Location via proxy:   [ UP ]  
[Report a bug]   [Manage cookies]                

Doenças de Chagas

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

I.

INTRODUÇÃO

A Doença de Chagas (DC) é considerada uma importante endemia no continente


americano, sendo responsável por milhares de casos anualmente, atingindo
principalmente as populações em situações de maiores vulnerabilidades sociais, que
residem em condições precárias e que são afetadas diretamente pela falta de políticas
públicas centradas no controle da DC, principalmente no que tange à transmissão
vetorial do Trypanosoma cruzi, que é a mais importante fonte de infecção ao ser
humano. (DIAS et al., 2016).

De acordo com Fidalgo et al (2018) “a Doença de Chagas é normalmente transmitida


por vetores; quando os triatomíneos se alimentam do sangue de um hospedeiro,
depositam fezes que contêm a forma tripomastigota metacíclica do T. cruzi, que penetra
na pele ou nas mucosas do hospedeiro”. Na transmissão da DC os dois principais
vetores são o Triatoma infestans e o Triatoma dimediata, mas também existe o Triatoma
brasiliensis, que possui uma alta capacidade de adaptação aos ambientes humanos,
favorecendo a infestação e manutenção de colônias em todo o ambiente: Gdoméstico e
aos redores (GUARNER, 2019).
II. OBJECTIVOS

1.1. GERAL

 Avaliar o conhecimento sobre a doença de chagas

1.2. ESPECIFICO

 Concetuar a doença de chagas


 Dexcrevr seu historia
 Mencionar o swu agente etiológico
 Esclarecer os seus sintomas

III. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

2. Histórico da Doença de Chagas

A doença de Chagas (DC) foi descrita pelo grande cientista brasileiro, Dr. Carlos
Chagas, responsável por caracterizar o agente etiológico da doença, ao qual denominou
Trypanosoma cruzi, em homenagem ao cientista e amigo Dr. Oswaldo Cruz. Dr. Carlos
Chagas também identificou o vetor e descreveu o ciclo de vida e as manifestações
clínicas das diferentes fases da doença (Coura e cols, 1999; Kropf & Sá, 2009).

O Dr. Carlos Chagas encontrou os primeiros vestígios da espécie de Trypanosoma em


um sagui (Callithrix penicillata) em 1908, época em que o cientista trabalhava na
Fundação Oswaldo Cruz e estava à frente do programa de combate à Malária em
Lassance, Minas Gerais (Chagas, 1908). Tendo tido contato prévio com uma das formas
do parasito, posteriormente analisou insetos hematófagos, conhecidos popularmente
como barbeiros, e encontrou espécimes de epimastigotas nestes insetos, tendo publicado
esses achados em 1909 (Chagas, 1909).

3. CONCEITO

Doença de Chagas !ou Tripanossomíase americana é uma doença tropical parasitária


causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e transmitida principalmente por insetos
da subfamília Triatominae. Os sintomas mudam ao longo do curso da infecção. Na fase
inicial, eles podem não estar presentes

4. EPIDEMIOLOGIA
A DC é endêmica na América Latina, contudo, atualmente se encontra distribuída em
diversos países em todos os continentes, devido ao aumento do fluxo de m13 ocorrido
nos últimos anos (WHO, 2015). Considerada uma doença negligenciada, esta
enfermidade é de cunho sistêmico e crônico. Segundo dados da Organização Mundial
da Saúde (OMS) ,A DC acomete 21 países da América do Sul e Central e a OMS estima
que 8 milhões de pessoas estejam infectadas mundialmente pela doença, contabilizando
10.000 mortes por ano (WHO, 2016; WHO, 2018).
5. AGENTE ETIOLOGICO

O Trypanosoma cruzi é o agente etiológico da tripanossomíase americana, mais


popularmente conhecida como doença de Chagas (DC). Pertencente à classe
Kinetoplastida, família Trypanosomatidae, o T. cruzi é um protozoário flagelado que
possui mitocôndria única, composta de material genético estruturado por meio de redes
de minicículos atreladas à maxicírculos, denominada cinetoplasto (Chen e cols, 1995;
Amodeo; Jakob; Ochsenreiter, 2018).

5.1. FATORES DE RISCO

Os principais fatores de risco para a doença de Chagas são:

 Habitar em uma cabana onde insetos transmissores vivam nas paredes


 Morar na América do Sul, América Central ou no México
 Viver sob condições extremas de pobreza
 Receber transfusão de sangue ou um transplante de órgão de uma pessoa
portadora do parasita, mas que não tenha manifestado a Doença de Chagas.

6. FISIOPATOLOGIA
Na etapa inicial da infecção, os tripomastigotas se espalham pelo organismo do
hospedeiro definitivo através do sangue. Proliferam-se dentro de macrófagos e de outras
células presentes em diversos órgãos e tecidos, como fígado, baço, linfonodos, tecido
conjuntivo intersticial e miocárdio.

Nos órgãos, já na forma amastigota, multiplica-se gerando pseudocistos que, ao se


romperem, provocam resposta inflamatória e necrose. Os antígenos liberados pelo
parasita se ligam à superfície das células vizinhas, tornando-as alvo da resposta imune
celular e humoral. Ao multiplicar-se, tanto os parasitas quanto a célula hospedeira
sofrem degeneração, ocasionando a liberação do parasita no interstício em suas diversas
formas, bem como de organelas citoplasmáticas da célula hospedeira. Devido a essas
liberações
7. SINTOMAS DA DOENÇA DE CHAGAS

Os sintomas da doença de Chagas se apresenta em duas fases.

Sintomas na fase Aguda: A chaga apresenta, em geral, também uma íngua próxima à
região. Após o período de incubação (período assintomático) variável, geralmente
depois de 1 semana, o paciente poderá apresentar: Febre, Ínguas por todo o corpo,
Inchaço do fígado e do baço, vermelhidão no corpo: semelhante a uma alergia e que
dura pouco tempo (MINUTO SAUDAVEL, 2017).

Sintomas na fase Crônica: nesta fase, detectar o parasita no sangue é um processo bem
mais difícil, mesmo que a presença de anticorpos contra o parasita continue elevada,
apresentando infecção em atividade. O paciente pode apresentar os sintomas muitos
anos depois de ter sido infectado, problema de coração ocorre em 30% dos infectados, e
problemas do sistema digestivo em 10% dos casos. Os demais sintomas desta fase são:
desmaios, palpitações, dores no peito, inchaço dos membros inferiores, constipação,
dores abdominais, dificuldades para engolir, batimentos cardíacos descompassados
(arritmias, podendo ser fatais), perda da capacidade de “bombeamento” do coração (isto
que provoca os desmaios) (MINUTO SAUDAVEL, 2017).

7.1. PERÍODO DE INCUBAÇÃO


 Transmissão vetorial: 4 a 15 dias.
 Transmissão transfusional: 30 a 40 dias ou mais.
 Transmissão vertical: pode ser transmitida em qualquer período da gestação ou
durante o parto.
 Transmissão oral: 3 a 22 dias.
 Transmissão acidental: aproximadamente até 20 dias (MINUTO
SAUDAVEL,2017)

8. MECANISMOS DE TRANSMISSÃO
A Doença de Chagas (DC) é uma doença infecciosa ou antropozoonose, é transmitido
pelo contato com as fezes dos vetores, chamados de “barbeiros”. Pode ser transmitido
de forma oral, pela ingestão de alimentos contaminados com os parasitas; da mãe para o
filho ou de forma congênita; transfusões de sangue; transplante de órgãos e até por
acidentes laboratoriais (MINUTO SAUDAVEL, 2017).
8.1. DIAGNÓSTICO

O primeiro passo para o diagnóstico é o exame físico e um questionamento sobre


histórico médico e possíveis fatores que podem ter desencadeado a doença de Chagas.

Um exame de físico pode confirmar o diagnóstico, mas para saber em que fase a doença
está exatamente, outros exames deverão ser solicitados. Entre eles estão:

 Eletrocardiograma (ECG)
 Raio X do tórax e do abdômen
 Ecocardiograma
 Endoscopia superior

8.2. TRATAMENTO DA DOENÇA DE CHAGAS

Na doença de Chagas, o tratamento é baseado em drogas antiparasitárias, para aniquilar


o parasita, e no controle dos sinais e sintomas da infecção. O tratamento tem como
objetivo reduzir a velocidade de acometimento do sistema nervoso parassimpático. Os
distúrbios autonômicos provocados pela doença podem resultar, eventualmente, em
megaesôfago, megacólon e miocardiopatia dilatada acelerada. O tratamento logra
prognóstico favorável quando a doença é diagnosticada e tratada na fase aguda, ao passo
que a eficácia do tratamento diminui enquanto a doença progride.

A principal droga parasiticida que dispomos é o benznidazol (nitroimidazólico). A dose


recomendada é de 10 mg/kg/dia em crianças ou quadros agudos e 5 mg/kg/dia em
crônicos, por 60 dias de tratamento, sendo a dose diária dividida em duas ou três
vezes. A dose máxima diária recomendada é de 300 mg. Para adultos com peso acima
de 60 kg, deve ser calculada a dose total esperada, estendendo-se o tempo de tratamento
para além dos 60 dias, até completar a dose total necessária.

O tratamento medicamentoso específico da cardiopatia chagásica deve seguir as


diretrizes para o tratamento da IC, quando há fração de ejeção reduzida, com o uso de
inibidores da enzima conversora da angiotensina, espironolactona, betabloqueador e
diuréticos. O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes com IC congestiva
refratária, para implante de aparelhos de estimulação ventricular multissítio, transplante
cardíaco e terapia celular – células tronco (ainda em perspectiva).
8.3. PREVENÇÃO

Controle de insetos com inseticidas e habitações com menos propensão de ter


populações de insetos ajudam a controlar a disseminação da doença. Ainda não existe
uma vacina disponível para a prevenção da doença de Chagas.

Os bancos de sangue na América Central e do Sul agora realizam testes em doadores


para verificar a exposição ao parasita. Quando o resultado do teste é positivo, o sangue é
descartado.

COMPLICAÇÕES GRAVES DA DOENÇA DE CHAGAS AO SER HUMANO

As complicações da doença de Chagas costumam aparecer na fase crônica, podendo


trazer sérias complicações digestivas ou cardíacas, sendo:

 Crescimento do coração (Cardiomegalia): O coração grande, também


conhecido como cardiomegalia é uma doença grave e de difícil tratamento
ocorre quando o coração se torna tão fraco ou duro que não consegue mais
bombear sangue o suficiente que atenda às necessidades do seu corpo
 Alargamento do esôfago (megaesôfago): causado pelo raro alargamento
anormal (dilatação) do esôfago, que pode resultar em dificuldade de deglutição e
digestão
 Alargamento do cólon (megacólon): ocorre quando o cólon se torna
anormalmente dilatado, causando dor abdominal, distensão e prisão de ventre
grave. Várias são as alternativas possíveis para o tratamento cirúrgico do
megacólon chagásico, todas com os objetivos de aliviar os sintomas da doença e
prevenir suas complicações (MINUTO SAUDAVEL, 2017)

9. CUIDADOS DE ENFERMAGEM
 Permitir que a pessoa compartilhe suas percepções sobre a situação. Orientar
quanto à doença e seus aspectos. Solicitar apoio psicológico, se necessário
insistir na importância para uma dieta equilibrada.
 Sugerir caminhada. Incentivar ingestão hídrica. Oferecer fluidos preferidos
 Orientações relacionadas à doença.
 Orientar o paciente a tirar possíveis dúvidas em forma geral.
 Encorajar a expressão dos sentimentos e respostas que reflitam realidade.
 Verificar sinais vitais regularmente. Medicar o paciente conforme prescrição
médica, se temperatura maior ou igual a 38° C. Proporcionar ambiente arejado.
 Orientar quanto à alimentação. Estimular a ingestão de alimentos preferidos.
 Recomendar refeições pequenas e45
 Monitorar o surgimento ou piora de sintomas
 Instruir o paciente sobre dados relativos à doença. Esclarecer acerca do plano
terapêutico.
 Fornecer informações sobre o potencial das complicações (OLIVEIRA e
LISBOA,2009).
CONCLUSÃO

É uma doença causada por um parasito denominado Trypanosoma cruzi e transmitida


apenas a mamíferos e ao homem através de insetos infectados, conhecidos
popularmente como barbeiros (Triatomíneos). A doença de Chagas foi assim
denominada em homenagem ao pesquisador brasileiro que a identificou, Carlos Chagas,
embora ele preferisse chamar de “Tripanossomíase americana”. A doença apresenta
uma fase aguda, que pode manifestar ou não sintomas, e uma fase crônica, a qual pode
se manifestar de quatro formas: indeterminada, cardíaca, digestiva e cardiodigestiva (ou
mista, pois envolve coração e aparelho gastrointestinal).

Você também pode gostar