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Cargos de Candomble Marcus Ti Ode

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CARGOS

EXISTENTES
NO
CANDOMBLÉ
Cargos e suas funções
Cargos e suas funções que pude
reunir.
Sabemos que existem variações de
cargo de um axé para outro, de casa
para casa.
Mas irei aqui deixar registrado os
cargos que são falados nas casas de
axé e que se tem conhecimento.
O nome de um cargo pode variar de
uma nação para outra, porém a
função que é exercida na maioria
das vezes são as mesmas.
SUMÁRIO

CARGOS OU TITULOS .......................

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CARGOS E SUAS FUNÇÕES

Segue elenco de cargos catalogados,


listados tal como obtivemos, quer seja,
sem o rigor gramatical, nem critério
étnico:

Abiãn (Abíyán): é o frequentador da


Casa enquanto não iniciado na Religião.
A – aquele que, bí – que nasce, íyán –
com dúvidas;

Afikodé (Aficode): posto do quarto de


Oxossi;

Ajimudá (Àjímúdà): cargo masculino do


culto a Omulu;
Ajimudá (Àjímúdà): é um cargo do culto
a Oyá. Participa e é saudada no ipadê. A
– aquela, ji – que acorda, mú – pega,
idá – a espada (ou alfange);

Ajòiè: Ekedi responsável por vestir e


zelar pelas roupas dos Orixás;

Akouê (Akòwé): responsável pelas


compras; secretária, escritora;

Alabá: um dos sacerdotes do culto aos


ancestrais;

Alabê (Alágbè) ou Ogãnilú (Ògán nílù): é


o encarregado dos instrumentos
musicais e dos cânticos a serem
entoados;

Alagadá: Ogan que cuida das


ferramentas de Ogun;

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Alapini: sacerdote do culto aos
ancestrais;

Apajá (Apájá): é o Ogã que sacrifica


cachorro para Ogun;

Apetebi (Apètèbí): auxiliar do pai-de-


santo. Segundo Bastide, é a esposa do
pai-de-santo. Devido a isto, ainda que
não iniciada, passa a usufruir de certo
prestígio na Casa. Em alguns casos,
pode até fazer consultas oraculares;

Apogãn (Apokan): cargo masculino do


culto a Omulu;

Apotun (Apótún): cargo masculino do


culto a Omulu;

Aramefá: conselho de Oxossi composto


por seis pessoas;

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Axobá (Ásógbá ou Ásógbánilé): maior
cargo masculino do culto a Omulu.
Trata-se daquele que conserta, coze e
costura as cabaças;

Axogum (Àsògún): responsável pelo


sacrifício dos animais. Geralmente é um
filho de Ogum;

Aiyabá: cargo feminino. É quem bate o


ejé nas grandes obrigações;

Aiyabá Ewe: cargo feminino. É a


responsável por rezar as folhas;

Babalaô (Bàbákáwo): sacerdote


encarregado da prática do jogo de
búzios para conhecer o Orixá e o odú de
uma pessoa, e todas as decorrências
disto;

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Babalossaim (Bàbálósányin) ou Olossaim
(Olósányin): é o responsável por
conhecer e colher as folhas ritualísticas.;

Babaojé (Bàbálojé): encarregado do


culto aos mortos;

Balogun (Balógún): posto do quarto de


Ogun;

Bamboxê: sacerdote do culto a Xangô;

Ebômi (Ègbónmi): título inerente ao


iniciado que realiza a obrigação de sete
anos de iniciação. Representa qualidade
hierárquica no Candomblé. Significa
“minha irmã mais velha”;

Ejitata: cargo masculino do culto a


Omulu;

Elemoxó (Elémòsó): posto do quarto de

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Oxaguiãn;

Equedi (Ekedi): são aquelas escolhidas


pelos Orixás para servi-los. Portanto,
são as que cuidam da segurança dos
que estão manifestados, dançam com os
Santos, vestem e acordam os Orixás,
por isso são chamadas de mães. Não se
manifestam com Orixá;

Fatumbi: cargo de sacerdote de Ifá;

Iabassê (Ìyá gbàsè): é a responsável


pelas cozinhas de santo e pelas
oferendas;

Iadagãn (Ìyádagan): é a mais velha (no


santo) auxiliar direta dos ritos de ipadê.
Possui duas substitutas: otun e
osidagan;

Iaefun (Ìyá Efun): é a mãe que pinta os

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iniciados com efun. Geralmente é uma
cargo dado aos filhos de Oxalá, por ser o
efun intimamante ligado ao culto
daquele Orixá;

Iaegbé (Ìyá Égbé): conselheira,


assessora do(a) Zelador(ra). Seu
correspondente masculino é o
Bàbáégbé;

Iajibonãn (Ìyájíbóna) ou Ajibonãn


(Ajíbóna) ou Ojùgbònà): mãe criadeira,
é quem cuida dos iniciados enquanto
estão recolhidos, ensinando-lhes os
rituais e regras de comportamento. A jí
bí òna (aquela que dá caminho);

Ialatoridé: posto do quarto de Oxalá. É a


mãe que prepara e cuida dos atoris de
Oxalá;

Ialaxé (Ìyáláse ou Álásé)): é a que

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conhece e zela pelo axé. Segundo
Beniste, “Toda Ìyálórìsà é uma ìyáláse,
mas nem toda ìyáláse é uma ìyálórìsà.”;

Ialaxó (Ìyáláso): é a encarregada de


costurar e vestir os Orixás;

Ialodê (Ìyá lodè): é a uma respeitável


senhora da Casa, a quem, por idade de
santo ou de vida, merece distinguido
respeito;

Ialorixá (Ìyálórìsà): autoridade máxima


do Candomblé. Seu correspondente
masculino é o Babalorixá (Bàbálórìsà);

Iamorô (Ìyámórò): é aquela que dança


com a cuia no ritual do ipadê é a que
despacha Exú;

Ianassô (Ìyá nasó): sacerdotisa


encarregada do culto a Xangô;

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Iaô (Ìyàwó): é o recém iniciado no culto.
Tal denominação irá acompanhá-lo até
os 7 anos de Santo. O termo significa
esposa, mais é utilizado tanto para
homens quanto para mulheres. Ver
“Orun Aye”, fls 234/236);

Iaquequerê (Ìyá kékeré): mãe pequena.


É a Segunda na hierarquia da Casa. Seu
correspondente masculino é o
Babaquequerê (Bàbákékeré);

Iatebexê (Ìyátebesé): a encarregada de


escolher os cantos e de cantar os solos;

Iatemi (Ìyátemí): cargo da Nação Jeje,


dado às mulheres com mais de 7 anos
de iniciação;

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Ibalé (Ìgbálè) ou Balé (Balè): cargo do
culto a Yansãn;

Iyalabakê: responsável pela alimentação


dos iniciados;

Iya Sirrá (Ìyá Síhà): significa seguir em


direção a um caminho. É ela quem
conduz o estandarte de Oxalá;

Iyatojuomò: responsável pelas crianças


do axé;

Jobi: cargo sacerdotal;

Kaueuêo (Kawéo): posto do quarto de


Ossaim;

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Kolabá (Kólábá): cargo do quarto de
Xangô. É a responsável por carregar o
labá (bolsa de couro onde são guardadas
as pedras de raio – èdún àrá;

Mayê: mexe com as coisas secretas do


axé: ajuda o Zelador no preparo do
Adoxu;

Obás de Xangô: são consagrados a


Xangô e guardiães do seu culto. São em
12 os principais, cada qual com 2
substitutos (Òtún , da direita e Òsì, da
esquerda):

Direita:

1 – Abíodún

2 – Ààre

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3 – Àróló

4 – Tèlà

5 – Òdòfin

6 - Kakamfò

Esquerda:

1 – Ònàsokùn

2 – Aresà

3 – Eléèrìn

4 – Onìíkoyí

5 – Olúgbòn

6 – Sòrun

Oburô: alto título da hierarquia do culto;

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Ogalá (Ogalá): cargo do culto a Oxalá;

Ogãn (Ògán): é uma cargo masculino de


alguém que não entra e transe. Os
ogãns são iniciados (confirmados), mas
não recebem todos os preceitos de um
yawo. Os Ogãns, tal como as Equedis,
não fazem obrigações periódicas de 1, 3
5, 7, 14 e 21 anos, ao contrário dos
Yawos. Também são chamados de Pais;

Ogãn Sojatin: ?

Ojú Obá (Ojú oba): é um cargo ligado ao


culto de Xangô. Significa os Olhos do
Rei;

Ojuodé (Ojú Odè): cargo do quarto de


Oxossi (os Olhos do Caçador);

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Ojuomin: posto do quarto de Oxum (os
olhos das águas);

Olopá (Olopá): é o encarregado de


sacrificar cachorro para Ogun;

Oluô: o olhador do oráculo;

Ològun: Cargo masculino. Despacha os


ebós;

Olopondá: grande responsabilidade na


iniciação;

Omolará: posto de confiança;

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Oloya: Cargo feminino das filhas de Oya.
Despacha os ebós;

Pejigãn ou Abajigãn (Pejigán): é aquele


incumbido de sacrificar os animais
atinentes ao Peji ou Cumeeira da Casa;

Rumbono (Humbono): é a primeira


pessoa iniciada na Casa. Expressão de
origem Jeje;

Sarepebê (Sárepegbé): transmite as


decisões egbê, comunicando entre os
Terreiros as festas e formulando os
convites. É uma espécie de relações
públicas do Barracão. Sáre – o que
corre, pè – e comunica, egbé – as coisas
da sociedade. Geralmente é uma cargo a
alguém de Exú ou Ogum;

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Sidagan: é a mais nova (no santo)
auxiliar dos ritos de ipadê;

Sobalojú (Sobalóju): posto do quarto de


Xangô;

Tojuomó (Tojúomo): aquela que olha


pelas crianças. De oju – olhar, omo –
filho, criança;

Vodunsi: é o mesmoo que ebômi (seu


correspondente no Jeje);

Yarubá: carrega a esteira para o iyawô;

Ypery: Ogan de Odé;

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• Ìgbàṣé Mojubá!!

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