Trono Masculino Da Fe
Trono Masculino Da Fe
Trono Masculino Da Fe
Fé! Eis o que melhor define o Orixá Oxalá. Sim, amamos irmãos na fé em Oxalá. O
nosso amado Pai da Umbanda é o Orixá irradiador da fé em nível planetário e
multidimensional. Oxalá é sinônimo de fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na
Coroa Divina, irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.
Qualidades: As qualidades de Oxalá são, todas elas, mistérios da Fé, pois ele é o
Trono Divino irradiador da Fé. Nada ou ninguém deixa de ser alcançado por suas
irradiações estimuladoras da fé e da religiosidade. Seu alcance ultrapassa o culto
dos Orixás, pois a religiosidade é comum a todos os seres pensantes. Jesus Cristo
é um Trono da Fé de nível intermediário dentro da hierarquia de Oxalá.
Seu Fator Puro é o Magnetizador, sem o qual nada existiria em nosso planeta, já
que a Vida se sustenta por vibração magnética.
Seu Fator Misto é o Congregador, que tem por função reunir tudo e todos numa
mesma direção e objetivo maior, dando forma e mantendo a estrutura de todas as
coisas e seres.
Esse Magnetismo foi importante para a Criação inclusive do nosso planeta, bem
como de tudo que nele existe: seres, elementos, tudo. Por esse motivo, Oxalá é
associado ao Sol (cuja luz é essencial para a vida na Terra) e ao próprio planeta
Terra (pois não haveria vida aqui, sem o Fator Magnetizador de Oxalá).
Pai Oxalá é, muitas vezes, chamado de “o maior dos Orixás”. Por quê? Vejamos.
Pai Oxalá rege o Sentido da Fé, que é fundamental para a existência de uma
religião. Sem Fé não há religião.
Em resumo: Oxalá está no Sentido da Fé, que é o principal Sentido da Vida, pois
sem a Fé nada mais existe ou tem fundamento. Nessa escala de valores, a Fé
está no topo e, portanto, Oxalá está no topo. Este é o significado.
Claro que isso não “diminui” o valor dos demais Orixás; até porque nada,
absolutamente nada e ninguém pode diminuir ou alterar uma Divindade de Deus!
Cada Orixá é um Mistério de Deus; todos os Mistérios são essenciais; e todos
atuam de forma interligada para a Perfeição do Todo, na Criação Divina.
Na Umbanda, Oxalá é o Espaço Infinito onde tudo existe e acontece. Por isso, Ele
recebe oferendas nos espaços abertos (mirantes, campos, campinas, jardins e
espaços floridos etc.).
Pai Oxalá (o Espaço Infinito) e Mãe Logunan (o Tempo Infinito) formam o eixo
Espaço-Tempo que sustenta a Criação.
Origens e significado do nome Oxalá. A cor branca- Há muitos nomes para esta
Divindade: Orixá n’ti alá; Orixá n’lá; Orixalá, Òrìsànlá ou Orixanlá; Obatalá; Oxalá.
Seu nome, como o dos demais Orixás, vem da cultura Nagô-Yorubá, porque é
nesta cultura que as Divindades são chamadas de Orixás. Alguns nomes de
Orixás têm uma tradução, ao passo que outros não a têm, por expressarem
conceitos daquela cultura que não têm uma correspondência direta com a nossa.
A expressão “Orixá n’ti alá” sofreu uma contração e ficou: “Orixá n’lá” (pronúncia:
orixá inlá), com igual significado.
Nova contração gerou o termo “Orixalá”, utilizado como sinônimo de “o maior dos
Orixás” ou “o Orixá dos Orixás”.
Finalmente, outra contração deu origem ao nome “Oxalá”, que também significa “o
Orixá que veste o branco” ou “o Orixá do branco”.
Outro nome para Oxalá é “Obatalá”, que se traduz como “o rei que se veste de
branco” (Obá= rei), também derivado da expressão “Orixá n’ti alá”.
Sua cor é o branco, que é a soma de todas as cores. E é em sua homenagem que
vestimos o branco nas giras de Umbanda. Branco é a cor da paz, um dos muitos
atributos de Oxalá; e por isso também se diz que a Bandeira da Umbanda, que é
branca, é “a Bandeira de Oxalá”.
Entre eles temos Oxalá e Orumilá, que são ligados por um aspecto: Orumilá é o
Orixá do Oráculo ou da Revelação, que desvenda o passado, o presente e o
futuro; e Oxalá, na Umbanda, ao polarizar com Logunan, na Linha do Tempo,
também atua na relação entre presente/passado/futuro.
Portanto, propriamente não temos uma única pedra associada a Oxalá (pois Ele
magnetiza todos os minerais, todas as pedras). Mas o Cristal é o mais adequado
para representá-Lo, porque todo cristal é translúcido, é transparente, é o mais
próximo da cor branca de Oxalá; e isto simboliza também a pureza que existe em
todos os elementos criados por Deus, já que todos recebem o Magnetismo de
Oxalá.
Segundo ANGÉLICA LISANTY, as pedras brancas em geral pertencem a Oxalá,
pois na cor branca encontra-se a fusão dos Sete Raios: vermelho, laranja,
amarelo, verde, azul, índigo, violeta. E os principais minerais das pedras brancas
são: chumbo, prata, estanho, magnésio, potássio e cálcio.
ANGÉLICA ensina que o Cristal, em especial, é o grande irradiador dos Sete Raios
e, através da Fé, alimenta e realimenta a todos os outros Orixás. Portanto, o
Cristal Branco Translúcido é a maior fonte de irradiação das Qualidades Divinas do
Trono Oxalá, sendo o maior irradiador energético em potencial, pois multiplica em
muitas vezes a ação de outras pedras. Representa a Luz Divina em Si, capaz de
tocar a todos os corações, iluminando-os através da Fé. A energia do Cristal é dual
(atua como Geradora e como Receptora), estando ligada ao elemento Água, que é
regido pela Lua. O Cristal Branco, a Pedra atribuída a Oxalá, é considerada como
“a Pedra de Deus”, é a mais famosa Pedra de todos os tempos, em todas as
civilizações. Pode ser utilizado em magias que atraiam: a Paz, a Proteção, a
Iluminação, a Sensitividade, a Cura, bem como o desenvolvimento dos sentidos e
pensamentos superiores.
Jesus Cristo tem algumas das Qualidades de Oxalá; e isto faz Dele uma
Manifestação do Orixá Oxalá ou um Intermediário de Pai Oxalá Maior.
Jesus pregava o amor, o perdão, a fé, a paz. Ele “deu a própria vida” em
testemunho dos seus ensinamentos, e isto nos remete ao simbolismo do “bode
expiatório”: antes da vinda de Jesus, existia a prática religiosa de se sacrificar um
animal “para a expiação dos nossos pecados”. Segundo o conceito Católico, Jesus
torna-se “o cordeiro de Deus, o último cordeiro”, ou seja, depois Dele não se faria
mais sacrifício animal “porque em Jesus Cristo todos os pecados da humanidade
estariam perdoados”.
Sob a Regência de Oxalá, Jesus nos indicou a melhor forma de evolução, que é
praticar a caridade: doar com a direita, trilhando o Caminho da Luz, como fez o
Divino Mestre, para, com a esquerda, recebermos na eternidade.
Divindades assemelhadas
Apolo ou Febo- Divindade grega, filho de Zeus com Leto. É o deus da Luz Solar,
da música, das artes e da medicina. Senhor do Oráculo de Delfos. Divindade
radiante, sempre moço e belo. Traz pureza, tranquilidade e espiritualidade.
Hélios- Divindade grega. Era o próprio Sol, representado como um jovem com
raios de luz saindo da cabeça. É considerado também aquele que traz a Luz, a
iluminação.
Brahma- É a primeira pessoa da Trindade Hindu (Brahma, Vishnu e Shiva). É o
primeiro criado; o criador, incriado, do Universo. Costuma se manifestar com
quatro cabeças, simbolizando os quatro Vedas (livros sagrados para os hindus) e
as quatro yugas (eras, ciclos de tempo e realidade pelas quais passa a
humanidade). Tendo quatro braços, segura em cada uma das mãos: um colar de
oração hindu (símbolo da tranquilidade da mente), uma colher e ervas (símbolo
dos rituais), o Kamandalu (pote com água, símbolo da renúncia) e os Vedas
(símbolo do conhecimento).
Suria- Divindade hindu. O deus Sol. É a alma suprema dos Vedas e deve ser
adorado por todos os que desejam libertar-se da ignorância.
Varuna- Divindade hindu. Seu nome provém da raiz verbal “vr”, que significa
cobrir, circundar. Circunda o Universo e tem como atributo a soberania. Através do
Sol, ele controla tudo e, desta maneira, fez três mundos, habitando em todos eles:
céu, terra e o espaço intermediário de ar onde o vento é o sopro de Varuna. Sua
morada é o Zênite, mansão de mil portas, onde fica sentado e tudo observa; à sua
volta ficam seus informantes que inspecionam o mundo e não se deixam enganar.
Seu poder e conhecimento são ilimitados; inspeciona o mundo, sendo o Senhor
das leis morais. Já foi um Deus Único e Celeste, perante a criação; com o tempo
tornou-se Divindade das águas, rios e oceanos.
Rá- Divindade egípcia. É o princípio da Luz, simbolizado pelo Sol; é mais do que o
próprio Sol. É ele quem penetra no disco solar e lhe confere a luz. Adorado como
uma das maiores Divindades egípcias, é muitas vezes associado ao nome do Ser
Supremo, para lhe conferir este “status”, como Atun-Rá ou Amon-Rá.
Khnum- Deus local do alto Egito, simbolizado com cabeça de carneiro. Tinha
aspectos de criador, sendo possuidor de um torno de oleiro, onde modelara o
corpo de todos os homens.
Dagda- Divindade celta que aparece como grande pai de todos, chamado de “o
bom deus”. Seu poder aparece como um sopro que torna os agraciados em
trovadores.
Utu- Divindade sumeriana, o deus Sol. Traz o título de “meu sol” (“majestade”),
como eram chamados os reis e deuses chefes de panteão.
Kinich Ahau- Divindade maia do sol, muito ligado ao Deus Criador Itzamná.
Oferendas
1-Toalha ou pano de cor branca; velas brancas; frutas brancas (melão, goiaba,
etc.); vinho branco doce ou suave; flores brancas (todas); fitas brancas; linhas
brancas; comidas brancas (canjica, arroz doce, coalhada adocicada, etc.); pães;
mel; farinha de trigo (para circular e fechar por fora as oferendas); coco seco e sua
água colocada em copos; coco verde com uma tampa cortada e um pouco de mel
derramado dentro da sua água; água em cálices ou copos; pedras de cristais de
quartzo branco (se for solicitado); pembas brancas (em pedra ou em pó); milho
verde em espiga, cru e ainda leitoso. (Fonte: “Rituais Umbandistas - Oferendas,
Firmezas e Assentamentos”, Rubens Saraceni, Editora Madras.)
2- Faça um círculo com sete velas brancas e coloque ao centro frutas diversas,
coco verde aberto, mel e flores, tudo bem arrumado, e faça seus pedidos em
oração e cantos a este amado Orixá. (Fonte: “Código de Umbanda”, Rubens
Saraceni, Madras Editora.)
3- Um coco verde fechado e um coco verde aberto (separar as águas); mel; uvas
brancas, pêssegos, goiaba branca, maracujá, carambola, vinho branco; rosas
brancas, palmas brancas, crisântemos brancos; sete velas brancas. Forrar o chão
com as pétalas das rosas brancas e sobre elas dispor as frutas. Circundar com as
palmas e crisântemos, as bebidas (água dos dois cocos e vinho) e o mel. Em
torno, firmar as velas, saudando o Divino Pai Oxalá e fazendo o pedido específico.
Onde oferendar Oxalá: Nos campos abertos, bosques, praias limpas e jardins
floridos.
Quando oferendar Oxalá:
Cozinha ritualística
1-CANJICA- Canjica branca cozida coberta com algodão, folhas de saião ou claras
em neve, com um cacho de uva branca por cima de tudo. Regar com mel.
PRECE
Ó poderoso Pai Oxalá, o maior dos Orixás, aspiração suprema dos desejos dos
nossos corações, caminhamos até a Tua claridade, clareando todos os nossos
passos no amanhecer de cada dia.
Que a Luz, a eterna Luz que o Senhor derramou e derrama todos os dias, cubra a
cabeça daqueles que a Ti estão ligados. Numa corrente de fé e num só
pensamento elevamos as nossas preces:
Oxalá, nosso Pai, dê-nos a graça de chorarmos sinceramente nossas faltas e, com
espírito de humildade, nos purificarmos através da fé e da caridade. Que nós
consigamos limpar a morada dos nossos corações, desterrando tudo que é
mundano, todo vício, ódio e maldade, na certeza de que com humildade
alcançaremos o Senhor.
Pai Oxalá, Vós sabeis que a razão humana é fraca e pode nos enganar, mas a
verdadeira fé não pode ser enganada.
Obrigado, Pai Oxalá, por tudo que o Senhor nos deu e nos dá. Esperamos todos
unidos que o Senhor nos escolha para sermos mais alguns dos Vossos íntimos
amigos.
TRONO
Trono Masculino da Fé
Linha
Fé
Fator
Essência
Cristalina
Polariza com
Oyá Tempo
Cor
Fio de Contas
Ferramentas
2- Mais ervas de uso comum: Agapanto branco (ou lírio africano), aguapé (golfo de
flor branca), alecrim (da horta, de tabuleiro, do mato etc.), angélica, alfavaca,
arruda, baunilha, barba de velho, colônia, camomila, chapéu de couro, capim
limão, coentro, camélia, cambará, carnaubeira, crisântemo branco, erva cidreira,
erva-doce, eucalipto, erva de Santa Luzia, fava de tonca (ou cumarim ou cumaru),
folha de uva branca, folha do cravo, folha da fortuna, funcho, gerânio branco,
goiabeira branca (folhas), malva branca, maracujá (flores), macela, neve branca,
palmas brancas, palmas de Jerusalém, patchuli, poejo, salsa da praia, Tapete de
Oxalá (é um tipo de Boldo, mas NÃO é o “boldo do Chile”), umbuzeiro.
Símbolos
Ponto na Natureza
Flores
Rosas brancas, de preferência sem espinhos, e todas as flores que sejam dessa
cor (lírio branco, lírio da paz, palma branca, margarida branca, copo de leite etc.);
girassol; jasmim; lágrima de Cristo
Essências
Pedra de Oxalá: Cristal branco- Dia indicado para a consagração: todos- Hora
indicada: 12 horas
Metais
Saudação
Exê Uêpe Babá, Oxalá é meu Pai; Êpa, êpa Babá (viva o Pai).
Planeta
Sol.
Dia da Semana
Chakra
Coronário (da coroa ou do topo da cabeça)- Está associado ao Sentido da Fé, que
na Umbanda é regido pelo Orixá Oxalá.
É representado por uma coroa, capacete ou flor de lótus que se abre para o céu,
como símbolo do despertar da espiritualidade e da consciência humana.
Bom funcionamento deste chakra- Quando equilibrado e aberto, ele nos faz
perceber que a nossa essência é espiritual, que a Luz Divina está em nós, que
somos parte do Todo da Criação. Deixamos de ser meros receptores da energia
vital, passando também a irradiá-la aos outros seres vivos e ao planeta. Isso nos
permite atingir níveis superiores de meditação.
Quando o coronário se desenvolve de forma simultânea com o chakra frontal, a
pessoa apresenta grande capacidade de raciocínio e de intuição.
Saúde
Bebida
Água mineral; água de coco; vinho branco doce; vinho tinto doce; “águas de Oxalá”
(deixar uma porção de canjica de molho em água mineral ou de coco e depois
utilizar essa água; ou cozinhar a canjica e utilizar a água do cozimento);
champanhe branco.
Animais
Comidas
Frutas
Uvas verdes, coco seco, coco verde, pera, maçã verde, damasco, melão,
bergamota, pêssego, lima doce, laranja mimo do céu, goiaba branca, frutas de
polpa branca em geral, frutas suaves em geral, nozes, castanhas, amêndoas.
Data Comemorativa
25 de Dezembro
Sincretismo
Incompatibilidades