOS. A PRIMEIRA
CONCLUSÃO (JO 20:1 A 31)............................................................. 332
TEMA 35 – EPÍLOGO. APARIÇÃO À MARGEM DO LAGO DE TIBERÍADES.
CONCLUSÃO (JO 21:1 A 25)............................................................. 346
AGRADECIMENTOS
9
DIA SOMBRA DE JOÃO EVANGELISTA*
Joanna de Ângelis
* REFORMADOR, Brasília, DF, p. 13(587)-15(589), out. 2022. (Página psicografada pelo mé-
dium Divaldo Pereira Franco, na sessão da noite de 13 de janeiro de 2021, no Centro
Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)
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DIA SOMBRA DE JOÃO EVANGELISTA
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DIA SOMBRA DE JOÃO EVANGELISTA
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Estudo Interpretativo do
Evangelho segundo João
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Messias de Luz e o príncipe deste mundo. Daí a hipótese de que Iohanan ben
Zabid, (João, filho de Zebedeu) autor do quarto Evangelho, pudesse ser um
discípulo de Iohanan, o Imersor (João, o Batista), como se a ele estivesse ligado
por laços provavelmente estreitos ao movimento contemplativo dos ermitões
de Qumran. (CHOURAQUI, 1977).
* Escatologia: doutrina que trata do destino final do homem e do mundo; pode apresentar-
-se em discurso profético ou em contexto apocalíptico.
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TEMA 1 – O EVANGELHO SEGUNDO JOÃO
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O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
CESAREIA, Eusébio de. História eclesiástica. Coleção Patrística, v. 15. São Paulo:
Paulus, 2000. Livro III, cap. 24, it. 11 a 18, p. 144 a 147.
CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por ver-
sículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Ed. Candeia, 1995.
CHOURAQUI, André. O evangelho segundo João. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1977.
RENAN, Ernest. Os evangelhos e a segunda geração cristã. Porto, Portugal: Ed.
Lello & Irmão, 1929. cap. XVIII, p. 219 a 227.
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TEMA 2
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TEMA 2 – PRÓLOGO (JO 1:1 A 18)
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2.1.3 ESTOICISMO–ESTOICOS
Trata-se de Escola de Filosofia Grega fundada por Zenão de Cítio por
volta de 308 a.C. Os estoicos acreditavam que a felicidade está em aceitar
a lei do Universo e aconselham absorver com tranquilidade os momentos
bons e ruins da vida, acrescentando que o ser humano será totalmente feliz,
quando se libertar das paixões e aprender com as ocorrências da manifes-
tação da vontade divina.17
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TEMA 2 – PRÓLOGO (JO 1:1 A 18)
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TEMA 2 – PRÓLOGO (JO 1:1 A 18)
permaneceu junto a João até o final da sua existência física. Outro exemplo
que marca a trajetória e missão do apóstolo foi transferir a residência para
Éfeso, cidade situada na costa ocidental da Ásia Menor, que foi sede da co-
munidade cristã, à qual Paulo de Tarso dirigiu sua Epístola aos Efésios. O
próprio Paulo residiu aí por dois anos. Éfeso era uma cidade esplendorosa,
caracterizada pela presença de filósofos, religiosos, mágicos e taumaturgos,
uma miscelânea cultural e artística sem precedentes,23 “reconhecida como
a mais notável metrópole da província romana da Ásia”.23 Foi aí que João
escreveu o seu Evangelho, por volta dos anos 98–100 d.C. A mudança de
domicílio para Éfeso não foi decisão imediata, mas ponderada. Tudo indi-
ca que, em verdade, ele queria conviver mais tempo com os membros do
colégio apostolar. Outra, porém, seria a vontade de Deus, principalmente
porque a perseguição em Jerusalém era contínua:
Depois da Ascensão, esse apóstolo residiu por algum tempo com os dez em um
quarto alto de Jerusalém (At. 1:13), e depois do Pentecostes, foi companheiro
de Pedro em trabalho missionário (At.3:1). Ambos sofreram prisão por ordem
das autoridades judias (At. 4:9). Os dois foram em comissão para a Samaria
auxiliar o trabalho que Filipe havia começado (At. 8:14). João foi um dos
que permaneceram em Jerusalém depois da perseguição que assaltou a igreja
[cristã] nascente, e ali ainda se achava, quando Paulo visitou a cidade, depois
da sua primeira viagem missionária (At. 15: 6; Gl. 2:9) [...].24
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 2 – PRÓLOGO (JO 1:1 A 18)
2.3.1 ELE NÃO ERA A LUZ, MAS VEIO PARA DAR TESTEMUNHO
DA LUZ. ELE ERA A LUZ VERDADEIRA QUE ILUMINA
TODO HOMEM; ELE VINHA AO MUNDO (JO 1:8 E 9)
Jesus, porém, não obstante conhecer a força da verdade que trazia consigo,
não se prevaleceu da sua superioridade para humilhar ou ferir.
Acima de todas as preocupações, buscou invariavelmente o bem, através de
todas as situações e em todas as criaturas.
Não perdeu tempo em reprovações descabidas.
Não se confiou a polêmicas inúteis.
Instituiu o reinado salvador de que se fizera mensageiro, servindo e aman-
do, ajudando sempre e alicerçando cada ensinamento com a sua própria
exemplificação.
[...]
Não nos esqueçamos de que milhares de quilômetros de treva, no seio da noite,
não conseguem apagar milímetros de chama brilhante de uma vela, contudo,
basta um leve sopro de vento para extingui-la.30
O Evangelho segundo João não é melhor nem pior que os demais escri-
tos neotestamentais, representa, sim, o entendimento do legado do Cristo,
uma preciosa contribuição para o nosso entendimento espiritual, como
esclarece Emmanuel:
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O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: João, p. 680.
2 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: João, o apóstolo, p. 685.
3 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
rev. São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Tiago, p. 1.335.
4 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
rev. São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: João, o apóstolo, p. 689.
5 CHAMPLIN, Russell Norman. Novo dicionário bíblico Champlin. Ampl. e
atual. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2018. verbete: João, o apóstolo, p. 874.
6 DENIS, Léon. Cristianismo e espiritismo. 17. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB,
2016. cap 1 – Origem dos evangelhos.
7 BLOMBERG, Craig L. Jesus e os evangelhos: uma introdução ao estudo dos 4
evangelhos. Trad. Sueli da Silva Saraiva. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 9, p.
211.
8 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 1:1-18 – Prólogo, p. 1.842 e 1.844.
9 HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua
portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. verbete: Tragédia, p. 1.863.
10 HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua
portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. verbete: Prólogo, p. 1.560.
32
TEMA 2 – PRÓLOGO (JO 1:1 A 18)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
34
PARTE I
O Ministério de Jesus e o
anúncio da nova economia
1) A semana inaugural
2) A primeira Páscoa
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O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 3
O TESTEMUNHO DE JOÃO
[BATISTA]. OS PRIMEIROS
DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)
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TEMA 3 – O TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA]. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)
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TEMA 3 – O TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA]. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)
sou”. – “És o profeta?” Ele respondeu: “Não”. Disseram-lhe, então: “Quem és,
para darmos uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?”
Disse ele: “Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor,
como disse o profeta Isaías”.
João Batista tinha plena convicção de que ele não era o Messias, ainda
que alguns dos seus discípulos defendessem essa ideia. Batista afirma tam-
bém que ele não era a reencarnação de Elias ou de outro profeta, até porque,
como nos ensina Allan Kardec, não existia, à época, um bom entendimento
a respeito do assunto, confundindo-se os significados de reencarnação com
o de ressurreição. A ideia de João Batista ser Elias reencarnado é aceita pelo
Espiritismo, mas não significa dizer que ele recordasse dessa experiência
reencarnatória. O esquecimento do passado é recurso que auxilia o reen-
carnado a executar o seu planejamento reencarnatório com mais indepen-
dência, sem estar preso a recordações.
Kardec pontua a respeito:
A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurrei-
ção. Somente os saduceus, que pensavam que tudo acabava com a morte, não
acreditavam nisso. As ideias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos
outros, não eram claramente definidas, porque só tinham noções vagas e in-
completas acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Acreditavam que um
homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o
fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo,
mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição pressupõe
o retorno à vida do corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser
materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se
acham desde muito tempo dispersos e absorvidos. A reencarnação é a volta da
alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo, novamente formado
para ele e que nada tem de comum com o antigo. [...].7
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 3 – O TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA]. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)
com Abraão (Gn 17:11); a partir desse rito, subentende-se que ocorrerá
uma mudança interna no indivíduo, efetuada por Deus (Dt 1:16; 30:6).10
Há muitas outras iniciações ritualísticas, religiosas ou não, utilizadas
em sociedades secretas ou em outros tipos de associações, algumas das quais
cometiam o absurdo de fazer sacrifícios humanos e de animais.11 Com a
melhoria intelecto-moral da Humanidade, desaparecerão paulatinamente
tais manifestações simbólicas.
Para os fariseus, cultores de rituais por excelência, estava evidente que,
para João Batista poder batizar, ele só poderia fazê-lo se estivesse investido
de alguma autoridade: ou ele seria o Cristo, o Messias aguardado, ou um
dos profetas. João Batista, porém, não se detém no assunto de ter ou não
autoridade para batizar, apenas lhes responde que batizava com água. João
Batista pregava a iniciação de uma vida nova pela imersão do iniciado nas
águas do rio Jordão. Essa iniciação era denominada o batismo da purifica-
ção,12 cuja prática de imersão na água foi absorvida pelas igrejas cristãs dos
últimos milênios:
O batismo não é uma invenção de João [Batista]. Há muito tempo os judeus
já vinham realizando os rituais de lavação como símbolo de purificação de
batismo dos convertidos. O batismo de João, entretanto, era diferente, pois
marcava o início de um novo relacionamento com Deus, algo que evoluiu
rapidamente para se tornar o sinal externo de uma nova vida com Jesus
(Atos, 2:38-41).
A palavra “batizar” provém do grego baptizo, que significa “imergir”. O batismo
na época do Novo Testamento era realizado por imersão total na água, e não
por aspersão ou derramamento, práticas que se desenvolveram mais tarde. A
imersão era uma forma particularmente apropriada para representar o con-
ceito fundamental do batismo: lavar os pecados, abandonar a vida anterior e
mergulhar em uma nova vida com Jesus.13
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 3 – O TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA]. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)
O texto de João, ora sob estudo, relata que no dia seguinte à arguição a
que João Batista fora submetido, Jesus aproxima-se dele para ser batizado,
atentando-se às tradições. Trata-se de um momento muito especial, que
assinala o encerramento da missão de João Batista, na condição de precur-
sor, e início da de Jesus, o Mensageiro Divino que veio nos recordar a Lei
de Deus, ensinando-nos como praticá-la. Assim, frente a frente com Jesus,
João Batista o reverencia e exclama: “[...] Eis o Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo. Dele é que eu disse: Depois de mim, vem um homem que
passou adiante de mim, porque existia antes de mim. Eu não conhecia, mas,
para que ele fosse manifestado a Israel, vim batizar com água” (Jo 1:29 a 31).
Entretanto importa enfatizar: o batismo se deu não porque Jesus tivesse
pecado, “mas [para] cumprir toda a justiça”, como assinalou o Evangelista
Mateus (3:15): “[...] Identificando-se com a humanidade, Jesus estabelecia
uma nova maneira de viver. [...]”.17
O batismo de Jesus é o momento em que Ele se apresenta ao mundo
como o Messias enviado por Deus à humanidade terrestre. Ciente desse
fato, João Batista dá o seu testemunho:
Vi o Espírito descer como uma pomba vinda do céu, e permanecer sobre
ele. Eu não o conhecia, mas aquele que me enviou para batizar com água,
disse-me: “Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer é o que
batiza com o Espírito Santo”. E eu vi e dou testemunho que ele é o Eleito de
Deus. (Jo 1:32 a 34).
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O Evangelho Redivivo – Livro V
João Batista também anuncia que o batismo realizado por ele era por
meio da água que, simbolicamente, significava “lavar a alma das impurezas”,
mas que Jesus batizaria com o Espírito Santo (Jo 1:34) ou pelo fogo – se-
gundo algumas traduções neotestamentais – que é o batismo de natureza
divina, pois propicia condições ao Espírito imortal de reajustar-se às Leis
Divinas pelo cumprimento das determinações da Lei de Causa e Efeito,
como esclarece Vinícius:
Assim, pois, o batismo de fogo a que se reporta o Profeta dos desertos –
consuma-se na luta incruenta, nas provas e nas expiações que resultam da
encarnação. A alma que enverga a libré da carne é lançada na liça. [...] A dor,
portanto, sob suas múltiplas modalidades, constitui o batismo de fogo, de cuja
ação ninguém escapa e cuja aplicação independe do concurso humano. Vem
de cima, atua como lei natural que é, atingindo indistintamente os grandes e
os pequenos, os sábios e os inscientes, os poderosos e os humildes, os ricos e
os pobres, os crentes e os descrentes.20
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TEMA 3 – O TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA]. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. João, it. 1:19; 2:11
Eventos introdutórios, p. 1.545.
2 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. João, it. 1:35-51: O
chamado dos primeiros discípulos, p. 1.546.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 1:19-28, p. 1.844.
46
TEMA 3 – O TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA]. OS PRIMEIROS DISCÍPULOS (JO 1:19 A 51)
47
O Evangelho Redivivo – Livro V
21 VINÍCIUS. Na seara do mestre. 10. ed. 2. reimp. Brasília, DF: FEB, 2011. cap.
Os três batismos: o da água, o do fogo e o do Espírito.
22 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
São João, 1:35-51, p. 1.844 a 1.846.
23 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. it. 1:35, p. 364.
24 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 22.
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TEMA 4
AS NÚPCIAS DE CANÁ.
A PURIFICAÇÃO DO
TEMPLO. ESTADA EM
JERUSALÉM (JO 2:1 A 25)
49
O Evangelho Redivivo – Livro V
(Jo 4:46-50) e era terra de Natanael [Bartolomeu] [...]. Não tendo sido
definitivamente localizada, tem sido identificada como por alguns como
Kefr Kenna, cerca de 7 Km a nordeste de Nazaré, sobre a estrada para
Tiberíades, onde tem sido feitas escavações [...]. Muitos eruditos modernos,
entretanto, preferem identificá-la com Khirbet Kana, um local arruinado
a 14 Km ao norte de Nazaré, que os árabes locais continuam chamando de
Caná da Galileia.2
» Cafarnaum
Cidade situada na praia noroeste do mar da Galileia. Seu nome se deriva cla-
ramente do hebraico Kefar nahum = “vila de Naum”, que o grego transformou
em uma única palavra. Se ali está em vista ou não o profeta Naum, é impos-
sível dizer. A cidade não é mencionada no AT, mas era cidade importante no
tempo de Cristo. Era sede de uma coletoria de impostos; e a presença de um
centurião (Mt 8:5) bem pode ter significado que ali havia um posto militar
romano. Jesus fê-la de seu quartel general por algum tempo, e, portanto, se
tornou conhecida como “sua” cidade (Mt 9:1). Finalmente Ele a condenou
pela sua falta de fé, e predisse a sua queda [...].3
» Jerusalém
É uma das cidades mais famosas do mundo. Data do segundo milênio a.C.,
no mínimo; e atualmente é considerada sagrada pelos aderentes das três gran-
des fés monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. A cidade está
estabelecida bem alto nas colinas de Judá, mais de 48 Km do Mediterrâneo,
e mais de 32 Km ao extremo norte do Mar Morto. Repousa sobre um platô
não muito plano, que se inclina notavelmente para o sudeste. A leste fica o
Monte das Oliveiras [...].
O significado do nome Jerusalém não é certo. A palavra hebraica é usualmente
escrita Yerushalaim, no AT, mas essa é uma forma anômala, visto que o hebraico
não pode contar com duas vogais consecutivas. A anomalia foi solucionada
no hebraico posterior mediante a inserção da letra “y”, que deu em resultado
Yerushalayim [...]. [Em aramaico] é evidenciado pela abreviação Shalem, em
português, “Salém” [...].
A maior parte das autoridades concorda que a parte final da palavra significa
“paz (cf Hb 7:2). A primeira parte da palavra pode significar “possessão” ou
“fundamento”. [...].4
50
TEMA 4 – AS NÚPCIAS DE CANÁ. A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO. ESTADA EM JERUSALÉM (JO 2:1 A 25)
“Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou”. 5Sua mãe disse
aos serventes: “Fazei tudo o que ele vos disser”.
6
Havia ali seis talhas de pedra para a purificação dos judeus, cada uma contendo
de duas a três medidas. 7Jesus lhes disse: “Enchei as talhas de água”. Eles as
encheram até à borda. 8Então lhes disse: “Tirai agora e levai ao mestre-sala”.
Eles levaram. 9Quando o mestre-sala provou a água transformada em vinho –
ele não sabia de onde vinha, mas o sabiam os serventes que haviam retirado a
água – chamou o noivo 10e lhe disse: “Todo homem serve primeiro o vinho bom
e, quando os convidados já estão embriagados serve o inferior. Tu guardaste
o vinho bom até agora!” 11Esse princípio dos sinais, Jesus o fez em Caná da
Galileia e manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele. 12Depois
disso, desceram a Cafarnaum, ele, sua mãe, seus irmãos e seus discípulos, e
ali ficaram apenas alguns dias.
51
O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 4 – AS NÚPCIAS DE CANÁ. A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO. ESTADA EM JERUSALÉM (JO 2:1 A 25)
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TEMA 4 – AS NÚPCIAS DE CANÁ. A PURIFICAÇÃO DO TEMPLO. ESTADA EM JERUSALÉM (JO 2:1 A 25)
[...]
Nesse terrível contubérnio, Jesus levantou Sua voz e deu início a dias ventu-
rosos, que jamais acabarão, abrindo espaço para o amor desprezado, para a
esperança esquecida, para a felicidade não mais sonhada.
A sua voz suave e forte soou, de quebrada em quebrada, desde os vales pro-
fundos do Esdrelon às altas montanhas do Tabor e do Sinai, convidando ao
despertamento, conduzindo na direção do Reino de Deus, que estava esquecido
por quase todos, embora o seu nome estivesse na boca dos religiosos, que o
utilizavam como instrumento de dolo, de sofisma e de indigna justiça.
[...]
Tomando as imagens simples do cotidiano, Ele teceu as redes de amor com
que resgataria a humanidade de si mesma, retirando-a do oceano encapelado
das paixões, a fim de encaminhá-la no rumo da Grande Luz.14
Jesus sabia, de antemão, que a maioria dos que diziam crer n’Ele revela-
vam uma crença superficial, interesseira e passageira, como é demonstrada,
sobretudo, nos momentos finais que antecederam a crucificação. No seguin-
te trecho, extraído da mensagem A exemplo do Cristo, Emmanuel analisa
o versículo: e não necessitava que lhe dessem testemunho sobre o homem,
porque ele conhecia o que havia no homem. (Jo 2:25):
Sim, Jesus não ignorava o que existia no homem, mas nunca se deixou
impressionar negativamente.
[...]
Jesus preocupou-se, acima de tudo, em proporcionar a cada alma uma visão
mais ampla da vida e em quinhoar cada espírito com eficientes recursos de
renovação para o bem.
Não condenes, pois, o próximo porque nele observes a inferioridade e a
imperfeição.
A exemplo do Cristo, ajudas quanto possas.
O Amigo Divino sabe o que existe em nós... Ele não desconhece a nossa
pesada e escura bagagem do pretérito, nas dificuldades do nosso presente,
recheado de hesitações e de erros, mas nem por isso deixa de estender-nos
amorosamente as mãos.16
57
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 1:6-11. Nota de rodapé i, p. 1.846.
2 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
rev. São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Caná, p. 190.
3 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
rev. São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Cafarnaum, p. 182.
4 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
rev. São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Jerusalém, p. 667 e 668.
5 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 2:1-12, p. 1.846.
6 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por versí-
culo. v. 2 (Lucas /João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 2, it. 2.3, p. 375.
7 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas /João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 2, it.
2.4, p. 376.
8 FRANCO, Divaldo Pereira. Quando voltar a primavera. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 8. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 2, p. 27.
9 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 14, it. 6.
10 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 171.
11 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 2:13-22, p. 1.847.
12 BEAUMONT, Mike. Guia prático da bíblia. Trad. Vanderlei Ortigoza Júnior.
1. ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012. cap. Os ensinamentos de
Jesus, it. O estilo de ensino de Jesus, p. 91.
13 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas /João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 2, it.
2.17, p. 383.
14 FRANCO, Divaldo Pereira. Dias venturosos. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. Prólogo: Dias venturosos, p. 7 a 9.
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TEMA 5 – O ENCONTRO DE JESUS COM NICODEMOS (JO 3:1 A 21)
hipnotizadas pelo vício não lhe dariam atenção, que deveria contar com a
hostilidade daqueles mesmos a quem se propunha beneficiar e permanecia
convicto de que o extremo sacrifício lhe seria o coroamento da obra; entre-
tanto, consubstanciando em si mesmo o infinito amor que Deus consagra à
Humanidade, veio ao mundo, mesmo assim.
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. it. 3.1-21 O novo nasci-
mento, p. 1.559.
2 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 222.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 3:1-21. Nota de rodapé i, p. 1.847 a 1.849.
4 FRANCO, Divaldo Pereira. Vivendo com Jesus. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
2. ed. 2 imp. Salvador, BA: LEAL, 2017. cap. 18, p. 122.
5 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 4, it. 4.
6 FRANCO, Divaldo Pereira. Primícias do reino. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
8. ed. Salvador, BA: LEAL, 2001. cap. 4, p. 68.
7 XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.
37. ed. 15. imp. Brasília, DF: FEB: 2020. cap. 14 – A lição de Nicodemos.
8 XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.
37. ed. 15. imp. Brasília, DF: FEB: 2020. cap. 14 – A lição de Nicodemos.
9 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 4, it. 7.
10 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 4, it. 8.
11 XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 56 – Renasce agora.
12 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 17, it. 46.
13 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 4, it. 8.
14 FRANCO, Divaldo Pereira. Primícias do reino. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
8. ed. Salvador, BA: LEAL, 2001. Posfácio, p. 223.
67
O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 6
O MINISTÉRIO DE JESUS NA
JUDEIA. ÚLTIMO TESTEMUNHO
DE JOÃO [BATISTA] (JO 3:22 A 36)
69
O Evangelho Redivivo – Livro V
para serem batizados. 24João ainda não fora encarcerado. 25Originou-se uma
discussão entre os discípulos de João e certo judeu a respeito da purificação;
26
eles vieram encontrar João e lhe disseram: “Rabi, aquele que estava contigo
do outro lado do Jordão, de quem deste testemunho, está batizando e todos
vão a ele”. 27João respondeu: “Um homem nada pode receber a não ser que
lhe tenha sido dado do céu. 28Vós mesmos sois testemunhas de que eu disse:
‘Não sou eu o Cristo, mas sou enviado adiante dele’. 29Quem tem a esposa é o
esposo; mas o amigo do esposo, que está presente e o ouve, é tomado de alegria
à voz do esposo. Essa é a minha alegria e ela é completa! 30É necessário que ele
cresça e eu diminua. 31Aquele que vem do alto está acima de todos; o que é da
terra é terrestre e fala como terrestre. Aquele que vem do céu 32dá testemunho
do que viu e ouviu, mas ninguém acolhe o seu testemunho. 33Quem acolhe
o seu testemunho certifica que Deus é verdadeiro. 34Com efeito, aquele que
Deus enviou fala as palavras de Deus, pois ele dá o Espírito sem medida. 35O
Pai ama o Filho e tudo entregou em sua mão. 36Quem crê no Filho tem vida
eterna. Quem recusa crer no Filho não verá vida. Pelo contrário, a ira de Deus
permanece sobre ele”.
6.1.1 A JUDEIA
É região montanhosa situada no sul de Israel, entre a margem oeste
do mar Morto e o mar Mediterrâneo. Estende-se, ao norte, até as colinas
de Golã e, ao sul, até a Faixa de Gaza. Atualmente, a Judeia é considerada,
pelos árabes, parte da Cisjordânia, mas os judeus entendem que é de Israel,
constituindo-se o território Judeia e Samaria. Essa discussão é causa de
uma série de conflitos existentes entre árabes e judeus.3 Sabe-se, porém,
que, no passado mais remoto, a Judeia foi uma província do império persa.
Depois, como é citado na Bíblia (1Mac, 5:45; 7:10), ficou sob o domínio
70
TEMA 6 – O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA. ÚLTIMO TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA] (JO 3:22 A 36)
71
O Evangelho Redivivo – Livro V
Fez uma pausa suave, como dando oportunidade a que ficasse bem
compreendida a sua resposta, e logo prosseguiu:
– Aquele que tem a esposa é o esposo, mas o amigo do esposo que o assiste e
ouve, alegra-se com a voz do esposo. Assim, pois, este meu prazer está cumprido.
[...]
Do outro lado, aqueles que ouviram a resposta de João ficaram perplexos,
quase hebetados. Não podiam ou não queriam compreender.
72
TEMA 6 – O MINISTÉRIO DE JESUS NA JUDEIA. ÚLTIMO TESTEMUNHO DE JOÃO [BATISTA] (JO 3:22 A 36)
73
O Evangelho Redivivo – Livro V
[...]
A Terra, a partir daqueles dias, nunca mais será a mesma, assim como as cria-
turas agora dispõem de uma bússola e um mapa que lhes facilitarão a travessia
pelo oceano tempestuoso das paixões.11
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 3, it.
“e”: O testemunho de João Batista, p. 405.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 3:22-36, p. 1.849 e 1.850.
3 JUDEIA: Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Judeia# Acesso em: 6
mar. 2022.
4 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Judeia, p. 719.
5 CESAREIA MARÍTIMA: Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/
Cesareia_Mar%C3%ADtima# Acesso em: 6 mar. 2022.
6 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Enom, p. 409 e 410.
7 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Salim, p. 1.086.
8 FRANCO, Divaldo Pereira. ...Até o fim dos tempos. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 9, p. 62 a 64.
9 XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 29. ed.
12. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 309.
10 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 76 – Na propaganda eficaz.
11 FRANCO, Divaldo Pereira. ...Até o fim dos tempos. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 9, p. 65.
74
TEMA 7
JESUS ENTRE OS
SAMARITANOS (JO 4:1 A 42)
75
O Evangelho Redivivo – Livro V
76
TEMA 7 – JESUS ENTRE OS SAMARITANOS (JO 4:1 A 42)
sobre esta montanha, mas vós dizeis: é em Jerusalém que está o lugar onde é
preciso adorar”. 21Jesus lhe disse: “Acredita-me, mulher, vem a hora em que
nem nesta montanha nem em Jerusalém adorareis o Pai. 22Vós adorais o que
não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos
judeus. 23Mas vem a hora – e é agora – em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e verdade, pois tais são os adoradores que o Pai
procura. 24Deus é espírito e aqueles que o adoram devem adorá-lo em espíri-
to e verdade”. 25A mulher lhe disse: “Sei que vem um Messias (que se chama
Cristo). Quando ele vier, nos anunciará tudo”.26Disse-lhe Jesus: “Sou eu, que
falo contigo”. 27Naquele instante, chegaram os seus discípulos e admiravam-se
de que falasse com uma mulher; nenhum deles, porém, lhe perguntou: “Que
procuras?” ou: “O que falas com ela?” 28A mulher, então, deixou seu cântaro e
correu à cidade, dizendo a todos: 29 “Vinde ver um homem que me disse tudo o
que fiz. Não seria ele o Cristo?” 30Eles saíram da cidade e foram ao seu encontro.
31
Enquanto isso, os discípulos rogavam-lhe: “Rabi, come!” 32Ele, porém, lhes
disse: “Tenho para comer um alimento que não conheceis”. 33Os discípulos
se perguntavam uns aos outros: “Por acaso alguém lhe teria trazido algo para
comer?” 34Jesus lhes disse: “Meu alimento é fazer a vontade daquele que me
enviou e consumar a sua obra. 35Não dizeis vós: ‘Ainda quatro meses e chegará
à colheita’? Pois bem, eu vos digo: Erguei vossos olhos e vede os campos: estão
brancos para a colheita. Já 36o ceifeiro recebe seu salário e recolhe fruto para a
vida eterna, para que o semeador se alegre juntamente com o ceifeiro. 37Aqui,
pois, se verifica o provérbio: ‘um é o que semeia, outro o que ceifa’. 38Eu vos
enviei a ceifar onde não trabalhastes; outros trabalharam e vós entrastes no
trabalho deles”. 39Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, por causa
da palavra da mulher que dava testemunho: “Ele me disse tudo o que fiz!”
40
Por isso, os samaritanos vieram até ele, pedindo-lhe que permanecesse com
eles. E ele ficou ali dois dias. 41Bem mais numerosos foram os que creram por
77
O Evangelho Redivivo – Livro V
causa da palavra dele42 e diziam à mulher: “Já não é por causa de teus dizeres
que cremos. Nós próprios o ouvimos, e sabemos que esse é verdadeiramente
o salvador do mundo”.
78
TEMA 7 – JESUS ENTRE OS SAMARITANOS (JO 4:1 A 42)
e dão origem permanente aos rios, contribuindo para comunicar vida e ferti-
lidade ao solo. Os nomes de algumas cidades recebem, na sua composição, o
prefixo En, “fontes”, como Endor e outras. Figuradamente, esse nome [fonte]
simboliza a origem permanente e inesgotável das bênçãos espirituais (Sl 36:9.
Jr. 2:13. Ap 7:17 e 21:6). Os filhos também são comparados a fontes procedentes
de seus pais (Dt 33:28. Sl 68:26).11
79
O Evangelho Redivivo – Livro V
incorreto. Ela não podia conceber que alguém pudesse ser superior ao venerado
Jacó. [...]. A verdadeira superioridade de Jesus estava na qualidade da água
fornecida, água viva. O Poço de Jacó só poderia saciar a sede temporariamente
(v. 13). [...]. A referência à vida eterna (v. 14) está claramente relacionada à
atividade do Espírito [...].13
80
TEMA 7 – JESUS ENTRE OS SAMARITANOS (JO 4:1 A 42)
81
O Evangelho Redivivo – Livro V
82
TEMA 7 – JESUS ENTRE OS SAMARITANOS (JO 4:1 A 42)
[...]
Ao terceiro dia, quando se dispôs a prosseguir na marcha, estava cercado de
carinho e amor.
[...]
Mas, à mulher abençoada pela Sua revelação, a uma só voz os patrícios
afirmaram:
– Já não é por causa das tuas palavras que acreditamos; nós próprios ouvimos
e sabemos que Ele é realmente o Salvador do mundo.17
REFERÊNCIAS
1 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 4:1-42.
2 BLOMBERG, Craig L. Jesus e os evangelhos: uma introdução ao estudo dos 4
evangelhos. Trad. Sueli da Silva Saraiva. São Paulo: Vida Nova, 2009. 4ª pt.,
cap. 12, it. Historicidade, p. 300.
3 CHAMPLIN, Russell Norman. Novo dicionário bíblico Champlin. Ampl. e
atual.1. ed. São Paulo: Hagnos, 2018. verbete: Território de Samaria, p. 1.577.
4 CHAMPLIN, Russell Norman. Novo dicionário bíblico Champlin. Ampl. e
atual. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2018. verbete: Samaritanos, p. 1.578.
5 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 4:1-42, p. 1.850 a 1.852.
6 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 4:4-42, it. 4:4-26,
p. 1.553.
7 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Jacó, p. 617.
8 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Jacó, p. 619.
9 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Israel, p. 608 e 609.
10 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Sicar, p. 1.148.
11 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Fonte, p. 498.
83
O Evangelho Redivivo – Livro V
12 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 4:4-42, it. 4:4-26,
p. 1.553 e 1.554.
13 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. p. 1.554.
14 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 42.
15 BLOMBERG, Craig L. Jesus e os evangelhos: uma introdução ao estudo dos 4
evangelhos. Trad. Sueli da Silva Saraiva. São Paulo: Vida Nova, 2009. 5ª pt.,
cap. 19, it. Preocupação
16 FRANCO, Divaldo Pereira. Dias venturosos. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 12 – Serviço e Galardão, p. 83 a 85.
17 FRANCO, Divaldo Pereira. Dias venturosos. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 12 – Serviço e Galardão, p. 87 e 88.
84
TEMA 8
85
O Evangelho Redivivo – Livro V
86
TEMA 8 – JESUS NA GALILEIA. SEGUNDO SINAL EM CANÁ: CURA DO FILHO DE FUNCIONÁRIO REAL (JO 4:43 A 54)
se encontrava numa espécie de saliente norte, rodeada por três lados por
povos não-israelitas. [...]”.5
[À época] dos Macabeus, a influência dos gentios sobre os judeus se tornou
tão intensa que os últimos, em realidade, foram empurrados para o sul, onde
permaneceram por meio século. Dessa maneira, a Galileia teve de ser recolo-
nizada e esse fato, juntamente com a diversidade de sua população, contribuía
para o desprezo em que os galileus eram tidos pelos judeus do sul.
A demarcação exata da região da Galileia é difícil, exceto, conforme os termos
das fronteiras provinciais do império romano. O nome evidentemente era
aplicado às terras fronteiriças do norte de Israel, cuja localização variava com
o passar do tempo. No tempo do Cristo, entretanto, a província da Galileia
formava um território retangular com cerca de 64 Km de norte a sul, e com
cerca de 40 km de leste a oeste, tendo ao leste a fronteira natural do rio Jordão
e do mar da Galileia [lago de Tiberíades], e cortado na região próxima do
Mediterrâneo pela faixa de terra da Síria-fenícia, que se estendia para o sul
ao longo da costa.
Assim definida, a Galileia consistia essencialmente de um planalto, cercado
por todos os lados, menos ao norte, de planícies. [...]5
87
O Evangelho Redivivo – Livro V
A boa recepção que os galileus deram a Jesus não foi, apenas, em ra-
zão do ocorrido nas Bodas de Caná, em que Jesus, logo no início do seu
ministério, transformou água em vinho (Jo 2:1 a 11), mas porque eles “[...]
ficaram claramente impressionados com os relatos dos sinais realizados em
Jerusalém na época da Páscoa”7 (Jo 2:23). E o texto de João, ora sob análise,
relata que em Caná da Galileia ocorre outro sinal prodigioso: Jesus traz à
vida o filho de um funcionário real, como é mencionado no versículo 46.
Este “[...] era sem dúvida, um oficial a serviço de Herodes Antipas. Herodes
tinha o título de tetrarca e, embora nunca tenha sido rei de verdade, era
popularmente considerado como tal. [...]”.8
Percebe-se claramente que Jesus e os seus apóstolos deslocavam-se por
diferentes cidades, vilarejos e regiões rurais, levando a Boa-Nova a todos os
indivíduos, judeus e gentílicos, como a propósito recorda Amélia Rodrigues:
Sem dúvida, a sua movimentação foi incessante. Ele percorreu toda a Galileia,
visitando Jerusalém, várias vezes, onde morreu; transitou pela Judeia e foi
além, à Fenícia, às cidades de Tiro e de Sidon. Venceu o Tiberíades e alcan-
çou a Decápole, especialmente a cidade de Gadara; também foi à Bataneia, à
Cesareia de Filipe e atravessou a Samaria repetidamente...
[...]
Ele não conheceu repouso.
[...]
À semelhança de uma aragem perfumada, percorreu as distâncias sem cessar.
Não havia tempo a perder.
As multidões acolhiam-nO, seguiam-nO.
A Sua voz arrebatava, a Sua lógica perturbava os astutos, que O queriam pegar
em equívoco, dúbios e venais.
E das suas mãos as energias renovavam, curando, libertando os enfermos e
os infelizes.9
88
TEMA 8 – JESUS NA GALILEIA. SEGUNDO SINAL EM CANÁ: CURA DO FILHO DE FUNCIONÁRIO REAL (JO 4:43 A 54)
ocorrências comuns, por ser Ele, como lembra Allan Kardec, “[...] um dos
Espíritos de ordem mais elevada e, por suas virtudes, colocado muitíssimo
acima da humanidade terrestre. [...]”.10
Para ampliar o nosso entendimento, o Codificador acrescenta:
Como homem, tinha a organização dos seres carnais, mas como Espírito puro,
desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual do que da vida
corpórea, de cujas fraquezas não era passível. A superioridade de Jesus com
relação aos homens não resultava das qualidades particulares do seu corpo,
mas das do seu Espírito, que dominava a matéria de modo absoluto, e da do
seu perispírito, haurido da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres. [...]
Sua alma não devia achar-se presa ao corpo senão pelos laços estritamente
indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vis-
ta, não só permanente, como de excepcional penetração e muito superior à
que comumente possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se nele
com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispiríticos
ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa força magnética,
secundada pelo desejo incessante de fazer o bem.10
Outro ponto que merece destaque está assinalado nas palavras pro-
feridas pelo Senhor, ante o apelo do pai aflito: “Disse-lhe Jesus: ‘Se não
virdes sinais e prodígios, não crereis’ (Jo 4:48). Significa dizer que o enten-
dimento a respeito do Cristo só se abriria se o funcionário real fosse tocado
no íntimo. Não resta dúvida que ele sabia que Jesus operava prodígios,
seja porque presenciara alguns fatos ou porque ouvira relatos a respeito,
pois soube onde, exatamente, Jesus se encontrava quando foi procurá-lo.
89
O Evangelho Redivivo – Livro V
90
TEMA 8 – JESUS NA GALILEIA. SEGUNDO SINAL EM CANÁ: CURA DO FILHO DE FUNCIONÁRIO REAL (JO 4:43 A 54)
REFERÊNCIAS
1 BLOMBERG, Craig L. Jesus e os evangelhos: uma introdução ao estudo dos
4 evangelhos. Trad. Sueli da Silva Saraiva. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap.
9 – O Evangelho de João, it. Estrutura, p. 212.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 4:43-45, p. 1.852.
3 XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.
37. ed. 15. imp. Brasília: FEB, 2020. cap. 10 – O perdão.
4 BLOMBERG, Craig L. Jesus e os evangelhos: uma introdução ao estudo dos 4
evangelhos. Trad. Sueli da Silva Saraiva. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 13,
it. Curas, controvérsias, discipulado e oposição, p. 305 a 310.
5 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
rev. São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Galileia, p. 534.
6 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 4:46-54, p. 1.852 e 1.853.
7 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes; et
al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. João, it. 4:43-54, p. 1.556.
91
O Evangelho Redivivo – Livro V
8 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. João, it. 4:43-54,
p. 1.557.
9 FRANCO, Divaldo Pereira. Dias venturosos. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap.18 – O Ministério, p. 121 e 122.
10 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it. 2.
11 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it.1.
12 FRANCO, Divaldo Pereira. Dias venturosos. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap.18 – O Ministério, p. 122.
13 FRANCO, Divaldo Pereira. Dias venturosos. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap.18 – O Ministério, p. 124.
92
PARTE II
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O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 9
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TEMA 9 – CURA DE ENFERMO NA PISCINA DE BETESDA (JO 5:1 A 18)
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TEMA 9 – CURA DE ENFERMO NA PISCINA DE BETESDA (JO 5:1 A 18)
que já estava assim havia muito tempo, perguntou-lhe: “Queres ficar curado?”
7
Respondeu-lhe o enfermo: “Senhor, não tenho quem me jogue na piscina,
quando a água é agitada; ao chegar, outro já desceu antes de mim”. 8Disse-lhe
Jesus: “Levanta-te, toma o teu leito e anda!” 9Imediatamente o homem ficou
curado. Tomou o seu leito e se pôs a andar. Ora, esse dia era um sábado. 10Os
judeus, por isso, disseram ao homem curado: “É sábado e não te é permitido
carregar teu leito”. 11Ele respondeu: “Aquele que me curou, disse: ‘Toma o teu
leito e anda!’” 12Eles perguntaram: “Quem foi o homem que te disse: ‘Toma
o teu leito e anda’?” 13Mas o homem curado não sabia quem fora. Jesus havia
desaparecido, pois havia uma multidão naquele lugar. 14Depois disso, Jesus o
encontrou no Templo e lhe disse: “Eis que estás curado; não peques mais, para
que não te suceda algo ainda pior!” 15O homem saiu e informou aos judeus que
fora Jesus quem o tinha curado. 16Por isso os judeus perseguiam Jesus: porque
fazia tais coisas no sábado. 17Mas Jesus lhes respondeu: “Meu Pai trabalha até
agora e eu também trabalho”. 18Então os judeus, com mais empenho, procu-
ravam matá-lo, pois, além de violar o sábado, ele dizia ser Deus seu próprio
pai, fazendo-se, assim, igual a Deus.
97
O Evangelho Redivivo – Livro V
por Jesus, os judeus não aprovaram a cura por ela ter sido realizada no dia
de sábado: “O problema para os judeus inicialmente não foi a cura, mas
o fato de que ela havia acontecido no sábado. O ato de carregar o leito era
considerado um ato de trabalho. [...]”.12 E mais, as autoridades judaicas,
quando perceberam o paralítico ainda aturdido pela cura, andando e tra-
zendo sobre os ombros o leito, foram indagá-lo, exigindo que identificasse
quem era a pessoa que o curara.
[...] A discussão entre o homem curado e os judeus lança luz sobre a ignorância
do homem, que não tinha a menor ideia da identidade daquele que o havia
curado (v. 13), bem com sobre a teimosia das autoridades, cuja principal preo-
cupação era com o desrespeito às suas regras. Há aqui um contraste implícito
entre a compaixão de Jesus pelo pobre homem e a falta de interesse dos judeus
por ele. A retirada estratégica de Jesus (v. 13) seguia sua política consistente
nesse evangelho de evitar a aclamação popular. [...].13
98
TEMA 9 – CURA DE ENFERMO NA PISCINA DE BETESDA (JO 5:1 A 18)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 9 – CURA DE ENFERMO NA PISCINA DE BETESDA (JO 5:1 A 18)
REFERÊNCIAS
1 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 277.
2 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 277 a 279.
3 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 280 e 281.
4 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 281 e 282.
5 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 282 e 283.
6 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 282 a 285.
7 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 285 e 286.
8 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 287 e 288.
9 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 288 e 289.
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TEMA 10 – DISCURSO SOBRE A OBRA DO FILHO (JO 5:19 A 47)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
O texto de João (5:19 a 47), ora sob estudo, apresenta-nos outras infor-
mações que subsidiam a sua tese de que Jesus é o Messias Divino, ainda que
algumas comunidades não-cristãs considerem o Senhor como um grande
e respeitável profeta, mas não como o mensageiro de Deus. Tal interpreta-
ção será naturalmente revista à medida que o Evangelho for amplamente
conhecido e meditado. O certo é que as comunidades cristãs planetárias,
inclusive os espíritas, aceitam sem vacilações que Jesus é o Messias de Deus.
Na verdade, tal convicção é um dos postulados anunciados pela Doutrina
Espírita, assim expressa por Allan Kardec:
Para o homem, Jesus representa o tipo da perfeição moral a que a Humanidade
pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como o mais perfeito modelo, e a
doutrina que ensinou é a mais pura expressão de sua lei, porque, sendo Jesus
o ser mais puro que já apareceu na Terra, o Espírito Divino o animava.
Se alguns dos que pretenderam instruir o homem na Lei de Deus algumas vezes
o transviaram por meio de falsos princípios, foi porque se deixaram dominar
por sentimentos demasiado terrenos e porque confundiram as leis que regulam
as condições da vida da alma com as que regem a vida do corpo. Muitos deles
apresentaram como Leis Divinas o que eram simples leis humanas, criadas
para servir às paixões e para dominar os homens.5
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TEMA 10 – DISCURSO SOBRE A OBRA DO FILHO (JO 5:19 A 47)
origem à maioria das seitas que dividiram a Igreja há dezoito séculos [hoje, há
21 séculos], sendo de notar-se que todos os chefes dessas seitas foram bispos
ou membros titulados do clero. Eram, por conseguinte, homens esclarecidos,
muitos deles escritores de talento, versados na ciência teológica, que não
achavam concludentes as razões invocadas a favor do dogma da divindade do
Cristo. Entretanto, como hoje, as opiniões se firmaram mais sobre abstrações
do que sobre fatos. Procurou-se saber principalmente o que o dogma continha
de plausível, ou de irracional, deixando-se, em geral, de um lado e de outro, de
assinalar os fatos capazes de lançar uma luz decisiva sobre a questão.6
107
O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 10 – DISCURSO SOBRE A OBRA DO FILHO (JO 5:19 A 47)
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 5, it.
b – Unidade do Pai e do Filho: o Filho dá vida (5:19-47), p. 443.
2 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 5, it.
b – Unidade do Pai e do Filho: o Filho dá vida (5:19-47), p. 443 e 444.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13 imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 5:19-47, p. 1.854 a 1.856.
4 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. O espírito da verdade. Por
diversos Espíritos. 18. ed. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 16 – Educação [men-
sagem de André Luiz, psicografia de Waldo Vieira].
5 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. comentário de Kardec à q. 625.
6 KARDEC, Allan. Obras póstumas. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 4.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. Estudo sobre a natureza do Cristo, it.
I – Fontes das provas sobre a natureza do Cristo.
7 KARDEC, Allan. Obras póstumas. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 4.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. Estudo sobre a natureza do Cristo, it.
III – As palavras de Jesus provam a sua divindade?
8 KARDEC, Allan. Obras póstumas. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 4.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. Estudo sobre a natureza do Cristo, it.
II – Os milagres provam a divindade do Cristo?
9 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 101.
109
PARTE III
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O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 11
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TEMA 11 – A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES. (JO 6:1 A 21)
9
“Há aqui um menino, que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas
que é isso para tantas pessoas?”. 10Disse Jesus: “Fazei que se acomodem”. Havia
muita grama naquele lugar. Sentaram-se pois os homens, em número de
cinco mil aproximadamente. 11Tomou, então, Jesus os pães e, depois de dar
graças, distribuiu-os aos presentes, assim como os peixinhos, tanto quanto
queriam. 12Quando se saciaram, disse Jesus a seus discípulos: “Recolhei os
pedaços que sobraram para que nada se perca”. 13Eles os recolheram e enche-
ram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada deixados de sobra
pelos que se alimentaram. 14Vendo o sinal que ele fizera, aqueles homens
exclamavam: “Esse é, verdadeiramente, o profeta que deve vir ao mundo!”.
15
Jesus, porém, sabendo que viriam buscá-lo para fazê-lo rei, refugiou-se de
novo, sozinho, na montanha.
113
O Evangelho Redivivo – Livro V
[...]
Todos discutem.
Jesus, entretanto, recebe a migalha sem descrer de sua preciosa significação e
manda que todos se assentem, pede que haja ordem, que se faça harmonia. E
distribui o recurso com todos, maravilhosamente.
A grandeza da lição é profunda.
Os homens esfomeados de paz reclamam a assistência do Cristo. Falam n’Ele,
suplicam-lhe socorro, aguardam-lhe as manifestações. Não conseguem, toda-
via, estabelecer a ordem em si mesmos, para a recepção dos recursos celes-
tes. Misturam Jesus com as suas imprecações, suas ansiedades loucas e seus
desejos criminosos. Naturalmente se desesperam, cada vez mais desorientados,
porquanto não querem ouvir o convite à calma, não se assentam para que se
faça a ordem, persistindo em manter o próprio desequilíbrio.6
114
TEMA 11 – A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES. (JO 6:1 A 21)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 11 – A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES. (JO 6:1 A 21)
Por outro lado, também pode ter sucedido que seu corpo fosse sustentado
e neutralizada a sua gravidade pela mesma força fluídica que mantém uma
mesa no espaço, sem ponto de apoio. Idêntico efeito se produz muitas vezes
com os corpos humanos.13
117
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 6, it.
“c” – 6:1-15, p. 455.
2 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 6, it.
“d” – 6: 16-21, p. 457.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores.
Nova ed., rev. e ampl. 1. ed. 13. imp. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 6:1-15, p. 1.856.
4 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 13, it. 1.
5 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 13, it. 1.
6 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 25 – Tende calma.
7 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it. 51.
8 XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 171.
9 XAVIER, Francisco Cândido. Lázaro redivivo. Pelo Espírito Irmão X. 13. ed.
4. imp. Brasília, DF: FEB, 2020. cap. 35 – Retirou-se, Ele só.
10 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores.
Nova ed., rev. e ampl. 1. ed. 13. imp. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 6:16-21, p. 1.857.
11 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 6, it.
“d” – 6:1-15, p. 457.
12 FRANCO, Divaldo Pereira. Dias venturosos. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 6 – Eles não o mereciam..., p. 44.
13 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it. 42.
14 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed.
8. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. 2ª pt., cap. 7, it. 119, q. 1.
15 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed.
8. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. 2ª pt., cap. 7, it. 119.
118
TEMA 11 – A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES. (JO 6:1 A 21)
16 KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed.
8. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. 1ª pt., cap. 2, it. 16.
17 MOUTINHO, João de Jesus. O evangelho sem mistérios nem véus. 1. ed. Brasília,
DF: FEB, 2022. cap. 67 – Jesus anda sobre o mar.
119
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 12
DISCURSO NA SINAGOGA
DE CAFARNAUM –
1a PARTE (JO 6:22 A 40)
que aí havia um único barco e que Jesus não tinha entrado nele com os seus
discípulos; os discípulos haviam partido sozinhos. 23Outros barcos chegaram
de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão. 24Quando a multidão
viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiu aos barcos e veio
para Cafarnaum, à procura de Jesus. 25Encontrando-o do outro lado do mar,
disseram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Respondeu-lhes Jesus: “Em
verdade, em verdade, vos digo: vós me procurais, não porque vistes sinais,
mas porque comestes dos pães e vos saciastes. 27Trabalhai, não pelo alimento
que se perde, mas pelo alimento que permanece para a vida eterna, alimento
120
TEMA 12 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 1a PARTE (JO 6:22 A 40)
que o Filho do Homem vos dará, pois Deus, o Pai, o marcou com seu selo”.
28
Disseram-lhe, então: “Que faremos para trabalhar nas obras de Deus?”
29
Respondeu-lhes Jesus: “A obra de Deus é que creiais naquele que ele enviou”.
30
Então lhe perguntaram: “Que sinal realizas, para que vejamos e creiamos
em ti? Que obra fazes? 31Nossos pais comeram o maná no deserto, como está
escrito: Deu-lhes pão do céu a comer”. 32Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade,
em verdade, vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do céu, mas é meu
Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu; 33porque o pão de Deus é aquele que
desce do céu e dá vida ao mundo”.
34
Disseram-lhe: “Senhor, dá-nos sempre deste pão!” 35Jesus lhes disse: “Eu
sou” o pão da vida. Quem vem a mim, nunca mais terá fome, e o que crê em
mim nunca mais terá sede. 36Eu, porém, vos disse: “vós me vedes, mas não
credes. 37Todo aquele que o Pai me der virá a mim, e quem vem a mim eu não
o rejeitarei, 38pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade
daquele que me enviou. 39E a vontade daquele que me enviou é esta: que eu
não perca nada do que ele me deu, mas o ressuscite no último dia. 40Sim, esta
é a vontade de meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tem a vida eterna, e eu o
ressuscitarei no último dia”.
121
O Evangelho Redivivo – Livro V
benefício dos quais essa multiplicação se realizara poucos dias antes, a ponto
de perguntarem a Jesus: “Que milagre farás para que, vendo-o, te creiamos?
Que farás de extraordinário?” É que eles entendiam por milagres os prodígios
que os fariseus pediam, isto é, sinais que aparecessem no céu por ordem de
Jesus, como pela varinha de um mágico. Ora, o que Jesus fazia era simples
demais e não se afastava das Leis da Natureza; as próprias curas não possuíam
caráter estranho, nem muito extraordinário. Para eles, os milagres espirituais
não representavam grande coisa.3
122
TEMA 12 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 1a PARTE (JO 6:22 A 40)
perguntaram: Que sinal realizas, para que vejamos e creiamos em ti? Que
obra fazes?” (Jo 6:30).
A situação atual não é muito diferente. Mesmo passados mais de dois
milênios da vinda do Cristo entre nós, priorizamos a vida da matéria, que
é sempre passageira. Estamos tão focados no aqui e agora que, quando nos
defrontamos com um ou outro acontecimento inédito, clamamos por provas
ou evidências para que neles possamos acreditar. Alheios às necessidades
do Espírito, somos incapazes, muitas vezes, de perceber que diariamente
somos cumulados de bênçãos e sinais de Deus. Assim também é, quando
o Mestre afirma ser o pão da vida.
Como no tempo do Cristo, numerosas pessoas se acercam dos círculos
religiosos, pedindo provas do céu.
Comumente, os católicos romanos rogam “milagres”, os espiritistas esperam
“fenômenos”, os protestantes reclamam “experiências”.
[...]
O homem está sempre rodeado de sinais do céu. A questão não é de
exibir fatos: resume-se em possuir a necessária visão espiritual para
compreendê-los.
A operação mais simples da natureza revela o mecanismo sagrado que a fez
surgir na vibração do poder criador da Divindade. Mas são raros os homens
que observam além da superfície. Eis por que, entendendo as criaturas, afirmou
o Mestre que seus discípulos sinceros não o procuram pelos sinais que haja
visto, fortuitamente, mas pelo pão da vida e de bom ânimo que receberam de
suas mãos generosas.
[...]
Atingindo essa compreensão o discípulo conhece que a Terra oferece muito
pão para o corpo, mas que a fome da alma só o do Cristo sacia.6
123
O Evangelho Redivivo – Livro V
O Céu de Jesus Cristo é diferente de todos os outros céus. Nada tem de comum
com os Campos Elísios dos gregos, nem com o Nirvana dos hindus, nem com
o seio de Abraão dos judeus, nem com a mansão dos privilegiados da graça,
nem com os tabernáculos de beatitude inerme, cujas portas se abrem mercê
de cerimônias mercantilizadas.
O Céu de Jesus Cristo é um campo de ação, e um teatro de atividade, é um
meio onde a vida se ostenta sob aspectos cada vez mais intensos.
[...].
O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, eman-
cipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro voo sem encontrar mais
obstáculos ou peias que a restrinjam.7
124
TEMA 12 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 1a PARTE (JO 6:22 A 40)
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 6, it.
5 – 6:22-69, p. 457.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 6:22-40, p. 1.857 e 1.858.
3 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it. 51.
4 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
O pão da vida.
5 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
O pão da vida.
6 EMMANUEL. Sinais do céu [mensagem recebida por Francisco C. Xavier].
In: Reformador, Brasília, DF, p. 6(32), fev. 1941.
7 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
O Céu de Jesus.
8 FRANCO, Divaldo Pereira. Vida plena. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 1. ed.
Salvador, BA: LEAL, 2021. cap. 15, p. 105 e 106.
125
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 13
DISCURSO NA SINAGOGA
DE CAFARNAUM –
2a PARTE – A CONFISSÃO
DE PEDRO (JO 6:41 A 71)
126
TEMA 13 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 2a PARTE – A CONFISSÃO DE PEDRO (JO 6:41 A 71)
127
O Evangelho Redivivo – Livro V
128
TEMA 13 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 2a PARTE – A CONFISSÃO DE PEDRO (JO 6:41 A 71)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
130
TEMA 13 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 2a PARTE – A CONFISSÃO DE PEDRO (JO 6:41 A 71)
João (6:66): “A partir daí, muitos dos seus discípulos voltaram atrás e não
andavam mais com ele”.
Outro aspecto nocivo da interpretação literal é a do dogmatismo é o
surgimento de ideias preconcebidas, em geral relacionadas à vaidade e à
teimosia. Situação que é muito evidente nos chamados “donos da verdade”.
Por esses e outros motivos, os judeus e alguns discípulos julgaram duras
as palavras do Cristo e d’Ele se afastaram. O recurso para minimizar ou
neutralizar conflitos desse tipo é seguir ponderações, como as de Allan
Kardec, transcritas em seguida:
A fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas não há
fraternidade real, sólida e efetiva se não se apoiar sobre base inabalável. Essa
base é a fé, não a fé em tais ou quais dogmas particulares, que mudam com
os tempos e os povos, e que mutuamente se apedrejam, visto que, anatema-
tizando-se uns aos outros, alimentam o antagonismo [...]. Quando todos os
homens estiverem convencidos de que Deus é o mesmo para todos; de que
esse Deus, soberanamente justo e bom, nada pode querer de injusto; que o
mal vem dos homens e não dele, todos se considerarão filhos do mesmo Pai
e se estenderão as mãos uns aos outros.
É essa fé que o Espiritismo faculta e que doravante será o eixo em torno do qual
girará o gênero humano, quaisquer que sejam os cultos e as crenças particulares.9
131
O Evangelho Redivivo – Livro V
132
TEMA 13 – DISCURSO NA SINAGOGA DE CAFARNAUM – 2a PARTE – A CONFISSÃO DE PEDRO (JO 6:41 A 71)
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 6, it. 6:25-59 –
Discussões sobre o pão da vida, p. 1.562.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 6:41-66, p. 1.858 a 1.860.
3 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas ao Canto VI, p. 297.
4 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it. 51.
5 XAVIER, Francisco Cândido. Palavras de vida eterna. Pelo Espírito Emmanuel.
1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB; Uberaba, MG: CEC, 2022. cap. 134 – Pão.
6 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 173 – O pão divino.
7 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap
O sangue do Cristo.
8 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 176 – Lição viva.
9 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 18, it. 17.
10 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 6:67-71, p. 1.860.
11 XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 59.
133
PARTE IV
135
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 14
136
TEMA 14 – JESUS SOBE A JERUSALÉM PARA A FESTA E ENSINA. (JO 7:1 A 52)
137
O Evangelho Redivivo – Livro V
138
TEMA 14 – JESUS SOBE A JERUSALÉM PARA A FESTA E ENSINA. (JO 7:1 A 52)
139
O Evangelho Redivivo – Livro V
respeito do seu paradeiro (v. 11) e caráter (v. 12). Bondade e engano são coisas
mutuamente exclusivas, o que demonstra o caráter arbitrário da avaliação
popular. [...] Jesus estava seguindo o plano do Pai, mas as pessoas estavam
agindo por medo. Isso explica por que Jesus não hesitou em ir ao templo “no
meio da festa” (v. 14) [...].5
140
TEMA 14 – JESUS SOBE A JERUSALÉM PARA A FESTA E ENSINA. (JO 7:1 A 52)
141
O Evangelho Redivivo – Livro V
saber o que fez?” 52Responderam-lhe: “És também galileu? Estuda e verás que
da Galileia não surge profeta”. 53E cada um voltou para sua casa.
142
TEMA 14 – JESUS SOBE A JERUSALÉM PARA A FESTA E ENSINA. (JO 7:1 A 52)
onde eu estou vós não podeis vir”. 35Disseram entre si os judeus: “Para onde
irá ele, que não o poderemos encontrar? Irá, por acaso, aos dispersos entre os
gregos para ensinar aos gregos? 36Que significa esta palavra que nos disse: ‘Vós
me procurareis e não me encontrareis; e onde eu estou vós não podeis vir’?”
alguém tem sede, venha a mim e beba, 38aquele que crê em mim!” conforme
a palavra da Escritura: De seu seio jorrarão rios de água viva. 39Ele falava do
Espírito que deviam receber aqueles que tinham crido nele; pois não havia
ainda Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado.
143
O Evangelho Redivivo – Livro V
144
TEMA 14 – JESUS SOBE A JERUSALÉM PARA A FESTA E ENSINA. (JO 7:1 A 52)
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 7:1-89, p. 1.564.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 7:1 a 24, p. 1.860 e 1.861.
3 MARCON, Maria Helena (Org.) Espiritualidade presente. Curitiba, PR: FEP,
2021. cap. Ide e vivei o Evangelho [mensagem de Bezerra de Menezes, trans-
mitida pela psicofonia de Divaldo Pereira Franco, em 17 de março de 2019,
no Encerramento da 21a Conferência Espírita, no Expotrade, em Pinhais, PR],
p. 143 e 144.
4 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 73.
5 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 7:10-50, it. 7:10-25,
p. 1.564.
6 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, p. 242 a 285.
7 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel.
1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 177 – Opiniões convencionais.
8 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 7:25-30 e 40-53, p. 1.861 e 1.862.
9 BLOMBERG, Craig L. Jesus e os evangelhos: uma introdução ao estudo dos 4
evangelhos. Trad. Sueli da Silva Saraiva. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 11,
p. 261.
10 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 7:31-36, p. 1.861 e 1.862.
11 FLUSSER, David. Jesus. Trad. Margarida Goldsztajn. 1. imp. São Paulo:
Perspectiva, 2010. p. 12.
12 CALDEIRA, Wesley. Deus, antes e depois de Jesus. 1. imp. Brasília, DF: FEB,
2021. cap. 11 – O Reino de Deus.
13 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores.
145
O Evangelho Redivivo – Livro V
1. ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 7:37-39, p. 1.862.
14 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 7:37-39. Nota de rodapé “f ”, p. 1.862.
15 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 7, 1-8:59, it. 7:37-44,
p. 1.565.
16 SCHUTEL, Cairbar. O espírito do cristianismo. 8. ed. Matão, SP: Casa Editora
O Clarim, 2001. cap. 1, p. 36 e 37.
146
TEMA 15
A MULHER ADÚLTERA.
JESUS, LUZ DO MUNDO.
DISCUSSÃO SOBRE O
TESTEMUNHO QUE JESUS DÁ
DE SI MESMO (JO 8:1 A 30)
147
O Evangelho Redivivo – Livro V
O Monte das Oliveiras para onde Jesus se dirigiu, era o local onde se
cultivavam oliveiras; está localizado muito próximo de Jerusalém, cerca
de 2 km. É uma colina que se ergue diante da esplanada do Templo, onde
atualmente se encontram duas mesquitas. Entre o Templo e o Monte das
Oliveiras está o Vale do Cedron, um pequeno córrego, que tem água princi-
palmente no inverno, quando chove. Jesus, depois da última ceia (e, também,
em outras oportunidades), atravessou esse vale e foi até o Getsêmani, um
jardim que fica aos pés do Monte das Oliveiras. Do Monte do Templo até
o Monte das Oliveiras, usando as estradas de hoje, é uma caminhada de
10 minutos.5,6
Jesus tinha o hábito de afastar-se da multidão, mesmo dos seus
discípulos diretos, de tempos em tempos, isolando-se no deserto, nos
montes ou em algum lugar solitário, para orar e meditar. Na atual passagem
evangélica, mais do que necessário se fazia o isolamento e a comunhão com
Deus, considerando o clima de desentendimento instalado entre o povo e
148
TEMA 15 – A MULHER ADÚLTERA. JESUS, LUZ DO MUNDO. (JO 8:1 A 30)
149
O Evangelho Redivivo – Livro V
150
TEMA 15 – A MULHER ADÚLTERA. JESUS, LUZ DO MUNDO. (JO 8:1 A 30)
151
O Evangelho Redivivo – Livro V
O Mestre não prometeu claridade à senda dos que apenas falam e creem.
Assinou, no entanto, real compromisso de assistência contínua aos discípulos
que o seguem. Nesse passo, é importante considerar que Jesus não se reporta
a lâmpadas de natureza física, cujas irradiações ferem os olhos orgânicos.
Assegurou a doação de luz da vida. Quem efetivamente se dispõe a acompa-
nhá-lo, não encontrará tempo a gastar com exames particularizados de nuvens
negras e espessas, porque sentirá a claridade eterna, dentro de si mesmo.
Quando fizeres, pois, o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestida-
de imparcial, se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os
passos, no caminho comum.
152
TEMA 15 – A MULHER ADÚLTERA. JESUS, LUZ DO MUNDO. (JO 8:1 A 30)
153
O Evangelho Redivivo – Livro V
se constata em João (8:19): Diziam-lhe, então: Onde está teu Pai? Jesus
respondeu: Não conheceis nem a mim nem a meu Pai; se me conhecêsseis,
conheceríeis também meu Pai.
O despertar do Espírito para a sua espiritualidade, realmente demanda
tempo. Aliás, podemos afirmar, com Kardec, que o processo evolutivo huma-
no se resume neste entendimento espírita: “[...] que o homem saiba de onde
vem, para onde vai e por que está na Terra; um chamamento aos verdadeiros
princípios da Lei de Deus e consolação pela fé e pela esperança”.18 Mesmo
atualmente, passados mais de dois milênios da passagem do Cristo entre nós,
os cristãos em geral o adoram na forma de cultos externos, mantendo-se
distantes da magnitude dos ensinamentos do Evangelho, assemelhando-se
aos fariseus, escribas e demais membros do Sinédrio: “Jesus não veio destruir
a Lei, isto é, a Lei de Deus; veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe o
verdadeiro sentido e adaptá-la ao grau de adiantamento dos homens. [...]”.19
Faz-se necessário que o ser humano evolua intelecto e moralmente
para compreender a missão e ensinamentos de Jesus, sobretudo vivenciar os
ensinamentos do Evangelho. Tal condição é viabilizada pelas reencarnações
sucessivas e pelos estágios no Plano Espiritual. Na Terra, ainda somos poucos
os que, verdadeiramente cremos em Jesus Cristo, como registra João (8:28
a 30): Disse-lhes, então, Jesus: Quando tiverdes elevado o Filho do Homem,
então sabereis que Eu Sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo como me
ensinou o Pai. E quem me enviou está comigo. Não me deixou sozinho, porque
faço sempre o que lhe agrada. Tendo ele assim falado, muitos creram nele.
Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, sem ou-
tra autoridade que a da sua palavra. Ele veio dar cumprimento às profecias
que haviam anunciado o seu advento. Sua autoridade decorria da natureza
excepcional do seu Espírito e da sua missão divina. Veio ensinar aos homens
que a verdadeira vida não é a que transcorre na Terra, e sim no Reino dos
céus; veio ensinar-lhes o caminho que conduz a esse reino, os meios de
eles se reconciliarem com Deus e de pressentirem esses meios na marcha
das coisas por vir, para a realização dos destinos humanos. Entretanto, não
disse tudo, limitando-se, a respeito de muitos pontos, a lançar o germe de
verdades que, segundo Ele próprio declarou, ainda não podiam ser com-
preendidas. Falou de tudo, mas em termos mais ou menos explícitos. Para
apanhar o sentido oculto de certas palavras suas, era necessário que novas
ideias e novos conhecimentos lhes trouxessem a chave, e essas ideias não
podiam surgir antes que o espírito humano houvesse alcançado um certo
grau de maturidade. A Ciência tinha de contribuir poderosamente para a
eclosão e o desenvolvimento de tais ideias. Era preciso, pois, dar tempo à
Ciência para progredir.20
154
TEMA 15 – A MULHER ADÚLTERA. JESUS, LUZ DO MUNDO. (JO 8:1 A 30)
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 8, it.
8:1, p. 514.
2 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 8, it.
8:3, p. 515.
3 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 8, it.
8:12-20, p. 519.
4 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores.
Nova ed., rev. e ampl. 1. ed. 13. imp. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 8:1-11, p. 1.862 e 1.863.
5 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Monte das Oliveiras, p. 840.
6 DISTÂNCIA ENTRE JERUSALÉM E O MONTE DAS OLIVEIRAS. Disponível
em: https://www.abiblia.org/ver.php?id=7467 Acesso em: 13 abr. 2022.
7 FRANCO, Divaldo Pereira. ...Até o fim dos tempos. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. Jesus, o Libertador da
Mulher, p. 99.
8 FRANCO, Divaldo Pereira. Quando voltar a primavera. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 8. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 13, p. 90.
9 FRANCO, Divaldo Pereira. Quando voltar a primavera. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 8. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 13, p. 92.
10 FRANCO, Divaldo Pereira. Luz do mundo. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
2. ed. Salvador, BA: LEAL, 1989. cap. 13, p. 83.
11 FRANCO, Divaldo Pereira. Luz do mundo. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
2. ed. Salvador, BA: LEAL, 1989. cap. 13, p. 84.
12 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores.
Nova ed., rev. e ampl. 1. ed. 13. imp. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 8:12, p. 1.863.
13 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 8, it.
8:12-20, p. 510.
14 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 146.
155
O Evangelho Redivivo – Livro V
156
TEMA 16
157
O Evangelho Redivivo – Livro V
158
TEMA 16 – JESUS E ABRAÃO. CURA DE CEGO DE NASCENÇA (JO 8:31 A 59; 9:1 A 41)
159
O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 16 – JESUS E ABRAÃO. CURA DE CEGO DE NASCENÇA (JO 8:31 A 59; 9:1 A 41)
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162
TEMA 16 – JESUS E ABRAÃO. CURA DE CEGO DE NASCENÇA (JO 8:31 A 59; 9:1 A 41)
Deus, porque não guarda o sábado”. Outros diziam: “Como pode um homem
pecador realizar tais sinais?” E havia cisão entre eles. 17De novo disseram ao
cego: “Que dizes de quem te abriu os olhos?” Respondeu: “É um profeta”.18Os
judeus não creram que ele fora cego enquanto não chamaram os pais do que
recuperara a vista 19e perguntaram-lhes: “Este é o vosso filho, que dizeis ter
nascido cego? Como é que agora ele vê?” 20 Seus pais então responderam:
“Sabemos que este é nosso filho e que nasceu cego. 21Mas como agora ele vê
não o sabemos; ou quem lhe abriu os olhos não o sabemos. Interrogai-o. Ele
tem idade. Ele mesmo se explicará”. 22Seus pais assim disseram por medo dos
judeus, pois os judeus já tinham combinado que, se alguém reconhecesse Jesus
como Cristo, seria expulso da sinagoga. 23Por isso, seus pais disseram “Ele já
tem idade; interrogai-o”. 24Chamaram, então, uma segunda vez, o homem
que fora cego e lhe disseram: “Dá glória a Deus! Sabemos que esse homem é
pecador”. 25Respondeu ele: “Se é pecador, não sei. Uma coisa eu sei: é que eu
era cego e agora vejo”. 26Disseram-lhe, então: “Que te fez ele? Como te abriu
os olhos?” 27Respondeu-lhes: “Já vos disse e não ouvistes. Por que quereis
ouvir novamente? Por acaso quereis também tornar-vos seus discípulos?”
28
Injuriaram-no e disseram: “Tu, sim, és seu discípulo; nós somos discípulos
de Moisés. 29Sabemos que Deus falou a Moisés; mas esse, não sabemos de onde
é”. 30Respondeu-lhes o homem: “Isso é espantoso: vós não sabeis de onde ele é
e, no entanto, abriu-me os olhos! 31Sabemos que Deus não ouve os pecadores;
mas, se alguém é religioso e faz a sua vontade, a este ele escuta. 32Jamais se
ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos de um cego de nascença. 33Se esse
homem não viesse de Deus, nada poderia fazer”. 34Responderam-lhe: “Tu nas-
ceste todo em pecados e nos ensinas?” E o expulsaram. 35Jesus ouviu dizer que
o haviam expulsado. Encontrando-o, disse-lhe: “Crês no Filho do Homem?”
36
Respondeu ele: “Quem é, Senhor, para que eu nele creia?” 37Jesus lhe disse:
“Tu o estás vendo, é quem fala contigo”. 38Exclamou ele: “Creio, Senhor!” E
prostrou-se diante dele. 39Então disse Jesus: “Para um discernimento é que vim
a este mundo: para que os que não veem, vejam, e os que veem, tornem-se
cegos”. 40Alguns fariseus, que se achavam com ele, ouviram isso e lhe disseram:
“Acaso também nós somos cegos?” 41Respondeu-lhes Jesus: “Se fôsseis cegos,
não teríeis pecado; mas dizeis: ‘Nós vemos!’ Vosso pecado permanece.
163
O Evangelho Redivivo – Livro V
as obras de Jesus não vinham de Deus, porque Ele curou em um dia de sábado
(v. 16). Por outro, não faltaram pessoas que contra-argumentaram: Como
pode um homem pecador realizar tais sinais? E havia cisão entre eles (Jo 9:16).
Não conformados com essa defesa, os fariseus concluíram que o cego
não poderia ser cego, efetivamente, muito menos de nascença (v. 32) pois,
para eles, esse era um sinal impossível de acontecer, ainda mais porque foi
realizado por pessoa que não era de Deus, visto não observar o sábado.
Decidiram, então, indagar aos genitores do ex-cego, assim como aquele
que fora beneficiado pela misericórdia de Jesus, como consta em João (9:18
a 26). Por mais que os religiosos pressionassem os genitores, estes foram
firmes e declararam que o filho era cego desde o nascimento (Jo 9:20), que
não sabiam como aconteceu a cura e quem o curou, por isso recomendam
aos religiosos: Interrogai-o. Ele tem idade. Ele mesmo se explicará (Jo 9:21).
Com medo de que os religiosos judeus os expulsassem da sinagoga, os ge-
nitores insistem que eles devem procurar o filho que fora curado: Por isso,
seus pais disseram “Ele já tem idade; interrogai-o” (Jo 9:23).
A conversa com o ex-enfermo teve o mesmo tom acusatório e inti-
midador, pois os representantes do clero viam Jesus como um pecador. O
beneficiado, porém, feliz pela visão recém-adquirida, repetiu as mesmas
informações dos seus pais: que era cego desde o nascimento, não sabia
como fora curado, nem quem era Jesus, talvez um profeta (Jo 9:17), arrisca
dizer. Porém, ante a insistência dos religiosos de que Jesus era um pecador,
ele declara com muita lucidez: Se é pecador, não sei. Uma coisa eu sei: é que
eu era cego e agora vejo (Jo 9:25). Melhor resposta não há, nem haveria: era
cego e agora via!
Aqueles religiosos estavam presos às suas interpretações literais, não
admitiam que estivessem equivocados em suas suposições ou na percepção
dos acontecimentos. Eles, sim, se revelam como os verdadeiros cegos: os que
não querem ver. Aliás, apegados aos seus pontos de vista, não conseguiam
enxergar o óbvio: a pessoa era cega e passou a ver. Os fatos falam por si.
Emmanuel apresenta-nos importante ponderação a respeito do signi-
ficado espiritual da admirável resposta que aqueles religiosos receberam da
pessoa curada da cegueira (eu era cego e agora vejo) – Jo 9:25:
Apesar de o trabalho renovador do Evangelho, nos círculos da consolação e da
pregação, desdobrar-se, diante das massas, semeando milagres de reconforto
na alma do povo, o serviço sutil e quase desconhecido do aproveitamento da
Boa-Nova é sempre individual e intransferível.
164
TEMA 16 – JESUS E ABRAÃO. CURA DE CEGO DE NASCENÇA (JO 8:31 A 59; 9:1 A 41)
Champlin informa que, das sete curas de cegueira citadas nos textos
evangélicos – Mateus (9:27; 12:22 e 20:30), Marcos (8:22) e João (9:1) –,
somente esta, objeto do nosso estudo, foi registrada como cegueira de
nascença.11 Essa anotação do estudioso estadunidense tem seu valor, pois,
em geral, supunha-se que uma doenca congênita não teria cura, com base
no argumento de que a alteração genética, ocorrida nos genes, antes da
formação do embrião (fase pré-embrionária ou zigótica), indica alteração
irreparável. Em outras palavras, a matriz genética defeituosa não só expres-
saria automaticamente uma doença, mas também a sua impossibilidade
de cura. Felizmente, com o progresso da pesquisa científica, sabemos hoje
que há doenças congênitas que são amenizadas ou reparadas. Por essas e
outras implicações, não é por acaso que a cura do cego de nascença e a
165
O Evangelho Redivivo – Livro V
166
TEMA 16 – JESUS E ABRAÃO. CURA DE CEGO DE NASCENÇA (JO 8:31 A 59; 9:1 A 41)
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 8, it. 8:31-41, p. 1.569.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 8:31-59, p. 1.865 a 1.867.
3 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por versículo.
v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 8, it. 8:21-69, p. 523.
4 JAEGER, Werner. Paidéia: a formação do homem grego. Trad. Artur M.
Parreira e Monica Stael. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Livro terceiro,
it. A República II – A caverna: uma imagem da Paidéia, p. 883.
5 JAEGER, Werner. Paidéia: a formação do homem grego. Trad. Artur M.
Parreira e Monica Stael. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Livro terceiro,
it. A República II – A caverna: uma imagem da Paidéia, p. 883 e 884.
6 JAEGER, Werner. Paideia: a formação do homem grego. Trad. Artur M.
Parreira e Monica Stael. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Livro terceiro,
it. A República II – A caverna: uma imagem da Paideia, p. 884.
7 PLATÃO. O mito da caverna (A República). Trad. Carlos Alberto Nunes.
Coord. Benedito Nunes. Belém, PA: EDUFPA, 2006. Prefácio, p. 7.
8 XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 48.
9 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
167
O Evangelho Redivivo – Livro V
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 9:1-41, p. 1.867 e 1.868.
10 XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 95.
11 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 9, it.
9:1, p. 549.
12 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 9, it.
“n”. Cura do cego, p. 548.
13 XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 37.
168
TEMA 17
169
O Evangelho Redivivo – Livro V
Sem dúvida, Jesus é o Bom Pastor! Ele também é a Porta por onde
conduz as ovelhas sob seus cuidados à plenitude espiritual. Como Guia e
Modelo da humanidade terrestre,3 Ele é o Pastor Divino que tem como missão
conduzir os habitantes da comunidade terráquea ao aprisco divino. Como
Bom Pastor, Jesus não mede sacrifícios (v. 11 ao 15) para que as suas ovelhas
alcancem a vida eterna, como ensina Amélia Rodrigues: “O Bom Pastor dá
a Vida pelas suas ovelhas. Entrando pela porta estreita, a que se caracteriza
pelas dificuldades, o acesso ao reino da Ventura plena se faz triunfal”.4
Em João (10:11 a 15) Jesus afirma ser Ele o Bom Pastor, o que dá a vida
por suas ovelhas, protege-as e delas jamais se afasta, sobretudo durante as
170
TEMA 17 – O BOM PASTOR (JO 10:1 A 21)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 17 – O BOM PASTOR (JO 10:1 A 21)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
cegas quanto às saídas justas, em demanda das pastagens que lhes competem.
Quantas são acometidas, de inesperado, pelo lobo terrível, porque, fascinadas
pela verdura de pastos vizinhos, se desviam da estrada que lhes é própria,
quebrando obstáculos para atender a destrutivos impulsos?10
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TEMA 17 – O BOM PASTOR (JO 10:1 A 21)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 10, it.
“a” – O bom Pastor – 10:1-18, p. 569.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 10:1-21, p. 1.868 a 1.870.
3 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 625.
4 FRANCO, Divaldo Pereira. Primícias do reino. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
8. ed. Salvador, BA: LEAL, 2001. cap. 6, p. 89 e 90.
5 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores.
1. ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Salmo 23 (1-6),
de Davi, p. 885.
6 MOUTINHO, João de Jesus. Código do reino: interpretações bíblicas e evan-
gélicas à luz da codificação kardequiana. 2. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2012.
2ª pt., cap. 50 – Bom pastor.
7 MOUTINHO, João de Jesus. Código do Reino: interpretações bíblicas e evan-
gélicas à luz da codificação kardequiana. 2. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2012.
2ª pt., cap. 50 – Bom pastor.
8 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. O espírito da verdade. Por diversos
Espíritos. 18. ed. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 74 [mensagem de Emmanuel].
9 XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 115 – A porta.
10 XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 115 – A porta.
11 XAVIER, Francisco Cândido. Encontro marcado. Pelo Espírito Emmanuel. 14.
ed. 2. imp. Brasília, DF: FEB, 2018. cap. 57 – Problemas.
12 XAVIER, Francisco Cândido. Encontro marcado. Pelo Espírito Emmanuel. 14.
ed. 2. imp. Brasília, DF: FEB, 2018. cap. 57 – Problemas.
176
TEMA 17 – O BOM PASTOR (JO 10:1 A 21)
177
PARTE V
A Festa da Dedicação.
A decisão de matar Jesus
179
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 18
A VERDADEIRA IDENTIDADE DE
JESUS. JESUS RETIRA-SE DE
NOVO PARA O OUTRO LADO
DO JORDÃO (JO 10:22 A 42)
pelo Templo, sob o pórtico de Salomão. 24Os judeus, então, o rodearam e lhe
disseram: “Até quando nos manterás em suspenso? Se és o Cristo, dize-nos
180
TEMA 18 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JESUS. (JO 10:22 A 42)
abertamente”. 25Jesus lhes respondeu: “Já vo-lo disse, mas não acreditais. As
obras que faço em nome de meu Pai dão testemunho de mim; 26mas vós não
credes, porque não sois das minhas ovelhas. 27As minhas ovelhas escutam a
minha voz, eu as conheço e elas me seguem; 28eu lhes dou a vida eterna e elas
jamais perecerão, e ninguém as arrebatará de minha mão. 29Meu Pai, que me
deu tudo, é maior que todos e ninguém pode arrebatar da mão do Pai. 30Eu e
o Pai somos um”. 31Os judeus, outra vez, apanharam pedras para apedrejá-lo.
32
Jesus, então, lhes disse: “Eu vos mostrei inúmeras boas obras, vindo do Pai.
Por qual delas quereis lapidar-me?” 33Os judeus lhe responderam: “Não te la-
pidamos por causa de uma boa obra, mas por blasfêmia, porque, sendo apenas
homem, tu te fazes Deus”. 34Jesus lhes respondeu: “Não está escrito em vossa
Lei: Eu disse: Sois deuses? 35Se ela chama de deuses aqueles aos quais a palavra
de Deus foi dirigida – e a Escritura não pode ser anulada – 36àquele que o Pai
consagrou e enviou ao mundo dizeis: ‘Blasfemas!’, porque disse: ‘Sou Filho de
Deus!’ 37Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis em mim; 38mas, se as
faço, mesmo que não acrediteis em mim, crede nas obras, a fim de reconhecer
de uma vez que o Pai está em mim e eu no Pai”. 39Procuravam novamente
prendê-lo. Mas ele lhes escapou das mãos.
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 18 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JESUS. (JO 10:22 A 42)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 18 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JESUS. (JO 10:22 A 42)
mundo dizeis: “Blasfemas!”, porque disse: “Sou Filho de Deus!” Se não faço
as obras de meu Pai, não acrediteis em mim; mas, se as faço, mesmo que não
acrediteis em mim, crede nas obras, a fim de reconhecer de uma vez que o
Pai está em mim e eu no Pai.
Procuravam novamente prendê-lo. Mas ele lhes escapou das mãos.
185
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 10:22-42, p. 1.576.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 10:22-39, p. 1.870 e 1.871.
3 FRANCO, Divaldo Pereira. Diretrizes para o êxito. Pelo Espírito Joanna de
Ângelis. 4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2016. cap. 1, p. 15.
4 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, it. Chanucá,
p. 287.
5 XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 2 – Pensa um pouco.
6 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. O espírito da verdade. Por
diversos Espíritos. 18. ed. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 42 – Marcos indeléveis
[mensagem de Emmanuel].
7 XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 29. ed.
12. imp. Brasília: FEB, 2021. q. 288.
186
TEMA 18 – A VERDADEIRA IDENTIDADE DE JESUS. (JO 10:22 A 42)
187
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 19
A RESSURREIÇÃO DE
LÁZARO (JO 11:1 A 44)
188
TEMA 19 – A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (JO 11:1 A 44)
189
O Evangelho Redivivo – Livro V
fora encontrar. 31Quando os judeus, que estavam na casa com Maria, conso-
lando-a, viram-na levantar-se rapidamente e sair, acompanharam-na, julgando
que fosse ao sepulcro para aí chorar. 32Chegando ao lugar onde Jesus estava,
Maria, vendo-o, prostrou-se a seus pés e lhe disse: “Senhor, se estivesses
aqui, meu irmão não teria morrido”. 33Quando Jesus a viu chorar e também
os judeus que a acompanhavam, comoveu-se interiormente e ficou contur-
bado. 34E perguntou: “Onde o colocastes?” Responderam-lhe: “Senhor, vem
e vê!” 35Jesus chorou. 36Diziam, então, os judeus: “Vede como ele o amava!”
37
Alguns deles disseram: “Esse, que abriu os olhos do cego, não poderia ter
feito com que ele não morresse?” 38Comoveu-se de novo Jesus e dirigiu-se ao
sepulcro. Era uma gruta, com uma pedra sobreposta. 39Disse Jesus: “Retirai a
pedra!” Marta, a irmã do morto, disse-lhe: “Senhor, já cheira mal: é o quarto
dia!” 40Disse-lhe Jesus: “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”
41
Retiraram, então, a pedra. Jesus ergueu os olhos para o alto e disse: “Pai,
dou-te graças porque me ouviste. 42Eu sabia que sempre me ouves; mas digo
isso por causa da multidão que me rodeia, para que creiam que me enviaste”.
43
Tendo dito isso, gritou em alta voz: “Lázaro, vem para fora!” 44O morto saiu,
com os pés e mãos enfaixados e com o rosto recoberto com um sudário. Jesus
lhes disse: “Desatai-o e deixai-o ir”.
190
TEMA 19 – A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (JO 11:1 A 44)
191
O Evangelho Redivivo – Livro V
192
TEMA 19 – A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (JO 11:1 A 44)
193
O Evangelho Redivivo – Livro V
Como Lázaro16
E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas e o seu rosto envol-
to num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir. (João, 11:44.)
O regresso de Lázaro à vida ativa representa grandioso símbolo para todos os
trabalhadores da Terra.
Os criminosos arrependidos, os pecadores que se voltam para o bem, os que
“trincaram” o cristal da consciência, entendem a maravilhosa característica
do verbo recomeçar.
Lázaro não podia ser feliz tão só por revestir-se novamente da carne perecível,
mas, sim, pela possibilidade de reiniciar a experiência humana com valores
novos. E, na faina evolutiva, cada vez que o espírito alcança do Mestre Divino
a oportunidade de regressar à Terra, ei-lo desenfaixado dos laços vigorosos...
exonerado da angústia, do remorso, do medo... A sensação do túmulo de
impressões em que se encontrava, era venda forte a cobrir-lhe o rosto...
Jesus, compadecido, exclamou para o mundo: “Desligai-o, deixai-o ir.”
Essa passagem evangélica é assinalada de profunda beleza.
Preciosa é a existência de um homem, porque o Cristo lhe permitiu o desliga-
mento dos laços criminosos com o pretérito, deixando-o encaminhar-se, de
novo, às fontes da vida humana, de maneira a reconstituir e santificar os elos
de seu destino espiritual, na dádiva suprema de começar outra vez.
REFERÊNCIAS
1 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 13, it. 1.
2 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 13, it. 15.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 11:1-44, p. 1.871 a 1.873.
4 Disponível em: https://bibliaanotada.com.br/significado/estadio-pesos-e-me-
didas Acesso em: 2 jun. 2022.
5 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
São Paulo: Vila Nova, 2006. verbete: Betânia, p. 162.
6 THOMAS, Clayton L. (Coord.). Dicionário médico enciclopédico Taber. Trad.
Fernando Gomes do Nascimento. 17. ed. ilust. 1. Edição brasileira. Barueri,
SP: 2000. verbete: Quase-morte, experiência de, p. 1.483.
194
TEMA 19 – A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO (JO 11:1 A 44)
195
PARTE VI
197
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 2O
OS CHEFES JUDEUS
DECIDEM A MORTE DE
JESUS. A APROXIMAÇÃO DA
PÁSCOA (JO 11:45 A 57)
198
TEMA 2O – OS CHEFES JUDEUS DECIDEM A MORTE DE JESUS. A APROXIMAÇÃO DA PÁSCOA (JO 11:45 A 57)
Conselho e disseram: “Que faremos? Esse homem realiza muitos sinais. 48Se
o deixarmos assim, todos crerão nele e os romanos virão, destruindo o nosso
lugar santo e a nação”. 49Um deles, porém, Caifás, que era Sumo Sacerdote
naquele ano, disse-lhes: “Vós de nada entendeis. 50Não compreendeis que é
de vosso interesse que um só homem morra pelo povo e não pereça a nação
toda?” 51Não dizia isso por si mesmo, mas sendo Sumo Sacerdote naquele
ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação52 – e não só pela nação, mas
também para congregar na unidade todos os filhos de Deus dispersos. 53Então,
a partir desse dia, resolveram matá-lo. 54Jesus, por isso, não andava em público,
entre os judeus, mas retirou-se para a região próxima do deserto, para a cidade
chamada Efraim, e aí permaneceu com os seus discípulos.
199
O Evangelho Redivivo – Livro V
200
TEMA 2O – OS CHEFES JUDEUS DECIDEM A MORTE DE JESUS. A APROXIMAÇÃO DA PÁSCOA (JO 11:45 A 57)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
202
TEMA 2O – OS CHEFES JUDEUS DECIDEM A MORTE DE JESUS. A APROXIMAÇÃO DA PÁSCOA (JO 11:45 A 57)
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes; et
al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap.11, it. 11:45-57, p. 1.579.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 11:45-54, p. 1.873.
3 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 11, it.
“c”. A ressureição de Lázaro, p. 594.
4 GARDNER, Paul. (Editor). Quem é quem na bíblia sagrada. Trad. Josué Ribeiro.
São Paulo: Editora Vida, 2005. verbete: Caifás, p. 106.
5 XAVIER, Francisco Cândido. Nós. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. Brasília,
DF: FEB; São Paulo: CEU, 2022. cap. 4 – Os dons do Cristo.
6 XAVIER, Francisco Cândido. Nós. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. Brasília,
DF: FEB; São Paulo: CEU, 2022. cap. 4 – Os dons do Cristo.
7 RIGONATTI, Eliseu. O evangelho dos humildes: o evangelho de Mateus e atos
dos apóstolos explicados à luz do espiritismo. São Paulo: Pensamento, 2018.
cap. 26, p. 182.
8 CHAMPLIN, Russell Norman. Novo dicionário bíblico Champlin. Ampl. e
atual. São Paulo: Hagnos, 2018. verbete: Efraim, p. 498.
9 FRANCO, Divaldo Pereira. Jesus e o evangelho: à luz da psicologia profunda.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 2000. cap. Julgamentos,
p. 82 e 83.
10 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 11:55-57, p. 1.873.
11 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 20, it. Páscoa, p.
277 e 278.
12 PASTORINO, Carlos Torres. Sabedoria do evangelho. v. 6. Rio de Janeiro:
Sabedoria, 1969. cap. Onde está Jesus?, p. 181.
203
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 21
204
TEMA 21 – A UNÇÃO DE BETÂNIA. ENTRADA MESSIÂNICA DE JESUS EM JERUSALÉM (JO 12:1 A 19)
A lição moral que o evangelista nos traz indica que, perante a nossa
peregrinação cristã, podemos até ser assaltados por dúvidas em razão do
pouco entendimento que ainda possuímos, mas jamais vacilar quanto ao
testemunho sincero de que o Cristo é o nosso Guia e Modelo, como acon-
selha o benfeitor espiritual:
Se aceitaste o Evangelho por abençoado roteiro de aperfeiçoamento, não te
esqueças da representação que nos cabe em toda parte.
***
A fé nos confere consolação, mas nos reveste de responsabilidade a que não
podemos fugir.
***
Somos embaixadores de Jesus onde estivermos, se a Luz d’Ele é o clarão que
nos descortina o futuro.
***
Não te esqueças de semelhante realidade para que a tua experiência religiosa
não se reduza a simples adoração improdutiva.5
205
O Evangelho Redivivo – Livro V
206
TEMA 21 – A UNÇÃO DE BETÂNIA. ENTRADA MESSIÂNICA DE JESUS EM JERUSALÉM (JO 12:1 A 19)
21.1.2 MARTA
“Mencionada nos evangelhos de Lucas e de João, era uma discípula e
seguidora fiel de Cristo, muito estimada por Ele (Jo 11:5).”10
Marta vivia com seus dois irmãos, Maria e Lázaro, na pequena vila de Betânia
(Jo 11:1), localizada nas encostas ao leste do Monte das Oliveiras; Jesus os
207
O Evangelho Redivivo – Livro V
21.1.3 LÁZARO
“Em João, 11:1-12;19, [consta que] era o irmão de Maria e Marta, os
quais viviam em Betânia, Jesus muitas vezes hospedou-se na casa deles
(Lc 10:38-42) e tinha uma profunda afeição pelos três irmãos (Jo 11:3-5;
33, 35).” 12
Lázaro ficou gravemente enfermo, e suas irmãs enviaram uma mensagem a
Jesus, a fim de que Ele viesse curá-lo. Ao receber a notícia, Cristo falou que
aquela doença não resultaria na morte de Lázaro, mas sim na revelação da
glória de Deus (Jo 11:4).
Depois de uma longa jornada (Jo 11:17), Jesus foi recebido por Marta
quatro dias após o sepultamento de Lázaro. [...] Jesus dirigiu-se ao tú-
mulo e ordenou que a pedra que selava a entrada fosse removida. Pela fé,
apesar do mau cheiro, obedeceram, e Cristo orou em voz alta para que a
ressurreição miraculosa de Lázaro inspirasse fé nas pessoas. Com uma
palavra de comando, dirigida para dentro do túmulo, Lázaro retornou à
vida e saiu do túmulo.
O milagre de Jesus inspirou a fé em algumas pessoas (Jo 11:45), mas a notícia
provocou um complô no Sinédrio para matar o Filho de Deus. (Jo 11:53).13
208
TEMA 21 – A UNÇÃO DE BETÂNIA. ENTRADA MESSIÂNICA DE JESUS EM JERUSALÉM (JO 12:1 A 19)
Também tu14
E os principais dos sacerdotes tomaram a deliberação
de matar também a Lázaro. (João, 12:10.)
Interessante observar as cogitações do farisaísmo, relativamente a Lázaro, nas
horas supremas de Jesus.
Não bastava a crucificação do Mestre.
Intentava-se, igualmente, a morte do amigo de Betânia.
Lázaro fora cadáver e revivera, sepultara-se nas trevas do túmulo e regressara
à luz da vida. Era, por isso, uma glorificação permanente do Salvador, uma
cura insofismável do Médico Divino. Constituiria em Jerusalém a carta viva
do poder do Cristo, destoava dos conterrâneos, tornara-se diferente.
Considerava-se, portanto, indispensável a destruição dele.
O farisaísmo dos velhos tempos ainda é o mesmo nos dias que passam, apenas
com a diferença de que Jerusalém é a civilização inteira. Para ele, o Mestre deve
continuar crucificado e todos os Lázaros ressurgirão sentenciados à morte.
Qualquer homem, renovado em Cristo, incomoda-o.
Há participantes do Evangelho que se sentem verdadeiramente ressuscitados,
trazidos à claridade da fé, após atravessarem o sepulcro do ódio, do crime,
da indiferença...
O farisaísmo, entretanto, não lhes tolera a condição de redivivos, a demonstra-
rem a grandeza do Mestre. Instala perseguições, desclassifica-os na convenção
puramente humana, tenta anular-lhes a ação em todos os setores da experiência.
Somente os Lázaros que se unam ao amor de Jesus conseguem vencer o terrível
assédio da ignorância.
Tem, pois, cuidado contigo mesmo.
Se te sentes trazido da sombra para a luz, do mal para o bem, ao sublime
influxo do Senhor, recorda que o farisaísmo, visível e invisível, obedecendo a
impulsos de ordem inferior, ainda está trabalhando contra o valor de tua fé e
contra a força de teu ideal.
Não bastou a crucificação do Mestre.
Também tu conhecerás o testemunho.
209
O Evangelho Redivivo – Livro V
discípulos, a princípio, não compreenderam isso; mas quando Jesus foi glori-
ficado, lembraram-se de que essas coisas estavam escritas a seu respeito e que
elas tinham sido realizadas. 17A multidão, que estava com ele quando chamara
Lázaro do sepulcro e o ressuscitara dos mortos, dava testemunho. 18E por isso,
a multidão saiu ao seu encontro: soubera que ele havia feito esse sinal. 19Os
fariseus então disseram uns aos outros: “Vede: nada conseguis. Todo mundo
vai atrás dele!”
210
TEMA 21 – A UNÇÃO DE BETÂNIA. ENTRADA MESSIÂNICA DE JESUS EM JERUSALÉM (JO 12:1 A 19)
João de Jesus Moutinho, por sua vez, destaca que, a ovação do povo,
que, em momento de emoção, o chamava de Bendito e pronunciava hosanas
irritou profundamente os chefes religiosos que, a partir desse momento,
mudariam de estratégia junto ao povo, a fim de condenar Jesus à morte,
como realmente aconteceu pouco tempo depois: as exclamações de júbilo,
atribuindo-lhe a condição do Grande Esperado, contrariam as autorida-
des religiosas que lhe pedem para repreender a multidão, dele ouvindo as
seguintes palavras: Asseguro-vos que, se o povo se calar, as próprias pedras
clamarão (Lucas, 19:38 a 40).
Cavalgando modesto animal de serviço, na curta viagem que o conduz a
Jerusalém, com destino à via crucial, Jesus consagra expressiva lição de paz,
trabalho e serenidade – fundamentos da vida e do progresso – num contraste
às ruidosas demonstrações de poder e força com que os príncipes da Terra
se destacam, cavalgando animais de raça, onde demonstram prepotência,
escravidão e morte.19
211
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 629.
2 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 630.
3 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes; et
al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 12:1-50, it. 12:1-8, p. 1.580.
4 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes; et al.
1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 12:1-50, it. 12:12-19, p. 1.581.
5 XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada do reino. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed.
1. imp. Brasília: FEB; São Paulo: IDEAL: 2021. cap. 5 – Na peregrinação Cristã.
6 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 12:1-11, p. 1.873 e 1.874.
7 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Unção/Ungido, p. 1.361 e 1.362.
8 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Nardo, p. 915.
9 GARDNER, Paul. (Editor). Quem é quem na bíblia sagrada. Trad. Josué Ribeiro.
São Paulo: Editora Vida, 2005. verbete: Maria, de Betânia, p. 438 e 439.
10 GARDNER, Paul. (Editor). Quem é quem na bíblia sagrada. Trad. Josué Ribeiro.
São Paulo: Editora Vida, 2005. verbete: Maria, de Betânia, p. 439.
212
TEMA 21 – A UNÇÃO DE BETÂNIA. ENTRADA MESSIÂNICA DE JESUS EM JERUSALÉM (JO 12:1 A 19)
11 GARDNER, Paul. (Editor). Quem é quem na bíblia sagrada. Trad. Josué Ribeiro.
São Paulo: Editora Vida, 2005. verbete: Marta, p. 439 e 440.
12 GARDNER, Paul. (Editor). Quem é quem na bíblia sagrada. Trad. Josué Ribeiro.
São Paulo: Editora Vida, 2005. verbete: Lázaro, p. 406.
13 GARDNER, Paul. (Editor). Quem é quem na bíblia sagrada. Trad. Josué Ribeiro.
São Paulo: Editora Vida, 2005. verbete: Lázaro, p. 406 e 407.
14 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 61.
15 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 12:12-19, p. 1.874.
16 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 12:1-50, it. 12:12-19,
p. 1.581.
17 RIGONATTI, Eliseu. O evangelho dos humildes: o evangelho de Mateus e atos
dos apóstolos explicados à luz do espiritismo. 1. ed. São Paulo: Pensamento,
2018. cap. 21, p. 148.
18 SCHUTEL, Cairbar. O espírito do cristianismo. 8. ed. Matão, SP: Casa Editora
O Clarim, 2001. cap. 31 – Entrada triunfal em Jerusalém.
19 MOUTINJO, João de Jesus. Código do reino: interpretações bíblicas e evan-
gélicas à luz da codificação kardequiana. Parte I. 2. ed. 1. imp. Brasília, DF:
FEB, 2012. 2ª pt., cap. 31 – Divino embaixador.
20 FRANCO, Divaldo Pereira. Rei triunfante. Pelo Espírito Joanna de Ângelis.
(Mensagem psicográfica transmitida na sessão mediúnica da noite de 24 de
setembro de 2018, no Centro Espírita Caminho da Redenção. Salvador, Bahia).
In: Mundo Espírita, ano 90, n. 1.660, nov. 2022.
21 FRANCO, Divaldo Pereira. Rei triunfante. Pelo Espírito Joanna de Ângelis.
(Mensagem psicográfica transmitida na sessão mediúnica da noite de 24 de
setembro de 2018, no Centro Espírita Caminho da Redenção. Salvador, Bahia).
In: Mundo Espírita, ano 90, n. 1.660, nov. 2022.
22 XAVIER, Francisco Cândido. Lázaro redivivo. Pelo Espírito Irmão X. 13. ed.
4. imp. Brasília, DF: FEB, 2020. cap. 17 – Lição em Jerusalém.
213
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 22
Temos aqui uma narrativa que incluem detalhes não encontrados nos
evangelhos sinópticos, descritos apenas pelo Evangelista João, possivelmente
com o objetivo de demonstrar qual seria a destinação futura do Evangelho
de Jesus, como esclarece respeitável estudioso estadunidense Norman
Russell Champlin:1
1) Serve de profecia sobre como a mensagem cristã haveria de
universalizar-se, não sendo uma mensagem local, como era o
Judaísmo. Os gregos, isto é, os pagãos haveriam de beneficiar-se
da mensagem sobre Jesus e haveriam de fazer-se seus discípulos.
2) Serve também para o reflexo, pois, quando este quarto evange-
lho foi escrito, a missão entre os gentios já estava bastante desen-
volvida e já havia obtido sucesso em todas as porções do mundo
greco-romano. A igreja cristã fora estabelecida em todos os cen-
tros importantes do mundo então conhecido, e o nome do Cristo
já fora proclamado por toda parte.
3) É também símbolo da atração universal exercida pelo Cristianis-
mo, em contraste com o apelo meramente local do Judaísmo.
4) Ilustra, dentro da polêmica cristã, o fato de que, embora a maioria
dos judeus tenha rejeitado a Jesus, por motivo de sua obstinação,
a mensagem e a pessoa de Cristo são o dom valioso de Deus –
Jesus é o Messias.
5) Jesus viu no fato de os gregos pretenderem aproximar-se d’Ele um
sinal de que a sua hora de sofrimento e glorificação já se havia
214
TEMA 22 – JESUS ANUNCIA SUA GLORIFICAÇÃO ATRAVÉS DA MORTE. (JO 12:20 A 50)
215
O Evangelho Redivivo – Livro V
216
TEMA 22 – JESUS ANUNCIA SUA GLORIFICAÇÃO ATRAVÉS DA MORTE. (JO 12:20 A 50)
O certo é que o Messias anunciado nas Escrituras veio, mas não foi
reconhecido em face da cegueira espiritual existente, que não lhes permitia
ir além das aparências da verdade. Entretanto, por três anos seguidos, Ele
conviveu intensamente com judeus e povos gentílicos; anunciou a vinda
do Reino de Deus e, pelo exemplo e sinais, ensinou como praticar a Lei
de Amor. Sabemos, porém, que os verdadeiros discípulos entenderam o
significado desta afirmativa do Mestre Nazareno: Se alguém quer servir-me,
siga-me; e onde estou eu, aí também estará o meu servo. Se alguém me serve,
meu Pai o honrará. (Jo 12:26).
Emmanuel esclarece a respeito:
Frequentemente, as organizações religiosas e mormente as espiritistas, na
atualidade, estão repletas de pessoas ansiosas por um conforto.
De fato, a elevada Doutrina dos Espíritos é a divina expressão do Consolador
Prometido. Em suas atividades resplendem caminhos novos para o pensamento
humano, cheios de profundas consolações para os dias mais duros.
No entanto, é imprescindível ponderar que não será justo querer alguém
confortar-se, sem se dar ao trabalho necessário...
Muitos pedem amparo aos mensageiros do Plano Invisível; mas como recebê-lo,
se chegaram ao cúmulo de abandonar-se ao sabor da ventania impetuosa que
sopra, de rijo, nos resvaladouros dos caminhos?
Conforto espiritual não é como o pão do mundo, que passa, mecanicamente,
de mão em mão, para saciar a fome do corpo, mas, sim, como o Sol, que é o
mesmo para todos, penetrando, porém, somente nos lugares onde não se haja
feito um reduto fechado para as sombras.
Os discípulos de Jesus podem referir-se às suas necessidades de conforto. Isso
é natural. Todavia, antes disso, necessitam saber se estão servindo ao Mestre
e seguindo-o. O Cristo nunca faltou às suas promessas. Seu Reino Divino
se ergue sobre consolações imortais; mas, para atingi-lo, faz-se necessário
seguir-lhe os passos e ninguém ignora qual foi o caminho de Jesus, nas pedras
deste mundo.5
217
O Evangelho Redivivo – Livro V
218
TEMA 22 – JESUS ANUNCIA SUA GLORIFICAÇÃO ATRAVÉS DA MORTE. (JO 12:20 A 50)
não sabe para onde vai! Enquanto tendes a luz, crede na luz, para vos tor-
nardes filhos da luz”. Após ter dito isso, Jesus retirou-se e se ocultou deles.
(Jo 12:35 e 36).
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O Evangelho Redivivo – Livro V
220
TEMA 22 – JESUS ANUNCIA SUA GLORIFICAÇÃO ATRAVÉS DA MORTE. (JO 12:20 A 50)
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 12, it.
“d” – Gregos procuram Jesus – 12:20-26, p. 630 e 631.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 12:20-36, p. 1.874 e 1.875.
3 VINÍCIUS. Na seara do mestre. 10. ed. Brasília, DF: FEB, 2011. cap. O segredo
da vida.
4 VINÍCIUS. Na seara do mestre. 10. ed. Brasília, DF: FEB, 2011. cap. O segredo
da vida.
5 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 11 – Conforto.
6 FRANCO, Divaldo Pereira. Dimensões da verdade. Pelo Espírito Joanna de
Ângelis. (Edição comemorativa de 50 anos). Salvador, BA: LEAL, 2015. cap.
33, p. 137.
7 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 12:28. Nota de rodapé “b”, p. 1.875.
8 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 58 – Crises.
9 XAVIER, Francisco Cândido. Livro da esperança. Pelo Espírito Emmanuel. 1.
ed. Brasília, DF; Uberaba, MG: CEC, 2015. cap. 67 – Tempo de hoje.
10 XAVIER, Francisco Cândido. Livro da esperança. Pelo Espírito Emmanuel. 1.
ed. Brasília, DF; Uberaba, MG: CEC, 2015 cap. 66 – O espírita.
11 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 12:37-50, p. 1.876.
12 FRANCO, Divaldo Pereira. Dimensões da verdade. Pelo Espírito Joanna de
Ângelis. (Edição comemorativa de 50 anos). Salvador, BA: LEAL, 2015. cap.
51, p. 207 e 208.
13 FRANCO, Divaldo Pereira. Dimensões da verdade. Pelo Espírito Joanna de
Ângelis. (Edição comemorativa de 50 anos). Salvador, BA: LEAL, 2015. cap.
51, p. 208 e 209.
221
PARTE VII
223
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 23
O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA
TRAIÇÃO DE JUDAS.
A DESPEDIDA DE JESUS –
1a PARTE (JO 13:1 A 38)
224
TEMA 23 – O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS. A DESPEDIDA DE JESUS – 1ª PARTE (JO 13:1 A 38)
segundo João apresenta uma série de instruções aos seus discípulos no final
da Ceia, orientações estas que passaram à História com o nome de o Sermão
do Cenáculo, as quais caracterizam as despedidas do Senhor:
Essas mensagens de despedida não têm paralelo nenhum nos evangelhos
sinópticos, e em toda a Bíblia, o que mais se aproxima delas é o cântico de
despedida e de bênção de Moisés, nos capítulos 32 e 33 de Deuteronômio. O
discurso de despedida feito pelo apóstolo Paulo, porém, conta com alguns
pontos similares (ver At 20:17 ss.).3
225
O Evangelho Redivivo – Livro V
[...]
Embora o costume comum de refeições de comunhão entre os judeus tivessem
sido base suficiente para o ágape primitivo, alguns preferem traçar a prática
até as circunstâncias reais da Última Ceia. [...].6
Sem dúvida, a Última Ceia foi uma Festa de Amor, um legítimo Ágape,
em que o amor do Cristo é intensamente demonstrado:
Jesus, tendo de deixar a Terra pelo sacrifício que se consumaria no Gólgota,
come a última páscoa com os seus apóstolos e os prepara a serem, por um
sinal, reconhecidos como seus discípulos.
Sob a figura simbólica da páscoa, Jesus faz o derradeiro e solene apelo à prática
da Lei de Amor e, assim, à fraternidade universal, único meio da regeneração
humana, caminho da redenção e liberdade, que estabelecerá na Terra, segundo
a lei essencial do progresso e harmonia universais, o reino de Deus.7
226
TEMA 23 – O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS. A DESPEDIDA DE JESUS – 1ª PARTE (JO 13:1 A 38)
227
O Evangelho Redivivo – Livro V
Simão Iscariotes (Jo 13:26 e 27). Ato contínuo, Judas pega o pedaço de pão e
se retira (Jo 13:30). Sabemos que Judas Iscariotes deixa a Reunião de Amor
para ir se encontrar com os chefes dos sacerdotes, a fim de combinarem a
prisão de Jesus.
Por estas palavras: “Sei quais foram por mim os escolhidos” [Jo 13:18], Jesus
faz a alusão aos onze apóstolos fiéis que, capazes de empreender e levar ao
fim a missão que haviam solicitado, tinham sido escolhidos, no sentido de
que, encorajados por seus guias a pedi-la, a obtiveram, sendo assim, aceitos
pelo mesmo Jesus.
As suas palavras relativas à predição da traição de Judas têm por fim chamar
a atenção de seus apóstolos, para que, quando se desse a traição, ficassem
impressionados e reconhecessem, pela sua faculdade extra-humana da pres-
ciência, que Ele era o enviado de Deus.11
228
TEMA 23 – O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS. A DESPEDIDA DE JESUS – 1ª PARTE (JO 13:1 A 38)
229
O Evangelho Redivivo – Livro V
230
TEMA 23 – O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS. A DESPEDIDA DE JESUS – 1ª PARTE (JO 13:1 A 38)
Sim, o Divino Redentor, tendo consciência exata de sua origem, de sua natu-
reza, de seus poderes; sabendo que era o Espírito protetor e governador do
nosso planeta, encarregado do nosso desenvolvimento, do nosso progresso
e de nos conduzir à perfeição; sabendo que viera de Deus e que ia tornar
à natureza espiritual que lhe era própria, quis, por esse ato emblemático
do lava-pés, mostrar aos homens o caminho que abrira e percorrera, e
pelo qual devem eles, sem fraquejar, sem cessar, marchar e avançar para
se elevarem, e, purificando-se, voltarem a Deus pela perfeição – caminho
que é o da humildade e da renúncia: da humildade, pela simplicidade do
coração e brandura do espírito; da renúncia, pela ausência de orgulho e
de egoísmo, de todos os vícios e de todas as paixões; praticando assim a
Lei de Amor, que é o resumo da justiça, da caridade, da abnegação e do
devotamento por todos.15
231
O Evangelho Redivivo – Livro V
232
TEMA 23 – O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS. A DESPEDIDA DE JESUS – 1ª PARTE (JO 13:1 A 38)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
O novo mandamento20
Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros,
como eu vos amei. Jesus (João, 13:34.)
A leitura despercebida do texto induziria o leitor a sentir nessas palavras do
Mestre absoluta identidade com o seu ensinamento relativo à regra áurea*.
Entretanto, é preciso salientar a diferença.
O “ama a teu próximo como a ti mesmo” é diverso do “que vos ameis uns aos
outros como eu vos amei”.
O primeiro institui um dever, em cuja execução não é razoável que o homem
cogite da compreensão alheia. O aprendiz amará o próximo como a si mesmo.
Jesus, porém, engrandeceu a fórmula, criando o novo mandamento na comu-
nidade cristã. O Mestre refere-se a isso na derradeira reunião com os amigos
queridos, na intimidade dos corações.
A recomendação “que vos ameis uns aos outros como eu vos amei” assegura
o regime da verdadeira solidariedade entre os discípulos, garante a confiança
fraternal e a certeza do entendimento recíproco.
Em todas as relações comuns, o cristão amará o próximo como a si mesmo,
reconhecendo, contudo, que no lar de sua fé conta com irmãos que se amparam
efetivamente uns aos outros.
Esse é o novo mandamento que estabeleceu a intimidade legítima entre os
que se entregaram ao Cristo, significando que, em seus ambientes de trabalho,
há quem se sacrifique e quem compreenda o sacrifício, quem ame e se sinta
amado, quem faz o bem e quem saiba agradecer.
Em qualquer círculo do Evangelho, onde essa característica não assinala as
manifestações dos companheiros entre si, os argumentos da Boa-Nova podem
haver atingido os cérebros indagadores, mas ainda não penetraram o santuário
dos corações.
REFERÊNCIAS
1 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 13.1-17-26, it. 13:1-
38, p. 1.583.
2 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XIII, p. 407.
234
TEMA 23 – O LAVA-PÉS. O ANÚNCIO DA TRAIÇÃO DE JUDAS. A DESPEDIDA DE JESUS – 1ª PARTE (JO 13:1 A 38)
235
O Evangelho Redivivo – Livro V
236
TEMA 24
A DESPEDIDA DE JESUS –
2a PARTE (JO 14:1 A 31)
237
O Evangelho Redivivo – Livro V
que, onde eu estiver, estejais vós também. 4E para onde vou, conheceis
o caminho”. 5Tomé lhe diz: “Senhor, não sabemos para onde vais. Como
podemos conhecer o caminho?” 6Diz-lhe Jesus: “Eu sou o Caminho, a
Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim. 7Se me conhe-
ceis, também conhecereis a meu Pai. Desde agora o conheceis e o vistes”.
8
Filipe lhe diz: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta!” 9Diz-lhe Jesus:
“Há tanto tempo estou convosco e tu não me conheces, Filipe? Quem
me vê, vê o Pai. Como podes dizer: ‘Mostra-nos o Pai!’? 10Não crês que
estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que vos digo, não as digo
por mim mesmo, mas o Pai, que permanece em mim, realiza suas obras.
11
Crede-me: eu estou no Pai e o Pai em mim. Crede-o, ao menos, por
causa dessas obras. 12Em verdade, em verdade, vos digo: quem crê em
mim fará as obras que faço e fará até maiores do que elas, porque vou
para o Pai. 13E o que pedirdes em meu nome, eu o farei a fim de que o
Pai seja glorificado no Filho. 14Se me pedirdes algo em meu nome, eu o
farei. 15Se me amais, observareis meus mandamentos, 16e rogarei ao Pai e
ele vos dará outro Paráclito, para que convosco permaneça para sempre,
17
o Espírito da Verdade, que o mundo não pode acolher, porque não o vê
nem o conhece. Vós o conheceis, porque permanece convosco. 18Não vos
deixarei órfãos. Eu virei a vós. 19Ainda um pouco e o mundo não mais
me verá, mas vós me vereis porque eu vivo e vós vivereis. 20Nesse dia
compreendereis que estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós. 21Quem
tem meus mandamentos e os observa é que me ama; e quem me ama será
amado por meu Pai. Eu o amarei e me manifestarei a ele”. “Se alguém me
ama, guardará minha palavra, e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele
estabeleceremos morada. 22Judas – não o Iscariotes – lhe diz: “Senhor,
por que te manifestarás a nós e não ao mundo? 23Respondeu-lhe Jesus:
Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e a ele
viremos e nele estabeleceremos morada. 24Quem não me ama não guarda
minhas palavras; e minha palavra não é minha, mas do Pai que me enviou.
25
Essas coisas vos disse estando entre vós. 26Mas o Paráclito, o Espírito
Santo que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará tudo e vos recordará
tudo o que vos disse. 27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la
dou como o mundo dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração.
28
Vós ouvistes o que vos disse: Vou e retorno a vós. Se me amásseis, ficaríeis
alegres por eu ir para o Pai, porque o Pai é maior do que eu. 29Eu vo-lo
disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais. 30Já
não conversarei muito convosco, pois o príncipe deste mundo vem; contra
mim, ele nada pode, 31mas é preciso que o mundo saiba que amo o Pai e
faço como o Pai me ordenou. Levantai-vos! Saiamos daqui!
238
TEMA 24 – A DESPEDIDA DE JESUS – 2ª PARTE (JO 14:1 A 31)
239
O Evangelho Redivivo – Livro V
“Desde algumas horas até alguns milhares de séculos. Aliás, não há, propria-
mente falando, um limite máximo estabelecido para o estado errante, que pode
prolongar-se por muito tempo, mas que nunca é perpétuo. Cedo ou tarde, o
Espírito encontra sempre oportunidade de recomeçar uma existência que sirva
à purificação das suas existências anteriores.”8
240
TEMA 24 – A DESPEDIDA DE JESUS – 2ª PARTE (JO 14:1 A 31)
241
O Evangelho Redivivo – Livro V
E tem mais:
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: co-
nhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba de onde vem, para onde
vai e por que está na Terra; um chamamento aos verdadeiros princípios da
Lei de Deus e consolação pela fé e pela esperança.17
242
TEMA 24 – A DESPEDIDA DE JESUS – 2ª PARTE (JO 14:1 A 31)
243
O Evangelho Redivivo – Livro V
244
TEMA 24 – A DESPEDIDA DE JESUS – 2ª PARTE (JO 14:1 A 31)
245
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 FAJARDO, Cláudio. O sermão do cenáculo: a vinda do filho do homem. 1. ed.
Belo Horizonte, MG: Itapuã, 2009. cap. 1, p. 37 e 38.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 14:1-31, p. 1.879 a 1.881.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 14:1-3, p. 1.879.
4 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 3, it. 2.
5 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 202. q. 224.
6 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 202. q.112.
7 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 202. q.113.
8 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 202. q. 225-a.
9 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XIV, p. 420.
246
TEMA 24 – A DESPEDIDA DE JESUS – 2ª PARTE (JO 14:1 A 31)
247
O Evangelho Redivivo – Livro V
248
TEMA 25
A DESPEDIDA DE JESUS –
3a PARTE – A VERDADEIRA
VIDEIRA. OS DISCÍPULOS E
O MUNDO (JO 15:1 A 27)
* Sermão do Cenáculo: expressão relacionada ao local onde foi proferido, isto é: “Casa de
refeição. Casa onde se ceava ou jantava, de ordinário no alto do edifício, entre os antigos
romanos (1 Cr 27:11)”.
249
O Evangelho Redivivo – Livro V
250
TEMA 25 – A DESPEDIDA DE JESUS – 3ª PARTE – A VERDADEIRA VIDEIRA. OS DISCÍPULOS E O MUNDO (JO 15:1 A 27)
Jesus também ensina que sendo Ele a videira, nós somos os ramos
desta planta, mas somente produziremos frutos se nos mantivermos uni-
dos à videira (v. 5), caso contrário, os ramos secarão, serão lançados fora e,
quando recolhidos, alimentarão o fogo da fogueira (v. 6):
Jesus é o bem e o amor do princípio.
Todas as noções generosas da Humanidade nasceram de sua divina influen-
ciação. Com justiça, asseverou aos discípulos, nesta passagem do Evangelho de
João, que seu Espírito Sublime representa a árvore da vida e seus seguidores
sinceros as frondes promissoras, acrescentando que, fora do tronco, os galhos
se secariam, caminhando para o fogo da purificação.
Sem o Cristo, sem a essência de sua grandeza, todas as obras humanas estão
destinadas a perecer.
[...]
Os homens são varas verdes da árvore gloriosa. Quando traem seus deveres,
secam-se porque se afastam da seiva, rolam ao chão dos desenganos, para que
se purifiquem no fogo dos sofrimentos reparadores, a fim de serem novamente
tomados por Jesus, à conta de sua misericórdia, para a renovação. É razoável,
portanto, positivemos nossa fidelidade ao Divino Mestre, refletindo no elevado
número de vezes em que nos ressecamos, no passado, apesar do imenso amor
que nos sustenta em toda a vida.8
251
O Evangelho Redivivo – Livro V
(Jo 13:34 e 35): Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu
vos amei (Jo 15:12). Somente o amor, ensina o Mestre Nazareno, consegue
sacrificar a própria vida pelo próximo (Jo 15:13). O amor é a essência da
vida, como ensina Joanna de Ângelis:
O amor é o sentimento fundamental para o estabelecimento da felicidade hu-
mana, sem o qual a vida perde o total sentido e significado de que se reveste.
Um indivíduo rico de amor transforma-se em precioso celeiro, onde todos
podem se repletar de alimento vivo.9
252
TEMA 25 – A DESPEDIDA DE JESUS – 3ª PARTE – A VERDADEIRA VIDEIRA. OS DISCÍPULOS E O MUNDO (JO 15:1 A 27)
Tais registros são alertas que o Senhor fez aos discípulos quanto aos acon-
tecimentos futuros, que seriam marcados pela declarada hostilidade contra os
cristãos, sobretudo as lideranças cristãs. Eles sofreriam todo tipo de perseguição
e de maus-tratos, inclusive prisões, condenações e sentença de morte sumária:
“[...] Aqui encontramos tanto uma predição (feita pelo Senhor Jesus) como
um reflexo histórico das primeiras perseguições movidas contra os cristãos,
tanto da parte dos judeus como da parte dos romanos”.14 Contudo, a despeito
das lutas acerbas que os discípulos passaram, eles saíram da vestimenta física
vitoriosos, mantendo a comunhão com o Cristo e profunda fé em Deus: “Essa
comunhão com Cristo altera também as relações entre o crente e o mundo,
porque assim como este mundo hostil odiou e matou o Messias, também os
seus discípulos seriam odiados e maltratados” (Jo 15:18 a 22).14
Na seção anterior, Jesus falou sobre o poder do amor. Em seguida Ele voltou
sua atenção ao poder do ódio, alertando seus discípulos sobre a oposição que
253
O Evangelho Redivivo – Livro V
254
TEMA 25 – A DESPEDIDA DE JESUS – 3ª PARTE – A VERDADEIRA VIDEIRA. OS DISCÍPULOS E O MUNDO (JO 15:1 A 27)
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 15, it.
1-3, p. 705.
2 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 15, it.
4, p. 705.
3 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por versí-
culo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 15, it. 5, p. 705.
4 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por versí-
culo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 15, it. 6, p. 705.
5 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
255
O Evangelho Redivivo – Livro V
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 15:1-17, p. 1.881 e 1.883.
6 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 54 – A videira.
7 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XV, p. 434.
8 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 55 – As varas da videira.
9 FRANCO, Divaldo Pereira. Garimpo de amor. Pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 2003. cap. 11, p. 75.
10 FRANCO, Divaldo Pereira. Garimpo de amor. Pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 2003. cap. 11, p. 79.
11 FAJARDO, Cláudio. O sermão do cenáculo: a vinda do filho do homem. Belo
Horizonte, MG: Itapuã, 2009. cap. 3, p. 133.
12 FAJARDO, Cláudio. O sermão do cenáculo: a vinda do filho do homem. Belo
Horizonte, MG: Itapuã, 2009. cap. 3, p. 134.
13 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 15:18-27, p. 1.883.
14 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por versí-
culo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 15, it. 12, p. 705.
15 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes; et
al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 15, it. 15:18; 16:3, p. 1.589.
16 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XV, p. 439.
17 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XV, p. 439 e 440.
18 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XIV, p. 430.
19 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 6, it. 4.
20 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 6, it. 4.
256
TEMA 26
A DESPEDIDA DE JESUS
– 4a PARTE – A VINDA DO
PARÁCLITO (JO 16:1 A 15)
Vemos assim, que por muito tempo os cristãos foram alvo de todo tipo
de preconceito, desprezados, perseguidos e mortos pelos donos do poder,
religiosos ou não, fazendo-os viver à margem da sociedade, como párias:1
Por conseguinte, foi por razões como essas que o Senhor Jesus resolveu advertir
os seus discípulos, aludindo à sua obra, ao novo Consolador, Conselheiro,
Ajudador, o alter ego de Jesus Cristo, que o Senhor haveria de lhes enviar, com
a finalidade de dar continuidade à sua obra, para servir de presença divina
entre eles. (Ver os v. 12-15 deste capítulo.) [...].2
257
O Evangelho Redivivo – Livro V
Não vos disse isso desde o princípio porque estava convosco. 5Agora, porém,
vou para aquele que me enviou e nenhum de vós me pergunta: “Para onde
vais?” 6Mas porque vos disse isso, a tristeza encheu vossos corações. 7No
entanto, eu vos digo a verdade: é de vosso interesse que eu parta, pois, se eu
não for, o Paráclito não virá a vós. Mas se for, enviá-lo-ei a vós. 8E quando ele
vier, estabelecerá a culpabilidade do mundo a respeito do pecado, da justiça
e do julgamento: 9do pecado, porque não creem em mim; 10da justiça, porque
vou para o Pai e não mais me vereis; 11do julgamento, porque o Príncipe deste
mundo está julgado. 12Tenho ainda muito que vos dizer, mas não podeis agora
suportar. 13Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade
plena, pois não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos
anunciará as coisas futuras. 14Ele me glorificará porque receberá do que é meu
e vos anunciará. 15Tudo o que o Pai tem é meu. Por isso vos disse: ele receberá
do que é meu e vos anunciará.
258
TEMA 26 – A DESPEDIDA DE JESUS – 4ª PARTE – A VINDA DO PARÁCLITO (JO 16:1 A 15)
Jesus em sua predição abrange todos os que, como os seus discípulos, em diver-
sas épocas, pregaram e pregarão a verdade, combatendo os abusos e os vícios.
Aqueles que praticaram a intolerância, o fanatismo, a perseguição contra os
discípulos e os levaram à morte, creram que faziam um serviço a Deus; obravam
assim – porque não conheciam o Pai, que é o Deus de amor, do amor univer-
sal, infinito – porque não conheciam a Jesus, que era o enviado do Senhor, o
emblema da Lei de Amor, e não conheciam a grandeza e o fim da sua missão,
que era de regeneração da Humanidade pela justiça, pelo amor, pela caridade
e, pois, pela fraternidade entre os homens.7
259
O Evangelho Redivivo – Livro V
260
TEMA 26 – A DESPEDIDA DE JESUS – 4ª PARTE – A VINDA DO PARÁCLITO (JO 16:1 A 15)
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 16, p. 725.
2 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 16, p. 726.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 16:1-15, p. 1.883 a 1.885.
4 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 101.
5 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 101.
6 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XVI, p. 446.
7 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XVI, p. 447.
8 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XVI, p. 448.
261
O Evangelho Redivivo – Livro V
262
TEMA 27
A DESPEDIDA DE JESUS –
5a PARTE – ANÚNCIO DE PRONTO
RETORNO (JO 16:16 A 33)
Dos Temas 23 (Jo 13:1 a 38) ao 28 (Jo 17:1 a 26) estamos estudamos
orientações finais de Jesus, pronunciadas na Última Ceia, as quais sintetizam
a pregação que Ele proferiu ao longo de três anos, quando esteve entre nós
no plano físico. São esclarecimentos fundamentais que serviram de base
à instalação e desenvolvimento do Cristianismo no mundo, no passado,
presente e futuro, visto que a mensagem do Cristo extrapola os séculos,
cumprindo o seu permanente papel de formação do homem de bem:
A Verdade há sido sempre revelada ao homem na medida do que o homem
podia compreender; os Espíritos do Senhor, seus mensageiros, seus missio-
nários, quer no estado errante, quer encarnados, têm trazido, em todos os
tempos, a luz, a ciência, a verdade, em correlação às inteligências e às neces-
sidades de cada época.1
263
O Evangelho Redivivo – Livro V
pela mente que o retorno ao Pai, informado por Jesus, era alusão à própria
morte, seguida da Ressureição:
[...] Essa ida para o Pai, por parte do Senhor Jesus, assegurou aos discípu-
los a visão espiritual mais perfeita sobre o Filho: a revelação de sua glória,
pois dessa maneira é que Cristo subiu para a glória que lhe convinha. Por
conseguinte, dessa forma, os discípulos viriam compreender a magnitude
da pessoa de Jesus Cristo; e, prosseguindo mais ainda nessa compreensão,
perceberam qual seria o seu elevadíssimo destino, que está eternamente
vinculado ao Cristo. [...].3
264
TEMA 27 – A DESPEDIDA DE JESUS – 5ª PARTE – ANÚNCIO DE PRONTO RETORNO (JO 16:16 A 33)
265
O Evangelho Redivivo – Livro V
266
TEMA 27 – A DESPEDIDA DE JESUS – 5ª PARTE – ANÚNCIO DE PRONTO RETORNO (JO 16:16 A 33)
Alegria cristã9
Mas a vossa tristeza se converterá
em alegria. Jesus (João, 16:20.)
Nas horas que precederam a agonia da cruz, os discípulos não conseguiam
disfarçar a dor, o desapontamento. Estavam tristes. Como pessoas humanas,
não entendiam outras vitórias que não fossem as da Terra. Mas Jesus, com
vigorosa serenidade, exortava-os: “Na verdade, na verdade, vos digo que vós
chorareis e vos lamentareis; o mundo se alegrará e vós estareis tristes, mas a
vossa tristeza se converterá em alegria.”
Através de séculos, viu-se no Evangelho um conjunto de notícias dolorosas –
um Salvador abnegado e puro conduzido ao madeiro destinado aos infames,
discípulos debandados, perseguições sem conta, martírios e lágrimas para
todos os seguidores...
No entanto, essa pesada bagagem de sofrimentos constitui os alicerces de
uma vida superior, repleta de paz e alegria. Essas dores representam auxílio
de Deus à terra estéril dos corações humanos. Chegam como adubo divino
aos sentimentos das criaturas terrestres, para que de pântanos desprezados
nasçam lírios de esperança.
Os inquietos salvadores da política e da ciência, na Crosta Planetária, receitam
repouso e prazer a fim de que o espírito chore depois, por tempo indetermina-
do, atirado aos desvãos sombrios da consciência ferida pelas atitudes crimino-
sas. Cristo, porém, evidenciando suprema sabedoria, ensinou a ordem natural
para a aquisição das alegrias eternas, demonstrando que fornecer caprichos
satisfeitos, sem advertência e medida, às criaturas do mundo, no presente
estado evolutivo, é depor substâncias perigosas em mãos infantis. Por esse
motivo, reservou trabalhos e sacrifícios aos companheiros amados, para que
se não perdessem na ilusão e chegassem à vida real com valioso patrimônio
de estáveis edificações.
Eis por que a alegria cristã não consta de prazeres da inconsciência, mas da
sublime certeza de que todas as dores são caminhos para júbilos imortais.
267
O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 27 – A DESPEDIDA DE JESUS – 5ª PARTE – ANÚNCIO DE PRONTO RETORNO (JO 16:16 A 33)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 27 – A DESPEDIDA DE JESUS – 5ª PARTE – ANÚNCIO DE PRONTO RETORNO (JO 16:16 A 33)
REFERÊNCIAS
1 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto VI, p. 451.
2 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes; et
al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 16, it. 16:16-24, p. 1.591.
3 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 16, it.
16:16, p. 739.
4 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 16:16 a 33, p. 1.885 e 1.886.
5 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
O Cristo redivivo.
6 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
O Cristo redivivo.
7 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
O Cristo redivivo.
8 XAVIER, Francisco Cândido. Ceifa de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 27 – Aflição e tranquilidade.
9 XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito
Emmanuel. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 93.
271
O Evangelho Redivivo – Livro V
10 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. comentário de Kardec à q. 625.
11 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XVI, p. 453.
12 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XVI, p. 452.
13 XAVIER, Francisco Cândido. Palavras de vida eterna. Pelo Espírito Emmanuel. 1.
ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB; Uberaba, MG: CEC, 2022. cap. 136 – Na vitória real.
14 XAVIER, Francisco Cândido. Contos desta e doutra vida. Pelo Espírito Irmão
X. 14. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB: 2013. cap. 31 – A campanha da paz.
15 XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de luz. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 105.
272
TEMA 28
A DESPEDIDA DE JESUS
– 6a PARTE – ORAÇÃO DE
JESUS (JO 17:1 A 26)
273
O Evangelho Redivivo – Livro V
A oração pronunciada por Jesus nas últimas horas da sua vida terre-
na, então consubstanciada nos 26 versículos do texto joanino, revela a sua
superioridade moral que é evidenciada durante a sua prisão, condenação
e morte na cruz. O Mestre Nazareno sempre nos transmitiu exemplos
inesquecíveis ao longo da sua breve jornada entre nós, que extrapolam as
palavras e nos ensinam qual deve ser o comportamento do cristão diante
das adversidades. Bittencourt Sampaio assim se pronuncia a respeito, ao
nos apresentar visão panorâmica da passagem evangélica:
O Divino Mestre ainda se acha no Cenáculo com os onze apóstolos [Judas
saíra no início da Ceia] e diante deles dirige ao Pai palavras sobre a unidade
e indivisibilidade de Deus – sobre a natureza e importância da missão que
lhe fora confiada relativamente ao nosso planeta e à sua humanidade – sobre
a missão dos discípulos e dos progressos futuros que os esperam, depois de
a terem cumprido fielmente, e bem assim de todos aqueles que seguiram
os exemplos.
274
TEMA 28 – A DESPEDIDA DE JESUS – 6ª PARTE – ORAÇÃO DE JESUS (JO 17:1 A 26)
275
O Evangelho Redivivo – Livro V
Nessa altura da sua prece, Jesus reconhece que, enquanto estava pró-
ximo aos discípulos, no dia a dia da existência física, podia protegê-los
diretamente. Contudo, com o seu retorno a Deus, reconhece que os seus
fiéis seguidores passariam por muitas e dolorosas dificuldades. O Senhor
pede ao Pai para não os retirar do mundo, mas livrá-los do mal, como consta
nesta passagem de João (17:11 a 19):
Já não estou no mundo; mas eles permanecem no mundo e eu volto a ti.
11
Pai santo, guarda-os em teu nome que me deste, para que sejam um como
nós. 12Quando eu estava com eles, eu os guardava em teu nome que me
276
TEMA 28 – A DESPEDIDA DE JESUS – 6ª PARTE – ORAÇÃO DE JESUS (JO 17:1 A 26)
277
O Evangelho Redivivo – Livro V
278
TEMA 28 – A DESPEDIDA DE JESUS – 6ª PARTE – ORAÇÃO DE JESUS (JO 17:1 A 26)
REFERÊNCIAS
1 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 17:1. Nota de rodapé “b”, p. 1.886.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 17:1. Nota de rodapé “h”, p. 1.886.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 17:1-26, p. 1.886 a 1.888.
4 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XVII, p. 456.
5 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XVII, p. 456 e 457.
6 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XVII, p. 458.
7 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XVII, p. 457.
8 FAJARDO, Cláudio. O sermão do cenáculo: a vinda do filho do homem. 1. ed.
Belo Horizonte, MG: Itapuã, 2009. cap. 4, p. 145.
9 FAJARDO, Cláudio. O sermão do cenáculo: a vinda do filho do homem. 1. ed.
Belo Horizonte, MG: Itapuã, 2009. cap. 5, p. 196 e 197.
10 XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 162.
11 FAJARDO, Cláudio. O sermão do cenáculo: a vinda do filho do homem. 1. ed.
Belo Horizonte, MG: Itapuã, 2009. cap. 7, p. 290.
279
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 29
A PRISÃO DE JESUS.
JESUS DIANTE DE ANÁS
E CAIFÁS. NEGAÇÕES DE
PEDRO (JO 18:1 A 27)
Após o Sermão do Cenáculo, concluído com uma oração (Jo 17:1 a 26),
Jesus e os discípulos se dirigem para o Jardim de Getsêmani, situado no Vale
do Cedrom, local onde usualmente se reuniam. Em termos geográficos, a
região do Cedrom (do hebraico, “escuro” ou “turvo”) é uma ravina que se
estende do noroeste de Jerusalém, nas proximidades dos túmulos dos juízes,
prossegue por cerca de três quilômetros no sudeste, alcança o sul por detrás
da cidade e chega ao vale de Enon. A partir daí segue em curso sinuoso
até o Mar Morto.1 O vale do Cedrom não “tem águas correntes. Na estação
das grandes chuvas do inverno, recebe as vertentes das encostas vizinhas.
Além disso, todo o vale se mantém inteiramente seco”.1 É, na verdade, uma
ravina coletora de águas em determinado período do ano, no inverno, que
se conserva durante o verão. O Cedrom separa a cidade de Jerusalém do
Monte das Oliveiras (onde fica o Getsêmani) e, para ir a Betânia ou a Jericó,
é preciso atravessá-lo.1
Pela descrição de João, Jesus e os discípulos foram na direção dessas
duas cidades, acomodaram-se no Jardim do Getsêmani (Jo 18:1), também
conhecido como Monte das Oliveiras (Mt 26:30; Mc 14:26; Lc 22:39), lo-
cal onde os soldados prenderam o Senhor. “[...] O Jardim de Getsêmani,
conforme seu nome indica, tinha um bosque de oliveiras e uma prensa de
extrair óleo das azeitonas. [...]”.2 Carlos Torres Pastorino tece comentários
a respeito:
Depois da prece, dirige-se Jesus com Seus discípulos para orar no Monte das
Oliveiras [Getsêmani].
280
TEMA 29 – A PRISÃO DE JESUS. JESUS DIANTE DE ANÁS E CAIFÁS. NEGAÇÕES DE PEDRO (JO 18:1 A 27)
Como já vimos de outras vezes, para orar Jesus sempre “sobe a um monte”,
isto é, eleva suas vibrações; pois só subindo a frequência vibratória, conseguirá
sintonizar com a altíssima faixa que venha atingir a Casa do Pai.
Além disso, temos que considerar o simbolismo não apenas do “monte”, como
também do nome desse monte: “das oliveiras”. Desde Noé, a oliveira simboliza
a PAZ.
Tendo elevado Suas vibrações, automaticamente penetra na esfera da Paz inter-
na, que nada poderá alterar, pois se torna inatingível às vibrações barônticas*
do “mundo”.
Aí temos, pois, uma lição que a todos nós servirá: nos grandes momentos que
procedem ou acompanham os passos decisivos de nossa vida, mesmo quando
as forças negativas do Antissistema nos atacam, precisamos subir a sintonia e
penetrar na paz, a fim de não sermos atingidos em nosso Eu profundo pelos
distúrbios provenientes do mundo externo.3 [Grifo do original].
281
O Evangelho Redivivo – Livro V
Fica claro, porém, pelo texto joanino, que partiu de Jesus a iniciativa
de identificar-se, estabelecendo o seguinte diálogo com os seus adversários:
4
Sabendo Jesus tudo o que lhe aconteceria, adiantou-se e lhes disse: “A quem
procurais?” 5Responderam: “Jesus, o Nazareu”. Disse-lhes: “Sou eu”. Judas, que
o traía, estava também com eles. 6Quando Jesus lhes disse “Sou eu”, recuaram
e caíram por terra. 7Perguntou-lhes, então, novamente: “A quem procurais?”
Disseram: “Jesus, o Nazareu”. 8Jesus respondeu: “Eu vos disse que sou eu. Se,
então, é a mim que procurais, deixai que estes se retirem”, 9a fim de se realizar
a palavra que diz: Não perdi nenhum dos que me deste. (Jo 18:4 a 8).
282
TEMA 29 – A PRISÃO DE JESUS. JESUS DIANTE DE ANÁS E CAIFÁS. NEGAÇÕES DE PEDRO (JO 18:1 A 27)
283
O Evangelho Redivivo – Livro V
284
TEMA 29 – A PRISÃO DE JESUS. JESUS DIANTE DE ANÁS E CAIFÁS. NEGAÇÕES DE PEDRO (JO 18:1 A 27)
também um dos seus discípulos?” Ele negou e respondeu: “Não sou”. 26Um
dos servos do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro decepara a
orelha, disse: “Não te vi no jardim com ele?” 27Pedro negou novamente. E
logo um galo cantou.
A passagem evangélica relata que, com a prisão de Jesus, Ele foi con-
duzido, primeiramente, à residência de Anás, sumo sacerdote destituído
do cargo pelos romanos, mas que era sogro de Caifás, sumo sacerdote que
ocupava oficialmente o cargo (v. 12 e 13). Tal resolução se deu porque
Anás ainda exercia significativa influência no meio religioso e sobre o
seu genro, em particular, destacando-se como um dos que mais batalhava
contra Jesus, defendendo, declaradamente, a sua morte (v. 14). Na verdade,
havia dois sumos sacerdotes exercendo o poder como afirma Lucas (3:2):
“o sumo sacerdote era Anás e Caifás, o singular usado é provavelmente
deliberado, indicando que, embora Caifás fosse, oficialmente, o sumo
sacerdote nomeado por Roma, o seu sogro compartilhava o seu poder
sumo sacerdotal”.12
Anás ou Ananos, filho de Sete, foi nomeado sumo sacerdote em 6 d.C.,
e foi deposto em 15 d.C. No NT ele continua sendo referido como sumo
sacerdote, mesmo depois de 15 d.C. Isso pode ser devido a uma das três
razões. [...] Primeira, embora os romanos depusessem os sumos sacerdotes
e nomeassem outros, os judeus consideravam o sumo sacerdote como um
ofício vitalício. [...]. Em segundo lugar, o título “sumo sacerdote” é dado
no livro de Atos e em Josefo [historiador judeu] aos membros das poucas
famílias sacerdotais das quais surgia a maioria dos sumos sacerdotes, além de
dá-lo àqueles que realmente exerciam o ofício sumo sacerdotal. Em terceiro
lugar, Anás possuía grande influência pessoal sobre os sumos sacerdotes,
seus sucessores. Cinco de seus filhos e Caifás, seu genro, se tornaram sumos
sacerdotes. Por ocasião do julgamento de Jesus, encontramos Anás dirigindo
as investigações preliminares antes do julgamento oficial, presidido por
Caifás (Jo 18:13-24). [...].12
Pela releitura atenta dos momentos finais de Jesus, segundo o relato dos
quatro evangelistas – Mateus, 26, 27 e 28; Marcos, 14:1 a 72; 15:1 a 39 e 16:1
a 20; Lucas, 22:1 a 71; 23:1 a 56 e 24:1 a 53; João, 18:1 a 40; 19:1 a 42; 20:1 a
31 e 21:1 a 25 –, tudo indica que a atuação de Caifás era muito fraca, prati-
camente inexistente, permitindo que sobressaíssem as ações do seu sogro
Anás que, inclusive, foi quem conduziu a interrogação de Jesus (Jo 18:19 a
22). Somente após essa interrogação, em particular, Jesus foi encaminhado
a Caifás que, por sua vez, enviou o Senhor a Pilatos, o interventor de César.
Em termos históricos, temos as seguintes informações:
285
O Evangelho Redivivo – Livro V
Caifás (Mt 26:57; Jo 11:49; At 4:6) – José, chamado Caifás, foi sumo sacerdote
mais ou menos de 18 a 36 d.C., quando então foi deposto por Vitélio, governa-
dor da Síria. Era genro de Anás (Jo 18:13) e parece ter trabalhado cooperando
bem de perto com ele. Era o sumo sacerdote no tempo do julgamento de Jesus
e durante as perseguições descritas nos primeiros capítulos do livro de Atos.13
286
TEMA 29 – A PRISÃO DE JESUS. JESUS DIANTE DE ANÁS E CAIFÁS. NEGAÇÕES DE PEDRO (JO 18:1 A 27)
A vida de Pedro pode ser dividida em duas etapas. A primeira vai do seu en-
contro com Jesus até o evento da negação, após o qual tem início a segunda
etapa, que se estende até a sua desencarnação. Se na primeira identificamos
um Pedro por vezes vacilante, na segunda verificamos que a coerência das suas
ações demonstra a conquista de maturidade. [...]. Ademais, ter como foco a
negação é deixar de ver o que se passou depois.16
287
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Cedrom, p. 244.
2 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Jardim, p. 623.
3 PASTORINO. Carlos Torres. Sabedoria do evangelho. v. 8. Rio de Janeiro:
Revista Sabedoria, 1971. cap. Saída do Cenáculo, p. 54 e 55.
4 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 18:1-11, p. 1.888 e 1.889.
5 SCHUTEL, Cairbar. O espírito do cristianismo. 8. ed. Matão, SP: Casa Editora
O Clarim, 2001. cap. 40 – Jesus em Getsêmani, p. 223.
6 KREMER, Frederico Guilherme da Costa. Jesus de Nazaré: uma narrativa da
vida e das parábolas. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2016. cap. 47 – A parábola
do lenho seco (Lucas, 23:27 a 32).
7 XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. O espírito da verdade. Por
diversos Espíritos. 18. ed. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 54 – Que buscais?
[mensagem de Emmanuel].
8 FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos de sublimação. Pelos Espíritos Vianna
de Carvalho e Joanna de Ângelis. 1. ed. Salvador, BA: LEAL, 2018. cap. Jesus
[mensagem de Vianna de Carvalho], p. 137.
9 KREMER, Frederico Guilherme da Costa. Jesus de Nazaré: uma narrativa da
vida e das parábolas. 1. ed. 1. imp. Brasília, DF: FEB, 2016. cap. 47 – A parábola
do lenho seco (Lucas, 23:27 a 32).
288
TEMA 29 – A PRISÃO DE JESUS. JESUS DIANTE DE ANÁS E CAIFÁS. NEGAÇÕES DE PEDRO (JO 18:1 A 27)
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TEMA 30
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TEMA 30 – JESUS DIANTE DE PILATOS – 1ª E 2ª PARTES – (JO 18:28 A 40; 19:1 A 11)
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TEMA 30 – JESUS DIANTE DE PILATOS – 1ª E 2ª PARTES – (JO 18:28 A 40; 19:1 A 11)
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TEMA 30 – JESUS DIANTE DE PILATOS – 1ª E 2ª PARTES – (JO 18:28 A 40; 19:1 A 11)
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TEMA 30 – JESUS DIANTE DE PILATOS – 1ª E 2ª PARTES – (JO 18:28 A 40; 19:1 A 11)
Jesus seria condenado à morte, mas faltava a emissão da sentença, a qual será
proferida na segunda parte do julgamento do Senhor por Pôncio Pilatos.
297
O Evangelho Redivivo – Livro V
298
TEMA 30 – JESUS DIANTE DE PILATOS – 1ª E 2ª PARTES – (JO 18:28 A 40; 19:1 A 11)
REFERÊNCIAS
1 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XVIII, p. 472
2 DOUGLAS J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Pretório, p. 1.090.
3 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 18:28-40, p. 1.889 e 1.890.
4 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 18:31. Nota de rodapé “e”, p. 1.889.
5 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
do Canto XVIII, p. 473.
6 FRANCO, Divaldo Pereira. A mensagem do amor imortal. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 2. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 19, p. 134.
7 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 18:28. Nota de rodapé “d”, p. 1.889.
8 KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 4. ed.
10. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 838.
9 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 19, it. 7.
10 KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto
Bezerra. 2. ed. 11. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. cap. 19, it. 6.
11 FRANCO, Divaldo Pereira. A mensagem do amor imortal. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 2. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 19, p. 134 e 135.
299
O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 31
A CONDENAÇÃO À MORTE. A
CRUCIFICAÇÃO (JO 19:12 A 22)
301
O Evangelho Redivivo – Livro V
302
TEMA 31 – A CONDENAÇÃO À MORTE. A CRUCIFICAÇÃO (JO 19:12 A 22)
seria conhecido como o Tribunal do Cristo6. Tribunal este que Paulo de Tarso
iria assim recordar: Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por
que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal
de Cristo (Rm 14:10) ou Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de
Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo,
ou bem, ou mal (2 Cor 5:10).
Enraivecido com os religiosos judeus, Pilatos dá-lhes o troco, deno-
minando Jesus “rei dos judeus” (v. 15). Foi a forma de demonstrar o seu
desprezo pelos religiosos, autoridades e povo judeu, em geral. Bittencourt
Sampaio faz as seguintes considerações a respeito:
Antes de lavrar a sentença de morte contra Jesus, ainda Pilatos quis tirar de
si tão tremenda responsabilidade e, assim, o apresentou de novo aos judeus,
dizendo-lhe: – “Eis o vosso rei”.
O Senhor se achava então com vestidura branca, que lhe puseram em casa
de Herodes [cf., Lc 18:11], em sinal de desprezo e zombaria; tinha a coroa de
espinhos sobre a fronte e o sangue, correndo-lhe pelo rosto e manchando a
alvura do linho, deixava patentes aos olhos de todos os sinais do ódio barba-
resco dos inimigos da luz.
[...]
A covardia e o terror tinham vencido a justiça e a inocência. Pilatos lavrou a sen-
tença de morte contra Jesus e o entregou aos judeus para que fosse crucificado.7
303
O Evangelho Redivivo – Livro V
histórica mostra por que o clero judaico demonstrou tanta pressa na conde-
nação de Jesus: “Durante esse dia, preparava-se a ceia pascal – que deveria
realizar-se depois do pôr do sol [cf., Êx 12:6 +), e todo o necessário para
passar a festa no repouso prescrito pela lei”.10 A hora sexta, também citada
por João, é, segundo a divisão do horário dos judeus, aproximadamente,
“cerca do meio-dia, hora em que tudo o que era fermentado devia desa-
parecer das casas, dando lugar aos ázimos da Páscoa (cf., Êx 12:15 s.)”.11 O
Dia da Preparação era, portanto, a sexta-feira, pois o sábado, segundo a
tradição judaica, era dia santo, não se realizando qualquer atividade. O Dia
da Preparação (no grego, paraskeue, preparação), continua, ainda hoje, a
indicar o dia anterior ao sábado.12
Com a sentença condenatória de morte por crucificação, inicia-se a
“Paixão do Cristo”, expressão que, segundo a história eclesiástica, refere-se
aos sofrimentos e à morte de Jesus. Constata-se que o texto joanino não
fornece detalhes a respeito do assunto, como acontece nos relatos dos si-
nópticos. Na verdade, tudo indica que João (v. 14 e 15) deu um significado
muito especial ao fato de Jesus morrer por ocasião das festividades da Páscoa:
[...] João menciona, no v. 14, a parasceve pascal (“preparação pascal”) e o pe-
ríodo do dia (cerca da hora sexta), uma vez que, para ele, a relação da morte de
Jesus com a Páscoa judaica era significativa. Mais tarde, Jesus foi visto como o
verdadeiro cordeiro pascal. A pergunta de Pilatos Hei de crucificar o vosso rei?
(v. 15) foi intencionalmente provocadora. Ela extraiu dos principais sacerdotes
uma confissão de lealdade a César, a qual Pilatos não podia ignorar. Há uma
profunda ironia aqui: Eles estavam alegando lealdade maior do que prestavam
ao próprio governador. Mas essa alegação representava a rendição final dos
representantes oficiais de Israel, que não reconheciam nenhum outro senhor
que não fosse o próprio Deus, a Roma.13
304
TEMA 31 – A CONDENAÇÃO À MORTE. A CRUCIFICAÇÃO (JO 19:12 A 22)
Esse relato de João é bem conciso se comparado aos dos demais evan-
gelistas, por exemplo: “João não menciona a ajuda de Simão para carregar
a cruz (cf., Mt 27:32; Mc 15:21; Lc 23:26) [...]. Embora João mencione dois
outros homens crucificados com Jesus (v. 19), ele não dá detalhes das acu-
sações contra eles. [...]”.16
Por outro lado, somente João relata que foi Pilatos o responsável pelo título
afixado à cruz. Há pequenas variações nos diferentes registros do texto sobre
o título, mas todos concordam que a inscrição continha a expressão: O REI
DOS JUDEUS. Essa declaração causou protestos entre os principais sacerdotes,
o que revelou a obstinação de Pilatos (v. 21 e 22). Quando João se refere aos
principais sacerdotes dos judeus, a forma como as palavras são escritas contrasta
fortemente com o título utilizado para Jesus.17
305
O Evangelho Redivivo – Livro V
306
TEMA 31 – A CONDENAÇÃO À MORTE. A CRUCIFICAÇÃO (JO 19:12 A 22)
por qualquer árvore: o criminoso era ligado ao tronco com cravos, tendo os
braços estendidos sobre os ramos. Mais tarde apareceu a cruz em forma de
T, depois de X (Cruz de S. André), de Y, e, por fim, aquela que serviu para
crucificar a Jesus, havendo outros tipos.
Os romanos puniam com o suplício da cruz os escravos, os ladrões, os assassi-
nos. Os condenados eram primeiramente açoitados com correias e arrastados
pelas ruas.
Este suplício bárbaro não tardou a ser imitado pelos judeus, sofrendo, entre-
tanto, algumas modificações. Os romanos mantinham os corpos três dias na
cruz, ao passo que os judeus crucificavam e de tal modo torturavam a vítima,
que a morte não se fazia demorar. Tiravam-na depois da cruz, quebravam-lhe
as pernas e a enterravam. A transcrição dos trechos evangélicos dá bem uma
ideia do suplício da crucificação.
[...]
O mundo de então era uma barbaridade. Punia-se um crime com um crime
maior; não se educava o delinquente, não o corrigiam, mas o condenavam. E
a pena era: tortura, suplício, morte!21
307
O Evangelho Redivivo – Livro V
308
TEMA 31 – A CONDENAÇÃO À MORTE. A CRUCIFICAÇÃO (JO 19:12 A 22)
REFERÊNCIAS
1 XAVIER, Francisco Cândido. Os mensageiros. Pelo Espírito André Luiz. 47.
ed. 14. imp. Brasília, DF: FEB, 2020. cap. 27 – O caluniador.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto
da Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:12-16, p. 1.890.
3 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 19:1-16, p. 1.596.
4 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Gábata, p. 501 e 502.
5 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Gábata, p. 528.
6 DOUGLAS, J. D. (Org.). O novo dicionário bíblico. Trad. João Bentes. 3. ed.
São Paulo: Vida Nova, 2006. verbete: Tribunal, p. 1.354.
7 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XIX, p. 478 e 479.
8 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XIX, p. 479 e 480.
9 HOUIASS, Antônio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss da língua
portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. verbete: Lictor, p. 1.177.
10 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:14. Nota de Rodapé “e”, p. 1.890.
11 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:14. Nota de Rodapé “f ”, p. 1.890.
12 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Dia da Preparação, p. 342.
309
O Evangelho Redivivo – Livro V
13 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 19:1-16, p. 1.596.
14 XAVIER, Francisco Cândido. Fonte viva. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 140 – Após Jesus.
15 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:17-22, p. 1.891.
16 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes; et
al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 19:1-16, p. 1.596 e 1.597.
17 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 19:1-16, p. 1.597.
18 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XIX, p. 480.
19 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Calvário, p. 210 e 211.
20 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Calvário, p. 211.
21 SCHUTEL, Cairbar. O espírito do cristianismo. 8. ed. Matão, SP: Casa Editora
O Clarim, 2001. cap. 42 – Os Dois Crucificados, p. 233 e 234.
22 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre. 12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
O Calvário e o Tabor.
23 XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 29. ed.
12. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 286.
24 XAVIER, Francisco Cândido. O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. 29. ed.
12. imp. Brasília, DF: FEB, 2021. q. 287.
310
TEMA 32
Jesus já se encontrava crucificado quando vê, aos pés da cruz, sua mãe
em companhia de Maria, esposa de Clopas, de Maria Madalena e de João
Evangelista (v. 25 e 26). A despeito do sofrimento que passava, o Mestre
coloca Maria de Nazaré sob os cuidados do Apóstolo João, que, a partir
daquele momento, ambos seriam considerados mãe e filho (v. 26 e 27).
Bittencourt Sampaio comenta essa ação de Jesus:
311
O Evangelho Redivivo – Livro V
O ato de Jesus, recomendando João a Maria: “Mulher, eis o teu filho” – e Maria
a João: “Eis a tua mãe” , é um derradeiro sinal patente da sua solicitude pelos
encarnados e um testemunho, uma homenagem aos sentimentos que devem
animar os filhos para com seus, abrangendo mesmo os membros da grande
família universal.2
312
TEMA 32 – A PARTILHA DAS VESTES. JESUS E SUA MÃE. A MORTE DE JESUS (JO 19:23 A 30)
313
O Evangelho Redivivo – Livro V
filho!” 27Depois disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” E a partir dessa hora, o
discípulo a recebeu em sua casa.
314
TEMA 32 – A PARTILHA DAS VESTES. JESUS E SUA MÃE. A MORTE DE JESUS (JO 19:23 A 30)
e qual o nome de cada uma delas não nos parece ser a questão relevante –
até porque, à época de Jesus, Maria era um nome muito comum.11 O que
ressalta no texto é que o Senhor, ao término da sua dolorosa morte, contou
com a presença de amigos e familiares fiéis. Ele não se encontrava sozinho!
E mais: destaca-se a presença feminina, sobretudo a de Maria de Nazaré,
que permaneceu com Ele até o último suspiro. A respeito do apoio recebido
daquelas dedicadas mulheres, Emmanuel assinala:
Há [mais de] vinte séculos, com exceção das patrícias do Império, quase todas
as companheiras do povo, na maioria das circunstâncias, sofriam extrema
abjeção, convertidas em alimárias de carga, quando não fossem vendidas em
hasta pública.
Tocadas, porém, pelo verbo renovador do Divino Mestre, ninguém respondeu
com tanta lealdade e veemência aos apelos celestiais.
[...]
Atraídas pelo amor puro, conduziam à presença do Senhor os aflitos e os
mutilados, os doentes e as crianças. E, embora não lhe integrassem o círculo
apostólico, foram elas – representadas nas filhas anônimas de Jerusalém – as
únicas demonstrações de solidariedade espontânea que o visitaram, de-
sassombradamente, sob a cruz do martírio, quando os próprios discípulos
debandavam.
[...]
Eis o motivo pelo qual, sempre que o raciocínio nos induza a ponderar quanto à
glória do Cristo – recordando, na Terra, a grandeza de nossas próprias mães –,
nós nos inclinaremos, reconhecidos e reverentes, ante a luz imarcescível da
Estrela de Nazaré.12
315
O Evangelho Redivivo – Livro V
[...]
De alma angustiada, notou que Jesus atingira o último limite dos padecimentos
inenarráveis. Alguns dos populares mais exaltados multiplicavam as pancadas,
enquanto as lanças riscavam o ar, em ameaças audaciosas e sinistras. Ironias
mordazes eram proferidas a esmo, dilacerando-lhe a alma sensível e afetuosa.
Em meio a algumas mulheres compadecidas, que lhe acompanhavam o
angustioso transe, Maria reparou que alguém lhe pousara as mãos, de leve,
sobre os ombros.13
316
TEMA 32 – A PARTILHA DAS VESTES. JESUS E SUA MÃE. A MORTE DE JESUS (JO 19:23 A 30)
Foi assim que, tempos depois, João e Maria de Nazaré, agora filho e
mãe, foram viver em Éfeso, distantes da terra natal, a fim de que ambos
cumprissem a missão que lhes estava reservada:
A esse tempo, o filho de Zebedeu, tendo presentes as observações que o Mestre
lhe fizera da cruz, surgiu na Bataneia, oferecendo àquele Espírito saudoso de
mãe o refúgio amoroso de sua proteção. Maria aceitou o oferecimento, com
satisfação imensa.
E João lhe contou a sua nova vida. Instalara-se definitivamente em Éfeso, onde
as ideias cristãs ganhavam terreno entre almas devotadas e sinceras. Nunca
olvidara as recomendações do Senhor e, no íntimo, guardava aquele título de
filiação como das mais altas expressões de amor universal para com aquela
que recebera o Mestre nos braços veneráveis e carinhosos.
Maria escutava-lhe as confidências, num misto de reconhecimento e de
ventura.
João continuava a expor-lhe os seus planos mais insignificantes. Levá-la-ia con-
sigo, andariam ambos na mesma associação de interesses espirituais. Seria seu
filho desvelado, enquanto receberia de sua alma generosa a ternura maternal,
nos trabalhos do Evangelho. Demorara-se a vir, explicava o filho de Zebedeu,
porque lhe faltava uma choupana, onde se pudessem abrigar; entretanto, um
dos membros da família real de Adiabene, convertido ao amor do Cristo, lhe
doara uma casinha pobre, ao sul de Éfeso, distando três léguas aproximada-
mente da cidade. A habitação simples e pobre demorava num promontório, de
onde se avistava o mar. No alto da pequena colina, distante dos homens e no
altar imponente da Natureza, se reuniriam ambos para cultivar a lembrança
permanente de Jesus. Estabeleceriam um pouso e refúgio aos desamparados,
ensinariam as verdades do Evangelho a todos os espíritos de boa vontade e,
como mãe e filho, iniciariam uma nova era de amor, na comunidade universal.
Maria aceitou alegremente.
Dentro de breve tempo, instalavam-se no seio amigo da Natureza, em frente do
oceano. Éfeso ficava pouco distante; porém, todas as adjacências se povoavam
de novos núcleos de habitações alegres e modestas. A casa de João, ao cabo de
algumas semanas, se transformou num ponto de assembleias adoráveis, onde
as recordações do Messias eram cultuadas por espíritos humildes e sinceros.
317
O Evangelho Redivivo – Livro V
cumprisse a Escritura até o fim: “Tenho sede!” 29Estava ali um vaso cheio de
vinagre. Fixando, então, uma esponja embebida de vinagre num ramo de
hissopo, levaram-na à sua boca. 30Quando Jesus tomou o vinagre, disse: “Está
consumado!” E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
João cita três declarações de Jesus, estando Ele na cruz, enquanto os de-
mais evangelistas registraram um número maior que, ao todo, se somam em
sete. É importante retomar os estudos anteriores, de Mateus, Marcos e Lucas
para revisão do assunto, que é apresentado resumidamente em seguida:17
1) A oração de Cristo para que os seus inimigos fossem perdoados,
a qual provavelmente foi proferida no começo da própria cruci-
ficação. (Lc 23:34 que diz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o
fazem”);
2) A promessa feita ao ladrão penitente: “Em verdade te digo que
hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23:43);
3) A entrega mútua de Maria ao discípulo amado, e do discípulo
amado a Maria: “Mulher, eis aí o teu filho [...]. Eis aí tua mãe[...]”
(Jo 19:26 e 27). Essas três declarações foram feitas antes de sobre-
vir o período das trevas, e cada uma delas demonstram o cuidado
do Senhor Jesus por outras pessoas [...];
4) Pouco antes de sua morte, o Senhor Jesus deixou escapar o seu
grito de desolação: “Deus meu, por que me abandonaste?” (Mc
15:34 e Mt 27:46). [...] Esta quarta declaração muito provavelmen-
te foi dita quando as trevas cobriam ainda a Terra, ou então pouco
depois de haver passado esse período de escuridão;
5) Houve também o grito de angústia física: “Tenho sede!” (Jo 19:28);
318
TEMA 32 – A PARTILHA DAS VESTES. JESUS E SUA MÃE. A MORTE DE JESUS (JO 19:23 A 30)
319
O Evangelho Redivivo – Livro V
320
TEMA 32 – A PARTILHA DAS VESTES. JESUS E SUA MÃE. A MORTE DE JESUS (JO 19:23 A 30)
REFERÊNCIAS
1 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 19, it.
19:23, p. 815.
2 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XIX, p. 481.
3 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 19:17-37, p. 1.597.
4 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:23-24, p. 1.891.
5 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 19:17-37, p. 1.597.
6 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por versículo.
v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 19, it. 19:23, p. 815.
7 VINÍCIUS. Nas pegadas do mestre.12. ed. 4. imp. Brasília, DF: FEB, 2015. cap.
A túnica inconsútil.
8 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:25-27, p. 1.891.
9 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:25. Nota de roda pé “d”, p. 1.891.
10 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 19, it.
19:23, p. 816 e 817.
11 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 19, it.
19:23, p. 817.
12 XAVIER, Francisco Cândido. Luz no lar. Por Espíritos diversos. 12. ed. 5.
imp. Brasília, DF: FEB, 2016. cap. 43 – A mulher ante o Cristo [mensagem de
Emmanuel].
13 XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.
37. ed. 15. imp. Brasília, DF: FEB, 2020. cap. 30 – Maria.
321
O Evangelho Redivivo – Livro V
322
TEMA 33
O GOLPE DE LANÇA. O
SEPULTAMENTO (JO 19:31 A 42)
323
O Evangelho Redivivo – Livro V
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TEMA 33 – O GOLPE DE LANÇA. O SEPULTAMENTO (JO 19:31 A 42)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
326
TEMA 33 – O GOLPE DE LANÇA. O SEPULTAMENTO (JO 19:31 A 42)
que esperava pelo Reino de Deus (Mc 15:43). Esse homem não
teve parte na condenação de Jesus porque era seu discípulo, ainda
que secretamente como Nicodemos, que por medo não confessava
publicamente. [...]”.11
Irmão X transmite outras informações complementares:
José de Arimateia, distinto cavalheiro de Jerusalém, não era um amigo de
Jesus, à última hora. Efetivamente, não podia aceitar, de pronto, as Verdades
evangélicas e nem se comprometer com a nova doutrina. Ligado a inte-
resses políticos e raciais, continuava atento às tradições judaicas, embora
observasse carinhosamente o apostolado divino. Sabia orientar-se com
elegância e defendia o Nazareno, aparando acusações gratuitas. Impossível
considerar Jesus mistificador. Conhecia-lhe, de perto, as ações generosas.
Visitara Cafarnaum e Betsaida, reiteradas vezes e, dono de um coração
bem formado, condoía-se da sorte dos pobrezinhos. Em muitas ocasiões,
examinara possíveis modificações do sistema de trabalho para beneficiar os
trabalhadores da gleba. Afligia-o observar criancinhas desprotegidas e nuas,
ao longo das casinholas humildes dos pescadores. Por isso, a presença do
Messias Nazareno, em derredor das águas, confortava-lhe o espírito sensí-
vel e bondoso, porque Jesus sabia inspirar confiança e despertar alegria no
ânimo popular. Não podia segui-lo na posição de apóstolo, mas estimava-o,
sinceramente, na qualidade de amigo fiel.
Admirador desassombrado, José não suportava a tentação de apresentá-lo
aos amigos prestigiosos e influentes. Não era o propósito propagandístico
em sentido inferior que o animava em semelhantes impulsos. Desejava,
no fundo, que todos conhecessem o Mestre e o amassem, tanto quanto ele
mesmo.12
327
O Evangelho Redivivo – Livro V
328
TEMA 33 – O GOLPE DE LANÇA. O SEPULTAMENTO (JO 19:31 A 42)
329
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Sábado, p. 1.074.
2 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Sepulcro, p. 1.139 e 1.140.
3 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Sinédrio, p. 1.163.
4 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
330
TEMA 33 – O GOLPE DE LANÇA. O SEPULTAMENTO (JO 19:31 A 42)
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:31-37, p. 1.891 e 1.892.
5 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por ver-
sículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 19:31, p. 823.
6 CARSON, D. A.; et al. Comentário bíblico: vida nova. Trad. Carlos E. S. Lopes;
et al. 1. ed. reimp. 2012. São Paulo: Vida Nova, 2009. cap. 19:17-37, p. 1.597.
7 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:34. Nota de rodapé “k”, p. 1.891.
8 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 19:31,
p. 823 e 824.
9 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 19:38-42, p. 1.892.
10 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Arimateia, p. 111.
11 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: José, it. 11, p. 706.
12 XAVIER, Francisco Cândido. Lázaro redivivo. Pelo Espírito Irmão X. 13. ed.
4. imp. Brasília, DF: FEB, 2020. cap. 20 – Ouvindo o Mestre.
13 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Nicodemos, p. 875.
14 FRANCO, Divaldo Pereira. Primícias do reino. Pelo Espírito Amélia Rodrigues.
8. ed. Salvador, BA: LEAL, 2001. cap. 4, p. 68 a 70.
15 COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Trad. Miriam
Talitha Lins. 2. ed. Curitiba, PR: Editora Betânia, 2017. cap. 23, it. Panos de
linho e especiarias, p. 307 e 308.
16 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Mirra, p. 827.
17 DAVIS, John. Novo dicionário da bíblia. Ampl. e atual. Trad. J. R. Carvalho
Braga. São Paulo: Hagnos, 2005. verbete: Aloés, p. 59.
18 SCHUTEL, Cairbar. O espírito do cristianismo. 8. ed. Matão, SP: Casa Editora
O Clarim, 2001. cap. 43 – A morte de Jesus, p. 244 e 245.
331
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 34
O SEPULCRO ENCONTRADO
VAZIO. APARIÇÃO A MARIA
MADALENA. APARIÇÕES AOS
DISCÍPULOS. A PRIMEIRA
CONCLUSÃO (JO 20:1 A 31)
332
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. (JO 20:1 A 31)
Além do fato de que esses sistemas não satisfazem nem a razão nem as as-
pirações do homem, deles decorrem, como se vê, dificuldades insuperáveis,
pois são impotentes para resolver de fato todas as questões que levantam. O
homem tem, pois, três alternativas: o nada, a absorção, ou a individualidade
da alma antes e depois da morte. É para esta última crença que a lógica nos
impele irresistivelmente, crença que tem formado a base de todas as religiões
desde que o mundo existe.2
333
O Evangelho Redivivo – Livro V
334
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. (JO 20:1 A 31)
E mais:
Para os espíritas, a alma não é mais uma abstração; tem um corpo etéreo, que
dela faz um ser definido, capaz de ser concebido pelo pensamento, o que já é
muito para fixar as ideias sobre a sua individualidade, aptidões e percepções.
[...].6
335
O Evangelho Redivivo – Livro V
336
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. (JO 20:1 A 31)
337
O Evangelho Redivivo – Livro V
338
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. (JO 20:1 A 31)
não havia subido ao Pai (v. 17) e recomenda-lhe ir aos discípulos anunciar
que ela tinha visto o Senhor (v. 18).
Três grandes lições destacam-se nesse relato de João, que devem me-
recem a nossa atenção, pois refletem a inexperiência dos cristãos em rela-
ção ao Cristo ressuscitado, que, ainda hoje, mantém uma certa fixação no
Calvário e na Crucificação. A primeira lição a ser apreendida é que Maria de
Madalena “[...] procurava o Cristo morto, que ela não pode encontrá-lo, pois
Ele não estava morto, e, sim, vivo. Muitos têm caído nesse mesmo equívoco,
resultando em vastas perdas para eles mesmos. [...]”.17 A segunda, demons-
tra que ainda temos dificuldades de caminhar até o Cristo: “[...] apesar de
todas as suas buscas, Maria de Madalena não se chegou ao Cristo, mas foi
Jesus quem a encontrou. Essa também é uma experiência comum. [...]”.17
Por último, “[...] apesar de o buscar com todo o seu ser, Maria Madalena
não reconheceu o Cristo quando o viu. [...]. Por semelhante modo, isso é o
que sucede conosco, com frequência. [...]”.17
Prossigamos sempre com Jesus, por maiores sejam os obstáculos e
desafios que a caminhada evolutiva interponha em nosso caminho, como
bem nos recorda Neio Lúcio:
Com Jesus, todavia, é diferente.
No túmulo de Nosso Senhor, não há sinal de cinzas humanas.
Nem pedrarias, nem mármores de preço, com frases que indiquem, ali, a
presença da carne e do sangue.
Quando os apóstolos visitaram o sepulcro, na gloriosa manhã da Ressurreição,
não havia aí nem luto, nem tristeza.
Lá encontraram um mensageiro do reino espiritual que lhes afirmou: “Não
está aqui”.
E o túmulo está aberto e vazio, há quase [mais de] dois mil anos.
Seguindo, pois, com Jesus, através da luta de cada dia, jamais encontraremos
a angústia da morte e, sim, a vida incessante.
No caminho de notáveis orientadores do mundo poderemos encontrar formo-
sos espetáculos da glória passageira; contudo, é muito difícil não terminarmos
a experiência em desilusão e poeira.
Somente Jesus oferece estrada invariável para a Ressurreição Divina.
Quem se desenvolve, portanto, com o exemplo e com a palavra do Mestre,
trabalhando por revelar bondade e luz, em si mesmo, desde as lutas e ensina-
mentos do mundo, pode ser considerado cidadão celeste.18
339
O Evangelho Redivivo – Livro V
– Maria!...
Ela se supôs admoestada pelo jardineiro; mas, em breves instantes reconhecia
a voz inesquecível do Mestre e lhe contemplava o inolvidável sorriso. Quis
atirar-se-lhe aos pés, beijar-lhe as mãos num suave transporte de afetos, como
fazia nas pregações do Tiberíades; porém, com um gesto de soberana ternura,
Jesus a afastou, esclarecendo:
– Não me toques, pois ainda não fui a meu Pai que está nos céus!...
Instintivamente, a Madalena se ajoelhou e recebeu o olhar do Mestre, num
transbordamento de lágrimas de inexcedível ventura. Era a promessa de Jesus
que se cumpria. A realidade da ressurreição era a essência divina, que manteria
eternidade ao Cristianismo.
A mensagem da alegria ressoou, então, na comunidade inteira. Jesus ressusci-
tara! O Evangelho era a verdade imutável. Em todos os corações pairava uma
divina embriaguez de luz e júbilos celestiais. Levantava-se a fé, renovava-se
o amor, morrera a dúvida e reerguera-se o ânimo em todos os espíritos. Na
amplitude da vibração amorosa, outros olhos puderam vê-lo e outros ouvi-
dos lhe escutaram a voz dulçorosa e persuasiva, como nos dias gloriosos de
Jerusalém ou de Cafarnaum.
Desde essa hora, a família cristã se movimentou no mundo, para nunca mais
esquecer o exemplo do Messias.
A luz da ressurreição, através da fé ardente e do ardente amor de Maria
Madalena, havia banhado de claridade imensa a estrada cristã, para todos os
séculos terrestres.19
onde se achavam os discípulos, por medo dos judeus, Jesus veio e, pondo-se no
meio deles, lhes disse: “A paz esteja convosco!” 20Tendo dito isso, mostrou-lhes
as mãos e o lado. Os discípulos, então, ficaram cheios de alegria por verem
o Senhor. 21Ele lhes disse de novo: “A paz esteja convosco! Como o Pai me
enviou, também eu vos envio”. 22Dizendo isso, soprou sobre eles e lhes disse:
“Recebei o Espírito Santo. 23Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão
perdoados; aqueles aos quais retiverdes ser-lhes-ão retidos”. 24Um dos Doze,
Tomé, chamado Dídimo, não estava com eles, quando veio Jesus. 25Os outros
discípulos, então, lhe disseram: “Vimos o Senhor!” Mas ele lhes disse: “Se eu
não vir em suas mãos o lugar dos cravos e se não puser meu dedo no lugar dos
cravos e minha mão ao seu lado, não crerei”. 26Oito dias depois, achavam-se
os discípulos, de novo, dentro de casa, e Tomé com eles. Jesus veio, estando as
portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco!” 27Disse
depois a Tomé: “Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e
340
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. (JO 20:1 A 31)
põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!” 28Respondeu-lhe Tomé:
“Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Porque viste, creste. Felizes os
que não viram e creram!” 30Jesus fez ainda, diante de seus discípulos, muitos
outros sinais, que não se acham escritos neste livro. 31Esses, porém, foram
escritos para crerdes que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo,
tenhais vida em seu nome.
341
O Evangelho Redivivo – Livro V
342
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. (JO 20:1 A 31)
A benfeitora complementa:
O primeiro, às vezes, nega, porque não visualiza, mas o outro não pretende
enxergar, nega-se a ver.
O mundo está repleto de cegos do espírito, aqueles que apalpam e apertam
as coisas, que abarcam as posses, que se comprazem com o vinho do prazer
espúrio que se lhes corre nas veias e artérias do sentimento.
Há também a cegueira dos néscios e dos que se jactam de sábios, dos esbirros
dos poderosos e dos que se apresentam como tal, e que se enganam em relação
à precariedade das suas forças... Há, ainda, os insolentes e astutos que se acre-
ditam portadores de recursos que se lhe escasseiam, dos soberbos e fátuos que
a tudo negam, quando lhes convém acreditar, ou simplesmente não desejam
que se caracterize pela realidade.
Sobejam religiosos hipócritas, literatos presunçosos, artistas embriagados pela
fantasia, que também são vítimas dessa estranha cegueira, gritando alto a sua
recusa, a sua descrença na ressurreição de Jesus.
Acreditam, isso sim, que o seu corpo foi roubado pelos aturdidos discípulos,
como fora propalado por testemunhas compradas pelo Sinédrio, para evitar
que surgisse o mito do Seu retorno.
Não têm provas e creem. No entanto, o testemunho daqueles que O viram
não lhes é válido.23
343
O Evangelho Redivivo – Livro V
REFERÊNCIAS
1 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. 1, it. 2.
2 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. 1, it. 10.
3 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. 1, it. 11.
4 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. 2, it. 6.
5 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. 2, it. 10.
6 KARDEC, Allan. O céu e o inferno. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2.
imp. Brasília, DF: FEB, 2019. 1ª pt., cap. 2, it. 10.
7 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it. 61.
8 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 20:1-10, p. 1.892.
9 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 20:1. Nota de rodapé “e”, p. 1.892.
10 XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.
37. ed. 15. imp. Brasília, DF: FEB: 2020. cap. 22 – A mulher e a ressurreição.
11 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 20, it.
10 A ressurreição e os aparecimentos de Jesus – 20:1-25, n. 1, p. 830.
12 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 20, it.
10 A ressurreição e os aparecimentos de Jesus – 20:1-25, n. 2, p. 831.
13 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 20, it.
10 A ressurreição e os aparecimentos de Jesus – 20:1-25, n. 3, p. 831.
14 XAVIER, Francisco Cândido. Pão nosso. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 1.
imp. Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 168.
15 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
344
TEMA 34 – O SEPULCRO ENCONTRADO VAZIO. (JO 20:1 A 31)
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 20:11-18, p. 1.892 e 1.893.
16 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 20:16. Nota de rodapé “b”, p. 1.893.
17 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 20, it.
10 A ressurreição e os aparecimentos de Jesus – 20:11, p. 837.
18 XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio. 5. ed.
Brasília, DF: FEB, 2022. cap. 1 – Sigamos Jesus.
19 XAVIER, Francisco Cândido. Boa nova. Pelo Espírito Humberto de Campos.
37. ed. 15. imp. Brasília, DF: FEB: 2020. cap. 22 – A mulher e a ressurreição.
20 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 20:19-31, p. 1.893 e 1.894.
21 KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. 2. imp. Brasília,
DF: FEB, 2019. cap. 15, it. 61.
22 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XX, p. 502 e 503.
23 FRANCO, Divaldo Pereira. A mensagem do amor imortal. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 2. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. cap. 21, p. 150.
24 FRANCO, Divaldo Pereira. ...Até o fim dos tempos. Pelo Espírito Amélia
Rodrigues. 4. ed. Salvador, BA: LEAL, 2015. ...Até o fim dos tempos [introdu-
ção], p. 8 e 9.
345
O Evangelho Redivivo – Livro V
TEMA 35
346
TEMA 35 – EPÍLOGO. APARIÇÃO À MARGEM DO LAGO DE TIBERÍADES. CONCLUSÃO (JO 21:1 A 25)
entre tais estudiosos: para uns, o Epílogo foi escrito, efetivamente, por João,
ainda que se identifique, aqui e acolá, divergências redacionais, consideradas
irrelevantes à exclusão do texto evangélico; outros supõem que o capítulo
21 foi um acréscimo de um provável discípulo do evangelista, fato cuja
veracidade não há como comprovar; finalmente, há quem defenda a tese
de que o capítulo, o Epílogo, teria sido escrito por um autor inteiramente
diferente, talvez com o intuito de incluir as outras aparições de Jesus na
Galileia, declaração que se reduz a simples suposição.3
Bittencourt Sampaio faz as seguintes ponderações a respeito das
alegações dos que negam a autoria do Epílogo a João:
Não obstante, porém, os argumentos da sofisticada impugnação, as melhores
razões existem para lhe aceitar a autenticidade, já pelo estilo da narração, já
pela tradição permanente, como nos seria fácil provar, se o nosso fim não fosse
unicamente apreciar, interpretando-os em espírito e em verdade, os fatos que
o evangelista relata.4
347
O Evangelho Redivivo – Livro V
filho de João, tu me amas mais do que estes”? Ele lhe respondeu: “Sim, Senhor,
tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16Segunda
vez disse-lhe: “Simão, filho de João, tu me amas?” – “Sim, Senhor”, disse ele, “tu
sabes que te amo”. Disse-lhe Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira
vez disse-lhe: “Simão, filho de João, tu me amas?” Entristeceu-se Pedro porque
pela terceira vez lhe perguntara “Tu me amas?” e lhe disse: “Senhor, tu sabes
tudo; tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em
verdade, em verdade, te digo: quando eras jovem, tu te cingias e andavas por
onde querias; quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te
conduzirá aonde não queres”. 19Disse isso para indicar com que espécie de morte
Pedro daria glória a Deus. Tendo falado assim, disse-lhe: “Segue-me”. 20Pedro,
voltando-se, viu que o seguia o discípulo que Jesus amava, aquele que, na Ceia,
se reclinara sobre seu peito e perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?”
21
Pedro, vendo-o, disse a Jesus: “Senhor, e ele?” 22Jesus lhe disse: “Se eu quero
que ele permaneça até que eu venha, que te importa? Quanto a ti, segue-me”.
23
Divulgou-se, então, entre os irmãos, a notícia de que aquele discípulo não
morreria. Jesus, porém, não disse que ele não morreria, mas: “Se quero que ele
permaneça até que eu venha, que te importa?”
348
TEMA 35 – EPÍLOGO. APARIÇÃO À MARGEM DO LAGO DE TIBERÍADES. CONCLUSÃO (JO 21:1 A 25)
» Quinta aparição: após oito dias desse encontro, Jesus aparece aos
apóstolos, inclusive a Tomé que se encontrava presente. Nessa
ocasião, o Senhor mostra ao apóstolo incrédulo as marcas da
crucificação (Jo 20:26 a 29);
» Sexta aparição: o Senhor aparece a Simão Pedro (Lc 24:34; 1 Cor 15:5);
» Sétima aparição: Jesus manifesta-se aos onze apóstolos que se
encontravam reunidos com os dois discípulos que viajaram para
Emaús com o Senhor (Lc 24:33 a 40);
» Oitava aparição: Jesus instrui os apóstolos a viajarem à Galileia
(Mt 28:10; Mc 6:7). Chegando ao local indicado, o Senhor apare-
ce-lhes às margens do Lago de Genesaré, também denominado
Lago Tiberíades ou Mar da Galileia, onde estabelece significativo
diálogo com Pedro (Jo 21:1 a 23);
» Nona aparição: Jesus aparece a uma multidão de seguidores, co-
nhecidos como os 500 da Galileia. Essa aparição foi relatada por
Paulo de Tarso (1 Cor. 15:6);
» Décima aparição: Jesus aparece a Tiago, possivelmente Tiago
Boanerges ou Tiago, o Maior, irmão de João, segundo relato de
Paulo (1 Cor 15:7);
» Décima primeira aparição: Jesus é visto por onze discípulos no
“topo de uma montanha na Galileia”, considerando-se o relato de
Mateus (28:16 a 20);
» Décima segunda aparição: o Senhor instrui os apóstolos a se dirigirem a
Betânia, onde os abençoa, e, em seguida, se eleva ao Céu (Lc 24:50 e 51;
At 1:1 a 11). Antes de abençoá-los e elevar-se ao Céu, Jesus transmite-lhes
a instrução final de que deveriam permanecer em Jerusalém, acrescen-
tando: Eis que eu vos enviarei sobre vós o que meu Pai prometeu. Por isso,
permanecei na cidade até serdes revestidos da força do Alto. (Lc 24:49).
É provável que essa cronologia esteja incompleta, sobretudo no que
diz respeito à sequência dos acontecimentos ou, até mesmo entender que
algumas aparições poderiam ser fundidas em uma só. Tais fatos, porém, não
nos parecem importantes, pois a ideia é citar as principais manifestações do
Senhor, imediatamente após a Ressurreição, tendo como base as informações
dos autores do Novo Testamento, principalmente quando se considera o
seguinte relato de Lucas, descrito em Atos dos apóstolos, 1:3, que anuncia
ter Jesus aparecido durante quarenta dias consecutivos:
349
O Evangelho Redivivo – Livro V
Fiz meu primeiro relato, ó Teófilo, a respeito de todas as coisas que Jesus fez e en-
sinou desde o começo, até o dia em que foi arrebatado ao Céu, depois de ter dado
instruções aos apóstolos que escolhera sob a ação do Espírito Santo. Ainda a eles
apresentou-se vivo depois de sua paixão, com muitas provas incontestáveis: du-
rante quarenta dias apareceu-lhes e lhes falou do que concerne ao Reino de Deus.6
350
TEMA 35 – EPÍLOGO. APARIÇÃO À MARGEM DO LAGO DE TIBERÍADES. CONCLUSÃO (JO 21:1 A 25)
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O Evangelho Redivivo – Livro V
352
TEMA 35 – EPÍLOGO. APARIÇÃO À MARGEM DO LAGO DE TIBERÍADES. CONCLUSÃO (JO 21:1 A 25)
Após a refeição, consta em João (21:15 a 18) que Jesus perguntou a Simão
Pedro, por três vezes: Simão, tu me amas? E, após a resposta positiva de Pedro,
de que o amava, Jesus acrescenta: Apascenta as minhas ovelhas. Trata-se de
uma passagem evangélica que surpreende a muitos, considerando que Jesus
sabia, de antemão, que Pedro o amava. Emmanuel esclarece a respeito:
Amas o bastante?13
Perguntou-lhe terceira vez: Simão, filho
de Jonas, amas-me? (João, 21:17.)
Aos aprendizes menos avisados é estranhável que Jesus houvesse indagado do
apóstolo, por três vezes, quanto à segurança de seu amor. O próprio Simão
Pedro, ouvindo a interrogação repetida, entristecera-se, supondo que o Mestre
suspeitasse de seus sentimentos mais íntimos.
Contudo, o ensinamento é mais profundo.
Naquele instante, confiava-lhe Jesus o ministério da cooperação nos ser-
viços redentores. O pescador de Cafarnaum ia contribuir na elevação de
seus tutelados do mundo, ia apostolizar, alcançando valores novos para a
vida eterna.
Muito significativa, portanto, a pergunta do Senhor nesse particular. Jesus
não pede informação ao discípulo, com respeito aos raciocínios que lhe eram
peculiares, não deseja inteirar-se dos conhecimentos do colaborador, relati-
vamente a Ele, não reclama compromisso formal. Pretende saber apenas se
Pedro o ama, deixando perceber que, com o amor, as demais dificuldades se
resolvem. Se o discípulo possui suficiente provisão dessa essência divina, a
tarefa mais dura converte-se em apostolado de bênçãos promissoras.
É imperioso, desse modo, reconhecer que as tuas conquistas intelectuais va-
lem muito, que tuas indagações são louváveis, mas em verdade somente serás
efetivo e eficiente cooperador do Cristo se tiveres amor.
353
O Evangelho Redivivo – Livro V
354
TEMA 35 – EPÍLOGO. APARIÇÃO À MARGEM DO LAGO DE TIBERÍADES. CONCLUSÃO (JO 21:1 A 25)
sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Há, porém, muitas outras coisas
que Jesus fez e que, se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não
poderia conter os livros que se escreveriam.
REFERÊNCIAS
1 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1.
ed. 13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo
João, 21:11. Nota de rodapé “c”, p. 1.894.
2 BÍBLIA DE JERUSALÉM. Coord. da edição em língua portuguesa: Gilberto da
Silva Gorgulho; Ivo Storniolo e Ana Flora Anderson. Diversos tradutores. 1. ed.
13. imp. Nova ed., rev. e ampl. São Paulo: Paulus, 2019. Evangelho segundo João,
21:1-14. Nota de rodapé “a” – aparição à margem do lago de Tiberíades, p. 1.894.
3 CHAMPLIN, Russell Norman. O novo testamento interpretado versículo por
versículo. v. 2 (Lucas/João). Nova ed. rev. São Paulo: Hagnos, 2014. cap. 21, it.
C – Epílogo, p. 856.
4 SAMPAIO, Francisco Leite de Bittencourt. A divina epopeia de João Evangelista.
(Trasladada para versos heroicos). 5. ed. Brasília, DF: FEB, 2003. cap. Notas
ao Canto XXI, p. 505.
355
O Evangelho Redivivo – Livro V
356
O LIVRO ESPÍRITA
*
XAVIER, Francisco Cândido. Luz no lar. Por Espíritos diversos. 12. ed. 7. imp. Brasília: FEB, 2018. Cap. 1.
As crianças são bem-vindas e, se houver visitantes em casa, eles também podem
ser convidados a participar. Se não forem espíritas, apenas explique a eles a finali-
dade e importância daquele momento.
O seguinte roteiro pode ser utilizado como sugestão:
1. Preparação: leitura de mensagem breve, sem comentários;
2. Início: prece simples e espontânea;
3. Leitura: O evangelho segundo o espiritismo (um ou dois itens, por estudo, des-
de o prefácio);
4. Comentários: breves, com a participação dos presentes, evidenciando o ensi-
no moral aplicado às situações do dia a dia;
5. Vibrações: pela fraternidade, paz e pelo equilíbrio entre os povos; pelos go-
vernantes; pela vivência do Evangelho de Jesus em todos os lares; pelo próprio
lar...
6. Pedidos: por amigos, parentes, pessoas que estão necessitando de ajuda...
7. Encerramento: prece simples, sincera, agradecendo a Deus, a Jesus, aos ami-
gos espirituais.
As seguintes obras podem ser utilizadas nesse momento tão especial:
• O evangelho segundo o espiritismo, como obra básica;
• Caminho, verdade e vida; Pão nosso; Vinha de luz; Fonte viva; Agenda cristã.
Esse momento no lar não se trata de reunião mediúnica e, portanto, qualquer
ideia advinda pela via da intuição deve permanecer como comentário geral, a ser
dito de maneira simples, no momento oportuno.
No estudo do Evangelho de Jesus no Lar, a fé e a perseverança são diretrizes ao
aprimoramento moral de todos os envolvidos.
www.febeditora.com.br
Conselho Editorial:
Jorge Godinho Barreto Nery – Presidente
Geraldo Campetti Sobrinho – Coord. Editorial
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Evandro Noleto Bezerra
Maria de Lourdes Pereira de Oliveira
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Revisão:
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Capa:
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Esta edição foi impressa pela Gráfica e Editora Qualytá Ltda., Brasília, DF,
com tiragem de 1 mil exemplares, todos em formato fechado de 170x250 mm
e com mancha de 124x204 mm. Os papéis utilizados foram o Offset 75 g/m²
para o miolo e o Cartão 250 g/m² para a capa. O texto principal foi composto
em Minion Pro 12/15 e os títulos em Zurich Lt BT Light 22/26,4. Impresso
no Brasil. Presita en Brazilo.