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Aula 2 Laboratório de Bacteriologia

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Bacteriologia Clínica

Prof: Melissa Souza


Curso: Biomedicina
Disciplina: Biofísica aplicada à
biomedicina
Prof: Melissa Souza
Os conteúdos e mídias disponíveis nas
aulas da Cruzeiro do Sul Educacional têm

SOBRE DIREITOS AUTORAIS E REPRODUÇÃO


finalidade educacional e são destinados
para o seu estudo individual. É proibida a
cópia, reprodução (total ou parcial) ou
disponibilização deste material, por
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venham a ser criados, sem autorização
ATENÇÃO
prévia de seus autores.
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Roteiro da Disciplina
04/04/23
I: Introdução ao Estudo de Bacteriologia Clínica

II: Identificação e diferenciação de Cocos Gram-Positivos e enterobacterias


de Importância médica

011/04/23
III: Bactérias Causadoras de Doenças do Trato Gastrointestinal, Sistema
Nervoso, Trato Respiratório e DST

IV: Práticas Laboratoriais em Bacteriologia Clínica


Bactérias Causadoras de Doenças
do Trato Gastrointestinal,
Sistema Nervoso, Trato
Respiratório e DST
Bactérias Causadoras de Doenças do
Trato Gastrointestinal
Bactérias mais comumente identificadas em Campylobacter
amostras clínicas. Estas bactérias estão
distribuídas no ambiente (solo, água, Campylobacterale

plantas) e no trato gastrointestinal de Helicobacter


animais e humanos. Muitos patógenos são
responsáveis por doenças diarreicas. Clostridium
perfringens

Clostridium difficile

Clostridiales

Clostridium tetani

Clostridium
botulinum
Campylobacter
Conhecido por causar diarreia em humanos e
animais (bovinos, ovinos, roedores, aves
domésticas e pássaros silvestres). As infecções
humanas são adquiridas pelo consumo de
alimentos contaminados, sobretudo aves, leite ou
água. Animais domésticos, podem se infectar e ser
uma fonte de infecção humana.
Campylobacter

A patologia grave e o aspecto histológico da


ulceração e da superfície mucosa hemorrágica
inflamada no jejuno, íleo e cólon são compatíveis
com a invasão da bactéria, mas a produção de
citotoxinas por C. jejuni também foi demonstrada.
Invasão e bacteremia são relativamente comuns,
sobretudo em neonatos e adultos debilitados. Os
sintomas clínicos causados por são muito parecidos
com as diarreias causadas por Salmonella spp. e
Shigella spp., com diarreias sanguinolentas. Porém,
tem um período de incubação mais longo (2 a 11
dias) e uma duração mais prolongada (3 dias a 3
semanas).
Morfologia
Bastonetes gram negativos
Formato curvo, em forma de S, ou asa de
gaivota.
Estruturas Antigênicas
Campylobacter jejuni é uma bactéria que causa infecção intestinal, pode invadir a
circulação, causando infecção em diferentes órgãos. Isso ocorre nos primeiros
estágios da doença, já que é sensível ao poder bactericida do soro humano e
rapidamente é eliminada da circulação.
A infecção intestinal localiza-se nos intestinos delgado e grosso, onde a bactéria
adere e prolifera.
Fatores de adesão (flagelo, proteínas externas e adesinas)
Invasão (microfilamentos, microtúbulos)
Produção de toxinas.
Características de Cultivo, coloração e
diagnóstico diferencial
São microrganismos exigentes quanto ao cultivo, são microaerófilos (necessitam de
baixo teor de oxigênio), termófilos (crescem em 42°C) e móveis.
Pode-se considerar o exame de preparações a fresco ou de esfregaços corados de
todas as amostras de fezes diarreicas à procura de leucócitos polimorfonucleares e
presença de formas bacterianas sugestivas de espécies de Campylobacter.
O tempo gasto e o uso de meios especiais de cultura para amostras nas quais existe
pouca probabilidade de isolamento de microrganismos importantes não são
considerados economicamente viáveis.
Importância do Diagnóstico e Tratamento
Rápido
O diagnóstico é necessário, pois pode haver casos de diarreias graves, e, nestes
casos, podem ser usados antibióticos macrolídeos como a eritromicina. Ainda, as
infecções com Campylobacter pode ser invasiva, sendo utilizados no tratamento
antibióticos adicionais como as quilononas ou aminoglicosídeos.
Helicobacter
A espécie mais comum encontrada em humanos é Helicobacter pylori. Esta bactéria é
encontrada nas células epiteliais secretoras de muco do estômago. É a grande
causadora de casos de gastrite e úlceras gástricas. Sua apresentação mais comum é
a dor persistente ou recorrente no abdome superior.
Estudos foram realizados e viram que H. pylori pode fornecer proteção contra alguns
cânceres esofágicos e gástricos, e com isso se discute a retirada desta bactéria em
pacientes que não apresentam sintomas.
Sabe-se que H. pylori interfere na secreção de ácido gástrico associado à doença do
refluxo gastroesofágico (DRGE) e foi associada ao desenvolvimento de úlceras
estomacais, fatores que podem preceder câncer esofágico.
Morfologia
Helicobacter spp. é gram negativa e possui forma espiralada.
Estruturas Antigênicas
Possui uma citotoxina, proteína inibidora de ácido, adesinas, urease (que auxilia sua
sobrevivência em ambiente ácido) e outros fatores que rompem a mucosa gástrica. A
cicatrização de úlceras necessita de tratamento combinado, como um inibidor da
bomba de prótons e dois antibióticos, como claritromicina e amoxicilina.
Características de Cultivo, coloração, diagnóstico
diferencial
O diagnóstico costuma ser feito com base no exame
histológico de amostras de biópsia.
Teste da ureia (H. pylori produz grandes quantidades de
urease), o meio mais rápido de detectar a presença do
microrganismo.
A pesquisa de antígeno de Helicobacter pylori nas fezes.
A temperatura ideal para o seu isolamento é de 35° a
37°C. Foi constatado que o alto grau de umidade
favorece o crescimento. A maioria das cepas leva 3 a 5
dias para crescer. Esses microrganismos podem ser
cultivados em meios não seletivos que contenham
sangue, produzindo pequenas colônias cinzentas e
translúcidas. As reações positivas para catalase, oxidase
e urease possibilitam a sua identificação.
Importância do diagnóstico e tratamento
rápido
O diagnóstico e tratamento são necessários quando o indivíduo tem sintomatologia. O
tratamento pode ser realizado com antibióticos β-lactâmicos, macrolídeos
(eritromicina e claritromicina) ou fluoroquinolonas. É recomenda terapia erradicadora
se o paciente tiver: dispepsia recorrente, úlcera péptica recente diagnosticada,
diagnóstico prévio de doença ulcerosa, ressecção por câncer gástrico, linfoma MALT,
gastrite atrófica, parentes de primeiro grau com câncer gástrico.
Ordem Clostridiales: Clostridium
perfringens e Clostridium difficile
O gênero Clostridium é heterogêneo, sendo composto por cerca de 150 espécies, e
seu habitat natural é o solo e o intestino. No homem e nos animais, apenas 12
espécies são responsáveis por causar doenças, sendo que C. difficile, C. perfringens,
C. tetani e C. botulinum são as mais comuns.
Embora causem sintomas diferentes, as bactérias do gênero Clostridium são gram-
positivas, formadoras de endosporos e anaeróbico obrigatório (não toleram oxigênio).
Clostridium perfringens
É responsável pela gangrena gasosa humana relacionada a
traumas e cirurgias. A infecção é rápida e progressiva, e
destrói músculos com toxicidade sistêmica. O diagnóstico
precoce da gangrena gasosa é crítico e baseia-se nos sinais
clínicos do paciente com edema intenso, descoloração do
tecido, vesículas hemorrágicas, evidência de gás no tecido e
na detecção laboratorial. Neste caso, o diagnóstico é feito
pelo exsudato.
Morfologia
Bacilos gram-positivos, formadores de esporos e anaeróbios.
Estruturas Antigênicas
A gangrena é uma infecção que destrói os músculos de maneira rápida e progressiva,
através da toxicidade sistêmica, devido à ação da α-toxina.
Na sua forma branda de infecção alimentar, as bactérias presentes nos alimentos
contaminados chegam ao intestino e esporulam. A enterotoxina (CPE) acumulada
intracelularmente é liberada quando a esporulação se completa e a lise ocorre para
liberação do endósporo. O período de incubação é de 6 a 24h após exposição,
ocorrendo diarreia aquosa e espasmos intestinais.
Características de Cultivo, coloração, diagnóstico
diferencial
Em exsudatos, observa-se bacilos gram-lábeis e seu isolamento é feito em meio
simples ou ágar sangue. Quando há infecção intestinal, a detecção é realizada no
alimento e nas fezes do paciente.
Nitrato +
Fermentação de glicose +
Lactose +
Maltose +
Sacarose +

*Exsudato é a matéria resultante de um processo inflamatório.


Importância do Diagnóstico e Tratamento
Rápido
Alta taxa de mortalidade. O componente mais importante do tratamento é imediato e
extensivo desbridamento cirúrgico de todo o tecido necrosado.
Clostridium difficile
Grupo de risco - pacientes hospitalizados com mais de 65 anos de idade com
exposição recente a antibióticos, pacientes que fazem uso de redutores da acidez
estomacal, pacientes portadores de comorbidades e fazendo uso de
imunossupressores.
A infecção por C. difficile pode produzir um amplo espectro de manifestações clínicas
que variam desde assintomático até fulminantes colites com megacólon e perfuração
do cólon.
A diarreia é a manifestação clínica mais comum, regredindo em 25% dos pacientes
após terapia antimicrobiana. Os sinais clínicos mais comuns são diarreia aquosa,
anorexia, náusea, leucocitose e neutrofilia.
Morfologia
Bacilo gram-positivo, que perde a capacidade de reter a coloração de gram após 24 a
48 horas de cultivo, tornando-se falsamente gram-negativo, o que pode dificultar o
diagnóstico. Os esporos ovais são observados na fase estacionária de crescimento na
maioria dos meios sólidos.
Estruturas Antigênicas
Há uma associação entre C. difficile e diarreia seguida por enterocolite, após uso de
antimicrobianos, através da atividade de duas toxinas denominadas toxina A (TcdA-
toxin Clostridium difficile B). A TcdA é uma potente enterotoxina que danifica o
epitélio intestinal, resultando em intensa inflamação, enquanto a TcdB não induz
perda de fluidos, pois não se liga aos receptores da superfície intestinal.
Características de Cultivo, coloração,
diagnóstico diferencial
O diagnóstico é realizado através dos achados clínicos, seguindo para identificação da
bactéria pela detecção das toxinas TcdA e TcdB nas fezes recentemente colhidas. A
detecção é feita através do método de ELISA ou por cultura de células.
A cultura das fezes é realizada de forma anaeróbica em meio de cultura seletivo
(cicloserinacefoxitina frutose ágar – CCFA). Esta bactéria não produz lecitinase e
lipase.
Glicose +
Frutose +
Manitol +
Manose +
Importância do Diagnóstico e Tratamento
Rápido
As infecções por C. difficile podem variar de indivíduos assintomáticos a sintomáticos,
tanto em crianças como em adultos. A hospitalização é considerada fator de risco,
pela oportunidade de repetidas exposições de pacientes susceptíveis ao principal
reservatório. Portanto, a recorrência da infecção é comum, e os principais fatores de
risco são idade avançada e cirurgia abdominal. O tratamento deve ser iniciado pela
suspensão do antimicrobiano indutor, com reposição de líquidos e eletrólitos. Apesar
da diarreia curar espontaneamente na maioria dos casos, eventualmente se faz
necessário o uso de metronidazol ou vancomicina, via oral.
Bactérias Causadoras de Doenças do
Sistema Nervoso
Clostridium tetani e Clostridium botulinum
Clostridium tetani
Após o período de incubação de 2 a 14 dias, o tétano generalizado pode ocorrer
com o surgimento de espasmos do masseter (trismo) e por espasmos dos músculos
bucais e faciais (riso sarodônico). Quando os espasmos são generalizados, podem
levar a uma postura arqueada típica (opistotônica). Quando há o tétano
localizado, há espasmos dolorosos nos músculos adjacentes ao sítio da lesão e
pode proceder ao tétano generalizado. Também pode ocorrer o tétano neonatal, pela
contaminação do coto umbilical, que surge de 3 a 12 dias de vida em bebês de mães
que não foram vacinadas.
Morfologia
Bacilo gram positivo com
endosporo oval terminal, cujo
aspecto de raquete
caracteriza-se de forma
inquestionável e em culturas
com mais de 24h.
Estruturas Antigênicas
C. tetani produz duas toxinas biologicamente ativas: a neurotoxina TeNT (tetanus
neurotoxina) e uma hemolisina. O tétano ocorre após a introdução dos esporos na
lesão, seguido de germinação e multiplicação. A toxina liberada após a lise celular
liga-se a junções neuromusculares dos neurônios motores para ser então endocitada.

De cada 100 pessoas que adoecem, cerca de 35 a 40 morrem


Características de Cultivo e de Coloração
Esta bactéria é encontrada em solo de todas as partes do mundo. O diagnóstico é
geralmente realizado pela observação clínica do paciente. Mas também pode ser
confirmado por cultura a partir de swab. Em culturas com mais de 24h são bacilos
gram positivos, móveis e crescem a 37°C. A toxina também pode ser detectada
diretamente no soro do paciente.
Clostridium botulinum
Botulismo infantil: O intestino é colonizado por esporos de C. botulinum, após
germinação geram neurotoxina que invade a corrente sanguínea, é carreada para as
terminações nervosas periféricas, causando paralisia aguda flácida.
Botulismo clássico: ocorre após a ingestão de alimentos contendo a toxina
botulínica pré-formada, é absorvida pelo duodeno e jejuno, vai para a corrente
sanguínea e alcança as sinapses colinérgicas periféricas.
Botulismo de lesão: As principais portas de entrada são úlceras dos membros,
lesões traumáticas, ou mesmo feridas cirúrgicas. O botulismo também pode ser
transmitido através do uso de drogas injetáveis ou drogas aspiráveis.
Todas as formas de botulismo apresentam paralisia simétrica flácida descendente
com diplopia, disartia, disfonia, e, possivelmente, sequelas neurológicas. A toxina
botulínica é uma das mais potentes toxinas que se conhece. Sua potência é
decorrente da habilidade em bloquear transmissões neuromusculares e levar à morte
através da paralisia da musculatura envolvida na respiração.
Morfologia
Bacilo que apresenta esporos
ovais subterminais, é gram
positivo, anaeróbio e móvel.
Estruturas Antigênicas
Esta espécie de Clostridium possui sete tipos antigênicos de toxina botulínica (BoNT-
botulinum neurotoxin), designados de A-G, porém, diferentes isoformas de cada tipo
antigênico têm sido descobertas por técnicas específicas.
As toxinas A, B, E e F são as principais que causam botulismo em humanos; as
toxinas C e D acometem aves e mamíferos. A toxina botulínica é uma metaloprotease
dependente de zinco. É uma potente inibidora de neurotransmissores.
Características de Cultivo e de Coloração
Para realização do diagnóstico pode ser utilizado soro, lavado gástrico,
fezes/conteúdo intestinal e a análise do alimento suspeito.
Os exames laboratoriais podem ser realizados por várias técnicas, incluindo detecção
da toxina botulínica por meio de bioensaio em camundongos. Em casos de botulismo
por ferimentos e botulismo intestinal realiza-se também o isolamento de Clostridium
botulinum por meio de cultura das amostras.
Cada ampola do produto contém apenas 5 nanogramas da toxina. Isso significa que
toda a produção de Botox® acumulada desde 1994, cerca de 100 milhões de ampolas,
totaliza apenas 0,5g do veneno.
Meningite Bacteriana
A Meningite é uma doença inflamatória que atinge as
meninges, membranas que envolvem a medula espinhal e
o cérebro. A doença é considerada perigosa e fatal pelo
fato de provocar lesões mentais, motoras e auditivas.
A meningite pode ser causada por diferentes tipos de
patógenos, incluindo vírus, bactérias, fungos e
protozoários.
As meningites causadas por bactérias são mais
preocupantes devido à gravidade e taxa de mortalidade.
Neisseria meningitidis, Haemophilus influenzae e
Streptococcus pneumoniae
Coleta e Manuseio de Líquor

A coleta é realizada por Médicos habilitados, geralmente com título de


Especialista em Patologia Clínica, Neurologia e Anestesiologia.
Coleta e Transporte de Amostras
As meningites de origem bacteriana são diagnosticadas através da análise de líquido
cefalorraquidiano, podendo também ser utilizado sangue, quando há bacteremia
(presença de bactéria no sangue). Geralmente, a concentração dos microrganismos
presentes no líquor é baixa e, por isso, é fundamental realizar a centrifugação da
amostra para concentrar e aumentar a sensibilidade do exame de microscopia pelo
método de Gram.
Neisseria meningitis
Neisseria meningitis é um meningococo que causa a doença meningocócica (DM) que
pode ser classificada em 3 formas clínicas:
Meningite associada à meningococcemia (presença de bactéria no sangue);
Meningite sem meningococcemia (ausência de bactéria no sangue) que é a forma
mais prevalente;
Meningococcemia não causadora de meningite.
Quando a bactéria N. meningitis atinge a corrente sanguínea, causa a forma mais
grave, que inclui um início súbito de febre e uma erupção petequial ou púrpura, que
pode progredir para púrpura fulminante. A morte pode ocorrer poucas horas após o
início da febre.
Neisseria meningitis
O diagnóstico laboratorial da doença meningocócica é realizado através do exame
bacterioscópico do líquor corado pelo método de Gram e cultura. Podem ser utilizadas
também para diagnóstico amostras de fluidos orgânicos, como sangue, líquido
sinovial, pleural ou pericárdio, raspados ou aspirados de lesões cutâneas para o
isolamento e a identificação do meningococo.
Haemophilus influenzae
Esta bactéria se espalha pela corrente sanguínea após uma infecção no trato
respiratório e costumava ser a principal causa de meningite em crianças. No entanto,
atualmente a sua ocorrência foi controlada e reduzida por meio de vacinas.
Além da meningite, pode causar infecções como epiglotite, celulite e bacteremia. São
normalmente causadas por cepas capsuladas do tipo b em crianças não vacinadas. As
cepas não capsuladas de H. influenzae são atualmente a causa mais comum de
conjuntivite, otite média, sinusite, bronquite e pneumonia. Os fatores de virulência
desta bactéria estão relacionados à cápsula polissacarídea, lipoligossacarídea, pili,
adesinas adicionais, IgA protease e proteínas de membrana externa.
Haemophilus influenzae
Deve ser diagnosticada através de exames físicos e laboratoriais do líquido
cefalorraquidiano (LCR). Um teste rápido que pode ser feito é a coloração de gram do
LCR, após pode ser realizada a cultura (padrão ouro para diagnóstico) e outros testes
de identificação como a detecção de antígenos, métodos moleculares, isolamento e
identificação. É ainda realizado o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos.
Streptococcus pneumoniae
Esta bactéria, também chamada de pneumococo, é a mais comum entre todas as
bactérias que causam meningite. Pode resultar de bacteremias primárias, mas muitas
vezes se instala em associação a otites, sinusites e pneumonias. Em indivíduos com
fratura do crânio, pode ocorrer devido a comunicações que se estabelecem entre o
espaço subacnoide e os seios paranasais. A meningite causada por S. pneumoniae
pode ser letal, mesmo nos casos com tratamento adequado.
Streptococcus pneumoniae
O diagnóstico de S. pneumoniae depende do local de infecção. A forma mais comum
de realizar o diagnóstico é pela cultura com ágar sangue e ágar chocolate, e as
colônias são identificadas pelo teste de optoquina e de bile-esculina. Nos casos de
meningite, a cultura deve ser sempre precedida do exame microscópico de
esfregaços corados pelo Gram, pois a presença de diplococos gram positivos no
material é sugestiva de meningite pneumocócica.
Importância do diagnóstico e tratamento
rápido
O diagnóstico e tratamento rápidos são cruciais em casos de suspeitas de meningites
bacterianas. São algumas das infecções agudas mais temidas e podem ser
responsáveis por grande número de mortes e sequelas neurológicas. Sabemos que
para algumas bactérias já se têm vacinas disponíveis como forma de prevenção da
infecção.
Bactérias Causadoras de Doenças do
Trato Respiratório
Mycoplasma pneumoniae
Mycoplasma pneumoniae é conhecida por causar uma série de sintomas, como
pneumonia atípica primária, traqueobronquite e doença do trato respiratório superior.
A pneumonia atípica primária é uma das manifestações mais graves, sendo a
traqueobronquite o sintoma mais comum, e outros 15% dos casos, geralmente
adultos, permanecem assintomáticos.
Aspectos Clínicos: Infecções mais comuns
As infecções sintomáticas tendem a se desenvolver por um período de vários dias, e a
manifestação da pneumonia pode ser confundida com vários outros patógenos. A
traqueobronquite é mais comum em crianças devido à capacidade reduzida do
sistema imunológico, 18% das crianças infectadas requerem hospitalização. Sintomas
leves comuns incluem dor de garganta, respiração ofegante e tosse, febre, dor de
cabeça, rinite, mialgia e sensação de mal-estar. Raramente, a pneumonia por M.
pneumoniae resulta em morte devido a lesões e ulceração do revestimento epitelial,
edema pulmonar e bronquiolite obliterante. Sintomas extrapulmonares, como
respostas autoimunes, complicações no sistema nervoso central e distúrbios
dermatológicos têm sido associados a infecções por M. pneumoniae em até 25% dos
casos.
Morfologia
M. pneumoniae é uma bactéria sem parede celular e espaço periplasmático, com
genoma reduzido e atividade metabólica limitada, e, portanto, não possui forma
definida de coco ou bacilo, sendo uma bactéria pleomórfica sem forma definida. São
células muito pequenas, não podem ser visualizadas no microscópio de luz.
Estruturas Antigênicas
Nos seres humanos, podem ser identificadas pelo menos 16 espécies. As espécies são
classificadas de acordo com suas características bioquímicas e sorológicas. Os
antígenos de fixação do complemento (FC) dos micoplasmas consistem em
glicolipídeos. Os antígenos para os testes de Elisa são proteínas. Algumas espécies
apresentam mais de um sorotipo.
Características de Cultivo e de Coloração
O diagnóstico é realizado através de exames clínicos, de imagem e laboratoriais. A
cultura é o padrão ouro para o diagnóstico, mas, atualmente, os métodos mais
utilizados são testes moleculares.
A identificação e isolamento desta bactéria podem ser realizados através de amostras
das vias aéreas, no entanto, o isolamento do M. pneumoniae no laboratório é lento, a
técnica complexa, de baixa sensibilidade, o custo é elevado e demanda a necessidade
de um analista treinado. No entanto, o isolamento desta bactéria permite a
caracterização biológica e molecular, contribuindo para a avaliação da suscetibilidade
aos antibióticos.
Bordetella pertussis (coqueluche ou tosse
comprida)
É uma doença altamente contagiosa causada por Bordetella
pertussis, conhecida apenas em seres humanos. A palavra
pertussis significa “tosse violenta”, e os chineses a chamam de
“tosse dos 100 dias”.
Aspectos clínicos: Infecções mais comuns
Depois de um período de incubação de cerca de 2 semanas, surge o “estágio
catarral”, com tosse leve e espirros, durante o qual grande número de
microrganismos é liberado em forma de aerossol em perdigotos, e o paciente mostra-
se altamente infeccioso, embora não esteja muito doente.
Durante o estágio “paroxístico”, ocorre tosse de caráter explosivo com o característico
“sibilo” à inspiração, resultando em rápida exaustão e podendo estar associado a
vômitos, cianose e convulsões.
A contagem de leucócitos mostra-se elevada (16.000 a 30.000/μL), com linfocitose
absoluta. A convalescença é lenta. B. pertussis é uma causa comum das tosses
prolongadas (4 a 6 semanas) em adultos. Em raras ocasiões, a coqueluche é seguida
de encefalite, complicação grave e potencialmente fatal.
Morfologia
Cocobacilo gram-negativo aeróbio e encapsulado.
Estruturas Antigênicas
A hemaglutinina filamentosa e as fimbrias atuam como mediadoras da adesão às
células epiteliais ciliadas e são essenciais para a colonização traqueal.
A toxina pertussis promove linfocitose, sensibilização à histamina e aumento da
secreção de insulina; além disso, tem atividade de ribosilação da adenosina difosfato
(ADP).
A toxina adenilatociclase, a toxina dermonecrótica e a hemolisina também são
reguladas pelo sistema bvg.
A citotoxina traqueal inibe a síntese do DNA nas células ciliadas.
O lipopolissacarídeo na parede celular também pode ser importante na produção de
lesão das células epiteliais das vias respiratórias superiores.
Características de Cultivo e de Coloração
A coqueluche é diagnosticada pela obtenção de microrganismos das passagens nasais
posteriores e cultura em meio de ágar-sangue-carvão. O microrganismo é um aeróbio
estrito, oxidase e catalase positivas, porém, nitrato, citrato e ureia negativos. Esses
resultados são úteis para o diferenciar de outras espécies de Bordetella. A hemólise
do meio de cultura que contenha sangue está associada à B. pertussis virulenta.
Como a penicilina não mata B. pertussis, o antibacteriano é frequentemente
adicionado ao meio para suprimir o crescimento de outros organismos. Quando
começam a aparecer as colônias típicas, pode-se utilizar uma coloração com
anticorpo fluorescente para sua identificação.
Importância do Diagnóstico e Tratamento
Rápido
A coqueluche é endêmica nas áreas mais densamente povoadas e ocorre de modo
intermitente em epidemias. Em geral, a fonte de infecção é um paciente que se
encontra na fase catarral inicial da doença. A contagiosidade é alta, variando de 30 a
90%. A maioria dos casos é observada em crianças com menos de 5 anos, e a
maioria das mortes ocorre durante o primeiro ano de vida.
A administração de eritromicina durante o estágio catarral da doença promove a
eliminação dos microrganismos podendo ter valor profilático. O tratamento após o
início da fase paroxística raramente altera a evolução clínica. Inalação de oxigênio e
sedação podem impedir a lesão do cérebro por anoxia.
Corynebacterium diphtheriae- Difteria
C. diphtheriae penetra no corpo por via respiratória, com
as células infectando os tecidos da garganta e das
amigdalas. A resposta inflamatórioa dos tecidos da
orofaringe à infecção resulta na formação de uma lesão
característica, chamada pseudomembrana.
A pseudomembrana pode bloquear a passagem de ar,
sendo a morte por difteria geralmente decorrente de
uma combinação dos efeitos de asfixia parcial e
destruição tecidual pela exotoxina.
Morfologia
Bactéria gram positiva, imóvel e
aeróbia, que origina células
bacilares irregulares ou claviformes
durante o crescimento, não se cora
de forma homogênea e forma
colônias pequenas e lisas em placas
de ágar sangue.
Estruturas Antigênicas
Linhagens patogênicas de C. diphtheriae carreiam um bacteriófago lisogênico, cujo
genoma codifica a uma potente exotoxina denominada toxina diftérica. A toxina
diftérica inibe a síntese proteica no hospedeiro, promovendo assim a morte celular.
Características de Cultivo e de Coloração
O isolamento de Corynebacterium diphtheriae da orofaringe é diagnóstico para a
difteria. Swabs nasais ou da garganta são utilizados para a inoculação em meio ágar
sangue, contendo telurito, ou meio seletivo de Loeffler, que inibe o crescimento da
maioria dos demais patógenos respiratórios.
O diagnóstico laboratorial por identificação bacteriana é difícil, exigindo meios
seletivos e diferenciais. A identicação é complicada pela necessidade de se distinguir
entre os isolados produtores de toxina e as linhagens que não são toxigênicas, já que
ambos podem ser encontrados no mesmo paciente.
Importância do Diagnóstico e Tratamento
Rápido
O diagnóstico e tratamento de difteria são importantes, pois se trata de uma doença
bacteriana contagiosa e que, portanto, pode ocorrer com maior frequência em áreas
com condições socioeconômicas precárias, onde a aglomeração de pessoas é maior e
onde se registram baixas coberturas vacinais. A difteria ocorre durante todos os
períodos do ano e pode afetar a todas as pessoas que não são vacinadas. Acontece
com mais frequência nos meses frios e secos (outono e inverno), quando é mais
comum a ocorrência de infecções respiratórias, principalmente devido à aglomeração
em ambientes fechados, que facilitam a transmissão da bactéria.
Mycobacterium tuberculosis
A tuberculose (TB) é facilmente transmitida pela via respiratória. A tuberculose pode
assumir diversas formas. Ela pode ser classificada como uma infecção primária
(infecção inicial), ou pós-primária (reinfecção). A infecção primária geralmente
resulta da inalação de gotículas contendo células de M. tuberculosis viáveis oriundas
de um indivíduo com infecção pulmonar ativa. As bactérias inaladas alojam-se nos
pulmões e se multiplicam. O hospedeiro reage exibindo uma resposta imune,
resultando na formação de agregados de macrófagos ativados, denominados
tubérculos. Infecção aguda ou crônica do trato respiratório inferior por micobactérias,
com mal-estar, febre, sudorese noturna, perda de peso e tosse produtiva. Dispneia,
dor torácica, hemoptise (tosse com eliminação de sangue), e, nos estágios
avançados, rouquidão. A tuberculose disseminada, conhecida como tuberculose
miliar, envolve muitas lesões pelo corpo
Morfologia
Nos tecidos, os bacilos da tuberculose são bastonetes retos e finos. Já em meios
artificiais, têm formato cocoide e filamentoso As micobactérias não podem ser
classificadas como bactérias gram positivas ou gram negativas. São consideradas
bactérias álcool ácido resistentes.
Características de Cultivo e de Coloração
As bactérias são encontradas na expectoração de pessoas
com a doença ativa. A demonstração do bacilo álcool-acido
resistente em amostra de escarro fornece um rápido.
O isolamento de M. tuberculosis no meio de cultura de
Löwenstein-Jensen ou Middlebrook necessita de cerca de 3 a
6 semanas.
Dispõe-se de inúmeras técnicas mais rápidas para o
isolamento e a identificação.
O teste de sensibilidade deve ser realizado o mais rápido
possível, uma vez que muitas cepas de M. tuberculosis são
resistentes a múltiplos fármacos.
Os pacientes infectados apresentam teste cutâneo positivo de hipersensibilidade
tardia (teste cutâneo de Mantoux realizado com o derivado proteico purificado do
bacilo) e os tubérculos pulmonares podem ser observados nas radiografias de tórax.
Importância do Diagnóstico e Tratamento
Rápido
A terapia antimicrobiana da tuberculose foi um dos principais fatores no controle da
doença. A estreptomicina foi o primeiro antibiótico eficaz, contudo, a verdadeira
revolução no tratamento da TB ocorreu com a descoberta da hidrazina do ácido
isonicotínico, denominada isoniazida (INH).
Coloração Álcool-ácido Resistente
A coloração álcool-acido resistente de Ziehl-Neelsen pode ser utilizada para detectar
organismos do gênero Mycobacterium que causam tuberculose e hanseníase. Há
bactérias que são resistentes à coloração, mas que uma vez coradas vão resistir
fortemente à descoloração, mesmo por ácidos fortes diluídos e álcool absoluto. Sobre
as bactérias que possuem esta propriedade, dizemos que são ácido-álcool resistentes
(BAAR). Esta característica é devida ao elevado teor de lipídeos estruturais (ex. ácido
micólico) na parede celular destas bactérias, que provoca uma grande
hidrofobicidade, dificultando a ação dos mordentes e diferenciadores de corantes
aquosos. As lâminas com os organismos são cobertas com carbolfucsina e aquecidas,
lavadas e descoradas com ácido clorídrico (HCl) a 3%, diluído em etanol a 95%,
lavadas mais uma vez e, em seguida, coradas com azul de metileno de Loeffler.
Mycobacterium leprae
Existem duas formas de hanseníase:
a) hanseníase lepromatosa, caracterizada por numerosos nódulos cutâneos e
possível envolvimento da mucosa nasal e ocular;
b) hanseníase tuberculoide, na qual ocorrem relativamente poucos nódulos
cutâneos. O envolvimento dos nervos periféricos tende a ser grave, com perda de
sensibilidade.
Características de Cultivo e de Coloração
M. leprae não cresce em meio artificial de cultura. Pode ser apenas cultivada em
animais de laboratório. O diagnóstico é feito pela demonstração de bacilos álcool-
acido resistentes em esfregaços de pele ou em amostras de biopsia de pele.
Importância do Diagnóstico e Tratamento
Rápido
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são os principais fatores para a cura,
a redução da transmissibilidade e a maior prevenção contra as incapacidades físicas.
É importante procurar auxílio médico quando se percebe alterações como: manchas
na pele ou colorações diferenciadas, queda de pelos, ressecamento da pele em áreas
delimitadas, diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque, sensação de choque,
formigamento, aparecimento de úlceras de pernas e pés, caroços (nódulos), entre
outros. Estes sinais poderão aparecer em qualquer parte do corpo.
Bactérias Causadoras de ISTs - Infecções
Sexualmente Transmissíveis
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou
outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato
sexual (oral, vaginal, anal). A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe
para a criança durante a gestação, o parto, ou a amamentação.

DSTs → ISTs
O conceito de “doença” implica sinais e sintomas óbvios. A terminologia Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST) destaca a possibilidade de uma pessoa ter e
transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas.
Neisseria gonorrhoeae
Causa a doença chamada Gonorreia. Tem características morfológicas de diplococos
gram negativos esféricos ou ovais, com lados adjacentes achatados que se
assemelham a um par de grãos de café voltados um para o outro.
Neisseria gonorrhoeae
Os pili de aderência (fímbrias) permitem aos gonococos
aderirem às células epiteliais que revestem o sistema urinário,
de modo que não sejam eliminados com a passagem da urina.
Essas bactérias também utilizam os pili para aderir aos
espermatozoides; é concebível que os espermatozoides em
seu deslocamento possam transportar os gonococos até a
parte superior do sistema genital. Os gonococos produzem
uma endotoxina que provoca dano à mucosa das tubas
uterinas e liberam enzimas, como proteases e fosfolipases,
que podem ser importantes na patogenia. A gonorreia é
transmitida por portadores que são assintomáticos ou que
ignoraram seus sintomas (5 a 15 anos).
Neisseria gonorrhoeae

O diagnóstico é estabelecido pela identificação de N. gonorrhoeae por meio de sondas


moleculares, visto que a cultura do organismo não é fácil. N. gonorrhoeae exige uma
alta taxa de umidade e dióxido de carbono no ambiente para o seu crescimento. As
temperaturas de 35 a 37°C e um pH de 7,2 a 7,6. Existem muitas espécies de
Neisseria. A obtenção de um resultado positivo em um exame de rastreamento pode
não ser decorrente de N. gonorrhoeae; é necessário sempre efetuar testes para
confirmação. Amostras coletadas de pacientes com suspeita de infecções causadas
por Neisseria são inoculadas de um swab diretamente em um meio especial para
transporte e incubação em laboratório.
Chlamydia trachomatis
Associada a diferentes doenças como Uretrite não gonocócica. Também pode causar
pneumonia em crianças. Esta bactéria é considerada como originária de parasitas
intracelulares obrigatórios. Não visualizada em esfregaço submetido à coloração de
Gram, mas determinada como gram negativa por conta de seu peptídeoglicano fino.
Existe extracelularmente como corpúsculo elementar inativo e intracelularmente
como corpúsculo reticulado metabolicamente ativo e em divisão. C. trachomatis
infecta o trato genital humano e os olhos. A transmissão ocorre por contato sexual e
durante a passagem do neonato pelo canal de parto. No tracoma, a transmissão
ocorre principalmente pelo contato das mãos com os olhos.
Chlamydia trachomatis
Esta bactéria não produz toxinas ou fatores de virulência. O diagnóstico é realizado
pelo teste de amplificação de ácidos nucleicos (TAAN), utilizando uma amostra de
urina do paciente para o diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis
desencadeadas por clamídias. São observadas inclusões citoplasmáticas em
esfregaços de exsudatos corados pelo Giemsa ou marcados com anticorpos
fluorescentes. O organismo cresce em cultura celular.
Treponema pallidum
Causadora da Sífilis.
Esta bactéria tem como característica morfológica
o formato de espiroqueta, porém, não são
visualizadas na coloração de gram, pois o
microrganismo é muito delgado e não é facilmente
visualizada em microscópio. Esta bactéria não é
cultivada no laboratório.
Treponema pallidum
T. pallidum vive no trato genital humano. A transmissão ocorre por meio de contato
sexual, e da mãe para o feto por meio da placenta. Esta bactéria tem a característica
de se multiplicar no sítio de inoculação e, então, dissemina-se amplamente pela
corrente sanguínea. Diversas características da sífilis são atribuídas ao envolvimento
de vasos sanguíneos, causando vasculite. Lesões primárias (cancro) e secundárias
curam-se espontaneamente. Lesões terciárias consistem em gomas (granulomas nos
ossos, nos músculos e na pele), aortite ou inflamação do sistema nervoso central.
Não há toxinas ou fatores de virulência conhecidos.
Treponema pallidum
VDRL e RPR são testes não treponêmicos (inespecíficos) utilizados em procedimentos
de triagem; FTA-ABS é o teste específico mais amplamente utilizado na detecção de
Treponema pallidum. O VDRL declina com o tratamento, enquanto FTA-ABS mantém-
se positivo por toda a vida.
Como pode ser
feito o
diagnóstico da
tuberculose
Cite exemplos de
bactérias que
podem causar
ISTs
O que é e como
pode ser feito o
diagnóstico da
meningite
Práticas Laboratoriais
em Bacteriologia
Clínica
Coloração de Gram
No laboratório de microbiologia podem ser utilizados diferentes tipos de amostras
biológicas. Quando uma amostra chega ao laboratório para análise, primeiramente é
feita a coloração de Gram da amostra a fresco. A coloração de Gram é utilizada para
classificar bactérias com base no tamanho, morfologia celular e comportamento
diante dos corantes. Após, esta amostra é cultivada em meios de cultura específicos s
para que ocorra o crescimento bacteriano e, posteriormente, realizam-se os testes de
confirmação de acordo com a morfologia de Gram.
Semeadura por esgotamento
Semeadura quantitativa
Antibiograma
ATÉ A
PRÓXIMA!
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