PL 3508 2023
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363 - MESA
PL n.3508/2023
PROJETO DE LEI n.º , de 2023.
(Da Deputada Federal Natália Bonavides)
Art. 1º. Esta Lei institui o piso salarial nacional para os Técnicos em Radiologia contratados
sob os regimes da Consolidação das Leis do Trabalho e dos servidores públicos civis da
União dos servidores públicos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de suas
autarquias e fundações.
Art. 2º. A Lei n.º 7.394, de 29 de outubro de 1985, passa a vigorar com a seguinte redação:
“................................................................
Art. 16. (Revogado)
Art. 16-A. O piso salarial nacional dos Técnicos em Radiologia contratados sob o
regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº
5.452, de 1º de maio de 1943, será de R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais,
incidindo sobre esses vencimentos 40% (quarenta por cento) de insalubridade.
Parágrafo único. O piso salarial de que trata o caput será atualizado anualmente
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Art. 16-B. O piso salarial nacional dos Técnicos em Radiologia contratados sob o
regime dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações
públicas federais, nos termos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, será de
R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais, incidindo sobre esses vencimentos 40%
(quarenta por cento) de insalubridade.
Parágrafo único. O piso salarial de que trata o caput será atualizado anualmente
*CD235918583600*
PL n.3508/2023
será de R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais, incidindo sobre esses vencimentos
40% (quarenta por cento) de insalubridade.
Parágrafo único. O piso salarial de que trata o caput será atualizado anualmente
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
................................................................”
JUSTIFICAÇÃO
A redação original da Lei n.º 7.394, de 29 de outubro de 1985, que regula o exercício
da Profissão de Técnico em Radiologia, se preocupou em dispor sobre o piso salarial da
categoria profissional em questão, matéria frequentemente negligenciada pelo legislador
originário. Veja-se:
de Técnico em Radiologia foi previsto, afrontava a art. 7º, IV, da Constituição da República
Federativa do Brasil (CRFB), bem como a Súmula Vinculante n.º 4. Assim, formulou-se o
pleito da suspensão liminar da norma impugnada e, em caráter definitivo, pediu-se a
declaração da não recepção, pela CRFB, do art. 16 da Lei n.º 7.394, de 29 de outubro de
1985.
PL n.3508/2023
De fato, o piso salarial de uma categoria não pode ser vinculado a múltiplos do salário
mínimo, por força do art. 7º, IV, da CRFB, como também da Súmula Vinculante n.º 4. Desse
modo, o salário profissional da categoria deve ser desvinculado do salário mínimo nacional,
mas os critérios estabelecidos pelo art. 16º da Lei n.º 7.394, de 29 de outubro de 1985,
continuaram sendo aplicados até que sobrevenha norma que fixe nova base de cálculo, seja
lei federal, editada pelo Congresso Nacional, sejam convenções ou acordos coletivos de
trabalho, ou, ainda, lei estadual, editada conforme delegação prevista na Lei Complementar
103/2000.
Importa ressaltar que, nos casos em que prevalecer o estado de anomia, ou seja, em
que não houver norma disciplinando a matéria, o piso salarial deve ser calculado de acordo
com o valor de dois salários mínimos vigentes na data do trânsito em julgado da primeira
medida cautelar (13 de maio de 2011), com atualização monetária vinculada ao Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE).
À vista disso, cumpre ressaltar que, majoritariamente, o piso salarial dos profissionais
das técnicas radiológicas é definido por meio dos acordos e das convenções coletivas de
trabalho firmadas pelos sindicatos. A regulação desses vencimentos também pode se dar por
meio de plano de cargos e salários. Entretanto, ainda existem profissionais no setor público e
no setor privado, principalmente no interior do país, que não possuem representação sindical
ativa e, portanto, carecem da garantia de reajuste da remuneração, refletindo em distorções no
mercado de trabalho e deflagrando uma realidade salarial bastante diversificada.
Ante todo o exposto, apresentamos o presente Projeto de Lei, a fim de dar eficácia e
efetividade ao entendimento da Suprema Corte, mas, principalmente, possibilitar condições
equitativas, no que diz respeito à remuneração salarial entre os profissionais das técnicas
radiológicas.
(PT/RN)