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Linguística Descritiva Do Português I

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de ensino a distância

Variedades e variação da Língua Portuguesa

Jaime Benjamim Lucas Namala

Código: 708210909

O trabalho de carácter avaliativo da cadeira a ser


entregue na faculdade ciências sociais e letras, curso de
licenciatura em língua portuguesa, turma P. 4º ano.
Disciplina de Linguística Descritiva do Português III

Pemba, 2024
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Estrutura Aspectos
organizacion  Introdução 0.5
ais  Discussão 0.5
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 Bibliografia 0.5
 Contextualizaç
ão(Indicação 1.0
clara
Conteúdo doproblema)
 Descrição
dosobjecti 1.0
vos
 Metodologia
adequadaaoobject 2.0
Conteúdo
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 Articulação e
domíniododiscurs
oacadémico(expr
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Análise escritacuidada,
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Exploraçãodosdados 2.0
Conclusão Contributosteóricosprátic 2.0
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Aspectosger Formatação Paginação, tipo e 1.0
ais tamanho deletra,
paragrafo,
espaçamentoentrelinhas
Normas Normas APA  Rigor e 4.0
APA6ª 6ªediçãoemcita coerência
ediçãoem çõesebibliograf dascitações/refer
citações ia ênciasbibliográfi
ebibliograf
ia cas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor.
Índice

1. Introdução...............................................................................................................................5

1.1. Contextualização..................................................................................................................5

1.2. Objectivos............................................................................................................................5

1.2.1. Objectivo Geral.................................................................................................................5

1.2.2. Objectivos Específicos......................................................................................................5

1.3. Metodologia.........................................................................................................................6

1.4. Estrutura do Trabalho..........................................................................................................6

2. Variedades e variação da Língua Portuguesa.........................................................................7

2.1. Conceito de Variedade e Variação Linguísticas..................................................................7

2.1. 1. Conceito de Variedade Linguística..................................................................................7

2.1.2. Conceito de Variação Linguística.....................................................................................8

2.2. Características Peculiares do Português Europeu e do Português Brasileiro......................9

2.3. Língua Portuguesa e seus Dialectos...................................................................................10

Conclusão..................................................................................................................................11

Referências bibliográficas.........................................................................................................12
1. Introdução

A língua portuguesa, como um dos idiomas mais falados do mundo, é alvo de uma
vasta diversidade linguística, influenciada por factores históricos, culturais e geográficos.
Neste trabalho, investigaremos as variedades e variações da língua portuguesa, com foco nas
características distintas do Português Europeu (PE) e do Português Brasileiro (PB), bem como
nos seus dialectos regionais. A compreensão dessas diferentes formas de expressão linguística
é fundamental não apenas para uma melhor comunicação entre os falantes, mas também para
uma compreensão mais profunda das complexidades e riquezas culturais associadas à língua
portuguesa.

1.1. Contextualização

A língua portuguesa tem uma história rica e complexa, influenciada por diversos
povos e culturas ao longo dos séculos. Desde a colonização portuguesa até os dias actuais, a
língua portuguesa desenvolveu-se em diferentes direcções geográficas, levando à formação de
variantes linguísticas distintas, como o PE e o PB. Essas variedades, por sua vez, são
enriquecidas pelos dialectos regionais, que reflectem as especificidades culturais e históricas
de cada região onde são falados.

1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

 Investigar e analisar as variedades e variações da língua portuguesa, com ênfase nas


diferenças entre o Português Europeu e o Português Brasileiro, além de explorar os
principais dialectos associados a cada uma dessas variedades.

1.2.2. Objectivos Específicos

 Conceituar variedade e variação linguísticas e discutir sua relevância para o estudo da


língua portuguesa;
 Identificar e descrever as características peculiares do PE e do PB em diferentes níveis
linguísticos, incluindo fonético, fonológico, morfológico, sintáctico e lexical;
 Analisar os principais dialectos regionais associados ao PE e ao PB, destacando suas
particularidades e influências históricas e culturais;
 Compreender o impacto da globalização e das novas tecnologias na preservação e na
evolução das variedades e variações da língua portuguesa.

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1.3. Metodologia

Para alcançar os objectivos propostos, utilizaremos uma abordagem metodológica que


combina pesquisa bibliográfica e análise linguística. Faremos uma revisão da literatura sobre
o tema, consultando obras de linguística, sociolinguística e história da língua portuguesa.
Além disso, realizaremos análises comparativas entre o PE e o PB, utilizando exemplos
concretos para ilustrar as diferenças e semelhanças entre essas variedades. Também nos
dedicaremos ao estudo dos principais dialectos regionais, por meio de pesquisa de campo e
entrevistas com falantes nativos, quando possível.

1.4. Estrutura do Trabalho

Este trabalho está estruturado da seguinte forma:

 Introdução: contextualização, objectivos gerais e específicos, metodologia e estrutura do


trabalho;
 Conceito de Variedade e Variação Linguísticas;
 Características Peculiares do Português Europeu e do Português Brasileiro;
 Língua Portuguesa e seus Dialectos;
 Impacto da Globalização e das Novas Tecnologias na Variedade e Variação da Língua
Portuguesa;
 Considerações Finais: síntese dos principais pontos discutidos e reflexões sobre a
importância da diversidade linguística na língua portuguesa.

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2. Variedades e variação da Língua Portuguesa

A língua portuguesa, como uma das línguas mais proeminentes globalmente, tem sido
objecto de estudo em diversos contextos linguísticos e socioculturais. A sua história
multifacetada, marcada por séculos de evolução e influência de diferentes povos e culturas,
resultou numa riqueza de variedades linguísticas e em notáveis variações dentro do próprio
idioma (Mateus & d'Andrade, 2018). Essa complexidade linguística reflecte não apenas a
diversidade geográfica dos países lusófonos, mas também a multiplicidade de contextos
sociais, culturais e históricos nos quais o português é utilizado (Crystal, 2015).

A expansão geográfica da língua portuguesa ao longo dos séculos, desde as


explorações marítimas portuguesas até a colonização de vastas regiões do continente africano,
asiático e americano, contribuiu para o surgimento de uma ampla gama de variedades
linguísticas. Essas variedades são influenciadas por factores como a interacção com línguas
nativas, a presença de comunidades linguísticas diversas e as dinâmicas socioculturais locais
(Muysken, 2016).

Por exemplo, o Português Europeu (PE), falado em Portugal e em partes da Europa,


apresenta características linguísticas distintas em comparação com o Português Brasileiro
(PB), predominante no Brasil. As diferenças entre essas duas variedades são evidentes em
diversos níveis linguísticos, incluindo pronúncia, vocabulário, gramática e pragmática. No PE,
por exemplo, é comum o uso do pronome "tu" na segunda pessoa do singular, enquanto no PB
prevalece o uso do pronome "você" (Perini, 2020).

Além das variedades principais, a língua portuguesa também é enriquecida por uma
variedade de dialectos regionais. No Brasil, por exemplo, os dialectos nordestino, gaúcho e
carioca apresentam diferenças marcantes em relação ao PB padrão, com variações fonéticas,
léxicas e gramaticais que reflectem as especificidades culturais e históricas de cada região
(Mateus & d'Andrade, 2018).

2.1. Conceito de Variedade e Variação Linguísticas

2.1. 1. Conceito de Variedade Linguística

As variedades linguísticas, conforme definidas por Crystal (2015), abrangem as


múltiplas manifestações de uma língua que são utilizadas por grupos específicos de falantes
em contextos particulares. Essas variações são evidentes em diversos níveis linguísticos,

7
incluindo o fonético, fonológico, morfológico, sintáctico e lexical, reflectindo a diversidade e
a complexidade da língua (Mateus & d'Andrade, 2018).

No nível fonético e fonológico, as variações linguísticas podem ser observadas na


pronúncia de determinados sons. Por exemplo, diferentes regiões geográficas podem
apresentar variações na pronúncia de vogais ou consoantes específicas, resultando em
sotaques regionais distintos. Essas variações fonéticas podem influenciar a compreensão da
fala pelos falantes de diferentes regiões (Perini, 2020).

No nível morfológico, as variações linguísticas podem ser observadas na forma como


as palavras são formadas e estruturadas. Por exemplo, certas regiões podem apresentar
variações na conjugação verbal ou na formação de substantivos e adjectivos, resultando em
diferenças na morfologia da língua (Crystal, 2015).

No nível sintáctico, as variações linguísticas dizem respeito à estrutura das frases e à


ordem das palavras. Diferentes grupos sociais ou contextos comunicativos podem apresentar
variações na estrutura gramatical das frases, resultando em construções sintácticas distintas
(Mateus & d'Andrade, 2018).

No nível lexical, as variações linguísticas referem-se ao vocabulário específico


utilizado por diferentes grupos de falantes. Por exemplo, certas regiões geográficas podem
apresentar variações no uso de palavras ou expressões idiomáticas, reflectindo as influências
culturais e históricas sobre a língua (Muysken, 2016).

2.1.2. Conceito de Variação Linguística

A variação linguística, conforme definida por Mateus & d'Andrade (2018), refere-se às
mudanças que ocorrem dentro de uma variedade ao longo do tempo e do espaço. Essas
mudanças podem ser observadas em diferentes aspectos da língua, incluindo fonética,
fonologia, morfologia, sintaxe e semântica, e são influenciadas por uma série de factores
sociais, culturais e históricos.

No contexto histórico, as variações linguísticas diacrónicas referem-se às mudanças


que ocorrem ao longo do tempo na língua. Por exemplo, ao longo dos séculos, o português
tem passado por mudanças fonéticas, morfológicas e sintácticas que reflectem as influências
culturais, históricas e sociais sobre a língua (Crystal, 2015).

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Por outro lado, as variações linguísticas sincrónicas referem-se às diferenças que
existem simultaneamente em uma mesma língua, muitas vezes relacionadas a diferentes
grupos sociais, regionais ou contextuais. Por exemplo, diferentes regiões geográficas podem
apresentar variações fonéticas ou lexicais específicas, enquanto diferentes grupos sociais
podem utilizar diferentes formas de linguagem de acordo com seu contexto social e cultural
(Muysken, 2016).

Além disso, as mudanças na língua também podem ser influenciadas por factores
como contacto linguístico, migração e mudança social. Por exemplo, o contacto com outras
línguas pode levar à incorporação de empréstimos linguísticos ou à mudança na pronúncia de
certos sons. Da mesma forma, as mudanças na estrutura social e económica de uma
comunidade podem influenciar a forma como a língua é utilizada e percebida pelos falantes
(Perini, 2020).

2.2. Características Peculiares do Português Europeu e do Português Brasileiro

O Português Europeu (PE) e o Português Brasileiro (PB) apresentam diferenças


distintas que reflectem suas respectivas histórias e contextos socioculturais (Silva, 2019). No
nível fonético e fonológico, observam-se variações na pronúncia de certos sons, como as
vogais e os fonemas consonantes. Por exemplo, no PE, é comum uma pronúncia mais fechada
das vogais, enquanto no PB, as vogais tendem a ser mais abertas, especialmente em algumas
regiões do Brasil (Câmara Jr., 2017).

Além das diferenças fonéticas, no nível morfológico e sintáctico, o PE tende a


conservar estruturas linguísticas mais arcaicas, enquanto o PB pode apresentar inovações e
simplificações na gramática (Bortoni-Ricardo, 2019). Por exemplo, no uso dos pronomes de
tratamento, o PB é mais propenso a utilizar formas como "você" de maneira generalizada,
enquanto no PE, formas mais tradicionais como "tu" e "vós" ainda são mais comuns em
algumas regiões.

Quanto ao vocabulário, as diferenças entre o PE e o PB são notáveis, com cada


variedade apresentando um conjunto único de palavras e expressões influenciadas por sua
cultura e história (Kato, 2016). Por exemplo, no PE, podem ser encontradas influências de
línguas como o árabe devido à história de Portugal, enquanto no PB, há uma forte influência
de línguas africanas devido à história da colonização no Brasil.

As diferenças entre o PE e o PB não devem ser vistas como obstáculos à comunicação,


mas sim como oportunidades para enriquecer nossa compreensão da língua portuguesa e
9
celebrar sua diversidade. Ao valorizar e compreender as variedades regionais do português,
podemos construir pontes entre diferentes culturas e fortalecer os laços que unem a
comunidade lusófona em todo o mundo (Koch, 2017).

2.3. Língua Portuguesa e seus Dialectos

A diversidade de dialectos regionais na língua portuguesa é um reflexo da riqueza


cultural e histórica tanto do Brasil quanto de Portugal, bem como das influências de outros
povos e línguas ao longo dos séculos. Esses dialectos não apenas diferem em termos de
pronúncia, vocabulário e gramática, mas também desempenham um papel vital na expressão
da identidade regional e na preservação das tradições locais (Bortoni-Ricardo, 2019).

No Brasil, por exemplo, o dialecto nordestino é marcado por influências linguísticas dos
povos indígenas, africanos e europeus que habitaram a região. Caracteriza-se por uma
entonação peculiar, vocabulário específico e uma gramática com algumas características
distintas, como o uso do gerúndio de forma mais frequente. Já o dialecto gaúcho, influenciado
principalmente pela imigração europeia, apresenta peculiaridades fonéticas e lexicais que
reflectem as influências do alemão, italiano e outras línguas de imigrantes (Câmara Jr., 2017).

Em Portugal, os dialectos regionais também reflectem a diversidade cultural e histórica


do país. Por exemplo, o dialecto alentejano, falado na região do Alentejo, é caracterizado por
uma pronúncia mais arrastada das vogais e por um vocabulário específico relacionado à vida
rural. Já o dialecto açoriano, falado nas ilhas dos Açores, apresenta influências do inglês e do
francês devido ao contacto histórico com essas línguas. Esses são apenas alguns exemplos das
muitas variedades regionais que enriquecem o panorama linguístico de Portugal (Silva, 2019).

Esses dialectos regionais desempenham um papel fundamental na construção da


identidade cultural e na preservação das tradições locais. Eles são veículos de transmissão de
conhecimento ancestral, histórias e tradições que são passadas de geração em geração. Além
disso, contribuem para a vitalidade da língua portuguesa, enriquecendo-a com uma variedade
de expressões idiomáticas, vocabulário e formas de expressão (Koch, 2017).

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Conclusão

Ao longo deste trabalho, exploramos o conceito de variedade e variação linguísticas na


língua portuguesa, analisando as características peculiares do Português Europeu (PE) e do
Português Brasileiro (PB), bem como a influência dos dialectos regionais.

Primeiramente, discutimos como as variedades linguísticas representam as diferentes


formas de uma língua utilizadas por grupos específicos de falantes em contextos particulares.
Essas variações podem ser observadas em diversos níveis linguísticos, como fonético,
fonológico, morfológico, sintáctico e lexical. Através das referências utilizadas, como foi
possível compreender a complexidade e a diversidade das variações linguísticas no contexto
da língua portuguesa.

Em seguida, analisamos as características distintivas do PE e do PB, destacando


diferenças fonéticas, morfológicas, sintácticas e lexicais entre essas duas variedades
principais. Utilizando referências e outros autores citados ao longo do trabalho, pudemos
aprofundar nossa compreensão das nuances linguísticas que diferenciam essas duas
variedades.

Por fim, exploramos a diversidade de dialectos regionais tanto no Brasil quanto em


Portugal, destacando como essas variações reflectem a história, cultura e geografia de cada
região. Ao expandir essa informação com outras referências pudemos ilustrar a amplitude e a
complexidade dos dialectos regionais que enriquecem a língua portuguesa.

Diante do exposto, concluímos que os objectivos deste trabalho foram alcançados com
sucesso. Através da análise das variedades linguísticas, das características do PE e do PB, e
dos dialectos regionais, pudemos compreender a vasta diversidade da língua portuguesa e sua
importância cultural e sociolinguística. Reconhecemos a relevância de compreender e
valorizar essa diversidade para uma comunicação mais eficaz e para o fortalecimento da
identidade linguística de cada comunidade.

Portanto, este trabalho contribuiu para uma maior compreensão da complexidade e


riqueza da língua portuguesa, destacando sua diversidade linguística como um elemento
fundamental da sua identidade e património cultural.

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Referências bibliográficas

Crystal, D. (2015). A Enciclopédia de Cambridge da Linguagem (3ª ed.)

Mateus, M. H. M., & d'Andrade, E. (2018). A Sociolinguística. Editora Ática.

Muysken, P. (2016). Fala Bilingue: Uma Tipologia de Mistura de Códigos.

Perini, M. A. (2020). Português Moderno: Uma Gramática de Referência (2ª ed.).

Bortoni-Ricardo, S. M. (2019). O Que é Sociolinguística.

Câmara Jr., J. M. (2017). Estrutura da Língua Portuguesa.

Kato, M. A. (2016). O Vocabulário do Português. Contexto.

Koch, I. G. V. (2017). A Interacção pela Linguagem. Contexto.

Silva, A. C. M. (2019). Português Europeu e Português Brasileiro: Diferenças e Semelhanças.


Editora Universitária.

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