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(Por) Kult-UR 01

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Kult-UR

#01

Armanen FUTHARKH
Passado X Presente
Sinais da Morte
EDITORIAL

Este material visa trazer conteúdo


de cunho cultural. Nada visto aqui
deve ser tomado como político.

Não ficando preso em conceitos


apenas materiais, o conteúdo
deste material deve ser encarado
com uma visão espiritualista. Nada
visto aqui terá base em material
mainstream ou em religiões, sejam
elas do povão ou de alguma
porcaria de contracultura.

Não. Não espere contracultura.


Contracultura nada mais é que
modernismo e distorção do que
realmente deveríamos buscar.
Escritas

ARMANEN FUTHARKH
O Armanen Futharkh foi introduzido pelo místico austríaco Guido von
List na obra “Das Geheimnis der Runen” – “O Segredo das Runas”.
Teria sido uma derivação do Younger Futhark. A formação do nome
FUTHARKH seria como o nome “alfabeto”, vindo de “Alpha e Beta”.
Segundo List, a grafia seria FUTHARKH e não FUTHARK como
retradado em quase todos os conjuntos (ou “alfabetos”) rúnicos, e isso
se deveria a algumas runas do conjunto:

Fa, Ur, Thorn, Ar, Rit, Ka e Hagal


No alfabeto latino: F-U-Th-A-R-K-H.

Pode-se notar que o Armanen Futharkh não possui todas as letras do


alfabeto latino, são somente 18 runas. Isso se deve ao fato dos
antigos teutões não utilizarem tantas letras tal como usamos ou
conhecemos hoje – como por exemplo: /w/ /x/ /z/. E em outros casos
grafias de sons semelhantes usavam as mesmas runas – tal como t/d,
p/b, v/f. Pode parecer confuso, mas para os falantes do idioma
alemão é uma questão simples, pois muito comum na hora de
escrever – gerando dúvida se a pessoa usa /p/ ou /b/ em algumas
palavras, por exemplo.

List ainda falava que letras como /x/


poderia ser escrito como /ks/ ou /gs/,
/c/ como /ts/, /q/ como /kui/ ou /gui/ e
assim por diante.

Pode-se ver também que não existia


uma runa para o /w/, que
normalmente seria retratado pela
runa “Ur”, com a fonética de /u/ –
semelhante o som anglo-saxão da
letra /w/. Ou seja, de modo similar
ao Younger Futhark.
Por ter sido uma variação do Youger Futhark, podem ser vistas
diversas similaridades entre ambos os conjuntos – sendo que
algumas pessoas até mesmo misturam algumas runas erroneamente.
Quando analisado foneticamente, o Armanen Futharkh é mais “neutro”
e por isso mais “compatível” com diversos outros idiomas de raiz
germânica.

Podendo ser escrito de forma padronizada desde o inglês antigo até o


mais distinto dialeto alemão, a maior dificuldade em se escrever
utilizando o Armanen Futharkh é se focar nos sons ao invés da
gramática convencional. Como já dito anteriormente, até facilitaria a
vida dos falantes do alemão – principalmente na hora de distinguir o /f/
do /v/ ou o /p/ do /b/.

List acreditava que o Armanen Futharkh estava perto do que seria o


idioma proto-germânico. Isso se refletia não só na escrita, como na
raíz do nome das runas e até mesmo das palavras “cruas” do alemão.
Para List, muitas palavras tinham origem no nome das runas, e a
maioria delas representava um aspecto diferente do indivíduo ou da
natureza. Exemplo da runa “Man”, que não só é a runa que representa
os valores masculinos, como seria o radical da palavra “Mann” – do
alemão, homem. List defendia que como o Armanen Futharkh se
voltava às raízes da linguagem germânica, deveria ser utilizado
sempre que a mesma fosse referenciada.

Dificilmente se encontrará hoje um texto escrito com o Armanen


Futhark, principalmente devido a “carência de caracteres” quando
comparado com a gramática atual em todos os idiomas germanófilos.

Nota-se que o Armanen Futharkh é formado


por desenhos mais simples, porém mais
simétricos – como se todas as runas
buscassem as origens de si próprias nelas
mesmas. Pode-se dizer até que o Armanen
Futharkh seria um revisionismo com fins
esotéricos. O Armanen Futharkh estaria
direcionado para uma possível linguagem
primal dos antigos germanos, sempre
buscando a própria origem divina.
O emprego do Armanen Futharkh normalmente possui propósitos
místicos, mesmo nos mais simples textos. Devido aos círculos
esotéricos na qual estava ligado, muitas vezes é referenciado ao
Ocultismo Nacional Socialista, e por isso não é bem visto pela
sociedade comum.

É aconselhável que o Armanen Futhark seja utilizado somente em


círculos mais fechados para que não seja vulgarizado entre o
populacho. Como já descrito, o Armanen Futharkh é muito mais uma
expressão esotérica do que gráfica ou gramatical.

Abaixo, a tabela com as runas em equivalência ao alfabeto latino:

Pode-se notar que algumas letras podem


ser representadas por mais de uma runa,
ou que algumas runas podem se repetir em
letras diferentes.

Como exemplo temos a letra /d/, que


pode ser representada pela mesma runa
que representa o /th/ quanto pela runa
que representa o /t/. Isso depende da
sonoridade da palavra em alemão a ser
escrita, e será mais facilmente
entendido pelos que falam alemão.
Abaixo, tabela com breves informações sobre as runas, tal como
valores nominais, valores fonéticos, raiz gramatical e breve resumo do
significado esotérico.

Obviamente na tabela não estão todos os possíveis significados das


runas. Para maiores informações sobre raízes gramaticais e
significados esotéricos, aconselha-se a leitura do material original do
Guido von List, “Das Geheimnis der Runen”, em alemão.

Para quem preferir ler em português, a Vogelsprache Propaganda


traduziu o minilivro “As Dezoito Runas Futharkh Com Suas
Interpretações Místicas”, baseado num resumo do livro original do
List.
Espiritual
PRESENTE X
PASSADO
Há quem diga que a evolução do mundo traz progresso. Assim como
dizem também que a ciência a paz, a aproximação das culturas e a
sociedade trazem progresso. Mas que progresso seria esse? O que
seria o homem senão uma ferramenta na evolução de algo que
precisa de progresso, mas sem saber para onde ir?

Crenças como a do espiritismo dizem que o espírito nasceu perfeito e


involuiu, obrigando o indivíduo a buscar a evolução para voltar a
perfeição. Crenças gnósticas, de maneira parecida, dizem que se está
aprisionado na matéria. A gnose hiperbórea diz que o deus Uno
prendeu os espíritos na matéria e que a evolução da humanidade
nada mais é que a involução espiritual, que os prende mais e mais à
matéria. A crença católica diz que o homem fora criado à imagem de
Deus. Crenças germânicas dizem que o homem é a criação de
deuses que tiveram que matar seus criadores – algo similar ao que
Zeus fez a Cronos – e que tudo terá um fim e um recomeço, como no
caso do Ragnarök e de Ask e Embla. Crenças hindus dizem que a
vida faz parte da respiração do universo, se destruindo e se recriando
infinitas vezes ao longo das eras. Em todos estes casos a vida é
passageira e cíclica, deixando a ideia de início, meio, fim e reinício.
Não querendo entrar na “seara da crença” neste momento, este tópico
será usado para descrever um pouco sobre o ciclo histórico da
existência.

Voltemos tempos antigos, como da Era do


Bronze, podemos notar que a humanidade
sempre evoluiu com batalhas, não pela
violência em si, mas pela sobrevivência. Dizem
que o humano é o único animal que ataca seus
semelhantes e que é o único animal que mata
sem a intenção de comer, mas no nosso caso,
a inteligência material sempre nos direcionou
para a sobrevivência. Conforme fomos
evoluindo materialmente, a vida foi ficando
mais fácil fisicamente, nos fazendo buscar
“evolução” em outras áreas. A necessidade de
sobrevivência passou então para necessidade
de conforto, posteriormente de status, e nos
dias atuais por drogas e outros antidepressivos.
Mas nada é tão simples. A ponto que na
antiguidade a humanidade dependia de guias
espirituais e religiões, nos tempos modernos
a religião é a ganância.

A humanidade evoluiu e percebeu que a


religião não era mais tão importante por que
a ciência cuidava mais das lavouras que a
devoção aos deuses, assim como percebeu
que pagar o dízimo da igreja era só um ato
inútil que não trazia benefícios tangíveis ou
intangíveis. Hoje a humanidade depende da
ganância justamente por ter se afastado da
espiritualidade que estava se tornando
gananciosa.

Mas o ciclo não para nisso, a arte se degenerou da mesma maneira.


Enquanto em tempos antigos como o dos egípcios, gregos e romanos
o povo adorava imagens sacras que beiravam a perfeição material,
nos dias atuais adoramos o abstrato. Obras de arte eram pintadas por
períodos longos, esculpidas por período ainda mais longos. Mestres
construtores se preocupavam com esculturas de edificações que
levavam décadas.

Tudo isso se deve a tecnologia aplicada nas eras e no benefício


financeiro das execuções. Nos tempos de hoje muitos admiram um
retrato feito a óleo, mas poucos querem pagar por algo que uma
fotografia registra quase sem custo e de maneira quase instantânea.

Decorações podem ser feitas a laser ou cortadas a partir de moldes,


não necessitando de um escultor. E as construções, quanto mais
baratas, mais rápidas e rentáveis. Tudo isso então acarreta na
vulgaridade da perfeição, fazendo então as pessoas adorarem o
diferente, o abstrato. Mas essa adoração do abstrato material nada
mais é que a substituição do abstrato espiritual que antes viviam, mas
que hoje foi substituído pela necessidade interminável de adquirir
material para manter o material em degeneração.
As guerras atuais provam a involução. Novamente comparando, no
passado as guerras eram feitas pelo mesmo motivo de hoje:
necessidade. Mas hoje a necessidade é outra: luxúria, cobiça, poder.
Enquanto no passado, reis tomavam a frente de batalha, hoje oficiais
e políticos se escondem em bunkers quase impenetráveis enquanto
suas tropas de coitados padecem no campo. Cada vez mais o
dinheiro compra tecnologias onde apenas um lado morre, provando
que o dinheiro é a nova espada.
O dinheiro é a nova espada: termo que prova até
mesmo a evolução amorosa da humanidade. No
passado, as melhores fêmeas estavam sempre
do lado dos machos mais aptos, o que é uma
causa natural. Víamos então que os mais aptos
eram os maiores, mais fortes, com maior
histórico de vitórias em combate ou maior
capacidade de intimidação. E hoje? Hoje é igual:
Mas em tempos em que matar é crime a menos
que seja ordenado pelos governos, o dinheiro é
que comanda – comanda inclusive o governo. É
comum que as fêmeas mais aptas, ao menos
fisicamente, estão com os mais ricos (mais
aptos, nessa linha de pensamento). Isso mostra
que uma mulher de saúde perfeita e aparência
materialmente superior estará mais facilmente
com um macho fisicamente debilitado hoje do
que nos tempos das espadas – acarretando uma
redução na qualidade genética responsável pela
nossa evolução material. Dizem que o mais pato
não é o que mais forte, mas o que melhor se
adapta. Mas, e quando a adaptação está sendo
pela ganância?
Mas, e na mente, o que mudou? Na antiguidade, uma pessoa
ocupada com trabalho braçal não tinha tanta disposição para cultura.
A diversão se dava com atividades novamente físicas e a apreciação
da arte da época. Hoje temos as mesmas formas de diversão, mas
com bagagem psicológica para manter o cenário atual criar
tendências para um mesmo cenário de nova fachada. Temos uma
mídia focada em desvirtuar valores que possam desviar o rumo atual,
temos lazeres exagerados focados em tirar o prazer das pequenas
coisas e temos estudos e leituras de autoajuda para nos servir de
placebo contra o sentimento de escravidão material.
Temos também hoje muitos antidepressivos.

A arte degenerada, a política degenerada, pessoas, mentes, crenças,


espiritualidade, matéria... tudo se degenerando, se deixando
degenerar e até fomentando a degeneração. Sinais de que novos
guias nos direcionam para o caos, criando novos falsos guias que nos
confundem a retomada do nosso caminho.

Continua na próxima edição com “A ERA DO CAOS”...


Dicas

ENTRETENIMENTO
A sugestão desta edição é uma história em quadrinhos chamada “As
Águias de Roma”, de Enrico Marini. Originalmente publicada na
França pela editora Dargaud, esta minissérie (até agora) em 5 edições
conta a história de um dos mais famosos heróis germânicos –
Hermann o Querusco, aqui chamado por Ermanamer.

Ermanamer, Hermann, Arminius, (entre outros nomes) foi responsável


por uma humilhação à Roma tão grande, que os romanos desistiram
de invadir a Germânia por séculos – mas não antes de ter sido
treinado pelos próprios romanos.

Por não ter sido publicada no Brasil uma versão não oficial
traduzida pode ser encontrada facilmente na internet. O original
(em francês) vem sendo publicado desde 2007, está no tomo V e
provavelmente deve ter um tomo VI para encerrar a história.
Nome original: LES AIGLES DE ROME.
Literatura

SINAIS
DA MORTE
Séculos depois, confiando mais uma vez nas
antigas leis, estavam a lutar os camponeses de
Stedinger contra o bispo de Bremen. Havia
novamente uma "Guerra Santa". Monges
vagavam pelos Gaues e sugavam os pecados
dos que participavam das cruzadas contra os
povos. E novamente vencia a cruz, vinham com
as derrotas mortes e erradicação.
Muito sangue, muita maldição, muitos responsáveis pelas vitórias.
Assim que a cruz se instalara na terra, mortes se anunciaram.
Tornaram-se Signos da Morte; dalí viriam as retaliações do Sangue,
para que se esquecesse o estigma da vitória do Gólgota das terras
nórdicas.

E Widuking?

Depois da batalha do Rio Hase Carlos Magno persuadia os saxões


sobre a desistência da rebelião e na confiança da sua graça. Para tal,
Widuking aparecera no oeste do reino Franco, em Attigny e fora
batizado. O próprio Carlos Magno fora o padrinho de seu inimigo de
longa data e o honrou com ricos presentes. Depois do batismo foram
devolvidas a Widukind suas próprias terras. Depois que abandonara
seus erros, pudera conhecer a verdade. Como ele fora um selvagem
destruidor de igrejas, se tornaria então ele, entre a maioria dos
cristãos, o maior dos adoradores dos santuários de Deus.

Assim relatavam os historiadores de Roma "a harmonia entre os


inimigos após a amarga destruição da guerra não é só suspeita, como
também era esperada uma falsificação da glória a Jeová. A
representação romana não contradiz a presunção que teve Widukind
ao quebrar a palavra, que sob a violência de Carlos Magno em Attigny
fora trazido e batizado a força - que acontecera então não pela a livre
vontade de Widukind, mas pela força de Carlos Magno. Não seriam
ricos presentes, a cruz e o hábito, para pagãos obstinados? Os
registros não negam fatos de que assim como Widukind, outro inimigo
de Carlos Magno, Tassilo, o duque da Bavária, teria sido queimado
em um mosteiro. O que fora “pátria” na visão do cristianismo?

A saída de Widuking fora coberta pela escuridão.

A verdade é clara: Carlos Magno, “Coroado por Deus e Imperador dos


Romanos que trouxe a paz” superou Widukind, e fez do Duke da
Saxônia um cristão. Para ele, todos os meios foram justificados.

Roma tornara ambos sagrados... Ambos: Widuking e Carlos Magno.

...
Texto e desenho retirados do livro “O Calvário Nórdico - Desenhos
e pensamentos sobre a história do Cristianismo Político”, de
Werner Graul

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